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UASP - PROGRAMA CULTURAL 2011
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ACTIVIDADE NATUREZA - SERRA DOS CANDEEIROS
2 E 3 DE ABRIL
De acordo com o repto lançado pela UASP para a apresentação de projectos de actividades com
programa cultural, elaborou-se uma proposta por elementos de 3 Associações, que foi escolhida na
reunião do passado dia 15 de Janeiro.
Proponentes
Luís Matias (Diocesano de Leiria)
Mário Louro (Diocesano de Évora)
David Francisco (Franciscanos)
Pressupostos do Projecto
Pressupostos filosóficos
O Projecto como se segue, dentro do espírito em que se baseia a ideia e o repto colocado pela UASP,
parte filosoficamente do “princípio da causalidade”, porquanto, ao admirarmos a natureza bela, como ali
se nos depara, chegaremos com alguma facilidade à maravilhosa obra da criação, e ao Criador. Tem
além disso uma dimensão estética. A beleza destas serras é contagiosa, convida à meditação, à
admiração, ao reconhecimento do milagre.
Pressupostos práticos
Acessibilidades: localização no Centro do País, com excelentes acessos.
Gastronomia: excelente e com preço equilibrado.
Motivos de interesse: diversificados (naturais, históricos, sociológicos e paisagísticos).
Orientação: existe um guia dentro do próprio grupo.
Organização logística: os proponentes asseguram a organização.
UASP - PROGRAMA CULTURAL 2011
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PROGRAMA
Sábado, 2 de Abril
9:00 às 9:30 – Chegada ao Seminário Diocesano de Leiria (Largo Pe. Carvalho – Leiria). Acolhimento.
10:00 – Saída em autocarro* para as Salinas de Rio Maior e visita às mesmas.
11:15 às 12:20 – Visita aos Potes Mouros, à Anta e ao Olho de Água na Vila das Alcobertas.
12:30 – Almoço convívio na Terra – Chã, no lugar de Chãos (Alcobertas).
14:30 – Visita à Gruta do Algar do Pena, uma gruta de estudo e preservada do turismo, constituída
pela maior sala de gruta da Europa.
16:30 – Visita aos Olhos de Água (nascente do rio Alviela).
19:30 – Jantar na Casa Velha (Casal de Valventos, Arrimal).
22:00 – Convívio.
Domingo, 3 de Abril
09:00 – Saída do Seminário, em autocarro*.
10:00 – Concentração junto à Lagoa pequena de Arrimal.
10:30 – Eucaristia Dominical na Igreja Paroquial do Arrimal.
11:30 – Pequeno percurso de reconhecimento pela serra, com vista para o mar.
12:30 – Almoço na Norpizza.
14:30 – Visita à Fórnea, uma paisagem natural única, com fácil percurso pedestre de montanha.
16:30 – Visita ao Castelo de Porto de Mós
17:30 – Lanche/Petiscos no Seminário de Leiria.
19:00 – Fim da actividade.
Notas:
* Só haverá autocarro se houver mais de 40 inscrições.
1. A inscrição é obrigatória1 e deverá ser enviada, impreterivelmente até ao dia 25/03/2011, para o
seguinte endereço:
Mário Ascensão Louro (UASP)
Rua dos Moinhos (vivenda Louro)
2460-902 TURQUEL
Outros contactos: Tel. 91.416.20.33 | E-mail: [email protected]
1 A Ficha de Inscrição encontra-se em anexo.
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2. Cada inscrição deverá ser acompanhada de pagamento antecipado, por conta, de 25 €.
3. Quem pretender dormir no Seminário de Leiria, que tem condições hoteleiras excelentes, deverá
efectuar a respectiva reserva através da ficha de inscrição indicada no Ponto 1; o custo por noite
(dormida e pequeno almoço) será de 12,50 € em quarto duplo e 15 € em quarto individual.
(www.leiria-fatima.pt/seminario).
4. O custo previsto (sujeito a pequena variação) é de:
- Almoço na “Terra Chã” 15€
- Jantar na “Casa Velha” 15€
- Almoço na “Norpizza” 11€
- Lanche/jantar no Seminário 8€
- Autocarro para os 2 dias 12€
- A Visita à gruta do “Algar do Pena” tem um custo que vamos tentar não pagar. Se houver
alguma despesa com a situação, será liquidada na hora por cada um.
5. Com menos de 40 inscrições, não haverá autocarro; utilizar-se-ão os carros particulares.
6. O número mínimo de participantes para se realizar o evento é de 20.
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COMO CHEGAR
Às Salinas de Rio Maior:
Vir até à cidade de Rio Maior, pela EN 1/IC2, ou pela A1 ou A8, tomando depois a A15 até Rio Maior.
Vir ao centro da cidade, e na zona desportiva tomar a estrada das salinas (que encontrarão a cerca de 2
Km.)
Aos Chãos (Alcobertas)
Quem vem do Sul:
Fazer o mesmo percurso das salinas. Quando encontra as salinas, não entra nelas, mas segue sempre na
mesma estrada. Cerca de 5 Km adiante encontrará uma indicação (pela esquerda) para Chãos. Segue
essa estrada, passa toda a aldeia e quando a estrada de alcatrão acabar, chegou ao destino. (passará por
Pé da Serra, Teira, Portela de Teira).
Quem vem de Norte:
Pode ir até Rio Maior e fazer o mesmo percurso (sendo que no alto da Serra tem um acesso directo ás
salinas, sem ser necessário ir ao centro de Rio Maior).
Em alternativa: vindo na EN1, conta do Mosteiro da Batalha 22 Km e sai na1ª possibilidade à sua
esquerda. Sobe até ao cimo da serra (cerca de 3 Km). No cimo, no cruzamento (Casal de Valventos),
vira à Direita. Segue sempre essa estrada, passa a Casais Monizes e desce para Alcobertas.
Chegado à povoação, vira à direita, no sentido Rio Maior, e no centro da Vila segue “olho de água”
(nascente de um rio). Aí chegado, segue pela estrada da esquerda, que sobre sempre até chegar aos
Chãos. Lá em cima, entra na estrada principal à direita (numa curva apertada), e vai até ao fim do
alcatrão. Chegou ao destino.
(Este percurso tem uma óptima estrada nova, e uma vista soberba)!
Ao Arrimal
Quem vem de Sul:
Vem pela A1, sai em Aveiras para o IC2 (EN1), a partir das portagens conta 40 Km, sobe a serra à
direita. Ao chegar ao topo da serra (já está no Arrimal), segue em frente, desce ao vale, sempre e por
qualquer estrada até chegar à igreja e lagoa pequena.
Quem vem de Norte:
Sai na Auto-estrada em Leiria, toma a EN1 em direcção à Batalha. A partir do Mosteiro da Batalha,
conta exactamente 21 Km e sobe a serra à esquerda, na primeira estrada que aparece. No lugar do cimo
da serra, continua em frente, desce ao vale, desce sempre até chegar á igreja e lagoa pequena.
Quem vem do interior:
Por Santarém toma a A15, sai na segunda saída de Rio Maior (Rio Maior oeste), toma no IC2 a direcção
de Leiria. Passando a “Venda das raparigas”, percorre mais 9 Km e na primeira á direita sobe a serra, no
cimo segue em frente, desce ao vale e por qualquer estrada chega à igreja.
Quem vem de Castelo Branco, vem até à A1, no nó de Torres Novas toma o sentido de Alcanena, Mira
de Aire e Porto de Mós.
Ao chegar a Porto de Mós, depois do Minipreço e da bomba, vira à esquerda, no sentido de Santarém,
percorre 15 Km. Chegando à “Mendiga”, percorre toda a freguesia, passa à igreja, depois ao pavilhão, e
a seguir encontra um entroncamento à direita para o Arrimal.3 Km a diante está junto à igreja.
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APONTAMENTOS SOBRE OS LOCAIS DA VISITA
I. SALINAS DE RIO MAIOR
As Salinas, ou Marinhas de Sal, como
também são conhecidas, distam 3 km
de Rio Maior e encaixam-se num vale
tifónico no sopé da Serra dos
Candeeiros, rodeadas de arvoredo e
terras de cultivo.
O conjunto apresenta-se como uma minúscula aldeia de ruas de pedra e casas de madeira, junto à qual se
destacam uns curiosos tanques de formas e dimensões irregulares, que a partir da Primavera se enchem
de água salgada dando origem a alvas pirâmides de sal.
O documento mais antigo que se conhece referente às Salinas data de 1177, mas pensa-se que o
aproveitamento do sal-gema já seria feito desde a Pré-história.
A interrogação natural de quem
visita o local é saber como,
inesperadamente, a cerca de30 km
do mar e ocultas pelas encostas
circundantes, surgem as Salinas.
Uma das características mais marcantes desta região serrana é a facilidade com que as águas da chuva
penetram por entre as falhas da rocha calcária, impedindo assim a presença visível de cursos de água,
que se escondem, tornando-se subterrâneos.
Ora, uma destas correntes torna-se salgada ao atravessar uma jazida de sal-gema e alimenta o poço
existente bem no centro das "Marinhas".
Esta Jazida de sal ocupa aproximadamente a área da Estremadura Portuguesa, entre Leiria e Torres
Vedras e formou-se ao longo de milhões de anos. A água salgada é retirada do poço através de uma
moto-bomba que a conduz para a área dos concentradores.
Os concentradores são oito tanques (5.000 m2), com capacidade para um milhão de litros de água,
comunicantes entre si, através dos quais a água vai evaporando., sendo este um processo recente.
A água, já concentrada, volta à pia de distribuição, que se encontra junto ao poço e, daí, segue para os
talhos através das sete regueiras.
O direito à água processa-se em função da proximidade do poço obedecendo a regras que nunca foram
escritas e cujas origens se perdem no tempo.
A evaporação nos talhos dá-se em cerca de seis dias, o que significa que cada talho produz sal
semanalmente.
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O sal é rapado com pás de ferro (outrora com rodos
de madeira) e posto na eira a secar durante 60 horas.
Posteriormente é levado em carro-de-mão ou às
costas, em sacas, até à máquina que o transporta para
a cooperativa. Aí chegado, é pesado, armazenado e,
mais tarde, embalado (sacos de 25 kg).
O sal-gema de Rio Maior é vendido para as
indústrias de rações animais, curtumes, têxtil,
panificadoras, restaurantes, refrigerantes e
detergentes, entre outras. O sal é moído, ou não, de
acordo com a indústria à qual se destina.
A maioria dos produtores de sal são agricultores, que se dedicam sazonalmente (Maio-Setembro) à
produção de sal, sendo os lucros obtidos divididos a meias entre o proprietário do talho e o
"marinheiro".
Em 1979 foi criada a Cooperativa dos Produtores de Sal de Rio Maior, para responder às necessidades
de aumento da produtividade e da comercialização do sal.
Ao longo dos séculos os métodos de exploração pouco evoluíram, o que confere ao local a singularidade
que o caracteriza. No entanto, as exigências da indústria moderna obrigam a um constante progresso e
inovação das técnicas utilizadas pelos marinheiros. O desafio consiste na adaptação a uma economia
competitiva e na conservação simultânea do tipicismo que distingue este património, que a todo o custo
importa preservar.
CURIOSIDADES
Nº. de talhos 470
Dim. Média/talho 35 a 50m2
Área total 27.000m2
POÇO
Profundidade 8,95m
Diâmetro 3,75m
1 Litro de Água = 220g sal (96% cloreto de sódio)
Produção Anual 1500 toneladas
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Salinas de Rio Maior (Origem: Wikipédia)
Num vale, a 3 Km de Rio Maior e no sopé da Serra dos Candeeiros,
estão situadas as Salinas, que são compartimentos – talhos - feitos de
cimento ou de pedra, de tamanho variado e pouco fundos, para onde,
por regueiras, é conduzida a água salgada que se tira de um poço.
Presentemente, a água é elevada por meio de um motor e distribuída
segundo um sistema conjuntamente aceite e respeitado por todos os
proprietários. Os esgoteiros, as eiras e as casas de madeira para
armazenagem do sal, completam o conjunto do que é denominado
Marinhas de Sal de Rio Maior.
Uma mina de sal-gema, muito extensa e profunda, segundo os técnicos,
atravessada por uma corrente subterrânea que alimenta um poço, faz
com que a água dele extraída seja salgada, sete vezes mais salgada que
a do mar. Da sua exposição ao sol e ao vento e consequente evaporação
da água obtêm-se o sal, depositado no fundo dos talhos e que depois é colocado em montes, em forma
de pirâmides, para secar até ser recolhido. O processo é rudimentar e semelhante ao usado nas salinas da
beira-mar. Só há diferença no vale pitoresco que as rodeia, no poço, no estilo próprio dos marinheiros
(como são conhecidos os homens que trabalham nas salinas), nas casas de madeira e no ar campestre
que se respira.
As salinas de Rio Maior têm oito séculos de História. Foi há,
em 1177 que Pêro Baragão ou D’Aragão (?) e sua mulher
Sancha Soares, venderam aos Templários “a quinta parte que
tinham do poço e Salinas de Rio Maior, cujo poço partia pelo
Este com Albergaria do Rei; pelo Oeste com D. Pardo e com a
Ordem do Hospital; pelo Norte com Marinhas da mesma
Ordem; e pelo Sul com Marinhas do dito D. Pardo”. Assim diz
Pinho Leal, citando o escrito comprovativo dessa venda. Este
documento, que é o mais antigo que se conhece referente a Rio
Maior encontra-se arquivado na Torre do Tombo em Lisboa.
Este contrato situa-se no limiar da nossa nacionalidade, já Lisboa e Santarém tinham sido conquistadas
aos Mouros por D. Afonso Henriques, e ainda este não tinha sido reconhecido Rei pelo Papa, o que
aconteceu só em 1179. Vimos que no último quartel do Séc. XII já existia uma exploração nas Salinas,
menor ou talvez maior que a de hoje. Consta no entanto, que o poço primitivo teria sido situado mais
para Norte, no sítio denominado Marinha Velha, e há notícia que esse poço, no Séc. XII ou princípios do
Séc. XIII só alimentaria seis talhos. O poço actual foi aberto, segundo a tradição, devido ao acaso. Uma
rapariga que apascentava uns animais, para mitigar a sede, tentou beber numa poça de água que aflorava
num juncal. O sabor fortemente salgado, foi-lhe extremamente desagradável e comentou isso mesmo,
quando chegou a casa. Seu pai e vizinhos apressaram-se a ir cavar em tal sítio de onde surgiu o poço
actual, tendo secado depois o primitivo. Certamente através dos séculos, a exploração das salinas fez-se
por processo iguais aos de há poucos anos, quando a água era tirada com dois baldes por meio de picota
(esta foi introduzida na Península pelos árabes), mas consta, que antes da Reconquista Cristã os romanos
e depois os árabes, já exploravam as Marinhas em larga escala. De referir ainda as típicas tabernas, que
eram montadas nalgumas das casas de madeira e que funcionavam apenas durante a “safra”.
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O seu tipicismo foi desaparecendo, mas manteve-se uma curiosa “escrita”, que tem muito de original,
além de ser uma notável lição de psicologia aplicada. Com o trabalho duro da marinha, com noites frias
e húmidas, os homens sentiam necessidade de ingerir doses avultadas de álcool, sendo por isso
frequente a sua passagem pela taberna. Então o taberneiro montava a sua escrita em tábuas de madeira
com cerca de 1 metro ou metro e meio de comprimento por 10 a 15 cm de largura, cada uma delas
representando a conta de um freguês. Na régua era escrita com sinais convencionais, a despesa que o
cliente ia fazendo ao longo da safra e os pagamentos que ia efectuando. Cada sinal representava a bebida
consumida e o respectivo preço, ficando as tábuas permanentemente penduradas nas paredes da taberna.
Resultavam daqui várias vantagens: o cliente sabia sempre quanto devia e os outros ficavam a saber se
ele era ou não um bom bebedor. O taberneiro, jogando com esses dados, ia recebendo com mais
facilidade as suas contas.
É de realçar, que o pagamento era sempre feito em sal. Nessas épocas recuadas o sal era uma substância
muito importante no comércio entre os povos como moeda de troca, sendo utilizado como pagamento de
jornas, daí a proveniência da palavra salário. Além de ser apreciado como condimento – já o era pelos
romanos e gregos e até por civilizações mais antigas - era usado também como modo essencial de
conservação dos alimentos, já que eram desconhecidos os actuais métodos de refrigeração, sendo ainda
utilizado na preparação de peles e conservação de couros. Por todo este valor, o domínio do comércio do
sal sempre foi uma preocupação primordial dos poderosos, controlando o que era enviado, com outros
produtos, para o Mediterrâneo e daí para Oriente pelos Árabes, ou então para o norte da Europa pelos
Cristãos, através das florescentes Ordens religiosas. Foi o caso dos frades da Ordem de Cister, que por
essa época fundaram a sua casa-mãe em Portugal, mais concretamente em Alcobaça, devido à
generosidade e devoção de D. Afonso Henriques.
O mar, os rios e as vias romanas ou o que delas restavam, eram os elos de ligação entre os povos. Sendo
o rio Maior navegável até parte do seu percurso, é natural que fosse utilizado para comunicação com o
Tejo, porta de saída principal para o comércio externo no qual se incluiria o sal pela sua extraordinária
qualidade. Devia ser o comércio o motivo que levou os Templários a comprar, como se viu
anteriormente “ um quinto do poço e salinas de Rio Maior “, parte delas pertencia já à Ordem do
Hospital. Nessa época começaram a surgir nos caminhos as albergarias, com o fim de abrigar peregrinos
e doentes, tendo sido esta a causa principal da fundação da Albergaria do Rei, também adquirida pela
Ordem dos Templários. Terá sido instituída e frequentada pelo rei, que lá pernoitava, aquando das suas
deslocações de e para o Paço de Coimbra durante as guerras com os árabes, provindo daí o seu nome.
Vê-se ainda por essa venda de 1177, começo “documentado” da história das Marinhas de Rio Maior,
que parte do poço e salinas já pertencia a particulares, não sendo claro se essa propriedade foi adquirida
aos árabes pelo direito de presúria ou se estas já pertenciam a homens livres quando a região foi ocupada
pelos árabes. É provável que se tratasse de bens apropriados quando da conquista por D. Afonso
Henriques. A existência das Marinhas durante estes séculos confunde-se com os interesses e vicissitudes
dos seus proprietários e da própria região. A Ordem dos Templários, proprietária de parte do poço e
salinas como atrás referimos, foi extinta em 1312, tendo todos os seus bens passado para a Coroa, sendo
entregues á Ordem de Cristo em 1319, por ordem de D. Dinis. No entanto, Maria Alcoforado em 1877,
no seu Museu Tecnológico citado por Mário Vieira de Sá, no livro “ Sal Comum “, refere que as
Marinhas pertenceriam à Casa de Bragança até à proclamação de D. João IV, tendo-as este monarca
vendido ao Conde Vimioso, “ cujos herdeiros as terão alienado mais tarde a diferentes proprietários a
quem hoje pertencem”.
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II. DÓLMEN OU ANTA DE ALCOBERTAS
O verdadeiro ex-libris de Alcobertas é o seu dólmen. Monumento
megalítico de carácter funerário, composto de câmara e corredor
é uma construção típica do Neolítico Final encontrando-se entre
os 10 maiores da Península Ibérica.
Em Portugal apenas existem 3 dólmen-capela, situados em Pavia,
São Brissos e Alcobertas. Os dois primeiros situam-se no
Alentejo e constituem pequenas ermidas isoladas, enquanto de
Alcobertas deu origem à igreja Matriz. Podemos, assim, afirmar
estar perante um monumento de características únicas do nosso
país.
III. SILOS OU POTES MOUROS
Constituem um maior conjunto de silos de céu aberto,
conhecidos na Península Ibérica. Actualmente existem
35, mas originalmente seriam entre 80 a 100. São
escavados em grés avermelhado e deveriam ter servido
fundamentalmente par armazenar cereais e talhas de
azeite. Pouco se sabe sobre a origem dos silos neste
local, bem como a forma da sua gestão, contudo, existe
referências históricas indicando a sua utilização ainda
Constituindo o maior conjunto de silos, a céu aberto conhecidos na Península Ibérica, estas estruturas
foram descobertas no decurso da exploração local de extracção de saibro, usado como argamassa e para
fabricação de adobes.
Segundo Afonso do Paço (1959), originalmente existiriam 80 a 100 potes, cuja função era o
armazenamento de cereais e talhas de azeite. Actualmente perduram apenas 35, já que muitos foram
destruídos pelas intempéries, raízes de árvores ou pela acção avassaladora do Homem.
Para se entender a importância da produção cerealífera, em tempos remotos, o Coronel Afonso do Paço,
referencia a capacidade de um destes silos aproximadamente de 2 Moios (1656 litros de cereais).
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Os silos têm sido descobertos vazios ou entulhados com pedras e areia, não contendo, no entanto,
espólio que determine com segurança a sua idade. A comprovar a genialidade e adaptação do Homem
alguns apresentavam lajes de calcário que serviam de tampa, as quais seriam depois cobertas com palha
e argila para evitar a entrada de humidade, água ou animais.
Pouco se sabe sobre a origem dos silos neste local, bem como a forma da sua gestão, contudo, existem
referências históricas indicando a sua utilização ainda no século XV.
IV. FORNO MEDIEVAL
Este forno foi descoberto nos anos cinquenta do século XX.
É um forno comunitário, de pequenas dimensões, para cozedura de cerâmica, sobretudo telha. As
paredes envolventes, tanto na fornalha como superiormente, foram construídos com blocos de barro cru,
encostados ás paredes de saibro que foram cozendo durante as primeiras fornadas.
Forno Forno Interior do Forno
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Esquema sobre o funcionamento dos fornos Exterior do Forno
V. GRUTA ALGAR DO PENA
Uma viagem ao interior da Terra
Para viajar até ao interior da Terra escolhemos o esburacado Maciço Calcário Estremenho, mais
precisamente a Gruta do Algar do Pena, situada no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros
(PNSAC), na localidade de Vale da Trave, freguesia de Alcanede no concelho e distrito de Santarém.
Coordenadas de GPS são 39º 27’ 30’’ N e 8º 48’ 40’’. (Figura 1 e 6). A Gruta Algar do Pena é composta
por um poço vertical com 35 metros – algar – que conduz a uma sala gigantesca – gruta – de 105 mil
metros cúbicos (Figura 2 e 7). Descoberta em 1983, foi assim baptizada em honra ao seu descobridor, o
Sr. Pena, que ali se dedicava a transformar blocos de calcário em pequenos cubos de calçada, uma das
indústrias mais prósperas da região (Figura 3). Dessa vez a pólvora utilizada habitualmente para partir a
rocha deu lugar à descoberta de um algar, com acesso a uma das mais espectaculares grutas que
compõem o património geológico português.
Na sua historia geológica (Figura 8), a formação de calcários puros foi durante o Jurássico Médio, sob a
influência de um ambiente tropical à 170-150 M.a. A formação de calcários argilosos durante o
Jurássico Superior à 150-140 M.a. Os movimentos tectónicos associados a falhas – elevação de alguns
blocos calcários – e acção erosiva permitiu a génese da gruta. Durante o Cenozóico a pluviosidade
abundante e temperatura elevada favorecem a meteorização à superfície e o enriquecimento das águas
que se infiltram em CaCO3.
A infiltração de água à superfície, através de fracturas, levou o Algar do Pena a ser um algar de
dissolução dos calcários e originou uma abertura com desenvolvimento vertical, ou seja, tem a forma de
um poço, derivando da dissolução do calcário na vertical. Em profundidade, devido às condições
favoráveis para a precipitação do CaCO3, abre numa enorme gruta calcária com figuras cársicas de
grande beleza – estalactites, estalagmites, colunas e bandeiras (Figura 4 e 5) – que em muito
engrandecem a paisagem subterrânea.
Esta gruta, a maior gruta do país e uma das mais espectaculares da Europa, tem um centro de
interpretação subterrâneo que constitui um dos melhores locais para conhecer o interior de grutas,
através da espeleologia, que é uma actividade científica e/ou lúdica que se dedica ao estudo e exploração
das cavidades naturais (tem uma temperatura Média – 13º/14ºC, Humidade Relativa – 99,8% e Pressão
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1atm). O centro pretende também explicar os processos de formação das grutas, os mecanismos de
circulação subterrânea das águas e os perigos a que este ambiente está sujeito. A gruta encontra-se
fechada ao público e só abre para visitas de estudo e para investigação científica, no intuito de preservar
o valioso património geológico e o ecossistema, de modo a que os impactes negativos resultantes do
acesso ao público não se sobreponham aos proveitos retirados.
A pressão turística provoca um aumento do teor de CO2 e da temperatura, contaminando com fungos e
bactérias exteriores. Assim, para preservar as maravilhas do algar, têm de existir períodos de repouso da
gruta – e limitação do tempo de permanência dos visitantes na gruta – 30 minutos, uso de tapete de
descontaminação, o uso de estruturas “transparentes”, em materiais não oxidáveis e removíveis –
escadas e corrimão, o uso de uma área mínima dedicada à circulação de visitantes no interior da gruta –
proibido tocar nos espeleotemas e o uso de um sistema de controle climático e monitorização.
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VI. A NASCENTE DO ALVIELA
Olhos de Água
Enquadramento geológico
A nascente do Alviela situa-se na transição entre o Maciço Calcário Estremenho e a Bacia Terciária do
Baixo Tejo. O Maciço Calcário Estremenho é um grande bloco de calcários jurássicos com cerca de 800
km2, situado entre Rio Maior, Tomar e Leiria e constitui a bacia de alimentação da nascente. A Bacia
Terciária do Baixo Tejo estende-se, a norte, desde Tomar a Vila Franca de Xira e, a sul, desde Abrantes
e Ponte de Sôr a Vendas Novas e Lisboa.
Há uma diferença de cerca de 140 milhões de anos entre as rochas do Maciço Calcário Estremenho e as
da Bacia Terciária do Baixo Tejo: as do Maciço têm cerca de 160 milhões de anos (calcários do
Jurássico) e estão em contacto com as formações da Bacia Terciária do Tejo, com apenas 20 milhões de
anos (formações de uma época que se designa por Miocénico). Em anexo, encontram-se extractos da
carta geológica 1/500 000 e 1/50 000 desta região.
Esta situação é o resultado de várias fases da orogenia alpina, a mesma que formou os Alpes e os
Pirinéus. Há muitos milhões de anos, as terras situadas a oeste duma linha entre Aveiro, Coimbra,
Tomar e Setúbal, constituíam a Bacia Lusitânica e estavam imersas, depositando-se nessa altura grande
parte das formações marinhas que hoje as constituem. A este período inicial, seguiram-se episódios
compressivos na sequência da aproximação entre a Placa Africana e a Placa Euroasiática, resultando,
num primeiro momento, a Bacia Terciária do Baixo Tejo. Posteriormente ocorreu um período de
compressão que originou o cavalgamento das rochas mais antigas do Maciço Calcário Estremenho sobre
as rochas, mais modernas, da Bacia do Tejo. E é assim que hoje encontramos as formações rochosas
mais antigas por cima das mais recentes.
Alviela - A nascente dos Olhos de Água do Alviela
Os maciços calcários formam aquíferos importantes, onde a água se infiltra rapidamente e circula em
galerias subterrâneas formadas pela dissolução da rocha. Ao contrário das regiões situadas à superfície
destes maciços, caracterizadas pela ausência de rios, na sua periferia as águas surgem em nascentes
caudalosas. Grande parte das regiões da Beira Litoral, Estremadura, Ribatejo e Algarve, e ainda extensas
áreas do Alentejo são abastecidas pelas águas subterrâneas de maciços calcários.
A nascente dos Olhos de Água do Alviela, que tem uma bacia de alimentação estimada em 180 km2,
constituiu uma das principais origens de abastecimento de água à cidade de Lisboa.
Em 1880 foi construído um aqueduto com cerca de 120 km de extensão que permitiu, após posterior
beneficiação, o transporte diário máximo de 70.000 m3 desde esta nascente até à capital, aos quais se
juntavam 30.000 m3 da Ota e 60.000 m3 de Alenquer.
As medições de caudal nos Olhos de Água do
Alviela têm fornecido valores entre os 30.000
m3/dia e os 1,5 milhões de m3/dia (isto é, entre
0,3 m3/s e 17 m3/s). A série hidrológica de
1949/79 mostra variação dos caudais entre 44
milhões de m3/ano e 187 milhões de m3/ano,
com um valor médio de 120 milhões de m3/ano.
Para estudar a circulação subterrânea da água
têm sido feitas experiências em que uma
substância traçadora, neste caso a fluoresceína ou
a rodamina, é deitada na água, seguindo-se
depois o seu rasto nas águas que afloram na
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região (esquema em anexo). Estas experiências demonstraram a existência de ligação entre o sector
sudoeste da região de Minde e a nascente dos Olhos de Água, enquanto que o sector sudeste conduz as
suas águas para a nascente do Almonda. A velocidade máxima de circulação destas águas subterrâneas,
medida por este processo, é de cerca de 240 m/h. A nascente foi mergulhada por espeleólogos
portugueses durante a década de 70 e mais tarde por mergulhadores belgas, franceses e de novo
portugueses, tendo sido atingida a profundidade de 100 metros após um percurso superior a 600 metros.
A Perda da Ribeira dos Amiais
O bloco calcário onde surge a nascente dos Olhos de Água do Alviela é atravessado pela Ribeira dos
Amiais. Esta ribeira, depois de receber as águas das nascentes
temporárias situadas na base das escarpas do cavalgamento do
Maciço Calcário Estremenho sobre a Bacia do Tejo, atravessa a
região de Monsanto aumentando o seu caudal com águas
superficiais e com águas dos aquíferos das formações mais
recentes.
Uma centena e meia de metros depois de atingir o bloco de
rochas calcárias, a Ribeira dos Amiais some-se numa galeria
subterrânea (o que se designa por Perda da Ribeira dos Amiais)
com duzentos metros de extensão.
A ressurgência das águas situa-se no início de um vale que forma
um estreito canhão, em frente de uma saída de extravasamento
da nascente principal (o Poço Escuro), que se encontra uma
centena de metros a jusante, na outra extremidade do vale.
A meio caminho da galeria da subterrânea da Ribeira dos Amiais
há um abatimento importante onde desembocam várias galerias.
A mais importante tem 130 metros de comprimento e constitui a
A ressurgência das águas situa-se no início de um vale que forma um estreito canhão, em frente de uma
saída de extravasamento da nascente principal (o Poço Escuro), que se encontra uma centena de metros
a jusante, na outra extremidade do vale.
A meio caminho da galeria da subterrânea da Ribeira dos Amiais há um abatimento importante onde
desembocam várias galerias. A mais importante tem 130 metros de comprimento e constitui a perda de
outra ribeira menos importante, situada a sul da primeira.
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VII. ARRIMAL
Origem: Wikipédia
Coordenadas: 39° 29' 21" N 8° 52' 50" O
O Arrimal é uma freguesia portuguesa do concelho de Porto de Mós, com 18,57 km² de área e 747
habitantes (2001). Densidade: 40,2 hab/km².
Situa-se no limite do Concelho de Porto de Mós em plena Serra d'Aire e Candeeiros. Terra com
tradições ancestrais que se podem reviver com o seu Rancho Folclórico Luz dos Candeeiros.
Com a serra que a rodeia, com as duas lindíssimas lagoas naturais, com a visão do mar no histórico Arco
da Memória, é o local certo para quem gosta do campo.
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VIII. FÓRNEA – ALCARIA
Um estranho fenómeno geológico dá a ilusão
de ser um anfiteatro natural. Assemelha-se a
um enorme abatimento da crosta terrestre
começando em Chão das Pias e descendo até
Alcaria.
As erosões provocadas pelas chuvas e pelas
águas nascentes criaram um cenário natural
impressionante. No interior da Fórnea
encontra-se a Cova da Velha, uma cavidade
com uma nascente que alimenta o Ribeiro da
Fórnea.
Fórnea é uma espécie de cratera aberta na serra, mais concretamente no Parque Natural da Serra de Aire
e Candeeiros. A entrada para o fundo desta cratera faz-se em Alcaria, aldeia situada entre Mira D´Aire e
Porto de Mós.
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IX. CASTELO DE PORTO DE MÓS
Origem: Wikipédia
Coordenadas: 39º36'12"N 8º49'07"O
O Castelo de Porto de Mós, também conhecido como
Castelo de D. Fuas Roupinho, localiza-se na vila de mesmo
nome, Freguesia de São Pedro, Distrito de Leiria, em
Portugal.
Erguido sobre um outeiro, em posição dominante sobre a
povoação, o seu nome está ligado ao de D. Fuas Roupinho,
imortalizado nos versos de Camões e na lenda da Nazaré.
Antecedentes
Acredita-se que a ocupação do sítio remonte à pré-história, conforme fragmentos de cerâmica resgatados
pela pesquisa arqueológica. Do período da ocupação romana, de quando se crê date a primeira defesa da
povoação, foram recolhidas moedas e identificadas inscrições latinas em duas cantarias. Essa primitiva
defesa teria sido aumentada nos séculos seguintes, sucessivamente por Visigodos e Muçulmanos.
O castelo medieval
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, tendo as forças de D. Afonso Henriques (1112-85)
avançado até à linha do rio Tejo, Porto de Mós tornou-se um ponto estratégico na defesa de Leiria e de
Coimbra. Conquistada em 1148, a tradição refere como seu Alcaide o ilustre D. Fuas Roupinho. Pouco
tempo mais tarde os mouros reconquistaram este castelo, tendo D. Fuas logrado a fuga para retomá-lo
em seguida, com reforços, definitivamente.
Com o incentivo ao povoamento sob o reinado de D. Sancho I (1185-1211), a povoação prosperou,
tendo a sua defesa recebido importantes obras de beneficiação. Ciosa de seus direitos e deveres, foi uma
das raras localidades portuguesas que se constituíram em Concelho por iniciativa própria,
independentemente da concessão de Carta de Foral. Novas obras foram promovidas durante o reinado
de D. Dinis (1279-1325), que lhe outorgou foral (1305), quando se iniciou a sua adaptação à função de
residência senhorial.
No contexto da crise de 1383-1385, a povoação e o seu castelo tomaram o partido do Mestre de Avis.
As forças portuguesas, sob o comando do soberano, aqui acamparam a caminho da batalha de
Aljubarrota (1385). A povoação, o castelo e seus domínios integraram a ampla doação de terras e
direitos feita pelo soberano ao Condestável, D. Nuno Álvares Pereira. Por falecimento deste, foram
legados em testamento à sua filha e genro, os primeiros duques de Bragança. Em meados do século XV,
o filho do 1º duque de Bragança, D. Afonso, 4° conde de Ourém e 1° marquês de Valença, interessando-
se por várias vilas destes domínios, foi o responsável por várias melhorias em Porto de Mós, entre as
quais a transformação do seu castelo medieval em um solar renascentista, projeto que os seus
descendentes conservaram e ampliaram.
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Do terramoto de 1755 aos nossos dias
A estrutura defensiva do castelo foi severamente danificada pelo terramoto de 1755 e, novamente, em
menor grau, pelo de 1909, comprometendo em particular o alçado norte.
No século XX, foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de
1910. A intervenção do poder público só se fez sentir, entretanto, a partir da década de 1960, por
iniciativa da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Uma nova campanha
de intervenção e restauro teve lugar a partir de 2001.
Características
O castelo-solar de Porto de Mós apresenta planta
pentagonal irregular, em estilo gótico e renascentista.
Os seus panos de muralhas são reforçados, nos
ângulos, por cinco torres. As duas, pelo lado sul, são
encimadas por coruchéus piramidais verdes, estando
as três restantes danificadas.
Os parapeitos das torres e cortinas são reforçados por
uma série de mísulas, outrora rematadas por ameias.
A fachada sul apresenta uma combinação de
elementos arquitectónicos do gótico quatrocentista.
Duas torres com janelas flanqueiam-na, dispondo-se
no espaço entre ambas uma varanda dupla com
abóbadas de aresta, composta por arcos conopiais
misulados, interrompida ao centro por um
contraforte saliente.
Vários elementos escultóricos enriquecem esta área
e dependências palacianas anexas. No piso térreo
rasga-se um amplo portal. Intramuros, observa-se
um átrio arruinado que era formado por um pórtico
com colunas e pilastras renascentistas, tendo ao
centro os muros facetados da cisterna.
Portas e janelas rectangulares e ogivais, bem assim como outros elementos construtivos e decorativos,
revelam a coexistência de estilos, bem como similaridades com o Paço de Ourém.