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CADERNO SÍNTESE ACTUALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO SOCIAL CONCELHIO 2011

ACTUALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO SOCIAL CONCELHIO …app.cm-loures.pt/redesocial/Diagnostico_Loures_caderno_sintese... · O crescimento total de uma população é a consequência directa

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CADERNO SÍNTESE

ACTUALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO SOCIAL

CONCELHIO 2011

FICHA TÉCNICA

COORDENAÇÃO TÉCNICA Lúcia Santos (em representação da Presidente do Conselho Local de Acção Social/Câmara Municipal de Loures)

EQUIPA TÉCNICA

SECRETARIADO TÉCNICO DA REDE SOCIAL

Ana Vitor

Cristina Costa

Patrícia Guedes

Paula Lousão

Rosa Passinhas

Sara Branco

GRUPO DE TRABALHO DOS DADOS QUANTITATIVOS

Elisa Santos, Câmara Municipal de Loures/Direcção de Projectos do Plano Director Municipal (DPPDM) actual

Departamento de Planeamento e Gestão Urbanística/Divisão de Planeamento Municipal e Ordenamento do Território

Lídia Silva, Câmara Municipal de Loures/Departamento de Planeamento Estratégico/Divisão de Planeamento de

Equipamentos e Infra-Estruturas (DPE/DPEI) actual Departamento de Obras, Mobilidade e Energia/Divisão de

Mobilidade e Transportes Públicos

GRUPO DE TRABALHO DOS DADOS QUALITATIVOS

Ana Filipa Carvalho (técnica de apoio e acompanhamento da CSF Santo António dos Cavaleiros)

Ana Paula Ribeiro (técnica de apoio e acompanhamento da CSIF Apelação, Frielas e Unhos)

Andreia Carvalho (técnica de apoio e acompanhamento da CSIF Camarate, Prior Velho e Sacavém)

Marisa Correia (técnica de apoio e acompanhamento da CSIF Camarate, Prior Velho e Sacavém)

Carla Barreira (técnica de apoio e acompanhamento da CSF Moscavide)

Isabel Gonçalves (técnica de apoio e acompanhamento da CSIF São João da Talha e Santa Iria de Azóia)

Marisa Almeida (técnica de apoio e acompanhamento da CSF da Bobadela)

Rita Rosado (técnica de apoio e acompanhamento da CSIF Loures, Lousa e Fanhões)

Sónia Paróla (técnica de apoio e acompanhamento da CSF Bucelas, Portela e Santo Antão do Tojal)

Vanda Jerónimo (técnica de apoio e acompanhamento da CSIF São João da Talha e Santa Iria de Azóia)

Zita Neves (técnica de apoio e acompanhamento da CSF de São Julião do Tojal)

APOIO TÉCNICO

Dinâmia – CET, Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território

Lúcia Manata

Inês Amaro

IMPRESSÃO E ACABAMENTO

Staff 4 You, Lda.

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ÍNDICE Introdução ........................................................................................................................................................... 4 I – Enquadramento Territorial ............................................................................................................................. 5 II – Estrutura e Dinâmica da População e Famílias ............................................................................................. 6 III – Dinâmicas Económicas ................................................................................................................................ 9 IV – Cenário Sócio – Educativo ........................................................................................................................ 14 V – Estrutura Habitacional do Concelho ........................................................................................................... 18 VI – Panorama da Saúde .................................................................................................................................. 22 VII – Grupos em Situação de Vulnerabilidade .................................................................................................. 26 VIII – Acção Social ............................................................................................................................................ 32 IX – Igualdade de Oportunidades para o Género ............................................................................................. 35 X – Criminalidade e Segurança ........................................................................................................................ 37 XI – Equipamentos ............................................................................................................................................ 40 Agradecimentos ................................................................................................................................................ 43

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Por uma solidariedade em REDE, inovação precisa-se!

A base do programa nacional da Rede Social, criado há mais de uma década pelo Instituto da Segurança Social, assenta no objetivo de se criarem verdadeiras redes de partilha de conhecimento e intervenção nas comunidades locais que, a partir dos municípios, consigam envolver todos os sectores que trabalham com o propósito comum de eliminar a pobreza e a exclusão promovendo a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Em Loures, já somos mais de 60 parceiros, entre juntas de freguesia, instituições de solidariedade social, escolas, autoridades de saúde, forças de segurança. A consciência colectiva dos problemas sociais é uma realidade e a activação concertada dos meios e agentes de resposta também já se vai verificando.

Acompanhando as mudanças sociais e tecnológicas, a Rede Social de Loures apresenta agora o resultado da atualização do Diagnóstico Social concelhio feito em 2006. Independentemente das conclusões a extrair do documento, gostaria de assumir aqui o compromisso da Rede com a INOVAÇÃO, que significa precisamente “introduzir novidades em; renovar; inventar; criar”.

Porque urge acabar com o fosso que ainda existe entre algumas respostas e os problemas sociais, renovar modelos criados há décadas, encontrar respostas adequadas às novas necessidades das famílias e dos indivíduos e modernizar a intervenção do Estado junto dos que mais precisam.

No Município de Loures ambicionamos estar na vanguarda dessa inovação. Na Rede Social de Loures, espero que este novo diagnóstico marque o início de um projecto de intervenção inovador e de um Plano de Desenvolvimento Social renovado.

Tod@s junt@s, com optimismo e capacidade empreendedora, creio que seremos capazes de transformar as contrariedades em oportunidades, as fraquezas em forças, os constrangimentos em soluções inovadoras.

Pelas Pessoas, pela Igualdade de Oportunidades, pelos Direitos Humanos, pelo Desenvolvimento Local e pelo Bem-Estar Social a nossa acção e solidariedade só poderá prosseguir nos trilhos desta REDE imensa que nos une. A Presidente do Conselho Local de Acção Social

Sónia Paixão

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4

INTRODUÇÃO

Na génese da criação das Redes Sociais está a noção clara de que o envolvimento das entidades

concelhias que actuam no território, independentemente da sua natureza, garantem uma maior eficácia às

respostas sociais que o concelho pode oferecer, potenciando assim o desenvolvimento social local.

A metodologia inerente ao processo de implementação e consolidação da Rede Social tem como

objectivo enquadrar o Diagnóstico Social e dar ênfase à sua importância no âmbito do desenvolvimento

social local. Assim, assume-se o Diagnóstico Social como um instrumento fulcral na caracterização e na

análise das problemáticas existentes num concelho, considerado como um primeiro passo para a

definição de necessidades, para o estabelecimento de prioridades e de linhas estratégicas de intervenção

local.

Procura-se com este documento actualizar a informação de teor estatístico constante no Diagnóstico

elaborado em 2006 que permitam um sistemático conhecimento das vulnerabilidades e potencialidades

locais e perceber se o contexto de intervenção identificado em 2006, se mantém ou se sofreu alterações

significativas, por forma a se conseguir delinear novas estratégias de intervenção.

O presente documento sistematiza os dados quantitativos e qualitativos recolhidos para a actualização do

Diagnóstico Social Concelhio.

Pretende-se descrever o contexto de intervenção, através de uma análise de dados sobre aspectos

específicos da realidade concelhia, no qual foram utilizados elementos observáveis e objectivos, ou seja,

foram definidos um conjunto de Indicadores1 de Referência – dados quantitativos que traduzem a

situação concelhia, procurando sempre que possível, e tendo em conta os recursos disponíveis, fazer as

suas interpretações e procurar as causalidades dos fenómenos sociais, para que no Fórum de Discussão,

em articulação com os diversos parceiros, se complementasse a informação, encontrasse causalidades e

formas de agir, aproximando-nos dos factores provocadores do fenómeno social em análise.

Assim, o trabalho realizado no Fórum de Discussão, veio validar e complementar a informação

quantitativa aqui presente, na medida em que conjuntamente com os parceiros foram definidos em cada

uma das áreas abordadas, os problemas e a sua respectiva priorização, os factores a que lhe estão

associados, os grupos mais afectados e a identificação de um conjunto de estratégias de intervenção.

1 Entenda-se aqui como indicador, o elemento observável e objectivo que fornece informação sobre aspectos específicos da realidade (…), in BATISTA, António TEIXEIRA, Paulo; SCHIEFER, Ulrich, e tal (2006), Manual de Planeamento e Avaliação e Projectos. Cascais: Principia.

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I – ENQUADRAMENTO TERRITORIAL A configuração urbana de Loures acabou por estar sempre associada ao processo

de transformação territorial da capital, o que é análogo a outros municípios da

periferia de Lisboa. As suas condições naturais, ambientais e culturais, conferiram a

este território uma identidade local muito própria, ancorada nas suas paisagens, nos

seus vinhos, nos seus produtos agrícolas, nos seus modos de vida,

consubstanciados na figura do saloio enquanto “habitante do campo”.

Configuração Urbana de Loures

Com uma população de 199 050 mil habitantes e uma área de cerca de 170

km2, o Município contém 18 freguesias, 7 vilas e 2 cidades: Loures e

Sacavém. Das freguesias com maior dimensão, destacam-se Bucelas com

cerca de 34 Km2, Loures com 32,8 Km2 e Lousa com 16,54 Km2; Moscavide

e Portela, ambas com cerca de 1 Km2, são as freguesias mais pequenas do

concelho.

Habitantes Freguesias

Relativamente à população residente em 2001, as freguesias de Loures,

Santo António dos Cavaleiros e Camarate eram aquelas onde se registava

a presença de um elevado número de indivíduos, 24 237, 21 947 e 18 821,

respectivamente.

População Residente

O Município de Loures encaixa-se em duas unidades territoriais: Norte Agro-

Florestal, espaço com dominância agrícola e florestal, que se caracteriza por

sistemas de culturas agrícolas e florestais e áreas de elevado interesse paisagístico

e Espaço Urbano Norte e Poente, com predomínio urbano, que se caracteriza pela

existência de vários eixos que, apoiados em linhas ferroviárias, se estruturaram e

consolidaram promovendo centros urbanos dispostos linearmente, como o eixo de

Vila Franca de Xira a Sacavém.

Unidades Territoriais

De acordo com o Plano Director Municipal (PDM) em vigor, a delimitação municipal

da Reserva Ecológica Nacional (REN) compreende uma área total de 5448 ha e a

Reserva Agrícola Nacional (RAN) equivale a 3158 ha.

Área de REN e RAN

As infra-estruturas, os equipamentos e os espaços industriais e urbanos

representam cerca de 51% do território. O restante é essencialmente constituído por

meios semi-naturais, áreas agrícolas e áreas florestais.

Ocupação do Território

Relativamente à hidrografia, o Concelho de Loures é cruzado por vários rios e

ribeiras que lhe conferem um elevado grau de fertilidade e qualidade produtiva dos

solos.

Hidrografia

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II – ESTRUTURA E DINÂMICA DA POPULAÇÃO E FAMILIAS

A variação populacional ocorrida entre 1991 e 2001 foi positiva (3,6% -

correspondendo a um acréscimo de 6916 habitantes), as freguesias da

Apelação (76,7%), Frielas (67,6%) e Prior Velho (52,6%) foram as que

apresentaram o maior crescimento populacional e Santo António dos

Cavaleiros (-16,4%), Moscavide (-16,4%) e Camarate (-9,5%), foram as

freguesias que apresentaram maiores decréscimos populacionais.

Variação da População

As 18 freguesias que compõem o concelho de Loures apresentam, em

termos de densidade populacional, características bem diferenciadas: nas

freguesias situadas mais a norte do concelho encontra-se uma população

residente, dispersa pelo vasto território e caracterizada por uma muito baixa

densidade, enquanto que nas da zona Oriental emerge um importante

contínuo urbano de elevado número de alojamentos que polarizam

uma parte significativa da população residente no concelho.

Não estando situada na parte Oriental do concelho, mas com uma

densidade populacional alta, encontra-se a freguesia de Santo António dos

Cavaleiros, a mais elevada concentra-se nas freguesias de Moscavide e

Portela.

Relativamente ao crescimento da população residente no concelho até

2003, estimou-se um ligeiro crescimento, sendo que a partir de 2004, a

tendência apontou para um decréscimo com um diferencial de 5429

residentes (2001-2009). Existindo, ainda, uma superioridade das mulheres

em relação aos homens sendo a maioria da população adulta e em idade

activa. A maioria da população encontra-se entre o x e y e está em idade

activa, sendo as mulheres em número superior aos homens.

Densidade Populacional

Verifica-se uma tendência para o envelhecimento da população: o escalão

etário dos 0-14 anos tende a reduzir-se, ao passo que a população idosa

(65 e mais anos) aumenta (mais 6771 indivíduos em comparação com os

recenseados pelos censos de 2001).

Envelhecimento

Em relação ao número de nascimentos, este é sempre superior aos óbitos, sendo

que o número de óbitos de crianças com menos de 1 ano situa-se entre os 8 e os 15

Taxas de Natalidade

7

casos.

De 2001 a 2009, o número de nados-vivos, por ano, tem assumido alguma

estabilidade, não se registando grandes oscilações, mantendo-se um quantitativo

que ultrapassa sempre os 2 000 nascimentos anuais. A evolução da taxa de

natalidade está a decrescer, mas com valores ligeiramente superiores aos

apresentados a nível nacional (11%), em 2001, a tendência nacional caminha para

um decréscimo mais acentuado de 9,40% em 2009, ao passo que Loures consegue

manter-se nos 11%. Em 2001, registaram-se em média, 7,60% óbitos por cada mil

habitantes, estando abaixo da média nacional que é de 10,2%.

Conclui-se que, do cruzamento da evolução destas variáveis demográficas,

verifica-se que as taxas de natalidade são sempre superiores às taxas de

mortalidade, resultando numa taxa de crescimento natural positiva, verificando-

se um decréscimo ao nível da Taxa de Mortalidade Infantil (TMI)2, registado em 1991

(5,9%) e 2008 (4,8%).

O crescimento total de uma população é a consequência directa do movimento

natural e migratório, ou seja, da evolução da natalidade, mortalidade e dos

movimentos migratórios.

Assim, temos uma diminuição da taxa de crescimento efectivo (saldo total) do

Município de Loures, estimando-se a perda de 5 596 indivíduos, de 2001 a 2009.

Na década anterior (1991-2001) registou-se, por cada ano e cada 100 pessoas, um

crescimento de 0,35%, traduzido em 6 916 pessoas e uma diminuição da taxa de

crescimento natural em 12%.

O Saldo Natural ou Fisiológico é a diferença entre o número de nados-vivos e de

óbitos, num dado período de tempo. No período inter-censitário de 1991-2001 essa

diferença situava-se nos 7 875 habitantes. De 2001 a 2009, essa desigualdade

situa-se nos 6 317 indivíduos;

De acordo com os Indicadores Demográficos (INE), Loures manifesta uma

tendência para a redução da taxa de crescimento migratório, o que revela que

se está perante um território que não está a atrair população. Paralelamente,

manifesta um progressivo envelhecimento3populacional: em 2009, por cada 100

jovens existiam 101 idosos4. Em 2001 este índice era muito mais baixo (77 idosos

por cada 100 jovens).

Crescimento da População - Efectivo - Natural - Migratório

Em relação aos Índices de Dependência5, estes mostram que, em 2009, por cada

100 indivíduos potencialmente activos, 22 são jovens e 23 são idosos.

Índices de Dependência e Longevidade

2 Taxa Mortalidade Infantil = (óbitos<1médios/nascimentos)*1000 3 Índice de envelhecimento (Pop. 65 e + anos/0 – 14)*100 4 De acordo com as Estimativas Anuais da População Residente (INE) o Índice de Envelhecimento em Portugal é de 117,6. 5 Índice de dependência de jovens = (População 0-14 anos/Pop.15-64 anos)*100; Índice de dependência de idosos = (População 65 e + anos/Pop. 15-64 anos)*100.

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Analisando a esperança média de vida no concelho, o Índice de Longevidade6,

indicador de medida do envelhecimento que compara o peso dos idosos mais jovens

com o peso dos idosos menos jovens, confirma a tendência para o

envelhecimento demográfico.

Em 2009, verificou-se que a percentagem de jovens7 é inferior à percentagem

de idosos8 (15,84 para 16,09).

A percentagem de famílias, cujos elementos têm sobretudo entre 40-59 anos

(43,1%) é superior à percentagem de famílias, cujos elementos têm 75 e mais anos

(6,4%).

A maioria de famílias é constituída por 2,3 e 4 pessoas (76,3%), verificando-se um

valor muito inferior de famílias com 1 pessoa (16%) e 7,7% de famílias com 5 e

mais pessoas.

Verifica-se uma superioridade de famílias constituídas por casal de “direito” com

filhos (44,4%) comparativamente com famílias constituídas por casal de “direito”

sem filhos (21%) e 0,7% de famílias constituídas por avós com netos.

Famílias Clássicas

Verifica-se ainda, 9,5% de famílias monoparentais, com maior relevo de mães

com filhos.

Famílias Monoparentais

6 Índice de longevidade (População com 75 e + anos/População com 65 e + anos)*100 7 População com 0-14/população total*100 8 População com 65 e + anos/população total*100

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III – DINÂMICAS ECONÓMICAS

O concelho de Loures parece acompanhar a tendência nacional no que respeita à

divisão da população activa por sectores de actividade. A maior parte da

população dedica-se a actividades do sector secundário, verificando-se um fraco

número de população ligada a actividades do sector primário.

Actividade por sector de Actividade

Ao analisar-se a população empregada residente no concelho de Loures

pelos grupos de profissões, constata-se que o primeiro lugar é ocupado

pelas profissões do grupo dos operários, artífices e trabalhadores similares,

o segundo pelas profissões do grupo dos trabalhadores não qualificados e,

em terceiro, as profissões do grupo pessoal dos serviços e vendedores. De

um modo geral as freguesias do concelho de Loures vão ao encontro da

situação caracterizadora do concelho. Especial destaque para a freguesia

da Portela, onde se verifica que os grupos de profissões que se destacam

são o grupo dos especialistas das profissões intelectuais e científicas, o

grupo dos técnicos e profissionais de nível intermédio e o grupo dos

quadros superiores da Administração Pública, dirigentes e quadros

superiores de empresa. Esta situação deverá de algum modo estar

relacionada com o facto de esta freguesia possuir a população com nível

académico mais elevado, em comparação com as restantes.

População Empregada por Grupos de Profissões

Em 2001, o concelho de Loures registava uma taxa de emprego com valor superior

ao registado a nível nacional, bem como à média registada na Grande Lisboa,

situando-se em 58,90%. Ao nível das freguesias, verificava-se a inexistência de

uniformidade. A freguesia de Frielas registava a taxa mais elevada, 66,80%. Em

oposição encontrava-se a freguesia de Moscavide, com uma taxa de 46,90%.

Taxa de Emprego

A taxa de actividade no concelho de Loures, em 2001, era também superior à de

Portugal em geral, bem como à da Grande Lisboa, cifrando-se em 53,30%. No que

respeita às freguesias a situação era também idêntica à verificada na taxa de

emprego; a freguesia de Moscavide detinha a taxa de actividade mais reduzida -

46,50% e a de Frielas a mais elevada - 57,40%.

Taxa de Actividade

Em 2001, a população residente no concelho de Loures que trabalhava ou estudava

noutro município era de 55,86%, média bastante superior à média nacional com

28,48% e à média registada na Grande Lisboa, com 42,85%. Esta situação

evidencia que mais de metade da população residente no concelho necessita

sair da sua área geográfica para ir estudar ou trabalhar.

População residente a trabalhar ou estudar noutro município

Relativamente à população residente no concelho de Loures, com mais de 15 anos,

segundo a condição perante a actividade económica, verificava-se em 2001, que do

total de 16 7549 residentes que tinham mais de 15 anos, 10 6256 tinham actividade

População Residente segundo a condição perante a actividade

10

económica, contra 61 293 que não tinham, representando percentualmente 36,6%

da população com mais de 15 anos. Tendo em conta a população do concelho com

actividade económica, os dados revelavam que do seu universo, 92,9% respeitava

a população empregada e 7,1% a população desempregada.

económica

A maioria da população com actividade económica é constituída por homens,

com uma percentagem de 53,4%, contra 46,6% de mulheres. Já no que respeita à

população sem actividade económica a situação inverte-se, assumindo o sexo

feminino a maioria, 59,9%, contra 40,1% do sexo masculino. Esta situação parece

mais uma vez contribuir para uma ideia de fragilidade do universo feminino no

concelho, ao confirmarmos que a grande fatia de pessoas sem actividade

económica, e consequentemente sem rendimentos, advindos da actividade laboral,

é constituída por mulheres.

No que respeita à análise por freguesia, verifica-se que, sem excepção, todas

seguem a tendência verificada ao nível concelhio, mais população com actividade

económica do que sem actividade, mais mulheres sem actividade económica

do que homens.

Actividade Económica, segundo o sexo e a freguesia

Analisando os dados referentes à taxa média de desemprego de longa duração,

verifica-se que a Região de Lisboa e Vale do Tejo, na qual se insere o concelho de

Loures, tem, em média, a terceira mais elevada do País, não se registando

quaisquer alterações de 2007 para 2008. Contudo, de 2008 para 2009 verificou-se

um aumento de 3,8% para 4,2%. Estes dados revelam-se preocupantes, porque se

verifica que a tendência dos números é para o aumento, e não para a diminuição,

como seria desejável, confirmados pelos dados mais recentes - relativos ao 3.º

trimestre de 2010, nos quais a Região de Lisboa ocupa já o terceiro lugar no que

se refere à maior taxa de desemprego fixando-se agora nos 11,30%, tendo

mesmo uma média superior à media nacional que era de 10.90%.

Na análise por sexo, verifica-se que a taxa é em média mais alta para as mulheres

do que para os homens, embora no caso da Região de Lisboa os dados revelem

uma situação inversa: a taxa para os homens era de 11,40% e para as mulheres de

11,10%.

Taxa média de desemprego de longa duração

De Janeiro de 2008 para igual período de 2010 verificou-se um aumento do número

de desempregados, tanto para os homens como para as mulheres, com mais 680

homens e 117 mulheres desempregados (2008 – 2009) e um aumento de 1295

homens e 119 mulheres (2009 a 2010). Mais recentemente, de Janeiro de 2010 para

os últimos dados – relativos ao mês de Outubro de 2010 – registou-se uma alteração

na aparente tendência de aumento de desemprego, tendo em conta que se

registaram menos 121 homens em Outubro face ao registado em Janeiro, no caso

das mulheres confirmou-se a tendência de aumento, com mais 259 mulheres

registadas em relação ao total de Janeiro. Apesar da ligeira redução no número de

homens desempregados registada em Outubro último face ao mês de Janeiro, os

homens inscritos no Centro de Emprego, residentes no concelho de Loures,

continuam a representar a maioria dos desempregados, 52,6%, contra 47,4%

Número de desempregados, segundo o sexo

11

no caso das mulheres (no mês de Outubro de 2010).

A grande maioria dos desempregados residentes no concelho de Loures e inscritos

nos centros de emprego, procuravam um novo emprego, o que significa que

anteriormente já fizeram parte do mercado de trabalho. Apenas uma minoria

procurava o primeiro emprego. Em ambos, a tendência é de aumento dos

números, quer dos que procuram primeiro emprego, quer dos que procuram

novo emprego.

Em relação ao tempo de inscrição nos centros de emprego, registou-se, de Janeiro

de 2008 para Janeiro de 2009, uma diminuição do número de inscritos há mais de

um ano e um aumento no número de inscritos há menos de um ano; contudo, de

Janeiro de 2009 para Janeiro de 2010, a tendência em ambos os casos foi de

aumento, verificando-se assim um acréscimo de 1737 inscritos há menos de um

ano e de 477 inscritos há mais de um ano. De Janeiro para Outubro de 2010,

verifica-se um decréscimo no número de inscritos há menos de um ano, com uma

redução de 9,2% e um aumento do número de desempregados inscritos há mais de

um ano, aumento esse de 702 desempregados. Estes dados revelam a tendência

para o agravamento da situação do desemprego, tendo em conta que se

considera a inscrição há mais de um ano como desemprego de longa duração.

Tempo de Inscrição nos Centros de Emprego

No que concerne ao nível de escolaridade dos indivíduos inscritos nos Centros de

Emprego, residentes no concelho de Loures, os que possuem como nível de

escolaridade o 1.º Ciclo do Ensino Básico totalizavam no final de Outubro de 2010,

1940 desempregados, com o 3.º Ciclo do Ensino Básico, 1894 desempregados e o

Ensino Secundário com um total de 1966 desempregados. Em termos comparativos

e analisando os inscritos no final do mês de Janeiro de 2008 e Outubro de 2010,

verifica-se que por nível de escolaridade, o que mais cresceu em termos

numéricos foi o do ensino secundário, com mais 803 inscritos actualmente com

este nível de ensino, o que permite evidenciar um aumento do nível de

escolaridade dos desempregados, o que apesar da contrariedade inerente à

situação de desemprego, não deixa de ser um dado revelador de uma

melhoria.

Nível de Escolaridade dos inscritos nos Centros de Emprego

Por escalão etário, verifica-se que o maior volume de desempregados residentes no

concelho de Loures, pertence ao escalão etário 35-54 anos, situação que se registou

em todos os períodos analisados e o grupo etário com menor número de

desempregados e, simultaneamente, aquele em que o aumento tem sido menos

significativo, é o grupo com menos de 25 anos. Apesar destes dados, a tendência

parece ser de aumento do número de desempregados em todos os níveis

etários.

Escalão Etário dos inscritos nos Centros de Emprego

O principal motivo de inscrição nos centros de emprego, no que respeita aos

inscritos residentes no concelho de Loures é, em todo o período analisado, o “Fim

de trabalho não permanente”, situação que ocorre, regra geral, em situação de

contratos a termo certo.

Principal motivo de inscrição

12

Relativamente ao Poder de compra per capita, verifica-se que de 2005 para 2007 o

poder de compra na Região de Lisboa e Vale do Tejo diminuiu, apesar de

continuar a ser a região do país com o maior poder de compra per capita, com uma

média bastante superior à nacional, que era em 2007 de 100, enquanto que a de

Lisboa e Vale do Tejo era de 125,44.

Poder de compra per capita

O crédito hipotecário concedido a particulares tem diminuído nos últimos

anos, assumindo em 2005 um valor de 2619� por habitante, fixando-se em 2009 em

1327� por habitante. Loures revela actualmente uma média de crédito hipotecário

concedido a particulares superior à média nacional, que se cifrou em 2009, em

1098� por habitante, mas inferior à média dos concelhos da Grande Lisboa com

1657�.

Crédito Hipotecário

A análise ao crédito à habitação por habitante revela que o concelho de Loures

possui um dos valores mais baixos face aos restantes concelhos da Grande Lisboa,

tendo registado em 2009 um valor médio de 8416� por habitante, valor esse inferior

à média nacional que era nesse período de 9947�, e muito inferior à média da

Grande Lisboa, que era de 19012�. Confirma-se ainda uma tendência para o

aumento do crédito à habitação por habitante de ano para ano, no caso do concelho

de Loures, em 2006 esse valor era de 6647�, portanto menos 1769� que em 2009.

Crédito à Habitação por habitante

13

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14

IV - CENÁRIO SÓCIO-EDUCATIVO

Verifica-se que, em 2001, mais de metade (78%) da população do concelho de

Loures possui qualificação académica, desta 70,68% possui como nível de

instrução o Ensino Básico (a escolaridade obrigatória), sendo o 1º Ciclo do Ensino

Básico o de maior expressão (34,42%) ao nível concelhio. No total dos

residentes, temos 80,81% homens e 75,36% mulheres com qualificação académica.

Não possuindo qualquer nível de ensino contabilizam-se, em 2001, 43 748

indivíduos (21,98% do total da população residente).

Com o 2º Ciclo existem 22 598 pessoas e com o 3º Ciclo 33 722, perfazendo, em

conjunto, aproximadamente 35% da população residente no concelho.

Registam-se 28 896 indivíduos com o Ensino Secundário completo, ou seja,

18,61% dos residentes concelhios, com o Ensino Médio existem 1577 indivíduos

(1,02%) e com o Ensino Superior contabilizam-se 15 061 pessoas (9,70%).

Podemos concluir que, no concelho de Loures, são as mulheres que possuem um

nível de ensino mais elevado, 11,22% contra 4,16% dos homens, mas são os

homens 78 617 (80,81%) que possuem o nível de qualificação completo mais

elevado.

Nível de ensino da população do concelho de Loures

Existem actualmente 21 263 alunos a frequentar os estabelecimentos de

ensino público em Loures, o que, consequentemente irá contribuir para o aumento

dos níveis de instrução.

No concelho estão constituídos 13 agrupamentos de escolas, não existindo

escolas não agrupadas e existem sete Escolas Secundárias.

Alunos Agrupamentos de Escolas

Em 2001, o total de residentes em idade escolar era 33 947; distribuídos pelas

faixas etárias dos 5 aos 9 anos, 10 308 (30,3%), dos 10-14 anos 10.686 (31,4%) e

dos 15-19 anos, 12 953 (38,1%). De acordo com as estimativas de 2009, existe um

total de 29 902 residentes em idade escolar, o que representa uma diminuição de

11,9% face a 2001; por outro lado, perspectiva-se um aumento na idade dos 5 aos 9

anos e uma redução dos 10 aos 19 anos.

Residentes em idade escolar

Importa igualmente referir que, no ano lectivo 2009-2010, estavam a frequentar as

escolas da rede pública no concelho de Loures um total de 21 263

crianças/alunos, distribuídos da seguinte forma: 1º Ciclo – 8035; 2º e 3º Ciclo –

9594 e Secundário 3634. Verifica-se que, em 2001, as faixas etárias dos 6 aos 9

anos e dos 15 aos 17 anos, eram aquelas em que se encontrava a maior parte da

população escolar residente no concelho, respectivamente 21.9% e 19%;

Crianças/Alunos a frequentar as escolas da Rede Pública

15

De acordo com a projecção realizada para 2015, perspectiva-se um aumento da

população escolar até aos 14 anos e uma redução nos escalões etários entre

os 15 e os 19 anos.

A zona Oriental apresenta-se como a mais fragilizada em termos educacionais. O

aumento populacional em idade escolar prevê-se que venha a ser de 1.282

habitantes em 2015, o que associado à sobreocupação dos estabelecimentos

educativos em algumas freguesias como Bobadela, Camarate, Moscavide, Prior

Velho, Sacavém, Santa Iria de Azóia, S. João da Talha e Unhos ao nível do 1º Ciclo,

em que a taxa de ocupação oscila de 125% a mais de 125%, poderá contribuir para

a consolidação de situações graves como, por exemplo, a desadaptação e o

insucesso escolar.

Projecção da população escolar para 2015

Cruzando o número de crianças e alunos residentes com idade entre os 3 e os 5

anos e as crianças inscritas na educação pré-escolar, verifica-se que o concelho de

Loures apresenta uma taxa bruta de pré-escolarização de 60,20% em 2007/2008.

Taxa Bruta de pré-escolarização

No ensino pré-escolar existem 43 estabelecimentos da rede pública no ano

lectivo 2008/2009 e 48 no ano lectivo de 2009/2010, foram abertas mais oito

escolas que no ano lectivo anterior, o que representa uma oferta de mais 12 salas,

com capacidade para mais 288 crianças/alunos.

Destaca-se também o papel fundamental das IPSS na oferta pré-escolar existente

no concelho com sete equipamentos, com acordo de cooperação com o Centro

Distrital da Segurança Social, que dão resposta a 417 utentes.

Pré-Escolar

Relativamente ao 1º Ciclo do Ensino Básico, contabilizam-se, no ano lectivo 2008-

2009, 64 escolas da Rede Pública e no ano lectivo 2009/2010, 67 escolas, o que

representa uma oferta de mais 24 salas, com capacidade para mais 576

crianças/alunos.

1º. Ciclo do Ensino Básico

Nos regimes de funcionamento verifica-se que, no ano lectivo 2008/2009, das 65

escolas Públicas do Ensino Básico do 1º Ciclo existentes no concelho, 32 funcionam

em Regime Normal, 16 em regime duplo e 16 conciliam turmas em regime normal e

duplo.

Regimes de funcionamento

Quanto ao número de turmas, segundo o regime de funcionamento, constata-se

que das 397 existentes, 176 (44,3%) funcionam em regime normal e as restantes

221 (55,7%) em regime duplo.

Número de Turmas

No que respeita às taxas de ocupação, do total das 64 escolas, distribuídas pelas

18 freguesias, verifica-se um panorama concelhio desigual, coexistindo, por um lado,

escolas que apresentam um número excessivo de alunos e outras com capacidade

para aumentar a oferta em ensino e/ou em outro tipo de actividades sócio-

educativas.

Taxas de Ocupação

No concelho de Loures, ao nível do 1º Ciclo, verifica-se uma diminuição, quer nas

16

taxas de retenção, quer nas de abandono; assim, temos no ano lectivo 2006/2007,

uma taxa de retenção de 9%, no ano a seguir de 8,3%, e em 2008/2009 de 5,9%.

Quanto à taxa de abandono, a evolução teve o mesmo sentido: em 2006/2007 era de

0,9%, no ano a seguir de 0,6%, e em 2008/2009 de 0,4%.

Taxas de Retenção e Abandono

Relativamente aos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, contabilizam-se no ano lectivo

2009/2010 19 escolas da Rede Pública, o que representa uma oferta de 613 salas e

341 turmas, registando-se uma frequência de 9594 alunos.

2º. e 3º. Ciclos do Ensino Básico

Nos 2º e 3º Ciclos em 2006/2007, a taxa de abandono escolar tem mais

expressão nas freguesias de São João da Talha (14%) e Unhos (4,6%); no ano

lectivo de 2007/2008, as freguesias com mais expressão são Apelação (5,4%) e

Unhos (3,1%) e em 2008/2009 são as freguesias da Bobadela (23,7%) e Sacavém

(2,5%). Relativamente à taxa de retenção no ano lectivo de 2006/2007, as

freguesias com maior expressão são Apelação (32%), Unhos (28,4%), Bucelas

(19,8%) e Santa Iria de Azóia (19,6%).

Os dados existentes mostram que a taxa de retenção é mais elevada que a taxa de

abandono, ambas tão mais elevadas quanto mais elevado é o nível de ensino em

que nos situamos.

Taxas de Abandono

Relativamente às escolas secundárias, contabilizam-se, no ano lectivo 2009/2010,

sete escolas da Rede Pública, o que representa uma oferta de 276 salas e 153

turmas, registando-se uma frequência de 3634 alunos. A este nível a oferta é maior

na freguesia de Loures, com 2 escolas.

Escolas Secundárias

Ao nível concelhio, a evolução das taxas de retenção apresenta um valor mínimo de

2,3% e máximo de 32,5%; relativamente às taxas de abandono, elas apresentam

valores mínimos de 1,4% e máximos de 9,5%.

Evolução das taxas de retenção e abandono ao nível concelhio

No que se refere ao pessoal não docente afecto aos equipamentos educativos da

rede pública, destaca-se a este nível a transferência de competências do Ministério

da Educação para o Município, as quais implicaram alterações às dinâmicas

instituídas relativamente a este grupo de trabalhadores. Assim, no ano lectivo

2010/2011, existe um total de 725 trabalhadores, distribuídos pelas componentes de

apoio à família, educação pré-escolar e ensino básico, serviços administrativos e

outras actividades (cozinheiras, guarda-nocturnos e técnicos superiores),

abrangendo a totalidade da rede escolar, o pessoal em funções é reorganizado de

acordo com a população escolar existente.

Pessoal não docente

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V – ESTRUTURA HABITACIONAL DO CONCELHO (EM REVISÃO) SÍNTESE CONCLUSIVA

Habitação

O presente caderno temático tem como principal objectivo caracterizar a

Estrutura Habitacional do concelho nas suas diferentes dimensões:

a) Estrutura habitacional do município de Loures (2001);

b) Estimativas do parque habitacional, durante o período de 2001,

2005 e 2009;

c) Acessibilidade dos edifícios;

d) Habitação Social:

a. Habitação social do município;

b. Bairros de barracas

Objectivo do presente caderno temático

Os alojamentos familiares clássicos predominam na estrutura habitacional

do Município de Loures, com cerca de 98,1% do total de fogos existentes,

destes 81,6% são utilizados como residência habitual e 8,3% são de uso

sazonal. A maior parte (63,3%) dos alojamentos são ocupados pelos

respectivos proprietários e somente 30,3% por arrendatários.

Alojamentos Familiares Clássicos e não Clássicos

Mais de 50% dos alojamentos clássicos possui infra-estruturas básicas

(saneamento básico, abastecimento de água e fornecimento de energia)

apenas 5,1% dos alojamentos familiares não possuem pelo menos uma

infra-estrutura básica.

Infra-estruturas Básicas

Podemos concluir que o parque habitacional do concelho é envelhecido,

pois mais de metade (73,6%) dos edifícios foram construídos no período de

1960 a 1985, cerca de 20% foi construído depois de 1988 e apenas 5%

apareceu entre 1996 e 2001, e degradado pois cerca de 50% dos edifícios

que constituem o parque Habitacional do concelho, construídos antes de

1919 e até 2001, necessitam de obras de reparação.

As freguesias que apresentam um parque habitacional relativamente

recente são: São João da Talha, São Julião do Tojal e Santa Iria de Azóia.

As freguesias cujos edifícios surgem na sua maioria até 1970 são:

Moscavide, Bobadela, Bucelas, Lousa, Prior Velho, Sacavém e Santa Iria de

Parque Edificado Concelhio / Necessidades de Obras de Reparação

19

Azóia. As freguesias do Prior Velho e Sacavém têm um edificado mais

recente que emergiu entre 1996 e 2001.

Relativamente às acessibilidades dos edifícios, a pessoas com mobilidade

condicionada, somente metade dos edifícios – 15.701 (57,3%) – é

acessível, mas sem rampas de acesso. Ou seja, 35% não tem rampas de

acesso e não são acessíveis, 64,4% são acessíveis, apenas 7,1% têm

rampas de acesso.

Acessibilidades dos edifícios

As estimativas do parque habitacional mostram uma favorável dinâmica

urbanística no Município, comparativamente a 2001, em 2009 existem mais

9.586 alojamentos clássicos e mais 1.926 edifícios de habitação familiar

clássica. Os edifícios concluídos destinam-se sobretudo a construções

novas para habitação familiar, sendo o ano de 2009, o de maior número de

ocorrências. A partir de 2005, assiste-se à diminuição de edifícios e fogos

licenciados.

Dinâmica Urbanística do Município

Apesar do esforço camarário na erradicação de alojamentos abarracados do

Município, constata-se a permanência de alojamentos não clássicos

(abarracados e outros) nas freguesias de Camarate (102), Frielas (47),

Portela (119), Prior Velho (102), São Julião do Tojal (42) e Unhos (130),

num total de 500 construções, prevendo-se até final de 2013, ao abrigo do

PER, a erradicação destes núcleos, nomeadamente Quinta da Serra, Quinta

da Vitória, Talude Militar e Bairro do Zambujal.

Habitação Social

Ao abrigo do PER, foram realojados até 19 de Maio de 2011, 2.737

agregados familiares, num total de 9.202 indivíduos realojados, dispersados

pelos 21 bairros de Habitação Social existentes no concelho. A Urbanização

Quinta da Fonte, na Apelação e a Urbanização Terraços da Ponte, em

Sacavém, são os Bairros que apresentam um maior número de indivíduos

realojados, 2.164 e 2.837, respectivamente.

Destes 21 Bairros de Habitação Social, 20 são de propriedade municipal,

distribuídos pelas freguesias de Apelação, Camarate, Loures, Portela, Prior

Velho, Sacavém, Santo Antão do Tojal, Santo António dos Cavaleiros, São

Julião do Tojal e Unhos, salientando-se, a existência de um Bairro de

Habitação Social que não é propriedade municipal, na freguesia de São

João da Talha, sendo a sua gestão da responsabilidade da NHC

Cooperativa de Solidariedade, CRL.

Existem igualmente bairros dispersos, concretamente no concelho de Vila

Agregados familiares realojados Bairros de Habitação Social

20

Franca de Xira e dentro do concelho.

Assim sendo, o parque habitacional de propriedade municipal é composto

por um total de 2.437 fogos de habitação social, dos quais 2.285 são Fogos

Unifamiliares e 152 são Fogos de Unidades de Realojamento, salientando-

se a predominância de cerca de 80% de fogos de tipologia T2 e T3 (2.180)

e apenas 20% de fogos de tipologia T0 e T1 (80). Existe ainda, cerca de

177 fogos de tipologia T4 ou superior.

Parque Habitacional Municipal

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VI – PANORAMA DA SAÚDE

Em 2009 existem dois Centros de Saúde, seis Unidades de Saúde Familiar

(Parque da Cidade, Magnólia, ARS Médica, Loures Saudável, São João da Talha e

Travessa da Saúde) e 12 Extensões de Saúde (Bucelas, Bobadela, Lousa, Tojal,

Santo António dos Cavaleiros, Apelação, Camarate, Prior Velho, Moscavide, Santa

Iria de Azóia, Unhos, São João da Talha e Sacavém).

Centros e Extensões de Saúde

Quanto às farmácias e postos farmacêuticos em 2009, o concelho de Loures ocupa,

o último lugar nas farmácias e postos farmacêuticos por 1 000 habitantes, em

relação ao nível nacional e à Grande Lisboa, com um valor de 0,20 farmácias e

postos farmacêuticos por 1.000 habitantes.

Relativamente a outros serviços de saúde focados em problemáticas de grande

ressonância nas políticas sociais (toxicodependência, alcoolismo, HIV/Sida e

reabilitação de deficientes), existem no concelho quatro instituições que

desenvolvem actividades importantes na área da prevenção, tratamento e

integração dos indivíduos com consumo/dependência de substâncias aditivas,

nomeadamente, Desafio Jovem, Associação Luís Pereira da Mota, Associação

Famílias Diferentes e Associação Reto Á Esperança.

Relativamente às situações da deficiência, no que concerne aos recursos

institucionais, remete-se a presente análise para a consulta do Relatório de

Diagnóstico “Olhar e Pensar a Deficiência no concelho de Loures”,

disponibilizado no site: http://www.cm-loures.pt/RedeSocial/site_rede_social.aspx., o

presente diagnóstico integrou 18 instituições das quais sete são especializadas na

problemática da deficiência e 11 são unidades de ensino estruturado presentes nos

agrupamentos de escola do concelho. As instituições especializadas na sua maioria

sedeadas em Lisboa e acolhem utentes residentes no concelho de Loures, excepto

a CREACIL e a REDES, situadas em Loures, e a Cercipóvoa, na Póvoa de Santa

Iria, concelho de Vila Franca de Xira.

Serviços de Saúde e Recursos Institucionais

Estão inscritos um total de 221 905 utentes no ACES VI – Loures, dos quais 109

443 são homens e 114 080 são mulheres, do total dos inscritos apenas 97 352 são

utilizadores. Do total dos utentes, 183 886 (82,9%) são utentes com médico de

família, 36 949 (16,7%) sem médico de família e 1 070 (0,5%) sem médico de família

por opção.

Utentes Inscritos

No seu conjunto, o agrupamento ACES VI – Loures tem um total de 302

profissionais de saúde, dos quais 38,4% são médicos, 30% são enfermeiros, 23,5%

são administrativos e 7,9% outros.

Profissionais de Saúde

23

Os recursos humanos afectos à actividade do ACES são manifestamente

escassos, em todos os grupos profissionais, para a prestação de cuidados

expectável pelas populações da sua área de influência. Esta situação não permite a

concretização da totalidade das actividades planeadas, impossibilitando a obtenção

dos resultados desejados, acarretando um esforço adicional por parte dos

profissionais em exercício de funções, o que poderá dar origem à diminuição da

motivação e empenho dos profissionais.

Recursos Humanos afectos ao ACES VI

Em 2009, o Agrupamento ACES VI – Loures efectuou 561 832 consultas, sendo

a grande maioria respeitante à Saúde do Adulto (68%), nomeadamente CATUS

(11,7%), Saúde Infantil/Juvenil (8,8%), Atendimento Complementar (3,2%),

Planeamento Familiar (2,6%), Outras Especialidades (1,7%), Psiquiatria (0,3%), e

Exames Globais de Saúde (0,3%), Domiciliárias (0,2%) e outras especialidades

(1,7%).

Consultas Médicas

Em 2009 foram alcançadas taxas de cobertura vacinal que garantem a imunidade de

grupo para as doenças evitáveis pelo cumprimento do Plano Nacional de Vacinação.

Vacinação

As taxas de mortalidade por cancro em indivíduos com menos de 65 anos são mais

elevadas do que as de nível regional e nacional, o que evidencia a necessidade de

uma forte aposta na detecção precoce e diagnóstico das patologias malignas mais

frequentes, nomeadamente cancro da mama, colo do útero e do cólon e recto, o que

já está a ser desenvolvido no ACES.

Há igualmente um valor muito elevado de mortalidade por isquémia cardíaca antes

dos 65 anos, o que evidencia que há necessidade de desenvolver uma estratégia de

redução dos factores de risco das doenças cardio-cerebrovasculares junto da

população no sentido da detecção precoce de HTA, alimentação cuidada, redução

do consumo de sal, promoção do exercício físico, redução do stress e do consumo

de tabaco.

Taxas de Mortalidade por cancro e isquémia

Inexistência de dados sistematizados e concertados na área dos

comportamentos aditivos, dificultando a realização de uma caracterização social dos

indivíduos com problemas ligados ao álcool e dos padrões de consumo; só a partir

deste levantamento será possível traçar uma intervenção adequada ao nível da

prevenção de consumos, tratamento, redução de riscos, reinserção social e

racionalização da rede de serviços de resposta ao problema.

Comportamentos Aditivos / Álcool

De acordo com os dados/informação fornecidos pelo IDT, Equipa de Tratamento de

Loures, Movimento Clínico referentes a 2009, é possível traçar o perfil dos

toxicodependentes do concelho de Loures e apontar desde já

constrangimentos/limitações no que concerne às equipas técnicas, nomeadamente

escassez de técnicos, que poderá por em causa a continuidade de projectos,

Toxicodependência

24

nomeadamente ao nível da toxicodependência.

Existe um total de 546 toxicodependentes referenciados na Equipa de

Tratamento de Loures: 457 são utentes activos e 89 são novos utentes

(acolhidos). Dos 457 utentes activos, menos 204 relativamente a 2006, destacam-

se as freguesias de Loures (81), Santo António dos Cavaleiros (68), Sacavém (62) e

Camarate (51).

De acordo com a Equipa de Tratamento de Loures, os toxicodependentes não

apresentam alterações significativas face ao diagnóstico social de 2006, mantendo-

se:

- Envelhecimento da população que recorre à Equipa de Tratamento pela primeira

vez;

- Elevado número de desempregados;

- Número significativo de utentes que, aquando da entrada não estavam a viver na

rua;

- Suporte social precário ou inexistente

Utentes activos/acolhidos

Importa ainda referir que, em 2008, foram consolidadas as reestruturações iniciadas

em 2007 no âmbito das estruturas especializadas de tratamento da

toxicodependência da rede pública, nomeadamente a disponibilização de respostas

integradas a nível local, a integração de novas competências no domínio do álcool9 e

a melhoria da articulação com as outras estruturas e serviços externos que intervêm

nesta área, o que se reflectiu no aumento da capacidade de resposta e da qualidade

dos serviços prestados. Contudo, continuam a existir

constrangimentos/limitações no que concerne às equipas técnicas,

nomeadamente escassez de técnicos, o que poderá por em causa a continuidade

de projectos, nomeadamente ao nível da toxicodependência.

Equipas técnicas (escassez de recursos)

De acordo com informação prestada pelo Agrupamento dos Centros de Saúde

Loures e Sacavém (ACES VI), não existem dados relativos à população cm doença

mental ou psiquiátrica em acompanhamento. São realizadas 1781 consultas de

psiquiatria, com uma média de duas consultas de psiquiatria por utilizador.

Doença mental / Psiquiátrica

9 O I.D.T. – Instituto da Droga e da Toxicodependência, passou a desenvolver uma estratégia integrada de combate à droga e à toxicodependência e actualmente também aos problemas ligados ao álcool, os ex-centros de alcoologia passaram a integrar a rede do IDT, desde 1 de Agosto de 2007.

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VII – GRUPOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE

Em 2009, a CPCJ Loures registou um volume processual global de 1.490 processos,

o que representa menos 51 processos face ao total registado em 2007 e um

aumento de 280 processos face a 2008.

Nesse sentido, verificou-se em 2009 um aumento significativo nos processos

instaurados, reabertos e transitados.

Regista-se nos últimos 3 anos um aumento do número de processos arquivados

liminarmente, na ordem dos 62% de 2007 para 2009, situação que decorre de

quatro situações possíveis: por incompetência material da Comissão para intervir

(seja por ausência de confirmação da situação de perigo que legitime a sua

actuação, seja pelas entidades com competência em matéria de infância e juventude

não terem esgotado a sua capacidade operativa); por falta de legitimidade para

intervir por ausência de consentimento ou oposição da criança ou jovem; por não

subsistência de motivo (perigo) que legitime a intervenção da CPCJ; por

incompetência territorial e respectiva remessa do processo à Comissão de protecção

competente;

Regista-se um aumento do número de processos arquivados (72%), situação

que vai ao encontro do aumento anual do número de processos instaurados.

Volume Processual Global da CPCJ Processos instaurados, reabertos, transitados e arquivados liminarmente

Destaca-se a persistência do problema das crianças e jovens em situação de risco

em todas as faixas etárias de 2006 para 2009. Contudo, existe uma clara

predominância de sinalizações e acompanhamento de crianças com idades

compreendidas entre os 6 e os 10 anos, logo seguida da faixa etária dos 11-14

anos. As faixas etárias atrás referidas antes para além de serem as que têm maior

número de sinalizações são também, as que registaram um maior aumento

processual de 2008 para 2009.

Grupos etários das crianças e jovens em acompanhamento

As entidades sinalizadoras que, com mais frequência participaram situações de

crianças e jovens em perigo foram as forças de autoridade PSP e GNR (23,7% em

2009), as escolas (16% em 2009) e o sistema de saúde (8,94% em 2009).

Entidades Sinalizadoras

As principais problemáticas, referentes a 2008 e 2009, são a negligência, maus

tratos psicológicos/abuso emocional e os maus tratos físicos. A prática de facto

qualificado como crime aumentou de 2008 para 2009, dado que em 2008 se

contabilizavam 5 processos e em 2009 eram 61 processos.

No que respeita a 2008 e 2009, concluiu-se que as problemáticas que atravessam

todos os intervalos de idade com maior frequência, e com percentagens bastante

significativas são os maus tratos psicológicos / abuso emocional e as situações

de negligência. Positivamente há a destacar a diminuição de 2008 para 2009 das

situações de abuso sexual, com uma redução de 13,8%, uma vez que em 2008

Principais problemáticas

27

foram referenciadas 42 situações de abuso sexual enquanto que em 2009 há registo

de 33 casos.

A grande maioria das crianças/jovens vive com a família biológica (93,9%).

Registou-se apenas um caso de criança/jovem a cargo de si próprio, bem como uma

única situação de agregado que detém a guarda de facto.

Relativamente ao total de jovens com pedidos em execução a 31 de Dezembro de

2009 no âmbito tutelar educativo na Equipa Lisboa Tutelar Educativo 1 e referentes

ao concelho de Loures, 57 (83%) são do sexo masculino e 12 (17%) são do sexo

feminino e 72% tem entre 15 e 17 anos.

Por tipo de crime, predominam os jovens em acompanhamento em meio comunitário

por crimes contra o património entre os quais, roubo, furto e crimes contra as

pessoas onde se incluem vários tipos de crime de ofensa à integridade física.

Predominam as medidas tutelares de realização de tarefas a favor da comunidade, a

imposição de obrigações e o acompanhamento educativo.

A 31 de Dezembro de 2009, do total de 204 jovens internados em centro educativo,

17 pertencem ao concelho de Loures. Relativamente às idades, cerca de 50% das

pessoas com pedidos em execução a 31 de Dezembro de 2009 e residentes no

concelho de Loures, têm entre 25 e 39 anos.

Jovens com pedidos de execução no âmbito Tutelar Educativo na Equipa de Lisboa Tutelar Educativo

No que concerne à população imigrante a residir no concelho de Loures, as

freguesias de Sacavém (2626), Santo António dos Cavaleiros (1850), Prior Velho

(1268) e Camarate (1241) são as que concentram maior número de imigrantes.

Os imigrantes do sexo masculino prevalecem sobre os do sexo feminino, com uma

percentagem de 54,36%.

De 2008 para 2009 verificou-se uma diminuição do número de residentes com vistos

de longa duração (menos 65 residentes com visto de longa duração).

Os residentes com título de residência aumentaram de 2008 para 2009, com um

acréscimo de 368 residentes nestas circunstâncias.

A maioria dos residentes com estatuto legal de residente são do sexo masculino -

52,2% em 2008, embora esse valor tenha sofrido uma redução em 2009 face ao ano

anterior, passando para 51,5%.

De acordo com informação disponibilizada pela Divisão de Igualdade e Cidadania,

existem actualmente 25 associações constituídas legalmente, com sede jurídica

no concelho e reconhecidas pela Câmara Municipal de Loures.

População Imigrante

Do total dos 199 050 habitantes residentes do concelho de Loures, 12 170 (6,11%)

são pessoas com deficiência ou incapacidade, dos quais 6391 (52,5%) são

homens e 5779 (47,5%) são mulheres.

População com deficiência ou

28

Destacam-se as freguesias de Loures (1490), Sacavém (1317) e Camarate (1286)

como as que têm o maior número de residentes com deficiência, situação que

poderá estar associada ao facto de serem freguesias com um grande número de

residentes.

Relativamente à faixa etária, a maioria da população residente com deficiência

situa-se na faixa etária dos 25 aos 64 anos (55,98%), sendo maioritariamente

constituída por homens. As restantes faixas etárias distribuem-se da seguinte forma:

dos 0 – 14 anos com 799 (6,57%) indivíduos; dos 15 – 24 anos: 1076 (8,84%); dos

65 – 79 anos: 2557 (21,01%) e mais de 80 anos 925 (7,60%) de indivíduos.

No concelho de Loures, o tipo de deficiência predominante é a deficiência visual

3012 (24,75%), dos quais 1484 são homens e 1528 são mulheres e a motora

com um total de 2775 (22,80%) dos quais 1523 são homens e 1252 são

mulheres. Predominância do género masculino na deficiência motora e

auditiva, e do género feminino na deficiência visual e na paralisia cerebral.

Existe um outro grupo – Outra deficiência – que reúne vários tipos de deficiências,

como insuficiência renal, hemofilia, lúpus, limitações da voz, etc., que tem um peso

significativo de 27,07% (um total de 3295, dos quais 1734 são homens e 1.561

mulheres. A maioria da população deficiente ou com incapacidade não tem grau de

incapacidade atribuído.

Sendo o grau de incapacidade de 60 a 80% o segundo grau com mais expressão:

6140 (51%) sem grau atribuído;

1495 (12,2%) com grau inferior a 30%;

1001 ( 8,2% ) com grau de 30 a 60%;

2175 (17,8%) com grau de 60 a 80%;

1359 (11,1%) com grau superior a 80%.

No que concerne à população com deficiência, com 15 e mais anos, segundo o tipo

de deficiência, por condição perante a actividade económica, verifica-se que 4019

indivíduos têm actividade económica (35,34%), sendo que destes 3570 estão

empregados e 449 estão no desemprego. O principal meio de vida desta população

é maioritariamente a pensão / reforma (5480), seguido do trabalho (3404). Existe,

ainda, uma grande fatia que está a cargo da família (81.487 indivíduos), assim como

aqueles cujo principal meio de vida é o subsídio de desemprego, o subsídio

temporário por acidente de trabalho ou doença profissional. De destacar, os 107

indivíduos com deficiência do rendimento social de inserção, e os 143 que

dependem do apoio social.

incapacidade

A população residente com mais de 65 anos apresenta um total de 24 394 de

indivíduos, cerca de 12,25% da população total do concelho.

População Idosa

29

A maioria da população com mais de 65 anos é do sexo feminino (57,5%).

As freguesias que reúnem o maior número de residentes com mais de 65 anos são

Moscavide (2300-13,02%), Loures (2904 – 11,98%) e Camarate (2154-11,44%).

As freguesias de Moscavide (27,18%), Lousa (20,26%) e Bucelas (17,28%) são as

que possuem a população mais envelhecida face à população total da freguesia,

sendo a situação mais preocupante a de Moscavide, onde a percentagem de

residentes com mais de 65 anos é de 27,18%.

Segundo as estimativas anuais, em 2009 a população residente com mais de 65

anos apresenta um total de 31165 indivíduos, cerca de 16% da população total do

concelho, com predominância do sexo feminino, ou seja um aumento de 23,8%

relativamente a 2001.

Tendência para o envelhecimento da população: o escalão etário dos 0-14 anos

tende a reduzir-se, ao passo que a população idosa (65 e mais anos) aumenta (mais

6 771 indivíduos em comparação com os recenseados pelos censos de 2001).

Verificam-se os baixos rendimentos desta faixa etária da população, existindo no

total cerca de 517 indivíduos a receber a prestação de RSI. Este total diz respeito a

223 indivíduos de 60 a 64 anos e a 294 indivíduos com idade � 65 anos. Tal facto

poderá ficar a dever-se ao crescente envelhecimento da população, arrastando

consigo uma série de consequências sociais, tais como situações de isolamento,

insuficiência de recursos económicos, dado o actual contexto de dificuldades

económicas em que se vive.

30

Linhas de Orientação E

stratégica

31

32

VIII – ACÇÃO SOCIAL

No concelho de Loures, em 2009, o número de beneficiários de RSI fixava-se nos

8 297, valor que aumentou face a 2008, em que se registava um total de 6 094

beneficiários, evidenciando-se um aumento de 2 203 indivíduos num período de 12

meses. Procurando fazer uma aproximação comparativa à população residente,

tendo em conta os valores à data do Recenseamento Geral da População (Censo

2001, INE), observa-se que o número de beneficiários de RSI representava, em

Dezembro de 2009, 4,17% da população residente no concelho de Loures, valor que

se fixava em 2008 nos 3,06% e, em 2007, nos 2,41%.

Número de Beneficiários de RSI

O concelho de Loures parece acompanhar a tendência da evolução do número de

beneficiários do RSI nos concelhos da Grande Lisboa, uma vez que se verifica que

todos os concelhos, sem excepção, têm registado aumento do número de

beneficiários ao longo dos últimos anos. Loures é o terceiro concelho da Grande

Lisboa com maior número de habitantes; contudo, regista actualmente (com base

nos dados de 2009) o quarto maior número de beneficiários, sendo ultrapassado

pelo concelho da Amadora, que, embora tendo menor população residente, possui

maior número de beneficiários de RSI.

Tendência da evolução do nº. de beneficiários de RSI

No que respeita à distribuição dos beneficiários de RSI por sexo, verifica-se um claro

predomínio do sexo feminino, com um total registado em 2009 no concelho de

Loures de 54,35% beneficiárias.

Distribuição dos Beneficiários de RSI por sexo

A maioria dos beneficiários do RSI no concelho de Loures, em 2009, não possuía

um acordo de inserção (68,02%), no entanto, os que o possuem, são na sua maioria

do sexo feminino (54,8%).

Acordo de Inserção

Em termos etários, os beneficiários do RSI em 2009, residentes no concelho de

Loures, eram predominantemente jovens, sobretudo tendo em conta que 53,67%

dos beneficiários tinham idade inferior a 25 anos (dos quais 42,08% tinham menos

de 18 anos). No que respeita aos restantes escalões etários, 13,7% da população

beneficiária de RSI encontrava-se na faixa etária dos 30 anos; 12,82% tinham

idades compreendidas na faixa etária dos 40-49 anos; e 14,79% tinham mais de 50

anos de idade.

Faixas etárias dos beneficiários de RSI

O escalão de RSI que regista maior número de famílias beneficiárias é o primeiro –

com montantes que variam entre os 100 e os 200�, com 32,03% de famílias

beneficiárias. Em 2009, no concelho de Loures apenas uma família se situava no

escalão dos 1200� a 1300� de rendimentos atribuídos no âmbito do RSI. O segundo

escalão de prestações monetárias atribuídas no âmbito do RSI é o dos 300 a 400�,

com um total de 546 beneficiários, o que corresponde a 17,66%. Em 2009, 12

famílias beneficiárias do RSI, auferiam de prestação mensal de RSI, um valor

superior a 1000�.

Escalão de RSI

33

No que respeita aos principais motivos de cessação dos processos de RSI em 2009,

são essencialmente relacionados com a alteração de rendimentos (245 processos

cessados por este motivo, num total de 497 processos cessados) e, também com

expressão, mas com menor relevância, a falta de celebração do programa de

inserção (82 situações) e a cessação 180 dias após a suspensão da prestação 31

processos cessados por este motivo.

Principais motivos de cessação dos processos de RSI

A pensão de velhice é a que regista o maior número de pensionistas (39 086).

Exceptuando a pensão de invalidez, em todas as restantes pensões o número de

pensionistas do sexo feminino é superior ao masculino, com especial relevo para a

pensão de sobrevivência, com uma prevalência de 82,3% do sexo feminino sobre o

masculino, muito possivelmente relacionado com o facto de a maioria dos idosos

com mais de 65 anos serem mulheres. O valor médio das pensões da Segurança

Social dos pensionistas residentes no concelho de Loures é superior à da média

nacional, contudo, apesar de ser superior à média nacional, é inferior ao valor médio

registado nos concelhos da Grande Lisboa.

Pensão de Velhice

Os dados disponibilizados relativamente ao Complemento Solidário para Idosos

(CSI) não nos permitem grandes ilações. Apesar da escassez de elementos, verifica-

se que a grande maioria dos beneficiários deste complemento são do sexo feminino

(69,6%). O escalão de valor anual do CSI mais registado em 2009 pelos

beneficiários residentes no concelho de Loures foi o primeiro, cujo montante é

inferior a 1000� (48,5%), o que representa um valor mensal inferior a 100� (este

complemento é atribuído mensalmente, num total de 12 mensalidades anuais). Do

total de 2 562 beneficiários, 155 auferem valores anuais relativos à prestação de CSI

superior a 3000�, e destes, nove recebem 5 000 ou mais euros.

Complemento Solidário para Idosos - CSI

As prestações associadas à situação de desemprego (Subsídio Social de

Desemprego e Subsídio Social de Desemprego Subsequente) constituem-se como

uma fonte quantitativa privilegiada e dramaticamente reveladora da precariedade

económica, na medida em que são ilustrativos de um imenso número de famílias

cujos rendimentos mensais, por elemento do agregado familiar, não vai além dos

80% do valor do Indexante dos Apoios Sociais, que no ano de 2009 foi de 419,22�.

Subsidio Social de Desemprego e Subsídio Social de Desemprego Subsequente

No que respeita às prestações familiares, não nos foram fornecidos dados

desagregados ao nível do sexo, nem dos escalões de abonos, quando aplicável.

Sabe-se, no entanto que, no ano de 2009, existiam 38 762 crianças/jovens no

concelho de Loures a auferir abono de família. Registaram-se, por sua vez, 1 376

bonificações por deficiência, valor que acresce ao subsídio familiar destas crianças e

jovens.

Prestações Familiares

Foram atribuídos 345 Subsídios por Frequência de Estabelecimento de Educação

Especial no ano de 2009, subsídio este disponível para crianças e jovens portadores

de deficiência de idade não superior a 24 anos, com o objectivo de compensar os

Subsídios por Frequência de Estabelecimento de Educação Especial

34

encargos resultantes da aplicação de formas específicas de educação especial.

O Subsídio Mensal Vitalício foi atribuído em 2009 a 243 residentes. Infelizmente não

existem dados relativos ao montante dos subsídios atribuídos.

Subsídio Mensal Vitalício

2 432 Mulheres residentes no concelho de Loures, receberam em 2009 o Abono de

Família Pré-Natal, abono este concedido às grávidas que atinjam a 13 ª semana de

gestação, e cujo objectivo visa incentivar a maternidade, funcionando assim como

uma compensação aos encargos inerentes à gravidez.

Abono de Família Pré-natal

O Subsídio por Assistência de Terceira Pessoa foi atribuído a 245 beneficiários,

destinando-se a compensar o acréscimo de encargos familiares resultantes da

existência de pessoa em situação de dependência no agregado familiar

Subsídio por Assistência de Terceira Pessoa

.

35

IX – IGUALDADE DE OPORTUNIDADES PARA O GÉNERO

A diferença de números entre homens e mulheres residentes no concelho é

mais significativo nas faixas etárias com mais idade. Nas faixas etárias com 65

ou mais anos o número de mulheres distancia-se muito significativamente dos

homens (3 789). O número de mulheres com mais de 75 anos era, em 2001 superior

à dos homens em todas as freguesias, e em algumas, o caso de São Julião do Tojal

(ou Prior Velho), o número de mulheres era o dobro ou mais do dos homens.

Diferença entre homens e mulheres residentes no concelho

O valor do índice de envelhecimento das mulheres aumentou de 47 para 138

idosas por cada 100 jovens, reflectindo, nomeadamente, o contínuo aumento da

longevidade.

Índice de Envelhecimento

Verifica-se que os grupos populacionais mais envelhecidos e a viver sós no

concelho são compostos maioritariamente por mulheres, respectivamente, 19 478

e 3 392, acentuando a fragilidade do género feminino.

Grupos populacionais mais envelhecidos

Existência de desigualdade ao nível da dispensa de assistência a menores, em

média 95 a 96% das dispensas para assistência a menores são atribuídas a

mulheres. Além disso, o número médio de dias de dispensa gozados pelas

mulheres é sempre superior à dos homens, fixando-se nos 13,78 dias para as

mulheres e nos 12,48 dias para os homens.

Desigualdade ao nível da dispensa de assistência a menores

No concelho de Loures, existiam, em 2001, 4 362 idosos a viverem sós, ou seja,

2,19% da população concelhia com mais de 65 anos vivia sozinha; importa referir

que a proporção de mulheres a viver só é superior à dos homens em cerca de

55%.

Idosos a viverem sós

Em termos de diplomados por área, verifica-se que, no ano lectivo 2000/2001 o

número era de 61 140 e no de 2006/2007 era 83 276, um aumento de 22 136

diplomados.

Em 2006/2007, as mulheres continuam a liderar, representando 61,4% e os homens

38,6%. Aqui detecta-se um aumento no número de homens diplomados e um recuo

significativo do número de mulheres.

À excepção da área da educação, verifica-se que, todas as áreas sofreram

aumento do número de diplomados. Na área da educação o recuo foi muito

significativo, dado que em 2000/2001 temos um número de 12 054 diplomados e em

2006/2007 apenas 7 260.

Em termos de crescimento, a área em que o número de diplomados aumentou

em maior escala, entre 2000 e 2007, foi a da engenharia, e das indústrias

transformadoras e construção (7 143 diplomados em 2001 para 15 658 em 2007).

Apesar do aumento muito significativo, o maior contributo foi dado pelos homens,

que passaram de 4 624 para 11 236, embora o número de mulheres tenha registado

Diplomados por área

36

aumento, não foi tão evidente como o dos homens.

No que concerne à formação ao nível do Ensino Superior dos habitantes do

concelho de Loures, verifica-se que apenas no grau de bacharel e de licenciado

o número de mulheres é superior ao dos homens.

De um total de 3 711 bacharéis identificados nos Censos de 2001 no que respeita à

totalidade do concelho de Loures, 2 042 eram mulheres, o que se traduz em

55,02%. Por sua vez, dos 12 941 licenciados existentes à data, 6 895 eram

mulheres, o que corresponde a 53,28%. Ao nível do mestrado, as posições alteram-

se, sendo o sexo masculino detentor da maioria – 557 homens com título de mestre

(51,47%), para 525 mulheres (48,53%).

O sexo masculino encontra-se também em superioridade no que respeita ao número

de doutorados, registando-se em 2001 um total de 403, dos quais 234 eram homens

(58,06%).

Em suma, 9 631 das 101 774 residentes do sexo feminino do concelho de Loures

possuem ou frequentam um nível de Ensino Superior, o que corresponde a 4,84%

da população total. Relativamente ao sexo masculino, o total de homens que

possuem um diploma ou frequentam um nível de Ensino Superior é de 8 506

indivíduos, o que equivale a uma percentagem ligeiramente inferior à feminina,

estabelecendo-se nos 4,27%.

Assim conclui-se que na generalidade do concelho do Loures, comparando os

sexos, no que respeita às habilitações literárias ao nível do Ensino Superior,

são as mulheres que lideram os números, ainda que essa diferença não seja

expressiva.

O concelho de Loures enquadra-se assim dentro da situação verificada a nível

nacional, pois, apesar de as mulheres representarem a maioria dos licenciados, a

verdade é que a nível do corpo docente nas universidades e na investigação o

número de homens é maior. Esta situação parece contudo estar em mudança dado

que, em 1992, as mulheres doutoradas representavam 33,6% do total, em 2002

eram já 46%, segundo dados do Observatório da Ciência e do Ensino Superior

(OCES).

Nível de Ensino Superior dos habitantes do concelho de Loures

37

X – CRIMINALIDADE E SEGURANÇA

Tendo em conta a informação constante do primeiro Relatório de Actividades do

Espaço Vida – Centro de Atendimento à Vítima da Câmara Municipal Loures,

respeitante à actividade dos primeiros quatro meses de actividade do espaço – de

Abril a Julho de 2010, é possível verificar que as fontes sinalizadoras mais

recorrentes são a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Loures e as

Forças de Segurança. Regista-se também uma elevada procura de ajuda por parte

das próprias vítimas, que na maioria dos casos efectuam um primeiro contacto com

o Espaço Vida através da Linha Verde (800 500 333), situação que muito

possivelmente decorre da forte aposta da Autarquia na divulgação do espaço e da

linha verde.

Espaço Vida Violência Doméstica

A maioria dos utentes é do sexo feminino (95%); pertence ao grupo etário dos 20

aos 44 anos (72%); mais de 50% dos utentes atendidos no Espaço Vida têm

nacionalidade portuguesa (52%); em termos de local de residência, os utentes estão

distribuídos de forma homogénea pelas várias freguesias do concelho, mas o maior

número de sinalizações são das freguesias de Camarate, Moscavide e Santo

António dos Cavaleiros; dos processos em que há registo da situação face ao

trabalho, verifica-se que a percentagem de utentes empregados (41%) é superior à

de utentes desempregados; mais de metade das vítimas em acompanhamento no

EV não está em dependência económica do agressor (52%); a maioria dos utentes

com processo no EV sofre mais do que um tipo de violência, sendo que, as maiores

percentagens são ao nível da violência psicológica (35%), física (31%) e verbal

(26%); a maioria dos utentes necessita de apoio psicológico (32%) no sentido de

melhorar a sua auto-estima e criar condições para a mudança de vida; e de apoio

social (25%), nomeadamente, ao nível das ajudas financeiras para assegurar as

despesas inerentes ao arrendamento habitacional (dado que, na maioria das

situações é a vítima que sai de casa e não o agressor) e sustento dos filhos (pelo

menos até à resolução do processo de Regulação do Exercício das Competências

Parentais).

Utentes Atendidos no Espaço Vida - Sexo - Grupo Etário - Nacionalidade - Local de Residência - Nº. de Sinalizações - Situação face ao trabalho - Tipo de violência

A análise dos dados relativos à taxa de criminalidade no concelho de Loures

demonstra que ela tem aumentado em termos globais nos últimos quatro anos, à

excepção do ano de 2007, em que se verificou um ligeiro recuo face a 2006.

Taxa de Criminalidade

Por categoria de crime, o maior aumento regista-se na condução sem habilitação

legal, seguida da condução de veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 g/l,

situações que são normalmente associadas às comummente designadas Operações

STOP das forças de segurança. A categoria em que ocorreu a maior redução foi a

dos crimes contra o património, que passou de 22,6‰ registados em 2008 para

18,7‰ em 2009. As categorias de furto/roubo por esticão na via pública e furto de

veículo e em veículo motorizado sofreram também ligeiras reduções nas suas taxas.

Apesar da redução dos números na categoria de crimes contra o património no

Categoria de Crime - Condução sem habilitação legal - Condução de veículo com taxa de álcool - Crimes contra o património - Categorias de furto / roubo por

38

concelho de Loures, ela continua a ser a que regista maior número de situações,

categoria que inclui os furtos, os roubos, os danos, entre outros. Apesar de ser a

categoria que se regista com maior frequência, verifica-se uma redução acentuada

de 2008 para 2009 (menos 16,9%).

A categoria de Crimes Contra o Estado é a que regista o menor número de

participações em todo o território nacional. Apesar da situação verificada a nível

nacional, no concelho de Loures verificou-se um aumento exponencial de

participações deste tipo de crimes, num aumento de 92% face ao registado em

2008. Nesta categoria incluem-se os casos de desobediência, resistência e coacção

sobre funcionário, e outros crimes contra a autoridade pública. Regista-se

preocupação pelo aumento deste tipo de ilícito, dado que atenta ao respeito devido

às instituições policiais, bem como aos funcionários públicos no exercício das suas

funções.

Em 2009, a maioria das vítimas que apresentaram queixa, no concelho de Loures,

quer nos postos da GNR, quer nas esquadras da PSP, tinham 25 ou mais anos,

sendo assim a faixa etária que se destaca.

As queixas apresentadas por vítimas menores de 16 anos são as que registam

menos frequência, quer na GNR, quer na PSP.

O total de crimes de violência doméstica registados no concelho de Loures, no ano

de 2009 foi de 669, correspondendo a 31 crimes registados pela GNR e os restantes

pela PSP, de acordo com os dados que nos foram fornecidos pelas duas forças de

segurança. Estas vítimas de violência eram na sua grande maioria do sexo feminino

(90,73%). Foi possível apurar ainda que maioritariamente a violência doméstica é

exercida sobre o cônjuge ou análogos, registando-se também um número elevado

de queixas por violência exercida sobre ex-cônjuge. Relativamente à idade da

vítima, regista-se uma predominância de queixas na faixa etária com mais de 25

anos. Os agentes/suspeitos são na sua maioria do sexo masculino e situam-se na

faixa etária com mais de 25 anos. Relativamente ao sexo e escalão etário dos

agentes/suspeitos, de acordo com os dados fornecidos pela GNR, conclui-se que, no

ano de 2009, a grande maioria dos agentes/suspeitos era do sexo masculino

(78,8%) e tinham 25 ou mais anos de idade (83,3%).

esticão - Crimes contra o estado - Crimes de violência doméstica

39

Linh

as d

e O

rien

taçã

o E

stra

tégi

ca

40

XI – EQUIPAMENTOS

No que concerne à primeira questão levantada no Diagnóstico Social de 2006 –

insuficiência de respostas para as pessoas idosas, encontram-se em construção, ou

já construídos, ao abrigo do Programa PARES ou por investimento da Autarquia

(equipamento de Santo Antão do Tojal), 160 novos lugares de lares de idosos, 170

lugares de Serviço de Apoio Domiciliário, 150 lugares de Centro de Dia e 50 lugares

de Centro de Convívio pelo que, perante estes dados, há que considerar que o saldo

é bastante positivo. Á data não há possibilidade de ser perceber até que ponto os

novos lugares criados ou a criar serão ou não suficientes para responder à

população que aguarda por uma resposta, uma vez que não foram fornecidas as

listas de espera, não nos permitindo assim avaliar com rigor as reais necessidades

da população.

Os dados do INE relativos aos CENSOS 2001 demonstram de facto que no concelho

de Loures existem várias centenas de pessoas com mais de 65 anos a residirem

sós, sobretudo mulheres. Neste momento não existe no concelho de Loures

nenhuma resposta social destinada especificamente a estas situações, para além,

das respostas existentes para apoio à população idosa em geral.

Respostas para apoio à população idosa em geral

A problemática identificada em 2006 relativa à insuficiência de recursos para

crianças e jovens foi, também através do Programa PARES, alvo de atenção,

encontrando-se assim prevista a criação de 594 lugares de creche, 775 lugares em

estabelecimento de Ensino Pré-Escolar, oito lugares em centro de acolhimento para

crianças em risco e 40 lugares em centro de actividades de tempos livres. Há

também a destacar o surgimento nos últimos anos de inúmeros centros de

actividades de tempos livres que partiram da iniciativa de associações de pais e

encarregados de educação, que encontram desta forma resposta para uma

necessidade, que era a ocupação das crianças após o encerramento das

actividades escolares. Apesar do surgimento de vários centros de actividades de

tempos livres para crianças, há a referir que se mantém uma lacuna na ocupação

dos tempos livres dos jovens, essencialmente, a partir do 2º ciclo, as respostas

existentes são muito escassas ou quase inexistentes. Considera-se assim que neste

campo há ainda um longo caminho a percorrer para que se possam suprimir as

necessidades existentes no Concelho de Loures.

Respostas de apoio a crianças e jovens

41

Linh

as d

e O

rien

taçã

o E

stra

tégi

ca

42

Linhas de Orientação E

stratégica

43

AGRADECIMENTOS Agradece-se às seguintes entidades pela cedência de informação para a actualização do Diagnostico Social: Agrupamento de Escolas:

Apelação

João Villaret

Nº1 de Loures

Santo António dos Cavaleiros

Agrupamento VI – Loures e Sacavém

Associação Beneficente de Ajuda

Associação Beneficência Evangélica

Associação Comunitária de Reformados, Pensionistas e Idosos de Sacavém

Associação Dr. João dos Santos

Associação Empresarial de Comércio e Serviços dos Concelhos de Loures e Odivelas

Associação Espírita Fernando Lacerda

Associação de Melhoramentos e Recreativo do Talude Militar

Associação de Moradores da Portela

Associação de Moradores de Santo António dos Cavaleiros “O Reguila”

Associação de Pais e Encarregados de Educação das EB1/JI’s de Santo António dos Cavaleiros e Quinta do

Conventinho – Os Traquinas

Associação de Solidariedade Social – Famílias Diferentes

Associação do Centro de Dia da Terceira Idade da freguesia de Unhos

Associação Luis Pereira da Mota

Associação Passo a Passo

Associação Pró-Infância “O Saltarico”

Associação Vida Cristã Filadélfia

Câmara Municipal de Loures

Departamento de Coesão Social e Habitação/Divisão de Habitação (anteriormente designado Departamento de

Gestão Urbanística/Divisão Municipal de Habitação)

Departamento de Coesão Social e Habitação/Divisão de Igualdade e Cidadania (anteriormente designado Gabinete

de Assuntos Religiosos e Sociais Específicos)

Departamento de Coesão Social e Habitação/Divisão de Inovação Social e Promoção da Saúde (actualmente

engloba o Gabinete de Apoio á População Sénior e o Gabinete de Saúde)

Departamento de Educação/Divisão de Acção Social Escolar

Departamento de Educação/Divisão de Desenvolvimento Curricular Educativo

Departamento de Educação/Divisão de Planeamento da Educação e Gestão da Rede Escolar (anteriormente

designado Departamento de Educação/Divisão de Gestão da Rede Escolar)

Departamento de Obras, Mobilidade e Energia/Divisão de Mobilidade e Transportes Públicos (anteriormente

designado Departamento de Planeamento Estratégico/Divisão de Planeamento de Estudos e Infraestruturas)

Departamento de Planeamento e Gestão Urbanística/Divisão de Planeamento Municipal e Ordenamento do

Território (anteriormente designado Departamento de Gestão Urbanística/Divisão de Planeamento do Plano Director

Municipal)

Departamento de Obras, Mobilidade e Energia/Divisão de Mobilidade e Transportes Públicos (anteriormente

designado Departamento de Planeamento Estratégico/Divisão de Planeamento de Equipamentos e Infraestruturas)

44

Departamento de Cultura, Desporto e Juventude / Divisão de Desporto e Juventude (anteriormente designado

Departamento Sócio-Cultural / Divisão de Educação e Juventude)

Casa do Povo de Bucelas

CDSSL / Unidade de Desenvolvimento Social – Equipa de Família e Território de Loures

Centro Cristão da Cidade

Centro de Emprego de Loures

Centro de Emprego de Moscavide

Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa – Núcleo de Intervenção Comunitário de Loures

Centro Social e Paroquial da Bobadela

Conselho Municipal de Educação de Loures

Conselho Municipal de Juventude de Loures

Conselho Municipal de Segurança de Loures

Cooperativa de Solidariedade Social “Amigos de Sempre”

Cooperativa Sócio-Educativa para o Desenvolvimento Comunitário

Creche Popular de Moscavide

Comissão de Protecção de Crianças e Jovens

Comissão Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos de Moscavide

CREACIL

Cruz Vermelha Portuguesa

Delegação dos Sindicatos de Loures

Desafio Jovem

Direcção Geral de Educação de Lisboa e Vale do Tejo / Equipa de Apoio às Escolas de Lisboa Oriental

Externato da Quintinha

FAPEL

GEBALIS

GNR – Destacamento Territorial de Vila Franca de Xira

Grupo Musical e Recreativo da Bemposta

Instituto da Droga e Toxicodependência / Equipa de Tratamento de Loures

IPTRANS

Jardim de Infância Nossa Senhora dos Anjos

Junta de Freguesia de Apelação

Junta de Freguesia de Bobadela

Junta de Freguesia de Bucelas

Junta de Freguesia de Camarate

Junta de Freguesia de Fanhões

Junta de Freguesia de Frielas

Junta de Freguesia de Loures

Junta de Freguesia de Lousa

Junta de Freguesia de Moscavide

Junta de Freguesia de Portela

Junta de Freguesia de Prior Velho

Junta de Freguesia de Sacavém

Junta de Freguesia de Santa Iria de Azóia

Junta de Freguesia de Santo Antão do Tojal

45

Junta de Freguesia de Santo António dos Cavaleiros

Junta de Freguesia de São João da Talha

Junta de Freguesia de São Julião do Tojal

Junta de Freguesia de Unhos

Médicos do Mundo

Ministério da Justiça / Direcção Geral Reinserção Social – Equipa Lisboa Tutelar Educativa

Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações da Secretaria de Estado da Administração Pública –

Serviços Sociais da Administração Pública

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NHC – Cooperativa de Solidariedade Social

Nuclisol – Jean Piaget

PSP – Divisão de Loures

PSP – 2ª Divisão (Esquadra de Sacavém)

Santa Casa da Misericórdia de Loures

Secretariado Concelhio dos Bombeiros Voluntários – Corpo Voluntário de Salvação Pública de Moscavide e Portela

Técnicas de Apoio e Acompanhamento às CSF/IF

União Cultural e Recreativa da Chamboeira

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