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GOVERNO ESTADUAL CRIA FUNDO QUE RECOLHE ATÉ 10% SOBRE BENEFÍCIOS E INCENTIVOS FISCAIS Industrial Pró www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Fevereiro 2016 – ANO VIII edição 70 G O V E R N O E S T A T T D U A L C R I A F U N D O Q U E R E C O L H E FUNDO FISCAL DEVE AFASTAR INDÚSTRIAS DE GOIÁS Adial 70_Layout 1 29/01/2016 11:07 Page 1

Adial 70 Layout 1 29/01/2016 11:07 Page 1 Industrial Pró · FUNDO FISCAL DEVE AFASTAR INDÚSTRIAS ... saiu debaixo do tapete. O ano que começou muito ruim ... líbrio tributário

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GOVERNO ESTADUAL CRIA FUNDO QUE RECOLHE ATÉ 10% SOBRE BENEFÍCIOS

E INCENTIVOS FISCAIS

IndustrialPró

www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Fevereiro 2016 – ANO VIII

edição

70

GOVERNO ESTATT DUALCRIA FUNDO QUE RECOLHE

FUNDO FISCAL DEVE AFASTARINDÚSTRIAS

DE GOIÁS

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Expediente EditorialAtravessar o turbulento ano de 2015 foi um sacrifício para todos. Poucas notícias

positivas e muita poeira (econômica e política) saiu debaixo do tapete. O ano quecomeçou muito ruim para a indústria, terminou pior ainda, com mais um ciclo deencolhimento e desindustrialização. O ex-presidente do Banco Central, ArmínioFraga, resumiu bem o quadro atual: “A economia está um bagaço”. O governo, emdoze meses, não conseguiu retomar o crescimento, contribuiu para a inflação darsaltos e reduzir o poder de compra do consumidor e não moveu um dedo para re-duzir incertezas e riscos. O modelo de gestão se esgotou. Chega de improviso e in-capacidade. Nem mesmo especialistas em gestão pública conseguem compreendero que pretende para a economia o governo Dilma. Para piorar o contexto, não seteve uma semana no ano que os escândalos de corrupção de coligados ou indicadospolíticos não tenham tirado a concentração do governo.

Parar e lamentar não vai resolver. Do outro lado do balcão, os empresáriosaproveitaram o ano ruim para organizar a empresa, fidelizar clientes, inovar nagestão, promover melhor relacionamento interno e novos produtos. Fazer mais re-sultados com menos recursos. Quanto a 2016, o setor produtivo – empresários etrabalhadores – só querem um horizonte mais claro. Nesta edição, um balanço doano, ações da ADIAL e previsões de analistas para 2016. No Estado, a aprovaçãode um Fundo de Equilíbrio Fiscal, tema principal desta revista, levanta uma questãoimportante: esse aumento de carga tributária não vai provocar um maior desequi-líbrio tributário para as empresas e provocar redução de investimentos, cancela-mento de projetos, demissões e transferência de unidades para outros Estados?Investimentos na ETE da Piracanjuba, entrevista com diretor-executivo da ADIAL,Edwal Portilho, e opções de leitura para o próximo ano.

Boa leitura a todos. Leandro Resende, o editor

ADIAL ‐ Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4ºandar ‐ Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás.

CEP: 74.083‐060 Fone: (62) 3922‐8200

www.adial.com.br

SUMÁRIO

“A economia está um bagaço”

PRÓ-INDUSTRIAL

Pró-Industrial2

Presidente do Conselho de Administração Cesar HelouVice‐Presidente Financeiro Rodrigo Penna de Siqueira

Conselho NatoCyro Miranda Gifford Júnior, José Alves Filho e Al‐berto Borges de SouzaVices‐Presidentes e Conselheiros Domingos Sávio Gomes de Oliveira, Valdo Marques,Angelo Tomaz Landim, Alberto Borges de Souza,Maximiliani Liubomir Slivnik, Vanderlan Vieira Car‐doso, Ananias Jus�no Jayme, Ricardo Vivolo, Heri‐baldo Egídio da Silva, Paulo Sérgio Guimarães dosSantos, Wilson Luiz da Costa, Marley Antônio daRocha, Márcio Botelho Teixeira, Olympio JoséAbrão, Pedro Henrique Pessoa Cunha, Sandro Sco‐dro, Domingos Vilefort Orzil, Alfredo Ses�ni Filho,Carlos Luciano Mar�ns Ribeiro, Rivas Rezende daCosta, José Alves Filho, José Carlos Garrote deSouza, Juliana Nunes, Evaristo Lira Baraúna, RomarMar�ns Pereira, André Luiz Bap�sta Lins Rocha, An‐tonio Benedito dos Santos e Luiz Alberto Rassi.Diretor Execu�voEdwal Freitas Por�lho “Chequinho”Produção GráficaContemporânea PUC

COMERCIAL ‐ ANÚNCIOS (62) 3922‐8200 ou (62) 8287‐5575

Fevereiro 2016 Nº 70 Ano VIII

NEGÓCIOS Piracanjuba 16‐17

EDITORIAL “A Economia está um bagaço” 2. // IN‐CENTIVOS Fundo vai afastar indústrias de Goiás 4‐5.// ECONOMIA Balanço da economia em 20156‐8.// ENERGIA Mercado Livro 9.//ENTREVISTAEdwal Chequinho 8‐10.// MARKETING Foco na marca11.// MARKETING & PRODUTOS Lançamentos da in‐dústria 14‐15.// LEITURA Livros Empresariais 18.//OPINIÃO Cesar Helou 19//

EMPRESAS, MARCAS E INSTITUIÇÕES CITADAS NA EDIÇÃOLa�cínios Bela Vista ‐ Piracanjuba (2, 7, 16 e 17), Himalaia Construções (3), Rodovalho Associados (4 e 5), AmBev (7), Deloi�e (7 e 13), Con‐faz (7 e 8), CAE (7), Adial Brasil (7), Grupo José Alves (7), MTE (7), Gride Energia (9), Aneel (9), Sartre‐Gumo (13), Zaic Branding (13), Sadia(14), BemisLa�nAmerica (14), Dixie (14),Brasil Kirin (14), Schin (14), Facebook (14), Heinz (14), Unilever (14), Brilhante (14), Coca‐Cola

(15), OMC (15), Becel (15), NeoQuímica (15), Risqué (15) e ADI Sistema Ambientais (16).

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FUNDOdeve afastar

indústriasde Goiás

GOVERNO GOIANO CRIAFUNDO QUE RECOLHE ATÉ

10% SOBRE OS BENEFÍCIOSE INCENTIVOS FISCAIS.

MEDIDA FRUSTRA SETOR INDUSTRIAL, QUE DEVE

PARALISAR INVESTIMENTOS,MOVER AÇÕES JUDICIAIS E

ATÉ TRANSFERIR UNIDADESPARA OUTROS ESTADOS QUE

AGORA PASSAM A SER MAIS COMPETITIVOS

DO QUE GOIÁS

A decisão do governo estadual desancionar o Fundo de Equilíbrio Fiscal,aprovado pela Assembleia no final doano passado e que falta ser regulamen-tado, vai reduzir a competitividade eatratividade de empresas para investir eexpandir seus negócios em Goiás. Coma medida, na prática, benefícios e incen-tivos fiscais serão reduzidos. A ADIAL(Associação Pró-Desenvolvimento In-dustrial do Estado de Goiás) negociounos últimos meses para que projeto nãoavançasse, apresentando propostas al-ternativas que elevassem as receitas es-taduais sem modificar os programasProduzir e Fomentar e, ao mesmotempo, para que não promovessem umsacrifício maior ao contribuinte nestemomento de ajuste do governo.

“Para minha surpresa e profunda de-cepção, a resposta dos representantes dogoverno estadual foi a de que o governovai regulamentar a Lei 19.195/16, e, destaforma, implementar a obrigatoriedadede contribuição de até 10% sobre o valordos benefícios e incentivos fiscais”, disseo presidente da ADIAL, Cesar Helou.

O Fundo de Equilíbrio Fiscal, for-mado com recursos da redução dos in-centivos fiscais de empresas em Goiás,autoriza ao Estado reduzir em até 10%os incentivos fiscais dos programas Fo-mentar e Produzir por 36 meses, com ob-jetivo de arrecadar R$ 800 milhões.

Confira na próxima página, a notatécnica produzida pela Rodovalho Ad-vogados, consultoria tributária daADIAL, sobre o tema:

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Foi publicada no DOE de 7 de janeiro de 2016 a Lei19.195 que institui o Fundo de Equilíbrio Fiscal do Te-souro Estadual - FUNEFTE.

O Fundo em questão faz parte de um conjunto demedidas da Administração Pública na busca da manu-tenção do equilíbrio das contas do Tesouro Estadual.E apesar de ser chamada para discutir no início de suaformulação, a Adial não concordou e não concordacom seus termos.

Pois bem, já no art. 2º consta que o Fundo seráconstituído com recursos oriundos de contribuição de-corrente de utilização, por parte dos contribuintes, debeneficio fiscal concedido por lei estadual.

Em seguida, o parágrafo 2º do art. 2º, em claro alar-gamento de conceito, diz que incluem-se no conceitode benefício fiscal, a utilização dos incentivos fiscaisou fiscal-financeiros do FOMENTAR e PRODUZIR, in-clusive seus subprogramas. O que é uma inovação le-gislativa em relação a toda legislação estadual, quesempre diferenciou bem o que seja benefício fiscal doque seja incentivo fiscal. Não apenas conceitualmente,mas também na aplicação de um e outros, há clara einegável distinção, não justificando a ampliação doconceito.

É certo que nesta parte do texto da lei a confusãoconceitual – propositalmente ou não – veio para abran-ger todos os benefícios e incentivos, no caso os incen-tivos nitidamente financeiros que são o FOMENTAR ePRODUZIR.

Em seu art. 3º, resta estabelecido que a contribuiçãoao FUNEFTE será em valor correspondente ao percen-tual de até 10% (dez por cento) aplicado sobre o valordo benefício fiscal. Diz também que tal será regula-mentado por ato do Governador do Estado.

Veja então que em Decreto o Governador vai regu-lamentar em qual percentual (até 10%, que ele pode atéreduzir conforme está no §3º do art. 3º) e em de queforma ele será aplicado, ainda que não restem dúvidasde que seja sobre o valor do benefício, o que entende-mos que aqui está se tratando que incidirá sobre omontante financeiro do valor utilizado a título de be-

nefício fiscal e também das parcelas incentivadas doProduzir e Fomentar, o que pode dar uma base de cál-culo muito alta, e, seguramente, muito superior a umasimples redução na utilização de 10% dos benefícios eincentivos.

Diz ainda que a “contribuição” será “exigida” por36 meses e seu recolhimento dar-se-á no dia 20 de cadamês com base na apuração do mês anterior. Colocamosentre as aspas acima pois achamos uma contradição a“contribuição” – semanticamente algo voluntário, ser“exigido” por tão longo período.

E temos neste mesmo art. 3º uma determinaçãomuito peculiar – para não dizer absurda – de que ovalor pago “mensalmente poderá ou não exceder a10% (dez por cento) do valor total do ICMS apuradopelo contribuinte no período”.

Seria o mesmo que dizer que uma lei deve ou nãoser cumprida? Causa estranheza esta redação que li-mita (ou não!) o valor da contribuição ao Fundo.

Segundo e não menos importante, fica definido queo não pagamento da contribuição implica perda defi-nitiva do benefício no respectivo período de apuração.O que é uma penalidade muito severa. O não paga-mento na forma e prazo (inadimplência por atrasotambém!) em determinado mês (ou até mesmo, pensa-mos, a divergência de interpretação em relação a basede cálculo) fará com que o contribuinte não possa terse utilizado do benefício ou do incentivo naquele mês,ou seja, teria um perda de 100%, e isto ainda pode acar-retar a multa de utilização indevida de crédito fiscal.É necessário, portanto, extrema atenção a este fato.

Ao final a Lei diz que cabe a Sefaz implementar edar suporte físico e material ao FUNEFTE.

A presente nota tem caráter apenas informativo,não quis aqui se deter aos aspectos de legalidade e ju-ridicidade da novel legislação, afinal, a olhos nus se vêque a mesma não é um primor de técnica, nem deforma, e principalmente, também não é de conteúdo.

RODOVALHO ADVOGADOS

NOTA TÉCNICAsobre o Fundo de Equilíbrio Fiscal do Tesouro Estadual

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ECONOMIA

FEVEREIRO A edição da re-

vista trouxe umasérie de citações doministro da Fa-zenda JoaquimLevy. Na época, oministro já falavaem ajuste de impos-tos e acreditava quese o País tem muitospontos positivos,caso não cometesseequívocos continuaria atraindo investidores.

A Pró-industrial entrevistou o empresá-rio Cyro Miranda que contou dos seus pro-jetos, sua experiência no Senado e como é a

relação entre os parlamentares. Naocasião, ele comentou que a hipocrisiaexistente no ambiente político era di-ferente da que acontece na sociedade,muito maior.

MARÇO Esta edição

discutiu a pa-ralização de ca-minhoneirosna época. Pro-dutos e alimen-

tos ficaram paradosnas estradas pordias, causando atédesabastecimento

em alguns locais. A manifestação tinhacomo objetivo protestar contra o governofederal, reivindicando fretes mais justos,óleo diesel mais barato, modificações na

cobrança de pedágios e sançãopresidencial sem vetos da Lei dosCaminhoneiros.

Estava em discussão os incen-tivos fiscais, inclusive reformasno ICMS. A Adial estava partici-pando de várias reuniões para de-fender e buscar apoio aosincentivos que fizeram que váriosEstados crescessem nos últimostrinta anos. Um desses encontrosfoi com o presidente do SenadoRenan Calheiros, juntamente com

Ano novo, crise velha

OBrasil vive um momentomuito delicado. Igno-rada pelo governo fede-ral durante quase todo oprimeiro semestre do

ano, a crise se estendeu e causou o fe-chamento de várias empresas, demis-sões e diminuição nas vendas. Osnúmeros alarmantes da economia noterceiro trimestre — com encolhi-mento de 1,7% em relação ao segundoe 4,5% no acumulado de 12 meses —forçaram os economistas e os analis-tas a ver o mundo como ele é. A eco-nomia brasileira deve encolher quase4% neste ano — boa parte aposta em3,8% —, e já se fala de uma recessãode 3,5% no ano que vem.

O economista Ricardo Amorim

acredita que os fatores que desenca-dearam o cenário atual já estão fi-cando para trás. As medidas que ogoverno aponta para 2016 mostramum cenário melhor do que deste anoe dos quatro anteriores. Já os fatoresque fazem a América Latina, comoum todo, crescer, devem continuar.Cabe ao Brasil voltar a aproveitar estemomento e fazer da crise uma opor-tunidade para voltar a crescer.

O cenário atual, que se agravoucom a crise política, não oferece muitaesperança para o próximo ano. A im-pressão que se tem é de que há muitoque resolver em pouquíssimo tempo.Isso tem levado pânico principal-mente aos empresários, que vêm seusnegócios travados, não vendem, não

geram renda e são obrigados a dimi-nuírem o quadro de funcionários.

Muitos especialistas acreditamque o Brasil pode sim superar a crise,lentamente, mas apenas no segundosemestre de 2016. Contudo, para queisso aconteça é preciso levar em contaalguns fatores e acontecimentoscomo: O andamento das investiga-ções da Operação Lava Jato; A capa-cidade de o governo melhorar arelação conturbada e a fragmentaçãopolítica com o Congresso; A habili-dade para superar a crise política; Ocontrole da inflação; De reconquistara confiança do empresariado; Deter-minar as medidas de ajuste fiscal ne-cessárias, observando os mecanismosda Lei de Responsabilidade Fiscal.

UM BALANÇO DE 2015 PELAS CAPAS E TEMAS DA PRÓ-INDUSTRIAL

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outras empresas como Piracanjuba e Ambev.

ABRIL A Pró-Industrial discutia a im-

portância dos executivos se quali-ficarem, para isso a Adial e aDeloitte, trouxeram para Goiás oprograma CFO Program Brasil. Ocurso é destinado a executivos fi-nanceiros e visa também a recicla-gem desses profissionais. Temascomo gestão de riscos, negóciosinternacionais, sustentabilidade etransformação financeira foramdiscutidos nos encontros.

A comissão do Senado apro-vou mudança no Confaz. Naquele mês teve discussão do Pro-jeto de Lei 130, que convalida benefícios fiscais não aprovadosno Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O Re-latório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) foi aprovado naComissão de Assuntos Econômicos (CAE) retirou a obrigato-riedade da unanimidade do Conselho.

MAIO Na época estava em dis-

cussão a Lei da Terceiriza-ção, ela havia passado pelaCâmara e demonstrava umaevolução na atual legislaçãotrabalhista do País. A mu-dança favorece o processocomo estratégia para ganhareficiência e reduzir custos.Adial completou 20 anos, epara comemorar lançou,juntamente com a Deloitte oCFO Program. Projetocontribui para a profissiona-lização do ambiente de negócios no centro-oeste e aprimora-

mento da carreira deprofissionais da região.

JUNHO A revista ressaltava a im-

portância dos incentivos fiscaispara manter o crescimento dasempresas goianas. O governofederal iniciava a discussão arespeito da reforma do ICMS,mas Goiás ressaltava a defesados incentivos fiscais comoprioridade e que não havia am-

biente econômico para tal medida.Esta edição conversou com o empresário José

Alves Filho, presidente da Adial Brasil e doGrupo José Alves. Ele comentou a situaçãoda indústria no País, os avanços e retroces-sos na legislação, e a falta de interessedo poder público e sua visão sobre ofuturo dos incentivos fiscais. Paraele, o governo federal deveria im-plantar algumas mudanças paraque a indústria crescesse mais,como financiamento para aqui-sição de equipamentos de pro-dução industrial nacionale/ou importado, reforma tra-balhista e acabar com o pro-tecionismo.

JULHO

Esta edição discutiu o fatode que apesar do cenário eco-nômico brasileiro, havia setenovas indústrias investindo emGoiás. Naquela época R$ 389 mil-hões em novos projetos foramanunciados, além da inauguração denovas fábricas. O número era menor doque no ano passado anterior, mas sobres-saiu em comparação a outros Estados bra-sileiros. Norma federal exigia o uso daErgonomia, um mapeamento que procura adap-tação confortável e produtiva entre o ser humano eseu trabalho. O laudo tinha como objetivo cumprir a le-gislação, em especial a Norma Regulamentadora do Mi-nistério do Trabalho e do Emprego (MTE) nº 17(conhecida como NR 17) que exige que todas as empresasdevem possuir estudo ergonômico.

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Janeiro Desemprego: 5,3 %Dólar: R$ 2,68Taxa Selic: 0,94%IPCA: 1,24%

FevereiroDesemprego: 5,9%Dólar: R$ 2,8Taxa Selic: 0,82%IPCA: 1,22%

Março Desemprego: 6,2%Dólar: R$ 3,19Taxa Selic: 1,04%IPCA: 1,32%

AbrilDesemprego: 6,4%Dólar: R$ 3,013 Taxa Selic: 0,95%IPCA: 0,71%

Maio Desemprego: 6,7%Dólar: R$ 3,1638Taxa Selic: 0,99%IPCA: 0,74%

JunhoDesemprego: 6,9%Dólar: R$ 3,10Taxa Selic: 1,07%IPCA: 0,79%

Julho Desemprego: 7,5%Dólar: R$ 3,42Taxa Selic: 1,18%IPCA: 0,62%

AgostoDesemprego: 7,6%Dólar: R$ 3,62Taxa Selic: 1,11%IPCA: 0,22%

SetembroDesemprego: 7,6%Dólar: R$ 3,96Taxa Selic: 1,11%IPCA: 0,54%

OutubroDesemprego: 7,9%Dólar: R$ 3,86Taxa Selic: 1,11%IPCA: 0,82%

NovembroDesemprego: 8,7%Dólar: R$ 3,88Taxa Selic: 1,06%IPCA: 0,85%

DezembroDesemprego: 6,9%Dólar: R$ 3,94Taxa Selic: 1,16%IPCA: 0,96%

AGOSTOEsta edição dis-

cutia a importânciade manter os em-pregos no mo-mento de recessãoda economia. Nú-mero record de de-missões pioraram asituação da econo-mia e preocupavatrabalhadores, em-presas e governo. Ataxa pulou, em poucos meses, de 4,6% para6,9% no mês de junho.

A ADIAL lançou a Adial Corretora de Segu-ros. A nova braço de negócios da entidade teriaexecutiva nacional à frente da operação e for-maria de um pool de empresas para negociarcontratos. O benefício oferece aos empresários

as melhores opçõesde proteção patri-monial do mer-cado, com preçosdiferenciados e pla-nos formatadoscom a expertise daentidade que os re-presenta e conhecedetalhes da opera-ção.

SETEMBRO A edição deste

mês discutia comoo tempo fechou para a economia. O cenáriomostrava como impostos, desemprego, reces-são, inflação, inadimplência, diminuição nasvendas, alta do dólar e até crescimento daChina assustavam o País. Só naquele momentoo governo Dilma admitiu seus erros na condu-ção da economia.

Enquanto isso, Goiás investia para estarentre os três Estados mais competitivos em ino-vação e tecnologia no Brasil nos próximos trêsanos, e consequentemente, aumentará a compe-titividade do setor produtivo local ate 2018. Asdeclarações foram feitas no lançamento do Pro-

grama Estadual deInovação e Tecnolo-gia (Inova Goiás).

OUTUBROEm outubro a

preocupação eracom o dólar, quedisparava e afetoudiretamente a in-dústria. A desvalo-rização do Realatingiu patamar his-tórico e provocou efeitos colaterais no setor in-dustrial, que faz contas.

O Conselho de Política Fazendária (Confaz)definiu acordo que alterou o Ajuste SINIEF01/09 que dispõe sobre normas da EscrituraçãoFiscal Digital (EFD) a partir do próximo ano. Apartir de janeiro de 2016 será obrigatória a EFDpara os estabeleci-mentos industriaisclassificados nas di-visões 10 a 32 daClassificação Nacio-nal de AtividadesE c o n ô m i c a s(CNAE), para em-presas com fatura-mento igual ousuperior a R$300milhões.

NOVEMBROO tema desta

edição foi Energia: indústria busca soluções. Osreajustes da conta de energia fazem com que osetor industrial busque soluções de mercado eate jurídica para equilibrar custos. Mercadolivre de energia, autoprodução e questiona-mento judicial têm sido algumas das opçõespara equilibrar o custo da energia, que em al-guns casos praticamente dobrou em dois anos.

Havia possibilidade da soja exportada terque pagar ICMS. Os Estados da região Centro-Oeste, região de lidera a produção nacional degrãos, ameaça cobrar ICMS sobre seus em-barques de soja – e também do milho em grãos.

CONFIRA ADETERIORIZAÇÃODOS NÚMEROSDURANTE 2015

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Uma nova resolução da AgênciaNacional de Energia Elétrica facilitaa migração de consumidores espe-ciais ao mercado livre de energia. Oregulamento simplifica a adequaçãodo sistema de medição e fatura-mento que atualmente custa aosconsumidores cerca de R$ 30 milpara cada unidade e agora deve serreduzido em pelo menos 75%. Anova resolução entrou em vigor em1º de fevereiro.

São classificados como especiaisconsumidores com demanda contra-tada entre 500 kW e 3 MW. Unidadesque se enquadram nesse perfilpodem sair do ambiente cativo dasdistribuidoras para o ambiente livreonde é possível comprar energia com

preços bem mais baixos e reduzir ocusto em até 30%.

Solicitamos aos especialistas daGRID Energia que preparassem umestudo com um caso que demos-trasse o potencial de economia apósa migração. No exemplo (quadro aolado), foi elaborado para uma indús-tria com 3 unidades industriais emdiferentes localidades cuja contamensal média em 2015 foi superior aR$ 400 mil.

Com a migração, o consumidorpassará a ter um contrato flexívelcom reajustes pré-fixados, normal-mente IPCA. Desta forma o consumi-dor tem a proteção contra possíveisaumentos de energia acima da infla-ção, como ocorreu em 2015 e tem

grande probabilidade de se repetirnos próximos dois anos.

Segundo o engenheiro StéfanoAngioletti, da GRID Energia, o anode 2016 será um ano com grandespossibilidades de redução de custode energia para quem migrar para oMercado Livre.

Novo regulamento reduz custode migração ao mercado livre

ENERGIA

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Nome: Edwal Por�lho “Chequinho”Atuação: Diretor‐execu�vo da ADIAL, zootecnista com pós‐graduação em gestão pela FGV

ENTREVISTA

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Michal Gartenkraut

Amarca daADIAL conti-nua sendo aincansável de-fesa que a enti-dade faz dosetor indus-

trial goiano, principalmente na pre-servação e ampliação dos incentivosfiscais, mas, nos últimos dois anos,a entidade ampliou leque de serviçose ações que ampliaram a interaçãocom as empresas associadas e os ser-viços oferecidos. O diretor-execu-tivo da ADIAL, Edwal Portilho“Chequinho”, destaca que já sãoperceptíveis os resultados geradospela ADIAL Negócios, Pró-Indus-trial, ADIAL-Log, ADIAL Corre-tora de Seguros e CFO Program,que são algumas das atividades quealcançaram destaque nos últimosanos. “São marcas nossas que omercado aprovou”, diz Chequinho.Confira parte da entrevista a se-guir:entrevista:

Como o empresário devereagir a este cenário turbulentoda economia e os resultadosnegativos?

Há muito tempo não enfren-távamos uma crise tão longa. Seconsiderarmos o PIB, não sabe-mos o que é crescer desde 2010.Para a indústria, a crise é bempior, ela é anterior, pois já entre2009 e 2012, a âncora da econo-mia – e o foco do governo fede-ral – era o comércio, o consumoe o estímulo à importação de in-dustrializados. O governo fede-ral virou as costas para aindústria brasileira há muitosanos, desprezando as possibili-dades globais de ter um parqueindustrial internacionalmentecompetitivo. Se nos EUA, Ale-manha e Japão um governo ten-tar destruir a indústria como sefaz hoje no Brasil, a populaçãovai às ruas, trabalhadores e for-madores de opinião convocam

greve geral. Essa consciênciaque sobra lá fora, falta, no Brasil.É incompreensível para qual-quer desenvolvimentista estran-geiro essa inteligênciaestratégica dos programadoresda política econômica brasileira.Assim, cada empresa reage àcrise por conta própria, comajustes pontuais e/ou profundosna operação, pois não teremossoluções macroeconômicas, jáque os governos só querem sal-var a própria pele, quando não,como quase sempre ocorre, vãoempurrar a conta de excessospara a sociedade pagar.

Para 2016, quais as previsõespara a indústria e qual planeja-mento para a ADIAL?

Não podemos ser negativis-tas, mas ser otimista com o atualquadro é ignorar a realidade.Sendo realista, não acredito que2016 será um ano de soluções ou

ADIAL focada em ampliar

resultados em 2016

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SE A ECONOMIA VAI MAL, A GESTÃO DA ADIAL AMPLIOU NOSÚLTIMOS DOS ANOS O NÚMEROS DE ASSOCIADOS E SERVIÇOS. META

É AMPLIAR BENEFÍCIOS E ATENDIMENTO AO ASSOCIADO

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grandes investimentos. Oconsumo está retraído e os go-vernos implantando políticasfiscais nocivas para o cresci-mento econômico, como oFundo de Equilíbrio Fiscal doTesouro Estadual (Funefte), quevai tirar Goiás do mapa do in-vestimento industrial brasileiro.As empresas já têm manifestadoque até as expansões de plantasprevistas para o Estado, nospróximos dois anos, serão adia-das e temo que o impacto pode,em breve, levar à transferênciade empresas que aqui estavaminstaladas para outros Estados.

Quanto aos incentivos fis-cais, foram centenas de reu-niões, debates, audiências emGoiânia e Brasília e articula-ções. No entanto, fechamos2015 ainda como no anterior,sem grandes mudanças. No en-tanto, a proposta que a ADIALe ADIAL Brasil defendem, poruma reforma do ICMS e manu-tenção dos incentivos fiscaiscom limites de benefício deacordo com o índice de desen-volvimento da economia decada Estado, fortalecendo a po-lítica de desenvolvimento re-gional, fecha o ano com maisadeptos?

Ampliamos a convicção daimportância de manter e regula-mentar os incentivos fiscais. Aospoucos, essa tese ganha força, edeve participar mais de umagrande reformulação tributáriano País. Falta visão estratégicada força do regionalismo. Essaeterna e maléfica disputa estáentre os Estados brasileiros fo-

cado apenas no imposto quecada um vai ganhar afeta a ver-dadeira disputa em curso hojeno mundo, que é entre países.Estamos nos enterrando indus-trialmente. Mas, discutir desen-volvimento no Brasil é muitocomplicado, pois a visão é decurto e curtíssimo prazos – é to-talmente conjuntural.

Para a entidade, apesar da re-cessão na economia, foi de ino-vação e lançamentos, como oCFO Program e da ADIAL Cor-retora de Seguros. Como foramrecebidas estas duas novi-dades?

A ADIAL não para, somos oapoio e buscamos ser sempre o

exemplo no enfrentamento dacrise, com projetos e inovação.Atendemos dezenas de empre-sários por semana, cada umcom uma demanda relevante, edamos encaminhamento e faze-mos uma defesa comprometidacom o setor. É uma entidaderespeitada pelo mercado, umachancela forte, e se renova acada ano. Em um curto espaçode tempo, a ADIAL criou aADIAL Negócios, que implan-tou vários projetos e ofereceuvários benefícios e valores sub-sidiados a empresas associadas.Entre estes projetos está o bem-sucedido CFO Program em par-ceria com a Deloitte. AADIAL-Log foi outro projetoque cresceu e fortaleceu em2015, com reuniões decisivaspara o setor de transporte e lo-gístico, além da ADIAL Corre-tora de Seguros, que atendeuma solicitação antiga dos em-presários e que foi muito bemrecebida. Não podemos inter-romper este ciclo de inovação ebuscar ferramentas úteis e emcondições mais favoráveis paranossos associados. A ADIAL,como disse, é uma chancelaforte e respeitada no mercado.Nosso trabalho de defesa daeconomia, nos respalda, dá cre-dibilidade e responsabilidadepara montar uma política de be-nefícios e serviços para as em-presas associadas. O nossopoder de atuação também passapela ampliação do quadro deassociados, que, nos últimosanos, cresceu mais de 35%.Vamos trabalhar firmes em 2016para ampliar estes números.

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“Se nos EUA,Alemanha e Japãoum governo tentardestruir a indús-tria como se fazhoje no Brasil, apopulação vai àsruas, trabalhadorese formadores deopinião convocamgreve geral. Essaconsciência quesobra lá fora, falta,no Brasil.”

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MARKETING

OBranding - ou a construção devalor da marca - é uma ferra-menta poderosa nestes tempos

de crise. Por meio desta estratégia, amarca pode tornar-se um patrimôniovalioso da empresa. É o que diz Clau-dio Ribeiro, um dos diretores da Sar-treGumo, escritório de Branding comsede em Goiânia. Criada em 2011 pelossócios Cláudio Ribeiro e GustavoMoura, ambos com sólidas experiên-cias profissionais nos Estados Unidos,Inglaterra e Suíça, a SartreGumo nas-ceu com a ideia de unir o estratégico eo design sobre a ótica única da constru-ção de marca, trazendo para o mer-cado os conceitos mais atuais aplicadosnas principais capitais do mundo.

Atualmente passam por um pro-cesso de internacionalização em jointventure com a Zaic Branding de SãoPaulo, com vistas a atuar no mercadoeuropeu. Claudio esteve, no fim doano passado, visitando pessoalmentepossíveis clientes em Londres e Berlime está muito otimista. “A melhor ma-neira de vencer a crise é trabalhando.Com a globalização, isso é possível emqualquer parte do mundo, criandomarcas fortes e consistentes”. Sobreeste e outros assuntos, conversamos naentrevista a seguir.

As perspectivas para o Brasil, espe-cialmente para 2016, não são positi-vas. A economia está enfraquecidadiante da recessão econômica, com in-flação alta, PIB negativo, salários commenos poder de compra e desem-prego. A consequência é o crédito es-casso, o que faz os consumidoresreduzirem seus gastos. Diante destecenário, é momento de investir emBranding?

Ter um discurso claro e em equilí-brio com a essência da marca, além deum posicionamento que expresse essaspremissas de forma verdadeira são fa-tores que fazem um cliente escolher oseu produto ou serviço, principal-mente em momentos de incerteza,cujas as relações passam a ser pautadasfundamentalmente pela confiança emenos pela oportunidade.

O que muda no comportamento doconsumidor neste período de crise?

O consumidor tende a interpretar omovimento de marca, principalmenteem ações de curto prazo, como deses-pero de venda e, em sua mente, opor-tunidades melhores ainda estão porvir. Em outras palavras, ele não confiana postura da marca que grita “Últi-mos dias”, “É para acabar com es-toque”, “Imperdível” ou coisas dessegênero. Nesse momento, o consumi-dor prefere se relacionar com marcasque oferecem a ele uma experiênciaverdadeira em todas as etapas da rela-ção. E a única maneira de fazer comque esse contato seja realmente únicoe genuíno é entendendo a verdadeiraessência da empresa. A partir daí

constroi-se os atributos que serão re-passados para as suas ações. O dis-curso precisa ser claro e autêntico, poissó assim ele sentirá a confiança neces-sária para estar junto de você e consu-mir seus produtos.

Como funciona um trabalho de bran-ding e a gestão de marca na prática?

Primeiro é necessário entender aalma da empresa e porque ela existe,asua visão de futuro, seu negócio, seusmercados de atuação, além de concor-rência, benchmarking e tendências.Apresentar um diagnóstico a partirdesses pontos é fundamental paraacharmos um norte e estrategicamente,além de definirmos qual o melhor dis-curso para ela. O design aparece de-pois para, por meio do logo e de todaa identidade, fazer com esse posiciona-mento seja entendido não apenas comuma frase, mas também pela maneiraque ela se apresenta, suas cores, sua ti-pografia, seus símbolos, sua fotografia,seu tom de voz, etc. Tudo isso conec-tado impulsiona a marca para um cres-cimento espontâneo e um maiorentendimento de sua representaçãopelo seu público. Branding requer sen-sibilidade, profissionalismo e muitocuidado, para determinar a direçãocorreta.

E para quem está pensando em inves-tir no mercado internacional, qual é adica?

Os níveis de exigência do mercadointernacional são bem maiores do queno Brasil hoje. Eles simplesmente nãoaceitam marcas que não se posicionamou que não conseguem transmitir paraa sua identidade, sua embalagem, suacomunicação a sua maneira de ser eagir. É necessário que haja propósito ealgum tipo de engajamento para aspessoas percebam o valor daquela em-presa. Trabalhamos recentemente comuma empresa para a qual foi precisoalterar o nome para que ela tivesseuma melhor compreensão no mercadointernacional. A estratégia é funda-mental para que a marca alcance seusobjetivos.

na marca

Foco

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Salamitos Pocket é o lançamentoque marca o ingresso da Sadia nomercado de snacks e salgadinhos. Oproduto consiste em uma porção depetiscos de salame oferecida em duasversões: um flow pack contendo 36gramas, favorável ao consumo emmovimento (on‐the‐go), e um pote termoformado com 120 gramas, queapela ao compartilhamento. O flow pack e o filme‐tampa do recipientetermoformado são feitos do mesmo material: um coextrudado de polietilenoe EVOH (copolímero de etileno e álcool vinílico) laminado com PET brilhante.Ambas as embalagens são fornecidas pela BemisLatinAmerica (antiga DixieToga) e o produto é acondicionado sob atmosfera modificada, com empregode nitrogênio, para melhor conservação.

A conhecida marca dedetergentes Brilhante, daUnilever, lança este mês umanovidade para as consumidorasque desejam cuidar da casa demaneira prática: a linha delimpadores Brilhante Casa. Osprodutos chegam para atenderàs necessidades dosconsumidores que cada vez mais estão assumindo a limpezado lar, mas, em contrapartida, não querem perder tempocuidando da casa. Brilhante Casa conta com quatro linhas ecinco opções de produtos: Brilhante Casa CozinhaDesengordurante com Cloro, Brilhante Casa Banheiro TiraLimo, Brilhante Casa Vidros e Brilhante Casa Multiuso nasversões Lavanda & Eucalipto e Limão & Hortelã. Todas asversões já estão disponíveis nos principais pontos de venda emtodo o Brasil e possuem duas opções de embalagem: squeezee aplicador em gatilho, muito mais prático. Outro desafio nomomento de limpeza do lar são os cuidados para evitar odesperdício de água. Neste cenário, Brilhante Casa se mostraum aliado dos consumidores, pois possui formulação quepermite limpar a casa toda utilizando pouco, ou nenhumaágua, dependendo da superfície. Além disso, para reafirmar ocompromisso de atender as necessidades de seusconsumidores e oferecer um portfólio mais amplo, Brilhantecompletou sua linha de tira‐manchas com as opções deprodutos em pó e refil, em embalagens de 420g.

Unilever

A Brasil Kirin anuncia a novaembalagem da Cerveja Schin. O rótulotraz como destaque a forma de umamão fazendo sinal de positivo, íconeconhecido pelos usuários do Facebookcomo “botão curtir“. A nova embalagemé resultado de um inteiro de pesquisasrealizadas pelo grupo Brasil Kirin, numatentativa de deixar a cerveja maispróxima de seus consumidores maisengajados com as redes sociais. “A lata terá uma cor branca e umnovo ícone, que é o sinal de positivo, que identificamos ser umaexpressão extremamente brasileira e que gera uma identificação”,diz o gerente de Marketing da Schin, Marcio Avolio.

Brasil Kirin

MARKETING & PRODUTOS

Sadia

A Heinz vem investindo cada vez mais no Brasil eapresenta novidades para seu portfólio. O start foi dado como anúncio da produção da sua primeira maionese no país,única feita com ovos de galinha caipira. Além da maionese, aempresa traz grande inovação com o exclusivo sabor deketchup Jalapeño, os molhos de tomate Arrabiata eCogumelos, a embalagem de 1kg do molho tradicional erótulos metalizados nas linhas de maionese, ketchup emostarda. O carro chefe da empresa, o Ketchup Heinz, ganhauma nova versão picante preparada com pimenta Jalapeño. Oprimeiro no Brasil a ser feito com a pimenta típica do Méxicoé extremamente saboroso e aromático. O produto tem a“picância” no ponto ideal para deixar os alimentos ainda maisgostosos e marcantes. Além da linha de ketchups, a família demolhos de tomates Heinz também tem novos integrantes. Osconhecidos molhos “pedaçudos” de tomate, tradicional,manjericão, bolonhesa e azeitonas, terão a companhia dosnovos sabores que trazem inovação com o picante Arrabiata ea versão Cogumelos, feita com um mix especial de cogumelos.

Heinz

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15 Pró-Industrial

A cada temporada, novas cores, texturas e estilossão eleitos os queridinhos do mundo da moda. Noúltimo outono/inverno, por exemplo, o cinza e o verdemilitar estavam com tudo, mas deixam um pouco acena na primavera/verão 2016. E como bons acessóriosque são, os esmaltes costumam seguir as tendênciasapresentadas a cada nova estação e se reinventa nasmãos de suas consumidoras. Risqué, líder em esmaltesno Brasil, mostra as principais tendências de cores paraa temporada mais quente do ano para suasconsumidoras estarem antenadíssimas.

Risqué

Coca‐ColaA Coca‐Cola coloca no mercado seis garrafas retrô. No pack promocional

estarão disponíveis réplicas dos modelos que foram comercializados em 1899,1900, 1905, 1913, 1915 e 1923. A ação faz parte das comemorações do cente‐nário da icônica garrafa contour, lançada em 1915. A embalagem de 1899, com285 mililitros, tem o formato mais arredondado e não possui rótulo, apenas in‐formações em alto‐relevo. A de 1900 é parecida com as garrafas de refrigerantedisponíveis atualmente. A embalagem, com 255 mililitros, é mais simples, maso rótulo branco em formato de losango traz o a marca ao centro, em vermelhoe outros registros em verde. A de 1905 é mais simples: o losango tem contornobranco e o interior é vazado, com a marca escrita na mesma cor ao centro.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, as doenças cardiovascularesrepresentam a causa número 1 de mortes no Brasil e no mundo. Mas, deacordo com uma pesquisa inédita encomendada por Becel e realizada peloIBOPE em 2015, mais de metade da população brasileira de internautasdesconhece essa informação e destaca o câncer como a doença que maismata no Brasil. A pesquisa ainda mostra que 40% dos entrevistados nãofizeram exame de colesterol no último ano e 52% estão acima do peso.

Becel

Para a recuperação do organismo em casos dediarreias e desarranjos intestinais, a Neo Química, marcalíder no ranking de medicamentos similares, traz aomercado Flomicin (similar do Floratil®). O medicamento éum probiótico, feito com Saccharomycesboulardii,indicado para o tratamento e recuperação degastroenterites virais e outras desordens que causamdiarreia. A Saccharomycesboulardii é um microrganismobenéfico ao corpo humano, que age restaurando a floraintestinal nos intestinos grosso e delgado.

NeoQuímica

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Aquinta maior indústria delaticínios do País, o Laticí-nios Bela Vista, detentorda marca Piracanjuba, é

uma empresa goiana que adotou aresponsabilidade socioambientalcomo um dos seus principais valores.Ciente da importância do uso ade-quado dos recursos naturais na pro-dução de alimentos, e para apreservação da vida, a indústria deumais um salto em qualidade e tecno-logia. Com investimentos superioresa R$ 11 milhões, e inaugurou, em dia25 de novembro, uma das maiores Es-tações de Tratamento de Efluentes,com reatores anaeróbicos de baixataxa, em indústrias de laticínios, nomundo. É a primeira no país.

Para formulação, desenvolvimentoe realização desse projeto inovadorforam necessários cerca de dois anos emeio de trabalho e uma equipe que che-gou a contar com 400 pessoas. A equipede engenharia do Laticínios Bela Vistarealizou a obra Civil e a montagem me-cânica. A ADI Sistemas AmbientaisLtda forneceu toda a tecnologia cana-

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NEGÓCIOS

investe em uma das maiores estaçõesde tratamento de efluentes do mundo

PROJETO, PIONEIRO NO PAÍS, VAICONTRIBUIR COM A REDUÇÃODO IMPACTO DA ATIVIDADE IN-DUSTRIAL E PARA A CONSERVA-ÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS EDO MEIO AMBIENTE

Pró-Industrial

Laticínios Bela Vista

MEIO AMBIENTE: Laticínios Bela Vista investiu R$ 11 mlhões em Estação de Tratamento de Efluentes

Momento dainauguração, com ogovernador MarconiPerillo e diretores daempresa

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dense e equipamentos, quecontemplaram a reformulaçãoda Estação de Tratamento deEfluentes atual, e a adoção doReator ADI-BVF, um dos mel-hores processos disponíveis emtodo mundo.

Nesse sistema, o efluente étratado em meio anaeróbio e ogás formado é captado e en-viado para duas caldeiras queutilizarão esse combustívelpara a geração de vapor. A efi-ciência no tratamento dos resí-duos chegará a 99%, com apossibilidade de reaproveitamento, também,da água. Por outro lado, o Laticínios BelaVista, que já utiliza exclusivamente madeirade reflorestamento em suas caldeiras de Bio-massa, contará com uma redução de 30% noconsumo de lenha, graças ao uso do Biogásgerado pelo novo sistema.

De acordo com o diretor industrial da em-presa, Marcos Helou, entre os objetivos doprojeto estão tornar o tratamento dos efluentesproduzidos pela indústria mais robusto e prepa-rado para o crescimento da indústria, além de,ao mesmo tempo, aproveitar a geração de Biogáse reduzir ainda mais o impacto ambiental. “Pre-tendemos devolver ao rio a água com excelentequalidade e pronta para um possível reuso. E,ainda, vamos incentivar a produção de energia

sustentável com benefíciosambientais para a socie-dade. A empresa conseguiuestruturar um corpo profis-sional seleto e multidiscipli-nar, o que propicioupesquisar e implantar comsucesso a tecnologia. Hoje,as decisões tomadas no La-ticínios Bela Vista levam emconsideração a nova lógicade pensamento voltadapara a preservação ambien-tal”, reforça.

SOBRE O LATICÍNIOS BELA VISTA O Laticínios Bela Vista possui um portfólio

com mais de 100 produtos, distribuídos nas mar-cas Piracanjuba e Pirakids, comercializados emtodas as regiões do Brasil. Com faturamento demais de R$ 2 bi e capacidade de processamentode 4,3 milhões de litros de leite por dia, gera maisde 2 mil empregos diretos e possui três unidadesfabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO),Maravilha (SC) e Governador Valadares (MG). Aempresa é uma das cinco maiores indústrias delaticínios do Brasil e vem recebendo importantesreconhecimentos nacionais e internacionais rela-cionados à marca Piracanjuba, aos produtos e àgestão, fundamentada em valores sólidos, comoética, valorização das pessoas e responsabilidadesocioambiental.

5ªÉ a posição do

Laticínios Bela Vistano ranking nacional

de indústriasdo setor.

Com um portfólio de mais de 100 produtos, a Laticínios Bela Vista se destaca com as marcas Piracanjuba e Pirakids

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AUDITORIA O obje�vo deste livro é possibilitar aos leitores uma visão da a�vidade de auditoria, com ênfase na auditoria

de demonstrações contábeis. São abordados aqui os principais aspectos rela�vos à auditoria das demonstraçõescontábeis, destacando os órgãos responsáveis pela emissão das normas de auditoria, requisitos para o exercício

da profissão e técnicas para desenvolvimento dos trabalhos, forma de redação e conteúdo dos relatórios.

SABE O QUE É PMP?O Project Management Professional (PMP®) é um exame oferecido pelo Project Management

Institute (PMI®), que testa conhecimentos sobre iniciação, planejamento, execução, controle eencerramento de projetos. Por meio de 200 questões de múltipla escolha, faz parte de umrigoroso processo de certificação de profissionais de gerenciamento de projetos. Este livro foiorganizado para auxiliar o leitor a se preparar para esse exame de certificação. Ele deve ser usadojunto com a quinta e mais recente versão do Guia PMBOK®, complementando sua leitura pormeio de exercícios, exemplos e dicas que ajudam a consolidar o conhecimento do leitor.

NA ONDANa economia do conhecimento, a liderança em todos os níveis da organização é requisito para a sobrevivência

da companhia. Mesmo assim, na maioria das empresas o pipeline de liderança é escasso. Neste livro, três consulto‐res que conceberam as mais inovadoras prá�cas em relação ao desenvolvimento de pessoas nas organizações mos‐

tram às companhias como desenvolver a liderança em todos os níveis organizacionais. A par�r de sua experiênciana General Electric, Goodyear, Ci�bank, Ford e outras companhias, eles apresentam um modelo para iden�ficar fu‐

turos líderes, avaliar suas competências, planejar seu desenvolvimento e medir resultados.

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fim de realizar seus obje�vos comuns. De acordo com John Ko�er, autor de best‐sellers e renomado espe‐cialista em liderança e mudança organizacional, o foco em conectar‐se com as emoções é o que dispara asmudanças de comportamento e impulsiona as ações que levam ao sucesso. O coração da mudança é ocomplemento envolvente e essencial do best‐seller mundial de Ko�er, Liderando mudanças.

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dando início a uma empresa. Você cometeu erros ao longo do caminho? Esses erros ajudaramou atrapalharam seu progresso em direção à sua meta? O caminho do insight à descoberta ra‐ramente é uma linha reta. As realizações mais inovadoras em ciência, tecnologia, economia eartes representam longos e sinuosos caminhos de equívocos e falsos julgamentos. Neste livro,Schoemaker examina o lado benéfico do erro por considerá‐lo um "portal da descoberta". Pormeio de histórias e análises, o autor evidencia que é possível projetar erros geniais ‐ aquelesque aceleram o aprendizado e levam a grandes inovações e evitar os trágicos. Também defendoque erros não são todos criados de modo igual.

LEITURA EMPRESARIAL

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OPINIÃO

Por um equilíbrio fiscalsem desequilíbrio

econômico

Opioneiro modelo de desen-volvimento regional ado-tado e aperfeiçoado porGoiás nos últimos 30 anos e

que inspirou uma reformulação e a dis-cussão ampla dos tributos no Brasilpassa por uma grave e preocupante re-visão. Ao sancionar a Lei 19.195/16 ecriar um Fundo de Equilíbrio Fiscal, ogoverno estadual goiano rebaixa a com-petitividade e a atratividade dos incen-tivos fiscais e financeiros do Estado.

Goiás, historicamente, foi alvo deataques dos Estados desenvolvidos quelutaram para reduzir a expansão daeconomia goiana, buscando meios viaLegislativo, Judiciário e Executivos es-taduais e federal para destruir os bene-fícios do Produzir e do Fomentar. Noentanto, nestas três décadas de ataques,lideranças públicas e privadas goianasforam ágeis e competentes para defen-der os programas. Não se poderia ima-ginar, após tanta defesas e conquistas,que o maior revés dos incentivos fiscaisgoianos fosse justamente assinado pelopróprio governo do Estado de Goiás.

É frustrante explicar para investi-dores que fizeram a opção por Goiásque as condições agora são outras, queas regras mudaram no meio do jogo. In-vestidores estes que foram recebidos eapresentados à sociedade como símbo-los da nossa força econômica e da visãoestratégica do governo estadual.

É decepcionante para todos queacreditam no modelo que sempre de-fendemos. A ADIAL é contrária aoFundo de Equilíbrio Fiscal e dialogouincansavelmente com o governo esta-dual mostrando sua nocividade ao am-biente de negócios e defendendo queseu impacto está subdimensionadopelos criadores do projeto.

É importantíssimo considerar que:Não se pode afirmar que este Fundo de

Equilíbrio Fiscal irá realmente equili-brar o caixa do governo ou se será ape-nas mais um paliativo fiscal temporário,assim como a IN 1208/15, mas se pode,com certeza, garantir que este mesmofundo será a origem de um profundodesequilíbrio tributário para as indús-trias que, assim como no governo, pro-moverão novos ajustes, que incluemdemissões e fechamento de algumas fi-liais em Goiás. Esse ônus não será dacrise federal, mas do efeito fundo deequilíbrio estadual.

A seriedade do assunto merece umasevera discussão: O pensamento dequem planeja ao Estado mudou? É pre-ciso se pronunciar para que as estraté-gias sejam refeitas. Claro que indústriasvão optar por continuar em Goiás e atémanter seus investimentos. No entanto,nosso temor é quanto às empresas – emuitas que refizeram as contas dessanova carga tributária já nos manifesta-ram essa opção – de não suportaremessa pressão de custos e buscaremnovos caminhos para seus negócios.Nem podemos recriminá-las, pois, seassim o fizerem, é por uma questão desobrevivência.

Foi assim que Goiás se industriali-zou – setor que hoje representa fatia re-levante do PIB, de empregos e dareceita tributária. O Estado captou em-presas em outras regiões porque tinhauma melhor política fiscal e um menorcusto de produção. Em resumo: eramais competitivo e ousado. Se deixar deter, em algum momento, vai assistir amigração irreversível de indústrias eempregos. No ritmo que caminha, nofuturo, vamos mudar de lado da mesae nos sentar com os Estados que per-dem empresas e discutir medidas paracombater os incentivos fiscais.

É preciso compreender que os in-centivos fiscais não são para as empre-

sas, mas para a economia. Se temosbons programas, modificamos a econo-mia via investimentos empresariais. Setemos programas medianos, modifica-mos via desindustrialização - palavraque desejamos que passe longe deGoiás. Um exemplo claro é o governofederal: destruiu sua política industrial.O que acontece hoje? Falta um motorpara acelerar a economia. O caminhoque Goiás toma hoje é preocupante,pois vai desmontar a indústria local eperder seu diferencial, seu propulsor.

Não estamos alheios a crise fiscaldos Estados. Estamos também em crise.Qualquer tanto no caixa faz diferença.Quanto às receitas tributárias, propo-mos medidas alternativas ao governoestadual para elevar a arrecadação semmodificar os programas Fomentar eProduzir. Quanto às despesas, nos últi-mos 18 meses, as empresas promoveramdolorosos cortes, reduzimos o tamanhodos nossos negócios. São cortes reais, deefeito prático no gasto corrente. Os go-vernos têm de se adequar e cortar no es-trutural, e não apenas reduzirampliações de gastos orçamentários.

Somos contra alterar o modelo dedesenvolvimento do Estado sem umadiscussão ampla com a sociedade – poistoda sociedade defendeu arduamenteos incentivos fiscais há dois anosquando estes foram ameaçados.

A ADIAL se destaca por não seralarmista, por atuar tecnicamente e tra-zer à luz questionamentos relevantesque, muitas vezes, se concretizam.Temos a consciência que defendemos aeconomia goiana. As empresas descon-tentes podem optar por mudar de Es-tado, mas o Estado vai continuar aqui –e precisamos dele forte e unido.

mas para a economia Se temos

Cesar Helou é empresário e presidente da ADIAL

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