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PUB 10 PATACAS Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 4779 Quinta-feira, 18 de Junho de 2015 Associações questionam estudo de operadoras sobre salas de fumo Pág. 7 Desenvolvimento turístico desperta interesse da América Latina Pág. 9 Mais de 200 projectos fora do Fundo para as Indústrias Culturais Pág. 5 Tsipras desafia credores e assume responsabilidade de recusar mau acordo Alexis Tsipras, já depois do encontro com o chanceler aus- tríaco, disse que as propostas já apresentadas pela Grécia cum- prem com o que foi exigido pelos credores. Naquela que já começa a ser a eterna questão nestas negociações, os cortes nas pensões, o Primeiro-Ministro grego salientou que as propostas do seu Governo já contêm uma reforma significativa do sistema. Agora, frisa, é a vez de os Esta- dos-membros tomarem decisões políticas. O Primeiro-Ministro grego qualifica as propostas dos credores como “incompreensí- veis”, adverte que será mau para toda a Europa se um acordo não for alcançado e diz-se pronto a assumir as responsabilidades de recusar um acordo com os cre- dores, caso as condições sejam inaceitáveis para o povo grego. O banco suíço UBS é pessimista. Apesar de ainda acreditar num acordo no último minuto, os analistas dizem, numa nota en- viada aos seus clientes, que se a Grécia e os credores não chega- rem a acordo, a situação vai pio- rar. E alertam que os riscos estão a ser subestimados pelos merca- dos e pelas autoridades. A introdução de cursos de pós-graduação é uma das apostas do Instituto de Formação Turística de Ma- cau, estando dependente da aprovação da revisão da Lei do Ensino Superior. Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, a presidente do IFT, Fanny Wong, mostrou-se ainda satisfeita com a possibilida- de de utilização das instalações do antigo campus da Universidade de Macau, considerando que, tendo em conta a actualidade da instituição, “será suficiente para as nossas necessidades”. FOTO JTM IFT preparado para investir em pós-graduações Pág. 3 Jovens reencontram raízes Centrais COMEÇOU O III ENCONTRO DA COMUNIDADE JUVENIL MACAENSE Pág. 2 Pág. 12 Residentes de Hong Kong colocam Governo de Macau no topo das preferências Batalha de Waterloo há 200 anos eliminou “sonho” de Napoleão de estender império até à China

Administrador 4779 10 PATACAS IFT preparado para investir ... · do seu Governo já contêm uma reforma significativa do sistema. Agora, frisa, é a vez de os Esta- dos-membros tomarem

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10 PATACASAdministrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 4779 • Quinta-feira, 18 de Junho de 2015

Associações questionamestudo de operadorassobre salas de fumo

Pág. 7

Desenvolvimento turísticodesperta interesseda América Latina

Pág. 9

Mais de 200 projectosfora do Fundo paraas Indústrias Culturais

Pág. 5

Tsipras desafia credores e assume responsabilidadede recusar mau acordoAlexis Tsipras, já depois do encontro com o chanceler aus-tríaco, disse que as propostas já apresentadas pela Grécia cum-prem com o que foi exigido pelos credores. Naquela que já começa a ser a eterna questão nestas negociações, os cortes nas pensões, o Primeiro-Ministro grego salientou que as propostas do seu Governo já contêm uma reforma significativa do sistema. Agora, frisa, é a vez de os Esta-dos-membros tomarem decisões políticas. O Primeiro-Ministro grego qualifica as propostas dos credores como “incompreensí-veis”, adverte que será mau para toda a Europa se um acordo não for alcançado e diz-se pronto a assumir as responsabilidades de recusar um acordo com os cre-dores, caso as condições sejam inaceitáveis para o povo grego. O banco suíço UBS é pessimista. Apesar de ainda acreditar num acordo no último minuto, os analistas dizem, numa nota en-viada aos seus clientes, que se a Grécia e os credores não chega-rem a acordo, a situação vai pio-rar. E alertam que os riscos estão a ser subestimados pelos merca-dos e pelas autoridades.

A introdução de cursos de pós-graduação é uma das apostas do Instituto de Formação Turística de Ma-cau, estando dependente da aprovação da revisão da Lei do Ensino Superior. Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, a presidente do IFT, Fanny

Wong, mostrou-se ainda satisfeita com a possibilida-de de utilização das instalações do antigo campus da Universidade de Macau, considerando que, tendo em conta a actualidade da instituição, “será suficiente para as nossas necessidades”.

FOTO

JTM

IFT preparado para investir em pós-graduações

Pág. 3

Jovens reencontram raízesCentrais

COMEÇOU O III ENCONTRO DA COMUNIDADE JUVENIL MACAENSE

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Residentes de Hong Kongcolocam Governo de Macauno topo das preferências

Batalha de Waterloo há 200 anoseliminou “sonho” de Napoleãode estender império até à China

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Quinta-feira, 18 de Junho de 2015

JORNAL TRIBUNA DE MACAUPropriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Grande Repórter: Fátima Almeida • Redacção: André Jegundo e Pedro André Santos (Editores), Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Helder Fernando, Raquel Carvalho e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Rita Cameselle e Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

02 JTM | LOCAL

ESTUDO DA UNIVERSIDADE DE HONG KONG REVELA ELEVADA SIMPATIA PELAS GENTES DA RAEM

Governo de Macau volta a ser o preferido na RAEHKOs residentes de Hong Kong continuam a preferir o Governo de Macau, que reúne 41% das opiniões positivas, enquanto o Executivo de CY Leung surge no pólo oposto com uma avaliação geral negativa. As gentes da RAEM também motivam muita simpatia, porém, no contexto da Grande China, a preferência vai para a população de Taiwan, indica um novo estudo da Universidade de Hong Kong

Liane Ferreira

FOTO

ARQ

UIVO

Um inquérito de opinião realizado pela Univer-sidade de Hong Kong

indica que o Governo de Ma-cau continua a ser o mais bem visto pelos residentes da antiga colónia britânica no universo da Grande China, ou seja as duas regiões administrativas espe-ciais, Taiwan e o Continente chi-nês.

De acordo com os dados recolhidos durante 1.038 en-trevistas telefónicas, 41% dos inquiridos em Hong Kong ma-nifestaram uma opinião positi-va em relação ao Executivo da RAEM, contra 13% que encara de forma negativa o desempe-nho do elenco governativo lide-rado por Chui Sai On. Este valor negativo é igual ao registado em Novembro de 2014, registando--se, porém, um decréscimo na percepção positiva na ordem nos quatro por cento. No entan-to, o Governo de Macau conti-nua a ser o favorito desde 2011.

No que diz respeito à per-cepção dos residentes de Hong Kong sobre a população de Ma-cau, 47% afirmaram ter uma impressão positiva e apenas 3% negativa. Em termos compara-tivos, verificou-se também uma diminuição de quatro por cento na visão positiva.

Este estudo, realizado entre 29 de Maio e 2 de Junho, indica

que a insatisfação dos residentes da RAEHK em relação ao seu próprio Executivo atinge níveis preocupantes, já que 27% têm uma percepção positiva e 36% negativa. Já em relação à impres-são sobre os seus conterrâneos 41% têm uma visão positiva e 10% negativa.

No caso do Governo Cen-tral chinês regista-se quase um empate, já que 30% aprovam a acção política de Pequim e 31% têm uma opinião oposta. Os ci-dadãos do Continente Chinês são os que geram menos sim-patia na RAEHK, com 21% dos inquiridos a indicarem que têm uma má impressão.

Além de aferir o sentimento

dos cidadãos em relação aos di-ferentes Governos e populações da China, Macau, Hong Kong e Taiwan - território em que a per-cepção positiva das pessoas é a mais elevada com 62% - o estu-do também permitiu aos parti-cipantes partilharem a sua opi-nião relativamente a 12 regiões ou países. Nesse capítulo, os governos de Singapura e Cana-dá são os mais bem vistos, com 49% e 47%, seguidos da Aus-trália (35%), Alemanha (32%), Reino Unido (25%) e Coreia do Sul (22%). Por outro lado, países como a Rússia, Estados Unidos, Tailândia e Japão mereceram notas negativas, com respectiva-mente, 10, 16, 21 e 31 por cento.

Desenvolvido no âmbito do Programa de Opinião Pública da Universidade de Hong Kong, este estudo recorre também à página da internet “opinion daily”, que regista eventos sig-nificativos e a opinião pública diariamente. Assim, a notícia de que 18 pessoas ficaram sujeitas a um regime de quarentena na Co-reia do Sul, devido ao Síndrome Respiratório do Médio Oriente (MERS, na sigla inglesa), o dis-curso do Presidente chinês Xi Jinping em Macau sobre o mo-delo “Um País, dois sistemas” em Dezembro, o desapareci-mento do avião da AirAsia ou a morte do ex-Primeiro-Ministro de Singapura, Lee Kuan Yew,

são exemplos de notícias que afectaram a opinião pública.

Robert Ting-Yiu Chung, di-rector do Programa de Opinião Pública, observou que “as pes-soas de Hong Kong têm uma visão muito mais positiva relati-vamente a outros povos do que em relação aos seus governos”. Daí que no caso de Taiwan, o sentimento médio face aos for-mosinos seja superior em 37 pontos ao do Governo, o mesmo sucedendo com Macau em que a diferença é de 16 pontos.

O académico destaca ainda que a simpatia entre pessoas de Hong Kong caiu para um mí-nimo histórico, desde que esta sondagem começou a ser reali-zada em 2007, “outro indicador da polarização na sociedade”.

Salientando que os residen-tes da RAEHK não gostam dos Governos do Japão, Tailândia, Estados Unidos e Rússia, Robert Ting-Yiu Chung nota que tal não se verifica em relações às respec-tivas populações. “Estes dados valem a pena ser estudados por diferentes governos”, frisou.

O director do Programa de Opinião Pública sublinhou ain-da que a pesquisa cobriu apenas os países e regiões mais conheci-dos das gentes de Hong Kong. “A população de Hong Kong pode gostar ou não gostar muito mais de outros lugares, mas não são os mais conhecidos, por isso não aparecem na lista do inqué-rito”, explicou.

Governo e gentes de Macau têm a simpatia de 41% e 47% dos residentes de Hong Kong, respectivamente

CHUI SAI ON ENCONTROU-SE COM RESPONSÁVEIS DO GOVERNO CENTRAL

Discutido “novo modelo” de passagem fronteiriçaO Chefe do Executivo encontrou-se ontem em Pequim, com o ministro da Administração das Alfândegas, com quem discutiu o novo modelo fronteiriço que a RAEM está a estabelecer. Chui Sai On debateu ainda, com outros responsáveis, a integração de Macau na estratégia “Uma faixa, uma rota”

Do encontro não saíram novas medidas, mas o Chefe do Executivo da RAEM, Chui Sai On, e o ministro da Administração das Alfândegas, Yu

Guangzhou, discutiram em Pequim “o novo modelo de passagem de fronteira”. Segundo uma nota oficial, o res-ponsável do Governo Central vincou que a RAEM tem dado uma “maior importância aos trabalhos alfandegá-rios” e envidado “esforços para a cooperação e desenvol-vimento dessa área” com o Interior da China desde que Chui Sai On assumiu o cargo.

Em cima da mesa, com o departamento das Alfân-

degas, estiveram ainda o aperfeiçoamento das forma-lidades de passagem de fronteiras e a gestão das áreas marítimas sob jurisdição da RAEM.

O Chefe do Executivo e restante delegação visitaram ainda a Administração Estatal Oceânica e reuniram-se com o respectivo director, Wang Hong. Os dois respon-sáveis discutiram questões ligadas aos cinco novos ater-ros de Macau, já aprovados pelo Governo Central, bem como o desenvolvimento dos transportes ferroviários no território, projectos que vão necessitar de dois hectares de terra reclamada ao mar.

Na capital chinesa, Chui Sai trocou ainda opiniões, nomeadamente, sobre a estratégia de “Uma Faixa, Uma Rota”, à qual a China atribui grande importância. Nes-te sentido foram abordadas questões relacionadas com o desenvolvimento económico, bem como as formas de participação de Guangdong e Macau nos trabalhos desta política “Uma Faixa, Uma Rota”.

Por outro lado, conforme a orientação do Governo Central, Macau deu também início aos trabalhos sobre a gestão das áreas marítimas sob jurisdição da RAEM, recorda a nota oficial.

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Quinta-feira, 18 de Junho de 2015 JTM | LOCAL 03

O Instituto de Formação Turística assinala este ano o seu 20º aniversário, um percurso recheado de desafios mas também de grandes resultados. Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, Fanny Wong, presidente da instituição, “apontou baterias” para a introdução de cursos de pós-graduação, algo que está dependente da aprovação da revisão da Lei do Ensino Superior

Pedro André Santos

FANNY WONG APONTA “PERÍODO DE REAJUSTAMENTOS” NO TURISMO

Crescimento da oferta na mira do IFT

Depois de conseguir ultrapassar o primeiro grande obstáculo, que passou por atrair mais alunos,

o Instituto de Formação Turística (IFT) rapidamente sentiu necessidade de criar outro tipo de condições para fazer face à crescente procura de novos estudantes. “Depois da transferência de soberania e da legalização do jogo, tudo mudou. Os desafios começaram a ser outros, pas-sámos a receber muitos pedidos de alu-nos e tivemos que nos expandir”, disse Fanny Wong.

Em entrevista ao JORNAL TRIBU-NA DE MACAU, a presidente do IFT lembrou as dificuldades que se prendem a nível de infra-estruturas em Macau, mostrando-se satisfeita com a possibili-dade de utilizar as instalações do antigo campus da Universidade de Macau. “Fe-lizmente foi-nos concedido esse espaço que ajuda a resolver alguns problemas. Penso que para a actualidade será sufi-ciente para as nossas necessidades, não podemos cancelar planos futuros, um dia iremos fazê-lo, mas para já penso que es-tamos bem”, acrescentou a responsável.

As referidas instalações estão a ser uti-lizadas actualmente pela Universidade de Ciência e Tecnologia, estando prevista

FOTO

JTM

“uma renovação” antes da mudança.Em relação à oferta por parte da insti-

tuição, Fanny Wong destacou a introdu-ção de cursos de pós-graduação como um dos projectos para o futuro. “Se a propos-ta de revisão da Lei do Ensino Superior for aprovada, então poderemos oferecer mais programas, que é algo que temos vindo a preparar há muito tempo e algo que Macau necessita. Há várias institui-ções a oferecer programas nesta área, mas uma instituição governamental como o IFT deve ter uma posição neste sector de pós-graduações”, salientou.

A presidente do IFT sublinhou ainda que a educação “é um compromisso de longo prazo”, sendo necessários quatro anos para terminar um ciclo no qual é preciso “um grande esforço para mudar mentalidades e incutir conhecimentos que serão úteis para o mercado”.

Reajustamentos no turismoe a aposta na diversificação

Macau está a passar por um período de ajustamentos em termos do sector do turismo, não sendo possível prever como será o futuro, disse Fanny Wong, consi-

derando, no entanto, que o IFT irá conti-nuar a dar uma boa resposta. “Temos que estar preparados, precisamos de pessoas de qualquer forma. Os nossos estudantes trabalham não apenas no sector do turis-mo, como noutros também. O Chefe do Executivo deu início a um compromisso de desenvolvimento de talentos e penso que a nossa escola tem um papel nesse sentido”, apontou.

A responsável apontou ainda a di-versificação nos mais diversos sectores como uma forma de responder de for-ma positiva a todos estes desafios que o território tem enfrentado. “As ope-radoras têm vindo a pensar muito nis-to, a ver as alterações das tendências e preferências dos consumidores, que parecem estar à procura de algo novo. Penso que algumas delas [operadoras] estão a fazer planos relacionados com o entretenimento extra-jogo, o que é algo bom para Macau, haver mais diversifi-cação, é o caminho certo a seguir. Para além do jogo e do turismo o Governo “está também a apostar forte no sector de convenções e exposições (MICE) e nas indústrias culturais”, acrescentou Fanny Wong, salientando que “é preciso termos as nossas expectativas em alta e esperar que Macau consiga diversificar nos vários sectores para se poder ofere-cer algo novo”.

Introdução de cursos de pós-graduação é uma das apostas de Fanny Wong

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Quinta-feira, 18 de Junho de 201504 JTM | LOCAL

JOVENS CONTRARIAM A TENDÊNCIA DE DESCIDA

Autoridades registaram 568 toxicodependentesNo final de 2014, estavam registados em Macau 568 toxicodependentes, o que representa uma diminuição de 68 indivíduos face ao ano anterior. Em sinal inverso, aumentou o consumo de substâncias entre estudantes do ensino secundário e universitário

Dados do “Sistema de Registo Central dos To-xicodependentes de Macau” indicam que em 2014 estavam registados 568 toxicodependen-

tes, ou seja menos 68 indivíduos do que no ano ante-rior.

De acordo com um comunicado do Instituto de Acção Social (IAS), as drogas mais consumidas foram a heroína e a “ketamina”, com uma percentagem de 36,8% e 31,9% respectivamente.

Entre os toxicodependentes, 39 têm idade inferior a 21 anos, menos 26 do que em 2013. Entre os jovens, os estupefacientes mais populares foram a metanfetami-na (48,7%) e a “ketamina” (46,2%).

Quanto às localizações escolhidas para o consumo, espaços privados como a própria casa, habitação de ami-gos ou quartos de hotel continuam a ser os predilectos.

Segundo o “Relatório do Inquérito de Acompanha-mento aos Jovens de Macau em Idade Escolar e das Drogas em 2014” apresentado há cerca de três sema-nas, os mais novos contrariam a tendência, visto que

a taxa de consumo entre os estudantes de ensino su-perior e secundário é de 2,48%, o que representa um aumento em relação a 2010.

Na mesma nota, o IAS relembra que chega hoje ao fim a votação pela internet no âmbito do “Concurso do microfilme do combate à droga – sentir-se mais livre sem a droga 2014-2015”.

Foram recebidas mais de 70 obras na competição que assinala o Dia Internacional contra o Abuso e Trá-fico de Drogas. A cerimónia de entregados prémios tem lugar no próximo dia 26, no Fórum Macau.

O IAS sublinha ainda que o relatório Mundial so-bre a Droga das Nações Unidas para 2014 mostra um aumento significativo no consumo abusivo de novas substâncias psicoactivas, de 251, em 2012, para 348 em finais de 2013.

Entre estes estupefacientes, a marijuana registou uma diminuição no consumo em comparação com o ano passado, tendo aumentado o número de consumi-dores deste género de substância a procurar tratamento.

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ARQ

UIVO

2ª Vez “JTM” - 18 de Junho de 2015

Autos de Interdição nº CV3-15-0019-CPE 3° Juízo Cível

Requerente: MINISTÉRIO PÚBLICO.Requerida: LEI PEK KUAN.

FAZ-SE SABER que, foi distribuido neste Tribunal, em 26 de Maio de 2015, um Processo de Interdição, com o número acima indicado, em que é Requerida, LEI PEK KUAN, residente em Macau, na Rua Corte Real, nº 4, Edif. San Fai, 1-A, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.

Macau, 03 de Junho de 2015..

O Juiz,Chan Chi Weng

A Escrivã Judicial Auxiliar,Wong Sio Ieong

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

2ª Vez “JTM” - 18 de Junho de 2015

Execução Ordinária nº CV2-12-0010-CEO 2° Juízo Cível

Exequente: BANCO COMERCIAL DE MACAU, S.A. (澳門商業銀行股份有限公司), com sede em Macau, na Avenida da Praia Grande nº 572.Executado: CHAN WAI HONG (陳偉雄), do sexo masculino, maior, residente em Macau, na Rua de Entre-Campos, Edf. Kong San, 1º andar H.

Faz-se saber que nos autos acima indicados são citados os credores desconhecidos do executado para, no prazo de quinze dias, que começa a correr depois de finda a dilação de vinte dias, contada da data da segunda e última publicação do anúncio, reclamar o pagamento dos seus créditos pelo produto do bem penhorado sobre que tenham garantia real e que é o seguinte:

Bem Penhorado Matrícula: Veículo Automóvel MO-99-29.Marca: VOLKSWAGEN.Modelo: GOLF 1.4T (TRENDLINE) A/T.Registado em nome do executado CHAN WAI HONG (陳偉雄), sob o nº de apresentação 129 em 20/01/2011.

Aos 03 de Junho de 2015.

O Juiz,Jerónimo Alberto Gonçalves Santos

A Escrivã Judicial Auxiliar,Chang Kit Keng

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

• • • BREVES

Bandeira da RAEMa meia-haste por Qiao ShiO Executivo da RAEM anunciou que vai colo-car a bandeira a meia-haste em respeito pelo luto oficial decretado pelo Governo Central na sequência da morte de Qiao Shi, presidente do Comité Permanente da Oitava Assembleia Na-cional Popular da China, aos 91 anos de idade. Os restos mortais do ex-dirigente serão amanhã cremados na capital chinesa.

Air Macau aumenta voospara Tailândia e Japão no VerãoA Air Macau vai reforçar durante o Verão as liga-ções para Osaka, no Japão, Banguecoque, na Tai-lândia. Em comunicado, a companhia sublinha que entre 12 de Julho e 31 de Agosto irá realizar voos diários para a capital tailandesa. Quanto a Osaka, as ligações extraordinários serão opera-das às quintas-feiras e domingos entre 16 de Ju-lho e 31 de Agosto, partindo de Macau às 13:00. A Air Macau justifica a medida com “a crescente procura do mercado” nessa altura do ano.

Cidadãos encorajados a poupar energia Com vista a incentivar a conservar energia, o Gabinete do Sector Energético, a CEM e a União Geral das Associações dos Moradores vão orga-nizar a “Acção de Conservação de 5% de Ener-gia”. A actividade é dirigida às famílias e tem como objectivo encorajar os cidadãos a usar os conhecimentos que têm sobre conservação, para além de desenvolverem bons hábitos de consumo, atingindo o objectivo de 5% de pou-pança de energia. O período da actividade coin-cide com o pico de consumo de electricidade, entre Julho e Setembro.

Concerto de harpa no Clube MilitarO Clube Militar recebe no domingo, pelas 16:30 a Associação da Orquestra Sinfónica Juvenil de Macau para um concerto de harpa, o primeiro da série “Jovens Músicos de Macau – Recital de harpa, de Mayetta Im”. O espectáculo terá lu-gar no salão Dr. Stanley Ho.

Heroína e “ketamina” foram as drogas mais consumidas em 2014

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Quinta-feira, 18 de Junho de 2015 JTM | LOCAL 05

Leong Heng Teng fez balanço da primeira vaga de apoios financeiros ao sector cultural

Fátima Almeida

ORGANISMO INCLUIU NA LISTA DE APOIOS EMPRESA DE FAMILIARES DE EX-VOGAL

Mais de 200 projectos fora do Fundo CulturalO Fundo para as Indústrias Culturais vai gastar cerca de 100 milhões de patacas para apoiar 73 projectos aprovados, ou seja, metade do orçamento inicialmente injectado. No total, 235 projectos não tiveram “luz verde”. Entre a lista de empresas que já celebraram o seu contrato está uma gerida por familiares do ex-vogal do Fundo que foi afastado do cargo. Além disso, 13 desistiram, algumas insatisfeitas com os montantes dos subsídios

O ex-vogal do Fundo para as In-dústrias Culturais, Chao Son U, suspeito de interferir no processo

em torno da concessão de subsídios em prol de familiares, foi afastado daquele órgão, mas a empresa de família faz parte da lista de 50 projectos que já têm acordo formalizado ou vão celebrar para receber apoios financeiros visando desenvolver os seus projectos criativos. No total, fo-ram aprovados 86 projectos no lote de 321 candidaturas válidas, mas 13 desis-tiram da verba e outros 23 ainda estão a analisar as minutas dos contratos propos-tos pelo Governo, revelou ontem o presi-dente do Conselho de Administração do Fundo para as Indústrias Culturais.

Sem revelar o nome da empresa cujo pedido acabou por gerar polémica nem o montante atribuído, Leong Heng Teng afirmou que foi sempre sublinhado que este caso “não ia afectar o normal funcio-namento do Fundo”. “Tal como qualquer outra empresa, esta com ligações ao ex--vogal Chao sujeitou-se aos mesmos re-quisitos legais de avaliação e aprovação, percorrendo o mesmo procedimento ad-ministrativo de concessão e recepção de apoio financeiro”, indicou o responsável.

Leong Heng Teng asseverou que a definição da lista de empresas seleccio-nadas teve por “base os pareceres e co-mentários dos membros do Conselho de Avaliação”, não havendo necessidade de fazer uma reavaliação dos casos, de-pois das suspeitas, já investigadas pelo Comissariado contra a Corrupção, que também ilibou Chao das interferências. Porém, o Secretário para os Assuntos So-ciais e Cultura considerou que Chao ten-tou interferir na investigação, ao querer saber quem tinha sido o autor das quei-xas contra si, o que fez o Governo perder a confiança neste vogal.

No leque de empresas com as quais já estão acertados todos os pormenores para receber os subsídios, os valores mais altos foram atribuídos ao Centro de In-cubação de Marcas de Macau Originário (8.854.229 patacas) e ao Centro de Servi-ços Integrados Culturais e Criativos de

Macau (8.333.738 patacas), o último para criar uma plataforma de serviços comer-ciais às empresas culturais de Macau.

O montante mais baixo (43.560 pata-cas) foi atribuído para realizar, em 2015, um “stand-up comedy” de Kevin Cheng, organizado pela Xadrez Entretenimento Produção. Esta associação recebeu mais dois subsídios para álbuns de música de um cantor individual (132.740 patacas) e um concerto individual de Rico Long (95.648 patacas).

O Fundo dispunha inicialmente de um orçamento de 200 milhões de patacas para oferecer ou emprestar sem juros ao desen-volvimento de projectos criativos, mas na primeira leva - ou seja para os projectos submetidos em 2014 - apenas gastou cerca de metade (108.334.285). A maior fatia de subsídio foi destinada às empresas de De-sign comercial e de marcas.

Projectos comerciais para chegar ao exterior

Entre os projectos seleccionados, 66 dizem respeito ao sector comercial, os

quais Leong Heng Teng considera esta-rem preparados para impulsionar as in-dústrias criativas e culturais de Macau. “São empresas que já têm muita expe-riência profissional, com base sólida de actividades comerciais e têm, por isso, condições para se lançar no mercado in-ternacional”, indicou.

Além do design comercial e de mar-cas (que ocupa 38 por cento dos subsí-dios), o apoio financeiro foi distribuído por mais três grandes áreas: projectos de Media Digital (30 por cento), exposições e espetáculos culturais (23 por cento) e colecção de obras artísticas (3,4 por cen-to). “Temos a classificação de quatro ra-mos de actividades e isso também é um resultado de estudos do mercado. Em Macau há mais empresas que trabalham com design comercial”, explicou o presi-dente do Conselho de Administração do Fundo.

Muitos dos contratos relativos aos projectos aprovados ainda estão por celebrar. Nem todos os candidatos qui-seram, depois de ver os montantes atri-

buídos, continuar com o processo. Pelo menos três empresas reclamaram por considerarem que o valor atribuído era inferior ao desejado ou que este apoio já vinha tarde para o projecto que queriam desenvolver. Acabaram por se registar 13 desistências por parte de empresas ou associação cujo pedido já tinha recebido luz verde.

“A própria empresa tem os seus pla-nos de desenvolvimento e estratégia. Perante as condições dos acordos com o Governo poderão não aceitar o apoio fi-nanceiro. Tomam uma posição. Não tem a ver com os requisitos legais estabelecidos pelo Governo. Estes requisitos são iguais para todas as empresas candidatas”, justi-ficou Leong Heng Teng. “De modo geral a nossa estratégia é aquela que assenta no princípio de complemento ao trabalho das empresas”, acrescentou.

No final deste mês, o Fundo vai reali-zar a sua primeira reunião da Comissão de Avaliação “para começar a estudar os pormenores” dos projectos recebidos este ano.

FUNDO DAS INDÚSTRIAS CULTURAIS DIZ QUE É PRECISO IR ALÉM DO FINANCIAMENTO

Plano visa arrendar 110 espaços a baixo custoNo âmbito do Fundo para as Indústrias Culturais foram aprovados projectos que pretendem vir a disponibilizar 110 espaços a baixo custo para o sector criativo desenvolver o seu trabalho, disse o presidente do Conselho de Administração daquele organismo

FOTO

GCS

A falta de espaço em Macau tem sido o motivo para muitas lojas do sector criativo fecharem as portas, mas o presidente do Fundo para as

Indústrias Culturais garante que foram aprovados pro-jectos que pretendem ajudar a resolver este dilema. “Há uma plataforma que pode oferecer 110 espaços de tra-balho a longo prazo e a baixo preço, bem como podem também arrendar espaço a curto prazo”, indicou Leong Heng Teng.

O responsável pelo Fundo dava conta deste projecto

quando referiu que a intenção do Executivo é a de “pres-tar apoio nos serviços pormenorizados além do apoio financeiro”.

Por isso, no âmbito dos projectos aprovados pelo Fundo, há a possibilidade de recorrer a plataformas para dar informações sobre os mercados internacionais. “Se as empresas quiserem ir ao mercado internacional po-dem sempre pedir apoio e informação a essa plataforma de serviços”, indicou Leong Heng Teng notando que as empresas selecionadas poderão vir a fazer uma confe-

rência de imprensa para divulgar estes novos serviços. No âmbito da atribuição de 73 projectos (sendo que

estão já confirmados 50 com acordo celebrado ou a ce-lebrar), sete são plataformas de serviços, os restantes dizem respeito a projectos comerciais comuns das indús-trias culturais. “Há ainda plataformas que pretendem estabelecer uma rede de comunicações mais recentes do comércio e da área da cultura e criatividade”, disse ainda Leong Heng Teng.

F.A.

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Quinta-feira, 18 de Junho de 201506 JTM | LOCAL

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“Alarme” policial na net em prol da transparência

O site do Gabinete do Secretário para a Segurança passou a integrar uma nova coluna, intitulada “Alarme da Polícia sempre Soa”, com o intuito de “elevar o grau de transparência, reforçar o trabalho de gestão disciplinar do pessoal, al-cançar o objectivo de auto-fiscalização e obter a atenção, acompanhamento e sindicância permanente da população relativamente à eficiência do trabalho” das Forças de Segurança. Segundo o Gabinete, na nova coluna serão divulga-dos casos que “revelem indícios preliminares da existência de actos violadores da lei ou da disciplina, praticados pelo pessoal sob tutela da Secretaria para a Segurança”, bem como o andamento dos respectivos processos.

PJ SÓ CONSEGUIU DETER DOIS SUSPEITOS

206 burlas telefónicasinvestigadas este anoO número de casos de burlas por telefone está a aumentar em Macau, alertou ontem o director da Polícia Judiciária, apelando a população para redobrar a atenção. Desde o início do ano, a PJ já investigou mais de 200 casos, tendo apenas conseguido efectuar duas detenções

O director da Polícia Judiciá-ria (PJ), Chau Wai Kuong, revelou ontem que a corpo-

ração já lidou com 206 casos de bur-las telefónicas no corrente ano, no entanto, apenas deteve dois suspei-tos, uma vez que não é fácil seguir o rasto deste tipo de criminosos.

Durante o programa radiofónico “Plaza Ou Mun”, Chau Wai Kuong recordou que ao longo de 2014 o nú-mero de casos de burlas, de todos os tipos, subiu 50% face ao ano an-terior, pelo que apelou aos cidadãos para elevarem o estado de alerta e denunciar todas as situações suspei-tas. Segundo o mesmo responsável, normalmente as burlas telefónicas são protagonizadas por pessoas que se apresentam como funcionários de instituições policiais e judiciais do Interior da China ou dizem ter

sido alvo de sequestro. Por outro lado, o director da PJ re-

conheceu que as autoridades sentem dificuldades em combater as mensa-gens de “spam” relacionadas com o jogo online, porque normalmente os seus autores operam a partir de apar-tamentos. Nesse contexto, recordou, a polícia só pode aceder a fracções suspeitas se tiver o aval do proprie-tário da casa ou um ordem judicial. Além disso, a PJ tem observado que esses tipos de emissores são instala-dos cada vez mais longe das Portas do Cerco.

Actualmente a penalização para este tipo de crime não é muito pesada, porém, Chau Wai Kuong considera que uma eventual revi-são da lei sobre essa matéria deve reunir consenso social.

V.C.

CONDUTOR NEGOCIOU PREÇOS

Taxista “dois em um” rumo às Portas do CercoUm taxista que interrompeu uma viagem com um passageiro para levar outro foi apanhado em flagrante por um agente da Polícia de Segurança Pública, deitando por terra as intenções de fazer um serviço “dois em um” após ter negociado o preço com os dois clientes

Um agente estava a patrulhar na zona do Hotel Ponte 16 quando vislum-brou um taxista a parar para apanhar

um passageiro. Até aqui nada de anormal, não fosse o “pequeno” pormenor do veículo já ter um passageiro. Depois de parar, o ta-xista terá perguntado ao indivíduo, da Chi-na Continental, para onde queria ir, tendo o cliente indicado as Portas do Cerco.

Negociaram o preço em 60 patacas que, curiosamente, tinha sido o mesmo valor acor-dado com o outro passageiro, que pretendia seguir igualmente para o mesmo destino. Segundo a PSP, após ser questionado pelo agente, o taxista acabou por confessar e assi-nar um auto apresentado pelo polícia.

A PSP apanhou também em flagrante, no mesmo dia, outro taxista, residente de Macau, numa altura em que recusou levar um passa-geiro até ao Hotel Emperor. O táxi estava a passar em frente ao Hotel Lisboa quando o passageiro pediu para que parasse. Contudo, quando entrou no veículo e revelou o destino

ao condutor, este rejeitou, pedindo-lhe que saísse do veículo.

Ao contrário do outro condutor, este taxis-ta, de 67 anos, ter-se-á recusado a assinar o auto fornecido pelo agente.

Cheque de um milhãona conta da empregada

Uma empregada de uma agência de via-gens foi detida, na segunda-feira, depois de ter alegadamente ficado com um milhão de patacas da entidade patronal. Segundo a Po-lícia Judiciária, a dona da agência pediu à em-pregada, residente de Macau, para guardar um cheque assinado, mas a suspeita decidiu preenchê-lo com o valor de um milhão de pa-tacas e depositou-o na sua conta.

Por se encontrar de férias no momento da queixa, a suspeita, de 57 anos, acabou por ser detida só na segunda-feira, quando se encon-trava no seu apartamento, na Avenida Ouvi-dor Arriaga.

B.M.

2ª Vez “JTM” - 18 de Junho de 2015

Acção Ordinária nº CV1-14-0056-CAO 1° Juízo CívelAutor: 1) LIO POU WA, de sexo feminino, solteira, maior, de nacionalidade chinesa, titular do bilhete de identidade de residência de Macau, residente em Macau.2) HO IN PENG, de sexo feminino, casada, de nacionalidade chinesa, titular do bilhete de identidade de residência de Macau, residente em Macau3) HO IN TENG, de sexo feminino, casada, de nacionalidade chinesa, titular do bilhete de identidade de residência de Macau, residente em Macau.4) HO IN LENG, de sexo feminino, solteira, maior, de nacionalidade chinesa, titular do bilhete de identidade de residência de Macau, residente em Macau.5) HO CHI PAN, de sexo masculino, solteiro, maior, de nacionalidade chinesa, titular do bilhete de identidade de residência de Macau, residente em Macau.Réus: 1) CHEONG KAM SOI, de sexo masculino, casado, com a última morada conhecida em Macau na Rua Cinco de Outubro, 202;2) OUTROS INTERESSADOS INCERTOS.

FAZ-SE SABER que pelo 1º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., correm éditos de TRINTA DIAS, contados da segunda e última publicação este anúncio, citando os Réus acima identificados, para no prazo de TRINTA DIAS, decorrido que sejam os dos éditos, contestarem a Acção Ordinária, cujo pedido resumidamente consite em:

Ser julgada procedente por provada a presente acção, e declarar-se serem os Autores os proprietários, sendo a 1ª Autora metade da quota e os restantes outra metade da quota, da fracção autónoma “BR/C”, para fins comerciais, sito em Macau, do prédio com os nºs 8 a 8-B da Rua de S. Lourenço, descrito na Conservatória do Registo Predial sob nº 3001 a fls. 73v. do Livro B15, inscrito na matriz predial sob o nº 22569.

Tudo como melhor consta da petição inicial, cujo duplicado se encontra nesta secretaria à disposição do citando.

A intervenção do citando nos autos implica a constituição de advogado - artº 74º do C.P.C. de Macau.

Caso o citado pretenda beneficiar do regime geral de apoio judiciário, deverá dirigir-se ao balcão de atendimento da Comissão de Apoio Judiciário, sito na Rua do Campo, nº 162, Edifício Adminstração Pública, 1º andar, Macau, para apresentar o seu pedido, sendo que poderá pedir esclarecimentos através do telefone nº 2853 3540 ou correio electrónico [email protected].

Para o efeito, terá de comunicar ao processo a apresentação do pedido àquela Comissão, para beneficiar da interrupção do prazo processual que estiver em curso, nos termos do nº 1, do artº 20º, da Lei 13/2012, de 10 de Setembro.

Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., aos 2 de Junho de 2015.

A Juiz de Direito,Ana Meireles

A Escrivã Judicial Ajunta,Tou Ka Pou

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

2ª Vez “JTM” - 18 de Junho de 2015

Acção Ordinária nº CV2-14-0087-CAO 2° Juízo Cível

Autora: WONG LAI HENG 黃麗卿, solteira, maior, de nacionalidade chinesa, residente em Macau, na Avenida do Infante D. Henrique, nº 11, Edif. “Kuan Fat”, 3º andar “B”.Ré: COMPANHIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL HOI WA LIMITADA 海華 建築有限公司, com última sede em Macau, na Estrada Coelho do Amaral, nº 38A, sendo representada pelos seguintes adminstradores:1. Gerente geral Yu Zhuoqiu 余卓球, solteiro, maior, com última residência conhecida em Macau, na Estrada Coelho do Amaral, nº 38A, ora ausente em parte incerta;2. Vice gerente geral Tam Vei Lun 談偉倫, solteiro, maior, com última residência conhecida em Macau, na Rua Fernão Mendes Pinto, nº 54, 2º andar A, ora ausente em parte incerta.

Correm éditos de trinta (30) dias, a contar da segunda e última publicação do anúncio, citando a COMPANHIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL HOI WA LIMITADA 海華建築有限公司, a qual é representada pelos seus administra-dores, Yu Zhuoqiu 余卓球 e Tam Vei Lun 談偉倫, para no prazo de trinta (30) dias, decorrido que seja o dos éditos, contestarem, querendo, o pedido formulado na petição inicial nos mencionados autos, que resumidamente consiste em que: Ser proferida sentença constitutiva que produza os efeitos da declaração negocial em falta da ré, declarando-se transmitida a titularidade do direito de propriedade, a favor da autora, das fracções “AJ1” e “AJ2”, para comércio, do imóvel sito na Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida, s/n, Edifício Comercial Holland Garden, composto por uma cave, r/c, 1º a 3º andar, destinado a comércio, descrito na Conservatória do Registo Predial sob o nº 11017 a fls. 155 do Livro B29, inscrito na Matriz Predial sob a artigo 1683, conforme tudo melhor consta do duplicado da petição inicial que neste 2º Juízo Cível se encontra à sua disposição e que poderá ser levantado nesta secretaria nas horas normais de expediente, de que a falta da contestação, não implica o reconhecimento dos factos articulados pela AUTORA e ainda que é obrigatória a constituição de advogado - artº 74º do C.P.C.M.

Macau, aos 03 de Junho de 2015

O Juiz,Seng Ioi Man

O Escrivão Judicial Adjunto,Sou Wai Hong

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

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2ª Vez

Divórcio Litigioso nº FM1-14-0184-CDL Juízo de Família e de Menores

Autora: WONG CHENG WA, casada, titular do Bilhete de Identidade de Residente de Macau e residente em China, 珠海權興花園2棟501室.Réu: HONG SOONKU, casado, com última morada conhecida na 澳門城市日大馬路10-52號海景花園利景閣9樓E座 e 澳門環宇 天下14D一座, ora ausente em parte incerta.

FAZ-SE SABER que pelo Tribunal, Juízo e processo acima referidos, correm éditos de TRINTA DIAS, contados da segunda e última publicação do anúncio, citando o réu acima identificada, para no prazo de TRINTA DIAS, findo o dos éditos, contestar, querendo, a Acção de Divórcio Litigioso, com a advertência de que a intervenção do citando nos autos implica a constituição de advogado- artº 74º do Código Processo Civil e a falta de contestação não importa a confissão dos factos articulados pelo Autor.

O pedido formulado nos presentes autos resumidamente consiste em declarar-se dissolvido o casamento entre o autor e o réu, tudo como melhor consta da petição inicial, cujo duplicado se encontra na Secretaria do Juízo de Família e de Menores à disposição do citando.

RAEM, 4 de Junho de 2015.

A Juiz de Direito,Shen Li

A Escrivã Judicial Adjunta,Chan Ka Choi

“JTM” - 18 de Junho de 2015

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO DE FAMÍLIA E DE MENORES

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Quinta-feira, 18 de Junho de 2015 JTM | LOCAL 07

Pansy Ho diz que operadoras não usaram estratégia de pressão

A questão do fumo dos casinos também foi ontem abordada por Pansy Ho, com a co-presidente da MGM China a defender que a manutenção de salas de fumo nos casinos não afectará as pessoas, porque estes espaços utilizam sistemas de ventilação independentes, a exemplo do que sucede noutros países e regiões. Além disso, os resultados do estudo divulgado pelas operadoras de jogo na terça-feira indicam que o número de jogadores e o respectivo tempo de permanência nos casinos deverão diminuir se o fumo for totalmente proibido. De qualquer modo, Pansy Ho sublinhou que este estudo não visa “pressionar” o Governo, limitando-se apenas a transmitir mais um ponto de vista, na convicção de que todas as opiniões são bem-vindas

Viviana Chan

FAOM E “FOREFRONT” QUESTIONAM SERIEDADE DE INQUÉRITO PROMOVIDO POR CASINOS

Associações duvidam de estudo sobre fumoO estudo encomendado pelas operadoras do jogo sobre o impacto da abolição das salas de fumo nos casinos foi recebido com cepticismo por associações laborais do sector, que questionam a seriedade do inquérito. O presidente da “Forefront of Macau Gaming” apontou lacunas ao método de realização do estudo e o secretário-geral da Associação de Empregados das Empresas de Jogo denuncia alegadas pressões a funcionários na altura em que emitiram as suas opiniões

Segunda fase do Galaxycom arranque aquém das expectativasInaugurada a 27 de Maio, a segunda fase do Galaxy Macau tem gerado um volume de negócios “satisfatório, mas não tão bom como esperávamos”, reconheceu o pre-sidente do grupo Galaxy Entertainment, Lui Che Woo, à margem de uma reunião da assembleia-geral da empresa em Hong Kong. O magnata assumiu ainda que a si-tuação poderá piorar caso o Governo de Macau estenda a proibição do fumo às sa-las VIP. Mais “paciente” revelou-se o vice--presidente, Francis Liu, antecipando uma melhoria dos negócios no prazo de “um a dois meses”, porque Junho é um perío-do de exames para os alunos, o que afasta muitos pais deste tipo de empreendimen-tos. O filho de Lui Che Woo destacou ain-da os resultados dos elementos extra-jogo da nova fase do complexo, que inclui o Broadway Macau, designadamente nas reservas hoteleiras e espaços de restaura-ção. Apesar do arranque tímido da fase de expansão no COTAI, a Galaxy aumentou a sua quota das receitas brutas do jogo para 25% nos primeiros 14 dias de Junho, superando os 19% obtidos no cômputo geral de Maio e ultrapassando a Sands China, anterior líder do mercado que caiu para o segundo lugar com 22%, indicou a agência Bloomberg, citando dados de uma analista do Barclays Plc, Phoebe Tse.

PANSY HO NÃO COMENTA EVENTUAL COMPRA DE ACÇÕES

Morte de Kerkorian não afecta MGMO falecimento de Kirk Kerkorian, principal accionista da MGM Resorts, não terá qualquer impacto na actividade da operadora de jogo, assegurou ontem Pansy Ho

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Um estudo desenvolvido a pedi-do das seis operadoras do jogo de Macau concluiu que 66% dos

funcionários dos casinos apoiam a ma-nutenção das salas de fumo, mas duas associações laborais do sector do jogo manifestaram ontem dúvidas sobre a integridade do estudo. Segundo a Socie-dade de Jogos de Macau, Sands China, Galaxy, Melco Crown, Wynn Macau e MGM China, o estudo foi realizado por uma “empresa internacional”, não iden-tificada, junto de 34 mil trabalhadores de todas as operadoras.

No entanto, em declarações ao JOR-NAL TRIBUNA DE MACAU, o presi-dente da “Forefront of Macau Gaming”, Ieong Man Teng, garantiu, por um lado, que o inquérito não foi realizado em to-

dos os casinos e, por outro, as informa-ções dos entrevistados apenas terão sido registadas em simples papéis. Por isso, embora sem ter conhecimento de casos concretos, admite que alguns funcioná-rios poderão ter dado a sua opinião vá-rias vezes.

Escusando-se a comentar directa-mente as conclusões do estudo das ope-radoras, Ieong Man Teng recordou que a sua associação também vai realizar um inquérito, durante dois dias, sobre a manutenção das salas do fumo, pelo que apenas analisará as opiniões dos traba-lhadores após a conclusão dessa sonda-gem. Ainda assim, admitiu que, para já, a posição da “Forefront of Macau Gaming” está inclinada para a proposta do Gover-no, que visa proibir as salas de fumo nos casinos.

Já para Choi Kam Fu, secretário-geral da Associação de Empregados das Em-

presas de Jogo, ramo da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), além do estudo apresentado pe-las operadoras ter sido realizado de for-ma anónima, sem o registo rigoroso dos participantes, alguns inquiridos preen-cheram o questionário na presença de co-legas e chefes, o que poderá ter causado alguma pressão.

Choi Kam Fu sublinhou ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU que a maioria dos trabalhadores do jogo quer um am-biente do trabalho sem fumo. “Vários es-tudos comprovaram que a existência das salas de fumo não vai eliminar os danos causados à saúde às pessoas”, indicou.

Por outro lado, o secretário-geral da

Associação de Empregados das Empre-sas de Jogo indicou que, mesmo os fun-cionários fumadores não gostam de fumo passivo. “Por isso, estou certo que este grupo de trabalhadores do jogo é contra as salas de fumo”, disse. Ao mesmo tem-po, defende que o fim das salas de fumo não está relacionado com os funcionários fumadores, porque esses espaços desti-nam-se aos jogadores.

O mesmo responsável sustenta ain-da que as quebras das receitas do jogo dependem de vários factores e não têm ligação directa com a proibição do fumo em Macau. Nesse sentido, acredita que o impacto da revisão da lei anti-tabagismo será muito ligeiro.

Líder da “Forefront” acredita que inquérito das operadoras não foi rigoroso

A co-presidente da MGM China escusou-se ontem a comentar um possível interesse em assumir a parti-cipação de 16,2% na MGM Resorts International que

era detida por Kirk Kerkorian, fundador do grupo que fale-ceu na segunda-feira aos 98 anos em Los Angeles.

“Não acho que seja a altura indicada para fazer qualquer tipo de comentário sobre a obtenção de propriedade de um sócio falecido. Acho que é mais complicado do que parece [a compra das acções]”, disse Pansy Ho, frisando, contudo, que a morte de Kerkorian “não vai ter qualquer efeito no bem estar dos resorts da MGM”.

Mais de metade do capital da MGM China (51%) é con-trolada pela MGM Resorts International, da qual Kerkorian era o principal accionista, através da “holding” Tracinda Corp, apesar de ter deixado o Conselho de Administração do grupo americano em 2011.

Kerkorian, que ficou conhecido como o “rei de Las Ve-gas”, ocupava o 393º lugar na lista de milionários da revista “Fortune”, com uma fortuna avaliada em 4.000 milhões de dólares. Considerado um dos fundadores da moderna Las Vegas, Kerkorian foi responsável pela construção de três dos maiores hotéis-casinos: “The International” (o actual “Wes-tgate Las Vegas”) em 1969, o “MGM Grand” (agora “Bally’s Las Vegas”) em 1973, e o “MGM Grand Las Vegas”, em 1993.

Filho de imigrantes arménios e piloto da Royal Air Force na Segunda Guerra Mundial, Kerkorian era um amante do

risco e criou uma companhia de aviões particulares antes de fazer fortuna no jogo em Las Vegas. Em 2005 expandiu o seu império ao pagar quase oito mil milhões de dólares pelo gru-po “Mandalay Resort”. O cinema e os automóveis eram ou-tras paixões de Kerkorian, que em 1969 comprou os míticos estúdios de Hollywood Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), que vendeu e recomprou duas vezes.

A partir de 1990 investiu no sector automóvel, adquirindo participações na Chrysler e General Motors que acabaria por alienar.

Jim Murren, presidente da MGM Resorts, frisou que a empresa vai honrar a memória de um “grande homem, líder empresarial e comunitário” e “um inovador”.

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Kerkorian ficou conhecido como o “rei de Las Vegas”

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Quinta-feira, 18 de Junho de 201508 JTM | PUBLICIDADE

EDITAL

Edital n.º : 9/E-BC/2015Processo n.º : 500/BC/2015/FAssunto : Início do procedimento de audiência pela infracção às respectivas disposições do Regulamento de Segurança Contra Incêndios (RSCI)Local : Rua da Doca Seca n.º18, Edf. THE PRAIA T1, fracções 9.º andar A, 9.º andar C, 9.º andar E, 9.º andar F, 10.º andar A, 10.º andar B, 10.º andar D, 10.º andar F, 12.º andar B,

12.º andar E, 13.º andar C, 13.º andar D, 13.º andar F, 15.º andar A, 15.º andar E, 15.º andar F, 16.º andar B, 17.º andar C, 17.º andar E, 18.º andar B, 18.º andar C, 18.º andar E, 19.º andar A, 19.º andar B, 19.º andar C, 19.º andar E, 19.º andar F, 20.º andar E, 21.º andar E, 22.º andar C, 22.º andar E, 22.º andar F, 25.º andar E, 26.º andar B, 26.º andar D, 27.º andar B, 28.º andar B, 28.º andar C, 28.º andar D, 28.º andar F, 29.º andar B, 30.º andar B, 30.º andar C, 30.º andar D, 30.º andar E, 31.º andar F, 32.º andar A, 32.º andar B, 32.º andar E, 34.º andar D, 35.º andar A, 35.º andar C, 36.º andar C, 37.º andar C, 37.º andar D, 38.º andar C, 38.º andar D, 38.º andar E, 38.º andar F, 39.º andar D, 40.º andar B, 40.º andar E, 40.º andar F, 41.º andar B, 41.º andar C, 41.º andar D, 42.º andar A, 42.º andar C, 42.º andar D, 43.º andar C, 43.º andar D, 43.º andar E, 44.º andar A, 44.º andar B, 44.º andar D, 44.º andar F, 45.º andar A, 45.º andar B, 45.º andar D, 45.º andar F, 46.º andar A, 47.º andar B, 49.º andar D, 50.º andar C, 50.º andar F, 51.º andar A, 51.º andar B, 51.º andar D, 52.º andar D, 53.º andar B, 53.º andar C , Macau.

Cheong Ion Man, subdirector substituto da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), faz saber por este meio aos donos da obra e proprietários do local acima indicado, o seguinte:

Obs.1: Infracção ao n.º 12 do artigo 8.º, obstrução do acesso aos pontos de penetração no edifício.

Obs.2: Infracção ao n.º 4 do artigo 10.º, obstrução do caminho de evacuação.

2. Sendo as escadas e corredores comuns e terraço do edifício considerados caminhos de evacuação, devem os mesmos conservar-se permanentemente desobstruídos e desimpedidos, de acordo com o disposto no n.º 4 do artigo 10.º do RSCI. Além disso as janelas acima referidas são consideradas como pontos de penetração para realização de operações de salvamento de pessoas e de combate a incêndios, não podendo ser obstruídas com elementos fixos (gaiolas, gradeamentos, etc.) de acordo com o disposto no n.º 12 do artigo 8.º. As alterações introduzidas pelos infractores nos referidos espaços, descritas no ponto 1 do presente edital, contrariam a função desses espaços enquanto caminhos de evacuação e pontos de penetração no edifício e comprometem a segurança de pessoas e bens em caso de incêndio. Assim, as obras executadas não são susceptíveis de legalização pelo que terá necessariamente de ser determinada pela DSSOPT a sua demolição a fim de ser reintegrada a legalidade urbanística violada.

3. Nos termos do n.º 3 do artigo 87.º do RSCI, a infracção ao disposto no n.º 4 do artigo 10.º é sancionável com multa de $4 000,00 a $40 000,00 patacas, e nos termos do n.º 7 do mesmo artigo, a infracção ao disposto no n.º 12 do artigo 8.º, é sancionável com multa de $2 000,00 a $20 000,00 patacas. Além disso, de acordo com o n.º 4 do mesmo artigo, em caso de pejamento dos caminhos de evacuação, será solidariamente responsável a entidade que presta os serviços de administração ou segurança do edifício.

4. Considerando a matéria referida nos pontos 2 e 3 do presente edital, podem os interessados, querendo, pronunciar-se por escrito sobre a mesma e demais questões objecto do procedimento, no prazo de 5 (cinco) dias contados a partir da data de publicação do presente edital, podendo requerer diligências complementares e oferecer os respectivos meios de prova, em conformidade com o disposto no n.º 1 do artigo 95.º do RSCI.

5. O processo pode ser consultado durante as horas de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, n.º 33, 15.º andar, Macau (telefones nºs 85977154 e 85977227).

Aos 29 de Maio de 2015

Pelo Director dos ServiçosO Subdirector, Subst.º

Cheong Ion Man

Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes

1.1

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2930

• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de grade metálico, laje de betão e cobertura

metálica na parede exterior do edifício em frente da janela da fracção.

• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício em frente da janela da fracção.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício em frente da janela da fracção.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício em frente da janela da fracção.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício em frente da janela da fracção.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício em frente da janela da fracção.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício em frente da janela da fracção.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício em frente da janela da fracção.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício em frente da janela da fracção.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício em frente da janela da fracção.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de gradeamento metálico na parede exterior

do edifício em frente da janela da fracção.• Instalação de portão metálico no corredor comum.• Instalação de portão metálico no corredor comum.

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Fracção Andar Obra Infracção ao RSCI e motivo da demolição

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Quinta-feira, 18 de Junho de 2015 JTM | LOCAL 09

Liane Ferreira

CHILE, PERU, MÉXICO E COLÔMBIA NO FÓRUM DE TURISMO GLOBAL

América Latina quer aprender com MacauA experiência e o conhecimento da RAEM no desenvolvimento turístico, bem como a sua posição estratégica no Delta do Rio das Pérolas, representam factores de interesse para México, Peru, Chile e Colômbia, convidados para participar no Fórum de Economia de Turismo Global, em Outubro

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JTM

Ainda faltam quatro meses, mas o Fórum de Economia de Turismo Global já está em plena prepara-

ção, tendo sido anunciada a visita ao ter-ritório de ministros do turismo de quatro países da América Latina, nomeadamen-te México, Peru, Chile e Colômbia. Estes países consideram a experiência e locali-zação de Macau como uma mais valia na abordagem ao mercado turístico chinês.

“Nos últimos 15 anos, Macau tornou--se num dos principais destinos turístico no Pacífico e estes países querem saber as estratégias que implementámos para nos tornarmos no que somos hoje”, afirmou Pansy Ho, vice-presidente e secretária ge-ral do Fórum Global.

A empresária explicou que uma de-legação de 30 empresários chineses do Fórum de Economia de Turismo Glo-bal visitou os quatro países da América Latina com dois objectivos. “A ideia era promover Macau como destino turís-tico, mas também como plataforma de encontros. Falámos sobretudo de como utilizar Macau como placa giratória para entrada no mercado chinês e para cana-lizar os visitantes chineses para esses países”, disse.

Nesse sentido, Pansy Ho destacou que a ligação entre os dois lados do Ocea-no Pacífico serve também para atrair mais investidores da América Latina e ligá-los a outros da China Continental,

gerando uma situação de ganho mútuo. Na sua opinião, Macau pode oferecer

o seu sector de serviços para colocação de produtos turísticos desses países na China, mas também a sua experiência ao longo destes anos de transformação num destino turístico e o conhecimento neces-sário para que possam melhorar este sec-tor económico.

Para além disso, salientou a importân-cia da localização geográfica da RAEM, em contacto com todas as províncias no Delta do Rio das Pérolas e os projectos de

infra-estruturas que estão em desenvolvi-mento, pois, segundo frisou, Macau tem a capacidade de se conectar com centenas de milhões de pessoas e de chegar a elas numa hora.

Em relação à visita da delegação do Fórum àqueles quatro países, Pansy Ho disse ter sido uma “oportunidade rara” para trocar impressões. “Reconhecem que Macau lhes pode dar esse conhecimento sobre como melhorarem os seus recursos turísticos”, acrescentou Pansy Ho.

“No passado, a única atracção que

Macau oferecia era jogo, mas hoje já não é assim. É cada vez mais um destino tu-rístico para entretenimento e estamos a mostrar como podemos continuar a me-lhorar os nossos recursos turísticos e as nossas infra-estruturas”, afirmou.

Para Maria Helena de Senna Fernan-des, directora dos Serviços de Turismo (DST), a organização deste Fórum ser-ve também para acumular experiência na organização de eventos de alto nível. “Vamos continuar a usar o Fórum e a função de placa giratória como nosso papel na Rota Marítima da Seda, para atrair novas fontes de visitantes”, disse, avançando que em Julho será enviada uma delegação do Turismo de Macau e Cantão à Malásia e Singapura para acti-vidades de promoção.

Destacando a progressiva promoção da colaboração regional, a directora da DST acredita que a RAEM “só tem a ga-nhar” com essas parcerias. “O Fórum não é a solução para todos os problemas do turismo de Macau, mas de facto é uma plataforma muito útil para podermos aprender melhor e melhorar o nosso ho-rizonte de turismo”.

A quarta edição do Fórum decorrerá entre 12 e 14 de Outubro no Venetian Ma-cau, fazendo parte do programa a apre-sentação do segundo “Relatório Conjun-to Anual Sobre as Tendências do Turismo na Ásia”, que permite aos operadores turísticos e decisores perceber a orienta-ção do sector. As províncias em destaque serão Zhejiang e Hunan.

GALERIA DO MGM RECEBE EXPOSIÇÃO DE ARTISTAS PORTUGUESES

Registos de uma memória colectivaNada melhor para terminar as comemorações do 10 de Junho do que exaltar a palavra mais acarinhada do vocabulário português – saudade - através de uma exposição de arte multi-facetada que enaltece a ligação entre a Macau e Portugal. Os corredores do nível 2 do MGM acolhem 40 obras de artistas portugueses de Macau até final de Setembro

No âmbito das celebrações do Dia de Portugal, o MGM Macau e a associação Art for All Society (AFA) inauguraram ontem a exposição “Sauda-

de”, com 40 obras de pintura, fotografia, vídeo, desenho de 12 artistas portugueses de Macau.

Victor Marreiros expõe quatro quadros, sendo que um deles é dedicado a uma “vila onde tudo se passa”, seja prostituição, jogo ou morte, e outro ao casamento entre um chinês e uma russa, situação “que faz parte do quotidiano em Macau, apesar de parecer que não”.

“A saudade tem beleza, tristeza, nostalgia dá para tudo, a palavra em si é muito bonita e o significado ain-da é mais”, afirmou Victor Marreiros, ao explicar a for-ma como a palavra se enquadrava nos quadros.

Esta é a primeira vez que o pintor participa numa exposição no MGM Macau, pelo que considera que po-deria ser uma boa plataforma para exposição de arte no território, independentemente da nacionalidade. “Des-de que seja arte é bom para Macau, é mais um espaço”, frisou.

No sentido oposto, Joaquim Franco considera ser in-teressante expor os trabalhos, no entanto, não deixou de frisar ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU que “é mais uma veleidade dos casinos de Macau, porque na reali-dade não apoiam artista nenhum”. Para o pintor, mais do que convidar artistas do exterior para fazer peças de

milhões, os casinos e Governo deveriam apostar em ar-tistas locais.

“Por incrível que pareça os trabalhos falam de sau-dade, falam desse sentimento, até calhou bem”, afirmou Joaquim Franco, admitindo desconhecer o tema quando foi convidado.

Marta Gonzalez Ferreira, outra artista convidada, confessou nunca ter pensado expor num casino, embora veja tal com bons olhos. “Assim, o casino deixa de ser apenas um lugar de jogo, a cidade pode beneficiar com outras coisas, passa a ser um lugar onde a arte pode vi-ver e isso é positivo”, disse, sustentando que deveria ha-ver um esforço maior dos casinos de aposta em platafor-

mas de arte e artistas locais, para assim dar mais cultura e interesse à cidade.

As suas quatro fotografias estão relacionadas com o conceito de arte de rua, captando pequenos detalhes de edifícios em ruínas espalhados por Macau. Estas fotogra-fias, devido aos detalhes e impressão em papel de agua-rela, são de difícil apreensão pois podem ser fotografias ou pinturas. “Podem encaixar como uma memória, um lugar por onde passei ou um registo para matar sauda-de”, explicou.

A exposição “Saudade” vai estar patente até 30 de Setembro na galeria do segundo piso do MGM Macau.

L.F.

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REPRESENTANTES DA DIÁSPORA COM SAUDADES DA GASTRONOMIA NO ARRANQUE DO ENCONTRO JUVENIL

Jovens macaenses unidos para “reencontrar raízes” e “criar amizades”Começou ontem o III Encontro de Jovens Macaenses que une representantes de 10 Casas de Macau em todo o mundo. O presidente da Associação dos Jovens Macaenses pretende dar-lhes “um cheirinho” do que o território tem para oferecer. Já os visitantes querem aproveitar a semana na RAEM para reencontrar as suas raízes, aprender sobre a cultura dos pais e criar novas amizades

Inês Almeida

Confiante no sucesso do encontro que une re-presentantes de 10 Casas de Macau, o presi-dente da Associação dos Jovens Macaenses

(AJM) espera dar a conhecer o território afastando a ideia de que é “apenas uma capital de jogo”.

“Nós esperamos poder dar uma oportunidade para que conheçam melhor o que Macau tem para oferecer, não só o que se vê de imediato, mas outras áreas interessantes como a cultura e até a natureza que Macau tem e nunca ninguém fala”, sublinhou Duarte Alves, acrescentando que frequentemente se ouve falar dos casinos no COTAI, sem que nunca sejam mencionadas as “paisagens fantásticas” ou os “trilhos” pedonais.

De acordo com o presidente da AJM, cerca de 85% dos 41 jovens que aderiram ao encontro visitam a RAEM pela primeira vez e não conhecem outros membros de Casas de Macau no mundo, pelo que esta “é a primeira oportunidade para criar laços de amiza-de que irão durar certamente longos anos”.

A Casa de Macau em São Paulo foi uma das que não marcou presença por ser maioritariamente cons-tituída por estudantes que se encontram em época de exames. Do Brasil vieram, então, representantes do Rio de Janeiro, que se juntaram aos jovens de países como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Portugal.

Duarte Alves traçou como objectivo da visita dos macaenses vindos do exterior dar a conhecer “o que Macau realmente é”, ainda que tal seja “difícil” de concretizar no tempo que têm.

Com o propósito de mostrar a cidade, em vez do “tradicional passeio turístico”, a AJM organizou, em colaboração com a Associação de Orientação de Ma-cau, uma competição com a duração de uma hora e meia. “Os nossos amigos vão andar à volta do Centro Histórico de Macau a tentar completar vários desafios e no final quem tiver mais prémios recebe um prémio simbólico”, explicou Duarte Alves, sublinhando que esta “é uma maneira mais interessante de conhecer a cidade e ficar com boas memórias do que fizeram cá em Macau”.

Para além disso, “em conjunto com associações lo-cais quisemos criar actividades que, como se diz na gíria, dessem um cheirinho, do que realmente temos em Macau”, explicou o presidente da AJM, frisando que o foco será a divulgação das três culturas mais dominantes no território: a chinesa, a portuguesa e a macaense.

A cultura chinesa será representada pela Associa-ção de Barcos Dragão, que, em época de regatas, vai permitir que os jovens experimentem a actividade, para além de assistirem às corridas. “Num dia vamos assistir e, no dia seguinte, eles terão oportunidade de experimentar e de ver realmente o que é”.

Para dar a conhecer a cultura portuguesa no ter-ritório, será organizado um workshop de folclore, “uma actividade muito popular nas outras regiões da China e vista como uma das referências” a nível mundial.

Já a cultura macaense será demonstrada pelo que de “mais importante” tem: a gastronomia. “Vamos ter um workshop para aprenderem algumas receitas macaenses e, ao mesmo tempo que se aprende a cozi-nhar, vai-se aprendendo umas coisas em patuá”.

Entusiasmados com a gastronomiaQuer aqueles que já visitaram o território quer os

que chegam a Macau pela primeira vez têm uma von-tade comum, para além de ficarem a conhecer a sua herança cultural: ter a oportunidade de comer igua-rias macaenses.

Anamaria Judee Puska veio de São Francisco, no Estado norte-americano da Califórnia. Nunca tinha vindo ao território onde espera aprender mais sobre a cultura dos seus pais. “Eu vim para aprender mais sobre a cultura, para visitar o local onde nasceram os

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meus pais, fazer novos amigos e provar muita comi-da macaense. Estou muito entusiasmada”, contou ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Ainda que tenha crescido a ouvir falar sobre a RAEM, Hong Kong e as respectivas tradições, admi-tiu nunca ter pensado como seria Macau. Do que teve oportunidade de ver desde o momento em que che-gou, disse ter sido “uma boa surpresa”.

Tendo estado no território pela última vez há qua-tro anos, Kemal Erzincanli vê o encontro como “uma forma de voltar a entrar em contacto” com as suas raí-zes e cultura, algo que, nas “actividades do dia-a-dia” em Vancouver, no Canadá, não tem oportunidade de fazer.

A gastronomia, sobretudo, o minchi, é o que lhe deixa mais saudades quando está no país onde vive já que, ainda que por vezes a família cozinhe a iguaria, “nunca é o mesmo”.

Regressar a Macau é óptimo por dois motivos. “Por um lado, vemos como Macau mudou ao longo do tempo, por outro, é uma forma de regressar ao passado”, explicou, mencionando ainda como ponto positivo a possibilidade de conviver “com pessoas que vivem em várias partes do mundo”.

Gil Manhão esteve três anos sem visitar o territó-rio e também notou muitas mudanças. Porém, expli-cou, as maiores alterações deram-se quando esteve 12 anos sem visitar Macau, entre 2000 e 2012. “Aí notei

muitas mudanças, muitos casinos, muita vida notur-na e isso é uma coisa boa, mas é preciso haver um equilíbrio”.

Diz sentir falta sobretudo da comida macaense, especialmente o minchi, para além da “cultura dife-rente” do território. “Eu cresci com o meu pai e o meu avô a explicarem-me esta cultura onde o Ocidente se funde com o Oriente e como isso não se encontra em mais lado nenhum”.

Em São Francisco, onde vive, a sua herança ma-caense já originou várias peripécias. “Às vezes é uma loucura, porque o meu pai e os meus avós nasceram cá. Há dias em que vamos jantar fora e eles falam em cantonês, em português, em inglês e às vezes mistu-ram tudo. As pessoas costumam abordar-nos para perguntar em que línguas estamos a falar. É engra-çado”.

Embora considere que “Macau tem capacidade para crescer muito fora do mercado asiático”, Gil Ma-nhão afirma que “muitas pessoas [nos Estados Uni-dos] não sabem o que é ou onde é Macau”.

Iniciativas culturais para divulgar Macau

Jéssica Xavier visitou a RAEM em 2007, por oca-sião do I Encontro de Jovens Macaenses. No entan-to, não teve oportunidade de visitar grande parte do território. “Da última vez que cá estive fiquei doente,

Jéssica Xavier

Iana D’assumpção Vital

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JTM | LOCAL 11 Quinta-feira, 18 de Junho de 2015

REPRESENTANTES DA DIÁSPORA COM SAUDADES DA GASTRONOMIA NO ARRANQUE DO ENCONTRO JUVENIL

Jovens macaenses unidos para “reencontrar raízes” e “criar amizades”

por isso, não consegui fazer muita coisa que queria. Não cheguei a ir à Torre de Macau, ao Templo de A-Má. Há muitos lugares que não consegui visitar”, explicou. Face à sua última estadia, nota, “há muito mais casinos e mais construção. Há casinos em todo o lado”.

A jovem vê o III Encontro de Jovens Macaenses como uma forma de ficar a conhecer a sua própria cultura. “Há tanta gente que emigrou que não conhe-ce Macau, não sabe o que significa ser macaense e há emigrantes de segunda geração que nunca cá estive-ram então nem conhecem a cultura. É bom aprender-mos sobre as nossas raízes e a nossa história”.

Enquanto uma das directoras do “Lusitano Club of California” ajudou a fundar na área de São Francis-co “uma espécie de centro cultural de Macau”, onde organiza eventos para unir a comunidade. “Organi-zamos, por exemplo, piqueniques para juntar todas as famílias, comemoramos o ano novo chinês com co-mida tradicional chinesa e macaense, como minchi ou feijoada”.

Durante esta visita espera “interagir com outras Casas de Macau para perceber o que eles fazem e per-ceber o que sabem sobre a cultura”, para além de vol-tar a provar a comida macaense e visitar família que só vê “talvez a cada 10 anos”.

Tal como Gil Manhão, Jéssica Xavier acredita que “californianos americanos não sabem onde Macau é.

Tem que se lhes explicar e às vezes perguntam-me porque tenho um apelido espanhol. Tem que se ex-plicar o que é Macau e contar a história de ser uma antiga colónia portuguesa, porque eles não sabem”.

A representar o Brasil veio até à RAEM a Casa de Macau no Rio de Janeiro. A presidente, Iana D’assumpção Vital, diz sentir-se “em casa” de cada vez que visita Macau, “até mais do que no Brasil”.

“Gosto do ambiente aqui de Macau. O Rio de Ja-neiro é uma cidade muito grande, aqui sinto-me mais acolhida, mais em casa. Sinto falta deste ambiente mais familiar”, contou.

Iana D’assumpção Vital considera o encontro im-portante pois “às vezes é o primeiro contacto que um macaense tem com Macau. Algumas pessoas são fi-lhos ou netos de macaenses mas nunca estiveram cá e quando vêm têm a oportunidade de absorver tudo o que há aqui”.

Além disso, sublinhou, a iniciativa é útil “para dar uma visão diferente ao jovens e para das valor à Casa, já que podemos ver o que é feito noutro lugares que possa ser feito no Rio de Janeiro também”.

Estando à frente dos comandos de uma Casa de Macau cuja direcção tem apenas membros com idade inferior a 40 anos, Iana D’assumpção Vital considera que uma liderança mais jovem deve ser promovida em todas as Casas, sob pena destas se extinguirem. “As Casas foram fundadas por sócios mais idosos e a

maioria já está a falecer. Se não começarem a passar a direcção e os projectos para os mais novos, a proba-bilidade de a Casa acabar é muito grande”, explicou, referindo que foi esse o motivo que precedeu a sua candidatura.

Assumindo que por vezes são cometidos erros, ter uma direcção composta quase exclusivamente por jo-vens tem por objectivo “tornar a Casa mais dinâmi-ca” bem como “tentar trazer mais jovens para a Casa, porque ela tem muito poucos membros e, se assim não for, pode acabar”.

Na qualidade de presidente da Casa de Macau no Rio de Janeiro, apostou nos eventos culturais para a divulgação de Macau, como apresentações em Power-Point e “fazer perguntas às pessoas sobre cultura ge-ral de Macau, que às vezes os mais novos não sabem e os mais velhos já esqueceram e vale a pena relem-brar”. São também divulgados todos os festivais e ce-lebrações que decorrem em Macau, bem como organi-zados cursos de culinária macaense.

O III Encontro de Jovens Macaenses continua hoje com uma visita ao Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, à Casa do Mandarim e ao Museu Marítimo, um almoço, uma sessão fotográfica de gru-po junto às Ruínas de São Paulo e um jantar para assi-nalar a cerimónia de abertura no JW Marriott Macau.

Amanhã, os jovens deslocam-se até à Ilha da Mon-tanha onde vão passar o dia.

Kemal ErzincanliAnamaria Judee PuskaGil Manhão

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Quinta-feira, 18 de Junho de 201512 JTM | ACTUAL

Reconstituições da batalha de Waterloo vão reunir mais de cinco mil pessoas, cerca de 100 canhões e 360 cavalos

BÉLGICA

Waterloo celebra 200 anos da batalhaque travou “ambição chinesa” de NapoleãoInvestigadores admitem que uma vitória de Napoleão Bonaparte em Waterloo, há 200 anos, poderia ter mudado o curso da História. Para o historiador Helmut Stubbe da Luz, a derrota na Bélgica terá impedido o imperador francês de “estender o seu império, potencialmente, até as fronteiras da China”

Há precisamente 200 anos, Na-poleão foi derrotado em Water-loo e perdeu definitivamente o

poder, mas muitos admitem que, caso tivesse vencido, poderia ter construído o império que sonhava, de Finisterra até a China. Outros questionam mesmo se, perante esse cenário, teria acontecido a Segunda Guerra Mundial. Estas dúvidas fascinam há anos os escritores, mas tam-bém os historiadores mais rigorosos.

Consultado pela agência AFP, o histo-riador Helmut Stubbe da Luz refere que, se tivesse vencido os ingleses de Welling-ton e os prussianos de Blücher a 18 de Ju-nho de 1815 na batalha de Waterloo, no sul de Bruxelas, o imperador francês teria retomado o seu caminho para o norte da Alemanha. “Bremen, Hamburgo e Lübe-ck ter-se-iam convertido em francesas de novo”, sustenta o especialista de Ham-burgo, grande cidade portuária alemã integrada no império francês no final de 1810.

Da Luz ressalva que esse cenário deve ser visto com reservas, já que, inclusive se Napoleão tivesse derrotado a coligação em Waterloo, as monarquias europeias não se dariam por vencidas e teriam de continuar a lutar.

Waterloo traduziu-se numa “vitória total para os Aliados, mas (se o resulta-do tivesse sido o contrário) não seria uma vitória total para Napoleão”, explica o historiador belga Philippe Raxhon, espe-cialista sobre a histórica batalha.

Supondo que acabasse por vencer os seus inimigos directos, Napoleão poderia ter “invadido de novo a Rússia e esten-dido o seu império, potencialmente, até às fronteiras da China”, defende Stubbe da Luz.

A AFP recorda a propósito que, no século XIX, o escritor francês Louis Geo-ffroy imaginou um cenário ainda mais atrevido. No seu livro “Napoleão e a con-quista do mundo, 1812-1832”, escrito em 1836, descreve como Bonaparte consegue submeter a China, convertida numa sim-ples “província da Ásia”.

Nesta ucronia - género literário que imagina o que aconteceria se um evento histórico não tivesse acontecido - Geo-ffroy recua até três anos antes de Wa-terloo. “Escrevi a história de Napoleão desde 1812 até 1832, desde Moscovo em chamas até à monarquia universal e sua morte. Vinte anos de uma grandeza que crescia incessantemente e que o elevou a uma omnipotência acima da qual não há nada mais que Deus”, escreveu como introdução o autor, cujo nome real era Louis-Napoléon Geoffroy-Château.

Independentemente das grandezas, para Stubbe da Luz Napoleão era, aci-ma de tudo, “um ditador”. “Mas não um ditador reaccionário como o Czar da Rússia”, nota o historiador, acrescentan-do que um reino napoleónico na Europa continental, equilibrado pela supremacia marítima inglesa, não significaria inevita-velmente um retrocesso para a Humani-dade.

“A ditadura de desenvolvimento que Napoleão exportou para os países sob seu domínio supôs uma regressão em comparação com o progresso da Revo-lução Francesa”, mas não foi negativa para as sociedades da Alemanha, Holan-da, Itália e Espanha, sustenta Da Luz. Ali introduziu “a igualdade de direitos para as minorias religiosas e a população ru-ral, o direito de voto para os homens, um sistema jurídico sem comparação ou um espaço económico estendido”, aponta o especialista.

Prudentemente, Stubbe da Luz ima-gina uma Europa continental dominada pela França durante todo o século XIX. Nesse caso, a Alemanha não teria sido tão forte, e portanto “provavelmente não estaria disposta a provocar a Primeira Guerra Mundial”.

Conjecturar uma história paralela é um exercício de alto voo para os historia-dores. “As causas dos acontecimentos são inumeráveis”, lembra Philippe Raxhon, da Universidade de Liège.

Em contrapartida, os escritores ro-mancistas não têm pudores em deixar--se levar pela imaginação. No seu “best seller” “Fatherland”, publicado em 1992, o britânico Robert Harris imagina uma Alemanha preparando-se para a visita, em 1964, de Joseph P. Kennedy (o pai de JFK) a Adolf Hitler, vencedor da Segunda Guerra Mundial. Uma guerra que, segun-do outros cenários, não teria acontecido se Napoleão vencesse em Waterloo.

A cidade que quer ser mais do que uma canção dos Abba

Alheia a estas teorias históricas, a cida-de de Waterloo quer aproveitar o bicente-nário de uma das mais famosas batalhas

da história para deixar de ser associada a uma estação de Metro ou uma canção do grupo Abba.

Segundo a AFP, nesta pequena locali-dade de 30.000 habitantes, transformada num subúrbio elegante e tranquilo a 25 km de Bruxelas, os chapéus de duas pon-tas como o do imperador são numerosos nas vitrines das lojas, bem como as esta-tuetas de Napoleão no seu cavalo branco “grognards”, os soldados da velha guar-da, os mais experientes do “Grande Ar-mée” (Grande Exército).

“Vivo em Waterloo há mais de 50 anos e já conheço há muito tempo a história de Napoleão”, explica, algo cansado, o aposentado Antoine Delseme, no centro da cidade. “Mas, isso atrai as pessoas, faz com que o distrito seja conhecido em proveito da maioria dos seus habitantes, principalmente o comércio, o que é muito bom”, diz.

A história manteve o nome de Wa-terloo, onde o Duque de Wellington, à frente das forças aliadas contra Napoleão, estabeleceu o seu quartel general, mas a maioria dos combates de Junho de 1815 aconteceu em localidades vizinhas. Por isso, os preparativos de uma gigantesca reconstituição agitaram Mont-Saint-Jean, onde eram esperados cerca de 200.000 es-pectadores.

O local eleito para o espectáculo de sons e luzes “Inferno”, agendado para hoje, e para as duas reconstituições da batalha, amanhã e sábado, é um grande descampado com uma depressão. Duran-te semanas, foram montadas grades de metal com até 50.000 lugares.

Ao lado da colina de onde Wellington liderou as tropas inglesas, a centenas de metros, situam-se as fazendas de Hou-

goumont e Haie-Sainte, e o local conhe-cido como “Belle-Alliance”, cenário de violentos combates que se tornaram ver-dadeiras lendas. Foi em “Belle-Alliance” que Wellington, com a vitória assegura-da, apertou a mão do aliado prussiano, o marechal de campo Blucher, enquanto Napoleão se retirava em direcção a Paris, após o fracasso da sua guarda contra po-sições inglesas.

As duas grandes reconstituições, que fazem referência aos principais momen-tos do confronto que causou em cerca de 10 horas aproximadamente 45 mil mortos e feridos e mudou o curso da história, vão reunir mais de cinco mil pessoas de 52 países com uniformes da época, cer-ca de 100 canhões e 360 cavalos. “Temos que montar acampamentos, chuveiros, prover mais de 30 toneladas de palhas, estábulos para os cavalos e montar o con-junto”, explicou Etienne Claude, director da associação que organiza há 18 meses os preparativos.

Com a data do bicentenário à porta, o local da batalha, pouco explorado du-rante décadas, foi renovado para acom-panhar este “turismo histórico” que visa potencializar Waterloo e as localidades vi-zinhas. “O bicentenário constitui o ponto culminante. Mas depois o campo de ba-talha tem que se transformar numa porta de entrada para o turismo na Valónia”, região francófona do sul da Bélgica, me-nos frequentada que Gent ou Bruges, na região flamenca, explicou à AFP a burgo-mestre (“mayor”) de Waterloo, Florence Reuter.

Um novo “Memorial 1815”, soterra-do, acaba de ser inaugurado. O objectivo é que o volume de visitantes de Waterloo passe de 200 mil para 500 mil.

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Quinta-feira, 18 de Junho de 2015 JTM | ACTUAL 13

HONG KONG

Firmeza da ala pró-democrata reforça cenário de vetoNo início de um debate muito aguardado, os deputados do campo pró-democrata de Hong Kong deram ontem sinais de união, reiterando a promessa de vetar o plano de reforma eleitoral proposto por Pequim

CHINA

Último preso de Tiananmen será libertado em 2017Miao Deshun, o último preso relacionado com os protestos pró-democracia na praça de Tiananmen em 1989 será libertado em Setembro de 2017, depois das autoridades chinesas terem reduzido a pena aplicada em um ano

CHINAAs chuvas torrenciais que afectam a região de Guangxi causaram a morte de cerca de 16 mil porcos numa quinta de Liuye que ficou inunda-da, noticiou o “China Daily”. Na sequência de 20 horas consecutivas de chuva, milhares de cadá-veres de animais apareceram a flutuar na água, apesar de alguns se terem conseguido salvar ao subir para telhados.

COREIASO jovem soldado norte-coreano que desertou na segunda-feira para a Coreia do Sul, através da fronteira mais fortificada do mundo, fugiu devi-do às “frequentes sovas” que recebia no Exército, indicou o Ministério da Defesa de Seul à agência EFE. O jovem de 19 anos fez uma difícil traves-sia após deixar o seu posto no dia 7, revelou o Ministério.

JAPÃOO Japão adoptou ontem legislação que permite a redução da idade de voto, de 20 para 18 anos, de forma a alinhar-se com outros países desen-volvidos. Cerca de 2,4 milhões de japoneses, que têm idades entre 18 e 19 anos, de um total de 127 milhões de habitantes, vão ser beneficiados.

MYANMARA Amnistia Internacional (AI) denunciou o au-mento das restrições e o crescente “clima de medo” nos meios de comunicação de Myanmar, a poucos meses das eleições previstas para o final do ano. Segundo a AI, as autoridades re-correm a “velhos métodos” da Junta Militar, in-cluindo ameaças, perseguição e detenção para “reprimir” os jornalistas independentes, levan-do-os a uma “auto-censura generalizada”.

INDONÉSIAMais de 10 mil habitantes de zonas vizinhas do vulcão Sinabung, oeste da Indonésia, foram evacuados desde o início de Junho devido a vio-lentas erupções. O Sinabung tem registado uma importante actividade vulcânica, projectando cinzas, pedras e fumo a três quilómetros de dis-tância.

PAQUISTÃOUm tribunal tribal do sul do Paquistão conde-nou um menino de 10 anos por manter relações com uma mulher mais velha, casada e de outra tribo, e obrigou a sua família a pagar uma multa de 700 mil rúpias (55 mil patacas). A polícia local advertiu que a decisão do tribunal tribal é ilegal e abriu uma investigação ao caso.

BAHREINUm tribunal do Bahrein condenou o líder xiita Ali Salman, secretário-geral do maior partido da oposição, Al Wefaq, a quatro anos de prisão por insultar o Ministério do Interior e incitar à desobediência civil, numa decisão criticada pela Amnistia Internacional. Salman foi absolvido da acusação de tentar derrubar o regime do país.

BRASILOlacyr de Moraes, conhecido como o “rei da soja” por ter expandido as fronteiras da agri-cultura em grande escala para o interior do Brasil tornando-se o maior produtor de soja do mundo, morreu aos 84 anos, vítima de cancro. O empresário começou a vender máquinas de costura em São Paulo aos 14 anos e desenvol-veu dezenas de negócios, incluindo um banco e uma das maiores construtoras do país.

GEÓRGIAUm tigre branco que escapou do zoo de Tbili-si, durante as inundações de domingo matou ontem uma pessoa e feriu outra na capital da Geórgia, informou o Ministério do Interior. O ti-gre atacou quatro pessoas perto de uma piscina desactivada nas imediações do zoo.

VOLTA AOMUND

Num comunicado, a organização Dui Hua, que de-fende os direitos dos presos na China, confirmou a redução da pena de Miao Deshun, que na altura

dos protestos tinha 25 anos, mas sem precisar o motivo que originou esta decisão, nem o dia exacto da libertação ou o actual estado físico do detido.

“Quando for libertado, [Miao Deshun] terá passado mais tempo na prisão do que aquele que viveu como um homem livre”, frisou a organização.

Em 1989, Miao Deshun, um operário fabril, foi detido com outros quatro amigos na noite de 4 de Junho, pouco de-pois do exército chinês ter irrompido com tanques nas ruas de Pequim e ter acabado, com recurso à força, com quase sete semanas de protestos pró-democracia. A detenção deste homem aconteceu depois de centenas – milhares segundo algumas fontes – de estudantes e de trabalhadores em gre-ve terem morrido no massacre de Tiananmen.Na altura, os manifestantes estavam concentrados na emblemática praça para exigir reformas democráticas e o fim de uma corrupção desenfreada.

Depois de enfrentar, juntamente com outros operários,

o exército chinês, o jovem Miao Deshun, actualmente com 51 anos, foi acusado de “incêndio intencional” por ter ale-gadamente arremessado um contentor contra um blindado em chamas.

Com base nesta acusação, o regime chinês condenou Miao Deshun à morte, mas a execução foi suspensa por di-versas vezes, tendo sido posteriormente anulada.

Na altura, muitos acusados foram condenados à pena ca-pital ou à prisão perpétua, mas as autoridades chinesas aca-baram por substituir algumas sentenças por penas menores.

Ao longo dos anos, milhares de presos acabaram por ser libertados, de acordo com os dados das organizações de de-fesa dos direitos humanos. No total, menos de 100 pessoas acabaram por ser executadas, segundo diversas fontes.

Em declarações à agência EFE, um ex-companheiro de cela de Miao Deshun relatou que o homem sempre mostrou uma atitude combativa dentro da prisão. A organização não-governamental Defensores Chineses dos Direitos Hu-manos acredita que foi este o motivo que condicionou ao longo dos anos a libertação de Miao.

JTM com Lusa

O Conselho Legislativo (LegCo) de Hong Kong iniciou ontem a ronda de debates e votação da

discutida reforma eleitoral que foi pro-posta pelo Governo Central e esteve na origem dos grandes protestos de 2014. Perante um desdobramento policial sem precedentes, os 70 deputados des-filaram de manhã entre uma multidão de apoiantes e opositores da proposta em direcção ao interior do edifício para debater a polémica proposta que, se-gundo salientavam ontem as agências internacionais, reúne poucas possibili-dades de ser aprovada.

A Secretária-Chefe, Carrie Lam, co-meçou o debate exortando os deputa-dos a votarem favoravelmente, com o argumento de que a proposta de refor-ma representa um avanço face à actual situação. “A maioria das pessoas de Hong Kong gostaria de desfrutar do seu direito ao voto em 2017, o que sig-nifica que haverá um desenvolvimen-to da reforma política e não ficaremos num ponto morto”, alegou a “número dois” do Governo, frisando que, caso a proposta seja rejeitada, não haverá qualquer mudança política.

No entanto, Emily Lau, presiden-te do Partido Democrata e a primeira mulher a ocupar uma “cadeira” no parlamento da cidade, rejeitou a pro-posta de Pequim e, inclusive, deslegi-timou o actual Executivo.

De resto, os deputados pró-de-mocracia pareceram estar firmes na promessa de vetar o plano da reforma eleitoral. “Esta manhã [ontem] recebi uma carta muito longa e bem escrita

de um aluno. (Ele) espera que eu apoie a proposta”, disse aos jornalistas o de-mocrata Ronny Tong, quase em lágri-mas, antes do início do debate.

“Não consigo pensar em ninguém em Hong Kong que esteja feliz hoje. Sou deputado há 11 anos, com o objec-tivo de lutar pelo sufrágio universal. Hoje dar lançar um voto negativo a uma proposta de reforma política in-completa e insatisfatória”, acrescentou.

Salvo ocorra uma mudança de últi-ma hora, os 27 deputados da ala demo-crática devem rejeitar a proposta, por considerarem que não permite uma real democracia. A reforma precisa do apoio de dois terços da câmara para ser aprovada, o que significa que pelo menos quatro membros dos grupos li-berais tinham de dar apoio à proposta, que esteve na origem das amplas ma-nifestações de 2014.

No outro lado da barricada, porta--bandeiras da organização Aliança pela Paz e pela Democracia, partido

político próximo de Pequim, centenas de partidários do Governo chinês per-maneceram nas imediações do LegCo empunhando cartazes, bandeiras chi-nesas e cantando o hino da China em sinal de apoio à proposta de reforma.

A poucos metros, e separados por cercas e sob a vigilância de dezenas de polícias, contestatários da refor-ma seguiam o debate parlamentar através de ecrãs. Enquanto isso, um porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Lu Kang, disse ontem em Pequim que a reforma apro-vada pela Assembleia Nacional Popu-lar poderia ser melhorada de acordo com o desenvolvimento das realidades de Hong Kong. Por isso, Lu apelou de novo à aprovação da reforma para que os cidadãos de Hong Kong “possam aproveitar esta oportunidade e dar as-sim um histórico passo em frente”.

O resultado da votação poderá só ser conhecido amanhã, já que o debate se deve prolongar.

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Quinta-feira, 18 de Junho de 201514 JTM | ROTEIRO

CANAL MACAU 13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:30 RTPi Directo 18:20 O Astro (Repetição) 19:10 Montra do Lilau (Repetição) 19:40 Paixões Proibidas 20:30 Telejornal 21:00 TDM Talk Show 21:30 Endereço Desconhecido 22:10 O Astro 23:00 TDM News 23:30 Lado B Sr.2 - Último Episódio 00:20 Telejornal (Repetição) 00:50 RTPi Directo

30 FOX SPORTS13:00 Wimbldon Classic TBC 15:00 National Icons 15:30 FOX SPORTS Cinema Any Given Sunday 17:30 Formula E Championship Highlights Beijing, China 18:30 FOX SPORTS FIT Star Block Workout 19:00 US Open Championship Official Films 2014 20:00 FOX SPORTS Central 20:30 Gil-lette World Sport 21:00 The Ultimate Fighter 22:00 FOX SPORTS Central 22:30 Wimbldon Classic TBC 00:30 FOX SPORTS FIT Star Block Workout

31 FOX SPORTS 213:00 Beach Soccer Brazil vs. Japan 14:00 Dutch Eredivisie Ajax vs AZ 15:00 A Wimbledon Collection FAshion Statement 16:00 Tour De York-shire 17:00 Badminton Unlimited 17:30 LPGA 2015 KPMG Women’s PGA Championship Day 3 18:30 Tour of Turkey 2015 19:00 Sport Confidential 19:30 Oneasia Tour Highlights 2015 Thailand Open Day 3 20:30 MLB 2015 Highlights Miami Marlins vs New York Yankees 21:00 Wimbledon Official Films 2007 22:00 Best of Wimbledon 2010 23:00 Sport Confidential 23:30 MLB 2015 Highlights Miami Marlins vs New York Yankees 00:00 LPGA 2015 KPMG Women’s PGA Championship Day 3

40 FOX MOVIES11:00 Divergent 13:20 The Tourist 15:10 Dragonball: Evolution 16:40 Spider-Man 18:45 Dawn Of The Planet Of The Apes 21:00 The Karate Kid 23:25 The International

41 HBO13:00 Game Of Thrones 14:00 The Fast And The Furious 15:45 The Perfect Storm 17:50 My Dog Skip 19:25 Repentance 21:00 Man Of Steel 23:20 Silicon Valley 23:50 Veep 00:20 The Bling Ring

42 CINEMAX12:15 Hollywood On 12:40 Road Trip 14:10 Lethal Weapon 2 16:00 The War Of The Worlds 17:30 My Stepmother Is An Alien 19:20 Zodiac 22:00 Django Unchained 00:45 The Last Ride

50 DISCOVERY13:00 You Have Been Warned Again 14:00 Deception With Keith Barry 15:00 The Against The Odds:Heroes Of Tarawa 16:00 World War II In Colour 17:00 How Do They Do It? 17:30 How It’s Made 18:00 Alaska: Battle On The Bay 19:00 Man Vs. Wild 20:00 Fast N’ Loud 21:00 Life In Cold Blood 22:00 Ghost Asylum 23:00 Fast N’ Loud 00:00 Man Vs. Wild

51 NGC12:30 Jurassic C.S.I. 13:25 Hidden Worlds 14:20 Battleground Broth-ers 15:15 Two Tales of China 16:10 Mega Factories 17:05 Cosmos: A Spacetime Odyssey 18:00 The Living Edens 19:00 Evolutions 20:00 The Peninsula 21:00 Two Tales of China 22:00 Innovation Nation 23:00 Cosmos: A Spacetime Odyssey 00:00 Star Talk 54 HISTORY13:00 The Pickers 14:00 Cajun Pawn Stars 15:00 Legend Of The Supersti-tion Mountains 16:00 Aussie Pickers 17:00 Ancient Aliens Special Edition 18:00 Kings Of Restoration 18:30 Pawn Stars 19:00 The Pickers 20:00

Storage Wars 20:30 Storage Wars: Canada 21:00 Swamp People 22:00 Mountain Men 23:00 Pawn Stars 00:00 Swamp People

55 FYI13:00 Destination Flavour: Japan 14:00 Flip This House 15:00 Mikie Saves The Date 16:00 Hideous Houses 17:00 Bondi Vet 18:00 Flipping Vegas 19:00 Sugar Stars 20:00 You Gotta Eat Here 21:00 Late Nite Chef Fight 22:00 Food Factory 23:00 Sugar Stars 00:00 Late Nite Chef Fight

63 STAR WORLD12:55 Devious Maids 13:45 Masterchef US 14:35 Asia’s Next Top Model 16:15 Glee 17:05 Suburgatory 18:00 Masterchef US 19:50 Amazing Wedding Cakes 20:45 Masterchef US 22:35 Amazing Wedding Cakes 23:30 Revenge 00:25 Grey’s Anatomy

82 RTPI13:30 Telejornal Madeira 14:00 Bom Dia Portugal-Directo 15:00 Os Nos-sos Dias 15:35 Sabia Que? 15:40 Ingrediente Secreto 16:25 Qualificar Mais 17:08 Bem-vindos a Beirais 17:50 Camping 18:35 Flash 7 Dias 19:15 Os Compadres 20:00 Jornal da Tarde-Directo 21:12 5 Para a Meia-Noite 22:05 Endereço Desconhecido II 23:12 Os Nossos Dias 23:35 O Preço Certo 00:25 Ingrediente Secreto 01:00 Portugal em Directo-Directo 02:02 Página 2 02:20 Os Compadres 03:00 Telejornal-Directo 04:01 Agora Nós 06:40 Zig Zag 06:54 Fatura da Sorte

Número de Socorro 999Bombeiros 28 572 222PJ (Linha aberta) 993PJ (Piquete) 28 557 775PSP 28 573 333Serviços de Alfândega 28 559 944Hospital Conde S. Januário 28 313 731Hospital Kiang Wu 28 371 333CCAC 28 326 300IACM 28 387 333DST 28 882 184Aeroporto 88 982 873/74Táxi 28 283 283Táxi 28 939 939Água - Avarias 28 990 992Telecomunicações - Avarias 28 220 088Electricidade - Avarias 28 339 922Directel 28 517 520Rádio Macau 28 568 333Macau Cable 28 822 866

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22:00CINEMAX

Django Unchained

CINETEATROS1 Fast and Furious 714:15 • 16:45 • 21:45

S2 Two Thumbs Up14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

TORRE DE MACAUJupiter Ascending (3D)14:30 • 16:45 • 19:15 • 21.30

GALAXYThe Hobbit : The Battle of the Five Armies (3D)13:40 • 16:10 • 19:50 • 21:00 • 22:00 • 00:35

Taken 316:10 • 15:35 • 19:00 • 20:00 • 22:45 • 23:40

Paddington14:20 • 18:10

Big Hero 6 (3D)14:06 • 20:40

Exodus: Gods and Kings (3D)12:30

Night at the Museum: Secret of the Tomb (2D) - 15:05 • 17:10 • 19:05 • 21:00 • 23:00

Seventh Son (3D)14:10 • 16:05 • 17:50 • 18:00 • 20:00 • 22:30

The Theory of Everything13:10

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JTM | DESPORTO 15 Quinta-feira, 18 de Junho de 2015

Sub21 estreiam-se hoje contra Inglaterra

A selecção portuguesa de futebol de sub21 é uma das fortes candidatas à conquista do Europeu de 2015, na República Checa, depois de uma fase de qualificação em que venceu todos os jogos realizados. Os jovens lusos estreiam-se hoje frente à Inglaterra que, tal como Portugal, não sofreu qualquer derrota na fase de apuramento. No grupo dos portugueses estão ainda a Itália e a Suécia. A partida entre Portugal e a Inglaterra está marcada para as 19:45 (02:45 em Macau).

SELECÇÃO PORTUGUESA

Portugal “mata borrego” com 40 anosO primeiro golo de Éder deu à selecção portuguesa de futebol o triunfo sobre a Itália, por 1-0, e pôs fim a um período de quase 40 anos sem vencer os transalpinos

Com um total de seis alterações no onze em relação ao jogo com a Arménia, incluindo as entra-

das de Varela e Danilo, Portugal de-morou algum tempo a entrar no jogo e “abusou” de Ricardo Quaresma na ala direita. O extremo cedo teve a respon-sabilidade de pegar no jogo ofensivo da selecção nacional, mas quase tudo saiu mal ao jogador do FC Porto, tan-to que a Itália esteve perto de marcar devido a um erro seu. Depois de tirar a bola a Quaresma em zona proibida, Bertolacci ficou em boa posição para dar vantagem aos transalpinos, mas acabou por falhar o alvo.

Após perder Fábio Coentrão, que regressou ao lado esquerdo da defesa, devido a lesão (foi rendido por Eliseu aos 24 minutos), Portugal voltou a estar perto de ficar em desvantagem, desta vez com El Shaarawy também a falhar por centímetros a baliza que

pertenceu a Beto.A partir daí, Portugal cresceu na

partida, sobretudo após uma lance em Varela esteve muito perto de marcar, devido a um erro do guarda-redes ita-liano. Com a bola nos pés, Sirigu dei-xou-se desarmar por Éder na pequena área, o avançado do Sporting de Bra-ga assistiu Varela que, com a baliza deserta, atirou fraco, dando tempo a Ranocchia pudesse cortar em cima da linha de golo.

Mesmo assim, este lance fez acor-dar a selecção portuguesa, que man-teve o controlo da partida até ao intervalo e voltou a estar perto de inaugurar o marcador, desta vez com a Moutinho a atirar para boa defesa do guarda-redes italiano.

Portugal regressou para a segunda parte com Cedric e Adrien no “onze”, nos lugares dos “apagados” Vieirinha e Tiago, respectivamente, e apanhou

um valente susto quando Immobile acertou no poste.

Contudo, praticamente na jogada seguinte, aos 52 minutos, Portugal chegou à vantagem através de Éder, que “fuzilou” Sirigu após excelente centro de Quaresma na esquerda.

Portugal ficou dono e senhor do jogo, sobretudo devido a Adrien, que deu nova vida ao meio campo luso, e criou várias oportunidades para dila-

tar a vantagem, mas tanto Éder, como Moutinho e Varela falharam no mo-mento decisivo.

Nos minutos finais, a Itália arris-cou mais e empurrou Portugal para a sua área, tendo nessa altura entrando Beto em “cena”. O guarda-redes do Sevilha, com duas grandes defesas, impediu que a “squadra azzurra” al-cançasse a igualdade e acabou por ser determinante no triunfo luso.

Éder e Quaresma “fabricaram” o golo português

• • • POLIDESPORTIVO

Hong Kong com nova vitórianas eliminatórias asiáticasHong Kong somou nova vitória nas eliminató-rias asiáticas para o Mundial2018, vencendo a selecção das Maldivas, por 2-0. No Mong Kok Stadium, perante mais de seis mil espectadores, a selecção da RAEHK venceu com golos de Xu Deshuai e Lam Ka Waim. Em grande continua também a China, que goleou o Butão, por 6-0.

Jorge Mendes na China para vender metade da GestifuteSegundo a imprensa portuguesa, o empresário Jorge Mendes encontra-se em Xangai com o seu advogado, Osório de Castro, ultimando os por-menores da conclusão do negócio da venda de metade da Gestifute que deverá render cerca de 50 milhões de euros. A empresa é responsável pelo agenciamento de vários jogadores portu-gueses, casos de Cristiano Ronaldo, Pepe, Fábio Coentrão, tal como do treinador José Mourinho.

Chelsea inicia defesa do título frente ao SwanseaOs campeões ingleses Chelsea vão defrontar o Swansea, em Londres, na primeira jornada da próxima temporada, ditou o sorteio da “Pre-mier League”. O Manchester City joga no terre-no do West Bromwich, enquanto o Arsenal joga em casa, frente ao West Ham. Vida mais difícil para o Manchester United, que defronta o Tot-tenham na ronda inaugural da prova, agendada para 8 de Agosto.

COPA AMÉRICA

Aguero “abateu” campeão Uruguai A Argentina conseguiu a sua primeira vitória na edição 2015 da Copa América ao bater o campeão em título Uruguai por 1-0, colocando-se na liderança do Grupo B, a par do Paraguai

Um cabeceamento “fulminante” de Sergio “Kun” Agüero, que já havia marcado na estreia (2-2 com o Paraguai), aos 56 minutos, depois de

um cruzamento da direita de Zabaleta, selou o triunfo do conjunto comandado por Gerardo “Tata” Martino. Com Lionel Messi a pautar todo o jogo, a Argentina foi superior, mas sentiu grandes dificuldades, perante um Uruguai sempre muito agressivo, por vezes no limite do jogo violento, nunca hesitando em fazer faltas.

Na formação uruguaia, que se estreara com um triunfo por 1-0 face à Jamaica, o grande protagonista foi o benfiquista Maxi Pereira, presente em quase todas as jogadas de perigo da selecção comandada por Óscar Tabárez. Maxi centrou para o cabeceamento de Rolan ao lado (30 minutos), rematou para defesa a punhos de Romero (46) e para nova defesa do guarda-redes argentino, para a frente, com Rolan a falhar escandalo-samente a recarga (75).

Já no último minuto, foi ainda do lateral direito o passe para Abel Hernandez rematar para uma grande defesa de Romero, que segurou o triunfo dos argentinos.

Além do golo, a Argentina não teve nenhuma ocasião muito clara, mas efectuou vários remates pe-rigosos, por Di Maria (09 e 12 minutos), Pastore (20), Agüero (25) e Messi (78 e 83). Na última ronda do agru-pamento, a Argentina defronta a Jamaica, enquanto o Uruguai mede forças o Paraguai, que terça-feira bateu dificilmente e com muita sorte a selecção convidada por 1-0.

Vidal detido por conduzir sob efeito de álcoolO futebolista chileno Arturo Vidal, actual melhor

marcador da Copa América, teve terça-feira um apara-toso acidente quando conduzia sob o efeito de álcool, acabando por passar a noite detido numa esquadra da polícia, informaram as autoridades. Segundo Ricardo Gonzáles, da polícia chilena, citado pela agência espa-nhola EFE, o jogador da Juventus deu positivo no teste de álcool ao qual se submeteu no Hospital de Buin, 35 quilómetros a sul de Santiago.

O oficial explicou ainda que o acidente aconteceu por volta das 22:00 locais de terça-feira, perto de Santia-go, e envolveu um segundo automóvel, cujo condutor não sofreu ferimentos. Por seu lado, Vidal sofreu feri-das leves e foi atendido no hospital, enquanto a sua es-posa, que o acompanhava no veículo, teve feridas “de média gravidade”.

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Quinta-feira, 18 de Junho de 201516 JTM | OPINIÃO

MEMÓRIAVictor Neto*

Quando fui transferido, por mo-tivos de organização de serviço, para a Central de Transmissões

do Quartel General, senti algum entusias-mo próprio derivado da nova mudança, que poderia eventualmente ser benéfica, o que veio a acontecer, até porque, em-bora as distâncias não fossem grandes, o meu novo aquartelamento era bem mais no centro da cidade do que o anterior.

O quartel de S. Francisco estava situa-do junto ao jardim com o mesmo nome e muito próximo dos locais de movimento, onde o dinamismo e o bulício da cidade se verificava. E assim, satisfeito com tudo o que se estava a passar, vivia em harmo-nia com todos os meus camaradas, sem qualquer tipo de problemas.

O episódio que passo a descrever foi o único incidente que tive e que fez manchar a minha caderneta militar, mas sem muita preocupação para mim, pois considerei o caso como não tendo nenhu-ma importância e até levado com algum “desportivismo”, conforme a velha má-xima do poeta romano Décimo Júnio Ju-venal e que diz “Mens Sana in Corpore Sano”.

O que se passou, foi que em certa noi-te, quando eu e alguns dos meus cama-radas nos preparávamos para ir dormir, o furriel que estava de serviço repetida-mente mandava-nos calar, na escada ex-terior que dava acesso ao primeiro andar do Q.G..

E, voltando-se para mim, também disse para eu estar calado, respondendo eu que não podia estar a fazer barulho, por estar absolutamente calado. Com al-

Eu quero ir para a prisão

guma insistência, voltou a dizer para eu estar calado e, como palavra puxa pala-vra, depois de uma breve discussão, o referido furriel disse que ia participar de mim. No outro dia de manhã, sou con-vocado para ir à presença do Capitão da Companhia de Comando e Serviços, re-latar o que se tinha passado. Depois do meu depoimento e a seguir a uma gran-de lição de moral, sobre a minha falta de respeito para com um superior hierárqui-co, o Capitão disse-me que ia aplicar dez dias de detenção no quartel.

Até essa altura eu como todos os mili-tares estava na 2ª classe de comportamen-to e, no meu caso, passei automaticamen-te para a 3ª classe. O castigo aplicado está portanto assim registado na caderneta militar com data de 30 de Maio de 1964.

“Por no passado dia 20 do corrente ter sido menos respeitoso para com um seu superior não obedecendo ainda pronta-mente à ordem dada por este último, res-peitante ao serviço. Infrigiu os deveres 1º e 2º do artigo 4º do Regulamento de Dis-ciplina Militar”.

Torna-se interessante verificar que o texto da punição não tem nada a ver com o que se passou na realidade. Eu tam-bém não fiz do assunto nenhum drama e não estava interessado em criar proble-

mas para mim como para o furriel, que naquela noite depois do jantar estava um bocado “mal disposto”.

Mas porquê o título deste trabalho, ser este? Eu explico. A prisão do Quartel Ge-neral que estava situada junto à Casa da Guarda, e cujas duas janelas davam para o pátio interior, estava ocupada com uns sete ou oito presos por motivos diversos, sendo dois da minha Companhia. Mas, estar na prisão era bom. Estavam colados às paredes posters retirados de revistas, com imagens apetecíveis para os milita-res detidos. Além da comida normal que lhes iam levar todos os dias às horas das refeições e que era reforçada, havia tam-bém rádios e gira-discos, onde dentro de alguma contenção em termos de volume de som se ouviam as músicas e as canções mais em voga.

Durante a noite algum dos camaradas mais amigos que estavam de serviço na

Porta de Armas, ia à Padaria Militar bus-car pão quente que era comido com man-teiga, ou qualquer outro conteúdo que se metia dentro. Durante o dia os prisionei-ros passavam as horas a jogar às cartas e às damas e ninguém os incomodava. As penas aplicadas a estes homens eram cur-tas, no máximo de quinze dias, que eram vividos da forma que atrás menciono.

Por isso é que eu, a jeito de brincadei-ra, dizia para os meus camaradas, que com aquela vida que os presos levavam, também queria ir para a prisão, em vez dos dez dias de detenção, do castigo que me tinha sido aplicado. Vim a saber al-gum tempo depois, que numa inspecção do Comandante Militar à prisão, tinha resultado em ele mandar retirar as belíssi-mas imagens que decoravam as paredes.

*Ex-soldado português em Macau. As suas crónicas são publicadas

neste espaço às quintas-feiras.

Macau em 1964

Consultation by Appointment Office hour: 10:00 - 19:00 Close on Sun, Tue and Public Holiday

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ANÚNCIO

Nos termos do artigo 62º do Código Comercial e da alínea b) do nº 1 do artigo 65º Código do Registo Comercial, dá-se conhecimento que foram registados a dissolução e o encerramento da liquidação da “BISCAYNE GROUP (MACAU) LIMITADA”, em chinês “BISCAYNE GROUP (澳門)有限公司”, em inglês “BISCAYNE GROUP (MACAU) LIMITED”, com sede em Macau, na Avenida da Praia Grande, nº 665, Edifício “Great Will”, Unidade A, 16º andar, matriculada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis sob o nº 29494. Não existindo dívidas, o activo será partilhado pelos sócios de acordo com a quota de cada um.

BISCAYNE GROUP (MACAU) LIMITADA

Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes

EDITALEdital n.º : 8/E-OI/2015Processo n.º : 293/OI/2012/FAssunto : Início do procedimento de audiência pela infracção às respectivas disposições do Regulamento Geral

da Construção Urbana (RGCU)Local : Rua da Doca Seca n.º18, Edf. THE PRAIA T1, fracções 10.º andar A, 10.º andar B, 13.º andar C,

26.º andar F, 44.º andar A, 50.º andar F, 51.º andar C, 51.º andar F, 52.º andar D, Macau.

Cheong Ion Man, subdirector substituto da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), faz saber por este meio aos donos da obra ou seus mandatários, aos encarregados da obra, aos técnico responsável pela obra e executores da obra existente no local acima indicado, cujas identidades se desconhecem, o seguinte:1. O agente de fiscalização desta DSSOPT deslocou-se ao local acima indicado e verificou a realização das obras abaixa

indicadas que infringiram o disposto no n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 79/85/M (RGCU) de 21 de Agosto, alterado pela Lei n.º 6/99/M de 17 de Dezembro e pelo Regulamento Administrativo n.º 24/2009 de 3 de Agosto, pelo que as obras são consideradas ilegais:

2. Nos termos dos artigos 52.º e 65.º do RGCU, pode ser ordenado que os infractores procedam à reposição das obras

ilegais referidas no ponto 1, e à reposição das parte comuns afectadas do edifício (parede exterior) de acordo com o projecto aprovado por esta Direcção de Serviços, pelo que, são sancionáveis com multa de $1 000,00 a $20 000,00 patacas.

3. Nos termos dos artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, os interessados podem apresentar a sua defesa por escrito e as demais provas para se pronunciar sobre as questões que constituem objecto do procedimento, bem como requerer diligências complementares no ponto 4 abaixo indicado, no prazo de 10 (dez) dias contados a partir da data de publicação do presente edital.

4. No entanto, os interessados podem proceder à demolição das obras ilegais acima indicadas por iniciativa própria, devendo entregar previamente nestes Serviços a declaração de responsabilidade do construtor incumbido da obra de demolição e a apólice de seguro contra acidentes de trabalho e doenças profissionais, no prazo de 10 (dez) dias contados a partir da data de publicação do presente edital.

5. O processo pode ser consultado durante as horas de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, n.º 33, 15.º andar, Macau (telefones nºs 85977154 e 85977227)

Aos 29 de Maio de 2015

Pelo Director dos ServiçosO Subdirector, Subst.ºEng.º Cheong Ion Man

1.1

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1.4

1.51.61.71.81.9

Fracção

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B

C

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AFCFD

Andar

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10

13

26

4450515152

ObraDemolição de uma parte da parede exterior da janela da fracção para ampliação de vão da janela.Instalação de pala metálica na parede exterior em frente da janela.Abertura da parede de resistência em betão no interior da fracção;Modificação de rede de abastecimento de água e de drenagem de água na fracção.Instalação de gradeamento metálico na parede exterior em frente da janela;Demolição de uma parte da parede exterior da janela da fracção para ampliação de vão da janela;Instalação de laje de betão na parede exterior em frente da janela.Instalação de pala metálica na parede exterior em frente da janela.Instalação de pala metálica na parede exterior em frente da janela.Instalação de pala metálica na parede exterior em frente da janela.Instalação de pala metálica na parede exterior em frente da janela.Instalação de gradeamento metálico no pátio do edifício.

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Quinta-feira, 18 de Junho de 2015 JTM | OPINIÃO 17

QIAN QICHEN VÊ FIM NA HUMILHAÇÃO DA CHINAO Vice-Primeiro Ministro chinês, Qian Qichen, qualificou o regresso de Hong Kong e Macau à soberania chinesa como “o fim da colonização britânica e portuguesa naquelas regiões e significa que a humilhação nacional da China, que durava há século e meio, acabou”, disse Qian Qichen num artigo publica-do na revista “À procura da verdade”, editada pelo Comité Central do Partido Comunista chinês. Hong Kong e Macau passarão para a administração chinesa em Julho de 1997 e Dezembro de 1999, respectivamente, com o estatuto de re-giões administrativas especiais e segun-do a fórmula “um país, dois sistemas”, que permitirá a continuação do capita-lismo por mais cinquenta anos. Qian Qi-chen congratula-se com a “harmoniosa cooperação” que a China e Portugal têm mantido acerca da “questão de Macau”, mas em relação a Hong Kong, afirma que a administração britânica “criou bastantes dificuldades”. Qian Qichen, 66 anos, é também ministro dos Negó-cios Estrangeiros e membro do Politbu-ro do Partido Comunista chinês. Segun-do os excertos do artigo divulgados pela agência noticiosa oficial chinesa, Qian Qichen situa historicamente “a coloniza-ção britânica e portuguesa” no período que se seguiu à “Guerra do Ópio” (1840-42). Os portugueses estabeleceram-se em Macau no início da segunda metade do século XVI, e na opinião de alguns historiadores, “nunca constituiu uma situação colonial típica”. No preâmbulo da Lei Básica – a mini-constituição que irá reger Macau depois de 1999 – diz-se que “a partir de meados do século XVI, o Território foi gradualmente ocupado por Portugal”.

RÁDIO MACAU FAZ ACORDO NA CHINA Dezoito rádios de língua chinesa de nove países e regiões decidiram incre-mentar o intercâmbio de programas en-tre as respectivas estações e estudar ou-tras formas de cooperação. O propósito foi adoptado numa reunião em Pequim, e que reuniu representantes da Repú-blica Popular da China, Hong Kong, Macau, Taiwan, Singapura, Austrália, Malásia e Estados Unidos. “Abriram-se novas possibilidades de cooperação que permitem também promover a imagem de Macau junto de um auditório mais largo”, disse Rina Tay, directora de pro-gramas e de marketing da Rádio Ma-cau. A Rádio Macau já tem acordos de cooperação com estações da República Popular da China, Hong Kong e Singa-pura.

Saber ler o mundoNOTAS SOLTAS

Carlos Frota*

Vejo a notícia de que, prepa-rando a próxima visita oficial a Londres, do Presidente Xi

Jinping, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, se reuniu com David Cameron e que as expectativas são excelentes para uma visita presidencial com suces-so, no Outono.

Ambos os lados acentuam con-vergências em muitas áreas, todas incidindo nas relações económicas bilaterais, o que naturalmente ex-prime um louvável pragmatismo recíproco.

Não deixo de me recordar, a pro-pósito, do aproximar de mais um aniversário da transferência de po-deres em Hong Kong, regressando mentalmente a 1 de Julho de 1997, quando assisti, a partir de Macau e pela televisão, à cerimónia da mu-dança de bandeiras, com todo o seu forte poder simbólico.

E do modo como Pequim geriu, nestas quase duas décadas, as suas relações com a antiga metrópole co-lonial de uma das mais prósperas regiões chinesas.

À habilidade de converter um diálogo nem sempre fácil num re-lacionamento não só estável, como amistoso, a liderança chinesa não só encerrou um capítulo da História, como abriu outro particularmente promissor. Onde a segunda econo-mia mundial e uma das economias mais dinâmicas do espaço europeu desenvolvem parcerias mutuamen-te vantajosas.

Recordando que é com igual tó-nica positiva que se define o relacio-namento sino-português, só posso reconhecer que, com mérito de to-das as partes, a cooperação existen-te em múltiplos domínios se reforça e diversifica.

E esta circunstância leva-me mais uma vez a reflectir no papel da China como parceiro da União Eu-ropeia. Da sua importância crescen-te. E do seu sentido cada vez mais estratégico, com uma interpretação pragmática pelos diversos actores dos seus interesses em jogo.

E esta reflexão conduz-me a ou-tro patamar de análise. Ao do modo como, através de um acompanha-mento cultural da sua presença económica no Velho Continente, a China pode atenuar ainda mais al-guns receios ou reticências que a sua crescente visibilidade poderá ainda, eventualmente, suscitar.

No plano da sua visão do mun-do e da correcta interpretação do presente e do futuro, os europeus precisam de um melhor entendi-mento do que é a China. Eu diria que é uma lição de História, Eco-nomia e Cultura que se me afigura absolutamente necessária.

Se a China estiver culturalmen-te ainda mais presente na Europa, prestará esse serviço aos próprios europeus, ajudando-os a rasgar os seus horizontes para a contempo-raneidade da China e da Ásia, sem a qual não é possível compreender hoje o mundo.

Da China se pode esperar pois que ajude a contextualizar o que resta de um certo eurocentrismo negativo. Que, em vez de exaltar valores de que os europeus são or-

gulhosos (e têm todas as razões para continuar a sê-lo) os fazem enganar de época e não compreender o pre-sente.

Para além das iniciativas oficiais, tal desiderato só pode ser alcançado por uma acrescida política de con-tactos da sociedade civil, não apenas entre instituições, mas de pessoa a pessoa.

Para que o estranho que há no ser estrangeiro seja substituído pela fa-miliaridade da aproximação.

A China em ÁfricaA reflexão que segue é-me esti-

mulada pela recente visita do presi-dente angolano a Pequim, mas não é recente no meu espírito. De facto, resulta de algo que há muito tempo constitui um conjunto de verdades óbvias para mim.

Sempre considerei que os países têm todo o direito de escolher os seus parceiros de desenvolvimento e que a idade dos donos do mundo já passou.

E digo isto de maneira um pouco brutal porque fico agastado ao ver certos países medirem ao milíme-tro o comportamento da China em África, como se esses outros países voassem, como pombas brancas, sem mácula, por dezenas e dezenas de anos de anos de relacionamento com o chamado Continente Negro.

Passaram uma esponja pelo modo de agir das suas multinacio-nais, dos grupos sedentos de lucro fácil que violaram a natureza, o meio ambiente, o equilíbrio ecoló-gico, levando à quase extinção cer-tas espécies - e concentram agora o dedo acusador sobre a China, impu-tando-lhe os mesmos pecados. Não podia haver maior cinismo.

Percebi, naturalmente, há muito que essa é forma de divulgar a ideia de uma certa ilegitimidade congéni-ta da China de se relacionar com os países africanos. Conforme aliás à ideia de que só os donos do mundo manteriam tal privilégio.

Não quero com isto dizer que tudo seja paradisíaco neste capítulo. Mas temos que ver estes processos de intercâmbio humano como cami-nhos que se percorrem e não viagens já concluídas.

Os povos aprendem uns com os outros, as diferenças culturais ultra-passam-se com diálogo. Esse cami-nho também será feito pela China em África. Por que haveria de ser diferente?

Feridas do passado Passado e presente juntam-se

frequentemente para preparar um futuro diferente. Esta é a linguagem não só dos políticos que querem corrigir a História, mas de todos os homens de boa vontade que acredi-tam ser a natureza humana capaz de superar os seus erros e as suas con-

tradições. Isto a propósito de quê?

******Da polémica (ainda!) da expul-

são dos judeus da Península Ibé-rica, há quinhentos anos, privan-do os dois reinos peninsulares do melhor da sua intelligentsia, entre cientistas e humanistas; e do sector economicamente mais dinâmico da população da época, dos dois lados da fronteira comum.

Ainda os ecos do empobreci-mento geral de duas sociedades então prósperas, pela decisão estra-tegicamente errada dos seus sobe-ranos da altura, inspirados por uma enganosa noção da catolicidade.

Ainda a falta de discernimento quanto às conversões forçadas - os cristãos novos - tema tão incómo-do hoje, pelas suas manifestações contemporâneas em lugares não tão longe de nós assim.

Ainda As causas da decadência dos povos peninsulares, do nosso historiador de referência, Oliveira Martins...

Ainda a noção de que foi a prag-mática Holanda que lucrou com o péssimo negócio de Fernando e Isa-bel, os Reis Católicos, como a cada passo se nota pela toponímia de Ro-terdão ou Antuérpia.

Porquê esta evocação ?

******No parlamento espanhol foi

aprovada uma lei que pretende sa-rar uma ferida, a sangrar há cinco séculos no corpo social - e por isso na memória - do povo espanhol. Ferida que nos toca também a nós, portugueses, dada a partilha de res-ponsabilidades de toda a Península Ibérica.

Pois os deputados de Madrid de-liberaram autorizar a aquisição da nacionalidade espanhola aos des-cendentes de judeus sefarditas que pudessem provar naturalmente a sua descendência.

Curioso por saber o que se pas-sou em Portugal sobre esta mesma questão, reencontro o pedido de desculpas formais ao povo judeu, em 1989, pelo Presidente da Repú-blica da altura, Dr. Mário Soares, e uma iniciativa legislativa similar à de Espanha, apresentada pelo gru-po parlamentar do PS há dois anos, pela voz de Maria de Belém Roseira.

Maria de Belém fez então na As-sembleia da República uma curta mas bem estruturada apresentação do projecto de lei, situando histo-ricamente a questão que agora tem o seu epílogo, também, do lado de Espanha.

Mais vale tarde do que nunca - é caso para sublinhar.

A História colectiva dos povos está cheia de erros e maus juízos de avaliação, como o está a história de cada um de nós.

A História heróica ou só heróica é naturalmente uma grande fábula, fraqueza que a inteligência dos po-vos vai descobrindo.

E daí o tentar corrigir, mesmo tardiamente, as feridas do passado, com suturas do presente...

* Primeiro Cônsul-Geral de Portugal em Macau. Docente

da Universidade de S. José.

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau”

e “Tribuna de Macau” 18/06/1995

Dito

“Num mundo onde somos invadidos pelas tecnologias, pelos ecrãs, pelo virtual e pelo imediato é bom saber que afinal também podemos viver e pertencer a uma ‘tribo’ de pessoas que connosco comunga um colectivo. Ser macaense hoje passa também por assu-mir este paradigma”

Carlos Piteira, in “Ponto Final”

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Quinta-feira, 18 de Junho de 201518 JTM | LAZER

Livros de ficção desafiam tabus na MalásiaIndependente e irreverente, a literatura de ficção funciona como válvula de escape para muitos jovens na rígida sociedade malaia

Nas feiras de livros que, ocasional e aleatoriamente se realizam em ruas da Malásia, muitos jovens

encontram aquilo que muito provavel-mente procuram: histórias picantes de crime, terror e amor tórrido, escritas em malaio. O estilo pode não ser dos melho-res, mas a escrita é ágil e nervosa, com enredos que tocam em “algo relevante” para o cenário político da Malásia, expli-cou Anis Suhaila, de 24 anos, ao “New York Times”.

Produzida em grande parte por auto-res que começaram por lançar blogs, essa forma repaginada de “pulp fiction” é fru-to de uma irreverente indústria indepen-dente que floresceu nos últimos quatro anos e tem aproveitado o desejo de fuga ao quotidiano dos mais jovens, numa altura em que a Malásia está a tornar-se mais conservadora no domínio dos com-portamentos sociais.

Antes muito mais dissoluto, o islamis-mo passou a ser rigoroso nos últimos anos na Malásia, onde os jovens ouvem, cada vez mais, não só de pais e professores, mas também de autoridades governa-mentais e religiosas, instruções e ordens sobre o modo como se devem comportar, salienta o jornal nova-iorquino, recor-dando que decretos recentes proibiram o ioga, a celebração do Halloween e o hábi-to de fumar narguilé (cachimbo de água),

com a agravante de que jornais e canais de televisão são sujeitos à censura.

Autores e leitores “não têm muita liberdade, mas no papel e nos livros po-dem basicamente desnudar-se”, frisa Wani Ardy, de 31 anos, dona de uma feira de livros itinerante.

Nos últimos quatro anos, o país viu nascer mais de uma dezena de editoras

em língua malaia que lançaram centenas de obras e estimam ter vendido mais de um milhão de exemplares. Colocam no mercado obras que costumam conter inúmeros erros de digitação, mas apre-sentam capas bonitas, vistas por alguns jovens como uma espécie de acessório descolado. Os livros são escritos com as gírias que os jovens usam nas ruas e mui-

tas vezes apresentam enredos que “ador-nam” temas tabus, como a promiscuida-de sexual e o comunismo.

“Os jornais estão sujeitos à censura e às leis sobre crimes contra a honra. Já na ficção podemos criar cenários que, de certa forma, as pessoas reconhecem”, argumenta Amir Muhammad, que há quatro anos criou a “Buku Fixi”, uma das maiores editoras independentes do país. Os dois maiores sucessos de vendas fo-ram “Kelabu”, uma picante história de amor, e “Asrama”, uma trama de terror ambientada numa escola feminina.

Já a “Lejen Press” colocou a sua chan-cela num dos maiores “best-sellers” já lançados, o romance “Awek Chuck Taylor”, escrito com gírias e mensagens de texto, cujas vendas ascendem a 40 mil exemplares. O narrador, o vagabundo Hafiz, conta que galanteia várias jovens ao mesmo tempo.

Nomy Nozwir, o autor de “Awek Chuck Taylor”, que assina como Nami Cob Nobbler, confessa que a história é va-gamente inspirada na sua própria vida. “Há pessoas que me desprezam. Dizem que a minha escrita é muito vulgar, mas o facto é que não estou a esconder nada”, realça.

Relativamente às autoridades ma-laias, Amir faz outra confissão: “Oxalá que continuem a não ler”.

Wani Ardy (à esq.) e Amir Muhammad trabalham com livros de ficção que abordam temas tabu na Malásia

A perfeição em pessoaA modelo Rosie Huntington-Whiteley mostrou todos os seus

atributos ao despir-se para a revista “Lui”, impressionando Luigi Murenu e Iango Henzi, fotógrafos responsáveis pelo ensaio.

“Rosie é a perfeição em pessoa. Sexy, inteligente, doce e é muito divertido trabalhar com ela. O que mais se pode querer?”, disse

Luigi Murenu ao site “Styler.com”.

Grohl partiu a perna em palco mas continuou a cantarO vocalista da banda norte-americana Foo Fighters, Dave Grohl, partiu a perna durante um concerto em Gotemburgo, na Suécia, mas continuou a tocar e a cantar durante mais algum tempo. “Posso não ser capaz de andar ou correr... mas ainda consigo tocar guitarra e gritar”, disse Grohl. Enquanto era assistido por paramédicos no palco, o antigo baterista dos Nirvana explicou ao microfone o que se tinha passado e pediu desculpa pelo sucedido. “Acho que acabei de partir a perna. Vocês têm a minha palavra de que os Foo Fighters vão voltar para acabar o concerto, mas agora... vou para o hospital”. 

Actor britânico John Hurt luta contra cancroJohn Hurt, actor britânico de 75 anos, anunciou que está a lutar contra um cancro no pâncreas. “Estou a submeter-me ao tratamento e sinto-me mais do que optimista sobre um desenlace satisfatório, como também se sente a equipa médica”, indicou Hurt à agência local PA. Hurt participou em séries de televisão como “I, Claudius” (1976) e foi nomeado duas vezes para o Óscar, como actor secundário em 1978 por “Midnight Express”, e a melhor actor por “The Elephant Man”, em 1980.

Ruby “Rouba Corações” promove licor toscanoCom um vestido longo, uma taça nas mãos e uma praia paradisíaca ao fundo, a marroquina Karima El Mahroug, mais conhecida como Ruby “Rouba Corações” e por quase ter levado Silvio Berlusconi à cadeia por prostituição de menores, é agora a estrela do anúncio de um licor produzido na ilha toscana de Elba. Segundo a agência Ansa, nalgumas cidades italianas já se vêem cartazes com o slogan “Smania, licor de Elba - Não recomendado para menores de 18 anos”. Ruby, hoje com 22 anos, manteve relações sexuais com o ex-Primeiro-Ministro italiano quando era menor de idade, nas famosas festas “bunga-bunga” promovidas por Berlusconi.

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Quinta-feira, 18 de Junho de 2015 JTM | LAZER 19

Gente Gira Envie as suas fotos para: [email protected]

Dia para tirar fotografiasIr a uma loja tirar fotografias já não é como antigamente,

um processo penoso para a maioria dos pais e pouco confortável para os profissionais que corajosamente as

tiravam. Hoje em dia, as preocupações com o bem-estar das crianças fazem com que se tenha moldado um mundo novo em volta deste processo. Assim, não é de admirar que

a filha de Marcelino Sin tenha ficado deslumbrada com todo o cenário que a envolvia.

Entusiasmo pela água

Emilio Choi aproveitou o domingo de sol para ir à piscina com a esposa e a filha.

Emilio conta que tinham planeado deixar, pela primeira vez, a filha nadar sozinha.

O entusiasmo foi tanto que a filha tentou correr, sozinha, para a água.

Aproveitar todos os momentos

Márcia Castelo Branco aproveitou o dia entre amigos para desfrutar da piscina do Hard Rock. Márcia contou que está a tentar gozar todos os momentos em Macau, já que após 10 anos a viver no

território, irá regressar a Portugal. O GENTE GIRA deseja a melhor

das sortes nesta nova etapa prestes a iniciar-se.

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20 JTM | ÚLTIMA Quinta-feira, 18 de Junho de 2015 • Fecho da Edição • 00:00 horasFO

TO A

RQUI

VO

É uma vergonha para Macau não existir uma lei de associação sindical.

É uma vergonha que não é de hoje. Já era quando havia uma Administração portugue-sa (mesmo quando à frente do Executivo ha-via democratas com anteriores provas dadas); nos dias de hoje continua a ser uma vergonha. Todas as sociedades desenvolvidas têm legis-lações sobre associação sindical, ainda que se-jam diferentes quanto ao conteúdo e à prática.

A vergonha maior reside na Assembleia Legislativa, cujos deputados eleitos directa-mente, indirectamente e nomeados deveriam encontrar o “menor denominador comum” em vez de andarem ou a tergiversar com “as garantias” da legislação actual ou a não reco-nhecerem os contributos de deputados que desejariam apoiar a sua concretização.

Em busca de um objectivo, têm que se fa-zer algumas cedências...

ENPASSANTJosé Rocha Diniz

Procure-se “o menordenominador comum”

Ricardo Salgado acompanhou buscas em casa A Correio da ManhãTV captou imagem do ex-líder do BES a abrir a porta de casa a elementos da PJ e do Ministério Público. Depois do almoço, o antigo presidente do BES abriu pessoalmente a por-ta aos elementos da PJ e do MP. Elementos da Polícia Judiciária estavam ontem a efectuar buscas em vários pontos do país com o objectivo de arrestar bens a pessoas ligadas ao “Universo Espírito Santo”, disse à Lusa fonte ligada ao processo. A mesma fonte ex-plicou que as buscas, a realizar em casas e escritórios, decorriam em vários locais do país e pretendem arrestar bens no âmbito do processo judicial “Universo Espírito Santo”, que investiga crimes económicos e envolve a família que era dona do Banco Espírito Santo (BES). Segundo confirmou à Lusa a Procuradoria Geral da República, as “diligências incluem cinco buscas, bem com a con-cretização de arresto de bens”. O arresto visa impedir “dissipação de bens”, que ponha em causa pagamentos em caso de condenação. PA J está a arrestar, por exemplo, recheio de casas, barcos, carros, dinheiro, ouro e joias.

PS recua e protege chefe dos espiõesOs socialistas não querem que o registo de interesses de Júlio Pe-reira, nomeado em 2005 por José Sócrates, seja fiscalizado pelos deputados nem tornado público, revelou o DN. A proposta do PS, ontem apresentada pelo deputado Jorge Lacão, vem em parte ao encontro do que tinha sido reivindicado pelo chefe dos espiões, Júlio Pereira, num parecer enviado esta semana à AR em que este expressava o seu desagrado com a exposição pública do seu registo de interesses - no qual devem estar todas as atividades profissio-nais e cívicas - e pedia que este apenas fosse do conhecimento do primeiro-ministro, que o nomeia. O secretário-geral do SIRP invocava até motivos de “segurança” sua e da sua família para manter a reserva sobre essas informações. O PS está de acordo com o “dever de reserva e discrição fundamental no desempenho das funções” e pretende “eliminar” “uma inapropriada e despropositada equipa-ração do registo de interesses do secretário-geral do SIRP com os membros do CFSIRP que se encontram, pela natureza do seu mandato e das suas competências, sujeitos ao escrutínio parlamentar competente”.

Vítima de violação colectiva enfrenta ritual “purificador” com pedra de 10kg na cabeçaUma jovem de 23 anos, mãe de dois filhos, so-freu violações colectivas durante oito meses após ter sido sequestrada, no oeste da Índia, mas o seu calvário ainda não terminou. Segun-do a BBC, além de ter engravidado, viu a Justi-ça rejeitar um pedido para abortar e está a ser obrigada pela comunidade local a passar por “testes de purificação”, ritual que persiste na região, apesar da sua crueldade. Os pais aceita-ram-na de volta, mas temem que o bebé prestes a nascer, fruto da violação, afecte a imagem do resto da família. “Tenho mais dois filhos, ambos solteiros. Se ela tiver o bebé e ficar com ele, nin-guém irá casar-se com os meus filhos e o de 14 anos será expulso. A única saída é que ela passe pelo ‘chokha thavani viddhi’ (ritual de purifica-ção) e a decisão da comunidade será final”, ar-gumentou a mãe da jovem. Segundo um ancião da vila, o ritual é conduzido por um sacerdote específico, que faz várias perguntas à vítima de violação para “descobrir” se ela não está a mentir. Para isso, pega em sementes de cevada e pede-lhe para adivinhar se são em número par ou ímpar. Se o palpite falhar, o sacerdote assu-me como falsas as outras respostas e a jovem será obrigada a repetir o processo com uma pedra de 10 quilos na cabeça. Terá de manter a pedra equilibrada na cabeça até que o sacerdote esteja satisfeito e acredite que não está de facto a mentir. “Às vezes, a purificação demora me-ses, porque a pessoa está inicialmente a mentir, mas a Deusa sabe de tudo”, acrescentou o ido-so. O marido da vítima garante que vai apoiá--la. “Vou ficar com ela. Tenho dois filhos e não posso casar de novo”, afirmou.

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UIVOMês do Ramadão começa hoje

na maioria dos países árabesO mês sagrado do Ramadão terá hoje início oficialmente, anunciaram as autoridades religiosas de vários países muçulmanos do Médio Oriente após determinarem que o mês de Shaaban (o oitavo no calendário islâ-mico) findou na noite de ontem. Segundo a agência EFE, o “mufti” do Egipto, o xeque Shauqi Alam, máxima autoridade religiosa do país, ex-plicou que os especialistas não puderam observar a primeira faixa da lua crescente no céu na noite de terça-feira, que assim constituiu a véspera do início do Ramadão. Alam fez votos para que o novo mês “traga todo o bem e afaste a maldade do Egipto e dos países árabes e muçulmanos”. Países como a Arábia Saudita, Iémen, Síria, Qatar, Líbano e os territórios palestinianos também iniciam hoje o Ramadão, mês de grande importância e simbolismo para os muçulmanos, no qual os crentes se abstêm de comer, beber, fumar e manter relações sexuais desde o nascer até ao pôr do sol. Segundo a tradição islâmica, este foi o mês no qual o profeta Maomé começou a receber a revelação do livro sagrado, o Corão.

Microsoft cria drone contra mosquitos e para travar malária e dengueA Microsoft quer patrocinar ao criar um exército de drones para combater os mosquitos que disseminam doenças como a malária. A iniciativa ino-vadora concebida pela multinacional de software fundada por Bill Gates foi apresentada na TechFair, em Washington, na passada semana (depois de meses de planeamento e testes em Granada, nas Caraíbas), e tem como objectivo fazer de forma mais eficiente e menos dispendiosa a captura e análise dos mosquitos portadores, de modo a prevenir a infecção das populações e num futuro mais ou menos distante contribuir para a erradi-cação destas epidemias. Através do financiamento da Microsoft e com a colaboração da comunidade académica norte-americana, o “Projecto Premonição” deverá estar no terreno dentro de um prazo de cinco anos e segundo o seu coordenador, Ethan Jackson, irá salvar um número significativo de vidas. “O mosquito é o animal mais pe-rigoso do planeta, porque transporta muitos agentes patógenos, microrganismos capazes de provocar doenças. O objectivo é capturá-lo eficientemente, através de operações em grande escala e com um custo relativamente baixo”, revelou o investigador.