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Adolescência... Crises e Valores Adriana Samiles Barros da Silva Psicóloga- CRP17-1225

Adolescência

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Adolescência...Crises e Valores

Adriana Samiles Barros da Silva

Psicóloga- CRP17-1225

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“Nossos jovens atuais parecem amar o luxo. Têm maus modos e desprezam a autoridade. São irrespeitosos com os adultos e passam o tempo vagando nas praças, mexericando entre eles. São inclinados a contradizer seus pais, monopolizam a conversa quando estão em companhia de outras pessoas mais velhas, comem com voracidade e tiranizam seus mestres.”

( SÓCRATES, 2500 anos atrás)

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Com esta frase, precisamos repensar as freqüentes queixas dos nossos adolescentes atuais. Talvez os nossos adolescentes “atuais” não sejam tão diferentes sim dos da época Socrática.

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Adolescente: Do Latim adolescere, que significa alimentar. Este conceito denota uma necessidade de precisar descobrir o mundo. Outra origem do termo significa “Crescer com dor”.

Sabe-se que esta é uma fase de diferenciação, onde o garoto abandona o mundo lúdico e infantil e começa a adentrar no mundo do adulto.

(BAPTISTA-NETO; OSÓRIO, 2002)

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A origem da Hebeatria

Em 1904, Stanley Hall foi um dos primeiros a estudar a adolescência.

Este definia esta faixa etária como “Tempestade e Tormenta”.

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Evolução dos estudos da adolescência:

1942- Willian Greenlich: Cria método para avaliar o crescimento e o desenvolvimento na adolescência

1950- James Tanner: Elabora os critério de material sexual.

1951- Rosswell Galagner- Cria o primeiro programa de medicina do adolescente.

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Margaret Mead- Desenvolveu escritos sobre culturas sem ritos de passagem (Ilhas Samoa e Ilhas Trobiante).

Sobre este estudo, alguns dados importantes: Sexualidade: Vivida aos poucos, sem rupturas Responsabilidades: Trabalhavam na medida do

ganho de suas habilidades. Dominação/ Submissão- As meninas têm que

cuidar dos irmãos. O papel de mãe não é novo.

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Podemos compreender com esta pesquisa, que os ritos de passagem, etapas, regras, idades preestabelecidas como existentes em nossa sociedade são fatores ansiogênicos.

Em seus estudos, com o dia a dia das tribos, onde o jovem vai assimilando a cada dia novas tarefas, dentro do seu ritmo,sem cobranças ou etapas, esta transição acontece de uma forma muito mais integrada e tranqüila.

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Adolescência x transição

E na nossa cultura, quais são os ritos de “passagem” existentes?

Podemos entender o fim do ensino médio como uma “passagem”?

Quais as implicações deste processo para os seus alunos?

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A puberdade

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A puberdade

A puberdade pode ser definida como um período no desenvolvimento sexual de homens e mulheres, caracterizado pela capacidade de procriação (maturação sexual). As transformações da puberdade ocorrem durante a adolescência. Logo, a puberdade é uma fase da adolescência em que ocorre o aparecimento de características sexuais secundárias.

A puberdade não tem uma idade exata para aparecer, pois depende de pessoa para pessoa. Porém, em grande parte dos adolescentes, ela aparece entre 10 e 13 anos (entre as meninas) e 12 e 14 (no caso dos meninos).

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A Adolescência

Estatuto da Criança e do Adolescente: Define o adolescente como alguém com idade entre12 e 18 anos, idade na qual ele já é considerado adulto, e com plena responsabilidade pelos seus atos.

Organização Mundial de Saúde: Período compreendido dos 10 aos 21 anos, dividido em duas etapas: 10 aos 16 anos: Despedida do mundo infantil; 16 aos 21 anos: Entrada no universo adulto.

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A adolescência

Atualmente, esta etapa está começando cada vez mais cedo, aos 9 ou 10 anos de idade (caracterizando uma adolescência precoce) e, em alguns casos estende-se até os 25 anos de idade (adolescência tardia), que é, na média brasileira, a idade em que os jovens conseguem a total independência dos pais, marco fundamental para se considerar o fim da adolescência.

(BAPTISTA-NETO; OSÓRIO, 2002)

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Que mudanças biológicas acontecem? Durante a puberdade, as mudanças no corpo se

tornam evidentes, e com isto uma série de questões psicológicas também estão envolvidas.

O Adolescente por si só já é preocupado com o corpo e frágil com a opinião de seus pares. As mudanças corporais costuma trazer também angústias, principalmente se elas chegarem cedo ou tarde demais.

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O Sono

Durante os 16-17 anos, o ser humano tem uma maior necessidade de sono, pois nesta idade ocorre a “fase do estirão”

A necessidade média de sono, é de 12 a 14 horas, pois somente no estágio mais profundo do sono que o nosso organismo produz o GH (hormônio do crescimento).

Talvez por isso, que muitos deles costumam chegar em sala de aula cansados, com sono, cochilando...

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A alimentação

Todo mundo conhece o apetite dos adolescentes. São capazes de comer dois sanduíches e ainda pedir uma sobremesa.

Isto ocorre porque durante esta fase, necessita-se de mais nutrientes, onde geralmente um rapaz aos 16 anos necessita de ingerir em média 3470kcal/dia.

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Outras mudanças

Já deu para perceber que o adolescente é por si só desastrado. Desacostumado com o seu próprio corpo e novos tamanhos, perde a noção de espaço físico e distancias.

Também são comuns desmaios, tonturas, enjôos, tudo ocasionado pelos novos hormônios que passam a circular no organismo.

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Mudanças Psíquicas

As mudanças corporais, dão origem a fase do patinho feio, na qual ocorrem os graves problemas de aceitação de si. O garoto deve separar-se da até então forte influencia dos pais, para em primeiro lugar se aceitar e depois conseguir ser aceito pelo seu grupo social- esse é notoriamente um dos maiores desafios da adolescência.

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A adolescência é uma fase diferente. O jovem passa por um processo biopsíquico de assimilação.

Na nossa sociedade a pressão além de interna (mudanças) é também externa (pressão para os ritos).

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Durante a adolescência, acontece a aquisição da capacidade de abstração:Capacidade de pensar e lembrar, o que era

primário e imediatista na infância, vai se tornando mais elaborado.

Piaget criou o conceito da chamada “masturbação mental” que seria o simples fato do treinar esta abstração.

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Piaget (1990)- Adolescência é a entrada da fase operatório formal na qual este desenvolve de forma mais apurada sua capacidade de pensar de maneira abstrata. É quando ocorrem os devaneios, os sonhos, os apegos a ideais inatingíveis, etc.

Tudo para o adolescente é exagerado, seus problemas são únicos e insolúveis e geralmente incompreendidos pelos adultos. Costumam ser dramáticos e sensíveis, onde uma simples bronca ou um não podem ser considerados o verdadeiro “fim do mundo”

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Para Aberastury (1971) o adolescente deve saber lidar com três perdas: A perda do corpo infantil; A perda da identidade infantil; A perda dos pais idealizados na infância.

Para a autora, esta é a maior perda de todas as citadas. O adolescente deixa de ver os pais como heróis e passam a perceber suas falhas e defeitos, frustrando-se assim com essa nova imagem.

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O adolescente caracteriza-se também por ser fecundo e receptivo à prevenção,mudanças, estímulo ao auto-conhecimento e auxilio no seu processo de individuação, maturação e inserção social, especialmente os adolescentes carentes, cujo acesso à informação é precário e ocasional, além do processo de ensino não contribuir para o seu processo pleno de socialização.

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Adolescência e a mídia

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Adolescência e a mídia

Estudos de 1995 mostram que um adolescente passava em média 22hs por semana em frente a televisão.

Se somados o computador e os dvd´s, este período é superior a 55hs.

Vale salientar que à 16 anos atrás, a internet e as tv´s por assinatura não eram tão difundidas como atualmente, portanto, devemos considerar que este número cresceu bastante.

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Adolescência e a mídia

Os Jovens naturalmente estão em busca de uma identidade, se tornando mais vulnerável a esta influência.

Nesta fase, eles “precisam” se desvincular dos pais, e buscam outros modelos a seguir.

Deve-se considerar que isto é uma via de mão dupla, onde seu referencial pode ser por algo positivo, ou nem tanto. Por exemplo, se um jovem é agressivo, e se identifica com estes programas, é provável que esta característica se acentue.

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O século da adolescência: Os jovens de hoje querem abandonar a adolescência?

Como já citado anteriormente, a adolescência finda a partir do momento em que o jovem se desvincula dos pais, exercendo a sua autonomia.

Porém, cada vez mais os jovens se mantém na casa dos pais, seja por dificuldades na inserção no mercado de trabalho, seja por comodidade, ou até mesmo escolha.

A independência deixou de ser um valor, para tornar-se algo desnecessário. O importante hoje é preparar-se para o mercado, seja o mercado de trabalho, ou o mercado afetivo.

Hoje os adolescentes tem uma imensa dificuldade em abandonar os mundo do prazer e entrar no mundo das responsabilidades.

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Diante de tantos conflitos, qual o papel do educador do

Adolescente?

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Missão Impossível...

Este poderia ser o título do filme dedicado a educação de adolescentes.

Porém, diante de todos a problemática existente, encontramos alguns educadores que destacam-se no seu papel.

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E o que estes professores tem de diferente? São frequente os comentários de que estes

professores conseguem envolver o grupo promovendo aulas interessantes, pautadas dentro da realidade destes alunos.

Um conteúdo contextualizado é melhor visualizado pelos alunos, e estes conseguem compreender melhor o seu papel.

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A paixão por formar...

Todos os professores entrevistados pela pesquisa, relataram que tem com diferencial o Amor pela sua profissão, vendo em cada aluno uma pedra bruta, que precisa ser lapidada.