ADORAÇÃO - Estudo Bíblico

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    ADORAÇÃOTexto base: Atos 2.42 – 47

    42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir dopão e nas orações.

    43 Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos porintermédio dos apóstolos.44 Todos os que creram estavam untos e tinham tudo em comum.45 !endiam as suas propriedades e "ens, distri"uindo o produto entretodos, # medida que alguém tinha necessidade.46 $iariamente perseveravam un%nimes no templo, partiam pão de casaem casa e tomavam as suas refeições com alegria e singele&a de coração,47 louvando a $eus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquantoisso, acrescentava'lhes o (enhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.)

    INTRODUÇÃO

    * descrição apresentada por +ucas neste teto é a da vida da -grearimitiva cheia do Espírito (anto.

    /onquanto entendamos que nenhuma igrea militante é perfeita, nema -grea rimitiva e é possível o"servar nas epístolas, o teto de *tos queest0 sendo considerado mostra um equilí"rio nas atividades da -grea. 12ev. 3ernandes $ias +opes o"serva o conteto da seguinte forma4 5* igrea

    de 6erusalém conugava doutrina e vida, credo e conduta, palavra e poder,qualidade e quantidade.78

    1 equilí"rio o"servado no proceder da -grea rimitiva permitiu ogrande crescimento registrado em *tos, e no verso 98, a narrativa lucanadenota o comprometimento da igrea nascente com os ensinos rece"idos4 E

     perseveravam na doutrina dos apóstolos. :v.98a

     Tendo como evidente o compromisso com os ensinos apostólicos, poisa -grea de 6erusalém era uma “igreja ceia do Esp!rito " comprometida com

    a #delidade $ %alavra de &eus' (

     :8.98. +opes ao tratar este teto comenta4

    A igreja de Jerusalém nasceu sob a égide da verdade. A igreja começou como derramamento do Espírito, a pregação cristocêntrica e a permanência dosnovos crentes na doutrina dos apóstolos. A doutrina dos apóstolos é o

    ) *lmeida 2evista e *tuali&ada no * ação do Espírito (anto na vida da igrea.(ão aulo4 3agnos, 8?)8. pp. @A.

    B )bidem. pp. @@

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    inspirado ensino pregado oralmente naquele tempo, e agora preservado no ovo !estamento."

    (e, vamos tratar de adoração, precisamos nos im"uir do mesmoespírito dos discípulos com respeito #s Escrituras e com respeito aos ensinos

    que estes rece"eram de 6esus :Cateus 8D.)D'8D; +ucas 89.99,9A; ) /oríntios)).8B; )A.B. ão h0 outro par%metro, pois tudo o que é relacionado a $eus,como a forma de nos relacionarmos com Ele, é esta"elecida pelo próprio$eus, e a adoração est0 incluída nesta idéia.

    F necess0rio este esclarecimento, antes de prosseguirmos, pois hoeh0 uma pr0tica estranha #s Escrituras de que tudo o que se relaciona a$eus e principalmente ao Espírito (anto, tem que ser esquisito e o lugaronde se vG isso de forma mais nítida é no culto. 30 uma forte tendGncia dese privilegiar a ignor%ncia, e o estudo e o conhecimento de teologia, de

    história da igrea, de patrística é algo desprovido de espiritualidade, e comoapós o advento de /risto, o culto a $eus não tem mais o cerimonialismo do*ntigo Testamento e sim, como disse 6esus no episódio do encontro com amulher samaritana, chegou a hora em que $eus deve ser adorado em5espírito e em verdade7 :6oão 9.8B, muitos ulgam que eiste umali"erdade nas manifestações cHlticas, em"utidas nestas palavras do (enhor

     6esus, que não encontra correspondGncia "í"lica. 1 culto a $eus, sea no*ntigo, sea no ovo Testamento, sempre foi normati&ado por $eus. $eus sópode ser adorado na forma prescrita por Ele.

    Entretanto, a forma contempor%nea de se a"ordar a adoração precisaolhar para o passado, para aprender com os pais apostólicos, os pais daigrea, os pais reformadores e os pais puritanos, a forma de cultuarmos a$eus. 30 de sempre "uscar o retorno as (agradas Escrituras.

    1 +ivro de *tos nos condu&, a energar que a -grea de 6erusalém, erauma igrea que aprendia e que não havia nenhum conIito entre o estudodas Escrituras e a espiritualidade, haa vista o fato das manifestaçõesetraordin0rias que ocorria no meio da igrea primitiva.

    (tott comentando o relato de +ucas, o"serva4

    #emos que esses novos convertidos não estavam se deliciando com umae$periência mística que os levasse a rejeitar a própria mente ou a teologia. %anti&intelectualismo e a plenitude do Espírito são mutuamente incompatíveis,

     pois o Espírito 'anto é o Espírito da verdade. Esses primeiros discípulostambém não pensavam que, devido ao (ato de terem recebido o Espírito, esseera o )nico pro(essor de que precisavam, podendo dispensar os mestres*umanos. +elo contrrio, eles se assentavam aos pés dos apóstolos, ansiosos

     por receberem instruç-es, e nisso perseveravam.

    9 )bidem.

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    $o que analisamos, entendemos que, se vamos tratar, de adoração, ocaminho "í"lico é o Hnico indicado e seguro para trilharmos e neste sentido,vamos analisar o signiJcado da palavra adoração, um pouco do cultovéterotestament0rio, o culto neotestament0rio, o resgate do culto na2eforma rotestante, o culto nos (ím"olos de Ké e, Jnalmente, o culto no

    am"iente pres"iteriano, dentro de uma cosmovisão calvinista.

    1 – A RELIGIÃO INATA

    1.1 O homem como ser religioso;

    5udéssemos imaginar os homens vindos ao mundo no pleno eercícioda ra&ão e uí&o, seu primeiro ato de sacrifício espiritual seria o de ação degraças.7@

    1 $r. 3ermisten ao tratar da adoração em sua o"ra 5rincípios

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    1 $r. 3ermisten cita a o"servação do grande etnólogo

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    uma disposição natural e inata, ou sea, não apenas a criação contém erevela conhecimento do $eus /riador, mas o próprio homem 0 nasce com oconhecimento daquele que o fe&. * segunda rece"e a nome de sememreligiones que é o deseo de religião que eiste dentro de todo o homemfa&endo com que este cultue e que crie am"iente por meio de cerimSnias,

    propício ao culto, pois é impulsionado internamente pelo sensus divinitatis.

    2 – O QUE É ADORAÇÃO?

    1 $icion0rio 3ouaiss tra& como deJnição que adorar é prestar culto)8.

    1 2ev. 2o"ert 2aU"urn di& que adoração é Va atividade da nova vida deum crente na qual, reconhecendo a plenitude da $ivindade como reveladana pessoa de 6esus /risto e seus poderosos atos redentores, "usca pelopoder do Espírito (anto prestar ao $eus vivo a glória, honra e su"missão

    que lhe é devidaV)B

    2.1 A adoração na Bíblia

    o ovo Testamento eistem mais de cinco mil termos relacionados aoculto e dentre esses termos, se destaca a palavra 5adorar7 que é traduçãodo grego 5 pros1uneo' , que untamente com as suas cognatas, aparecem ADve&es. 1riginalmente signiJcava 5"eiar7, mais precisamente 5"eiar a mão7,que tem o sentido do reconhecimento de superioridade daquele que tem amão "eiada e de su"missão daquele que "eia. 5Entre os gregos, o ver"o é

    um termo técnico para adoração dos deuses, com o signiJcado de WcairdianteX, Wprostrar'seX, Wadorar de oelhosX. F prov0vel que veio a ter estesigniJcado porque, a Jm de "eiar a terra :i.e, a deidade da terra ou aimagem do deus, era necess0rio lançar'se em terra.7)9

    1 termo  pros1uneo  é o voc0"ulo escolhido pelos tradutores da(eptuaginta para tradu&ir o termo YZ [\ ]Ẑ _̀bỲו   :veisatau que signiJcaliteralmente 5curvar'se7, indicando qual era a posição correta daquele quese aproimava da divindade no intuito de ador0'la. :n 8L.8M; E B8.D; $t8M.8@; 6& 8.)8; (l 88.8M; 8 /r L.B; 8M.8M; -s 9M.L; 6r ).)@

    2.2 A adoração no Antigo Testamento;

    )8 31O*-(( E+ET2-/1. !ersão B.?. 2io de 6aneiro4 1"etiva, 8??M.

    )B $isponível em http4PPQQQ.cristaoreformado.comP8?))P)?Padoracao'em'espirito'e'em'verdade'o.html. *cesso em4 )) 6an. 8?)@.

    )9

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    1 oferecimento de ofertas por parte dos irmãos /aim e *"el é primeiroregistro de culto. oderíamos di&er que é a inauguração da adoraçãoprimitiva e tam"ém o fato que evidencia a tensão que vai permear oconvívio da semente prometida com a semente da serpente :n B.)A.

    1"servando o verso n 9.B onde em na versão *lmeida 2evista e*tuali&ada temos a epressão 5ue no #m de uns tempos7 e essa epressãono he"raico pode referir'se ao Jm de uma temporada de dias, então, muitoprovavelmente, referia'se ao decurso da semana, mais precisamente aosabt, ao s0"ado. 1 registro no teto nos d0 a impressão de que nos0"ado, *dão e sua família ofereciam o"lações a $eus como o"etivamentefoi instituído4 $eus mata animais para que deles se etraiam suas pelespara co"rir a nude& de *dão e Eva :n B.8). Om culto, a princípio, simplesem sua origem e que aparentemente se constituía de duas partes4 ) . *çãode raças a $eus reconhecendo a $eus como /riador e gratidão pela

    providente a"und%ncia. 8. 3acri!cio particular , que fa& referGncia a ustiça e# santidade de $eus. -sso deveria levar o homem a uma profunda convicçãodo próprio pecado e condu&i'lo a ter fé no +i"ertador prometido.)A

    Esta forma de culto onde os próprios sacriJcantes oferecem osacrifício, constitui os primórdios da adoração e vai durar até oesta"elecimento do Ta"ern0culo, o que acontece na seqGncia da li"ertaçãodo povo he"reu do Egito. este am"iente da caminhada do povo pelodeserto onde a +ei do (enhor é entregue a Coisés a Jm de proclam0'la

     untamente com os seus estatutos, muda com relação ao aspecto

    sacerdotal, que sofre uma transição, onde não apenas os patriarcas, ou sea,o pai de família que invoca a $eus, que constrói altares, que oferecesacrifícios :n D.8?; )8.L; [email protected]; BA.); )L.)A, mas com a instituição doofício sacerdotal ordenado a Gnfase passa para a adoração coletiva,mantendo'se, ainda, alguns aspectos do culto familiar patriarcal. *cele"ração em casa, pelo patriarca da família, da 0scoa, mesmo após aconstrução do Templo é um eemplo da continuidade do culto familiar.

    2.2.1 A adoração coletiva

    * manifestação revelacional de $eus que antes se dava por meiode famílias, a partir da li"ertação do povo he"reu do Egito começa a tomarcontornos de uma manifestação revelacional por meio de uma nação. *partir da +ei Cosaica, o povo he"reu começa a se tornar a nação de -srael,com suas leis próprias que passariam a condu&ir o povo de $eus dentro da

    )A 1 teto de 3e"reus )).9 amplia a questão do culto e do sacrifícioapontando para aquele sacrifício que era superior a qualquer outro tipo desacrifício :a melhor tradução do grego 5 pleiona'  não é ecelente, mas5muito7 ou 5maior7 epressando superioridade, ou sea, não tinha que ser

    apenas um sacrifício cruento, mas a vítima a ser apresentada, precisaria sero primogGnito.

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    (ua vontade. or isso, com a progressão de povo para nação, a adoraçãoetrapola os círculos familiares para um conteto nacional. 1 $eus de*"raão, o $eus de -saque e o $eus de 6acó, que agora rece"eu o nome de-srael :n B8.8@'8D, não é mais apenas o $eus destas respectivas famíliasdescendentes, mas o $eus de uma nação : B8.8A'8L; 6s D.B?; )?.9?; 6&

    A.B.

    * transição da adoração particular para a adoração coletiva no Ta"ern0culo e mais tarde no Templo é permeada de sim"olismo e de umaliturgia etremamente ela"orada :+v ).A?,A); m D; M; ) /r 8M.8?'88.*penas os levitas podiam ser sacerdotes. Em"ora nem todos os levitasfossem sacerdotes, necessariamente todos os sacerdotes tinham que serlevitas. 1 ministério levítico se etinguiu com o advento de 6esus /risto, masprecisamente no momento da sua morte o véu se rasga, mas traços ouprincípios deste ministério continuam patentes no serviço cristão.

    2.2.2 As sinagogas

    ão se sa"e ao certo como surgiram as sinagogas.

    Estudiosos do povo he"reu crGem que o surgimento das sinagogasremonta o período do eílio "a"ilSnico, onde o povo udeu que havia perdidoo Templo, que era o seu centro religioso, destruído no Hltimo cerco"a"ilSnico em AD@ a. /.

    (em a referGncia religiosa, o povo udeu se encontroudesorientado, pois precisava preservar a religião he"réia ao mesmo tempoem que eram pressionados pelas autoridades civis e religiosas dos"a"ilSnicos, que o"rigavam a adoração # imagem da religião do povodominante.

    1 fenSmeno das sinagogas, possivelmente criadas por fariseus)@,so"reviveu até mesmo o retorno do cativeiro e a reconstrução do Templo em

     6erusalém. 3avia cele"rações aos s0"ados e nas festas udaicas.)L ão havia

    mHsica instrumental nas sinagogas e nem sacrifícios, uma ve& que estasfunções são restritas aos levitas.)D

    )@ 5Kormavam um partido religioso, no udaísmo, que se aplicava a estudarprofundamente a lei mosaica e as tradições dos antepassados, epropugnava a mais rigorosa o"serv%ncia da sua interpretação da lei,principalmente em matéria de s0"ado, pure&a ritual e dí&imas.7 $-/-12-1E/-/+1F$-/1 $*

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    2.3 Adoração no Novo Testamento

    1 2ev. 1né&io Kigueiredo em sua apostila 51 /ulto7, o"serva umatransição do culto prestado nas sinagogas para o culto primitivo cristão4 5o

    mundo gentílico a -grea apoiou'se, inicialmente, nas sinagogas, herdandodelas as tradições litHrgicas, adaptadas e desenvolvidas, segundo a fé cristãe a nova eclesiologia.7)M

    ão vemos formas rígidas de liturgia que regravam o culto entre osprimeiros cristãos.

    $epois de passar pelos escritos do *ntigo Testamento onde temos umculto etremamente ela"orado, nos deparamos com um cultoevidentemente simples. 5*pós a leitura do *ntigo Testamento, estranhamos

    o fato de não desco"rirmos no ovo Testamento regras eplícitas para nosinformar que tipo de culto $eus quer.78?

    *inda que o culto neotestament0rio sea despoado das rígidas normasque norteava o culto véterotestament0rio, não podemos desconsiderar aeistGncia de coneões entre eles, pois aJnal, o $eus é o mesmo. *inda quea transitoriedade dos elementos do antigo encontre a sua consumação em/risto, os princípios permanecem.

    1 /ristianismo é continuação do 6udaísmo verdadeiro e não uma

    religião estanque que surgiu como uma seita no meio dos udeus comomuitas outras com orientações distintas de cerimSnias religiosas. * formade cultuar utili&ado pela igrea primitiva ainda é assunto de estudospromovidos por aqueles que "uscam detalhes dos aspectos primitivos deadoração cristã, contudo, 5hoe é assunto aceito de modo pacíJco que oculto cristão encontrou o seu protótipo na sinagoga e, possivelmente :aqui apalavra possivelmente é relevante, nas comunidades religiosas como a deWumran8)X, por eemplo.788

    )D E(T**, lvaro /ésar. (EC2E CE E2OT*C > 2espostas (ólidas a

    uestões Teológicas $ifíceis. (ão aulo4 *rte Editorial, 8??L. pp B9?. /omo oculto neotestament0rio na igrea primitiva é reIeo do culto nas sinagogas,não encontraremos nestes cultos os instrumentos musicais, uma ve& quenão temos mais os sacrifícios e os instrumentos eram usados durante asreali&ações dos sacrifícios.

    )M K-OE-2E$1, 1ne&io. 1 /O+T1 :apostila. $isponível emhttp4PPQQQ.monergismo.comP tetosP adoracaoPojculto.pdf. *cesso em4 )9Kev. 8?)@.

    8? (3E$$, 2ussel . *$12*k1

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    *nalisando o fenSmeno religioso cristão no período da igrea primitivapelo viés histórico é possível classiJcar como natural que os udeus cristãostomassem como modelo de adoração o mesmo praticado na sinagoga.(o"re isso, escreve o $r. 3ermisten4

    A sinagoga dispun*a de grande in(luência na vida religiosa dos judeus j queela se constituía na vida religiosa dos judeus j que ela se constituía no centroda vida religiosa e cultural, do mesmo modo que o templo de Jerusalém era ocentro da vida nacional. os dias de Jesus, a sinagoga permanecia como umainstituição de grande poder conservador, sendo o centro catalisador da vidareligiosa e social dos judeus.=>

    3. O CULTO CRISTÃO

    $istorções na Gnfase de tra"alho nas igreas tGm causado alguns

    atropelos como é o caso de transformar a evangeli&ação na prioridadeHltima, quando na verdade a prioridade Hltima é a adoração. uando /ristovoltar, a evangeli&ação vai cessar, mas a adoração é permanente.

    5* evangeli&ação, mesmo com toda a sua import%ncia, não é a maiorresponsa"ilidade da igrea. a verdade, a evangeli&ação é um meio para seatingir um Jm. Ela é o meio designado por $eus para que pessoas seamtransformadas de Jlhas do dia"o a Jlhas de $eus e adoradoras do ai.789

    1 apóstolo aulo escrevendo a igrea de Ffeso, di&4

    3 ?endito o 5eus e +ai de nosso 'en*or Jesus 8risto, que nos tem abençoadocom toda sorte de bênção espiritual nas regi-es celestiais em 8risto, 4 assimcomo nos escol*eu, nele, antes da (undação do mundo, para sermos santos e

    8) Qumr!, 5irbet 6umran, 5ruína da mancha cin&enta7, é um sítioarqueológico locali&ado em -srael, na /isordania, a uma milha da margemnoroeste do Car Corto, a )8 Rm de 6ericó e a cerca de 8? quilSmetros aleste de 6erusalém, em -srael. umran tornou'se céle"re em )M9L com adesco"erta de manuscritos antigos que Jcaram conhecidos como osCanuscritos do Car Corto. $isponível em4

    https4PPpt.QiRipedia.orgPQiRiPumran. *cesso em4 )8P?8P8?)@. !er tam"ém4!*O, 2oland de. -(T-TO-kE( $E -(2*E+ 1 *T-1 TE(T*CET1.Editora Teológica4 (ão aulo, 8??B.

    88 /1(T*, 3ermisten C. . rincípios

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    irrepreensíveis perante ele7 e em amor 5 nos predestinou para ele, para aadoção de (il*os, por meio de Jesus 8risto, segundo o beneplcito de suavontade, 6 para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeugratuitamente no Amado. @E(ésios &B 

    1 apóstolo edro, na mesma direção, consolando e confortando os

    crentes da sia Cenor escreve em sua primeira carta4 5!ós, porém, soisraça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade eclusiva de$eus, a Jm de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou dastrevas para a sua maravilhosa lu&;7 :) edro 8.M

    Koi para louvar a glória da graça de $eus que Ele providenciou pormeio da eleição um povo de propriedade eclusiva de $eus, que se reHnecomo povo dEle e que reunido, presta culto proclamando as virtudes deste$eus.

    * primeira pergunta do

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    cHlticos, fa&endo uso de artifícios mundanos como estratégias para alcançaros perdidos da nossa época.

    3.1 A Litrgia

    alta a nós cultura lit8rgica, ue )srael tina de sobra. A )greja ue n0oesuece o camino por onde passou, saber9, com certea, onde est9 e paraonde vai.2;

    * palavra liturgia é unção de duas outras no grego que numa traduçãoinstrumental tem o signiJcado prim0rio de 5serviço pH"lico7 não tinhaeatamente um signiJcado religioso e por isso, na antiguidade seu usonesse sentido era pouco. /ontudo, no ovo Testamento o signiJcado deliturgia estava relacionado ao 5serviço sagrado7. * epressão leitourgia  e

    seus cognatos aparecem cerca de )A ve&es, tendo uma ligação direta ouindireta com o serviço religioso.8L

    2esumindo, a epressão liturgia tem trGs signiJcados especiais noovo Testamento, a sa"er8D4

    a (erviço de um ser humano aos outros :2m )A.8L; 8 /o M.)8; Kp8.)L,B?;

    " (erviço especiJcamente religioso :+c ).8B; *t )B.8; 3" D.8,@;c *quele que est0 a serviço do seu (enhor :2m )B.@; )A.)@.

    3odiernamente a epressão 5liturgia7 é entendida como o 5programa7ou a 5ordem7 do culto, geralmente anotada no Jnal do

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    religioso é liturgia. Cogo culto é liturgiaD 5este modo, não devemos (alar,como acontece com tanta (req9ência, de /liturgia do culto2, pois isso é ume$ercício tautológico obviamente desnecessrio e, pior, empobrecedor dosigni(icado do culto.=

    Esse serviço pH"lico que prestamos a $eus liturgicamente precisa ser

    encarado so" a perspectiva de privilégio. (ó podemos cultuar a $eus sepertencermos ao povo dEle.

    4. A RE+OR,A -ROTESTANTE E O CULTO

    !.1 "esvios na #gre$a %edieval 

    uando a igrea cristã ganha a li"erdade para cultuar, primeiro em

    /onstantino por meio de Edito de Cilão :B)B *.$B? e Jnalmente oJciali&adaem Teodósio - por meio do Edito de TessalSnica :BD? *.$, o"teve vantagensque lhe permitiu a li"erdade de culto, mas por outro lado descortinou'se umoutro perigo, pois não foi só a religião cristã que se tornou livre, masqualquer tipo de culto e como as concessões se "aseavam em toler%ncia, damesma forma que o Estado e as outras religiões precisavam tolerar ocristianismo, o cristianismo, por sua ve&, tam"ém precisava tolerar asoutras persuasões religiosas.

     Temos a partir destes fatos, uma grande mistura na pr0tica religiosa e

    o próprio cristianismo, tido até então, como uma religião eclusivista, poisse admitia apenas o culto a $eus por intermédio de 6esus Jcou eposto amuitas pr0ticas pagãs que foram incorporadas ao credo e a pr0tica cHlticada igrea cristã.

    1"servem alguns eemplos de acréscimos que J&eram a -grea /ristãse desviar dos caminhos "í"licosB)4

    A!( 31 / $entre as mais antigas tradições humanas criadas pela -/*2, seencontram a ora

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    A!( 375 / !eneração aos anos e santos falecidos.A!( 34 / -nício da cele"ração da Cissa.A!( 431 / *doração a Caria, mãe de 6esus, com a invenção do termo 5Cãede $eus7, conforme o /oncílio de Ffeso.A!( 5 / *doção das vestes especiais para os sacerdotes.

    A!( 526 / *doção do rito chamado “Extrema =n

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    A!( 1 / 1 ros0rio :separação de contas foi instituído por edro, oEremita. Ele copiou tal costume dos hinduístas e muçulmanos, sendo maisuma pr0tica pagã, com a repetição de palavras, condenada por /risto,conforme Cateus @4)'A.A!( 1194 / -nício da -nquisição contra os hereges, pelo /oncílio de !erona.

     6esus nunca ensinou que os dissidentes de (uas doutrinas fossemperseguidos.A!( 11 / /omeça a venda de indulgGncias, como forma de apagar ospecados, incentivando, assim, a legalidade dos mesmos.O*r( / * ndice dos livros proibidos.A!( 1297 / Koi inventado o escapul9rio por (imão (tocR, um monge"rit%nico. Trata'se de um pedacinho de tecido marrom, com a imagem da(enhora dos católicos, levando o usu0rio # crença :anti"í"lica de que quem

    usar este escapul9rio em contato com a pele, Jcar0 protegido de todo o male ainda ser0 retirado do purgatório :pois crGem que o usu0rio desteo"eto amais ir0 para o inferno, no primeiro s0"ado, após sua morte.A!( 1414 / o /oncílio de /onstança, foi proi"ido aos leigos o vinho5consagrado7 na Cissa, Jcando a comunhão restrita ao pão e o vinhopermitido somente ao cele"rante.A!( 143 / * doutrina do urgatório é transformada em dogma :como tudoque rende lucro # -/*2, no /oncílio de Klorença.A!( 159 / (urge a oração da *ve'Caria e A? anos mais tarde éoJcialmente aprovada pelo apa (ito !, no Jnal do (éculo )@.

    A!( 1545 / 1 /oncílio de Tento é convocado para fa&er a /ontra'2eforma,declarando que a tradi

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    A!( 156 / 1 credo do papa io -!B8 é imposto, )A@? anos após o credo dosapóstolos.

    A!( 1934 / io - cria o $ogma da )maculada -oncei

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    3orton $avies fa& uma elucidativa eposição so"re a posição calvinistae a luterana di&endo que a4

    di(erença entre os ritos luteranos e calvinistas é o da cosmovisão c)ltica.Enquanto o culto luterano é composto de dois elementos, o movimento

    descendente de 5eus em direção ao *omem e o movimento ascendente do*omem até 5eus @estes sendo apro$imadamente iguais em proporçãoB, oculto calvinista é majoritativamente um movimento descendente. 'e o

     pensamento em primeiro lugar na mente de Cutero era a gratidão, o pensamento dominante para 8alvino é que no culto o *omem deveriaobedecer 1 ?íblia, pois 1 parte desta obediência ele não poderia o(erecer umaaceitvel adoração a 5eus. A idéia (undamental do culto luterano eragratidão7 a de 8alvino era obediência. Ainda que e$istam elementos, tantonas oraç-es como nos louvores do culto calvinista que representem estemovimento ascendente, o senso que prevalece é uma reverente *umil*ação

     perante o 5eus vivo. 6sto é e$empli(icado pela (alta de uma especi(ica oraçãode adoração no serviço calvinista.>>

    E aindaF

    A di(erença real entre a re(orma luterana e calvinista no culto pode ser disposta como o seguinteF Cutero (icaria com o que não era especi(icamentecondenado nas Escrituras enquanto 8alvino iria (icar apenas como o que eraordenado por 5eus nas Escrituras. Este era o seu (undamental desacordo. 6stoé de vital importGncia na *istoria do culto +uritano, desde que os +uritanosaceitavam o critério 8alvinista, enquanto que seus oponentes, os Anglicanos,aceitavam o critério Cuterano.>"

    F f0cil perce"er que homens dotados com a visão "í"lica de adoração,não admitiriam que as inserções heréticas e "lasfemas dos romanistas se

    J&essem presente no meio deles. unca é demais lem"rar que quempromoveu a 2eforma, foram os próprios católicos. +utero era um mongeagostiniano. *ntes de *gostinho, 6ohn 3uss :)B@M > )9)A, foi queimado vivocomo herege porque sustentava as verdades "í"licas e pregava contra asindulgGncias. *ntes de 6ohn 3uss, 6ohn NUcli :)B8D > )BD9, teólogocatólico pregava so"re a incompati"ilidade da fé com as rique&as da -grea,queria o retorno da igrea aos princípios da -grea rimitiva, discordava dopoder temporal do papa e dos cardeais. NUcli ensinava que o Estadodeveria tomar as propriedades da igrea e se encarregar diretamente dosustento do clero. (o"re a doutrina da infali"ilidade papal. /itou ele em sua

    o"ra &a 3u#cincia da ei de -risto4 V* verdadeira autoridade emana da

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    ara os pré'reformadores como para os reformadores, nada pode fa&eroposição a

    * /onJssão de Ké de Nestminster ao tratar do culto religioso e dodomingo declara4

    B@ /*C1(, 3e"er /arlos. * 2elev%ncia dos /redos e /onJssões. Kides2eformata. (ão aulo, --, ), )MML.

    BL )bidem.

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    A lu; da nature;a mostra que * um 5eus que tem domínio e soberania sobretudo, que é bom e (a; bem a todos, e que, portanto, deve ser temido, amado,louvado, invocado, crido e servido de todo o coração, de toda a alma e detoda a (orça7 mas o modo aceitvel de adorar o verdadeiro 5eus é instituído

     por ele mesmo e tão limitado pela sua vontade revelada, que não deve ser adorado segundo as imaginaç-es e invenç-es dos *omens ou sugest-es de

    'atans nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modonão prescrito nas 'antas Escrituras.>3

    3odge comentado este capítulo da /onJssão de Ké de Nestminster,orienta nos mostrando o que esta proposição da /KN ensinaBM4

    ). ue a o"rigação de se prestar supremo culto e devotado serviço a$eus é um ditame da nature&a e uma doutrina da revelação.

    8. ue $eus, em sua alavra, nos prescreveu o modo de cultu0'loaceitavelmente; e que se nos constitui uma ofensa dirigida a ele, e mesmograve pecado, negligenciar cultu0'lo e servi'lo da forma prescrita, ou tentar

    servi'lo de alguma forma não prescrita.B. ue os Hnicos o"etos próprios do culto são o ai, o Kilho e o Espírito

    (anto; e que, desde a queda, o acesso a eles tem de ser através de umCediador, e através de nenhuma outra mediação senão a de /risto só.

    9. ue o culto religioso não deve, so" nenhum preteto, ser prestadoaos anos, aos santos, nem a qualquer outra criatura.

    1s ais uritanos tinham o culto em mais alta conta, pois suaperspectiva é vislum"rada pelo conceito do privilégio da o"ediGncia ao $eusque salva pecadores por sua livre e so"erana vontade e por isso, tudo o que

    estiver relacionado ao culto deve ser conforme esse $eus (alvador eige.(urge daí, não rara tensão entre os partidos na -grea *nglicana:considerando que o conteto dos puritanos é a -nglaterra e o fato dospuritanos não se austar ao Ato de =niormidade4I fe& com que eles fossemdenominados de não'conformistas. Cuitos puritanos tiveram que deiar a-nglaterra por assumirem esta posição. or fatos, como este, podemosperce"er o &elo destes homens de $eus, com o culto do (enhor.

    BD /KN, -, ).

    BM 31$E, *leander *. * /onJssão de Ké de Nestminster /omentada. (ãoaulo4 1s uritanos, )MMM. pp B@L, B@D.

    9? 1 *to de Oniformidade em )@@8, que dividiu permanentemente a -greada -nglaterra de todas as demais igreas protestantes, dali em dianteconhecidas como 5$issidentes7. $e"aio de /arlos --, este decretodeterminou uma forma mais católica de orações pH"licas, o sacerdócio, ossacramentos, e outros ritos na -grea da -nglaterra. astores puritanos foramo"rigados a a"andonar as suas ordenações originais e serem reordenadosso" essa nova forma da igrea do estado. $isponível em

    http4PPQQQ.ministerioJel.com."rPartigosPdetalhesP@@BP1jEemplojdejNhiteJeldjparajosj/ristaosj3oe. *cesso em4 8? Car. 8?)@.

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    1 artigo de 3erman 3anRo de )MD@, onde ele fa& uma comparaçãoentre as /onJssões 2eformadas reforça essa ideia ao tratar do 5$ia (anto7451 princípio todo da Wpure&a de adoraçãoX, uma Gnfase tão forte nopensamento uritano, fa& possível, por eemplo, a denHncia de dias santos

    que encontramos no /apítulo -.79)

    3odge continua em seu coment0rio so"re o /ap. - da /KN4!isto que $eus prescreveu o modo como devemos aceitavelmente

    ador0'lo e servi'lo, é uma ofensa e um pecado contra ele quenegligenciemos seu método ou, em preferGncia, pratiquemos o nossopróprio. ... !isto, porém, ser depravada a nature&a moral do homem, "emcomo pervertidos seus instintos religiosos e suas relações com $eusinterrompidas pelo pecado, é por si mesmo evidente que se fa& necess0riauma eplícita e positiva revelação, não só para comunicar ao homem que

    $eus de forma alguma admitir0 seu culto, mas tam"ém para prescrever osprincípios e os métodos segundo os quais esse culto e ministério poderãoser prestados.98

    bC Te!smo e &e!smocC A nega