Upload
ilmarbeiruth
View
188
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.
Resolução de questões-
Tropa de Elite
Legislação Penal Especial
Questões-2
Emerson Castelo Branco
Legislação Penal Especial
Prof. Emerson Castelo Branco 2
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
ABUSO DE AUTORIDADE (LEI 4.898, DE 1965)
1. (JUIZ DE DIREITO ACRE – 2007 – CESPE/UNB) Com relação ao crime de abuso de
autoridade, inexiste condição de procedibilidade para a instauração da ação
penal correspondente.
2. (AGENTE DA POLÍCIA CIVIL TO – CESPE/UNB 2008) Considere que uma
autoridade policial, no decorrer das investigações de um crime de furto e sem
o competente mandado judicial, ordenou aos seus agentes que arrombassem
a porta de uma residência e vistoriassem o local, onde provavelmente estariam
os objetos furtados. No interior da residência foi encontrada a maior parte dos
bens subtraídos. Nessa situação, a autoridade policial e seus agentes agiram
dentro da legalidade, pois a conduta policial oportunizou a recuperação dos
objetos.
3. (AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL NACIONAL – CESPE/UNB 2000) Beta, delegado de
polícia, ordenou a seu subordinado o encarceramento de Épsilon, alegando ser
este autor de um crime de latrocínio que acabara de ser perpetrado.
Posteriormente, por tratar-se de prisão para averiguações, desconhecida pelo
subordinado, a autoridade policial, no afã de legalizar a detenção, representou
acerca da decretação da prisão temporária. Decretada a prisão temporária
pelo juiz de direito, e expirado o prazo de trinta dias, sem pedido de
prorrogação, a autoridade policial prolongou conscientemente a custódia de
Épsilon, deixando de liberá-lo. Tomando ciência do ocorrido por meio de
peças informativas, o Ministério Público ofertou denúncia contra Beta,
imputando-lhe a prática de abuso de autoridade. A lei que instituiu a prisão
temporária acrescentou à lei especial sobre abuso de autoridade mais uma
figura típica, consistente em prolongar a execução de prisão temporária.
4. (AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL NACIONAL – CESPE/UNB 2000) Julgada
procedente a pretensão punitiva do Estado, o juiz sentenciante não poderia
aplicar a Beta a perda do cargo ou a inabilitação para o exercício de qualquer
outra função pública, por ter a nova Parte Geral do Código Penal abolido as
penas acessórias.
5. (INVESTIGADOR DE POLÍCIA – CESPE/UNB 2006) Conversa realizada em sala de
bate-papo na Internet está protegida pelo sigilo das comunicações.
Legislação Penal Especial
Prof. Emerson Castelo Branco 3
6. (AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL NACIONAL – CESPE/UNB 2002) A Constituição da
República consagra a inviolabilidade do domicílio no sentido restrito do local,
onde o indivíduo estabelece residência com o ânimo definitivo. Não está
sujeito à proteção constitucional o consultório profissional de um cirurgião-
dentista, que prescinde de mandado judicial para efeito de ingresso de
agentes públicos para efetuarem uma busca e apreensão requerida por
autoridade policial.
7. (PERITO MÉDICO LEGISTA – POLÍCIA CIVIL – AC – 2006 – CESPE/UNB) Constitui
abuso de autoridade qualquer atentado aos direitos e garantias legais
assegurados ao exercício profissional.
8. (PERITO MÉDICO LEGISTA – POLÍCIA CIVIL – AC– 2006 – CESPE/UNB) A ação penal
por abuso de autoridade será iniciada, independentemente de inquérito
policial.
9. (PERITO MÉDICO LEGISTA – POLÍCIA CIVIL – AC – 2006 – CESPE/UNB) A denúncia
contra abuso de autoridade será precedida de representação que será dirigida
a órgão do Ministério Público.
10. (PERITO MÉDICO LEGISTA – POLÍCIA CIVIL – AC – 2006 – CESPE/UNB) O prazo
para o recebimento de denúncia contra esse crime será de 72 horas.
11. (PERITO MÉDICO LEGISTA – POLÍCIA CIVIL – AC – 2006 – CESPE/UNB) No tocante à
sanção aplicável ao crime de abuso de autoridade, a sanção administrativa
consistirá em advertência, repreensão, suspensão do cargo ou demissão, a
bem do serviço público.
12. (PERITO MÉDICO LEGISTA – POLÍCIA CIVIL – AC – 2006 – CESPE/UNB) No tocante à
sanção aplicável ao crime de abuso de autoridade, a lei prevê a aplicação
autônoma ou cumulativa das sanções de natureza penal.
13. (ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL 2002 – CESPE/UNB) Um cidadão foi intimado
para depor como testemunha em um inquérito policial e apresentou, como
documento de identificação, cópia autenticada de sua cédula de identidade
civil, cujo original afirmou estar perdido. O delegado que o ouviu resolveu
apreender a citada cópia, embora não houvesse suspeita de inidoneidade
dela. Nessa situação, o delegado agiu de maneira ilegal.
Legislação Penal Especial
Prof. Emerson Castelo Branco 4
14. (AGENTE DA POLÍCIA CIVIL TO – CESPE/UNB 2008) Considere que um delegado
de polícia, visando a completa apuração dos crimes e o reconhecimento por
parte das vítimas, prendeu um cidadão suspeito de praticar vários delitos de
estelionato. A prisão, efetuada apenas para averiguações, não foi feita em
razão de flagrante delito; também não havia mandado de prisão expedido.
Nessa situação, a prisão será legal se ficar provado que o referido cidadão é o
autor dos crimes.
15. (ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL 2002 – CESPE/UNB) Um cidadão foi vítima de
abuso de autoridade e pretende indenização do Estado pela lesão que sofreu.
Nessa situação, na forma da lei que reprime o abuso de autoridade, ele
somente poderá ajuizar a ação adequada depois de apurar-se, na via
administrativa, a ocorrência do fato.
16. (ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL 2002 – CESPE/UNB) Júlia foi vítima de abuso de
autoridade por parte de agentes públicos federais e representou ao MPF para
que este promovesse a responsabilização penal daqueles. À representação,
anexou as provas de que dispunha e indicou o modo de obter outras. O
procurador da República a quem a representação foi enviada considerou
haver indícios suficientes dos fatos e ofereceu denúncia. O juiz federal que
recebeu os autos rejeitou a denúncia, sob o fundamento de ser indispensável a
apuração do fato, seja pela administração pública, seja por meio de inquérito
policial. Nessa situação, o juiz federal equivocou-se, pois deveria ter recebido a
denúncia.
17. (POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 2004 – CURSO DE FORMAÇÃO 4.ª TURMA– 1.ª
PROVA – CESPE/UNB) Constitui abuso de autoridade levar à prisão e nela deter
indivíduo que se propõe a prestar fiança permitida em lei.
18. (AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL 2005 – CESPE/UNB) O agente penitenciário
que submeter o preso sob sua custódia a constrangimento não autorizado em
lei deverá ficar penalmente sujeito às penas de multa, detenção, perda do
cargo e inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por
prazo de até 3 anos.
19. (AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL 2005 – CESPE/UNB) O processo por crime de
abuso de autoridade inicia-se com o oferecimento de representação pela
vítima do abuso.
Legislação Penal Especial
Prof. Emerson Castelo Branco 5
20. (AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL 2004 – PROVA AZUL – CESPE/UNB) Antônio é um
agente de polícia federal que se negou a cumprir ordem emanada de seu
superior hierárquico, por ser ela manifestamente ilegal. Em represália, o superior
hierárquico determinou, de ofício, a remoção do agente para outro estado da
Federação. O superior hierárquico do agente praticou crime de abuso de
autoridade.
21. (DELEGADO – POLÍCIA CIVIL – PA – CESPE/UNB) Constitui abuso de autoridade
qualquer atentado à incolumidade física do indivíduo.
22. (DELEGADO – POLÍCIA CIVIL – PA – CESPE/UNB) Constitui abuso de autoridade
deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção
de qualquer pessoa.
23. (DELEGADO – POLÍCIA CIVIL – PA – CESPE/UNB) Ação penal pelo crime de abuso
de autoridade é pública condicionada à representação.
24. (DELEGADO – POLÍCIA CIVIL – PA – CESPE/UNB) Poderá ser promovida pela
vítima do abuso de autoridade a responsabilidade civil ou penal, ou ambas, da
autoridade culpada.
25. (PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL 2004 – CESPE/UNB) A ação penal, no
crime de abuso de autoridade, será iniciada por denúncia do Ministério
Público, instruída com a representação da vítima do abuso.
26. (POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL CURSO DE FORMAÇÃO – CESPE/UNB 2004) Um
PRF considerou suspeita a conduta de um motociclista, julgando-a semelhante
à de um assaltante à espera de uma vítima. Nessa situação, seria ilícito que ele
efetuasse a prisão do motociclista para averiguações.
27. (POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 2004 – CURSO DE FORMAÇÃO 4.ª TURMA – 1.ª
PROVA – CESPE/UNB) Não constitui abuso de autoridade o fato de o juiz negar-
se a ordenar relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja
comunicada, uma vez que o juiz tem o livre convencimento.
28. (DELEGADO – POLÍCIA CIVIL – SE 2006 – CESPE/UNB) De acordo com
entendimento do STJ, em caso de crime de abuso de autoridade, eventual
falha na representação, ou até mesmo a falta desta, não obsta a instauração
da ação penal.
Legislação Penal Especial
Prof. Emerson Castelo Branco 6
29. (AGENTE – POLÍCIA CIVIL – TO – 2008 – CESPE/UNB) A prática de um crime
definido como abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção
administrativa, civil e penal, aplicadas, cumulativamente, pelo juiz que presidiu
o processo de natureza criminal.
30. (ESCRIVÃO – POLÍCIA CIVIL – ES – 2006 – CESPE/UNB) Os crimes de abuso de
autoridade exigem como condição de procedibilidade a representação do
ofendido, sendo, portanto, de ação pública condicionada.
31. (ESCRIVÃO – POLÍCIA CIVIL – ES – 2006 – CESPE/UNB) Cláudio e Rogério, policiais
federais, no exercício de suas funções, adentraram no domicílio de um
suspeito, visando à apreensão de substância entorpecente, tendo ali realizado
intensa busca domiciliar, sem a autorização do morador. Finda a diligência
policial, nada foi encontrado. Nessa situação, Cláudio e Rogério praticaram
crime de abuso de autoridade, sendo a Justiça Federal o órgão competente
para o processo e o julgamento do crime, haja vista a subjetividade passiva
mediata do crime.
32. (ESCRIVÃO – POLÍCIA CIVIL – ES – 2006 – CESPE/UNB) A inabilitação temporária
para o exercício de função pública, cominada aos delitos de abuso de
autoridade, previstos em lei específica, quando aplicada de forma isolada e
autônoma, por força de sentença judicial, tem a natureza de pena
administrativa e não criminal, pois resulta no afastamento do servidor público
do cargo exercido.
33. (PROCURADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO CESPE/UNB 2009) O atentado
contra o direito de reunião, nos termos da Lei n.º 4.898/1965, não constitui abuso de
autoridade.
Legislação Penal Especial
Prof. Emerson Castelo Branco 7
ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI 10.826, de 2003)
1. (AGENTE – POLÍCIA CIVIL – TO – 2008 – CESPE/UNB) Considere que um policial
civil tenha em sua casa uma arma de fogo de uso permitido sem registro do
órgão competente, a qual foi encontrada, por acaso, pela autoridade policial
hierarquicamente superior ao servidor, no interior de um guarda-roupa, em
condições de ser disparada. Nessa situação, a autoridade policial deverá
apreender o armamento e responsabilizar o policial pela posse irregular de
arma de fogo de uso permitido.
2. (DELEGADO – POLÍCIA CIVIL – TO 2008 – CESPE/UNB) Considere a seguinte
situação hipotética. Alfredo, imputável, transportava em seu veículo um
revólver de calibre 38, quando foi abordado em uma operação policial de
trânsito. A diligência policial resultou na localização da arma, desmuniciada,
embaixo do banco do motorista. Em um dos bolsos da mochila de Alfredo
foram localizados 5 projéteis do mesmo calibre. Indagado a respeito, Alfredo
declarou não possuir autorização legal para o porte da arma nem o respectivo
certificado de registro. O fato foi apresentado à autoridade policial
competente. Nessa situação, caberá à autoridade somente a apreensão da
arma e das munições e a imediata liberação de Alfredo, visto que, estando o
armamento desmuniciado, não se caracteriza o crime de porte ilegal de arma
de fogo.
3. (AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL 2004 – PROVA AZUL – CESPE/UNB) Cláudio, que
tem autorização de porte de arma de fogo, está dirigindo bêbado, mas sua
arma encontra-se guardada em casa. Nessa situação, o fato de a Polícia
Rodoviária Federal abordar Cláudio ainda em estado de embriaguez causaria
a imediata perda de eficácia da sua autorização de porte de arma de fogo.
4. (POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL CURSO DE FORMAÇÃO – CESPE/UNB 2004) Um
PRF identificou que um motorista portava irregularmente uma arma de fogo de
uso permitido. Nesse caso, o motorista não comete crime, pois, enquanto a
posse irregular de arma de fogo de uso restrito é uma infração penal, a posse
irregular de arma de fogo de uso permitido é mera infração administrativa.
5. (ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL 2004 – REGIONAL – CESPE/UNB) Assustado com
o aumento do número de roubos em sua região, Haroldo, que vive em uma
fazenda situada no interior do estado do Amazonas, decidiu adquirir de seu
vizinho Moacyr uma arma de fogo de uso permitido. A arma de Moacyr é
devidamente registrada e Haroldo pretende mantê-la no interior de sua casa,
com finalidade de proteger-se contra eventuais agressores. Nessa situação, a
compra da referida arma efetuada por Haroldo precisa ser previamente
autorizada pelo Sistema Nacional de Armas (SINARM).
Legislação Penal Especial
Prof. Emerson Castelo Branco 8
6. (DELEGADO – POLÍCIA CIVIL – RR – CESPE/UNB) De acordo com o
posicionamento do STJ, comete crime de porte ilegal de arma de fogo o
agente que porta revólver, ainda que desmuniciado, sem a devida autorização
da autoridade competente.
7. (DELEGADO – POLÍCIA CIVIL – TO 2008 – CESPE/UNB) Considere a seguinte
situação hipotética. Alfredo, imputável, transportava em seu veículo um
revólver de calibre 38, quando foi abordado em uma operação policial de
trânsito. A diligência policial resultou na localização da arma, desmuniciada,
embaixo do banco do motorista. Em um dos bolsos da mochila de Alfredo
foram localizados 5 projéteis do mesmo calibre. Indagado a respeito, Alfredo
declarou não possuir autorização legal para o porte da arma nem o respectivo
certificado de registro. O fato foi apresentado à autoridade policial
competente. Nessa situação, caberá à autoridade somente a apreensão da
arma e das munições e a imediata liberação de Alfredo, visto que, estando o
armamento desmuniciado, não se caracteriza o crime de porte ilegal de arma
de fogo.
8. (ESCRIVÃO – POLÍCIA CIVIL – ES – 2006 – CESPE/UNB) Incorre nas mesmas penas
previstas para a posse ou o porte ilegal de arma de fogo aquele que, sem
autorização legal, recarrega munição para uso próprio, mesmo que em arma
devidamente registrada.
9. (DELEGADO DE POLÍCIA TO – CESPE/UNB 2008) Considere a seguinte situação
hipotética. Alfredo, imputável, transportava em seu veículo um revólver de
calibre 38, quando foi abordado em uma operação policial de trânsito. A
diligência policial resultou na localização da arma, desmuniciada, embaixo do
banco do motorista. Em um dos bolsos da mochila de Alfredo foram localizados
5 projéteis do mesmo calibre. Indagado a respeito, Alfredo declarou não
possuir autorização legal para o porte da arma nem o respectivo certificado de
registro. O fato foi apresentado à autoridade policial competente. Nessa
situação, caberá à autoridade somente a apreensão da arma e das munições
e a imediata liberação de Alfredo, visto que, estando o armamento
desmuniciado, não se caracteriza o crime de porte ilegal de arma de fogo.
10. (PROMOTOR DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CESPE/UNB 2010) Os
delitos de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e disparo de arma de
fogo são inafiançáveis, salvo quando a arma estiver registrada em nome do
agente.
Legislação Penal Especial
Prof. Emerson Castelo Branco 9
11. (AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL 2005 – CESPE/UNB) O Estatuto do
Desarmamento, Lei 10.826/2003, prevê como crime autônomo o porte de arma
branca (faca).
12. (OAB 2006.3 – CESPE/UNB) O Estatuto do Desarmamento, ao estabelecer o
prazo de 180 dias para que os possuidores e proprietários de armas de fogo
sem registro regularizassem a situação ou as entregassem à Polícia Federal,
criou uma situação peculiar, pois, durante esse período, a conduta de possuir
arma de fogo deixou de ser considerada típica.
13. (OAB 2007.1 – CESPE/UNB) A circunstância de estar a arma municiada ou não é
relevante para a configuração do delito de porte ilegal de arma de fogo.
14. (DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ CESPE/UNB 2009) Recentemente, a
jurisprudência do STF e do STJ pacificou-se no sentido de que não constitui crime o
porte de arma desmuniciada por faltar-lhe potencial lesivo nessas condições.
15. (JUIZ FEDERAL DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1.ª REGIÃO CESPE/UNB 2009)
O STJ firmou o entendimento de que a abolitio criminis temporária, prevista no
novo Estatuto do Desarmamento, deve retroagir para beneficiar o réu que
cometeu o crime de porte ilegal de arma na vigência da lei anterior.
16. (JUIZ FEDERAL DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1.ª REGIÃO CESPE/UNB 2009)
A jurisprudência do STF e do STJ pacificou-se no sentido de que o porte de arma
de fogo sem munição não constitui conduta típica, ante a ausência de lesividade.
Legislação Penal Especial
Prof. Emerson Castelo Branco 10
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI 8.069, de 1990)
(EXAME DE ORDEM OAB 2.a FASE – CESPE/UNB 2007.2) Valdir fotografou Célia,
criança com 10 anos de idade, em poses eróticas e, em seguida, publicou as
fotos na Internet. Ocorreu que, devido a problemas com o provedor, tais fotos
ficaram na rede apenas por 10 segundos, tendo sido vistas por somente uma
pessoa. Na situação hipotética acima descrita, é típica a conduta de Valdir?
Fundamente a sua resposta.
(POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL CURSO DE FORMAÇÃO – CESPE/UNB 2004)
Considere que Pedro, um policial, tenha flagrado Sílvia, menor de idade,
cometendo um furto. Nesse caso, Sílvia deve ser mantida em local separado
dos adultos e ser revistada por Pedro, por ser este o responsável por sua
detenção.
(DELEGADO – POLÍCIA CIVIL – TO 2008 – CESPE/UNB) Considere que uma autoridade
policial de determinado município, ao transitar em via pública, observou a
presença de menores perambulando pela rua, tendo, de pronto, determinado
aos seus agentes a apreensão de dois deles para fins de averiguação. Nessa
situação, a atitude da autoridade policial está correta por se tratar de
adolescentes em situação de risco.
(DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 2004 REGIONAL BRANCA – CESPE/UNB) Um
agente de polícia federal verificou que o adolescente Juliano havia acabado
de adquirir 30g de maconha para seu consumo pessoal e que ele trazia
consigo a droga. Nessa situação, seria ilícito que o referido agente
apreendesse Juliano em flagrante, porque adolescentes somente podem ser
apreendidos em flagrante pela prática de atos infracionais que envolvam
violência ou ameaça a terceiros.
(OAB 2008.3 – CESPE/UNB) Poderá ser decretada a incomunicabilidade do
adolescente, a critério da autoridade competente, quando ele praticar atos
reiterados de indisciplina.
(OAB 2008.3 – CESPE/UNB) O adolescente a quem se atribua autoria de ato
infracional não poderá ser conduzido ou transportado em compartimento
fechado de veículo policial, sob pena de responsabilidade.
(OAB 2008.3 – CESPE/UNB) O adolescente apreendido por força de ordem
judicial será, desde logo, encaminhado à autoridade policial competente, para
oitiva e qualificação.
(OAB 2008.2 – CESPE/UNB) Nenhum adolescente será privado de sua liberdade,
senão em flagrante de ato infracional, por determinação judicial, ou para
averiguação, por ordem de autoridade policial.
Legislação Penal Especial
Prof. Emerson Castelo Branco 11
(OAB CEARÁ 2007.3 – CESPE/UNB) Quando não houver local apropriado, o
adolescente poderá permanecer em estabelecimento prisional destinado a
maiores, desde que haja critérios de separação por sexo e gravidade da
infração.
(OAB 2007.2 – CESPE/UNB) Os crimes definidos no ECA são de ação pública
condicionada.
(OAB 2006.1 – CESPE/UNB) O delito de auxiliar na prática de ato ilícito com o
escopo de enviar criança ou adolescente ao exterior sem a observância das
formalidades legais (adoção) ou com o fito de obter lucro é crime material.
(OAB 2008.1 – CESPE/UNB) O agente que produz ou dirige representação
televisiva ou cinematográfica utilizando-se de criança ou adolescente em
cena pornográfica ou de sexo explícito pratica crime, que deve ser objeto de
ação penal pública incondicionada.
(OAB 2008.1 – CESPE/UNB) O médico ou enfermeiro que deixa de identificar
corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, pratica crime,
que só admite a modalidade dolosa e deve ser processado mediante ação
penal pública condicionada à representação.
(OAB 2008.1 – CESPE/UNB) O agente que submete criança ou adolescente sob
sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento comete
infração administrativa.
(OAB 2008.1 – CESPE/UNB) O professor ou responsável por estabelecimento de
ensino que deixa de comunicar à autoridade competente os casos de que
tenha conhecimento e que envolvam suspeita de maus-tratos contra criança
ou adolescente pratica crime.
(OAB 2009.2 – CESPE/UNB) O adolescente civilmente identificado não pode ser
submetido à identificação compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e
judiciais, nem mesmo para efeito de confrontação, havendo dúvida fundada.
Legislação Penal Especial
Prof. Emerson Castelo Branco 12
1. (PROMOTOR DE JUSTIÇA /TO – CESPE/UNB 2004) Em processos relativos a crimes
ambientais, é inaplicável o instituto da suspensão.
2. (PROMOTOR DE JUSTIÇA /TO – CESPE/UNB 2004) Compete à justiça federal
processar e julgar os crimes contra a fauna e a flora.
3. (ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL 2009 – CESPE/UNB) Com relação à
responsabilidade penal da pessoa jurídica, tem-se adotado a teoria da dupla
imputação, segundo a qual se responsabiliza não somente a pessoa jurídica,
mas também a pessoa física que agiu em nome do ente coletivo, ou seja, há a
possibilidade de se responsabilizar simultaneamente a pessoa física e jurídica.
4. (OAB 2006.3 – CESPE/UNB) Admite-se a responsabilidade penal da pessoa
jurídica em crimes ambientais desde que haja a imputação simultânea do ente
moral e da pessoa física que atua em seu nome ou em seu benefício, uma vez
que não se pode compreender a responsabilização do ente moral dissociada
da atuação de uma pessoa física, que age com elemento subjetivo próprio.
5. (DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL/RN 2009 – CESPE/UNB) Caso uma empresa do
ramo de madeireiras, após cometer toda ordem de crimes ambientais, tenha IP
aberto contra si, a perquirição estatal deverá voltar-se contra crimes
ambientais em tese praticados por pessoa jurídica, não podendo alcançar
qualquer sócio ou diretor, pois não há, na legislação pátria, suporte jurídico
para a chamada teoria da dupla imputação.
6. (OAB 2006.1 – CESPE/UNB) O STF nega a possibilidade de se atribuir à pessoa
jurídica capacidade para a prática de crime ambiental.
7. (PROMOTOR DE JUSTIÇA /TO – CESPE/UNB 2004) A responsabilização penal das
pessoas jurídicas exclui a responsabilização dos seus gerentes que houverem
concorrido para a prática do crime.
8. (PROMOTOR DE JUSTIÇA /TO – CESPE/UNB 2004) Pessoa jurídica pode ser
condenada a pena restritiva de direito, mas não a pena de prestação de
serviços à comunidade.
9. (OAB 2007.1 – CESPE/UNB) A pesca proibida pelo local ou época da atividade,
ou pelo uso de petrechos proibidos, é crime material.
10. (ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL 2009 – CESPE/UNB) A prática de maus-tratos
contra animais domésticos é considerada crime contra o meio ambiente,
sendo a morte do animal causa especial de aumento de pena.
Legislação Penal Especial
Prof. Emerson Castelo Branco 13
11. (PROMOTOR DE JUSTIÇA /TO – CESPE/UNB 2004) Pena restritiva de direito não
pode ser aplicada cumulativamente a pena restritiva de liberdade.
12. (DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ CESPE/UNB 2009) Admite-se a
responsabilidade penal da pessoa jurídica em crimes ambientais desde que haja
a imputação simultânea do ente moral e da pessoa física que atua em seu nome
ou em seu benefício, uma vez que não se pode compreender a responsabilização
do ente moral dissociada da atuação de uma pessoa física, que age com
elemento subjetivo próprio.
13. (DEFENSOR PÚBLICO CEARÁ 2008 CESPE) Esses crimes submetem-se à ação
penal pública incondicionada e não admitem a transação penal, pois são crimes
de ofensividade máxima, que atingem toda a coletividade. (essa questão refere-
se aos crimes ambientais).