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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ANDRÉS MARTIN SAMWAYS VALINAS CARLOS EDUARDO MOREIRA GUILHERME ORSO AEROGERADOR DE EIXO HORIZONTAL CURITIBA 2016

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

ANDRÉS MARTIN SAMWAYS VALINAS

CARLOS EDUARDO MOREIRA

GUILHERME ORSO

AEROGERADOR DE EIXO HORIZONTAL

CURITIBA

2016

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ANDRÉS MARTIN SAMWAYS VALINAS

CARLOS EDUARDO MOREIRA

GUILHERME ORSO

AEROGERADOR DE EIXO HORIZONTAL

Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica, da Universidade Tuiuti do Paraná, como Trabalho de Conclusão de Curso 2.

Professor Orientador: Tiago José Antoszczyszyn

CURITIBA

2016

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus, as nossas famílias, aos amigos e professores.

In memoriam, Nono Beja e Vó Ady, vocês sempre estarão em nossos corações.

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RESUMO

O presente trabalho exterioriza o estudo e o desenvolvimento de um transformador mecânico da energia cinética do vento em energia elétrica. No primeiro momento são aplicadas as ferramentas de pesquisas de mercado para conhecer os possíveis clientes e concorrentes, análises de riscos do projeto e desenhos técnicos, além da história ao longo do tempo e o futuro da energia eólica no Brasil e no mundo. Em seguida é realizado um estudo sobre os fundamentos dos aerogeradores, dos ventos, da geração de energia e é abordado a questão do preço da energia e sua legislação. O desenvolvimento do projeto contempla o estudo dos perfis das pás, a construção do protótipo, os materiais utilizados e o investimento realizado. Os testes foram realizados no túnel de vento, avaliando seu desempenho em diferentes velocidades e distancias. Finalizando com as possíveis melhorias que podem ser realizadas nas próximas etapas. Palavras-chave: Aerogerador, perfil de pá, ventos, ângulo de ataque

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LISTA DE EQUAÇÕES

EQUAÇÃO 1 – ÂNGULO DE ATAQUE ..................................................................... 56

EQUAÇÃO 2 – CONVERSÃO JOULE EM WATT ..................................................... 58

EQUAÇÃO 3 - FORÇA .............................................................................................. 58

EQUAÇÃO 4 - ENERGIA .......................................................................................... 58

EQUAÇÃO 5 – ENERGIA CINÉTICA ........................................................................ 60

EQUAÇÃO 6 - TVP ................................................................................................... 60

EQUAÇÃO 7 – TAMANHO DAS PÁS ....................................................................... 60

EQUAÇÃO 8 – TAMANHO DAS PÁS 2 .................................................................... 60

EQUAÇÃO 9 – POTENCIA MECANICA EXTRAIDA DO VENTO ............................. 61

EQUAÇÃO 10 - RPM ................................................................................................ 63

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – MOINHO DE VENTO ............................................................................ 14

FIGURA 2 – PREVISÃO DE CRESCIMENTO ENERGÉTICO .................................. 15

FIGURA 3 – GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA NO BRASIL ................................... 16

FIGURA 4 - FORMAÇÃO DOS VENTOS DEVIDO AO DESLOCAMENTO DAS

MASSAS DE AR ....................................................................................................... 33

FIGURA 5 – AEROGERADOR .................................................................................. 36

FIGURA 6 – FONTE EVOLUÇÃO ENERGIA EÓLICA .............................................. 37

FIGURA 7 - MOTOR CC ........................................................................................... 41

FIGURA 8 – MOVIMENTO MOTORES CC............................................................... 42

FIGURA 9 - ESPIRAS ............................................................................................... 43

FIGURA 10 - GERADOR........................................................................................... 44

FIGURA 11 – REPRESENTAÇÃO DE UM PERFIL ALAR ....................................... 45

FIGURA 12 – CONVENÇÃO GÖNTTINGEN (ESQUERDA) E NACA (DIREITA) ..... 45

FIGURA 13 – TURBINA DE SUSTENTAÇÃO .......................................................... 47

FIGURA 14 – FORÇAS AERODINÂMICAS QUE ATUAM SOBRE UMA PÁ

EXPOSTA A UMA CORRENTE ................................................................................ 47

FIGURA 15 – REPRESENTAÇÃO DO STOL ........................................................... 48

FIGURA 16 – FORÇAS DE SUSTENTAÇÃO E DE ARRASTE NA PÁ .................... 50

FIGURA 17 - CURVA POLAR DE UM DETERMINADO PERFIL .............................. 51

FIGURA 18 - DISTRIBUIÇÃO DE UM PERFIL AERODINÂMICO ............................ 51

FIGURA 19 - ESQUEMA DAS FORÇAS AERODINÂMICAS RESULTANTES DAS

FORÇAS QUE GIRAM A PÁ ..................................................................................... 52

FIGURA 20 – PÁ EM 3D ........................................................................................... 54

FIGURA 21 – REPRESENTAÇÃO NO SOLIDWORKS ............................................ 55

FIGURA 22 – FLUXO DE AR ATRAVÉS DE UMA ÁREA TRANSVERSAL.............. 59

FIGURA 23 – PERDAS DE VELOCIDADE DO VENTO NA PASSAGEM POR UM

CONJUNTO DE PÁS ................................................................................................ 59

FIGURA 24 – FORÇAS ATUANTES EM UMA PÁ DE TURBINA ............................. 61

FIGURA 25 – DEFINIÇÃO TVP ................................................................................ 63

FIGURA 26 – PREÇO DA ENERGIA ........................................................................ 67

FIGURA 27 – FABRICAÇÃO DA ESTRUTURA ........................................................ 71

FIGURA 28 – CORTE A LASER ............................................................................... 72

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FIGURA 29 – PERFIS CORTADOS .......................................................................... 72

FIGURA 30 – ESPUMA EXPANSIVA APLICADA ..................................................... 73

FIGURA 31 – CORTANDO ESPUMA ....................................................................... 73

FIGURA 32 – LIXANDO A ESPUMA ......................................................................... 74

FIGURA 33 – ESPUMA LIXADA ............................................................................... 74

FIGURA 34 – LIXANDO A MASSA PLASTICA ......................................................... 75

FIGURA 35 – COMPARATIVO DAS PÁS ................................................................. 75

FIGURA 36 – COMPARATIVO DAS PÁS 2 .............................................................. 76

FIGURA 37 – PÁ FINALIZADA ................................................................................. 76

FIGURA 38 - MOTOR ............................................................................................... 77

FIGURA 39 - AEROGERADOR PRONTO PARA OS TESTES ................................ 77

FIGURA 40 – TÚNEL DE VENTO ............................................................................. 78

FIGURA 41 – AJUSTANDO O ÂNGULO DA PÁ ....................................................... 78

FIGURA 42 – POSICIONAMENTO DO AEROGERADOR........................................ 79

FIGURA 43 – MARCAÇÃO PARA OS TESTES ....................................................... 79

FIGURA 44 – MEDIDOR DE FREQUENCIA ............................................................. 80

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – CRESCIMENTO ENERGÉTICO ........................................................ 17

GRÁFICO 2 – EMPRESAS QUE ATUAM NO MERCADO NACIONAL .................... 20

GRÁFICO 3 – CONSUMO DE ENERGA EM REAIS ................................................ 22

GRÁFICO 4 – TIPOS DE ENERGIA RENOVÁVEL .................................................. 22

GRÁFICO 5 – INTERESSE EM UM AEROGERADOR ............................................. 23

GRÁFICO 6 – VALOR INVESTIDO ........................................................................... 23

GRÁFICO 7 – EVOLUÇÃO DO TAMANHO DOS AEROGERADORES COMERCIAIS

.................................................................................................................................. 31

GRÁFICO 8 – TENSÃO X VELOCIDADE DO VENTO................................................81

GRÁFICO 9 – RPM X VELOCIDADE DO VENTO......................................................82

GRÁFICO 10 – TENSÃO X RPM................................................................................82

GRÁFICO 11 – RPM X VELOCIDADE DO VENTO....................................................83

GRÁFICO 12 – TENSÃO X VELOCIDADE DO VENTO..............................................84

GRÁFICO 13 – RPM X VELOCIDADE DO VENTO....................................................84

GRÁFICO 14 – TENSÃO X RPM................................................................................85

GRÁFICO 15 – RPM AEROGERADOR X FREQUENCIA TUNEL DE VENTO...........85

GRÁFICO 16 – TENSÃO 1 X TENSÃO 2....................................................................86

GRÁFICO 17 – RPM AEROGERADOR 1 X AEROGERADOR 2................................87

GRÁFICO 18 – TENSÃO X VELOCIDADE DO VENTO..............................................88

GRÁFICO 19 – RPM X VELOCIDADE DO VENTO....................................................89

GRÁFICO 20 – TENSÃO X RPM................................................................................89

GRÁFICO 21 – RPM AEROGERADOR X FREQUENCIA TUNEL DE VENTO...........90

GRÁFICO 22 – TENSÃO 1 X TENSÃO 2 ...................................................................90

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – QFD .................................................................................................... 25

QUADRO 2 - MATRIZ DE DECISÃO ...................................................................... 26

QUADRO 3 – INTEGRAÇÃO CUMULATIVA ............................................................ 32

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LISTA DE SÍMBOLOS

MW Megawatts

GW Giga watts

M/s Metros por segundo

KWh Quilowatt-hora

𝐽 Joule

E Energia cinética

M Massa

V Velocidade

P Potência do vento

𝜌 Massa específica do ar [kg/m³]

A Área de seção transversal

Cp Coeficiente de potência

𝜆 Razão entre a velocidade tangencial da ponta da pá e a velocidade do vento incidente

𝜔𝑤𝑡 Velocidade angular da turbina eólica

𝑅 Raio da turbina eólica

A Área varrida pelo rotor da turbina eólica

Rpm Rotações por minuto

D Diâmetro do rotor

W Velocidade relativa

𝑈𝑎𝑥𝑖𝑎𝑙 Velocidade no sentido axial

Utan Velocidade tangencial

ua Velocidade axial induzida

ut Velocidade tangencial induzida

𝛼 Fator de interferência axial

𝛼′ Fator de interferência tangencial

Rotação angular

r Raio local

Ângulo de fluxo

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Velocidade angular

dFN Força normal no elemento de pá

dFt Força tangencial no elemento de pá

B Número de pás

CN Coeficiente de força normal

CT Coeficiente de força tangencial

CL Coeficiente de sustentação

CD Coeficiente de Arrasto

dm Fluxo Mássico

u1 Velocidade distante atrás do motor

u Velocidade axial

λ Relação de velocidade de pontas

λr Relação de velocidades local

R Raio da turbina

Ângulo de ataque

Ângulo de passo

Solidez

𝐹𝑆 Força de sustentação;

𝐹𝑎 Força de arraste;

𝐶𝑆 Coeficiente de sustentação (para um ângulo de ataque específico);

𝐶𝑎 Coeficiente de arraste (para um ângulo de ataque específico);

𝛼𝐴 Ângulo de ataque

𝛽 Ângulo de velocidade resultante (vento- velocidade rotativa da seção da pá);

𝐹𝑆 Força de sustentação;

𝐹𝑎 Força de arraste;

𝐹𝑟 Força radial;

𝐹𝑎𝑥 Força axial;

Rot Rotação

Pos Posição

TVP Taxa de velocidade da ponta

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – BENCHMARKING ................................................................................ 19

TABELA 2 – CAPACIDADE INSTALADA DE ENERGIA EM 2014 ........................... 21

TABELA 3 – AEROFÓLIOS NREL ............................................................................ 53

TABELA 4 - COORDENADAS .................................................................................. 54

TABELA 5 - NCRIT ................................................................................................... 56

TABELA 6 – DEFINIÇÃO ÂNGULO DE ATAQUE .................................................... 57

TABELA 7 - RPM ...................................................................................................... 63

TABELA 8 – CUSTOS PREVISTOS ......................................................................... 65

TABELA 9 – RESULTADOS OBTIDOS NOS TESTES A 500MM ............................ 81

TABELA 10 – RESULTADOS OBTIDOS NOS TESTES A 1000 .............................. 83

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 14

2. BENCHMARKING ........................................................................................ 18

3. PESQUISA DE MERCADO .......................................................................... 20

3.1 EMPRESAS ATUANTES ............................................................................. 20

3.2 GERAÇÃO DE ENERGIA NO PAIS ............................................................. 21

3.3 PESQUISA COM PUBLICO ALVO ............................................................... 21

4. QFD .............................................................................................................. 24

5. MATRIZ DE DECISÃO ................................................................................. 26

6. FMEA ........................................................................................................... 27

6.1 FMEA SYSTEM ............................................................................................ 27

6.2 FMEA DESIGN ............................................................................................. 27

7. ENERGIA EÓLICA ....................................................................................... 29

7.1 FUNDAMENTOS DA ENERGIA EÓLICA ..................................................... 30

7.1.1 Potencial Eólico Brasileiro ............................................................................ 31

7.1.2 O vento ......................................................................................................... 32

7.1.3 Ventos em Curitiba ....................................................................................... 34

7.1.4 O Ruído ........................................................................................................ 34

7.2 FUNDAMENTOS DO AEROGERADOR ....................................................... 35

7.2.1 Rotores de eixo horizontal ............................................................................. 36

8. GERAÇÃO DE ENERGIA ............................................................................. 38

8.1 MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA E CONTÍNUA ............................ 38

8.1.1 Motores de corrente alternada (CA) .............................................................. 39

8.1.2 Motor ou gerador síncrono ............................................................................ 39

8.1.3 Princípio de funcionamento ........................................................................... 40

8.1.4 Motores assíncronos ..................................................................................... 40

8.1.5 Motor de corrente continua ............................................................................ 40

8.1.6 Tipos de motores de corrente contínua ......................................................... 43

8.2 GERAÇÃO DE ENERGIA .............................................................................. 43

9. PERFIL DAS PÁS ......................................................................................... 45

9.1 FORÇAS AERODINÂMICAS ......................................................................... 46

9.2 FLUXO DE AR NO PERFIL ............................................................................ 47

9.3 FENÔMENO DE ESTOL ................................................................................ 50

9.4 DEFINIÇÃO PERFIL DA PÁ ........................................................................... 52

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10. ÂNGULO DE ATAQUE ................................................................................... 56

10.1 DEFINIÇÃO DO ÂNGULO DE ATAQUE............................................................57

11. DESENVOLVIMENTO MATEMÁTICO ........................................................... 58

11.1 ENERGIA E POTÊNCIA .................................................................................. 58

11.2 RPM ................................................................................................................ 62

12. CUSTOS ......................................................................................................... 64

12.1 CUSTOS AEROGERADOR ......................................................................... 64

12.2 CUSTOS DA ENERGIA ................................................................................... 65

12.3 PESQUISA DE MERCADO – PREÇO DA ENERGIA ...................................... 66

13. ANEEL ............................................................................................................ 69

14. CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO .................................................................. 71

15. TESTES .......................................................................................................... 78

16. CONCLUSÃO ................................................................................................. 92

17. PROJETOS FUTUROS ................................................................................... 94

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 95

APENDICÊS ............................................................................................................. 97

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1. INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos, o homem aprendeu também a produzir luz, calor e

movimento a partir de outros recursos naturais - as chamadas fontes de energia

primária, como a água, o carvão, o gás e o petróleo. Esses recursos podem ser

renováveis ou não-renováveis. Ao chegar aos consumidores, na cidade ou no campo,

a energia recebe a denominação de energia final.

Energia renovável é aquela originária de fontes naturais que possuem a

capacidade de regeneração (renovação), ou seja, não se esgotam. A energia eólica

é uma forma de energia cinética produzida pelo aquecimento diferenciado das

camadas de ar, originando uma variação da massa especifica e gradientes de

pressão.

É datado por volta de 200 A.C, o primeiro registro histórico da utilização da

energia eólica para bombeamento de água e moagem de grãos através de cata-

ventos na Pérsia. Tratava-se de um cata-vento de eixo vertical. Esse tipo de moinho

de eixo vertical difundiu-se pela região islâmica sendo utilizado por diversos séculos.

Existem indícios que levam a crer que antes da invenção dos cata-ventos na Pérsia,

como mostra um exemplo a figura 1, a China (2000 A.C.) e o Império Babilônico (1700

A.C.) também utilizavam cata-ventos rústicos para irrigação (SHEFHERD, 1994).

FIGURA 1 – MOINHO DE VENTO

FONTE: SHEFHERD, 1994

A primeira turbina eólica comercial ligada à rede elétrica pública foi instalada

em 1976, na Dinamarca. Atualmente, existem mais de 30 mil turbinas eólicas em

operação no mundo. Em 1991, a Associação Europeia de Energia Eólica estabeleceu

como metas a instalação de 4.000 MW de energia eólica na Europa até o ano 2000 e

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11.500 MW até o ano 2005. Essas e outras metas estão sendo cumpridas muito antes

do esperado (4.000 MW em 1996, 11.500 MW em 2001). As metas atuais são de

40.000 MW na Europa até 2020. Nos Estados Unidos, o parque eólico existente é da

ordem de 4.600 MW instalados e com um crescimento anual em torno de 10%. Estima-

se que em 2020 o mundo terá 12% da energia gerada pelo vento, com uma

capacidade instalada de mais de 1.200GW (WIND FORCE, 2003).

Segundo a Equipe de Pesquisa Energética, aponta uma expansão média

anual de 4,3% no consumo de energia elétrica no período 2012-2022, esse

crescimento pode ser visto como o efeito combinado de um crescimento médio de

2,4% ao ano o número de consumidores e de um consumo por consumidor

expandindo a um ritmo de 1,9% ao ano (EPE, 2015).

Observa-se, na figura 2 que o consumo por consumidor residencial no Brasil,

ao final do horizonte (2022), deverá situar-se em torno de 191 kWh/mês.

FIGURA 2 – PREVISÃO DE CRESCIMENTO ENERGÉTICO

FONTE: MME, 2012

Com o intuito de dar rapidez aos projetos de ampliação de geração e de

transmissão de energia no pais, o Governo Federal lançou o Programa de

Investimento em Energia Elétrica (PIEE), que prevê a aplicação de R$186 bilhões

entre agosto de 2015 a dezembro de 2018. Do Total, R$116 bilhões serão investidos

em obras de geração. Ao ampliar a oferta de energia, o governo busca ampliar a

competitividade do setor, de forma a reduzir o custo da energia no país. Com os novos

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projetos de geração de energia a serem contratados, serão investidos R$ 42 bilhões

até 2018, e outros R$ 74 bilhões após 2018. Essas obras vão aumentar entre 25 mil

megawatts (MW) e 31,5 mil MW a energia fornecida ao sistema (MME, 2014).

A energia eólica tem sido uma das prioridades do Governo Federal do Brasil,

a figura 2 a seguir mostra a produção de energia através do vento no país. Por meio

do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram feitos

financiamentos para 291 novos parques eólicos entre 2005 e 2014, agregando mais

7,5 mil megawatts na capacidade instalada do país, a figura 3 mostra o mercado de

energia eólica no território nacional (MME, 2015).

FIGURA 3 – GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA NO BRASIL

FONTE: ABEEÓLICA, 2010

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Com isso, a expectativa é de que até 2023 as usinas eólicas sejam

responsáveis por 11,4% da produção elétrica do país, o que representa uma potência

instalada de 22,4 mil MW, assim ilustrado no gráfico 1.

GRÁFICO 1 – CRESCIMENTO ENERGÉTICO – FONTE: MME, 2015, ADAPTADO

O projeto tem como objetivo o desenvolvimento de um transformador

mecânico da energia cinética do vento em energia elétrica. O projeto visa adaptar a

tecnologia já existente de conversão de energia em um protótipo de aerogerador.

0,220,8

2,45

11,4

2009 2012 2014 2023

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2. BENCHMARKING

Processo contínuo e sistemático que permite a comparação das performances das organizações e respetivas funções ou processos face ao que é considerado 'o melhor nível', visando não apenas a equiparação dos níveis de performance, mas também a sua ultrapassagem (COMISSÃO EUROPEIA, 1996).

A ferramenta Benchmarking consiste na pesquisa dos melhores métodos

utilizados nos diferentes processos de negócio e funções empresariais, com especial

ênfase naquele cujo impacto, no desempenho, permite assegurar e sustentar

vantagens competitivas.

Através da pesquisa de benchmarking, na tabela 1 é possível analisar uma

diferença muito gritante de valores e potência de cada gerador encontrado no

mercado. Verificando os resultados pode-se notar que quanto maior o valor do

aerogerador maior será a sua potência gerada. Com relação ao diâmetro do rotor,

varia entre 1,17 m até 7,2 m, no peso vê-se uma variação que vai de 5,9 Kg até 77

Kg, a vida útil de todos os aerogeradores pesquisados equiparam-se em 20 anos, a

potência nominal por sua vez varia entre 0,16 KWh/mês à 9,17 KWh/mês, o vento

nominal tem uma certa semelhança entre os aerogeradores variando de 9,4 m/s à

12,5 m/s, o vento limite ou seja a velocidade que o aerogerador suporta sem

apresentar danos varia entre 40m/s até 63m/s, o vento mínimo não apresenta muita

diferença entre os aerogeradores pesquisados variando entre 2,2 m/s e 3,5 m/s , o

número de pás é igual entre eles sendo todos equipados com três pás.

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20

51

11

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50

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1.3

24

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2.5

45

33

6N

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6.5

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R$

2.7

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D 1

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02

4.0

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,00

R$

X1

8.5

20

0,6

12

45

33

TABELA 1 – BENCHMARKING – FONTE: ENERGIA PURA, 2015

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20

3. PESQUISA DE MERCADO

A Pesquisa de Mercado é uma ferramenta importante para que você obtenha

informações valiosas sobre o mercado em que atua ou pretende atuar. Quanto maior

o seu conhecimento sobre o mercado, clientes, fornecedores, concorrentes, melhor

será o desempenho do seu empreendimento. Serve também, para dimensionar o

mercado, identificar o segmento de mercado mais lucrativo, detectar novas

tendências, avaliar a performance de seus produtos e serviços, identificar a

quantidade ou volume que o mercado é capaz de absorver e a que preços esses

produtos poderão ser vendidos.

A pesquisa foi dividida em três etapas: a primeira era descobrir as empresas

atuantes no mercado, a segunda etapa foi buscar dados sobre a geração de energia

no pais e por último a pesquisa de campo, entrevistando o público alvo do produto.

3.1 EMPRESAS ATUANTES

A primeira etapa foi pesquisar dentro do mercado as possíveis empresas

concorrentes, que já tenham um produto semelhante e/ou produzem peças para o

mercado energético. A pesquisa mostrou que somente em 2014, 95 novos parques

eólicos foram construídas, com a capacidade instalada em torno de 2.5GW. Até o final

de 2014, o Brasil acumula uma capacidade de produção eólica de 5.9 GW em 237

parques eólicos.

GRÁFICO 2 – EMPRESAS QUE ATUAM NO MERCADO NACIONAL – FONTE: ABEEOLICA, 2014

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21

O gráfico 2, mostra a capacidade instalada de geradores eólicos no mercado

nacional por fornecedor, conforme dados coletados em 2014. O destaque vai para as

cinco gigantes: Gamesa, Siemens, GE, Alstom e Suzlon que somadas dominam mais

da metade do mercado nacional.

3.2 GERAÇÃO DE ENERGIA NO PAIS

A segunda etapa, foi mapear a capacidade instalada de geração no pais. A

tabela 2, mostra que o Rio Grande do Norte se destaca. Ao final de 2014 sua

capacidade acumulada de geração ficara em torno de 2092 MW. Já o Paraná tinha

uma previsão de crescimento de 2.5 MW até o final de 2014.

ESTADO CAPACIDADE INSTALADA EM

2014 (MW) CAPACIDADE ACUMULADA ATE

O FIM DE 2014 (MW)

BAHIA 342.8 931.4

CEARÁ 572.2 1233.2

PARAÍBA - 69

PERNAMBUCO 79.9 104.7

PIAUÍ 70 88

PARANÁ - 2.5

RIO DE JANEIRO - 28.1

RIO GRANDE DO NORTE 751.6 2092

RIO GRANDE DO SUL 654-9 1118.8

SANTA CATARINA - 263.4

SERGIPE - 34.5

TABELA 2 – CAPACIDADE INSTALADA DE ENERGIA EM 2014 - FONTE: ABEEOLICA, 2014

3.3 PESQUISA COM PUBLICO ALVO

E por fim, a terceira e última etapa foi a definição do público alvo, isso é

essencial porque os produtos existem, em primeiro lugar, para satisfazer a uma

necessidade do cliente. A entrevista foi realizada na cidade de Curitiba-PR, com 60

pessoas, sendo 45 homens e 15 mulheres, entre 18 e 50 anos. Uma cópia do

questionário se encontra em apêndice B.

O estudo mostrou que 98% dos entrevistados considera que a energia elétrica

no Brasil está cara. Cerca de 18% tem um consumo médio de até R$100 reais em sua

residência, em quanto isso 52% gastam entre R$100 e R$ 200 reais e outros 30% tem

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22

um gasto acima de R$200 por mês, como mostra o gráfico 3. Para tentar reduzir esses

gastos, apenas 41% das pessoas realizam algum tipo de racionamento em casa.

GRÁFICO 3 – CONSUMO DE ENERGA EM REAIS – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2015

Outra forma de economia é apostar em outras fontes de energia,

especificamente nas renováveis. De acordo com os resultados, 88% dos entrevistados

já ouviram falar a respeito de energia renováveis e 91% estaria disposto a investir em

algum tipo de fonte de energia renovável para sua casa ou comércio. O tipo de energia

renovável mais popular entre os entrevistados é a energia solar, cerca 65%

escolheram ela, 33% preferem a eólica, enquanto outros 2% apostariam em outros

tipos como biomassa, como mostra o gráfico 4.

GRÁFICO 4 – TIPOS DE ENERGIA RENOVÁVEL – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2015

Credita-se a escolha da energia solar como a principal, algumas reclamações

em relação ao ruído produzido pelo aerogerador, 43% dos entrevistados não possuem

espaço físico suficiente para a instalação do mesmo e também o fato de que é a

ate R$10018%

entre R$100 e R$20052%

acima de R$20030%

ate R$100 entre R$100 e R$200 acima de R$200

EOLICA33%

SOLAR65%

OUTROS:2%

EOLICA SOLAR OUTROS:

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23

energia solar é a mais comum nas propagandas de rádio e tv. Apesar do lançamento

do Plano Nacional de Energia, 86% dos entrevistados acredita que o governo federal

não incentiva o uso de recursos renováveis e 94% nunca ouviu falar sobre algum

programa de investimento em energias renováveis.

Focando agora na premissa do projeto que é a geração de energia através da

transformação mecânica da energia cinética do vento em energia elétrica, cerca de

68% tem interesse na instalação de um mini aerogerador em casa ou na sua empresa.

Dentro desse nicho 59% dos entrevistados estariam dispostos a investir em energia

eólica, como mostra o gráfico 5.

GRÁFICO 5 – INTERESSE EM UM AEROGERADOR – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2015

Sendo que 70% dos entrevistados investiria até R$1500,00 reais, 27%

investiria até R$5000,00 reais e 3% investiria acima de R$5000,00, esses valores

apresentados no gráfico 6.

GRÁFICO 6 – VALOR INVESTIDO – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2015

SIM68%

NÃO25%

OUTROS7%

SIM NÃO OUTROS

ate R$1500,00

70%

ate R$5000,00

27%

acima de R$ 5000,00

3%

ate R$1500,00 ate R$5000,00 acima de R$ 5000,00

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24

4. QFD

O QFD pode ser conceituado como, segundo Cheng, Melo Filho (2007) "uma

forma de comunicar sistematicamente informação relacionada com a qualidade e de

explicitar ordenadamente trabalho relacionado com a obtenção da qualidade, tem

como objetivo alcançar o enfoque da garantia da qualidade durante o desenvolvimento

de produto e é subdividido em Desdobramento da Qualidade (QD) e Desdobramento

da Função Qualidade no sentido restrito (QFDr)" (CHENG, 2007).

A aplicação deste método tem sido feita mais nas etapas iniciais do processo

de desenvolvimento de produtos. Entretanto, há uma aplicação relatada na etapa de

preparação para produção, porém não na indústria de materiais.

Através da pesquisa de mercado e a pesquisa com os clientes definiu-se que

para atender as necessidades dos clientes eram necessárias cinco diferentes

categorias: design, manutenção, durabilidade, funcionamento, financeiro. A ordem de

importância foi definida como 5% para o Design, 10% para o financeiro, 25% para

manutenção e durabilidade e 35% para o funcionamento.

O funcionamento recebeu a maior carga de importância pois, o cliente estará

contratando um serviço e espera nada menos o que foi vendido, como por exemplo a

potência desejada, eficiência e não haver mais ruído do que o especificado em

manual.

A durabilidade e a manutenção receberam a mesma carga pois são

diretamente ligadas, caso o projeto não tenha a durabilidade calculada e especificada

alcançada a manutenção tem que suprir essa deficiência com a assistência técnica e

peças de reposição, por exemplo. Por último, mas não menos importante, o financeiro

e o design. O preço é essencial para competir no mercado com as empresas já

existentes, mas mais importante do que isso, o que o cliente espera é qualidade. O

design entra como requisito do cliente por causa das dimensões, acabamento, mas o

número de pás ideal será calculado ao longo do projeto.

O requisito técnico mais importante, calculada através das notas dadas e a

importância dada para cada um dos tópicos, foi a potência. Em segundo vem a

vibração, caso o equipamento vibre muito ele afetará, segundo as pesquisas, o

desempenho do aerogerador, podendo até mesmo causar deterioração e reduzir a

sua vida util. No terceiro lugar, está a dimensão das pás. Todos os dados em relação

as pás, número ideal entre outros dados serão calculados, como citado anteriormente.

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25

Para outros resultados, assim como analise do telhado e suas pontuações,

analisar o quadro 1.

QUADRO 1 – QFD – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2015

Direção de Relação

Núm

ero

da li

nha

Co

mo

é

Parâ

metr

os d

e p

roje

to

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 1

1 5 5 5 0 0 3 3 0 0 0 5 1 3 0 0,05

2 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 0,1

3 3 5 5 3 3 1 1 1 5 5 5 5 5 5 0,05

4 3 0 0 5 5 3 5 5 1 5 1 1 1 5 0,03

5 5 5 5 3 5 5 5 0 3 5 5 3 5 1 0,04

6 5 5 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0,03

7 0 5 5 5 5 5 3 5 0 5 0 0 5 5 0,06

9 1 1 1 5 5 1 5 5 3 3 5 1 5 0 0,02

10 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 5 0 0,02

11 0 0 0 1 0 0 3 0 5 0 3 0 5 0 0,02

12 5 0 0 3 1 1 0 5 5 0 1 0 5 1 0,02

13 0 0 0 5 5 0 0 0 0 0 3 3 5 0 0,05

14 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 0,06

15 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 0,15

16 5 5 5 1 1 5 5 5 0 5 5 1 5 5 0,1

17 5 5 5 5 5 5 3 5 3 5 5 1 5 3 0,06

18 3 3 3 5 5 1 1 1 1 1 3 3 5 1 0,01

19 3 1 3 1 1 5 3 3 1 3 3 3 5 5 0,01

20 3 3 5 5 5 5 3 5 0 5 3 3 5 5 0,01

21 1 1 1 0 0 0 3 0 1 0 5 5 0 0 0,01

22 5 5 5 5 5 1 5 0 5 5 5 5 5 0 0,05

23 5 5 5 5 5 5 3 3 5 5 5 5 5 0 0,05

mm

mm

Gra

us

anos

anos

Gra

mas

HR

C

RP

M

mm

³

m/s

²

Unid

ade

Kg

Watts

Mpa

3,7 3,9 3,8 3,7 3,7 3,5 3,5 3,3 2,9 3,9 3,8 2,9 4,4 3,1

8 3 5 7 6 10 9 11 13 2 4 13 1 12

Vib

ração

Peças p

adro

niz

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Peso

Potê

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Rota

ção d

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Import

ância

para

o c

liente

Certificação ambiental

Proteção contra choques elétricos

Temperatura do conjunto

Desig

n

5%

Certificação de qualidade

Dim

ensão d

o r

oto

r

Dim

ensão d

a p

á

Angula

ção d

a p

á

Design

Funcio

nam

ento

35%

Fin

anceiro

10%

Vazão

Alta potência

Manual simplificado

Baixo ruído

Resistência a água

Garantia

CLASSIFICAÇÃO POR IMPORTÂNCIA

Baixa vibração

Mobilidade

Preço do Produto

Preço da Manutenção

Dura

bili

dade 2

5%

Eficiência

UNIDADES

VALOR DE IMPORTÂNCIA

Velocidade do vento (resistência)

Vid

a u

til do e

quip

am

ento

Manute

nção 2

5% Assistência técnica

Peças de reposição

Frequencia de Quebra

Preço

Acessibilidade para reparos

O que éNecessidade do Consumidor

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5. MATRIZ DE DECISÃO

A Matriz de Decisão é uma ferramenta que permite uma rápida análise através

de critérios que favorecem uma visão mais ampla e coerente de várias alternativas.

Dentro do nicho de mercado pesquisado, dois tipos de aerogeradores se

destacam como os principais e um vem surgindo como novidade. Os aerogeradores

horizontais, são eles os mais tradicionais no mercado, os verticais mais utilizados para

pequenos espaços e lugares que não possuem tanto vento. A diferença principal entre

eles além do design é a eficiência, enquanto o horizontal possui uma eficiência

energética de 80%, já o outro possui uma eficiência de apenas 20%. O terceiro citado,

é o que aproveita a vibração que o atrito do vento gera. É uma tecnologia pioneira,

cara, mas que daqui alguns anos pode ser um dos grandes concorrentes de mercado.

A seguir, o quadro 2 com o a análise dos três tipos. O aerogerador de eixo

horizontal terminou com uma pontuação de 4,62, enquanto o de eixo vertical 3,98 e o

por vibração ficou com 3,5. Como não houve nenhuma disparidade nos resultados,

optou-se por não realizar uma segunda pesquisa.

REQUISTOS DO CONSUMIDOR SOLUÇÕES

PESO HORIZONTAL VERTICAL VIBRAÇÃO

Design 5 5 5 0,05

Assistência técnica 5 5 1 0,1

Peças de reposição 5 5 3 0,05

Frequência de Quebra 3 3 3 0,03

Preço 5 5 1 0,04

Acessibilidade para reparos 3 3 5 0,03

Velocidade do vento (resistência) 5 3 3 0,06

Certificação ambiental 3 3 3 0,02

Proteção contrachoques elétricos 5 5 5 0,02

Temperatura do conjunto 5 5 5 0,02

Resistência a água 5 5 5 0,05

Garantia 5 5 5 0,06

Eficiência 5 3 5 0,15

Vazão 5 3 5 0,1

Alta potência 3 3 3 0,06

Baixo ruído 1 1 5 0,01

Baixa vibração 5 5 3 0,01

Mobilidade 3 1 3 0,01

Preço do Produto 5 5 1 0,05

Preço da Manutenção 5 5 1 0,05

TOTAL 4,62 3,98 3,5 1 QUADRO 2 - MATRIZ DE DECISÃO – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2015

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27

6. FMEA

A metodologia de Análise do Tipo e Efeito de Falha conhecida como FMEA,

(do inglês Failure Mode and Effect Analysis), é uma ferramenta que busca, em

princípio, evitar, por meio da análise das falhas potenciais e propostas de ações de

melhoria, que ocorram falhas no projeto do produto ou do processo.

Tanto o FMEA System quanto o FMEA Design, se encontram nos apêndices.

6.1 FMEA SYSTEM

São considerados sistemas e subsistemas nas fases conceituais e de projeto. O objetivo desta análise é focalizar nos modos de falhas entre funções do sistema. São inclusas as interações entre sistemas e elementos dos sistemas (SAYURI TAHARA – USP, 2008.).

Para as considerações sobre o FMEA System, é preciso dizer que

inicialmente foram definidos os subconjuntos: HÉLICES (PÁS), MOTOR/ROTOR e

ESTRUTURA, como mostra o apêndice D.

De acordo com os resultados alcançados, pode-se observar que as

prioridades que necessitam maior atenção são: a não transmissão de energia, o mal

dimensionamento da estrutura, o mal dimensionamento da carcaça, e os rolamentos

quebrados ou presos.

Essas falhas podem ocasionar tanto o dando do produto, como também pode

causar algum acidente ao cliente que adquirir o produto.

6.2 FMEA DESIGN

São consideradas as falhas que poderão ocorrer com o produto dentro das especificações do projeto. O objetivo desta análise é evitar falhas no produto ou no processo decorrentes do projeto. É comumente denominada também de FMEA de projeto ou produto (SAYURI TAHARA – USP, 2008.).

Considerando os mesmos subconjuntos citados anteriormente no FMEA

System, foram encontradas 3 principais possíveis falhas como pode-se ver no

apêndice E.

O que teve a maior prioridade foi o isolamento elétrico, caso haja um

isolamento com qualidade baixa ou até mesmo um erro e o equipamento fique

exposto, pode causar acidentes com risco a saúde do cliente e também reduz a vida

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útil do equipamento. Seguido pelo isolamento térmico e também pelo limite máximo

de vento que o equipamento aguenta sem nenhum problema com sua estrutura física.

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29

7. ENERGIA EÓLICA

A energia eólica é a energia produzida pelo vento resultante das diferenças

de pressão atmosférica causadas pelo aquecimento diferencial terrestre provocado

pela radiação solar. A deslocação de massas de ar (vento) é influenciada pelas

condições atmosféricas (intensidade e direção) por obstáculos e condições do solo. O

aproveitamento da energia cinética do vento para produção de energia elétrica é

efetuado através de turbinas eólicas acopladas a geradores. A este conjunto turbina-

gerador é habitualmente chamado Aerogerador ou Turbina Eólica. Existem vários

tipos de turbinas eólicas cujas as diferenças incidem essencialmente na direção do

eixo de rotação (vertical e horizontal), forma e número de pás que constituem o rotor.

Tal como a energia solar a energia eólica é uma energia limpa, a sua inclusão

em áreas ventosas em ambientes domésticos pode rapidamente trazer o retorno do

investimento efetuado. Pode funcionar em simultâneo com módulos energéticos

solares. O seu funcionamento não difere substancialmente, a energia captada por um

aerogerador carrega um conjunto de baterias ou é injetada diretamente na rede

pública (ELETRONICA PT, 2015).

A produção de energia elétrica a partir do vento tem vantagens e

desvantagens que devem ser ponderadas

Vantagens:

Não gera resíduos e não emite gases poluentes;

É uma fonte de energia inesgotável;

Os parques eólicos podem ser usados para outros fins, agricultura, pastorícia ou

criação de gado;

É uma fonte barata de energia que pode competir com as fontes de energia

tradicionais em termos de rentabilidade;

Não requer uma manutenção frequente e tem uma manutenção reduzida.

Desvantagens da utilização da energia eólica:

Não tem uma produção constante, fatores como a falta de vento podem, durante

períodos, tornar nula a produção;

Impacto visual e sonoro dos parques eólicos ou mesmo de um gerador caseiro;

Em larga escala, pode afetar o comportamento migratório de algumas espécies de

aves.

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30

A energia cinética, resultante das deslocações de massas de ar, pode ser

transformada em:

Energia mecânica através de aero motores;

Energia elétrica através de turbinas eólicas ou aerogeradores.

7.1 FUNDAMENTOS DA ENERGIA EÓLICA

A energia eólica tem-se mostrado como uma alternativa viável para o

fornecimento de energia, se inserindo como uma importante fonte no mercado

energético mundial. Historicamente, a energia eólica tem ajudado o homem em

diversas atividades, já desde épocas remotas, com a utilização de máquinas simples

e rusticas para o bombeamento de água e moagem de grãos.

Nos últimos vinte anos, a indústria eólica mundial cresceu significativamente no

amadurecimento de suas tecnologias e também na procura de novos mercados. A

partir de iniciativas políticas, diversos países como a Alemanha, Estados Unidos da

América, Dinamarca e Espanha alcançaram um importante destaque na energia

eólica mundial. No final de 2006, existiam mais de 70GW de potência instalada no

mundo.

Além de ser uma alternativa energética cada vez mais competitiva

economicamente, um dos grandes incentivos para o uso dessa forma de energia está

nos baixos impactos ambientais causados por ela.

O rápido desenvolvimento da tecnologia e aumento da capacidade de geração

das turbinas eólicas no mundo durante os últimos 30 anos foi elevado. O gráfico 7 a

seguir mostra o desenvolvimento do tamanho e da potência das turbinas eólicas

desde 1980. A grande variedade de tipos e modelos disponíveis no mercado ainda

não parou de crescer. Atualmente, a grande maioria das turbinas comerciais da classe

MW está instalada na Alemanha, fato esse que mostra a importância do mercado

alemão no desenvolvimento técnico mundial. Segundo Dutra (2001) em termos gerais,

os aerogeradores ainda não alcançaram seus limites de tamanho tanto onshore

quanto offshore.

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31

GRÁFICO 7 – EVOLUÇÃO DO TAMANHO DOS AEROGERADORES COMERCIAIS FONTE: DEWI,

2015

O aproveitamento dos ventos para geração de energia apresenta, como toda

tecnologia energética, algumas características ambientas desfavoráveis como:

impacto visual, ruído, interferência eletromagnética, ofuscamento e danos á fauna.

Mas através do planejamento adequado e também do uso de inovações tecnológicas

esses aspectos aparentemente negativos podem ser reduzidos significativamente ou

até mesmo eliminados. Uma das características ambientais favoráveis da energia

eólica está na não necessidade do uso da água como elemento motriz ou mesmo

como fluido de refrigeração e também em não produzir resíduos radioativos ou

gasosos. Além disso, 99% de uma área usada em um parque eólico podem ser

utilizados para outros fins, como a pecuária e atividades agrícolas (DUTRA, 2001).

7.1.1 Potencial Eólico Brasileiro

Apesar de existir divergências entre especialistas e instituições na estimativa

do potencial eólico brasileiro, vários estudos indicam valores bastantes expressivos.

Estas divergências decorrem, principalmente, da falta de informação e das diferentes

metodologias empregadas. Há poucos anos atrás, as estimativas eram de origem de

ordem de 20.000 MW. Hoje, estimativas superiores a 60.000 MW são indicadas na

maioria dos estudos (FERREIRA, 2005).

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32

Segundo cálculos apresentados pelo Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, o

potencial bruto de potência instalável está estimado em 143,41 GW em áreas onde a

velocidade média anual do vento seja maior que 7,0 m/s. O quadro 3, mostra a

integração cumulativa do potencial instalável de energia eólica e a energia anual

gerada para todo o território brasileiro.

Ventos [m/s]

Area (Comulativa) [km²]

Potência Instalável [GW]

Energia Anuak [TWh/ano]

> 6 667391 1334 1711,6

> 6,5 231746 463 793,72

> 7 71735 143 272,2

> 7,5 21676 43 100,3

> 8 6679 13 35,9

>8,5 1775 3 10,7

QUADRO 3 – INTEGRAÇÃO CUMULATIVA – FONTE: CEPEL, 2001

7.1.2 O vento

O vento pode ser caracterizado como o movimento de massas de ar resultante

do aquecimento não uniforme da superfície terrestre. Logo, a energia eólica é

proveniente da radiação solar. Uma estimativa da energia total disponível dos ventos

ao redor do planeta pode ser feita a partir da hipótese, aproximadamente, 2 % da

energia solar absorvida pela terra são convertidas em energia cinética dos ventos.

Esse percentual representa centena de vezes a potência anual instalada nas centrais

elétricas do mundo (DUTRA, 2001).

Todos os planetas em nosso sistema solar envolvidos por camadas gasosas

demostram a existência de distintas formas de circulação atmosférica e apresentam

ventos em sua superfície. Como se trata de um mecanismo solar-planetário

permanente, com duração mensurável na escala de bilhões de anos, o vento é

considerado uma fonte renovável de energia (CEPEL, 2001).

Os regimes dos ventos, tantos globais como regionais, são influenciados por

diferentes aspectos entre os quais se destacam a altura, a rugosidade, os obstáculos

e o relevo.

As regiões tropicais, que recebem os raios solares quase que

perpendicularmente, são mais aquecidos do que as regiões polares.

Consequentemente, o ar quente que se encontra nas baixas altitudes das regiões

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tropicais tende a subir, sendo substituído por uma massa de ar mais frio que se

desloca das regiões polares. O deslocamento de massas de ar determina a formação

os ventos. A figura 4 apresenta esse mecanismo (DUTRA, 2001).

FIGURA 4 - FORMAÇÃO DOS VENTOS DEVIDO AO DESLOCAMENTO DAS MASSAS DE AR

FONTE: ATLAS EÓLICO DO BRASIL, 1998

Durante o dia, o ar quente nas encostas das montanhas se eleva e o ar mais

frio desce sobre o vale para substituir o ar que subiu. No período noturno, a direção

em que sopram os ventos é novamente revertida e o ar frio das montanhas desce e

se acumula nos vales.

Observando o fato de que a velocidade do vento pode variar

significativamente em curtas distancias (algumas centenas de metros), os

procedimentos de avaliação do sitio para instalação de aerogeradores devem

considerar todos os parâmetros regionais que influenciam as condições do vento.

Entre os principais fatores de influência no regime dos ventos destacam-se:

A variação da velocidade com a altura;

A rugosidade do terreno, que é caraterizada pela vegetação, utilização de terras e

construções;

Presença de obstáculos nas redondezas;

Relevo que pode causar efeito de aceleração ou desaceleração no escoamento do

ar.

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7.1.3 Ventos em Curitiba

Neste trabalho são apresentados os resultados da análise de vento baseados

em séries históricas do “XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR,

2002” sobre a Frequência E Intensidade Dos Ventos No Estado Do Paraná e a

Dissertação do Rafael Cabral Gonçalves que fala sobre a “Análise de Frequência

Regional de Ventos Extremos no Paraná”, a velocidade média do vento fica em torno

de 5 a 12 Km/h.

O aquecimento diferencial das massas de ar no Paraná, faz com que ao longo

do ano hajam diferenças na direção e intensidade do vento. Além disso, a existência

de uma região de pressão baixa das massas de ar equatorial e continental quentes, à

noroeste da depressão do Paraná, formam ciclones condutores de chuva com ventos

norte e noroeste sobre o Estado.

Assim as modificações no regime de ventos são sazonais, impondo

constância, direção e velocidades diferentes à medida que a intensidade da radiação

vai mudando ao longo das estações do ano. Sua intensidade e variação passa a afetar

as condições de vida, bem como tem influência direta sobre as plantas.

O crescimento das plantas é afetado pelas trocas físicas de calor, CO2 e

vapor d’água entre a atmosfera e a vegetação assim como várias outras atividades

humanas são influenciadas pelos ventos. A instalação de indústrias, áreas

residenciais, localização de aeroportos, atividades agrícolas e outras atividades

sofrem influência direta do vento necessitando, portanto, de estudos que forneçam

sua caracterização climática para o planejamento e execução das atividades (XII

CONGRESSO BRASILEIRO DE METEOROLOGIA, 2002).

7.1.4 O Ruído

Quanto aos níveis de ruído, turbinas eólicas satisfazem os requisitos

ambientais (cerca de 45 decibéis-dB) mesmo quando instaladas a distâncias da ordem

de 300m de áreas residenciais. Esses aspectos contribuem para que a tecnologia

eólico-elétrica apresente o mínimo impacto ambiental entre as fontes de geração na

mesma ordem de GW (ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE ENERGIA EÓLICA – AWEA).

O ruído proveniente das turbinas eólicas tem duas origens: mecânica e

aerodinâmica. O ruído mecânico é proveniente, principalmente da caixa de

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engrenagens que multiplica a rotação das pás para o gerador. A tecnologia

convencional emprega geradores convencionais que necessitam de alta rotação para

funcionarem. Com baixa rotação da hélice comparada à rotação do gerador, o sistema

precisa de um sistema de engrenagens para multiplicar a rotação necessária no

gerador. Uma tecnologia que vem sendo utilizada em turbinas eólicas é o uso de um

gerador elétrico multipolo de velocidade, pois esse gerador funciona mesmo em

baixas rotações. Sem a principal fonte de ruído presente nos sistemas convencionais,

as turbinas que empregam o sistema multipolo de geração de energia elétrica são

significativamente mais silenciosas (GASCH, 2002).

O ruído aerodinâmico é um fator influenciado diretamente pela velocidade do

vento incidente sobre a turbina eólica. Ainda existem vários aspectos a serem

pesquisados e testados tanto nas formas das pás quanto na própria torre para a sua

redução. Pesquisas em novos modelos de pás, procurando um máximo

aproveitamento aerodinâmico com redução de ruído, são muitas vezes realizadas de

modo semi-impírico, proporcionando o surgimento de diversos modelos e novas

concepções em formatos aerodinâmicos das pás (GASCH, 2002).

7.2 FUNDAMENTOS DO AEROGERADOR

O aerogerador conta com um rotor com rolamentos que, em funcionamento

com todo o sistema de medição (anemômetro) e pás giratórias, geram uma força

mecânica. Com isso, a energia eólica é transmitida das pás ao rolamento que, por sua

vez, é ligado diretamente a um multiplicador que aumenta imediatamente a velocidade

do eixo do aerogerador.

A movimentação do eixo gera energia mecânica, que é retransmitida até um

gerador elétrico já conectado. A energia sai do aerogerador já em formato de

eletricidade, indo direto para a rede elétrica.

Hoje, o Brasil possui dois modelos de aerogeradores: de eixo vertical e eixo

horizontal. O modelo horizontal é mais difundido e apresenta um padrão técnico mais

desenvolvido, o que facilita sua instalação. Também é um aerogerador mais indicado

para produção em grande escala de energia eólica.

Os aerogeradores possuem as vantagens de ser menos poluentes, podem

ser instalados mais afastados dos grandes centros, não agridem tanto ao meio

ambiente e possuem a energia 100% renovável.

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O grande problema do gerador com eixo horizontal é a necessidade de medir

constantemente a velocidade do vento para decidir se ele deve permanecer ligado ou

não. Caso esteja ventando muito pouco, o custo para manter o gerador ligado é maior

do que a energia produzida por ele, tornando necessário que o mesmo seja

temporariamente desligado.

7.2.1 Rotores de eixo horizontal

Os rotores de eixo horizontal, figura 5 a seguir, são os mais comuns e grande

parte da experiência mundial está voltada para a sua utilização.

FIGURA 5 – AEROGERADOR

FONTE: TECNOGERADORES, 2010

São movidos por forças aerodinâmicas chamadas de forças de sustentação

(lift) e as forças de arrasto (drag). Um corpo que obstrui o movimento do vento sofre

a ação de forças que atuam perpendicularmente ao escoamento (forças de

sustentação) e de forças que atuam na direção do escoamento (força de arrasto).

Ambas são proporcionais ao quadrado da velocidade relativa do vento.

Adicionalmente as forças de sustentação dependem da geometria do corpo e do

ângulo de ataque (formado entre a velocidade relativa do vento e o eixo do corpo)

(GASCH, 2002).

Os rotores que giram predominantemente sob o efeito de forças de

sustentação permitem liberar muito mais potência do que aqueles que giram sob efeito

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de forças de arrasto, para uma mesma velocidade de vento, conforme figura 6 a seguir

(DUTRA, 2001).

FIGURA 6 – FONTE EVOLUÇÃO ENERGIA EÓLICA

(EVOLUÇÃO ENERGETICA EÓLICA, 2010)

Os rotores de eixo horizontal ao longo do vento (aerogeradores

convencionais) são predominantemente movido por forças de sustentação e devem

possuir mecanismos capazes de permitir que o disco varrido pelas pás esteja sempre

em posição perpendicular ao vento. Tais rotores podem ser constituídos de uma pá e

contrapeso, duas pás, três pás ou múltiplas pás (multivane fans). Construtivamente,

as pás podem ter as mais variadas formas e empregar os mais variados materiais. Em

geral, utilizam-se pás rígidas de madeira, alumínio ou fibra de vidro reforçada (DUTRA,

2001).

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8. GERAÇÃO DE ENERGIA

Para gerar energia é necessário entender os dois tipos de correntes

existentes: a corrente continua e a corrente alternada. Uma corrente elétrica nada

mais é que um fluxo de elétrons (partículas que carregam energia) passando por um

fio, algo como a água que circula dentro de uma mangueira. Se os elétrons se

movimentam num único sentido, essa corrente é chamada de contínua. Se eles

mudam de direção constantemente, estamos falando de uma corrente alternada. Na

prática, a diferença entre elas está na capacidade de transmitir energia para locais

distantes. A energia que usamos em casa é produzida por alguma usina e precisa

percorrer centenas de quilômetros até chegar à tomada. Quando essa energia é

transmitida por uma corrente alternada, ela não se dissipa com tanta facilidade em

grandes distâncias. Já na contínua o desperdício é muito grande. Isso porque a

corrente alternada pode, facilmente, ficar com uma voltagem muito mais alta que a

contínua, e quanto maior é essa voltagem, mais longe a energia chega sem que se

dissipe qualquer quantidade de energia.

Portanto, a corrente que chega nas residências continua sendo alternada,

mas com uma voltagem bem mais baixa. Já a corrente contínua sai, por exemplo, de

pilhas e baterias, pois a energia gerada por elas, usada nos próprios aparelhos que

as carregam, não precisa ir longe. Também há muitos equipamentos eletrônicos que

só funcionam com corrente contínua, possuindo transformadores internos, que

adaptam a corrente alternada que chega pela tomada (ALMEIDA, J. E. MOTORES

ELÉTRICOS).

8.1 MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA E CONTÍNUA

O motor elétrico é uma máquina que transforma a potência elétrica em

potência mecânica, em trabalho, e em uma reduzida porcentagem de perdas. Quando

o motor elétrico é ligado à rede elétrica, ele absorve certa quantidade de energia

elétrica e a transforma em torque para acionar uma determinada carga, como por

exemplo, um eixo de uma máquina.

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8.1.1 Motores de corrente alternada (CA)

A inexistência de contatos móveis em sua estrutura garante seu

funcionamento por um grande período, sem a necessidade de manutenção. A

velocidade dos motores de CA é determinada pela frequência da fonte de

alimentação, o que resulta em excelentes condições para seu funcionamento a

velocidades constantes.

Os motores de CA, como são conhecidos, podem ser classificados em dois

grandes grupos, dependendo do critério usado em sua classificação.

Quando essa classificação leva em conta se a velocidade de rotação do motor

está sincronizada ou não com a frequência da tensão elétrica fornecida para fazer o

motor funcionar, eles podem ser:

Motores de CA síncronos;

Motores de CA assíncronos (ou de indução).

Se a classificação considera a tensão elétrica fornecida pela rede de

distribuição, os motores elétricos podem ser:

Motor de CA monofásico;

Motor de CA trifásico.

Um motor monofásico pode ser síncrono ou assíncrono. Da mesma forma, um

mesmo motor trifásico pode ser síncrono ou assíncrono. Nem todas essas

configurações são comercializadas, porque têm pouca relação custo-benefício. Por

isso, abordaremos em mais detalhes apenas os motores que têm maior aplicação

prática. Os motores trifásicos de CA funcionam sob o mesmo princípio dos motores

monofásicos, ou seja, sob a ação de um campo magnético rotativo gerado no estator,

provocando com isto uma força magnética no rotor. Esses dois campos magnéticos

agem de modo conjugado, obrigando o rotor a girar (FONTE: ALMEIDA, J. E.

MOTORES ELÉTRICOS).

8.1.2 Motor ou gerador síncrono

Trata-se de uma importante máquina elétrica rotativa que pode ser usada

como gerador, quando converte energia mecânica em energia elétrica, ou como

motor, quando transforma energia elétrica em energia mecânica. O motor síncrono é

o motor elétrico cuja velocidade de rotação é sincronizada com a frequência da sua

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alimentação. O motor síncrono pode ser usado para geração de potência reativa, para

corrigir o fator de potência gerado por outros motores de indução. Assim, havendo a

possibilidade, é frequentemente preferível a utilização de motores síncronos para a

geração de potência reativa de forma controlável, graças a seu alto fator de potência.

Os geradores síncronos são usados em todas as usinas geradoras de eletricidade,

seja hidrelétrica, seja termoelétrica.

A máquina síncrona é composta pelas seguintes partes:

Estator, onde está montado um conjunto de bobinas alimentadas em CA;

Rotor, que também tem um conjunto de bobinas conectado a pares de anéis

alimentados em CC, formando os polos;

Escovas que deslizam sobre os anéis e que estão fixadas nos porta-escovas, presos

no estator.

8.1.3 Princípio de funcionamento

Na máquina síncrona, como na máquina de CC, o enrolamento de campo é

excitado por uma fonte CC. O enrolamento dos polos (bobina polar), colocado no rotor,

é levado a anéis coletores.

8.1.4 Motores assíncronos

O motor assíncrono (ou motor de indução) é um motor que gira a uma

velocidade muito próxima à velocidade síncrona, ou seja, muito próximo ao

sincronismo com a frequência da rede de alimentação em corrente alternada no Brasil,

que é de 60 Hz.

8.1.5 Motor de corrente continua

O motor de corrente contínua é aquele que necessita de uma fonte de corrente

contínua para funcionar. Trata-se de uma máquina de alto custo de instalação que

pode funcionar com velocidade ajustável dentro de limites amplos. Este tipo de motor

é indicado para casos em que é necessário partir com toda a carga. Por isso, ele é

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usado em guindastes, elevadores e locomotivas, por exemplo. O motor de CC, como

é comumente conhecido, é composto por:

Uma armadura ou induzido (rotor);

Um indutor ou campo (bobinas);

Uma carcaça;

Um conjunto de escovas.

A figura 7 mostra a representação esquemática do motor de CC com suas

partes identificadas.

FIGURA 7 - MOTOR CC

FONTE: WEG, 2016

A armadura é a parte girante da máquina, e é composta de um eixo, de um

núcleo da armadura que é feito de chapas de aço com ranhuras, onde se localizam

as bobinas chamadas de enrolamento da armadura e ainda de um comutador fixado

no eixo, formado por um conjunto de lâminas de cobre isoladas entre si. É capaz de

suportar altas correntes.

O estator (ou bobinas de campo) é responsável pelo campo magnético que

interage com a armadura. É a parte estática da máquina, montada em volta da

armadura. Também é construído com material ferromagnético e envolto em um

enrolamento de baixa potência, que tem a função de produzir um campo magnético

fixo para interagir com o campo da armadura. Quando os motores são de grande porte

podem apresentar interpolos para reduzir o efeito de distorção do fluxo de campo

magnético e, em alguns casos, podem apresentar, também, enrolamentos de

compensação. A carcaça é formada por chapas onde é fixado o enrolamento de

campo. As bobinas são posicionadas de modo a formar os polos. As escovas são

responsáveis pela condução da energia do comutador para o rotor (armadura). Com

seus respectivos porta-escovas, são fixadas à carcaça por meio de molas que as

pressionam contra o comutador. Funcionamento do motor de corrente contínua O

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funcionamento do motor de corrente contínua baseia-se no princípio da reação de um

condutor, colocado num campo magnético fixo, ao ser percorrido por uma corrente

elétrica. A interação entre o campo magnético fixo e o campo magnético produzido

pela corrente, que circula no condutor, provoca o aparecimento de uma força. Essa

força expulsa o condutor para fora do campo magnético fixo e com isso produz o

movimento. A representação esquemática a seguir ilustra esse princípio (ALMEIDA,

J. E. MOTORES ELÉTRICOS).

De acordo com a figura a seguir, de um lado do condutor há uma diminuição

das linhas magnéticas. Do lado oposto, há um acúmulo dessas linhas. Estas

provocam o aparecimento da força magnética, que é a responsável pelo movimento

do condutor. No motor de CC existe um campo magnético fixo formado pelas bobinas

de campo. Há também condutores instalados nesse campo (no rotor), que são

percorridos por correntes elétricas. A figura 8, mostra como aparece o movimento

girante em motores de CC.

FIGURA 8 – MOVIMENTO MOTORES CC

FONTE: WEG, 2016

Na Figura a seguir, pode-se observar que a corrente que circula pela espira

do rotor movimenta-se nos dois sentidos: por um lado, a corrente está entrando e, por

outro, saindo. Isso provoca a formação de duas forças contrárias de igual valor

(binário), das quais resulta um movimento de rotação (conjugado), uma vez que a

espira está presa à armadura (ou rotor) e suspensa por um mancal. Essas forças não

são constantes em todo o giro. À medida que o condutor vai se afastando do centro

do pólo magnético, a intensidade das forças vai diminuindo. Nos motores de CC, para

que haja força constante, as espiras colocadas nas ranhuras da armadura estarão

defasadas entre si e interligadas ao circuito externo por meio do coletor e das escovas,

como mostra a figura 9.

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FIGURA 9 - ESPIRAS

FONTE: WEG, 2016

8.1.6 Tipos de motores de corrente contínua

Os motores de corrente contínua são classificados segundo o tipo de ligação

de seus campos. Assim, temos:

Motor de ímã permanente;

Motor de campo série;

Motor de campo paralelo;

Motor de excitação independente;

Motor composto.

O motor CC é utilizado principalmente devido à precisão no controle de

velocidade. Por seu custo elevado, seu uso é restrito a casos especiais em que as

exigências de aplicação compensam o alto custo de instalação.

8.2 GERAÇÃO DE ENERGIA

Quando se trata de um gerador, como mostra a figura 10 a seguir, a energia

mecânica é suprida pela aplicação de um torque e da rotação do eixo do mesmo, uma

fonte de energia mecânica pode ser, por exemplo, uma turbina hidráulica. A fonte de

energia mecânica tem o papel de produzir o movimento relativo entre os condutores

elétricos dos enrolamentos de armadura e o campo magnético produzido pelo

enrolamento de campo e desse modo, provocar uma variação temporal da intensidade

do mesmo, e assim pela lei de Faraday induzir uma tensão entre os terminais do

condutor.

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FIGURA 10 - GERADOR

(WEG, 2016)

Também chamada de lei da indução magnética, esta lei, elaborada a partir de

contribuições de Michael Faraday, Franz Ernst Neumann e Heinrich Lenz entre 1831

e 1845, quantifica a indução eletromagnética.

A lei de Faraday-Neumann relaciona a força eletromotriz gerada entre os

terminais de um condutor sujeito à variação de fluxo magnético com o módulo da

variação do fluxo em função de um intervalo de tempo em que esta variação acontece.

No momento da comutação não deveria ter corrente pela espira (neutro

magnético) mas, com o neutro deslocado esta acaba cortando linhas de indução na

hora da comutação e é então curto-circuitada (normal na comutação) com corrente

passando por ela. Após a comutação observa-se um centelhamento nas escovas

devido a interrupção do caminho dessa corrente indesejada e retomada da corrente

normal.

Este fenômeno é conhecido como Reação do Induzido e além do perigo do

centelhamento em áreas onde se trabalha com material inflamável, ela reduz a vida

útil das escovas e causa queda da tensão induzida gerada pelo gerador. Soluções:

Deslocar escovas para o novo neutro magnético. É uma operação complexa que

precisa ser feito com frequência);

Inclusão de interpolos ou polos de comutação para corrigir o campo induzido. São

colocados na linha neutra geométrica e ligados em série com o induzido. Produzem

campo magnético oposto ao do induzido (não resolve a questão da queda de tensão

já que consomem corrente).

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9. PERFIL DAS PÁS

Denomina-se Perfil Alar a secção obtida por um corte transversal, sobre esse

perfil age a força de sustentação, que é perpendicular ao vento incidente, o que origina

o movimento da pá, e também uma força contrária, a chamada força de arrasto.

A pá é formada por duas regiões, o extradorso e o intradorso, e a diferença

de pressão entre ela origina a força, conforme a figura 11.

FIGURA 11 – REPRESENTAÇÃO DE UM PERFIL ALAR

FONTE: RODRIGUES, 2004

De acordo com Henn (2006) usam-se tabelas fornecidas por laboratórios

aerodinâmicos para auxiliar na tarefa de desenhar, onde são normalmente indicados,

através de códigos desenhados para a indústria aeronáutica.

Dentre esses perfis podemos destacar o NACA, ensaiados nos Estados

Unidos da América, e o GÖNTTINGEN, ensaiados na Alemanha, esses dois se

distinguem por suas convenções, conforme figura 12.

FIGURA 12 – CONVENÇÃO GÖNTTINGEN (ESQUERDA) E NACA (DIREITA)

FONTE: HEEN, 2006

Embora os aerofólios NACA sejam ainda bastante utilizados, sabe-se que,

para turbinas de grande porte, eles não são particularmente eficientes, principalmente

devido à alta sensibilidade à rugosidade e número de Reynolds. Para minimizar

perdas de energia, foram desenvolvidas famílias de aerofólios especificas para

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turbinas eólicas, os perfis NREL (Tangler e Sormers, 1995). Esses aerofólios foram

desenvolvidos para acomodar as necessidades de turbinas controladas tanto por pitch

quanto por stall.

Existem atualmente 35 aerofólios NREL, sendo alguns deles adequados

somente para a base ou raiz de pás, considerando-se pás com perfis variáveis ao

longo do span. Os aerofólios foram desenvolvidos levando também em conta o

tamanho previsto do rotor, sendo alguns deles apropriados para turbinas de pequeno

porte e outros para grande porte.

Outro aspecto importante das pesquisas em aerogeradores se refere ao efeito

da turbulência em seu desempenho, já que, dependendo de seu porte, podem operar

dentro da camada limite atmosférica ou na esteira de outras turbinas, se forem parte

de fazendas eólicas. Porém, o efeito real da turbulência é discutível, e os resultados

de estudos contraditórios.

Sicot et al. (2006) estudou em túnel de vento as consequências da turbulência

no rotor de uma turbina eólica, com perfil NACA 65-421, e encontrou que seu efeito

era desprezível para ângulos de ataque pequenos. Para ângulos de ataque maiores

que 12º, há um pequeno aumento no coeficiente máximo de sustentação, e, portanto,

no de potência, mas ainda assim, não há uma variação significativa.

Entretanto Devinant et al. (2002), tendo estudado também o efeito da

turbulência em turbinas eólicas e utilizado o mesmo perfil de aerofólio, conclui que a

alta turbulência influencia fortemente nas características aerodinâmicas do aerofólio.

Foi encontrado que o aumento da turbulência diminui a sustentação e aumenta

ligeiramente o arraste da turbina.

9.1 FORÇAS AERODINÂMICAS

As turbinas de arraste são caracterizadas devido a ação do vento empurrar

as pás fazendo o motor girar.

Nas turbinas de sustentação, cria-se um diferencial de pressão no lado mais

longo da pá, onde tem-se uma área de baixa pressão e onde o vento passa com maior

velocidade, resultando em uma força de sustentação. Ao contrário das pás dos aviões,

onde ocorre uma força de sustentação, e na turbina como as pás estão fixadas no

cubo ocasionará a rotação das mesmas, conforme figura 13.

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FIGURA 13 – TURBINA DE SUSTENTAÇÃO

FONTE: ROCHA, 2008

Por efeito da corrente de vento que incide sobre a área varrida das pás

manifestam-se forças aerodinâmicas que atuam sobre a estrutura e que contribuem

com o torque resultante. Conhecendo-se a velocidade relativa que atua em cada

elemento de pá se pode determinar o ângulo de ataque e calcular as forças

aerodinâmicas da turbina. A dificuldade é encontrada em calcular as velocidades

induzidas que compõem a velocidade relativa devido à formação de esteira de

turbulência pelo giro do rotor, conforme figura 14.

FIGURA 14 – FORÇAS AERODINÂMICAS QUE ATUAM SOBRE UMA PÁ EXPOSTA A UMA

CORRENTE

FONTE: E.HAU, 2006

9.2 FLUXO DE AR NO PERFIL

Para a remoção da energia do vento, a massa de ar sofre desaceleração após

passar pelo disco do motor. Para transformar energia cinética do vento em energia

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cinética rotativa, precisamos do rotor, que é um dispositivo aerodinâmico e pode

possuir de duas a três pás nos aerogeradores modernos, nele as pás funcionam como

uma asa rotativa muito similar ao que acontece no rotor de um helicóptero. A seção

transversal de uma pá à de uma a comum. O perfil é dimensionado numa forma

aerodinâmica de modo que forças estáticas são geradas na estrutura após a

passagem de ar (GASCH,2007)

Quando a pá está em movimento, sendo que isso ocorre por ter uma força

que é decorrente de uma diferença de pressão da parte superior e inferior da pá, ela

força a aceleração do fluxo de ar pela face superior, por ter sua geometria curvada

para cima.

Por causa da velocidade que a pá está girando ela experimentará um vento

de frente no sentido da rotação em relação a massa de ar. Já que o plano de rotação

do rotor é sempre posicionado perpendicular em relação à massa de ar, o vento

sempre será perpendicular a esta direção.

Dependendo do ângulo de ataque, o fluxo na continuação pode se afastar

completamente da superfície do perfil, deixando uma camada turbulenta estacionária

entre o fluxo e a superfície da pá. Para grandes ângulos de ataque, isto pode resultar

num afastamento da camada de ar sobre a pá inteira, o que provoca uma queda

instantânea e brusca da força da sustentação, fenômeno chamado estol, conforme

figura 15.

FIGURA 15 – REPRESENTAÇÃO DO STOL

FONTE: ANDERSON, 199

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49

Os aerogeradores de eixo horizontal baseiam-se no princípio de

funcionamento dos moinhos de vento, são constituídos por turbinas de uma a três pás

ou múltiplas, quando se tem acima de três pás.

Rotores de 3 pás são mais comuns, pois são superiores na velocidade de

rotação, no custo, no coeficiente de potência, são menos propensos a turbulência,

garantindo menos risco a estrutura, e também na estética comparados ao de duas

pás.

Os aerogeradores de eixo horizontal são mais usados em relação aos de eixo

vertical, pois seu rendimento aerodinâmico é melhor, estão menos expostos aos

esforços mecânicos, compensando seus maiores custos.

Por efeito da corrente de vento que incide sobre a área varrida das pás

manifestam-se forças aerodinâmicas que atuam sobre a estrutura e que contribuem

com o torque resultante. Conhecendo-se a velocidade relativa que atua em cada

elemento de pá se pode determinar o ângulo de ataque e calcular as forças

aerodinâmicas da turbina. A dificuldade é encontrada em calcular as velocidades

induzidas que compõem a velocidade relativa devido à formação de esteira de

turbulência pelo giro do rotor.

Para o desenho aerodinâmico das pás em turbinas eólicas se utiliza

principalmente uma metodologia formada por duas teorias:

Teoria do Elemento da Pá

Teoria da Quantidade de Movimento.

Para se obter o torque e a potência da turbina, deve-se aplicar em cada

elemento da pá, ângulos e forças aerodinâmicas a relação de expressões de forças

axiais e tangenciais dessas teorias. O desenho aerodinâmico das pás depende da

adequada obtenção dos fatores de interferência. Para considerar o efeito

aerodinâmico de perdas pelas pontas das pás, se introduz um fator de correção que

modifica os valores de interferência e, portanto, o desenho aerodinâmico das pás.

Todas as teorias e equações, nesse capitulo, foram baseados na obra ‘A direct

method for evaluating performance of horizontal axis wind turbine’ (Um método direto

para avaliar o desempenho de turbinas eólicas eixo horizontal) de Karam Y. Maalawi,

engenheiro mecânico responsável pelo Centro Nacional de Pesquisa do Egito,

localizado em Dokki no Cairo.

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50

9.3 FENÔMENO DE ESTOL

É uma técnica utilizada para proteger o aerogerador de danos causados por

ventos fortíssimos, acima dos 25m/s. neste caso, o projeto aerodinâmico usa perfis

que, a partir de uma velocidade definida do vento, entrem em estol; a força de araste

aumenta e a força de sustentação cai significativamente. Assim, a soma das forças

resultantes ao longo da pá diminui e, com elas, o momento de rotação. A figura 16,

mostram as forças de sustentação e arraste na pá

.

FIGURA 16 – FORÇAS DE SUSTENTAÇÃO E DE ARRASTE NA PÁ

FONTE: GASCH, 2006

As forças de sustentação e arraste podem ser definidas a partir das

expressões a seguir. Note- se, porém, que nelas as forças aumentam com o quadrado

da velocidade.

Consegue-se os coeficientes de sustentação e de arraste são obtidos através

de medidas empíricas realizadas em túneis de vento. Neles o coeficiente de Reynolds

pode ser mensurado e adotado para o desenvolvimento das pás, onde o escoamento

de fluído pode ser lamelar ou turbulento conforme o coeficiente.

Cada ângulo de ataque (𝛼) específico resulta em valores específicos de

coeficientes de sustentação e de arraste, conforme mostrado no exemplo de curva

polar, como mostra a figura 17.

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FIGURA 17 - CURVA POLAR DE UM DETERMINADO PERFIL

FONTE: GASCH, 2007

Em relação à velocidade, o ângulo de ataque, e o tipo de fluxo sendo ele

laminar ou turbulento, variam as pressões diferentes desenvolvidas, que resultam m

forças atuando em várias superfícies, como mostra a figura 18 (GASCH,2007).

FIGURA 18 - DISTRIBUIÇÃO DE UM PERFIL AERODINÂMICO

FONTE: McCORMICK, 1995

As forças de sustentação e de arraste que são de origem aerodinâmica, são

as forças responsáveis por girar as pás em torno do centro do rotor. A resultante se

divide em dois vetores: duas forças resultantes, uma que é perpendicular à rotação

do rotor e outra no sentido de rotação do rotor, como mostra a figura 19.

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FIGURA 19 - ESQUEMA DAS FORÇAS AERODINÂMICAS RESULTANTES DAS FORÇAS QUE

GIRAM A PÁ

FONTE: McCORMICK, 1995

9.4 DEFINIÇÃO PERFIL DA PÁ

Após verificar os modelos de pás existentes, foi definido que o modelo usado

será o S834 da família dos aerofólios NREL. Para essa escolha foi necessário analisar

a tabela 3 a seguir, que possui todos os modelos NREL disponíveis. A escolha foi feita

a partir do diâmetro do rotor, para o projeto foi definido um diâmetro de

aproximadamente 1 metro, que se encaixa na família S834.

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TABELA 3 – AEROFÓLIOS NREL

FONTE: NREL, 2016

Após a escolha do perfil, foi feito um primeiro modelo no Solid Works a partir

dos dados extraídos do site da NREL. Neste modelo existem 66 coordenas com

valores unitários em X e Y que descrevem o perfil, adaptamos esta sequência de

pontos no software 3D – Solid Works, para fazer o protótipo e também uma simulação

de comportamento da pá. No site NREL é encontrada uma série de tabelas

correspondente a cada família de aerofólio escolhido em arquivo de texto, como

mostra a tabela 4, e em seguida as figuras 20 e 21 mostram o solidworks e a

representação da pá em 3D (NREL, 2016).

Diametro do

RotorCategoria Rotação Primiaria Ponta

1–3 m Grosso S835 S833 S834

3–10 m Grosso S823 - S822

Fino S804 S801 S802

Fino S804 S801 S803

Fino S807 S805 S806

Fino S807 S805A S806A

Fino S808 S805A S806A

Grosso S821 S819 S820

Grosso S811 S809 S810

Grosso S814 S812 S813

Grosso S815 S812 S813

- S814 S825 S826

- S815 S825 S826

- - - S829

30–50 m Grosso S818 S816 S817

Grosso S818 S830 S831

Grosso S818 S830 S832

Grosso S818 S827 S828

40–50 m

Familia de aerofólios NREL

10–20 m

20–30 m

20–40 m

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TABELA 4 - COORDENADAS

FONTE: NREL, 2016

FIGURA 20 – PÁ EM 3D

FONTE: NREL, 2016

x/c y/c x/c y/c x/c y/c

1.000.000 0.000000 0.179743 0.070615 0.170598 -0.058239

0.996064 0.000606 0.143372 0.064126 0.209956 -0.061194

0.984816 0.003101 0.110502 0.056817 0.252411 -0.062996

0.967539 0.007914 0.081485 0.048795 0.297656 -0.063666

0.945483 0.014649 0.056518 0.040187 0.345187 -0.063248

0.919407 0.022470 0.035873 0.031189 0.394605 -0.061807

0.889501 0.030561 0.019660 0.022005 0.445343 -0.059431

0.855652 0.038699 0.008118 0.012967 0.496925 -0.056213

0.818293 0.046926 0.001394 0.004469 0.548737 -0.052268

0.777966 0.055030 0.001039 0.003754 0.600249 -0.047696

0.735169 0.062727 0.000308 0.001855 0.650829 -0.042590

0.690338 0.069726 0.000001 0.000091 0.699974 -0.037023

0.643856 0.075777 0.000250 -0.001671 0.747128 -0.031105

0.596064 0.080708 0.000632 -0.002862 0.791833 -0.024939

0.547330 0.084531 0.000915 -0.003559 0.833594 -0.018671

0.498288 0.087141 0.006099 -0.010998 0.872254 -0.012170

0.449272 0.088341 0.016371 -0.019451 0.907866 -0.006512

0.400592 0.088199 0.031347 -0.027791 0.939211 -0.002526

0.352742 0.086855 0.050767 -0.035619 0.965020 -0.000329

0.306248 0.084371 0.074629 -0.042738 0.984215 0.000393

0.261604 0.080802 0.102659 -0.048948 0.996021 0.000244

0.219296 0.076196 0.134765 -0.054145 1.000.000 0.000000

S834 Aerofólio

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FIGURA 21 – REPRESENTAÇÃO NO SOLIDWORKS

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

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10. ÂNGULO DE ATAQUE

Para o cálculo de ângulo de ataque da pá do aerogerador usamos como

referência um software da própria NREL, uma das empresas que dita os perfis de pás

usados em muitos países, para entrarmos em algumas predefinições para o perfil

(S834-nr) que foi determinado para o projeto primeiramente foi preciso calcular o

número de Reynolds, como mostra a equação 1 a seguir e sua resolução.

𝑅𝑒 = 𝑉∗𝑙

𝜈 EQ. 1

Onde:

V= velocidade do fluido que é o vento com média de 6,2 m/s

l = largura da corda do aerofólio que é 0,8 m

𝜈= viscosidade cinemática do fluido a 20°C.

𝑅𝑒 = 𝑉 ∗ 𝑙

𝜈=

6,2 ∗ 0,8

1,5111𝑥10−5= 79,412 𝑟𝑒

A partir dessa equação foi plotado um gráfico aonde nos mostra o coeficiente

de atrito (Cd) pelo coeficiente de sustentação (Cl), também o ângulo de ataque (alpha)

e o momento de arfagem (Cm).

Número de Reynolds (Re) - é um valor adimensional que depende da velocidade,

corda da asa e fluido.

Valor Ncrit – É usado para modelo da turbulência do fluido ou aspereza do aerofólio,

no quadro a seguir podemos verificar alguns valores de Ncrit, como mostra tabela 5

a seguir, e aonde são empregados:

TABELA 5 – NCRIT

SITUAÇÃO NCRIT

Planador 12 até 14

Motoplanador 11 até 13

Túnel De Vento Limpo 10 até 12

Túnel Média Do Vento 9

Túnel De Vento Sujo 4 até 8

FONTE: NREL, 2016

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10.1DEFINIÇÃO DO ÂNGULO DE ATAQUE

Após análise dos gráficos 6, foi determinado que o angulo de 5,25º é ideal

para o projeto, tendo um coeficiente de arraste, sustentação e arfagem satisfatórios

para as pás do aerogerador.

TABELA 6 – DEFINIÇÃO ÂNGULO DE ATAQUE

FONTE: NREL, 2016

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11. DESENVOLVIMENTO MATEMÁTICO

Nesse trabalho, não iremos trabalhar com energia elétrica diretamente.

Iremos mensurar e energia gerada pelo aerogerador em Joule. Definido pelo

dicionário Aurélio como uma unidade de energia ou trabalho no Sistema Internacional

(SI); o trabalho realizado por uma força com magnitude de um newton quando o ponto

em que a força é aplicada se desloca um metro na direção da força [símbolo: J]. Na

física o efeito Joule é uma lei que expressa a relação entre o calor gerado e a corrente

elétrica que percorre um condutor em determinado tempo. Um Joule/segundo equivale

a 1 Watt, como mostra a equação 2. Portanto:

1𝑘𝑊𝐻 = 1000 𝑊 ∗ 60 ∗ 60 = 3,6 ∗ 106 𝐽 → 𝑊 = 𝐽/𝑠 EQ.2

O conjunto de lâminas de rotor é o motor que impulsiona a gerador de energia

eólica. As lâminas de produzir energia mecânica para conduzir o alternador. O

alternador irá converter este em energia elétrica. Ambos os tipos de poder podem ser

medidos em watts. É uma boa ideia usar as unidades métricas para aerodinâmico

cálculos. A potência (watts) no vento soprando através do rotor é dada pela seguinte

equação 3 a seguir, aonde a densidade do ar é aproximadamente 1.2 kg/m³:

𝐹𝑜𝑟ç𝑎 = 0.15 ∗ 𝐷𝑖𝑎𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜2 ∗ 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑜3 (𝑊𝑎𝑡𝑡) EQ. 3

𝐹𝑜𝑟ç𝑎 = 0.15 ∗ 1,1𝑚2 ∗8𝑚

𝑠3= 13,12 𝑊

11.1 ENERGIA E POTÊNCIA

A energia cinética de uma massa de ar ‘m’ em movimento a uma velocidade

‘V’ é dada por, conforme a equação 4:

𝐸 =1

2∗ 𝑚 ∗ 𝑉2 EQ. 4

𝐸 =1

2∗ 1.25 ∗ 2,772 = 4,79 𝐽

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FIGURA 22 – FLUXO DE AR ATRAVÉS DE UMA ÁREA TRANSVERSAL

FONTE: GASCH, 2012

Ao reduzir a velocidade do deslocamento da massa de ar, a energia cinética

do vento é convertida em energia mecânica através da rotação das pás. A potência

disponível pelo vento não pode ser totalmente aproveitada pela turbina eólica na

conversão de energia elétrica. Para levar em conta esta característica física, é

introduzido um índice denominado coeficiente de potência Cp, que pode ser definido

como a fração da potência eólica disponível que é extraída pelas pás do rotor.

Para determinar o valor máximo desta parcela de energia extraída do vento

(Cp máximo), o físico alemão Albert Betz considerou um conjunto de pás em um tubo

onde V1 representa a velocidade do vento na região anterior às pás, V2 a velocidade

do vento no nível das pás e V3 a velocidade no vento após deixar as pás, conforme a

figura 23.

FIGURA 23 – PERDAS DE VELOCIDADE DO VENTO NA PASSAGEM POR UM CONJUNTO DE PÁS

FONTE: GASCH, 2012

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Como a redução da pressão do ar é mínima, a densidade do ar pode ser

considerada constante. A energia cinética extraída pela turbina eólica é a diferença

entre a energia cinética a montante e a energia cinética a jusante do conjunto de pás,

conforme a equação 5:

𝐸𝑒𝑥 =1

2∗ 𝑚(𝑉12 − 𝑉32) EQ. 5

𝐸𝑒𝑥 =1

2∗ 1,25(102 − 52) = 46,87𝐽

Ao considerar o coeficiente de potência Cp em função de 𝑉3

𝑉1 temos que,

conforme a equação 6 a seguir.

O coeficiente de potência representa qual a fração do vento está sendo

extraído pela turbina eólica. Assume-se geralmente ser uma função da relação do tip

speed ratio (taxa de velocidade de ponta, TVP). A TVP é a velocidade que as pontas

das pás viajam dividido pela velocidade do vento naquele momento.

𝐶𝑝𝐵𝑒𝑡𝑧 =𝑉3

𝑉1 EQ.6

𝐶𝑝𝐵𝑒𝑡𝑧 =5

10= 0,5

Para o cálculo do tamanho das pás, será utilizada a equação 7 a seguir.

𝑆 =2∗𝑃

(𝐶𝑝∗𝜌∗𝑉3) EQ. 7

𝑆 =2 ∗ 5

(0,5 ∗ 1,25 ∗ 2,773)= 0,752 𝑚²

E para achar o raio ideal, usa a equação 8 a seguir.

𝑅 = √𝑆

𝜋 EQ. 8

𝑅 = √0,752

𝜋= 0,48𝑚 = 480𝑚𝑚

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A força de arrasto é produzida na mesma direção de (𝑉𝑟𝑒𝑠). A resultante das

componentes da força de sustentação e de arrasto na direção (𝑉𝑡𝑎𝑛 ) produz o torque

da turbina eólica, como mostra a figura 17.

FIGURA 24 – FORÇAS ATUANTES EM UMA PÁ DE TURBINA

FONTE: CRESESB, 2009

A potência mecânica extraída do vento pela turbina eólica depende de vários

fatores. Mas tratando-se de energia o modelo geralmente apresentado nas literaturas

é simplificado pela equação 9 (PAVINATTO, 2005).

𝐸𝑒𝑥 =1

2∗ 𝜌 ∗ 𝑉𝑤

3 ∗ 𝐶𝑝 ∗ 𝑆 EQ.9

Onde:

𝐶𝑝 – Coeficiente de potência da turbina eólica

𝜌 – Densidade do ar (Kg/m³);

S – Diametro da turbina eólica (m);

𝑉𝑤 – Velocidade do vento incidente na turbina eólica (m/s)

𝐸𝑒𝑥 =1

2∗ 1,25 ∗ 2,773 ∗ 0,5 ∗ (0,482 ∗ 𝜋) = 4.8 𝑤

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11.2 RPM

A absorção de energia cinética reduz a velocidade do vento a jusante do disco

do rotor gradualmente e essa velocidade recupera-se ao misturar-se com as massas

de ar predominantes do escoamento livre. Das forças de sustentação aerodinâmica

nas pás do rotor resulta uma esteira helicoidal de vórtices, a qual também

gradualmente dissipa-se. Após alguma distância a jusante da turbina, o escoamento

praticamente recupera as condições de velocidade originais e turbinas adicionais

podem ser instaladas, minimizando as perdas de desempenho causadas pela

interferência da turbina anterior. Na prática, essa distância varia com a velocidade do

vento, as condições de operação da turbina, a rugosidade do terreno e a condição de

estabilidade térmica vertical da atmosfera (EVOLUÇÃO ENERGIA EÓLICA, 2015).

O diâmetro “D” é inversamente proporcional à velocidade angular do rotor.

Para minimizar a emissão de ruído aerodinâmico pelas pás, usualmente a rotação é

otimizada no projeto. Descreve-se abaixo a fórmula prática para a avaliação da

rotação nominal de operação de uma turbina eólica, conforme a equação 14 a seguir.

À medida que a tecnologia propicia dimensões maiores para as turbinas, a

rotação reduz-se: os diâmetros dos rotores no mercado atual variam entre 30m e

100m, o que resulta as rotações da ordem de 35 rpm a 12rpm, respectivamente. As

rotações baixas tornam as pás visíveis e evitáveis por pássaros em voo (EVOLUÇÃO

ENERGIA EÓLICA, 2015).

Em alguns casos, as pontas das pás se movem mais rapidamente do que o

vento em uma proporção de até 10 vezes. Mas isso leva-los para mais de 300 km/h,

resultando em uma operação barulhenta e com erosão das pás das bordas. A partir

das pesquisas feitas, foi recomendado o uso de um menor TVP, cerca de 7, como

mostra a figura 25.

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FIGURA 25 – DEFINIÇÃO TVP

FONTE: NREL, 2016

Para saber qual rpm será executado na melhor das hipóteses para produzir

potência útil, será calculado conforme a equação 10.

𝑟𝑝𝑚 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 ∗ 𝑇𝑉𝑃 ∗60

𝐷𝑖𝑎𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜∗𝜋 EQ. 10

A equação 10 foi aplicada no Excel para conseguir um resultado com maiores

variáveis, a seguir a tabela 7 apresenta as velocidades do vento registrados na região

de Curitiba e suas respectivas rpm.

TABELA 7 - RPM

VELOCIDADE [KM/H]

VELOCIDADE [M/S] TVP DIÂMETRO RPM

2 0,556 7 1,1 66,6

3 0,833 7 1,1 99,9

4 1,111 7 1,1 133,2

5 1,389 7 1,1 166,5

6 1,667 7 1,1 199,8

7 1,944 7 1,1 233,1

8 2,222 7 1,1 266,4

9 2,500 7 1,1 299,7

10 2,778 7 1,1 333,0

11 3,056 7 1,1 366,3

12 3,333 7 1,1 399,6

13 3,611 7 1,1 432,9

14 3,889 7 1,1 466,2

15 4,167 7 1,1 499,5

16 4,444 7 1,1 532,8

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

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12. CUSTOS

Antes de alisarmos os custos do projeto, é necessário à verificação de alguns

fatores:

Quantidade de peças

Materiais diferentes

Custos de produção

Processo de Fabricação dos materiais

Esses fatores podem ser analisados conforme desenho do projeto,

benchmark entre outras coisas. A quantidade de peças geralmente se altera muito

com o andamento do projeto pois a cada momento os participantes visam melhorar o

projeto e o tornar mais rentável, isso é bem similar em relação aos materiais pois

podem ser alterados, visando um lucro maior do projeto ou algum benefício maior que

o material a ser substituído não iria ter.

Em relação ao processo de fabricação dos materiais devemos analisar se irá

construir alguma parte do produto e como irá ocorrer esse processo, se haverá algum

custo e quem irá fazer.

12.1CUSTOS AEROGERADOR

Para a construção do aerogerador teremos alguns custos, para a construção

do equipamento e para seu suporte, dentre os custos especifica-se o material usado

nas pás, no flange e no suporte do aerogerador, além do motor que será de 1,25hp, e

também a usinagem do flange e a soldagem do suporte, apresentado na tabela 8.

Assim como em qualquer indústria, empresa um teto de gastos foi definido,

para este projeto estavam disponíveis R$1500,00.

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TABELA 8 – CUSTOS PREVISTOS

ITENS DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO

QTDE. UNIDADE CUSTO CUSTO

TOTAL UNITÁRIO

1 Motor Fcm 1,25 hp 1 Peça R$ 240,00 R$ 240,00 2 Fabricação do flange (teste) 2 Hora R$ 78,00 R$ 156,00 3 Tarugo de ferro (150 mm) 1 Peça R$ 40,00 R$ 40,00

4 Tubo quadrado de ferro (50x50mm)

4 Metro R$ 9,50 R$ 38,00

5 Tubo de ferro (20mm de diâmetro)

1,5 Metro R$ 7,80 R$ 11,70

6 Barra de Ferro roscada de 12mm

1,3 Metro R$ 9,90 R$ 12,87

7 Cantoneira 3/4 x 1/8 1,5 Metro R$ 16,00 R$ 24,00 8 Porca de 12mm 1 Peça R$ 2,00 R$ 2,00 9 Lixa para massa 6 Peça R$ 0,90 R$ 5,40

10 Massa plástica 1,5 Kg R$ 20,70 R$ 31,05 11 Lixa para ferro 3 peça R$ 0,80 R$ 2,40 12 Espuma expansiva 2 Peça R$ 28,00 R$ 56,00

13 Barra de Ferro roscada de 6mm

4 Peça R$ 2,20 R$ 8,80

14 Porca de 6mm 42 Peça R$ 0,10 R$ 4,20 15 Flange definitiva 2 Hora R$ 260,00 R$ 520,00

16 Fabricação (coroa e catraca de teste)

1 Peça R$ 150,00 R$ 150,00

17 Fabricação do suporte 3 Hora R$ 60,00 R$ 180,00

Total R$ 1.482,42 FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

12.2 CUSTOS DA ENERGIA

Os valores para a instalação, no mercado mundial, estão entre US$ 1000 a

US$ 1400, o kW de potência instalada. Esses valores podem ser alterados em função

de:

Capacidade

Distância

Topografia – linhas de transmissão

Terreno - custo e características,

Transporte

Montagem

Mão de obra

Tamanho

Incentivos fiscais.

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66

Existe também o custo de geração, que varia em função da velocidade média

dos ventos. Este valor está entre US$ 35/MWh (ventos > 10m/s) e US$ 90/MWh

(ventos 5,5m/s). Para fazer frente ao custo, a remuneração, em regra, é bem mais

cara do que a gerada por hidrelétricas. Em um leilão do PROINFA - Programa de

Incentivo à Geração de Eletricidade por Fontes Alternativas, a remuneração do MWh

(megawatt-hora), para o parque Eólico de Osório, foi de R$ 231,00, enquanto o MWh

de fonte hídrica (PCHs) ficou entre R$ 110,00 e R$ 114,00.

A remuneração praticada no mercado internacional varia entre US$ 40 e US$

110 por MWh, dependendo dos incentivos de cada país. Na Alemanha e na Espanha,

com ventos anuais nas faixas de 5,5 a 7,0 m/s (interior e litoral respectivamente),

pagam US$ 93/MWh (Alemanha) e US$ 110/MWh (Espanha) (IMPAVIDO

COLOSSO/VEJA, 2014).

12.3PESQUISA DE MERCADO – PREÇO DA ENERGIA

Com base nos dados coletados, viu-se que os maiores concorrentes do

produto serão as concessionárias de energia, nosso produto deve gerar uma energia

mais barata do que as concessionarias fornecem para as pessoas, caso isso não

aconteça o produto final ficará mais caro não dando oportunidade para o nosso

produto no mercado

Um ranking que mede o custo da energia para a indústria foi divulgado pela

Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) no dia 9 de janeiro de 2014. Ele

mostra que o custo desse insumo no Brasil é de 402,26 reais por MW-h. O valor é

46% superior à média internacional, de 275,74 por MW-h.

Entre os países analisados, a Índia apresenta o custo de energia elétrica mais

alto (596,96 reais por MW-h). Em seguida vêm Itália (536,14 reais), Singapura (459,38

reais), Colômbia (414,10 reais), República Tcheca (408,91 reais) e Brasil (402,26

reais) (IMPAVIDO COLOSSO/VEJA, 2014).

Em 2014, o Brasil ocupava a 11ª posição no ranking como pode-se ver na

figura 26. Ou seja, as coisas pioraram por aqui.

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67

FIGURA 26 – PREÇO DA ENERGIA

FONTE: IMPAVIDO COLOSSO/VEJA, 2014

A energia elétrica fornecida para residências no Brasil é mais cara do que em

diversos países ricos, como Estados Unidos, França, Suíça, Reino Unido, Japão e

Itália. Porém, ainda é mais barata que na Alemanha e na Áustria.

Enquanto no Brasil o quilowatt-hora (kWh) custa US$ 0,254, nos EUA o preço

é de US$ 0,133. Tomando como exemplo uma família que consome mensalmente 300

kWh, o gasto anual com a conta de luz fica em US$ 914,40 no Brasil e US$ 478,80

nos EUA. Na Alemanha, onde a energia é a mais cara entre os 17 países analisados,

o custo anual seria de mais de US$ 1.000.

No Brasil, o preço médio da energia elétrica residencial gira em torno de US$

0,25 / kWh, convertendo em reais (considerando o preço do dólar $4,00) o custo gira

em torno de R$1,00 o kWh, o que equivale a R$0,001 Wh. É um dos mais elevados

do mundo. Isto porque, a carga tributária (tributos e encargos) incidente sobre o setor

elétrico nacional representa 45% do valor da tarifa paga pelo consumidor residencial.

Segundo a OCDE, trata-se da quinta maior carga tributária, atrás apenas da vigente

em países do Norte da Europa.

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68

Quando se compara o preço do serviço entre diversos países, observa-se que

em apenas dois, a tarifa é mais alta que a brasileira: Áustria e Alemanha. A tarifa

brasileira é superior a da francesa, onde a matriz energética é muito cara, por ser de

natureza essencialmente nuclear. No Brasil, paga-se quase 70% a mais do que na

França. Em relação aos EUA, a diferença é ainda maior. O preço da energia elétrica

brasileira é o dobro da norte-americana, o maior consumidor per capita desse serviço

no mundo. Desta forma, são penalizadas principalmente as classes de menor renda,

cujo dispêndio com serviços essenciais e alimentação representa parcela majoritária

de seus gastos correntes.

A indústria, no entanto, é setor da economia mais prejudicado pelo alto custo

energético. Segmentos eletro intensivos, como os de alumínio, papel e celulose,

petroquímicos e siderúrgicos, veem parte de sua competitividade ser comprometida.

Alguns não exportam o volume que desejariam, ao mesmo tempo em que enfrentam

crescente concorrência com produtos importados.

Outro problema é que a elevada participação da energia elétrica no custo total

de produção, tanto nesses como em outros setores, afugenta novos investimentos.

Nesse ambiente, não se pode desprezar o risco de que muitas empresas sejam

estimuladas a instalar suas plantas em outros países, onde a tarifa de energia elétrica

seja mais barata que a nossa (APSENGENHARIA, 2014).

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69

13. ANEEL

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou, no ano de 2016,

aprimoramentos na Resolução Normativa nº 482/2012 que criou o Sistema de

Compensação de Energia Elétrica, permitindo que o consumidor instale pequenos

geradores (tais como painéis solares fotovoltaicos e microturbinas eólicas, entre

outros) em sua unidade consumidora e troque energia com a distribuidora local com

objetivo de reduzir o valor da sua fatura de energia elétrica.

Segundo as novas regras, que começam a valer a partir de 1º de março de

2016, será permitido o uso de qualquer fonte renovável, além da cogeração

qualificada, denominando-se micro geração distribuída a central geradora com

potência instalada até 75 quilowatts (kW) e mini geração distribuída aquela com

potência acima de 75 kW e menor ou igual a 5 MW (sendo 3 MW para a fonte hídrica),

conectadas na rede de distribuição por meio de instalações de unidades

consumidoras.

Quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à

energia consumida naquele período, o consumidor fica com créditos que podem ser

utilizados para diminuir a fatura dos meses seguintes. De acordo com as novas regras,

o prazo de validade dos créditos passou de 36 para 60 meses, sendo que eles podem

também ser usados para abater o consumo de unidades consumidoras do mesmo

titular situadas em outro local, desde que na área de atendimento de uma mesma

distribuidora. Esse tipo de utilização dos créditos foi denominado “autoconsumo

remoto”.

Outra inovação da norma diz respeito à possibilidade de instalação de

geração distribuída em condomínios (empreendimentos de múltiplas unidades

consumidoras). Nessa configuração, a energia gerada pode ser repartida entre os

condôminos em porcentagens definidas pelos próprios consumidores.

A ANEEL criou ainda a figura da “geração compartilhada”, possibilitando que

diversos interessados se unam em um consórcio ou em uma cooperativa, instalem

uma micro ou mini geração distribuída e utilizem a energia gerada para redução das

faturas dos consorciados ou cooperados.

Com relação aos procedimentos necessários para se conectar a micro ou mini

geração distribuída à rede da distribuidora, a ANEEL estabeleceu regras que

simplificam o processo: foram instituídos formulários padrão para realização da

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solicitação de acesso pelo consumidor. O prazo total para a distribuidora conectar

usinas de até 75 kW, que era de 82 dias, foi reduzido para 34 dias. Adicionalmente, a

partir de janeiro de 2017, os consumidores poderão fazer a solicitação e acompanhar

o andamento de seu pedido junto à distribuidora pela internet.

A Agência acompanhará de perto a implantação das novas regras do Sistema

de Compensação e prevê que até 2024 cerca de 1,2 milhão de unidades

consumidoras passem a produzir sua própria energia, totalizando 4,5 GW de potência

instalada.

Desde a publicação da Resolução em 2012 até outubro deste ano, já foram

instaladas 1.285 centrais geradoras, sendo 1.233 (96%) com a fonte solar fotovoltaica,

31 eólicas, 13 híbridas (solar/eólica), 6 movidas a biogás, 1 a biomassa e 1 hidráulica

(ANEEL, 2016).

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71

14. CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO

A construção do protótipo ocorreu em algumas etapas. Começando com a

definição dos desenhos técnicos do projeto, apresentados no apêndice E. Com a

definição dos desenhos técnicos, era a hora de escolher o material para a fabricação

do suporte do aerogerador foi definido a partir da funcionalidade do material e do valor,

para que se encaixasse no orçamento disponível pela equipe. O material escolhido foi

o aço 1020, na figura 27 é possível ver o processo de fabricação do mesmo.

FIGURA 27 – FABRICAÇÃO DA ESTRUTURA

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

Com o suporte do aerogerador definido e construído, o foco se voltou para a

construção das pás. Para que as pás pudessem ter o perfil determinado pelos estudos,

foi utilizado o processo de corte a laser para que as medidas necessárias fossem

alcançadas, as imagens 28 e 29 mostram o processo de corte e o perfil pronto. Todo

o processo foi gentilmente realizado por Diego Natal Cim.

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FIGURA 28 – CORTE A LASER

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

FIGURA 29 – PERFIS CORTADOS

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

A partir desse momento, a dificuldade seria na definição do material para a

fabricação pá e qual o processo seria necessário para a fabricação. Após pesquisas

e uma visita técnica feita na empresa Atlantic Energias Renováveis, acompanhada

pelo engenheiro elétrico Gabriel Luaces Fernandez, constatou-se que era inviável

utilizar o polímero que os aerogeradores de ponta são fabricados. A saída foi a

utilização de espuma expansível, a espuma foi escolhida pelo fato de ser um material

leve e de simples manuseio. Para fazer a construção do perfil foi utilizado massa

plástica para tentar atingir o momento aerodinâmico máximo pá. A massa plástica,

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apesar de não ser o material ideal foi o melhor entre os possíveis, é um material que

também tem fácil manuseio e pode ser modelado facilmente.

Primeiramente, duas barras roscadas foram atravessadas dentro dos perfis

de madeira, cada pá possui 4 perfis. Apesar dos cálculos apontarem um tamanho ideal

de 480mm, a escolha feita foi com o comprimento de 450mm, pois o túnel de vento

não comportaria uma pá maior. O segundo passo foi a aplicação de espuma

expansível, como mostra a figura 30.

FIGURA 30 – ESPUMA EXPANSIVA APLICADA

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

Para tirar os excessos foi utlizado um cortador elétrico de isopor, processo

ilustrado pela figura 31, após os excessos excluidos, a espuma foi lixada para ter o

minimo de variação em relação ao seu tamanho, espessura ou porosidade, figura 32.

Caso algum ponto da espuma apresentasse grandes orificios ou falhas, era

preenchido novamente com espuma, cortado e lixado. O produto final de espuma

pode ser visto pela figura 33.

FIGURA 31 – CORTANDO ESPUMA

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

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FIGURA 32 – LIXANDO A ESPUMA

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

FIGURA 33 – ESPUMA LIXADA

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

Com a espuma lisa, foi o momento de aplicar a massa plástica. Cada pá

recebeu 3 camadas de massa plástica e algumas horas de lixa, como mostra a figura

34, para formar o produto final.

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75

FIGURA 34 – LIXANDO A MASSA PLASTICA

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

Um comparativo das pás foi feito e é mostrado a seguir para evidenciar as

etapas do processo de fabricação. A figura 35 mostra as primeiras etapas, a espuma

ainda sem forma, em seguida a espuma cortada e lixada e por último a primeira

camada de massa aplicada.

FIGURA 35 – COMPARATIVO DAS PÁS

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

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A figura 36 mostra a primeira pá com a segunda camada de massa aplicada

e a outra com a massa aplicada pela segunda vez, mas lixada.

FIGURA 36 – COMPARATIVO DAS PÁS 2

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

O resultado final é mostrado na figura 37, aonde é possível ver a pá lixada e

pronta para ser utilizada nos testes. Cada pá pesa aproximadamente 420g.

FIGURA 37 – PÁ FINALIZADA

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

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Com as pás construídas e suporte pronto, era hora da escolha do gerador que

seria utilizado. O gerador disponível para o projeto é da empresa FCM, figura 38, de

1,25 H.P., de 180 volts de CC, com 5800 de rpm máxima. Como não será preciso uma

distância muito grande entre o motor e onde a energia será utilizada, esse motor será

suficiente para acender uma lâmpada, mas não é o ideal para um projeto em grande

escala por conta da força de inércia exercida por ele. Ele acaba sendo

superdimensionado, mas é totalmente funcional para o projeto.

FIGURA 38 - MOTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

A figura 39, exibe o aerogerador pronto para os testes necessários.

FIGURA 39 – AEROGERADOR PRONTO PARA OS TESTES

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

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15. TESTES

Para os testes, foram utilizados o túnel de vento encontrado no núcleo de

mecânica, figura 40, um anemômetro para a medição de vento, uma trena e um

celular. Auxiliaram nos testes o professor Cyro Moraes Campos, João Genaro e Icaro

Horvath.

FIGURA 40 – TÚNEL DE VENTO

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

A primeira etapa, foi o posicionamento dos ângulos das pás. Como a equipe,

nem a faculdade, disponibilizam dos equipamentos necessários, foi realizado uma

marcação no centro do túnel de vento, aonde todas as pontas tinham que passar na

marcação determinada, como mostra a figura 41.

FIGURA 41 – AJUSTANDO O ÂNGULO DA PÁ

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

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Já a segunda etapa foi o posicionamento do aerogerador em relação ao túnel

de vento, considerando o centro do rotor a 500 mm do centro do túnel de vento,

mostrado na figura 42.

FIGURA 42 – POSICIONAMENTO DO AEROGERADOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

Após a definição do ‘Ponto Zero’, foram realizadas marcações no chão

utilizando a trena, com distancias de 500 mm entre elas, como mostra a figura 43.

FIGURA 43 – MARCAÇÃO PARA OS TESTES

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

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Infelizmente um problema foi constatado durante os testes, o túnel de vento

não está nas melhores condições possíveis, por conta da sua geometria que começa

quadrática e termina circular o vento além de turbulento não possui direção. Então os

testes foram realizados apenas nas distancias de 500 mm e 1000 mm em relação ao

centro do túnel de vento, em 1000 mm com rotação elevada.

O túnel de vento utiliza um medidor de frequência para determinar a rpm,

então foram utilizadas no experimento as rotações por minuto entre 1000 rpm e 1900

rpm, como mostra a figura 44.

FIGURA 44 – MEDIDOR DE FREQUENCIA

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

As medições da velocidade do vento foram realizadas atrás das pás do

aerogerador, para que fosse possível captar a velocidade real que o vento chega e

não o qual ele sai diretamente do túnel de vento. Durante as medições de vento, o

multímetro era utilizado para medir a tensão gerada. Para a medição da rpm foi

realizado uma marcação em uma pá do aerogerador, a rotação era filmada por celular

em câmera lenta, durante a análise era contabilizada quantas vezes a pá marcada

passava pelo ponto central, assim era determinada a rpm. No primeiro cenário, todas

as medições ocorreram a 500 mm do túnel de vento. A tabela 9 a seguir mostra todos

os resultados obtidos.

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TABELA 9 – RESULTADOS OBTIDOS NOS TESTES A 500MM

DISTANCIA VELOCIDADE DO VENTO RPM AEROGERADOR TENSÃO RPM TUNEL DE

VENTO

0,5 m 3 m/s 17 rpm 0,5 v 1000 rpm

0,5 m 3,2 m/s 36 rpm 0,95 v 1100 rpm

0,5 m 3,5 m/s 63 rpm 1,5 v 1200 rpm

0,5 m 4,2 m/s 90 rpm 2,4 v 1300 rpm

0,5 m 4,5 m/s 120 rpm 3,15 v 1400 rpm

0,5 m 4,7 m/s 134 rpm 3,5 v 1500 rpm

0,5 m 5,3 m/s 168 rpm 4 v 1600 rpm

0,5 m 5,8 m/s 174 rpm 4,45 v 1700 rpm

0,5 m 6,2 m/s 186 rpm 5 v 1800 rpm

0,5 m 6,2 m/s 216 rpm 5 v 1900 rpm

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

Após todos os possíveis dados serem colhidos, é hora de analisa-los para

encontrar um ponto ideal. Primeiramente serão analisados todos os dados do primeiro

cenário, aonde o aerogerador se encontra na POSIÇÃO 1 a 500 mm do túnel de vento.

No gráfico 8, é possível perceber o aumento da tensão conforme o aumento

da velocidade do vento. Sendo que no fim, a velocidade se mantem, mantendo a

tensão gerada.

GRÁFICO 8 – TENSÃO X VELOCIDADE DO VENTO - FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

O gráfico 9, apresenta a relação da rpm x velocidade do vento, é possível

perceber o aumento da rpm conforme o vento aumenta.

0,50,95

1,5

2,4

3,153,5

44,45

5 5

0

1

2

3

4

5

6

3 3,2 3,5 4,2 4,5 4,7 5,3 5,8 6,2 6,2

Ten

são

[v]

Velocidade do Vento [m/s]

TENSÃO x VELOCIDADE DO VENTO

TENSÃO POSIÇÃO 1

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GRÁFICO 9 – RPM X VELOCIDADE DO VENTO FONTE - PRÓPRIO AUTOR, 2016)

Em seguida, através do gráfico 10 que traz a relação tensão x rpm é possível

ver o aumento gradativo da tensão conforme o aumento da rpm do aerogerador.

GRÁFICO 10 – TENSÃO X RPM – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

17

36

63

90

120

134

168174

186

216

0

50

100

150

200

250

3 3,2 3,5 4,2 4,5 4,7 5,3 5,8 6,2 6,2

RP

M A

ero

gera

do

r

Velocidade do Vento [m/s]

RPM x VELOCIDADE DO VENTO

RPM AEROGERADOR POSIÇÃO 1

0,5

0,95

1,5

2,4

3,153,5

4

4,45

5 5

0

1

2

3

4

5

6

17 36 63 90 120 134 168 174 186 216

Ten

são

[v]

RPM Aerogerador

TENSÃO X RPM

TENSÃO POSIÇÃO 1

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83

A última análise para o primeiro cenário pode ser observada pela relação do

gráfico 11, onde mostra o aumento das rpm conforme a rpm do túnel de vento era

elevada.

GRÁFICO 11 – RPM X RPM TUNEL DE VENTO - FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

No segundo cenário, com o aerogerador na POSIÇÃO 2 a 1000 mm do centro

do túnel de vento, foi o início dos problemas com a direção do vento. Para vencer esse

problema, os testes se iniciaram a 1500 rpm, conforme tabela 10.

TABELA 10 – RESULTADOS OBTIDOS NOS TESTES A 1000 mm

DISTANCIA VELOCIDADE DO VENTO RPM AEROGERADOR TENSÃO RPM TÚNEL DE

VENTO

1 m 2,8 m/s 16 rpm 0,6 v 1500 rpm

1 m 3,4 m/s 66 rpm 1,3 v 1600 rpm

1 m 4 m/s 78 rpm 2,3 v 1700 rpm

1 m 4,2 m/s 112 rpm 3 v 1800 rpm 1 m 4,5 m/s 114 rpm 3,3 v 1900 rpm

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

O gráfico 12, a seguir, apresenta relação do aumento da tensão conforme a o

aumento da velocidade do vento.

1736

63

90

120134

168 174186

216

0

50

100

150

200

250

1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900

RP

M A

ero

gera

do

r

RPM Túnel de Vento

RPM AEROGERADOR x RPM TÚNEL DE VENTO

RPM AEROGERADOR POSIÇÃO 1

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84

GRÁFICO 12 – TENSÃO X VELOCIDADE DO VENTO - FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

Já o gráfico 13, mostra a relação da rpm do aerogerador com a velocidade do

vento. É visível o aumento da rpm conforme a velocidade do vento aumentava.

GRÁFICO 13 – RPM X VELOCIDADE DO VENTO – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

No gráfico 14, a relação entre a tensão x rpm segue a tendência do primeiro

cenário, quanto mais o rpm aumenta, maior será a tensão gerada pelo aerogerador.

0,6

1,3

2,3

33,3

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

2,8 3,4 4 4,2 4,5

Ten

são

[v]

Velocidade do Vento [m/s]

TENSÃO x VELOCIDADE DO VENTO

TENSÃO POSIÇÃO 2

16

66

78

112 114

0

20

40

60

80

100

120

2,8 3,4 4 4,2 4,5

RP

M A

ero

gera

do

r

Velocidade do Vento [m/s]

RPM x VELOCIDADE DO VENTO

RPM AEROGERADOR POSIÇÃO 2

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85

GRÁFICO 14 – TENSÃO X RPM (PRÓPRIO AUTOR, 2016)

Por fim da análise do segundo cenário, e como mostra o gráfico 15, a

tendência continua e é possível ver que as rpm do aerogerador crescem conforme a

frequência do túnel de vento é elevada.

GRÁFICO 15 – RPM AEROGERADOR X RPM TUNEL DE VENTO - FONTE: PRÓPRIO AUTOR,

2016

0,6

1,3

2,3

3

3,3

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

16 66 78 112 114

Ten

são

[v]

RPM Aerogerador

TENSÃO X RPM

TENSÃO POSIÇÃO 2

16

66

78

112 114

0

20

40

60

80

100

120

1500 1600 1700 1800 1900

RP

M A

ero

gera

do

r

RPM Túnel de Vento

RPM AEROGERADOR x RPM TÚNEL DE VENTO

RPM AEROGERADOR POSIÇÃO 2

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86

Após todos os dados serem analisados, é possível perceber que, quanto

maior a velocidade do vento, maior será a rpm do aerogerador, consequentemente

maior a tensão.

Alguns pontos encontrados nos testes necessitam uma análise mais apurada,

como é possível observar, no gráfico 16 a seguir, que compara os gráficos Tensão x

Velocidade do Vento entre os dois cenários. A tensão do aerogerador posicionado a

1000mm do túnel de vento, com as velocidades aproximadas, é maior do que a

posicionada a 500mm.

GRÁFICO 16 – TENSÃO 1 X TENSÃO 2 – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

A resposta para isso, seria possível encontrar na comparação das rpm dos

dois cenários, como mostra o gráfico 17, considerando que quanto maior a velocidade

do vento maior será a rpm, mas o que podemos observar é o contrário. A rotação do

aerogerador posicionado a 1000mm é menor do que o aerogerador posicionado a

500mm.

0,6

1,3

2,3

33,3

0,50,95

1,5

2,4

3,153,5

44,45

5 5

0

1

2

3

4

5

6

3 3,2 3,5 4,2 4,5 4,7 5,3 5,8 6,2 6,2

Ten

são

Velocidade do Vento

TENSÃO POSIÇÃO 1 X TENSÃO POSIÇÃO 2

TENSÃO POSIÇÃO 2 TENSÃO POSIÇÃO 1

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87

GRÁFICO 17 – RPM AEROGERADOR 1 X AEROGERADOR 2 – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

Isso pode ser explicado pelo fato de que quanto mais longe do túnel de vento,

maior é o rendimento por causa da baixa turbulência, sendo que quanto mais perto do

túnel, maior ela será.

Se colocarmos a geração de energia lado a lado é possível analisar, de que o

aerogerador na posição 1, com a frequência máxima do túnel de vento é o que gera

mais energia. Para conclusão acadêmica e para o objetivo ser atingido, o ponto ideal

é a 500mm com a rpm do túnel de vento a 1900, aonde seriam gerados 5 volts com

216 rpm.

Após essa conclusão ser atingida e com o objetivo de melhoria continua, uma

nova bateria de testes foi realizada. Primeiramente o rolamento do motor utilizado foi

lixado, acompanhado de uma lubrificação com desengripante.

O aerogerador foi posicionado a 500mm com relação ao túnel de vento, a uma

rpm de 1900 e um ângulo de 20º em relação a base foi estabelecido na pá para a

padronização do teste. A tabela 11, mostram os resultados encontrados.

017

36

63

90

120134

168 174186

216

16

6678

112 114

0

50

100

150

200

250

1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900

RP

M A

ero

gera

do

r

RPM Túnel de Vento

RPM AEROGERADOR POSIÇÃO 1 x RPM AEROGERADOR POSIÇÃO 2

RPM AEROGERADOR POSIÇÃO 1 RPM AEROGERADOR POSIÇÃO 2

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88

TABELA 11 – TESTES APÓS LIMPEZA DO MOTOR

DISTÂNCIA VELOCIDADE DO VENTO RPM AEROGERADOR TENSÃO RPM TÚNEL DE

VENTO

0,5 m 2.8 m/s 0 rpm 0 v 1000 rpm

0,5 m 2.7 m/s 120 rpm 3.1 v 1100 rpm

0,5 m 3.3 m/s 150 rpm 4 v 1200 rpm

0,5 m 3.9 m/s 180 rpm 4.7 v 1300 rpm

0,5 m 4.2 m/s 210 rpm 5.4 v 1400 rpm

0,5 m 4,7 m/s 240 rpm 6 v 1500 rpm

0,5 m 5 m/s 270 rpm 6.5 v 1600 rpm

0,5 m 5.3 m/s 300 rpm 7.2 v 1700 rpm

0,5 m 6 m/s 360 rpm 7.7 v 1800 rpm

0,5 m 6 m/s 420 rpm 8.4 v 1900 rpm

FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

O regime de funcionamento do aerogerador só foi encontrado a partir da rpm

de 1400, pois a pá nessa posição ganha em rpm mas perde em torque. Para

solucionar isso, o teste foi realizado inversamente, começando pela rpm mais alta, de

1900 e reduzindo até 1000 rpm (respeitando que o regime de funcionamento para

cada frequência fosse atingido).

No gráfico 18 é possível analisar o fenômeno em que a tensão aumenta

conforme a velocidade.

GRÁFICO 18 – TENSÃO X VELOCIDADE DO VENTO – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

Igualmente a rpm aumenta conforme o aumento da velocidade do vento, pode

ser visto no gráfico 19.

0

3,14

4,75,4

66,5

7,27,7

8,4

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

2,8 2,7 3,7 3,9 4,2 4,7 5 5,3 6 6

Ten

são

[v]

Velocidade do Vento [m/s]

TENSÃO x VELOCIDADE DO VENTO

TENSÃO

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89

GRÁFICO 19 – RPM X VELOCIDADE DO VENTO – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

O gráfico 20 apresenta a evolução da tensão em relação ao aumento do

número de rpm do aerogerador.

GRÁFICO 20 – TENSÃO X RPM – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

Por fim, o gráfico 21 apresenta a relação entre a rpm do aerogerador x

frequência do túnel de vento. O aumento é facilmente visível.

0

120150

180210

240270

300

360

420

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

2,8 2,7 3,7 3,9 4,2 4,7 5 5,3 6 6

RP

M A

ero

gera

do

r

Velocidade do Vento [m/s]

RPM x VELOCIDADE DO VENTO

RPM AEROGERADOR 1

0

3,1

44,7

5,46

6,57,2

7,78,4

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

0 120 150 180 210 240 270 300 360 420

Ten

são

[v]

RPM Aerogerador

TENSÃO X RPM

TENSÃO

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GRÁFICO 21 – RPM AEROGERADOR X FREQUENCIA TUNEL DE VENTO – FONTE: PRÓPRIO

AUTOR, 2016

Com todos os dados necessários, é possível analisar a relação entre a tensão

e a rpm do aerogerador, quando uma aumenta a outra consequentemente irá

aumentar. A tensão é a causa da rpm do aerogerador. Com as pequenas melhorias

realizadas na limpeza do motor, foi possível ver um aumento expressivo de

aproximadamente 40 % da tensão em relação aos primeiros testes.

O gráfico 22 compara as tensões das baterias de teste 1 e 2, a 500 mm. A cor

azul representa a tensão 1, referente ao primeiro teste, enquanto a cor verde

representa a tensão obtida no segundo teste.

GRÁFICO 22 – TENSÃO 1 X TENSÃO 2 – FONTE: PRÓPRIO AUTOR, 2016

0

120150

180210

240270

300

360

420

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900

RP

M A

ero

gead

or

RPM Túnel de Vento

RPM AEROGERADOR x RPM TUNEL DE VENTO

RPM AEROGERADOR POSIÇÃO 1 / CENÁRIO 3

0,50,95

1,52,4

3,15 3,54

4,455 5

0

3,14

4,75,4

66,5

7,27,7

8,4

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

2,8 2,7 3,7 3,9 4,2 4,7 5 5,3 6 6

Ten

são

[V

]

Velocidade do Vento [m/s]

TENSÃO CENÁRIO 1 X TENSÃO CENÁRIO 3

TENSÃO CENÁRIO 1 TENSÃO CENÁRIO 3

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91

Após todos os dados serem analisados, é possível afirmar que o ponto ótimo

do aerogerador fica a 500 mm, com um ângulo da pá a 20º da do centro, com uma

rpm de 1900, aonde o aerogerador atinge 420 rpm e gera uma tensão de 8.4v à 6m/s.

Como forma de certificação dos resultados foram realizadas novas medições,

uma com o anemômetro posicionado na saída do aerogerador aonde indicou uma

velocidade de 12,9 m/s, a segunda medição foi realizada com o anemômetro a frente

das pás do aerogerador e indicou uma velocidade de 7,5 m/s e a última com o

anemômetro posicionado atrás das pás do protótipo, replicando a posição inicial dos

testes, que indicou 5,8 m/s. Analisando as novas medições é possível afirmar que as

quais corroboram para os resultados inicialmente obtidos e confirmam a consistência

dos dados primitivos.

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92

16. CONCLUSÃO

Após um ano de trabalho, pesquisas, erro e acertos o projeto foi concluído e

o objetivo foi alcançando. Durante a primeira fase do desenvolvimento do projeto foi

evidenciada a tendência mundial do crescimento do uso de energias renováveis,

principalmente a energia eólica, não somente no uso industrial, mas também no uso

residencial. No mercado existem várias grandes empresas que comandam o mercado

e possuem um nível de engenharia altíssimo aplicado na construção de

aerogeradores e geração de energia.

Dentro do tempo, ferramentas e orçamento disponíveis, foi possível a

construção de um protótipo que, dentro do avanço do seu desenvolvimento, pode

representar o curso de engenharia mecânica. Um estudo complexo sobre perfil de pás

foi realizado, com o intuito de trazer para o âmbito acadêmico uma explicação sucinta

dos anos de engenharia aplicado pelas grandes empresas.

Durante o processo de fabricação, houveram alguns problemas e erros com

o projeto. O material utilizado para a confecção das pás não é o ideal, deixando-as

com sobrepeso, causando assim um problema com relação aos ângulos necessários

para o melhor aproveitamento do vento, que também não foram alcançados devido à

falta de equipamentos necessários. O motor gerador disponível para o projeto não é

o ideal, ele é superdimensionado, para suprir o aerogerador é recomendado a

utilização de um motor gerador com Torque de 0,000141638 Nm e 0,00652618

Cavalo-vapor.

Apesar dos problemas, o número de acertos e ganhos foi maior. A um ano

atrás, além do desenvolvimento desse projeto ser contestado pela sua dificuldade, a

equipe não possuía nada além de materiais de pesquisa. Aplicando 5 anos de

conhecimento ganho através do curso de engenharia mecânica foi possível encontrar

uma maneira de transportar todo esse conhecimento e investimento já existente

dentro desse ramo e traze-lo de uma forma simples para a academia. O protótipo

apesar de rustico mostra como é possível, através de muito esforço, determinação,

foco e estudo, o desenvolvimento e criação de uma ideia.

Ao longo dos testes foram possíveis comprovar algumas teorias e evidenciar

acertos e erros. Os resultados obtidos através dos cálculos, não podem ser

comparados com os testes realizados pois existe um problema em relação ao

funcionamento dos equipamentos utilizados, assim como o protótipo não se encontra

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93

no ponto ideal. O capitulo teórico continua no trabalho, pois é possível analisar como

seriam os resultados em um ambiente com condições perfeitas. Por isso que, através

dos testes realizados, consideramos o protótipo um sucesso.

O conceito de engenharia é solucionar problemas, e acredita-se que através

desse projeto um passo para o futuro está sendo dado, e quem sabe, muitos

problemas serão solucionados através dele.

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94

17. PROJETOS FUTUROS

Parafraseando o grande poeta inglês William Wordsworth, para começar,

comece! O primeiro e mais difícil passo de um projeto foi dado, que é a construção de

algo novo. Como relatado durante todo esse trabalho, o projeto apresentou algumas

falhas, não por falta de vontade de melhorar, mas sim falta de tempo, investimento,

ferramentas necessárias.

A equipe acredita que os próximos passos listados a seguir, serão de grande

valia para a universidade, para o conhecimento dos alunos e também para um

possível e atrativo produto de mercado.

Começando com o estudo e desenvolvimento das pás do aerogerador,

dimensionamento de um novo motor, estudo dos materiais corretos para a construção,

desenvolvimento de uma estrutura para micro geração de energia, sistema

multiplicador de engrenagens.

Esses são alguns passos que podem ser dados nos próximos períodos,

esperamos ver daqui alguns anos o projeto Aerogerador de Eixo Vertical, encontrando

seu ponto ótimo e sendo uma verdadeira tendência no mercado.

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95

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97

APENDICÊS

APENDICE A – CRONOGRAMA PARA PRIMEIRA ENTREGA

ATIV

IDAD

EIN

ICIO

FIM1

23

45

67

89

1011

1213

1415

1617

1819

2021

2223

2425

26

PERIO

DO DE

IDEIA

S28

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14/a

go

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17/a

go18

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TEM

BRO

OUTU

BRO

NOVE

MBR

O

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98

APENDICE B – FORMULÁRIO DE PESQUISA DE MERCADO

Andrés Martin Samways Valinas ; Carlos Eduardo Moreira ; Guilherme Orso

VOCÊ CONSIDERA A ENERGIA ELÉTRICA CARA ?

SIM NÃO OUTROS:

QUAL É O CONSUMO MÉDIO DE ENERGIA, EM REAIS, NA SUA RESIDÊNCIA ?

ate R$100 entre R$100 e R$200 acima de R$200

OCORRE ALGUM TIPO DE RACIONAMENTO DE ENERGIA NA SUA RESIDÊNCIA ?

SIM NÃO OUTROS:

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR SOBRE ENERGIA RENOVÁVEL ?

SIM NÃO OUTROS:

NA SUA OPINIÃO, O GOVERNO INCENTIVA O USO DE RECURSOS RENOVÁVEIS ?

SIM NÃO OUTROS:

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR SOBRE ALGUM PROGRAMA DO GOVERNO DE INCENTIVO EM ENERGIA RENOVÁVEIS ?

SIM NÃO OUTROS:

VOCÊ INVESTIRIA EM ALGUM TIPO DE ENERGIA RENOVÁVEL PARA SUA RESIDENCIA ?

SIM NÃO OUTROS:

QUAL TIPO DE ENERGIA RENOVÁVEL VOCÊ USARIA ?

EOLICA SOLAR OUTROS:

VOCÊ ESTARIA DISPOSTO EM INVESTIR EM ENERGIA EÓLICA ?

SIM NÃO OUTROS:

HÁ ESPAÇO PARA UM MINI AEROGERADOR EM SUA RESIDENCIA/COMÉRCIO ?

SIM NÃO OUTROS:

HAVERIA ALGUM INTERESSE EM INSTALAR UM MINI AEROGERADOR EÓLICO EM SUA RESIDÊNCIA/COMÉRCIO ?

SIM NÃO OUTROS

QUE VALOR VOCÊ ESTARIA DISPOSTO INVESTIR ?

ate R$1500,00 ate R$5000,00 acima de R$ 5000,00

DATA NOME/ASSINATURA

10

11

12

QUESTÕES

PESQUISA DE MERCADO

O formulário a seguir serve como pesquisa de mercado para definições de paramêtro do projeto do Trabalho de Conclusão de Curso 1, do curso de

Engenharia Mecânica, da Universidade Tuiuti do Paraná.

Equipe

6

7

8

9

1

2

3

4

5

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99

APENDICE C – CRONOGRAMA SEGUNDA ENTREGA

ATIVID

ADEINIC

IOFIM

12

34

910

1112

1314

1516

12

34

910

1112

1314

1516

CORREÇ

ÃO DO

TRABAL

HO ESC

RITO

01/fev

27/fev

DESENV

OLVIME

NTO DA

PARTE

TEÓRIC

A27/

fev17/

abr

REVISÃ

O PART

E ESCRI

TA15/

abr18/

abr

TERCEI

RA ENT

REGA D

O TCC

19/abr

19/abr

COMPRA

S DOS

MATER

IAIS(co

ntrução

protóti

po)20/

abr30/

abr

CONSTR

UÇÃO D

O PROT

ÓTIPO

20/abr

05/jun

RECEBI

MENTO

CÓPIA

S CORRI

GIDAS

E CORRE

ÇÃO DO

TRABAL

HO30/

abr10/

mai

DESENV

OLVIME

NTO DA

PARTE

TEÓRIC

A02/

mai

05/jun

REALIZA

ÇÃO DE

TESTES

28/ma

i05/

jun

REVISÃ

O PART

E ESCRI

TA03/

jun06/

jun

NO PR

AZO

ATRASA

DO

MAIO

JUNHO

CRONO

GRAMA

TCC 201

5/2016

PRO

JETO A

EROGER

ADOR

JANEIR

OFEV

EREIRO

MARÇO

ABRIL

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100

APENCIDE D – FMEA SYSTEM

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101

APENDICE E – FMEA DESIGN

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102

APENDICE F – DESENHOS TÉCNICOS

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120°

30

12

20 95

10

M6

10

4,5

0 M

6

AEROGERADOR DE EIXO HORIZONTAL

FlangeCarlos E.

PESO:

AÇO SAE 1020A4

FOLHA 1 DE 6ESCALA:1:1

DES. Nº

TÍTULO:

(NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO)

MATERIAL:DATAASSINATURANOME

ACABAMENTO:

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS.

APROV.

VERIF.

DES.

Guilherme Orso

Andrés Valinas

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ.

Engenharia MecânicaZincado

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102,93 6

9,68

39,54

25,

96

51,47

M12

102,93

70

22

35

110,50

145

70

AEROGERADOR DE EIXO HORIZONTAL

Suporte para o MotorCarlos E.

PESO:

AÇO SAE 1020A4

FOLHA 2 DE 6ESCALA:1:2

DES. Nº

TÍTULO:

(NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO)

MATERIAL:DATAASSINATURANOME

ACABAMENTO:

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS.

APROV.

VERIF.

DES.

Guilherme Orso

Andrés Valinas

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ.

Engenharia MecânicaPintura liq. (ocre)

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1000

21

,30

120

0

250

2

AEROGERADOR DE EIXO HORIZONTAL

Base do aerogeradorCarlos E.

PESO:

AÇO SAE 1020A4

FOLHA 3 DE 6ESCALA:1:10

DES. Nº

TÍTULO:

(NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO)

MATERIAL:DATAASSINATURANOME

ACABAMENTO:

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS.

APROV.

VERIF.

DES.

Guilherme Orso

Andrés Valinas

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ.

Engenharia MecânicaPintura liq. (ocre)

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10

2

12

60

70

12

222

11

36

95 32

3

AEROGERADOR DE EIXO HORIZONTAL

Motor FCM - 1,25 HP - 180 VcCarlos E.

PESO:

-A4

FOLHA 4 DE 6ESCALA:1:2

DES. Nº

TÍTULO:

(NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO)

MATERIAL:DATAASSINATURANOME

ACABAMENTO:

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS.

APROV.

VERIF.

DES.

Guilherme Orso

Andrés Valinas

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ.

Engenharia Mecânica-

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5 1

2

3

4

Nº DO ITEM Nº DA PEÇA QTD.

1 ASA AEROGERADOR 5

2 barra Roscada M6 23 porca M6 14

4 espuma expansiva 4

5 massa plastica 1

AEROGERADOR DE EIXO HORIZONTAL

Perfil pá NREL S834x450mmCarlos E.

PESO:

-A4

FOLHA 5 DE 6ESCALA:1:2

DES. Nº

TÍTULO:

(NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO)

MATERIAL:DATAASSINATURANOME

ACABAMENTO:

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS.

APROV.

VERIF.

DES.

Guilherme Orso

Andrés Valinas

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ.

Engenharia Mecânica-

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AEROGERADOR DE EIXO HORIZONTAL

Conjunto montadoCarlos E.

PESO:

-A4

FOLHA 6 DE 6ESCALA:1:10

DES. Nº

TÍTULO:

(NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO)

MATERIAL:DATAASSINATURANOME

ACABAMENTO:

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS.

APROV.

VERIF.

DES.

Guilherme Orso

Andrés Valinas

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ.

Engenharia Mecânica-

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FMEA Design

Executado

André Hubert e Amauri

Aprovado Data FMEA no. 1 Rev. 1 Página no. 1

Efeitos da falha (4) (5) (9) (PoxSxPd)

NºNome do componente / processo /

operação ou principal funçãoFunção Potencial Modo de Falha Potencial Efeito da Falha

Clie

nte

Inte

rno

Potencial Causa da Falha Verificação do Projeto

Oc

orr

ên

cia

(P

o)

Se

ve

rid

ad

e (

S)

De

tec

çã

o (

Pd

)

me

ro d

e

Pri

ori

da

de

de

Ris

co

(R

PN

.)

Crí

tic

o

Ação Recomendada

Re

sp

on

ve

l

Pra

zo

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

VAZÃO DIMINUI X X HÉLICE MAL CALCULADA ESPECIFICAR HÉLICES NO DESENHO 1 9 1 9 X Teste de qualidade Carlos 13/nov

HELICE QUEBRA X X ESCOLHADA INCORRETA DO MATERIALESPECIFICAÇÕES DO MATERIAL NO

DESENHO1 9 1 9 X Teste de qualidade Carlos 13/nov

SISTEMA DESBALANCEADO X SISTEMA MAL MONTADO/ MAL CALCULADOESPECIFICAR MONTAGEM NO

DESENHO E MANUAL1 5 1 5

NÃO GIRA O ROTOR X SISTEMA MAL MONTADO/PEÇAS DEFEITUOSASESPECIFICAR MONTAGEM NO

DESENHO E MANUAL3 9 1 27 X Treinamento de técnico para montagem do equipamento Carlos 13/nov

RENDIMENTO DIMINUI X SISTEMA MAL MONTADO/ PEÇAS DEFEITUOSAS/ MAL CALCULADOESPECIFICAR MONTAGEM NO

DESENHO E MANUAL2 5 1 10

VAZÃO DIMINUI X SISTEMA MAL MONTADO/PEÇAS DEFEITUOSAS/MAL CALCULADOESPECIFICAR MONTAGEM NO

DESENHO E MANUAL2 5 1 10

SUPER AQUECIMENTO QUEIMAR O MOTOR X X SISTEMA MAL DIMENSIONADOESPECIFICAR MONTAGEM NO

DESENHO E MANUAL3 9 10 270 X Teste de funcionamento Andrés 13/nov

ROLAMENTO PRESO ROTOR NÃO GIRA XPEÇAS DEFEITUOSAS / SEM LUBRIFICAÇÃO / MA QUALIDADE DO MATERIAL DO

ROLAMENTO

ESPECIFICAR MONTAGEM NO

DESENHO E MANUAL4 9 10 360 X Teste de funcionamento Andrés 13/nov

ROLAMENTO QUEBRADO ROTOR NÃO GIRA X PEÇAS DEFEITUOSAS / MA QUALIDADE DO MATERIAL DO ROLAMENTOESPECIFICAR MONTAGEM E MATERIAL

NO DESENHO4 9 10 360 X Teste de funcionamento Andrés 13/nov

CABOS DESCONECTADOS NÃO TRANSMISSÃO DE ENERGIA X X ESPECIFICAÇÃO INCORRETA DE MONTAGEMESPECIFICAR MONTAGEM NO

DESENHO E MANUAL6 9 10 540 X Teste de funcionamento Andrés 13/nov

INFILTRAÇÃO DE ÁGUA X X MATERIAL DE BAIXA QUALIDADE / MANUSEIO INCORRETO ESPECIFICAÇÕES NO DESENHO 6 2 5 60

DETERIORIZAÇÃO DO ROTOR X X MONTAGEM INCORRETA ESPECIFICAÇÕES NO DESENHO 3 2 5 30

AUMENTO DO RUIDO X MONTAGEM INCORRETA ESPECIFICAÇÕES NO DESENHO 3 6 5 90

RENDIMENTO DIMINUI X MONTAGEM INCORRETA / MAL CALULADA ESPECIFICAÇÕES NO DESENHO 1 1 10 10

DIRECIONAMENTO ERRADO DAS HÉLICES X X MONTAGEM INCORRETA / MAL CALULADA ESPECIFICAÇÕES NO DESENHO 1 1 10 10

MÁ OU NÃO FIXAÇÃO NA ESTRUTURA X MONTAGEM INCORRETA / MAL CALULADA ESPECIFICAÇÕES NO DESENHO 6 6 10 360 X Poka Yoke de Montagem Orso 13/nov

INFILTRAÇÃO DE ÁGUA X MONTAGEM INCORRETA / MATERIAL VEDANTE DE BAIXA QUALIDADE ESPECIFICAÇÕES NO DESENHO 3 1 10 30

DETERIORIZAÇÃO DO ROTOR X X MONTAGEM INCORRETA / MATERIAL VEDANTE DE BAIXA QUALIDADE ESPECIFICAÇÕES NO DESENHO 3 1 10 30

REDUÇÃO DA VAZÃO X INSTALÇÃO INCORRETAESPECIFICAÇÕES NO MANUAL /

TREINAMENTO DO TÉCNICO5 1 10 50

RENDIMENTO DIMIUI X INSTALÇÃO INCORRETAESPECIFICAÇÕES NO MANUAL /

TREINAMENTO DO TÉCNICO5 1 10 50

MÁ CAPTAÇÃO CORRETA DO VENTO X INSTALÇÃO INCORRETAESPECIFICAÇÕES NO MANUAL /

TREINAMENTO DO TÉCNICO5 1 10 50

PODE OCASIONAR QUEBRA DA HASTE X INSTALÇÃO INCORRETAESPECIFICAÇÕES NO MANUAL /

TREINAMENTO DO TÉCNICO5 8 10 400 X Verificar tabela de tensões admissiveis Orso 13/nov

NÃO FUNCIONAMENTO X INSTALÇÃO INCORRETAESPECIFICAÇÕES NO MANUAL /

TREINAMENTO DO TÉCNICO5 10 1 50

EQUIPAMENTO NÃO PODE SER INSTALADO X X INSTALÇÃO INCORRETAESPECIFICAÇÕES NO MANUAL /

TREINAMENTO DO TÉCNICO5 10 1 50

CARCAÇA QUEBRADA

CARCAÇA MAL DIMENSIONADA

MAL VEDADO

4 ESTRUTURAHASTE DE FIXAÇÃO DO

CONJUNTO

MAL DIMENSIONADO

FALTA DE COMPONENTE

2 MOTOR/ROTOR

TRANSFORMAR A ENERGIA

CINÉTICA DO VENTO EM

ENERGIA MECÂNICA

3 INVOLUCRO

PROTEGER MOTOR/ROTOR E

DIRECIONAR HÉLICES PARA A

MELHOR CAPTÇÃO DO VENTO

Líder do projeto 24/11/2015

Caracterização da Falha Avaliação da situação atual Ação / Resultados

1 HÉLICESCAPTAR O VENTO PARA GIRAR

O EIXO DO ROTOR

HÉLICE TRINCADA

FALTA DE UMA HÉLICE

Design FMEA

Nome do Sub-conjunto

No do Produto / Processo

Cliente Projeto Aerogerador

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FMEA Design

Ob

se

rva

çõ

es

18

Ação / Resultados

Aerogerador

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FMEA System

Executado Nome do Sub-conjunto

No do Produto / Processo

André Hubert e Amauri Projeto Aerogerador

Aprovado Data FMEA no. 1 Rev. 1 Página no. 1

Nº Nome do sub-conjunto Função Requisitos EspecíficosExperiência existente de

projeto

Provável detecção da

falhaManuseio e Embalagem Verificação de Projeto Efeitos da falha

Ris

co

([5

]*[6

]*[7

]*[8

]*[

9].

)

Ação Recomendada

Re

spo

nsá

vel

Pra

zo

Ob

serv

açõ

es

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

CONDUZIR O VENTO 2 1 1 3 4 24

NÃO TRAVAR 2 1 1 3 4 24

NÃO QUEBRAR 2 1 1 3 5 30

NÃO SOLTAR 2 1 1 3 5 30

SUPORTAR VENTO

LIMITE MÁXIMO2 4 1 3 3 72 DETERMINAR VAZÃO CALCULANDO ORSO 15 DIAS

HÉLICES RESISTENTE

AS INTEMPÉRIES2 3 1 3 1 18

SISTEMA

BALANCEADO2 3 1 3 2 36

ISOLAMENTO

ELÉTRICO2 5 1 3 5 150 DETERMINAR MATERIAL ISOLAMENTO ORSO 15 DIAS

ISOLAMENTO

TÉRMICO2 5 1 3 3 90 DETERMINAR MATERIAL ISOLAMENTO ORSO 15 DIAS

IMPERMEABILIDADE 2 5 1 3 1 30

ROLAMENTOS

ALINHADOS2 5 1 3 1 30

ROLAMENTOS SEM

DEFORMÇÕES2 5 1 3 1 30

ROLAMENTOS

LUBRIFICADOS2 5 1 3 1 30

CARCAÇA

IMPERMEAVEL2 2 1 2 2 16

AERODINAMICAMENTE

DEFINIDA2 5 1 2 1 20

CARCAÇA

RESISTENTE AS

INTEMPÉRIES

2 1 1 2 1 4

RESISTENCIA A

QUEBRA2 1 1 1 5 10

BASE BASCULANTE 2 1 1 1 5 10

ESTRUTURA

RESISTENTE AS

INTEMPÉRIES

2 1 1 1 5 10

ACESSÓRIOS DE

FIXAÇÃO2 1 1 1 5 10

3 INVÓLUCRO

PROTEGER

MOTOR/ROTOR E

DIRECIONAR HÉLICES

PARA A MELHOR

CAPTÇÃO DO VENTO

4 ESTRUTURAHASTE DE FIXAÇÃO

DO CONJUNTO

1 HÉLICE

CAPTAR O VENTO

PARA GIRAR O EIXO

DO ROTOR

2 MOTOR/ROTOR

TRANSFORMAR A

ENERGIA CINÉTICA DO

VENTO EM ENERGIA

MECÂNICA

System FMEA

Cliente

Líder do projeto 24/11/2015

Avaliação da situação atual Ação / Resultados

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FMEA System