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SADC HOJE Vol. 17 No 2 Fevereiro 2015 por Kizito Sikuka O ANO 2015 promete ser estimulante para a África Austral, com importantes processos regionais a serem concluídos e as metas para os marcos regionais e globais progredindo durante os próximos 12 meses. A região deverá definir a sua estratégia de industrialização, quando os líderes dos 15 Estados-Membros convergirem no Zimbabwe este ano para uma cimeira extraordinária que irá moldar a agenda global de integração para a região. A cimeira, que está provisoriamente marcada para Abril / Maio, vi discutir formas para a região melhorar a sua capacidade industrial, pois pretende deixar de ser centrada numa economia de consumo e de exportação de bens, adoptando uma postura virada para o desenvolvimento sustentável com base no aproveitamento das mais-valias. Na Cimeira realizada em Victoria Falls, Zimbabwe, em Agosto de 2014, os Chefes de Estado e de Governo da SADC mandataram o Grupo de Trabalho Ministerial sobre a Integração Económica Regional para, até Março de 2015, desenvolver uma estratégia e roteiro para a industrialização da região. POLÍTICA 3 LIDERANÇA 4-5 PAZ E SEGURANÇA 6 ENERGIA 7 UNIÃO AFRICANA 8-9 RISCO DE DESASTRES 10-11 MUDANÇAS CLIMÁTICAS 12 COMÉRCIO 13 BREVES NEGÓCIOS 14 EVENTOS 15 HISTÓRIA HOJE 16 2015 Integração Regional Rumo a um Futuro Comum Os líderes determinaram que o Grupo de Trabalho Ministerial engloba os Ministros responsáveis pelo Comércio e Indústria, Finanças, Planeamento Económico e Desenvolvimento de Infra-estrutura, deverá ser apoiado por uma equipa técnica de industrialização. A Cimeira também considerou o projecto de Revisão do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional (RISDP) 2015- 2020 e endossou a decisão do Conselho de que Comité de Ministros do Comércio, assistido pelo Secretariado, deve rever a Prioridade A no RISDP revisto, particularmente o alinhamento dos resultados sobre o desenvolvimento industrial e a liberalização do comércio de modo a garantir que industrialização seja prioritária. A Cimeira anotou que a implementação do pilar sobre o desenvolvimento industrial e integração do mercado foi afectada pelas questões comerciais, havendo pouco progresso na componente de industrialização. O Secretariado contratou uma equipa de especialistas/organizações proeminentes para apoiar os Estados-Membros no desenvolvimento de uma estratégia e um roteiro prático, eficaz e exequível para a industrialização da região. continua na página 2... Á FRICA AUSTRAL HOJE

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SADC HOJE Vol. 17 No 2 Fevereiro 2015

por Kizito Sikuka

O ANO 2015 promete ser estimulantepara a África Austral, com importantesprocessos regionais a serem concluídos eas metas para os marcos regionais eglobais progredindo durante os próximos 12meses.

A região deverá definir a sua estratégia deindustrialização, quando os líderes dos 15Estados-Membros convergirem no Zimbabweeste ano para uma cimeira extraordinária queirá moldar a agenda global de integração paraa região.

A cimeira, que está provisoriamentemarcada para Abril / Maio, vi discutirformas para a região melhorar a suacapacidade industrial, pois pretende deixarde ser centrada numa economia de consumoe de exportação de bens, adoptando umapostura virada para o desenvolvimentosustentável com base no aproveitamentodas mais-valias.

Na Cimeira realizada em Victoria Falls,Zimbabwe, em Agosto de 2014, os Chefes deEstado e de Governo da SADC mandataramo Grupo de Trabalho Ministerial sobre aIntegração Económica Regional para, atéMarço de 2015, desenvolver uma estratégiae roteiro para a industrialização da região.

POLÍTICA 3

LIDERANÇA 4-5

PAZ E SEGURANÇA 6

ENERGIA 7

UNIÃO AFRICANA 8-9

RISCO DE DESASTRES 10-11

MUDANÇAS CLIMÁTICAS 12

COMÉRCIO 13

BREVES NEGÓCIOS 14

EVENTOS 15

HISTÓRIA HOJE 16

2015Integração Regional Rumo a um Futuro Comum

Os líderes determinaram que o Grupo deTrabalho Ministerial engloba os Ministrosresponsáveis pelo Comércio e Indústria,Finanças, Planeamento Económico eDesenvolvimento de Infra-estrutura, deveráser apoiado por uma equipa técnica deindustrialização.

A Cimeira também considerou o projectode Revisão do Plano Estratégico Indicativode Desenvolvimento Regional (RISDP) 2015-2020 e endossou a decisão do Conselho deque Comité de Ministros do Comércio,assistido pelo Secretariado, deve rever aPrioridade A no RISDP revisto,particularmente o alinhamento dosresultados sobre o desenvolvimentoindustrial e a liberalização do comércio demodo a garantir que industrialização sejaprioritária.

A Cimeira anotou que a implementação dopilar sobre o desenvolvimento industrial eintegração do mercado foi afectada pelasquestões comerciais, havendo poucoprogresso na componente de industrialização.

O Secretariado contratou uma equipa deespecialistas/organizações proeminentespara apoiar os Estados-Membros nodesenvolvimento de uma estratégia e umroteiro prático, eficaz e exequível para aindustrialização da região.

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ÁFRICAAUSTRALHOJE

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2 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Fevereiro 2015

C O N T I N U A Ç Ã O D A P Ã G I N A 1

A importância daindustrialização foi reconhecidapelos líderes da SADC já em2003, quando adoptaram oRISDP, que, entre outros,defenderam a diversificação daestrutura industrial e asexportações, com mais ênfasenas mais-valias em todos ossectores até 2015.

O Protocolo da SADC sobreo Comércio reconhece ainda aimportância da industrializaçãono contexto da implementaçãoda Área de Comércio Livre daSADC (ACL).

O artigo 4 (2) do Protocoloda SADC sobre o Comércioafirma que a eliminação dosdireitos de importação noâmbito da ACL da SADC "deveser acompanhada de umaestratégia de industrializaçãop a r a m e l h o r a r acompetitividade dos Estados-Membros".

Dada a importânciaatribuída a industrialização,uma série de iniciativas estãoem curso.

A iniciativa mais abrangenterelaciona-se com o Programade Modernização Industrial(IUMP), adoptado pelo Comitéde Ministros do Comércio em2009, que visa implementar acomponente sobre aindustrialização no RISDP.

O IUMP procura fortalecer acompetitividade da capacidadeindustrial existente e promovero desenvolvimento de cadeiasde valores regionais em sectoresseleccionados em toda a região.No que diz respeito à igualdadedo género, 2015 é considerado oponto de viragem para a SADCporque este ano marca o prazopara o cumprimento doobjectivo da igualdade derepresentação de mulheres ehomens nos principais cargosde tomada de decisão.

Apesar dos progressossignificativos feitos para aconsecução da meta de 50:50 narepresentação do género noscargos de tomada de decisão,

muito ainda está por ser feitopara garantir que isso sejaalcançado até o final de 2015.

De acordo com o Monitordo Género da SADC produzidoem 2013 pelo Centro deDocumentação e Pesquisa daÁfrica Austral para a Unidadede Género da SADC, apenascinco Estados Membros daSADC estavam perto da metade paridade no parlamento nosmeados de 2013, tendo idoacima de 30 por cento, anteriormeta estabelecida pelos líderesregionais.

Trata-se das Seychelles (43,8por cento), África do Sul (42,3por cento), Moçambique (39,2por cento), Tanzânia (36 porcento) e Angola (34,1 por cento).O Zimbabwe (31,5 por cento)juntou-se a esta lista após aseleições realizadas a 31 de Julhode 2013, enquanto vários outrospaíses da SADC estão aindaabaixo da marca de 20 por cento.

A União Africana declarou2015 como o ano do"Empoderamento das Mulherese Desenvolvimento Rumo aAgenda de África 2063 ", paraincentivar os países a acelerar aimplementação de protocolos einstrumentos destinados apromover a igualdade eparidade do género.

No cenário político, trêspaíses - Zâmbia, Lesotho eRepública Unida da Tanzânia -vão às urnas durante o ano paraeleger uma nova liderança.

A Zâmbia realizou eleiçõesnos dias 20 e 21 de Janeiro deescolher um novo líder após amorte do presidente MichaelSata, em Outubro de 2014.

O ex-ministro da Justiça eda Defesa, Edgar Lungu, foieleito presidente. Ele se tornasexto presidente da Zâmbiadesde a independência a 24 deOutubro de 1964.

Lungu estará no cargo até aspróximas eleições geraisprevistas para 2016.

O Lesotho vai realizar assuas eleições a 28 de Fevereiro

para eleger um novo governo.Isto surge após um acordomediado pela SADC paraantecipar as eleições de 2017 deforma a assegurar que aestabilidade retorne ao Reinona sequência de uma alegadatentativa de golpe em Agostode 2014.

O Facilitador da SADC, ovice-presidente Sul-AfricanoCyril Ramaphosa, liderou oesforço regional para criar paz eestabilidade no Lesotho apósdistúrbios no país no anopassado.

Tanzânia ainda está pormarcar a data das suas eleiçõespresidenciais e parlamentares.O país sempre realizou eleiçõesno último trimestre do ano.

De acordo com aConstituição da Tanzânia,Jakaya Kikwete, Presidente emexercício, não vai participar naseleições por ter cumprindo oseu segundo e último mandato.

A Tanzânia também vairealizar um referendo sobreuma nova Constituição a 30 deAbril. Caso seja aprovada, anova Constituição vai substituira que vigora desde 1977.

A SADC tambémconfrontou-se durante o anocom a situação de segurança noleste da República Democráticado Congo, onde as actividadesdos rebeldes continuam apesarde um acordo de paz.

O desenvolvimento deinfra-estruturas de energiacontinuará a ser uma dasprincipais áreas de intervençãoem 2015, já que uma rede detransporte eficiente e eficaz emtermos de custos e fontes deenergia estáveis é fundamentalpara uma economia próspera,tanto a nível nacional e regional.

Com relação aodesenvolvimento de energia, aÁfrica Austral espera fazerprogressos no sentido deaumentar o uso de energia limpae alternativa, através da criaçãodo Centro Regional da SADCpara as Energias Renováveis eEficiência Energética.

Um total de cinco países -Botswana, Moçambique,Namíbia, África do Sul eZimbabwe – manifestaraminteresse em sediar o centro queiria liderar a promoção dodesenvolvimento das energiasrenováveis na região.

O outro marco importantepara a SADC e do resto dacomunidade global será atingiros objectivos estabelecidos nosObjectivos de Desenvolvimentodo Milénio (ODM).

A comunidade globalconcordou em desenvolver osObjectivos de DesenvolvimentoSustentável para garantir que adinâmica alcançada naexecução dos ODM sejamantida. r

A SADC assumiu a liderança da União Africana após a eleição deseu candidato, o Presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe comopresidente da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da UA.Mugabe, que é o actual Presidente da SADC, vai liderar a UA atéo próximo ano, e substitui do cargo o Presidente Mauritano,Mohamed Ould Abdel Aziz. Ele terá como primeiro vice-presidente Joseph Kabila, Presidente da República Democráticado Congo; Mahamadou Issoufou, do Níger, e Uhuru Kenyatta, doQuénia, como segundo e terceiro vice-presidentes,respectivamente. r

SADC assume aliderança da UA

2015 Integração Regional Rumo a um Futuro Comum

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A SADC vai acolher este mês a4ª reunião do Grupo deTrabalho Multilateral derevisão do Plano EstratégicoIndicativo deDesenvolvimento Regional.

A reunião, que vai decorrerde 22 a 23 de Fevereiro emHarare, Zimbabwe, vai validaro conteúdo da versãoactualizada do RISDP 2015-2020 e do Projecto Quadro paraa sua Implementação.

A última reunião do grupode trabalho decorreu emVictoria Falls, Zimbabwe, emAgosto de 2014, na qual oprojecto do RISDP revisto foiapresentado ao Conselho deMinistros para aprovação.

No entanto, o Conselho deMinistros não aprovou aproposta do RISDP revisto einstruiu ao secretariado paraf inal izar o documentocolocando em destaque aindustrialização e suaestratégia de implementaçãopara análise em Março de 2015.

A proposta do RISDPrevisto 2015-2020, foiactualizada e um Quadrode Implementação foidesenvolvido.

Ambos os documentosestão sujeitos a novas consultascom o Grupo de TrabalhoMinisterial sobre a IntegraçãoEconómica Regional paragarantir que a industrializaçãoesteja no centro das atençõesnesta fase de integração naregião da SADC.

O RISDP revisto identificaquatro grandes prioridades aserem implementadas pelaregião de 2015 a 2020.

A prioridade A procura,entre outras coisas, promover odesenvolvimento industrial eintegração do mercado atravésdo reforço da competitividadee da oferta de capacidadedo lado produtivo dosEstados-Membros, bem comomelhorar a circulação demercadorias e facilitar aintegração do mercado

financeiro e cooperaçãomonetária.

A prioridade B centra-se namelhoria da infra-estrutura deapoio para a integraçãoregional.

A prioridade D diz respeitoa promoção de programasespeciais de dimensão regionalsem sectores como educaçãoe desenvolvimento de recursoshumanos; saúde, HIV/SIDA e outras doençastransmissíveis; segurançaalimentar e recursos naturaistransfronteiriços; ambiente;estatística; igualdade dogénero; e ciência, tecnologia einovação e pesquisa edesenvolvimento.

Grupo de Trabalho analisa RISDP revisto

P O L Í T I C A

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 3

As três prioridades acimaserão potenciadas pelaPrioridade C na promoção dapaz e da cooperação desegurança como umpré-requisito para a realizaçãoda agenda de integraçãoregional.

O RISDP é um planoestratégico de 15 anos,aprovado pelos líderes daSADC, em 2003, como umprojecto de integração edesenvolvimento regional.

O plano em avaliaçãodesde 2010 como partedos esforços para realinharagenda de desenvolvimentoda região, de acordocom as novas realidades

e d i n â m i c a s g l o b a i semergentes.

A primeira revisão foifeita pelo Secretariadoda SADC em 2010, seguida deuma avaliação independenteintercalar, em 2013, euma outra avaliação feita porum grupo de trabalhode múlt iplas partesinteressadas, conformedecidido pela Cimeira daSADC realizada em 2013 emLilongwe, Malawi.

Uma vez aprovado, oRISDP vai dar umimpulso para uma integraçãom a i s p r o f u n d a e n t r eos Estados Membros daSADC. r

SADC Desenvolve directrizes para a indústria extractiva

A ÁFRICA Austral está emprocesso de desenvolvimentode directrizes para a indústriaextractiva com o objectivo deajudar a região a aproveitar eexplorar plenamente os seusrecursos naturais, tais comominerais em reservas ou emáreas protegidas.

Isto ocorre pelo factoda SADC continuar a ser umadas mais pobres regiõesdo mundo, apesar dosabundantes recursos naturaisda região.

Por exemplo, a ÁfricaAustral alberga uma variedadede recursos naturais, incluindominerais, como diamantes,ouro e platina.

Além disso, cerca demetade de vanádio do mundo,platina, e diamantes sãooriginários da região,juntamente com cerca de 36por cento de ouro e 20 porcento de cobalto.

A este respeito, oSecretariado da SADC, com oapoio da União Internacionalpara a Conservação daNatureza (IUCN) e Programa

de Gestão da Biodiversidadee Áreas protegido, estáem processo de contratação deperitos para desenvolver oconteúdo para a indústriaextractiva Regional edirectrizes de biodiversidade.

A directriz regional serábaseada numa proposta econtribuições de um semináriosobre a indústria extractivaorganizado em Setembro de2014 pela SADC.

O seminário, que reuniu ogoverno, sector privado erepresentantes da sociedadecivil da indústria extractivae sector da biodiversidade,discutiu, entre outras coisas,a forma como esses doissectores podem trabalharem conjunto para reduziros impactos da exploraçãomineral e de hidrocarbonetosna biodiversidade eecossistemas associados naregião da SADC.

U m p r o j e c t o d eenquadramento das directrizesregionais foi desenvolvidopara orientar os governos e osector privado a considerar e

integrar de forma proactiva abiodiversidade na mitigaçãoda degradação dos serviçosdos principais ecossistemas eáreas de biodiversidade.

O desenvolvimento dasdirectrizes irá incluir umar e v i s ã o d o s g u i õ e sinternacionais, regionais elocais relevantes no contextodas indústrias extractivas e dabiodiversidade, com a visão deidentificar os principaisconteúdos e referências para aorientação regional da SADCdentro do contorno existente.Alguns dos documentosespecíficos para avaliaçãoincluem:• Plano de Acção da SADC

sobre a Biodiversidade;• Estratégia de Biodiversidade

da SADC;• Orientações da SADC para o

fortalecimento dasOrganizações das BaciasHidrográficas;

• Relatório do Seminário EI;• África Austral: Mineração e

Biodiversidade orientação; e• Outras boas práticas

internacionais. r

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4 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Fevereiro 2015

Portugal, em 1975, e primeiropresidente originário do nortedeste vasto país que se estendenuma costa de 2.470quilómetros no sudeste daÁfrica entre a Tanzânia e Áfricado Sul. Apesar do PresidenteArmando Guebuza, ser donorte, cresceu no sul.

Nyusi, ex-Ministro daDefesa, nasceu em Mueda, naprovíncia setentrional de CaboDelgado, que faz fronteira como sul da Tanzânia.

Cabo Delgado foi o berço e asede da guerra de libertação emMoçambique (1964-1975),apoiada pela Tanzânia.Ambos os países identificaramrecentemente reservassignificativas de gás natural nomar, na zona fronteiriça, emuitos minerais estratégicosestão localizados na área.

Nyusi, 56 anos, foi educadono movimento de libertaçãonacional que ganhou aindependência do domíniocolonial.

Ambos os pais de Nyusi eramveteranos da guerra, que estavaapenas começando na altura emque ele foi levado através do rioRuvuma, nas proximidades dafronteira com a Tanzânia, para aescola primária da Frelimo emTunduru, do outro lado dafronteira.

Nyusi é da etnia Makonde,e foi da União NacionalAfricana Makonde (mais tardeUnião Nacional Africana deMoçambique) um dosprimeiros movimentosformados para exigir aindependência, e um dos trêspartidos que se uniram paraformar Frelimo em 1962. r

L I D E R A N Ç A

O RECÉM-ELEITO presidentemoçambicano, Filipe Nyusi, foiinvestido no cargo a 15 deJaneiro, durante uma cerimóniatestemunhada por vários outroslíderes da SADC.

Ele prometeu continuar como trabalho dos seus antecessoresno desenvolvimento do país.

"O meu compromisso é deservir o povo moçambicanocomo meu único e exclusivopatrão. O meu compromisso é ode respeitar e fazer respeitar aConstituição e as Leis deMoçambique. E eu estoupronto! E estou confiante que,juntos, iremos construir o bem-estar do nosso povo e um futurorisonho para as nossascrianças", disse Nyusi nacerimónia de investidurarealizada na Praça daIndependência, em Maputo.

Ele disse que o novo governo"vai ser prático e pragmático" eserá " orientado por objectivosde redução de custos e nocombate ao despesismo ".

Ele prometeu combater ocr ime e a corrupção,acrescentando que irá consolidaras "conquistas fundamentais" dopovo moçambicano, ou seja, aindependência, a unidadenacional e a paz. " Tudo farei paraque, em Moçambique, jamais,irmãos se voltem contra irmãosseja a que pretexto for ", disse ele.

Nyusi disse que Moçambiqueserá "um parceiro estratégico naafirmação de uma classeempresarial moçambicana maisampla e robusta."

A cerimónia de investiduracontou com a presença de várioslíderes regionais, incluindo o ReiLetsie III, do Lesoto, o Presidenteda Namíbia, HifikepunyePohamba, o Presidente JacobZuma, da África do Sul, e oPresidente Jakaya Kikwete, da

A COMISSÃO EleitoralIndependente do Lesothoanunciou que o País está prontopara realizar eleições credíveisem Fevereiro.

Comissário Makase Nyapisidisse que apesar daspreocupações sobre o estado doregisto dos eleitores e dolimitado orçamento, a comissãoeleitoral está "determinada arealizar uma eleição credível."

"O Basotho deve saber queestamos mais do que prontospara realizar eleições credíveis",disse Nyapisi, numa entrevistacom o Jornal Sunday Express.

O Lesotho vai às urnas a 28de Fevereiro para escolher osnovos membros do Parlamentoapós os intervenientes políticosdo País terem concordadorealizar eleições antecipadas

antes da data original de 2017,numa tentativa de acabar com ainstabilidade que afecta o Paísdesde Agosto do ano passado.

Há 21 partidos políticos e 15candidatos independentes queapresentaram as suascandidaturas a ComissãoEleitoral Independente paraparticipar nas eleições.

Estes incluem a Convenção deTodo o Basotho, liderado peloPrimeiro-Ministro, ThomasThabane, o principal partido daoposição, CongressoDemocrático, liderado pelo ex-primeiro-ministro, PakalithaMosisili, o Congresso para aDemocracia do Lesotho, lideradopelo vice-primeiro-ministro,Mothetjoa Metsing, e o PartidoNacional Basotho, liderado porMorena Maseribane.

Thabane, Metsing eMaseribane fizeram uniram-senum governo de coligaçãoinstável desde as últimaseleições realizadas em 2012.

O Vice-Presidente Sul-Africano, Cyril Ramaphosa, estáliderando os esforços demediação do reino na sequênciade uma crise política,alegadamente que eclodiuquando Thabane, enfrentandoum voto de não confiança,suspendeu o Parlamento emJunho de 2014. r

Lesotho pronto para as Eleições

República Unida da Tanzânia,bem como o Vice-PresidentePhelekazela Mphoko, emrepresentação do PresidenteRobert Mugabe, do Zimbabwe,que é o actual Presidente daSADC.

A cerimónia foi tambémtestemunhada pelo PresidentePortuguês, Aníbal Cavaco Silva.Nyusi sucede no cargo aoPresidente Armando Guebuza,depois de vencer as eleiçõespresidenciais em Outubropassado com uma maioria demais de dois terços contra oprincipal líder da oposição,Afonso Dhlakama, da Renamo,e Daviz Simango, doMovimento Democrático deMoçambique.

Ele é o quarto presidente deMoçambique desde que o paísconquistou a independência de

Filipe Nyusi investido como Presidente de Moçambique

“O Povo Moçambicano é o meu único patrão”

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 5

A SADC elogiou as recenteseleições presidenciais realizadasna Zâmbia, dizendo quedecorreram em conformidadecom as directrizes regionais einternacionais que regem aconduta das eleiçõesdemocráticas.

O Chefe da Missão deObservação Eleitoral da SADC(SEOM), Maite Nkoana-Mashabane, disse que, apesar dealguns incidentes isolados,houve adesão geral aosinstrumentos jurídicos nacionaisrelevantes, bem como osPrincípios e DirectrizesReguladoras de EleiçõesDemocráticas da SADC.

"Com base nas suasobservações, a Missão de

SADC elogia eleições zambianas

acrescentando que todos osdesafios para os resultados daeleição devem ser feitos deacordo com as leis do País.

"A Zâmbia é conhecida porser um país pacífico e apelamosa todos os partidos políticos a secomportar de uma maneira quepromova a paz, segurança eestabilidade do país e dos seuscidadãos."

Outras missões deobservadores, incluindo oMercado Comum da ÁfricaOriental e Austral (COMESA) eda União Africana, tambémsaudaram a realização daseleições. r

Observação Eleitoral da SADCconclui que a eleição presidencialde 2015 na Zâmbia foi pacífica,transparente, credível, livre ejusta, o que reflecte a vontade dopovo da Zâmbia, emconformidade com as leisnacionais e os Princípios daSADC e orientações que regemas eleições democráticas ", disseNkoana-Mashabane, que éMinistro Sul-Africano dasRelações Internacionais eCooperação.

A SEOM, que implantou 67observadores, apelou a todos oscandidatos, partidos políticos eoutras partes interessadas arespeitar a vontade do povo edefender as leis da Zâmbia, aoaceitar o resultado da eleição,

O RECÉM-ELEITO Presidenteda Zâmbia, Edgar Lungu, disseque uma de suas principaisprioridades é combater odesemprego.

"A nossa principal tarefa nospróximos meses será estabilizara nossa economia e trabalhar nosentido de concluir o quecomeçamos", disse Lungu, nacerimónia da sua investiduratestemunhada por várioslíderes, incluindo o Presidenteda SADC, Presidente RobertMugabe, do Zimbabwe.

"Queremos empregar maispessoas, reduzir ainda mais ospreços dos combustíveis,garantir que os agricultoressejam apoiados com o que elesprecisam para que tenhamcolheita abundante nesta época;permitir que as universidadesoferecem alto padrão deeducação; garantir que oshospitais em construção sejamconcluídos, assegurar programascompletos de desenvolvimentoestrutural, adoptar estratégiassobre a redução das nossasdívidas, criar mais postos de

trabalho e serviços para aspessoas, gerir os nossos recursosde forma mais responsável ecapacitar as pessoas mais jovensa participar na nossa economia".

Lungu é o sexto Presidenteda Zâmbia desde aindependência do domíniocolonial a 24 de Outubro de1964. Ele fez um convite aosseus adversários para deixaremde lado as suas diferençaspolíticas e participaractivamente do processo deconstrução da nação depois deuma árdua campanha eleitoral.

"Eu aprendi um monte decoisas durante esta campanha eeu vou procurar trabalhar comalguns dos meus colegasprogressistas da oposição",disse ele, acrescentando que omesmo irá acontecer com osmembros insatisfeitos doPartido governamental FrentePatriótica (PF).

Na sequência da morte doPresidente Michael Sata, emOutubro de 2014, os membros PFdiscordaram sobre quem deve sero candidato preferido do partidopara as eleições presidenciais.

"Eu estou estendendo umamão de paz a todos os membrosdo partido PF que não sejuntaram a nós nesta visão", disseele. No entanto, ele disse queaqueles que quiserem deixar opartido podem fazê-lo "e deixaros que querem trabalhar."

No que respeita à novaConstituição, ele disse que estarápronta a tempo para as próximaseleições gerais. "O meu governovai trabalhar na constituiçãoantes das próximas eleiçõesgerais, em 2016", disse ele.

Lungu ganhou a eleiçãopresidencial depois de obter807.925 votos contra 780.168 doseu rival mais próximo,Hakainde Hichilema, doprincipal partido da oposição,Partido Unido para oDesenvolvimento Nacional.

Edith Nawakwi do Fórumpara a Democracia eDesenvolvimento ficou emterceiro lugar com 15.321 votos,seguido de Nevers Mumba, doMovimento para a DemocraciaMultipartidária, com 14.609votos.

Tilyenji Kaunda, do PartidoUnido da IndependênciaNacional e filho do primeiropresidente da Zâmbia, KennethKaunda, obteve 9.737 votos, EricChanda, do Quarto PartidoRevolucionário (8054 votos), ocandidato, do Partido Nacionalda Restauração, Elias Chipimo(6,002votes), e GodfreyMiyanda, do Partido Património(5757 votos).

O líder do Partido DemocrataCristão, Dan Pule, recebeu 3.293votos, seguido por LudwigSondashi (2.073 votos) e PeterSinkamba, do Partido Verde(1.410 votos).

Pelo menos 5.166.088 pessoasforam registadas para votar naeleição presidencial, de acordocom a ECZ. No entanto, o total devotos expressos foi de 1.671.662,o que representa uma afluência àsurnas de 32,36 por cento. r

Prioridade para estabilização da economia

Edgar Lungu vence eleição presidencial na Zâmbia

L I D E R A N Ç A

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6 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Fevereiro 2015

A ÁFRICA Austral vai acolhereste ano um exercício militarcontinental, um importantepasso para a operacionalizaçãoda Força Africana de Prontidão.

O AMANI AFRICA II vaidecorrer em Abril, num país

da SADC ainda por indicar.O Lesotho estava prontopara acolher o eventoantes do adiamento o anopassado.

O nome do exercíciosignifica "paz em África", em

Kiswahili, uma língua faladaem vários países africanos.

Este exercício é organizadopela Comissão da UniãoAfricana (UA) para avaliar asua capacidade de resposta erápida mobilização da ForçaAfricana de Prontidão (ASF)para uma intervençãomultidimensional numaoperação de apoio à paz.

A UA pretende lançar aASF em 2015. Quando estiverem funcionamento, a ASF vaise reger por acordos deprontidão dentro de cinco sub-regiões da África e comportarárecursos multidimensionais,incluindo militares, policiais ecivis, em prontidão nosseus países de origem eprontos para uma rápidautilização.

O AMANI AFRICA II éfundamental para avaliar aprontidão da ASF em responderrapidamente a conflitos semserem objecto de quaisquerencargos políticos einstrumentais.

A sessão de formação paraAMANI AFRICA II decorreuem Harare, Zimbabwe, emNovembro de 2014 e oComandante do CentroRegional de Formação da Forçade Paz SADC (RPTC),Christopher Chellah, disse queSADC estava pronta paraacolher o evento.

"Estamos muito felizespor termos sido atribuídos agrande honra de acolher esteexercício, em nome do nossocontinente, e também paraacolher dois cursos pré-exercício no nosso centroregional", disse ele.

"Isso para nós vai mostrar aimensa confiança que a UA tempara com a nossa região. Paraisso, estamos sinceramentegratos e comprometemo-nos afazer o nosso melhor paragarantir que ambos os cursospor nós acolhidos bem como oexercício final sejam um grandesucesso. "

O primeiro exercíciocontinental deste tipofoi realizado em AdisAbeba, Etiópia, em Outubrode 2010, com o objectivo deavaliar a operacionalidade daASF.

O exercício, AMANIAFRICA I, destacou um ciclo deformação e capacitação de doisanos para avaliar a eficácia daComissão da UA, através da suaDivisão de Apoio a Operaçõesde Paz, no uso da ASF numaoperação de apoio à paz sob osauspícios da UA.

O ciclo AMANI AFRICAé um esforço colaborativoentre a UA e da União Europeia,como parte da implementaçãode uma parceria estratégica emcurso entre as duasorganizações. r

A SADC vai continuar aacompanhar a situação no lesteda República Democrática doCongo, para garantir que a paze a estabilidade globalretornem ao País.

O Leste da RDC aindaenfrenta instabilidade poisalguns grupos rebeldes,nomeadamente as Forças deLibertação Democrática doRuanda (FDLR), ainda estãopor ser desarmados, apesar deum acordo alcançado no anopassado para o seudesarmamento total.

Mais de 3.000 membros dasFDLR estão na RDC, e apenas300, principalmente velhos ecombatentes não essenciais, serenderam até Dezembro 2014.O prazo de 02 de Janeiro 2015,definido pela SADC e pelaConferência Internacionalsobre a Região dos GrandesLagos (ICGLR) para umdesarmamento total, já foiultrapassado.

O Presidente Sul-Africano,Jacob Zuma, que é Presidenteda Troika do Órgão de Política,

Defesa e Segurança da SADC,disse que a região pode agoraser forçada a tomar uma acçãomilitar para resolver asituação.

"O Governo Sul-Africanotomou nota da Declaração doConselho de Segurança dasNações Unidas (S / PRST /2015/1) de 08 de Janeirode 2015, relativa aodesarmamento das FDLR",disse ele em um comunicado.

A África do Sul reitera queas FDLR não cumpriram com oprazo de 2 de Janeiro de 2015fixado pelos Chefes de Estadoe de Governo da Comunidadepara o Desenvolvimento daÁfrica Austral (SADC) e daConferência Internacionalsobre a Região dos GrandesLagos para que as FDLR sedesarmassem voluntariamenteou então enfrentar uma acçãomilitar, e, portanto submetidosa uma opção militarinevitável".

A ICGLR é umao r g a n i z a ç ã o i n t e r -governamental dos países da

região dos Grandes Lagos aAfricanos, composto por 12Estados membros. Quatrodesses países -ANGOLA, RDC,República Unida da Tanzânia eZâmbia - também fazem parteda SADC

Presidente Zuma disse quea África do Sul vai continuar,individualmente e como partedo continente e dacomunidade internacional, atrabalhar para uma pazduradoura na RDC e na regiãodos Grandes Lagos.

Os vizinhos Ruanda eUganda estão supostamentelutando ao lado dos rebeldesno leste da RDC, comoobservado anteriormente pelaSADC, e há uma crescentepressão internacional para ospaíses vizinhos a recuarem.

A SADC considera quea paz é um pré-requisito parao desenvolvimento, nãopode haver paz semdesenvolvimento. Comoresultado, a região estáactivamente empenhada emrestaurar a situação na RDC. r

SADC prepara-se para AMANI II

P A Z E S E G U R A N Ç A

SADC continua a monitorar a situação no Leste da RDC

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 7

E N E R G I A

O GRUPO de Empresas deElectricidade da África Austral(SAPP) dispõe de 20 milhõesnorte-americanos ao abrigo doPrograma de Projectos Aceleradosde Produção de Energia emÁfrica.

O programa, apoiado peloBanco Mundial, pretendeidentificar prioridades einvestimentos na produção etransmissão que permitam umabastecimento adequado deenergia eléctrica na região demodo a promover a integração eo comércio de energia eficiente esustentável na região.

O SAPP pretende aplicarparte dos recursos para apreparação de um novo plano

regional de produção e expansãoda transmissão que abrange operíodo até 2040.

O Grupo de Energia estáactualmente no mercado àprocura de um consultor parapreparar um quadro de gestãoambiental e social para oprograma.

O Banco Mundial disse que osfundos, que foram aprovadas emNovembro do ano passado, vãoapoiar a preparação de estudostécnicos, económicos e financeirosde viabilidade, avaliaçõesambientais, documentação legal etrabalho de assessoria detransacções financeiras, mas nãoirá financiar qualquer infra-estrutura ou actividades físicas. r

Tanzânia assinaram umacordo em Dezembro 2014ao abrigo do qual secomprometeram a iniciar oseu projecto de interligaçãoem Dezembro de 2015 egarantir que ele sejaconcluído até Dezembro2018.

Musaba disse que osvários países haviamdemonstrado compromissode garantir que todosos projectos planeadosserão bem sucedidos,a c r e s c e n t a n d o q u e"esperamos esperando que

todo mundo continue empenhadoe esteja a trabalhar coordenado."

Depois de concluídas, asnovas interligações poderão parapromover o comércio regional deelectricidade, aumentar asegurança do fornecimento deelectricidade, bem como fomentaro comércio regional.

Além disso, as interligaçõesvão descongestionar os corredoresde transmissão existentes efornecer um outro caminho queirá integrar plenamente todos ospaíses da SADC à rede de energiaregional. r

Lawrence Musaba, dissenuma entrevista quedocumenta as Histórias deSucesso da SADC que estãoem curso planos para ligaros três países a rede deenergia regional parapermitir que todos osEstados Membros daSADC possam beneficiarde qualquer novacapacidade de produçãoinstalada nestes países.

"No caso de Angola,estamos olhando para ainterligação Angola-Namíbia, que é umainterligação que visaespecificamente interligarAngola à rede do SAPP", disseele, acrescentando que a outraopção é a construção dainterligação Angola-RDC.

A interligação Angola-Namíbia envolve a construçãode linhas de transmissão deenergia da proposta centralhidroeléctrica de Baynes no baixoKunene, Namibia, para ligar àrede eléctrica nacional de Angola.

A interligação Angola-RDCfaz parte da interligação Inga-Cabinda-Pointe Noire, ligando osistema de energia da RDC paraAngola. O projecto envolve aconstrução de um troço emAngola desde a fronteira da RDCa Cabinda.

Com relação ao Malawi, oSAPP está considerando duasopções - uma linha detransmissão que liga Malawi aZâmbia ou uma linha que ligaMoçambique ao Malawi.

A construção da interligaçãoMalawi-Zâmbia vai envolver aconstrução de uma linha detransmissão de Pensulo, naZâmbia, para Lilongwe, noMalawi.

A interligação Moçambique-Malawi implicará a construçãode uma linha de alimentação dasubestação de Matambo, emMoçambique, para Phombeya,no norte da capital comercial doMalawi, Blantyre.

Musaba disse que a únicaopção viável para a Tanzânia é

por Kizito Sikuka

A ÁFRICA Austral estáenvolvida numa série de projectospara garantir que todos os paísesestejam ligados à rede regional deenergia para que os Estados-Membros possam partilharexcedente de electricidade.

Empresas de energia naSADC continental, com excepçãode Angola, Malawi e RepúblicaUnida da Tanzânia, estãototalmente integradas à redeeléctrica através do Grupo deEmpresas de Electricidade daÁfrica Austral (SAPP).

O SAPP é um organismoregional que coordena oplaneamento, produção,transmissão e comercialização deenergia eléctrica na ÁfricaAustral, em nome de empresasdos Estados Membros.

A não participação de Angola,Malawi e Tanzânia na rederegional de energia significa quequalquer nova capacidade deprodução instalada em qualquerum dos três países não é usadapelos outros nove membros doSAPP, ou seja, Botswana,República Democrática doCongo, Lesotho, Moçambique,Namíbia, Swazilândia, África doSul, Zâmbia e Zimbabwe.

Do mesmo modo, o excedentede energia nos nove países inter-ligados não pode ser exportadospara os três Estados-Membrosnão integrados do grupo.

Esta situação cria desafiospara a maioria dos países,particularmente quando elesfecharam algumas de suascentrais de produção de energiapara a reabilitação e sem poderimportar energia dos paísesvizinhos para atender a suaprópria necessidade local.

Como resultado, as empresasde electricidade são obrigadas acortar a corrente, afectandoactividades sócio-económicas,pois o acesso à fonte dealimentação adequada é umfactor importante para odesenvolvimento.

O Gestor do Centro deCoordenação do SAPP, Dr.

SAPP recebe financiamento do BancoMundial

SADC necessita de um sistema integrado de energia

uma nova linha de transmissãoconhecida por Zâmbia-Quénia-Tanzânia.

A linha proposta ligará aTanzânia à rede do SAPP, etambém pode ligar o Grupo deEmpresas de Electricidade daÁfrica Oriental (EAPP) a SAPP,permitindo que os países daÁfrica Oriental possam partilharexcedente electricidade com osda África Austral.

De acordo com o SAPP, aconstrução das interligações estáprevista para começar em breve.Na verdade, a Zâmbia, Quénia e

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Estados-Membros da UA para implementarem todas as decisõestomadas durante a cimeira pois "essa é a única maneira para os Estadosafricanos explorarem os seus recursos para o benefício do seu povo", e,em conformidade com as decisões tomadas, instou os Estados-Membrosa contribuírem plenamente na procura de fontes alternativas definanciamento para as actividades da UA. "Durante o meu mandatocomo Presidente, vou explorar deliberadamente o vosso pensamentopara se prestar uma atenção especial às questões de infra-estrutura,aproveitamento das mais-valias, agricultura e Mudanças climáticas no

contexto do desenvolvimento da África." ACimeira adoptou uma série de decisões quevisam o aprofundamento da integraçãocontinental e promoção do desenvolvimentosocioeconómico. r

A UNIÃO Africana concordou em aplicar asmedidas necessárias para garantir a suaindependência financeira e auto-suficiência. Um

grupo de trabalho ministerial propôs uma carteira não exaustiva e nãovinculativa de opções a nível nacional, regional e continental, como acobrança de impostos sobre os bilhetes de avião, hotéis e mensagens detexto; e elaboração de um mecanismo de responsabilização para garantir"uma gestão financeira eficaz e eficiente."

Espera-se que isto possa gerar cerca de 600 milhões de dólaresnorte-americanos por ano e, ao longo de cinco anos, a UA seria capazde pagar 00 por cento dos seus gastos com recursos próprios."Éimportante que nós façamos o que queremos fazer e não o que outrosgovernos nos paguem dinheiro para fazer", disse a Presidente daComissão da UA, Nkosazana Dlamini Zuma, ao propor medidas a esterespeito. Todos os Estados-Membros que não pagaram a suacontribuição foram instados a fazê-lo.

Cimeira acordou em determinar uma escala adequada de avaliaçãopara a contribuição para que a UA possa assumir o controlo de seuorçamento de acordo com os seguintes princípios. Os Estados-Membros devem financiar:a) O orçamento operacional em 100%;b) O orçamento do programa em 75%;c) As operações de apoio à paz orçamento em 25%. r

Líderes Africanos deliberam sobre o surtode Ébola...A UNIÃO Africana reconheceu opapel dos voluntários africanosna luta contra o Ébola erecomendou a prorrogação domandato do apoio da UA ao surtode Ébola na África Ocidental,solicitando as instituiçõesfinanceiras internacionais eparceiros para cancelar a dívidados três países afectados (Guiné,Libéria e Serra Leoa). Os líderesafricanos instaram a Comissão daUA para mobilizar fundos para acriação do Centro Africano para oControlo e Prevenção de Doenças(CDC Africano) até os meados de2015. r

UM VOTO de confiança para aSADC marcou a Cimeira da UA,quando o Presidente RobertMugabe, do Zimbabwe, foi eleitopresidente do órgão continental,e terá como o primeiro vice-presidente Joseph Kabila,Presidente da RepúblicaDemocrática do Congo (RDC).

Os Presidentes MahamadouIssoufou, do Níger, e UhuruKenyatta, do Quénia, são osegundo e terceiro vice-presidentes, respectivamente.

No seu discurso de tomada deposse, Mugabe apelou a umacooperação mais profunda entreos Estados membros.

"Apelamos ao zelo, empenho ededicação sem limites na execuçãode programas e projectos que nósestabelecemos para nós mesmosnos vários sectores políticos,sociais, económicos e desegurança."

Ele lembrou que "há mais decinco décadas atrás, tive oprivilégio único, comorepresentante da ZANU, ummovimento de libertação, deassistir ao momento histórico dafundação da Organização daUnidade Africana em 1963, aquiem Addis Abeba. É verdade quefoi uma ocasião em que a África

decisivamente tomou os destinoscom as suas próprias mãos.

"Ainda me lembro, de formaintensa, a palpável determinaçãocolectiva, dedicação e empenhodos nossos antepassados, naunificação e libertação docontinente dos flagelos docolonialismo e da pobreza. Anossa liberdade e progressosocioeconómico, alcançados atéagora, são amplos testemunhos dacorrecta visão dos nossosantepassados. A África jápercorreu um longo caminhodesde então... "r

União Africana AGENDA 2063NOSSAS ASPIRAÇÕES QUE QUEREMOS PARA ÁFRICA

1. Uma África próspera com base no crescimento inclusivo e desenvolvimento sustentável;2. Um continente integrado, politicamente unido e com base nos ideais do Pan-africanismo e na visão do

renascimento da África;3. Uma África de boa governação, democracia, respeito pelos direitos humanos, justiça e Estado de direito;4. Uma África pacífica e segura;5. Uma África com uma forte identidade cultural, património comum, valores e ética;6. Uma África onde o desenvolvimento é dirigido a pessoa, desencadeando o potencial das suas mulheres

e jovens;7. África como um actor global forte, unido, influente e parceiro.

UA precisa de auto-suficiência efontes alternativas de financiamento

“Recursos perdidos devem retornar”Declaração Especial sobre o fluxo ilícito de RecursosFinanceiros

Candidato da SADC eleito Presidente da UAPresidente Mugabe lidera a União Africana

Rumo a unidade, estabilidade e prosperidade AfricanaAno da “Autonomia e Desenvolvimento da Mulher rumo a Agenda

U N I Ã O A F R I C A N A

OS CHEFES de Estado e de Governo manifestaram preocupação com o"aumento de escala e dimensão do fluxo ilícito de recursos financeirosprovenientes de África, particularmente a partir das nossas indústriasextractivas e recursos naturais", sublinhando que se trata de um "enormeobstáculo para o desenvolvimento social e económico sustentável." A UniãoAfricano estima que o continente perdeu "até 1.8 triliões de dólares norte-americanos entre 1970 e 2008 e continua a perder enormes recursosfinanceiros estimados em 150 biliões de dólares norte-americanos por ano",através da fuga ilícita de capitais, principalmente através de evasão fiscale sobre facturação do comércio e de serviços por parte de várias empresasnacionais, acreditando-se que isso é causado por instituições fracas,especialmente na administração tributária e acompanhamento, bem comodevido a corrupção em órgãos do governo e ainda por causa dainstabilidade política e conflitos. A Cimeira declarou o seu compromissode acabar com o crónico fluxo ilícito de recursos financeiros, e decidiuassegurar que todos os recursos financeiros perdidos através fuga ilícita decapitais e fluxos financeiros ilícitos sejam identificados e retornados à Áfricapara financiar a agenda de desenvolvimento. r

8 ÁFRICA AUSTRAL

A 24ª SESSÃO Ordinária da Assembleia da Cimeira da União Africanarealizada nos dias 30 e 31 de Janeiro, em Addis Abeba, Etiópia, terminoucom as considerações finais do recém-eleito Presidente da UA, SuaExcelência Robert Mugabe, que é o Presidente da República doZimbabwe e actual Presidente da Comunidade para o Desenvolvimentoda África Austral (SADC). O Presidente da UA expressou satisfação pelaadopção do quadro da UA para a Agenda 2063, sublinhando que "temosnos empenhamos novamente nos ideais dos nossos pais fundadores doPan-africanismo sobre o tipo de África que queremos". Apelou aos

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I N D U S T R I A L

O CONSELHO de Paz eSegurança informou à 24ª Sessãoda Assembleia da UA que, emgeral, a situação política em Áfricaestá a melhorar, apesar dainstabilidade em algumas áreasestar a desviar o desenvolvimento.

"A Assembleia saudou osprogressos que continuam a serfeito em termos de consolidaçãoda paz e reconstrução pós-conflito", refere a declaração final,

acrescentando que "a Áfricacontinua a enfrentar sériosdesafios em matéria de paz esegurança, o que prejudica osesforços de desenvolvimentosocioeconómico e causaconsequências catastróficashumanitárias que contribuempara projectar uma imagemnegativa ".

Os líderes notaram oagravamento do terrorismo e do

extremismo violento em algumaspartes de África, comodemonstrado pelos ataquesperpetrados por diferentes gruposterroristas, incluindo a AlShabaab, Exército resistente doSenhor, Boko Haram, Al-Qaida, noMagrebe Islâmico, e de gruposAnsar al-Sharia ".

A este respeito, a Cimeiraexortou "todos os Estados-Membros a prestar toda a

assistência possível nosentido de derrotar" essesgrupos terroristas. r

África pretende criar umavasta Área continental deComércio Livre

O Mwalimu Nyerere presidiuos Estados da Linha da Frente queapoiaram os movimentos delibertação na África Austral e oseu país contribuiu de formasignificativa através doacolhimento dos combatentes dalibertação e proporcionando-lhesapoio logístico, bem como o apoiomilitar e treinamento.

Num discurso para o ConselhoLegislativo em 1959, antes de seupróprio país alcançar aindependência, Nyerere apelou aoseu povo e país para a libertaçãodo continente.

"Nós, o povo de Tanganyika,gostaríamos de acender uma velae colocá-lo no topo do MonteKilimanjaro para brilhar paraalém das nossas fronteiras dandoesperança onde há desespero,amor onde há ódio e dignidadeonde antes havia apenashumilhação. "

Ele é considerado o pai dalibertação Africana ", ele carregoua tocha que libertou a África." r

África do Sul acolhe apróxima Cimeira da UAA PRÓXIMA Cimeira da UA, emJunho-Julho de 2015, vai decorrerna África do Sul, país que acolheuo evento em 2002, quando a UniãoAfricana foi fundada a partir daOrganização de Unidade Africana.A cimeira da UA é tradicionalmenterealizada duas vezes por ano,sendo a primeira em Janeiro /Fevereiro, na sede da UA em AddisAbeba, na Etiópia, enquanto asegunda decorre num outro Estadomembro.r

Universidade Pan-africana

A 24ª Sessão ordinária daAssembleia da União Africananomeou o Presidente e Vice-Presidente do Conselho daUniversidade Pan-africana (PAU)para um mandato de três anos, eambas as autoridades académicasde ensino superior sãoprovenientes de Estados Membrosda SADC - Professor Tolly S.Mbwette, da República Unida daTanzânia, e o Professor PauloHorácio de Sequeira e Carvalho, deAngola, respectivamente. AAssembleia designou a Repúblicados Camarões como a sede dareitoria da PAU. r

OS LÍDERES afr icanosreafirmaram o seu compromissode lançar uma Área Continentalde Comércio Livre (ACCL) em2017 para promover o movimentosuave de bens, serviços e pessoasem todo o continente.

Na 24.ª Assembleia da UniãoAfricana, os líderes concordaramem iniciar as negociações para aACL em Junho deste ano, emandataram o Presidente daComissão Africana do Comércio ea presidente da Comissão da UA aparticiparem em consultas de altonível.

A ACCL vai evoluir a partir dasáreas de comércio livre existentesem blocos económicos sub-regionais, criando um mercadocombinada de mais de 50 paísesafricanos, com uma população demais de um bilião de pessoas e umProduto Interno Bruto combinadode mais de 3,4 triliões de dólaresnorte-americanos.

Os Estados Membros da UAtambém reafirmaram aimplementação da Decisão deYamoussoukro no sentido dacriação de um mercado Africanoúnico de transporte aéreo em2017. r

U N I Ã O A F R I C A N A

África homenageia Mwalimu Julius Nyerere

África unida sobreMudançasClimáticas eimplementação dasmetas de água esaneamento

Paz e Segurança A Situação da Paz e Segurança em África

A ÁFRICA vai homenagear umdos seus fundadores, JuliusNyerere Kambarage, o falecidoPresidente da República Unida daTanzânia, atribuindo o seu nomeao novo edifício de Paz e daSegurança, na sede da UA, emAddis Abeba, Etiópia.

A Tanzânia acolheu o Comitéde Libertação da organizaçãocontinental desde o seu início em1963 até ao cumprimento da suamissão em 1994, com aindependência dos paísesafricanos do jugo colonial e o fimdo apartheid na África do Sul.

a2063”

OS LÍDERES africanosinstruíram a Comissão daUA a apresentar

regularmente à Cimeira aimplementação de programas eprojectos sobre mudançasclimáticas. A Cimeira decidiutambém a acelerar a implementaçãodos compromissos para o alcancedas metas de água e saneamento esolicitou à Comissão da UA paracoordenar a implementação doPlano de Acção. r

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 9

A ASSEMBLEIA da UA decidiu assumir autoridade, nos termos do artigo 4 (h) doActo Constitutivo do Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana, darápida mobilização, aluz das seguintes disposições:

"O Conselho de Paz e Segurança da União Africana deve comunicarimediatamente tal mobilização no prazo de 90 dias ou para a próxima reunião daAssembleia para rectificação; e

Os Estados-Membros contribuem voluntariamente para uma força de intervençãoque será representada e vai participar das deliberações do Conselho de Paz eSegurança sobre uma possível ACIRC / missão de intervenção ASF-RDC. " r

Desenvolvimento da capacidade Africana para a respostaimediata a crises e uma rápida capacidade demobilização da força africana de prontidão

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R I S C O D E D E S A S T R E S

Madagáscar precisa fundos para evitar o ressurgimento da praga de gafanhotos

10 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Fevereiro 2015

O PADRÃO geral de chuvasna África Austral deverámanter-se estável até Abril,proporcionando boas condiçõespara a região registar umaexcelente campanha agrícola,apesar do risco de desastrespermanecer elevado.

Um recente relatório sobre aprevisão de chuvas, lançado peloCentro de Serviços de Clima daSADC para o período deFevereiro a Abril de 2015, indicaque a maior parte da ÁfricaAustral vai receber chuvasnormais com tendência paraacima do normal, enquanto osudoeste da região registaráchuvas normais com tendênciapara abaixo do normal. (Vide omapa)

Chuvas acima do normal é aquantidade média de precipitaçãoque ocorre na terceira década dopico da época chuvosa em relaçãoa média registada durante umperíodo de 30 anos entre 1971 e2000, enquanto chuva abaixo donormal representa a quantidademédia que ocorre na terceiradécada do período relativamentemais seco da época chuvosa echuva normal é a quantidademédia que ocorre no intervalointermédio da época chuvosa.

As áreas que têm maioresprobabilidades de receber chuvasnormais com tendência paraacima do normal são a maior partede Angola, Madagáscar,República Unida da Tanzânia,Moçambique, Malawi, Zâmbia eRepública Democrática do Congo.

Outras áreas são Maurícias,Zimbabwe, Seychelles, Lesoto,Suazilândia, Botswana oriental, epartes do norte e do leste daÁfrica do Sul.

O MADAGÁSCAR precisa deuma verba adicional de 10 milhõesde dólares norte-americanos paralidar adequadamente com a pragade gafanhotos que ameaça asegurança alimentar naquele Paísinsular.

Pelo menos 28,8 milhões dedólares norte-americanos foram jámobilizados até agora peloGoverno do Madagáscar emparceria com a Organização dasNações Unidas para a Agriculturae Alimentação para lidar com apraga.

No entanto, o País precisa deuma verba adicional de 10,6milhões de dólares norte-americanos para completar a lutacontra os gafanhotos, incluindo amonitoria e realização de váriasoperações até o final da épocachuvosa, em Maio.

Madagáscar declarou estadode emergência nacional em 2013porque os gafanhotos ameaçam asegurança alimentar de cerca de

60 por cento dos seus 22 milhõesde habitantes.

A FAO informou na alturaque cerca de metade do país foiinfestado por uma vaga degafanhotos a partir de Abril, cadauma composta por milhões deinsectos devoradores de plantas.

O arroz é o principal alimentono Madagáscar.

A praga de gafanhotos foiinterrompida com sucesso noano passado, mas os riscos derecaída são elevados durante aestação chuvosa, o queproporciona condições ideaispara a procriação das pragas.

"Agir agora é fundamentalpara garantir os esforços

significativos feitos até agora,financeira e tecnicamente, sejamrobustos, em vez de perder",disse o Director da FAO para aemergência e reabilitação,Dominique Burgeon.

"A actual campanha éessencial para reforçar a actualredução da praga, evitandoqualquer recaída, e, em seguida,continuar em direcção a umarecessão de gafanhotos."

Biologicamente, mesmo umainterrupção curta de dois mesesem monitoria e operações depulverização poderia eliminarsignificativamente grande partedo progresso feito até omomento. r

A probabilidade deocorrência de chuvas normaiscom tendência para abaixo donormal l será confinada àsfranjas ocidentais da Namíbia eÁfrica do Sul.

Dado que as condiçõesc l i m á t i c a s m u d a mconstantemente, o Centro deServiços do Clima da SADCinstam os usuários da informaçãometeorológica a entrar emcontacto com seus serviçosnacionais de meteorologia para aactualização e interpretação daprevisão climática e obtenção dedetalhes e orientações adicionais.

O excesso de chuvas durante operíodo de Novembro de 2014 eFevereiro 2015 causou inundaçõesem algumas partes da região.

"A monção de verão da ÁfricaAustral trouxe significativascondições humidade em diversasáreas no Zimbabwe, Zâmbia,Malawi, Moçambique eMadagáscar que enfrentaramchuvas persistentes e inundações",

disse o Centro de Serviços doClima da SADC num comunicado.

"Isso causou inundaçõesextremas, com milhares depopulações deslocados, danos àsculturas, pecuária, infra-estruturae mortes, no mês de Dezembro de2014 e início de Janeiro de 2015."

As cheias já mataram mais de200 pessoas no Malawi, enquantooutras cerca de 500 mil foramdeslocadas, de acordo com relatosda imprensa daquele país.

Mais de 100 pessoasmorreram por causa de cheias novizinho Moçambique.

O centro do clima disse que emmédias trimestrais, a maioria dospaíses da região experimentoucondições normais de chuva.

No entanto, parte ocidental daRepública Democrática do Congoe Angola, no norte da Namíbia ealgumas partes da África do Sulreceberam chuvas abaixo donormal. As condições de chuvasabaixo do normal persistem desdeo início da época.

Além disso, dois ciclonestropicais desenvolvidos ao longodo Sudoeste do Oceano Índicocausaram fortes chuvas,especialmente em Madagáscar eIlhas Maurícias.

A época de ciclones tropicaisactiva sobre o Oceano Índicocentral também tem desviado ahumidade para o sul-ocidentalda região.

Quanto ao El Niño OscilaçãoSul, o centro disse que circulaçãoatmosférica global continuou amostrar uma tendência neutracom a água relativamentequente.

O Índice de Oscilação Sul(IOS) manteve-se ligeiramentenegativo, mas o SOI Equatorialestava perto de zero. SOI dá umaindicação do desenvolvimento eda intensidade de eventos de ElNiño ou La Niña no OceanoPacífico, que normalmente estãoassociados a condições de seca echeias no na África Austral,respectivamente. r

Chuvas regulares persistirão até o final da época

Chuvas normaiscom tendência paraAcima do Normal

Chuvas normais com tendência paraAbaixo do Normal

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por Admire Ndhlovu

AS RECENTES inundações queafectaram partes da ÁfricaAustral colocaram à prova, maisuma vez, as estratégias regionaisde gestão de desastres.

Cada vez que inundaçõesocorrem na região há perdade vidas e destruição depropriedade e infra-estrutura,tais como casas, escolas, estradase ferrovias.

As inundações aumentam osriscos de saúde pois as fontes deágua ficam contaminadas edoenças transmitidas pela água,como diarreia e malária,alastram-se facilmente.

Dezenas de milhares dep e s s o a s n o M a l a w i ,Moçambique, Zimbabwe eMadagáscar foram severamenteafectadas por inundaçõescausadas pela tempestadetropical Chedza, que começaramem Dezembro e continuaram aolongo de Fevereiro.

O Malawi foi o mais afectadopelas actuais cheias. Mais de 200pessoas morreram e mais de500.000 ficaram deslocadas, deacordo com relatos da imprensadaquele país.

Extensos danos às colheitas,gado e infra-estrutura ocorreramnos distritos do sul de Nsanje,Chikwawa, Phalombe e Zomba.

Como medida de resposta, opresidente Peter Mutharikadeclarou estado de desastre em15 distritos.

"Estou profundamentepreocupado com a actualsituação, casas desabaram,outras pessoas já perderam avida devido a estas inundaçõesque afectaram quinze distritos nonosso país, uma situação que

nunca aconteceu antes nahistória do nosso país", dissedepois de visitar as pessoasafectadas no distrito deMangochi, no Lago Malawi.

O governo do Malawi instouas pessoas que vivem nas áreaspropensas a inundações a mudarcom urgência para as zonas altas,para evitar mais perda de vidas.Helicópteros militares sul-africanos ajudaram no resgate ere-alocação de pessoas nas áreasafectadas.

Moçambique está a enfrentardesafios semelhantes.

"As cheias já mataram 117pessoas, um significativoaumento em relação ao últimobalanço que era 84 mortos háuma semana", disse o vice-ministro moçambicano da Saúde,Mouzinho Saide.

A maioria das mortes ocorreuna região central da Provínciacosteira da Zambézia, disse ele.Mais de 150.000 pessoas foramafectadas.

Na bacia do Licungo, pontesforam destruídas e a linha detransmissão de transporteda corrente a partir dabarragem de Cahora Bassa paraas províncias nortenhas deNampula, Niassa e CaboDelgado foi destruída.

Quanto à agricultura, 27.838famílias sofreram perdas dasculturas numa área de 33.648hectares.

O Conselho de Ministros deMoçambique declarou um alertavermelho institucional no dia 12de Janeiro para as zonas centro enorte do país, após as forteschuvas que causaram cheiasseveras.

O Zimbabwe também sofreuinundações, sendo as províncias

mais afectadas Manicaland,M a s h o n a l a n d C e n t r a l ,M a s h o n a l a n d O r i e n t a l ,Mashonaland Ocidental eMidlands.

De acordo com avaliaçõespreliminares, cerca de 6.000pessoas foram afectadas, dasquais 2.500 pessoas estão emnecessidade urgente deassistência. A população afectadapelas cheias refugiou-se naszonas altas, algumas das quaisforam abrigadas nas escolas.

O Secretariado da Comissãoda Bacia do Zambeze(ZAMCOM) está monitorar asituação das cheias no Malawi eMoçambique usando vigilânciaaérea e a oferecer informações deaviso prévio a estes países.

"Isso está sendo feito atravésdo uso do Sistema deObservação e Informação deRecursos Hídricos (WOIS),através do qual as imagens dosatélite Sentinel-1 sãoconvertidas em mapas queilustram a actual evolução edimensão das cheias", disse aZAMCOM num comunicado.

"A informação recolhida éimportante para uma melhoravaliação da situação das cheiasno Malawi e no desenvolvimentode uma ferramenta de previsãooperacional de cheias paraZAMCOM. Com este sistema, aZAMCOM será capaz dedemonstrar a dimensão dascheias e dos níveis de águaatravés de ferramentas demodelagem do cenário real".

A crescente intensidade efrequência das inundações naSADC estão ligadas às mudançasclimáticas.

De acordo com o relatório doPainel Intergovernamental sobre

R I S C O D E D E S A S T R E S

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 11

Mudanças Climáticas, divulgadoem Março de 2014, a temperaturada superfície da terra em toda abacia do Zambeze e do resto deÁfrica Austral aumentou 0,5°Cou mais durante os últimos 50 a100 anos, entanto o nível domar subiu 19 centímetros entre1901 e 2010. Tais condiçõesmeteorológicas são ideais paratempestades tropicais.

Embora a África contribuarelativamente pouco para oaquecimento global, a região estásofrendo os seus efeitos.

Com o aumento do impactodas alterações climáticas, hánecessidade de aprofundar osesforços de resposta a nívelnacional e regional.

Moçambique, por exemplo,colocou em prática ummecanismo de resposta vibrantedesde as cheias devastadorasregistadas no ano 2000 quecausaram cerca de 700 mortos.

O governo, através doInstituto Nacional de Gestão deCalamidades, investiu cerca de275 milhões de dólares para aredução do risco de desastres,incluindo os riscos de cheias.

A nível regional, oSecretariado da SADC e asNações Unidas assinaram umMemorando de Entendimento(MoU), em 2014, para estabelecerum quadro de cooperação parafortalecer os mecanismos deresposta a desastres regionais naÁfrica Austral.

O m e m o r a n d o d eentendimento visa melhorar ascapacidades da SADC e dosEstados-Membros na gestão dorisco de desastres, bem comodefender os direitos das pessoaspobres afectadas por conflitossociais e desastres naturais. r

Inundações testam o nível de prontidão da SADC

Mutharika: Isto jamais tinha ocorrido com esta dimensão na história do nosso País

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12 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Fevereiro 2015

para reduzir as emissões degases de efeito estufa,conhecidos como "FuturasContribuições Determinadas aNível Nacional (INDC)," numprazo informal de 31 de Marçode 2015.

O acordo, no entanto, nãoforneceu uma estrutura,avaliação das necessidades ouexigências de informação para acomunicação das INDCs.

O que isso significa para aÁfrica é que não há nenhumagarantia de que as INDCs dospaíses desenvolvidos, que sãoresponsáveis pelo passado eapresentam grandes emissões,seriam suficientes para manter oaumento da temperatura abaixode 2 ° C.

No acordo de 1992 sobre asmudanças climáticas somente ospaíses desenvolvidos foramobrigados a reduzir as emissõesde acordo com o princípio deresponsabilidades comuns, mascom responsabilidades ecapacidades diferenciadas.

Apesar de as INDCs seremboas, elas são propensas a abrira possibilidade de cada paísdecidir a sua própria acçãoclimática no futuro, semqualquer referência ao que aciência, as pessoas e justiçanecessitam, e sem um quadronormativo claro.Isto prevê compromissosvoluntários, em contraste aoscompromissos juridicamentevinculativos, como foi o caso doProtocolo de Quioto.

Mais ainda, as INDCsprovavelmente vão enfraqueceras obrigações morais e legais porparte dos países desenvolvidospara transferir financiamento etecnologia.

As INDCs são uma formaaberta para uma maior expansãoda experiência fracassada sobremercados de carbono, incluindo,possivelmente, créditos de

por Egline Tauya

AS NEGOCIAÇÕES climáticasglobais em curso têm mostradopouca urgência, apesar dacrescente evidência de que ajanela para reverter as mudançasclimáticas está se fechando.

Apesar da 20ª Conferência dasPartes (COP20) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobreMudança do Clima (UNFCCC),realizada em Lima, Peru, emDezembro de 2014, ter terminadocom um acordo que constitui abase para um acordo global sobreas mudanças climáticas, a questãoé se o negócio vai evitar asmudanças climáticas catastróficaspara a maioria dos países emdesenvolvimento que já estãoexperimentando os impactos compouca capacidade de resposta.

De acordo com o 5º PainelIntergovernamental sobreMudanças Climáticas (IPCC), atemperatura da superfície daterra em toda a África Austral,por exemplo, aumentou em 0,5 °C ou mais durante os últimos 50-100 anos, enquanto o nível globaldo mar subiu 19 centímetrosentre 1901 e 2010.

As mudanças detemperatura, chuva e aumentono nível do mar aumentaram aincidência de malária emalgumas partes da África Australe contribuiu para uma mudançade práticas agrícolas.

A maioria dos países emdesenvolvimento estãopreocupados porque o acordoalcançado no Peru, conhecidopor "Acordo de Lima", carece deacções específicas para combateras emissões antes 2020, factonecessário para limitar e mantero aquecimento abaixo de 2° C,nível considerado peloscientistas como seguro.

O Acordo de Lima afirma quetodos os países serão convidadosa apresentar para a ONU planos

carbono de florestas, solos e queatentam contra os direitos à terrapara as comunidades e seriamdevastadores para osagricultores e as comunidadesflorestais na África Austral, aomesmo tempo que impedem anecessária transformação.

Enquanto os paísesdesenvolvidos estão a serpressionados pelas INDCs paraadoptarem somente a mitigaçãosó, os países emdesenvolvimento afirmaram queas INDCs deveriam incluir aadaptação, apoio financeiro dospaíses ricos que causaram oproblema, transferência detecnologia e capacitação.

Os países desenvolvidos nãoderam garantias de apoiofinanceiro específico e previsível.Em vez disso, apelaram aospaíses sobre "uma posição" paraoferecer apoio. Caso contrário,os países vulneráveis devemcontentar-se com a ajuda dosdoadores.

A conferência Lima reiterou anecessidade dos Paísesdesenvolvidos mobilizarem 100biliões de dólares norteamericanos em ajuda asmudanças climáticas para asnações em desenvolvimento até2020. No entanto, a África Australe o resto do continente queriamque as nações desenvolvidasdefinissem um calendário claropara o aumento dosfinanciamentos de ano para ano.

O texto do Acordo de Lima"solicita" meramente que asnações desenvolvidas "realcemos elementos quantitativos equalitativos disponíveis de umcaminho" rumo a 2020.

Este não fornece um roteiroclaro para acção imediata porparte dos países desenvolvidos,nem um compromisso derevisão urgente ou revisão doscompromissos de avaliaçãofeitos anteriormente.

Pouco progresso nas negociações sobre MudançasClimáticas

M U D A N Ç A S C L I M Á T I C A S

Outra desilusão para a Áfricaera sobre a questão das perdas edanos causados pelos impactosdas mudanças climáticas. Desdeas negociações de Varsóvia, em2013, a África tem solicitadoinclusão específica de perdas edanos dos impactos dasmudanças climáticas que nãopodem ser resolvidos pormecanismos adaptação comoum assunto isolado.

Os países desenvolvidos, noentanto, preferem incluir asperdas e danos na adaptação.Receiam que se permitirem asnegociações sobre perdas edanos, isso os obrigarialegalmente obrigados a ter quepagar uma indemnização aospaíses em desenvolvimentopelas suas emissões de gases deefeito estufa no passado.

O Acordo de Lima incluideclarações conflituosas como"Provisão para perdas e danospara os casos onde a mitigação eadaptação não será suficiente",como uma das opções, e"nenhuma referência a perdas edanos", como a outra opção a serconsiderada no acordo final.

Com esse texto conflituosono resultado de Lima, o queestá claro é que as perspectivasde um novo acordo não sãosusceptíveis de favorecer aÁfrica e os paísesdesenvolvidos irão facilmentenegligenciar a suaresponsabilidade histórica noacordo final que deverá seraprovado em Dezembro de2015. r

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C O M É R C I O

O COMÉRCIO intra-regional naÁfrica Oriental e Austral está aregistar um aumento constante ecresceu três vezes nos últimos 10anos (2004-2014).

O Presidente do Grupo deTrabalho Tripartido COMESA-EAC-SADC, Sindiso Ngwenya,revelou o facto durante 24ªCimeira da União Africana sobreo progresso para o lançamentoda Área de Tripartida deComércio Livre (ACL).

O Mercado Comum da ÁfricaAustral e Oriental (COMESA) – AComunidade dos Estados daÁfrica Oriental (EAC) – e a SADCpretendem criar o maior mercadointegrado em África, cobrindo 26países na África Oriental eAustral, em 2016.

Este mercado integradobeneficiará uma população totalde cerca de 625 milhões depessoas que cobrem metade dosEstados membros da UA e um

Produto Interno Bruto decerca de 1,2 triliões dedólares norte-americanos.

Ngwenya, quetambém é Secretário-Geral do COMESA, disse que ocrescimento na África Oriental eAustral ocorre em função dosacordos individuais de comérciolivre das três ComunidadesEconómicas Regionais (CER), epoderá aumentar quando a ACLTripartida estiver operacional.

em papel, tais como chequesbancários.

Por exemplo, o SIRESSpermite aos países participantesa fazer verificação do dinheiroatravés das fronteiras, no mesmodia, e com um custo menor.Anteriormente, a consulta desaldos e das contas com sistemasbaseados em papel levava entresete e 21 dias úteis.

"Começamos com quatropaíses Lesotho, Namíbia, África

do Sul e Swazilândia," disse ooficial sénior do programa daSADC para o investimento,Thembi Langa, acrescentandoque mais cinco juntaram-se aoSIRESS - Malawi, Maurícias,República Unida da Tanzânia,Zâmbia e Zimbabwe.

A República Democrática doCongo esperado juntar-se embreve, enquanto todos os EstadosMembros da SADC devemparticipar no sistema em 2016. r

UM TOTAL de nove paísesaderiu já ao sistema regional depagamento electrónico lançadopela SADC a cerca de dois anos,contra apenas quatro Países noacto do lançamento em Julho de2013.

O Sistema Regional Integradode Pagamento Electrónico daSADC (SIRESS) visa facilitartransferências electrónicas naregião através da substituiçãodo uso de instrumentos manuais

A SADC criou uma unidade deapoio para facilitar aimplementação do Mecanismode Comércio da SADC, que estáoperacional desde Janeiro.

A unidade está sob aDirecção do Comércio,Indústria, Finanças eInvestimento.

O Mecanismo de Comércioda SADC (TRF) tem comoobjectivo fortalecer aimplementação do Protocolo doComércio da SADC e o Acordode Parceria Económica comUnião Europeia (APE) paraaumentar o comércio intra-regional dos fluxos entre osEstados-Membros da SADC.

O grupo APE-SADCcompreende Botswana, Lesotho,Moçambique, Namíbia, Áfricado Sul e Swazilândia.

Os outros membros daSADC estão a negociar os APEcomo parte de outros gruposregionais, como a África

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 13

Ele disse que o comérciointra-combinado das trêsRECs para o período de 2004-2014 subiu de 30,6 biliõespara 102,6 biliões de dólaresnorte-americanos, com ocomércio intra-SADC passandode 20 biliões para 72 biliões dedólares no mesmo período. (Vejatabela)

O COMESA registou umcrescimento do comércio intra-regional de 8 biliões para 22biliões de dólares norte-americanos, enquanto o EACregistou um crescimento de 2,6biliões para 8,6 biliões dedólares norte-americanos.

"Estou confiante que oestabelecimento da ACLCOMESA-EAC-SADC iráseguir o mesmo caminho decrescimento, no entanto, a umritmo de crescimento aceleradoe, apoiado por programasde infra-estrutura eindustrialização", disse ele. r

Comércio intra-regional regista aumento

Mais Países aderem ao sistema regional de pagamentoelectrónico

Unidade de comércio da SADC já está operacionalCentral ou da África Oriental eAustral.

A Unidade do TRF foi criadaatravés de um acordo decontribuição entre a UE e aSADC e, entre outras coisas,visa fornecer apoio técnico aospaíses na implementação dosseus compromissos assumidosno âmbito do Protocolo daSADC sobre o Comércio e osAPE com a UE.

O TRF, que é um projecto de32 milhões de Euros financiadono âmbito do 10º FundoEuropeu de Desenvolvimento,composto por duas janelas definanciamento:• A janela do Protocolo

Comercial da SADC paragarantir maiores níveis decumprimento eimplementação doscompromissos assumidospelos países da SADC noâmbito do Protocolo doComércio; e

• Uma janela de APE que facilitaa implementação e monitoriado APE- SADC, com vista areforçar os seus potenciaisbenefícios, particularmente emtermos de melhoria do acessoao mercado.Áreas de intervenção

incluem cooperação aduaneira efacilitação do comércio,abarcando barreiras técnicas aocomércio e medidas sanitárias efitossanitárias, odesenvolvimento industrial, afacilitação do comércio deserviços, a promoção docomércio e desenvolvimento, eapoio sobre os ajustesrelacionados com o comércio.

O TRF tem como objectivolidar com os desafios deimplementação enfrentadospelos Estados Membros daSADC nos seus programas decomércio e desenvolvimentoindustrial, de modo a aumentaro comércio intra-SADC.

Ele irá complementar outrosprogramas de integraçãoregional, como o Mecanismo dePreparação de Projectos eDesenvolvimento (PPDF) e deApoio à Integração EconómicaRegional (REIS).

O PPDF visa colmatar aslacunas na provisão de infra-estrutura para melhorar acompetitividade e facilitar ocomércio regional einternacional, enquanto REISvisa a melhoria da capacidade deintegração económica regional.

O TRF visa especificamentelidar com os desafios deimplementação a nível nacionalque são identificadas pelospróprios países através de seusprogramas indicativos nacionais.

Os projectos e programasdevem ser coerentes com aestratégia de integração daSADC e planos dedesenvolvimento nacionais dosEstados-Membros. r

Fluxo do comércio intra-regional tripartido COMESA-SADC-EAC

Valo

r (US

Bili

ões)

Região (REC)COMESA SADC EAC Combinado

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14 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Fevereiro 2015

B R E V E S N E G Ó C I O S

OS PAÍSES em desenvolvimento estão aperder dinheiro por meio de canaisilícitos com o dobro da velocidade a queas suas economias estão crescendo, deacordo com novas estimativas.

Além disso, o volume total dessesfundos perdidos parece estar a crescerrapidamente. As constatações daIntegridade Financeira Global (GFI)reconfirmaram as estimativas anterioresde que os países em desenvolvimentoestão a perder quase um trilião de dólarespor ano através de evasão fiscal,corrupção e outros crimes financeiros porparte dos investidores, principalmenteestrangeiros.

Rumo ao Comércio Intra-África O PRESIDENTE da África doSul, Jacob Zuma, disse queos Países africanos estãotrabalhando juntos para removeras barreiras que estãoatrapalhando o comércio intra-Africano.

"Sabemos que se estamos emÁfrica é difícil caminhar e istodeve acabar rapidamente se éque queremos implementar anossa crença de que o comérciointra-África é importante e quese nós temos infra-estruturas,então isto não pode serbloqueado pelos diferentesPaíses", disse Zuma no recenteFórum Económico Mundial deDavos, na Suíça.

"Eu sei que os regulamentossão os maiores problemas para osinvestidores. Estas são questõesque estamos a tratar para tentartornar mais fácil [para osinvestidores investirem]. Nóstambém estamos olhando a formacomo os investidores podem fazernegócios facilmente sem lidarcom burocracias complicadas.Estas são questões que estamosabordando", disse ele.

Ele disse que, apesar de aÁfrica estar abençoada comespecialistas industriais, é tristesaber que estes têm estado amudara para países de fora docontinente, porque lá há

indústrias para usar essesespecialistas.

"Acreditamos que, uma vezque temos a infra-estrutura,temos energia, essashabilidades vão voltar para o

O relatório que abrange a década até2012 mostra que a taxa de fluxos ilícitosaumentou significativamente.

Em 2003, por exemplo, o capital ilícitocumulativo que saiu dos países emdesenvolvimento foi de 297 biliões dedólares norte-americanos contra 991biliões de dólares em 2012.

Um dos mecanismos mais comunspara mover esse dinheiro tem sido afalsificação de facturas comerciais.

Uma das formas tem sido vista grossaou falsificação dos rendimentos nospaíses em desenvolvimento porentidades criminosas, funcionárioscorruptos e empresas desonestas. r

País e eles não vão deixar ocontinente. Assim, portanto, afalta de competências não vaiser um problema e estas são asquestões que estamos atrabalhar." SAnews.gov.za r

A ZÂMBIA e Zimbabwetêm garantido 275 milhõesde dólares norte-americanosem empréstimos e doaçõespara reabilitar a Barragem deKariba, a gigantesca produtorade energia local izadana fronteira entre os doispaíses.

A concessão vem após osavisos de que a parede de 128metros está envelhecendo eprecisa de reparos.

A União Europeia esperadisponibilizar a maior fatia de100 milhões de dólares norte-americanos, enquanto o BancoMundial e o Banco Africano deDesenvolvimento vão cadadisponibilizar 75 milhões dedólares norte-americanos emempréstimos. A Suécia vaiconceder 25 milhões dedólares.

A Reabilitação da barragemdeverá custar 300 milhões dedólares norte-americanos, e osdois países concordaram empagar a diferença.

A Barragem de Kariba é umadas maiores do mundo,produzindo mais de 1.300Megawatts de energiahidroeléctrica para os doispaíses. r

Tempo para impedir fluxo ilícito de recursos parafora da África

Namíbia pretende ser centro regionalda SADCNAMÍBIA LANÇOU um planoque visa transformar o País numcentro regional para os países daSADC.

Encomendado pelo Governoda Namíbia e pela Agência deCooperação Internacional doJapão (JICA), o plano aponta asboas infra-estruturas e posiçãogeográfica da Namíbia dão umenorme potencial ao país para setornar um centro de logística edistribuição internacional naÁfrica Austral.

Ele também recomenda que aNamíbia deve apresentar os seuspontos fortes de negócios quefazem com que seja favorável emcomparação com os outrospontos de saída bemestabelecidos.

"Os preços não devem sersuperiores a um terço do preço naCidade do Cabo ou Durban. Esteé o factor único mais importantepara atrair negócios de logística;

preços relativamente altos podemprejudicar qualquer um dosoutros factores de atracção ", lê-seem parte do plano.

A Namíbia já fez umprogresso no sentido deestabelecer-se como um centroregional. Por exemplo, um novoterminal de contentores no Portode Walvis Bay estará totalmenteoperacional em 2018.

O objectivo é aumentar acapacidade de manuseamento doporto. O fluxo de cargas deveráaumentar nos próximos anos, deacordo com uma avaliaçãorecente

Por exemplo, a TransNamib eJICA estimam que o futurovolume de carga transportadopor ferrovia poderá ser de4,8 milhões de toneladas até 2020,em comparação com 4,9 milhõesde toneladas, em 2025 com basena previsão de futuro fluxo decargas. The Namibianr

Zimbabwe e Zâmbiareabilitam barragemde Kariba

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 15

Eventos Fevereiro-Abril 2015

Fevereiro17, Comité Ministerial do ÓrgãoÁfrica do Sul A reunião vai deliberar sobre uma série de questões que visam a promoção da

paz e segurança na região da SADC. O comité é composto pelos ministrosresponsáveis pelos assuntos externos, de defesa, de segurança pública e desegurança do Estado dos países que compõem o Órgão da SADC sobre Política,Defesa e Segurança.

22-23, Reunião do Grupo de Trabalho de Revisão do RISDPZimbabwe O grupo de trabalho multissectorial vai se reunir para validar o conteúdo do

Projecto actualizado do RISDP 2015-2020 e o Quadro Projecto deImplementação. O grupo de trabalho é composto por representantes dos Estados-Membros, do Secretariado da SADC, instituições subsidiárias e filiadas da SADC,instituições de investigação sobre as políticas e peritos independentes.

24-24, Reunião de Peritos da Indústria e Comércio da SADCZimbabwe Os peritos dos Governos dos Estados-Membros da SADC vão convergir em Harare

para finalizar um roteiro e estratégia sobre a industrialização da região. O resultadoda reunião será tido em conta numa reunião do Grupo de Trabalho Ministerial daSADC sobre Integração Regional prevista para Março, também no Zimbabwe.

26-27, Reunião do Grupo Temático de Energia da SADC Botswana O Grupo Temático de Energia é uma reunião de coordenação de parceiros de

cooperação, especialistas da SADC e das suas organizações subsidiárias paradiscutir formas de ajudar a região no combate aos seus desafios energéticos.

28, Lesotho Eleições Gerais no Lesotho Os Basotho vão depositar os seus votos nas eleições gerais para escolher os 80membros da Assembleia Nacional de 120 membros. Os outros 40 deputados sãoeleitos por um círculo eleitoral nacional utilizando o sistema de listas partidáriasde representação proporcional. As eleições, inicialmente previstas para 2017,foram antecipadas após um acordo pelas partes políticas interessadas do país.

Março5, Zimbabwe Grupo de Trabalho Ministerial sobre Integração Regional

Ministros responsáveis pelo Comércio e Indústria, Finanças, Economia,Planeamento e Desenvolvimento de infra-estrutura na região da SADC reúnem-se para discutir uma estratégia e um roteiro para a industrialização da região.Trata-se de uma resposta a uma decisão tomada na 34ª Cimeira da SADC,realizada em Victoria Falls, Zimbabwe, que instruiu o Secretariado paradesenvolver uma estratégia e um roteiro prático e implementável para aindustrialização da região.

6, Zimbabwe Conselho de Ministros da SADCO Conselho de Ministros da SADC é responsável por supervisionar e monitoraras funções e o desenvolvimento da SADC e assegurar que as políticas sejamdevidamente implementadas para promover a integração regional.

26, 38ª Reunião do Comité Executivo e 20º Aniversário do SAPPÁfrica do Sul O encontro contará com a presença de quadros dirigentes e directores-gerais das

12 empresas membro do SAPP e irá traçar o caminho a seguir para a realizaçãodo objectivo de integrar as redes regionais de produção e distribuição de energia.Vai analisar a situação actual de electricidade na região.

Abril15-16, Southern Africa ICT 2015Moçambique A cimeira reunirá responsáveis políticos, reguladores e líderes da indústria para

partilhar conhecimento, rede e desenvolver estratégias sobre as melhores práticas.A reunião terá como foco a implantação de soluções de TIC para melhorar aqualidade de vida dos cidadãos da África Austral e capacitá-los para mostrar seusconhecimentos e habilidades.

30, Cimeira Extraordinária da SADC sobre IndustrializaçãoZimbabwe Na sequência do convite por líderes da SADC na sua Cimeira de 2014 para

priorizar a industrialização na agenda de integração económica regional, a regiãovai realizar uma cimeira especial para discutir um quadro para o reforço dacapacidade industrial na África Austral.

30, Referendo constitucional na TanzâniaTanzania Tanzanianos votarão num referendo para decidir sobre uma nova Constituição,

que irá substituir a que vigora desde 1977. Entre outras disposições, a novaConstituição estabelece um limite de quantos ministros do Governo podem sernomeados pelo presidente, introduz o princípio de paridade de génerorepresentação no parlamento, e dá às mulheres o direito de propriedade da terraem pé de igualdade com os homens.

E V E N T O S

ÁFRICA AUSTRAL HOJEÉ produzido como uma fonte de referência das

actividades e oportunidades na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, e um guião para os

responsáveis pela elaboração de políticas a todos os níveis de desenvolvimento nacional e regional.

Comunidade para o desenvolvimento da África AustralSecretariado da SADC, SADC House,

Private Bag 0095, Gaborone, BotswanaTel +267 395 1863 Fax +267 397 2848/318 1070E-mail [email protected] Website www.sadc.int

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é publicado seis vezes por ano pelo Centro de Documentação ePesquisa para a África Austral (SARDC) para o Secretariado da SADC em Gaberone,Botswana, como uma fonte credível de conhecimento sobre o desenvolvimento regional.Os artigos podem ser reproduzidos livremente pelos órgãos de comunicação social eoutras entidades, citando devidamente a fonte.

EDITORMunetsi Madakufamba

COMITÉ EDITORIAL Joseph Ngwawi, Kizito Sikuka, Egline Tauya, Admire Ndhlovu,

Phyllis Johnson, Danai Majaha, Anesu Ngadya, Anisha Madanhi, Tanaka Chitsa, Nyarai Kampilipili

TRADUTORBonifácio António

ÁFRICA AUSTRAL HOJE conta com o apoio da Agência Austríaca para oDesenvolvimento, que assiste o Grupo Temático de Energia da SADC co-presidido pelaÁustria.

© SADC, SARDC, 2015

ÁFRICA AUSTRAL HOJE acolhe as contribuições individuais e de organizações dentro daregião da SADC em forma de artigos, fotografias, artigos noticiosos e comentários, etambém artigos relevantes de fora da região. Os editores reservam-se o direito deseleccionar ou rejeitar artigos, e editar para se ajustar ao espaço disponível. O conteúdonão reflecte necessariamente o posicionamento oficial ou opiniões da SADC ou SARDC.

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é publicado em Inglês, Português e Francês, e está disponívelnum formato digital no Portal de Internet www.sardc.net Conhecimento para oDesenvolvimento, ligado a www.sadc.int

COMPOSIÇÃO & MAQUETIZAÇÃO Tonely Ngwenya

PHOTOS AND ILLUSTRATIONSP1 waterearth.org.co, work.chron.com, noveltdiamonds.com;

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SADC HOJE Vol 17 No 2 Fevereiro 2015

ÁFRICAAUSTRALHOJE

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H I S T Ó R I A H O J E

03 DE Fevereiro é o Dia dos Heróis em Moçambique e serve paracomemorar a morte do fundador e primeiro presidente da Frente deLibertação de Moçambique (Frelimo),Eduardo Mondlane. Mondlane foi assassinado a 3 deFevereiro de 1969 por uma cartaarmadilhada enviada pela polícia desegurança portuguesas e entregue aele em Dar-es-Salaam, na Tanzânia. A data é comemorada todos osanos em Moçambique como o DiaHeróis. O feriado serve para honrar asvidas de soldados tombados,homens e mulheres que lutaramcom bravura para a independênciado País em 1975 e aqueles que têmcontribuído para o desenvolvimento pós-independência deMoçambique. O dia é um feriado comemorado com desfiles e com discursos de

vários grupos políticos a fim de apoiar aigualdade para todos os cidadãos deMoçambique.

A principal festa é realizada na Praça dosHeróis, perto do aeroporto internacional deMaputo.

No centro da praça há um monumento emforma de estrela de mármore branco onde estádepositado o corpo de Mondlane, bem como

o primeiro Presidente do País, SamoraMachel, e outros heróis da luta delibertação.

As celebrações do 3 de Fevereiro desteano, são as primeiras a ser presidida peloPresidente recém-eleito, Filipe Nyusi,nascido três anos antes Frelimo ter sidoformada a partir de três outrosmovimentos, em 1962, e ele foi criado no

movimento de libertação nacional queganhou a independência do domínio colonialPortuguês.

A Tanzânia serviu de abrigo para refugiadosmoçambicanos e uma base de retaguarda para osguerrilheiros da Frelimo, incluindo treinamento eequipamentos, bem como hospedagem do Comité

de Libertação da Organização de UnidadeAfricana.

Nyusi apelou a todos os moçambicanos avalorizar o legado de Mondlane e outrosque sacrificaram as suas vidas para umMoçambique independente e soberano. r

Moçambique celebra Dia dos Heróis

Angola comemora o início da lutaarmada04 DE Fevereiro é uma dataimportante na história de Angola, e écomemorada como o início da lutaarmada de libertação nacional dePortugal. Este foi um marco na lutacontra a colonização Africana queeventualmente trouxe aindependência a Angola a 11 deNovembro de 1975.

Na madrugada de 04 de Fevereirode 1961, um grupo de homens emulheres armados de paus, catanas e outras armasatacaram as prisões de São Paulo e Casa da Reclusão,em Luanda, para libertar prisioneiros que haviamsido condenados a morte pelo regime colonial.

A resposta foi brutal com acção repressivaem todo o país. As prisões, torturas eassassinatos deste período levou algunsnacionalistas, como o Presidente fundador deAngola, Dr. Agostinho Neto, a organizarem-se para a luta de libertação.

O Seu partido, o Movimento Popular deLibertação de Angola (MPLA), havia sidocriado em 1956 com o objectivo de libertarAngola da repressão.

O MPLA foi chamado para a resistênciacontra o domínio colonial e independênciapara o país, e trabalhou para isso durante ospróximos 20 anos.

3 Fevereiro e 4 Fevereiro Datas para recordar e reflectir

FERIADOS PÚBLICOS NA SADCFevereiro – Abril 2015

Um futuro partilhado no seio da Comunidade Regional

Samora Machel, Eduardo Mondlane

1 Fevereiro Dia da abolição da escravatura Maurícias3 Fevereiro Thaipoosam Cavadee Maurícias3 Fevereiro Dia dos Heróis Moçambique 4 Fevereiro Dia Nacional da Luta Armada Angola16 Fevereiro Dia de Carnaval Angola17 Fevereiro Maha Shivaratree Maurícias19 Fevereiro Festival Chinês da Primavera Maurícias

3 Março Dia dos Mártires Malawi8 Março Dia da Mulher Angola, Zâmbia11 Março Dia de Moshoeshoe Lesotho12 Março Dia Nacional Maurícias

Dia da Juventude Zâmbia21 Março Dia da Independência Namíbia

Dia dos Direitos Humanos África do SulOugadi Maurícias

29 Março Dia dos Mártires Madagáscar

3 Abril Sexta-feira Santa Angola, Botswana,Lesotho, Madagáscar, Malawi, Namíbia, Seychelles,

África do Sul, Swazilândia, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe

4 Abril Páscoa/Sábado Santo Seychelles, Zâmbia4 Abril Dia da Paz e Reconciliação Angola7 Abril Dia da Mulher Moçambique

Segunda Feira de Páscoa Botswana,Lesotho, Madagáscar, Malawi, Namíbia, Seychelles,

África do Sul, Swazilândia, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe

7 Abril Dia do Sheik Abeid Karume Tanzânia18 Abril Dia da Independência Zimbabwe19 Abril Aniversário do Rei Swazilândia 25 Abril Dia da Bandeira Nacional Swazilândia26 Abril Dia da união Tanzânia27 Abril Dia da Liberdade África do Sul

Agostinho Neto