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ANTT AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES
RELATÓRIO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 105/2010
1. INTRODUÇÃO
A Audiência Pública no 105/2010 foi instituída pela Deliberação no 009/2010, de 20
de janeiro de 2010, que também designou os servidores Antonio Maria Espósito Neto e
Andre Dulce Gonçalves Maia, respectivamente, Presidente e Secretário da referida
Audiência Pública, os quais subscrevem este Relatório.
No período entre 25 de janeiro e 23 de fevereiro de 2010 foi disponibilizada, no
endereço eletrônico da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, para o
recebimento de contribuições, a minuta de Anteprojeto de Lei que altera a Lei nº
11.442/2007, de que trata a Nota Técnica nº 54/2009/SUREG, de 06/11/2009, no âmbito da
Audiência Pública Nº 105/2010. Foram divulgados também documentos para embasamento
técnico (Nota Técnica, Parecer Jurídico, Exposição de Motivos, Apresentação Técnica) e
procedimental (aviso de abertura e procedimentos aplicáveis à Audiência Pública no
105/2010).
Durante esse período, foram recebidas manifestações e sugestões encaminhadas
pelo correio, entregues na Agência ou enviadas por meio eletrônico. Além disso, foram
recebidas manifestações orais em sessão pública realizada no dia 09 de fevereiro de 2010,
as 9:30 horas, no auditório da ANTT, situado no Setor Bancário Norte (SBN), Quadra 2,
Bloco C, 3º andar, Brasília – DF. Cumpre informar que o registro da sessão pública se deu
por meio da súmula da ata da Audiência Pública no 105/2010.
Por se tratar de proposta de Anteprojeto de Lei, a Audiência foi previamente
comunicada à Casa Civil da Presidência da República, conforme dispõe o § 1º do Art. 32
do Decreto 4.130, de 13 de fevereiro de 2002, por meio do Ofício 65/2010/DG, de 21 de
janeiro de 2010.
2. OBJETIVO
A Audiência Púbica teve por objetivo dar publicidade à proposta de inclusão do
Artigo 5-A na Lei nº 11.442/2007 e de receber contribuições, antes do envio ao Ministério
dos Transportes, à proposta de Projeto de Lei que “altera a Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de
2007, que dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante
remuneração” para tornar obrigatório o pagamento do frete do transporte rodoviário de
cargas por meio de crédito em conta de depósitos, mantida em instituição bancária, ou por
outro meio de pagamento regulamentado pela ANTT.
3. DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS
A Audiência Pública nº 105/2010 recebeu 20 contribuições por meio eletrônico, 1
delas desconsiderada por recebimento fora do prazo. Foi recebida 1 contribuição por
correio. Durante a sessão pública, foram protocoladas 3 contribuições escritas e ocorreram
16 manifestações orais, para o aprimoramento do texto da proposta do Anteprojeto de Lei.
4. ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES
As contribuições foram analisadas pela equipe técnica quanto à sua pertinência e
viabilidade.
A seguir, estão relacionadas, pela forma de envio e por entidades, as contribuições
recebidas no período da Audiência Pública.
4.1 Contribuições por Meio Eletrônico
a) Movimento União Brasil Caminhoneiro – Santos
Autora da contribuição: SONIA REGINA BRANCO
Contribuição Apresentada
Aqui todo frete do vira embarque e desembarque dos navios tem que ser tirado
através de uma associação e também o pagamento tem que ser feito à associação para
posteriormente a associação repassar ao caminhoneiro autônomo.
Justificativa Apresentada
Aqui em Santos é uma vergonha o frete cada vez mais baixo e ainda temos que
pagar propina para os caixeiros se quisermos trabalhar e o pior de tudo não temos a quem
recorrer pois a CLT não nos ampara por sermos autônomos, isso precisa mudar não só para
o caminhoneiro que trabalha com frete de viagem também para nós que prestamos serviço
dentro da nossa cidade.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada.
b) Movimento União Brasil Caminhoneiro – Sinditac – RMC-SP
Autor da contribuição: BENEDITO PANTALHÃO
Contribuição Apresentada
A extinção da carta frete e a intituição do cartão frete ou outro meio: crédito em conta. A
partir deste principio fazer um estudo sobre contribuição social previdenciária para efeito
de uma aposentadoria.
Justificativa Apresentada
Considerando que o TAC está regulamentado, entendemos que seus ganhos também
tem que sair da informalidade e o recebimento do frete ser feito direto para o TAC, sem
intermédiários cobrando agil para recebermos o que nos é devido.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. Com
relação à execução de estudo sobre a contribuição sindical, em que pese não se tratar do
objeto da Audiência Pública nº 105/2010, será dado conhecimento à Diretoria Colegiada da
sugestão.
c) Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Volta Redondo e Sul
Fluminense
Autor da contribuição: ROBERTO BATISTA
Cargo: Presidente
Contribuição Apresentada
O SINDICATO DOS TRABALHADORES EM TRANSPORTES RODOVIÁRIO
DE VOLTA REDONDA E SUL FLUMINENSE, impossibilitado, por vários e
inadiáveis motivos, de comparecer à esse grande evento – Audiência Pública – porém,
havido em apresentar a sua contribuição para a resolução de inúmeros problemas que pelos
quais passam os responsáveis pelo transporte rodoviário de nosso pais, vem, com o mais
profundo respeito apresentar por escrito e na forma eletrônica como nos permite o Edital a
seguinte contribuição:
Opina, o presente sindicato, que tem como signatário o seu presidente: Roberto
Batista, “a priori”, que seja abolida a Carta Frete, mecanismo esse que tem trazido inúmeras
dificuldades, e porque não dizer, muitos prejuízos aos caminhoneiros e ao pais, pela
criação de credito em conta corrente do próprio caminhoneiro, que já terá, criado pela rede
bancaria um vasto e completo cadrastamento, cujo a sua senha para os saques será
exatamente as suas impressões digitais, os créditos serão de 40 ou 50% do valor do frete no
momento do carregamento e o restante na contra entrega, ou seja, assim que o
caminhoneiro entrar em contato com estabelecimento bancário informado o final de sua
missão, ato este que em seguida será confirmado pela empresa recebedora, que fornecerá ao
caminhoneiro comprovante da referida entrega com liberação de seu credito restante,
ficando também sob a responsabilidade da empresa recebedora a devolução do
conhecimento da entrega da carga assinado e carimbado à empresa proprietária da carga .
Acredita-se, o referido sindicato que tal medida Poe fim aos inúmeros problemas,
aos muitos prejuízos ao caminhoneiro e ao pais e mostra com a transparência desejada pelo
governo e por toda a sociedade a legalidade da atividade, inclusive facilitando o controle
dos gastos e despesas por todos os órgãos governamentais.
Assim caberia as cooperativas a fiscalização em prol de toda a classe dos
caminhoneiros, sobre o pagamento do valor do frete o que na opinião deste sindicato,
deveria ser estabelecido por estado, e o seu calculo por quilometro rodado, podendo esse
calculo ser feito a partir do mínimo de R$ 0,70 ( setenta centavos ), reajustável
anualmente.
Isto posto, esperasse, com maior respeito que seja a nossa contribuição acatada nos
colocamos ao inteiro dispor para quaisquer outros esclarecimentos que se fizerem
necessários, não sem antes de apresentar os nossos protestos de elevada estima de alta
consideração.
Justificativa Apresentada
Diminuir, ou eliminar por completo as dificuldades encontradas pelos
caminhoneiros, pela burocracia existente no correr das execução do seu trabalho, na
sustentação do desenvolvimento.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange ao tipo de tecnologia empregada, ressalta-se que as normas para a aprovação e o
modelo e sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal
Lei, caso o Projeto de Lei seja aprovado.
d) Câmara Temática do Transporte Internacional - CTTI
Autor da contribuição: ABEL MOREIRA PARÉ
Cargo: Presidente
Contribuição Apresentada
1. Considerando que a cooperativa (dimensão econômica) ainda que eventualmente
também opera com TAC e ETC, torna-se necessário incluir no anteprojeto esta situação de
subcontração;
2. Estabelecer de forma clara e objetiva que a cooperativa é de direito a contratada e o
pagamento eletrônico deve ser diretamente a cooperativa e não ao associado, e a
cooperativa repassará na forma legal a seus associados efetuando as devidas retenções
tributárias e garantindo a comprovação de rendimento de seus associados.
Justificativa Apresentada
Justificativa item 2: Conforme determinações legais definidas na Lei 11.442/2007 e
na Resolução ANTT nº3.056/2009 em vigor, tem-se que os veículos de associados que
operam sob a responsabilidade legal das cooperativas utilizam o RNTRC da cooperativa.
Desta forma segundo previsão legal toda responsabilidade emergente da atividade de
transporte recai sobre o detentor do registro junto a ANTT, neste caso a cooperativa, da
mesma forma a resolução estabelece através do Art. nº 23 a obrigatoriedade da informação
do “nome, razão ou denominação social, CPF, ou CNPJ, o RNTRC e o endereço do
transportador emitente e dos subcontratados, se houver”.
Com isso fica demonstrado que as operações realizadas pelos veículos na condição
de subcontratados estão sob a responsabilidade do detentor da licença junto a ANTT, no
caso do transporte nacional identificado pelo RNTRC. Sendo assim entendemos necessário
também incluir que as empresas ao contratar associado (veículo com CRNTRC na condição
CTC), o pagamento eletrônico deve ocorrer para a cooperativa e não para o associado,
sobretudo para que a cooperativa possa dar conta das obrigações fiscais decorrentes da
operação de seus associados.
A rigor o entendimento básico de que a contratação ocorre entre empresas
(cooperativas) autorizadas, identificadas pelo RNTRC, já bastaria para estabelecer tal
obrigação, já que o RNTRC se constitui numa licença e o responsável pela operação é o
detentor da licença junto a agencia, de toda forma temos em conta que muitas empresas não
conseguem distinguir a figura do TAC do COOPERADO e mesmo havendo a vinculação
via RNTRC, é oportuno estabelecer claramente na legislação.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de repasse aos cooperados, ressalta-se que as normas para a aprovação e o
modelo e sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal
Lei, caso o Projeto de Lei seja aprovado.
e) ATR BRASIL
Autor da contribuição: LAUDIO LUIZ SODER
Contribuição Apresentada
§ 7º A ANTT deve estabelecer um modelo formal e específico de Contrato de Frete
onde para nele constar as bases acertadas entre o TAC e a ETC, o qual só poderá ser
emitido mediante autorização e fiscalização da Receita Federal.
Justificativa Apresentada
A referencia ao CTRC é uma imperfeição que deve ser corrigida, uma vez que o
Conhecimento de Transporte não se presta para comprovar a contratação do TAC. Torna-se
necessário a criação de um outro documento que deve servir de base para identificar o
contrato de frete realizado entre o TAC e a ETC, consignando nele a conta bancária onde
deve ser feito o depósito para pagamento do frete.
Assim, o transportador autônomo estará amparado, pois as Receitas Estaduais e
Federal fiscalizarão o recolhimento dos tributos incidentes sobre sua contratação,
assegurando seus direitos sociais, securitários e previdenciários, permitindo aposentadoria
ou pensão decentes.
Resposta: Contribuição não acatada. As operações de transporte, na qualidade de
contratação direta ou subcontratação, serão sempre acobertadas por conhecimento de
transporte, conforme determina o Acordo Sinief 06/89.
Segundo o referido Acordo, “o transportador que subcontratar outro transportador
para dar início à execução do serviço, emitirá Conhecimento de Transporte Rodoviário de
Cargas, fazendo constar no campo ‘Observações’ deste ou, se for o caso, do Manifesto de
Carga, a expressão: ‘Transporte subcontratado com ......, proprietário do veículo marca ......,
placa nº........., UF......;’”. Estas informações também deverão constar se for o caso, no
manifesto.
O mesmo normativo determina que o subcontratado deverá emitir o Conhecimento
de Transporte indicando, no campo “Observações”, a informação de que se trata de serviço
de subcontratação. No mesmo sentido, a Lei nº 11.422, de 2007, obriga a emissão de
conhecimento.
Ou seja, caso ainda existam condições da prestação que não contem do conhecimento,
poderá ser lavrado contrato estabelecendo tais regras, situação na qual cabe estritamente
aos contratantes estabelecer as regras da prestação do serviço, não à ANTT, ressalvadas
aquelas já previstas na Lei nº 11.442, de 2007, e na Resolução ANTT nº 3.056, de 2009.
f) Sr. Leonel Ramos
Autor da contribuição: LEONEL RAMOS
Contribuição e Justificativa recebidas em arquivo, constam do ANEXO I –
Contribuição 4.1.f).
Resposta: Contribuição não acatada. Trata de assuntos diversos ao objeto da Audiência
Pública nº 105/2010, cabendo esclarecer que não compete à ANTT propor alterações na
Constituição.
As alterações sugeridas para os art. 2º, 11, 12 e 21 da Lei nº 11.442, de 2007, e para
a Resolução ANTT nº 3.056, de 2009, embora relevantes, fogem ao propósito desta
Audiência Pública.
As questões relativas à possibilidade de obtenção de informações junto às
Secretarias Estaduais de Fazenda será objeto de trabalho conjunto da ANTT com aqueles
órgãos.
Com relação à venda de vales-pedágio às pessoas físicas, todas as fornecedoras são
obrigadas a possibilitar a aquisição.
Em que pese tratar de temas diversos ao da Audiência Pública em tela, será dado
conhecimento à Diretoria Colegiada da sugestão.
g) CTF Technologies da Brasil Ltda
Autor da contribuição: LUÍS ROBERTO FARAH
Contribuição Apresentada
Incluir a possibilidade de parte do pagamento do frete ao TAC, ETC ou CTC ser
efetuado com o fornecimento de combustível pelo Embarcador ou Transportador, conforme
especificado na RESOLUÇÃO ANP Nº 12, DE 21.3.2007 – DOU 22.3.2007.
Obs.: Atenção ao Art. 9º, insiso III, IV. – Conforme a resolução abaixo. (A
Resolução ANP no 12 /2007 consta do ANEXO II – Contribuição 4.1.g) - Resolução ANP
no 12 /2007).
Justificativa Apresentada
A parcela de combustível representa de 35% a 50% de um frete.
- Combustivel pode ser fornecido por Embarcador ou Transportador conforme
RESOLUÇÃO ANP Nº 12, DE 21.3.2007 – DOU 22.3.2007.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
h) CTF Technologies da Brasil Ltda
Autor da contribuição: LUÍS ROBERTO FARAH
Contribuição Apresentada
Prever a possibilidade que o depósito efetuado na conta corrente ou outro meio de
pagamento aos TAC, ETC ou CTC seja agendado no valor integral do frete, prevendo-se a
liberação imediata da parcela do adiantamento , e a liberação do saldo (quitação) após o
recebimento dos documentos da viagem e entrega, comprovando se assim a conclusão do
serviço.
Justificativa Apresentada
- Os pagamentos do frete são divididos em duas parcelas, uma como adiantamento e
outra como saldo do frete, conhecido no mercado como quitação.
- Os pagamentos da parcela do saldo do frete (quitação) são liberados contar a
apresentação dos documentos da viagem, e entrega como cópia do CTRC (Conhecimento
de Transporte Rodoviario de Carga), canhoto das Notas Fiscais dos produtos transportados
e entregues , e demais documentos conforme o tipo de operação ( comprovante de pesagem
em balanças, anotações de faltas ou avarias, diferenças de pesos).
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
i) CTF Technologies da Brasil Ltda
Autor da contribuição: LUÍS ROBERTO FARAH
Contribuição Apresentada
Prezados,
Estivemos presente na audiência pública 105 do dia 09.02.2010, manifestamos
nossa vontade de participar das reuniões para regulamentação do projeto de lei proposto.
Somos atuante no segmento de transportes e temos um produto que atende esta
necessidade e queremos homologá-lo junto a ANTT.
Aproveito e envio um breve relato sobre nossa empresa e nossos produtos.
Fico á disposição.
www.portalctf.com.br
Quem somos
CTF Technologies do Brasil Ltda. tem suas atividades voltadas para a gestão de
frotas de veículos, tratores, máquinas, equipamentos e embarcações, notadamente quanto ao
controle automático do consumo de combustíveis. O Sistema CTF está em operação desde
1998 nas duas maiores bandeiras nacionais de distribuição de combustível – BR-Petrobras
Distribuidora e Ipiranga – e junto com dois dos maiores bancos privados do País –
Bradesco e Itaú Unibanco –. Essas destacadas parcerias atestam o valor de sua contribuição
para a modernização dos controles gerenciais de seus clientes, especialmente quanto ao
abastecimento de combustíveis. Por suas características revolucionárias, com base em
tecnologia de ponta, o Sistema CTF tornou-se uma referência consagrada junto aos setores
de transportes e de combustíveis no Brasil. Mais de 60 das 100 maiores frotas de transporte
do País já usam o Sistema CTF
Presente já em mais de 2.500 postos de abastecimento no território nacional e com
mais de 4.500 clientes de diversos segmentos como transportes – rodoviário e marítimo –,
serviços, indústria, agronegócio, governos e autarquias. O Sistema CTF é visto, pelo
mercado, como sinônimo de abastecimento inteligente, por integrar funções de meio de
pagamento com as de controle gerencial.
A inteligência do Sistema permite que, pelo processamento dos dados colhidos, de
forma automática, no abastecimento de combustíveis, sejam gerados relatórios gerenciais e
de cobrança. O conjunto de controles oferecidos pelo sistema proporciona economia de até
25% nos gastos com combustíveis, com reflexos positivos no capital de giro, além de
garantir, de forma única no mercado, que os recursos a eles destinados são efetivamente
neles aplicados. Dispor de meios modernos e sofisticados de controle é vital para garantir a
competitividade, cada vez mais acirrada.
O Sistema CTF processa mais de 1 milhão de transações por mês. Para garantir a
indispensável confiabilidade dos correspondentes lançamentos junto aos bancos e para
atender o elevado padrão de qualidade exigido pelos seus parceiros e clientes, a CTF
Technologies dispõe de vários sistemas de segurança, e tem seus produtos certificados pelo
INMETRO/CEPEL, quanto a normas de segurança, e seus processos certificados pelo
INMETRO/UNIÃO CERTIFICADORA com respeito à norma ISO 9001:2000.
Embora seja uma subsidiária da CTF Technologies Inc. sediada em Vancouver, B.
C., Canadá, criada para captação de recursos no exterior, a CTF Technologies desenvolve
as suas atividades de produção e desenvolvimento tecnológico inteiramente no Brasil. Entre
a matriz, localizada em São Paulo, as filiais de Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Belo
Horizonte (MG) e Recife (PE), e os 120 pontos de apoio distribuídos em todo o País, temos
uma equipe de 500 funcionários. Desses, 150 são de nível superior e, em grande parte,
dedicados às atividades de pesquisa e desenvolvimento de hardware e software.
A CTF Technologies tem como objetivo ajudar os clientes em seus negócios
oferecendo-lhes produtos com as mais modernas inovações tecnológicas, que visam
redução de custos e aprimoramento na gestão de frotas.
Nossos Produtos
CTF Abastecimento
Você sabe se o veículo de sua empresa estava presente no posto no momento do
abastecimento? Pode garantir que o valor expresso nas notas fiscais ou nos canhotos de
abastecimentos dos veículos de sua frota corresponde precisamente à quantia realmente
abastecida? E, ainda, que o combustível pago foi utilizado somente pelos caminhões,
carretas ou carros autorizados de sua empresa? Se sim, você deve ser um cliente CTF. Do
contrário, está na hora de aperfeiçoar a sua gestão e entrar para o grupo das companhias
competitivas do mercado.
O Sistema CTF é a solução para o controle e a gestão de abastecimento de frotas de
veículos – urbanos, rodoviários – e, também, de tratores, de máquinas, de equipamentos e
de embarcações.. Trata-se de um sistema de controle de abastecimento automático e
inteligente que registra, sem a interferência humana, a quilometragem do veículo, a
quantidade e o valor do combustível abastecido. Além disso, determina o agendamento dos
pagamentos aos postos pelos bancos integrantes do sistema, garantindo a segurança nas
operações e reduzindo custos.
A tecnologia usada no Sistema CTF é a única que assegura a presença do veículo no
momento do abastecimento e traz, ao gestor da frota, a tranqüilidade de que o dinheiro
destinado ao pagamento do combustível está sendo utilizado exclusivamente para tal fim.
Garantias que podem ser o diferencial do seu negócio, principalmente se você atua no setor
de transportes, em que o gasto com combustível pode chegar a 50% do custo variável por
quilômetro rodado pelo veículo.
Presente nos mais destacados postos das redes BR e Ipiranga, proporcionando
cobertura em todo o País, o CTF também pode ser instalado nos postos internos de sua
empresa. Agora você pode controlar os abastecimentos externos e internos com uma só
tecnologia. Seja dentro ou fora de sua garagem, o controle CTF não pára. É uma facilidade
que traz uma extraordinária contribuição para aperfeiçoar a gestão da frota, praticamente
sem custos de implantação e manutenção. Você entra com a fidelidade e as Bandeiras com
o investimento.
Acelere e assuma o controle de sua frota.
CTF Frete
Um ponto final na burocracia e na informalidade da emissão de cartas-frete. É isso
que oferece o CTF Frete, sistema de que administra, de forma estruturada e
profissionalizada, a execução das cartas-frete emitidas para os motoristas autônomos.
Por meio da solução, que integra as facilidades da Internet a uma sofisticada
tecnologia desenvolvida pela CTF, as atividades de contratação de motoristas autônomos –
que incluem adiantamentos de recursos financeiros para abastecimentos de combustível e
quitação de cartas-frete, passam a ser administrados por um revolucionário sistema
automatizado.
O Sistema é acessado via Internet, inclusive nos postos de serviços credenciados
CTF, que possuem um coletor de dados e terminais, dedicado ao Sistema CTF Frete. São
nestes coletores e terminais que o motorista e veículos são identificados acessando a carta-
frete. Como todas as transações realizadas no CTF Frete só podem ser feitas por meio
dessas identificações, o gestor da frota tem a certeza de que o motorista contratado e seu
veículo é, de fato, aqueles que executam o frete do início ao fim.
Justificativa Apresentada
Não foi apresentada justificativa.
Resposta: Não encaminha contribuição, apenas apresenta os produtos e serviços oferecidos
pela empresa para o pagamento de frete e combustível.
j) SINCAVER E TRABENS
Autor da contribuição: NERI SOUZA DE OLIVEIRA
Contribuição Apresentada
Ao cumprimentar, o sindicato dos condutores Autônomos de Uruguaiana, vem mui,
respeitosamente, manifestar sua posição com relação à lei 11442, não é possível de que
depois de muita luta que se conseguiu, tal estágio no transporte, e agora por pressão e
interesses, vamos retroceder agora, queremos manter a lei na sua integra nos parece salutar,
e se possível incluir a questão dos fretes internacional que, com as Aduanas e seus
processos burocráticos, há veículos que chegam a ficar parados entre seis a vintes dias
nestes terminais, ficando o prejuízo com o caminhoneiro autônomos ( que está inserido no
transporte internacional ou agregado a uma empresa e/ou cooperativas), muitas vezes já não
suportam mais tal prejuízo, veículo ganha seu frete rodando, para nem sempre conseguimos
cobrar diárias, e as vezes não conseguem cobrar nem mesmo o saldo do frete no transporte
internacional. A livre concorrência é salutar, mas teria que ter um valor mínimo estipulado,
para não estourar na manutenção do veículo.
Justificativa Apresentada
Preocupa-nos o fato do autônomo, estar em constante viajem, não tendo tempo para
estar na porta das empresas, humilando-se para poder receber seu frete, pois o transporte já
foi realizado. Deveria criar um mecanismo mais eficaz no recebimento destes frete,
principamente no internacional.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
k) Sindicato das Emp. de Transp. de Cargas de Goiás - SETCEG
Autor da contribuição: PAULO LUSTOSA
Contribuição Apresentada
Sugerimos que não seja encaminhado este projeto de Lei.
Justificativa Apresentada
Defendemos a livre negociação do frete, inclusive quanto a forma de pagamento.
Nenhum benefício ao TAC trará esta regulamentação.
Resposta: Contribuição não acatada. Não traz justifica que fundamente as sugestões e
afirmações expostas.
l) Fernando Rei Lopes
Autor da contribuição: FERNANDO REI LOPES
Contribuição Apresentada
Tornar obrigatório... por meio de crédito em conta de depósitos OU PAGAMENTO
POR CHEQUE BANCÁRIO ou outro meio de pagamento ...
Justificativa Apresentada
1-o cheque permite ao autônomo decidir livremente onde abastecer seu veículo,
sacar se necessário etc
2- o cheque permite ao autônomo escapar do risco de saque em caixas eletrônicos
em locais sem segurança (fora dos grandes centros)
3- o autônomo já pode comprovar sua renda, basta apresentar sua declaração de IR
com todos os fretes que recebeu no ano. Senão a ANTT criará uma comprovação de renda
onde o autônomo tem uma renda X (só para o sistema bancário) mas para a receita ele
declara Y.
4-A empresa que hoje paga com cheque, dando liberdade para o autônomo, pagará
para novos intermediários (moedeiros, cartões etc) aumentando o custo do frete (indo
contra a um dos propalados objetivos).
5-Com a insegurança em nosso país e o descasamento entre os horários de saída dos
autônomos e do sistema bancário, a falta de opção de pagar por cheque levará a um virtual
monopólio dos "outros meios de pagamento" de que trata o art. 5-A que cobrarão pelo
serviço de intermediação..
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
m) Associação de Motoristas de Lagoa Vermelha/RS
Autor da contribuição: EDGAR PEDRO ARGENTA
Contribuição Apresentada
Estabelecimento do valor do frete de acordo com a capacidade do veículo e com o
custo do transporte incluindo desgaste do caminhão, peneus e combustível. Deve ser
estabelecido, por exemplo, no mínimo R$ 5,00 (cinco reais o KM), valor fixo sendo
obrigada empresa a pagar mais o valor do pedágio, para fazer o roteiro previsto.
Justificativa Apresentada
O frete a ser pago deverá ser conforme o tipo de caminhão e sua capacidade de
carga dentro do custo operacional da viagem observando-se o consumo do diesel, peneus,
desgaste do caminhão, pedágios, mão de obra do motorista e manutenção do veículo. Em
cima do custo observar um lucro de 50% para cobrir impostos, taxas e seguros e para que o
caminhoneiro tenha condições de manter seu veículo revisado e em condições ideais.
Atualmente pagam R$ 2,00 (dois reais) e se o motorista pede o valor do pedágio então
falam que esse valor é cheio, se pagarem o pedágio baixam o frete. E no final fica até
menos, Por isso os motoristas não reclamam.
É importante regular esse valor, fixar o preço. Deve-se, também, padronizar o valor
do frete com preço igual tanto para ida como para a volta, "eliminando-se o famoso frete de
retorno, uma vez que o custo de ida e volta é o mesmo". Quanto ao pagamento, sendo
depósito em conta corrente é um forma interessante, mas de qualquer maneira o
caminhoneiro precisa dinheiro na mão para viajar e com a carta frete fica-se obrigado a
abastecer em postos onde o combustível tem preço mais elevado. O abastecimento do
veículo deve ser ao posto de sua preferência.
Agradeço se levarem em conta essas sugestões uma vez que sou motorista
autônomo desde 1980, com 30 anos de estrada.
Resposta: Contribuição não acatada.
Observando as competências previstas para o transporte de cargas, não é possível
fixar valores para pagamento do frete. A atividade de transporte de cargas deve ser
desenvolvida com liberdade de fretes, cabendo, conforme a Lei nº 10.233, de 2001,
somente a atuação para garantir a modicidade nos fretes na movimentação de bens. Neste
sentido, e também para diminuir o custo imposto aos transportadores autônomos para o
recebimento dos fretes – o que reflete nos preços dos produtos transportados –, é que a
ANTT está promovendo a regulamentação do seu pagamento.
n) BANCO DO BRASIL S.A.
Autor da contribuição: WERNER ROMERA SUFFERT
Contribuição Apresentada
Art. 5º-A O pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao TAC deverá
ser efetuado exclusivamente por meio de crédito em conta de depósitos ou meio de
pagamento eletrônico (cartão de débito ou pré-pago), mantido em instituição bancária, ou
por outro meio de pagamento a ser regulamentado pela ANTT.
§1º A conta de depósitos, o meio de pagamento eletrônico (cartão de débito ou pré-
pago), ou o outro meio de pagamento deverá ser de titularidade do TAC e identificado no
conhecimento de transporte.
§2º O contratante e o subcontratante dos serviços de transporte rodoviário de cargas,
assim como o consignatário e o proprietário da carga, são solidariamente responsáveis pela
obrigação prevista no caput, resguardado o direito de regresso destes contra os primeiros.
§3º Para os fins deste artigo, equiparam-se ao TAC a ETC que possuir até três
veículos registrados em sua frota no RNTRC e as Cooperativas de Transporte de Cargas.
§4º As Cooperativas de Transporte de Cargas deverão efetuar o pagamento aos seus
cooperados na forma do caput.
§5º O registro das movimentações da conta de depósitos, os extratos de cartão de
débito ou pré-pago, ou do meio de pagamento de que trata o caput servirá como
comprovante de rendimento do TAC.
§ 6º Fica vedado o pagamento do frete por qualquer outro meio ou forma diverso do
previsto no caput ou em seu regulamento.” (NR).
Justificativa Apresentada
O Banco do Brasil S.A., por meio da sua Diretoria de Cartões propõe complementos
ao texto do artigo 5º da Lei 11.442 de 5 de janeiro de 2007. Outrossim, as alterações visam
ampliar as possibilidades com que poderão vir a ser efetuados os pagamentos no âmbito do
transporte rodoviário de cargas.
Ainda, ressaltamos que a especificidade em relacionar o meio de pagamento
eletrônico (cartão de débito/pré-pago), intenta trazer os benefícios intrínsecos que as
modalidades de pagamento proporcionam.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
o) Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná - Setcepar
Autor da contribuição: ALDO FERNANDO KLEIN NUNES
Contribuição recebida em arquivo, consta do ANEXO III – Contribuição 4.1.o) e
4.1.r).
Resposta: Contribuição não acatada. As operações de transporte, na qualidade de
contratação direta ou subcontratação, serão sempre acobertadas por conhecimento de
transporte, conforme determina o Acordo Sinief 06/89.
Segundo o referido Acordo, “o transportador que subcontratar outro transportador
para dar início à execução do serviço, emitirá Conhecimento de Transporte Rodoviário de
Cargas, fazendo constar no campo ‘Observações’ deste ou, se for o caso, do Manifesto de
Carga, a expressão: ‘Transporte subcontratado com ......, proprietário do veículo marca ......,
placa nº........., UF......;’”. Estas informações também deverão constar se for o caso, no
manifesto.
O mesmo normativo determina que o subcontratado deverá emitir o Conhecimento
de Transporte indicando, no campo “Observações”, a informação de que se trata de serviço
de subcontratação. No mesmo sentido, a Lei nº 11.422, de 2007, obriga a emissão de
conhecimento.
Ou seja, caso ainda existam condições da prestação que não contem do
conhecimento, poderá ser lavrado contrato estabelecendo tais regras, situação na qual cabe
estritamente aos contratantes estabelecer as regras da prestação do serviço, não à ANTT,
ressalvadas aquelas já previstas na Lei nº 11.442, de 2007, e na Resolução ANTT nº 3.056,
de 2009.
No que tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os
modelos e sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal
Lei, caso o Projeto de Lei seja aprovado.
p) GPS Logística e Ger. de Riscos Ltda. - PAMCARY.
Autor da contribuição: DANILO AUGUSTO P. RAYMUNDI
Contribuição Apresentada
Após leitura do trabalho apresentado pela ANTT, só nos resta parabenizá-los por
essa iniciativa que colocará fim no meio de pagamento mais pernicioso existente no
transporte rodoviário de cargas que é "carta-frete".
Em nossa atividade temos contato diariamente com milhares de caminhoneiros por
todo país, e muitas vezes em situações de acidentes, assaltos, quebras mecânicas, entre
outras, e podemos percerber o desamparo desse profissional quando realiza viagem, tendo
como pagamento a "carta-frete".
É muito comum para aqueles que usam a "carta-frete" terem os custos de
combustiveis majorados nos postos onde fazem as trocas e ao mesmo tempo são obrigados
a comprar outros produtos a preços exorbitantes para conseguir receber algum valor em
moeda corrente.
O projeto de lei apresentado pela ANTT trará maior transparência ao setor de
transporte rodoviário de carga e ao mesmo tempo promoverá a inclusão sócio-econômica
do caminhoneiro.
Por outro lado, devemos ficar atentos ao meio de pagamento que vier a ser
regulamentado, evitando que mecanismos análogos ou semelhantes à "carta-frete" venham
a ser instituídos, ou seja, a forma correta é que o valor correspondente ao frete saia da
empresa contratante e vá automaticamente para o transportador autônomo comercial e este
possa utilizá-la livremente, sem obrigação de paradas em postos de combustíveis ou outros
estabelecimentos comerciais que de alguma forma venham a cobrar taxas ou praticar a
venda casada para liberar o dinheiro do trabalhador.
Outro aspecto importante a ser analisado por esta Agência é que o meio de
pagamento a ser regulamentado permita que a família do transportador autônomo tenha
acesso ao valor depositado para sua subsistência, pois como todos sabemos trata-se de uma
atividade itinerante dentro de um país de proporções continentais, não permitindo muitas
vezes que o trabalhador disponibilize durante a viagem valores à sua família para as
despesas correntes.
Em nossas pesquisas e até mesmo pelo que já foi implantado pelo mercado, um dos
melhores meio de pagamento continua sendo via transmissão eletrônica com utilização de
cartão, o qual possui uma vasta rede e é amplamente conhecido e utilizado pela população
brasileira, não gerando assim impactos negativos na sua implantação.
Por fim, mais uma vez parabenizamos a ANTT por esta iniciativa.
Justificativa Apresentada
Não foi apresentada justificativa.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
q) ANUT - ASSOC NACIONAL USUÁRIOS TRANSPORTE CARGA
Autor da contribuição: RENATO VOLTAIRE BARBOSA ARAUJO
Contribuição Apresentada
Inicialmente, expressamos a nossa concordância com o propósito da iniciativa de
acabar com as distorções apontadas na Nota Técnica da Audiência, decorrentes dos abusos
na operacionalidade da “Carta Frete”, que tanto prejudicam os contratantes de frete e os
TAC , comprometendo a competitividade da logística nacional.
Compreendemos assim, o pleito da União Nacional dos Caminhoneiros, respaldado
por diversas entidades do segmento transportador, no sentido de buscar um “mecanismo”
que elimine as mazelas apontadas.
Acontece que, quase um ano depois da entrega da demanda do Movimento, em
fevereiro de 2009 e após estudos e reuniões da ANTT, a proposta apresentada, configurada
na Minuta de PL não atenderá os anseios comuns, tanto dos embarcadores, contratantes,
cooperativas e TAC.
Ao nosso ver, foi apresentada uma solução simplista contemplando somente o lado
estatal fiscalista, pela obrigatoriedade de contas bancárias, permitindo assim o melhor
controle e taxação da renda do TAC. Além disso, delega a ANTT todo o poder
discricionário de regulamentar soluções futuras, de lógicas ainda desconhecidas que levam
ao receio empresarial de se deparar com decisões impostas que não cotejam os reais
interesses dos atores envolvidos na geração e transporte da riqueza nacional.
Destacamos que a figura apresentada na pag. 8 da Nota Técnica nº 54/2009/SUREG
apresenta somente um conceitual da proposta, sem um fluxograma processual consistente
do mecanismo a ser proposto no futuro.
Assim sendo, somos contrários a solução apresentada na minuta de PL e, nossa
posição é embasada, entre outros, pelos seguintes argumentos:
1. Qualquer que seja o mecanismo a ser implantado, esse não pode cercear a
livre circulação do dinheiro nacional em espécie. Embora entendamos que o sistema
bancário e os meios de pagamento eletrônico sejam avanços nas transações comerciais,
existirão sempre situações onde a vedação da circulação em espécie trará sérios prejuízos
operacionais, tanto para o contratante como para o TAC e Cooperativas.
Desta forma somos contra a essência do caput do Art. 5º A da proposta.
2. Ademais, não acreditamos que os simples depósito bancário irá acabar com as
distorções da carta frete.
Sabe-se que os abusos se concentram nas vendas casadas com preços aviltados nos
postos de abastecimento. Estas é que devem ser combatidas para que as vendas sejam feitas
a preços justos e com comprovação fiscal.
A Minuta de PL não disciplina e operacionaliza os pagamentos, que é um dos
pontos críticos da matéria. Quem os fará e em que ocasiões ?
Quem fará o crédito bancário e quando? Uma parte por ocasião do embarque e
outra na entrega da mercadoria? Qual o documento que configurará o crédito do TAC /
Cooperativado na entrega ( lembrando que esta etapa tem que ser comprovada) ? Um novo
tipo de Carta Frete /Ordem de Pagamento no destino ?
De outra feita, um contratante poderá emitir uma nova espécie de “Ordem de
Pagamento / Carta Frete” que continuará sendo saldada nos “postos credenciados”, agora
através de crédito bancário - depósito / transferência.
Estas e outras são questões que a Minuta nem soluciona e nem oferece diretrizes.
3. A responsabilidade solidária prevista no § 2º é outro ponto polêmico e nefasto.
O contratante dos serviços de transporte rodoviário de cargas, assim como o
consignatário e o proprietário da carga, não podem ser solidariamente responsáveis por
obrigações eventualmente assumidas pelos sub-contratados.
Com efeito, o contratante dos serviços pode contratar uma transportadora, que
possui frota própria, para realizar o serviço de transporte, mas a transportadora poderá sub-
contratar o TAC. Nesse caso, a responsabilidade deveria ser exclusiva do sub-contratante.
Pelo exposto, pleiteamos a retirada e a reformulação da presente minuta de PL,
propondo nova Audiência Pública, realizada a partir de outra proposta a ser elaborada em
detalhe pela ANTT, proposta essa que efetivamente desenhe um novo mecanismo que
solucione as distorções e abusos da carta frete que, repetindo, prejudicam o contratante, o
TAC e as Cooperativas, além de propiciar a informalidade e a evasão fiscal.
Este mecanismo não poderá interferir nas relações comerciais entre partes.
Ao mesmo tempo deverá induzir a maior inclusão do TAC na economia formal,
contemplando e até fomentando meios e sistemas de pagamento eletrônico, mas sem vedar
os pagamentos em espécie.
Lembramos que o transporte rodoviário se destaca pela livre concorrência e
qualquer solução que permita maior visibilidade do Estado para evitar a sonegação de
tributos não deve se transformar em controle estatal da atividade que, via de regra, quando
é feito onera a atividade econômica.
Nesta linha, sugerimos, por exemplo, um simples aprimoramento dos registros das
responsabilidades e valores acordados de frete no CTRC - Conhecimento de Transporte
Rodoviário de Cargas.
Ficamos a disposição para colaborar na feitura de uma nova proposta.
Justificativa Apresentada
Descrita no corpo da sugestão.
Resposta: Contribuição não acatada.
No que tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e
os modelos e sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará
tal Lei, caso o Projeto de Lei seja aprovado.
Com relação à responsabilidade solidária, entende-se que a obrigação deve abarcar
toda a cadeia de transporte, inclusive no caso de subcontratação, ou seja, cabe também ao
contratante zelar pela legalidade das contratações com todas as partes envolvidas. Cumpre
ainda ressaltar a previsão de direito de regresso para essa hipótese.
r) Sintropar - Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logistica do Oeste do
Paraná
Autor da contribuição: SINTROPAR
Contribuição recebida em arquivo, consta do ANEXO III – Contribuição 4.1.o) e
4.1.r).
Resposta: Contribuição não acatada. As operações de transporte, na qualidade de
contratação direta ou subcontratação, serão sempre acobertadas por conhecimento de
transporte, conforme determina o Acordo Sinief 06/89.
Segundo o referido Acordo, “o transportador que subcontratar outro transportador
para dar início à execução do serviço, emitirá Conhecimento de Transporte Rodoviário de
Cargas, fazendo constar no campo ‘Observações’ deste ou, se for o caso, do Manifesto de
Carga, a expressão: ‘Transporte subcontratado com ......, proprietário do veículo marca ......,
placa nº........., UF......;’”. Estas informações também deverão constar se for o caso, no
manifesto.
O mesmo normativo determina que o subcontratado deverá emitir o Conhecimento
de Transporte indicando, no campo “Observações”, a informação de que se trata de serviço
de subcontratação. No mesmo sentido, a Lei nº 11.422, de 2007, obriga a emissão de
conhecimento.
Ou seja, caso ainda existam condições da prestação que não contem do
conhecimento, poderá ser lavrado contrato estabelecendo tais regras, situação na qual cabe
estritamente aos contratantes estabelecer as regras da prestação do serviço, não à ANTT,
ressalvadas aquelas já previstas na Lei nº 11.442, de 2007, e na Resolução ANTT nº 3.056,
de 2009.
No que tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e
os modelos e sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará
tal Lei, caso o Projeto de Lei seja aprovado.
s) SINDITAC-GV
Autor da contribuição: LUIZ ANTONIO PASCHOALINI
Contribuição Apresentada
Concordamos que realmente deve-se acabar c/ a carta frete.
Justificativa Apresentada
A carta frete da mais facilidade p/ sonegação de impostos, e além disso o posto de
combustivel passa ser de forma indireta m agiota, pois é cobrado do transportador
autonomo (tac) que na verdade está fazendo um pagamento a vista, uma porcentagem que
varia de 5% a 10% p/ resgatar o restante do valor recebido do frete, e na verdade o posto é
contratado pela tranportadora (etc) e de forma indireta quem acaba fazendo o pagamento
são os transportadores autonomos. Onde na verdade se parar pra pensar o frete acaba não
saindo o com o valor combinado. Analisando de uma forma sensata uma viagem de no
valor de r$ 4.000,00 o motorista recebe aproximadamente r$ 3.600,00. Durante um ano
calcular quanto é o prejuizo do transportador? Se torna até dificil calcular. Entao suponho
que esse é um dos motivos que a frota brasileira está a cada dia mais velha sem condição de
ser renovada e de até fazer manutenção contribuindo também para causa de acidente.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada.
t) SINDITAC - JUIZ DE FORA
Autor da contribuição: EDUARDO DE SOUZA PAZZI
Contribuição Apresentada
Primeiramente gostaríamos de parabenizar a ANTT e as entidades sindicais pela
iniciativa para abolir a chamada “Carta-Frete”.
Esta forma de pagamento virou moeda de troca, onde as entidades com maior poder
econômico (embarcadores e postos de combustível), espremem os transportadores
autônomos, que são obrigados a comprar produtos – óleo diesel – com ágio, para o
recebimento do frete.
Tal prática deve ser erradicada do transporte, pois é mais uma forma de exploração
do transportador autônomo, piorando sua situação econômica.
Esta proposta encontra-se em sintonia com os interesses de toda a categoria, que
fica satisfeita de saber que estas necessárias mudanças estão sendo realizadas, e é nesse
sentido que temos que caminhar para termos um transporte justo e de qualidade.
Parabéns ANTT, Entidades Sindicais e Movimento União Brasil Caminhoneiro.
Justificativa Apresentada
Não foi apresentada justificativa.
Resposta: Contribuição desconsiderada por recebimento fora do prazo, conforme protocolo
ANTT/Ouvidoria/2010-043745.
4.2 Contribuições protocoladas na Sessão Pública
A íntegra das contribuições protocoladas na sessão pública se encontra no ANEXO
IV – Contribuições 4.2.a), 4.2.b) e 4.2.c). Nos itens abaixo, constam um breve resumo da
manifestação e suas respectivas resposta e análise.
a) Organização das Cooperativas Brasileiras
Autor da contribuição: JOSÉ CARNEIRO
Contribuição Apresentada
Duas contribuições foram apresentadas, eis:
Considerando que a cooperativa (dimensão econômica) ainda que
eventualmente também opera com TAC e ETC, torna-se necessária incluir
no Anteprojeto esta situação de subcontratação;
Estabelecer de forma clara e objetiva que a cooperativa é de direito a
contratada e o pagamento eletrônico deve ser diretamente a cooperativa e
não ao associado, e a cooperativa repassará na forma legal a seus associados
efetuando as devidas retenções tributárias e garantindo a comprovação de
rendimento de seus associados.
Justificativa Apresentada
Conforme determinações legais definidas na Lei 11.442/2007 e na Resolução ANTT
nº 3.056/2009 em vigor, tem-se que os veículos de associados que operam sob a
responsabilidade legal das cooperativas utilizam o RNTRC da cooperativa. Desta forma,
segundo previsão legal, toda responsabilidade emergente da atividade de transporte recai
sobre o detentor do registro junto a ANTT. Neste caso a cooperativa, da mesma forma a
Resolução, estabelece através do Art. Nº 23 a obrigatoriedade da informação do “nome,
razão ou denominação social, CPF, ou CNPJ, o RNTRC e o endereço do transportador
emitente e dos subcontratados, se houver.
Então fica demonstrado que as operações realizadas pelos veículos na condição de
subcontratados estão sob a responsabilidade do detentor da licença junto a ANTT, no caso
do transporte nacional identificado pelo RNTRC. Sendo assim, entende-se também incluir
que as empresas ao contratar associado (veículo com CRNTRC na condição CTC), o
pagamento eletrônico deve ocorrer para a cooperativa e não para o associado, sobretudo
para que a cooperativa possa dar conta das obrigações fiscais decorrentes da operação de
seus associados.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
b) Instituto Cuidando do Futuro
Autor da contribuição: ANTÔNIO CARLOS MARQUES MENDES
Contribuição Apresentada
Ressalta que a regulamentação do pagamento do frete trará benefícios diretos e
promoverá a inclusão sócio-econômica a aproximadamente 4 milhões de brasileiros
(Transportadores Autônomos Comerciais e seus familiares), além da bancarização de
milhares de profissionais.
Ademais, parabeniza a ANTT pela iniciativa e coloca a disposição para prestar
auxílio que julgarem necessário durante o processo de aprovação do Projeto de Lei.
Justificativa Apresentada
Não foi apresentada justificativa.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada.
c) União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil - UNICAM
Autor da contribuição: JOSÉ ARAÚJO SILVA
Contribuição Apresentada
É a favor da normatização do pagamento do frete. Entende-se que a iniciativa da
ANTT vem ao encontro do anseio de milhões de brasileiros que vivem, direta ou
indiretamente, da atividade do transporte rodoviário de cargas. Ademais, parabeniza todos
os profissionais envolvidos em tão importante projeto para o País e que as medidas
sugeridas pela ANTT sejam objeto de rápida aprovação e implementação.
Justificativa Apresentada
Não foi apresentada justificativa.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada.
4.3 Contribuições recebidas por correio
a) ATR BRASIL
Autor da contribuição: ROBERTO QUEIROGA
Contribuição Apresentada
A contribuição consta do ANEXO V – Contribuição 4.3.a).
Resposta: Contribuição não acatada. As operações de transporte, na qualidade de
contratação direta ou subcontratação, serão sempre acobertadas por conhecimento de
transporte, conforme determina o Acordo Sinief 06/89.
Segundo o referido Acordo, “o transportador que subcontratar outro transportador
para dar início à execução do serviço, emitirá Conhecimento de Transporte Rodoviário de
Cargas, fazendo constar no campo ‘Observações’ deste ou, se for o caso, do Manifesto de
Carga, a expressão: ‘Transporte subcontratado com ......, proprietário do veículo marca ......,
placa nº........., UF......;’”. Estas informações também deverão constar se for o caso, no
manifesto.
O mesmo normativo determina que o subcontratado deverá emitir o Conhecimento
de Transporte indicando, no campo “Observações”, a informação de que se trata de serviço
de subcontratação. No mesmo sentido, a Lei nº 11.422, de 2007, obriga a emissão de
conhecimento.
Ou seja, caso ainda existam condições da prestação que não contem do conhecimento,
poderá ser lavrado contrato estabelecendo tais regras, situação na qual cabe estritamente
aos contratantes estabelecer as regras da prestação do serviço, não à ANTT, ressalvadas
aquelas já previstas na Lei nº 11.442, de 2007, e na Resolução ANTT nº 3.056, de 2009.
No que tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os
modelos e sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal
Lei, caso o Projeto de Lei seja aprovado.
4.4 Manifestações orais
b) Câmara Temática do Transporte Internacional - CTTI
Autor da contribuição: ABEL MOREIRA PARÉ
Contribuição Apresentada
Minha contribuição é bem pontual. Como cooperativista, sistema Conceber, sistema
Ceales do Rio Grande do Sul, nós não só apoiamos essa proposta considerando oportuna,
mas como necessário. Porque não foi uma ou duas vezes que socorremos associados na
época ainda denominados autônomos, hoje cooperados, com acidentes muitos a óbitos.
Onde por falta de pagamento formal de retenção principalmente do seguro social – INSS –
as famílias ficaram completamente desamparadas. Foi a primeira coisa que pensei quando li
a minuta e as exposições dos motivos.
São só três contribuições. A primeira é que foi muito oportuno colocar responsabilidade
solidária de forma mais clara, porque o código comercial, o código civil já tinha isso. Mas
de forma mais clara nessa proposta do embarcador, para que eles pensem bem quando for
contratar que escolham empresas idôneas e sérias. Precisamos moralizar o transporte.
O projeto equipara a cooperativa à ETC e ao TAC, o autônomo. O que me pergunto é se
está suficientemente claro para todos, por que ainda tem muitas empresas, muitos
operadores que ainda não conseguiram distinguir o cooperado do autônomo. O RTRC, o
registro definitivo deveria esclarecer isso, que aquele que estiver usando o registro do CTC
é cooperado e não mais autônomo. E essa condição muda tudo, muda, sobretudo, a
responsabilidade emergente da operação de transporte. Todo aquele caminhão que estiver
trafegando com o cadastro da CTC o responsável é a cooperativa.
Teria que ficar mais claro que o pagamento eletrônico tem que ser para a cooperativa, e
então definir como isso vai funcionar; e não para o associado. As cooperativas de um modo
geral nasceram para minimizar um pouco essa situação, muitas delas para mediar, estruturar
e conseguir formalizar a operação de seus associados que, na época, autônomo era
cooperado. Mas tinha que colocar de uma forma mais clara, que o pagamento eletrônico
tem que ser para a cooperativa, e essa vai fazer o repasse da produção cooperada para o
associado fazendo as retenções tributárias dentro da responsabilidade emergente da
operação. E também fazendo os demonstrativos e comprovando a renda do seu associado e
não cooperado.
Porque teremos em definitivo dois cartões: o cartão mãe da cooperativa e o cartão do
associado que seria um numero seqüencial. É importante que os operadores façam essa
distinção porque estamos encontrando muita resistência nas transportadoras, e não é por má
vontade só, é por falta de entendimento para entender que associado não é autônomo. Que
ele tem que contratar a cooperativa e não diretamente o caminhoneiro na estrada. Isso tem
sido uma dificuldade para nós, precisamos trabalhar isso. E quanto a frete, só vem a
contribuir se observar isso.
E por fim, o 4° define que a cooperativa deveria passar o... Eu gosto de usar a palavra
repassar e não pagar porque o associado é dono da cooperativa. Nessa condição, quando ele
está na assembléia decidindo como funciona ele está na condição de dono, e quando ele
está no caminhão ele está na condição de transportador usuário da cooperativa. A
cooperativa se constitui para prestar serviço ao associado e oferecer melhores condições do
que ele teria no mercado.
O projeto prevê que a cooperativa deva repassar eletronicamente. Não somos contra em
nenhum aspecto, o que me pergunto é no caso, por exemplo. As cooperativas quando se
estruturaram e não tínhamos condições de discutir esses temas que estão sendo abordados
aqui, tínhamos que encontrar meios criativos para melhorar a condição dos associados. E
começamos a negociar insumos, peça, combustível; estruturamos oficinas, loja de peças;
prestamos serviços mecânicos; repassamos combustível com TRR para os associados. E
definiu em estatuto, regimento interno como deveria ser esse controle, essa remuneração,
repasse e que nível de desconto. Sempre teve em conta que se ele queria mais desconto na
hora, eu tinha que pagar menos e a sobra é dele também, e parte cai no bolso dele.
E agora nós temos essa situação que muitas vezes os associados recebem a remuneração
do transporte – o repasse da produção – no final de algum período de 15 dias, 30 dias e
alguns depois viajam. Isso eu me pergunto, não estou dizendo que está errado. Se nós
tivermos que passar eletronicamente integralmente da mesma forma que as empresas – para
o associado, não para o cooperado, quando tivermos subcontratando cooperado ou
autônomo ou empresa, que também pode acontecer porque a cooperativa também atua
economicamente no mercado– aí sim, mas quando estivermos operando com sócio, que é
dono, e já tiver antecipado para ele peças mais baratas, serviço mecânico, fundo de amparo
coletivo que substitui alguns seguros e combustíveis muitas vezes da nossa própria casa ou
por convênio. Isso não vai atrapalhar os benefícios para os quais nós nos constituímos para
fornecer?
Se tivermos que pagar tudo eletronicamente sem poder demonstrar isso. Se houver
como mostrar, computar e deduzir isso, perfeito, somos adeptos do pagamento eletrônico.
Só não queremos que o sócio perca uma das características fundamentais da cooperativa
que foi estruturar o trabalho dele, fornecer assessoria em todos os níveis. Era o que
podíamos fazer no começo, hoje está um pouco mais, parece que nasce a luz no fim do
túnel.
Então, eu só gostaria que ficasse claro que nós estamos perguntando como que faz para
que não seja prejudicado os benefícios do associado. E ressalta que essa preocupação de
pagar num outro meio que não o eletrônico, ao menos o que foi fornecido como insumos, a
preocupação que coloca em cheque é que a idoneidade, aprisionamento do autônomo – no
caso ele é autônomo e não é cooperado. Isso de certa de forma também não corre esse risco,
porque está aí com o documento que é dele, da empresa dele, recebendo dentro de sua
própria casa. As preocupações são menores de perdurar a condição de carta frete, na casa
dele ele decido como faz; seria como regular o que o dono da empresa retira os seus
dividendos no final do ano.
Só queria que isso ficasse registrado, para que encontre um caminho pelo melhor.
Porque concordamos que está na hora de realmente moralizar isso e uma das formar é
acabar não só com o aprisionamento, mas com a sonegação, desvio, com a exploração de
modo geral. Não gosto dessa palavra porque parece militância, mas é o que acontece.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
b) União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil - Unicam
Autor da contribuição: JOSÉ ARAÚJO SILVA
Contribuição Apresentada
Quero fazer referencia à mesa, mas não vou citar nomes porque tenho muito
conhecimento é com o Carlos. Quero agradecer vocês.
Falar de Carta Frete aqui, creio que todos conhecem de cor e salteado, principalmente
nós autônomos e as empresas também.
Em primeiro lugar quero agradecer o Bernardo Figueiredo, quando nós da
UNICAM entregamos esse projeto ele estava presente e no mesmo mês veio para cá. E da
equipe conheço dois, o Eder e o Carlos que trabalharam com muita eficiência, boa vontade,
senão não estaríamos hoje nesse estágio. Quero agradecer ao Eder, ao Carlos, a sua equipe
e todos que colaboraram com isso.
A Carta Frete foi um câncer durante 60 anos, não só um câncer, mas um crime e
esse crime nós também autônomos temos culpa nisso porque desempenhamos antes. Os
governos anteriores também tiveram culpa nesse processo, mas hoje enfim, está num
estágio que a gente esperava há tempos, mas tudo acontece na hora certa.
Primeiro quero agradecer aos companheiros que nos ajudaram nesse projeto, as
entidades, vou citar o nome de todos. Fonseca foi uma pessoa que contribuiu da
FEBRABAN; o Dilmar da FENACAN; Edem do Rio Grande do Sul; Nélio Botelho;
Herculano pelo SINDCAN-SP. E agradecer também as empresas, as entidades empresariais
de transporte que entenderam que estava na hora de chegar ao fim.
Por que estava na hora de chegar ao fim?
Temos outro projeto que é o Pró-Caminhoneiro que está com dificuldade de
prosseguir em função que os dois projetos um casa com o outro.
Como já foi citado aqui o caminhoneiro autônomo através da maldita Carta Frete
não tem comprovante de renda, e é o que está realmente acontecendo agora a dificuldade
que tem com os bancos. O projeto está aí, um projeto fabuloso, mas os bancos estão
encontrando dificuldades porque muitas pessoas do setor autônomo não têm comprovante
de renda.
Acho que chegou a hora de todos darmos as mãos. Eu quero até frisar alguns
companheiros que não acompanharam os processos, mas são lideranças que é o Neuri do
Paraná, tem o Gilbert e o José Carneiro que é uma figura conhecida de todos os nossos
encontros, principalmente no Estado de Minas Gerais. Quero agradecer a vocês.
E Nós nos desempenharmos daqui para frente e principalmente que não seja projeto
de lei. Acho que o melhor caminho para nós, o mais rápido seria uma medida provisória.
Para isso todos têm que se empenhar porque chega de sofrimentos. Os caminhoneiros
sofreram 60 anos com a Carta Frete. Se for para o Congresso, não sei se esse pessoal, aonde
vão chegar mais meses e anos, isso é um processo muito demorado e todos sabem disso.
Quero que todos vocês empenhem para que possamos fazer um trabalho em
conjunto, para que isso chegue o mais rápido possível e o caminho que conheço é através
da medida provisória. Peço a vocês encarecidamente, os empresários que aqui estão,
aqueles que não estejam satisfeitos com o projeto – até agora ninguém falou que está
contra. Acho que não tem ninguém contra, seria impossível ser contra a esse projeto porque
até as transportadoras tem dificuldades. As grandes embarcadoras querem caminhões novos
e se não tem caminhão novo eles tem dificuldade de pegar a carga. Agora todos nós temos
que dar as mãos e jeito todos nós vamos nos adequar ao sistema.
Eu quero empenho. Vou falar com Bernardo Figueiredo que também conhece tudo
nesse setor e que também nos ajude a ajudar esse câncer sair. Porque a Carta Frete na
realidade foi um crime, temos aí 4 milhões de pessoas que tem que entrar numa nova
sociedade – são 2 milhões de caminhoneiros e mais as famílias. Chegou a hora de
abraçarmos um ao outro e dar um alívio a esses caminhoneiros porque de todos os projetos
que conseguimos nesse governo chegando a 13 grandes reivindicações no setor de
transporte federal de cargas. Temos a 1442, a 11051, as rodovias melhoraram, tudo
melhorou. Será que aparece uma pessoa com tanta boa vontade, temos que aproveitar e não
ter vergonha de falar e parabenizar quem nos ajudou.
Esse governo, de todos que conheci na minha caminhada, foi um governo que ficou
sempre atento, sempre disposto desde as hierarquias, ministérios e assim por diante.
Quero agradecer a vocês todos por estar aqui e pedir empenho para que possamos
juntos atrás da medida provisória. Vamos encontrar o caminho. Obrigado por tudo, perdão
se passei do limite, mas eu queria falar muito mais.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada.
c) Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná e Sindicato
das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Oeste do Paraná
Autor da contribuição: LAUDIO LUIZ SODER
Contribuição Apresentada
Gostaria de cumprimentar a mesa, agradecer a oportunidade e dizer que falo em nome
do Sindicato das Empresas de Transportes do Estado do Paraná, do SINTROPAR da região
Oeste do Paraná e da TR Brasil.
A Carta Frete, hoje, pode ser feita aqui. Um documento qualquer, papel em branco
serve como Carta Frete. Ela é emitida de forma indiscriminada, não assegura recebimento
do valor do frete, não tem validade fiscal. È preciso modificar, mas mudar a forma de
pagamentos somente não é suficiente. Precisamos aproveitar essa oportunidade e ir um
pouco mais adiante. È preciso fazer uma Carta Frete ou outro documento se for o caso, que
tenha validade fiscal. Porque a Carta Frete estão inseridas nela condições de transporte, as
bases contratuais, os valores, e isso tem que continuar existindo algum documento que seja
colocado nele dessa forma.
Porem, ele é emitido indiscriminadamente, não tem autorização, não tem homologação
de receita estadual ou federal e isso é que distorce a situação. Então, transportadores
pequenos que abrem hoje e fecham amanhã, que não tem um caminhão, meramente uma
bicicleta, se arrola como transportadora e contrata o transportador autônomo e acabam
sonegando a eles esse direito. Direitos como meu colega da cooperativa acabou de
mencionar: não descontam INSS e não recolhem a previdência social. Esse é o nosso
problema.
Precisamos criar um documento que formalize a atividade do transportador rodoviário,
autônomo ou não. Porque as transportadoras também prestam serviços entre si. Elas
também se têm... Aqui é para empresas de até três caminhões, vão estar albergados pela lei
que está sendo criada. Nós queremos que isso tenha validade para todos. As próprias
transportadoras prestam serviços como subcontratação para outras transportadoras; um
caminhão de uma transportadora que vai para o Nordeste, procura frete numa outra
transportadora no Nordeste que tem sua sede naquele local. Essa transportadora também
tem que estar albergada com os direitos e garantias asseguradas pela nova lei.
Outra coisa que oportunamente gostaria de levantar aqui, é que temos uma
responsabilidade social. E a ANTT tem uma responsabilidade social muito grande. Foi
mencionado aqui que o TAC tem 971 mil caminhões, mas nós sabemos que TAC é aquele
que está registrado na ANTT como pessoa física e que ele tem até 3 caminhões.
Quem é empresário sabe como é difícil registrar uma pessoa, a carteira de trabalho de
uma pessoa. Vocês acham que de sã consciência que uma pessoa física que tem 3
caminhões registra seus motoristas?
A ANTT tem uma responsabilidade sobre isso. É preciso criar um meio de que esse
motorista, empregado do transportador autônomo de carga, que tem 3 caminhões registre
seus funcionários. Porque na realidade isso não acontece.
Criar um meio de pagamento não basta para nós a lei ainda está um pouco nebulosa.
Fazer depósito em conta não comprova para a Receita Federal que foi feito um frete, e que
esse frete tem recolher o INSS, SEST/SENAT. Não comprova que tem que recolher
imposto de renda. Precisamos de um documento que a Receita Federal seja informada e que
ela venha fiscalizar a existência e o recolhimento desse tributo.
Nós do sindicato, nós da TR defendemos que deve ser mantido a possibilidade de pagar
com cheque. Porque muitas vezes o motorista vai estar no Nordeste, longe de seu patrão e
da própria empresa e ele precisa receber para fazer o pagamento do posto. Se ele fizer com
cheque, com há nenhum problema de fazer o pagamento do diesel dele com cheque. Em
dinheiro também nenhum. Não podemos brecar o pagamento em dinheiro porque dinheiro é
valido e aceito em todos os lugares. Mas precisamos formalizar a Carta Frete.
Para nós, esse outro meio de pagamento ainda está muito em aberto e a gente não sabe
como vai ser. Foi falado que isso vai desonerar, mas desonerar como? Algum custo deve ter
por trás disto. É uma coisa que tem que ser mais bem esclarecida segundo o entendimento
das entidades que represento.
Muito Obrigado!
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
d) Sindicato dos Caminhoneiros de Ijuí
Autor da contribuição: CARLOS ALBERTO LITTI DAHMER
Contribuição Apresentada
Bom dia a todos! É uma grande satisfação estar presente num grande debate que se
inicia hoje, e deverá ter sequência por algum tempo. Até por que as questões que estão
sendo colocadas aqui, e dizia a pouco o representante do Paraná – ela ainda é nebulosa, ela
ainda tem uma névoa para resolver. Mas o projeto em si, a configuração do projeto, a
espinha dorsal do projeto é excelente, havia acabar e eu uso aquele termo que o
representante do RS não quis usar de exploração, por que é o que acontece na vida real, o
sistema de carta-frete é uma exploração, onde o caminhoneiro autônomo, ou mesmo a
empresa subcontratada esta sob um jogo desleal, esta sob uma característica colocada,
muito mais que nebulosa, por que o que ele enfrenta na relação comercial é abusivo e esse
espírito que a ANTT trás e em um governo preocupado com as relações principalmente dos
caminhoneiros, um governo como já foi citado criou a lei 11.442 que colocou em uma
situação favorável o transportador autônomo quando ele tem a estabilidade de receber a
estadia por um tempo de deposito que não é legal, esse governo que abre as portas, esse
governo que discute, esse governo que faz uma audiência publica para colocar os
problemas do caminhoneiro autônomo e de outros segmentos é um governo...
E esse momento é um momento de discussão e ampliá-la, acredito que outros
momentos como esse deverão se tornar necessários e, realmente, quando a ANTT ainda
tem um rumo para onde ir, então (inaudível) [...].
Tem problemas de balança, de multa por eixos, quer dizer, não é o fórum aqui, mas, são
problemas que nós temos, todos que tenham preocupação com o transporte, com o
transportador autônomo esta na frente dessa luta. Parabéns China, parabéns aos que estão
aqui e com certeza, onde tiver algo para ser defendido estaremos presentes. Muito obrigado.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
e) Sindicato dos Caminhoneiros de Ponta Grossa
Autor da contribuição: NEURI LEUBET
Contribuição Apresentada
Bom dia a todos! É um prazer estar aqui, eu acho que nós precisamos fazer um teste de
caligrafia, por que estamos escrevendo muito mal também. Meu nome é Neuri Leubet,
conhecido como Neuri Tigrão.
Eu estou vindo aqui hoje, depois de 1975, comecei a trabalhar com caminhoneiro,
mas, faz 16 a 18 anos que eu tenho assumido um trabalho serio com dignidade em sempre
respeitar a pessoa que trabalha e que paga seus impostos e que trás emprego, nós
precisamos hoje aqui, eu quero agradecer em nome do diretor dessa agencia, doutor
Bernardo Figueiredo, a todos da sua equipe que estão aqui, parabenizarmos pela abertura
que a agencia esta dando ao setor de transporte, da importância que nós estamos
conseguindo, eu quero dizer ao China, que o caminho do trabalho é a união, e quando nós
lideranças construirmos uma união, eu tenho certeza, que a agencia e o governo estão de
portas abertas, eu me sinto muito bem aqui hoje e quero deixar o meu recado ao presidente
da federação do transportes do estado do Paraná, da preocupação com as empresas e com os
autônomos, concordo plenamente com a preocupação dele, mas, se existe transportadoras
que hoje faz o frete mais barato, é por que são “picaretas”, por que cobra ate os impostos
dos caminhoneiros e muitas vezes não recolhe, fazem manifestos frios e mandam os
caminhoneiros viajar, então, a empresa que esta organizada e que paga carga tributaria e
paga seus impostos, pode ser que esteja sendo prejudicada por conta daquelas pessoas que
querem ver o setor sempre desorganizado. Eu quero dizer a vocês que eu não concordo de
um caminhoneiro carregar em Paranaguá e subir para o Mato Grosso pelo óleo diesel ou
tirar dinheiro do bolso, os impostos que pode até ter cobrado o caminhoneiro e não ter
recolhido. (inaudível) [...].
Hoje tem posto de gasolina, acompanhado de transportadoras grandes e de grandes
grupos de empresários, que usam os caminhoneiros, que fazem abastecer na marra no posto
deles.
Meu amigo, eu fui líder de greve, eu sei o lado que a gente que ir, nós temos que ter
diálogos, projetos e aqui em Brasília esta a solução para o nosso setor de transporte, falta a
união nossa junto com os diretores da agencia, junto com o ministério publico, não adianta
nada querer ir para rua fazer bagunça, fazer greve, a solução esta aqui e vocês são
responsáveis por isso, eu peço o apoio de vocês maciçamente e a carta-frete tem que acabar
sim, e o mecanismo legal é conta em banco, o caminhoneiro carregou, ele paga pedágio a
vista em dinheiro, ele vai almoçar ele tem que pagar a dinheiro, ele vai levar abastecer tem
que pagar a dinheiro, vai fazer um concerto de pneu tem que ser em dinheiro, só ele não
recebe em dinheiro, tudo que ele for fazer, ele paga em dinheiro, mas, ele carrega o
caminhão dele e não recebe, meu muito obrigado e deixo um abraço aqui a todos vocês.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
f) Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga - Concórdia e Movimento União
Brasil Caminhoneiro de Santa Catarina
Autor da contribuição: ODIMAR ROMÂ
Contribuição Apresentada
Bom dia a todos!
Eu represento o SINDTAC Concórdia e o Movimento União Brasil Caminhoneiro de
Santa Catarina como coordenador estadual. é difícil falar, creio aqui depois de especialistas,
técnicos, e creio eu ate futuros senadores, que se manifestaram anteriormente e deixaram
mensagens e propostas que algumas até tinha elaboradas, mas, não vou repeti-las é lógico, e
que eu pude perceber é que a platéia concorda com os projetos, com a mudança da situação
como esta, com afirmações e opiniões em relação a formas e também, situações correlatas a
esse novo projeto, e dentro dessas relações correlatas que eu queria frisar e deixar
registrado, claro, também, para a gente pensar melhor e propor melhor, esses três pontos
que eu quero frisar.
Primeiro a desvinculação dessa nova conta de restrições junto a rede bancaria, se for o
caso que é uma das formas que será pelo visto elaborada para funcionar. Segundo, situação
correlata e que eu vejo com grande preocupação, que atinge o programa pró-caminhoneiro,
que vejo que é uma forma maravilhosa de evitarmos acidentes nas estradas, diminuir o
custo, até a situação do meio ambiente dos caminhões muito velhos que rodam em nosso
país, então, eu creio que nesse projeto nós temos que visualizar a situação correlata na
questão do pró-caminhoneiro, modificando a análise, a capacidade de compra do TAC, por
outro viés a não ser o seu cadastro na instituição bancaria, como por exemplo, o fundo
investidor ou algo do gênero, e outra questão correlata, se é que foi registrada todos os
fretes feitos nesse país, que a gente sabe hoje e não vamos fazer rodeio que não são, seria a
questão fiscal do transportador autônomo de carga e nesse quesito o MUBC já tem um
estudo próprio e nós prometemos encaminhá-lo as autoridades competentes a esse assunto,
mas, eu friso aqui, presidente Antonio, que seja visualizado e nos colocamos a disposição
para discutir principalmente, esse ultimo ponto, que creio é bem importante, interessante,
inclusive para os outros que eu acabei de colocar. Obrigado.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
g) Associação Brasileira dos Caminhoneiros e Federação Interestadual dos
Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral
Autor da contribuição: JOSÉ DA FONSECA LOPES
Contribuição Apresentada
Bom dia a todos!
Eu imaginava aqui uma situação um pouco diferente do que a gente está vivenciando
nesse momento aqui e o que já foi falado aqui, eu acho que já foi o suficiente para
demonstrar que as medidas que precisarão ser tomadas para regularizar essa situação e
acabar definitivamente com a carta-frete, eu acho que está na mão da ANTT, eu acredito
que tudo aquilo eu foi colocado aqui, na apresentação feita pela ANTT, as dúvidas que
poderão surgir elas serão deliberadas e acertadas no decorrer desse processo, ficou claro
aqui que essa é a primeira etapa, e na segunda etapa vai ter que se ajustar uma serie de
situações aqui, que eu vi como uma preocupação e eu também faço parte desse grupo que
tem essas preocupações, agora é que o mais importante é que o caminhoneiro a partir daí
vai se tornar um caminhoneiro cidadão, como foi falado aqui, a própria família, o próprio
filho quando vai a escola, vai ter orgulho de dizer que o pai é caminhoneiro, por que
lamentavelmente hoje, o caminhoneiro é tão discriminado que da uma revolta muito
grande, seja ela quando ele vai em uma instituição bancaria, quando ele vai comprar um
pneu, quando ele precisa de alguma e perguntam qual a profissão dele e ele se identifica
como caminhoneiro, ele passa a fazer parte de um projeto que não existe, ou seja, ele não é
cidadão, e o mais importante de tudo isso e eu quero aqui dizer publicamente, é que nós
temos varias lideranças, pelo Brasil, dentro da sua credibilidade, pessoas que dentro de sua
formação cultural da sua forma de entender e ver as coisas, procura fazer o melhor, mas,
existe divergências, e foi falado aqui e nós precisamos acampar isso ai e dizer que nós
precisamos de uma união mais forte, nós precisamos sentar e mostrar que tudo isso que esta
acontecendo é graças ao trabalho das pessoas que estão aqui presentes como representantes
de caminhoneiros, então, falta uma coisinha a mais para se ajustar. E eu também, Neuri, me
ponho a disposição disso, por que se a gente não fizer agora, nós estamos perdendo uma
grande oportunidade e quem quer se dizer, ajudei o caminhoneiro a ser cidadão, isso é
muito importante e a gente tem que superar determinadas situações, e fazer isso acontecer,
por que é nós que vamos fazer acontecer.
Eu quero aqui mais uma vez parabenizar a todos, agradecer a todos e dizer que estamos
no caminho certo e vai acontecer aquilo que a gente sempre brigou a melhora e a condição
de vida para o caminhoneiro. Muito obrigado.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada.
h) NTC Logística
Autor da contribuição: MARCOS AURÉLIO RIBEIRO
Contribuição Apresentada
Bom dia!
A NTC logística representa o transporte de carga no Brasil inteiro, e tem acompanhado
vivamente essa discussão sobre a criação dessa conta-frete e tem um posicionamento muito
claro sobre isso, já manifestado na agencia, já colocado para os autônomos, por que a NTC
vê nos autônomos, na verdade, parceiros, são parceiros das empresas, empresas
organizadas, as empresas sérias desse país têm nos autônomos um parceiro. E uma proposta
que vem formalizar, criar uma proposta para o autônomo de renovar sua frota, de melhores
condições de vida, melhores condições sociais, o autônomo obviamente, merece o apoio
integral da NTC. É lógico que a proposta como esta deixa algumas coisas para o
regulamento, alias, eu acho que deixa ate o principal para o regulamento quando diz que
cria um meio de pagamento, diz que a forma de pagamento será feita na forma
regulamentada, e nós vamos acreditamos que foi dito aqui pelo presidente que queremos
participar da discussão desse regulamento, por que algumas coisas temos muito claras,
concordamos com tudo aquilo que venha a beneficiar o caminhoneiro tem todo o apoio da
NTC, mas, foi dito aqui o pagamento em dinheiro, é obvio que uma proposta não pode
excluir o pagamento em dinheiro, por que o dinheiro tem livre circulação no país, mas, o
que o projeto de lei trás de importante é que isso tem que estar regularizado, isso tem que
ter uma forma de controle e a agencia vai exercer essa forma de controle, então, nós
queremos participar dessa discussão, nós não poderíamos imaginar nunca que a agencia
fosse criar, por exemplo, um meio de pagamento único e exclusivo e com um único
fornecedor desse meio de pagamento, um monopólio, quer dizer, isso que seria inaceitável,
mas, não é isso que me parece no projeto, o projeto me parece aberto, suficientemente
aberto e a regulamentação vai dizer sobre esses outros meios de pagamento e nós queremos
participar da discussão da regulamentação que consideramos muito mais importante ate que
o projeto de lei. Do jeito que esta o projeto de lei me parece suficientemente claro,
suficiente para regular e criar um meio para a agência exerça sua função e sua atividade
A Agência vem fazendo isso quando regulamentou o transporte de uma forma geral, o
transporte de carga no Brasil era uma coisa absolutamente solta, e a agencia caminha nessa
regulamentação e caminhando nessa regulamentação criou o RNTRC, vem exercendo esse
registro, fazendo com que ele exista, aquele numero que o Carlos citou, aquele é o numero
de empresas registradas, e o numero de autônomos registrados, não significa o percentual
do transporte, que um e outro faz, a gente imagina que no país deve existir mais ou menos
1/3 de transporte realizado pela frota das empresas, 180 empresas tem um numero maior de
veículos, 1/3 pelos autônomos e 1/3 é carga própria, acreditamos que a Agência tem que
tomar conta de tudo isso e para ela tomar conta de tudo isso pode contar com o apoio e a
participação da NTC na discussão dessa regulamentação. Muito obrigado!
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
i) MUBC Cooperativas
Autor da contribuição: JOSÉ CARNEIRO
Contribuição Apresentada
Bom dia a todos! Bom dia a mesa!
Eu não poderia deixar de ressaltar o momento que nós estamos vivendo e nós temos
que agradecer ao nosso presidente Lula, que esta tendo a felicidade, de ter a frente das
entidades, eu quero citar aqui o caso do DENATRAN do Dr. Alcir Peres e a ANTT do Dr.
Bernardo Figueiredo, que também esta tendo a felicidade de ter uma equipe técnica que
realmente, que esta dando essa oportunidade, principalmente dos autônomos e também as
empresas de ter o sonho, de ter um transporte digno e com condição de igualdade para
todos, estou aqui representando o movimento (inaudível) [...] junto com mais onze
companheiros, o Helio manda pedir desculpas por não estar presente por motivos
particulares e também representando o ramo de cooperativismo no transporte, por que o
que foi mais beneficiado, como nosso amigo Abel falou, que é o ramo mais beneficiado, a
gente ouviu aqui o pronunciamento do doutor (inaudível) [...] que é um companheiro nosso
aqui do ramo de transportador, que tem sempre contribuído, ele questionou a situação aqui,
que eu acho que ninguém comentou, por que a lei do cooperativismo veio simplesmente
para fazer aquilo que nós já fazemos e as empresas organizadas também faz, o que nós
buscamos é que o sonegador, aquele que atravessa tudo enquadre dentro da legislação e
essa lei vem simplesmente para acabar com isso, igual a (inaudível) [...].
Então, gente, nós precisamos sim dar apoio, principalmente ao China que é o pai, não é
China? Nós que somos liderança realmente, sonhamos com um dia melhor para o nosso
país, principalmente para essa classe mais sofrida que é a dos caminhoneiros. Igual o
doutor (inaudível) [...] falou: esqueceu, não só dos autônomos, mas, de empresas, as
empresas organizadas, todo mundo tem plano de saúde, todo mundo tem seguro de vida, e
aqueles hoje que tem 50% trabalhando sem carteira assinada, sem seus direitos
empregatícios respeitados, então, quero ressaltar isso aqui, e quero terminar dar parabéns a
todos vocês aqui, agora quero chamar atenção as lideranças que hoje tem no país, que fique
atento com a evasão de sindicatos, como pessoas que não tem conhecimento e esta ai só
para denegrir a imagem do segmento, principalmente da ANTT, eu quero deixar ressaltado
aqui, gravado aqui.
Eu sábado passado estava fazendo uma assembléia a pedido dos caminhoneiros,
inclusive eu doei uma lá, hoje o que eu esta cobrando desses cadastros é um absurdo, isso
esta entregue na Mao de despachante e virou uma bagunça, eu deparei na hora que cheguei
do meu trabalho, arrumando meu caminhão todo sujo, inclusive marcaram uma assembléia
a pedido dos caminhoneiros, deparei com um cidadão com uma Hilux na minha porta,
inclusive isso esta tudo documentado, e o que esta acontecendo, isso virou uma
organização e a ANTT fique atenta, senão vão destruir nosso trabalho, Jose Fonseca, China
e todos os companheiros, já avisei o (inaudível) [...], então, eu to no cooperativismo e
defendo o cooperativismo do mesmo jeito das empresas sérias, então, nós estamos unidos
com a ANTT, junto com o DENATRAN, junto com o governo Lula, com a ministra
Dilma, e todos aqueles que realmente, querem trabalhar para um país serio, igual a nós do
cooperativismo sempre trabalhamos e as empresas transportadoras sérias, que eu conheço
varias, o que atrapalha são aquelas pessoas que chegam através de uma organização, que
queiram bagunçar o trabalho, do governo Lula que hoje tem uma equipe técnica igual eu
falei e de todos nós que sonhamos com um país para vocês que são jovens, que a gente que
esta trabalhando com mais de 60, só esta trabalhando para contribuir, não é China? Muito
obrigado a vocês.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada.
j) Movimento União Brasil Caminhoneiro - MUBC
Autor da contribuição: FRANCISO WILDE
Contribuição Apresentada
Meu nome é Francisco Wilde, eu sou representante do SINDITAC de Volta Redonda,
região sul fluminense; represento aqui o estado do Rio, antes eu olhava a ANTT só como
um fiscal que perturbava, hoje eu estou vendo aqui, quando eu saí de trás do volante, eu
comecei a ver o que se passava por trás disso...
Então, hoje eu vejo a ANTT realmente como uma agência para regulamentar, só que
ate então eu, estou vendo que isso vem para auxiliar, tirar o caminhoneiro da
clandestinidade, que no volante eu não conseguia observar isso, então, nós tivemos uma
experiência lá em Volta Redonda, com cartão, só que só mudou a carta-frete para cartão,
que a exploração continuava a mesma coisa e não se conseguia quem se envolvesse com
esse cartão era três centavos a mais no combustível, e chegou ao ponto de chamar o gerente
do banco e falar assim: olha, esse caminhoneiro vai descarregar em São Paulo, olha aqui
ele vai descontar para você, dois ponto três no seu frete, mas, vai te dar tudo em dinheiro,
por que o camarada que ganhou o frete não tinha como bancar, então, ele arrumou o banco
diante daquele contrato.
Então, ele descontava dois ponto três para o camarada receber tudo em dinheiro, por
que não tem coisa mais gostosa que todo o dinheiro no bolso, uma beleza, você não precisa
ir no banco, então, isso eu queria propor, nem que se criasse uma coisa encima disso ai
para evitar esse tipo de exploração, que realmente, fosse depositado mesmo no banco, que
isso evitaria que houvesse sonegação, por que todo mundo sabe que vai bater no banco e
vai ter fiscalização encima disso, e eu estou vendo que o caminhoneiro vai deixar de ser
através desse, seu filho que você criou, o caminhoneiro vai deixar de ser um brucutu, vai
passar a ser um homem moderno.
Muito obrigado!
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
k) Movimento União Brasil Caminhoneiro e Sindicato dos Transportadores Autônomos
de Cargas
Autor da contribuição: BENEDITO PANTALHÃO
Contribuição Apresentada
Senhor presidente, bom dia, em nome de quem cumprimento os demais integrantes da
mesa, senhores bom dia!
Falar da carta-frete não é difícil, o mais difícil é viver o que a carta-frete nos impõe no
dia a dia, somente os transportadores tem ciência e a consciência do que nós passamos, eu
entendo e vejo e como aqui eu falo em nome dos transportadores autônomos de Campinas,
e represento o movimento União Brasil Caminhoneiro em todo estado de São Paulo, no
nosso entendimento a carta-frete, ela é, vamos dizer assim, bem no pejorativo, ela é uma
coisa que vai embutir no caminhoneiro o preconceito, para quem já vive na estrada, como a
gente já vive na estrada, a gente sabe que em determinados postos de combustível quando a
gente chega, onde as cartas-fretes que nós temos em mãos são aceitas, ali começasse o
preconceito, na frente da cantina, do restaurante, tudo bonito, eu costumo dizer assim: lá
entram as pessoas, as pessoas que estão de ônibus, de carro, etc. o caminhoneiro é pelo
fundo, ele não pode entrar pela frente, ele entra pelo fundo, o restaurante é o mesmo, não
mudou nada, simplesmente, ele entrou pelo fundo, por que ele não é bem visto,
lamentavelmente, a gente vive essa situação e orgulhosamente, eu sinto muito orgulho de
dizer isso, a grande maioria da riqueza, ou senão na sua totalidade da riqueza desse país
passa na carroceria do caminhão. Então, a contribuição que o caminhoneiro presta ao país,
ao crescimento, ao desenvolvimento, ao progresso, ela é incalculável. Imaginem só vocês,
coisa que esta totalmente fora de moda, a gente nem esta pensando em fazer isso,
imaginem só vocês, se nesse país nós ficarmos de vinte á trinta dias sem o caminhão...
A gente passa fome, porque o alimento não chega!
Então, senhores, eu até gostaria de falar muito mais, mas o tempo aqui é muito curto,
eu tenho que respeitar os nossos companheiros. Com relação ao pagamento,
particularmente nós em São Paulo defendemos o cartão. Por que nós defendemos o cartão?
Porque hoje lá com a gente tem algumas pessoas que trabalham conosco e eles não
puderem abrir uma conta no banco por ter restrições, e ele abriu a conta salário, ele pegou
o cartão de débito para movimentar a sua conta salário e então acho que a agência, como
um órgão regulador, e nós como a sociedade organizada em um todo, podemos estar
visualizando as coisas dessa forma, então a nossa sugestão seria que criasse esse cartão,
como na vida pessoal tem o cartão conta salário, cria um cartão frete, onde a pessoa
pudesse estar abrindo a conta, movimentando, comprando diesel sem ágio, e etc.
Senhores então eu teria muito mais a dizer mais é só isso, senhor presidente, muito
obrigado pela tolerância e um bom dia á todos.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
l) Contexto Empresarial Consultoria
Autor da contribuição: GERALDO A. B. VIANNA
Contribuição Apresentada
Senhor presidente e demais membros da mesa, amigos, companheiros de tantos anos
que reencontro, vocês deve ter estranhado a qualificação eu poderia ter me qualificado
como diretor da CNT, como conselheiro da ANTC, mas preferi, (inaudível) [...]
representante (inaudível) [...] Doutor Marcos Aurélio de Alfez, (inaudível) [...] do nosso
presidente.
Não deveria falar em nome da CNT, porque a CNT ainda não fez uma discussão interna
abrangente sobre esta questão, não temos posição oficial a respeito do tema, agora posso
falar em meu nome, em nome da minha empresa, em nome dos quarenta anos de transporte
que eu completo em agosto próximo para dizer que esse é um momento precioso, e que nós
assistimos a possibilidade de dar definitiva organização dessa gigantesca categoria dos
transportadores autônomos. De fato, isto Bernardo Figueiredo, nosso Diretor aqui da
Agência diz há muitos anos, eu o conheço á muitos anos e sempre ele defendeu essa
posição, a matriz de transporte do país não será, não sofrerá as transformações que todos
defendemos que ela sofra, enquanto nós não colocarmos o dedo nessa questão que agora
está sendo tratada que é a da formalização do trabalho do transportador autônomo. É a
chave, para que nós possamos organizar o transporte rodoviário, e ao organizar o transporte
rodoviário, permitir a melhor distribuição intermodal de cargas no país. Essa é a antiga
teoria do Bernardo e ele está cumprindo a risca, aquilo que sempre defendeu em palestras
muitas vezes com a minha participação, muitas vezes com debates, dos quais nós
participamos ao longo desses anos todos. Está de parabéns a agência pela coragem.
Quero cumprimentar de maneira muito especial ao China pela iniciativa e todas as
lideranças de transportadores autônomos e empresários, por terem deixado de lado qualquer
espécie de vaidade para apoiar essa iniciativa que foi do China, mas como poderia ter sido
de qualquer outro, mas foi dele. Levantou essa questão em momento oportuníssimo e criou
as condições para que nós hoje pudéssemos estar aqui hoje discutindo.
Em seguida, acolhida pela sensibilidade do presidente Lula, da casa civil e encontrando
aqui na agência essa equipe fantástica que desenvolveu o trabalho até aqui, acho que todos
que me antecederam perceberam claramente que nós estamos vivendo nesse momento a
fase da desconstrução da carta frete. Fomos, declarando a ilegalidade, declarando, já não
era sem tempo a ilegalidade desse veiculo, desse instrumento, para no momento seguinte, e
antecedido por um debate que certamente será até mais acalorado do que este, vamos tratar
de regulamentar esse novos meios. Acho que já aqui nas apresentações que me
antecederam, já tivemos uma noção das dificuldades que eventualmente tenhamos. Vou
encerrar, tenhamos ai nesse momento, a questão do pagamento em dinheiro, pagamento em
cheque, a questão da conta bancaria, os carreteiros tem seus problemas, temem eventuais
bloqueios e hoje, esses bloqueios on line são horríveis.
Isso tem que ser, de alguma maneira, preservado, tem as questões dos cartões, enfim,
tudo isso tem que ser discutido e será discutido certamente nessa nova fase. Neste
momento, o China tem toda a razão, nós temos que estar unidos para fazer isso ser
implantado rapidamente. Acho que a questão da medida provisória, ou do pedido de
urgência, urgentíssima no congresso nacional, é fundamental para que a gente possa sonhar
com essa nova etapa. Mas acho que já vencemos um momento importante, que é esse da
constatação de que temos aqui nessa questão, da informalidade do caminhoneiro autônomo,
um dos grandes nós para a organização do nosso setor. Eu fico feliz de estar vivendo para
ver este momento e a gente poder juntos, tem que ser juntos, se nós tentarmos sair cada um
para um lado aqui, nós não vamos para canto nenhum. Nós temos que estar juntos para
poder celebrar esta grande vitoria.
Parabéns e obrigado!
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
m) Instituto Cuidando do Futuro - ICF
Autor da contribuição: ANTONIO CARLOS M. MENDES
Contribuição Apresentada
Senhoras e senhores da mesa, senhoras e senhores presentes, o ICF é um instituto que
desenvolve projetos sócio-ambientais dirigidos ao setor de logística e transporte. È um
entidade sem fim econômico, então todo o trabalho que nós desenvolvemos é melhoria de
qualidade de vida para as pessoas que interagem nesse setor. Chamou-nos atenção o projeto
apresentado pela ITT e acho quase tudo que eu poderia falar já foi dito aqui, mas uma das
coisas importantes que eu acho que ainda não foi dita, é que em função do uso da carta
frete, é um problema muito sério, atinge outras questões. Sem dúvida nenhuma, nós temos
o problema da frota envelhecida, nós temos o problema de paradas feitas pelos
caminhoneiros de forma até, uma programação totalmente aleatória à vontade daquele que
pede para a troca da carta frete e todos esses fatores contribuem para os 85 mil acidentes
nas rodovias brasileiras com 8500 mortes, isso só envolvendo veículos de transporte de
carga, não estamos falando, um participante pode até ter sido (inaudível) [...], mas existe o
veículo sempre o veículo de transporte de cargas, e 97 milhões de reais em prejuízo para a
sociedade.
Então existe um fator social muito importante e a relevância a urgência desse assunto
vai de encontro aquilo que já foi dito inclusive de uma medida provisória. Mas também eu
só queria deixar mais um recado, o que nos preocupa muitas vezes é que as pessoas tendem
a fazer uma regulamentação daquilo que existe, eu acho que é uma expressão meio chula,
mas não devemos pavimentar o caminho da vaca, ou seja, devemos esquecer totalmente a
carta frete esse meio pernicioso de pagamento. Nós não podemos sequer pensar em
aproveitar o sistema que ele usou durante 60 anos somente em prejuízo hoje de nossa
sociedade.
Dessa forma nós parabenizamos a ANTT pela iniciativa, o instituto cuidando do
futuro se encontra a disposição para qualquer subsidio dentro de nossas pesquisas
realizamos dentro do instituto, nós já contribuímos algumas vezes, inclusive com a
UNICAM, encaminhando trabalhos para a UNICAM, e inclusive pedimos apenas,
ratificando vamos trabalhar com total transparência nesse novo meio de pagamento, que a
sociedade possa vê-lo com uma forma de pagamento que contribua para o caminhoneiro,
contribua para a sociedade, inclusão sócio-econômica do caminhoneiro, isso é o mais
importante. Agradeço a todos, muito obrigado!
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
n) Federação Nacional dos Caminhoneiros Autônomos - Fenacam
Autor da contribuição: ALZINO DA MOTTA
Contribuição Apresentada
Alguns nomes não foram pronunciados e eu já me senti honrado pelo nome ter sido
pronunciado. Falo pela FENACAM e gostaria de ressaltar algo que foi dito nas entrelinhas
para os outros setores aqui, mas eu acho importante deixar expresso para a gente. Talvez
seja um dos primeiros momentos em que as grandes lideranças dos caminhoneiros estão
unidas, sem ressalvas e sem arestas, em um único tema e objetivo, que é ver extinta a carta
frete. Para a Agência isso tem que ser visto de um modo extremamente relevante, porque
essa união, pregada por todos e que ninguém pode se levantar contra é muito difícil, para
todas as lideranças e isso demonstra a relevância do tema, o tamanho do prejuízo que esse
instrumento de pagamento aos caminhoneiros causa a esses profissionais.
Diante desse tema e dessa relevância, eu acho que nós não podemos nos adentrar e
mexer na lei 11442 tão cara aos caminhoneiros, sem antes termos claramente esclarecido o
que são as outras formas de pagamento. E isso é importante, porque já vimos em outras
formas de regulamentação que as exceções viram regras como forma de burlar a lei. Então
essas outras formas de pagamento, vejo que nessa segunda etapa de debates vai ser
esclarecido para que nós possamos mexer nessa lei com a segurança de que nós vamos sair
dela melhores do que estamos hoje. È esse o recado da FENACAN, gostaria de levantar
alguns pontos para os caminhoneiros, quanto à comprovação de renda, que eles não
conseguem comprar caminhões, não conseguem comprar pneus, parcelar os pneus, tem
sérios problemas e os caminhoneiros sofrem acidentes, ficam trinta dias parados, não
conseguem comprovar um faturamento para as seguradoras a fim de obter os lucros
(inaudível) [...].
Então essa comprovação de renda, vinculada a um conhecimento de transporte na conta
bancária é fundamental importância para esse tema, para o seguimento desse projeto e
como última mensagem gostaria de ficar bem atento a essas exceções. Obrigado!
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
o) Movimento União Brasil Caminhoneiro - MUBC
Autor da contribuição: MARCO AURÉLIO MEDEIROS
Contribuição Apresentada
Eu sou lá de Pernambuco, vice-presidente do sindicato e também represento lá o
movimento do neo Brasil caminhoneiros, falar por fim, no fim, já não é muito fácil, mas eu
queria ratificar aqui as palavras dos companheiros que me antecederam e dizer que eu acho
que nós aqui não costumamos ver aqui os outros trabalhos das agências reguladoras. Mas
eu tenho certeza que é unânime à forma como a agência aqui funciona, tem trabalhado em
prol da nossa categoria e a forma eficaz, rápida e sensível as causas do movimento.
Queria também dizer que tem que ser urgente, como foi dito aqui pelos
companheiros. Tem que ser urgente como o próprio China, se me permite já que todo
mundo está lhe chamando de China, e tem que ser rápido mesmo, medida provisória porque
não dá mais para esperar. Eu acho que o fim da carta frete, ele representa a volta ou o
começo, recomeço, a retomada da dignidade do caminhoneiro autônomo.
Com o fim da carta frete com certeza vai haver uma formalidade, vai se sair da
informalidade, vai se sair, digamos assim da sombra da (inaudível) [...] e vai subir para a
luz e eu queria só para encerrar aqui, pegar carona com que o (inaudível) [...] falou, essa
questão do possível bloqueio que possa acontecer realmente. Nós sabemos hoje que, hoje
com esses bloqueios on line o camarada bloqueia rápido e tem que se ver qual é a forma,
não sei se descriminando a verba ou como vai ser feito para que amanhã, imagine o
caminhoneiro de repente está em algum lugar e quando ele for retirar o dinheiro dele está
bloqueado. Então ele não vai nem poder cumprir o trabalho dele.
Então, eu acho que tem que ter somente esse cuidado e urgência. Parabéns á ANTT,
parabéns a todos os companheiros e que a união continue para que todos nós saiamos
ganhando. Um grande abraço.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
p) Valente Consultoria
Autor da contribuição: JOSÉ AUGUSTO VALENTE
Contribuição Apresentada
Bom dia a todos e a todas, ao Sr. Antônio Maria Espósito Neto e a todos os
componentes e a lideranças aqui presentes1
Alguns já me conhecem, outros talvez não, a gente ocupou a secretaria de política
nacional do Ministério dos Transportes de 2004 á 2007, e nesse período a gente teve a
oportunidade de desenvolver um conjunto de trabalhos, ações que me parece que também é
bom estar vivo para constatar isso, essas ações ajudaram a melhorar muito a logística
especialmente o transporte rodoviário de cargas. Essa questão da formalização dos
caminhoneiros ela tem que ser vista dentro de uma visão sistêmica em que está colocado
para o Brasil um papel cada vez de maior protagonismo no comércio exterior e mesmo do
ponto de vista de crescimento do mercado interno, onde a logística depende muito da forma
como o segmento de transporte rodoviário de cargas está estruturado. Então hoje o que
acontece, fala-se muito que a ferrovia está com preços elevados para transportar muitas
commodities e que o caminhão é competitivo com a ferrovia.
Então, de um lado, nós temos até saiu à matéria hoje no jornal, uma entrevista do
diretor Noburu, em que ele já anuncia que a agência está mexendo nisso aí também, porque
as ferrovias ou são donas da malha, as concessionárias de certa forma vêem aquilo que é do
seu interesse transportar, o que não é, e isso acaba jogando um grande volume de cargas,
que está naquela matriz lá para o modal rodoviário. Mas joga de uma forma que obriga a
que o caminhoneiro e mesmo o embarcador enfim, que a logística do transporte, por
exemplo, de soja, pelo rodoviário ela seja muito cara ainda, porque na verdade a soja não é
para circular mil quilômetros por caminhão, mas o caminhão eu imagino, que os
caminhoneiros, convivi durante muito tempo, eles gostariam de fazer viagens de duzentos
quilômetros e que daí em diante fossem ferrovias ou hidrovia, ou aquaviário. Então essa
questão da formalização é um componente extremamente importante que vai permitir
renovação de frota e com outros elementos, tanto medidas institucionais como a evolução
do próprio segmento de transportadores, vai permitir uma maior eficiência, vai permitir
ganhos de escalas e com isso fazer com que o custo final para o usuário seja mais barato, o
usuário interno e para a competitividade no comércio exterior também tenha um grande
avanço. Então esse momento é um momento extremamente importante, esse da
formalização; e eu acho que a agência, junto com o Ministério dos Transportes deve
avançar de uma maneira decidida para resolver isso. É claro que vai ter gente pulando
daqui, gente pulando dali, mas isso é natural, o que se quer no final das contas é que tenha
muito mais caminhão transportando a mesma quantidade de cargas em uma extensão muito
menor, só lembrando que aquela matriz de transportes ali, aquele percentual de 58% não é
que tenha que 58% do mercado é caminhão, aquilo ali é tonelada vezes quilômetro, aquilo
ali é um produto.
Então, se tiver mais caminhão, menos quilômetros sendo transportados, você pode ter
mais caminhão, mais gente trabalhando nesse segmento e você vai ter o mesmo resultado
final de toneladas vezes quilômetros, que eu acho que é isso que a gente deve buscar, é
caminhões rodando menos, rodando menos quilômetros, carregando mais cargas, inclusive
mais cargas de valor agregado, agora, não é possível que todo mundo se beneficie disso, eu
não sou caminhoneiro, não sou liderança do movimento caminhoneiro, não sou os quinze
presentes aqui do movimento união Brasil dos caminhoneiros, mas é algo que é
inadmissível que todo mundo ganhe com esse processo e o caminhoneiro é o único que não
ganha, além de não ganhar, ele se obriga a dirigir uma quantidade enorme de horas, muitas
vezes ter que ficar, utilizar meios para que ele possa dirigir doze, catorze, dezesseis horas e
além de não ganhar dinheiro, encontra a morte em uma reta, não sei se vocês sabem, mas
grande parte dos acidentes de morte são nas boas estradas em reta, durante o dia, sem
chuva, enfim, são situações em que o caminhoneiro morre porque está cansado, porque
dormiu, porque viu ali um retão, aí o corpo diminui o nível de exigência e ele morre. Então,
quer dizer, quem é que quer isso? Ninguém quer isso, o presidente Lula, tenho certeza, nos
vários momentos em que a gente esteve junto lá, os caminhoneiros e as empresas e ele está
muito sensível para isso.
Então tem dois lados aí: um a questão do caminhoneiro, a outra naturalmente a
renovação da frota, a indústria automobilística, todos esses elementos, mas esse aqui é um
ponto que é vital para o crescimento da eficiência do transporte rodoviário de cargas e da
logística como um todo. Muito Obrigado.
Resposta: Contribuição acatada. A manifestação apóia a proposta apresentada. No que
tange à forma de pagamento, ressalta-se que as normas para a aprovação e os modelos e
sistemas operacionais serão mais explorados na Resolução que regulamentará tal Lei, caso
o Projeto de Lei seja aprovado.
5. CONCLUSÃO
Concluída a apreciação das manifestações recebidas por intermédio do
procedimento de Audiência Pública nº. 105/2010 percebe-se que a maior parte das
contribuições é favorável à proposta apresentada, quase sempre apresentando exemplos de
má utilização do pagamento por carta-frete.
Em muitos casos, são sugeridos mecanismos para a operacionalização do
pagamento do frete, que serão tratados em Resolução específica, caso o Projeto de Lei seja
aprovado.
Algumas sugestões são contrárias à proposta de Anteprojeto de Lei, porém nenhuma
delas foi acatada, pois na análise se verificou que não traziam fundamentação adequada
para embasamento.
Isto posto, não restou necessidade de alteração da proposta de Anteprojeto de Lei
colocada em discussão.
No mais, sugerimos o encaminhamento do presente Relatório, caso aprovado, para
as Superintendências de Transporte de Cargas – SUCAR e de Fiscalização – SUFIS para a
verificação de contribuições que, em que pese não versarem sobre o objeto desta Audiência
Pública nº. 105/2010, podem ser utilizadas nas atividades desenvolvidas por aquelas
Superintendências. São temas como contribuição sindical, vale-pedágio, entre outros.
Por fim, encaminhamos a Súmula da Ata e o Presente Relatório, com proposta de
Voto e Deliberação sobre o assunto, para análise e aprovação da Diretoria Colegiada, e
posterior divulgação, submetendo-os previamente à análise da Procuradoria-Geral da
ANTT, em atendimento ao Art. 12 da Resolução 3026/2009.
Brasília, 3 de março de 2010.
Antônio Maria Espósito Neto Presidente
André Dulce Gonçalves Maia Secretário
OUVIDORIA DA ANTT: [email protected]ência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT Setor Bancário Norte (SBN), Quadra 2, Bloco C CEP: 70040-020 - Brasília / DF.
Contribuições para Audiência Pública nº 105 da ANTT, para projeto de Lei que altera a Lei nº 11.442 de 05 de Janeiro de 2007. Emenda constitucional: Art. 21 – Compete a União: XII – Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: Alteração : ==== e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de Passageiros, Cargas e Bens. Art. 22 – Compete Privativamente à União Legislar sobre: Inciso XI – Transito e Transporte. Sobre a Lei Nº 11.442 – de 05 de Janeiro de 2007. Art. 2, parágrafo 1º O TAC deverá:
I – Comprovar ser proprietário, co-proprietário, arrendatário ou comodatário de pelo menos. 1 (um) veículo automotor de carga, registrado em seu nome no órgão de transito, como veículo de aluguel; Art. 11, parágrafo 5º Atendidas as exigências deste artigo, o prazo máximo para carga e descarga do veículo de transporte Rodoviário de Cargas para Veículos: ( Art. 31, parágrafo 3º da Resolução 3056 de 12 de março de 2009. ) + Capítulo IV - das Infrações e Penalidades – Completo . A) Categoria Carreta e Truck : será de 5 (cinco) horas, contadas da chegada do veículo ao endereço de destino; após este período será devido ao TAC ou à ETC o valor de R$. 5,00 ( cinco Reais) por tonelada / hora ou fração. B) Categoria Toco e ¾ ( médio ) : será de 1 (uma) hora, contadas da chegada do veículo ao endereço de destino; após este período será devido ao TAC ou à ETC o valor de R$. 5O,00 ( cinco Reais) por hora ou fração. Art. 21 – As infrações do disposto nesta Lei serão punidas com multas administrativas de R$. 100,00 (Cem Reais) à 12.000,00 ( Doze mil Reais), a serem aplicadas pela ANTT, sem prejuízo do cancelamento da inscrição no RNTR-C, quando for o caso. Conforme categoria :
1) Transportador Autônomo Cargas - Independente:
A) Carretas e Truck´s: de R$. 200,00 à R$. 2.000,00;
B) Toco e ¾ (Médios e Pequenos); de R$. 100,00 à R$. 1.000,00;
2) Transportador - ETC , CTC e TAC-Agregados:
A) Carretas e Truck´s: de R$. 550,00 à R$. 12.000,00; B) Toco e ¾ (Médios e Pequenos); R$. 350,00 à R$. 5.000,00;
Seguro de Carga, para mudança, mercadorias e Bens : Art 12 , Inciso VI e parágrafo único e Art. 13 incisos I e II e parágrafo único. Tanto para o Contratante como para o Transportador devem estar acessíveis, o bilhete de seguro: em casa lotérica, agências Bancarias, internet e outras formas de vendas. Sobre o Art 74 – À Superintendência de Fiscalização compete: Como sugestão de receber as informações transmitidas de forma digital, informo que : O autônomo com inscrição Municipal – CCM tem que informar mensalmente a DES – Declaração Eletrônica de
Serviços, onde são informados as Notas Fiscais Emitidas e outros dados. Através de uma adequação do programa a própria contabilidade que informa hoje a prefeitura de São Paulo sobre os dados, podem ser ampliados para integrar a necessidade da ANTT, diminuindo assim a burocracia e prestigiando a Nota Fiscal Série A, hoje sem credito nas fiscalizações de fronteiras estaduais. A Firma individual, ETC e CTC, com CNPJ e Inscrição Estadual, também tem seus informes eletrônicos ao Estado de São Paulo, também na mesma forma podem se ajustar para integrar os Dados Eletrônicos para facilitar o trabalho da ANTT. Uma preocupação sempre presente deve ser observar se nas despesas de cada frete, tem o item Hospedagem de percurso, assim é possível verificar em certas ocasiões se o motorista esta descansando em intervalos regulares, evitando dirigir com sono ou cansado. Qdo for possível. Capítulo III Do Transporte Rodoviário Remunerado de Cargas: Art. 23, item:
8 – O valor do Vale Pedágio desde a origem até o destino: Sobre este item em especial, sabemos que as três empresas Habilitadas a fornecerem o Vale-Pedágio, não estão fornecendo atualmente a pessoa física que deseja contratar um TAC, para realização de sua mudança residencial ou transporte de seus Bens ...!!! Empresas DETRANS LTDA. , VISA DO BRASIL EMPREENDIMENTOS LTDA. E REPOM S.A. Justificam que o custo benéfico de cadastra uma necessidade desta categoria, não é viável. Tudo Bem, então deve-se isentar as pessoas físicas de tal obrigação. Ou equiparar o Autônomo = Transportadoras com frota própria. Outro fator que requer atenção é o fato das mesmas empresas indicarem Transportadoras aos interessados em solucionar tal impasse da aquisição do vale pedágio de última hora, desviando assim a renda/Trabalho do TAC para as empresas ETC e CTC, pois as mesmas, não se encaixam nas obrigações da lei 10.209 / 2001, 10.233/2001 e 10.561 de 13.11.2002, e sua resolução nº 2885 de 09.09.2008, DOU de 23 de Setembro de 2008, quando da utilização de frota própria.
Sugestão: O Contratante pessoa física ou Pessoa Jurídica (com necessidades eventuais de contratar Transporte): devem ter meios acessíveis de aquisição do vale transporte: em casa lotérica, agências Bancarias, internet e outras formas de vendas. Via Papel-Bilhete ou Cartão Transporte de carregamento Eletrônico. Formas de Recebimento do Frete:
a) O VALOR do frete, devem ser pagos à vista, em dinheiro no embarque da Carga, mais fornecimento de vales pedágios se for o caso;
b) Adiantamento de despesas de viagem em dinheiro, e pagamento do saldo de frete, por meio de deposito em conta corrente ou poupança, logo após desembarque das mercadorias ou bens;
c) Outras formas que não incluam o fornecimento da carta frete, e seus deságios habituais.
Como sugestões complementares: Toda reestruturação deve propor melhorias reais de qualidade de vida, senão, se tornam mecanismos burocráticos sem efeito. Portanto minha sugestão é a de implantar uma arrecadação de 1 à 3 % do valor da Nota de Serviços, para subsidiar uma plano de saúde particular de grupo para os Transportadores à nível Nacional (Extensivo a Família), Administrados via ANTT., pois assim todos
poderiam através do seu registro RNTRC usar um plano Amil, Unimed e/ou outros., sendo atendidos rapidamente em suas necessidades de consultas médicas. O pagamento de fretes gera um movimento de R$ 60 bi ao ano. Com a arrecadação proposta o Caixa-Plano Saúde ficaria entre R$. 600 mi e R$. 1.8 bi ao ano. Nada mal, para o bem estar da categoria. Pois o transportador vive correndo, se tiver que pegar uma fila de 05 hs. no atendimento público, mais a espera pelo resultado de exame para depois de dois meses. Realmente a saúde da área de Transportes ficará em último plano. Obs. Muitos morrem ao volante de seus veículos de enfarte do miocárdio, vulgo ataque cardíaco. Sobre a emissão do CRNTRC – Sugestões quanto : A-) ao tamanho, deveria ter o tamanho máximo igual ao da CNH; B-) ao conteúdo, deveria constar o nome do comodatário; C-) da impressão, deveria ser impresso em papel igual ao da CNH;
Obs.: com essa forma de identificação seria mais fácil manter CRNTRC com os documentos obrigatórios de condução do veículo. Quanto a arrecadação de ICMS – Sobre prestação de Serviços de Transportes Autônomos : O Transportador deve ter meios acessíveis, de recolher o ICMS em casa lotérica, agências Bancarias, internet e outras formas como já existem para ao Advogados - assuntos Jurídicos. Justificativas: São idéias e correções que devem facilitar o dia a dia do transportador, da fiscalização e integrar uma melhora na qualidade de vida do Transportador e sua Família. Sendo só para o momento, São Paulo, 22 de Fevereiro de 2010. Leonel Ramos Categoria: TAC- Independente Rua Salgueiro, 31 – Cid. Patriarca Cep. 03550-020 Obs.: Estarei encaminhado via Sedex uma cópia caso essa eletrônica tenha problemas.
AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS
RESOLUÇÃO ANP Nº 12, DE 21.3.2007 – DOU 22.3.2007 – RETIFICADA DOU 23.6.2008
O DIRETOR-GERAL da AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E
BIOCOMBUSTÍVEIS – ANP, no uso de suas atribuições, tendo em vista as disposições da Lei nº 9.478, de 06 de agosto de 1997, e a Resolução de Diretoria nº 130, de 20 de março de 2007,
considerando que compete à ANP regular as atividades relativas ao abastecimento nacional de petróleo, gás natural, seus derivados e biocombustíveis, definido na Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999, como de utilidade pública;
considerando a necessidade de estabelecer critérios técnicos para a operação e a desativação de instalações de armazenamento e abastecimento de derivados de petróleo e outros combustíveis, em face da periculosidade desses produtos, configurada por risco de incêndio, explosão e vazamento decorrente de sua guarda e manuseio;
considerando que o Ponto de Abastecimento constitui-se em instalação para suprimento de combustíveis de equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas do detentor das instalações, sendo necessário o estabelecimento de vedação à comercialização de tais produtos; e
considerando a necessidade de compatibilização da regulamentação do setor de combustíveis com diretrizes ambientais, em especial as relativas às instalações e sistemas de armazenamento de derivados de petróleo e outros combustíveis, torna público o seguinte ato:
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º Ficam estabelecidas, pela presente Resolução, a regulamentação para operação e
desativação das instalações de Ponto de Abastecimento e os requisitos necessários à sua autorização.
DAS DEFINIÇÕES Art. 2º Para os fins desta Resolução, ficam estabelecidas as seguintes definições: I – Combustíveis: gasolinas automotivas, óleo diesel, querosene de aviação (QAV-1 ou JET
A-1), gasolina de aviação (GAV ou AVGAS), álcool etílico hidratado combustível (AEHC), mistura óleo diesel/biodiesel, em conformidade com as especificações estabelecidas pela ANP, e biodiesel ou mistura óleo diesel/biodiesel diversa da especificada pela ANP mediante autorização específica nos termos da regulamentação vigente;
II – Detentor das Instalações: pessoa física, jurídica ou grupo fechado de pessoas físicas ou jurídicas, previamente identificadas e associadas em forma de empresas, cooperativas, consórcios ou condomínios, à exceção de condomínios edilícios, que seja proprietária, comodatária ou arrendatária das instalações de Ponto de Abastecimento;
III – Distribuidor: pessoa jurídica autorizada para o exercício da atividade de distribuição de combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível, biodiesel, mistura óleo diesel/biodiesel especificada ou autorizada pela ANP e outros combustíveis automotivos, bem como para a de distribuição de combustíveis de aviação;
IV – Fornecedor: refinaria, unidade de processamento de gás natural (UPGN), produtor de biodiesel e importador de combustíveis líquidos, autorizados pela ANP, e central petroquímica;
V – Ponto de Abastecimento: instalação dotada de equipamentos e sistemas destinados ao armazenamento de combustíveis, com registrador de volume apropriado para o abastecimento de equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas;
VI – Transportador-revendedor-retalhista (TRR) – pessoa jurídica autorizada para o exercício da atividade de transporte e revenda retalhista de combustíveis, exceto gasolinas automotivas, gás liquefeito de petróleo (GLP), combustíveis de aviação e álcool combustível; e
VII – Revendedor varejista – pessoa jurídica autorizada para o exercício da atividade de revenda varejista de combustível automotivo.
Parágrafo único. Para os fins desta Resolução, não se considera Ponto de Abastecimento a instalação destinada ao armazenamento de combustíveis para utilização em equipamentos fixos ou estacionários.
DA AUTORIZAÇÃO DE OPERAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DO PONTO DE ABASTECIMENTO
Art. 3º O funcionamento da instalação do Ponto de Abastecimento depende de autorização de operação na ANP, a ser efetivada mediante o preenchimento e aprovação pela ANP da Ficha Cadastral de instalação de Ponto de Abastecimento disponibilizada no endereço eletrônico www.anp.gov.br.
§ 1º Ficam dispensadas da autorização de operação de que trata o caput deste artigo as instalações aéreas ou enterradas com capacidade total de armazenagem inferior a 15 m³ (quinze metros cúbicos), devendo o detentor das instalações cumprir, no entanto, as demais disposições desta Resolução.
§ 2º A ficha a que se refere o caput deste artigo solicitará, no mínimo, os seguintes dados: I – firma, denominação social ou nome do detentor das instalações; II – número no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, referente ao estabelecimento
matriz ou filial(is) relacionada(s) com o funcionamento das instalações do Ponto de Abastecimento, ou no Cadastro de Pessoa Física – CPF;
III – endereço da instalação do Ponto de Abastecimento e descrição sucinta das instalações, contendo a quantidade de tanques e a capacidade de armazenamento de cada um deles e discriminando o(s) respectivo(s) tipo(s) de combustível;
IV – número e data de validade da licença de operação ou funcionamento, ou número do protocolo solicitando prazo para obtenção da referida licença, de acordo com o cronograma estabelecido pelo órgão ambiental competente;
V – nome do engenheiro responsável pelas instalações do Ponto de Abastecimento e número no registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA;
VI – número da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART que comprove que as instalações atendem às normas técnicas brasileiras em vigor, às de segurança das instalações e ao código de postura municipal, assinada pelo engenheiro responsável, e que informe o volume total da tancagem, por tipo de combustível, em metros cúbicos;
VII – previsão de consumo mensal, por tipo de produto, para os 12 (doze) meses subseqüentes ao da data de encaminhamento da Ficha Cadastral e, para os Pontos de Abastecimento em operação, o consumo efetivo dos últimos 6 (seis) meses; e
VIII – atividade econômica exercida pelo Detentor das Instalações. § 3º Após o preenchimento da Ficha Cadastral da Instalação de Ponto de Abastecimento e
da validação das informações solicitadas, será emitido, por via eletrônica, a autorização de operação da instalação de Ponto de Abastecimento ao detentor das instalações.
§ 4º Poderão ser solicitadas, motivadamente, pela ANP, informações, documentos ou providências adicionais pertinentes.
§ 5º As alterações nos dados cadastrais da Instalação do Ponto de Abastecimento, inclusive da capacidade de armazenamento, deverão ser informadas ao endereço eletrônico discriminado no caput deste artigo, no prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da efetivação do ato.
Art. 4º O detentor das instalações somente poderá iniciar a operação do Ponto de Abastecimento após a obtenção da Autorização de Operação da Instalação de Ponto de Abastecimento na ANP.
DAS INSTALAÇÕES DO PONTO DE ABASTECIMENTO Art. 5º No caso de transferência de titularidade da instalação de Ponto de Abastecimento, o
novo detentor deverá atender ao disposto no art. 3º desta Resolução no prazo de 30 (trinta) dias a contar da efetivação do ato.
Parágrafo único. Durante o prazo estipulado no caput deste artigo, será permitida a operação da Instalação do Ponto de Abastecimento pelo novo detentor das instalações.
Art. 6º O projeto das instalações para construção ou ampliação da Instalação de Ponto de Abastecimento deverá obedecer às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, às de segurança das instalações, ao código de postura municipal, às do corpo de bombeiros e às exigências do órgão ambiental competente.
Art. 7º A construção das Instalações do Ponto de Abastecimento deverá obedecer, rigorosamente, às especificações do projeto aprovado pelos órgãos competentes.
Parágrafo único. A construção, ampliação e operação a que se refere este artigo não necessitam de autorização da ANP.
DA DESATIVAÇÃO DAS INSTALAÇÕES Art. 8º Quando as instalações, objeto desta Resolução, forem desativadas, o detentor das
instalações deverá solicitar à ANP no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a revogação da autorização de operação da instalação de Ponto de Abastecimento.
Parágrafo único. A solicitação de revogação da autorização de operação das instalações de Ponto de Abastecimento, de que trata o caput deste artigo, deverá estar acompanhada de cópia do requerimento de desativação das instalações protocolado no órgão ambiental competente.
DA UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES Art. 9º Somente poderão ser abastecidos na instalação do Ponto de Abastecimento
equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas que estejam registrados em nome do detentor das instalações, bem como:
I – os de pessoas jurídicas que sejam coligadas, controladas ou controladoras do detentor das instalações;
II – os locados ou arrendados pelo detentor das instalações; III – os de prestadores de serviços contratados pelo detentor das instalações; ou IV – os que sejam operados por terceiros em virtude de contrato de fornecimento de
produtos agrícolas ou pecuários para indústrias, ou contrato de parceria agrícola, pecuária, agroindustrial ou extrativista, firmado com o detentor das instalações.
Parágrafo único. A relação dos equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas a serem abastecidos, com a discriminação do tipo de combustível, do detentor das instalações, acompanhada de cópia do(s) Certificado(s) de Registro e Licenciamento de Veículo, para o caso de veículos automotores terrestres, e da documentação comprobatória de propriedade, para os demais veículos e equipamentos, deverá estar disponível no Ponto de Abastecimento devendo, quando couber, ser acrescida dos seguintes documentos:
a) na situação prevista no inciso I deste artigo: da relação da(s) razão(ões) social(is) da(s) pessoa(s) jurídica(s) coligada(s), controlada(s) ou controladora(s), com a(s) respectiva(s) relação(ões) dos equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas a serem abastecidos, com a discriminação do tipo de combustível, acompanhada(s) de cópia(s) do(s) Certificado(s) de Registro e Licenciamento de Veículo, para o caso de veículos automotores terrestres, e da documentação comprobatória de propriedade, para os demais veículos e equipamentos;
b) nas situações previstas nos incisos II a IV deste artigo: cópia(s) do(s) contrato(s) de locação ou de arrendamento, contrato(s) de prestação de serviços celebrado(s) entre o detentor das instalações e o(s) prestador(es) de serviços, contrato(s) de fornecimento de produtos agrícolas ou pecuários para indústrias, ou contrato(s) de parceria agrícola, pecuária, agroindustrial ou extrativista, registrado(s) em cartório, com a(s) respectiva(s) relação(ões) dos equipamentos
móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas a serem abastecidos, com a discriminação do tipo de combustível, acompanhada(s) de cópia(s) dos Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo, para o caso de veículos automotores terrestres, e da documentação comprobatória de propriedade, para os demais veículos e equipamentos.
Art. 10. No caso de o detentor das instalações estar identificado em forma de grupo fechado de pessoas físicas ou jurídicas, previamente associadas em forma de cooperativa, consórcio ou condomínio, à exceção de condomínio edilício, poderão ser abastecidos na Instalação do Ponto de Abastecimento os equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas que estejam registrados em nome das pessoas físicas ou jurídicas que o integram e em nome do próprio grupo fechado.
§ 1º Aplica-se ao detentor das instalações de que trata o caput deste artigo o estabelecido no art. 9º e seus incisos II a IV, desde que os contratos de locação, de arrendamento, de prestação de serviços, de fornecimento de produtos agrícolas ou pecuários para indústrias ou de parceria agrícola, pecuária, agroindustrial ou extrativista estejam firmados com a cooperativa, o consórcio ou o condomínio.
§ 2º Deverão estar disponíveis na Instalação do Ponto de Abastecimento os seguintes documentos: i) relação dos equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas a serem abastecidos, discriminando o tipo de combustível; ii) relação das pessoas físicas ou jurídicas que integram a cooperativa, o consórcio ou o condomínio; e iii) cópia dos Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo, para o caso de veículos automotores terrestres, e da documentação comprobatória de propriedade, para os demais veículos e equipamentos, ou, quando for o caso, do(s) contrato(s) de locação, de arrendamento, de prestação de serviços, de fornecimento de produtos agrícolas ou pecuários para indústrias ou de parceria agrícola, pecuária, agroindustrial ou extrativista, registrado(s) em cartório, firmado(s) com a cooperativa, o consórcio ou o condomínio.
§ 3º É vedado ao distribuidor, ao transportador-revendedor-retalhista e ao revendedor varejista de combustíveis automotivos a participação, direta ou indireta, em cooperativas, consórcios ou condomínios de que trata o caput deste artigo.
Art. 11. Ficam vedadas a comercialização, a alienação, o empréstimo, a permuta e qualquer tipo de vantagem com terceiros pelo combustível armazenado na Instalação de Ponto de Abastecimento, devendo o produto ser destinado exclusivamente ao consumo próprio pelo detentor das instalações, observados os arts. 9º e 10 desta Resolução.
Art. 12. É vedado o compartilhamento das instalações de Ponto de Abastecimento por diferentes detentores de instalações.
Parágrafo único. Excetua-se a instalação de propriedade de pessoa jurídica de direito público para compartilhamento com outra pessoa jurídica de direito público.
Art. 13. Fica vedada a operação direta do Ponto de Abastecimento por agente econômico regulado pela ANP, exceto no caso de Ponto de Abastecimento próprio localizado em seu estabelecimento.
DA AQUISIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS Art. 14. O detentor das instalações somente poderá adquirir combustíveis de fornecedor,
distribuidor, TRR e diretamente do mercado externo, na forma da legislação aplicável.
DAS OBRIGAÇÕES Art. 15. O detentor das instalações de Ponto de Abastecimento fica obrigado a: I – abastecer somente os equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves,
embarcações ou locomotivas constantes da(s) relação(ões) disponível(is) no Ponto de Abastecimento, observado o disposto nos artigos 9º e 10 desta Resolução;
II – tornar disponível aos funcionários da ANP ou de órgãos conveniados a documentação relativa à aquisição dos combustíveis e a prevista nos artigos 9º e 10 desta Resolução, conforme o
caso, assim como a que comprove as informações declaradas quando do preenchimento da Ficha Cadastral de Instalação de Ponto de Abastecimento, conforme o art. 3º;
III – abastecer os veículos somente por intermédio de equipamento medidor submetido ao controle metrológico por parte do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) ou por empresa por ele credenciada;
IV – manter em perfeito estado de funcionamento e conservação os equipamentos medidores, tanques de armazenamento e equipamentos de combate a incêndio; e
V – zelar pela segurança das pessoas e das instalações, pelo correto manuseio do combustível, pela saúde de seus empregados, bem como pela proteção ao meio ambiente.
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Art. 16. As pessoas físicas e jurídicas que obtiverem autorização para operação de
instalações de armazenamento e abastecimento de combustíveis líquidos ou gasosos para uso privativo, exceto querosene de aviação nos termos da Portaria ANP nº 14, de 17 de abril de 1996, terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para atendimento às disposições estabelecidas no art. 3º desta Resolução, a partir da data de vigência desta Resolução. (Nota)
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 17. A autorização de operação da instalação será revogada nos seguintes casos: I – extinção do detentor da instalação, judicial ou extrajudicialmente; II – por decretação de falência do detentor da instalação; III – por requerimento do detentor da instalação, no endereço eletrônico da ANP; IV – por morte da pessoa física do detentor da instalação; e V – a qualquer tempo, quando constatado pela ANP o desvio da finalidade do Ponto de
Abastecimento, o exercício de atividade regulada pela ANP sem a devida autorização, ou por infração às normas administrativas e à legislação relativa ao abastecimento nacional de combustíveis.
Art. 18. A autorização de operação da instalação de ponto de abastecimento não será concedida a requerente que tenha praticado a irregularidade descrita no inciso V, do artigo anterior, por até no máximo 5 (cinco) anos, a contar da data de cancelamento.
Art. 19. Os funcionários da ANP e de órgãos conveniados devidamente identificados terão livre acesso às instalações do Ponto de Abastecimento.
Art. 20. O não atendimento às disposições desta Resolução sujeita o infrator às penalidades previstas na Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999, sem prejuízo das demais sanções cabíveis.
Art. 21. Ficam revogadas a Portaria DNC nº 14, de 17 de abril de 1996, a Portaria ANP nº 329, de 27 de dezembro de 2003, e demais disposições em contrário.
Art. 22. Esta Resolução entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2008. (Nota)
HAROLDO BORGES RODRIGUES LIMA
MANIFESTAÇÃO SOBRE A REGULAMENTAÇÃO DO PAGAMENTO DE FRETES A CONSTATAÇÃO DO PROBLEMA Acabar com o modelo de carta frete atual é uma necessidade do transporte rodoviário de cargas. Saliente-se, porém, que não somente os transportadores autônomos são contratados via carta frete. As próprias transportadoras prestam serviços umas para as outras, mediante a emissão de carta frete. A Carta frete é realmente um documento apócrifo e sem força executiva, na qual o transportador contratado não tem respaldo jurídico para cobrança rápida, quando necessário recorrer aos meios judiciais. Também é verdade que não se trata de um documento fiscal, cujas informações são sempre repassadas aos órgãos governamentais como, Receita Federal, ANTT e Banco Central. Isso acarreta ampla possibilidade de sonegação fiscal e concorrência desleal, por parte de algumas transportadoras que não cumprem a legislação tributária. Entretanto, acabar com a carta frete substituindo-a por um depósito em conta bancária, ou outro meio de pagamento, por si só não resolve nenhum destes problemas. De fato, apenas modificando a forma de pagamento na forma proposta, a Receita Federal, o Banco Central e a ANTT, continuarão sem informações sobre os fretes realizados pelos transportadores, quer sejam autônomos ou não. As informações estarão disponíveis para estes órgãos, mas somente via autorização judicial, pois é através deste meio que se pode ter acesso a informações de movimentação bancária de pessoas. Na verdade o que se precisa é efetivamente formalizar a sub-contratação de transporte de forma geral e irrestrita, até porque, da forma como está sendo proposta, a futura lei fere o princípio da igualdade, esculpido no artigo 5º da Constituição Federal. A lei fere tal principio, porque discrimina transportadores que executam o mesmo serviço de transporte através da atual carta frete, sendo que o pagamento para uns deve ser feito de um modo, e, para outros, pode ser de qualquer forma. Qualquer transportador que for subcontratado, tem o direito de ser remunerado da mesma maneira que o autônomo, pois estão em igualdade de condições e executando o mesmo tipo de serviço. DOS DESTINATÁRIOS DA LEI E A DEFINIÇÃO DE QUEM É TRANSPORDADOR AUTONOMO O texto proposto torna obrigatória uma forma de pagamento para alguns transportadores, supostamente autônomos. Dizemos, supostamente autônomos, porque autônomo, segundo a Doutrina de Sérgio Pinto Martins, “é a pessoa física que exerce por conta própria atividade econômica com ou sem fins lucrativos”. Destarte, transportador autônomo é aquele que conduz seu próprio caminhão. A partir do momento em que ele contrata um motorista para executar o serviço passa a ser um empresário, que exerce em nome de sua pessoa física, atividade comercial mediante contratação de interposta pessoa. Esta uma atividade eminentemente empresarial. Este tipo de transportador é o que mais existe no Brasil, haja vista que existem pessoas físicas cadastradas na ANTT, que possuem verdadeiras frotas compostas de dezenas de caminhões, utilizados para executar transportes como se fossem autônomos. Nos meios rurais, muitos fazendeiros possuem frotas de caminhões em nome de sua pessoa física. Utilizam seus caminhões para transporte próprio e para terceiros. Ao se cadastrarem junto à ANTT, são considerados autônomos porque seus caminhões estão na pessoa física. Suas receitas são lançadas como receitas da Fazenda e não como fretes, reduzindo a incidência de tributos na operação. A distorção provocada por este tipo de empresários, que não registram a CTPS dos condutores de seus caminhões, sonegam direitos previdenciários, sociais e trabalhistas de centenas de milhares de motoristas, deve ser reconhecida e corrigida. A lei 7.290/1984 dispõe que: “Art. 1º. Considera-se Transportador Rodoviário Autônomo de Bens a pessoa física, proprietário ou co-proprietário de um só veículo, sem vínculo empregatício, devidamente cadastrado em órgão disciplinar competente, que, com seu veículo, contrate serviço de transporte a frete, de carga ou de passageiro, em caráter eventual ou continuado, com empresa de transporte rodoviário de bens, ou diretamente com os usuários desse serviço.”
Apesar da lei 11.442/2007 dispor de forma diferenciada, não afasta a realidade e o verdadeiro significado literal da palavra autônomo, devendo se levar em consideração os benefícios que se busca com a legalização do transportador autônomo e a segregação daquele que é empresário do transporte. Destarte, temos a impressão de que o transportador, pessoa física, que possui diversos veículos não pode ser considerado autônomo, não podendo ser albergado e protegido por leis sociais que almejam amparar os mais fracos. Quiçá, obrigando estes empresários a constituir suas empresas e registrar seus empregados na forma da CLT, a ANTT estará verdadeiramente protegendo os mais fracos e desamparados, os motoristas, empregados destes verdadeiros empresários que concorrem com as transportadoras oferecendo fretes mais baixos, porque sonegam direitos de trabalhadores e tributos. Segundo os objetivos do projeto de lei o que se deseja com a sua aprovação é “a formalização do trabalho do transportador autônomo, sua profissionalização, inclusão bancária, social e previdenciária”. Está correto: deve-se atender a este anseio. Mas e os direitos trabalhistas e previdenciários dos motoristas empregados dos pseudo transportadores autônomos ? Por outro lado frise-se: a lei a ser promulgada precisa respeitar o princípio da igualdade. Deve tratar igualmente os iguais protegendo todos aqueles que são contratados mediante a emissão da Carta Frete. Para isso deve-se criar um documento fiscal que seja homologado pelas Receitas Estaduais e Federais. DA EFETIVA FORMALIZAÇÃO DO CONTRATO DE FRETE A extinção da Carta Frete e sua substituição por um depósito em conta bancária, ou por outro meio de pagamento, não é uma solução suficiente para formalização da contratação do frete. A Carta Frete é um documento que, apesar de apócrifo, contém regras sobre o contrato da prestação de serviço realizado pelo transportador, regras estas acordadas entre ele e o contratante. Assim sendo, algum documento formal deve continuar existindo para que se fixe nele as bases acertadas pelas partes para a execução do serviço. O depósito bancário não pode discriminar estas condições, nem tampouco permitirá a inclusão social do Transportador, sua integração previdenciária para fins de aposentadoria, seguro social, etc., que depende do efetivo recolhimento das contribuições sociais incidentes sobre a sua contratação. Para isso será necessário criar um documento que, atrelado ao depósito para pagamento do frete, consigne origem e destino, a mercadoria, prazo de entrega, prazo de descarga, e principalmente, o valor do serviço prestado, o adiantamento fornecido, o valor do INSS e do SEST/SENAT, que deverá ser recolhido pela empresa. E mais, este documento deve ser imediatamente informado para a Receita Federal a fim de que puna os sonegadores e, indiretamente, proteja quem trabalha certo. A comprovação da entrega da mercadoria para que o transportador receba pelo serviço prestado, é condição que decorre das exigências legais para a execução e acerto do frete. O transportador só tem condições de receber pelo serviço que efetivamente realizou. Até chegar ao destino, não há como pagar o frete integralmente, pois a mercadoria está sujeita a uma série de imprevistos que podem fazer com que ela não chegue nunca ao destinatário, ou seja entregue parcialmente, ou mesmo danificada, fato que deve ser acertado no recebimento do saldo do frete. As transportadoras para receberem seus fretes emitem o CTRC e devem juntar o comprovante de entrega da mercadoria. Não há como alterar esta prática que é justa e necessária, uma vez que do contrário, até o ladrão de carga pode exigir o recebimento do frete que contratou e de cuja mercadoria se apropriou. Assim sendo, o documento a ser criado deve ser válido como é atualmente o CTRC, cuja emissão depende de autorização das secretarias das fazendas estaduais. O novo documento pode e deve ter as mesmas prerrogativas. Vamos mais longe. Está sendo colocado em prática por alguns estados e, em breve será obrigatório em todos os estados, a emissão do CT-e. O novo documento deve ser Eletrônico, de modos que para ser emitido necessita de registro on-line e autorização da Receita Federal. Somente desta forma, estaremos formalizando um documento válido, que pode ter força executiva, desde que previsto em lei.
Assim, o transportador autônomo estará amparado, pois as Receitas Estaduais e Federal, fiscalizarão o recolhimento dos tributos incidentes sobre sua contratação, assegurando seus direitos sociais, securitários e previdenciários, permitindo aposentadoria ou pensão decentes. Este tipo de documento protege a todos independentemente de ser autônomo ou não, pois a partir da emissão obrigatória da Contrato de Frete Eletrônico, todos que forem contratados mediante tal documento, estarão sob o guarda-chuva de sua proteção. O próprio projeto de lei, no § 1º do artigo 5ºA, faz menção de que o número da conta corrente do TAC deve ser informado no Conhecimento de Transporte. Entretanto, conforme determinação do CONFAZ o modelo 8 do CTRC que abaixo apresentamos, no Conhecimento de Transporte não consta o nome do proprietário do veiculo e as bases acertadas para o seu frete, sendo obrigatório constar somente o as bases acertadas entre o embarcador e a transportadora, sem dispor sobre os dados do contrato com o TAC.
ANEXO II - DOS DOCUMENTOS FISCAIS - ART. 216 – CONHECIMENTO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS – MODELO 8
CONHECIMENTO DE TRANSPORTE RODOVIÁRO DE CARGAS
NOME DO EMITENTE
ENDEREÇO INSCR. ESTADUAL E CNPJ
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas __ª Via Nº 000.000 - SÉRIE ____-____ (SUBSÉRIE) NATUREZA DA PRESTAÇÃO: __________________________ CÓDIGO ________________ LOCAL E DATA DA EMISSÃO: __________________________________, ____/____/______
REMETENTE: DESTINATÁRIO:
END. END.
MUNICÍPIO: UF. MUNICÍPIO: UF.
INSCR. EST. CNPJ. INSCR. EST. CNPJ.
CONSIGNATÁRIO REDESPACHO - FRETE PAGO A PAGAR
END. EMPRESA:
MUNICÍPIO: UF. END.
FRETE: PAGO A PAGAR MUNICÍPIO: UF
CALCULADO ATÉ: CNPJ / CNPF CONHECIMENTO Nº
MERCADORIA TRANSPORTADA VEÍCULO NATUREZA DA CARGA QUANTIDADE ESPÉCIE PESO (Kg) M3 OU L NOTA FISCAL Nº VALOR DA MERCADORIA MARCA PLACA LOCAL UF COMPOSIÇÃO DO FRETE COLETA
FRETE PESO/VOL FRETE VALOR SEC/CAT DESPACHO PEDÁGIO OUTROS TOTAL PRESTAÇÃO BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA ICMS ENTREGA RECEBIMENTO:
____________________________________________________ ___________________________, ____/____/ ____ ASSINATURA DO DESTINATÁRIO
OBS:
Nome, endereço e inscrições estadual e no CNPJ do impressor; nº da AIDF, a data e quantidade impressão; o nº de ordem do 1º e do último impresso e a sua série e subsérie
O modelo padrão do Conhecimento de Transporte Eletrônico CT-e, também elaborado pelo CONFAZ não traz em seus campos obrigatórios, qualquer menção sobre a sub-contratação, o valor do frete, impostos ou mesmo a identificação do TAC subcontratado. Abaixo transcrevemos o modelo oficial:
Portanto, a referencia ao CTRC é uma imperfeição que deve ser corrigida, uma vez que o Conhecimento de Transporte não se presta para comprovar a contratação do TAC. Ressaltamos, torna-se necessário a criação de um outro documento que deve servir de base para identificar o contrato de frete realizado entre o TAC e a ETC, consignando nele a conta bancária onde deve ser feito o depósito para pagamento do frete. Por tudo o que foi exposto, propomos a inserção do seguinte texto legal no projeto de lei:
§ 7º A ANTT deve estabelecer um modelo formal e específico de Contrato de Frete onde para nele constar as bases acertadas entre o TAC e a ETC, o qual só poderá ser emitido mediante autorização e fiscalização da Receita Federal.
DA FORMA DE PAGAMENTO Conforme o próprio projeto de lei em suas razões e objetivos justifica, atualmente o transporte é pago através de cheques, dinheiro, depósito bancário, cartão pré-pago e carta frete. Defendemos a possibilidade de continuar pagando o adiantamento e o saldo de frete em dinheiro, que é a moeda corrente do país, de circulação obrigatória e aceita em qualquer lugar. Tal prática não causa prejuízo algum a quem quer que seja, sendo que emitindo-se o Contrato de Frete Eletrônico na forma como propomos, todos os direitos do transportador, autônomo ou não, já estarão ali consignados e resguardados. Defendemos a permanência da autorização para pagamento com cheque, meio através do qual o transportador não fica adstrito ao depósito em conta, podendo obter seu cheque e fazer uso dele imediatamente. Uma situação que se coloca para ilustração é a do motorista que está em viagem e necessita de dinheiro. Ao ser contratado pode receber um adiantamento do frete em cheque e trocá-lo no posto ao lado. Entretanto se for feito depósito em sua conta, não terá dinheiro e seu cheque dificilmente será aceito pelo posto que não o conhece. Pior ainda, se ele for empregado, o depósito deverá ser feito em nome de seu patrão, afinal de contas ele é o “transportador autônomo”, como o motorista para obter dinheiro e pagar o diesel, as peças, o conserto do caminhão, sua alimentação? Engessando a forma do pagamento do frete apenas causaremos dificuldades para os transportadores que estão em viagem pelo Brasil. Não concordamos com o atrelamento obrigatório do pagamento através de cartão de crédito ou outro meio semelhante, pois este tipo de pagamento é defendido por três ou quatro administradoras que detém o monopólio da emissão de tais cartões, cobram taxas administrativas absurdas e estão de olho somente numa fatia dos 60 bilhões de reais movimentados pelo transporte rodoviário de cargas. Esta cartelização, consagrada pela Lei nº 10.561 de 13.11.2002, que impede as empresas a pagar o vale pedágio em dinheiro, obrigando-as a contratar serviços de somente pouquíssimas empresas no Brasil, e remunerá-las por isso, não deve prosperar. Este modelo de pagamento deve ser repelido por todos, e até discutido com a sociedade civil, pois tudo o que onera a cadeia produtiva do transporte rodoviário, tira-lhe a competitividade sem beneficiar em nada a população, somente a algumas empresas que ficam não só com uma fatia, mas sim com todo o bolo. Além do mais, este tipo de pagamento não protege o transportador autônomo, uma vez que, se a transportadora ou embarcador que contratar o serviço não tiver dinheiro para ressarcir a Administradora do Cartão, não haverá liberação do pagamento ao transportador, que ficará com um cartão sem validade e sem força executiva. CONCLUSÃO Nossa Entidade manifesta-se no sentido de que a lei deve ser alterada para criar um documento fiscal, com efetiva força executiva, que assegure os direitos de todos os transportadores que forem sub-contratados. Deve ser um Contrato de Frete formal ser homologado e emitido com autorização e fiscalização das Receitas Estaduais e Federal, de forma que garanta o recolhimento dos tributos incidentes na
operação, tais como: Imposto de Renda, Contribuição Previdenciária, Sest/Senat e outros legalmente exigíveis. Para isso propomos a inserção do seguinte texto legal no projeto de lei:
§ 7º A ANTT deve estabelecer um modelo formal e específico de Contrato de Frete onde para nele constar as bases acertadas entre o TAC e a ETC, o qual só poderá ser emitido mediante autorização e fiscalização da Receita Federal.
Ressaltamos a necessidade deste documento com a fiscalização da Receita Federal para que, o TAC efetivamente tenha acesso aos benefícios securitários da Previdência Social como aposentadoria e pensão acidentária. Defendemos a regulamentação da definição do Transportador Autônomo de Cargas como sendo aquele que conduz seu próprio caminhão. Os outros proprietários de caminhões, que trabalham como pessoa física, mas que contratam motoristas, devem comprovar o registro da CTPS de seus motoristas para cadastramento junto à ANTT, pois se constituem em verdadeiras empresas, disfarçadas de autônomos e que, desta forma, concorrem deslealmente com estas que estão legalmente constituídas. Deve-se permitir que o pagamento do frete possa ser feito em dinheiro, cheque ou depósito em conta corrente bancária. Todos estes meios são dignos e legais, nada havendo que prejudique o transportador contratado, seja ou não autônomo. O pagamento do saldo do frete deve ser feito imediatamente ao Transportador mediante apresentação dos comprovantes de entrega da mercadoria, por qualquer dos meios acima mencionados, ou seja, cheque, dinheiro ou depósito em conta bancária. Criar mais uma obrigação, a exemplo da experiência que já temos com o vale-pedágio, onerará sobremaneira a atividade e não resolverá de forma efetiva o risco de o caminhoneiro não receber seu frete. É apenas mais um custo para o transportador de cargas.