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Agenda Cultural JULHO/AGOSTO/SETEMBRO 2016

Agenda Cultural - Instituto Camões€¦ · DIA 07.07.2016 Exposição das plantas medicinais, medicamentos genéricos, posters e publicações sobre a matéria 10h30-10h45: Sistema

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Agenda Cultural

J U L H O / A G O S T O / S E T E M B R O 2 0 1 6

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Editorial

Quando ambicionamos a criação da Agenda Cultu-ral da Cidade de Bissau, tínhamos consciência do enorme desafio a que nos colocávamos, pelo facto das atividades culturais no nosso país não gozarem de uma tradição de programação atempada, mas também devido aos constragimentos de mobilização de recursos financeiros para a sua concretização.Todavia, abordamos essas complexidades como oportunidades para encarar a promoção da cultura enquanto uma dimensão construtiva da nossa ex-periência editorial. Deste modo, assumimos que a Agenda Cultural constituiria um espaço de apresen-tação da cultura como mecanismo de formação, do conhecimento e do enriquecimento dos nossos valo-res, contextos representações e enfim, da nossa tra-jetória histórica e das nossas memórias do futuro.Assim, nesta terceira edição da Agenda Cultural, para além da divulgação dos eventos dos centros culturais da capital, propusemo-nos trazer o tema da Sobera-nia Cultural como elemento central, aproveitando dois efemérides importantes: - o memorial do Massa-cre de Pindjiguiti, a 3 de Agosto e a celebração da festa da Independência Nacional, a 24 de Setembro.O nosso propósito enquanto editora, é um objeti-vo conjugado entre todos os que estão envolvidos nesta iniciativa: despolitização, despartidarização e a apropriação coletiva dos processos histórico-i-dentitários que contribuíram e contribuem para a consolidação da ideia da nação guineense, edificada na cultura e na cidadania ativa e plena.

É por isso que nesta edição procuramos articular três ideias fundamentais: a) O resgate e atualização da história e memória;b) A (re)criação das estórias que estiveram associa-

das na criação dos bairros populares de Bissau e favorecer o acesso aos mitos que foram cons-truídos e popularizados acerca desses bairros, como por exemplo são casos de Bandim; ou en-tão da demonstração dos traços de sofrimento perpetuado pelo colonialismo, como foi o caso da construção de Coburnel;

c) Fazer dialogar as gerações com os espaços e os tempos vividos e não vividos, através da produ-ção de um roteiro de cultura e lazer à volta das principais praças de Bissau: Titina Silá, Heróis Nacionais, Mártires de Pindjiguiti e Che Gue-varra, por constituírem uma herança histórico--arquitectónica do tempo colonial, e porque o co-nhecimento da história é uma peça fundamental em todo o tipo de cultura. Um povo sem história é um povo sem memória.

Sendo assim, o desafio foi traçar um guia que nos faz viajar do passado ao presente através da his-tória da edificação de cada uma das praças, do seu simbolismo, da sua reabilitaçao e das suas novas funções sociais e culturais.Com este ânimo, a Corubal acredita que podemos contribuir para promoção cultural de outra forma, através do resgate da nossa memória individual e coletiva, autoestima e reconhecimento do nosso pa-trimonio historico-cultural que permitam elaborar novas formas expressivas e dar novos significados mais adequados ao momento que a cidade de Bissau e o país vive.

Miguel de Barros e Tony Tcheka

coordenação Miguel de Barrosconselho técnico Corubal | Direção Geral da Cultura | CMB | CCP | CCBGB | CCFBG | CCJCSsupervisão geral Amélia Costa Injairedacção António Spencer Embaló, Amélia Costa Injai, Frederico Cabral, Edison Ferreira, Fábio Sousa, Hosper Garba, Minhone Nancanha Seidiparticipação especial Afonso Té, David Afonso, Fernando Perdigão, Juca Delgado, Leopoldo Amado e Tony Tchekaconcepção gráfica Diogo Lencastrelogística Carlos José Mendonçaimpressão INACEP - EPtiragem 1000 exemplaresedição Corubaldistribuição Gratuitafinanciamento Câmara Municipal de Bissau | CAMÕES - Instituto da Cooperação e da Línguacontactos [email protected]

JULHO DE 2016

Agenda Culturalfinanciadores

patrocinadores

parceria

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Calendário

30/JUN A 09/JUL

“FOTOGRAFAR É DAR VIDA!”

07 E 08/JUL

CONFERÊNCIA NACIONAL SOBRE MEDICINA TRADICIONAL E MODERNA

09/JUL, MANHÃ

ARTES PLÁSTICAS

12/JUL, 18H00

FILME: “5 CRIANÇAS, 5 DIREITOS”

14/JUL, 16H30

TERTÚLIA: “O QUE É A ARTE?”

21/JUL, 17H00

TRÊS LANÇAMENTOS: REVISTA SORONDA/30 ANOS DO INEP; WEBSITE DO INEP; LIVRARIA DO INEP

26 E 27/JUL, 14H00

WORKSHOP: “COMO FAZER INVESTIGAÇÃO EM JORNALISMO?”

03/AGO, 11H00

POESIA: ÁRVORE DA PAZ

16/AGO A 16/SET

ARTE: HIPER-REALISMO, KEVIN LIMA

19 A 24/SET

JORNADA COMEMORATIVA DO 24 DE SETEMBRO

20/SET, 20H00

TEATRO: O INOMINÁVEL, DE SAMUEL BECKETT

22/SET A 01/OUT

FEIRA CULTURAL

23/SET, 16H30

TERTÚLIA: A METAFÍSICA DAS IMAGENS

23/09, 21H00

DEBATE: SOBERANIA CULTURAL

24/SET, 16H00

1º EDIÇÃO DE FESTIVAL DE GUINENDADI “GUINÉ-BISSAU KU ROSTO NOBU”

28/SET

LANÇAMENTO DO LIVRO: “BATISMO PÁTRIO”

29/SET, 19H00

LIVRO: ATRAVÉS DA CHUVA, DE MIGUEL GULLANDER

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Objetivo Geral:Contribuir para a construção de um es­paço de reflexão, concertação e coorde­nação entre os atores de ambas as medi­cinas para garantir a implementação de políticas públicas coerentes no sector de saúde.

Objetivos específicos:1. Identificar pontos de convergência e

divergência para melhorar as futuras colaborações entre ambas as medici­nas;

2. Favorecer a recolha de contribuições sobre aspectos ligados à regulamen­tação da prática da Medicina Tradi­cional;

3. Recolher subsídios para a elaboração e aplicação de um código de ética e conduta para os praticantes da medi­cina tradicional;

4. Exortar a observação do código de ética e conduta comunitários ado­tados pelos praticantes da medicina moderna;

5. Demonstrar a necessidade de nova legislação e/ou melhoria das leis exis­tentes no país;

6. Promover o debate sobre a importân­cia dos aspectos ligados a conserva­ção de plantas e animais medicinais, bem como aplicação de convenções nacionais e internacionais sobre a biodiversidade e espécies em perigo.

07 E 08/JUL

CONFERÊNCIA NACIONAL SOBRE MEDICINA TRADICIONAL E MODERNA PARA UM SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL AO BEM ESTAR DA POPULAÇÃOLOCAL: ANFITEATRO DO INASA/ ENTERRAMENTO ORGANIZAÇÃO: INASA- INSTITUTO NACIONAL DA SAÚDE

DIA 07.07.2016

Exposição das plantas medicinais, medicamentos genéricos, posters e publicações sobre a matéria

10h30-10h45: Sistema nacional de saúde e o lugar da medicina tradicional

10h45-11h00: As plantas medicinais da GB e a farmaco-peia nacional e regional

12h00-12h30: Plantas medicinais da GB: principais indicações e evidencias de sucesso terapêutico

12h30-13h00: Desafios para a afirmação da medicina tradicional na GB

14h30-14.45: Aplicação da Medicina Natural no tratamento do Paludismo

14h45-15h.00: As farmácias e controle da qualidade dos medicamentos na GB: proveniências e os sistemas de conservação dos fármacos e aspetos reguladores

16h00-16h30: Experiência dos serviços ortopédicos nacionais na gestão dos casos tratados pela medicina tradicional e vice versa;

16h30-16h50: Experiência dos serviços clínicos nacio-nais na gestão dos casos de VIH tratados na medicina tradicional e vice versa;

16h50-17h10: Experiência de utilização do Moringa na GB

DIA 08.07.2016

09h15-09h30: Experiência da PROMETRA Internacional no domínio da colaboração entre a Medicina Moderna e Tradicional

09h30-10h30: Que integração funcional a estabelecer entre os dois subsistemas para o reforço do SNS ?

12h00-12h15: Que quadro legal existente e necessário para um funcionamento integral do sistema

12h15-12h30: A promoção do uso das plantas medici-nais e seu impacto na preservação da biodiversidade vs impacto da exploração florestal e desmatação na disponibilização e conservação das plantas medicinais ?

16h00-17h00: Encerramento oficial

AGENDA

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30/JUN A 09/JUL

“FOTOGRAFAR É DAR VIDA!”CCP

Durante três semanas, 25 mulheres, mães e líderes co­munitárias, felupes, utiliza­ram a fotografia para expri­mirem o que pensam sobre a sua comunidade: O que é ser mãe? O que é necessá­rio para garantir a saúde? Quem é responsável pela educação? Como é que se ga­rante a higiene? Exposição do workshop de fotografia participativa, realizado em Suzana e Varela, no projec­to Anhacanau Adjanhau, da ONGD VIDA, Camões I.P. e Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria

com Ba­g a b a g a Studios e Eyes of the Street.

09/JUL, MANHÃ

ARTES PLÁSTICASCENTRO CULTURAL JOSÉ CARLOS SCHWARZ BÔR, RUA SPORTING

Alunos do curso de Artes Plásticas fazem apresenta­ção e exposição dos seus trabalhos ao Público acom­panhados pela Rádio Voz de Alemanha sob orientação do professor e artista Felis­berto Pereira Cá (BOTOD­JO).

12/JUL, 18H00

FILME: “5 CRIANÇAS, 5 DIREITOS”CCP

A FEC e o Leitorado de Por­tuguês do Camões IP reali­zam em julho um debate so­bre os direitos das crianças na Guiné­Bissau e no mun­do. Os filmes "5 crianças, 5 direitos", gravados em cinco tabankas da Guiné­Bissau, são o pretexto para tomar consciência da realidade quotidiana de negação de direitos, vivida e contada por cidadãos guineenses.

JULHO

ARBORIZAÇÃO CMB/ ONG MONTE

14/JUL, 16H30

TERTÚLIA: “O QUE É A ARTE?”CCP

Com o grupo Teatro Ex­perimental de Bissau e o Leitorado de Português do Camões IP em Bissau, con­tinuação do debate sobre a criação artística. O que precede e determina a arte é a tecnologia e a técnica ou será apenas a invenção? A arte do homo sapiens é relativa no seu contexto tecnológico e ideológico de organização social ou é ab­soluta e evolutiva? Há arte nacional ou apenas padrões universais de criação?

A CMB vai celebrar o mês de Julho como o mês da Arvore. Vão ser realizadas atividades de replantação nas aveni­das: Avenida Osvaldo Vieira, Rua Eduardo Mondalane, Av. Amilcar Cabral. Por outro lado, serão iniciadas as plantações no parque Nbatonha que se encontra em fase de construção.

Final idade/objetivo: Esta atividade vem na sequência do abate das arvores senescentes ou decadentes que já repre­sentavam perigo para os citadinos. Pretende­se recriar o ambiente natu­ral alterado, proporcio­nando o equilíbrio am­biental, nomeadamente a purificação do ar, pro­piciar sombra, diminuir a poluição sonora, dimi­nuir o impacto das chu­vas e ainda contribuir para o embelezamento da nossa cidade.

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21/JUL, 17H00

TRÊS LANÇAMENTOS: REVISTA SORONDA/30 ANOS DO INEP; WEBSITE DO INEP; LIVRARIA DO INEPAUDITÓRIO MANUEL NASSUM / LIVRARIA DO INEP

ENTRADA: LIVRE

Lançamento da Revista So­ronda / 30 anos do INEP que contará com a partici­pação especial dos vários autores que integram este número especial da Revis­ta Soronda. Lançamento e apresentação do Website oficial do INEP. Abertura da Livraria do INEP, onde se poderão encontrar publi­

cações do INEP, bem como outras publicações de au­tores e editoras nacionais e internacionais. Participação de artistas e músicos duran­te os lançamentos.

CONTACTO: [email protected] 955884961 https://web.facebook.com/inep.guinebissau

26 E 27/JUL, 14H00

WORKSHOP: “COMO FAZER INVESTIGAÇÃO EM JORNALISMO?”CCP

Com o jornalista Nuno An­drade Ferreira, do jornal Ex­presso das Ilhas (Cabo Ver­de) e da Rádio Morabeza, o Centro Cultural Português organiza uma oficina de dois dias sobre investigação em jornalismo e sobre os problemas de ética que lhe estão associados. Destina­se a profissionais e estudantes de comunicação social. As inscrições estão abertas até dia 25 de julho, por e­mail: [email protected].

DURANTE MÊS JULHO

FÉRIAS DE VERÃOCENTRO CULTURAL JOSÉ CARLOS SCHWARZ BÔR, RUA SPORTING

Férias de Verão dinâmico e ao vivo, marca o centro com programas lúdicos e de entretenimento, com con­cursos de cultura geral di­rigidos para os estudantes e comunidades dos vários bairros da nossa cidade.

DURANTE MÊS DE AGOSTO: SEX E SAB

NOITE AFRICANACENTRO CULTURAL JOSÉ CARLOS SCHWARZ BÔR, RUA SPORTING

As tardes e noites vão ter concurso de beleza e cultu­ra. Na terra onde a beleza abunda a cultura só pode ser rica. Muitas novidades te esperam! Venha e partici­pe! Entrada Lvre!

DE JULHO A SETEMBRO

CAMPEONATO DE DEFESO

Atividade principal: tor­neio de futebol onze nos bairros e entre os bairros de BissauEsta atividade que se repete anualmente tem

como objetivo funda­mental reduzir a delin­quência juvenil, ocupar os tempos livres ocasio­nadas pelas férias gran­des.

AGENDA

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16/AGO A 16/SET

ARTE: HIPER-REALISMO, KEVIN LIMACCP

03/AGO, 11H00

POESIA: ÁRVORE DA PAZCCP/ BISSAU VELHO

Interpretação e apresenta­ção mural pública do poema “Árvore da Paz”, de Atcho Express, em parceria com a Casa dos Direitos. Trata­se de um ensaio, em forma de poesia, sobre o impacto da modulação da voz humana na prevenção de conflitos.

DURANTE MÊS DE SETEMBRO

COMEMORAÇÕES DA INDEPENDÊNCIA NACIONALCENTRO CULTURAL JOSÉ CARLOS SCHWARZ BÔR, RUA SPORTING

ENTRADA LIVRE

Exposições de obras arte e visionamento de filmes de realizadores guineenses alusivos às comemorações da independência nacional.

CICLO DE CONFERÊNCIAS DO INEP

2º Ciclo de Conferências do INEP 2016, sob patro­cínio do PNUD e da UNIOGBIS privilegiará uma abordagem com incidência na dissecação de várias reformas, pelos seus principais eixos, de molde a que possam estas configurar uma perspetiva sectorial mais aprofundada por um lado e, por outro, possam igualmente suscitar uma maior participação e intera­ção com o público­alvo, a partir de clara opção por te­máticas que se irão alternar interactivamente no seu processo de sua execução, como se destacam:1. Reforma do sistema político Bissau­guineense (28

de Julho)2. Reforma do sistema económico (14 de julho)3. Reforma sistema Fiscal (11 de agosto)4. Reforma do sistema político­partidário na Guiné­

­Bissau, a (perspetiva científica) (01 de setembro)5. Reforma do sistema político­partidário na Guiné­

­Bissau (a voz dos partidos) (15 de setembro)

CONTACTO/RESERVAS: [email protected] // 955884961 // https://web.facebook.com/inep.guinebissau

ENTRADA LIVRE

O hiper­realismo é pouco frequen­te na arte afri­cana, pelo que a singularidade do trabalho de Kevin Lima jus­tifica a exposi­ção. Trata­se, no entanto, de um dos movimentos artísticos com mais impacto na evolução da estética global desde os anos 1970: de tal modo interroga e refaz a função da arte figurativa da realidade, so­bretudo depois da fotografia, que também poderia chamar­se de supra­realismo.

20/SET, 20H00

TEATRO: O INOMINÁVEL, DE SAMUEL BECKETTCCP

Interpretação pelo Teatro Experimental de Bissau do texto de 1953 do escritor irlan­dês Samuel Beckett. Trata­se de um monó­logo situado em ponto e tempo indetermi­nados da consciência, que apresenta essa noção de “estar a ser” na sua natureza es­sencialmente discursiva – por consequên­cia disso, expõe a representação mental que fazem os seres humanos da realidade, através do pensamento e do ego, confinada na linguagem. A personagem do Inominável tenta con­trariar esse limite e aproximar­se de outra identidade da consciência, que pudesse exprimir­se para além da linguagem. Mas será isso possível?

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19 A 24/SET

JORNADA COMEMORATIVA DO 24 DE SETEMBROBAIRRO DE ANTULA/ BAIRRO ÁFIA/BAIRRO MILITAR

Atividades: culturais; des­portiva; palestras/debates

22/SET A 01/OUT

FEIRA CULTURAL GRUPO SCORPION E ASSOCIAÇÃO MORADORES QUARTEIRÃO LUSÓFONO

Comemoração do 24 de Se­tembro. Palestras alusivas a data; sessões de djumbai em diferentes bairros (An­tula, Tchon de Pepel; Tcha­da); ações de saneamento e sensibilização; Torneio de futebol “velhas Guardas”; Desfile de moda; concurso culinário; exibição de filmes alusivos à independência;

23/09, 21H00

DEBATE: SOBERANIA CULTURALCCP

A extensão da soberania dos Estados, diferente das iden­tidades nacionais, decorre de alguns fatores objetivos de poder geopolítico. A cul­tura nacional e a capacidade de projeção de cultura são dois desses factores. Com o tema da “soberania cultu­ral”, o CCP promove mais um debate público sobre a identidade guineense: Quais os fatores de soberania cul­tural do país? E quais as oportunidades de projeção cultural? De que forma con­tribuem para a afirmação da soberania da Guiné­Bissau?

Há imagens que podem servir como signos em linguagens não­ver­bais simbólicas. O que diferencia uma lingua­gem simbólica de uma linguagem verbal é, sobretudo, permitir a comunicação universal inteligível de significa­dos que são também, ao mesmo tempo, inteiramente subjetivos porque dependem do sistema de valores e referências onto­lógicas de cada pessoa. Essa universalidade e profun­didade de representação nenhuma linguagem verbal consegue conciliar. Por esta razão, os símbolos representaram, e servem ainda, um último código de regras mínimas para a

comunicação pacífica e para a organiza­ção social entre os seres humanos. Mas servem também para usos mais com­plexos, como a construção de repre­sentações míticas do mundo: entre os

mitos mais conhecidos estão os que fun­daram e justificaram através do tem­

po as identidades nacionais, cujos processos – no que têm de positivo ou funcional como de negativo ou

tendencialmente hostil a outras identidades – são totalmente

suportados por símbolos, em percursos cumulativos. Para assinalar o dia 24 de setembro, o grupo Teatro

Experimental de Bissau e o Leitorado de Português do Camões IP em Bissau anali­sam e debatem alguns pro­cessos de construção dos

símbolos e das nações.

23/SET, 16H30

TERTÚLIA: A METAFÍSICA DAS IMAGENSCCP

AGENDA

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24/SET, 16H00

1º EDIÇÃO DE FESTIVAL DE GUINENDADI “GUINÉ-BISSAU KU ROSTO NOBU”CENTRO CULTURAL JOSÉ CARLOS SCHWARZ BÔR, RUA SPORTING

INSCRIÇÃO GRATUITA ATÉ FINAIS DE AGOSTO

1º Edição de Festival de Gui­nendadi “Guiné­ Bissau ku rosto nobu” Com objetivo de promover novos talentos da música nacional, terá lugar a 1ª Edição dofestival de gui­nendadi. Os vencedores serão premiados com a gravação de um disco no estúdio “Boka ki Papia” do mesmo centro.

28/SET

LANÇAMENTO DO LIVRO: “BATISMO PÁTRIO”CENTRO CULTURAL JOSÉ CARLOS SCHWARZ BÔR, RUA SPORTING

AUTOR: HILÁRIO INSAME JÚNIOR

O Batismo Pátrio é um livro que que se revelou critico com recados latentes doanterior livro O Recado do jovem es­critor guineense Hilário Insa­me Júnior publicada em Ou­tubro de2014 (falta editora).Através da poesia, o autor manifesta o seu verdadei­ro amor à Pátria que o viu nascer e a esperança a de ver “Batizada” essa pátria­­mãe.Esse Batismo, consis­te na luta incessante para conquista de uma nova in­dependência nacional (mu­dança de mentalidades), para que novos rumos pos­sam ser desenhados, novos caminhos possam conduzir a uma paz efetiva e ao de­senvolvimento sustentável.

29/SET, 19H00

LIVRO: ATRAVÉS DA CHUVA, DE MIGUEL GULLANDERCCP

ENTRADA LIVRE

CURSOS DO CCP

CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESANíveis I, II e III. Duração 9 meses. Custo 10.000 Xof por trimestre. Informação e inscrições no CCP, sala de aula da AJALV, todos os dias a partir das 14h.Curso de Língua Portuguesa para EstrangeirosDiversos níveis. Informação e inscrições com a Pro­fessora Sandra Mula. E­mail: [email protected]

CURSO DE GUITARRANível de iniciação. Com professor Demba Baldé. In­formação e inscrições na Secretaria CCP e por tele­fone (+245955307733), entre as 8h e as 16h, ou por e­mail ([email protected]).

CURSO DE KORANível de iniciação. Com professor Demba Galissa. Informação e inscrições na Secretaria CCP e por tele­fone (+245955307733), entre as 8h e as 16h, ou por e­mail ([email protected]).

Apresentação do roman­ce “Através da Chuva”, do escritor Miguel Gullander. Relato do tempo do senhor Svart, criptozoólogo que desperta de um estranho coma em Estocolmo com um único objetivo: avistar uma palanca negra gigante no coração de Angola. Enquanto conta a história de Svart num país comple­xo, talvez imaginado, o es­critor percorre um universo que é um sistema total de

i n t e r ­depen­d ê n ­cias, onde o fluxo do verbo consciente sobre a matéria pode deter­minar cada combinação se­guinte mas nunca resolver o sofrimento humano fun­damental: do desejo inces­sante até à imortalidade do ego de fixar uma realidade impermanente. Mas o livro sugere também outro cami­nho para a vontade.

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Efeméride

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Os acontecimentos de 03 de Agos­to de 1959: sentindo­se os tra­balhadores guineenses do cais

de Pindjiguiti injustiçados nos seus mais elementares direitos explorados e sujeitos a condições de trabalho infra­humanas, revoltam­se com uma greve que não ape­nas paralisou toda atividade portuária, por sinal, importantíssima para a economia colonial, como também gerou uma situa­ção bastante tensa nas discussões havidas entre os estivadores e os e os altos funcio­nários da casa Gouveia. Esta situação que já havia potenciadoten­sões anteriores contribuiurapidamente para situações de violência indiscrimi­nada, protagonizada esta, inicialmente, pelo reduzido número de autoridades ai presentes, ao que estivadores ripostaram com recurso a todos os estratagemas para se defenderem como podiam: cenas de pugilato com o recurso de remos, barras ferro e outros meios existentes. Chamados os reforços militares, por sinal, despropor­cionais, entraram a matar com disparos indiscriminados, resultando num total de 24 mortes e o dobro de feridos (segundo alguns testemunhos presenciais portugue­ses e ainda relatórios oficiais das autorida­des coloniais),enquanto para alguns sobre­

viventes de Pindjiguiti e os movimentos de libertação que procederam a ulterior apro­priação política da ocorrência, a ordem de grandezas era estimada em cerca de 50 mortes e 25 feridos.Mas para lá da guerra de números de vi­timas (mortos e feridos), o massacre de Pindjiguiti emergiu no panorama da luta de libertação nacional como o culminar da longa tradição de resistência guineense a ocupação colonial que, grosso modo, se esboçou desde os finais do século XIX até aos inícios da década de “50” do século XX, portanto, num momento em que o inci­piente e mesmo idílico e ainda difuso na­cionalismo guineense se apresentava mais amadurecido.Contudo, é hoje inquestionável a impor­tância e o alcance históricos de Pindjiguiti no contexto da luta de libertação, sobretu­do à montante da ocorrência, não apenas pelo ensinamento de que a guerra de li­bertação nacional requeria uma mobiliza­ção geral ancorada no campesinato e nos meios rurais, como de resto veio a aconte­cer, mas também a certeza de que era in­dispensável que a apropriação política de Pindjiguiti se fizesse acompanhar de uma meticulosa propaganda nacional e inter­nacional, capaz de desacreditar a política

MASSACRE DE PINDJIGUITIENTRE A MEMÓRIA E A EVOCAÇÃO HISTÓRICA

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colonial do Governo português de então. Com efeito, não foi por acaso que depois de Pindjiguiti o PAIGC logrou atingir uma assinalável mobilização geral que, no limi­te, permitiu o desencadeamento da luta armada em1963. Não é também por acaso que, no decorrer da guerra colonial/ guer­ra de libertação, invariavelmente, o PAIGC normalmente assinalava a efeméride com ataques simultâneos a várias localidades, (inclusivamente aos centros urbanos), so­bretudo a partir de 1968.No fundo, a apropriação política de Pindji­guiti e o objectivo substantivo que Amílcar Cabral perseguia com o mesmo estavam

em perfeito alinhamento com a necessida­de de obtenção da legalidade e da atmos­fera internacional propícia ao desencadea­mento da guerra e, consequentemente, ao isolamento diplomático internacional de Portugal colonial, segundo o postulado que ele próprio definiu como o “supremo recurso”, ou seja, o direito de recurso a todos os meios possíveis, inclusive os vio­lentos, para erradicar o colonialismo. Aliás, se por um lado Pindjiguiti foi decisivo para guindar os movimentos de libertação na/da então Guiné Portuguesa, por outro, não é menos verdade que a ação ulterior pro­tagonizado por aqueles tivesse sido igual­mente decisivo, sobretudo as realizadas em torno da sua importância simbólica, para que Pindjiguiti tivesse sido catapultado ao estatuto de um efetivo ato de bravura e de resistência anticolonial, em suma, uma rei­vindicação de vulto e um importante mar­co histórico.Finalmente, importa assinalar que Pind­jiguiti é o cumulativo de acontecimentos intrinsecamente encadeados que sem som­bra de dúvidas, guindou a luta de libertação a patamares mais altos, além de ainda hoje permanecer, com assinalável longevidade, no imaginário coletivo bissau­guineese.

“... para lá da guerra de números de vitimas, o massacre de Pindjiguiti emergiu no panorama da luta de libertação nacional como o culminar da longa tradição de resistência guineense...”

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bairros populares

Bissau era reino dos papéis. As forças inva­soras tentavam a todo o custo instalar­se. Todas as estratagemas eram utilizadas, desde as mais refinadas astúcias negociais até as investiduras militares com toda a su­premacia que lhes eram conhecidasNestas andanças, uma enorme fortificação fora projetada desde finais do séc.: XVII. Tratava­se da fortaleza de São José d`Amu­ra, cuja conclusão da obra foi várias vezes adiada devido às investidas das populações que se rebelaram contra a presença colonial.Como forma de reforçar a segurança sobre à volta da construção d`Amura, homens militarmente treinados foram trazidos de outras paragens, na sua maioria angolen­ses, com a missão de aniquilar a resistência.A custa de pesadas e importantes baixas nas forças coloniais, Amura acabaria por ser concluída, e os angolenses ganharam o direito ao regresso e também à livre circu­lação pelo território da Guiné. Uma parte considerável desse grupo acabaria por ficar, mesmo com os navios veleiros atracados no porto, no meio da estupefacção dos colonos. Como consequência, mais de uma centena de milícias angolenses que ficaram opta­ram por deserção e foram viver em comuni­dades nativas que lhes acolheu, em alguns casos por terem já constituído família.Aos angolenses foram cedidos terrenos

para a construção das suas casas e mais terras para cultivarem as suas machambas. Entretanto, sentindo­se em vias de perder a confiança das milícias angolenses a favor dos seus cunhados nativos da Guiné, a ad­ministração colonial passou a fornecer­lhes víveres vindo da metrópole. Mutas vezes o zelo era tanto que a população autóctone passou a desconfiar de alguma trama con­tra ela, fazendo com que fossem vítimas de hostilidades vindas das florestas.Desde então, os colonos foram negociando tréguas e conseguindo tempos de paz pre­cária. Depois da edificação de Bissau Velho, a tabanca de Angola era o assentamento populacional mais setentrional na projeção da cidade de Bissau em direção ao norte da ilha grande. Nesta fase, foram concedidas mais terras de exploração à outros grupos como cabo­verdianos e são­tomenses ao ponto de levar a uma nova configuração populacional e desaparecimento da célebre da tabanca de Angola.Hoje, como vestígio desse passado, dos nomes das tabancas restam agora apenas nomes de ruas – Rua Angola, Rua Cabo­­Verde, Rua Moçambique, Rua São Tomé... e mesmo de “Bassao Nan Dô” constituído por vários reinos, resta apenas um bairro, dos mais antigos da capital ­ Bairro de Chão de Papel

CHÃO DOS PAPEIS

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Construído nos primeiros anos da década de 1960, através de um despacho da admi­nistração colonial que ordenara a edificação de um novo bairro, em Bissau, para os fun­cionários dos Correios (Iª fase), a popula­ção nativa que tinha atingido o esta tuto de “civilizado” e que habitava nos bairros pe­riféricos, em particular o Pilum que tinha sido devastado por um incêndio (IIª fase) e outros funcionários públicos (IIIª fase).Sob a vigilância da milícia colonial e lide­rados pelo Administrador Guerra Ribei­ro, o recrutamento da mão­de­obra foi feita numa base obrigatória e o trabalho realizado sob chicote, onde os operários eram prisioneiros de delito comum e os que supostamente não cumpriam leis de circulação na cidade, como o simples facto de andar descalço, ou de circular depois de uma certa hora na cidade de Bissau ou nas imediações. Foram construídas assim 140 casas entre 1965­1968.

Coburnel marcou profunda e definitiva­mente a consciência dos jovens de Bissau na altura, e foi assim que nos anos 70, através da história da N`tchanga – mulher que trabalhava nas obras e que não pode amamentar o seu filho até este falecer, sob pena de ser castigada – o pioneiro da música moderna guineense, José Carlos Schwarz, imortalizou a história dramática da construção em regime escravocrata do conhecido hoje Bairro D`Ajuda.

BAIRRO COBURNEL

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Bande era é um Regulado que fazia parte do Reino de Bissau. Habitado pela etnia Papel. A sua edificação no quadro da resistência glo­bal oferecida pela população da grande Bissau à presença colonial portuguesa confunde­se com o seu “modus vivendi” pois constituiu­se no escopo da resistência da cultura predomi­nante na altura, da etnia papel, aos diferentes reinos pré­coloniais e coloniais e as duas gran­des religiões monoteístas (as invasões mandi­gas e fulas e toda a época colonial bem como a implantação do Islão e do Cristianismo).De Insinha Té, Rei de Bissau, (1696­1746) ­ AHU, ao Jerry Napenac (Ndepnak) Régulo de Bande (1845), , Bande respondeu a todas as solicitações da resistência e produziu atos de resistência contra a presença colonial, que vão das guerras de Bissau aos conflitos de grume­tes de que foi aliado inúmeras vezes. Com a transferência da capital, de Bolama para Bissau em 1941, o Regulado transfor­mou­se no maior Bairro periférico da nova Capital que, em termos de tamanho, só viria a ser destronado pelo Bairro Militar, depois da independência. A sua cultura de resistência acabou por criar o mito de que “Bande i tchon sagradu” quando se tem problemas com o po­der colonial, basta entrar no Bairro de Bande para que esse poder cessasse a sua persegui­ção. Assim, vê­se que essa cultura da resistência passava de geração em geração até o massacre de Pindjiguiti em 1959, 3 de Agosto. Nesta data, alguns dos corpos de marinheiros mas­

sacrados pelo poder colonial, foram parar aos tarafes de Bande e os seus habitantes adultos: homens e mulheres, participaram no resgate dos mesmos e muitos dos sobreviventes desse massacre nadaram até Bande onde se refugia­ram. Os marinheiros, habitantes de Bande, tanto os que estavam como os que não esta­vam presentes nesse dia, no porto de Pindji­guiti, dirigiram­se ao Bairro e deslocaram os seus familiares para a “Prasa di Bande”, tendo sido alguns acolhidos e albergados por um grande “djambakus” chamado Nfalye.As reuniões clandestinas multiplicaram­se em diferentes localidades de Bande, animadas pelos quadros da resistência PAIGC. Nos anos subsequentes, muitos jovens do Bairro, tanto os de “Bande di Riba” como os de “Bande de Bas” aderiram a luta de libertação, com des­taque para Rafael Barbosa, um dos principais líderes da clandestinidade e animador das reuniões de resistência, cuja aderência foi fei­ta por vagas: a primeira entre 1959­1960 com Osvaldo Vieira como figura de proa, a segunda entre 1962­1965, com José da Silva a desta­car e a última vaga começou com a política da Guiné Melhor do Governador Spínola, (1969­1973), na qual participaram muitos jovens da então Escola Técnica de Bissau..Bandé ou Bandim como é também designa­do, é sobretudo conhecido na atualidade por albergar o maior estádio de futebol do país “24 de Setembro”, o porto de pesca artesanal e pelo nome que dá a um dos maiores agrupa­mentos culturais do país, “Netos de Bandim”.

BAIRRO DE BANDE

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roteiro das praças

PRAÇA DOS HERÓIS NACIONAIS

NOME ORIGINAL: Praça do Império

ANO DE CONSTRUÇÃO: 1945

ARQUITETO: João Aguiar/Gallardo Zilão

Ano de Transferencia de nome: Em janeiro de 1975 a Praça do Império passa a denominar­se Praça dos He­rois Nacionais

RESUMO HISTORICO: A Praça dos Heróis Nacionais está implantada no planalto superior da cidade­ aproveitando a cota mais elevada e tem como propó­sito inicial proporcionar ao Palácio do Governo uma localização sombreira.

DATA DE REABILITAÇÃO: 2015

UTILIZAÇÃO ATUAL: Recentemente reabilitada, o Império, como ainda é vulgarmente conhecida foi sempre, no passado e no presente a praça dos jovens e das crianças. A Partir das 17h é o local ideal para os jovens cava­quearem enquanto a criançada correr, brinca, anda de bicicleta, patins, trotinete etc.

Serve ainda como um local de encon­tro, sobretudo porque se localiza no centro da cidade tendo à sua volta e nas imediações alguns dos principais edifícios de representação dos pode­res, políticos, económico e religioso.

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PRAÇA DOS MÁRTIRES DE PINDJIGUITI

NOME ORIGINAL: Praça Nuno Tristão

ANO DE CONSTRUÇÃO: 1978

ARQUITETO: Nikola Arsenic (Arquiteto integrante do grupo de técnico jugos­lavos afeto ao Ministério das Obras Publicas)

ANO DE TRANSFRENCIA DE NOME: 1975

RESUMO HISTORICO: A Praça Mártires de Pindjiguiti, vulgarmente conhecida por “Mon di Timba”, era de início no dizer popular, “ Punho N´kronhadu” é um testemunho presencial do último mar­co de ação reivindicativa e pacifica que deu lugar à decisão política, de pouco tempo depois o PAIGC proclamar o início da Luta Armada de Libertação Nacional. A data de 03 de Agosto assinala o dia em que os marinheiros inconformados com o salario e excesso de horas de trabalho protestaram junto do patronato. Os protestos termina­ram com uma repressão policial que custou a vida a mais de 50 marinheiros do cais de Pindjiguiti.

DATA DE REABILITAÇÃO: 03 de Agosto de 2015

UTILIZAÇÃO ATUAL: Atualmente a Praça de Pindjiguiti apresenta­se como o mais pequeno parque existente na nossa cidade. Utilizado por todas as camadas juvenis, esta praça tem diversas ofertas de atividades ao ar livre, nomeadamente equipamentos de ginástica ao ar­livre, um café­ espla­nada, pequena biblioteca, um pequeno parque infantil, e espaço ideal para atividades de jogging, skate, trotinete, bicicleta etc...

Esta praça com iluminação solar é ain­da o local privilegiado para concertos ao ar livre, atividades de sensibili­zação, palestras e demais atividades lúdicas e culturais.

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PRAÇA TITINA SILÁ

NOME ORIGINAL: Largo “Os Lusíadas”

ANO DE CONSTRUÇÃO: 1976

ARQUITETO: Min. Obras Públicas

ANO DE TRASNFERENCIA DE NOME: A 21 de Fevereiro de 1975 o largo passa a denominar­se Praça Titina Silá

RESUMO HISTORICO: A primeira designa­ção atribuída pelo “governo colonial” tinha por base e analogia, o facto de ter sido decidido criar nesse espaço o ensino secundário de Bissau, refira­se o Liceu e a Escola Industrial e Co­mercial, vulgarmente conhecida pela “Escola Técnica”. Um antigo reitor do Liceu Honório Barreto, Dr. Brandão ainda chegou de avançar com uma proposta para que alterasse o nome do Largo para “Honório Barreto”, mas o pedido não teve anuência das autoridades de então.

DATA DE REABILITAÇÃO: 30 de Janeiro de 2015

UTILIZAÇÃO ATUAL: A praça Titina Silá é por excelência a praça dos estudantes. Rodeada por Liceus é o palco ideal para os jovens estudantes ocuparem os tempos livres entre as aulas.

A reabilitação feita no final do ano de 2015 onde se erigiu uma estátua da heroína Titina Silá no centro do jar­dim é uma homenagem à combatente da luta pela independência aquando do 42º aniversário da sua morte.

Porque é um jardim para os estudan­tes na sua reabilitação houve a preo­cupação de colocar iluminação solar e internet de acesso livre para que os estudantes pudessem benefeciar dela 24 horas por dia.

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PRAÇA CHE-GUEVARA

NOME ORIGINAL: Praça Honório Barreto

ANO DE CONSTRUÇÃO: 1956/1957

ARQUITETO: Vasco Pereira da Conceição

ANO DE TRANSFERENCIA DE NOME: Janei­ro de 1975

RESUMO HISTORICO: Na época colonial, as autoridades decidiram homenagear Honório Barreto um guineense que tinha ocupado vários cargos públicos, com destaque para as funções de go­vernador de Cacheu. Atribuíram o seu nome a uma Praça de Bissau e abriram um concurso público para conceção de uma estátua que foi ganho pelo arquiteto português Vasco Pereira da Conceição. O “governador da provín­cia na época era o comandante Peixoto Correia.

DATA DE REABILITAÇÃO:

UTILIZAÇÃO ATUAL: Hoje é uma Praça es­quecida que muitas pessoas chamam de praça de Baiana, um café que ali existiu já no período pós independên­cia, entretanto encerrado.

A comunidade cubana residente em Bissau celebra as suas data históricas nesse local, com discursos e manifes­tações culturais, ao que se associam antigos alunos guineenses em Cuba. Chegou de ser noticiado a edificação de uma estátua de Che Guevara, mas tal nunca aconteceu.

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