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Agenda de Desenvolvimento a partir de 2015
- riscos, ameaças e oportunidades
Wasmália Bivar Presidenta do IBGE
Objetivo
A partir da experiência com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), pensar os desafios colocados pela Agenda de Desenvolvimento pós-2015, particularmente em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e discutir estratégias para os Sistemas Estatísticos Nacionais neste contexto, considerando seus riscos, ameaças e oportunidades.
Estrutura
Experiência dos Sistemas Estatísticos Nacionais com os ODM: desafios, avaliação e síntese Agenda Pós-2015 - estratégias de ação para Sistemas Estatísticos Nacionais na América Latina e Caribe Pós-2015 Agenda - ODS, ODM e Grupos de Trabalho da CEA
Experiência do Sistema de Estatísticas do Brasil com ODM
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
1: Reduzir a pobreza extrema e a fome
2: Alcançar o ensino primário universal
3: Promover a igualdade de género e o empoderamento das mulheres
4: Reduzir a mortalidade infantil
5: Melhorar a saúde materna
6: Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças
7: Garantir a sustentabilidade ambiental
8: Criar uma parceria mundial para o desenvolvimento
O IBGE propõe como pontos de partida para a discussão de questões
relevantes e estratégias de atuação para os Sistemas Estatísticos
Nacionais na América Latina e Caribe dois documentos da ONU:
STATISTICS AND INDICATORS FOR THE POST-2015
DEVELOPMENT AGENDA - UN System Task Team on the Post-
2015 UN Development Agenda – July 2013
A NEW GLOBAL PARTNERSHIP: ERADICATE POVERTY AND
TRANSFORM ECONOMIES THROUGH SUSTAINABLE
DEVELOPMENT - The Report of the High-Level Panel of Eminent
Persons on the Post-2015 Development Agenda – May 2013
Agenda Pós-2015 – estratégias de atuação para os Sistemas Estatísticos
Nacionais na América Latina e Caribe
STATISTICS AND INDICATORS FOR THE POST-2015 DEVELOPMENT
AGENDA - UN System Task Team on the Post-2015 UN Development Agenda –
July 2013
O relatório traz experiências sobre como evoluiu o monitoramento - com ganhos
em coordenação, capacidade estatística, disponibilidade de dados,
direcionamento da ajuda internacional, ao mesmo tempo em que subsistem
dificuldades.
Há preocupação com fontes de informação para o monitoramento de novos
temas em 2015.
O IBGE destaca como principais elementos para a discussão dos Institutos
Nacionais de Estatísticas a contribuição sintetizada no documento de referência
sobre como desenvolver uma adequada mensuração para temas novos e
transversais.
Pontua também, sobre cada um dos temas propostos, elementos que podem ser
importantes na discussão e desenho de estratégias de atuação dos Sistemas
Nacionais de Estatísticas da América Latina e Caribe.
Agenda Pós-2015 – estratégias de atuação para os Sistemas
Estatísticos Nacionais na América Latina e Caribe
Agenda Pos-2015
UN System Task Team on the Post-2015 UN Development Agenda – July 2013 - Item Indicators for new and cross-cutting themes.
1) Medidas de desigualdade Pobreza e desigualdade de de renda e consumo: medir linhas, número e proporção – não é comparável; Outros temas para os quais medir desigualdade: escolaridade, anos de vida; Sugerimos o uso de medidas simples como taxas de crecimento e participação de grupos populacionais específicos (raça, cor, sexo, idade, urbano/rural)
Agenda Pos-2015
UN System Task Team on the Post-2015 UN Development Agenda – July 2013 - Item Indicators for new and cross-cutting themes.
1) Medidas de desigualdade Sublinhar os problemas na mensuração e utilização de índices de desigualdade, associadas aos indicadores tradicionais, por exemplo Gini e de traduzi-los em têrmos de política. Considerar a ratificação e a adesão às convencões internacionais de direitos e seu cumprimento.
Agenda Pós-2015
UN System Task Team on the Post-2015 UN Development Agenda – July 2013 - Item Indicators for new and cross-cutting themes.
2) Integrando a dinâmica populacional na definição das metas Importante levar em conta o impacto da dinâmica populacional: crescimento e envelhecimento, urbanização e migração). Frente ao desenvolvimento sustentável e o impacto das políticas.
Agenda Pos-2015
UN System Task Team on the Post-2015 UN Development Agenda – July 2013 - Item Indicators for new and cross-cutting themes.
3) Medidas de Sustentabilidade
Foram feitos avanços significativos na padronização de conceitos visando
a integração de estatísticas de meio ambiente às de contas nacionais.
Entretanto, a seleção de padrões de referência e data para o cumprimento
de metas para indicadores de sustentabilidade são pontos ainda
controversos.
Debate: Necessidade de estabelecer conceitos. Muitas iniciativas ainda
não integradas. Os temas cobrem aspectos ambientais, sociais,
econômicos e institucionais.
Iniciativas Institución Responsable Breve Descripción
SICEA - Sistema Integrado de Cuentas Económicas y
AmbientalesUNSD
Cuadro conceptual que organiza informaciones ambientales y económicas relacionadas a las Cuentas Nacionales en un abordaje sistémico, que incluye las existencias y los flujos relevantes para la formulación de políticas
públicas.
FDES - Framework for the Development of Environment
StatisticsUNSD
Conjunto de estadísticas ambientales organizadas en un cuadro conceptual que incluye: calidad ambiental, recursos ambientales y usos, emisiones, desechos y basura, desastres naturales/eventos extremos, ambiente humano/salud ambiental, protección ambiental/gestión/participación.
TEEB - The Economics of Ecosystems and Biodiversity UNEP
Iniciativa global enfocada en identificar los beneficios económicos derivados de la conservación y uso sostenible de la biodiversidad y de los servicios ecosistémicos en el país y también evaluar el costo de sus pérdidas.
ILAC - Iniciativa Latino Americana y Caribeña para el
Desarrollo SostenibleUNEP
Aprobada en la 1ª Reunión Extraordinaria del Foro de Ministros del Medio Ambiente de la América Latina y el Caribe, en Johannesburgo, en 2002. Principal instrumento para la promoción del desarrollo sostenible de la región. Su Grupo de Trabajo en Indicadores Ambientales (GTIA) fue creado en el XIV Foro de Ministros en 2003. Es compuesto por representantes de autoridades ambientales y estadísticas de 25 países de la región (cuenta con la colaboración del IBGE).
Libro Azul CDS/ONU
Framework con 96 indicadores de desarrollo sostenible en su última edición (2007), presentados en fichas metodológicas y con directrices para su utilización. Los temas cubren aspectos ambientales, sociales, económicos e institucionales.
Task Force on Measuring Sustainable Development
UNECE/Eurostat/OECD
El grupo de trabajo desarrolló un framework para medir el desarrollo sostenible basado en el abordaje del capital; indicadores para comparación internacional; distinción entre 3 dimensiones de bien estar humano: bien
estar humano de las generaciones actuales en un país (‘here and now’), de las futuras generaciones (‘later’) y de las personas que viven en otros países (‘elsewhere’). Incluye 20 temas cubriendo aspectos económicos, sociales y ambientales.
FAOSTAT FAO
Sistema de estadísticas que incluye las áreas de agricultura, floresta, pesca, usos y recursos del agua y de la tierra, clima, ambiente, población, género, nutrición, pobreza, desarrollo rural, educación y salud, entre otros.
Waves - Wealth Accounting and the Valuation of Ecosystem
ServicesBanco Mundial
Asociación global que articula entidades de las Naciones Unidas, gubernamentales, no gubernamentales y medio
académico. Integra recursos naturales en el planeamiento del desarrollo a través de la contabilidad ambiental con miras a una economía verde y avances en el largo plazo en la riqueza y en el bien estar humano.
3) Medidas de Sustentabilidade - Iniciativas Internacionais para Mensuração do Desenvolvimento Sustentável
Agenda Pos-2015
UN System Task Team on the Post-2015 UN Development Agenda – July 2013 - Item Indicators for new and cross-cutting themes.
4) Novos Agregados Monetários e de Comércio
O relatório da Comissão Stiglitz/Sen/Fitoussi apresenta
exemplos e propostas de indicadores de renda,
consumo, despesa, riqueza e desigualdades que não
envolvem novos dados e sim análise e harmonização
dos dados e fontes existentes e consenso sobre os
indicadores desejados, incluindo: produção de domiciliar
não contabilizada, contas satélites (turismo,
domiciliares, ambientais), etc;
Debate: como valorar o que hoje não é valorado e que
seria, obviamente, importante considerar.
Agenda Pos-2015
UN System Task Team on the Post-2015 UN Development Agenda – July 2013 - Item Indicators for new and cross-cutting themes.
5) Indicadores de Governança
Devem avaliar os déficits de governança e fraqueza das
instituições.
Debate: Necessidade de definir indicadores de governança
mais robustos e abrangentes que deem conta de outras
dimensões de governança. Os indicadores propostos no
Livro Azul são: Percentagem da População que Pagou
Suborno e Número de Homicídios Intencionais Registrados
por 100.000 Habitantes, são evidentemente muito restritos. O
IBGE utiliza em sua publicação do IDS outros indicadores de
governança relacionados à atuação de diversas instituições
de Meio Ambiente. Exemplos: Ratificação de Acordos
Globais, Conselhos Municipais de Meio Ambiente, Comitês
de Bacias Hidrográficas, entre outros.
Agenda Pos-2015
UN System Task Team on the Post-2015 UN Development Agenda – July 2013 - Item Indicators for new and cross-cutting themes.
6) Indicadores do Estado de Direito
Os indicadores pensados cobrem três aspectos: resposta do Estado à corrupção, experiência de entidades privadas no pagamento de propinas, e percepção da população sobre o nível de corrupção.
Debate: Cuidado com a armadilha corrupção – pobreza.
Necessidade de considerar indicadores sobre violência
e desrespeito às leis nacionais e internacionais. Ver
Direitos Humanos de forma mais ampla e desenvolver
metodologias que permitam mensurar este aspecto
(geralmente não declarado).
Agenda Pos-2015
UN System Task Team on the Post-2015 UN Development Agenda – July 2013 - Item Indicators for new and cross-cutting themes.
7) Indicadores de conflitos e construção da paz
Necessário indicadores amplos que possa descrever o status de todos frente às leis promulgadas publicamente, aplicadas com igualdade e julgadas de forma independente e em respeito às normas internacionais e de direitos humanos.
Novamente, atentar para a armadilha corrupção, violência, drogas – pobreza. .
Agenda Pos-2015
UN System Task Team on the Post-2015 UN Development Agenda – July 2013 - Item Indicators for new and cross-cutting themes.
8) Indicadores compostos
Normalmente descritos como média ponderada de vários indicadores
individuais (ex.: IDH), são controversos:
- têm limitações metodológicas que acabam impactando seu uso
em políticas públicas: a variação de um dos componentes do
índice pode ser compensada pela variação de outro componente,
tornando difícil a identificação de qual política está sendo
responsável pela variação global;
- Seleção, hierarquização e ponderação para sua construção são
necessariamente subjetivos e podem produzir inconsistências.
O Brasil propõe seguir a decisão de Força Tarefa
UNECE/Erostat/OECD de não incluir indicadores compostos na
mensuração do Desenvolvimento Sustentável.
Agenda Pos-2015
UN System Task Team on the Post-2015 UN Development Agenda – July 2013 - Item Indicators for new and cross-cutting themes.
9) Indicadores de satisfação, percepção e atitudes
Percepções da população sobre boa governança,
corrupção, instituições públicas, segurança etc.
Debate: a subjetividade adjacente a este tipo de
indicador requer o desenvolvimento de metodologias
robustas que resultem em indicador consistente e
confiável.
Problema na utilização de fontes não oficiais e institutos
de pesquisa de mercado, que não têm rigor estatístico
exigido das estatísticas oficiais.
Agenda Pos-2015
UN System Task Team on the Post-2015 UN Development Agenda – July 2013 - Item Indicators for new and cross-cutting themes.
10) ) Inovações baseadas em tecnologias na coleta de dados e
indicadores.
O acesso a novas tecnologias, com destaque para a internet, é
importante para assegurar a participação integral de todos os
segmentos da população a novas oportunidades de emprego,
educação, saúde etc.
Debate: O IBGE propõe considerar o uso de equipamentos de forma
compartilhada entre países da América Latina e Caribe (proposta do
BID). O desenvolvimento dos sistemas (softwares) que comporão
estes equipamentos devem ser pensados também de forma
conjunta, para permitir avançar na harmonização de conceitos e
indicadores na região.
Avanços no Georreferenciamento devem também ser considerados
– experiência do IBGE no tema.
A NEW GLOBAL PARTNERSHIP: ERADICATE POVERTY AND
TRANSFORM ECONOMIES THROUGH SUSTAINABLE
DEVELOPMENT - The Report of the High-Level Panel of Eminent
Persons on the Post-2015 Development Agenda – May 2013
O documento sintetiza a proposta do High-Level Panel of
Eminent Persons para Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, e
apresenta 12 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS),
relacionados à 50 metas, muito próximas a indicadores.
O IBGE propõe discutí-los a partir da ligação com os ODM e
dos Grupos de Trabalho da CEA, organizados segundo os temas
propostos e as possibilidades de absorção das discussões de
cada ODS.
Agenda Pós-2015 – estratégias de atuação para os Sistemas
Estatísticos Nacionais na América Latina e Caribe
Agenda Pos-2015 – ODS, ODM y Grupos de Trabajo de la CEA
Cuadro comparativo entre los Objetivos de Desarrollo Sostenible, Objetivos de Desarrollo del Milenio y GT Conferencia
Estadística de las Américas
Objetivos de Desarrollo Sostenible – ODS * ODM GT – CEA **País coordenador del
GT
1) Acabar con la pobreza 12 - Armonización de estadísticas de pobreza por ingreso y transferencias públicas
Uruguay y Brasil
2) Empoderamiento de jóvenes y mujeres y alcanzar la igualdad de género
311 - Estadísticas de género 4 - TIC
México, República Dominicana, Chile,
Colômbia y Panamá
3) Providenciar educación de calidad y aprendizaje al largo de la da vida
213 - Estadísticas de infancia y adolescencia 4 - TIC
Panamá y República Dominicana
4) Asegurar vidas saludables 4 13 - Estadísticas de infancia y adolescencia Panamá
5) Asegurar seguridad alimentar y buena nutrición 1
2 - Armonización de estadísticas de pobreza
por ingreso y transferencias públicas 8 - Estadísticas Ambientales 10 - Estadísticas Agropecuarias
Uruguay, México y Brasil
6) Asegurar acceso universal al agua y a servicios de alcantarillado sanitario.
72 - Armonización de estadísticas de pobreza por ingreso y transferencias públicas 8-Estadísticas Ambientales
Uruguay y México
7) Asegurar energía sostenible. 8 - Estadísticas Ambientales México
8) Crear empleos, medios de subsistencia y crecimiento equitativo
6 - Indicadores de Mercado de Trabajo Chile
9) Administrar los activos de recursos naturales de forma sostenible
78 - Estadísticas Ambientales 10-Estadísticas Agropecuarias
México y Brasil
10) Asegurar buena gobernabilidad y instituciones
efectivas8 Seguridad y Criminalidad México
11) Asegurar sociedades estables y pacíficas
12) Crear un propicio ambiente global e incentivar financiamientos de largo plazo
8
Notas: Todos los ODM tienen intersección con los ODS, sin embargo, los ODS tienden a ser más amplios. * Basado en: The Report of the High-Level Panel of Eminent Persons on the Post-2015 Development Agenda – May 2013 ** Fueron considerados los grupos de trabajo de la CEA cuyo tema podría absorber las discusiones de cada ODS; y excluidos de la relación los GTs de la CEA que son transversales: 1-Censos (coord. Venezuela); 2- Encuestas Domiciliares (coord. Ecuador); 5-Acompañamiento de los Objetivos del Milenio (coord. Argentina).
Desafio para os sistemas estatísticos nacionais:
Elaborar indicadores de monitoramento – papel da comunidade
estatística, tendo em vista as capacidades estatísticas nacionais,
disponibilidade e qualidade dos dados.
Agenda Pós-2015 – questões relevantes e estratégias de atuação para os
Sistemas Estatísticos Nacionais na América Latina e Caribe
9. Toma nota con preocupación de la práctica de algunos organismos internacionales que publican información de los países, tales como índices compuestos y modelos, que no toman en cuenta la información oficial producida por las oficinas nacionales de estadística, y contratan empresas privadas que utilizan diseños muestrales insuficientes y metodologías que no respetan los principios fundamentales de las estadísticas oficiales, tales como los principios de calidad y de transparencia metodológica, de fuentes y de programación; 10. Insta a los organismos internacionales a que, al realizar sus estudios y programas, utilicen la información oficial producida por las oficinas nacionales de estadística y cumplan las exigencias técnicas plasmadas en los principios fundamentales de las estadísticas oficiales, aplicando diseños muestrales adecuados y transparentando sus metodologías, sus fuentes y la programación que lleva al cálculo de sus indicadores;
Avanço ................................
RESOLUÇÃO DA VII CONFERÊNCIA ESTATÍSTICA DAS AMÉRICAS