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Janeiro de 2016 Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Panorama Macroeconômico Os mercados globais iniciaram este ano com elevada volatilidade e aumento da aversão ao risco. A correção da bolsa chinesa, a depreciação do renmimbi, a forte queda dos preços das commodities e, consequentemente, os riscos de uma desaceleração mais pronunciada da economia chinesa estão por trás desses movimentos, que afetaram os preços dos ativos em escala global. Entendemos que, somado a isso, a grande maioria das economias vem perdendo dinamismo. De fato, o FMI atualizou recentemente as suas projeções para a economia mundial em 2016 e 2017. Segundo o relatório, o PIB global deverá crescer 3,4% neste ano e 3,6% no próximo, sucedendo expansão de 3,1% em 2015. Apesar da continuidade da recuperação mundial, o reequilíbrio da economia chinesa, o menor preço das commodities e as dificuldades enfrentadas por importantes economias emergentes (notadamente o Brasil e a Rússia) levaram o FMI a rever suas expectativas para baixo. Nesse sentido, os riscos a esse cenário continuam negativos, atrelados, também à normalização monetária nos EUA e ao recrudescimento das tensões geopolíticas em diferentes regiões do mundo. O fundo projeta expansão de 2,1% das economias desenvolvidas em 2016 e 2017. Quanto aos emergentes, a expectativa é de avanço de 4,3% neste ano e 4,7% no próximo. As preocupações relacionadas à condução da política fiscal e as incertezas na esfera política continuam elevadas, mantendo a confiança em patamares baixos. A desaceleração da atividade econômica brasileira ainda não foi interrompida, com piora do mercado de trabalho. A frustração com a arrecadação e a necessidade de aumentar a receita e reduzir as despesas elevam os desafios para o ajuste fiscal. Ao mesmo tempo, os sinais vindos da economia seguem decepcionando, o que nos levou mais uma vez a ajustar nossas projeções para o PIB deste ano, para o qual esperamos retração de 3,5%, após o PIB ter recuado 3,9% no passado, lembrando que o IBGE divulgará esses dados no dia 03 de março. O enfraquecimento da atividade doméstica e a dificuldade em fazer o ajuste das contas públicas além da tendência de apreciação do dólar em escala global e de queda dos preços das commodities devem manter a taxa de câmbio pressionada, que não tem respondido aos fundamentos. Acreditamos que a taxa de câmbio encerrará este ano em R$/US$ 4,00. Diante do fraco desempenho da economia, esperamos que o IPCA mostre alta de 6,9% neste ano. Assim, a descompressão em relação ao ano passado (10,67%), as incertezas no cenário global e a recessão brasileira sustentam a nossa expectativa de que a Selic fechará em 13,25% no final deste ano. AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO Sumário Executivo Soja Preços internacionais devem continuar em baixos patamares dos últimos meses, refletindo os elevados estoques globais. As cotações domésticas, por outro lado, devem seguir em alta, favorecidas pelo dólar valorizado. Milho Com recuo de produção nos EUA e no Brasil, fruto do desvio de área para a soja, os preços internacionais devem seguir em alta, mas que deverá ser moderada, já que a relação estoque consumo está bastante elevada. Preços no mercado doméstico devem continuar em alta, refletindo o recuo de produção no Brasil, o bom volume a ser exportado e o consumo doméstico forte para atender a ampliação da produção de carne avícola. Café As cotações internacionais devem começar a cair, refletindo as estimativas de safra boa no Brasil. Já as cotações domésticas devem continuar elevadas, beneficiadas pelo câmbio depreciado. O movimento ainda deverá continuar volátil, em resposta às próximas notícias sobre o desenvolvimento da lavoura no Brasil e sobre os possíveis efeitos negativos do El Niño sobre as lavouras da Ásia. Boi A combinação de câmbio depreciado com a expectativa de abertura de diversos mercados para a carne bovina brasileira deverá sustentar o movimento de alta das cotações do boi. Já a demanda doméstica contida e os efeitos chuvosos do El Niño sobre as pastagens deverão limitar a alta. Açúcar e Etanol As cotações internacionais do açúcar e os preços domésticos do etanol devem seguir em alta moderada até a entrada da nova safra brasileira de cana em abril. Os preços deverão ser sustentados pelo melhor ajuste entre oferta e demanda global por açúcar e pela demanda doméstica por etanol, diante da elevação de preços da gasolina.

AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCOAGRONEGÓCIO ... › EconomiaEmDia › pdf...da safra passada, que fechou em 19,8%. O 4º levantamento da safra 2015/16, divulgado pela Conab, apontou que

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Janeiro de 2016

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Panorama Macroeconômico

Os mercados globais iniciaram este ano com elevada volatilidade e aumento da aversão ao risco. A correção da

bolsa chinesa, a depreciação do renmimbi, a forte queda dos preços das commodities e, consequentemente, os

riscos de uma desaceleração mais pronunciada da economia chinesa estão por trás desses movimentos, que

afetaram os preços dos ativos em escala global. Entendemos que, somado a isso, a grande maioria das

economias vem perdendo dinamismo. De fato, o FMI atualizou recentemente as suas projeções para a

economia mundial em 2016 e 2017. Segundo o relatório, o PIB global deverá crescer 3,4% neste ano e 3,6% no

próximo, sucedendo expansão de 3,1% em 2015. Apesar da continuidade da recuperação mundial, o reequilíbrio

da economia chinesa, o menor preço das commodities e as dificuldades enfrentadas por importantes economias

emergentes (notadamente o Brasil e a Rússia) levaram o FMI a rever suas expectativas para baixo. Nesse

sentido, os riscos a esse cenário continuam negativos, atrelados, também à normalização monetária nos EUA e

ao recrudescimento das tensões geopolíticas em diferentes regiões do mundo. O fundo projeta expansão de

2,1% das economias desenvolvidas em 2016 e 2017. Quanto aos emergentes, a expectativa é de avanço de

4,3% neste ano e 4,7% no próximo.

As preocupações relacionadas à condução da política fiscal e as incertezas na esfera política continuam

elevadas, mantendo a confiança em patamares baixos. A desaceleração da atividade econômica brasileira ainda

não foi interrompida, com piora do mercado de trabalho. A frustração com a arrecadação e a necessidade de

aumentar a receita e reduzir as despesas elevam os desafios para o ajuste fiscal. Ao mesmo tempo, os sinais

vindos da economia seguem decepcionando, o que nos levou mais uma vez a ajustar nossas projeções para o

PIB deste ano, para o qual esperamos retração de 3,5%, após o PIB ter recuado 3,9% no passado, lembrando

que o IBGE divulgará esses dados no dia 03 de março. O enfraquecimento da atividade doméstica e a

dificuldade em fazer o ajuste das contas públicas – além da tendência de apreciação do dólar em escala global e

de queda dos preços das commodities – devem manter a taxa de câmbio pressionada, que não tem respondido

aos fundamentos. Acreditamos que a taxa de câmbio encerrará este ano em R$/US$ 4,00. Diante do fraco

desempenho da economia, esperamos que o IPCA mostre alta de 6,9% neste ano. Assim, a descompressão em

relação ao ano passado (10,67%), as incertezas no cenário global e a recessão brasileira sustentam a nossa

expectativa de que a Selic fechará em 13,25% no final deste ano.

AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO

Sumário Executivo

Soja – Preços internacionais devem continuar em baixos patamares dos últimos meses, refletindo os elevados

estoques globais. As cotações domésticas, por outro lado, devem seguir em alta, favorecidas pelo dólar

valorizado.

Milho – Com recuo de produção nos EUA e no Brasil, fruto do desvio de área para a soja, os preços

internacionais devem seguir em alta, mas que deverá ser moderada, já que a relação estoque consumo está

bastante elevada. Preços no mercado doméstico devem continuar em alta, refletindo o recuo de produção no

Brasil, o bom volume a ser exportado e o consumo doméstico forte para atender a ampliação da produção de

carne avícola.

Café – As cotações internacionais devem começar a cair, refletindo as estimativas de safra boa no Brasil. Já

as cotações domésticas devem continuar elevadas, beneficiadas pelo câmbio depreciado. O movimento ainda

deverá continuar volátil, em resposta às próximas notícias sobre o desenvolvimento da lavoura no Brasil e sobre

os possíveis efeitos negativos do El Niño sobre as lavouras da Ásia.

Boi – A combinação de câmbio depreciado com a expectativa de abertura de diversos mercados para a carne

bovina brasileira deverá sustentar o movimento de alta das cotações do boi. Já a demanda doméstica contida e os

efeitos chuvosos do El Niño sobre as pastagens deverão limitar a alta.

Açúcar e Etanol – As cotações internacionais do açúcar e os preços domésticos do etanol devem seguir em

alta moderada até a entrada da nova safra brasileira de cana em abril. Os preços deverão ser sustentados pelo

melhor ajuste entre oferta e demanda global por açúcar e pela demanda doméstica por etanol, diante da elevação

de preços da gasolina.

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Fonte e projeção: Conab

Elaboração: BRADESCO

Produção Nacional

de soja

(em mil toneladas)

1991 – 2016

SO

JA

2

SOJA – Preços internacionais devem continuar nos baixos patamares dos últimos meses, refletindo os elevados estoques globais. As cotações domésticas, por outro lado devem seguir em alta, favorecidas pela valorização do dólar em escala global

15.39419.419

25.934 26.160

31.370 32.345

41.917

52.01849.989

55.027

60.01857.162

68.688

75.324

66.383

81.499

86.121

96.228

102.111

8.000

17.000

26.000

35.000

44.000

53.000

62.000

71.000

80.000

89.000

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107.000

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*

em mil toneladasFonte e Projeção: CONAB

Elaboração: BradescoProdução Nacional de Soja 1990 - 2012

Fundamentos

O relatório do USDA divulgado neste mês revisou a estimativa de produção dos EUA de 108,4

milhões de toneladas na safra 2015/2016 para 107,0 milhões de toneladas. As estimativas

permaneceram as mesmas para o Brasil e a Argentina, de 100 e de 57 milhões de toneladas, nessa

ordem. Dessa forma, a relação estoque consumo foi reduzida de 26,4% para 25,2%, porém esse

patamar está no mesmo nível da safra passada (26,2%), que é o mais alto das últimas cinco safras.

No 4º levantamento da Conab para a safra 2015/16, a estimativa para a produção de soja foi revisada

para baixo em 0,3% em comparação com o mês anterior, por conta da piora da expectativa para a

produtividade no Mato Grosso, que vem enfrentando clima seco. A produção agora está estimada em

102,1 milhões de toneladas, ainda assim, uma ampliação de 6,1% ante a safra passada. A soja é o

destaque da atual temporada, sendo a única cultura apontada com elevação de área em resposta à

boa rentabilidade favorecida pelo dólar valorizado. Esse será, portanto, o quarto ano consecutivo que

o Brasil deverá colher safra recorde de soja.

A tendência para os preços internacionais de soja é de continuidade dos baixos patamares

observados nos últimos meses, em resposta aos elevados estoques globais. Já as cotações

domésticas, devem seguir em alta, refletindo a valorização do dólar em escala global.

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

491

546507

436

632

567

989

526

689

542

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1.515

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1.486

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965881

400,0

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PREÇOS INTERNACIONAIS DE SOJA - BOLSA DE CHICAGO - CBOT PREÇO FUTURO 1º VENCTO 2000 - 2010

em US$ cents por bushel

em US$ cents por bushel

Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco•Projeção de preço: média dos preços futuros

de

z/1

6

Produtividade da

lavoura de soja

(em kg por ha)

1991 – 2016

Fonte e (*) projeção: Conab

Elaboração: BRADESCO

Fonte: Deral

Elaboração e Projeção: BRADESCO

Preço de soja em grão ao

produtor – Praça Paraná -

(em R$ por saca de 60 kg)

2002 – 2016

3

Fonte: Bloomberg

Elaboração: Bradesco

Soja - Preço Futuro 1º vencimento

(em US$ cents/bushel)

2000 – 2016

Projeção de preço: média

dos preços futuros

1.580

2.027

2.1502.221

2.175

2.2992.367 2.395

2.751

2.567

2.816

2.339

2.245

2.419

2.816

2.629

2.927

3.115

2.651

2.938

2.854

2.998

3.073

1.500

1.700

1.900

2.100

2.300

2.500

2.700

2.900

3.100

3.300

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2

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3

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6*

em kg por ha Fonte e Projeção: Conab Elaboração: Bradesco Produtividade da lavoura de soja - 1990 - 2012

18,04

26,63

19,98

43,93

32,42

48,15

22,57

28,62

27,03

44,37

39,81

30,59

45,68

40,14

73,92

50,53

61,83

53,38

69,98

66,10

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

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SOJA EM GRÃO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA PR

em R$ por saca de 60 kg Fonte: Deral PR Elaboração e Projeção: Bradesco

de

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

MIL

HO

MILHO – Com recuo da produção nos EUA e no Brasil, fruto do desvio de área para a

soja, os preços internacionais devem seguir em alta, mas que deverá ser moderada, já

que a relação estoque consumo está bastante elevada. Preços no mercado doméstico

devem continuar em alta, refletindo o recuo de produção no Brasil, o bom volume a

ser exportado e o consumo doméstico forte para atender a ampliação da produção de

carne avícola

Fonte e (*) projeção: Conab

Elaboração : BRADESCO

Produção Nacional

de milho

(em mil toneladas)

1991 – 2016

4

24.096

30.77133.174

37.44235.716

32.393

42.290

35.281

47.411

42.129

35.007

42.515

51.370

58.652

51.004

56.01857.407

72.980

81.506 80.052

84.67382.328

20.000

30.000

40.000

50.000

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*

em mil toneladas Fonte e Projeção: ConabProdução Nacional de Milho - 1991 - 2012

Fundamentos

O USDA revisou para baixo a estimativa de produção de milho nos EUA para a safra 2015/16, passando

de 346,8 milhões de toneladas para 345,5 milhões de toneladas. Assim, a atual safra norte-americana de

milho será menor em 4,3% ante a safra passada, em razão do desvio de área para a soja. O USDA

manteve a expectativa para a produção na Argentina, em 25,6 milhões de toneladas, e no Brasil, em 81,5

milhões de toneladas. Com isso, a relação estoque consumo, de 21,6% no mês atual, permanece acima

da safra passada, que fechou em 19,8%.

O 4º levantamento da safra 2015/16, divulgado pela Conab, apontou que a área plantada com milho 1ª

safra deverá recuar 7,8% ante a safra passada, cedendo espaço para a soja. Em comparação ao

levantamento do mês anterior, a estimativa de produção de milho na 1ª safra foi revisada para cima em

1,0%, favorecida pela melhora da expectativa para a produtividade. A estimativa para a área a ser

plantada com a 2ª safra não foi alterada, tendo em vista que o plantio só começará em fevereiro. Assim,

a produção total de milho está estimada em 82,3 milhões de toneladas, o que representa recuo de 2,8%

ante a safra passada. A estimativa para a 1ª safra é de 27,8 milhões de toneladas e para a 2ª safra é de

54,6 milhões de toneladas.

Diante da piora do mercado de trabalho e do aperto no orçamento familiar, o consumidor está fazendo a

troca da carne bovina pela de frango, que tem preços mais acessíveis. Esse movimento está ampliando a

demanda por milho, principal grão utilizado na ração de aves. Nesse sentido, a Conab estima elevação

de 4% do consumo doméstico de milho neste ano, devendo alcançar 58,2 milhões de toneladas. Com o

mercado doméstico forte, o volume destinado às exportações deverá cair de 30,9 milhões para 28

milhões de toneladas, queda de 9,3%. De todo modo, ainda é um volume elevado de embarques,

correspondente a 34% da produção brasileira, ante 36,5% registrado na safra passada.

O recuo de produção nos EUA e no Brasil deve favorecer a alta de preços internacionais de milho, mas a

alta deverá ser muito moderada, já que a relação estoque consumo está bastante elevada. As cotações

domésticas devem continuar em alta, refletindo a safra menor no Brasil, o bom volume a ser exportado

(embora menor do que a safra passada), e o consumo doméstico forte para atender a ampliação da

produção de carne avícola.

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Produtividade –

milho

(em kg por ha)

1991 – 2016

Fonte: Conab

Elaboração : BRADESCO

Fonte: Deral

Elaboração e Projeção: BRADESCO

Preço de milho ao

produtor – Praça

Paraná

(em R$ por saca de

60 kg)

2000 – 2016

5

Milho - Preço Futuro 1º vencimento

(em US$ cents por

bushel)

2000 – 2016

Projeção de preço: média

dos preços futuros

Fonte: Bloomberg

Elaboração: Bradesco

217

235

267

215

316

237

413

326

493

711

418

322

347

546

750

598

766

661

440

502

337367

379

160

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Milho - Bolsa de Chicago - CBOTPreço futuro 1º vencimento

Em US$ cents por bushelFonte: Bloomberg Elaboração e Projeção: Bradesco

de

z/1

6

1.791

2.1942.3492.344

2.622

2.356

2.5882.6502.5892.480

3.260

2.864

3.585

3.296

2.867

3.279

3.655

3.972

3.599

4.3114.158

4.808

5.1495.057

5.396 5.411

1.500

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em kg por ha Produtividade - Milho - 1991 - 2012

11,95

7,05

11,40

22,28

18,96

16,26

10,44

14,14

24,94

13,07

19,96

26,92

17,26

23,29

17,8419,17

24,34

5,0

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20,0

25,0

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/12

jan

/13

jan

/14

jan

/15

jan

/16

Preço pago ao produtor de milho - Paraná Fonte: DeralElaboração e Projeção:

Em R$ por saca de 60 kg Fonte: DeralElaboração e Projeção:

Em R$ por saca de 60 kg

de

z/1

6

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Fundamentos

O relatório do USDA divulgado em meados de dezembro reduziu a estimativa da produção brasileira

para a safra 2015/16 de 52,4 milhões de sacas, estimadas em junho, para 49,4 milhões de sacas em

dezembro, refletindo os efeitos da estiagem que assolou a região Sudeste no ano passado. Assim, para

a safra global, o USDA reduziu a estimativa de 152,7 milhões de sacas para 150,1 milhões de sacas

entre os levantamentos de junho e de dezembro do ano passado, refletindo principalmente a revisão

baixista para o Brasil. Isso ajudou a sustentar os preços do café. Para o Vietnã, que produz café robusta,

o USDA estimou ampliação da produção de 28,6 para 29,3 milhões de sacas entre os dois

levantamentos. No entanto, a Vicofa, associação local dos cafeicultores estima produção de 18 milhões

de sacas, em resposta aos baixos preços recebidos na safra anterior que desincentivou o cultivo.

Importante lembrar que a safra 2015/16 está em fase de colheita no Vietnã e na Colômbia, ao passo que

no Brasil já está finalizada. A colheita da safra 2016/17 no Brasil terá início em maio. Como apontado

pelos serviços de meteorologia, o El Niño deverá trazer estiagem nas regiões equatoriais, podendo

comprometer a safra de países produtores de café como Vietnã, Indonésia e Colômbia.

A Conab divulgou neste mês o 1º levantamento da safra 2016/17. Esta será safra de alta bienalidade. A

safra total de café no Brasil está estimada em 50,5 milhões de sacas de 60 quilos, uma alta de 16,9%

ante o volume de 43,2 milhões de sacas da safra passada. A produção de arábica está estimada em

38,8 milhões de sacas, com incremento de 21,1% ante a safra passada, que somou 32,1 milhões de

sacas. A ampliação da produção resulta do clima mais favorável e do incremento de área plantada em

6,6% em Minas Gerais, 4,5% no Paraná e 1,0% em São Paulo. Apesar da ampliação de área no Paraná,

a Conab estima queda de 18,6% da produção no estado, já que a safra passada foi muito boa,

beneficiada pela recuperação de produtividade depois de dois anos de quebra. A produção de robusta

está estimada em 11,7 milhões de sacas, um acréscimo de 4,9% ante a safra passada, que alcançou

11,2 milhões de sacas. A ampliação será possível pelo incremento de 6,5% da área plantada na Bahia,

com expansão de 55,1% da produção esperada de robusta no estado. No Espírito Santo, principal

estado produtor de robusta, a área foi reduzida em 7,5%, como resultado das dificuldades enfrentadas

pelos produtos com as variâncias climáticas do ano passado. Mesmo assim, a produtividade será melhor

neste ano e a estimativa da Conab para o estado é de leve recuo de 0,8% da produção.

Nos próximos meses as atenções estarão concentradas no desenvolvimento das plantas no Brasil e na

evolução do El Niño nos países asiáticos. Há risco de quebra para as lavouras de café nas regiões

produtoras da Indonésia e Índia, que estarão em período de desenvolvimento a partir de outubro,

podendo sofrer com os efeitos da estiagem trazidos pelo El Niño para a região.

Com as estimativas de boa safra no Brasil, as cotações internacionais de café devem começar a cair.

Preços em reais devem continuar altos, favorecidos pelo câmbio. A volatilidade seguirá presente, dada

pelas notícias sobre o desenvolvimento da lavoura no Brasil e sobre os possíveis efeitos negativos do El

Niño sobre as lavouras da Ásia.

CAFÉ – As cotações internacionais devem começar a cair, refletindo as estimativas de

safra boa no Brasil. Já as cotações domésticas devem continuar elevadas. A

volatilidade seguirá presente, em resposta às próximas notícias sobre o

desenvolvimento da lavoura no Brasil e sobre os possíveis efeitos negativos do El Niño

sobre as lavouras da Ásia

Produção Nacional de

Café

(em mil sacas de 60 kg)

1995 – 2016

Fonte e projeção (*): Conab

Elaboração: Bradesco

CA

6

26,000

16,800

27,500

18,860

34,547

27,170

31,100

28,137

48,480

28,820

39,272

32,944

42,512

36,070

45,992

39,470

48,095

43,484

50,82649,152

45,342

43,235

11,000

21,000

31,000

41,000

51,000

61,000

94/9

5

95/9

6

96/9

7

97/9

8

98/9

9

99/0

0

00/0

1

01/0

2

02/0

3

03/0

4

04/0

5

05/0

6

06/0

7

07/0

8

08/0

9

09/1

0

10/1

1

11/1

2

12/1

3

13/1

4

14/1

5

15/1

6*

Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: BradescoProdução Nacional de Café - 1994 - 2012mil sacas de 60 kg

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Fonte: CEPEA ESALQ Elaboração: Bradesco

Preço Café Arábica

(em R$ por saca de 60 kg)

2000 – 2016

Projeção de preço: média

dos preços futuros BMF

7

Fonte: Bloomberg

Elaboração: Bradesco

Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento

(em US$ cents por libra

peso)

2000 – 2016

Projeção de preço: média

dos preços futuros 115,06

63,07 65,95

67,78

99,48

127,53

96,55

131,18

152,04

108,67

142,45

204,99

272,07

180,03

150,03

117,62

197,02

118,14

120,60

25,0

75,0

125,0

175,0

225,0

275,0

325,0

jan

/00

jan

/01

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/02

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/12

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/15

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/16

Projeção de preço: média dos preços futurosCafé em grão - Bolsa de Nova York - NYBOT

2000 - 2010Em US$ cents por libra peso

Fonte: Bloomberg Elaboração:

de

z/1

6

223,6239,8

337,0

230,4

291,4

245,8

269,8

247,5

328,0

530,8

457,8408,6

247,7

366,3

480,1

424,0

479,3

537,7

525,0

90,0

140,0

190,0

240,0

290,0

340,0

390,0

440,0

490,0

540,0

590,0

jan

/00

jan

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Café Arábica - Preço ao Produtor - Praça São Paulo 2000 - 2012Em R$ por saca 60 kg Fonte: Cepea EsalqElaboração e Projeção: Bradesco

de

z/1

6

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

104.974

120.133

80.000

90.000

100.000

110.000

120.000

130.000

140.000

150.000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Exportações Brasileiras de carne bovina - 2010 - 2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco

2013

2014

2015

BO

I

BOI – A combinação de câmbio depreciado com a expectativa de abertura de

diversos mercados para a carne bovina brasileira deverá sustentar o

movimento de alta das cotações do boi. Já a demanda doméstica contida e

os efeitos chuvosos do El Niño sobre as pastagens deverão limitar a alta

Fundamentos

Em resposta ao câmbio em nível mais depreciado, os volumes embarcados de carne bovina passaram a

expandir a partir do início do segundo semestre do ano passado. Ainda assim, as exportações em

volume caíram 13,3% em 2015, refletindo o recuo de 47,9% e 40,4% das compras por parte da Rússia e

da Venezuela, respectivamente, que sofrem os efeitos da retração dos preços do petróleo e da

desvalorização da moeda local ante o dólar.

Neste ano, a depreciação do Real continuará incentivando a ampliação dos embarques. Some-se a isso

dois aspectos bastante relevantes: (i) a abertura de diversos mercados para a carne bovina brasileira:

EUA, China, Japão, África do Sul, Iraque, Irã, Arábia Saudita e ainda serão foco de negociações países

da América Central e da Ásia, como Tailândia e Indonésia; (ii) o recuo das exportações australianas

para países asiáticos em razão do menor volume de animais prontos para abate. O USDA estima

expansão de 9,2% dos volumes embarcados de carne bovina pelo Brasil neste ano. Já a Abiec, entidade

que reúne os exportadores de carne, estima elevação de 25%.

Se, de um lado teremos demanda por carne, do lado da oferta também poderemos contar com

ampliação. Isso porque a retenção de fêmeas, que já vinha ocorrendo desde 2014 no Brasil, eleva o

potencial de aumento da oferta de bezerros em 2016. Após o pico registrado em maio, os preços do

bezerro passaram a cair, acumulando recuo de 7% até dezembro.

O consumo doméstico por carne tende a arrefecer, em resposta à piora do mercado de trabalho e da

renda. O movimento de preços de carnes no atacado dá indícios de que o consumidor está trocando o

consumo de carne bovina de 2ª pela carne de frango. Desde meados do ano passado até o início de

janeiro, os preços da carne de 2ª caíram em média 5%, ao passo que os preços da carne de frango

subiram 16% no mesmo período.

A expectativa de ampliação das exportações neste ano, impulsionadas pelo câmbio depreciado e pela

abertura de novos mercados, deverá sustentar as cotações do boi gordo em elevados patamares. Em

sentido contrário, outros fatores deverão exercer pressão de baixa, como a fraca demanda doméstica e

o maior regime de chuvas, que contribuirá para a boa manutenção dos pastos.

8

Exportações

brasileiras de carne

bovina

(em mil toneladas)

2013 – 2015

FONTE: SECEX

ELABORAÇÃO: BRADESCO

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Boi Gordo – Preço ao

Produtor – Praça São Paulo

(em R$ por arroba)

2002 – 2016

FONTE: CEPEA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

9

Projeção de preço: média

dos preços futuros BMF

BOVESPA

Abate de bois

em mil cabeças

2013 - 2015

FONTE: MAPA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

2.294

2.485

2.2562.208

2.079

1.800

2.000

2.200

2.400

2.600

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Abates mensais de boi - 2010 - 2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco

2013

2014

2015

42,2

51,7

61,8

93,3

74,5

109,6106,9

90,897,0

108,4

125,2

150,7

149,7

158,8

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

180,0

jan

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jan

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/15

jan

/16

BOI GORDO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA SP

Em R$ por arroba (15 kg)Fonte: Cepea EsalqElaboração e Projeção: Bradesco

de

z/1

6

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

222.429 223.460240.944

287.810

314.969

257.592

320.650

359.316

431.413

474.800

559.432

604.514623.905

560.364

588.916

658.822

634.767

658.702

150.000

250.000

350.000

450.000

550.000

650.000

90

/91

91

/92

92

/93

93

/94

94

/95

95

/96

96

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97

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98

/99

99

/00

00

/01

01

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03

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05

/06

06

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07

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08

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09

/10

10

/11

11

/12

12

/13

13

/14

14

/15

15

/16

*

mil toneladasProdução Nacional de Cana-de-Açúcar - 1990 - 2013

Fonte e projeção : Conab Elaboração. Bradesco

AÇÚCAR E ETANOL – As cotações internacionais do açúcar e os preços

domésticos do etanol devem seguir em alta moderada até a entrada da nova

safra brasileira de cana, em abril. Os preços deverão ser sustentados pelo melhor ajuste entre oferta e demanda global por açúcar e pela demanda

doméstica por etanol, diante da elevação de preços da gasolina

Fundamentos

No último relatório divulgado em dezembro, a Conab apontou que a produção de cana deve atingir 658,7

milhões de toneladas na safra 2015/2016, o que representa alta de 3,8% em relação à safra passada.

Em relação ao levantamento de agosto, houve leve melhora na estimativa de produção, passando de

655,2 milhões para 658,7 milhões de toneladas, refletindo a melhora climática.

Com a forte expansão do consumo doméstico de etanol, em razão da elevação de preços da gasolina, a

moagem de cana está mais voltada para o etanol na atual safra. Entre agosto e dezembro, a estimativa

para a produção de açúcar foi reduzida em 7,2%, passando de 37,3 milhões para 34,6 milhões de

toneladas, enquanto a estimativa de produção de etanol subiu 2,4%, de 28,5 milhões para 29,2 milhões

de litros no mesmo período. Com isso, em relação à safra passada, a produção de açúcar é 2,7% menor

e a produção de etanol total é 1,9% maior. A produção de etanol hidratado é 7,4% maior do que a safra

passada.

O levantamento divulgado pelo USDA em novembro trouxe melhor ajuste entre oferta e demanda

globais, com a relação estoque consumo passando de 26% na safra passada para 22,9% na atual.

Consultorias internacionais especializadas estão apontando que, após cinco anos gerando superávits

globais, a indústria de açúcar deverá apresentar déficit.

Segundo a Unica, faltando três meses para a finalização do processamento da safra 2015/16 de cana,

foram moídos no Centro-Sul 4,6% a mais de cana ante o ano passado. Na mesma comparação a

produção de açúcar está 4,4% menor e a de etanol anidro (misturado na gasolina) está 3,4% mais baixa.

Já a produção de etanol hidratado, usado diretamente nos veículos flex, está 10,9% maior para atender

ao forte incremento de consumo após a elevação do preço da gasolina.

Segundo a ANP, até novembro, as vendas de etanol hidratado cresceram 40,1% ante o mesmo período

do ano passado, enquanto as vendas de gasolina caíram 7,5% no mesma base de comparação.

Os preços internacionais de açúcar começaram a subir a partir de agosto, refletindo uma combinação de

fatores: (i) notícias divulgadas por consultorias especializadas de que a safra atual terá déficit global de

açúcar; (ii) clima mais chuvoso nas regiões produtoras na fase final do processamento, prejudicando a

moagem e (iii) aumento dos preços da gasolina nas refinarias em 6% no final de setembro,

impulsionando a demanda por etanol.

Em resposta à ampliação da demanda por etanol, diante da elevação de preços da gasolina e do melhor

ajuste entre oferta e demanda global por açúcar, as cotações internacionais da commodity devem

continuar em elevação moderada. Os preços do etanol devem seguir pressionados, até a entrada da

nova safra em abril, favorecidos pela demanda robusta e pelo aumento de preços da gasolina.

10

ÚC

AR

E

ETA

NO

L

Produção nacional de

cana-de-açúcar

em mil toneladas

1991 – 2016

Fonte e projeção (*): Conab

Elaboração: Bradesco

Safra 15/16 Mil ton Var. Abs. Var. %

1º Levantamento Abr/15 654.613

2º Levantamento Ago/15 655.159 546 0,1%

3º Levantamento Dez/15 658.702 3.543 0,5%

4º Levantamento Abr/16

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Preço de Etanol Hidratado

(em R$ por metro cúbico)

2012 - 2016

FONTE: BMF BOVESPA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

11

Preços internacionais de

açúcar

(em US$ cents por

bushel)

2000 – 2016

Projeção de preço: média

dos preços futuros

FONTE: BLOOMBERG

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Produção nacional de

açúcar (em mil toneladas)

Produção nacional de

etanol (em mil litros)

1994 – 2016

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Projeção de preço: preços

futuros BMF BOVESPA

11.700

19.380

16.020

27.500

38.168

35.968

37.878

35.56034.613

12.692

13.078

10.518

14.640

23.007

25.763

27.595

23.640

28.660 29.215

8.000

15.000

22.000

29.000

36.000

43.000

93

/94

94

/95

95

/96

96

/97

97

/98

98

/99

99

/00

00

/01

01

/02

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03

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04

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05

/06

06

/07

07

/08

08

/09

09

/10

10

/11

11

/12

12

/13

13

/14

14

/15

15

/16

*

Açúcar em mil toneladasEtanol em mil litros

Fonte e (*) Projeção: Conab Elaboração: Bradesco

Produção nacional de açúcar e de etanol 1993 – 2013

AÇÚCAR

ÁLCOOL

5,6

10,7

9,0 8,8

6,3

9,0

8,4

17,9

8,9

13,1

11,3

28,4

14,6

32,1

21,9

29,5

24,9

17,7

15,4

10,7

14,9

13,96

3,0

9,0

15,0

21,0

27,0

33,0

jan

/00

jan

/01

jan

/02

jan

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jan

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/13

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/15

jan

/16

Preços internacionais de açúcar – NYBOT – Preço futuro 1º Vencto 2000 – 2013Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco

Em US$ cents por libra peso

de

z/1

6

1.062

1.291

1.025

1.146

1.225

1.354

1.150

1.136

1.076

1.316

1.1921.148

1.353

1.590

1.708

1.770

1.455

1.470

920

1.020

1.120

1.220

1.320

1.420

1.520

1.620

1.720

1.820

jan

/12

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2m

ar/

12

ab

r/12

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2ju

n/1

2ju

l/12

ag

o/1

2set/

12

ou

t/12

no

v/1

2d

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12

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3m

ar/

13

ab

r/13

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3ju

n/1

3ju

l/13

ag

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3set/

13

ou

t/13

no

v/1

3d

ez/

13

jan

/14

fev/1

4m

ar/

14

ab

r/14

mai/1

4ju

n/1

4ju

l/14

ag

o/1

4set/

14

ou

t/14

no

v/1

4d

ez/

14

jan

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fev/1

5m

ar/

15

ab

r/15

mai/1

5ju

n/1

5ju

l/15

ag

o/1

5set/

15

ou

t/15

no

v/1

5d

ez/

15

jan

/16

fev/1

6m

ar/

16

ab

r/16

mai/1

6ju

n/1

6ju

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16

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no

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6

em R$ por metro cúbico

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

FONTE: Bloomberg

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Posições não

comerciais e preços

internacionais de soja

2010 - 2016

FONTE: Bloomberg

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Posições não

comerciais e preços

internacionais de milho

2010 - 2016

FONTE: Bloomberg

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Posições não comerciais

e preços internacionais

de café

2010 - 2016

Acompanhamento das posições não comerciais

-27264

192117

-24414

260.845

46.808

168.209

-130.404

-20775

1.613

940,8 922,5

-160.000

-120.000

-80.000

-40.000

0

40.000

80.000

120.000

160.000

200.000

240.000

280.000

0

200

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1.000

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jan

/10

ab

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ab

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jan

/13

ab

r/13

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ou

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ab

r/14

jul/14

ou

t/14

jan

/15

ab

r/15

jul/15

ou

t/15

jan

/16

US$ c / bushel em número de contratos

posição não comercial

preço soja

16-j

un

-09

-66.274

385.009

80.111

149.456

-113.383

-15328

746,8

789,5

545,3

340,5

360

-300000

-200000

-100000

0

100000

200000

300000

400000

500000

150

250

350

450

550

650

750

850

jan

/10

set/

10

mai/1

1

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/12

set/

12

mai/1

3

jan

/14

set/

14

mai/1

5

jan

/16

US$ cents por bushel

posição não comercial

preço milho

46.478

50.224

38.200

-2147

281,7

208,9

168,3

125,25

-30.000

-20.000

-10.000

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

-20

30

80

130

180

230

280

330

380

jan

/10

mar/

10

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0

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10

no

v/1

0

jan

/11

mar/

11

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1

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11

no

v/1

1

jan

/12

mar/

12

mai/1

2

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12

no

v/1

2

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/13

mar/

13

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3

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no

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3

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mar/

14

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4

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14

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4

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5

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15

no

v/1

5

jan

/16

Posições Não Comerciais e Preços Internacionais de café - 2007 - 2014 - Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco

posição não comercial Café

16-j

un

-09

US$ c / libra em número de contratos

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

SO

JA

Complexo Soja

Da soja em grão produzida no Brasil, 43% do volume é exportado e 57% é destinado à moagem. O

processo de moagem resulta em 72% de farelo e 18% de óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas.

Do farelo produzido, 50% são exportados e, do óleo, 20% são embarcados.

A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%.

Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável.

No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos, como mortadelas e salsichas, e

cerca de 80% são utilizados na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e

suínos.

Países de destino

Grão: 75% China, 15% Europa, 10% outros países asiáticos.

Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos.

Óleo: 50% China, 20% Índia.

Sazonalidade

Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio.

Regionalização

Centro-Oeste: 49%; Sul 33%; 8% Nordeste; 6% Sudeste

Ranking

O Brasil é o segundo maior player global na produção, com 30,8%, atrás dos EUA, com 31,5%, mas é o

maior exportador, com 40,7% do total, seguido pelos EUA, com 39,3%.

Retrato do mercado

13

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações, o produto

representa:

64% da avicultura

65% da suinocultura

23% da pecuária de leite

Países de destino

As exportações de milho respondem por 32% do volume produzido. Os principais mercados de destino

são: 20% Vietnã, 16% Irã, 7% Taiwan.

Sazonalidade

O milho tem duas safras:

Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e

maio. Representa 40% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 45% Sul; 26% Sudeste; 10%

Centro-Oeste; 15% Nordeste.

Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro.

Responde por 60% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 64,3% Centro-Oeste; 23% Sul

(somente Paraná); 6% Nordeste (somente Bahia); 5% Sudeste.

Ranking

O Brasil é o terceiro maior produtor global, com 7% de participação no mercado e o segundo maior

exportador, com 18% de participação.

MIL

HO

Retrato do mercado

14

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

O Brasil exporta 67% do café produzido, sendo 90% de café verde e 10% de café solúvel

A cultura de café tem elevados custos com mão de obra, que representam cerca de 52% dos custos

totais, pois a maior parte da colheita é manual.

Países de destino

Café verde: 19,3% EUA; 18,8% Alemanha; 10% Japão.

Café solúvel: 16,3% EUA; 13,5% Rússia; 6,4% Ucrânia.

Regionalização

Distribuição regional da produção de café arábica:

71,5% Minas Gerais

10,5% São Paulo

9,1% Espírito Santo

4,3% Paraná

2,8% Bahia

Distribuição regional da produção de café robusta:

75,6% Espírito Santo

12,5% Rondônia

6,7% Bahia

2,6% Minas Gerais

Sazonalidade

A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se

estende até setembro.

Ranking

O Brasil é o maior player global, com participações de 37% na produção e de 27% na exportação. Os

demais players, como Vietnã e Colômbia, têm baixo consumo interno, ao contrário do Brasil, que

responde por 15% do consumo mundial. C

AF

É

Retrato do mercado

15

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para

abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideais

para o abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro.

As exportações respondem por 20% da produção nacional de carne bovina.

Países de destino

A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com

participação de 22%. Hong Kong responde por 18%.

Regionalização

Os abates de bovinos têm a seguinte distribuição regional: 36,4% Centro-Oeste; 20,4% Sudeste; 20,1%

Norte; 12,3 Sul; 10,8% Nordeste.

Ranking

O Brasil é o segundo maior produtor global de carne bovina, com 16,9% de participação, antecedido

pelos EUA, que representam 19,1%.

O Brasil é o maior exportador mundial, com 21% do mercado.

Sazonalidade

O ciclo da pecuária bovina é longo – 2,5 anos, contando desde o nascimento do bezerro até o abate do

animal com aproximadamente 15 arrobas.

O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto,

alimentado à base de capim.

O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde

por apenas 5% do total de abates.

A safra bovina ocorre no primeiro semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens

abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores.

A entressafra bovina ocorre no segundo semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam

as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços se elevam

nesse período, pois a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No

pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado.

Nos confinamentos há dois turnos:

1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro

2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro

BO

I

Retrato do mercado

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Complexo Sucroalcooleiro

Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destinam à produção de açúcar e 54% à produção de

etanol.

O açúcar tem a seguinte destinação: 70% exportação e 30% mercado doméstico. O etanol tem a

seguinte destinação: 10% exportação e 90% mercado interno.

Do total de etanol produzido, o hidratado representa 55% (usado como combustível nos carros flex fuel)

e o anidro 45% (misturado à gasolina na proporção de 20% a 25%).

O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de

70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável.

Países de destino

Açúcar Bruto (73% da produção) : 15% China; 8% Bangladesh;

Açúcar Refinado (27% da produção): Principais países: Países árabes e africanos;

Etanol: 60% EUA; Coreia do Sul 13%.

Sazonalidade

A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da cana é de 18 meses, e da

mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média.

O período de colheita da ocorre entre abril e novembro. Nesse período, as usinas operam 24 horas.

Entre os meses de janeiro e março as plantas industriais são desmontadas para manutenção.

O Brasil é o único grande player mundial com safra no primeiro semestre do ano. Os demais produtores

relevantes (EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália) têm início de safra a partir do segundo semestre.

Regionalização

65% Sudeste; 16,8% Centro-Oeste; 10,3% Nordeste; 7,3% Sul.

Ranking

O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, com participação de 22,2%. Os demais players são:

Índia 15%; União Europeia 9,2%; China 8,5%; Tailândia 6,2%.

O Brasil é o maior exportador, com participação de 46% no mercado global. Os demais exportadores

são: Tailândia 15%; Austrália 5,4%.

Os maiores produtores mundiais de etanol são: 57% EUA e 27% Brasil.

ÚC

AR

E

ETA

NO

L

Retrato do mercado

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Economia Internacional: Fabiana D’Atri / Felipe Wajskop França / Daniela Cunha de Lima / Thomas Henrique Schreurs Pires

Economia Doméstica: Igor Velecico / Andrea Bastos Damico / Ellen Regina Steter / Myriã Tatiany Neves Bast / Ariana

Stephanie Zerbinatti

Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Leandro de Oliveira Almeida

Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Leandro Câmara Negrão / Ana Maria Bonomi Barufi

Estagiários: Gabriel Marcondes dos Santos/ Wesley Paixão Bachiega / Carlos Henrique Gomes de Brito/ Gustavo Assis

Monteiro

Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos

Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo

O DEPEC – BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO).

Equipe Técnica

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