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Março de 2013 Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Panorama Macroeconômico Os mercados externos reagiram de forma negativa no último mês, com ajuste nos preços de alguns ativos. Esta correção nas expectativas, que se mostravam muito positivas no início do ano, foi impulsionada principalmente pelo desfecho desfavorável das eleições na Itália, que trouxe à tona os riscos da região europeia. Além disso, devemos considerar também a efetivação da contração fiscal nos EUA, por conta do “sequestro” de recursos orçamentários, e as novas medidas adotadas pelo governo chinês para desacelerar o setor imobiliário. Ainda que nossa visão seja de que a recuperação da economia global seguirá em curso, alguma moderação desta retomada poderá ser observada nos próximos meses. Em fevereiro, as commodities devolveram o movimento de alta observado no mês anterior. Olhando para frente, trabalhamos com um cenário no qual as metálicas e o petróleo tendem a reagir para cima, em linha com a retomada esperada da economia mundial, enquanto as agrícolas podem cair adicionalmente, caso os riscos climáticos não se materializem. O PIB brasileiro do quarto trimestre registrou expansão de 0,6% na margem, principalmente por conta do setor de serviços, fechando 2012 com crescimento de 0,9%. Os indicadores disponíveis para o primeiro trimestre apontam para aceleração da atividade, por conta da indústria de transformação e da agricultura, enquanto o setor de serviços deverá apresentar alguma moderação. A retomada dos investimentos também terá continuidade, especialmente por conta das vendas de caminhões. Do lado da inflação, alimentação seguiu explicando pela grande parte das surpresas de alta, mas também houve pressão acima da esperada de forma mais difusa em serviços e bens industrializados. Nos meses à frente, acreditamos em desaceleração da inflação, refletindo a descompressão de alimentação e os efeitos da desoneração da cesta básica, anunciada recentemente, o que nos fez revisar a projeção do IPCA de 5,40% para 5,25%. Este cenário de retomada moderada da economia e alívio da inflação nos levar a crer que a taxa de juros seguirá neste ano em 7,25% a.a. Por fim, mantemos nossa projeção para a taxa de câmbio, que tem mostrado certa apreciação nas últimas semanas e deve terminar este ano cotada em R$/US$ 2,02. AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO Sumário Executivo Soja Apesar das revisões para baixo nas safras brasileira e argentina, essas ainda serão recordes, o que deverá acomodar as cotações. Os próximos meses serão de volatilidade, refletindo as preocupações com o desenvolvimento do clima nas lavouras do Hemisfério Sul. Milho Produção recorde de milho no Brasil deverá pressionar os preços domésticos para baixo. Evolução do clima durante a finalização do plantio da 2ª safra deverá trazer volatilidade às cotações. Café As expectativas de boa safra no Brasil, mesmo em ano de baixa bienalidade, deverão manter os preços acomodados nos níveis atuais. Boi As exportações em alta e a demanda interna estável, em nível elevado, deverão impedir retração acentuada das cotações, mas a elevada oferta de boi gordo deverá levar à retração das cotações nos próximos meses. Açúcar e Etanol Cotações do açúcar sem expectativas de alta, refletindo a expressiva safra brasileira. Preços do etanol devem cair com a entrada da safra em abril, mas devem assumir movimento de alta nos meses seguintes, por conta da elevação da mistura na gasolina e da expansão das exportações para os EUA.

AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCOAGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO€¦ · devemos considerar também a efetivação da contração fiscal nos EUA, por conta do “sequestro” de recursos orçamentários,

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Page 1: AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCOAGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO€¦ · devemos considerar também a efetivação da contração fiscal nos EUA, por conta do “sequestro” de recursos orçamentários,

Março de 2013

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Panorama Macroeconômico

Os mercados externos reagiram de forma negativa no último mês, com ajuste nos preços de alguns ativos. Esta

correção nas expectativas, que se mostravam muito positivas no início do ano, foi impulsionada principalmente

pelo desfecho desfavorável das eleições na Itália, que trouxe à tona os riscos da região europeia. Além disso,

devemos considerar também a efetivação da contração fiscal nos EUA, por conta do “sequestro” de recursos

orçamentários, e as novas medidas adotadas pelo governo chinês para desacelerar o setor imobiliário. Ainda

que nossa visão seja de que a recuperação da economia global seguirá em curso, alguma moderação desta

retomada poderá ser observada nos próximos meses. Em fevereiro, as commodities devolveram o movimento

de alta observado no mês anterior. Olhando para frente, trabalhamos com um cenário no qual as metálicas e o

petróleo tendem a reagir para cima, em linha com a retomada esperada da economia mundial, enquanto as

agrícolas podem cair adicionalmente, caso os riscos climáticos não se materializem.

O PIB brasileiro do quarto trimestre registrou expansão de 0,6% na margem, principalmente por conta do setor

de serviços, fechando 2012 com crescimento de 0,9%. Os indicadores disponíveis para o primeiro trimestre

apontam para aceleração da atividade, por conta da indústria de transformação e da agricultura, enquanto o

setor de serviços deverá apresentar alguma moderação. A retomada dos investimentos também terá

continuidade, especialmente por conta das vendas de caminhões. Do lado da inflação, alimentação seguiu

explicando pela grande parte das surpresas de alta, mas também houve pressão acima da esperada de forma

mais difusa em serviços e bens industrializados. Nos meses à frente, acreditamos em desaceleração da

inflação, refletindo a descompressão de alimentação e os efeitos da desoneração da cesta básica, anunciada

recentemente, o que nos fez revisar a projeção do IPCA de 5,40% para 5,25%. Este cenário de retomada

moderada da economia e alívio da inflação nos levar a crer que a taxa de juros seguirá neste ano em 7,25% a.a.

Por fim, mantemos nossa projeção para a taxa de câmbio, que tem mostrado certa apreciação nas últimas

semanas e deve terminar este ano cotada em R$/US$ 2,02.

AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO

Sumário Executivo Soja

Apesar das revisões para baixo nas safras brasileira e argentina, essas ainda serão recordes, o que deverá

acomodar as cotações. Os próximos meses serão de volatilidade, refletindo as preocupações com o

desenvolvimento do clima nas lavouras do Hemisfério Sul.

Milho

Produção recorde de milho no Brasil deverá pressionar os preços domésticos para baixo. Evolução do clima

durante a finalização do plantio da 2ª safra deverá trazer volatilidade às cotações.

Café

As expectativas de boa safra no Brasil, mesmo em ano de baixa bienalidade, deverão manter os preços

acomodados nos níveis atuais.

Boi

As exportações em alta e a demanda interna estável, em nível elevado, deverão impedir retração acentuada

das cotações, mas a elevada oferta de boi gordo deverá levar à retração das cotações nos próximos meses.

Açúcar e Etanol

Cotações do açúcar sem expectativas de alta, refletindo a expressiva safra brasileira. Preços do etanol devem

cair com a entrada da safra em abril, mas devem assumir movimento de alta nos meses seguintes, por conta

da elevação da mistura na gasolina e da expansão das exportações para os EUA.

Page 2: AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCOAGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO€¦ · devemos considerar também a efetivação da contração fiscal nos EUA, por conta do “sequestro” de recursos orçamentários,

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

15.394

19.419

25.934 26.160

31.370 32.345

41.917

52.01849.989

55.027

60.018

57.162

68.688

75.324

66.383

82.064

8.000

17.000

26.000

35.000

44.000

53.000

62.000

71.000

80.000

89.000

90

/91

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/10

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/11

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/12

12

/13

*em mil toneladas

Fonte e Projeção: CONAB Elaboração: BradescoProdução Nacional de Soja 1990 - 2012

Fonte e Projeção(*): Conab

Elaboração: BRADESCO

Produção Nacional de soja

(em mil toneladas)

1990 – 2013

SO

JA

Fundamentos No 7º Levantamento da Safra 2012/13, divulgado neste mês, a Conab revisou para baixo a estimativa

para a produção brasileira de soja em 1,4 milhão de toneladas, o equivalente a um recuo de 1,6% em

relação à estimativa do mês anterior. A revisão foi motivada principalmente pelos seguintes

desdobramentos climáticos:

Clima seco no Nordeste – a estimativa da produção na região foi revisada para baixo em

14,7%;

No Centro Oeste houve excesso de chuvas entre janeiro e fevereiro, levando a uma redução

de 1,5% na estimativa de produção;

A região Sul registrou estiagem entre dezembro e janeiro, o que causou perda do potencial

produtivo, no entanto a boa distribuição de chuvas em alguns regiões do Paraná favoreceu a

produtividade e, com isso, a estimativa para o Sul do País foi revisada para cima em 0,9%;

Desde o final de fevereiro, os serviços de meteorologia têm apontando normalização do clima

no Centro-Oeste e no Sul, estabilizando as perdas de produtividade, no entanto o clima seco

ainda persiste no Nordeste;

Estas condições climáticas comprometeram o potencial produtivo e revisões para baixo

poderão surgir nos próximos levantamentos de safra, principalmente no Rio Grande do Sul,

onde a colheita só começará em março. No Centro Oeste, entre 40% e 50% da soja está

colhida.

O relatório do USDA trouxe revisão para baixo da safra da Argentina em 1,5 milhão de toneladas,

passando a estimativa para 51,5 milhões de toneladas, como resultado de estiagem. Para o Brasil e

para os EUA foram mantidas as estimativas apontadas no relatório do mês anterior, em 83,5 milhões

de toneladas e 82 milhões de toneladas respectivamente. Os próximos levantamentos do USDA

poderão trazer novas revisões para baixo nas safras argentina e brasileira, convergindo assim para os

levantamentos locais. A Bolsa de Comércio de Rosário estimou a produção argentina em 48 milhões

de toneladas e a Conab estimou a produção brasileira em 82 milhões de toneladas.

As cotações deverão continuar registrando volatilidade, refletindo as preocupações com os efeitos do

clima no desenvolvimento das lavouras no Brasil e na Argentina. Em que pese as revisões baixistas, o

Hemisfério Sul colherá uma safra recorde e, portanto, os fundamentos continuam sendo de

acomodação dos preços.

2

Soja – Apesar das revisões para baixo nas safras brasileira e argentina, essas ainda serão recordes, o que deverá acomodar as cotações. Os próximos meses serão de volatilidade, refletindo as preocupações com o desenvolvimento do clima nas lavouras do Hemisfério Sul

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

1.580

2.027

2.1502.221

2.175

2.2992.367 2.395

2.751

2.567

2.816

2.339

2.245

2.419

2.816

2.629

2.927

3.115

2.651

2.968

1.500

1.700

1.900

2.100

2.300

2.500

2.700

2.900

3.100

3.300

90/9

1

91/9

2

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3

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5

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6

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1

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5

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6

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7

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8

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9

09/1

0

10/1

1

11/1

2

12/1

3*

em kg por ha Fonte e Projeção: Conab Elaboração: Bradesco Produtividade da lavoura de soja - 1990 - 2012

Produtividade da

lavoura de soja

(em kg por ha)

1990 – 2013

Fonte e Projeção(*): Conab

Elaboração: BRADESCO

18,0

26,6

20,0

43,9

32,4

48,2

22,6

28,6

27,0

44,4

39,8

30,6

45,7

40,1

73,9

67,2

55,6

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13

SOJA EM GRÃO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA PR

em R$ por saca de 60 kg Fonte: Deral PR Elaboração e Projeção: Bradesco

Fonte: Deral

Elaboração e Projeção: BRADESCO

Preço de soja em grão ao

produtor – Praça Paraná -

(em R$ por saca de 60 kg)

2000 – 2013

3

Fonte: Bloomberg

Elaboração: Bradesco

Soja - Preço Futuro 1º vencimento

(em US$ cents/bushel)

2000 – 2013

Projeção de preço: média

dos preços futuros

491

547508

436

633

569

989

526

690

581542

757

1.515

908

1.211

1.247

1.674

1.460

1.255

1386,29

400,0

600,0

800,0

1.000,0

1.200,0

1.400,0

1.600,0

1.800,0

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13

PREÇOS INTERNACIONAIS DE SOJA - BOLSA DE CHICAGO - CBOT PREÇO FUTURO 1º VENCTO 2000 - 2010

em US$ cents por bushel

em US$ cents por bushel

Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco•Projeção de preço: média dos preços futuros

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

MIL

HO

Milho – Produção recorde de milho no Brasil deverá pressionar os preços domésticos para baixo. Evolução do clima durante a finalização do plantio da 2ª safra deverá trazer volatilidade às cotações

13.451

14.027

12.436

14.282

13.799

11.391

12.513

12.973

12.319

13.226

12.78312.964

14.055

14.766

14.172

13.806

15.17815.415

10.000

11.000

12.000

13.000

14.000

15.000

16.000

90/9

1

91/9

2

92/9

3

93/9

4

94/9

5

95/9

6

96/9

7

97/9

8

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9

99/0

0

00/0

1

01/0

2

02/0

3

03/0

4

04/0

5

05/0

6

06/0

7

07/0

8

08/0

9

09/1

0

10/1

1

11/1

2

12/1

3*

em mil hectares

Fonte e Projeção: Conab

Área Plantada no Brasil com Milho 1990 - 2011

Fonte e Projeção(*): Conab

Elaboração : BRADESCO

Área Plantada no Brasil

com milho

(em mil hectares)

1990 – 2013

24.096

30.77133.174

37.44235.716

32.393

42.290

35.281

47.411

42.129

35.007

42.515

51.370

58.652

51.004

56.01857.407

72.980

76.068

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

90

/91

91

/92

92

/93

93

/94

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98

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99

/00

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/01

01

/02

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04

/05

05

/06

06

/07

07

/08

08

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09

/10

10

/11

11

/12

12

/13

*

em mil toneladas Fonte e Projeção: ConabProdução Nacional de Milho - 1991 - 2012

Fonte e Projeção(*): Conab

Elaboração : BRADESCO

Produção Nacional de

milho

(em mil toneladas)

1990 – 2013

Fundamentos O relatório de março do USDA não trouxe revisões relevantes para o mercado de milho. Assim, a relação

estoque consumo ficou em 13,5% contra 13,6% do mês anterior.

A Conab divulgou o 6º Levantamento da safra 2012/13 revisando para baixo a 1ª safra de milho em 0,9%

comparativamente ao mês passado, como resultado da estiagem no Nordeste, onde a estimativa foi

reduzida em 12,7%.

As expectativas eram de frustação da produtividade na região Sul do País, em razão do seca seguida por

irregularidade das chuvas. No entanto, passado o período de plantio, foi verificada melhora das

condições climáticas na região. Com isso, a Conab revisou para cima a estimativa de produção no Sul do

País em 3% em relação ao levantamento anterior. No Rio Grande do Sul quase 60% da 1ª safra de milho

já está colhida.

Em sentido contrário, a 2ª safra de milho foi revisada para cima em 0,9%, refletindo a melhora das

expectativas com a produção no Mato Grosso do Sul, por conta das condições climáticas mais

favoráveis. Em função das chuvas elevadas, o plantio da safrinha começou atrasado, mas a melhora das

condições climáticas está minimizando o atraso, lembrando que cerca de 70% da safra já está plantada.

A safra total de milho no Brasil será recorde neste ano – estimativa de 76 milhões de toneladas. A Conab

estima exportações de 15 milhões de toneladas, volume abaixo dos 22 milhões exportados no ano

passado, na ocasião da quebra da safra norte-americana. Dificilmente o Brasil encontrará condições para

exportar todo o volume excedente, em função da expectativa de recuperação da produção norte-

americana. Os estoques de passagem deverão somar 15,5 milhões de toneladas – a média dos últimos

cinco anos foi de 6 milhões. Com esta configuração, os preços devem seguir movimento de baixa nos

próximos meses. A evolução do clima, durante a finalização do plantio da 2ª safra, ainda deverá trazer

volatilidade às cotações.

4

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

1.791

2.1942.349 2.344

2.622

2.356

2.588 2.650 2.5892.480

3.260

2.864

3.585

3.296

2.867

3.279

3.655

3.972

3.599

4.3114.158

4.8084.931

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

5.500

90

/91

91

/92

92

/93

93

/94

94

/95

95

/96

96

/97

97

/98

98

/99

99

/00

00

/01

01

/02

02

/03

03

/04

04

/05

05

/06

06

/07

07

/08

08

/09

09

/10

10

/11

11

/12

12

/13

*

em kg por ha Produtividade - Milho - 1991 - 2012

Produtividade –

milho

(em kg por ha)

1991 – 2013

Fonte e Projeção (*): Conab

Elaboração : BRADESCO

11,95 11,96

7,05

12,22

22,28

12,92

18,96

12,71

16,26

12,67

10,44

14,14

24,94

21,31

14,14

23,78

19,96

26,92

25,06

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13

Preço pago ao produtor de milho - Paraná Fonte: DeralElaboração e Projeção:

Em R$ por saca de 60 kg Fonte: DeralElaboração e Projeção:

Em R$ por saca de 60 kg

Fonte: Deral

Elaboração e Projeção: BRADESCO

Preço de milho ao

produtor – Praça

Paraná

(em R$ por saca de

60 kg)

2000 – 2013

5

217

235

267

215

316

237

413

326

493

711

418

322

347

546

753

603

792

676

546

639

160

260

360

460

560

660

760

860

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13

Milho - Bolsa de Chicago - CBOTPreço futuro 1º vencimento

Em US$ cents por bushelFonte: Bloomberg Elaboração e Projeção: Bradesco

Dez/13

Milho - Preço Futuro 1º vencimento

(em US$ cents por

bushel)

2000 – 2013

Projeção de preço: média

dos preços futuros

Fonte: Bloomberg

Elaboração: Bradesco

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Café – As expectativas de boa safra no Brasil, mesmo em ano de baixa bienalidade, deverão manter os preços acomodados nos níveis atuais

26.000

16.800

27.500

18.860

34.547

27.170

31.100

28.137

48.480

28.820

39.272

32.944

42.512

36.070

45.992

39.470

48.095

43.484

50.826

48.570

11.000

21.000

31.000

41.000

51.000

61.000

94/9

5

95/9

6

96/9

7

97/9

8

98/9

9

99/0

0

00/0

1

01/0

2

02/0

3

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8

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9

09/1

0

10/1

1

11/1

2

12/1

3

13/1

4*

Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: BradescoProdução Nacional de Café - 1994 - 2012mil sacas de 60 kg

Produção Nacional de

Café

(em mil sacas de 60 kg)

1994 – 2013

Fonte e projeção (*): Conab

Elaboração: Bradesco

Fundamentos

Safra 2012/13 – bienalidade alta

Encerrada no Brasil;

Colheita iniciada em outubro de 2012 no Vietnã e na Colômbia.

Safra 2013/14 – bienalidade baixa

Em período de florada no Brasil – início da colheita em maio de 2013;

Colheita começará a partir de outubro de 2013 no Vietnã e na Colômbia – ainda não há

previsões para este países.

Os fundamentos de baixa para os preços do café nos próximos meses são:

Oferta elevada, principalmente da safra brasileira. A temporada 2013/14 começará a ser colhida

em maio e ainda restam 30% da safra passada para comercialização;

Chuvas regulares nas regiões produtoras corroboram a expectativa de uma boa safra no Brasil;

Compradores cautelosos, por conta das incertezas de retomada da economia global;

Proximidade do fim do inverno no hemisfério norte.

Os fundamentos de alta para os preços são:

Ataque de ferrugem nas lavouras cafeeiras da América Central. No entanto as possíveis perdas

ainda não foram quantificadas pelos acompanhamentos de safra;

Baixos estoques globais.

Viés de alta para preços do café ainda são limitados, em razão da expectativa de entrada da safra

brasileira a partir de maio. De todo modo, os reduzidos estoques de café nos tradicionais países

compradores deverão dar piso às cotações.

CA

6

Safra 13/14 Mil sacas 60 kg Var. %

1º Levantamento Jan/13 48.570

2º Levantamento Mai/13

3º Levantamento Set/13

4º Levantamento Dez/13

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

223,6

104,4

239,8

337,0

230,4

291,4

245,8

269,8

247,51

282,2

327,99

530,76

457,81

387,53 317,72

371,55

417,74

90,0

140,0

190,0

240,0

290,0

340,0

390,0

440,0

490,0

540,0

590,0

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14

Café Arábica - Preço ao Produtor - Praça São Paulo 2000 - 2012Em R$ por saca 60 kg Fonte: Cepea EsalqElaboração e Projeção: Bradesco

Fonte: Cepea Esalq Elaboração: Bradesco

Café Arábica - Preço ao

Produtor - Praça São Paulo

(em R$ por saca de 60 kg)

2000 – 2014

Projeção de preço: média dos

preços futuros BMF BOVESPA

7

Fonte: Bloomberg

Elaboração: Bradesco

Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento

(em US$ cents por libra

peso)

2000 – 2014

Projeção de preço: média

dos preços futuros 115,06

63,15 66,17

67,78

99,01

129,13

96,55

130,86

152,15

108,70

142,59

204,99

288,27

180,03

141,43

155,60 161,70

35,0

85,0

135,0

185,0

235,0

285,0

335,0

jan

/00

jan

/01

jan

/02

jan

/03

jan

/04

jan

/05

jan

/06

jan

/07

jan

/08

jan

/09

jan

/10

jan

/11

jan

/12

jan

/13

jan

/14

Projeção de preço: média dos preços futurosCafé em grão - Bolsa de Nova York - NYBOT

2000 - 2010Em US$ cents por libra peso

Fonte: Bloomberg Elaboração:

46,7%48,3%

40,9%

35,2%

42,8%

33,2%

28,7%

24,1%23,4%

20,4%

35,0%

41,0%

33,5%

28,3%

25,4%

29,0%

21,7%20,5%

17,6%

85,0

67,9

180,0

53,45

251,0

170,55

149,80

40,0

90,0

140,0

190,0

240,0

290,0

7,0%

12,0%

17,0%

22,0%

27,0%

32,0%

37,0%

42,0%

47,0%

52,0%

90/9

1

91/9

2

92/9

3

93/9

4

94/9

5

95/9

6

96/9

7

97/9

8

98/9

9

99/0

0

00/0

1

01/0

2

02/0

3

03/0

4

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5

05/0

6

06/0

7

07/0

8

08/0

9

09/1

0

10/1

1

11/1

2

12/1

3*

Relação Estoque Consumo Mundial de Café 1990 - 2011

Estoque/consumo

Preço médio

•Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Nybot, OICElaboração: Bradesco

•Projeção de estoque: USDA, Projeção de Consumo: OIC•Projeção de preço: média dos preços futuros

Fonte: Nybot, OIC e USDAElaboração: Bradesco

Relação Estoque

Consumo Mundial de

Café

1990 – 2013 Projeção de preço: média dos preços futuros

Fonte: Nybot, OIC Elaboração: Bradesco

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

BO

I

Boi – Exportações em alta e demanda interna estável, em nível elevado, deverão impedir retração acentuada das cotações, mas a elevada oferta de boi gordo deverá levar à retração das cotações nos próximos meses

Fundamentos A oferta de boi pronto para abate foi crescente ao longo de 2012. No ano, os abates cresceram 7,2%

comparativamente ao ano anterior, refletindo as boas condições das pastagens, beneficiadas pelas

chuvas regulares. O volume de oferta deverá continuar alto neste ano, alavancado pelo clima regular,

exercendo pressão de baixa para as cotações do boi.

Outros fatores de pressão de baixa para os preços do boi são:

A demanda interna deverá se manter estável, dado que já cresceu bastante e a expansão da

renda será mais moderada neste ano;

Aumento da concorrência com as carnes avícola e suína, cujos preços começaram a ceder,

refletindo a menor pressão dos custos de produção à base de milho.

Por outro lado, a recuperação das exportações deverá impedir queda mais acentuada dos preços. As

exportações cresceram 12,5% em volume em 2012, e em janeiro deste ano os embarques foram 48%

superiores ao volume exportado no mesmo período do ano passado.

A combinação de exportações em alta e demanda interna estável, em nível elevado, deverá impedir

retração acentuada das cotações, mas a elevada oferta de boi gordo deverá levar ao recuo das

cotações nos próximos meses. Já a partir de junho, em movimento sazonal, deveremos observar alta,

com a entrada do clima mais seco.

8

Exportações Brasileiras

de carne bovina

(em toneladas)

2011 – 2013

FONTE: SECEX

ELABORAÇÃO: BRADESCO

64.794

96.522

82.533

76.463

84.849

93.256

80.613

70.893 70.893

99.888

89.868

100.179

106.345

120.393

101.746104.974

60.000

70.000

80.000

90.000

100.000

110.000

120.000

130.000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Exportações Brasileiras de carne bovina - 2010 - 2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco

2011

2012

2013

33,0%

32,0%

31,5%31,2%

31,2%

30,9%

30,4%

29,6%29,8%

30,0%

30,2%

31,3%

32,8%

33,5% 33,6%

33,8%

34,0% 34,1% 34,3%

29%

30%

31%

32%

33%

34%

35%

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Participação do abate de vacas no total de abates - 2008 - 2011 Fonte: IBGE Elaboração: Bradesco

2009 2010 2011 2012 Participação do abate

de vacas no total de

abates

2009 - 2012

FONTE: IBGE

ELABORAÇÃO: BRADESCO

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

57,91

48,64

61,77

93,30

74,52

106,95

90,81

98,08

93,80

99,25

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

110,0

120,0

jan

/02

jan

/03

jan

/04

jan

/05

jan

/06

jan

/07

jan

/08

jan

/09

jan

/10

jan

/11

jan

/12

jan

/13

BOI GORDO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA SP

Em R$ por arroba (15 kg)Fonte: Cepea EsalqElaboração e Projeção: Bradesco

Boi Gordo – Preço ao

Produtor – Praça São Paulo

(em R$ por arroba)

2000 – 2013

FONTE: CEPEA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

9

2,44

2,22

2,03

2,41

2,63

2,53

2,43

2,38

2,31

2,33

2,09

2,03

2,18

2,29

2,22

1,9

2,1

2,3

2,5

2,7

2,9

fev

/00

ma

i/0

0a

go

/00

no

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0fe

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1m

ai/

01

ag

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1n

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02

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2fe

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3m

ai/

03

ag

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3n

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3fe

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4m

ai/

04

ag

o/0

4n

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4fe

v/0

5m

ai/

05

ag

o/0

5n

ov/0

5fe

v/0

6m

ai/

06

ag

o/0

6n

ov/0

6fe

v/0

7m

ai/

07

ag

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7n

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7fe

v/0

8m

ai/

08

ag

o/0

8n

ov/0

8fe

v/0

9m

ai/

09

ag

o/0

9n

ov/0

9fe

v/1

0m

ai/

10

ag

o/1

0n

ov/1

0fe

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1m

ai/

11

ag

o/1

1n

ov/1

1fe

v/1

2m

ai/

12

ag

o/1

2n

ov/1

2fe

v/1

3

Fonte: Cepea EsalqElaboração: Bradesco Relação de Troca entre boi gordo e bezerro - 1996 - 2012

QUANTIDADE DE BEZERROS QUE É POSSÍVEL COMPRAR COM UMA CABEÇA DE BOI

QUANTO MENOR PIOR – INDICA AUMENTO DE CUSTOS COM A REPOSIÇÃO

Relação de Troca entre

boi gordo e bezerro

2000 - 2013

FONTE: CEPEA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Projeção de preço: média

dos preços futuros BMF

BOVESPA

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Açúcar e Etanol – Cotações do açúcar sem expectativas de alta, refletindo a expressiva safra brasileira. Preços do etanol devem cair com a entrada da safra em abril, mas devem subir nos meses seguintes, por conta da elevação da mistura na gasolina e da expansão das exportações para os EUA

Fundamentos Preços internacionais do açúcar não têm fundamento de alta, principalmente por conta da expectativa

com a safra recorde 2013/14 do Brasil, que começa a ser colhida a partir de abril no Centro-Sul. As

estimativas ainda preliminares apontam que o volume de cana processada deverá crescer até 15% em

relação à safra passada.

As estimativas para a safra 2013/14 são de elevação mais acentuada para a produção de etanol, em

razão dos preços pouco remuneradores do açúcar. Com isso, no início da safra, a partir de abril, os

preços do etanol deverão passar por movimento de baixa.

As estimativas são de forte incremento para a demanda por etanol – são esperadas elevações entre

15% e 20% da demanda, impulsionada pelo mercado interno e externo:

A partir de 1º de maio entrará em vigor o aumento da mistura do etanol anidro na gasolina, de

20% para 25%

No ano passado as exportações de etanol subiram 57% em volume, impulsionadas pela

demanda norte-americana. A necessidade de importação de etanol pelos EUA ainda continuará

elevada, considerando a quebra de safra de milho no país e a exigência da Lei de Biosegurança

de consumo de etanol fabricado a partir de cana, que é menos poluente comparativamente ao

milho.

Os preços do açúcar devem continuar nos níveis atuais, sem expectativas de alta, por conta da

expressiva safra brasileira. As cotações do etanol devem cair com a entrada da safra em abril, mas

devem assumir tendência de alta nos meses seguintes, refletindo: (i) a elevação dos preços da gasolina,

que foram reajustados em 6,6% no final de janeiro; (ii) o aumento da mistura de 20% para 25% de etanol

na gasolina a partir de 1º de maio e (iii) continuidade da expansão das exportações para os EUA.

10

ÚC

AR

E

ETA

NO

L

Produção nacional de

cana-de-açúcar

Em mil toneladas

1990 – 2013

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

222.429 223.460240.944

287.810

314.969

257.592

320.650

359.316

431.413

474.800

559.432

604.514623.905

560.364

596.630

150.000

330.000

510.000

690.000

90

/91

91

/92

92

/93

93

/94

94

/95

95

/96

96

/97

97

/98

98

/99

99

/00

00

/01

01

/02

02

/03

03

/04

04

/05

05

/06

06

/07

07

/08

08

/09

09

/10

10

/11

11

/12

12

/13

*

mil toneladasProdução Nacional de Cana-de-Açúcar - 1990 - 2012

Fonte e projeção : Conab Elaboração. Bradesco

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Preço de Etanol Hidratado

(em R$ por metro cúbico)

2010 - 2013

FONTE: BMF BOVESPA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

11

Preços internacionais de

açúcar

(em US$ cents por

bushel)

2000 – 2013

Projeção de preço: média

dos preços futuros

FONTE: BLOOMBERG

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Produção nacional de

açúcar (em mil toneladas)

Produção nacional de

etanol (em mil litros)

1993 – 2013

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

11.700

19.380

16.020

27.500

38.168

35.968

37.664

12.692

13.078

10.518

14.640

23.007

25.763

27.595

24.926

23.624

8.000

15.000

22.000

29.000

36.000

43.000

93

/94

94

/95

95

/96

96

/97

97

/98

98

/99

99

/00

00

/01

01

/02

02

/03

03

/04

04

/05

05

/06

06

/07

07

/08

08

/09

09

/10

10

/11

11

/12

12

/13

*

Açúcar em mil toneladasEtanol em mil litros

Fonte e (*) Projeção: Conab Elaboração: Bradesco

Produção nacional de açúcar e de etanol 1993 – 2012

AÇÚCAR

ÁLCOOL

5,6

10,7

9,0 8,8

4,7

9,0

8,4

17,9

8,9

13,1

11,3

28,4

14,6

32,1

21,9

29,5

24,9

20,2

19,4

18,49

3,0

9,0

15,0

21,0

27,0

33,0

jan

/00

jan

/01

jan

/02

jan

/03

jan

/04

jan

/05

jan

/06

jan

/07

jan

/08

jan

/09

jan

/10

jan

/11

jan

/12

jan

/13

Preços internacionais de açúcar – NYBOT – Preço futuro 1º Vencto 2000 – 2013Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco

Em US$ cents por libra peso

de

z/1

3

1.089,7

762,2

1.525,5

1.061,9

1.326,2

1.252,6

1.062,0

1.288,2

1.168,5

1.115,5

710

810

910

1.010

1.110

1.210

1.310

1.410

1.510

1.610

fev/1

0m

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10

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0ju

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0ju

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0set/

10

ou

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10

jan

/11

fev/1

1m

ar/

11

ab

r/11

mai/1

1ju

n/1

1ju

l/11

ag

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1set/

11

ou

t/11

no

v/1

1d

ez/

11

jan

/12

fev/1

2m

ar/

12

ab

r/12

mai/1

2ju

n/1

2ju

l/12

ag

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2set/

12

ou

t/12

no

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2d

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12

jan

/13

fev/1

3m

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13

ab

r/13

mai/1

3ju

n/1

3ju

l/13

ag

o/1

3

em R$ por metro cúbico

Projeção de preço: preços

futuros BMF BOVESPA

Page 12: AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCOAGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO€¦ · devemos considerar também a efetivação da contração fiscal nos EUA, por conta do “sequestro” de recursos orçamentários,

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Acompanhamento de

safra de soja no Brasil

(em mil toneladas)

2012/13

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

FONTE: USDA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

12

Acompanhamento de safra

240

271 271267

260 258264

268 268 269 270 268

226

234 234 232227 227 229

231231 232 232 231

56,0

58,5

55,7

53,1

57,6

60,059,9 59,5

60,1 60,2

50,0

52,0

54,0

56,0

58,0

60,0

62,0

64,0

150,0

170,0

190,0

210,0

230,0

250,0

270,0

290,0

2011/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13

Estoque Final Mundial

Produção Mundial

Consumo Mundial

World productionWorld consumptionFinal world

stock

Acompanhamento de

safra mundial de soja

(em mil toneladas)

2012/13

24,8%

24,8%25,0%

24,0%

23,5%

23,4%

25,1%

26,0%25,9%

25,6%

25,9%

26,1%

23,0%

23,5%

24,0%

24,5%

25,0%

25,5%

26,0%

26,5%

2011/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13

Relação Estoque

Consumo Global de soja

safra 2012/13

FONTE: USDA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

75.324

66.383

81.440 81.54182.628 82.679

83.424

82.064

60.000

65.000

70.000

75.000

80.000

85.000

2010/11 2011/12 2012/13 out 2012/13 nov 2012/13 dez 2012/13 jan 2012/13 fev 2012/13 mar

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Relação Estoque

Consumo Global de

milho

2012/13

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

15,1%

16,5%16,9%

14,9%

14,3%14,5%

13,7% 13,8%

13,6%

13,4%

13,6%13,5%

13,2%

14,2%

15,2%

16,2%

17,2%

2011/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13

FONTE: USDA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

13

Acompanhamento de

safra de milho no Brasil

(em mil toneladas)

2012/13

882

946950

905

849841 839 840

849852 854

854875

921 923

901

862857

853 854

863868 867 868

132,1

155,7

134,1

123,3 124,0117,3 118,0 117,6 116,0

118,0117,5

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

180,0

780,0

800,0

820,0

840,0

860,0

880,0

900,0

920,0

940,0

960,0

2011/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13

Estoque final mundial

Produção mundial

Consumo mundial

World production World consumptionFinal world stock

Acompanhamento de

safra mundial de

milho

(em mil toneladas)

2012/13

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

57.407

72.980 72.558 72.199 71.936 72.193

76.011 76.068

50.000

55.000

60.000

65.000

70.000

75.000

80.000

2010/11 2011/12 2012/13 out 2012/13 nov 2012/13 dez 2012/13 jan 2012/13 fev 2012/13 mar

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Variação da

Produção de milho

safra 2012/13

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Acompanhamento da

safra de milho

1ª safra no Brasil

(em mil toneladas)

2012/13

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Acompanhamento da

safra de milho

2ª safra no Brasil

(em mil toneladas)

2012/13

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

14

2,7%

4,2%

5,5%

1,0% 1,5% 2,0% 2,5% 3,0% 3,5% 4,0% 4,5% 5,0% 5,5% 6,0%

1ª safra

milho -total

2ª safra

Fonte: Conab Elaboração: Bradesco

VAR. % DA PRODUÇAO DE MILHO SAFRA 2012/2013

34.947

33.867

35.201

34.737

34.47534.701

35.096

34.792

32.000

32.500

33.000

33.500

34.000

34.500

35.000

35.500

36.000

36.500

37.000

2010/11 2011/12 2012/13 out 2012/13 nov 2012/13 dez 2012/13 jan 2012/13 fev 2012/13 mar

22.460

39.113

37.357 37.462 37.462 37.462

40.915 41.276

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

2010/11 2011/12 2012/13 out 2012/13 nov 2012/13 dez 2012/13 jan 2012/13 fev 2012/13 mar

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

FONTE: Bloomberg

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Posições não

comerciais e preços

internacionais de soja

2006 - 2013

FONTE: Bloomberg

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Posições não

comerciais e preços

internacionais de milho

2009 - 2013

FONTE: Bloomberg

ELABORAÇÃO: BRADESCO

-89.468

-16.898

-56.797

203.215

-28.178

1.628

-100.000

-60.000

-20.000

20.000

60.000

100.000

140.000

180.000

220.000

260.000

380

580

780

980

1.180

1.380

1.580

1.780

mar/

06

jun

/06

set/

06

dez/

06

mar/

07

jun

/07

set/

07

dez/

07

mar/

08

jun

/08

set/

08

dez/

08

mar/

09

jun

/09

set/

09

dez/

09

mar/

10

jun

/10

set/

10

dez/

10

mar/

11

jun

/11

set/

11

dez/

11

mar/

12

jun

/12

set/

12

dez/

12

mar/

13

US$ c / bushel em número de contratos

posição não comercial

preço soja

16-j

un

-09

113.201

-119.389

413.915

763,50 789,5

-200.000

-100.000

0

100.000

200.000

300.000

400.000

150

250

350

450

550

650

750

850

mar/

09

ab

r/09

mai/0

9ju

n/0

9ju

l/09

ag

o/0

9set/

09

ou

t/09

no

v/0

9d

ez/

09

jan

/10

fev/1

0m

ar/

10

ab

r/10

mai/1

0ju

n/1

0ju

l/10

ag

o/1

0set/

10

ou

t/10

no

v/1

0d

ez/

10

jan

/11

fev/1

1m

ar/

11

ab

r/11

mai/1

1ju

n/1

1ju

l/11

ag

o/1

1set/

11

ou

t/11

no

v/1

1d

ez/

11

jan

/12

fev/1

2m

ar/

12

ab

r/12

mai/1

2ju

n/1

2ju

l/12

ag

o/1

2set/

12

ou

t/12

no

v/1

2d

ez/

12

jan

/13

fev/1

3m

ar/

13

Em número de contratos US$ cents por bushel

posição não comercial

preço milho

140

-30.000

-20.000

-10.000

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

0

50

100

150

200

250

300

350

mar/

06

mai/0

6

jul/06

set/

06

no

v/0

6

jan

/07

mar/

07

mai/0

7

jul/07

set/

07

no

v/0

7

jan

/08

mar/

08

mai/0

8

jul/08

set/

08

no

v/0

8

jan

/09

mar/

09

mai/0

9

jul/09

set/

09

no

v/0

9

jan

/10

mar/

10

mai/1

0

jul/10

set/

10

no

v/1

0

jan

/11

mar/

11

mai/1

1

jul/11

set/

11

no

v/1

1

jan

/12

mar/

12

mai/1

2

jul/12

set/

12

no

v/1

2

jan

/13

mar/

13

Posições Não Comerciais e Preços Internacionais de café - Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco

posição não comercial

Café

16-j

un

-09

US$ c / libra em número de contratos

Posições não comerciais

e preços internacionais

de café

2006 - 2013

Acompanhamento das posições não comerciais

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

SO

JA

Complexo Soja

Da soja em grão produzida no Brasil, 45% é exportada e 55% é destinada à moagem. O processo de

moagem resulta em 72% farelo e 18% óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo

produzido, 50% é exportado e do óleo, 20% é exportado.

A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%.

Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável.

No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos como mortadelas e salsichas e

cerca de 80% é utilizada na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e

suínos.

Países de destino

Grão: 65% China, 25% Europa, 10% outros países asiáticos.

Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos.

Sazonalidade

Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio.

Regionalização

Centro Oeste: 45%, Sul 38%, 8% Nordeste, 6% Sudeste

Ranking

O Brasil é o segundo maior player global de produção e de exportação de soja, após os EUA.

Produção Exportação Produção Exportação Produção Exportação

EUA 35,5% 44,2% 20,2% 14,0% 20,6% 12,9%

Brasil 26,4% 32,0% 15,1% 22,9% 15,8% 16,2%

Argentina 19,8% 12,8% 17,2% 49,3% 17,7% 54,6%

China 5,6% 0,0% 25,8% 0,0% 24,6% 0,0%

Grãos Farelo ÓleoRanking

Fonte : USDA

Elaboração : BRADESCO

Ranking mundial do

complexo soja

safra 2011 - 2012

Retrato do mercado

16

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações o milho

representa:

64% da avicultura

65% da suinocultura

23% da pecuária de leite

Países de destino

O milho é uma cultura mais voltada para o mercado doméstico, pois atende à forte demanda da

avicultura e da suinocultura, atividades muito desenvolvidas na região Sul e Sudeste do Brasil.

As exportações de milho são realizadas quando há excedente de produção. Na safra 2010/11 as

exportações responderam por 15% do volume produzido.

Sazonalidade

O milho tem duas safras:

Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e

maio. Representa 53% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 43,4% Sul, 30,3% Sudeste,

10% Centro Oeste,12,8% Nordeste.

Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro.

Responde por 47% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 59,3% Centro Oeste, 30,7% Sul

(somente Paraná), 5,7% Sudeste, 3% Nordeste (somente Bahia).

Ranking

O Brasil é o 4º maior produtor global de milho, com 7% de participação no mercado e o 3º maior

exportador, com 9% de participação.

MIL

HO

Retrato do mercado

17

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

O Brasil exporta 70% do café produzido, sendo 96% de café verde e 4% de café solúvel

A cultura de café tem elevados custos com mão-de-obra, que representam cerca de 50% dos custos

totais, pois a maior parte da colheita é manual.

Países de destino

Café verde: 60% Europa.

Café solúvel: 18,5% EUA, 11,3% Rússia, 6% Japão.

Regionalização

Distribuição regional da produção de café arábica:

67,9% Minas Gerais

10,8% São Paulo

9,1% Espírito Santo

5,4% Bahia

5,3% Paraná

Distribuição regional da produção de café robusta:

71,2% Espírito Santo

14,3% Rondônia

6,4% Bahia

2,4% Minas Gerais

Sazonalidade

A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se

estende até setembro.

Ranking

O Brasil é o maior player global de café com participação de 39,2% na produção e de 30,5% na

exportação. Os demais players, como Vietnã e Colômbia tem baixo consumo interno, ao contrário do

Brasil que responde por 15% do consumo mundial.

CA

Retrato do mercado

18

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para

abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideal

para abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro.

As exportações respondem por 17% da produção nacional de carne bovina.

O complexo carnes vem passando por mudanças estruturais como:

Em 2004 o Brasil se consolidou como maior exportador mundial de carne bovina e de frango;

Processo produtivo – redução do ciclo de abate;

Regionalização – deslocamento da produção para as regiões Centro-Oeste e Norte do País;

Consolidação – movimento de fusões e aquisições;

Internacionalização – compra de frigoríficos no exterior por empresas nacionais. JBS, Marfrig e Bertin

compraram plantas na Argentina e no Uruguai. JBS comprou a Swift com plantas nos EUA e na

Austrália e se tornou o maior do mundo;

Abertura de capital – JBS (ex-Friboi), Marfrig, Minerva.

Países de destino

A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com

participação de 27%. Os países árabes respondem por 30%.

Regionalização

Os abates de bovinos tem a seguinte distribuição regional: 34,8% Centro-Oeste, 22,7% Norte, 18,2%

Sul, 13,5% Sudeste, 10,8% Nordeste.

Ranking

O Brasil é o 2º maior produtor global de carne bovina com 15,9% de participação, antecedido pelos EUA

que detém 21%.

O Brasil é o maior exportador mundial com 20% do mercado.

Sazonalidade

O ciclo da pecuária bovina é longo – 2,5 anos contando desde o nascimento do bezerro até o abate do

animal com aproximadamente 15 arrobas.

O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto,

alimentado à base de capim.

O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde

por apenas 5% do total de abates.

A safra bovina ocorre no 1º semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes.

Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores.

A entressafra bovina ocorre no 2º semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as

pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços do boi se

elevam nesse período, porque a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais

elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado.

Nos confinamentos há dois turnos:

1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro

2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro

BO

I

Retrato do mercado

19

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Complexo Sucroalcooleiro

Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destina à produção de cana e 54% à produção de

etanol (safra 2011/12).

O açúcar tem a seguinte destinação: 68% exportação e 32% mercado doméstico. O etanol tem a

seguinte destinação: 7% exportação e 63% mercado interno.

Do total de etanol produzido, 68% é hidratado (usado como combustível nos carros flex fuel) e 32% é

usado como anidro (misturado à gasolina na proporção de 20% a 26%).

O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de

70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável.

Países de destino

Açúcar Bruto (73% da produção) : 16% Rússia, 10% China;

Açúcar Refinado (27% da produção): Países árabes e africanos;

Etanol: 34% EUA, Coreia do Sul 15%, Japão 14%.

Sazonalidade

A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da cana é de 18 meses, e da

mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média.

O período de colheita da cana ocorre entre abril e novembro. Nesse período as usinas operam 24

horas. Entre os meses de janeiro e março as plantas são desmontadas para manutenção.

O Brasil é o único grande player mundial com safra no 1º semestre do ano. Os demais: EUA, Europa,

Índia, Tailândia e Austrália têm início de safra a partir do 2º semestre do ano.

Regionalização

65% Sudeste, 16,8% Centro-Oeste, 10,3% Nordeste, 7,3% Sul.

Ranking

O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar com participação de 21,2%. Os demais players são: Índia

16,8%, União Europeia 9,9%, China 7%, Tailândia 6%.

O Brasil é o maior exportador, com participação de 42% no mercado global. Os demais exportadores

são: Tailândia 15,3%, Austrália 5,2%.

Os maiores produtores mundiais de etanol são: 45% EUA e 33,5% Brasil.

ÚC

AR

E

ETA

NO

L

Retrato do mercado

20

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Economia Internacional: Fabiana D’Atri / Leandro de Oliveira Almeida/ Felipe Wajskop França/ Andrea Marcos Angelo

Economia Doméstica: Robson Rodrigues Pereira / Andréa Bastos Damico / Igor Velecico / Ellen Regina Steter / Myriã Bast /

Priscila Pereira Deliberalli

Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Rita de Cassia Milani

Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Ana Maria Bonomi Barufi / Leandro Câmara Negrão

Estagiários: Ana Beatriz Ract Pousada / Thiago Chaves-Scarelli / Andre Kengi Alves Hirata / Henrique Araújo da Silva / Elias

Celestino Cavalcante / Alex Panoni Furtado/ Laura Marsiaj Ribeiro / Klaus Heinz Troetschel

Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos

Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo

O DEPEC – BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO).

Equipe Técnica

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