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Março de 2013
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Panorama Macroeconômico
Os mercados externos reagiram de forma negativa no último mês, com ajuste nos preços de alguns ativos. Esta
correção nas expectativas, que se mostravam muito positivas no início do ano, foi impulsionada principalmente
pelo desfecho desfavorável das eleições na Itália, que trouxe à tona os riscos da região europeia. Além disso,
devemos considerar também a efetivação da contração fiscal nos EUA, por conta do “sequestro” de recursos
orçamentários, e as novas medidas adotadas pelo governo chinês para desacelerar o setor imobiliário. Ainda
que nossa visão seja de que a recuperação da economia global seguirá em curso, alguma moderação desta
retomada poderá ser observada nos próximos meses. Em fevereiro, as commodities devolveram o movimento
de alta observado no mês anterior. Olhando para frente, trabalhamos com um cenário no qual as metálicas e o
petróleo tendem a reagir para cima, em linha com a retomada esperada da economia mundial, enquanto as
agrícolas podem cair adicionalmente, caso os riscos climáticos não se materializem.
O PIB brasileiro do quarto trimestre registrou expansão de 0,6% na margem, principalmente por conta do setor
de serviços, fechando 2012 com crescimento de 0,9%. Os indicadores disponíveis para o primeiro trimestre
apontam para aceleração da atividade, por conta da indústria de transformação e da agricultura, enquanto o
setor de serviços deverá apresentar alguma moderação. A retomada dos investimentos também terá
continuidade, especialmente por conta das vendas de caminhões. Do lado da inflação, alimentação seguiu
explicando pela grande parte das surpresas de alta, mas também houve pressão acima da esperada de forma
mais difusa em serviços e bens industrializados. Nos meses à frente, acreditamos em desaceleração da
inflação, refletindo a descompressão de alimentação e os efeitos da desoneração da cesta básica, anunciada
recentemente, o que nos fez revisar a projeção do IPCA de 5,40% para 5,25%. Este cenário de retomada
moderada da economia e alívio da inflação nos levar a crer que a taxa de juros seguirá neste ano em 7,25% a.a.
Por fim, mantemos nossa projeção para a taxa de câmbio, que tem mostrado certa apreciação nas últimas
semanas e deve terminar este ano cotada em R$/US$ 2,02.
AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO
Sumário Executivo Soja
Apesar das revisões para baixo nas safras brasileira e argentina, essas ainda serão recordes, o que deverá
acomodar as cotações. Os próximos meses serão de volatilidade, refletindo as preocupações com o
desenvolvimento do clima nas lavouras do Hemisfério Sul.
Milho
Produção recorde de milho no Brasil deverá pressionar os preços domésticos para baixo. Evolução do clima
durante a finalização do plantio da 2ª safra deverá trazer volatilidade às cotações.
Café
As expectativas de boa safra no Brasil, mesmo em ano de baixa bienalidade, deverão manter os preços
acomodados nos níveis atuais.
Boi
As exportações em alta e a demanda interna estável, em nível elevado, deverão impedir retração acentuada
das cotações, mas a elevada oferta de boi gordo deverá levar à retração das cotações nos próximos meses.
Açúcar e Etanol
Cotações do açúcar sem expectativas de alta, refletindo a expressiva safra brasileira. Preços do etanol devem
cair com a entrada da safra em abril, mas devem assumir movimento de alta nos meses seguintes, por conta
da elevação da mistura na gasolina e da expansão das exportações para os EUA.
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
15.394
19.419
25.934 26.160
31.370 32.345
41.917
52.01849.989
55.027
60.018
57.162
68.688
75.324
66.383
82.064
8.000
17.000
26.000
35.000
44.000
53.000
62.000
71.000
80.000
89.000
90
/91
91
/92
92
/93
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
/01
01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
*em mil toneladas
Fonte e Projeção: CONAB Elaboração: BradescoProdução Nacional de Soja 1990 - 2012
Fonte e Projeção(*): Conab
Elaboração: BRADESCO
Produção Nacional de soja
(em mil toneladas)
1990 – 2013
SO
JA
Fundamentos No 7º Levantamento da Safra 2012/13, divulgado neste mês, a Conab revisou para baixo a estimativa
para a produção brasileira de soja em 1,4 milhão de toneladas, o equivalente a um recuo de 1,6% em
relação à estimativa do mês anterior. A revisão foi motivada principalmente pelos seguintes
desdobramentos climáticos:
Clima seco no Nordeste – a estimativa da produção na região foi revisada para baixo em
14,7%;
No Centro Oeste houve excesso de chuvas entre janeiro e fevereiro, levando a uma redução
de 1,5% na estimativa de produção;
A região Sul registrou estiagem entre dezembro e janeiro, o que causou perda do potencial
produtivo, no entanto a boa distribuição de chuvas em alguns regiões do Paraná favoreceu a
produtividade e, com isso, a estimativa para o Sul do País foi revisada para cima em 0,9%;
Desde o final de fevereiro, os serviços de meteorologia têm apontando normalização do clima
no Centro-Oeste e no Sul, estabilizando as perdas de produtividade, no entanto o clima seco
ainda persiste no Nordeste;
Estas condições climáticas comprometeram o potencial produtivo e revisões para baixo
poderão surgir nos próximos levantamentos de safra, principalmente no Rio Grande do Sul,
onde a colheita só começará em março. No Centro Oeste, entre 40% e 50% da soja está
colhida.
O relatório do USDA trouxe revisão para baixo da safra da Argentina em 1,5 milhão de toneladas,
passando a estimativa para 51,5 milhões de toneladas, como resultado de estiagem. Para o Brasil e
para os EUA foram mantidas as estimativas apontadas no relatório do mês anterior, em 83,5 milhões
de toneladas e 82 milhões de toneladas respectivamente. Os próximos levantamentos do USDA
poderão trazer novas revisões para baixo nas safras argentina e brasileira, convergindo assim para os
levantamentos locais. A Bolsa de Comércio de Rosário estimou a produção argentina em 48 milhões
de toneladas e a Conab estimou a produção brasileira em 82 milhões de toneladas.
As cotações deverão continuar registrando volatilidade, refletindo as preocupações com os efeitos do
clima no desenvolvimento das lavouras no Brasil e na Argentina. Em que pese as revisões baixistas, o
Hemisfério Sul colherá uma safra recorde e, portanto, os fundamentos continuam sendo de
acomodação dos preços.
2
Soja – Apesar das revisões para baixo nas safras brasileira e argentina, essas ainda serão recordes, o que deverá acomodar as cotações. Os próximos meses serão de volatilidade, refletindo as preocupações com o desenvolvimento do clima nas lavouras do Hemisfério Sul
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
1.580
2.027
2.1502.221
2.175
2.2992.367 2.395
2.751
2.567
2.816
2.339
2.245
2.419
2.816
2.629
2.927
3.115
2.651
2.968
1.500
1.700
1.900
2.100
2.300
2.500
2.700
2.900
3.100
3.300
90/9
1
91/9
2
92/9
3
93/9
4
94/9
5
95/9
6
96/9
7
97/9
8
98/9
9
99/0
0
00/0
1
01/0
2
02/0
3
03/0
4
04/0
5
05/0
6
06/0
7
07/0
8
08/0
9
09/1
0
10/1
1
11/1
2
12/1
3*
em kg por ha Fonte e Projeção: Conab Elaboração: Bradesco Produtividade da lavoura de soja - 1990 - 2012
Produtividade da
lavoura de soja
(em kg por ha)
1990 – 2013
Fonte e Projeção(*): Conab
Elaboração: BRADESCO
18,0
26,6
20,0
43,9
32,4
48,2
22,6
28,6
27,0
44,4
39,8
30,6
45,7
40,1
73,9
67,2
55,6
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13
SOJA EM GRÃO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA PR
em R$ por saca de 60 kg Fonte: Deral PR Elaboração e Projeção: Bradesco
Fonte: Deral
Elaboração e Projeção: BRADESCO
Preço de soja em grão ao
produtor – Praça Paraná -
(em R$ por saca de 60 kg)
2000 – 2013
3
Fonte: Bloomberg
Elaboração: Bradesco
Soja - Preço Futuro 1º vencimento
(em US$ cents/bushel)
2000 – 2013
Projeção de preço: média
dos preços futuros
491
547508
436
633
569
989
526
690
581542
757
1.515
908
1.211
1.247
1.674
1.460
1.255
1386,29
400,0
600,0
800,0
1.000,0
1.200,0
1.400,0
1.600,0
1.800,0
jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13
PREÇOS INTERNACIONAIS DE SOJA - BOLSA DE CHICAGO - CBOT PREÇO FUTURO 1º VENCTO 2000 - 2010
em US$ cents por bushel
em US$ cents por bushel
Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco•Projeção de preço: média dos preços futuros
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
MIL
HO
Milho – Produção recorde de milho no Brasil deverá pressionar os preços domésticos para baixo. Evolução do clima durante a finalização do plantio da 2ª safra deverá trazer volatilidade às cotações
13.451
14.027
12.436
14.282
13.799
11.391
12.513
12.973
12.319
13.226
12.78312.964
14.055
14.766
14.172
13.806
15.17815.415
10.000
11.000
12.000
13.000
14.000
15.000
16.000
90/9
1
91/9
2
92/9
3
93/9
4
94/9
5
95/9
6
96/9
7
97/9
8
98/9
9
99/0
0
00/0
1
01/0
2
02/0
3
03/0
4
04/0
5
05/0
6
06/0
7
07/0
8
08/0
9
09/1
0
10/1
1
11/1
2
12/1
3*
em mil hectares
Fonte e Projeção: Conab
Área Plantada no Brasil com Milho 1990 - 2011
Fonte e Projeção(*): Conab
Elaboração : BRADESCO
Área Plantada no Brasil
com milho
(em mil hectares)
1990 – 2013
24.096
30.77133.174
37.44235.716
32.393
42.290
35.281
47.411
42.129
35.007
42.515
51.370
58.652
51.004
56.01857.407
72.980
76.068
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
90
/91
91
/92
92
/93
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
/01
01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
*
em mil toneladas Fonte e Projeção: ConabProdução Nacional de Milho - 1991 - 2012
Fonte e Projeção(*): Conab
Elaboração : BRADESCO
Produção Nacional de
milho
(em mil toneladas)
1990 – 2013
Fundamentos O relatório de março do USDA não trouxe revisões relevantes para o mercado de milho. Assim, a relação
estoque consumo ficou em 13,5% contra 13,6% do mês anterior.
A Conab divulgou o 6º Levantamento da safra 2012/13 revisando para baixo a 1ª safra de milho em 0,9%
comparativamente ao mês passado, como resultado da estiagem no Nordeste, onde a estimativa foi
reduzida em 12,7%.
As expectativas eram de frustação da produtividade na região Sul do País, em razão do seca seguida por
irregularidade das chuvas. No entanto, passado o período de plantio, foi verificada melhora das
condições climáticas na região. Com isso, a Conab revisou para cima a estimativa de produção no Sul do
País em 3% em relação ao levantamento anterior. No Rio Grande do Sul quase 60% da 1ª safra de milho
já está colhida.
Em sentido contrário, a 2ª safra de milho foi revisada para cima em 0,9%, refletindo a melhora das
expectativas com a produção no Mato Grosso do Sul, por conta das condições climáticas mais
favoráveis. Em função das chuvas elevadas, o plantio da safrinha começou atrasado, mas a melhora das
condições climáticas está minimizando o atraso, lembrando que cerca de 70% da safra já está plantada.
A safra total de milho no Brasil será recorde neste ano – estimativa de 76 milhões de toneladas. A Conab
estima exportações de 15 milhões de toneladas, volume abaixo dos 22 milhões exportados no ano
passado, na ocasião da quebra da safra norte-americana. Dificilmente o Brasil encontrará condições para
exportar todo o volume excedente, em função da expectativa de recuperação da produção norte-
americana. Os estoques de passagem deverão somar 15,5 milhões de toneladas – a média dos últimos
cinco anos foi de 6 milhões. Com esta configuração, os preços devem seguir movimento de baixa nos
próximos meses. A evolução do clima, durante a finalização do plantio da 2ª safra, ainda deverá trazer
volatilidade às cotações.
4
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
1.791
2.1942.349 2.344
2.622
2.356
2.588 2.650 2.5892.480
3.260
2.864
3.585
3.296
2.867
3.279
3.655
3.972
3.599
4.3114.158
4.8084.931
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
5.500
90
/91
91
/92
92
/93
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
/01
01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
*
em kg por ha Produtividade - Milho - 1991 - 2012
Produtividade –
milho
(em kg por ha)
1991 – 2013
Fonte e Projeção (*): Conab
Elaboração : BRADESCO
11,95 11,96
7,05
12,22
22,28
12,92
18,96
12,71
16,26
12,67
10,44
14,14
24,94
21,31
14,14
23,78
19,96
26,92
25,06
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13
Preço pago ao produtor de milho - Paraná Fonte: DeralElaboração e Projeção:
Em R$ por saca de 60 kg Fonte: DeralElaboração e Projeção:
Em R$ por saca de 60 kg
Fonte: Deral
Elaboração e Projeção: BRADESCO
Preço de milho ao
produtor – Praça
Paraná
(em R$ por saca de
60 kg)
2000 – 2013
5
217
235
267
215
316
237
413
326
493
711
418
322
347
546
753
603
792
676
546
639
160
260
360
460
560
660
760
860
jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13
Milho - Bolsa de Chicago - CBOTPreço futuro 1º vencimento
Em US$ cents por bushelFonte: Bloomberg Elaboração e Projeção: Bradesco
Dez/13
Milho - Preço Futuro 1º vencimento
(em US$ cents por
bushel)
2000 – 2013
Projeção de preço: média
dos preços futuros
Fonte: Bloomberg
Elaboração: Bradesco
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Café – As expectativas de boa safra no Brasil, mesmo em ano de baixa bienalidade, deverão manter os preços acomodados nos níveis atuais
26.000
16.800
27.500
18.860
34.547
27.170
31.100
28.137
48.480
28.820
39.272
32.944
42.512
36.070
45.992
39.470
48.095
43.484
50.826
48.570
11.000
21.000
31.000
41.000
51.000
61.000
94/9
5
95/9
6
96/9
7
97/9
8
98/9
9
99/0
0
00/0
1
01/0
2
02/0
3
03/0
4
04/0
5
05/0
6
06/0
7
07/0
8
08/0
9
09/1
0
10/1
1
11/1
2
12/1
3
13/1
4*
Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: BradescoProdução Nacional de Café - 1994 - 2012mil sacas de 60 kg
Produção Nacional de
Café
(em mil sacas de 60 kg)
1994 – 2013
Fonte e projeção (*): Conab
Elaboração: Bradesco
Fundamentos
Safra 2012/13 – bienalidade alta
Encerrada no Brasil;
Colheita iniciada em outubro de 2012 no Vietnã e na Colômbia.
Safra 2013/14 – bienalidade baixa
Em período de florada no Brasil – início da colheita em maio de 2013;
Colheita começará a partir de outubro de 2013 no Vietnã e na Colômbia – ainda não há
previsões para este países.
Os fundamentos de baixa para os preços do café nos próximos meses são:
Oferta elevada, principalmente da safra brasileira. A temporada 2013/14 começará a ser colhida
em maio e ainda restam 30% da safra passada para comercialização;
Chuvas regulares nas regiões produtoras corroboram a expectativa de uma boa safra no Brasil;
Compradores cautelosos, por conta das incertezas de retomada da economia global;
Proximidade do fim do inverno no hemisfério norte.
Os fundamentos de alta para os preços são:
Ataque de ferrugem nas lavouras cafeeiras da América Central. No entanto as possíveis perdas
ainda não foram quantificadas pelos acompanhamentos de safra;
Baixos estoques globais.
Viés de alta para preços do café ainda são limitados, em razão da expectativa de entrada da safra
brasileira a partir de maio. De todo modo, os reduzidos estoques de café nos tradicionais países
compradores deverão dar piso às cotações.
CA
FÉ
6
Safra 13/14 Mil sacas 60 kg Var. %
1º Levantamento Jan/13 48.570
2º Levantamento Mai/13
3º Levantamento Set/13
4º Levantamento Dez/13
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
223,6
104,4
239,8
337,0
230,4
291,4
245,8
269,8
247,51
282,2
327,99
530,76
457,81
387,53 317,72
371,55
417,74
90,0
140,0
190,0
240,0
290,0
340,0
390,0
440,0
490,0
540,0
590,0
jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14
Café Arábica - Preço ao Produtor - Praça São Paulo 2000 - 2012Em R$ por saca 60 kg Fonte: Cepea EsalqElaboração e Projeção: Bradesco
Fonte: Cepea Esalq Elaboração: Bradesco
Café Arábica - Preço ao
Produtor - Praça São Paulo
(em R$ por saca de 60 kg)
2000 – 2014
Projeção de preço: média dos
preços futuros BMF BOVESPA
7
Fonte: Bloomberg
Elaboração: Bradesco
Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento
(em US$ cents por libra
peso)
2000 – 2014
Projeção de preço: média
dos preços futuros 115,06
63,15 66,17
67,78
99,01
129,13
96,55
130,86
152,15
108,70
142,59
204,99
288,27
180,03
141,43
155,60 161,70
35,0
85,0
135,0
185,0
235,0
285,0
335,0
jan
/00
jan
/01
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/02
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/03
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/06
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/09
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/10
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/11
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/12
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/13
jan
/14
Projeção de preço: média dos preços futurosCafé em grão - Bolsa de Nova York - NYBOT
2000 - 2010Em US$ cents por libra peso
Fonte: Bloomberg Elaboração:
46,7%48,3%
40,9%
35,2%
42,8%
33,2%
28,7%
24,1%23,4%
20,4%
35,0%
41,0%
33,5%
28,3%
25,4%
29,0%
21,7%20,5%
17,6%
85,0
67,9
180,0
53,45
251,0
170,55
149,80
40,0
90,0
140,0
190,0
240,0
290,0
7,0%
12,0%
17,0%
22,0%
27,0%
32,0%
37,0%
42,0%
47,0%
52,0%
90/9
1
91/9
2
92/9
3
93/9
4
94/9
5
95/9
6
96/9
7
97/9
8
98/9
9
99/0
0
00/0
1
01/0
2
02/0
3
03/0
4
04/0
5
05/0
6
06/0
7
07/0
8
08/0
9
09/1
0
10/1
1
11/1
2
12/1
3*
Relação Estoque Consumo Mundial de Café 1990 - 2011
Estoque/consumo
Preço médio
•Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Nybot, OICElaboração: Bradesco
•Projeção de estoque: USDA, Projeção de Consumo: OIC•Projeção de preço: média dos preços futuros
Fonte: Nybot, OIC e USDAElaboração: Bradesco
Relação Estoque
Consumo Mundial de
Café
1990 – 2013 Projeção de preço: média dos preços futuros
Fonte: Nybot, OIC Elaboração: Bradesco
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
BO
I
Boi – Exportações em alta e demanda interna estável, em nível elevado, deverão impedir retração acentuada das cotações, mas a elevada oferta de boi gordo deverá levar à retração das cotações nos próximos meses
Fundamentos A oferta de boi pronto para abate foi crescente ao longo de 2012. No ano, os abates cresceram 7,2%
comparativamente ao ano anterior, refletindo as boas condições das pastagens, beneficiadas pelas
chuvas regulares. O volume de oferta deverá continuar alto neste ano, alavancado pelo clima regular,
exercendo pressão de baixa para as cotações do boi.
Outros fatores de pressão de baixa para os preços do boi são:
A demanda interna deverá se manter estável, dado que já cresceu bastante e a expansão da
renda será mais moderada neste ano;
Aumento da concorrência com as carnes avícola e suína, cujos preços começaram a ceder,
refletindo a menor pressão dos custos de produção à base de milho.
Por outro lado, a recuperação das exportações deverá impedir queda mais acentuada dos preços. As
exportações cresceram 12,5% em volume em 2012, e em janeiro deste ano os embarques foram 48%
superiores ao volume exportado no mesmo período do ano passado.
A combinação de exportações em alta e demanda interna estável, em nível elevado, deverá impedir
retração acentuada das cotações, mas a elevada oferta de boi gordo deverá levar ao recuo das
cotações nos próximos meses. Já a partir de junho, em movimento sazonal, deveremos observar alta,
com a entrada do clima mais seco.
8
Exportações Brasileiras
de carne bovina
(em toneladas)
2011 – 2013
FONTE: SECEX
ELABORAÇÃO: BRADESCO
64.794
96.522
82.533
76.463
84.849
93.256
80.613
70.893 70.893
99.888
89.868
100.179
106.345
120.393
101.746104.974
60.000
70.000
80.000
90.000
100.000
110.000
120.000
130.000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Exportações Brasileiras de carne bovina - 2010 - 2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco
2011
2012
2013
33,0%
32,0%
31,5%31,2%
31,2%
30,9%
30,4%
29,6%29,8%
30,0%
30,2%
31,3%
32,8%
33,5% 33,6%
33,8%
34,0% 34,1% 34,3%
29%
30%
31%
32%
33%
34%
35%
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Participação do abate de vacas no total de abates - 2008 - 2011 Fonte: IBGE Elaboração: Bradesco
2009 2010 2011 2012 Participação do abate
de vacas no total de
abates
2009 - 2012
FONTE: IBGE
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
57,91
48,64
61,77
93,30
74,52
106,95
90,81
98,08
93,80
99,25
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
110,0
120,0
jan
/02
jan
/03
jan
/04
jan
/05
jan
/06
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/07
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/08
jan
/09
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/10
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/11
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/12
jan
/13
BOI GORDO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA SP
Em R$ por arroba (15 kg)Fonte: Cepea EsalqElaboração e Projeção: Bradesco
Boi Gordo – Preço ao
Produtor – Praça São Paulo
(em R$ por arroba)
2000 – 2013
FONTE: CEPEA
ELABORAÇÃO: BRADESCO
9
2,44
2,22
2,03
2,41
2,63
2,53
2,43
2,38
2,31
2,33
2,09
2,03
2,18
2,29
2,22
1,9
2,1
2,3
2,5
2,7
2,9
fev
/00
ma
i/0
0a
go
/00
no
v/0
0fe
v/0
1m
ai/
01
ag
o/0
1n
ov/0
1fe
v/0
2m
ai/
02
ag
o/0
2n
ov/0
2fe
v/0
3m
ai/
03
ag
o/0
3n
ov/0
3fe
v/0
4m
ai/
04
ag
o/0
4n
ov/0
4fe
v/0
5m
ai/
05
ag
o/0
5n
ov/0
5fe
v/0
6m
ai/
06
ag
o/0
6n
ov/0
6fe
v/0
7m
ai/
07
ag
o/0
7n
ov/0
7fe
v/0
8m
ai/
08
ag
o/0
8n
ov/0
8fe
v/0
9m
ai/
09
ag
o/0
9n
ov/0
9fe
v/1
0m
ai/
10
ag
o/1
0n
ov/1
0fe
v/1
1m
ai/
11
ag
o/1
1n
ov/1
1fe
v/1
2m
ai/
12
ag
o/1
2n
ov/1
2fe
v/1
3
Fonte: Cepea EsalqElaboração: Bradesco Relação de Troca entre boi gordo e bezerro - 1996 - 2012
QUANTIDADE DE BEZERROS QUE É POSSÍVEL COMPRAR COM UMA CABEÇA DE BOI
QUANTO MENOR PIOR – INDICA AUMENTO DE CUSTOS COM A REPOSIÇÃO
Relação de Troca entre
boi gordo e bezerro
2000 - 2013
FONTE: CEPEA
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Projeção de preço: média
dos preços futuros BMF
BOVESPA
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Açúcar e Etanol – Cotações do açúcar sem expectativas de alta, refletindo a expressiva safra brasileira. Preços do etanol devem cair com a entrada da safra em abril, mas devem subir nos meses seguintes, por conta da elevação da mistura na gasolina e da expansão das exportações para os EUA
Fundamentos Preços internacionais do açúcar não têm fundamento de alta, principalmente por conta da expectativa
com a safra recorde 2013/14 do Brasil, que começa a ser colhida a partir de abril no Centro-Sul. As
estimativas ainda preliminares apontam que o volume de cana processada deverá crescer até 15% em
relação à safra passada.
As estimativas para a safra 2013/14 são de elevação mais acentuada para a produção de etanol, em
razão dos preços pouco remuneradores do açúcar. Com isso, no início da safra, a partir de abril, os
preços do etanol deverão passar por movimento de baixa.
As estimativas são de forte incremento para a demanda por etanol – são esperadas elevações entre
15% e 20% da demanda, impulsionada pelo mercado interno e externo:
A partir de 1º de maio entrará em vigor o aumento da mistura do etanol anidro na gasolina, de
20% para 25%
No ano passado as exportações de etanol subiram 57% em volume, impulsionadas pela
demanda norte-americana. A necessidade de importação de etanol pelos EUA ainda continuará
elevada, considerando a quebra de safra de milho no país e a exigência da Lei de Biosegurança
de consumo de etanol fabricado a partir de cana, que é menos poluente comparativamente ao
milho.
Os preços do açúcar devem continuar nos níveis atuais, sem expectativas de alta, por conta da
expressiva safra brasileira. As cotações do etanol devem cair com a entrada da safra em abril, mas
devem assumir tendência de alta nos meses seguintes, refletindo: (i) a elevação dos preços da gasolina,
que foram reajustados em 6,6% no final de janeiro; (ii) o aumento da mistura de 20% para 25% de etanol
na gasolina a partir de 1º de maio e (iii) continuidade da expansão das exportações para os EUA.
10
AÇ
ÚC
AR
E
ETA
NO
L
Produção nacional de
cana-de-açúcar
Em mil toneladas
1990 – 2013
FONTE: CONAB
ELABORAÇÃO: BRADESCO
222.429 223.460240.944
287.810
314.969
257.592
320.650
359.316
431.413
474.800
559.432
604.514623.905
560.364
596.630
150.000
330.000
510.000
690.000
90
/91
91
/92
92
/93
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
/01
01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
*
mil toneladasProdução Nacional de Cana-de-Açúcar - 1990 - 2012
Fonte e projeção : Conab Elaboração. Bradesco
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Preço de Etanol Hidratado
(em R$ por metro cúbico)
2010 - 2013
FONTE: BMF BOVESPA
ELABORAÇÃO: BRADESCO
11
Preços internacionais de
açúcar
(em US$ cents por
bushel)
2000 – 2013
Projeção de preço: média
dos preços futuros
FONTE: BLOOMBERG
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Produção nacional de
açúcar (em mil toneladas)
Produção nacional de
etanol (em mil litros)
1993 – 2013
FONTE: CONAB
ELABORAÇÃO: BRADESCO
11.700
19.380
16.020
27.500
38.168
35.968
37.664
12.692
13.078
10.518
14.640
23.007
25.763
27.595
24.926
23.624
8.000
15.000
22.000
29.000
36.000
43.000
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
/01
01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
*
Açúcar em mil toneladasEtanol em mil litros
Fonte e (*) Projeção: Conab Elaboração: Bradesco
Produção nacional de açúcar e de etanol 1993 – 2012
AÇÚCAR
ÁLCOOL
5,6
10,7
9,0 8,8
4,7
9,0
8,4
17,9
8,9
13,1
11,3
28,4
14,6
32,1
21,9
29,5
24,9
20,2
19,4
18,49
3,0
9,0
15,0
21,0
27,0
33,0
jan
/00
jan
/01
jan
/02
jan
/03
jan
/04
jan
/05
jan
/06
jan
/07
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/08
jan
/09
jan
/10
jan
/11
jan
/12
jan
/13
Preços internacionais de açúcar – NYBOT – Preço futuro 1º Vencto 2000 – 2013Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco
Em US$ cents por libra peso
de
z/1
3
1.089,7
762,2
1.525,5
1.061,9
1.326,2
1.252,6
1.062,0
1.288,2
1.168,5
1.115,5
710
810
910
1.010
1.110
1.210
1.310
1.410
1.510
1.610
fev/1
0m
ar/
10
ab
r/10
mai/1
0ju
n/1
0ju
l/10
ag
o/1
0set/
10
ou
t/10
no
v/1
0d
ez/
10
jan
/11
fev/1
1m
ar/
11
ab
r/11
mai/1
1ju
n/1
1ju
l/11
ag
o/1
1set/
11
ou
t/11
no
v/1
1d
ez/
11
jan
/12
fev/1
2m
ar/
12
ab
r/12
mai/1
2ju
n/1
2ju
l/12
ag
o/1
2set/
12
ou
t/12
no
v/1
2d
ez/
12
jan
/13
fev/1
3m
ar/
13
ab
r/13
mai/1
3ju
n/1
3ju
l/13
ag
o/1
3
em R$ por metro cúbico
Projeção de preço: preços
futuros BMF BOVESPA
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Acompanhamento de
safra de soja no Brasil
(em mil toneladas)
2012/13
FONTE: CONAB
ELABORAÇÃO: BRADESCO
FONTE: USDA
ELABORAÇÃO: BRADESCO
12
Acompanhamento de safra
240
271 271267
260 258264
268 268 269 270 268
226
234 234 232227 227 229
231231 232 232 231
56,0
58,5
55,7
53,1
57,6
60,059,9 59,5
60,1 60,2
50,0
52,0
54,0
56,0
58,0
60,0
62,0
64,0
150,0
170,0
190,0
210,0
230,0
250,0
270,0
290,0
2011/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13
Estoque Final Mundial
Produção Mundial
Consumo Mundial
World productionWorld consumptionFinal world
stock
Acompanhamento de
safra mundial de soja
(em mil toneladas)
2012/13
24,8%
24,8%25,0%
24,0%
23,5%
23,4%
25,1%
26,0%25,9%
25,6%
25,9%
26,1%
23,0%
23,5%
24,0%
24,5%
25,0%
25,5%
26,0%
26,5%
2011/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13
Relação Estoque
Consumo Global de soja
safra 2012/13
FONTE: USDA
ELABORAÇÃO: BRADESCO
75.324
66.383
81.440 81.54182.628 82.679
83.424
82.064
60.000
65.000
70.000
75.000
80.000
85.000
2010/11 2011/12 2012/13 out 2012/13 nov 2012/13 dez 2012/13 jan 2012/13 fev 2012/13 mar
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Relação Estoque
Consumo Global de
milho
2012/13
FONTE: CONAB
ELABORAÇÃO: BRADESCO
15,1%
16,5%16,9%
14,9%
14,3%14,5%
13,7% 13,8%
13,6%
13,4%
13,6%13,5%
13,2%
14,2%
15,2%
16,2%
17,2%
2011/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13
FONTE: USDA
ELABORAÇÃO: BRADESCO
13
Acompanhamento de
safra de milho no Brasil
(em mil toneladas)
2012/13
882
946950
905
849841 839 840
849852 854
854875
921 923
901
862857
853 854
863868 867 868
132,1
155,7
134,1
123,3 124,0117,3 118,0 117,6 116,0
118,0117,5
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
180,0
780,0
800,0
820,0
840,0
860,0
880,0
900,0
920,0
940,0
960,0
2011/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13
Estoque final mundial
Produção mundial
Consumo mundial
World production World consumptionFinal world stock
Acompanhamento de
safra mundial de
milho
(em mil toneladas)
2012/13
FONTE: CONAB
ELABORAÇÃO: BRADESCO
57.407
72.980 72.558 72.199 71.936 72.193
76.011 76.068
50.000
55.000
60.000
65.000
70.000
75.000
80.000
2010/11 2011/12 2012/13 out 2012/13 nov 2012/13 dez 2012/13 jan 2012/13 fev 2012/13 mar
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Variação da
Produção de milho
safra 2012/13
FONTE: CONAB
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Acompanhamento da
safra de milho
1ª safra no Brasil
(em mil toneladas)
2012/13
FONTE: CONAB
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Acompanhamento da
safra de milho
2ª safra no Brasil
(em mil toneladas)
2012/13
FONTE: CONAB
ELABORAÇÃO: BRADESCO
14
2,7%
4,2%
5,5%
1,0% 1,5% 2,0% 2,5% 3,0% 3,5% 4,0% 4,5% 5,0% 5,5% 6,0%
1ª safra
milho -total
2ª safra
Fonte: Conab Elaboração: Bradesco
VAR. % DA PRODUÇAO DE MILHO SAFRA 2012/2013
34.947
33.867
35.201
34.737
34.47534.701
35.096
34.792
32.000
32.500
33.000
33.500
34.000
34.500
35.000
35.500
36.000
36.500
37.000
2010/11 2011/12 2012/13 out 2012/13 nov 2012/13 dez 2012/13 jan 2012/13 fev 2012/13 mar
22.460
39.113
37.357 37.462 37.462 37.462
40.915 41.276
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
2010/11 2011/12 2012/13 out 2012/13 nov 2012/13 dez 2012/13 jan 2012/13 fev 2012/13 mar
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
FONTE: Bloomberg
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Posições não
comerciais e preços
internacionais de soja
2006 - 2013
FONTE: Bloomberg
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Posições não
comerciais e preços
internacionais de milho
2009 - 2013
FONTE: Bloomberg
ELABORAÇÃO: BRADESCO
-89.468
-16.898
-56.797
203.215
-28.178
1.628
-100.000
-60.000
-20.000
20.000
60.000
100.000
140.000
180.000
220.000
260.000
380
580
780
980
1.180
1.380
1.580
1.780
mar/
06
jun
/06
set/
06
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06
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07
jun
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08
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09
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/10
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10
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11
dez/
11
mar/
12
jun
/12
set/
12
dez/
12
mar/
13
US$ c / bushel em número de contratos
posição não comercial
preço soja
16-j
un
-09
113.201
-119.389
413.915
763,50 789,5
-200.000
-100.000
0
100.000
200.000
300.000
400.000
150
250
350
450
550
650
750
850
mar/
09
ab
r/09
mai/0
9ju
n/0
9ju
l/09
ag
o/0
9set/
09
ou
t/09
no
v/0
9d
ez/
09
jan
/10
fev/1
0m
ar/
10
ab
r/10
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0ju
n/1
0ju
l/10
ag
o/1
0set/
10
ou
t/10
no
v/1
0d
ez/
10
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/11
fev/1
1m
ar/
11
ab
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1ju
n/1
1ju
l/11
ag
o/1
1set/
11
ou
t/11
no
v/1
1d
ez/
11
jan
/12
fev/1
2m
ar/
12
ab
r/12
mai/1
2ju
n/1
2ju
l/12
ag
o/1
2set/
12
ou
t/12
no
v/1
2d
ez/
12
jan
/13
fev/1
3m
ar/
13
Em número de contratos US$ cents por bushel
posição não comercial
preço milho
140
-30.000
-20.000
-10.000
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
0
50
100
150
200
250
300
350
mar/
06
mai/0
6
jul/06
set/
06
no
v/0
6
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/07
mar/
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7
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set/
07
no
v/0
7
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/08
mar/
08
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8
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set/
08
no
v/0
8
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/09
mar/
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9
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09
no
v/0
9
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/10
mar/
10
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0
jul/10
set/
10
no
v/1
0
jan
/11
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11
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1
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set/
11
no
v/1
1
jan
/12
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12
mai/1
2
jul/12
set/
12
no
v/1
2
jan
/13
mar/
13
Posições Não Comerciais e Preços Internacionais de café - Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco
posição não comercial
Café
16-j
un
-09
US$ c / libra em número de contratos
Posições não comerciais
e preços internacionais
de café
2006 - 2013
Acompanhamento das posições não comerciais
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
SO
JA
Complexo Soja
Da soja em grão produzida no Brasil, 45% é exportada e 55% é destinada à moagem. O processo de
moagem resulta em 72% farelo e 18% óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo
produzido, 50% é exportado e do óleo, 20% é exportado.
A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%.
Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável.
No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos como mortadelas e salsichas e
cerca de 80% é utilizada na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e
suínos.
Países de destino
Grão: 65% China, 25% Europa, 10% outros países asiáticos.
Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos.
Sazonalidade
Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio.
Regionalização
Centro Oeste: 45%, Sul 38%, 8% Nordeste, 6% Sudeste
Ranking
O Brasil é o segundo maior player global de produção e de exportação de soja, após os EUA.
Produção Exportação Produção Exportação Produção Exportação
EUA 35,5% 44,2% 20,2% 14,0% 20,6% 12,9%
Brasil 26,4% 32,0% 15,1% 22,9% 15,8% 16,2%
Argentina 19,8% 12,8% 17,2% 49,3% 17,7% 54,6%
China 5,6% 0,0% 25,8% 0,0% 24,6% 0,0%
Grãos Farelo ÓleoRanking
Fonte : USDA
Elaboração : BRADESCO
Ranking mundial do
complexo soja
safra 2011 - 2012
Retrato do mercado
16
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações o milho
representa:
64% da avicultura
65% da suinocultura
23% da pecuária de leite
Países de destino
O milho é uma cultura mais voltada para o mercado doméstico, pois atende à forte demanda da
avicultura e da suinocultura, atividades muito desenvolvidas na região Sul e Sudeste do Brasil.
As exportações de milho são realizadas quando há excedente de produção. Na safra 2010/11 as
exportações responderam por 15% do volume produzido.
Sazonalidade
O milho tem duas safras:
Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e
maio. Representa 53% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 43,4% Sul, 30,3% Sudeste,
10% Centro Oeste,12,8% Nordeste.
Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro.
Responde por 47% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 59,3% Centro Oeste, 30,7% Sul
(somente Paraná), 5,7% Sudeste, 3% Nordeste (somente Bahia).
Ranking
O Brasil é o 4º maior produtor global de milho, com 7% de participação no mercado e o 3º maior
exportador, com 9% de participação.
MIL
HO
Retrato do mercado
17
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
O Brasil exporta 70% do café produzido, sendo 96% de café verde e 4% de café solúvel
A cultura de café tem elevados custos com mão-de-obra, que representam cerca de 50% dos custos
totais, pois a maior parte da colheita é manual.
Países de destino
Café verde: 60% Europa.
Café solúvel: 18,5% EUA, 11,3% Rússia, 6% Japão.
Regionalização
Distribuição regional da produção de café arábica:
67,9% Minas Gerais
10,8% São Paulo
9,1% Espírito Santo
5,4% Bahia
5,3% Paraná
Distribuição regional da produção de café robusta:
71,2% Espírito Santo
14,3% Rondônia
6,4% Bahia
2,4% Minas Gerais
Sazonalidade
A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se
estende até setembro.
Ranking
O Brasil é o maior player global de café com participação de 39,2% na produção e de 30,5% na
exportação. Os demais players, como Vietnã e Colômbia tem baixo consumo interno, ao contrário do
Brasil que responde por 15% do consumo mundial.
CA
FÉ
Retrato do mercado
18
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para
abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideal
para abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro.
As exportações respondem por 17% da produção nacional de carne bovina.
O complexo carnes vem passando por mudanças estruturais como:
Em 2004 o Brasil se consolidou como maior exportador mundial de carne bovina e de frango;
Processo produtivo – redução do ciclo de abate;
Regionalização – deslocamento da produção para as regiões Centro-Oeste e Norte do País;
Consolidação – movimento de fusões e aquisições;
Internacionalização – compra de frigoríficos no exterior por empresas nacionais. JBS, Marfrig e Bertin
compraram plantas na Argentina e no Uruguai. JBS comprou a Swift com plantas nos EUA e na
Austrália e se tornou o maior do mundo;
Abertura de capital – JBS (ex-Friboi), Marfrig, Minerva.
Países de destino
A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com
participação de 27%. Os países árabes respondem por 30%.
Regionalização
Os abates de bovinos tem a seguinte distribuição regional: 34,8% Centro-Oeste, 22,7% Norte, 18,2%
Sul, 13,5% Sudeste, 10,8% Nordeste.
Ranking
O Brasil é o 2º maior produtor global de carne bovina com 15,9% de participação, antecedido pelos EUA
que detém 21%.
O Brasil é o maior exportador mundial com 20% do mercado.
Sazonalidade
O ciclo da pecuária bovina é longo – 2,5 anos contando desde o nascimento do bezerro até o abate do
animal com aproximadamente 15 arrobas.
O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto,
alimentado à base de capim.
O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde
por apenas 5% do total de abates.
A safra bovina ocorre no 1º semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes.
Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores.
A entressafra bovina ocorre no 2º semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as
pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços do boi se
elevam nesse período, porque a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais
elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado.
Nos confinamentos há dois turnos:
1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro
2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro
BO
I
Retrato do mercado
19
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Complexo Sucroalcooleiro
Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destina à produção de cana e 54% à produção de
etanol (safra 2011/12).
O açúcar tem a seguinte destinação: 68% exportação e 32% mercado doméstico. O etanol tem a
seguinte destinação: 7% exportação e 63% mercado interno.
Do total de etanol produzido, 68% é hidratado (usado como combustível nos carros flex fuel) e 32% é
usado como anidro (misturado à gasolina na proporção de 20% a 26%).
O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de
70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável.
Países de destino
Açúcar Bruto (73% da produção) : 16% Rússia, 10% China;
Açúcar Refinado (27% da produção): Países árabes e africanos;
Etanol: 34% EUA, Coreia do Sul 15%, Japão 14%.
Sazonalidade
A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da cana é de 18 meses, e da
mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média.
O período de colheita da cana ocorre entre abril e novembro. Nesse período as usinas operam 24
horas. Entre os meses de janeiro e março as plantas são desmontadas para manutenção.
O Brasil é o único grande player mundial com safra no 1º semestre do ano. Os demais: EUA, Europa,
Índia, Tailândia e Austrália têm início de safra a partir do 2º semestre do ano.
Regionalização
65% Sudeste, 16,8% Centro-Oeste, 10,3% Nordeste, 7,3% Sul.
Ranking
O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar com participação de 21,2%. Os demais players são: Índia
16,8%, União Europeia 9,9%, China 7%, Tailândia 6%.
O Brasil é o maior exportador, com participação de 42% no mercado global. Os demais exportadores
são: Tailândia 15,3%, Austrália 5,2%.
Os maiores produtores mundiais de etanol são: 45% EUA e 33,5% Brasil.
AÇ
ÚC
AR
E
ETA
NO
L
Retrato do mercado
20
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Economia Internacional: Fabiana D’Atri / Leandro de Oliveira Almeida/ Felipe Wajskop França/ Andrea Marcos Angelo
Economia Doméstica: Robson Rodrigues Pereira / Andréa Bastos Damico / Igor Velecico / Ellen Regina Steter / Myriã Bast /
Priscila Pereira Deliberalli
Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Rita de Cassia Milani
Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Ana Maria Bonomi Barufi / Leandro Câmara Negrão
Estagiários: Ana Beatriz Ract Pousada / Thiago Chaves-Scarelli / Andre Kengi Alves Hirata / Henrique Araújo da Silva / Elias
Celestino Cavalcante / Alex Panoni Furtado/ Laura Marsiaj Ribeiro / Klaus Heinz Troetschel
Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos
Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo
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Equipe Técnica
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