AGU - Ações Regressivas - Atuação Do AGU Nas Ações Regressivas - Ano 2010

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  • PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARFluxograma sinttico do rito ordinrio

    1 - INSTAURAODesignao da comisso

    2.1.1 - Atos Inaugurais: instalao da comisso; comunicao da instalao;

    designao do secretrio; estudar os autos i:

    r2.1.2 - tos de instru

    servidor; oitivas, diligm consultas, pesquisas, pe

    nterrogat

    o: notificao do cias, reprodues, rcias, acareaes, rio I

    12.1.3 - Indiciao e citao para apresentar defesa escrita ou absolvio sem indiciar

  • PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARFiuxograma detalhado do rito ordinrio

    Julgamento de formalidades (autoridade

    instauradora)

    Julgamento de mrito pela autoridade

    instauradora

    InolRemete

    julgamento para autoridade

    julgadora acima

    Processo paraunidade de

    lotao, paracincia

    nao

    Pedido de reconsiderao

    e/ou recurso

  • PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARFluxograma do rito sumrio - abandono de cargo e inassiduidade habitual

  • PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARFluxograma do rito sumrio - acumulao ilegal de cargos

  • 3 - DEFINIES E CONCEITOS INTRODUTRIOS

    Caso o juzo de admissibilidade conclua pela existncia de elementos de materialidade e de autoria de suposta irregularidade funcional cometida por servidor no pleno exerccio do seu cargo ou em ato a ele associado, a autoridade instauradora decide pelo acatamento da representao ou da denncia e instaura o processo administrativo disciplinar, com o fim de se comprovar a configurao ou no da infrao e de se esclarecer se h ou responsabilizao funcional a se imputar ao infrator.

    Todavia, antes de adentrar na descrio do rito processual da Lei n 8.112, de 11/12/90, faz-se indispensvel apresentar alguns conceitos introdutrios do regime disciplinar e do processo administrativo disciplinar, sobretudo acerca do alcance desta sede de Direito e das diversas fontes que a informam.

    3.1 - CONCEITUAO, OBJETIVOS, MATERIALIDADE, AUTORIA E RESPONSABILIZAO

    Como em diversas outras sedes jurdicas, o Direito Disciplinar possui uma parte substantiva, de Direito material, chamada de regime disciplinar, e uma parte adjetiva, de Direito processual, que o processo administrativo disciplinar propriamente dito. Na sede administrativa federal, ambas as partes tm base legal na Lei n 8.112, de 11/12/90: o regime disciplinar est regulado no seu Ttulo IV (dos arts. 116 a 142) e o processo disciplinar est regulado no seu Ttulo V (dos arts. 143 a 182). Enquanto o regime disciplinar define as infraes administrativas, as penalidades administrativas a elas associadas, a competncia para aplicar essas penalidades e o prazo de prescrio da punibilidade, o processo disciplinar define o rito ou procedimento, isto , a seqncia legal de atos para se comprovar o cometimento da ilicitude ou a inocncia do servidor e, em conseqncia, se for o caso, para se apen-lo, na devida forma legal, com a pena associada.

    Assim se inter-relacionam os trs conceitos: enquanto o processo administrativo disciplinar propriamente dito constitui-se em uma conjugao ordenada de atos na busca da correta e justa aplicao do regime disciplinar, chama-se de procedimento (ou rito) o caminho, a forma utilizada para se conjugar ordenadamente os atos do processo, na busca daquele objetivo. E, para este fim, antecipa-se que a Lei n 8.112, de 12/11/90, prev trs diferentes procedimentos: o processo administrativo disciplinar stricto sensu (que pode ter ritos ordinrio ou sumrio) e a sindicncia contraditria. Independentemente do rito, como nas demais sedes jurdicas, o processo administrativo disciplinar no subsiste por si s e no deve ser entendido jamais como um fim em si mesmo, mas sim meio de instrumentalizao da correta e devida aplicao do regime disciplinar.

    Se o processo administrativo disciplinar, no sentido lato acima, contemplando as trs espcies, o meio de instrumentalizao legalmente obrigatrio para a aplicao do regime disciplinar, cogitando-se da base principiolgica que informa o Direito pblico punitivo no ordenamento ptrio, conclui-se que tambm o meio com que se assegura a busca da justa aplicao do Direito (e da justia, em sntese). Com essa interpretao mais ampla, percebe-se que o processo administrativo disciplinar no s o meio legal para a aplicao de qualquer tipo de penalidade administrativa mas tambm deve ser compreendido como instrumento de prova de inocncia do servidor. Da, como corolrio, o processo administrativo disciplinar deve ser entendido como uma prerrogativa, uma faculdade exclusiva do servidor, uma vez que a possvel concluso por responsabilizao e a conseqente apenao somente se daro aps se submeter ao rito com garantia de ampla defesa e de contraditrio e, no caso contrrio, funciona como o rito garantidor da comprovao da sua inocncia, garantias essas que no se atribuem, por exemplo, a um empregado pblico celetista, conforme se ver em 3.2.4.1.2,

    Se verdade que, dentre as inmeras atividades que competem administrao pblica, encontra-se o poder disciplinar sobre seus agentes, o processo administrativo

  • disciplinar funciona, ao mesmo tempo, como instrumento de exerccio controlado desse poder e como instrumento de proteo dos direitos que a legislao prev para os servidores, como o rito garantidor do emprego desses direitos, afastando-se perseguies pessoais e arbtrio. O processo administrativo disciplinar tem como objetivo especfico esclarecer a verdade dos fatos constantes da representao ou denncia associadas, direta ou indiretamente, a exerccio do cargo, sem a preocupao de incriminar ou exculpar indevidamente o servidor. Com isso, pode-se definir o processo administrativo disciplinar como a sucesso formal de atos realizados pela administrao pblica, por determinao legal e em atendimento a princpios de Direito, com o objetivo nico de apurar os fatos relacionados com a disciplina de seus servidores (ou seja, os ilcitos administrativos).

    Formulao-Dasp n 215. Inqurito administrativoO inqurito administrativo no visa apenas a apurar infraes, mas tambm oferecer oportunidade de defesa.Parecer-AGU n GQ-98, no vinculante: 11. Porm, investigao se procede com o objetivo exclusivo de precisar a verdade dos fatos, sem a preocupao de incriminar ou exculpar indevidamente o servidor STF, Enunciado da Smula n 19 inadmissvel segunda punio de servidor pblico, baseada no mesmo processo em que se fundou a primeira.

    Para o fim da correta e devida aplicao do regime disciplinar, para o qu o processo disciplinar atua como instrumento, de se ressaltar de imediato a importncia que o aplicador deve prestar ao art 148 da Lei n 8.112, de 11/12/90, em geral mitigada talvez pelo fato de o legislador t-lo inserido no meio do Ttulo V, que trata da matria processual. A determinao imposta por este dispositivo legal de tamanha importncia que deveria ter sido introduzida na Lei no se referindo apenas ao processo (que, como mero instrumento, em ltima anlise, no tem um objetivo prprio que sobreviva por si s), mas sim deveria ter constado de forma destacada como uma disposio geral, como um prembulo de toda a matria disciplinar do Estatuto, restringindo as abrangncias objetiva e subjetiva do Direito Disciplinar como um todo. O art. 148 da Lei n 8.112, de 11/12/90, atua como um demitador legal da atuao estatal punitiva sobre seu corpo funcional, definindo que esta persecuo (o processo como instrumento), como regra, limita-se to-somente a atos ilcitos funcionais cometidos por servidor.

    Lei n 8.112, de 11/12/90 - Art. 148. O processo disciplinar o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infrao praticada no exerccio de suas atribuies, ou que tenha relao com as atribuies do cargo em que se encontre investido.

    Na prtica, independentemente da literalidade adotada pelo legislador, o mandamento delimitador do enfoque de atuao embutido no art. 148 da Lei n 8.112, de 11/12/90, deve ser lido no apenas para aplicao do processo em si (visto que no se aplica o processo por si s, com um fim em si mesmo; o processo no se move por si mesmo), mas sim como instrumento de aplicao do regime disciplinar, de forma que possa se falar, indistintamente, em limitao da aplicao do regime ou do processo disciplinar, pois, de uma forma ou de outra, se estar respeitando a vontade maior da Lei, que de limitar a aplicao do Direito Disciplinar como um todo.

    Sendo assim, na matria que aqui interessa, tal mandamento, acerca das delimitadas abrangncias objetiva e subjetiva do processo disciplinar, se volta tanto autoridade instauradora, em seu juzo de admissibilidade antes de instaurar o processo; quanto comisso processante, ao conduzir o apuratrio e concluir pelo cometimento ou no de irregularidade; quanto, por fim, autoridade julgadora, ao decidir pelo arquivamento ou pela punio do servidor.

  • No obstante, de se destacar a rica e dupla feitura que se extrai do art. 148 da Lei n8.112, de 11/12/90. Se, por um fado, o dispositivo freia o indevido mpeto persecutrio e punitivo da administrao, por outro lado, dentro do foco de atuao que ele mesmo permite, o mandamento confere uma relevante abrangncia ao regime disciplinar. Este dispositivo legal, conforme sua literalidade, deve ser lido atentamente em duas partes: a parte inicial o define o processo disciplinar como o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infrao praticada no exerccio de suas atribuies, enquanto que a parte final acrescenta que tambm o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infrao que tenha relao com as atribuies do cargo em que se encontre investido.

    Percebe-se que a parte inicial do dispositivo legal de entendimento e de aplicao absolutamente cristalinos e previsveis ou ainda inquestionveis e esperados na matria em teia: o processo disciplinar o instrumento para apurar atos ilcitos cometidos por servidor no pleno exerccio de seu cargo. A contrario sensu, essa primeira parte permite extrair a regra geral de que o regime disciplinar, a priori, no alcana, por exemplo, atos de vida privada do servidor totalmente dissociados do cargo que ocupa. Mas o que aqui se quer ressaltar justamente a importncia - nem sempre percebida - da parte final do dispositivo legal, que tambm prev a aplicao do processo disciplinar para apurar atos que, embora no cometidos no pleno exerccio do cargo, guardam uma relao ainda que indireta com o mnus ou funo pblica do servidor. Essa parte final do dispositivo, ento, excepcionando a regra geral da parte inicial, confere poderes administrao para processar o servidor por atos que, embora praticados em ambiente de vida privada, em momento em que o servidor no est no seu pleno exerccio do cargo (atos cometidos fora da repartio ou fora da jornada de trabalho, por exemplo), guardam uma relao ao menos indireta com o cargo ou que decorram ao menos indiretamente das atribuies do cargo, deixando claro que a Lei contempla que o regime disciplinar abarque excepcionalmente estes atos de vida privada.

    Repise-se que o art. 148 da Lei n 8.112, de 11/12/90, um delimitador da atuao estatal punitiva; mas tambm, ao mesmo tempo, deve o aplicador perceber que, dentro do universo delimitado de atuao legalmente permitida, o regime disciplinar aplicado de forma abrangente. Por exemplo, alm de atos de vida privada indiretamente associados ao cargo, a princpio, o regime disciplinar tambm se aplica para atos cometidos por servidor em desvio de funo. No obstante a crtica que cabe prtica do desvio de funo, de se compreender que o ato cometido em tal condio funcional e guarda relao indireta com o cargo regular do servidor em desvio. O infrator somente pode chegar ao estado de atuar em desvio de funo porque, na base, como pr-requisito e demonstrador da existncia de relao ao menos indireta com o seu cargo regular, ele servidor. Investir em alegao em sentido contrrio, a favor da no responsabilizao por ato cometido em desvio de funo, significaria fomentar inaceitvel impunidade em decorrncia de mero aspecto formal.

    (...) Se (...) o servidor desviado de funo comete infrao (...) em razo daquele cargo que estava ocupando de modo irregular; cabvel a apurao pela via do processo disciplinar, ou este deve apenas ser instaurado quando forem irregularidades (...) que tenham relao com as atribuies do seu cargo, o de investidura regular? Em nosso entender, quando o dispositivo fala em (cargo em que se encontre investido, a expresso atinge a investidura regular, o desvio de funo ou mesmo a situao por demais anmala do funcionrio de fato. Antnio Carlos Palhares Moreira Reis, Processo DisciplinarJ\ pgs. 102 e 103, Editora Consulex, 2a edio, 1999

    Assim, pode-se sintetizar que a decorrncia do cometimento do ilcito administrativo - aqui compreendido como ato associado diretamente ao exerccio das atribuies do seu cargo ou, indiretamente, a pretexto de exerc-las -, a responsabilizao administrativa, que se dpeia aplicao das penalidades estatutrias, e que o processo administrativo disciplinar oinstrumento legal necessrio para responsabilizar administrativamente o servidor infrator, conforme prev o art. 124 da Lei n 8.112, de 11/12/90. A propsito, interpreta-se que este

  • cdispositivo iegal, ao mencionar a responsabilidade civil-administrativa, se reporta ^responsabilidade administrativa propriamente, conforme se aduzir em 4.14. (

    (Lei n 8.112, de 11/12/90 - Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa (-resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou (funo. ^

    A seguir, em 3.2, se apresentaro as definies, contornos e excluses de dois C conceitos empregados na sntese acima: ilcito e servidor. Antes, informe-se que a ( responsabilizao administrativa requer que se comprovem nos autos a materialidade do ilcito ^(ou seja, que se identifique a extenso do fato irregular, de ao ou omisso, contrrio ao ordenamento jurdico e associada ao exerccio do cargo) e a autoria (que se identifique o ^servidor envolvido com o fato irregular - nem sempre especificamente como o autor do fato, C mas mesmo que apenas como o causador ou propiciador para que outro o tenha cometido). ( Conforme j exposto acima, uma possvel responsabilizao ao final e conseqente apenao so meras decorrncias do poder-dever de apurar os fatos; a aplicao de pena, por si s, no . objetivo do processo administrativo disciplinar. ^

    Enquanto, por um lado, a materialidade fortemente associada ao conceito de ilcito (administrativo e este, por sua vez, se enquadra no que se chama de abrangncia objetiva, a autoria intrinsecamente associada ao conceito de servidor e este, por sua vez, se enquadra no que se chama de abrangncia subjetiva, conforme a seguir se detalhar.

  • ANEXO I - SNTESE DAS MANIFESTAES DA AGU

    O art. 4o, X e XI da Lei Complementar n 73, de 10/02/93, que a lei orgnica da Advocacia-Geral da Unio (AGU), estabelece que cabe ao Advogado-Geral da Unio emitir pareceres enfocando matria acerca da qual paire divergncia de entendimento na administrao. E segundo o art. 40, 1o da mesma norma, os pareceres adotados pelo Advogado-Geral da Unio so submetidos aprovao do Presidente da Repblica. Uma vez aprovado e publicado juntamente com o despacho presidencial, o parecer vincula a administrao federal, ficando os rgos e entidades pblicos do Poder Executivo federal obrigados a lhe dar fiel cumprimento. Os pareceres aprovados pelo Presidente da Repblica, mas no publicados, embora no vinculantes, podem ser tomados como referncia, visto que obrigam apenas aos rgos envolvidos no caso especfico, a partir do momento em que dele tenham cincia.

    Lei Complementar n 73, de 10/02/93 - Art. 4o So atribuies do Advogado- Geral da Unio:X - fixar a interpretao da Constituio, das leis, dos tratados e demais atos normativos, a ser uniformemente seguida pelos rgos e entidades da Administrao Federal;XI - unificar a jurisprudncia administrativa, garantir a correta aplicao das leis, prevenir e dirimir as controvrsias entre os rgos jurdicos da Administrao Federal;Art. 40. Os pareceres do Advogado-Geral da Unio so por este submetidos aprovao do Presidente da Repblica. 1o O parecer aprovado e publicado juntamente com o despacho presidencial vincula a administrao federal, cujos rgos e entidades ficam obrigados a lhe dar fiel cumprimento. 2o O parecer aprovado, mas no publicado, obriga apenas as reparties interessadas, a partir do momento em que dele tenham cincia.

    Diante da relevncia desses pareceres na matria disciplinar, convm destacar as principais interpretaes e integraes que deles se obtm para esclarecer passagens dbias ou lacunosas da Lei n 8.112, de 11/12/90. Nesse enfoque, aqui, longe de se exaurir o tema, busca-se apenas agrupar as principais manifestaes da Advocacia-Geral da Unio que trazem algo em acrscimo literalidade da Lei, dispensando-se inmeras outras passagens em que o rgo jurdico to-somente reproduziu o texto legal.

    Neste Anexo, aos pareceres da Advocacia-Geral da Unio, foram somadas algumas das principais manifestaes emitidas pelo Departamento de Administrao do Servio Pblico (Dasp, que foi, at 1986, o rgo central de assessoramento imediato da Presidncia da Repblica para assuntos relativos a pessoal e servios gerais dos rgos civis da administrao pblica federal), que no afrontam o atual ordenamento e permanecem como orientao normativa obrigatria na administrao pblica federal, conforme o art. 116, III do Decreto-Lei n 200, de 25/02/67.

    Decreto-Lei n 200, de 25/02/67 - Art. 116. Ao Departamento Administrativo do Servio Pblico (Dasp) incumbe:III - zelar pela observncia dessas leis e regulamentos, orientando, coordenando e fiscalizando sua execuo, e expedir normas gerais obrigatrias para todos os rgos;Formulao-Dasp n 300. FormulaesAs Formulaes elaboradas e publicadas pelo Dasp (Colepe) constituem, por fora do disposto no art. 116, III, do Decreto-Lei n 200, de 1967, orientao

  • (normativa para os rgos de Pessoal da administrao federal direta e autrquica. (

    De uma maneira geral, procurou-se apresentar os pareceres da Advocacia-Geral da ^Unio e as formulaes do Departamento de Administrao do Servio Pblico agrupados em . subttulos, de acordo com a seqncia com que seus assuntos so aplicados no curso do processo administrativo disciplinar. Assim, primeiramente vm as manifestaes aplicveis em ( carter geral ao processo, seguidas daquelas aplicveis a determinados momentos do rito. (

    Objetivo do processo administrativo disciplinar e compuisoriedade da apurao:(

    Parecer-AGU n GQ-98, no vinculante: 11. Porm, investigao se procede {com o objetivo exclusivo de precisar a verdade dos fatos, sem a preocupao (de incriminar ou exculpar indevidamente o servidor. (Parecer-AGU n GQ-35, vinculante: 22. (...) a) compulsria a apurao das (irregularidades atribudas aos servidores em geral, inclusive as atribudas aos .titulares somente de cargos em comisso, indiciando-os e proporcionando ampla defesa aos ocupantes dos ltimos, mesmo que tenham sido exonerados, (pois a lei admite a converso dessa desvinculao em destituio de cargo em (comisso (...). (Formulao-Dasp n 215. Inqurito administrativoO inqurito administrativo no visa apenas a apurar infraes, mas tambm ('oferecer oportunidade de defesa. (

    (Fato de o acusado j no mais ser servidor pblico no afeta poder-dever de apurar: (

    Parecer-AGU n GM~1, vinculante: Ementa: No impeditivo da apurao de 'irregularidade verificada na administrao federal e de sua autoria o fato de os principais envolvidos terem se desvinculado do servio pblico, anteriormente (instaurao do processo disciplinar. (...) (9. Impe-se a apurao se o ilcito ocorre 'no servio pblicopoder-dever de (-que a autoridade administrativa no pode esquivar-se sob a alegao de que os possveis autores no mais se encontram investidos nos cargos em razo dos quais perpetraram as infraes. (

    (17. Embora a penalidade constitua o corolrio da responsabilidade (administrativa, a inviabilidade jurdica da atuao punitiva do Estado, advinda (do fato de alguns dos envolvidos nas transgresses haverem se desligado do servio pblico, no de molde a obstar a apurao e a determinao de (autoria no tocante a todos os envolvidos, inclusive em se considerando o (plausvel envolvimento de servidores federais, bem assim o julgamento do (processo, com a conseqente anotao da prtica do ilcito nas pastas de ^assentamentos funcionais, por isso que, em derivao dessa medida: (...) ^

    c) no caso de reingresso e no ter-se extinguido a punibilidade, por fora do (decurso do tempo (prescrio), o servidor pode vir a ser punido pelas faltas (yinvestigadas no processo objeto do julgamento ou considerado reincidente {(-)

    Escolha entre sindicncia e PAD: ^C

    Parecer-AGU n GM-1, vinculante: 16. As normas pertinentes sindicncia e (ao processo disciplinar no prescrevem a realizao da primeira, em regra ,previamente instaurao deste. A simples leitura dos arts. 153 e 154 da Lei n8.112, de 1990, j o demonstra. Atenta natureza da infrao e s (circunstncias em que esta se verifica, a autoridade competente deve aquilatar (

    ((

  • se da sua apurao poder resultar a advertncia, a suspenso de at trinta dias ou a inflio de penalidade mais grave, a fim de determinar a modalidade de apurao, se a realizao de sindicncia ou a abertura de processo. Em se insinuando dvida razovel a respeito da prtica da infrao ou de sua autoria, e dependendo de sua gravidade, a autoridade competente dever ter discernimento suficiente para determinar a realizao de investigao prvia (a sindicncia), com vistas verificao da necessidade de proceder, ou no, cabal apurao das irregularidades, atravs do processo disciplinar Parecer-AGU n GQ-12, vinculante: 12. (...) Inexiste exigncia legal, ou necessidade em determinados casos, de que todo processo disciplinar seja precedido de sindicncia, nem sua prescindibilidade implica inobservncia de qualquer principio de direito."Parecer-AGU n GQ-37, vinculante: Ementa: (...) A legalidade do processo disciplinar independe da validade da investigao, efetuada atravs da sindicncia de que adveio aquele apuratrio.

    Desnecessidade de se indicarem nome de acusado e infrao na portaria de instaurao:

    Parecer-AGU n GQ-12, vinculante: 16 (...) princpios do contraditrio e da ampla defesa (...) indicam a desnecessidade de se consignarem, no ato de designao da c.i, os ilcitos e correspondentes dispositivos legais, bem assim os possveis autores, o que se no recomenda inclusive para obstar influncias no trabalho da comisso de inqurito ou alegao de presuno de culpabilidade. assegurada c.i. a prerrogativa de desenvolver seus trabalhos com independncia e imparcialidade.

    17. A notificao dos possveis autores para acompanharem o desenvolvimento do processo, pessoalmente ou por intermdio de procurador, ser feita imediatamente aps a instalao da c.i, a fim de garantir o exerccio do direito de que cuida o art. 156 da Lei n 8.112; a enumerao dos fatos se efetua na indiciao do servidor; conforme prescrio dessa Lei, art. 161.Parecer-AGU n GQ-35, vinculante: Ementa: (...) A nulidade processual no se configura se, no ato de designao da comisso de inqurito, forem omitidas as faltas a serem apuradas, bem assim quando o colegiado processante integrado por servidor de nvel funcional inferior ao dos envolvidos. (...)15. opinies doutrinrias tendentes a reconhecer a necessidade de se indicarem, nos atos de designao das comisses apuradoras, os fatos que possivelmente teriam sido praticados pelos envolvidos, como condio de validade processual pertinente ampla defesa, no se adequam ao regramento do assunto em vigor, mormente em se considerando os comandos dos arts. 5o,LV, da Carta Magna e 153 da Lei n 8.112/90, para que se observe o princpio do contraditrio na fase processual de inqurito.

    Publicao da portaria de instaurao:

    Parecer-AGU n GQ-87, no vinculante: Ementa: insuscetvel de nulificar o processo disciplinar o fato de no haver sido publicada a portaria de designao de comisso de inqurito, desde que considerada a data do mesmo ato como de incio do prazo estipulado para a concluso do processo disciplinar e, em decorrncia, no se constate infringncia ao princpio do contraditrio.7. A Lei n 8.112, de 1990, art. 152, considera a publicao do ato de designao da comisso de inqurito como sendo o marco inicial do curso do prazo de apurao dos trabalhos, porm no exige que seja feita no Dirio Oficial; acorde com o preceptivo a divulgao desse ato em boletim interno ou de servio

  • Infraes conexas ou outros servidores envolvidos, que surgem no curso do apuratrio: /^

    Parecer-AGU n GQ-55, vinculante: 13. No raro, durante a apurao das (irregularidades exsurgem evidncias quanto autoria, de forma a envolver (-outros servidores, ou emergem infraes discipiinares conexas, ou no, com o (objeto do processo disciplinar. So fatos que devem ser tidos como consentneos com a finalidade da instaurao do processo e incapazes de ('acarretar sua nulidade, desde que a c.i. adote as medidas procedimentais (compatveis com o contraditrio e a ampla defesa, na execuo dos trabalhos (de apurao.14. Em casos tais, a comisso deve possuir o discernimento necessrio para adotar os atos que se impuserem com vistas a garantir ao servidor faltoso o (-exerccio do direito assegurado no art. 156, suso, mas sem descurar da (agilidade processual. Assim, caso a c.i. no tenha concludo seus trabalhos, (deve ser notificado o novel acusado para que, se o pretender; requeira o (cumprimento de qualquer dos atos assegurados no art. 156, no respeitante apurao j efetuada, atentando-se, destarte, para a faculdade atribuda ao presidente da comisso no 1 do mesmo preceptivo. J as infraes, (verificadas no curso do apuratrio, sero igualmente apuradas, se conexas com (as faltas objeto do processo ou, se inexistente a conexidade, a investigao (no compromete a razovel agilidade da concluso dos trabalhos. Seno, deve a c.i. propor a designao de outro colegiado, sem prejuzo de suas i n c u m b n c i a s {'

    Requisitos para integrar comisso: (

    (

    Parecer-AGU n GQ-35, vinculante: 17. A c.i. integrada por trs servidores estveis, dela no participando cnjuge, companheiro ou parente do provvel responsvel pela prtica das infraes discipiinares, consangneo ou afim, em (linha reta ou colateral, at o terceiro grau. So exigncias nsertas na Lei n (8.112, de 1990, art. 149, a qual no autoriza qualquer resultado interpretativo (-que conduza nulidade do processo disciplinar na hiptese de compor-se a comisso sem observar o princpio da hierarquia que se assere existente nos quadros funcionais da administrao f e d e r a l (

    (Necessidade de se notificar servidor para acompanhar como acusado as apuraes, mas (ainda sem apontar irregularidade: ,

    Parecer-AGU n GQ-55, vinculante: Ementa: Em virtude dos princpios (constitucionais do contraditrio e da ampla defesa, o servidor que responde a (processo disciplinar deve ser notificado da instaurao deste imediatamente (aps a instalao da comisso de inqurito e, em qualquer fase do inqurito, ^cientificado dos atos processuais a serem praticados com vistas apurao dos fatos, de modo que, tempestivamente, possa exercitar o direito assegurado (no art. 156 da Lei n 8.112, de 1990. (...) (9. No se coaduna com o regramento do assunto a pretenso de que se efetue (a indicao das faltas discipiinares na notificao do acusado para acompanhar ^a evoluo do processo, nem essa medida seria conveniente, eis que seria .suscetvel de gerar presuno de culpabilidade ou de exercer influncias na apurao a cargo da comisso de inqurito. CParecer-AGU n GQ-98, no vinculante: 11. Porm, investigao se procede (com o objetivo exclusivo de precisar a verdade dos fatos, sem a preocupao (de incriminar ou exculpar indevidamente o servidor. (...) ,12. defeso autoridade que instaura o processo, por qualquer meio, exercer influncia sobre o colegiado a que a Lei assegura independncia no seu mister (

  • elucidativo (art. 161 aludido) e, a este, no admitido prejulgar a culpabilidade do servidor.

    Apenas a segunda fase do processo (o inqurito administrativo) contraditria:

    Parecer-AGU n GQ-55, vinculante: 6. O comando constitucional para que se observem o contraditrio e a ampla defesa, no processo administrativo, si lente quanto fase processual em que isto deve ocorrer (cfr. o art. 5, LV). tema disciplinado em norma infraconstitucional: a Lei n 8,112, de 1990, assegura a ampla defesa no curso do processo disciplinar e, o contraditrio, no inqurito administrativo (v. os arts. 143 e 153), que corresponde 2a fase do apuratrio (art. 151, II).

    nus da prova da responsabilidade do servidor incumbe administrao (por meio da comisso) e a dvida favorece a defesa:

    Parecer-AGU n GM-14, no vinculante: "8. (...) reiterada a orientao normativa firmada por esta Instituio, no sentido de que o nus da prova, em

    ? tema de processo disciplinar, incumbe administrao. Parecer-AGU n GQ-173, no vinculante: Ementa: A administrao pode editar o ato punitivo apenas na hiptese em que esteja convencida quanto responsabilidade administrativa do servidor a quem se imputa a autoria da infrao. A dvida deve resultar em beneficio do indiciado.Parecer-AGU n GM-3, no vinculante: Ementa: (...) Incumbe administrao apurar as irregularidades verificadas no servio pblico e demonstrar a culpabilidade do servidor, proporcionando seguro juzo de valor sobre a verdade dos fatos. Na dvida sobre a existncia de falta disciplinar ou da autoria, no se aplica penalidade, por ser a soluo mais benigna.(...)50. (...) compete administrao, por intermdio da comisso de inqurito, demonstrar a culpabilidade do servidor; com satisfatrio teor de certeza. Parecer-Dasp. Insanidade mental - Nexo de causalidade No deve ser demitido o funcionrio alienado mental, ainda quando haja dvidas a respeito de qual seria seu estado psquico poca em que cometeu a infrao. Mediando, alis, poucos meses entre a prtica do ilcito e a constatao oficial da insanidade mental, fcil presumir-se que j havia esta por ocasio daquela.

    Oitiva de testemunha posterior ao interrogatrio do acusado no causa de nulidade:

    Parecer-AGU n GQ-37, vinculante: Ementa: (...) insuscetvel de eivar o processo disciplinar de nulidade o interrogatrio do acusado sucedido do depoimento de testemunhas, vez que, somente por esse fato, no se configurou o cerceamento de defesa. Parecer-AGU n GQ-177, vinculante:Ementa: (...) No nulifica o processo disciplinar a providncia consistente em colher-se o depoimento do acusado previamente ao de testemunha.

    Valer-se do cargo ilcito formal ou de consumao antecipada:

    Formulao-Dasp n 18. Proveito pessoalA infrao prevista no art. 195, IV, do Estatuto dos Funcionrios, de natureza formal e, conseqentemente, se configura ainda na hiptese de o proveito pessoal ilcito no ter sido conseguido.(Nota: O inciso IV do art. 195 do antigo Estatuto proibia ao servidor valer-se do cargo para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da funo.)

  • Parecer-AGU n GQ-102, no vinculante: "17. A Lei n 8.112, de 1990, no condicionou a validade do apuratrio tomada do depoimento do acusado, nem a positividade das normas de regncia autoriza a ilao de que este configura pea processual imprescindvel tipificao do ilcito. A falta do depoimento, no caso, deveu-se conduta absentesta do servidor quando intimado a prestar esclarecimentos

    Desdia infrao de natureza culposa:

    Parecer-AGU n GQ-164, vinculante: 12. (...) 'Desdia (e). falta culposa, e no dolosa, ligada negligncia: costuma caracterizar-se pela prtica ou omisso de vrios atos (comparecimento impontual, ausncias, produo imperfeita); excepcionalmente poder estar configurada em um s ato culposo muito grave; se doloso ou querido pertencer a outra das justas causas. (...)' (Valentim Carrion - Comentrios Consolidao das Leis do Trabalho, 18a ed., So Pauto: Ed. Revista dos Tribunais, 1994, pp. 362/3). (...)'Quando a desdia intencional, como na sabotagem, onde h a idia preconcebida de causar prejuzos ao empregador, por esse aspecto doloso, ela se identifica com a improbidade. (...)' (Mozart Victor Russomano - Comentrios CLT, 13a ed, Rio de Janeiro: Forense, 1990, p. 561).

    Demisso com base em crime contra administrao pblica requer condenao judicial transitada em julgado, mas este tipo de crime sempre configura tambm ilicito administrativo:

    Parecer-AGU n GQ-124, vinculante: "17. Todo crime praticado por funcionrio contra a administrao pblica (Cdigo Penal, arts. 312 a 327), constitui, tambm uma infrao administrativa, capitulada ou no art. 117 ou no art. 132 da Lei n 8.112/90. A recproca, porm, no verdadeira: nem toda infrao disciplinar configura crime.18. (...) a demisso, com fundamento no inciso I do art. 132, deve ser precedida de deciso judicial transitada em julgado."Formulao-Dasp n 128. DemissoNo pode haver demisso com base no item l do art. 207 do Estatuto dos Funcionrios, se no precede condenao criminal.(Nota: O inciso I do art. 207 do antigo Estatuto previa a aplicao de pena de demisso nos casos de crimes contra a administrao pblica.)

    Configurao do abandono de cargo requer comprovao, a cargo da comisso, da intencionalidade do servidor:

    Parecer-AGU n GQ-201, no vinculante: 7. No caso de abandono de cargo, a ausncia deve ser intencional, ou seja, no basta a inexistncia de justa causa para a ausncia ao servio; preciso mais: deve haver a inteno. (...)8. E o nus da prova dessa inteno, cabe administrao, por intermdio da comisso processante. (...)13. (...) A materialidade da ausncia continuada ao trabalho autoriza a administrao a tomar as providncias para afastar o funcionrio de seus quadros, mas esse propsito disciplinar, entretanto, dever ceder diante da comprovao de no ter havido a vontade de abandonar o servio, ou em razo de acontecimentos que justificassem, cabalmente, aquele afastamento, ou quando o conjunto de fatos indica, pelo menos, uma bvia inadequao entre os motivos da conduta e a representao mental de suas conseqncias

    Ausncia de interrogatrio de acusado regularmente intimado no causa nulidade:

  • Parecer-AGU n GQ-200, no vinculante: Ementa: (...) Improbidade administrativa ato necessariamente doloso e requer do agente conhecimento real ou presumido da ilegalidade de sua conduta.

    A indicao do enquadramento legal da infrao obrigatria no relatrio e no na indiciao:

    Parecer-AGU n GQ-121, no vinculante: 10. (...) A omisso ou substituio de dispositivo, com vistas ao enquadramento e punio da falta praticada, no implica dano para a defesa, advindo nulidade processual, em conseqncia. A este aspecto encontrava-se atento o legislador ao determinar que os preceitos transgredidos devem ser especificados no relatrio, sem adstringir esse comando elaborao da pea instrutria. No entanto, o zelo demonstrado pela c.i, quando indica, na indiciao, os preceitos desrespeitados no desmerece a execuo dos seus trabalhos.

    A princpio, a autoridade deve acatar concluso do relatrio, salvo se contrria prova dos autos:

    Parecer-AGU n GQ-135, no vinculante: Ementa: Na hiptese em que a veracidade das transgresses disciplinares evidencia a conformidade da concluso da comisso de inqurito com as provas dos autos, torna-se compulsrio acolher a proposta de aplicao de penalidade. Parecer-AGU n GQ-127, no vinculante: 12. O exame do contexto dos autos imprime a convico de que a gravidade, as conseqncias para a moralidade administrativa e o teor das infraes, enumeradas no relatrio final e no primeiro item deste expediente, justificam a concluso da c.i, que logrou comprovar e especificar os fatos, com indicao das correspondentes provas. Apenao mera e inevitvel decorrncia das regras inseridas na Lei n 8.112, inclusive o art. 168, mormente em se considerado que a comisso vivenciou a apurao das faltas disciplinares e, destarte, tinha as melhores condies para aquilatar sua veracidade com maior exatido. Parecer-AGU n GQ-149, no vinculante: Ementa: A autoridade julgadora no se vincula, obrigatoriamente, ao relatrio conclusivo da comisso processante, quando contrrio s provas dos autos, podendo, se assim o desejar, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrand-la e at mesmo isentar o indiciado de responsabilidade (art. 168, da Lei n 8.112/90). O ato de julgamento dever ser, ento, motivado pela autoridade competente, apontando, na sua pea expositiva, as irregularidades havidas no Ite r' inquisitivo, tornando-se, desse modo, imune s interpretaes e conseqncias jurdicas que podero advir de seu ato.

    Uma vez configurado o ilcito, a aplicao da pena compulsria (mesmo para penas capitais):

    Parecer-AGU n GQ-183, vinculante: 7. Apurada a falta a que a Lei n 8.112, de 1990, arts. 129, 130, 132, 134 e 135, comina a aplicao de penalidade, esta medida passa a constituir dever indeclinvel, em decorrncia do carter de norma imperativa de que se revestem esses dispositivos. Impe-se a apenao sem qualquer margem de discricionariedade de que possa valer-se a autoridade administrativa para omitir-se nesse mister. (...)8. Esse poder obrigatoriamente desempenhado pela autoridade julgadora do processo disciplinar (...).

    Improbidade administrativa infrao de natureza dolosa:

  • Parecer-AGU n GQ-177, vinculante: Ementa: Verificadas a autoria e a infrao disciplinar a que a lei comina penalidade de demisso, falece competncia autoridade instauradora do processo para emitir julgamento e atenuar a penalidade, sob pena de nulidade de tal ato. (...) O julgamento de processo disciplinar de que advm a aplicao de penalidade mais branda que a cominada em lei, efetuado pela autoridade instauradora, no obsta que aquela efetivamente competente julgue e inflija a punio adequada, sem que esse ato caracterize dupla irrogao de pena, em razo de um mesmo fato ilicito.10. (...) Apurada a falta a que a Lei n 8.112, arts. 132 e 134, cominam a aplicao da pena de demisso ou de cassao de aposentadoria ou disponibilidade, esta medida se impe sem qualquer margem de discricionariedade de que possa valer-se a autoridade administrativa (...) para omitir-se na apenao.

    Gradao da pena no caso de penas brandas e possibilidade de se apficar suspensohiptese originariamente punvel com advertncia:

    Parecer-AGU n GQ-183, vinculante: 11. A incidncia do art. 128 da Lei n 8.112 adstrita aos tipos das condutas delituosas dos servidores indiciados, ligados aos deveres e proibies, os quais no impedem a aplicao de penas mais severas que as previstas em lei, como regra geral (arts. 129 e 130 da Lei n 8.112), ante a gravidade da infrao e as circunstncias agravantes. A autoridade julgadora possui o poder de agravar a apenao do servidor faltoso, pois na 'aplicao da penalidade sero consideradas a natureza e a gravidade da infrao cometida, os danos que dela provierem para o servio pblico, as circunstncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais'. A Lei prescreve autoridade que, na oportunidade do julgamento, observe esses aspectos, todavia, s e s, para, num juzo de valor, graduar a penalidade. Extrapolaria o sentido e o alcance do regramento da matria considerar esses aspectos com o objetivo de amenizar indevidamente a punio.12. Autoriza pena mais grave que a advertncia, com o seguinte jaez, o prprio art. 129 da Lei n 8.112: (...)13. Assim Ivan Barbosa Rigolin expressou sua opinio a respeito da inteligncia do transcrito art. 129, verbis:'Prescreve ainda o artigo que, caso deixe de observar dever funcional previsto em lei, regulamentao ou norma interna, ser o servidor advertido, quando aquela falta no determine imposio de penalidade mais grave. Quem decide se cabe ou no pena mais grave evidentemente a administrao, por suas autoridades competentes a cada caso, e conforme o critrio estabelecido no art. 128' (Comentrios ao Regime nico dos Servidores Pblicos Civis, So Paulo: Ed. Saraiva, 1992, p. 220yParecer-AGU n GQ-127, no vinculante: Ementa: Nada obstante a advertncia ser a penalidade estatuda para os casos de inobservncia de dever funcional, os fatores de graduao de pena, especificados no art. 128 da Lei n 8.112, de 1990, podem justificar punio mais grave.

    Livre apreciao da prova a cargo da autoridade julgadora:

    Parecer-AGU n GQ-37, vinculante: 5. (...) inconteste que o acusado da prtica de infraes discipiinares deve ser notificado para comparecer, se o quiser, aos depoimentos pertinentes aos fatos irregulares, cuja autoria possivelmente lhe ser atribuda. No entanto, o conjunto dos elementos probatrios e a maneira como este foi constitudo podem induzir o julgador a aquilatar a quantidade de provas obtidas em harmonia com o contraditrio e a

  • ampla defesa, desprezando aqueles depoimentos em que no esteve presente o acusado.

    Somente h nulidade com comprovado prejuzo defesa:

    Parecer-AGU n GQ-15, vinculante: "15. (...) o cerceamento de defesa no se presume, eis que, em sendo um fato, h que exsurgir do contexto do processo disciplinarJParecer-AGU n GQ-177, vinculante: "Ementa: (...) O cerceamento de defesa um fato e, em decorrncia, quem o alega deve demonstrar o efetivo dano sofrido no exerccio do direito de defender-se, no se admitindo sua presuno. Formulao-Dasp n 57. Inqurito administrativoO inqurito administrativo s nulo em razo de irregularidades que impliquem em cerceamento defesa.

    Contagem do termo inicial da prescrio:

    Parecer-AGU n GQ-55, vinculante: 19. A inrcia da administrao somente suscetvel de se configurar em tendo conhecimento da falta disciplinar a autoridade administrativa competente para instaurar o processo Formulao-Dasp n 76. PrescrioA prescrio, nas infraes disciplinares, comea a correr do dia em que o fato se tornou conhecido.

    Interrupo do prazo prescricional requer instaurao vlida:

    Parecer-AGU n GQ-108, no vinculante 12. Na hiptese em que o processo tenha se desenvolvido sem a observncia do princpio do contraditrio ou da ampla defesa, impondo-se, destarte, a declarao de sua nulidade, 'ab initio em conseqncia desta no se configurou a interrupo do fluxo do prazo prescricional, o que autoriza asserir que, no tocante a esse aspecto, as faltas disciplinares tm as respectivas punibilidades sujeitas extino.

    Interrupo do prazo de prescrio ocorre apenas uma vez e se mantm pelo prazo legal do processo:

    Parecer-AGU n GQ-144, no vinculante: 7. Em harmonia com os aspectos de que o art. 142 destina-se a beneficiar o servidor e o respectivo instituto da prescrio objetiva imprimir estabilizao s relaes que se estabelecem entre a administrao e os servidores pblicos, obstando que se perpetue a viabilidade da sano disciplinar; vlido asserir que:a) interrupo do curso do prazo prescricional, como estatuda no 3o, ocorre uma s vez quanto ao mesmo fato. Na hiptese em que a comisso no tenha concludo seus trabalhos no prazo estipulado e, por esse motivo ou outro qualquer, imponha-se a continuidade da investigao, a instaurao de outro processo no ter o condo de novamente interromper o prazo prescricional;b) a 'deciso finai, capaz de fazer cessar a interrupo do prazo, adstrita ao primeiro processo disciplinar vlido, no se aproveitando a proferida noutro que, por qualquer razo, se tenha instaurado para dar seguimento apurao do mesmo fato. No ultimada a averiguao da falta, na data do trmino do prazo, includo o dilatro, portanto, carecendo o processo de 'deciso final', exaurem-se os efeitos da instaurao e cessa a interrupo do transcurso do perodo prescricional, recomeando a contagem de novo prazo, por inteiro (...). Parecer-AGU n GQ-159, vinculante: "9. Assim sendo, torna-se apropriado realar os fundamentos da juridicidade da orientao supra (...). ilao

  • indutiva do raciocnio de que o trmino dos prazos de averiguao da falta, includo o diatro, e de julgamento, destarte, carecendo o processo de ('deciso finai', cessa a interrupo do transcurso do perodo prescricionai, (reiniciando a contagem de novo prazo, por inteiro/1 (-Formuao-Dasp n 279. Prescrio .A redesignao da comisso de inqurito, ou a designao de outra, para prosseguir na apurao dos mesmos fatos no interrompe, de novo, o curso da ('prescrio. (

    (Prescrio do abandono de cargo segue a prescrio do crime de abandono de funo, ^com prazo de dois anos a partir do 31- dia de falta:

    Parecer-AGU n GM-7, no vincuante: 6. Quanto prescrio, cumpre (registrar que, segundo o Parecer AGU/WM-8/98 (Anexo ao Parecer GQ-144), ((...), previsto tambm como crime, o abandono de cargo tem o mesmo prazo de ^prescrio da lei penal, e da conjugao dos arts. 323 e 119, VI, do Cdigo "Penal e art. 142, 2o, da Lei n 8.112, conclui-se que o prazo prescricionai dainfrao abandono de cargo de dois anos/ (Parecer-AGU n GQ-144, no vinculante:"8. Previsto como crime, no art. 323, o (abandono de cargo tem seu prazo prescricionai regulado no art. 109, VI, ambos (-os dois do Cdigo Penal, isto , a prescrio verifica-se em dois anos, a contar do trigsimo primeiro dia de falta ao servio, pois a administrao tem imediato (conhecimento dessa infrao ( 1o do transcrito art. 142 da Lei n 8.112). (Parecer-AGU n GQ-211, vinculante: 5. (...) Se o servidor comeou a faltar a (partir de 26 de julho de 1995 e no mais compareceu ao servio, a (Administrao teve conhecimento imediato da infrao. O curso da prescrio {-interrompeu-se em 24/7/96, com a instaurao do procedimento apuratrio (Lei n 8.112/90, art. 142, 3o). O prazo final para julgamento se encerrou em (8/10/96. Novo prazo prescricionai voltou a fluir por inteiro em 9/10/96 (Lei n (8.112/90, art. 142, 4o). J em 9/10/98, estava, desta forma, prescrita a (pretenso punitiva da Administrao, impossibilitando a aplicao da pena de (demisso ao servidor :

    Aplicao da retroativdade da lei que no mais considera ato ilcito: ((

    Parecer-AGU n GQ-91, no vinculante: 19. A prvia cominao de penalidade (administrativa em lei se compatibiliza com as assertivas compreendidas na doutrina pertinente ao Direito Penal, na faceta de que a le i incidente poca do delito, no s no que diz respeito aos pressupostos do crime, como tambm ( qualidade e quantidade (extenso, intensidade, o 'quantum') da pena, (direito que assiste ao infrator; que tem o direito subjetivo pblico a que lhe seja (aplicada a lei mais benfica anterior, ou seja, o princpio da vedao da lei (penal material ex post facto'. A lei penal material a do momento da consumao do crime ou do fato punvel(Comentrios Constituio de 1988 (- Jos Cretelia Jnior, Ed. Forense Universitria, 1988, vol. l, p. 475) (20. A Lei n 8.112, de 1990, instituiu a penalidade de converso de exonerao fem destituio de cargo em comisso, em relao qual se perquire se incide f.sobre fatos pretritos. Oportuno relembrar a manifestao desse doutrinador, consistente na afirmao de que, em sendo a lei nova 'mais benfica (mais branda, mais benigna, mais favorvel), ou quando no mais capitula o fato Ccomo crime, ocorre a retroativdade; quando a lei nova mais severa, isto , (comina pena maior do que a lei anterior, ocorre a irretroatividade, ou o que o (mesmo, prevalece a 'contrario sensu', a ultra-atividade da lei vigente, dotada ^de eficcia, quando ocorreu o fato\ (op. cit.).

    Independncia das instncias: (((

  • Parecer-AGU n 164, vinculante: 35. (...) A ligao com a lei penal admitida pelas normas discipiinares restrita, exclusivamente, ao afastamento da responsabilidade administrativa no caso de absolvio criminal que negue a existncia do fato ou a autoria; a demisso decorrente de condenao por crime contra a Administrao Pblica; e ao prazo de prescrio (arts. 126, 132 e 142 da Lei n 8.112).36. Essa interdependncia seria destoante do espirito e do sentido do art. 39 da C.F. e da Lei n 8.112, de 1990, at mesmo porque o Direito Penal trata da restrio do direito de liberdade, cominando a pena de priso simples, deteno e recluso, embora existam a multa e as penas acessrias, como as interdies de direitos, quando o Direito Disciplinar no versa sobre a pena corporal, porm, no tocante s mais graves ( dispensvel o enfoque das apenaes mais brandas), prev a desvinculao do servidor. O primeiro ramo destina-se a proteger, de forma genrica, a sociedade, sendo que o ltimo objetiva resguardar especificamente a Administrao Pblica e o prprio Errio. So reas jurdicas distintas, com penalidades de naturezas e finalidades diversas.

    Prazo recursal em funo de deciso publicada em boletim interno;

    Parecer-AGU n GQ-38, vinculante: Ementa: A publicao de ato decisrio de que possa resultar pedido de reconsiderao ou interposio de recurso, em boletim de servio, ou de pessoal, na forma do art. 108 da Lei n 8.112, de 1990, gera presuno de conhecimento que admite prova em contrrio. O pedido de reconsiderao, ou o recurso, apresentado aps o decurso do prazo fixado no aludido art. 108, deve ser recebido pela autoridade competente, se plausvel a ilao de que o servidor desconhecia a publicao (em boletim de servio ou de pessoal) do ato passvel de impugnao, por motivo imputado administrao.

    Direito de reviso a qualquer tempo, sem prescrio:

    Parecer AGU n GQ-28, vinculante: 71. No h que se falar na espcie em prescrio porquanto a Lei n 8.112/90 diz que o processo disciplinar poder ser revisto a qualquer tempo quando ocorrerem os motivos elencados no caput do art. 174, causadores do pedido revisional.

  • NO SEI SE EST EM VIGOR OU SE FOI ALTERADA.

    PORTARIA PGFN N 321, DE 6 DE ABRIL DE 2006

    DOU 07.04.2006

    Dispe sobre o protesto de Certido de Dvida Ativa da Unio.

    O PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL, no uso das atribuies que lhe confereo art. 49, inciso XXI, alnea a, do Regimento Interno da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, e tendo em vista o disposto no art. 1o da Lei n 9.492, de 10 de setembro de 1997, e no art. 585, inciso VI, da Lei n 5.869, de 11 de janeiro de 1973, resolve:

    Art. 1o. As Certides de Dvida Ativa da Unio, especialmente aquelas cujos valores no ultrapassem o limite estabelecido pela Portaria MF n 49, de 1o de abril de 2004, podero ser levadas a protesto, antes do ajuizamento da ao de execuo fiscal.Pargrafo nico. A Coordenao-Geral da Dvida Ativa da Unio expedir as orientaes concernentes ao disposto no caput deste artigo.

    Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

    MANOEL FELIPE REGO BRANDO

  • PORTARIA N 702, DE 1o DE SETEMBRO DE 2010

    Dispe sobre os crditos de imputao de pagamento de crditos das autarquias e fundaes pblicas federais inscritos em dvida ativa.

    O PROCURADOR-GERAL FEDERAL, no uso das atribuies que lhe conferem os incisos I e VIII do 2o do art. 11 da Lei n 10.480, de 2 de julho de 2002, e a Portaria AGU n 990, de 16 de julho de 2009, resolve:

    Art. 1o A imputao de pagamento para amortizaes parciais de crditos das autarquias e fundaes pblicas federais, inscritos em dvida ativa, ser efetivada de forma proporcional entre os componentes do crdito, incluindo o principal e os acrscimos legais.

    1o A Coordenao-Geral de Cobrana e Recuperao de Crditos orientar a disciplina de imputao de pagamento previsto no caput deste artigo nos sistemas de dvida ativa das autarquias e fundaes pblicas federais.

    2o A imputao de pagamento referida neste artigo no se refere ao procedimento de recolhimento ou repasse de encargos legais ou honorrios, que devem ser recolhidos em Guia de Recolhimento da Unio especfica ou em Guia de Recolhimento da Unio com campo especfico designado, apresentando-se isoladamente do crdito principal e seus acrscimos legais para fins de pagamentos parciais.

    Art. 2o Aplicasse esta Portaria, no que couber, disciplina da imputao de pagamento nos parcelamentos judiciais e extrajudiciais concedidos no mbito da Procuradoria-Geral Federal.

    Art. 3o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

    MARCELO DE SIQUEIRA FREITAS

    * Este texto no substitui a publicao oficial.

  • PORTARIA N 267, DE 16 DE MARO DE 2009 (*)

    Disciplina a centraiizao da cobrana da dvida ativa das autarquias e fundaes pblicas federais na PGF e estabelece critrios para a assuno.

    O PROCURADOR-GERAL FEDERAL, no uso da competncia de que trata os incisos I e VIII do 2o do art. 11 da Lei n 10.480, de 2 de julho de 2002;

    Considerando o disposto no art. 22 da Lei n 11.457, de 16 de maro de 2007, a qual estabeleceu que a Procuradoria-Geral Federal assumir, at 17 de maro de 2009, de forma centralizada, a execuo da dvida ativa das autarquias e fundaes pblicas federais, mediante o apoio tcnico, logstico e financeiro dessas entidades; e

    Considerando, ainda, a publicao do Ato Regimental da Advocacia-Geral da Unio n 02, de 12 de junho de 2007, que alterou a estrutura e funcionamento da Procuradoria-Geral Federal no que se refere s atividadesrelacionadas cobrana e recuperao de crditos de autarquias e fundaes pblicas federais, atribuindo ao Procurador-Geral Federal a competncia para estabelecer, em ato prprio, a assuno gradativa das atividades relacionadas execuo da dvida ativa dessas entidades; resolve:

    Art. 1o As Procuradorias Regionais Federais - PRFs, as Procuradorias Federais nos Estados - PFs, as Procuradorias Seccionais Federais - PSFs - e os Escritrios de Representao - ERs, por meio dos respectivos Servios ou Sees de Cobrana e Recuperao de Crditos, assumiro integralmente a representao judicia! e extrajudicial relativa s atribuies previstas nos artigos 8o e 9o do Ato Regimental AGU n 02, de 2007, no tocante s autarquias e fundaes pblicas federais.

    Pargrafo nico. Incluem-se nessa representao as execues de decises do Tribuna! de Contas da Unio, execues fiscais, embargos execuo, aes regressivas, aes de ressarcimento, aes declaratrias de inexistncia da relao jurdica referentes a crditos e aes anulatrias de dbitos, dentre outras, ainda que no versem exclusivamente sobre cobrana e recuperao de crditos.

    Art. 2 As PRFs, PFs, PSFs e os ERs, por meio dos respectivos Servios ou Sees de Cobrana e Recuperao de Crditos, assumiro, na forma do cronograma constante do Anexo, as atividades de apurao da liquidez e certeza dos crditos, de qualquer natureza, de titularidade das autarquias e fundaes pblicas federais, e a sua inscrio em dvida ativa, para fins de cobrana amigvel ou judicial.

    1o As Procuradorias Federais, especializadas ou no, junto s autarquias e fundaes pblicas federais que tenham sistema de dvida ativa, devero viabilizar o acesso aos sistemas e o treinamento s PRFs, PFs, PSFs e ERs.

    2o Efetuada a inscrio em dvida ativa pelas PRFs, PFs, PSFs e ERs, ou, nos casos transitrios previstos no Anexo, pelas Procuradorias Federais, especializadas ou no junto s autarquias e fundaes pblicas federais, as peas respectivas sero encaminhadas, quando for o caso, unidade responsvel pelo ajuizamento e acompanhamento, nos termos da Portaria PGF n 765, de 14 de agosto de 2008.

    3o A Coordenao-Geral de Cobrana e Recuperao de Crditos e a Coordenao-Geral de Projetos e Assuntos Estratgicos estabelecero em conjunto com as Procuradorias Federais, especializadas ou no, junto s autarquias ou fundaes pblicas federais, o fluxo fsico ou virtual dos processos administrativos.

  • ( 4o A Coordenao-Geral de Cobrana e Recuperao de Crditos estabelecer, quando ^necessrio, cronograma de encaminhamento de processos administrativos de constituio de ( crditos para as PRFs, PFs, PSFs e ERs. (

    C 5o Identificada a viabilidade tcnica, a Coordenao-Geral de Cobrana e Recuperao de Crditos propor ao Procurador-Geral Federal a antecipao do cronograma transitrio de centralizao da atividade de inscrio em dvida ativa constante do Anexo. ^

    (Art. 3o A requisio de subsdios para a defesa da autarquia e fundaes pblicas federais nas ( aes mencionadas no caput do art. 2o observar a forma e prazos estabelecidos na Portaria , AGU n 1.547, de 29 de outubro de 2008.

    (Art. 4 As demais rotinas e procedimentos relativos cobrana e recuperao de crditos sero ( definidos em ato especfico a ser editado pela Coordenao-Geral de Cobrana e Recuperao < de Crditos. (-

    Art. 5o A presente Portaria entra em vigor na data de sua publicao, ficando revogadas as ' Portarias PGF ns 262, 263, 399 e 400, todas de 2008. (

    (MARCELO DE SIQUEIRA FREITAS (

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  • Estabelece prazo de prescrio para o exerccio de Converso da MPv n 1.859-17, de 1999 ao punitiva pela Administrao Pblica Federal,

    direta e indireta, e d outras providncias.

    Fao saber que o PRESIDENTE DA REPBLICA adotou a Medida Provisria n 1.859- 17, de 1999, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Antonio Carlos Magalhes, Presidente, para os efeitos do disposto no pargrafo nico do art. 62 da Constituio Federal, promulgo a seguinte Lei:

    Art. 1fi Prescreve em cinco anos a ao punitiva da Administrao Pblica Federal, direta e indireta, no exerccio do poder de polcia, objetivando apurar infrao legislao em vigor, contados da data da prtica do ato ou, no caso de infrao permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.

    12 Incide a prescrio no procedimento administrativo paralisado por mais de trs anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos sero arquivados de ofcio ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuzo da apurao da responsabilidade funcional decorrente da paralisao, se for o caso.

    2fi Quando o fato objeto da ao punitiva da Administrao tambm constituir crime, a prescrio reger-se- pelo prazo previsto na lei penal.

    Art. 1-~A. Constitudo definitivamente o crdito no tributrio, aps o trmino regular do processo administrativo, prescreve em 5 (cinco) anos a ao de execuo da administrao pblica federal relativa a crdito decorrente da aplicao de multa por infrao legislao em vigor. (Includo pela Lei n 11.941. de 2009)

    Art. 22 Interrompe-se a prescrio da ao punitiva: (Redao dada pela Lei n 11.941, de 2009)

    I - pela notificao ou citao do indiciado ou acusado, inclusive por meio de edital; (Redao dada pela Lei n 11.941 de 2009)

    II - por qualquer ato inequvoco, que importe apurao do fato;

    III - pela deciso condenatria recorrvel.

    IV - por qualquer ato inequvoco que importe em manifestao expressa de tentativa de soluo conciliatria no mbito interno da administrao pblica federal. (Includo pela Lei n11.941.de 2009)

    Art. 2--A. Interrompe-se o prazo prescricionai da ao executria: (Includo pela Lei n11.941.de 2009)

    I - pelo despacho do juiz que ordenar a citao em execuo fiscal; (Includo pela Lei n11.941.de 2009)

    II - pelo protesto judicial; (Includo pela Lei n 11.941. de 2009)

    li! - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; (Includo pela Lei n11.941. de 2009)

    IV - por qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do dbito pelo devedor; (Includo peia Lei n 11.941. de 2009)

    LEI N 9.873, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1999.

  • V - por qualquer ato inequvoco que importe em manifestao expressa de tentativa de soluo conciliatria no mbito interno da administrao pblica federal. (Includo pela Lei n11.941. de 2009)

    Art. 3- Suspende-se a prescrio durante a vigncia:

    I - dos compromissos de cessao ou de desempenho, respectivamente, previstos nos arts. 53 e 58 da Lei n 8.884. de 11 de iunho de 1994:

    II - do termo de compromisso de que trata o 5e do art. 11 da Lei n- 6.385, de 7 de dezembro de 1976, com a redao dada pela Lei n 9.457, de 5 de maio de 1997.

    Art. 4 Ressalvadas as hipteses de interrupo previstas no art. 22, para as infraes ocorridas h mais de trs anos, contados do dia 1Q de julho de 1998, a prescrio operar em dois anos, a partir dessa data.

    Art. 5fi O disposto nesta Lei no se aplica s infraes de natureza funcional e aos processos e procedimentos de natureza tributria.

    Art. 6- Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisria n 1.859-16. de 24 de setembro de 1999.

    Art. 7- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 8 Ficam revogados o art. 33 da Lei n 6.385. de 1976. com a redao dada pela Lei n- 9.457, de 1997, o art. 28 da Lei n 8.884, de 1994, e demais disposies em contrrio, ainda que constantes de lei especial.

    Congresso Nacional, em 23 de novembro de 1999; 178 da Independncia e 111- da Repblica.

    Senador ANTONIO CARLOS MAGALHES Presidente

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 24.11.1999

  • EMENDA CONSTITUCIONAL N 62. DE 9 DE DEZEMBRO PE 2009

    Altera o art. 100 da Constituio Federal e acrescenta o art 97 ao Ato das Disposies Constitucionais Transitrias, instituindo regime especial de pagamento de precatrios pelos Estados, Distrito Federal e Municpios.

    As Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do 3o do art. 60 da Constituio Federai, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

    Art. 1o O art. 100 da Constituio Federa! passa a vigorar com a seguinte redao:

    "Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Pblicas Federai, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentena judiciria, far-se-o exclusivamente na ordem cronolgica de apresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, proibida a designao de casos ou de pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditos adicionais abertos para este fim.

    1o Os dbitos de natureza alimentcia compreendem aqueles decorrentes de salrios, vencimentos, proventos, penses e suas complementaes, benefcios previdencirios e indenizaes por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentena judicial transitada em julgado, e sero pagos com preferncia sobre todos os demais dbitos, exceto sobre aqueles referidos no 2o deste artigo.

    2 Os dbitos de natureza alimentcia cujos tituiares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedio do precatrio, ou sejam portadores de doena grave, definidos na forma da lei, sero pagos com preferncia sobre todos os demais dbitos, at o vaior equivalente ao tripio do fixado em iei para os fins do disposto no 3o deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante ser pago na ordem cronolgica de apresentao do precatrio.

    3o O disposto no caput deste artigo relativamente expedio de precatrios no se aplica aos pagamentos de obrigaes definidas em leis como de pequeno vaior que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentena judiciai transitada em julgado.

    4o Para os fins do disposto no 3o, podero ser fixados, por leis prprias, vaiores distintos s entidades de direito pblico, segundo as diferentes capacidades econmicas, sendo o mnimo igual ao valor do maior benefcio do regime geral de previdncia sociaf.

    5o obrigatria a incluso, no oramento das entidades de direito pblico, de verba necessria ao pagamento de seus dbitos, oriundos de sentenas transitadas em julgado, constantes de precatrios judicirios apresentados at 1o de julho, fazendo-se o pagamento at o final do exerccio seguinte, quando tero seus valores atualizados monetariamente.

    6o As dotaes oramentrias e os crditos abertos sero consignados diretamente ao Poder Judicirio, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a deciso exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedncia ou de no alocao oramentria do valor necessrio satisfao do seu dbito, o seqestro da quantia respectiva.

    T O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidao regular de precatrios incorrer em crime de responsabilidade e responder, tambm, perante o Conselho Nacional de Justia.

    8o vedada a expedio de precatrios compiementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartio ou quebra do valor da execuo para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispe o 3o deste artigo.

    9o No momento da expedio dos precatrios, independentemente de regulamentao, deles dever ser abatido, a ttulo de compensao, valor correspondente aos dbitos lquidos e certos, inscritos ou no em dvida ativa e constitudos contra o credor original pela Fazenda Pblica devedora, includas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execuo esteja suspensa em virtude de contestao administrativa ou judicial.

  • (10. Anes da expedio dos precatrios, o Tribunal solicitar Fazenda Pblica devedora, para resposta em at ( 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informao sobre os dbitos que preencham as ( condies estabelecidas no 9o, para os fins nele previstos.

    11. facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de crditos ( em precatrios para compra de imveis pblicos do respectivo ente federado. ^

    12. A partir da promulgao desta Emenda Constitucional, a atualizao de valores de requisitrios, aps sua ( expedio, at o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, ser feita pelo ndice oficial de ( remunerao bsica da caderneta de poupana, e, para fins de compensao da mora, incidiro juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupana, ficando excluda a incidncia de juros

    14. A cesso de precatrios somente produzir efeitos aps comunicao, por meio de petio protocolizada, ao tribunal de origem e entidade devedora.

    16. A seu critrio exclusivo e na forma de lei, a Unio poder assumir dbitos, oriundos de precatrios, de Estados, Distrito Federal e Municpios, refinanciando-os diretamente.(NR)

    "Art. 97. At que seja editada a lei complementar de que trata o 15 do art. 100 da Constituio Federal, os

    - para os Estados e para o Distrito Federal:

    compensatrios. (

    1 3 . 0 credor poder ceder, total ou parcialmente, seus crditos em precatrios a terceiros, independentemente ^ da concordncia do devedor, no se aplicando ao cessionrio o disposto nos 2o e 3o. (

    ( ( f

    15. Sem prejuzo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituio Federal poder estabelecer ^regime especial para pagamento de crdito de precatrios de Estados, Distrito Federai e Municpios, dispondo sobre vinculaes receita corrente lquida e forma e prazo de liquidao. (

    ( ( (

    Art. 2o O Ato das Disposies Constitucionais Transitrias passa a vigorar acrescido do seguinte art. 97: (

    (Estados, o Distrito Federal e os Municpios que, na data de publicao desta Emenda Constitucional, estejam em (mora na quitao de precatrios vencidos, relativos s suas administraes direta e indireta, inclusive os emitidos , durante o perodo de vigncia do regime especial institudo por este artigo, faro esses pagamentos de acordo com as normas a seguir estabelecidas, sendo inaplicvel o disposto no art. 100 desta Constituio Federal, exceto ( em seus 2o, 3o, 9o, 10, 11, 12, 13 e 14, e sem prejuzo dos acordos de juzos conciliatrios j formalizados na data de promulgao desta Emenda Constitucional. c

    c 1o Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios sujeitos ao regime especial de que trata este artigo optaro, ( por meio de ato do Poder Executivo: '

    I - pelo depsito em conta especial do valor referido pelo 2o deste artigo; ou (

    ( (

    II - pela adoo do regime especial pelo prazo de at 15 (quinze) anos, caso em que o percentual a ser depositado na conta especial a que se refere o 2o deste artigo corresponder, anualmente, ao saldo total dos precatrios devidos, acrescido do ndice oficial de remunerao bsica da caderneta de poupana e de juros ( simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupana para fins de compensao da mora, excluda a incidncia de juros compensatrios, diminudo das amortizaes e dividido pelo nmero de anos ^restantes no regime especial de pagamento. (

    2o Para saldar os precatrios, vencidos e a vencer, pelo regime especial, os Estados, o Distrito Federal e os ^Municpios devedores depositaro mensalmente, em conta especial criada para tal fim, 1/12 (um doze avos) do ( valor calculado percentual mente sobre as respectivas receitas correntes lquidas, apuradas no segundo ms anterior ao ms de pagamento, sendo que esse percentual, calculado no momento de opo pelo regime e mantido fixo at o final do prazo a que se refere o 14 deste artigo, ser: (

    (: ('

    a) de, no mnimo, 1,5% (um inteiro e cinco dcimos por cento), para os Estados das regies Norte, Nordeste e ( Centro-Oeste, alm do Distrito Federal, ou cujo estoque de precatrios pendentes das suas administraes direta ( e indireta corresponder a at 35% (trinta e cinco por cento) do total da receita corrente liquida;

    b) de, no mnimo, 2% (dois por cento), para os Estados das regies Sul e Sudeste, cujo estoque de precatrios ( pendentes das suas administraes direta e indireta corresponder a mais de 35% (trinta e cinco por cento) da receita corrente lquida;

    (

  • II - para Municpios:

    a) de, no mnimo, 1% (um por cento), para Municpios das regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ou cujo estoque de precatrios pendentes das suas administraes direta e indireta corresponder a at 35% (trinta e cinco por cento) da receita corrente lquida;

    b) de, no mnimo, 1,5% (um inteiro e cinco dcimos por cento), para Municpios das regies Sul e Sudeste, cujo estoque de precatrios pendentes das suas administraes direta e indireta corresponder a mais de 35 % (trinta e cinco por cento) da receita corrente lquida.

    3o Entende-se como receita corrente lquida, para os fins de que trata este artigo, o somatrio das receitas tributrias, patrimoniais, industriais, agropecurias, de contribuies e de servios, transferncias correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do 1o do art. 20 da Constituio Federal, verificado no perodo compreendido pelo ms de referncia e os 11 (onze) meses anteriores, excludas as duplicidades, e deduzidas:

    I - nos Estados, as parcelas entregues aos Municpios por determinao constitucional;

    II - nos Estados, no Distrito Federal e nos Municpios, a contribuio dos servidores para custeio do seu sistema de previdncia e assistncia social e as receitas provenientes da compensao financeira referida no 9o do art. 201 da Constituio Federai.

    4o As contas especiais de que tratam os 1o e 2o sero administradas pelo Tribunal de Justia local, para pagamento de precatrios expedidos pelos tribunais.

    5o Os recursos depositados nas contas especiais de que tratam os 1o e 2o deste artigo no podero retornar para Estados, Distrito Federal e Municpios devedores.

    6o Peio menos 50% (cinqenta por cento) dos recursos de que tratam os 1o e 2o deste artigo sero utilizados para pagamento de precatrios em ordem cronolgica de apresentao, respeitadas as preferncias definidas no 1o, para os requisitrios do mesmo ano e no 2o do art. 100, para requisitrios de todos os anos.

    7o Nos casos em que no se possa estabelecer a precedncia cronolgica entre 2 (dois) precatrios, pagar-se- primeiramente o precatrio de menor valor.

    8o A aplicao dos recursos restantes depender de opo a ser exercida por Estados, Distrito Federal e Municpios devedores, por ato do Poder Executivo, obedecendo seguinte forma, que poder ser aplicada isoladamente ou simultaneamente:

    I - destinados ao pagamento dos precatrios por meio do leilo;

    II - destinados a pagamento a vista de precatrios no quitados na forma do 6o e do inciso I, em ordem nica e crescente de valor por precatrio;

    III - destinados a pagamento por acordo direto com os credores, na forma estabelecida por lei prpria da entidade devedora, que poder prever criao e forma de funcionamento de cmara de conciliao.

    9o Os leiles de que trata o inciso I do 8o deste artigo:

    I - sero realizados por meio de sistema eletrnico administrado por entidade autorizada pela Comisso de Valores Mobilirios ou pelo Banco Central do Brasil;

    II - admitiro a habilitao de precatrios, ou parcela de cada precatrio indicada pelo seu detentor, em relao aos quais no esteja pendente, no mbito do Poder Judicirio, recurso ou impugnao de qualquer natureza, permitida por iniciativa do Poder Executivo a compensao com dbitos lquidos e certos, inscritos ou no em dvida ativa e constitudos contra devedor originrio pela Fazenda Pblica devedora at a data da expedio do precatrio, ressalvados aqueles cuja exigibilidade esteja suspensa nos termos da legislao, ou que j tenham sido objeto de abatimento nos termos do 9o do art. 100 da Constituio Federai;

    III - ocorrero por meio de oferta pblica a todos os credores habilitados pelo respectivo ente federativo devedor;

    IV - consideraro automaticamente habilitado o credor que satisfaa o que consta no inciso II;

  • (V - sero realizados tantas vezes quanto necessrio em funo do valor disponvel; (

    (VI - a competio por parcela do valor total ocorrer a critrio do credor, com desgio sobre o valor desta; ^

    VII - ocorrero na modalidade desgio, associado ao maior volume ofertado cumulado ou no com o maior (percentual de desgio, pelo maior percentual de desgio, podendo ser fixado valor mximo por credor, ou por (outro critrio a ser definido em editai;

    (VIII - o mecanismo de formao de preo constar nos editais publicados para cada leilo; (

    (IX - a quitao parcial dos precatrios ser homologada pelo respectivo Tribunal que o expediu.

    10. No caso de no liberao tempestiva dos recursos de que tratam o inciso II do 1o e os 2o e 6o deste (artigo: ^

    I ~ haver o seqestro de quantia nas contas de Estados, Distrito Federal e Municpios devedores, por ordem do (Presidente do Tribunal referido no 4o, at o limite do valor no liberado; (

    II - constituir-se-, alternativamente, por ordem do Presidente do Tribuna! requerido, em favor dos credores de ^precatrios, contra Estados, Distrito Federal e Municpios devedores, direito lquido e certo, autoaplicvel e ( independentemente de regulamentao, compensao automtica com dbitos iquidos lanados por esta ^contra aqueles, e, havendo saido em favor do credor, o valor ter automaticamente poder liberatrio do pagamento de tributos de Estados, Distrito Federal e Municpios devedores, at onde se compensarem; (

    (III - o chefe do Poder Executivo responder na forma da legislao de responsabilidade fiscal e de improbidade administrativa;

    (IV - enquanto perdurar a omisso, a entidade devedora: ^

    a) no poder contrair emprstimo externo ou interno; ^(

    b) ficar impedida de receber transferncias voluntrias; ^

    V - a Unio reter os repasses relativos ao Fundo de Participao dos Estados e do Distrito Federal e ao Fundo ^de Participao dos Municpios, e os depositar nas contas especiais referidas no 1o, devendo sua utilizao ( obedecer ao que prescreve o 5o, ambos deste artigo. ^

    11. No caso de precatrios relativos a diversos credores, em litisconsrcio, admite-se o desmembramento do ( valor, realizado pelo Tribunal de origem do precatrio, por credor, e, por este, a habilitao do valor total a que tem ( direito, no se aplicando, neste caso, a regra do 3o do art. 100 da Constituio Federal. ;

    12. Se a lei a que se refere o 4o do art. 100 no estiver publicada em at 180 (cento e oitenta) dias, contados (

    (

    da data de publicao desta Emenda Constitucional, ser considerado, para os fins referidos, em relao a , Estados, Distrito Federal e Municpios devedores, omissos na regulamentao, o valor de: ^

    I - 40 (quarenta) salrios mnimos para Estados e para o Distrito Federal; (

    II - 30 (trinta) salrios mnimos para Municpios. ^(

    13. Enquanto Estados, Distrito Federai e Municpios devedores estiverem realizando pagamentos de precatrios ( pelo regime especial, no podero sofrer seqestro de valores, exceto no caso de no liberao tempestiva dos recursos de que tratam o inciso II do 1o e o 2o deste artigo. C

    ( 14. O regime especial de pagamento de precatrio previsto no inciso I do 1o vigorar enquanto o valor dos /precatrios devidos for superior ao valor dos recursos vinculados, nos termos do 2o, ambos deste artigo, ou peloprazo fixo de at 15 (quinze) anos, no caso da opo prevista no inciso II do 1o. (

    15. Os precatrios parcelados na forma do art. 33 ou do art. 78 deste Ato das Disposies Constitucionais ^Transitrias e ainda pendentes de pagamento ingressaro no regime especial com o valor atualizado das parcelas ^no pagas relativas a cada precatrio, bem como o saldo dos acordos judiciais e extrajudiciais. (

    (((c

  • 16. A partir da promulgao desta Emenda Constitucional, a atualizao de valores de requisitrios, at o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, ser feita peio ndice oficial de remunerao bsica da caderneta de poupana, e, para fins de compensao da mora, incidiro juros simpies no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupana, ficando excluda a incidncia de juros compensatrios.

    17. O vaior que exceder o iimite previsto no 2o do art. 100 da Constituio Federal ser pago, durante a vigncia do regime especial, na forma prevista nos 6o e 7o ou nos incisos I, II e III do 8o deste artigo, devendo os valores dispendidos para o atendimento do disposto no 2o do art. 100 da Constituio Federal serem computados para efeito do 6o deste artigo.

    18. Durante a vigncia do regime especial a que se refere este artigo, gozaro tambm da preferncia a que se refere o 6o os titulares originais de precatrios que tenham completado 60 (sessenta) anos de idade at a data da promulgao desta Emenda Constitucional."

    Art. 3o A implantao do regime de pagamento criado pelo art. 97 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias dever ocorrer no prazo de at 90 (noventa dias), contados da data da publicao desta Emenda Constitucional.

    Art. 4o A entidade federativa votar a observar somente o disposto no art. 100 da Constituio Federai:

    . I - no caso de opo pelo sistema previsto no inciso I do 1 do art. 97 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias, quando o valor dos precatrios devidos for inferior ao dos recursos destinados ao seu pagamento;

    l - no caso de opo pelo sistema previsto no inciso II do 1 do art 97 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias, ao final do prazo.

    Art. 5o Ficam convalidadas todas as cesses de precatrios efetuadas antes da promulgao desta Emenda Constitucional, independentemente da concordncia da entidade devedora.

    Art. 6o Ficam tambm convalidadas todas as compensaes de precatrios com tributos vencidos at 31 de outubro de 2009 da entidade devedora, efetuadas na forma do disposto no $ 2 do art. 78 do ADCT. realizadas antes da promulgao desta Emenda Constitucional.

    Art. 7o Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, em 9 de dezembro de 2009.

  • PORTARIA N 990, DE 16 DE JULHO DE 2009

    Delega a competncia prevista no art. 1o da Lei n 9.469, de 10 de julho de 1997, ao Advogado-Geral da Unio Substituto, ao Secretrio-Gera! de Contencioso, ao Procurador-Geral da Unio e ao Procurador-Geral Federai, na forma que especifica e d outras providncias.

    O ADVOGADO-GERAL DA UNIO, no uso das atribuies que lhe conferem os incisos I, X, XI, XIII e XVIII do art. 4o da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de 1993, e tendo em vista o disposto no 3o do art. 1o da Lei n 9.469, de 10 de julho de 1997, resolve:

    Art. 1o Ficam delegadas ao Advogado-Geral da Unio Substituto e ao Secretrio-Geral de Contencioso as competncias previstas no caput e no 1o do art. 1o da Lei n 9.469, de 10 de julho de 1997, para autorizar a celebrao de acordos ou transaes, em juzo, para terminar o litgio, nas aes ou recursos perante o Supremo Tribunal Federal.

    1o A delegao de que trata o caput poder ser exercida em conjunto ou isoladamente.

    2o Ficam delegadas ao Advogado-Geral da Unio Substituto as competncias previstas no caput e no 1o do art. 1o da Lei n 9.469, de 10 de julho de 1997, para autorizar a celebrao de acordos ou transaes, em juzo, para terminar o litgio, relativamente s empresas pblicas federais dependentes, nas aes ou recursos que no se enquadrarem na hiptese do caput.

    Art. 2o Ficam delegadas ao Procurador-Geral da Unio e ao Procurador-Geral Federal as competncias de que tratam o caput e o 1o do artigo 1o da Lei n 9.469, de 1997, para, no mbito de suas atribuies, autorizar a celebrao de acordos ou transaes, em juzo, para terminar o litgio.

    1o O Procurador-Geral da Unio e o Procurador-Geral Federal regulamentaro os procedimentos para a execuo dos acordos e transaes judiciais de que trata o caput.

    2o A competncia prevista no caput poder ser subdelegada.

    Art. 3o O Procurador-Geral Federai regulamentar o disposto no art. 7-A da Lei n 9.469, de 1997, no mbito de suas atribuies.

    Art. 4o Ser dada cincia Corregedoria-Geral da Advocacia da Unio dos acordos ou transaes efetivados na forma prevista nesta Portaria.

    Art. 5o Fica delegada ao Advogado-Geral da Unio Substituto a competncia prevista no art. 10 da Portaria n 1.281, de 27 de setembro de 2007.

    Art. 6o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 7o Ficam revogados o art. 2o da Instruo Normativa AGU n 01, de 14 de fevereiro de 2008, e o art. 2o da Instruo Normativa AGU n 3, de 25 de junho de 1997.

    JOS ANTONIO DIAS TOFFOLI

    * Este texto no substitui a publicao oficial.

  • PORTARIA N 1.156, DE 20 DE AGOSTO DE 2009

    Altera a Portaria AGU n. 990, de 16 de julho de 2009.

    O ADVOGADO-GERAL DA UNIO, no uso das atribuies que lhe conferem os incisos I, X, XI, XIII e XVIII do art. 4o da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de 1993, resolve:

    Art. 1o A Portaria AGU n 990, de 16 de julho de 2009, passa a vigorar com a seguinte alterao:

    Art. 2o A. Fica delegada ao Procurador-Geral Federal a competncia prevista no art. 1-A da Lei n 9.469, de 10 de julho de 1997, para, no mbito de suas atribuies, dispensar a inscrio de crdito, autorizar o no ajuizamento de aes e a no-interposio de recursos, assim como o requerimento de extino das aes em curso ou de desistncia dos respectivos recursos judiciais, para cobrana de crditos das autarquias e fundaes pblicas federais, observados os critrios de custos de administrao e cobrana.

    Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

    JOS ANTONIO DIAS TOFFOLI

    * Este texto no substitui a publicao oficial.

    PORTARIA N 1.172, DE 11 DE AGOSTO DE 2010

    O ADVOGADO-GERAL DA UNIO no uso das atribuies que lhe conferem os incisos I, X, XI, XIII e XVIII do art. 4o da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de 1993, e

    Considerando a deliberao do Conselho Superior da Advocacia-Geral da Unio ocorrida de forma eletrnica, em 25 de junho de 2010, resolve:

    Art. 1o O art. 4o da Portaria n 990, de 16 de junho de 2009, publicada no Dirio Oficial da Unio de 20 de julho de 2009, Seo 1, p. 10, passa a vigorar com a seguinte redao:

    "Art. 4o Os rgos de execuo da Advocacia-Geral da Unio e da Procuradoria-Geral Federal devero efetuar o registro dos acordos e transaes realizados no sistema interno de controle processual, e anexar os documentos pertinentes, em especial os relacionados sua autorizao e homologao, de forma a garantir a permanente consulta pelos rgos de Direo Superior.

    Pargrafo nico. Fica dispensada a anexao dos documentos referidos no caput para os acordos e transaes com valores inferiores a sessenta salrios mnimos." (NR)

    Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

    LUS INCIO LUCENA ADAMS

    * Este texto no substitui a publicao oficial.

  • PORTARIA N 915, DE 16 DE SETEMBRO DE 2009

    Subdelega as competncias de que trata a Portaria AGU n 990, de 16 de julho de 2009, autoriza a realizao de acordos no mbito da Procuradoria-Geral Federal, estabelece seus limites de valor e d outras providncias para a aplicao da Lei n 9.469, de 10 de julho de 1997.

    0 PROCURADOR-GERAL FEDERAL, no uso das atribuies que lhe conferem os incisos eVIII do 2o do art. 11 da Lei n 10.480, de 02 de julho de 2002, e a Portaria AGU n 990, de 16 de julho de 2009, resolve:

    Art. 1o Os rgos de execuo da Procuradoria-Geral Federal ficam autorizados a realizar acordos ou transaes, em juzo, para terminar o litgio, nas causas de valor at R$1.000.000,00 (um milho de reais), observados os seguintes limites de alada:

    1 - at 60 (sessenta) salrios mnimos, pelos Procuradores Federais que atuam diretamente na causa;

    li - at R$ 100.000,00 (cem mil reais), mediante prvia e expressa autorizao dos Procuradores Seccionais e dos Chefes de Escritrio de Representao;

    II! - at R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), mediante prvia e expressa autorizao dos Procuradores-Chefes das Procuradorias Federais nos Estados;

    IV - at R$ 1.000.000,00 (um milho de reais), mediante prvia e expressa autorizao dos Procuradores Regionais Federais.

    1o Nas causas de valor superior ao limite estabelecido no caput, caber ao Adjunto de Contencioso da Procuradoria-Geral Federal autorizar prvia e expressamente a celebrao do acordo ou transao.

    2o Nas causas de valor superior a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), o acordo ou a transao, sob pena de nulidade, depender ainda de prvia e expressa autorizao do Ministro de Estado ou do titular da Secretaria da Presidncia da Repblica a cuja rea de competncia estiver afeto o assunto, ou, ainda, daquele a quem tiver sido delegada esta competncia.

    3o Havendo litisconsrcio ativo, bem como substituio processual, considerar-se- o valor global da causa para fins de aplicao dos limites de que trata este artigo.

    4o Considera-se, para fins de fixao da alada de que trata este artigo, o valor do acordo ou da transao.

    5o As Procuradorias Federais, especializadas ou no, junto s autarquias e fundaes pblicas federais que, excepcionalmente, ainda detiverem a representao judicial ordinria da entidade observaro, no que couber, os parmetros estabelecidos neste artigo, cabendo ao respectivo Procurador-Chefe, quando for o caso, fixar os cargos equivalentes aos previstos no caput dentro da estrutura organizacional correspondente.

    6o Observar-se- o disposto no caput e 1o do art. 1o, da Portaria PGF n 520, de 27 de maio de 2009, em relao aos limites definidos nos incisos II a IV.

    7o Ficam concorrentemente ressalvadas as competncias especficas eventualmente existentes na legislao em vigor em relao s autarquias e fundaes pblicas federais, conforme explicitado em ato especfico do Procurador-Geral Federal e nos termos da Portaria MDA/AGU n 1, de 12 de maro de 2009, em relao ao Instituto Nacional de Colonizao e

  • Reforma Agrria - 1NCRA, e da Portaria MMA/AGU n 90, de 17 de maro de 2009, quanto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA e ao Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade - ICMBio.

    Art. 2o A transao ou acordo judicial dever observar, inclusive nos processos que tramitam sob o rito ordinrio ou outros ritos especiais, as condies estabelecidas nos incisos I e II do caput, bem como nos 1o, 3o e 5o do art. 3o da Portaria AGU n 109, de 30 de janeiro de 2007, aplicando-se o seu inteiro teor nos Juizados Especiais Federais.

    1o Podero ser realizados acordos com a finalidade de dar efetividade s Smulas da Advocacia-Geral da Unio, notadamente quando a discusso de questes acessrias impea a extino dos processos.

    2o Para os fins do disposto no 1o do art. 3o da Portaria AGU n 109, de 2007, e em relao atividade fim das entidades, consideram-se rgos consultivos competentes para decidir sobre a inexistncia de controvrsia quanto ao direito aplicado os rgos centrais das Procuradorias Federais, especializadas ou no, junto s autarquias e fundaes pblicas federais.

    3o A existncia de ato normativo da autarquia ou fundao pblica federal que regulamente o exerccio de direito no mbito administrativo, cuja edio tenha sido precedida de anlise jurdica de seu rgo consultivo competente, supre a necessidade de manifestao expressa deste em relao ao mesmo direito que seja objeto de litgio judiei

    4o Alm do disposto no 3o do art. 3o da Portaria AGU n 109, de 2007, no ser objeto de transao ou acordo o litgio que estiver fundado exclusivamente em matria de direito e houver a respeito smula vinculante do Supremo Tribunal Federal, bem como parecer ou qualquer outra orientao proveniente das Procuradorias Federais, especializadas ou no, junto s autarquias e fundaes pblicas federais, das Adjuntorias da Procuradoria-Geral Federal ou da Coordenao-Geral de Cobrana e Recuperao de Crditos contrrios pretenso.

    5o As transaes ou acordos contero obrigatoriamente clusula de renncia a eventuais direitos decorrentes do mesmo fato ou fundamento jurdico que deu origem ao judicial.

    Art. 3o Na cobrana de crditos das autarquias e das fundaes pblicas federais, ficam os Procuradores Federais dispensados de efetuar a inscrio em dvida ativa, do ajuizamento de aes e da interposio de recursos, bem como da solicitao de autorizao para requerimento de extino da ao ou de desistncia dos respectivos recursos judiciais, quandoo valor atualizado do crdito for inferior ou igual a R$ 1.000,00 (mil reais), ressalvados os casos relativos a crditos originados de multas aplicadas em decorrncia do exerccio do poder de polcia, hiptese na qual o limite referido fica reduzido para R$ 500,00 (quinhentos reais).

    1o Os crditos das autarquias e das fundaes pblicas federais relacionadas no anexo a esta portaria podero ser inscritos em dvida