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Água, eletrólitos e patologias Os eletrólitos tem papéis variáveis no organismo. Carregados por cargas elétricas positivas e negativas, classificam-se em cátions e ânions respectivamente: - Manter a função osmótica e a distribuição de água nos vários compartimentos do corpo. -Regulam reações de oxirredução (coração/músculo) -Mantêm o PH fisiológico -Cofatores de reações -Principais: Na+, K+, Cl_, HCO3_ -Desordens de homeostase de água e eletrólitos resultam em síndromes como desidratação, edema, hipo e hipernatremia. Osmolaridade/ Osmolalidade: referem-se à quantidade de partículas dissolvidas em um determinado solvente. Quanto maior a osmolaridade, maior a pressão osmótica do soluto sobre o solvente. Osmolaridade faz com que a água se desloque de dentro para fora da célula. (TABELA) Cátion: Na+ Ingestão Diária: 4-5g/dia Valor de Referência: Soro – 135-145mmol/L Líquor-138-150mmol/L Urina-40-220mmol/L Regulação: Mec. Renal, R-A-A, NAP, Dopamina Complicações: Hiper e hiponatremia Cátion: K+ Ingestão Diária: 50-150mmol/dia Valor de Referência: 3,5-5mmol/L (soro) 25-125mmol/L (urina); 3,7-5,9mmol/L (RN) Regulação: Velocidade de movimento do K+ para o lúmen, [K+] na célula tubular e Aldosterona Complicações: Hipopotassemia (Hipocalemia – moderada ou severa) * Causas: perdas renais de K+ acidose tubular renal, Hiperaldosteronismo (mta aldosterona) Leucemia, uso de laxantes, vômitos e diarréia, desnutrição, *Sinais e sintomas: arritmias, insuficiência respiratória, hipotensão, redução da força

Água e eletrólitos 05 de junho

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Água, eletrólitos e patologias

Os eletrólitos tem papéis variáveis no organismo. Carregados por cargas elétricas positivas e negativas, classificam-se em cátions e ânions respectivamente: - Manter a função osmótica e a distribuição de água nos vários compartimentos do corpo.-Regulam reações de oxirredução (coração/músculo)-Mantêm o PH fisiológico-Cofatores de reações-Principais: Na+, K+, Cl_, HCO3_-Desordens de homeostase de água e eletrólitos resultam em síndromes como desidratação, edema, hipo e hipernatremia.

Osmolaridade/ Osmolalidade: referem-se à quantidade de partículas dissolvidas em um determinado solvente. Quanto maior a osmolaridade, maior a pressão osmótica do soluto sobre o solvente. Osmolaridade faz com que a água se desloque de dentro para fora da célula.

(TABELA)Cátion: Na+Ingestão Diária: 4-5g/dia Valor de Referência: Soro – 135-145mmol/L Líquor-138-150mmol/L Urina-40-220mmol/LRegulação: Mec. Renal, R-A-A, NAP, DopaminaComplicações: Hiper e hiponatremia

Cátion: K+Ingestão Diária: 50-150mmol/dia Valor de Referência: 3,5-5mmol/L (soro) 25-125mmol/L (urina); 3,7-5,9mmol/L (RN)Regulação: Velocidade de movimento do K+ para o lúmen, [K+] na célula tubular e AldosteronaComplicações: Hipopotassemia (Hipocalemia – moderada ou severa) * Causas: perdas renais de K+ acidose tubular renal, Hiperaldosteronismo (mta aldosterona) Leucemia, uso de laxantes, vômitos e diarréia, desnutrição, *Sinais e sintomas: arritmias, insuficiência respiratória, hipotensão, redução da força muscular, etc. *Diagnóstico: Dosagem de ureia e creatinina, dosagem de glicose, magnésio, cálcio, fósforo (se tiver suspeita de distúrbio eletrolítico) e gasometria celular. *TTO: K+ oral – Moderado: só oral – Severa: parenteral.

Hiperpotassemia (Hipercalemia): Leve – 5,5-6mmol/L; Moderada: 6,1-7mmol/L; Severa: maior que 7mmol/L *Causas: redução ou impedimento da excreção do K+, anemia falciforme, Lúpus, Fármacos (antiinflamatórios não esteroidais, diuréticos) obstrução urinária, insuficiência renal, hemorragia interna, acidose, excesso de K+ na dieta. *Diagnóstico: dosagem de ureia, creatinina. *TTO: Cloreto de cálcio, bicarbonato de sódio, dextrose.

____Hipernatremia:

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HIPERNATREMIA HIPOVOLÊMICA – perda de água maior que a perda de Na+ - Concentração de Na+ aumentada. Ex: suor excessivo, diarréia, vômitos, queimaduras

HIPERNATREMIA HIPERVOLÊMICA: [Na+] aumentada em relação à concentração de água.

HIPERNATREMIA NORMOVOLÊMICA: Na+ normal, déficit de Água – Diabetes Insipidus (PROVA)

[Na+] maior que 150mEq/L indica desidratação.[Na+] maior que 170mEq/L indicia Diabetes Insipidus[Na+] maior que 190mEq/L indica ingestão crônica de sal

Causas: Depleção de água e sódio, ingestão ou retenção excessiva de Na+, insuficiência renalSinais: Impaciência, irritabilidadeSintomas: Desidratação, perda da elasticidade da pele.TTO: Ingestão de H20 e dextrose 5% IVDiagnóstico: Concentração alta de Na+

Hiponatremia: Na+ menor que 135mEp/L ???? COMPLETAS

Hiponatremia Hipovolêmica: uso de diuréticos, cetoacidose diabética, queimaduras, vômitos, diarréia;Hiponatremia Normovolêmica: aumento do volume de água total, Na+ normal.Ex: retenção aguda e crônica de água, doença renal crônica ???? COMPLETAR

Causas: Redução da água total e diminuição do Na+ Aumento no volume de água total e Na+ normal (Normovolêmica) Aumento do Na+ total ou Diluição do Na+ (desvio da água do meio intra pro extra celular. Aumento da osmolalidade – Hiponatremia Redistributiva: água e sódio normais. Ex: hiperglicemia)

Sinais:Não existem sinais ou sintomas específicosTTO: Suprimento eletrolíticoDiagnóstico: Dosagem de Na+, urina e soro. Aumento do Ácido úrico.

- Regulação do Na+ plasmático: Sede, ADH, Sistema R-A-A, variações na filtração renal do Na+. (PROVA)

- Fatores de risco com o aumento do Na+: (maior que 145mmol/L) Idade acima de 65 anos, hospitalização, terapia diurética, incapacidade física,

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cuidados de enfermagem inadequados, diurese osmótica.

(PROVA) Natriuria – dosagem de sódio na Urina, avalia função tubular, útil na avaliação do estado de hidratação do paciente. (Valor normal entre 40-220 mmol/L)

Hipernatriuria – aumento de Na+ na alimentação (pós menopausa – artigos) Hiponatriuria – Taxa de filtração reduzida, doença hepática, estados hipoprotéicos, hiperaldosteronismo (mta aldosterona).

Função e avaliação renal

As funções dos rins podem ser classificadas em:

- Excretora: ureia, creatinina, ácido úrico.

- Reguladora: homeostase.

- Endócrina: Primária e secundária.

Na formação da urina:

- Filtração glomerular: estrutura celular da parede capilar e da cápsula de bowman.

- Pressão hidrostática glomerular.

- mecanismo de retroalimentação.

Baixa pressão sg -> secreção de renina -> angiotensina I -> angiotensina II (cont. do esquema) Angiotensina II ->Vasodilatação-> Reabsorção de Na+ no TCP-> Aldosterona

- Reabsorção Renal : evitar perda de 120ml/min de água e substâncias essenciais. -> Transporte ativo, Glicose, AA, sais (TCP), Cloreto, Na+ (TCD)-> Transporte passivo – água e ureia (TCP)

- Concentração tubular: Alça de henle, H2O, Na+ e Cl

- Concentração do ducto coletor (TCD – DC)

aumento HAD – diminuição do volume urináriodiminuição HAD – aumento do volume urinário

- Secreção tubular: eliminação de resíduos (TCP)

Avaliação: 1) Teste de filtração glomerular: taxa em que os rins podem remover uma substância filtrável no sangue;

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-Substância analisada não pode ser nem reabsorvida e nem secretada pelos túbulos.2) Clearence e Creatinina: Substâncias de EnsaioDesvantagens: é secretada pelos túbulos e seus níveis variam ;-Cromógeno no plasma mascara as taxas falsamente elevadas;- Amostras de urina mantidas em temperatura ambiente por um longo período podem ter níveis elevados de creatinina (bactérias)

-Consumo de carne – período de coleta

-Cálculo da depuração de creatinina: dosar a creatinina do soro e da urina (24 horas). Despreza-se a primeira urina do dia e coleta toda urina do dia mais a primeira urina do dia seguinte;

- Volume urinário – 24 horas

-Vmin -> volume de 24h x 1440 min

-Creatinina na urina 24h = creatinina encontrada x vol. Urinário (ml)/ 100

(continuação da creatinina...)

a)depuração (ml/min)= creatinina urina (MG/dL) x vol. Urinário (1440) / creatinina no soro (mg/dL)

-P.S.: multiplicar o valor da depuração por 1,73 e dividir pela superfície corporal do paciente

Uréia: Produto nitrogenado do catabolismo proteico . Valor de referência: 15 a 50 mg/dL

Utilidade clínica: lesão glomerular, tubular ou vascular. Aumenta a concentração de ureia no plasma;

Aumenta a concentração de ureia > azotemia ??

Baixa concentração de ureia > Necrose tubular, baixa ingestão de proteínas ou grave doença hepática.

Creatinina: Produto da degradação do fosfato de creatina, armazenado no músculo. Valor de referência: 0,5 a 1,3 mg/dL

Utilidade Clínica, indicador da taxa de filtração glomerular.

Ácido Úrico: Produto do catabolismo dos nucleosídeos purínicos (?? Pirínicos)

Valor de Referência: 3,5 a 7,5 mg/dL

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Aumento da concentração de ácido úrico: Hiperuricemia ; plasma ou soro > 7 mg/dL Homens

>6 mg/dL Mulher

Gota: artrite gotosa (cristais de urato)

- Concentração de urato no soro menor que 2 mg/dL > hipouricosúrica

SISTEMA R-A-ARetroalimentação do processo de filtração glomerular: cascata de reações (baixo teor de Na+) diminui a retenção hídrica.A renina responde tanto a mudança de pressão qnto a concentração de sódio. É sintetizada nos rins, é uma enzima, células justaglomerulares. Ativa o angiotensinogênio para que seja produzida Angiotensina I. A angiotensina I passa pelos pulmões e ‘’encontra’’ a ECA (enzima conversora de Angiotensina I pra II). A Angiotensina II é importante pra controlar o fluxo renal (vasodilatação da arteríola aferente, constrição da eferente, estimula reabsorção de Na+ nos túbulos proximais) liberando Aldosterona (tbm depende da concentração de Na+, é um hormônio retentor de Na+.) e ADH – em situações de alta de Na+ ou alta de pressão.

METABOLISMO MINERAL E OSSEO

 Dosagens laboratoriais de cálcio, magnésio, fosfato.

Tecido ósseo é composto por: sais minerais inorgânicos cristalinos (75% do peso seco). Matriz orgânica: fibras de colágeno.

 

Os processos de formação e absorção óssea são controlados por hormônios e pelo metabolismo.

Atividade medida pela dosagem da FAL no plasma.

_ Calcio : 99% esta localizado no esqueleto.

Intracelular> condução neuromuscular, preservação da membrana permeabilidade de Na+ e k+ , etc.

Extracelular: coagulaçao sanguínea mineralizaçao óssea, e manutenção da membrana.

Esquelético: armazenamento:

Ingestão: 200 a 1500 mg/dL, absorvido porprocesso ativo no duodeno; se apresenta no plasma humano sob 3 formas: não ionizado, ionizado e complexado.

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Manutenção do equilíbrio de Ca+ depende do intestino delgado, rins e esqueleto.

Aumento do PH diminui o Ca+ ionizado e diminuição do PH aumenta o Ca+

O nível do Ca+ extracelular e a integridade do conteúdo são mantidos por um equilíbrio entre a formação e destruiçao, absoçao e excreção de Ca+.

Controladores principais: vitamina D e PTH( paratireoideo).

_vitamina D: estimula absorção de Ca+ e fosfato pelo intestino.

_PTH: aumenta a reabsorção tubular do Ca+ e reduz a reabsorção do fosfato.

 

Hipercalcemia: aumento da [Ca+] sérico: enfermidade renal, arritmias e mau estar, fadiga, fraqueza muscular.

Aumento [PTH]

Avaliação laboratorial: idade, sexo, dor óssea, medicamentos, histórico familiar.

Hipocalcemia: [proteínas] no plasma, redução da reabsorçao renal, deficiência nutricional, glucagon, diminui vit D, etc

Calcinúria depende da: absorção intestinal, filtração e reabsorção tubular.

Dosagem: jejum de 8h soro ou plasma na urina.

                Valores normais:

                Adultos: 8,8 a 10,2mg/dL.

                Recém-nascidos:7,0 a 12,0 mg/dL

                Prematuros: 6,0 a 10 mg/dL

                Crianças: 8,8 a 11,0 mg/dL

Fosfato; manutenção do PH, regulação de enzimas, transporte de oxigênio. Combinado como cálcio dá resistência óssea. Consumo de água: 800 a 1000 mg. Absorção intestino delgado. Fosfato extracelular, intracelular  e no esqueleto (85%). Órgãos envolvidos na homeostase do fosfato: intestino delgado, rins e esqueleto. Eliminação do fosfato: fezes.

Hiperfosfatemia, desidrataçao, hipofosfatemia, doença renal crônica, baixa albsorçao intestinal. Determinação de fosfato: soro, plasma e urina. Taxas normais nos addultos: 2,7 a 4,5 md/dL , crianças: 4,0 a 7,0

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Magnésio: associados com cálcio e fosfato o restante se encontra no músculo cardíaco, esquelético, rim fígado,. Auxilia na manutenção do magnésio intracelular. No esqueleto: atua como reservatório de magnésio. Excreção na urina. Desordem: hipomagnesemia, desordens gastrointestinais, cirrose, hipermagnesemia. Excesso de ingestão : antiácidos  e laxantes, insuficiência renal. Valores normais: criança ou adulto: 0,7 a 1,1

Enfermidade metabólica óssea: osteoporose, osteomalacia, raquitismo, osteide deformante, osteodistrofia renal.

 

Cloretos: atua no controle de água, pressão osmótica e controle elétrica . hipocloremia: baixa digestao, diarreia e vomito, doenças renais, abuso de diuréticos e acidose diabética. Hipercloremia: desidratação, insuficiência renal, excreção: urina e suor.  Determinação: amostra-soro, plasma. Valores normais: soro ou plasma 98 a 106 milimol/L. urina 110 a 1250, suor 0 a 35.

 

Água: é o mais abundante constituinte do corpo humano. Fatores que influenciam na distribuição da água: osmolalidade e a pressão osmótica coloidal. Ingestão de água: media 2,5L. Controle da ingestão: cede controlada pelo hipotálamo. Deficiência: hipovolemia, hipotençao, aumento da pulsação. Excesso de água.: edema, deficiência na excreção renal.

 

Ferro: envolvido no transporte de oxigênio e demais processos bioquímicos. Proveniente da ingestão de alimentos. 25% do ferro esta armazenada nas proteínas seguintes:

Transferrina, receptor de transferrina e ferritina: se ligam ao ferro para fazer o controle de sua disponibilidade no organismo.  

Diagnostico de anemia: concentração de tranferrina. Aumento da concentração de transferrina é igual ao aumento do ferro livre. Codificada por ensaio imunológico ou imunonefelometria.

Ferritina: avalia as reservas corporais de ferro.