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AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

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AVALIAÇÃO DE IMPACTOS

AMBIENTAIS

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Conteúdo programático I. INTRODUÇÃO

1.1 Conceitos

1.1.1 Sistemas Ambientais

1.1.2 Impacto Ambiental

1.1.3 Aspecto Ambiental

1.1.4 Efeito Ambiental

1.1.5 Avaliação de Impacto Ambiental

1.1.6 Recuperação Ambiental

1.1.7 Impacto Significativo

1.2 Problemática e necessidade do estudo de Avaliação de Impactos

Ambientais-AIA

II – O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

2.2 Resoluções CONAMA 01

2.3 Processo de AIA em outros Países

2.4 Processo de AIA no Brasil e RN (LICENCIAMENTO AMBIENTAL)

2.5 TRIAGEM :Critério e Procedimentos

2.5.1 Por tipo de empreendimento

2.5.2 Por localização

2.5.3 Necessidade de estudos preliminares

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Avaliação

Trabalho escrito a ser entregue

◦ Três Grupos de 5 e dois de 6 pessoas

◦ Compreende:

Identificar,

Avaliar,

Mitigar os impactos ambientais

Realizar os planos de monitoramento

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Conceitos SISTEMAS AMBIENTAIS

“Representam entidades organizadas na superfície terrestre ,

de modo que a espacialidade se torna uma das suas

características inerentes.

A organização desses sistemas vincula-se com a estrutura e

funcionamento de (e entre) seus elementos, assim como

resulta da dinâmica evolutiva” (Christofoletti, 1999).

Para que seja possível a realização de análises ambientais mais complexas torna-

se necessário estabelecer as características dos sistemas em questão .

Como?

Discernindo os elementos componentes; definindo as variáveis

relevantes e considerando os fluxos de matéria e energia.

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Ecossistemas e Geossistemas

Entidades representativas de sistemas ambientais.

Ecossistemas

Geossistemas

Sistemas ambientais biológicos, ou seja, constituídos em função dos

seres vivos e sob a perspectiva ecológica.

Sistemas ambientais para as sociedades humanas, constituídos pelos

elementos físicos e biológicos, analisados sob a perspectiva geográfica.

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IMPACTO AMBIENTAL

Definição Legal: Resolução CONAMA 01/86

Qualquer alteração das propriedades físicas,

químicas ou biológicas do meio ambiente,

causada por qualquer forma de matéria ou

energia resultante das atividades humanas, que

direta ou indiretamente afetem:

I- a saúde, a segurança e o bem-estar da

população;

II- as atividades sociais e econômicas;

III- as condições estéticas e sanitárias do meio

ambiente;

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Desde modo, juridicamente, o conceito de impacto

ambiental refere-se exclusivamente aos efeitos da ação

humana sobre o meio ambiente.

≠ fenômenos naturais, catástrofes.

A nível mundial a conceituação do que seja impacto

ambiental sob termos jurídicos datam do período da

revolução industrial e esta tem sido alterada de forma

dinâmica.

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IMPACTO SIGNIFICATIVO??

Impacto considerável, “suficientemente grande”.

Grande pra quem?...de que tamanho é

significativo?

Definição subjetiva decorrente da análise

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ASPECTO AMBIENTAL

Definição dada pela norma NBR ISO 14.001:2004

“elemento das atividades, produtos ou serviços de

uma organização que pode interagir com o meio

ambiente”.

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EFEITO AMBIENTAL

Termo geral que designa a “ aplicação de técnicas

de manejo visando tornar um ambiente degradado

apto para um novo uso produtivo, desde que

sustentável” (SÁNCHEZ, 2008).

“Alteração de um processo natural ou social

decorrente de uma ação humana” (SÁNCHEZ,

2008).

RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

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AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

“Processo de exame das conseqüências futuras

de uma ação presente ou proposta” (SÁNCHEZ,

2008).

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Para que serve a avaliação de impactos?

(aspectos técnicos)

Identificação de alterações que poderão ocorrer

na execução de qualquer empreendimento;

Mitigação ou diminuição dos impactos adversos

que venham a surgir;

Potencialização dos impactos positivos novos

Principal: Controle das alterações, identificação

e mensuração dos riscos envolvidos.

Proposição de medidas/propostas alternativas

para resolução das questões envolvidas (análise

crítica).

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AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

Um dos países pioneiros na determinação de

dispositivos legais para a definição de objetivos e

princípios da política ambiental foi os Estados Unidos. O

que se deu por meio da Lei Federal denominada "National

Environment Policy Act - NEPA" aprovada em 1969.

Desta forma, passou-se a exigir que todos os

empreendimentos com potencial impactante

procedessem, dentre outras obrigações:

(a) a identificação dos impactos ambientais,

(b) a caracterização dos efeitos negativos e

(c) a definição de ações e meios para mitigação dos

impactos negativos..

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AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

Diante dos reflexos da aplicação do NEPA, organismos

internacionais como ONU, BID e BIRD passaram a exigir

em seus programas de cooperação econômica a

observância dos estudos de avaliação de impacto

ambiental.

No Brasil, a nível federal, o primeiro dispositivo legal

associado a Avaliação de Impactos Ambientais deu-se por

meio da aprovação Lei Federal 6.938, de 31.08.1981

(PNMA).

Firmou o SISNAMA - Sistema Nacional de Meio

Ambiente como órgão executor.

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AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

Constituição do SISNAMA:

- Órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito

Federal, dos Municípios e pelas Fundações instituídas pelo

Poder Público.

- Estrutura estabelecida em seis órgãos conforme

descrição feita a seguir:

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AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

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O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS

AMBIENTAIS

Objetivos da AIA

Instrumento auxiliador no processo decisório.

Tem também o papel de facilitar a gestão ambiental

do futuro empreendimento.

Instrumento de Política Pública Ambiental!

Não sendo assim instrumento de correção das

ilegalidades ou brechas legais que permitem,

consentem e facilitam a continuidade da degradação

ambiental.

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O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

(ASPECTOS LEGAIS)-

1. Assegurar que as considerações ambientais sejam

explicitamente tratadas e incorporadas ao processo decisório

2. Antecipar, evitar, minimizar ou compensar os efeitos negativos

relevantes biofísicos, sociais e outros.

3. Proteger a produtividade e a capacidade dos sistemas naturais,

assim como os processos ecológicos que mantém suas funções.

4. Promover o desenvolvimento sustentável e otimizar o uso e as

oportunidades de gestão de recursos.

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Final (sexta-feira noite)

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O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS

AMBIENTAIS

Lei 6938/1981 – Política Nacional do Meio Ambiente

Resolução CONAMA nº 001/1986

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Etapas do Processo de AIA

1. Apresentação da Proposta

2. Triagem

Critérios básicos de enquadramento:

•Listas Positivas- listas de atividades onde se

torna obrigatório o estudo;

•Listas negativas- listas de exclusão.Impactos

sabidamente pouco significativos.

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Etapas do Processo de AIA

•Critérios de corte- baseado no porte do

empreendimento

•Localização do empreendimento- áreas sensíveis

podem demandar estudos, independentes de outros

fatores de triagem.

•Recursos ambientais potencialmente afetados-

projetos que afetem áreas que se queira proteger.

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Etapas do Processo de AIA

4. Determinação do escopo do estudo de impacto

ambiental:

- Termos de referência ou instruções técnicas emitida

pelo órgão ambiental responsável pelo licenciamento.

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Etapas do Processo de AIA

Documentos devem atentar para a especificidade do

projeto!

Ex:Projeto de geração de eletricidade a partir de

biocombustíveis fósseis .O EIA deverá dar uma maior

atenção aos problemas de qualidade do ar.

Barragem- áreas de inundação, presença de população e

atividades humana nessas áreas.

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Etapas do Processo de AIA

5. Elaboração do estudo de impacto ambiental: atividade

central, que consome mais tempo.

Deverá ser elaborado por equipe multidisciplinar

6. Análise técnica do estudo de impacto ambiental:

analisados por uma terceira parte.

Geralmente equipe técnica do órgão ambiental ou equipe

de instituição financeira à qual foi solicitado um

empréstimo para realizar o projeto.

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Etapas do Processo de AIA

7. Consulta Pública : audiência pública.

8. Decisão: por parte dos responsáveis.

Três tipos de decisão são possíveis:

1- não autorizar o empreendimento;

2- aprová-lo incondicionalmente;

3- aprová-lo com condições.

Cabe ainda retornar às etapas anteriores solicitando

modificações e/ou complementações.

Page 37: AIA - Esp - GA - UERN

Etapas do Processo de AIA

9. Monitoramento e Gestão Ambiental: a implantação do

empreendimento deve ser acompanhada da

implementação de todas as medidas visando reduzir,

eliminar ou compensar os impactos negativos, ou

potencializar os positivos.

Gestão ambiental aqui diz respeito às atividades que são

previstas no planejamento ambiental.

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O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS

AMBIENTAIS

Etapas do Processo de AIA

10. Acompanhamento: fiscalização, supervisão e

auditorias.

Supervisão- empreendedor

Fiscalização- agentes governamentais.

Auditorias- entidade pública ou privada.

11.Documentação

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Documentos de entrada Etapa Documentos resultantes

Memorial descritivo do projeto

Publicação em jornal anunciando

a intenção de realizar

determinada iniciativa

Apresentação da proposta Parecer técnico que define o

nível de avaliação ambiental e

o tipo de estudo ambiental

necessários

Avaliação ambiental inicial ou

estudo ambiental preliminar

Triagem Parecer técnico sobre o nível

de avaliação ambiental e o tipo

de estudo ambiental

necessários

Plano de Trabalho Definição da abrangência e

conteúdo do EIA

Termos de referência

Termos de referência Elaboração do EIA e do

Rima

EIA e Rima

EIA Análise técnica Parecer técnico

EIA e Rima

Publicação em jornal

Consulta pública Atas de audiência e outros

documentos de consulta

pública

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Resoluções CONAMA que norteiam a avaliação

de impactos ambientais

Resolução CONAMA Nº 001/86: Dispõe sobre critérios

básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto

ambiental.

Resolução CONAMA Nº 009/87: Dispõe sobre a

realização de Audiências Públicas no processo de licenciamento

ambiental. Art. 1º: A Audiência Pública referida na Resolução

CONAMA nº 1/86, tem por finalidade expor aos

interessados o conteúdo do produto em análise e do seu

referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos

presentes as críticas e sugestões a respeito.

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Art. 2º: Sempre que julgar necessário, ou quando for

solicitado por entidade civil, pelo Ministério Público, ou por

50 (cinqüenta) ou mais cidadãos, o Órgão de Meio Ambiente

promoverá a realização de audiência pública.

§ 1º:O Órgão de Meio Ambiente, a partir da data do

recebimento do RIMA, fixará em edital e anunciará pela

imprensa local a abertura do prazo que será no mínimo de 45

dias para solicitação de audiência pública.

§ 2º No caso de haver solicitação de audiência pública e na

hipótese do Órgão Estadual não realizá-la, a licença concedida

não terá validade.

Page 42: AIA - Esp - GA - UERN

§ 3º: Após este prazo, a convocação será feita pelo Órgão

licenciador, através de correspondência registrada aos

solicitantes e da divulgação em órgãos da imprensa local.

§ 4º: A audiência pública deverá ocorrer em local acessível

aos interessados.

§ 5º: Em função da localização geográfica dos solicitantes, e da

complexidade do tema, poderá haver mais de uma audiência

pública sobre o mesmo projeto de respectivo Relatório de

Impacto Ambiental - RIMA.

Page 43: AIA - Esp - GA - UERN

Art. 3º: A audiência pública será dirigida pelo representante

do Órgão licenciador que, após a exposição objetiva do

projeto e do seu respectivo RIMA, abrirá as discussões com

os interessados presentes.

Art. 4º: Ao final de cada audiência pública será lavrada uma

ata sucinta.

Parágrafo único. Serão anexadas à ata, todos os documentos

escritos e assinados que forem entregues ao presidente dos

trabalhos durante a seção.

Art. 5º: A ata da(s) audiência(s) pública(s) e seus anexos,

servirão de base, juntamente com o RIMA, para a análise e

parecer final do licenciador quanto à aprovação ou não do

projeto.

Page 44: AIA - Esp - GA - UERN

Resolução CONAMA Nº 237/97: Dispõe sobre a revisão e

complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o

licenciamento ambiental.

3

Page 45: AIA - Esp - GA - UERN

Resoluções específicas que tratam do Licenciamento Ambiental

por Atividade e por região ou Local de Atuação

Resolução nº 335/2003:Dispõe sobre o licenciamento ambiental de

cemitérios.

Resolução nº 4, de 31/1993:Dispõe sobre a obrigatoriedade de

licenciamento ambiental para as atividades, obras, planos e projetos a serem

instalados nas áreas de restinga.

Page 46: AIA - Esp - GA - UERN

Resolução CONAMA Nº 23/94: Institui procedimentos

específicos para o licenciamento de atividades relacionadas à exploração e

lavra de jazidas de combustíveis líquidos e gás natural.

Art. 6º Para expedição das licenças descritas no artigo anterior, o

órgão ambiental competente se utilizará dos seguintes instrumentos:

I - ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA e respectivo RIMA, de

acordo com as diretrizes gerais fixadas pela Resolução CONAMA nº 1, de

23 de janeiro de 1986;

Tipos de estudos ambientais segundo a

Resolução CONAMA 23/94

Page 47: AIA - Esp - GA - UERN

II - RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL - RCA, elaborado pelo

empreendedor, contendo a descrição da atividade de perfuração, riscos

ambientais, identificação dos impactos e medidas mitigadoras;

III - ESTUDO DE VIABILIDADE AMBIENTAL - EVA, elaborado pelo

empreendedor, contendo plano de desenvolvimento da produção para a

pesquisa pretendida, com avaliação ambiental e indicação das medidas de

controle a serem adotadas;

IV - RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - RAA, elaborado pelo

empreendedor, contendo diagnóstico ambiental da área onde já se encontra

implantada a atividade, descrição dos novos empreendimentos ou ampliações,

identificação e avaliação do impacto ambiental e medidas mitigadoras a serem

adotadas, considerando a introdução de outros empreendimentos;

V - PROJETO DE CONTROLE AMBIENTAL - PCA, elaborado pelo

empreendedor, contendo os projetos executivos de minimização dos impactos

ambientais avaliados nas fases da LPper, LPpro e LI, com seus respectivos

documentos.

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Estudos de Impacto Ambiental – Vários

estados

Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto

Ambiental -EIA/RIMA;

Relatório Ambiental Preliminar - RAP;

Relatório Ambiental - RA;

Relatório Ambiental Simplificado-RAS;

Estudo Ambiental Simplificado-EAS;

Estudo de Viabilidade Ambiental-EVA;

Estudo Ambiental - EA;

Plano Básico Ambiental - PBA;

Relatório de Controle Ambiental - RCA;

Plano de Controle Ambiental - PCA;

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INTERVALO

Page 50: AIA - Esp - GA - UERN

DESTAQUE: RESOLUÇÃO

CONAMA 001/86 Visa estabelecer:

-definições;

-responsabilidades;

-critérios básicos e

-diretrizes gerais para uso e implementação da

Avaliação de Impacto Ambiental como um dos

instrumentos da PNMA.

Processo de AIA no Brasil

Ainda que concisos os principais elementos de AIA são tratados

nessa norma.

Page 51: AIA - Esp - GA - UERN

O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS

AMBIENTAIS

Processo de AIA no Brasil

Em virtude da Resolução CONAMA atribuir a definição

de detalhes do processo de AIA (peculiaridades) aos

órgãos licenciadores, há divergências de

procedimentos entre Estados.

Page 52: AIA - Esp - GA - UERN

Processo de AIA no Brasil

SMA do Estado de São Paulo

O CONSEMA, em 1992, regulamentou os

procedimentos para análise de estudos de AIA no

Estado de SP.

Resolução 42/94 da SMA.

Page 53: AIA - Esp - GA - UERN

Processo de AIA no Brasil

Triagem → introduzido a figura de RAP, cuja análise

resulta em:

-Indeferimento do pedido;

- exigência de apresentação de EIA-RIMA;

- dispensa de apresentação de estudo.

Resolução 52/04 criou o EAS, aplicado à princípio a

projetos pequenos, de impacto pouco significativo,

podendo porém servir de base para a exigência de um

RAP.

Page 54: AIA - Esp - GA - UERN

Processo de AIA no Brasil

Determinação do escopo → deverá ser apresentado

plano de trabalho “que deverá explicitar a metodologia

e o conteúdo dos estudos necessários à avaliação de

todos os impactos ambientais relevantes”.

O plano, após ser analisado pelo Departamento de

Avaliação de Impacto Ambiental (DAIA), dá origem ao

termo de referência.

Page 55: AIA - Esp - GA - UERN

Processo de AIA no Brasil

Análise técnica do EIA→ O DAIA deve emitir “ relatório

sobre a qualidade técnica do EIA e Rima, informando

se demonstram a viabilidade ambiental do

empreendimento e sugerindo condições para as

diferentes etapas do licenciamento.

1

Page 56: AIA - Esp - GA - UERN

Processo de AIA no Estado do RN

MUNICÍPIO DE MOSSORÓ: Resolução CONEMA nº

04/2006.

Tipo de estudo mais comum: RAS

IDEMA:Resolução CONEMA nº 04/2006.Trata do

Potencial Poluidor/Degradador das atividades.

Page 57: AIA - Esp - GA - UERN

Processo de AIA no Estado do RN

O Decreto nº. 14.338, de 25/02/1999, que aprovou o

Regulamento do IDEMA-INSTITUTO DE

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MEIO

AMBIENTE, atesta a competência do Órgão para

formular, coordenar, executar e supervisionar a

política estadual de preservação, conservação,

aproveitamento, uso racional e recuperação dos recursos

ambientais (Art. 2º, III).

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Processo de AIA no Estado do RN

Mais especificamente, o Art. 14 diz que cabe à Coordenadoria

do Meio Ambiente do Instituto (CMA) analisar projetos e

demais documentos referentes à concessão ou

renovação de licença e à implantação de

equipamentos e sistemas de controle de poluição.

Page 59: AIA - Esp - GA - UERN

Processo de AIA no Estado do RN

“Dependendo do porte, da localização e do potencial de

impacto do empreendimento, o IDEMA poderá solicitar

algum tipo de Estudo Ambiental (EIA/RIMA, RCA, RAS, outros),

em complementação aos documentos apresentados. Neste

caso, será emitido um Termo de Referência para subsidiar a

elaboração do estudo.”

http://www.idema.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/idem

a/licenciamento_ambiental/gerados/exigencias_sobre_a_do

cumentacao.asp

Page 60: AIA - Esp - GA - UERN

Processo de AIA no Estado do RN

Resolução CONEMA nº 04/2006.Trata do Potencial

Poluidor/Degradador das atividades.

Page 61: AIA - Esp - GA - UERN

Processo de AIA no Estado do RN

Licenciamentofluxograma_

licenc_ambiental.pdf

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (CAD)

DIRETORIA GERAL (DIGER)

DIREÇÃO TÉCNICA ADMINISTRATIVA(DTA)

SECRETARIA EXECUTIVA (SECEX)

DIRETORIA TÉCNICA ADMINISTRATIVA (DTA)

CORDENADORIA DE ESTUDOS SÓCIO-ECONÔMICOS (CESE)

CORDENADORIA DE MEIO AMBIENTE (CMA)

SUBCOORDENADORIA DE LICENCIAMENTO E CONTROLE AMBIENTAL (SLCA)

SUBCOORDENADORIA DE GERENCIAMENTO COSTEIRO (SUGERCO)

SUBCOORDENADORIA DE PLANEJAMENTO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL (SPEA)

Page 62: AIA - Esp - GA - UERN

Processo de AIA em outros Países

Estados Unidos, pela sua importância histórica (processo

americano serviu de modelo para muitos Países) e África

do Sul (País em desenvolvimento e introdução do AIA

coincidiu com o processo de democratização)

2

Page 63: AIA - Esp - GA - UERN

Processo de AIA em outros Países

Aplicação descentralizada da lei (genérica), cabendo a

cada agência a elaboração do seu próprio conjunto de

procedimentos para cada etapa do processo;

Comum no processo de triagem o emprego de listas

positivas e negativas;

Processo de exclusão categórica deve apontar ações

que requerem ou não um EIA;

Nos casos intermediários resolve-se através da

preparação de uma avaliação ambiental (avaliação inicial);

A avaliação conduz a proposta a:

EUA

Page 64: AIA - Esp - GA - UERN

EUA

1- Preparação de um estudo de Impacto Ambiental

(Environmental Impact Statement-EIS-Declaração de Impacto

Ambiental): impactos potenciais significativos;

2- Dispensa de um EIS porque são conhecidas medidas

mitigadoras adequadas e de eficiência comprovada;

3- Dispensa de um EIS porque se constata que os

impactos ambientais não são significativos.

Nos dois últimos casos é obrigatória a elaboração de um

Relatório de Ausência de Impacto Ambiental Significativo.

Page 65: AIA - Esp - GA - UERN

EUA

No caso de impactos significativos não mitigáveis:

1- Anúncio público da elaboração de um EIS;

2-Definição do escopo do estudo;

A agência governamental!

Prepara o EIS ou contrata o serviço.

Como a agência tem o poder decisório a Lei requer que ela o

faça para fundamentar sua decisão.

3-Elaboração de divulgação do EIS preliminar: fica à

disposição para comentários por 45 dias;

Quem prepara o EIS???

Page 66: AIA - Esp - GA - UERN

EUA

4- Audiência pública;

6-EIS final: enviado a todos que apresentaram

comentários.Abre-se novo período de 30 dias para

comentários públicos.Somente após esse período a

agência pode formalizar sua decisão.

5- Resposta aos comentários. O prazo para comentários é

de 45 dias, contados a partir da publicação em diário

oficial;

7-Record Decision - Registro de decisão: declaração pública

que explica a decisão.

8-Implementação.

Page 67: AIA - Esp - GA - UERN

Processo de AIA em outros Países

Preparação de uma avaliação inicial denominada scoping

report.

Triagem:no caso positivo passa para um segundo estágio.

As conclusões desse relatório podem ser suficientes para

justificar a aprovação do projeto, caso em que são

estabelecidas condições para a implantação e

funcionamento.

Em casos mais complexos o relatório de scoping serve de

base para o futuro estudo de impacto ambiental. 3

ÁFRICA DO SUL

Page 68: AIA - Esp - GA - UERN

Consulta pública: se dá em vários momentos:

-Definição do conteúdo do relatório de scoping e na sua

análise;

- Análise do EIA

Após aprovação do EIA a autoridade decide sobre a

aprovação do projeto, podendo impor condições e

requerer a preparação de um plano de gestão ambiental.

ÁFRICA DO SUL

Page 69: AIA - Esp - GA - UERN

Final (sábado manhã)

Page 70: AIA - Esp - GA - UERN

Critérios e Procedimentos de

Triagem para Empreendimentos

Page 71: AIA - Esp - GA - UERN

Critérios e Procedimentos de Triagem

Critério operacionalizado por meio de listas de

empreendimentos sujeitos à preparação prévia de estudo

de AIA ou dispensados de tal procedimento.

Listas Positivas ou Negativas

Classificação por tipo de empreendimentos

Podem ser acompanhadas de critérios de porte para os

empreendimentos listados.

Listas positivas são muito adotadas na Legislação

Brasileira.

Page 72: AIA - Esp - GA - UERN

Critérios e Procedimentos de Triagem

Ex.:

CONAMA 1/86, artigo 2º, inciso XI “ Usinas de geração

de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia

primária, acima de 10MW”.

Classificação por tipo de empreendimentos

Podem ser acompanhadas de critérios de porte para os

empreendimentos listados.

São amplamente adotadas devido à facilidade de sua

aplicação e aparente objetividade.

Page 73: AIA - Esp - GA - UERN

Critérios e Procedimentos de Triagem

Porém, refletem uma classificação prévia genérica do

potencial de dano ambiental- não leva em conta as

condições locais.

Classificação por tipo de empreendimentos

Ex.: um projeto turístico em área litorânea com

manguezais, restingas e ecossistemas diversificados poderá

causar impactos significativos mesmo que ocupe uma área

muito menor que 100ha.

Enquanto um grande empreendimento turístico em uma

área rural ocupada por pastagens talvez não venha a

causar impactos significativos. Uma das razões que leva à adoção freqüente de outro

critério de triagem: o das áreas de interesse ambiental.

Page 74: AIA - Esp - GA - UERN

Critérios e Procedimentos de Triagem

Classificação levando em conta o local do

Projeto

A presença de ecossistemas sensíveis ou de áreas de

reconhecida importância natural ou cultural é um critério

muito usado para exigência de um EIA.

Ex. de Legislação Brasileira que adota esse critério:

Decreto Federal nº 99.556/90, estabelece a necessidade de

estudo de AIA para obras ou empreendimentos

potencialmente lesivos ao patrimônio espeleológico

nacional;

Page 75: AIA - Esp - GA - UERN

Critérios e Procedimentos de Triagem

Classificação levando em conta o local do

Projeto

Decreto Federal nº 750/93: admite a derrubada de

vegetação na área de domínio da Mata Atlântica somente

para “obras, planos, atividades ou projetos de utilidade

pública ou interesse social”.

Situações particulares que suscitam a exigência de um EIA

mesmo em casos de empreendimentos que não constem

da lista do Art. 2º da res. CONAMA 01/86.

2

Page 76: AIA - Esp - GA - UERN

Critérios e Procedimentos de Triagem

Necessidade de Estudos Preliminares

Solução largamente adotada para os casos intermediários,

onde os processos anteriores de triagem não definem.

Servem não somente para enquadrar a proposta como

necessária ou não de um EIA, mas também podem ser

estudos suficientes para estabelecer condições de

implantação, funcionamento e desativação de um

empreendimento.

Seria uma avaliação ambiental inicial, através de estudos

preliminares mais simples e mais rápidos que um EIA.

Page 77: AIA - Esp - GA - UERN

Critérios e Procedimentos de Triagem

Três categorias: A, B,C, de acordo com seu potencial de

causar impactos ambientais significativos.

Banco publicou uma lista positiva de empreendimentos.

Categoria C: Projetos cuja possibilidade de causar

impactos adversos é mínima.

Categoria A: Avaliação ambiental completa necessária.

Classificação adotada pelo Banco Mundial

Categoria B: Normalmente não é necessário preparar um

estudo de impacto como tal, os impactos podem ser

analisados em um capítulo específico do estudo de

viabilidade.

Page 78: AIA - Esp - GA - UERN

Principais atividades na elaboração de um estudo

de impacto ambiental

Deve-se seguir uma seqüência lógica de etapas;

Fases de Planejamento e execução.

Resultado da fase de Planejamento deve ser consolidado

em algum documento ou plano de trabalho.

Page 79: AIA - Esp - GA - UERN

Principais atividades na elaboração de um estudo

de impacto ambiental

Reconhecimento

ambiental

preliminar

Caracterização

das alternativas

para o

empreendimento

Identificação

preliminar dos

impactos

Legislação

ambiental

pertinente

Elaboração do

escopo

Plano de

Trabalho

PLANEJAMENTO

Atividades

preparatórias

2

Page 80: AIA - Esp - GA - UERN

1- Levantamento de bases cartográficas

2- Levantamento de fotografias aéreas

3- Aquisição de fotografias aéreas ou imagens de satélite

4- Levantamento preliminar de dados socioambientais

5- Levantamento preliminar de estudos sobre a região

6- Compilação de dados sobre o projeto e estudo dos documentos de projeto

7- Entrevistas ou reuniões de trabalho com projetista e proponente para

esclarecimentos

8- Visitas a empreendimentos semelhantes

9- Visita de campo para reconhecimento da área do projeto e entorno

10- Conversas informais na área do projeto e entorno

11- Levantamento completo e análise da legislação aplicável

12- Identificação da equipe necessária

13- Orçamento para execução dos serviços

Atividades preparatórias usuais para realização de um estudo de impacto ambiental

Page 81: AIA - Esp - GA - UERN

1- Breve descrição do empreendimento

2- Breve descrição das alternativas que serão avaliadas

3- Localização

4- Delimitação da área de estudo

5- Características ambientais básicas da área

6- Principais impactos prováveis devidos ao empreendimento

7- Considerações sobre os prováveis impactos mais significativos

8- Estrutura proposta para o EIA e conteúdo de cada capítulo e seção

9- Metodologia de levantamentos e tratamento de dados

10- Procedimentos de análise de impactos

11- Formas de apresentação dos resultados (escala dos mapas)

12- Compromissos de consulta pública

Conteúdo de um Plano de Trabalho para realização de um estudo de impacto ambiental

Page 82: AIA - Esp - GA - UERN

Identificação dos impactos

Plano de Gestão

Estudo de impacto ambiental

EXECUÇÃO

Plano de trabalho/Termo

de referência

Estudos de base

Previsão dos impactos

Avaliação de impactos

Page 83: AIA - Esp - GA - UERN

A análise dos impactos ambientais é composta de três atividades:

identificação; previsão e avaliação.

Identificação de impactos é a descrição das conseqüências esperadas de

um determinado empreendimento e dos mecanismos pelos quais se dão as

relações de causa e efeito,a partir das ações modificadoras do meio ambiente

que compõem tal empreendimento (Sanchez, 2008).

Previsão de impactos significa fazer hipóteses, técnica e cientificamente

fundamentadas, sobre a magnitude ou intensidade dos impactos ambientais

(Sanchez, 2008).

Avaliação dos impactos atribuição de um qualificativo de importância ou

significância a esses impactos, qualificativo esse sempre referido ao contexto

socioambiental no qual se insere o empreendimento (Sanchez, 2008).

Page 84: AIA - Esp - GA - UERN

Estudo de Impactos Ambientais

1. Informações gerais

2. Caracterização do Empreendimento

3. Estudo de alternativas

4. Aspectos Legais

5. Área de Influência

6. Diagnóstico Ambiental

- Fatores ambientais (físicos, bióticos e antrópicos)

7. Análise dos impactos Ambientais

8. Mitigação dos Impactos

9. Planos de controle e monitoramento

ESTRUTURA GERAL DE UM ESTUDO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Page 85: AIA - Esp - GA - UERN

Diagnóstico Ambiental

Pode ser definido como sendo o conhecimento de todos os

componentes ambientais de uma determinada área (país,

estado, bacia hidrográfica, município) para a caracterização

da sua qualidade ambiental.

Portanto, elaborar um diagnóstico ambiental é interpretar a

situação ambiental problemática dessa área, a partir da

interação e da dinâmica de seus componentes, relacionados

aos elementos físicos, biológicos e socioculturais ou

antrópicos.

Fatores ambientais e Qualidade ambiental

Page 86: AIA - Esp - GA - UERN

Diagnóstico Ambiental

Deverá ter informações cartográficas com a área de influência

do empreendimento bem caracterizada, em escalas compatíveis

com o nível de detalhamento dos fatores ambientais estudados.

3

Ao analisar e descrever os fatores ambientais atentar para as variáveis

suscetíveis de sofrer, direta ou indiretamente, efeitos significativos das

ações nas fases de planejamento, de implantação, de operação e,

quando for o caso, de desativação do empreendimento ( TOMMASI,

1994).

Page 87: AIA - Esp - GA - UERN

“São os elementos formadores do meio ambiente, qualquer

alteração em um destes resultará em um impacto ambiental”

Meio Físico: trata de tudo o que diz respeito ao ambiente

“inanimado”.

Meio Biótico: tudo o que se refere aos seres vivos, excluídos

os humanos.

Meio Antrópico: trata das questões que envolvem os seres

humanos, ou seja, as relações socioeconômicas e culturais*.

Fatores ambientais

O grau de detalhamento dos itens em cada estudo dependerá da

natureza do empreendimento, da relevância dos fatores em face de sua

localização e dos critérios adotados pela equipe responsável pela

elaboração do estudo.

Page 88: AIA - Esp - GA - UERN

1. Meio Físico

Os componentes à serem abordados serão aqueles necessários

para a caracterização desse meio, de acordo com o tipo e porte

do empreendimento e segundo as características da região.

Caracterização do clima e condições meteorológicas da área atingida

pelo empreendimento;

Caracterização da qualidade do ar na região;

Caracterização dos níveis de ruído na região;

Caracterização geológica da área;

Caracterização geomorfológica da área;

Caracterização dos solos da região, em especial na área em que os

mesmos serão potencialmente atingidos pelo empreendimento;

Caracterização dos recursos hídricos, podendo-se abordar:

- hidrologia superficial;

- hidrogeologia;

- oceanografia física;

- qualidade das águas;

- usos da água.

Page 89: AIA - Esp - GA - UERN

2. Meio Biológico

Caracterização e análise dos ecossistemas terrestres;

Caracterização e análise dos ecossistemas aquáticos;

Caracterização e análise dos ecossistemas de transição.

3. Meio Antrópico

A caracterização do meio antrópico deverá ser apresentada

considerando-se basicamente duas linhas de abordagem descritiva,

de acordo com a área de influência:

-Uma linha que considera as populações presentes na área atingida

diretamente pelo empreendimento;

- A outra linha trata das inter-relações, próprias do meio antrópico

regional e passíveis de alterações significativas, fruto de efeitos

indiretos do empreendimento.

Page 90: AIA - Esp - GA - UERN

Quando for procedente, as variáveis enfocadas no meio antrópico

deverão ser apresentadas em séries históricas significativas e

representativas = avaliação de sua evolução temporal.

Aspectos à serem considerados:

Caracterização da dinâmica populacional da área de influência do

empreendimento;

Caracterização do uso e ocupação do solo, com informações em

mapa;

Quadro referencial do nível de vida da população na área de

influência do empreendimento;

Dados sobre a estrutura produtiva e de serviços;

Caracterização da organização social da área de influência.

Page 91: AIA - Esp - GA - UERN

INTERVALO

Page 92: AIA - Esp - GA - UERN

1. Meio Físico

Detalhamento dos Fatores ambientais

O grau de detalhamento dos itens em cada estudo dependerá da natureza do

empreendimento, da relevância dos fatores em face de sua localização e dos critérios

adotados pela equipe responsável pela elaboração do estudo.

1.1 Clima e condições meteorológicas

É recomendável incluir na caracterização desse item:

Perfil do vento, temperatura e umidade do ar na camada-limite planetária;

Componentes de balanço de radiação à superfície do solo;

Componentes de balanço hídrico;

Nebulosidade;

Caracterização das condições meteorológicas de larga escala e meso escala,

favoráveis à formação de concentrações extremas de poluentes, danosas à saúde

humana, à fauna, à flora, e à qualidade da água e do solo;

Meteorologia de meso-escala : fenômenos severos que ocorrem em períodos de até 1 dia em

regiões localizadas.

Page 93: AIA - Esp - GA - UERN

Avaliação da freqüência de ocorrência de condições meteorológicas de larga

escala, favoráveis à formação de fortes concentrações de poluentes, incluindo a

freqüência de ocorrência e intensidade de anticiclones subtropicias

semipermanentes e transientes;

Parâmetros meteorológicos necessários para a caracterização do regime de

chuvas, incluindo:

-Precipitação total média: mensal, semanal e anual.

- Freqüência de ocorrência de valores mensais e semanais máximos e mínimos;

- Coeficiente de variação anual da precipitação;

- Números médio, máximo e mínimo de dias com chuva no mês;

- Delimitação do período seco e chuvoso;

- Relação intensidade de duração e freqüência da precipitação para períodos de

horas e dias;

- Parâmetros meteorológicos necessários para avaliação da razão de

transferência média mensal e semanal de água para a atmosfera (evaporação e

evapotranspiração) e dos demais componentes do balanço hídrico do solo

(escoamento superficial e infiltração).

Page 94: AIA - Esp - GA - UERN

1.2 Qualidade do ar

Concentrações de referência de poluentes atmosféricos;

Caracterização físico-química das águas pluviais;

Se for necessário deverá ser implantada rede de medição de poluentes

atmosféricos, com todo o procedimento justificado no estudo.

1.3 Ruído

Índices de ruído;

Mapeamento dos pontos de medição;

Todo o procedimento deverá ser explicado, devendo constar inclusive o

atestado de calibração do equipamento (decibelímetro).

Page 95: AIA - Esp - GA - UERN

1.4 Geologia: caracterização geológica de toda a área de influência do

empreendimento (AID e AII) pode incluir:

Esboço estrutural contendo representação de acabamento, foliação e

fraturamentos;

Esboço litológico contendo síntese crono-estratigráfica, com indicação

das características físico-químicas e mineralógicas das rochas;

Avaliação das condições geotécnicas, através do uso de parâmetros de

mecânica das rochas e dos solos (sondagens se necessário).

1.5 Geomorfologia

Compartimentação topográfica geral das áreas de estudo (planalto,

depressão periférica, planície, etc.);

Posição da área dentro do vale ou bacia hidrográfica (alto, médio, baixo

vale, ou cabeceiras, margens, etc.);

Tipo de forma de relevo predominante (planície fluvial, colinas, cuestas

basálticas, etc.);

Page 96: AIA - Esp - GA - UERN

Presença eventual de grandes massas de relevo ou pontos muito

elevados nas imediações (serras, picos, morros isolados, testemunhos, etc.)

Posição da área dentro do vale ou bacia hidrográfica (alto, médio, baixo

vale, ou cabeceiras, margens, etc.);

Tipo de forma de relevo predominante (planície fluvial, colinas, cuestas

basálticas, etc.);

Presença eventual de grandes massas de relevo ou pontos muito

elevados nas imediações (serras, picos, morros isolados, testemunhos, etc.);

Classificação das formas de relevo quanto à sua origem (formas cásticas,

formas fluviais, formas de aplainamento, formas litorâneas, etc.);

Características dinâmicas do relevo (presença ou propensão à erosão

acelerada e assoreamento, áreas sujeitas a inundações, áreas sujeitas à

erosão eólica, etc.).

1

Page 97: AIA - Esp - GA - UERN

1.6 Solos → caracterização pode incluir:

Definição de classes de solos ao nível taxonômico de série;

Figura 1. Hierarquia do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos.

Tratar da distribuição espacial individual ou para associações

Descrição da aptidão agrícola dos mesmos.

Page 98: AIA - Esp - GA - UERN

1.7 Recursos hídricos → a caracterização considera as bacias ou sub-bacias

hidrográficas e pode incluir:

A - Hidrologia superficial

Caracterização hidrográfica com parâmetros hidrológicos calculados

através de séries históricas de dados.

E se não tiver dados???

Poderão ser apresentadas observações fluviométricas e

sedimentométricas, relativas a um período mínimo de um ciclo hidrológico

completo.

Page 99: AIA - Esp - GA - UERN

As informações a serem apresentadas podem incluir:

Rede hidrográfica, identificando: localização do empreendimento,

características físicas da bacia hidrográfica, estruturas hidráulicas

existentes;

Balanço hídrico das áreas de estudo;

Parâmetros hidrológicos pertinentes;

Produção de sedimentos na bacia e o transporte de sedimentos nas

calhas fluviais.

B - Hidrogeologia

Caracterização dos aqüíferos em dois níveis de abrangência:

1- Caracterização sumária dos aqüíferos existentes;

2- Levantamento dos aqüíferos granulares (livres ou confinados) e dos

fraturados ou cársticos.

Page 100: AIA - Esp - GA - UERN

Itens do levantamento:

Localização, natureza, geometria, litologia, estrutura e outros aspectos

geológicos do aqüífero;

Alimentação, fluxo e descarga;

Profundidade dos níveis das águas subterrâneas;

Relações com águas superficiais e outros aqüíferos;

Caracterização físico-química das águas subterrâneas;

condições de exploração, considerando localização e tipos de captação

utilizados, quantidades explotadas e regimes de bombeamento em cada

captação.

C – Oceanografia Física

Caracterização das propriedades físicas das águas (temperatura,

salinidade, correntes marinhas e marés), configuração de fundo e da linha

costeira, da área de estudo.

2

Page 101: AIA - Esp - GA - UERN

D – Qualidade das Águas

Caracterização da qualidade das águas, bem como os métodos utilizados

para sua determinação incluindo:

- Caracterização físico-química e bacteriológica, de referência dos recursos

hídricos interiores, superficiais e subterrâneos, estuarinos e marinhos.

E – Usos da Água

Caracterização dos principais usos das águas na área de influência do

empreendimento, apresentando listagens das utilizações levantadas com

suas demandas atuais e futuras.

Page 102: AIA - Esp - GA - UERN

2. Meio Biológico

O grau de detalhamento dos itens em cada estudo dependerá da natureza do

empreendimento, da relevância dos fatores em face de sua localização e dos critérios

adotados pela equipe responsável pela elaboração do estudo.

2.1 Ecossistemas terrestres → sua caracterização e análise pode incluir:

Descrição da cobertura vegetal

- mapeamento da área inscrita no raio de estudos, identificando os

diferentes estratos vegetais;

- mapeamento da densidade da vegetação;

- Identificação das espécies vegetais raras, ameaçadas de extinção, de

interesse econômico e científico e mapeamento de sua área de ocorrência;

- Identificação de indicadores vegetais para a qualidade do ar, umidade e

perturbação do solo (Ex.: Liquens bioindicadores da qualidade do ar, reagem

mesmo que submetidos a doses baixas de contaminantes; Carnaúbas=

bioindicadoras de salinidade dos solos).

Page 103: AIA - Esp - GA - UERN

Descrição geral das interrelações fauna-fauna e fauna-flora na área

atingida diretamente (AID) e os seguintes elementos relativos à fauna:

- mapeamento da área identificando as espécies animais presentes,

distinguindo seus territórios e sua diversidade específica;

- mapeando a localização das fontes de alimentação e dessedentação,

de abrigos e áreas territoriais das espécies; de sítios de reprodução e

desenvolvimento de crias e de materiais necessários à construção de ninhos

das espécies raras, das ameaçadas de extinção e das de valor econômico

como também de vetores e reservatórios de doenças.

2.2 Ecossistemas aquáticos → sua caracterização e análise pode incluir:

2.2.1 Na área de incidência direta dos impactos

- mapeamento dos componentes básicos das populações aquáticas

(algas, plantas vasculares, etc.) segundo a classificação: sistemas marinhos,

regiões estuarinas, sistemas aquidulcícolas, ambientes lóticos (água

corrente) e lênticos (água parada).

- Identificação do estado trófico dos corpos d´água estudados;

Page 104: AIA - Esp - GA - UERN

- Identificação de espécies animais e vegetais raras, ameaçadas de

extinção, de vetores e reservatórios de doenças e mapeamento de sua

ocorrência;

- Identificação de espécies animais e vegetais, que possam servir como

indicadores biológicos das alterações ambientais, em cada tipo de

ecossistema aquático;

- Identificação de incidência direta dos impactos dos componentes do

bentos e nécton que apresentem interesse econômico e mapeamento de

seus abrigos, áreas territoriais das espécies e de seus sítios de reprodução e

desenvolvimento das crias.

2.2.2 Nas áreas de influência

- mapeamento dos diferentes ecossistemas aquáticos, apresentando as

espécies animais e vegetais e distinguindo seus territórios e áreas de

ocorrência;

- Inventário de espécies animais e vegetais, por ecossistema, e estudo de

sua diversidade específica.

Page 105: AIA - Esp - GA - UERN

2.3 Ecossistema de transição → deverão ser analisados segundo os

critérios indicados para os ecossistemas aquáticos e terrestres, com ênfase

em seu papel regulador.

Page 106: AIA - Esp - GA - UERN

3. Meio Antrópico

3.1 Dinâmica Populacional→ pode incluir:

Distribuição da população, apresentado mapa de localização das

aglomerações urbanas e rurais, caracterizando-as de acordo com o número

de habitantes, indicando no mapa as redes hidrográficas e viárias;

Distribuição da população, apresentando mapa indicativo da distribuição

da densidade populacional nas áreas de estudo, além das seguintes

informações:

- População total, urbana e rural, por grupos de idade e por sexo; taxa

média de crescimento demográfico no último decênio, grau de urbanização

em período significativo.

Page 107: AIA - Esp - GA - UERN

Deslocamentos populacionais diários, semanais e sazonais nas áreas de

estudo, resultantes de atividades como: recreação, trabalho, educação e

outros.

Fluxos migratórios, identificando: intensidade, origem regional, tempo de

permanência no município; causas da migração, especificando ofertas de

localização, trabalho e acesso.

3.2 Uso e ocupação do Solo→ pode incluir:

Mapeamento das áreas rurais, urbanas e de expansão urbana;

Mapeamento de áreas de valor histórico, cultural, paisagístico e

ecológico;

Identificação dos usos urbanos, considerando os usos residenciais,

comerciais, de serviços, industriais, institucionais e públicos, inclusive as

disposições legais de zoneamento;

Identificação da infra-estrutura de serviços, incluindo sistema viário

principal, portos, aeroportos, terminais de passageiros e carga, redes de

abastecimento de água e de saneamento ambiental, etc.

Identificação dos principais usos rurais, indicando as culturas temporárias

e permanentes, pastagens naturais ou plantadas, etc.;

Page 108: AIA - Esp - GA - UERN

Estrutura fundiária, indicada segundo o modelo rural mínimo local; as

áreas de colonização ou ocupadas sem titulação e propriedade;

mapeamento da vegetação nativa e exótica.

3.3 Nível de vida→ pode incluir:

Estrutura ocupacional:

- População economicamente ativa total, urbana e rural, por sexo;

- População ocupada por setor econômico;

- Distribuição da renda e sua evolução;

- Índices de desemprego e sua evolução;

- Tipos de relações de trabalho por setor econômico;

Educação:

- Demanda e oferta nos níveis fundamental e médio de ensino, rural e

urbano;

- Índice de evasão, repetência e aprovação dos níveis fundamental e

médio urbanos e rurais;

- Caracterização da rede de ensino público e particular (recursos físicos e

humanos

- Índice de alfabetização por faixa etária; 3

Page 109: AIA - Esp - GA - UERN

- Cursos profissionalizantes existentes;

- Programas de educação informal; de alfabetização; de alimentação

escolar e programas de educação formal à nível governamental e privado;

- Cursos supletivos;

Saúde:

- Coeficiente de mortalidade geral e infantil;

- Coeficiente de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias;

- Programas de saúde à nível governamental, privado;

- Caracterização da estrutura institucional;

- Susceptibilidade do meio ambiente físico, biológico e sócio-econômico à

instalação e/ou expansão de doenças como a malária, chagas, etc.

Alimentação, estado nutricional da população; hábitos alimentares;

sistemas de abastecimento de gêneros alimentícios; produção local, natural

e cultivada; programas de alimentação à nível governamental e privado, etc.;

Page 110: AIA - Esp - GA - UERN

Lazer, turismo e cultura:

- Manifestações culturais relacionadas com o meio ambiente natural e

sócio-religioso (danças, músicas, festas, tradições e o calendário);

- Descrição dos monumentos de valor cultural, cênico, histórico e natural;

- Principais atividades de lazer da população, áreas de lazer mais

utilizadas;

- Centros sociais urbanos;

- Jornais locais e regionais de circulação diária, etc.

Segurança social, quadro de criminalidade e sua evolução: infra-estrutura

policial e judiciária; corpo de bombeiro, etc.

Assentamento humano: condições habitacionais nas cidades, nos

povoados e na zona rural.

Page 111: AIA - Esp - GA - UERN

3.4 Estrutura Produtiva e de Serviços→ pode incluir:

Fatores de produção;

Modificação em relação à composição de produção local;

Emprego e nível tecnológico por setor;

Relação de troca entre a economia local e micro-regional, regional e

nacional incluindo a destinação da produção local e importância relativa.

3.5 Organização Social → pode incluir:

Forças e tensões sociais;

Grupos e movimentos comunitários;

Lideranças comunitárias;

Forças políticas e sindicais atuantes;

Associações.

Page 112: AIA - Esp - GA - UERN

Análise de impactos ambientais é composta

por três atividades (SANCHEZ, 2008):

1-Identificação dos impactos: trata-se da descrição das

conseqüências esperadas de um determinado

empreendimento;

2-Previsão de Impactos: “trata-se de hipóteses técnica e

cientificamente fundamentadas, sobre a magnitude ou

intensidade dos impactos”.

3-Avaliação dos impactos: “atribuição de um qualitativo de

importância ou significância a esses impactos”.

Avaliação da importância dos impactos significativos através

da mensuração de alguns parâmetros.

Benéficos ou adversos; diretos ou indiretos; imediatos e a médio e longo prazos,

temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e

sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais.

Page 113: AIA - Esp - GA - UERN

Avaliação da Importância dos Impactos

COMO IDENTIFICAR IMPACTOS???

Page 114: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

Trata-se do fundamento para estruturar e organizar um

estudo de impacto ambiental.

Permite que equipe multidisciplinar organize, de modo

racional e partilhado entre seus membros:

- o entendimento acerca das relações entre os vários

componentes do empreendimento e

- os elementos e processos ambientais que podem ser

alterados pelo projeto .

Tem-se num primeiro momento uma identificação

preliminar dos prováveis impactos e num segundo momento,

após o diagnóstico ambiental elaborado tem-se uma revisão

ou confirmação dos impactos.

Page 115: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

Como faço essa identificação?

Por onde começar?

Page 116: AIA - Esp - GA - UERN

Fim do sábado

Page 117: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

O Entendimento das

atividades e operações

que compõem o projeto,

e de suas alternativas +

O reconhecimento das

características

ambientais do ambiente

potencialmente afetado

=

Ponto de partida

Page 118: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

Identificar impactos prováveis = formulação de

hipóteses sobre as modificações ambientais que

poderão ocorrer (direta ou indiretamente ).

Alguns métodos empregados para auxiliar nessa

identificação:

- Analogia com situações similares ;

- Experiência dos membros da equipe multidisciplinar

(ou quando o for o caso de consultores externos);

- Emprego conjunto do raciocínio dedutivo e indutivo

1.1 Formulando hipóteses

Page 119: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

“Assim, a pesquisa bibliográfica e a consulta

a trabalhos similares são prováveis

primeiros passos de uma equipe

encarregada de planejar ou elaborar um

estudo de impacto ambiental” (SÁNCHEZ,

2008).

*“Os efeitos ambientais observados ou

medidos em casos de empreendimentos

semelhantes fornecem uma primeira pista

para identificar os possíveis impactos de

um novo projeto” (SÁNCHEZ,2008).

Page 120: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

impactos são resultados de uma ou mais ações ou

atividades humanas.

Esse material tem que ser disponibilizado para a equipe,

bem como todas as alternativas estudadas, mesmo as

descartadas.

1.2 Identificando as causas: ações ou atividades humanas

Um estudo de impacto parte do pressuposto que essas

ações são planejadas e expressas através de documentos

(projetos, memorial descritivo, plantas, etc.)

Page 121: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

Estudos de impacto são realizados quando há perspectiva

de haver impactos negativos (listas positivas, termo de

referência= instrumentos demandadores de EIA).

Estabelece-se então uma relação de causa e efeito onde:

- As ações tecnológicas são a causa de alterações de

processos ambientais, que modificam a qualidade do

ambiente, induzindo a impactos.

1.2 Identificando as causas: ações ou atividades humanas

Esses impactos são gerados por uma ação ou atividade de

caráter tecnológico.

Page 122: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

Relembrando, segundo Sánchez (2008):

1- As ações ou atividades são as causas, enquanto os

impactos são as conseqüências sofridas pelos receptores

ambientais (recursos ambientais, ecossistemas, seres

humanos, paisagem, ambiente construído) ;

2- Os mecanismos ou processos que ligam uma causa a

uma conseqüência são os efeitos, os aspectos ou processos

ambientais.

Page 123: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

Para identificar os impactos necessito identificar as causas!

Conseqüentemente o próximo passo seria a elaboração de

uma lista das atividades que compõem o empreendimento.

Raio X completo, ou melhor um Ultrasom em 3D de

todo o empreendimento!

1

Page 124: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

Ex.: “A implantação de um gasoduto ocorre em

quatro fases, são elas:

Limpeza de faixa, onde é realizado o corte de

árvores e abertura da faixa do gasoduto;

Abertura de vala, onde é escavada a vala onde

serão colocados os tubos;

Colocação de tubos, nesta fase os tubos são

colocados e soldados por técnicos

especializados, após a colocação a vala é

fechada; e

Recomposição vegetal, onde é realizado o

plantio de vegetação rasteira na faixa do

gasoduto” (RIMA-GASFOR II, 2005).

Page 125: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

Exemplo: Fases de Implantação de um Gasoduto

Limpeza de faixa

Abertura da

vala

Colocação do

tubo

Recomposição vegetal

Page 126: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

Quadro 1-Principais atividades componentes de um empreendimento de mineração

(SÁNCHEZ, 2008).

FASE DE PESQUISA E PLANEJAMENTO

Serviços topográficos

Abertura de vias de acesso

Instalação de acampamentos

FASE DE IMPLANTAÇÃO

Remoção de vegetação

Perfuração de poços e galerias de acesso para minas subterrâneas

FASE DE OPERAÇÃO

Abertura de vias subterrâneas

Perfuração e desmonte de rochas

FASE DE DESATIVAÇÃO

Preenchimento de escavações

Desmontagem de instalações e mecânicas

Demolição de edifícios

Page 127: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

1.3 Descrição das conseqüências: impactos ambientais

Os impactos são geralmente descritos através de

enunciados diretos, sintéticos.

Exemplo: impactos usualmente encontrados na construção

de barragens.

Perda e alteração de habitats devido ao enchimento do

reservatório;

Perda de animais por afogamento;

Proliferação de vetores;

Desaparecimento de locais de encontro da comunidade local;

Perda de terras agrícolas;

Aumento da demanda de bens e serviços;

Geração de emprego.

Page 128: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

Observa-se que os enunciados são suficientemente

precisos e conseqüentemente não acarretam dúbia

interpretação, ou uma interpretação vaga. Porém, pode-se encontrar enunciados do tipo:

Impactos sobre a fauna (confunde-se com o fator

ambiental)

?? Que impactos???

Situação que deve ser evitada!

Torna os EIAs imprecisos e impossibilita uma discussão

com clareza por parte dos analistas e até mesmo da

equipe que o está elaborando.

Compromete a qualidade da comunicação técnica do

documento.

Page 129: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

PRINCIPAIS AÇÕES PRINCIPAIS IMPACTOS (+

importantes/de destaque)

Abertura de estradas de acesso e serviço Modificação do escoamento superficial da

água em áreas de estradas e torres

Remoção da vegetação Emissão de ruído

Transporte das torres, cabos e demais

componentes

Emissão de gases e material particulado.

Montagem das estruturas metálicas Geração de resíduos sólidos (embalagens,

bobinas, latas e restos de tintas e solventes)

e emissão de ruído.

Lançamento de cabos e instalação dos

componentes

Geração de campos eletromagnéticos

Transmissão de energia Riscos para a saúde humana

Manutenção da estrada de serviço Impacto visual 2

Quadro 2-Principais atividades na implantação e operação de uma linha de transmissão

de energia e seus principais aspectos e impactos ambientais.

Page 130: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

SÍNTESE

Para uma identificação apropriada dos principais impactos

faz-se necessário o atendimento a dois requisitos:

1- Entendimento do projeto proposto;

2-Reconhecimento das principais características do

ambiente afetado.

“Uma abordagem ordenada da relações

de causa e conseqüência, intermediada

por interferências ou alterações de

processos ambientais ou sociais, auxilia

na identificação de todos os impactos

relevantes” (SÁNCHEZ, 2008).

Page 131: AIA - Esp - GA - UERN

1-Identificação dos Impactos (prováveis)

Esquema básico das relações entre causa e conseqüência

para identificação de impactos ambientais:

Ação Efeito/aspecto ambiental (alterações de processos) Impacto

Page 132: AIA - Esp - GA - UERN

Previsão de Impactos

Um dos principais objetivos da AIA: prever mudanças nos

sistemas naturais e sociais decorrentes de um projeto de

desenvolvimento.

Estudo de Impacto prognóstico da situação futura

do ambiente afetado.

Previsão→ etapa que busca informar sobre a magnitude ou

intensidade dessas mudanças.

Um dos passos da Análise de Impactos.

Diagnóstico ambiental Diagnóstico ambiental Diagnóstico ambiental

Page 133: AIA - Esp - GA - UERN

Previsão de Impactos

Funções da Previsão de Impactos:

Estimar a magnitude (intensidade) dos impactos

ambientais;

Fornecer informações para a etapa seguinte, avaliação

da importância dos impactos;

Prognosticar a situação futura do ambiente com o projeto

em análise;

Comparar e selecionar alternativas;

fornecer subsídios para a definição de medidas

mitigadoras.

Page 134: AIA - Esp - GA - UERN

Previsão de Impactos

A atividade (etapa) de previsão de Impactos envolve cinco

passos:

1. Escolha de indicadores:decidir o que prever e que

indicadores irão efetivamente fornecer informações que

subsidiem o prognóstico.

Obs.: levar em conta não somente o fator “previsibilidade”

mas também capacidade e custo.

2. Determinar como fazer a previsão através de:

- definição de materiais e métodos de trabalho (uso de

modelo para geração de cenários; método de avaliação

?..);

- Justificativa da escolha (ex.: método aprovado pelo

orgão regulador ou método clássico de emprego

universal)

Page 135: AIA - Esp - GA - UERN

Previsão de Impactos

3. Calibração e validação do método: necessário quando é

empregado modelo desenvolvido para outra situação;

4. Aplicação do método de avaliação e obtenção dos

resultados: este passo significa realmente “fazer as

previsões”.

5. Análise e interpretação: etapa que visa discutir os

resultados apontados e as fragilidades não dos

mesmos.

3

Page 136: AIA - Esp - GA - UERN

Previsão de Impactos

Indicadores de Impactos:

“Parâmetro que fornece uma medida da magnitude do

impacto ambiental” (Munn, 1975).

“Parâmetro que serve como medida das condições

ambientais de uma área ou ecossistema” (Moreira, 1992).

Nas ciências biológicas recebe a definição: “espécies cuja

presença em determinado local, devido às suas exigências

ambientais bem definidas, é indicativa da ocorrência

dessas condições” .

Ex.: proliferação de massa vegetal em lagos (eutrofização) indicativo da

presença de fósforo e nitrato.Ausência de massa vegetal no espelho indicativo

da qualidade da água no tocante à esse parâmetros.

Page 137: AIA - Esp - GA - UERN

Previsão de Impactos Indicadores de Impactos

Pesquisadores de diversas áreas vêm se preocupando em

definir indicadores para definir e acompanhar os processos

que são modificados por ação humana.

Ex.Bitar et al (1993): indicadores de acompanhamento dos

processos do meio físico.

Feições erosivas de pequeno porte (sulcos e ravinas), cuja

magnitude pode ser indicada por meio de parâmetros como

comprimento, profundidade e área afetada;

Posicionamento e variação dos níveis freáticos, que

podem ser descritos com a ajuda de parâmetros como

profundidade média e amplitude de oscilação dos níveis

piezométricos;

assoreamento, cuja magnitude pode ser indicada pela

área afetada e pelo volume de sedimentos depositados.

Page 138: AIA - Esp - GA - UERN

Previsão de Impactos

Aspecto/impacto Indicadores

Perda de fragmento de vegetação nativa Superfície afetada (ha)

Alteração da qualidade do ar Concentração ambiental do poluente P1

Diminuição da produção agrícola Superfície afetada em relação às áreas

cultivadas no município ou sub-bacia

hidrográfica

Geração de resíduos sólidos Massa gerada por classe de resíduo (t/ano)

Geração de efluentes líquidos Vazão efluente, DBO, DQO, outros.

Lançamento de efluente tratado em

estuário (com presença de fósforo)

Aumento da massa vegetal

(eutrofização)???Estuário em Natal.

Quadro 1- Exemplos de indicadores para estudo da magnitude de aspectos e impactos

ambientais (Sánchez, 2008)

Page 139: AIA - Esp - GA - UERN

Como avaliar a importância dos impactos?

Page 140: AIA - Esp - GA - UERN

Intervalo

Page 141: AIA - Esp - GA - UERN

Avaliação da Importância dos Impactos

1º Passo: fazer um levantamento das atividades

envolvidas nas fases de planejamento, implantação e

operação do empreendimento.

2º Passo: à luz do diagnóstico ambiental, mapear dentre

as atividades acima descritas aquelas potencialmente

causadoras de impactos ambientais.

3º Passo: identificação dos impactos ambientais

decorrentes dessas atividades.

4º Passo: previsão/avaliação da importância dos impactos.

Page 142: AIA - Esp - GA - UERN

Avaliação da Importância dos Impactos

4º Passo: avaliação da importância dos impactos.

Resolução CONAMA 01/86:

II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas

alternativas, através de identificação, previsão da

magnitude e interpretação da importância dos prováveis

impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos

e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos,

imediatos e a médio e longo prazos, temporários e

permanentes; seu grau de reversibilidade; suas

propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos

ônus e benefícios sociais.

Page 143: AIA - Esp - GA - UERN

Avaliação da Importância dos Impactos

A Resolução CONAMA 01/86 estipula então que a análise

dos impactos deve considerar os seguintes atributos:

impactos benéficos ou adversos;

impactos diretos ou indiretos;

impactos imediatos,a médio ou longo prazo;

impactos temporários ou permanentes;

impactos reversíveis ou irreversíveis;

propriedades cumulativas ou sinérgicas dos impactos;

distribuição dos ônus e benefícios sociais decorrentes

do empreendimento.

Page 144: AIA - Esp - GA - UERN

Avaliação da Importância dos Impactos

Ainda existem outros atributos que podem ser

considerados:

Espacialidade: localizado ou disperso;

Grau de relevância: alto, médio ou baixo;

Ocorrência: certa ou provável

- Um primeiro aspecto de julgamento e avaliação dos impactos é

justamente a consideração sobre sua natureza; ou seja, se são

benéficos ou adversos.

Page 145: AIA - Esp - GA - UERN

Avaliação da Importância dos Impactos

- A origem: trata-se da causa ou fonte de impacto, direto ou

indireto.

Impactos diretos são aqueles que decorrem das atividades ou

ações realizadas pelo empreendedor, por empresas por ele

contratadas, ou que por eles possam ser controladas;

Impactos indiretos são aqueles que decorrem de um impacto

direto causado pelo projeto em análise, ou seja, são impactos de

segunda ou terceira ordem; os indiretos são mais difusos que os

diretos e se manifestam em áreas geográficas mais abrangentes.

- A duração: impactos temporários são aqueles que só se

manifestam durante uma ou mais fases do projeto e que cessam

na sua desativação.

Impactos permanentes representam uma alteração definitiva de

um componente do meio ambiente.Tratam-se de impactos que

permanecem depois que cessa a ação que os causou.

Page 146: AIA - Esp - GA - UERN

Avaliação da Importância dos Impactos

- A escala temporal: impactos imediatos são aqueles que ocorrem

simultaneamente à ação que os gera; impactos a médio ou longo

prazo são os que ocorrem com uma certa defasagem em relação

à ação que os gera;

uma escala arbitrária poderia definir prazo médio, como da

ordem de meses, e o longo, da ordem de anos.

- Reversibilidade : representada pela capacidade do ambiente

afetado de retornar ao seu estado anterior caso cesse a

solicitação externa, ou seja implantada uma ação corretiva.

- Cumulatividade e sinergismo : referem-se respectivamente, à

possibilidade de os impactos se somarem ou se multiplicarem;

impactos cumulativos são aqueles que se acumulam no tempo ou

no espaço, e resultam de uma combinação de efeitos decorrentes

de uma ou diversas ações. 1

Page 147: AIA - Esp - GA - UERN

Métodos de avaliação de

impactos ambientais

Page 148: AIA - Esp - GA - UERN

Introdução

Segundo Canter (1977), existem mais de 50 tipos de metodologias de EIA que atendem às solicitações da NEPA (National Enviromental Policy Act) só nos Estados Unidos da América.

O surgimento desses estudos provém da década de 60, com a crescente sensibilização de estudiosos, acadêmicos e gestores públicos, que apontavam a necessidade urgente de criação de novos instrumentos para o licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos (BRAGA et al., 2004).

Page 149: AIA - Esp - GA - UERN

Introdução

Em 1981, já decorrida quase uma década

após a Primeira Conferência Mundial

sobre Meio Ambiente, em Estocolmo,

1972, o Brasil definiu sua Política Nacional

de Meio Ambiente (Lei 6.938/81). Esse ato

desencadeou a busca e fixação de

métodos que no Exterior já eram

considerados clássicos e consagrados.

Page 150: AIA - Esp - GA - UERN

Introdução

Entretanto, por mais diversidades que pudessem apresentar, em comum encontravam-se os seguintes elementos, considerados imprescindíveis por Moreira (1985):

-o diagnóstico ambiental da área de influência do projeto;

-a identificação dos impactos;

-a previsão e medição dos impactos;

-a identificação das medidas mitigadoras;

-a elaboração do programa de monitoramento e a comunicação dos resultados.

Page 151: AIA - Esp - GA - UERN

Introdução

Tais valores tornaram-se obrigatórios nos

estudos quando foi publicada a resolução

CONAMA 01/86.

2

Page 152: AIA - Esp - GA - UERN

Métodos mais utilizados Geral ◦ Ad-Hoc

Espaciais (verificam os problemas ambientais no espaço e não no tempo, como uma foto) ◦ Listagem de Controle ◦ Matriz de Interações ◦ Superposição de Cartas

Temporais (verificam os problemas ambientais no transcorrer do tempo e não no espaço, como um filme restringido a um local) ◦ Rede de Interação ◦ Modelos de Simulação

Espaço temporais (consideram as condições espaciais e temporais simultaneamente) ◦ Maia

Page 153: AIA - Esp - GA - UERN

Ad-Hoc

Consiste na reunião de um grupo multidisciplinar de profissionais, que apresentam o maior conhecimento possível sobre o projeto e as áreas que este possa a vir modificar, podendo avaliar, preliminarmente, os efeitos das suas alternativas (TOMMASI, 1984).

De acordo com Rau e Wooten (1980), esse método constitui um guia mínimo para a execução das seguintes tarefas: identificação, medição, interpretação e comunicação dos impactos totais envolvidos. Entretanto, poderá ser tendencioso e baseado em fatores subjetivos e/ou intuitivos, principalmente por tratar-se de um método basicamente qualitativoe não quantitativo.

Page 154: AIA - Esp - GA - UERN

Ad-Hoc

Segundo Braga et al. (2004), podem-se resumir as vantagens e desvantagens desse método da seguinte maneira:

Vantagens:

o Rapidez na identificação dos impactos mais prováveis;

o Melhor alternativa entre todas as levantadas;

o Viabilidade de aplicação do estudo, mesmo quando as informações são escassas.

Page 155: AIA - Esp - GA - UERN

Ad-Hoc

Desvantagens:

o Vulnerabilidade a subjetividade;

o Vulnerabilidade a tendenciosidades na

coordenação e escolha dos participantes.

Page 156: AIA - Esp - GA - UERN

Listagem de Controle-”Check List”

Entende-se o método da listagem de controle como uma lista de fatores ambientais que devem ser considerados, sistematicamente, em relação ao projeto proposto (TOMMASI, 1984).

Segundo Silveira e Moreira (1985), foi o primeiro método de execução de EIA conhecido.

Rau e Wooten (1980) o entendem como um método derivado do método Ad-Hoc, por resumir os impactos ambientais e classificá-los por grau de intensidade em suas respectivas áreas de atuação.

Page 157: AIA - Esp - GA - UERN

Listagem de Controle

O método é constituído pela ordenação dos fatores ambientais a serem analisados, tais como qualidade da água, solo, ar, etc., e das alternativas de modificação: efeito adverso, efeito nulo, efeito benéfico e outros.

Existem outras formas de elaboração dessa avaliação, as quais incluem, por exemplo, a análise comparativa dos fatores ambientais e das alternativas de projetos, ou dos fatores ambientais e da construção e operação.

3

Page 158: AIA - Esp - GA - UERN

Listagem de Controle

Tipos de listagens:

1) Listagens descritivas→ listas de parâmetros ambientais, fontes de informações e de técnicas de previsão para resolver as mesmas;

2) Listagens comparativas→visam comparar os efeitos de diversas alternativas de um projeto, onde é listado os fatores ou recursos, o parâmetro adotado para avaliação; critério de relevância (de referência) e a existência de efeitos negativos decorrentes da implantação naquela alternativa.

Page 159: AIA - Esp - GA - UERN

Listagem de Controle

3) Listagens em questionários→consiste de

uma série de perguntas visando abordar os

aspectos possíveis de serem impactados por

um projeto.Ao final você faz a somatória dos

resultados positivos e compara com a

somatória dos resultados negativos.

Page 160: AIA - Esp - GA - UERN

Listagem de Controle

Page 161: AIA - Esp - GA - UERN

Listagem de Controle

ASPECTO

AMBIENTAL

IMPACTO

AMBIENTAL

MEIO

FÍSICO

MEIO

BIOLÓGICO

MEIO

ANTRÓPICO

- IMPACTO MUITO

SIGNIFICATIVO 1;

- IMPACTO

MEDIANAMENTE

SIGNIFICATIVO 2;

- IMPACTO MUITO

SIGNIFICATIVO 3.

Page 162: AIA - Esp - GA - UERN

Listagem de Controle

É relevante relatar que existe ainda um

quarto tipo de listagem que se caracteriza

por apresentar peso e por isso são

denominadas “listagens ponderadas”.

Estas são muito utilizadas para estudos de

avaliação das condições ambientais em um

ambiente ou sistema característico.

Page 163: AIA - Esp - GA - UERN

Listagem de Controle

Vantagens:

o Listagem descritiva: detalhada e abrangente;

o Listagem comparativa: as dimensões temporais são questionadas e os critérios de relevância, os fatores ambientais e os padrões estabelecidos dependem do empreendimento. Por fim, é possível efetuar diretamente a hierarquização dos impactos;

o Listagem questionário: as dimensões temporais são questionadas e o método poderá ser extenso e abrangente;

o Listagem ponderada: numérica, de fácil visualização, abrangente e seletiva ao mesmo tempo, além de bastante objetiva. Permite a previsão de magnitude pelo emprego de escala normalizada de valores.

Page 164: AIA - Esp - GA - UERN

Listagem de Controle Desvantagens:

o Listagem descritiva: eventos de segunda ordem

dificilmente são abordados; o Listagem comparativa: eventos de segunda ordem

dificilmente são abordados; o Listagem questionário: poderá se tornar extremamente

extensa e complexa, devendo ser subdividida em categorias genéricas para reduzir tal problema;

o Listagem ponderada: é abrangente e seletiva ao mesmo

tempo, mas não permite a interação dos impactos e não distingue a distribuição temporal.

Page 165: AIA - Esp - GA - UERN

Final da sexta-feira

Page 166: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Matriz de Interações ou

Matriz Causa-efeitos Constitui um dos métodos mais utilizados na

atualidade, tendo sido desenvolvido inicialmente para projetos de mineração. O primeiro desse gênero foi formulado por Leopold et al. (1971), ficando conhecida popularmente como a “Matriz de Leopold”.

Segundo Tommasi (1994), consiste basicamente numa listagem bidimensional organizada em um quadro, e que possibilita uma interação entre os componentes ambientais (relacionados na horizontal) e as diferentes fases e alternativas de um projeto (listados na vertical).

Page 167: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Matriz de Interações ou

Matriz Causa-efeitos O cruzamento de cada componente impactante com

o componente impactado, corresponde a uma célula

na matriz, a qual é representado o impacto

identificado ou previsível.

Cada célula matricial é dividida em quatro quadrículas,

para valoração dos atributos - Caráter, Magnitude,

Importância e Duração - dos impactos identificados.

Page 168: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Matriz de Interações ou

Matriz Causa-efeitos A célula matricial comportará os tributos da seguinte forma:

na quadrícula esquerdo superior, o Caráter ( + positivo ou -

negativo); no esquerdo inferior, a Magnitude (G grande, M

média ou P pequena); no direito superior a Importância (1

não significativa, 2 moderada ou 3 significativa); e no direito

inferior, a Duração (4 curta, 5 média ou 6 longa).

CARÁTER

IMPORTÂNCIA

MAGNITUDE

DURAÇÃO

Page 169: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Matriz de Interações ou

Matriz Causa-efeitos Dessa forma, um impacto de caráter benéfico, de média

magnitude, de importância significativa, e de média duração é

representado pela configuração a seguir:

+

3

M

5

Page 170: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Matriz de Interações ou

Matriz Causa-efeitos Uma vez configurada essa interação é

estabelecido, em uma escala que varia de 1 a 10, a magnitude e a importância de cada impacto, indicando se o mesmo é positivo ou negativo.

Enquanto a valorização da magnitude é relativamente objetiva ou empírica, pois se refere ao grau de alteração provocado pela ação sobre o fator ambiental, a pontuação da importância é subjetiva ou normativa, uma vez que envolve atribuições de peso relativo ao fator afetado no âmbito do projeto.

1

Page 171: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Matriz de Interações ou

Matriz Causa-efeitos O estabelecimento destes pesos constitui

um dos pontos mais críticos não só das

técnicas matriciais, como também dos

métodos quantitativos = pertinência ou

não de se calcular um índice global de

impacto ambiental resultante da soma

ponderada (magnitude x importância) dos

impactos específicos.

Page 172: AIA - Esp - GA - UERN

Rau e Wooten (1980) entendem que esse

método seria uma evolução do método

da listagem de controle, pois apresenta

como resposta uma gama de valores (e

não somente “sim” ou “não”). Além disso,

ele permite o desenvolvimento da

interação de fatores e requisitos e a

comparação de valores de magnitude e

importância

Page 173: AIA - Esp - GA - UERN

Vantagens:

◦ Rapidez na identificação dos impactos mais

prováveis;

◦ Melhor alternativa entre todas as levantadas

◦ Viabilidade de aplicação do estudo, mesmo

quando as informações são escassas.

Page 174: AIA - Esp - GA - UERN

Desvantagens:

o A generalidade da abrangência buscada limita a aplicabilidade caso a caso;

o O número de quadrículas é substancial, mesmo quando são observadas as ações

mais presentes no projeto. Isso ocasiona, muitas vezes, a necessidade de uma

nova seleção para eliminar ou diminuir as ações;

o Inespecificidade para projetos urbanos, visto que o método se baseia em

impactos de grandes extensões territoriais;

o Consideração de um impacto mais de uma vez, por estabelecer o

princípio da exclusão e não relacionar os fatores segundo os efeitos finais;

o Avaliação subjetiva tanto nas escolhas dos fatores quanto na análise dos mesmos

e das ações (questionamento semelhante ao “método da listagem de controle”).

Page 175: AIA - Esp - GA - UERN

Matriz de Interações

2

Page 176: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Sobreposição de Cartas

Com origem nas cartas de aptidão e restrição de Ian Mettrarg e de J. Tricart, segundo Silveira e Moreira (1985), o método consiste na sobreposição de diversas cartas de aspectos ambientais ou temáticos, como: solo, relevo, grau de poluição, entre outros.

Cada carta é desenvolvida em transparência (ou não) e analisada segundo a sobreposição simultânea de duas ou mais. Atualmente é usual utilizar-se de ferramentas computacionais para facilitar e encurtar o processo.

Page 177: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Sobreposição de Cartas

De acordo com Braga et al. (2004), o método é bastante utilizado para a escolha de projetos lineares, como construção de rodovias, ferrovias, dutovias, linhas de transmissão e outros. É também recomendado para a etapa de análise nos diagnósticos ambientais.

O desenvolvimento dessa metodologia por meio de programas computacionais e o surgimento dos primeiros bancos de dados de origem gráfica, denominados “Sistemas de Informações Georreferenciadas (SIG)”, desencadearam uma significativa otimização dos processos de gestão de informações.

Page 178: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Sobreposição de Cartas

Page 179: AIA - Esp - GA - UERN
Page 180: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Sobreposição de Cartas

Dentro desse grupo de SIGs, pode-se

destacar o Sistema de Análise

Geoambiental (SAGA/UFRJ), que

apresenta uma metodologia de análise e

avaliação de impactos ambientais com

base em geoprocessamento e no

RASTER, a exemplo de outros aplicativos

desenvolvidos na Europa, EUA e Brasil

(COSTA, 1997).

3

Page 181: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Sobreposição de Cartas

Vantagens:

o Rapidez na identificação dos impactos mais prováveis;

o Apresentação de diferentes graus de sensibilidade e variações introduzidas pelo projeto (BISSET, 1984);

o Viabilidade de aplicação do estudo, mesmo quando as informações se revelam escassas.

Page 182: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Sobreposição de Cartas

Desvantagens:

◦ Necessidade, em casos complexos, de programas e

computadores com alto grau de processamento;

◦ Pequenos impactos localizados poderão ser desprezados por arredondamentos ou diferenças nas escalas dos mapas;

◦ Erros de paralaxe tanto na visualização (quando o estudo ocorre sem implemento da informática) quanto na digitação das características escalas e/ou propriedades (quando são utilizados programas de computador).

Page 183: AIA - Esp - GA - UERN

Intervalo

Page 184: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Rede de Interação

Com o surgimento da necessidade de

identificar efeitos denominados “causa-efeito-

causa” (RAU; WOOTEN, 1980) e “causas-

condições-efeitos” (BRAGA et al., 2004),

suprindo uma lacuna nas matrizes de

interação, o método de rede de interação

ganhou sustentação e espaço. É o método

precursor da determinação de impactos de

segunda e terceira ordens.

Page 185: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Rede de Interação

A primeira (rede) desse gênero foi

organizada por Sorensen (1974) e pode

apresentar vários níveis de ramificações,

como observado nas a seguir, além de

formatação tanto vertical quanto

horizontal.

Page 186: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Rede de Interação

A grande relevância desse método é a

possível identificação de efeitos de

segunda e demais ordens, tornando-o

mais compatível com os reais fenômenos

da natureza. Em geral, a rede torna-se

complexa e altamente ramificada,

semelhante àquelas que descrevem nichos

ambientais (RAU; WOOTEN, 1980).

1

Page 187: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Rede de Interação

Vantagens:

o Permite a identificação de ações e reações;

o Permite a visualização entre ações e impactos relacionados com cadeias de impacto (segundas e demais ordens);

o Identifica os efeitos de ações externas sobre um fluxo de energia de um sistema ambiental.

Page 188: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Rede de Interação

Desvantagens:

o Não é recomendado para grandes ações de caráter

regional, pois as redes de interação poderão tornar-se muito extensas;

o Não é de natureza quantitativa; o Apresenta os impactos diretos como de fácil

visualização e remediação em comparação aos de demais ordens;

o Tradicionalmente, não apresenta inter-relação dos

efeitos de N ordem entre si.

Page 189: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Rede de Interação

Page 190: AIA - Esp - GA - UERN

Método da Rede de Interação

Page 191: AIA - Esp - GA - UERN

Método Modelos de Simulação

É considerado pelos especialistas como um

dos melhores métodos existentes no que toca

aos aspectos teóricos.

2

Page 192: AIA - Esp - GA - UERN

Método Modelos de Simulação

Como contrabalanço, é um método caro que exige mão-de-obra qualificada e tempo para análise e interpretação, dependendo muito da qualidade das informações disponíveis (OGAWA; MITSCH, 1979).

Geralmente, baseiam-se em modelos matemáticos e/ou físicos, apresentando a finalidade de representação próxima à realidade. Entre suas principais vantagens, destaca-se a melhor visualização da problemática, o real peso de cada variável em um determinado sistema e o direcionamento para a melhor metodologia a ser seguida.

Page 193: AIA - Esp - GA - UERN

Método Modelos de Simulação

Como exemplo, citam-se os seguintes modelos:

◦ I. Modelo de avaliação e gerenciamento ambiental

◦ II. O Sistema Metland

◦ III. Modelos para corpos hídricos

◦ IV. Modelos para qualidade do ar

◦ V. Modelos ecológicos e ecotoxicológicos

Page 194: AIA - Esp - GA - UERN

Método Modelos de Simulação

Vantagens:

o Proporciona maior confiança nos resultados encontrados;

o Permite a visualização entre ações e impactos relacionados com cadeias de impacto (segunda e demais ordens);

o Identifica os efeitos de ações externas sobre um fluxo de energia de um sistema ambiental.

Page 195: AIA - Esp - GA - UERN

Método Modelos de Simulação

Desvantagens:

o Apresenta valor econômico elevado, tanto de mão-de-obra

qualificada quanto de equipamentos; o Em alguns casos, torna-se difícil a obtenção de dados ou não há a

presteza necessária para o modelo trabalhar corretamente; o Devido à complexidade do método ou a alguma limitação de

ordem computacional, é necessário, na maioria dos casos, empregar relações simplificadas entre as variáveis intervenientes;

o Dificuldade de incorporação de valores abstrativos (estéticos,

sociais, etc.); o Possibilidade de indução do processo de decisão.

3

Page 197: AIA - Esp - GA - UERN

Final sábado manhã

Page 198: AIA - Esp - GA - UERN

M.A.I.A

O MÉTODO DA ÁRVORE

TEMPORAL MODIFICADA

(M.A.I.A.) RELACIONA OS

IMPACTOS TANTO

ESPACIALMENTE QUANTO

TEMPORALMENTE

Page 199: AIA - Esp - GA - UERN

Importante!

PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS

MITIGADORAS

◦ DE ACORDO COM CADA IMPACTO

Page 200: AIA - Esp - GA - UERN

PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS

MITIGADORAS Devem considerar o disposto na Resolução

CONAMA 01/86 estipula então que a análise dos impactos deve considerar os seguintes atributos:

impactos benéficos ou adversos;

impactos diretos ou indiretos;

impactos imediatos,a médio ou longo prazo;

impactos temporários ou permanentes;

impactos reversíveis ou irreversíveis;

propriedades cumulativas ou sinérgicas dos impactos;

distribuição dos ônus e benefícios sociais decorrentes do empreendimento.

Page 201: AIA - Esp - GA - UERN

Planos de monitoramento

De acordo com cada impacto e medida mitigatória.

Deverá apresentar, no mínimo: ◦ Título

◦ Objetivos

◦ Metas

◦ Parâmetros escolhidos para avaliação e verificação do impacto

◦ Rede de amostragem

◦ Método de coleta

◦ Periodicidade de amostragem

◦ Métodos para análise e processamento das amostragens

◦ Evolução temporal

◦ conclusões

Page 202: AIA - Esp - GA - UERN

Planos de monitoramento

Cada parâmetro anterior deverá ser

justificado!!!!

(Mostrar exemplo de plano no MAIA)

Importante!

Page 203: AIA - Esp - GA - UERN

APRESENTAÇÃO MAIA

Page 204: AIA - Esp - GA - UERN

INTERVALO

Page 205: AIA - Esp - GA - UERN

Estudo de caso

Page 206: AIA - Esp - GA - UERN

Estação Transformadora Distrital

de energia elétrica – ETD

Construção de uma estação de

tratamento de esgoto no

município de Jardinópolis,

Estado de São Paulo

Page 207: AIA - Esp - GA - UERN

TRABALHOS

Divisão dos grupos de Trabalho (entregar

o nome dos integrantes na data de

hoje,14/04/02012)

Distribuição dos EIAS

Entrega: 27/04/2012

Formato: Impresso

OBS: deixar na secretaria

Page 208: AIA - Esp - GA - UERN

CANTER, L. Enviromental Impact Assessmnet. McGraw-Hill International Limited. New York, N.Y., U. S. 1977.

TOMMASI, L. R. Estudo de Impactos Ambientais. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, Terragraph Artes e Informática; São Paulo, Brasil; 1994.

BRAGA, B.; HESPANHOL, I.; CONEJO, J. G. L.; BARROS, M. T. L. de; VERAS JR., M. S.; PORTO, M. F. do A.; NUCCI, N., L. R.; J. , N. M. de A..; EIGER, S. Introdução à engenharia ambiental. Prentice Hall, São Paulo, Br. 2004.

MOREIRA, I. V. D. Avaliação de Impacto Ambiental – AIA. Materiral didático. Rio de Janeiro: Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente – FEEMA,1985.

MOSCARDI, J. P. Impactos Ambientais Devido a Vazamento de Gás Natural de Baixas e Médias Pressões, na Área Urbana Central do Município de São Paulo. 2005. 227 f. Dissertação (Mestrado em Impactos Ambientais) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual Paulista – UNESP, Rio Claro, São Paulo.

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