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Mais um ano se inicia e comele chegam também novos pla-nos, novos desafios, novas con-quistas. Aos síndicos recémem-possados, o nosso “boa sor-te” e aos que continuam no car-go, temos o prazer de dizer “se-guimos juntos”. São mais de 20anos trabalhando pelo síndico,objetivan-do trazer mais infor-mação, dicas, novidades e atu-alizações sobre o universo doscondomínios. Essa é a missãodo nosso Jornal do Síndico: ser-vir a quem serve ao condomí-nio.

Para começar 2017 sonhan-do grande, que tal pensar emmaneiras de ampliar as recei-tas do condomínio sem acres-centar nada à taxa mensal dosusuários? Em nossa matéria de“Finanças” trazemos cinco su-gestões simples e legais de seincremen-tar a renda do condo-mínio. Medidas simples podem

ajudar a criar um fundo de in-vestimentos que se revertampara os próprios condôminos,seja na realização debenfeitorias ou na desonera-çãode despesas extraordinárias.

Em tempos de crise finan-ceira como a que o Brasil atra-vessa atualmente poupar é sem-pre uma boa ideia. E se, alémde economizar, você conseguirmeios para obter uma renda ex-tra, melhor ainda! Nessa horatoda criati-vidade é válida. Osíndico deve transmitir aoscondôminos esse espíritocolaborativo, conscien-tizá-lospara colaborarem como forpossível, afinal o condomínioé um patrimônio coletivo.

E por falar em coletividade,é verdade que a convivênciacom outras pessoas em ummesmo ambiente às vezes setorna conflituosa, não é mes-mo? Quais são os principais

motivos de discórdia no con-domínio? Barulho, animais do-mésticos, inadim-plência? Vejanesta edição a lista que prepa-ramos com os “7 pontos deconflito entre condô-minos” nanossa seção “Cotidiano” e vejase você concorda com os fato-res que elencamos.

Embora nem sempre seja ta-refa simples, o bom síndico éum conciliador. Em lugar dealimentar brigas e desentendi-mentos entre vizinhos, ele pró-

prio busca dar o exemplo e as-sume uma postura pacificado-ra. Exercitar a paciência e aempatia deve ser um objetivodiário, em prol do bem comum.

A todos nossos leitores - sín-dicos, funcionários e condô-minos - desejamos um excelen-te ano de 2017. Estamos jun-tos em mais uma jornada.

Boa leitura!

Os editores

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A vida em condomínio, assimcomo a vida em sociedade, exi-ge regras para nortear a condutados seus entes objetivando oequilíbrio entre as partes. A con-vivência entre pessoas distintasnem sempre é fácil e a conven-ção do condomínio concentra oconjunto de normas que regemo todo, existindo justamente paradiscriminar quais são as obriga-ções e os direitos tanto do síndi-co quanto dos moradores.

Cada infração às regras pres-supõe uma penalidade, comoforma de tentar coibir falhas eevitar prejuízos ao patrimôniocoletivo. A inadimplência é umdos problemas mais sérios en-frentados pelo síndico de condo-mínio e para essa infração cabea aplicação de multa. Quaisqueroutras penalidades que não se-jam pecuniárias, ou seja, finan-ceiras é considerada ilegal.

O condomínio não pode ig-norar os meios expressamenteprevistos em lei para cobrança de

dívida condominial. A jurispru-dência do Superior Tribunal deJustiça (STJ) considera que oCódigo Civil (CC) é taxativoquando estabelece sançõespecuni-árias para o caso deinadimple-mento de despesascondominiais. Dessa forma,qualquer tipo de constrangimen-to ao devedor pode fazer comque o condomínio seja respon-sabilizado criminalmente.

A advogada Larissa Mendesexemplifica sanções ilegais: “Al-guns síndicos expõem os nomesdos condôminos inadimplentesem listas afixadas em áreas co-muns do prédio ou mesmo nainternet por meio de emails pú-blicos e redes sociais. Tambémhá casos de condomínios ondeos devedores são banidos dasáreas de lazer e impedidos deutilizar equipamentos coletivos

Multa é a única penalidades legal para os devedoresCondôminos inadimplentes não podem ser constrangidos

ou impedidos de utilizar equipamentos coletivos

porque estão em falta com as ta-xas. Tudo isso é absolutamenteilegal e o morador lesado podeentrar com ação contra o condo-mínio”, esclarece.

Larissa adverte que tais cons-trangimentos vão de encontro aoprincípio de defesa da dignida-de humana que rege toda a le-gislação brasileira e, ainda que oregimento interno do prédio pre-veja tais penalidades abusivas ou

as mesmas sejam aprovadas emassembleia, proibir o uso de áre-as comuns ou expor o devedor éilegal, uma vez que a norma in-terna do condomínio não podese sobrepor a uma lei nacional.

Esse posicionamento foi ado-tado pela Terceira Turma do Su-perior Tribunal de Justiça (STJ),recentemente, ao julgar recursoespecial de condomínioresidencial que teria impedidomoradora e familiares de fre-quentar o clube do condomínio,com base em previsão regimen-tal. Para os ministros, o direitodo condômino ao uso das partescomuns não decorre da situaçãode adimplência das cotascondominiais, mas, sim, do fatode que, por lei, a unidade imobi-liária abrange a correspondentefração ideal de todas as partescomuns.

*Jornalista e colaboradora do JS(Redação com STF)

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A função de síndico repre-senta um grande desafio paraaquele que assume o cargo euma enorme expectativa paraos moradores do condomínio.Mas, a missão se torna aindamais difícil quando se trata deum prédio que acaba de serentregue. O momento da entre-ga do condomínio é marcadopor altas expectativas, tantopelo lado da construtora, quedeseja ver o seu empreendi-mento dar certo, quanto para osmoradores que, na maioria dasvezes, estão ali realizando umsonho, após esperar ansiosa-mente e por anos a construçãodo mesmo.

Em um condomínio novo,o síndico precisa gerir de for-ma a atender os anseios de suacomunidade e, ao mesmo tem-po, tentar manter um bom re-lacionamento com a construto-ra, bem como com a adminis-tradora escolhida por ela parao início da vida condominial.

Vale ressaltar que o artigo1.347 do Código Civil (CC)rege que, para assumir a fun-ção de síndico em um condo-mínio, a pessoa deverá ser elei-

ta, não apenas indicada. Poressa razão, nada impede que,no momento da entrega do con-domínio, a construtora indiquealguém para tal função, masessa escolha deverá serratificada pelos condôminospresentes em assembleia. Estespoderão concordar com a es-colha ou discordar e eleger ou-tro represente dentre os presen-tes.

“Art. 1.347. A assembleiaescolherá um síndico, que po-derá não ser condômino, paraadministrar o condomínio, por

prazo não superior a dois anos,o qual poderá renovar-se.”

O mesmo vale para a nome-ação da administradora, que éprerrogativa do síndico e deve-rá ser aprovada em assembleia(artigo 1.348 do CC). Porém,quando se trata de condomínioa ser entregue, o processo deescolha da administradora temficado a cargo da construtora,caso contrário o prédio seriainstalado sem uma administra-dora, o que tornaria inviável agestão do patrimônio.

É importante lembrar que o

A difícil tarefa do síndicoem condomínios novos

contrato assinado pela constru-tora tem valor até a instalaçãodo prédio. Da instalação parafrente o condomínio passa atomar as decisões gerenciais doprédio. A escolha da adminis-tradora deverá ser ratificadapelos presentes na própriaassembleia de instalação e de-verá ter contrato com previsãode rescisão de 30 dias. O idealé que após a assembleia sejafirmada nova avença com a ad-ministradora em nome do con-domínio.

Indicados pela construtora,

ratificados pelos condôminosou eleitos em assembleia, ofundamental é que administra-dora e síndico defendam os in-teresses do condomínio. Se aopção for pelo formato sugeri-do pela construtora, o corpodiretivo condominial exerceráimportante papel na fiscaliza-ção e sugestão de novo forma-to, quando necessário. A cons-trutora não deve oferecer resis-tência para a troca do formatode gestão inicialmente impos-to, se esta for a vontade damaioria dos condôminos.

Caso a opção seja por umsíndico profissional, é salutarque esteja claro na convocaçãoenviada a todos os condôminossobre essa alternativa. Assim,os condôminos também pode-rão indicar profissionais paraserem entrevistados e selecio-nados em assembleia. O con-trato desse profissional poderáser definido pela própriaassembleia e a lei estabeleceprazo de até dois anos paracumprimento do mandato.Dr. Rodrigo Karpat, especialista emdireito condominial e imobiliário, esócio do escritório KarpatSociedade de Advogados.

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Morar em condomínio re-quer bom senso uma vez quecompartilhar espaços, às ve-zes, pode gerar muitos confli-tos, principalmente quando ummorador se sente invadido oulesado por outro. Para se viverbem é necessário, além dobom senso para respeitar o pró-ximo, também uma boa dosede paciência para ser flexívelquando preciso e saber relevaro que desagrada, em algumasocasiões. Você sabe quais sãoos principais pontos de confli-to entre moradores? Abaixolistamos 7 motivos que co-mumente rompem a paz entrecondôminos.

1 - BarulhoEsse é uma unanimidade

em todos os condomínios, poiscostuma ser a principal quei-xa. Seja em áreas comuns aexemplo do salão de festas oudentro do apartamento, o ba-rulho incomoda e é motivo debrigas, muitas delas com des-

fecho trágico, infelizmente.

2 - InadimplênciaA falta de pagamento por

parte de uns onera o orçamen-to de outros. Isso porque o “bu-raco” deixado no orçamentoordinário do condomínio pe-los inadimplentes precisa sercoberto, uma vez que há com-promissos mensais que nãopodem ser cortados, comoenergia, água, pagamento defuncionários.

3 - AnimaisA presença de animais do-

mésticos como cães, gatos eaté algumas aves gera confli-tos. As principais queixas sãoa sujeira e os ruídos provoca-dos pelos PETs ou o risco quealguns podem oferecer à saú-de coletiva. Criar animais emcondomínio não é um proble-ma, desde que seus donos cui-dem para que não incomodemos vizinhos.

4 - LixoO descarte do lixo também

é um dos frequentes motivosde discórdia entre moradores.Alguns questionam aobrigatoriedade da coleta se-letiva, outros depositam seusresíduos em locaisinapropriados e despertam aira dos vizinhos.

5 - GaragemA disputa por espaços na

garagem é também constantemotivo de brigas. Quando hávagas demarcadas para cadacondômino é um problemamenos frequente, mas quandoas vagas são rotativas esse éum dos principais pontos deconflito entre vizinhos.

6 - Espaços coletivosO uso de ambientes e equi-

pamentos coletivos como: sa-lão de festas e de jogos, espa-ço gourmet, churrasqueira,academia, brin-quedoteca,dentre outros, pode ser razão

7 pontos de conflito entre condôminos

para atritos. As principais quei-xas são sobre o mau uso dasdependências ou choques nasdatas reservadas para o uso.

7 - CriançasO problema não é exata-

mente a presença delas, mas o

que elas podem fazer de erra-

do no condomínio: brincadei-ras em locais inapro-priados,ocupar os elevadores, sujeira,danificar bens alheios comocarros e barulho são algunsexemplos.

*Jornalista e colaboradora do JS

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Você sabe para quê serve acaixa de gordura? Ela tem umaimportante função: impedir acontaminação da água que é dis-tribuída no prédio, prevenindotambém obstruções na rede deencanamentos. Nem sempreesse equipamento está visívelaos olhos, mas saiba que seucondomínio certamente possuiuma caixa deste tipo e ela pre-cisa de manutenções periódicaspara funcionar adequadamente.

Geralmente a caixa de gor-dura fica em um espaço subter-râneo e, por não estar em umlocal muito acessível, às vezesé esquecida e negligenciada pe-los síndicos e zeladores, os quaissó se lembram dela quando oproblema já está instalado. Afunção dela é agir como um fil-tro: os resíduos líquidos vindosdos apartamentos chegam à cai-xa de gordura e ao entrar emcontato com a água que há den-tro dela, há a separação dos

rejeitos gordurosos provenien-tes, por exemplo, da máquina delavar e da pia da cozinha

Esse mecanismo impede queresíduos oleosos transitem pelarede, acumulando-se em placase ocasionando entupimentos.Portanto, deve-se estar atento àlimpeza da caixa de gorduracom a atuação de profissionaisespecializados nessa tarefa. Acada seis meses em casas e acada três meses em condomíni-os, as caixas devem passar poruma manutenção para a retira-da dessa sujeira que fica ali ar-mazenada.

Negligenciar a manutençãopode trazer consequências desa-gradáveis e prejuízos que podemsair mais caro do que contrataruma desentupidora a cada trêsmeses. Primeiramente, o fortemau cheiro passa a dominar oambiente, há infestação de ani-mais como baratas, escorpião etambém ratos, nos apartamen-

tos os moradores podem se quei-xas de fluxo retrógrado, ou seja,ao invés de escoar a água sujaretorna. Por fim, o maior dosprejuízos pode ser o entupimen-to da rede de distribuição, quevai interromper a disponibilida-de de água e gerar grandes trans-tornos para ser reparada.

Atenção!O uso de soda cáustica ain-

da é muito frequente em residên-cias e condomínios com a fina-lidade de limpar caixas de gor-dura e desentupir encanamen-tos. Embora esse produto defato solucione temporariamen-te o problema da obstrução, elenão é indicado. Os especialistasexplicam que há a saponificaçãoda gordura, ela é diluída na água,mas não é destruída e continuaa causar males. Com o tempo,esse “sabão” produzido pela re-ação química da soda cáusticacom a gordura, também vai se

Caixa de gordura do condomíniodeve ser limpa a cada trimestre

depositando e causando entupi-mentos.

PrevençãoDe nada adianta o condomí-

nio zelar pelas manutenções pe-riódicas se os condôminos nãofizerem a parte deles. É precisoinstruir os moradores sobre oque pode e principalmente o quenão pode ser descartado pelo

ralo. Óleo de fritura é o maiorvilão e jamais deve ser despeja-do na pia, assim como restos dealimentos sólidos. Fios de cabe-lo também são um problemaquando se acumulam no enca-namento, então devem ser sem-pre recolhidos do ralo após obanho.

*Jornalista e colaboradora do JS

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O condomínio não é feitoapenas por síndico e condô-minos, ele inclui também umaequipe de funcionários a ser-viço do patrimô-nio coletivo.Nesse contexto, dois profis-sionais específicos são de ex-trema importância para a ro-tina do condomínio: são eleso porteiro e o zelador.

Algumas pessoas costu-mam confundir quais são asatribuições de cada um delese muitas vezes julgam mal pornão atenderem a expectativascriadas equivocadamente. Aosíndico, sobretudo, cabe aobrigação de saber distinguiras atribuições de cada traba-lhador para não praticar des-vio de função, o que pode ge-rar encargos trabalhistas pos-teriores, inclusive.

O porteiro, conforme jásugere o nome, é o funcioná-rio que administra a portariado prédio. A ele cabem as se-guintes atribuições: fiscalizar

o acesso de visitantes eprestadores de serviço previ-amente autorizados; controlaro acesso de veículos garan-tindo abertura e fechamentodos portões, receber e sepa-rar encomendas e correspon-dências dos moradores; cum-prir as ordens do síndico ouzelador, bem como transmi-tir a eles as ocorrências e re-clamações do registradas noseu turno de serviço.

É importante investir nacontratação de profissionaisexperientes no serviço de por-taria e também em treinamen-to contínuo desses funcioná-rios, de modo a transmitiruma boa imagem uma vezque eles são o cartão de visi-tas do condomínio. Além dis-so, os porteiros carregam umagrande responsabilidade rela-cionada à segurança do pré-dio, portanto precisam saberagir da forma mais cautelosaem seus postos de trabalho.

O zelador, por sua vez,está em uma hierarquia supe-rior ao porteiro. Ele é a segun-da pessoa após o síndico, poisé ele quem coloca em práticaas determinações do adminis-trador na prática. Esse profis-sional exerce um papel de co-ordenador dos demais funci-onários do edifício, repassan-do a eles as suas obrigações efiscalizando o trabalho de to-dos. Seu trabalho, como onome sugere, é zelar pelopatrimônio, garantindo a obe-diência ao Regimento Inter-no nas normas de condutaentre condôminos e cuidan-do da manutenção da estru-tura física do condomínio.

Além do próprio síndico,é importante que cadacondômino conheça quaissão as reais atribuições decada um desses funcionários.Sob nenhuma hipótese é acei-tável que o porteiro ou zela-dor preste serviço a um mo-

Zelador e porteiro: entenda o que faz cada um

rador do prédio em seu horá-rio de trabalho. “Pequenosfavores” como carregar com-pras, vigiar crianças ou ani-mais de estimação, fazer re-paros elétricos ou hidráulicosnos apartamento, dentre ou-tros pedidos “inocentes” de-

vem ser evitados ao máximoe punidos, quando necessário.O funcionário jamais devenegligenciar suas atividadesem horário de expediente.

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Os condomínios devem ser osprimeiros a contribuir para queseus visitantes respeitem as re-gras da comunidade. Eles devemser alertados, com antecedência,sobre o regulamento interno.

A presença de pessoas estra-nhas ao condomínio, nem sem-pre é sinônimo de satisfação paraos moradores e funcionários.Alegando que não residem nolocal, muitos visitantes trazemproblemas trazem problemas,porque se sentem livres para bur-lar regras. Que limites devem serimpostos?

Quem deve se submeter às re-gras do regulamento interno e aconvenção condominial: somen-te os condôminos e os funcioná-rios, ou os visitantes eprestadores de serviço tambémdevem levar em consideração oslimites impostos a cada pessoaque resida ou transite na área docondomínio? Pode um visitanteentrar no prédio em traje de ba-nho pela entrada principal e uti-lizar o elevador social, quando oregulamento proíbe o uso desteslocais nestas situações? Estasperguntas, aparentemente sim-ples, ainda causam transtornos e

problemas tanto para os funcio-nários que trabalham na portariae administradores. O bom sensomostra que o fato de a pessoa serum visitante não lhe dá respaldopara burlar as regras da comuni-dade.

Os argumentos dos que defen-dem esta tese afirmam que secada visitante infringe regras, ospróprios condôminos se sentiramno direito de fazer o mesmo, jáque o cumprimento de uma lei napode permitir o uso de dois pe-sos e duas medidas. Alem disso,em qualquer outro local – sejapublico ou privado – as pessoassão quase que intimadas a respei-tar as regras de uso e acesso. Di-ficilmente, um cliente de um ban-co tem acesso ao seu interior apóso termino do horário destinado aopublico. Por que uma pessoa quenão é moradora de um condomí-nio pode fazer o que bem enten-de simplesmente por não residirno local?

Lei é LeiEste tipo de comportamento,

de infração de regras – por maisrígidas que sejam – faz parte dacultura brasileira, que precisa ser

revista. Muitas pessoas, porexemplo, insistem em entrar nocondomínio sem a necessáriaidentificação, mesmo quando so-licitada pelo funcionário, agre-dindo, muitas vezes, pessoas queapenas estão cumprindo ordens.Mesmo assim, o porteiro deveser orientado a não permitir queessas pessoas entrem sem queseja feito o procedimento exigi-do pelo regulamento. Há casostambém que parentes e amigosalugam o salão de festas e nãolevam em consideração o horá-rio do silencio, invadem vagas degaragem, fazem mau uso deequipamentos. Por essas e outrascoisas, muitos condomínios nãopermitem que o salão de festas eoutras áreas de lazer não sejamutilizados por estranhos.

A própria Justiça já foi ques-tionada a respeito desses inciden-tes. O jurista Caio Mario Pereirapublicou o seguinte pensamen-to: “sentindo o imperativo deestatuir regras de comportamen-to convenientes à tranqüilidade,ao conforto, à higiene do edifí-cio, em proveito de todos, a nor-ma regulamentar interna tem anatureza de lei particular daque-

le agrupamento, aplicável aosseus membros como a qualquerestranho que penetre no seu re-cinto.

Com este agrupamento jurí-dico, os condôminos devem seros primeiros a contribuir paraque seus visitantes respeitem asregras da comunidade. Se há pes-soas que costumam freqüentar olocal, elas devem ser alertadas,com antecedência, sobre o regu-lamento interno e os limites im-

Visitantes devem respeitar regulamentos

postos pelos demais moradores.Alguns síndicos instalaram pla-cas de sinalização na portaria, naárea de lazer e nos elevadores,chamando a atenção de todos –moradores e visitantes – que al-gumas regras devem ser cumpri-das à risca. Que podem impedirsituações constrangedoras paratodos.

*Jornalista e colaboradora do JS

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Entenda porque seu Condomíniodeve nomear um Conselho Fiscal

Com o crescente aumentodemográfico da população surgiua necessidade de se buscar ummelhor aproveitamento do solo.

Esse aproveitamento se deupor meio de construções que pu-dessem acolher diversas famíliasou estabelecimentos comerciaisou ambos num mesmo espaço.

Assim surgiram os condomí-nios edilícios!

No entanto, para o funciona-mento destes condomínios foi im-prescindível a escolha de alguémpara administrar e ser o represen-tante legal do lugar.

Neste caso, o Síndico.Mas, com o passar dos tem-

pos, a gestão condominial nãopôde mais depender exclusiva-mente do Síndico, sendo entãocriados os Conselhos.

Estes Conselhos tratam-se deórgãos internos nos quais o Sín-dico terá apoio para suas decisõese também poder adotar medidascom segurança.

É notório que, mensalmente oSíndico é responsável por admi-nistrar o dinheiro arrecadado a tí-tulo de taxa condominial e comele pagar a manutenção do con-domínio, bem como manter reser-va de valores.

Estas movimentações produ-zem documentos tais como: no-tas, recibos, extratos, relatório,etc, os quais dever sem guarda-dos.

Atualmente, a figura dos Con-selhos está presente na maioriados condomínios.

O Conselho FiscalConselho Fiscal é um órgão

interno nos condomíniosedilícios.

A legislação atual traz, em seu

Artigo 1.356 do Código Civil,que: “Poderá haver no condomí-nio um conselho fiscal, compos-to de três membros, eleitos pelaassembléia, por prazo não supe-rior a dois anos, ao qual competedar parecer sobre as contas do sín-dico”.

Desse modo, cabe aos própri-os condôminos a faculdade de no-mear ou não um Conselho Fiscal,ou seja, a existência deste não éobrigatória por lei.

No entanto, se a Convençãodo condomínio prever, torna-seobrigatório.

Mas por que seu Condomíniodeve nomear um Conselho Fis-cal?

A função do Conselho Fiscalé fiscalizar as contas e os atos doSíndico, porém, de acordo com adeterminação da Convenção docondomínio, podem ser estipula-das outras atribuições.

A importância de implantareste Conselho nos condomíniosestá no seu principal objetivo, ouseja, cuidar da saúde financeiradestes. Fiscalizar!

Assim, irá conferir todas as

contas do condomínio, emitir pa-recer sobre elas para aprovaçãoou não em assembléia geral.

Ressalta-se que, para uma fis-calização eficiente, é fundamen-tal o acesso a pasta de prestaçãode contas, a qual deve conter todareceita e despesa do condomíniomês a mês, assim como extratosbancários e conciliação bancária(conferência dascontas bancárias com o controlefinanceiro interno).

Na prática, é de praxe a entre-ga da documentação ao presiden-te do Conselho até o dia 15 do mêsseguinte, sendo emitido o parecerem até 30 dias.

E, como funciona o ConselhoFiscal?

Pela legislação, para ser mem-bro do Conselho Fiscal não é ne-cessário que os conselheiros se-jam condôminos, assim como nalei anterior.

Portanto, qualquer pessoa - in-quilino, ocupante, procurador oucom alguma relação com a comu-nidade pode ser eleita para o Con-selho.

A maioria dos condomínios dá

preferência por membros que se-jam contadores, contabilistas, ad-ministradores e advogados em ra-zão de suas habilidades técnicas.

Sendo órgão fiscalizador, oConselho Fiscal também tem res-ponsabilidades?

Isso depende, pois a respon-sabilidade pelos fundos do con-domínio é do Síndico, é ele quemresponde civil e criminalmentepela gestão do local.

Porém, os Conselheiros pode-rão ser acionados judicialmentecaso haja comprovação de queajudaram o Síndico a praticar atosilícitos.

ATRIBUIÇÕÊS DOCONSELHO FISCAL

Muitas vezes, as atividadesdos Conselheiros geram confusãoentre os condôminos, referente aoque eles podem ou não fazer emrelação à administração do con-domínio.

Desse modo, para melhorelucidar, vejamos algumas atri-buições que podem ser desempe-nhadas pelo Conselho Fiscal docondomínio:

- emitir pareceres que devem serencaminhados à assembléia geral- auditar e fiscalizar as contas docondomínio- alertar o Síndico sobre eventu-ais irregularidades- eleger o presidente do Conselho- escolher agência bancária e a se-guradora do condomínio junta-mente com o Síndico.

Atribuições que NÃO podemser desempenhadas:

- fazer compras ou contrair dívi-das em nome do condomínio- tomar decisões administrativasem nome do condomínio, sem aautorização do Síndico- não registrar em livro próprio asatas de suas reuniões

Assim, as atribuições do Con-selho Fiscal são fiscalizar, auditare dar parecer sobre as contas docondomínio, porém não tem po-der decisório sobre a administra-ção deste.

Desse modo, não tem o poderde aprovar as contas e sim emitirparecer sobre elas, a fim de que aassembléia aprove-as ou não.

Portanto, somente a assem-bléia tem o poder de aprovar con-tas da administração do Síndico.

Atenção....Conselho Fiscal é diferente de

Subsíndico, pois a função doSubsíndico não é prevista em leie sim na Convenção do condomí-nio e sua finalidade é auxiliar oSíndico e substituí-lo em ausên-cias eventuais.

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