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Ao serviço do Natal Animação gera trabalho 04 e 05 Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1327, de 17 de Dezembro de 2009 e não pode ser vendido separadamente. Ak adémicos 39 FOTOS: IOLANDA SILVA Pedro Ayres Magalhães Músico “Os Madredeus têm 20 anos e estão sempre a começar” 06 e 07

Akadémicos 39

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Edição N.º 39 do Jornal Akadémicos Kapa: Animação gera trabalho - Ao serviço do Natal

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Ao serviço do NatalAnimação gera trabalho

04 e 05

Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1327,de 17 de Dezembro de 2009 e não pode ser vendido separadamente.

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Pedro Ayres MagalhãesMúsico

“Os Madredeus têm 20 anos e estão sempre a começar”

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Como devem saber, o meu tempo é escasso e precioso, mas, já que estava de papel e caneta na mão, a anotar todas as prendas e prendinhas que uns milhões de crianças e adultos me pediram por esse mundo fora, decidi, desta vez, ser eu a escrever-vos uma carta. Não que esteja muito treinado… porque, na verdade, aqui na fábrica, passo mais tempo a ler do que a escrever. Não fazem ideia da quantidade de cartas que aqui chegam por esta altura… Os pedidos são tantos que por vezes me baralho. Até já pensei em subcontratar o serviço… ou distribuir Magalhães para facilitar o envio por correio elec-trónico e desburocratizar o processo. Ainda há pouco, li uma carta de 2004 em que um menino português me pedia que o Benfica fosse campeão. Oh oh oh oh… Eu lá lhe fiz a vontade, mas só porque gostei da cor do equipamento. Engraçado... aí de Portugal tenho muitos pedidos para o Futebol. Já perdi a conta às cartas que pedem para a minha fábrica patrocinar o Sporting. Parece que o Natal não é altura muito favorável para eles… Vou ver o que posso fazer... Mas, neste momento, não é por isso que vos escrevo... Também me ocupo bastante a observar como todos se com-portam… e queria avisar que, este ano, se as coisas continuarem assim, não haverá distribuição de presentes. Estivemos de quaren-tena, houve cortes orçamentais, os duendes andam contrariados, a Lapónia está a sobreaquecer, as renas estão em vias de extinção, en-

fim… não há con-dições! Anos e anos a dar tudo aos outros… e recebo isto em troca? Já não há respeito por bar-bas brancas? É a sociedade em que vivemos. Quere-mos tudo para nós. Por isso, desta vez, decidi seguir o exem-plo e pensar só no meu umbigo. Na noite de 24, vou ficar a ressonar. Pode ser que, assim, com umas prendas a menos, se lembrem que podemos dar um pouco mais de nós ao mundo. Já alguém pensou que eu também tenho desejos? A quem envio as minhas listas? Não é de um trenó que preciso, nem de umas bo-tas novas. Tenho o coração cheio dos sorrisos que espalho pelo mundo. E isso chega-me. Experimentem! É dos melhores pre-sentes que podem ter e evitam os laços e o papel de embrulho. Se prometerem fazer um esforço, podem deixar o leite quente e as bolachas… Eu vou aparecer!

BTT19 de Dezembro, 16:00Marrazes, Leiria III Passeio de Pais Natal É no próximo dia 19 de Dezembro, pelas 16 Horas que tem início o III Passeio de Natal em BTT, que irá percorrer as localidades de Marrazes e Leiria. O ob-jectivo da iniciativa será juntar o maior número de pais-natais com o fim de estabelecer um recorde e partir à aventura, sobre rodas. Para isso, os participantes deverão vestir-se de Pai Natal e levar consigo todo o espírito aventureiro.

STAND-UP-COMEDY30 Dezembro, 21:30Pequeno Auditório do Centro Cultural de Caldas da RainhaRicardo Vilão volta ao CCC Depois de ter iniciado nas Caldas da Rainha a sua digressão nacional, que se seguiu a uma temporada no Teatro da Trindade, Ricardo Vilão acaba o ano no Centro Cultural das Caldas, a 30 de De-zembro. Stand-up comedy, momentos de descontracção e riso, que podem não resolver nada na vida das pessoas, mas muito fazem pela sua disposição.

MÚSICA21 de Novembro a 19 de DezembroOrfeão de Leiria A guitarra no OutonoO Conservatório de Artes organiza, entre 21 de Novembro e 19 de Dezembro, o ciclo de concertos A guitarra no Outono. Esta iniciativa inclui seis espectáculos com actuações de jovens in-térpretes, dança e música espanhola e sul-americana. Uma iniciativa que pretende criar dinâmica relacionada com este instrumento ao longo do ano. Algo imperdível. O Trio de Gui-tarras de Leiria, Sónia Leitão à guitarra, e a Escola de Dança do Orfeão de Leiria, com coreografia de Catarina Moreira, se-rão os protagonistas do espectáculo A música espanhola, que se realiza dias 11 de Dezembro, no Sport Operário Marinhense, e 19 de Dezembro, no Teatro Miguel Franco, em Leiria.

19 de Dezembro, 21:30Cine-Teatro de Alcobaça Concerto de Natal e 50 Anos do Álbum Kind of BlueComo vai sendo tradição, a Academia de Música de Alcobaça apresenta um concerto dedicado à época natalícia. Na segun-da parte deste concerto será apresentada uma homenagem ao álbum cinquentenário do jazz Kind of Blue de Miles Davis com arranjos de Hugo Trindade para guitarra eléctrica e Orques-tra de Sopros. A entrada para este concerto será de 3 euros. 02 JORNAL DE LEIRIA 17.12.2009

DORA MATOSUma agenda do mês

Director:José Ribeiro [email protected]

Director Adjunto:João Nazá[email protected]

Coordenadora de RedacçãoAlexandra [email protected]

Coordenadora PedagógicaCatarina [email protected]

Apoio à EdiçãoAlexandre [email protected]

Secretariado de RedacçãoAndré Mendonça, Sara Vieira

Redacção e colaboradoresAna Arsénio, Andreia Antunes, Anne Abreu, André Mendonça, Ângela da Mata, Dora Matos, Élio Salsinha, Filipa Araújo, Inês Lopes, Iolanda Silva, Luís Almeida, Ricardo Moderno, Sara Vieira, Tânia Marques

Departamento GráficoJorlis - Edições e Publicações, LdaIsilda [email protected]

MaquetizaçãoLeonel Brites – Centro de Recursos Multimédia ESECS–[email protected]

Presidente do Instituto Politécnico de LeiriaNuno [email protected]

Director da ESECSLuís Filipe [email protected]

Directora do Curso de Comunicação Sociale Educação MultimédiaAlda Mourã[email protected]

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer orgãos do IPL e/ou da ESECS e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

[email protected]

Vai lá, vai...

Abertura Do vosso ‘querido’ Pai Natal

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Pai Natal

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Lisboa, 29 de Novembro, 21 horas. Ao som de Uprising, a banda britânica Muse dava início a um concerto memorável para todos os sor-tudos que tiveram o prazer de conseguir um ingresso. Para além de um verdadeiro espec-táculo musical, bem ao estilo que a banda tra-çou nos últimos anos, os Muse presentearam o público com um show de luzes, leds e lasers que deixou toda a gente de boca aberta. O cenário perfeito para um concerto perfeito. Por volta das 17 horas, bem antes da aber-tura das portas do Pavilhão Atlântico, já uma multidão de fãs impacientes esperava pelo iní-cio do concerto, e nem o mau tempo e a chu-va os demoveu. Por um lugar mais próximo do palco, o sacrifício fazia sentido. Já dentro do pavilhão, surgia a curiosidade sobre as três torres que ocupavam quase todo o palco. A dúvida desfez-se quando o espaço es-cureceu e as colunas se transformaram nuns arranha-céus onde as luzes dos apartamentos se foram ligando uma a uma, enquanto vultos subiam as escadas. Quando os vultos começa-ram a cair, os panos que cobriam os prédios re-velaram os três elementos da banda, bem acima do nível do palco, em três plataformas distintas. Estava, então, no ar o primeiro single do álbum que deu mote a esta digressão, o acabado de lançar, The Resistance. O velhinho New Born foi o primeiro grande momento alto do espectáculo. Quem não saltas-se era obrigado a fazê-lo, tal era a densidade da moldura humana que compunha a plateia. Por entre empurrões e amassos, o público entoou, em conjunto com Matthew Bellamy, uma das músicas que levou a banda ao patamar mais alto do panorama musical da actualidade. Logo de seguida, Supermassive Black Hole levou à lou-cura os milhares de seguidores ali presentes, saltando à vista o entusiasmo que havia conta-giado também alguns pais que foram acompa-nhar os seus filhos. Logo após Hysteria, United States of Eurasia e Feeling Good acalmaram um pouco os ânimos, e foi ao som de um luminoso piano que Matthew Bellamy e a sua banda “to-caram” no sentimento do público. Mas a noite não estava virada para calma-rias, e Starlight, Plug In Baby e Time Is Running Out, três dos temas que mais caracterizam a banda, voltaram a “incendiar” o Pavilhão Atlântico, enquanto os lasers e as luzes deixa-vam qualquer um em êxtase. Para finalizar, o mítico Knights of Cydonia, acompanhado de explosões de fumo e de um enorme coro vindo da plateia, confirmaram que quem viu, vai querer voltar a ver. Quem não viu, não sabe o que perdeu. Um espectá-culo fantástico! Um show de luzes e lasers abso-lutamente inesquecível. Formidável? Enorme? Grandioso? São palavras que não chegam para classificar “O Concerto” e as emoções vividas por todos.

MUSEUm espectáculodentro do espectáculo

Ká entre nós LUíS ALMEIDA

03JORNAL DE LEIRIA 17.12.2009

Está a darIOLANDA SILvA

Associação de Açorianos e Madeirenses organiza torneio

Aventura de 4 rodas em Fronteira

DORA MATOS

Equipa de Leiria destaca-se no 24 Horas TT

António Bernardo, Isaac Portela, José Lopes, e Luís Mota são os quatro pilotos da equipa Leiriense que, pelo quarto ano consecutivo, participa na prova internacional de Todo Terreno 24 Horas TT, em Fronteira. Este ano, o regresso à pista alente-jana, rendeu-lhes o 7º lugar da geral, o 3º lugar da classe C e o 3º lugar entre os portu-gueses. Não é primeira vez que esta equipa de aventureiros se destaca na tabela de classifica-ções da prova, já que em 2008, tinham atingido a primeira po-sição de melhor equipa cem por cento portuguesa. A mítica prova de Todo Ter-reno 24 Horas TT teve lugar em Portalegre, Vila de Fronteira, nos últimos dias 27, 28 e 29

de Novembro. Uma prova de Todo-o-Terreno num circuito de terra fechado, com regras parecidas às de qualquer autó-dromo nacional ou internacio-nal. Nesta 12ª edição a lotação apresentou-se esgotada e a pro-va contou com uma lista de 74 equipas inscritas, o que corres-pondeu a 283 pilotos. Foi no café-bar, Smiles Co-ffee, na Maceira - um dos pa-trocinadores - que foi feita a apresentação oficial da equipa de 22 elementos e do Mitsu-bishi Pajero, um veículo com treze anos que utilizaram na prova e que foi inteiramente reconstruído “peça a peça”, como refere Isaac Portela, um dos participantes da Prova. Isaac afirma que a preparação

do veículo representou aproxi-madamente 300 a 400 horas de trabalho por parte da equi-pa, mas sublinha que “o esfor-ço compensa”. Neste sentido, António Bernardo faz questão de referir que “são os patroci-nadores que permitem que o projecto seja concretizado”. Mas a prova 24 Horas TT não é um rali, como explica Isaac Portela, Campeão Júnior em 2007 do Campeonato de Portugal de Ralis: “nesta pro-va o importante é saber gerir o material e manter a calma, porque o principal objectivo da prova é dar o máximo número de voltas ao terreno e ir menos vezes à boxe”, o que não acon-tece num rali onde o objectivo “é olhar para o cronómetro”.

A Magna Associação de Açorianos e Madeirenses rea-lizou, no dia 28 de Novembro, no Ginásio da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, um torneio multimodal para os seus membros. Com o objectivo de promover o convívio entre a comunidade das ilhas bem como a integração dos caloiros insula-res, o grupo reuniu-se pelo ter-ceiro ano consecutivo, para um torneio de voleibol e basquetebol. Depois de formadas as equipas, sucederam-se um conjunto de jogos, lutando cada equipa para conseguir um lugar no pódio. Nesta terceira edição, a As-sociação contou com o apoio da Redbull que disponibilizou uma rede de voleibol, duas promotoras

que durante o evento distribuí-ram a bebida aos “desportistas” e também os prémios atribuídos às duas equipas vencedoras. Na modalidade de Voleibol, a equipa três, constituída por Mar-co Gamelas, Beatriz Perfeito, Fer-nando Costa, Ana Pita, Amân-dio Freitas e Cristóvão Barreto e na modalidade de Basquetebol a equipa dois, constituída por Francisco França, Richard Perei-ra, Álvaro Gonçalves, Isa Neto, Domingos Martins e Ana Coe-lho, receberam das mãos de João Silva, representante da Redbull em Leiria, um vídeo do Redbull Air Race e ainda um troféu criado pelo mesmo para a ocasião. Samuel Fernandes, presi-dente da mesa da Assembleia,

declarou, no final do evento, ter-se tratado da edição mais bem sucedida, tendo contado com 40 participantes. A Associação de Madeirenses e Açorianos é uma organização juvenil sem fins lucrativos, cria-da em 2002 por alunos do IPL com o objectivo de facilitar a in-tegração dos estudantes vindos das ilhas, através de activida-des como jantares semestrais e eventos desportivos. Conta com o apoio do IPL e da Câmara Mu-nicipal de Leiria que aprovou recentemente o projecto apre-sentado pela Associação para a ajuda na aquisição de material desportivo. Actualmente é presi-dida por Marco Gamelas e conta com 160 membros.

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04 JORNAL DE LEIRIA 17.12.2009

Está a dar

Brincadeira, riso e diver-são, são os contributos dados por animadores e trabalhado-res dos eventos de Natal, que durante esta época, oferecem a míudos e graúdos a oportu-nidade de entrar no espírito da quadra. A animação dos espaços fica garantida, con-tribuindo, simultaneamen-te, para preencher os dias de desempregados e enriquecer currículos estudantis. Situada no Jardim Luís de Camões e no Largo 5 de Outubro, em Leiria, a Aldeia de Natal oferece inúmeras actividades aos mais peque-nos. Nesta iniciativa, estão a colaborar cerca de 50 pes-soas, entre as quais se en-contram algumas em situa-ção de desemprego, a que a autarquia, em parceria com o Instituto do Emprego, pre-tende dar um pequeno con-forto financeiro. Sandrine Silva, de 38 anos e desempregada há dois meses, contou que “esta experiência tem sido muito enriquecedora”, lamentando apenas que seja “por pou-co tempo”. Ainda que nem sempre seja fácil gerir tantas crianças, também Brigida Campos, de 30 anos, está satisfeita com o trabalho

temporário que está a exer-cer. As tarefas são variadas. Vestidos de “duendes” e com um sorriso nos lábios, os co-laboradores dão apoio técni-co à organização e animam insufláveis, espaços como a Casa do Pai Natal ou a pista de gelo - a grande novidade deste ano, participando nas brincandeiras com os mais pequenos. Rosa Carreira, coordena-dora do evento, afirmou que o objectivo da Aldeia Natal é fazer com que “as crianças do concelho tenham um maior contacto com o centro da cidade”, e nesse sentido, procura-se que os agrupa-mentos escolares façam visi-tas ao espaço.

Animadores em Óbidos Também Óbidos voltou a acolher, pela quarta vez con-secutiva, a Óbidos Vila Natal. Durante este período, a Cerca do Castelo dá lugar às pistas de gelo, às rampas de trenós e es-quis, espectáculos de teatro e barraquinhas com todo tipo de guloseimas alusivas à época. Nas ruas estreitas da vila, ou-ve-se música natalícia e ainda se pode observar a exposição de árvores de Natal, localizada no largo de Sta. Maria, criadas

pelas instituições comerciais e sociais da região Oeste. Para todo este aparato fes-tivo, foram recrutados mais de 80 funcionários da Óbidos Pa-trimonium, mas também cer-ca de 150 animadores (apoio técnico e “fantasiados”), re-crutados num casting que de-correu no mês de Novembro, seguido de uma formação, que deu direito a um diploma para o enriquecimento curri-cular de cada participante. João Parreira, responsável pela organização, explicou que o principal alvo de contrata-dos são jovens, estudantes mas também pessoas sem ocupa-ção profissional, que com a iniciativa conseguem “tirar um rendimento suplementar”. Assim, a Óbidos Patrimonium estabeleceu acordos com o Ins-tituto do Emprego, de forma “a permitir uma componente social de entre-ajuda, para que os desempregados não deixas-sem de ter um contacto direc-to com o mercado de trabalho, para além de poderem explorar as suas próprias capacidades”, acrescentou o organizador. A organização pretendeu ainda dinamizar as áreas da pintura, escultura e carpin-taria, caracterizadas pelas poucas oportunidades exis-

tentes no mercado de traba-lho. Deste modo, foram cria-das equipas para a montagem e planeamento dos cenários que, depois de prontos, tanto entusiasmo despertam nos vi-sitantes. Com uma componente lú-dica e pedagógica, João Par-reira garante que a Óbidos Vila Natal, sendo um evento ainda recente, “tem todas as condi-ções para vir a fortalecer-se em qualidade nos anos que se sucedem, devido à dinâmica da forte equipa de trabalho que se tem desenvolvido”.

Escuteiros embrulham pre-sentes Para além dos eventos de Natal, os hipermercados também criam oportunida-des de trabalho. É o caso da loja Worten, no Continente de Leiria, que dispõem de um grupo de cerca de 20 es-cuteiros a dar apoio na rea-lização de embrulhos. Esta iniciativa realiza-se pelo segundo ano consecuti-vo, e a loja retribui os servi-ços prestados sob a forma de produtos electrónicos, que posteriormente, serão sortea-dos em rifas. O montante an-gariado reverterá para uma viagem que o grupo pretende

São inúmeros os eventos de Natal a decorrer na região. Animam a quadra e oferecem também

possibilidades de ocupação e

enriquecimento curricular

Estudantes e desempregados animam Natal

TEXTO: ANA ARSéNIO, âNGELA DA MATA E TâNIA MARqUES

FOTO: IOLANDA SILvA

TAK Tomografia Axial Komputorizada

Mike Stewart

O Rei do Bodyboard

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Oportunidades de trabalho

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05JORNAL DE LEIRIA 17.12.2009

fazer no próximo Verão à Áus-tria. Maria Eduarda Matias, de 15 anos, afirma que o espírito de colaboração entre a Worten e os escuteiros é uma mais valia, porque, afirma: “nós contribu-ímos para a loja, e eles estão a fazer um bem ainda maior por nos proporcionar um espaço de

contacto directo com as pessoas e, ao mesmo tempo, a possibili-dade de conseguirmos angariar dinheiro para as nossas férias”. Os escuteiros estão todos os dias em frente à Worten, entre as 19 e as 23 horas, excepto aos domingos e feriados, em que se encontram disponíveis o dia inteiro.

Mike Stewart já foi por nove ve-zes Campeão Mundial de bodyboard e esteve presente numa conferência, organizada pelo curso de Desporto e Bem-Estar na Escola Superior de Edu-cação de Ciências Sociais (ESECS). É havaiano, tem 46 anos e “adora a vida”. Começou a praticar bodyboard muito cedo, pois “era normal ir para o mar e experimentar ondas”, afir-mou. Este desporto ajudou-o a “cres-cer e evitar os maus caminhos”. Mike Stewart agradece também o apoio que a família sempre lhe deu, onde a máxima era de “fazer as coisas bem, independentemente de que profissão exercesse”.

A sua vinda a Portugal para a par-ticipação no Special Edition, realizado na Praia do Norte, na Nazaré, valeu-lhe mais um título para a sua vasta lista de troféus. Apesar de já ter ganho praticamente tudo o que há para ven-cer na modalidade, o “rei” do mar con-tinua “super motivado” e revela que detesta perder. Considera-se “muito competitivo” e tem sempre “altas ex-pectativas” para as competições em que participa. A ambição está presen-te no espírito do havaiano. “Sinto-me como uma criança e quero ganhar o 10º Campeonato Mundial”. Para Mike Stewart, a chave do sucesso resume-se a seis razões, “tra-

balho”, “mente aberta”, “muita apli-cação”, “paixão”, “focalização de ob-jectivos” e ter um “timing certo para as coisas”. O bodyboarder tem consci-ência que é considerado “tonto” para muitas pessoas, mas sabe que “não corre riscos desnecessários no mar”. A sua técnica é “superar desafios gra-dualmente, surfando ondas cada vez maiores”. Apesar de ao longo da sua carreira ter ganho muito dinheiro, “isso não é o mais importante”, revela o atleta. “É muito difícil estar longe da minha família, mas felizmente tenho uma mulher fantástica que sabe cuidar dos meus filhos”. É este sentimento que por

vezes o desmotiva, mas tenta esquecer isso ao máximo. Conhecedor de muitos mares, Mike já viajou por todos os continentes e a sua opinião sobre Portugal é boa. “Divirto-me muito e a comida é fantástica”. Re-velou ainda que o nosso país “é um bom spot para apanhar grandes ondas” e que espera voltar noutra altura. Quanto ao futuro, os adeptos de Mike Stewart poderão vê-lo ainda por “muitos e bons anos”, uma vez que o bodyboarder não espera reformar-se tão cedo. “Quero fazer outras coisas, mas não coloco limites, sinto-me muito bem e vou continuar a dar o meu me-lhor em todas as provas”.

ÉLIO SALSINhA

Está a dar

IPL participa em Natal inclusivo

Para além da diversão que proporciona, a Aldeia de Natal pretende também desenvolver o cariz solidário e pedagógico. Nesse sentido, foi, no dia 3 do corrente mês, comemorado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Uma iniciativa que contou com a colaboração da Câmara de Leiria, do Governo Civil do Distrito de Leiria e do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), através do Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID).

Desta forma, a Casa das Descobertas (pequena casa que estão inseridas actividades lúdicas) passou a ser a Casa da Diferença, onde foram demonstra-das algumas tecnologias de inclusão de forma a sensibilizar as pessoas para a diferença. Foram ainda disponibilizadas canadianas, cadeiras de rodas, vendas e bengalas, para que assim “se possa mostrar o que é ter uma deficiência e saber lidar com ela”, referiu Célia Sousa, coordenadora do CRID.

As actividades natalícias contaram ainda com a participação de alunos de Engenharia Electrotécnica, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que adap-taram vários brinquedos para crianças com deficiência. Estes objectos foram transformados, e posteriormente oferecidos a instituições e a escolas da região para crianças com necessidades especiais.

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“Há vinte anos atrás diziam que a língua portuguesa era feia”

Pensando no mais re-cente álbum A Nova Au-rora, como define o estilo dos Madredeus e a Banda Cós-mica? É o mesmo do disco ante-rior. A nossa ideia com este grupo foi criar uma expres-são da música cantada em português que fosse familiar à música brasileira, à músi-ca africana e à portuguesa. E o estilo é mesmo esse, uma música que em vez de ser de câmara é uma música para espaços livres.

Este novo álbum tem um significado especial por surgirem associados à Banda? A Banda Cósmica fomos nós que a criámos. Fizemos um casting e foi assim que se formou a banda. Nova aurora é o nome do segundo disco. Por um lado, é a nossa von-tade de viver um novo nas-cimento, por outro lado tem um enquadramento filosófi-co sobre esta época.

Este álbum é o renascer dos valores dos Madredeus iniciais? Os Madredeus têm 20 anos e estão sempre a começar, porque um grupo está sempre a come-çar. Isto é a continuação da nos-sa obra. Eu e o Carlos Maria so-mos os compositores principais dos Madredeus, escrevemos mais músicas, fizemos mais concer-tos. E quisemos continuar e criar esta orquestra para tocar toda a música que fizemos até hoje.

Quais são as principais diferenças entre o álbum anterior e este? Temos um violino neste álbum. E as músicas também são diferentes. Este novo ál-bum está tecnicamente mais bem conseguido. Quanto à composição e à poesia é o mesmo caminho.

Alguma vez pensaram em mudar o nome do grupo? O nome do grupo é um pa-trimónio. É o nome da nossa

música, é um nome que tem imenso prestígio e tradição em muitos países. Por isso devemos mantê-lo, o desafio é manter o nome.

A banda cósmica e a in-trodução de novos instru-mentos foram o realizar de um sonho? Foi. Há muitos anos que pensávamos ter uma versão eléctrica da nossa música. O grupo Madredeus, nas várias formações que teve, foi sem-pre acústico. Por outro lado, entre os 18 e os 30 anos, o que fizemos foi música eléctrica. Essa escola dos Heróis do Mar trazia-nos uma certa nostal-gia de tocar com esses sons. Na última mudança de mem-bros achámos que era altura de fazer isso.

Quais foram os critérios dos castings? Foi um processo muito giro. Quando se soube que a Teresa ia sair do grupo re-cebemos muitas cartas de

pessoas que queriam entrar no grupo. E o critério foi res-ponder às cartas todas, pedir às pessoas que mostrassem o que sabiam fazer. E assim foi, escolhemos as melhores, a voz mais bonita das que estavam mais disponíveis.

Quais são as suas prin-cipais influências musi-cais? O meu reportório da gui-tarra foi importante, a minha própria experiência como mú-sico. As viagens e o público que conheci também são uma grande influência. Como mú-sica o que eu gosto mais é de funk e reggae.

A cantar em português, como é que conseguem ter tanto reconhecimento no estrangeiro? Nós temos muito cuidado na escolha das palavras que cantamos, e em ter a certe-za de que a fórmula das can-ções é musical. As palavras são escolhidas de forma a

06 JORNAL DE LEIRIA 17.12.2009

Sentado no mochoSentou, vai ter k explicar

Pedro Ayres Magalhães, Músico

Guitarrista, compositor e membro fundador

dos Madredeus, recusa o estatuto de

embaixador da música portuguesa. Ainda

assim, Pedro Ayres Magalhães reconhece

a versatilidade do grupo e dá as boas

vindas ao novo capítulo dos Madredeus e a

Banda Cósmica.

TEXTO: âNGELA DA MATA E SARA vIEIRA

FOTOS: LUíS ALMEIDA

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serem musicais tanto para os portugueses como para outras pessoas. Há vinte anos atrás, diziam que a língua portugue-sa era feia e o que nós fizemos foi um reportório que fosse en-tendido pelo mundo inteiro, que todos pudessem apreciar e que não fosse fado. Porque de fado já estava o mundo cheio e assim, perderíamos origina-lidade. Nós sabíamos que para se fazer esse caminho de viajar pelo mundo inteiro, teríamos de ter muito apego à nossa ac-tividade e por isso era impor-tante que a música fosse nossa. E acho que conseguimos fazer isso. Aquilo que era uma lín-gua desconhecida passou a ser interessante.

Têm ido muito ao Japão… Temos ido a muitos países. Começámos por ir ao Japão na comemoração da chegada dos portugueses ao Japão. E como fo-mos muito bem recebidos, conti-nuamos a ir a várias tournées lá. É o país onde as pessoas perce-bem melhor as nossas músicas porque as letras são traduzidas em japonês.

O que as viagens tem trazi-do aos Madredeus? Este grupo já esteve no Brasil e na Polónia e o que as viagens trazem é essa cultura do saber, daquilo que se pode fazer com a música. É como se descobrísse-

mos a maneira de falar com as pessoas. Quando nós estivemos na Polónia, os novos membros do grupo ficaram espantados com a dimensão das salas e das salas cheias. Ficaram especialmente

espantados com a cultura musi-cal dos polacos. Foi isso que trou-xemos das viagens: uma constru-ção da linguagem que as pessoas entendem e apreciam.

Juntamente com Amália Rodrigues e Dulce Pontes, os Madredeus são os grandes em-baixadores da música portu-

guesa no estrangeiro. Sentem o peso da responsabilidade? Na verdade não somos em-baixadores. Somos chamados de embaixadores. A nós nunca ninguém nos apoiou, nem nos passou nenhuma responsabi-lidade de sermos embaixado-res. O grupo é completamente independente. Pagamos para cantar em português. Portanto não me vejo muito na pele de embaixadores de Portugal no estrangeiro. Todo o meu traba-lho é dedicado à minha pátria mas a responsabilidade não me pesa nada. É uma dedicação da minha vida.

Há alguma música pela qual tem um especial carinho? O Mar. Gosto muito. É uma canção de uma certa época dos Madredeus. Foi uma can-ção que eu escrevi para ensi-nar ao resto do mundo como é que os portugueses diziam mar. É uma canção muito bo-nita e ainda hoje a cantamos com muito prazer.

Já teve várias experiências como actor. Como foi? Foi rápido. Gostei muito. É giro, gostei da disciplina psicoló-gica, acho que tem muita piada. E gostei muito das pessoas com quem trabalhei.

O que significa o Natal? Natal significa família.

07JORNAL DE LEIRIA 17.12.2009

Kultos

EyePet

éLIO SALSINHA

O que nós fizemos foi um reportório que fosse entendido pelo mundo inteiro, que todos pudessem apreciar e que não fosse fado

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É um jogo totalmente inovador. O objectivo de EyePet é brincar com um animal virtual que é projectado na televisão, através da câmara da Playstation 3. O exclusivo da Sony está coberto de uma tecnologia fantástica e deixa todos de boca aberta com a interactividade demonstrada. Quando começamos a jogar, reparamos logo que o animal é amoroso. Uma mistura entre macaco, cachorro e gatinho, formam um per-sonagem adorável. Arrumem a sala e arranjem um bom espaço para poderem desfrutar ao má-ximo do jogo. É com enorme prazer que brinca-mos com o animal de estimação durante horas. Vesti-lo, alimentá-lo e fazer tantas outras acti-vidades com ele, torna-se um vício. As tarefas a completar são variadas. EyePet está dividido por “dias”, onde cada um tem qua-tro desafios para completar. Desde tirar foto-grafias, escavar um pequeno jardim, até bater recordes de bowling, existe uma enorme varie-dade de “joguinhos” para completar. À medida que se vai avançando, vão-se desbloqueando novos itens, tais como roupas, novos brinque-dos e acessórios para o nosso animal. Outra característica admirável no jogo é que através do Magic Sketchbook, podemos de-senhar o que nos apetecer e mostrar para a câ-mara. Automaticamente, o animal reconhece o desenho e reproduz fielmente a nossa criação, e melhor, dá-lhe vida em 3D. Assim, podemos ver a nossa personagem andar de avião ou fo-guetão por exemplo. Também podemos ouvir música e trautear um pouco, até que o nosso animal de estimação começará a fazê-lo connosco. Façam uma pau-sa e deixem-no sozinho e ele começará a cantar as músicas que lhe ensinámos. Chega mesmo a adormecer e sonha com as brincadeiras que tivemos com ele. É brilhante. A interactividade é tanta que quando empurramos a mão na di-recção da sua cara, ele olha-nos mal-encarado. Os pontos fracos do jogo são alguns desa-fios demasiado difíceis, o que é pena para os mais novos.

Quem nunca teve a oportunidade de ter um animal de verdade, aqui tem uma boa al-ternativa. EyePet é fabuloso e demonstra uma enorme evolução tecnológica. O que poderemos esperar agora dos jogos? Não sabemos, mas coi-sas como estas são sempre bem-vindas. Para já, divirtam-se a jogar EyePet e vão sentir pena quando tiverem de desligar a consola. 8/10

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A Comissão Europeia volta a organizar o Prémio Europeu de Jovem Jornalista, este ano com o tema: Alarga os teus ho-rizontes. Jornalistas e estudantes de jor-nalismo, entre os 17 e os 35 anos, são desafiados a darem a sua interpretação sobre o alargamento da União Europeia através de perspectivas criativas e esti-mulantes. O concurso é direccionado aos Es-tados Membros, países candidatos,

potenciais candidatos e Islândia e os vencedores serão premiados com uma viagem a Istambul. Aos vencedores nacionais, será ainda atribuído um prémio especial, que reconhecerá os três melhores trabalhos das seguintes categorias: Mais original, Melhor inves-tigação e Melhor Estilo Jornalístico. Os vencedores deste prémio poderão fazer uma viagem cultural a uma capital europeia à sua escolha.

Os candidatos podem concorrer com trabalhos de jornalismo de rádio, impren-sa e multimédia. Os artigos não poderão exceder os 2000 caracteres e as emissões de rádio 30 minutos. Só serão admitidos a concurso trabalhos publicados ou trans-mitidos entre 1 de Outubro de 2007 e a data limite de entrega dos trabalhos, 28 de Fevereiro de 2010. Para mais informa-ções, sobre como participar no concurso, visite: www.eujournalist-award.eu.

Jovens jornalistas a concurso

08 JORNAL DE LEIRIA 17.12.2009

A Fechar

ANNE ABREU

DRDR

INTERNETES

útilPara quem gosta de novas tecnologias, este é o sítio ideal para se manter actu-alizado. Aqui encontras in-formações sobre software, hardware, imagem, comu-nicação e também alguns tutoriais. Para guardar junto dos favoritos.

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agradável Cria um tipo de letra a partir da tua. Para isso, ape-nas precisas de um scanner. Digitaliza segundo o mo-delo, e envia para o site. No final, basta descarregares o ficheiro gerado, que poderás usar tanto em Windows, como em Mac.

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Últimas

Candidaturas Erasmus

Estarão abertas em Janeiro as inscrições para o programa de mobilidade de estu-dantes Erasmus. Os interessados deverão preencher uma ficha de pré-candidatura disponível online no site do IPL. Para mais informações, contactar directa-mente o Gabinete de Mobilidade e Coope-ração Internacional.

Acções de Formação em Desporto

Através da secção de Educação Física e do curso de Despor-to e Bem-Estar, irá realizar-se, no dia 9 de Janeiro pelas 9:30, um workshop sobre actividades aquáticas intitulado II Workshop Nata…Sã. Estão previstas outras acções de formação na área do desporto. Para mais informações consul-tar http://blogs.esecs.ipleiria.pt/desportoebe-mestar

Pós-Graduação em Comunicação, Publi-cidade e Marketing.

Estão abertas, até 23 de Dezembro, as can-didaturas para o cur-so de pós-graduação em Comunicação, Pu-blicidade e Marketing. Com início previsto para 5 de Fevereiro de 2010, os resulta-dos das candidaturas serão afixados a 28 de Dezembro. Mais informações dispo-níveis em www.esecs.ipleiria.pt.

LUíS ALMEIDA

FILIPA ARAÚJO

Sector de Desporto disponibiliza novas modalidades

RICARDO MODERNO

FOTO

: IOL

ANDA

SILV

A

Este ano, para além de Andebol, Atletismo (pista e saltos), Futebol 11, Futsal e Ténis, o IPL disponibiliza aos alunos três novas modalida-des desportivas: voleibol e basquetebol (mascu-lino, feminino) e hóquei em patins (masculino). Um dos objectivos destas novidades é aumentar o número de participantes e a participação em competições, mas sobretudo, possibilitar aos

alunos alternativas que vão ao encontro das suas preferências. Para além disso, alunos que pratiquem re-gularmente outras modalidades (Surf, Bodybo-ard, Natação, Badminton…) podem representar o IPL nos Campeonatos Nacionais Universitários se assim o desejarem. Para mais informações devem contactar o Sector de Desporto.

ESTG organiza Festival Nacional de Robótica Organizada pela Escola Superior de Tec-nologia e Gestão de Leiria, a décima edição do Festival Nacional de Robótica vai decor-rer na Expo Salão, Batalha, de 24 a 28 de Março. Esta iniciativa da Sociedade Portuguesa de Robótica tem como objectivo a promoção da ciência e da tecnologia junto dos jovens dos en-sinos básico, secundário e superior, bem como

do público em geral, através de competições de robôs. O Festival inclui ainda um encontro científico onde investigadores nacionais e es-trangeiros da área da Robótica se reúnem para apresentar os mais recentes resultados da sua actividade. As pré-inscrições para a prova de-correm até 31 de Dezembro. Mais informações sobre o regulamento disponíveis em http://ro-botica2010.ipleiria.pt.