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Alberto Sampaio, de seu nome completo Alberto da Cunha Sampaio, nasceu na cidade de Guimarães no dia 15 de Novembro de 1841 e faleceu em 1 de Dezembro de 1908 na sua casa da Quinta de Boamense, freguesia de S. Cristovão de Cabeçudos, concelho de Vila Nova de Famalicão. [...] Começa os seus estudos na escola de Landim e continuou-os na cidade de Braga até ingressar na Universidade de Coimbra, onde se bacharelou em Direito no dia 29 de Março de 1863. Nesta cidade universitária conviveu com Antero de Quental, João de Deus, Teófilo Braga, Eça de Queirós, Guerra Junqueiro e José Falcão e ainda outros académicos ilustres, tendo formado, com o seu irmão José e com Antero de Quental a Sociedade do Raio que se salientou na Questão Académica entre os estudantes universitários e o seu Reitor. Exerceu advocacia em Lisboa durante muito pouco tempo, tendo regressado ao seu Minho para repartir a sua vida e a sua actividade pelas suas casas de Boamense e de Guimarães, dedicando-se então afincada e apaixonadamente a investigações de estudos históricos e agrícolas nos quais encontrou a melhor colaboração do seu grande amigo Martins Sarmento, sendo dessa época os seus melhores trabalhos publicados em diversas revistas e jornais. Amigo da Póvoa, ligado à nossa terra por laços afectivos e familiares, foi tio do Conselheiro António Vicente de Leal Sampaio (filho de seu irmão Dr. José da Cunha Sampaio), que aqui começou a sua vida de Magistrado como Delegado do Ministério Público, aqui nasceu sua sobrinha-neta D. Emília Ermelinda de Sequeira Leal Sampaio da Nóvoa e lhe nasceram numerosos sobrinhos-bisnetos. A Comissão Executiva das Comemorações do Cinquentenário da Fundação do Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim promoveu a realização de várias exposições no nosso Museu, tendo sido uma delas de homenagem e evocação do historiador nortenho Alberto Sampaio, com abertura solene às 17h00 do dia 2 de Julho de 1988 sob o signo Alberto Sampaio ou as seduções de Clio. [...] Escritos de Juventude: Três artigos in: “O Académico”, revista científica e literária (Coimbra, 1860); colaboração in “O Fósforo”, quinzenário critico, literário e noticioso (Coimbra, 1860-1861). Textos diversos e correspondência: As vilas do Norte de Portugal, in “Revista de Sciências Natuares e Sociais” (1892), “Revista de Guimarães” (1893 a 1897) e “Portugália” (1899 a 1903); As Póvoas Marítimas do Norte de Portugal, in “Portugália” (1905 a 1908); O Norte Marítimo, memória apresentada na “Sociedade de Instrução do Porto”, em honra do Infante D. Henrique, em 3-4-1889; A Propriedade e Cultura do Minho, in “Revista de Guimarães” (1888); O Presente e o Futuro da Viticultura do Minho, Escudo da Economia Rural do Minho, em IV capítulos, in: “Revista de Guimarães” (1885-1887); ainda mais treze trabalhos diversos, de interesse , in “Revista de Guimarães” e jornal “A Província”, “In Memoriam” de Antero de Quental e “Portugália”, que seria fastidioso aqui especificar [...]; e ainda Estudos Históricos e Económicos, Porto, 1923 (2 volumes) onde se encontram reunidos os seus mais importantes trabalhos, com um prefácio do Dr. Luís de Magalhães. Desta obra fez publicar Rocha Peixoto uma separata: A Bajlya da Poboa Noua de Varazim, Porto, 1907, excerto do estudo de Alberto Sampaio As Póvoas marítimas do Norte de Portugal, que foi publicado na “Portugália”, tomo II, ff. 3 e 4 e mais tarde reeditado nos referidos Estudos Históricos e Económicos. Esta separata, hoje rara, é muito apreciada. Este excerto de A Bailya... foi reproduzido por João Landolt na sua revista quinzenal “A Póvoa de Varzim”, em 30 de Setembro de 1914. BARBOSA, Jorge - Toponímia da Póvoa de Varzim. In: Póvoa de Varzim: Boletim Cultural. Vol. XXVII, n.º 1 (1990), p. 244-247. ALBERTO SAMPAIO E A PÓVOA DE VARZIM 15-11-1841 / 1-12-1908 Mostra Bibliográfica

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Alberto Sampaio, de seu nome completo Alberto da Cunha Sampaio,

nasceu na cidade de Guimarães no dia 15 de Novembro de 1841 e faleceu

em 1 de Dezembro de 1908 na sua casa da Quinta de Boamense, freguesia

de S. Cristovão de Cabeçudos, concelho de Vila Nova de Famalicão. [...]

Começa os seus estudos na escola de Landim e continuou-os na cidade

de Braga até ingressar na Universidade de Coimbra, onde se bacharelou em

Direito no dia 29 de Março de 1863. Nesta cidade universitária conviveu

com Antero de Quental, João de Deus, Teófilo Braga, Eça de Queirós, Guerra

Junqueiro e José Falcão e ainda outros académicos ilustres, tendo formado,

com o seu irmão José e com Antero de Quental a Sociedade do Raio que

se salientou na Questão Académica entre os estudantes universitários

e o seu Reitor. Exerceu advocacia em Lisboa durante muito pouco tempo,

tendo regressado ao seu Minho para repartir a sua vida e a sua actividade

pelas suas casas de Boamense e de Guimarães, dedicando-se então

afincada e apaixonadamente a investigações de estudos históricos

e agrícolas nos quais encontrou a melhor colaboração do seu grande amigo

Martins Sarmento, sendo dessa época os seus melhores trabalhos

publicados em diversas revistas e jornais.

Amigo da Póvoa, ligado à nossa terra por laços afectivos e familiares, foi tio

do Conselheiro António Vicente de Leal Sampaio (filho de seu irmão Dr. José

da Cunha Sampaio), que aqui começou a sua vida de Magistrado como

Delegado do Ministério Público, aqui nasceu sua sobrinha-neta D. Emília Ermelinda de Sequeira Leal Sampaio da Nóvoa e lhe nasceram

numerosos sobrinhos-bisnetos. A Comissão Executiva das Comemorações do Cinquentenário da Fundação do Museu Municipal

de Etnografia e História da Póvoa de Varzim promoveu a realização de várias exposições no nosso Museu, tendo sido uma delas

de homenagem e evocação do historiador nortenho Alberto Sampaio, com abertura solene às 17h00 do dia 2 de Julho de 1988 sob

o signo Alberto Sampaio ou as seduções de Clio. [...]

Escritos de Juventude: Três artigos in: “O Académico”, revista científica e literária (Coimbra, 1860); colaboração in “O Fósforo”,

quinzenário critico, literário e noticioso (Coimbra, 1860-1861). Textos diversos e correspondência: As vilas do Norte de Portugal,

in “Revista de Sciências Natuares e Sociais” (1892), “Revista de Guimarães” (1893 a 1897) e “Portugália” (1899 a 1903); As Póvoas

Marítimas do Norte de Portugal, in “Portugália” (1905 a 1908); O Norte Marítimo, memória apresentada na “Sociedade de Instrução

do Porto”, em honra do Infante D. Henrique, em 3-4-1889; A Propriedade e Cultura do Minho, in “Revista de Guimarães” (1888);

O Presente e o Futuro da Viticultura do Minho, Escudo da Economia Rural do Minho, em IV capítulos, in: “Revista de Guimarães”

(1885-1887); ainda mais treze trabalhos diversos, de interesse , in “Revista de Guimarães” e jornal “A Província”, “In Memoriam”

de Antero de Quental e “Portugália”, que seria fastidioso aqui especificar [...]; e ainda Estudos Históricos e Económicos, Porto, 1923

(2 volumes) onde se encontram reunidos os seus mais importantes trabalhos, com um prefácio do Dr. Luís de Magalhães. Desta obra fez

publicar Rocha Peixoto uma separata: A Bajlya da Poboa Noua de Varazim, Porto, 1907, excerto do estudo de Alberto Sampaio As Póvoas

marítimas do Norte de Portugal, que foi publicado na “Portugália”, tomo II, ff. 3 e 4 e mais tarde reeditado nos referidos Estudos Históricos

e Económicos. Esta separata, hoje rara, é muito apreciada. Este excerto de A Bailya... foi reproduzido por João Landolt na sua revista

quinzenal “A Póvoa de Varzim”, em 30 de Setembro de 1914.

BARBOSA, Jorge - Toponímia da Póvoa de Varzim.

In: Póvoa de Varzim: Boletim Cultural. Vol. XXVII, n.º 1 (1990), p. 244-247.

ALBERTO SAMPAIO E A PÓVOA DE VARZIM

15-11-1841 / 1-12-1908

Mostra Bibliográfica

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A obra de Alberto Sampaio, As vilas do Norte de

Portugal, tornou-se um clássico da historiografia

regional portuguesa, e como tal, representa, ainda hoje,

um instrumento de consulta obrigatório para todos os

que se dedicam ao estudo do período da Alta Idade

Média, na região do Norte de Portugal.

Trata-se indiscutivelmente de um trabalho de invulgar

inspiração, se atendermos ao tempo em que foi redigido,

traduzindo muito daquilo que foi experiência pessoal do

seu autor, profundo conhecedor do mundo rural

minhoto. Esta obra, reflecte ainda o espírito

profundamente criativo e renovador que caracterizou

o período de vivência de Alberto Sampaio.

De certa maneira, a obra representa a projecção no

espaço português, de teorias que conheceram uma certa

difusão na Europa dos finais de séc. XIX. Tais teorias,

propunham um modelo explicativo para a organização

do espaço rural medieval, na região ocupada

anteriormente pelo Império ocidental.

Profundo conhecedor da bibliografia do seu tempo,

Alberto Sampaio, escrevendo quase na mesma data que

Imbart de la Tour, expõe e aplica a Portugal uma teoria

semelhante à sugerida para França por aquele célebre

historiador, na obra Les origines religieuses de la France. e emeLes paroisses rurales du VI au XI siécle (Paris 1900).

Nesta obra, o autor procurava determinar em que

espécie de lugares foram instituídas as primeiras igrejas

e paróquias rurais.

Alberto Sampaio, compulsando a historiografia do seu

tempo, os magros conhecimentos arqueológicos

disponíveis e recorrendo à história comparada procurou

fazer o mesmo para o território português a Norte do

Douro, servindo-se em muitos aspectos da experiência

francesa.

Entre os vários méritos da obra poderíamos sublinhar

o facto dela abordar um dos períodos mais ignorados

e controversos da nossa história. Por outro lado, esta

obra perspectiva uma teoria global para a origem e

evolução da paisagem rural do Entre-Douro-e-Minho […]

Trata-se sem dúvida alguma de um projecto arrojado,

tendo em conta o que se conhecia nos finais do séc. XIX

da realidade desses períodos, quer do ponto de vista

arqueológico, quer histórico. No entanto, será

necessário compreender o arrojo de Alberto Sampaio

em função do movimento de renovação mental

e nacional em que ele, tal como os homens da Portugália

se integraram, representantes que eram de um espírito

reconstrutivo e anti-derrotista.

Mas, Alberto Sampaio era mesmo mais do que um

simples renovador. Ele era, tal como afirmam muitos dos

seus biógrafos, um espírito superiormente ordenado,

que prezava acima de tudo a arrumação. E, no fundo,

é uma arrumação que empreende, ao abordar um

período de desordens, de perturbação, atribuindo à

população rural da região uma notável capacidade de

conservar as estruturas sociais e económicas herdadas

da época romana. Em parte, o fio condutor da sua obra,

representado na continuidade da estrutura agrária, vai

encon t r á - l o A lbe r to Sampa io no p róp r i o

conservadorismo da população rural, que teria

garantido, entre crises, invasões e novos possessores, a

manutenção do essencial das estruturas sócio-culturais

do mundo rural do Baixo Império.

Por detrás das teorias de Alberto Sampaio evidencia-se

um certo voluntarismo subjectivo e mesmo algum

idealismo. Ambos traem a sua vivência individual, o seu

profundo conhecimento do meio rural e a sua crença no

bom carácter do homem do campo.

Mas o objectivo de Alberto Sampaio não foi o tratamento

de um período histórico, mas sim o estudo da génese

e evolução do tecido rural minhoto, que procurou

sistematizar. Ele pretendeu sobretudo justificar

a estrutura de ocupação do solo característica da região,

articulando-a com o tipo de povoamento e com

a evolução histórica. Nesta perspectiva, o historiador

antecipou, com rara intuição, a importância do

povoamento antigo na construção da paisagem rural do

Minho, salientada muitas décadas mais tarde, por

A. Bouhier, no seu estudo sobre a Galiza (1979) e, mais

recentemente, pelos arqueólogos interessados na

problemática da evolução da paisagem.

Alberto Sampaio, recuando no tempo, tanto quanto os

conhecimentos da época o permitiam, aborda a história

rural, procurando determinar as origens da estrutura do

povoamento medieval, que julga reproduzida com

notável fidelidade ainda no seu tempo. Esta estrutura

aparece na sua obra profundamente ligada às paróquias

rurais, cuja génese e evolução pretende sistematizar. [...]

MARTINS, Manuela - “AS VILAS DO NORTE DE PORTUGAL” de Alberto Sampaio: importância da obra no estudo do povoamento antigo.

In: Revista de Guimarães, vol. 102 (1992), p. 389-409.

“As Vilas do Norte de Portugal”Importância da obra no estudo do povoamento antigo

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Manuscrito de Alberto SampaioMARTINS, António; FARIA, Emília Nóvoa – A Biblioteca da Casa de Boamense

In: História, nº 97 (Maio 2007), p. 29.

[...] Dispersos por algumas das principais revistas literárias da época – “Portugália” dirigida por Ricardo Severo,

“Lusitana” de José Leite de Vasconcelos, “Revista de Portugal” sob a direcção de Eça de Queirós – os seus

trabalhos mereceram sempre o justo reconhecimento do elevado valor de que se revestiam para a ampliação do

nosso horizonte histórico. Terminadas as “Vilas”, consagra o seu tempo à investigação da formação das póvoas, um

estudo que o historiador justifica em carta dirigida a Luís de Magalhães, escrevendo:

“Eu cá estou botado aos calhamaços. A minha nova coisa já está baptizada "As Póvoas Marítimas do Norte de

Portugal". Parece-me exprimir o meu pensamento: ao trabalho da terra segue-se o do mar; às "Vilas" rústicas

as povoações costeiras. Em todo o caso tenho divertimento para largos anos se os houver de viver.” [...]

FARIA, Emília Nóvoa - Alberto Sampaio: notas biográficas. [s.n: s.l.], 2007.

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Correspondência de Alberto Sampaio e Rocha Peixotopublicada na Revista de Guimarães

MONTEIRO, Manuel - Correspondência inédita de Alberto Sampaio para Rocha PeixotoIn: Revista de Guimarães. Guimarães: Sociedade Martins Sarmento, Vol. LI, nº 4 (1941), p. 266.

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[...] O incentivo que Alberto Sampaio presta ao promissor etnógrafo, é patente numa carta que lhe escreve ao receber o livro

“A Terra Portugueza” que o autor lhe oferece com dedicatória: “Agradeço-lhe, imensamente penhorado, o obséquio que

me fez, mandando-me um exemplar do seu volume “A Terra Portugueza ". Fez muito bem coleccionar estes folhetins,

que contêm uma crítica clara e judiciosa de tantas coisas que nos interessam a fundo. Não é pois o "despojo de uma

campanha estéril", mas pelo contrário o testemunho de quem sabe pensar e discutir uma tamanha multiplicidade de

questões. Receba os meus parabéns. O seu livro não é daqueles, que se esquecem depois da primeira leitura, mas dos

que a gente guarda para consultar." o moNa dedicatória percebe-se a grande admiração de Rocha Peixoto por Alberto Sampaio – "Ao Il. Ex. Sr. Alberto Sampaio

em homenagem ao seu brilhantíssimo talento, oferece estes despojos duma velha campanha ingénua e estéril o seu

admirador Rocha Peixoto". [...]

MARTINS, António; FARIA, Emília Nóvoa – A Biblioteca da Casa de Boamense

In: História, nº 97 (Maio 2007), p. 29-30.

MONTEIRO, Manuel - Correspondência inédita de Alberto Sampaio para Rocha Peixoto

In: Revista de Guimarães. Guimarães: Sociedade Martins Sarmento,Vol. LI, nº 4 (1941), p. 269-291.

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Ficha Técnica:Coordenação editorial: Manuel CostaPesquisa documental: Lurdes AdrianoGrafismo: Joana Santos

Biblioteca Municipal Rocha PeixotoRua Padre Afonso Soares4490-664 Póvoa de VarzimTelefone: +351 252 616 000 / Fax: +351 252 617 069E-mail: [email protected]: http://www.cm-pvarzim.pt/biblioteca

Bibliografia do autor disponível na Biblioteca Municipal

Catálogo elaborado no âmbito do 1º centenário da morte de Alberto Sampaio. Os conteúdos encontram-se disponíveis em http://www.cm-pvarzim.pt/biblioteca

SAMPAIO, Alberto – A Bajlya da Poboa Noua de Varazim. Porto: Imprensa Portuguesa,

1907. 8 p. Excerto de As Póvoas marítimas do norte de Portugal. In: Portugalia, Tomo II.

– Correspondência inédita de Alberto Sampaio para Joaquim de Araújo, Martins

Sarmento, Oliveira Martins, Abade de Tagilde e Luís de Magalhães. Revista

de Guimarães. Guimarães: Sociedade Martins Sarmento, Vol. LI, nº 3 (1941), p. 1-120.

Fascículo consagrado pela Sociedade Martins Sarmento à memória do historiador

vimaranense, no centenário do seu nascimento.

– Dispersos. Vila Nova de Famalicão: Câmara Municipal, 1991. 117 p. (Biblioteca de autores

famalicenses; 2).

– Estudos d'economia rural do Minho: a cultura do mato: a apropriação da terra e as

classes que constituem a população campestre: o gado. Revista de Guimarães.

Guimarães: Sociedade Martins Sarmento, Vol. III (1886), p. 146-159; vol. IV (1887),

p. 21-38, 77-106.

– Estudos historicos e economicos. Porto: Lello & Irmão Editores, 1923. 2 vol.

– F. Martins Sarmento. Portugália. Porto: Ricardo Severo, Fasc. 1 (1899-1903), p. 417-422.

– Hontem e hoje. Introd. de Hélio Osvaldo Alves. Guimarães: Sociedade Martins Sarmento,

1990. Edição Fac-similada extraída de Estudos históricos e económicos. Porto: Livraria

Chardron, 1923. Vol. 1, p. 427-446.

– João da Motta Prego – Guia prático para o emprego dos adubos em Portugal. Revista

de Guimarães. Guimarães: Sociedade Martins Sarmento, Vol. XVI (1899), p. 48-51.

– Le droit de marche, de C. Boulanger. Portugália. Porto: Ricardo Severo, Fasc. 2

(1905-1908), p. 298-299.

– Luiz de Magalhães – D. Sebastião. Revista de Guimarães. Guimarães: Sociedade Martins

Sarmento, Vol. XV (1898), p. 43-47.

– Numantia, de Adolf Schulten. Portugália. Porto: Ricardo Severo, Fasc. 2 (1905-1908),

p. 294-296.

– As póvoas marítimas do Norte de Portugal. Portugália. Porto: Imprensa Moderna, tomo

2, fasc. 2 (1907). Parte referente à Póvoa de Varzim com o título "A Bajlya da Poboa Noua

de Varazim".

– O presente e o futuro da viticultura no Minho: estudo d'economia rural. Introd.

J. Santos Simões. Revista de Guimarães. Guimarães: Sociedade Martins Sarmento,

Vol. 1 (1884), p. 196-203, Vol. 2 (1885), p. 20-35.

– A propriedade e cultura do Minho. Revista de Guimarães. Guimarães: Sociedade

Martins Sarmento, Vol. 5 (1888), p. 49-70.

– Relatório da Exposição Industrial de Guimarães em 1884. Introd. José M. Lopes

Cordeiro. Guimarães: Muralha, 1991. 225 p. Edição Fac-similada.

– Resposta a uma pergunta: convirá promover uma exposição industrial em

Guimarães? Revista de Guimarães. Guimarães: Sociedade Martins Sarmento, Fasc. 1

(1884), p. 25-34.

– Um derivado de cornus, - i pelo sufixo – ária. Revista Lusitana. Lisboa: Livraria Clássica

Editora, fasc. 4 (1896), p. 285-286.

– As vilas do Norte de Portugal: (resumo inédito). Guimarães: Museu Alberto Sampaio,

1991. 37 p.

– As villas do Norte de Portugal: estudo sobre a propriedade no tempo dos romanos

e povos germânicos. Revista de Sciencias Naturaes e Sociaes. Porto: Typ. Occidental,

Vol. 3 (1895), p. 49-61.

– As villas do Norte de Portugal. Portugália. Porto: Imprensa Moderna, tomo I, fasc. 1,

p. 97-128, fasc. 2, p. 281-324, fasc. 3, p. 549-584, fasc. 4, p. 757-806.

– Vimiranis Monumenta Historica. Portugália. Porto: Ricardo Severo, Fasc. 2 (1905-1908),

p. 683-684.

SAMPAIO, Alberto; MEIRA, Joaquim José – Relatório da Exposição Industrial de

Guimarães em 1884. Guimarães: Muralha-Associação de Guimarães para a Defesa do

Património, 1991. 225 p. Edição fac-similada a partir da 1ª. Edição de 1884.

SAMPAIO, Alberto e outros – Anthero de Quental (recordações). In: Anthero de Quental:

in memoriam. Porto: Mathieu Lugan, 1896. 527, XXI, [80], XXXI p.

Testemunhos sobre a obra de Alberto Sampaio

“O insigne autor de As Vilas do Norte de Portugal é, nesta ordem de estudos, um verdadeiro precursor que abre decididamente amplo caminho aos investigadores futuros. Assim queiram eles escutar a lição.”

Torquato de Sousa SoaresIn Revista Portuguesa de História

(Coimbra, 1943)

“Sampaio confidente de Antero e excelente historiador de “As Vilas do Norte de Portugal” e de “As Póvoas Marítimas”. Não foi um pensador com a amplitude de Oliveira Martins, mas excede-o em rigor e originalidade historiográfica.”

Vitorino NemésioIn Jornal “Diário de Notícias”

de 20 de Abril de 1971

“Depois de Gama Barros, o único grande medievalista dos fins da monarquia que merece ser mencionado é, naturalmente, Alberto Sampaio. A sua contribuição mais válida situa-se no plano da história rural e no âmbito das estruturas económico-sociais que afinal só vieram a ser cultivados depois da Segunda Guerra Mundial.”

José MattosoIn “Revista de História Económica e Social”n.º 9 Janeiro-Junho 1982

In: SAMPAIO, Alberto. As vilas do norte de Portugal: (Resumo inédito). Leitura e introdução de Emília Maria Sampaio Nóvoa Faria. Guimarães: Museu Alberto Sampaio, 1991, p. 9.