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8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 Vol. XXII • N° 399 • Montreal, 27 de setembro de 2018 RE/MAX Action Inc. Agence Immobilière Francisco Lopes Agente de imóveis 1314, Avenue Greene Westmount (QC) H3Z 2B1 (514) 813-0007 [email protected] “Está no caminho certo, invista no seu futuro: Sonhe e compre a sua casa”! Continua na pág. 14 ELEIÇÕES DO DIA 1, NO QUEBEQUE QUEM CORTARÁ A META EM PRIMEIRO LUGAR? Por Norberto AGUIAR A s eleições gerais no Quebeque teem lugar na próxima segunda-feira, dia 1 de outu- bro. Concorrem ao ato eleitoral um leque de oito partidos, sendo os mais salientes e conhe- cidos, o Partido Liberal do Quebeque, o Partido Quebequense, a Coligação Futuro do Quebe- que e, por último, Quebeque Solidário. Segundo o que teem dito as sondagens dos últimos dias, parece ir na frente o partido da Coligação Futuro do Quebeque, cujo líder é François Legault, rico personagem da elite eco- nómica da província. Em segundo lugar, nos calcanhares daquele, está o Partido Liberal, que sustentava o governo de Philippe Couillard, primeiro-ministro desde há quatro anos. Mais atrás, mas sem hipóteses de aceder às franjas governamentais, está o Partido Quebequense, outrora de René Levesque e hoje dirigido por Jean-François Lisée, antigo jornalista. A última posição é ocupada pelo Partido Quebeque Soli- dário, codirigido por Manon Massé e Gabriel Nadeau-Dubois. Pelo andar da carruagem, verifica-se que a Celina Pereira, jovem política lusodescendente. campanha eleitoral atual marca o seu tempo em dois patamares distintos: o patamar de quem formará o próximo governo, composto pelo duo liberal e futurista; e o patamar da fuga ao carro-vassoura, que é o mesmo que dizer, de fuga ao último lugar, neste caso ocupado Continua na pág. 2 OS EMPRESÁRIOS DA DIÁSPORA... Por Daniel BASTOS No início do mês de setembro, foi conhecido que um grupo de emigrantes madeirenses, que até à data não pretendem ser identificados, adquiriu o Forte de São José, também conhecido como Forte do Ilhéu, Forte da Pontinha ou Bateria da Pon- tinha, uma histórica fortificação madei- rense localizada na freguesia da Sé, na cida- de e concelho do Funchal. Construído em meados do século XVIII, o Forte de São José é o local da pri- meira fortificação madeirense, na época do seu descobrimento. Espaço primevo de abrigo aos descobridores da ilha, o antigo baluarte foi com o decurso do tempo pou- co valorizado enquanto património histó- rico, arquitetónico e cultural regional e naci- onal, tendo no final do séc. XX o mesmo sido adquirido por um particular, e recente- mente por um grupo empresarial de emi- grantes que tem em vista a recuperação e valorização desta original estrutura patri- monial, cultural e histórica. A ação benemérita e empreendedora deste grupo de emigrantes, cuja intenção visa a breve trecho abrir o Forte de São Jo- sé ao público, com um núcleo museológico e com um bar de apoio, é reveladora das Continua, pág. 11 PARA PROMOÇÃO EM MONTREAL... Albufeira fez escala turística Por Jules NADEAU A cidade de Albufeira fez uma breve escala em Montreal para vangloriar as suas múltiplas atrações turísticas. Promo- ção conseguida a propósito de um destino favorito como é o Algarve. Com a presença de uma centena de agentes de viagens profis- sionais foi organizada uma soirée num chic restaurante da cidade. Distribuídos por di- versas mesas, os representantes de hotéis e de diversos outros serviços responnderam pessoalmente às questões levantadas pelos presentes. As autoridades do turismo de Albufeira apostam nas suas magníficas praias doira- das, nos desportos aquáticos e outros de air livre, sobre os seus terrenos de golfe e contam com um clima excecional para con- vencer os Canadianos. O Algarve estende- se por uma longa costa de 150 quilómetros para responder a todos os desejos dos vara- neantes que fogem do inverno. Como fazer para competir com desti- nos populares como Marrocos, Cuba ou o México? Mesmo se Albufeira possui um castelo mouro do século XIII em Silves e que haja muitas aldeias e vilas pitorescas que os estrangeiros gostam de visitar num quadro tradicional, os delegados desta loca- lidade não insistiram sobre este aspeto. Também nada de particular sobre a cozinha local – simplesmente classificada de medi- terrânica. Em resumo, tudo para o bronzea- mento sem possibilidade de prolongar a estada pelas imediações. Os agentes de viagens obtiveram depli- antes utéis sobre hotéis, tais como o Falésia, e os do grupo Reis, MGM, assim como o aparthotel Foz Atlântida. Entretanto, um esforço deveria ser feito para que a agência de promoção (APAL) publicasse brochuras Foto LusoPresse.

Albufeira fez escala turística - ACCÉSSS€¦ · Agence Immobilière Francisco Lopes Agente de imóveis 1314, Avenue Greene Westmount (QC) H3Z 2B1 (514) 813-0007 [email protected] “Está

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8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

Vol. XXII • N° 399 • Montreal, 27 de setembro de 2018

RE/MAX Action Inc.Agence Immobilière

Francisco LopesAgente de imóveis1314, Avenue GreeneWestmount (QC) H3Z 2B1(514) [email protected]

“Está no caminho certo, invista no seu futuro: Sonhe e compre a sua casa”!

Continua na pág. 14ELEIÇÕES DO DIA 1, NO QUEBEQUE

QUEM CORTARÁ A META EM PRIMEIRO LUGAR?• Por Norberto AGUIAR

As eleições gerais no Quebeque teemlugar na próxima segunda-feira, dia 1 de outu-bro. Concorrem ao ato eleitoral um leque deoito partidos, sendo os mais salientes e conhe-cidos, o Partido Liberal do Quebeque, o PartidoQuebequense, a Coligação Futuro do Quebe-que e, por último, Quebeque Solidário.

Segundo o que teem dito as sondagensdos últimos dias, parece ir na frente o partidoda Coligação Futuro do Quebeque, cujo líder éFrançois Legault, rico personagem da elite eco-nómica da província. Em segundo lugar, noscalcanhares daquele, está o Partido Liberal, quesustentava o governo de Philippe Couillard,primeiro-ministro desde há quatro anos. Maisatrás, mas sem hipóteses de aceder às franjasgovernamentais, está o Partido Quebequense,outrora de René Levesque e hoje dirigido porJean-François Lisée, antigo jornalista. A últimaposição é ocupada pelo Partido Quebeque Soli-dário, codirigido por Manon Massé e GabrielNadeau-Dubois.

Pelo andar da carruagem, verifica-se que a

Celina Pereira, jovem política lusodescendente.

campanha eleitoral atual marca o seu tempoem dois patamares distintos: o patamar dequem formará o próximo governo, compostopelo duo liberal e futurista; e o patamar da fugaao carro-vassoura, que é o mesmo que dizer,de fuga ao último lugar, neste caso ocupado

Continua na pág. 2

OS EMPRESÁRIOS DA DIÁSPORA...• Por Daniel BASTOS

No início do mês de setembro,foi conhecido que um grupo de emigrantesmadeirenses, que até à data não pretendemser identificados, adquiriu o Forte de SãoJosé, também conhecido como Forte doIlhéu, Forte da Pontinha ou Bateria da Pon-tinha, uma histórica fortificação madei-rense localizada na freguesia da Sé, na cida-de e concelho do Funchal.

Construído em meados do séculoXVIII, o Forte de São José é o local da pri-meira fortificação madeirense, na época doseu descobrimento. Espaço primevo deabrigo aos descobridores da ilha, o antigobaluarte foi com o decurso do tempo pou-co valorizado enquanto património histó-rico, arquitetónico e cultural regional e naci-onal, tendo no final do séc. XX o mesmosido adquirido por um particular, e recente-mente por um grupo empresarial de emi-grantes que tem em vista a recuperação evalorização desta original estrutura patri-monial, cultural e histórica.

A ação benemérita e empreendedoradeste grupo de emigrantes, cuja intençãovisa a breve trecho abrir o Forte de São Jo-sé ao público, com um núcleo museológicoe com um bar de apoio, é reveladora das

Continua, pág. 11

PARA PROMOÇÃO EM MONTREAL...Albufeirafez escala turística

• Por Jules NADEAU

A cidade de Albufeira fez umabreve escala em Montreal para vangloriaras suas múltiplas atrações turísticas. Promo-ção conseguida a propósito de um destinofavorito como é o Algarve. Com a presençade uma centena de agentes de viagens profis-sionais foi organizada uma soirée num chicrestaurante da cidade. Distribuídos por di-versas mesas, os representantes de hotéis ede diversos outros serviços responnderampessoalmente às questões levantadas pelospresentes.

As autoridades do turismo de Albufeiraapostam nas suas magníficas praias doira-das, nos desportos aquáticos e outros deair livre, sobre os seus terrenos de golfe econtam com um clima excecional para con-vencer os Canadianos. O Algarve estende-se por uma longa costa de 150 quilómetrospara responder a todos os desejos dos vara-neantes que fogem do inverno.

Como fazer para competir com desti-nos populares como Marrocos, Cuba ou oMéxico? Mesmo se Albufeira possui umcastelo mouro do século XIII em Silves eque haja muitas aldeias e vilas pitorescasque os estrangeiros gostam de visitar numquadro tradicional, os delegados desta loca-lidade não insistiram sobre este aspeto.Também nada de particular sobre a cozinhalocal – simplesmente classificada de medi-terrânica. Em resumo, tudo para o bronzea-mento sem possibilidade de prolongar aestada pelas imediações.

Os agentes de viagens obtiveram depli-antes utéis sobre hotéis, tais como o Falésia,e os do grupo Reis, MGM, assim como oaparthotel Foz Atlântida. Entretanto, umesforço deveria ser feito para que a agênciade promoção (APAL) publicasse brochuras

Foto LusoPresse.

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Página 227 de setembro de 2018 L u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s e

pelos solidários e quebequenses.Em ambas circunstâncias a luta é feroz,

onde não escapam até alguns ataques pessoais.Quem foi que abriu as hostilidades? Todos te-em responsabilidades no cartório.

No plano puramente político, o que maistem surpreendido a Opinião Pública são osmilhões, mesmo biliões de dólares que todosos partidos teem para investir na Saúde, naEducação, no Ambiente, nos Transportes epor aí adiante... Onde vão eles buscar o dinhei-ro?

Depois de um tempo de austeridade leva-do a cabo pelo governo liberal, que resultouno equílibrio do «gasta-se conforme o que setem» e que muitos criticaram, vão eles voltaraos défices que ninguém quer, aumentandoainda mais a Dívida Pública para cima dos om-bros dos vindouros?

Seja como for. O que é preciso na segunda-feira é que todos votem. Depois, é esperar pelodesígnio do Povo, o juiz supremo do ato elei-toral.

Presença PortuguesaComo já é tradição, o Partido Liberal, para

estas eleições, conta com o peso de CarlosLeitão, até agora ministro das Finanças. Asua recandidatura é normalíssima e traz ao seupartido um peso considerável. Se formar go-verno, Carlos Leitão terá, de novo, um cargoimportante na nomenclatura. O Ministério dasFinanças, como nos referiu na entrevista quenos concedeu para a LusaQ TV, é um cargoque lhe interessa.

O segundo elemento português do grupoliberal é Lúcia Carvalho, que já apresentá-mos aqui nestas mesmas páginas. A concorrerpor Blainville, a nossa compatriota não terávida fácil. Mas como em eleições tudo podeacontecer...

Com candidatos de origem portuguesanoutros tempos, estamos a pensar em Arlindo

Eleições do dia 1...Cont. da pág. 1

Vieira, nomeadamente, o Partido Quebequen-se, desta vez tem um candidato de origem lusa,de nome Jonathan Carreiro-Benoit, queconcorre por Gatineau, uma cidade com umasignificativa comunidade de origem portugue-sa. À distância não estamos em condições deavaliar as possibilidades de Jonathan Carreiroser eleito...

Jonathan Carreiro-Benoit. L P

Quebeque Solidário, que tudo leva a crervai marcar uma presença interessante nestaseleições, também escolheu a comunidade pararecrutar candidatos. Celina Pereira apresen-ta-se no círculo eleitoral de Pointe-aux-Trem-bles, onde tem poucas hipóteses de vencer,não estivesse ela em disputa com dois pesospesados da CAC e Partido Quebequense. Masmarca uma presença política importante nesteato eleitoral, esta jovem lusodescendente, nas-cida em França e no Quebeque desde 2005.

Ainda nas hostes de Quebeque Solidárioaparece o nome de Raphael Rebelo a con-correr pelo círculo eleitoral de Maurice-Richard,ali para as bandas de Ahuntsic.

Quem nem por um canudo vê os portu-gueses neste ato eleitoral é a CAC, que simples-mente não apresenta nenhum candidato danossa origem...

A todos estes candidatos de origem portu-guesa, votos de um ato eleitoral à altura dosvossos desejos e esperanças.

Raphael Rebelo.

COMUNICADONOMEAÇÃO DE NOVO CÔNSUL-GERAL

O Consulado Geral de Portugal em Montreal apresenta os seus cumprimentos à Co-

munidade Portuguesa residente na sua área de jurisdição consular e informa que por despacho de

S. Exª o Ministro dos Negócios Estrangeiros, S. E. Augusto Santos Silva, o Dr. António José

de Carvalho Barroso, foi nomeado Cônsul-Geral de Portugal em Montreal e Representante Per-

manente de Portugal junto da Organização da Aviação Civil Internacional, tendo assumido a

gerência deste Posto Consular em 1 de setembro de 2018. O senhor Cônsul-Geral informa que

começará a deslocar-se às Associações e outras Entidades portuguesas da sua área de jurisdição

consular, pretendendo efetuar um contacto pessoal e permanente com todos os membros da

nossa estimada Comunidade. Para conhecimento, junto se remete o seu Curriculum Vitae.

António José de Carvalho Barroso – Nasceu em 26 de maio de 1967, em Luanda;

Angola. Licenciado em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa, na vertente jurídico-polí-

ticas; pós-graduado em Relações Internacionais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e

Políticas da Universidade Técnica de Lisboa; adido de embaixada, na Secretaria de Estado, em 13

de maio de 1992; terceiro-secretário de embaixada, em 28 de outubro de 1993; na Embaixada em

Buenos Aires, em 5 de janeiro de 1998; segundo-secretário de embaixada, em 2 de março de

1998; primeiro-secretário de embaixada, em 13 de maio de 2000; encarregado de negócios a. i. de

15 de dezembro de 2000 a 12 de fevereiro de 2001 e de 18 de fevereiro a 30 de setembro de 2002;

na Secretaria de Estado, em 29 de outubro de 2002; chefe de divisão do Gabinete de Assuntos

Económicos da Direção-Geral de Política Externa, em 12 de abril de 2004; adjunto diplomático

no Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e substituto legal do Chefe

de Gabinete, em 13 de agosto de 2004; chefe de divisão da Proteção Consular da Direção-Geral

dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, em 28 de outubro de 2005; na Embaixada

em Luanda, em 23 de outubro de 2006; conselheiro de embaixada, em 24 de outubro de 2008;

Cônsul-Geral em Lyon, em 2 de outubro de 2009; Diretor de Serviços do Cerimonial, Deslocações,

Dispensas e Privilégios no Protocolo do Estado, em 5 de agosto de 2013; Subchefe do Protocolo

do Estado, em 1 de setembro de 2016; Chefe de Equipa Multidisciplinar na Inspeção-Geral Di-

plomática e Consular, em 5 de setembro de 2017; Grande-oficial da Ordem do Mérito Civil, do

Reino de Espanha; Oficial da Ordem do Mérito, do Grão-Ducado do Luxemburgo; Cavaleiro da

Ordem de Ouissam Alauíta, do Reino de Marrocos.Louvor do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, em 4 de março de 2005.

Montreal, 6 de setembro de 2018

FALECIMENTOCLAUDINA DE OLIVEIRA E SILVA

Faleceu em Montreal, no dia 18 desetembro de 2018, com 82 anos de idade, aSenhora Claudina de Oliveira e Silva, naturalde Avanca, Estarreja, Portugal. Deixa na dorseus irmãos David (Manuela), Florindo (Al-zira), numerosos irmãos e irmãs em Portu-gal, sobrinha Júlia e numerosos sobrinhos/as em Portugal, cunhados/as, familiares eamigos.

Serviços fúnebres:Alfred Dallaire | Memoria4231, Boul. St-Laurent, Montrealwww.memoria.ca, 514-277-7778

O velório foi sexta-feira, dia 21 de se-tembro, das 13h às 17h e das 19h às 22h,assim como no sábado, das 9h às 9h45. Se-guiu-se-lhe o funeral às 10h00, na igrejaSanta Cruz. O corpo foi transladado paraAvanca, em Portugal.

A família vem por este meio agradecera todas as pessoas que se dignarem tomarparte nas cerimónias fúnebres ou que dequalquer forma, se lhes associam na dor.Bem-haja. L P

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Página 327 de setembro de 2018 L u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s e

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ESTÓRIAS DE PERDIDOS & ACHADOS (E UM ELOGIO A UMA DAMA)• Por Onésimo Teotónio ALMEIDA

Evito levar o meu computador portátil para qualquer sítio, a não ser quando viajo.Se o perco, o que se me vai, mon Dieu!!! É a minha secretária inteira e mais parte grandedas gavetas do meu gabinete a evaporar-se.

Hoje, teve de ser. Saí para uma reunião dos Trustees do New Bedford Whaling Mu-seum, pois havia muitos documentos a consultar durante a reunião, e tive de levá-lo co-migo. Convidei a acompanhar-me o Rui Tavares, aqui na Brown este semestre a lecionarum curso ao abrigo de um programa da FLAD. Como o tempo livre escasseia, podíamosassim ir conversando na viagem. Eu deixá-lo-ia a visitar o belo museu enquanto participavana reunião e assim com uma cajadada matávamos uns quantos coelhos.

Tudo exactamente como agendado até à paragem no bar do Freestones, antes do re-gresso a Providence. Depois de conversa regada e animada, ia já entrar na auto-estrada 195quando me apercebi de ter deixado a pasta com o computador junto ao balcão do bar. Deimediato, voltei atrás convencido de que ninguém tocaria nela e, se o fizesse, seria apenaspara entregá-la a alguém da gerência. E acertei na mouche. Aguardavam só que eu lá vol-tasse. Tudo certinho como previra e esperara.

Foi neste contexto que me recordei de um incidente deste verão. O empregado da es-planada da Poça dos Frades, nas Velas, S. Jorge, veio ter comigo e com o Manny Chaves,saíamos nós de uma banhoca. Tinha encontrado um cartão do Social Security – o maispessoal cartão de identidade nos EUA com um número que se deve manter secreto – de al-guém luso-americano, a julgar pelo nome. Se podíamos ajudá-lo a encontrar a pessoa.

Lancei-me em buscas na Internet e, em pouco tempo, consegui um nome idênticonuma vila de Massachusetts, com telefone e tudo. Liguei e, à senhora que atendeu, tenteiexplicar a razão do telefonema. Enfadada, desligou o telefone falando num tom de Nãome lixe!

Claro que fui parvo. Por mais cândido que quisesse parecer, soaria sempre como umimpostor, daqueles bandidos integrados em redes internacionais com esquemas para sa-car dinheiro, ou pelo menos dados pessoais, de vítimas ingénuas.

Desisti de voltar a telefonar a explicar-me melhor. Tentei outra googlagem: Que fa-zer quando se encontra um cartão do SS? Resposta pronta da Net: Envia-se para o escri-tório mais próximo do Department of Social Security. E assim resolvemos o problema.Copiei o endereço e entreguei ao dono do café da esplanada com uns trocos para o seloe envelope.

A senhora Mary L. Rosa hoje já deve ter de volta o seu cartão perdido nas Velas. Na-quele momento, pelo menos, o Manny e eu sentimo-nos como os escuteiros ao acabaremde praticar a boa acção do dia.

Estávamos, porém, longíssimo de adivinhar o que a seguir viria. Naquela mesma tar-de, apanhámos o barco da Atlanticoline para S. Roque do Pico. Ali arribados, rumámosa S. Caetano, onde assentámos arraiais nas adegas que alugáramos e, pouco depois, aba-lámos para um relaxante jantar num restaurante da Madalena. Entretanto, e inespe-radamente, a Octávia, mulher do Manny Chaves, recebeu um SMS: Encontrámos a suacarteira. Achou estranho porque não tinha qualquer noção de ter perdido nada, e pensoutratar-se de mensagem enviada a todos os passageiros. Ora mais nenhum de nós a rece-bera. Verificou então a sua mala e… Clic! Nada da carteira onde guardava os passaportesbem como uma avantajada quantia de dinheiro. Em euros e dólares, passava dos três mil.

Liguei de imediato para o número indicado. Nada. Nova insistência, idem. Desistimosdo jantar e abalámos para S. Roque. A caminho, nova tentativa telefónica. Uma voz final-mente responde. Era a empregada, que voltara do jantar. O escritório estaria aberto até aobarco das 22 horas. Sim, guardava lá a carteira.

Interrogávamo-nos todos: estará o conteúdo intacto? Para o casal Chaves, o maisimportante eram os passaportes; mas a massa não era nada desprezível.

Lá chegados, ficámos no carro na expectativa, enquanto a Octávia se dirigiu ao gui-chet, onde uma amável senhora lhe entregou a carteira, que ela abriu apreensiva.

Tudo impecavelmente inteirinho. Intocado. Emocionada, a Octávia presenteou afuncionária com uma boa gratificação que ela tentou recusar. Não faço mais que o meudever. Redobrada insistência da Octávia até a senhora aceitar.

E nós fomos então a uma jantarada nas calmas num acolhedor pátio de um restauranteali mesmo em S. Roque, aliviados porque afinal as férias no Pico não ficavam estragadas.E as loas à dama saltavam de pouco a pouco para cima da conversa à mesa, desdobradasem vénias e agradecimentos.

Só falta dizer o nome da funcionária, que bem poderia ter ficado com algum pilim edescartar-se dizendo que devolvia a carteira tal qual lha tinham entregado. Mas não. Foi ín-tegra. Muito mais que meramente profissional, foi nobre. Essa lady magnânima dá pelonome de Ana Gomes e é funcionária da Atlanticoline em S. Roque do Pico.

Porque é de se lhe tirar o chapéu em reconhecido agradecimento, fica aqui este registopúblico. O Manny escreveu à empresa, a Atlanticoline, todavia não faz ideia se deramqualquer sinal à D. Ana Gomes de terem registado o seu gesto. Nós apreciámo-lo abso-lutamente.

Se se tratasse de um roubo, iria acabar narrado nos jornais. Não foi e hoje isso é quedeve merecer notícia. E aplauso.

L P

ERA UMA VEZ... A BOSSA NOVA• Por Ludmila AGUIAR

Foi no dia 10 de julho de 1958, João Gilberto mudou a música brasileira. Entrou em es-túdio para gravar Chega de Saudade, o marco inicial da Bossa Nova.

A comunidade brasileira celebrou os 60 anos de Bossa Nova no passado dia 7 de setembro,na magnífica sala do Cabaret Lion d’Or. A data coincidiu com o dia da independência do Brasil,uma excelente razão para fazermos a festa ao som da música quente de Jean-Pierre Zanella eMarcos Ariel.

A soirée iniciou-se comum coquetel em homenagemà data nacional, oferecido peloCônsul-Geral do Brasil. A salaestava completa! Nem um lu-gar vago havia!

Jean-Pierre Zanella é na-tural de Montreal, um grandesaxofonista e compositor,muito requisitado na cenamusical quebequense. É co-nhecido pelo seu estilo, on-de incorpora a música po-pular brasileira, bossa novae jazz. Marcos Ariel é um pi-anista e compositor brasilei-ro. É conhecido a nível inter-nacional.

Os dois artistas junta-ram-se para a performancemusical, que foi excecional!De Tom Jobim a João Gil-berto, o serão teve de tudo epor isso foi agradável. Umespetáculo que nos fez viajarpelo Brasil e que nos relem-brou as noites quentespassadas num cabaret doRio de Janeiro... luzes redu-zidas, vestidos de soirée,velas... Um tributo inesque-cível.

Uma noite quente, che-ia de classe! L P

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Página 427 de setembro de 2018 L u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s e

Dra. Carla Grilo, d.d.s.

Escritório1095, rue Legendre est, Montréal (Québec)Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020

Clínica Dentária Christophe-Colomb

Dentista

FICHE TÉCHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Anália NARCISOContabilidade: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Norberto Aguiar• Daniel Bastos• Osvaldo Cabral• Adelaide Vilela• Lélia Pereira Nunes• Onésimo Teotónio Almeida• Carlos Taveira• Humberta Araújo• Joaquim Eusébio• Ludmila Aguiar• Jules Nadeau

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor e Realizador:• Norberto AGUIARContactos: 514.835-7199

450.628-0125

Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00(Ver informações: páginas 5 e 16)

FALIDOS, MAS SONHANDO COM O ESPAÇO!• Por Osvaldo CABRAL

EM FORÇAPARA O ESPAÇO -Desde que o segundogoverno de VascoCordeiro tomou pos-se, já tivemos de tudo.

Primeiro era omar, agora é o espaço.

Com os cofresvazios, a nossa regiãoanda numa roda viva de anúncios sobre in-vestimentos do arco da velha que nunca seconcretizam.

Lembram-se do famoso Air Center? E daenorme cimeira com vistosas comitivasestrangeiras, que só num repasto na ilhaTerceira custou mais de 100 mil euros?

O que é que resultou mais de um anodepois?

Um gabinete, uma secretária e um compu-tador.

Uma “sede simbólica”, segundo o cândi-do Secretário Regional do Mar e do Espaço,que carregou na sua bagagem um super-com-putador do Brasil para a Universidade do Mi-nho, à custa do tal Air Center.

Agora é o espaço.Santa Maria que se prepare para mais um

gabinete, uma secretária, um computador euma antena gigantesca para impressionar...

Nunca se viu tamanha desorientação numgoverno.

Não há estratégia consistente e já nin-guém acredita na boa nova do “novo ciclo”.

As ilhas por aí acima estão a definhar etanta gente a penar por uma consulta ou umaintervenção cirúrgica.

E eles preocupados se há vida em Marte. •••

EM FORÇA PARA O MAR - Faz hojeexactamente três anos que Vasco Cordeiro foia Bruxelas, a uma reunião sobre aquilo que eraa “nova aposta açoriana”: o ‘crescimento azul’,

como lhe chamaram.O Presidente do Governo anunciou então

que a região tinha disponíveis 280 milhões deeuros - leram bem, 280 milhões de euros - “paraas actividades marítimas nos Açores entre 2014e 2020”.

Um excelente bolo “para o desenvolvi-mento dos Açores, desde as pescas, o turismo,a biotecnologia, a sustentabilidade ambiental,a investigação, a logística, os portos ou o refor-ço do papel do arquipélago como plataformaintercontinental e transatlântica entre a Europae a América do Norte”.

Uma Bíblia de intenções.Três anos depois os 280 milhões esfuma-

ram-se no encerramento da Espada Pescas, nafalida Santa Catarina e na ruinosa Lotaçor.

O jeito que isto dava para pagar os calotesdo governo a imensos fornecedores desta re-gião, que vivem com as calças na mão.

Talvez vejam as facturas saldadas um diadestes, com o dinheiro que há-de cair do es-paço...

•••EM FORÇA PARA O ABISMO - O

único governante - e o que tem mais longe-vidade neste país e arredores - que é coerenteno seu discurso é Sérgio Ávila.

Acusavam Álvaro Cunhal de utilizar sem-pre a mesma cassete, mas ninguém bate a coe-rência verbal do nosso Vice-Presidente, quevive sempre no mesmo mundo da região “sóli-da”, “robusta” e sem nenhum problema de fi-nanças.

O mundo das nuvens, do espaço, o queconjuga com o novo ciclo.

A ‘troika’, que veio porque as finançaspúblicas estavam caóticas e a confusão no fun-cionamento da economia era generalizado, le-vando ao seu declínio por falta de competiti-vidade, bem nos avisou que se diminuísse opeso do sector público e que se gastasse apenaso que se podia pagar imediatamente.

Nos Açores fizemos tudo ao contrárionestes últimos anos: o peso do sector públicoaumentou; a liberalização resumiu-se aos trans-

portes aéreos, só para algumas ilhas, pese em-bora os evidentes benefícios; a alienação deempresas públicas não tem sido mais do queuma trapalhada sem resultados; o orçamentonão pára de crescer; os impostos não param desubir com as propaladas reduções em IRS ime-diatamente engolidas por maiores aumentos emsede de IVA; e os empregos que se vão criandosão à custa de trabalho precário ou então nosector público, que não pára de engrossar.

Em 2018, segundo o Inquérito Trimestralao Emprego (2º trimestre), temos praticamenteo mesmo número de empregos (mais 733) doque em 2009 quando a crise começou em força.

Este valor global, no entanto, tem umacomposição muito diferente.

Há menos cerca de 2 mil pessoas a trabalharno sector primário (agricultura e pescas) e menos15 mil na indústria, sendo quase 12 mil com origemna construção. Um cenário muito negativo.

No comércio, estamos praticamente aomesmo nível do momento pré-crise (menos733 trabalhadores).

Nas actividades mais ligadas ao turismotemos uma variação positiva nos transportes(1.330), no alojamento e restauração (2.893) eem actividades administrativas e serviços deapoio (1.718).

Estas áreas dão um saldo de 5.140 novospostos de trabalho, que não compensam os15 mil perdidos.

A grande compensação vem do que aconte-ceu na Administração Pública (+3.633), na Educa-ção (+1.712) e na Saúde (+5.300), para um total de10.645 novos postos de trabalho públicos.

Conclusão: dois terços do ajustamentode recuperação foi feito com mais funcionáriospúblicos (directos e indirectos); um orçamentomaior; mais impostos a incidir sobre os contri-buintes para pagar uma máquina pública cadavez maior e, seguramente, mais ineficiente.

Já para não falar do desastre financeiroque vai por aí nas empresas públicas, quevamos ter que pagar um dia.

Até lá, olhemos para o espaço, o novo ci-clo, e rezemos aos santos... L P

A HERDADE VALE DA ROSA E O RECRUTAMENTO DE LUSO-VENEZUELANOS• Por Daniel BASTOS

A grave cri-se política, económi-ca e social que temassolado a Venezuelanos últimos anos,tem impelido o retor-no de milhares de lu-so-venezuelanos aoterritório nacional,sobretudo à Madeira,região autónoma de onde é oriunda a maioriado quase meio milhão de emigrantes portugue-ses que vivem neste país da América do Sul.

Estima-se que no ano passado, tenhamchegado à “pérola do Atlântico” quase quatromil lusodescendentes vindos do país lideradopor Nicolas Maduro, e que se encontreminscritos mil lusodescendentes no Institutode Emprego da Madeira.

Com mais ou menos dificuldades, são pú-

blicos e notórios os esforços que as autorida-des, e os serviços públicos regionais e nacio-nais, têm encetado na tentativa de procurarapoiar os cidadãos portugueses que regressaramao país vindos da Venezuela, designadamentenas áreas da educação, da saúde, da segurançasocial e da inserção profissional.

Estes esforços não se esgotam nas esferaspúblicas regionais e nacionais, antes pelo con-trário, têm colhido também apoio e recetividadena sociedade civil, mormente nos meios asso-ciativos e empresariais, que têm procurado den-tro das suas possibilidades contribuir para aintegração dos compatriotas que regressam daVenezuela em contexto de precariedade.

Um dos melhores exemplos desse apoiofoi recentemente expresso pela Herdade Valede Rosa, uma empresa agrícola do Baixo Alen-tejo que produz e comercializa uva de mesa,particularmente uva sem grainha, que atravésde um protocolo assinado com o GovernoRegional da Madeira permite a emigrantes luso-venezuelanos terem acesso a oportunidades

de emprego. Esta parceria imbuída de uma me-ritória responsabilidade social da Herdade Valede Rosa, que já tem a trabalhar na sua estruturacerca de 30 luso-venezuelanos, permite desdelogo ao maior produtor nacional de uva demesa suprir falta de mão-de-obra que não en-contra na região onde se encontra implantada.

A necessidade de recrutamento da em-presa, que prevê poder empregar cerca de 100luso-venezuelanos, constitui um importantesinal de apoio à inserção socioprofissional decompatriotas regressados da Venezuela, assimcomo um sinal de esperança num futuro e umavida melhor. L P

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

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Feliz Natala todos!

O vosso programa de televisão em português!OOOOOOOOOOOOOOO vvvvvvvvvoooooooooosssssssssssssssssoooooooooo ppppppppppprrrrrrroooooooooggggggggggggrrrrrrrraaaaaaaaaammmmmmmmaaaaaaa dddddddddddddeeeeeeee ttttttttttteeeeeeeeellllllllllleeeeeeeeeevvvvvvvviiiiiiiisssssããããããããooooooo eeeeeeeemmmmmmm ppppppppoooooooorrrrrrrrttttttttuuuuugggguuu

LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

Hora Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo5:00 BossBen MAG TV Yoga Passion Apputamento con Nick & Silvana MM YOGA Vivere bene AVA TV5:30 Yoga Passion Il Est Écrit Hello Beirut Saluti Da MCT6:00 Hay Horizon BossBen Voix Succes Escu TV Madagascar TV Yoga Passion Hay Horizon6:30 LusaQ TV MM YOGA Il Est Écrit Table de Maria7:00 MAG TV Table de Maria Saluti Da Voix Succes AVA TV Hay Horizon Zornica7:30 Il Est Écrit Good Taste Vivere bene Il Est Écrit Hello Beirut8:00 Shalom MTL Madagascar TV Yoga Passion Table de Maria MAG TV Il Est Écrit Pinoy Pa Rin8:30 Voix Succes Shalom MTL Arts & Lettres Yoga Passion Echo Femme et Pouvoir Il Est Écrit9:00 Escu TV AVA TV Ça va causer BossBen Voix Succes Madagascar TV BossBen9:30 Echo Fatto in casa a MTL MAG TV10:00 Femme et Pouvoir Hello Beirut Escu TV LusaQ TV Padelle & Grembiuli Voix Succes Escu TV10:30 Arts & Lettres Zornica Hey Latino TV Madagascar TV Yoga Passion Zornica Yoga Passion11:00 Personalité Femme et Pouvoir Tele-Ritmo V Hey Latino TV MCT LusaQ TV MAG TV11:30 Ça va causer Pinoy Pa Rin Tele-Ritmo V Escu TV Padelle & Grembiuli Shalom MTL12:00 LusaQ TV Fatto in casa a MTL Shalom MTL BossBen Zornica12:30 Table de Maria Voix Succes Hello Beirut MAG TV Pinoy Pa Rin Arts & Lettres13:00 Good Taste Ça va causer Madagascar TV MCT Arts & Lettres AVA TV Personalité13:30 Pinoy Pa Rin MAG TV Fatto in casa a MTL Personalité Table de Maria14:00 Madagascar TV Table de Maria Hay Horizon Voix Succes Ça va causer Arts & Lettres MCT14:30 Hey Latino TV MCT Pinoy Pa Rin Personalité Hey Latino TV15:00 Tele-Ritmo V Escu TV BossBen Echo Hey Latino TV Ça va causer Tele-Ritmo V15:30 Hey Latino TV Arts & Lettres Tele-Ritmo V16:00 AVA TV Tele-Ritmo V Femme et Pouvoir Personalité Femme et Pouvoir Hay Horizon16:30 Voix Succes Zornica LusaQ TV Echo17:00 Hay Horizon Echo MCT Yoga Passion Table de Maria Good Taste Ça va causer17:30 Personalité Pinoy Pa Rin Table de Maria Hello Beirut Table de Maria18:00 BossBen AVA TV LusaQ TV Hay Horizon BossBen Hello Beirut AVA TV18:30 Shalom MTL MCT19:00 OMNI NEWS (PUN) OMNI NEWS (PUN) OMNI NEWS (PUN) OMNI NEWS (PUN) OMNI NEWS (PUN) OMNI NEWS (PUN) OMNI NEWS (PUN)19:30 OMNI NEWS( ITA) OMNI NEWS( ITA) OMNI NEWS( ITA) OMNI NEWS( ITA) OMNI NEWS( ITA) OMNI NEWS( ITA) OMNI NEWS( ITA)20:00 Apputamento con Nick & Silvana Saluti Da Padelle & Grembiuli Vivere bene Fatto in casa a MTL Apputamento con Nick & Silvana Padelle & Grembiuli20:30 Zornica Arts & Lettres Personalité Shalom MTL Pinoy Pa Rin Hey Latino TV Table de Maria21:00 LusaQ TV Hay Horizon Hello Beirut Ça va causer AVA TV Tele-Ritmo V Echo21:30 MCT Escu TV Hello Beirut22:00 OMNI NEWS (MAN) OMNI NEWS (MAN) OMNI NEWS (MAN) OMNI NEWS (MAN) OMNI NEWS (MAN) OMNI NEWS (MAN) OMNI NEWS (MAN)22:30 OMNI NEWS (CAN) OMNI NEWS (CAN) OMNI NEWS (CAN) OMNI NEWS (CAN) OMNI NEWS (CAN) OMNI NEWS (CAN) OMNI NEWS (CAN)23:00 Ça va causer BossBen AVA TV Madagascar TV Echo Hay Horizon Apputamento con Nick & Silvana23:30 Hello Beirut Arts & Lettres Vivere bene0:00 BossBen Escu TV BossBen Escu TV Personalité Shalom MTL Voix Succes0:30 Zornica Hay Horizon Tele-Ritmo V MAG TV LusaQ TV1:00 Hay Horizon LusaQ TV Hey Latino TV Table de Maria Hay Horizon1:30 MAG TV Tele-Ritmo V Echo LusaQ TV Personalité2:00 AVA TV Table de Maria Ça va causer Madagascar TV Good Taste Ça va causer2:30 Personalité Pinoy Pa Rin Pinoy Pa Rin Yoga Passion3:00 Yoga Passion Good Taste MCT Femme et Pouvoir BossBen MCT AVA TV3:30 Hey Latino TV Hello Beirut Table de Maria Zornica Echo4:00 Tele-Ritmo V Ça va causer Zornica Madagascar TV AVA TV Escu TV Zornica4:30 Shalom MTL MAG TV Hello Beirut Personalité

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chef : Norberto Aguiarsussus

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A FESTA DA COROA E O HINO DA ALVA POMBA

BOM JESUS DO ITABAPOANA• Por Lélia Pereira NUNES

“Alva Pomba que meiga aparecestes,/ao Messias no rio Jordão,/estendei vossas asas celestes/sobre os povos do orbe cristão.(...)”

(do Hino do Espírito Santo)

O tempo das Festas do Espírito San-to vai ficando para trás e ainda sinto o aromadas massas sovadas, do arroz doce, o fumegardas sopas e o buquê do vinho partilhado comtoda a gente e por toda parte, seja nas comuni-dades de imigrantes da América e Canadá, sejano Brasil.

Pela imprensa e redes sociais acompanheio desenrolar das festas nos Açores, na Califór-nia, no Québec e, no último fim de semana, asGrandes Festas do Espírito Santo na CostaLeste.

Estava em Ponta Delgada quando do en-cerramento das Grandes Festas do EspíritoSanto. Na Ceia dos Criadores tive a oportuni-dade de, mais uma vez, assistir o Grupo de Fo-liões da Covoada e a apresentação destacadade António Almeida a cantar de improviso, atirar seus versos em homenagem ao Divino.Sempre me emociono ao ouvir cantar o Hinodo Espírito Santo nas freguesias, vilas e cidadesdos Açores. Naquela noite não foi diferente.Entoado por todos os presentes o hino de fé,de identidade e de autonomia do povo das ilhasaçorianas.

Reflito que o hino do Espírito Santo aço-riano não é executado no sul do Brasil. Elenão está aqui. Acredito que a razão seja histó-rica. Nossos açorianos chegaram no séculoXVIII e o hino, letra e música, de autoria domicaelense, Padre Delgado, deve ter sido com-posto no final no início do XIX. (Observoque há controvérsias quanto a autoria)

Meses atrás recebi de Antônio SoaresBorges uma gravação com o “Hino da AlvaPomba” entoado desde o século XIX em BomJesus do Itabapoana, uma pequena cidade doestado do Rio de Janeiro, pela Lira OperáriaBonjesuense num compasso mais lento paraacompanhar a procissão das coroas que ocorrea 13, 14 e 15 de agosto – a Festa da Coroa.( h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ?v=LhPjJDV-DN8). Antônio Soares Bor-ges é pesquisador da história local e em especialda devoção do Espírito Santo em Itabapoanae seu vínculo com os Açores. Com certeza foia Festa do Espírito Santo, patrimônio culturalimaterial de Santa Catarina e a celebração reli-giosa mais significativa de Itabapoana (tambémali com raízes açorianas) que nos aproximou edesde então temos trocado muitas informaçõessobre as nossas festas e a nossa fé no Divino.

Antônio Borges tem seus ancestrais nosAçores. Afirma que seu 5° avô, Francisco Lou-renço Borges “nasceu em 21 de janeiro de 1774,na freguesia de São Miguel Arcanjo das Lajes,na Ilha Terceira”, conforme pesquisa realizadapor ele no Centro de Conhecimento dos Aço-res, Biblioteca Digital – Lajes, Baptismos, 1751– 1769. Francisco Lourenço veio para o Brasilmuito jovem, ainda no século XVIII, estabele-cendo-se em Minas Gerais. Aos 16 anos játrabalhava como tropeiro de cargas, abaste-

cendo as praças de Minas Gerais e do Rio deJaneiro. Comerciante, político e muito religio-so. Trouxe da sua Terceira a devoção ao EspíritoSanto que fez florescer em terras mineiras efluminenses tendo sido, também, membro re-mido de várias Irmandades.

A festa conhecida como “Festa de Agos-to” ou “Festa da Coroa” surge entre os anos1860 e 1862, quando Francisco José Borges(filho do açoriano Francisco Lourenço) trouxedas Minas Gerais as insígnias do Espírito San-to – a coroa e o cetro – fundou a Irmandade doEspírito Santo e doou as opas para os irmãos.Era o revitalizar de uma tradição secular nasterras de Santa Cruz. No início, a Festa do Divi-no Espírito Santo de Bom Jesus, era celebradano mês de maio, consistindo atos religiosos esociais: Coroação, Cortejo, Missas e distribui-ção de esmolas e mais solenidades no domingode Pentecostes. Como a economia do municí-pio estava assentada na cultura do café e, comoa colheita e venda do café se dava em julho, aFesta foi transferida para o mês de agosto coin-

cidindo com a época de celebração do santode orago “Bom Jesus” (6 de agosto). Destaforma passaram a celebrar a Festa do Padroeiroe a Festa do Divino Espírito Santo nos dias13, 14 e 15 de agosto, dia consagrado à N.S. daAnunciação, com grandes festejos, bandeira,coroas e coroações, procissões e tríduos. En-fim, tudo que comumente integra a tradiçãodo Espírito Santo, porém fora do tempo dePentecostes.

No entanto, o tal “Hino da Alva Pomba”aguçava minha curiosidade. Na verdade, intri-gava-me. Constatei que se tratava do mesmoHino do Espirito Santo dos Açores. Mas, por-que chamavam de “Hino da Alva Pomba” ecomo chegara a Bom Jesus do Itabapoana,onde é executado e cantado, se a Festa era de1762 e o Hino foi composto no século XIX.Até onde eu tinha conhecimento somente nascomunidades açorianas das cidades de São Pau-lo e Rio de Janeiro entoavam o Hino nas cele-brações do Espírito Santo. Com a ajuda dopesquisador Antônio Soares Borges o mistériofoi solucionado. Só podia ser coisa de açorianoali chegado. E foi... Padre António Franciscode Mello, micaelense, nato em 27 de abril de1863 na Achada Grande, Concelho do Nordes-te, filho de Mariano Francisco de Mello e RosaPimentel de Mello, chegou a Bom Jesus doItabapoana com Provisão de Vigário em 18de junho de 1899, acompanhado da irmã MariaJúlia de Mello e de uma amiga da família de no-me Cândida.

Padre Mello vendo a grande devoção dopovo e com que dedicação celebrava o EspíritoSanto fez algumas inovações como asentronizações da Bandeira, da Coroa e Cetronas casas (seriam quartos do Espírito Santo?),e a mudança da Coroa à noite para a IgrejaMatriz. Após, a Ladainha seria levada para outra

moradia. Sabemos que nas nove ilhas açorianasnão existe uma freguesia que não celebre o Es-pírito Santo. O pároco legou as tradições mi-caelenses aos brasileiros da pequena Itaba-poana que desde 1862 é mantido com muitoamor e sem interrupção.

Até a sua morte no dia 13 de agosto de1947, em plena Festa do Espírito Santo, o Pa-dre António Francisco de Mello exerceu sualiderança espiritual e foi e continua sendo umareferência do povo bonjesuense na educação ena cultura do município. Além disso, foi poeta,escritor e redator do jornal “Meu Campinho.”Colaborou em outros periódicos locais, entreos quais “A Voz do Povo” e o “Itabapoana”.Na Festa da Coroa ou a Festa de Agosto, a ma-ior manifestação cultural de Itabapoana, asmarcas da vivência do Padre Mello naquelasparagens são visíveis na beleza de uma tradiçãoreligiosa forte, herdeira de um patrimônio sim-bólico que consubstancia o imaginário do lugar.Onde a partilha do espírito comunga com apartilha do pão e do vinho, revivificados nofestivo e solene ritual espelhado, de forma sin-gular, numa cidade do interior do Brasil. Aquelechão de permanência adotado por um sacerdotemicaelense que presenteou com “prendas” dasua terra insular para honrar o Divino.

Para Antônio Borges que traz nas veias o sangueterceirense de Francisco Lourenço Borges esta é a suaidentidade e seus significados mais profundos, to-talmente enraizados no cotidiano do povo de BomJesus do Itabapoana, marcando de forma extraordi-nária a vida cultural daquela comunidade.

Impossível não reconhecer o quanto oPadre Mello contribuiu para o desenho dessageografia de afetos, o reconhecimento de umahistória comum e o caráter identitário dos bon-jesuenses unidos no louvor ao Espírito Santoe no cantar do Hino da Alva Pomba.

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ERIC DA SILVA NO FILME ...

“UMA VIDA SUBLIME”, PREMIADO NA ÍNDIA

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O ator Eric da Silva acaba de ganharo Prémio Melhor Ator no “3trd LakeCity In-ternational Film Festival 2018” que decorreuna cidade indiana de Gwalior.

Este é o terceiro prémio que o ator recebecom a interpretação do Dr. Ivan, o protago-nista do filme UMA VIDA SUBLIME de LuísDiogo.

Anteriormente Eric da Silva tinha já sidodistinguido com o Prémio Melhor Ator naSemana dos Realizadores do Fantasporto 2018e mais recentemente em Espanha, recebeu igualtítulo no “V Festival Internacional de Cine deCalzada de Calatrava”.

Tendo estudado interpretação no “Centred’Estudis Cinematografics de Catalunya”, Ericda Silva tem dividido a sua atividade sobretudoentre a televisão (“Teorias da Conspiração”,“Filha da Lei”, “Mistério do Tempo” ou “Rai-nha das Flores”) e o cinema (“Bad Investiga-te”, ou “Expatriate”).

Este é o 12º prémio para o filme UMAVIDA SUBLIME, que participou já em 20 festi-vais, e está selecionado para vários outros.

O filme conta a história de um médicoque tem uma “vida sublime”, mas para quem atristeza é verdadeiramente um problema. Ines-peradamente usa métodos radicais naesperança de voltar a injetar de vida pessoas

que, segundo ele, já não a desfrutam.Este filme é protagonizado, para além de

Eric da Silva, por Rui Oliveira e pela atriz SusieFilipe que é também baterista da banda avei-rense “Moonshiners”.

UMA VIDA SUBLIME é a segunda lon-ga-metragem do cineasta Luís Diogo, que tam-bém é autor do argumento original e coprodu-tor com António Costa Valente. Produzidoem parceria com o Cine-Clube de Avanca e a

Filmógrafo, este filme integrou o projeto “Cre-ativeFilm Workshops” do Festival de Cinema AVANCA.

O “3trd LakeCity International Film Fes-tival2018” realizou-se nos dias 11 e 12 de agosto na ITM-University Gwalior, nesta que é uma das cidades maisestratégicas na região de Gird e a mais setentrional doestado indiano de Madhya Pradesh, a 319 quilômetrosao sul de Delhi, a capital da Índia.

O filme UMA VIDA SUBLIME estreia-se nassalas de cinema a 4 de outubro.

A Peregrinação do Migrante e do Refugiado em Fátima• Por Daniel BASTOSNos passados dias 12 e 13 de agosto realizou-se, mais uma vez, a tradicional Peregrinação do Mi-

grante e do Refugiado em Fátima, um dos mais importantes santuários marianos do mundo, e um dosmais emblemáticos locais de peregrinação cristã e devoção católica em todo o mundo.

A jornada de fé e devoção, que assinala a quarta Aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos,marcou o arranque da Semana Nacional das Migrações, congregando na Cova da Iria, migrantes de vá-rias partes do mundo.

Este ano, o tema da 46.ª Semana Nacional das Migrações promovida pela Obra Católica Portuguesadas Migrações, da Conferência Episcopal Portuguesa, centrou-se na frase basilar “Cada forasteiro éocasião de encontro – Migrantes e refugiados no caminho para Cristo”. Na esteira da mensagem e daação que o Papa Francisco tem dedicado aos migrantes e refugiados, e no reiterado pedido do chefe daIgreja Católica à comunidade internacional e aos fiéis para não abandonarem os migrantes e refugiados.

A opção por esta temática atual e premente, que a comunidade internacional parece incapaz de re-solver, foi modelarmente elucidada por D. António Vitalino, vogal da Comissão Episcopal da PastoralSocial e Mobilidade Humana: “Perante o drama dos refugiados, que fogem à guerra, à fome, à seca e àpobreza, muitos morrendo pelos caminhos perigosos, vítimas de máfias sem escrúpulos, como cris-tãos e seres humanos não podemos ficar insensíveis a tudo isto”.

Ainda na conferência de imprensa que antecedeu as cerimónias, o Cardeal D. António Marto, bis-po de Leiria-Fátima, vincou o “drama humanitário da transmigração epocal de povos que se dirigemà Europa, vindos do Médio-Oriente e de África”. Caraterizando as vagas crescentes destes refugiados emigrantes que todos os dias tentam entrar no Velho Continente, como “um exército de pobres queaqui chega, após dois anos de viagem pelo norte de África. Não estão em causa os números, mas pes-soas concretas, com uma história, uma cultura, uma família, sentimentos, dramas e aspirações”.

Neste sentido, é de enaltecer a defesa reiterada do respeito e dignidade dos migrantes e refugiadosque a Igreja Católica tem sustentado no mundo atual, assim como o seu papel de coesão e identidadeque ao longo dos anos tem desempenhado no seio das comunidades portuguesas. L P

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EM JEITO DE BALANÇO, EM ENTREVISTA À LUSAQ TV...CARLOS LEITÃO, NESTES QUATRO ANOS, NUNCA SE ARREPENDEU DE TER OPTADO PELA POLÍTICA

• Por Joaquim EUSÉBIO

Na passada semana, o ministro Car-los Leitão deu uma entrevista à LusaQ TV. Elaconstitui um balanço do que foi a sua atuaçãoà frente da pasta das Finanças nos últimos 4anos e simultaneamente apresentou as suas ex-pectativas relativamente ao posicionamento doPartido Liberal do Quebeque no ato eleitoraldo próximo dia 1 de outubro.

Conseguir-se o deficit zero foi a grandeaposta ganha, segundo Carlos Leitão. «Quandonós chegámos em 2014, havia um deficit cons-tatado e havia também a possibilidade que essedeficit aumentasse porque as finanças públicasestavam muito desorganizadas. Se não tivésse-mos adotado as medidas que adotámos o deficitia explodir. Foi difícil mas necessário o esforçoque foi feito no sentido de impor um certo ri-gor na administração das Finanças Públicas» ede equilibrar o orçamento. Isso permite que te-nhamos hoje, na sua opinião, um desempregomínimo e meios financeiros adicionais que per-mitirão um investimento nas duas grandes áreasprioritárias: a Saúde e a Educação. Carlos Leitãoconsidera que «era necessário um certo rigor acurto prazo para se poderem manter as despe-sas públicas a longo prazo bem ordenadas».Reconhece que «há muitas pessoas que pensamque o Governo foi talvez longe de mais no ri-gor orçamental. No entanto, na minha opinião,esse rigor orçamental era absolutamente neces-

sário para se evitarem problemas mais tarde.Sem querer fazer grandes comparações comPortugal ou com a Espanha ou com a situaçãona Europa, a verdade é que o ponto de saída danossa situação financeira no Quebeque era umadívida pública bastante elevada, que se gerebem, não há problema, mas era fundamentalparar de aumentar a dívida pública, parar determos deficits acumulados de maneira recor-rente e então pôr um ponto final a isso para

se poderem fazer depois os investimentos ne-cessários».

Sente que fez a boa opção ao deixar abanca, rumando à vida política e aceitando oconvite para a pasta das Finanças. «Creio quevaleu a pena. Se tivesse que voltar atrás continu-aria a fazer a mesma opção. Por duas razões: aprimeira razão, e creio que é o mesmo senti-mento de todos os emigrantes, sentimos umcerto dever de participar na vida política e eco-

Carlos Leitão, quando visita a Comunidade Portuguesa, é sempre muito acarinhado.Foto LusoPresse.

nómica da sociedade que nos acolheu e quenos acolheu bem. É preciso também que sejadito e o maior número de vezes possível, quea sociedade do Quebeque é uma sociedade queacolhe bem as pessoas que vêm doutros países,como foi o nosso caso e como é o caso de umgrande número de portugueses. Há, pois, umcerto sentido do dever de dar à sociedade. Edepois, o trabalho mesmo no Ministério dasFinanças que é um ministério central para aatividade política e económica do Estado. Éum trabalho extremamente valorizante. Eugostei bastante desse trabalho, sobretudo tam-bém o sentido de se ter feito qualquer coisa deimportante». Sente um natural orgulho porser o primeiro português a exercer um cargode tanta responsabilidade. Carlos Leitão salien-ta o facto de «ter sido o primeiro ministro dasFinanças do Quebeque nascido no estrangeirodesde o século XX, o que é, ao fim e ao cabo,um testemunho da abertura da sociedade que-bequense». Uma das coisas de que mais se orgu-lha e que reputa como um verdadeiro factohistórico é o de «nos 4 discursos que fiz dosOrçamentos, ter sempre dito algumas palavrasem Português. Vai passar à história, que naAssembleia Nacional do Quebeque, num de-bate do Orçamento que é sempre um momentomuito importante na vida política e económica,muito solene, no Salon Bleu da Assembleiaforam ditas algumas frases em Português». Eo entrevistado acrescentou: «O que eu tenhoreparado nos últimos 4 anos/4,5 anos é que a

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Comunidade Portuguesa está bastante orgulho-sa de ter um dos seus membros com uma posi-ção como a que eu tenho. Não é uma questãopessoal, mas é uma questão de representativi-dade. A Comunidade Portuguesa, e nós tive-mos a oportunidade de discutir isso muitas ve-zes no passado, era uma comunidade que nãoestava muito presente nas associações e na vidapolítica do Quebeque».

Mas porque o momento que se vive pre-sentemente é de grande expectativa, Carlos Lei-tão mostra-se confiante e faz um balanço posi-tivo da campanha: «O que se está a verificaragora é que o apoio para os partidos começa amudar um pouco e, ao fim e ao cabo, por agoraestamos em igualdade estatística entre o PartidoLiberal e a CAQ, creio que tudo ainda pode a-contecer». Na sua opinião, o seu partido conti-nua bastante forte: «O Partido Liberal é umpartido bem organizado e bem estruturado,com bastantes militantes e nós somos capazesde no dia da eleição ir buscar os votos» e a tra-dição normalmente permite acalentar esperan-ças: «historicamente o Partido Liberal está sem-pre com 2 ou 3 pontos de percentagem maiselevados do que os resultados das últimas pre-visões. Portanto, creio que nós estamos numaboa posição». O ministro considera que tudopode acontecer e explica: «Estamos com 3 par-tidos que não estão muito longe uns dos ou-tros. Com o sistema político que nós temos,que é o de um voto uninominal, um candidatonuma circunscrição pode ser eleito com 28 a30% dos votos, sobretudo se há uma luta entre4 candidatos, o que acontece em várias circuns-crições. Portanto, tudo pode acontecer. Serámaioritário, minoritário, vamos lá a ver. Maseu estou confiante que nós somos capazes deir buscar um mandato maioritário». Mas se talnão acontecer, não acredita que possa haver

uma coligação governativa, pois essa tradiçãonão existe no Canadá tanto a nível federal co-mo provincial e os governos minoritários quese formam acabam por ter uma curta duração.

A vida do candidato pelo círculo de Ro-bert-Baldwin não é fácil. «O círculo eleitoralde Robert-Baldwin que engloba as cidades deDollard-des-Ormeaux e de Pierrefonds, é umbastião liberal, que tradicionalmente vota li-beral. Sem estar a pensar que antecipadamenteestá ganho, é um círculo eleitoral que é favorá-vel. Assim, o meu trabalho tem sido de conti-nuar a estar presente no meu círculo, continuara falar com os meus eleitores, continuar a dis-cutir com eles quais são as coisas que eles consi-deram ser as mais importantes. Mas por outrolado, procuro estar presente quando o partidome pede e viajo para outros círculos eleitoraismais complexos e tenho de ajudar os meuscolegas entre Montreal, Trois-Rivières, Quebe-que e Beauce, portanto nesses círculos tenhode me deslocar bastantes vezes e de ajudar umpouco os meus colegas».

Norberto Aguiar, que conduziu a entre-vista para a LusaQ TV, quis saber se estava pe-rante o futuro ministro das Finanças, mas Car-los Leitão soube esquivar-se - «Essa decisãopertence ao primeiro-ministro. Portanto, nun-ca há garantias de nada. Mas não tenho razãopara duvidar que o não seria, mas é sempre oprimeiro-ministro quem decide». Quase a ter-minar, o entrevistador quis saber onde estaráCarlos Leitão por 4 anos? «Daqui a 4 anosvou ter 66 anos. E aos 66 anos a decisão teráde ser bem refletida. Vou continuar por mais 4anos ou seja até aos 70 ou não? Hoje em diaainda não tenho uma resposta a essa pergunta,mas é uma pergunta que vai-se ter de fazer. Is-so logo se vê...»

A entrevista concluiu-se com um sentido

apelo à participação no ato eleitoral por parteda nossa Comunidade: «No dia 1 de outubrovão votar pelo partido que for e cada pessoaescolherá o partido que pensa que é o maisimportante. Mas o importante é o de votar, éo de participar na vida política, na vida demo-crática do Quebeque. Encorajo todas as pes-

soas a saírem no dia 1 de outubro e votaremporque em muitos lados deste nosso planeta,em muitos países o direito de voto não é tãolivre como é o que nós temos aqui no Quebe-que e portanto temos que exercer o nosso deverdemocrático de votar. Portanto, votem no dia1 de outubro». L P

ALBUFEIRA...Cont. da pág. 1

mais atraentes e em várias línguas. Para estasoirée chuvosa, os organizadores do certamepodiam ter tido a ideia de vender mais «culturaportuguesa calorosa». Dar a perceber o desejode encontrar pessoas decididas, amigáveis e deboa companhia. Além disso, como acontececom frequência, a presença de alguns elemen-tos musicais teriam certamente sido bem aco-

lhidos pelos convivas.O serão foi enaltecido pela presença do

novo cônsul geral de Portugal, António Barro-so, que na ocasião leu um discurso nas duaslínguas do Canadá. William Delgado, diretordo Turismo de Portugal em Toronto tambémnada acrescentou de maneira a valorizar o Al-garve. Por fim, o simpático gerente geral, se-nhor Luís Pereira, não pôde fazer uma vibrantedefesa do Algarve em nome da Agência dePromoção de Albufeira por via de um sistemade som defeituoso.

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CERVEJA RAINHA: “There is nothing wrong with a beer”!...except a buck-a-beer

• Por Humberta M. ARAÚJO

A verdade é que não há nada de mal em beberuma cervejinha. Uma Sagres, de preferência. No meucaso, nem eu posso falar muito deste amor pela cerveja,porque ela não é uma das minhas bebidas favoritas.Mas conheço quem goste dela, ou melhor, quem gostemesmo muito dela, de uma loirinha.

Para quem vive no no Canadá, é facil verificar quea cerveja tem um lugar muito especial nos coraçõesdos/as canadianas, muito especialmente durante a épo-ca estival. A cerveja, para além do aspeto ligado ao pra-zer gustativo, que ela permite aos seus fiéis seguidores,e do seu impacto na felicidade individual, ela tem igual-mente um peso muito considerável na economia doOntário.

Os mais importantes fabricantes de cerveja dopaís, que a produzem em grandes quantidades e a pre-ços abordáveis, asseguram ainda margens de lucro apre-ciáveis – porque, como iremos verificar, fazem-no, emmuitos casos, em deterimento da qualidade do produtofinal e da saúde do consumidor.

Mas contra tal estado de coisas “alevantam-se”os produtores de cerveja artesanal, mais concretamenteas microcervejarias. O Ontário, conta atualmente com83 destas pequenas empresas, que se dedicam à produ-ção da cerveja artesanal. Esta é uma das muitas pequenasindústrias, que nos últimos anos, têm mostrado ser omotor de desenvolvimento económico da província,garantindo empregos de qualidade e estáveis.

Segundo dados do “Business Development Bankof Canada”, estas empresas, nada têm de pequenas emsi. No Canadá, 98,2% de todas as empresas têm menosde 100 funcionários. Quando a estas se adicionam aschamadas médias empresas, que empregam entre 100 a499 funcionários, a percentagen é da ordem dos 99,8%,constituindo, deste modo, “o motor da economia, sen-do o seu sucesso, vital para a prosperidade do Canadáe da província do Ontário.”

Olhando ainda mais atentamente às estatísticasoficiais, existem quase 1,1 milhão de Pequenas e MédiasEmpresas (PME) no país. Delas, mais da metade (55%)têm menos de 4 empregados. Neste bolo, as empresasde médio porte constituem apenas 1,6%.

As pequenas indústrias empregavam cerca de69,7% dos trabalhadores do setor privado em 2012,ou seja 7,7 milhões de pessoas em todo o país. No pe-ríodo de 2002 a 2012, as pequenas empresas foram res-ponsáveis por 77,7% de todos os empregos criadosno setor privado. Elas criaram cerca de 100 000 empre-gos por ano, em média.

Mas o que faz hoje de uma pequena empresa, umaempresa de sucesso? A novidade, a qualidade, as novasformas de gestão de pessoal, as filosofias de trabalho ede conceção de produtos, que têm em conta poupançasatravés, entre outros, da utilização consciente dos recur-sos naturais e humanos, dentro de uma de gestão sus-tentável, de cariz social e equalitário.

O consumidor informado procura cada vez maisprodutos de qualidade sustentável, em detrimento daquantidade e do desperdício. Não nos esqueçamos, porexemplo, que no passado dia 1 de agosto, todos os re-cursos que o planeta podia produzir num ano, já tinhamsido consumidos, e o ano ainda está a meio. Se quises-semos reabastecer o planeta de recursos naturais paraalimentar em 2018 a população atual, precisaríamos de1,7 planetas terra. Infelizmente, só temos uma. Daíque, desde o dia 2 de agosto, começamos a viver a cré-dito.

A criação de empresas sustentáveis, enraízadas nu-

ma consciência de consumo, que tenha em conta asnecessidades do planeta, é crucial na gestão da fúriaconsumista, que permeia muitas políticas populistas,entre elas: “a buck-a-beer.”

As pequenas empresas de produção de cerveja ar-tesanal, que se multiplicam pela província, são muitasdelas, fruto de uma nova forma de ver o consumismoe a economia. Se tivermos em conta o perfil destesnovos empresários e consumidores, verificamos quesão na sua maioria jovens, informados sobre as ques-tões relativas à qualidade, à sustentabilidade do produtoe das empresas que a ele estão associadas. No que dizrespeito a estas pequenas cervejarias, muito do seu jo-vem empresariado envereda por matérias primas or-gânicas, de produção local, sem recuros a açúcares,edulcorantes, sabores e cores artificiais.

É por isso, que o desafio Fordiano de incentiveros produtores a vender cerveja por um dólar, não fazqualquer sentido económico. “Não é possível fazeruma cerveja a um preço tão baixo, sem comprometera qualidade do produto final”, afirmou recentementeJonathan St-Pierre, proprietário da cervejaria Full Beardem Timmins.

“Os custos que temos para produzir uma cervejade qualidade, não se reumem aos da fabricação. Temoscustos com os produtos que escolhemos, porque que-remos oferecer algo de bom para o consumidor, quesabe o que está a beber. Temos despesas com os alugue-res de espaço, pagamento de salários, equipamentos etransportes. Mas acima de tudo temos os impostos.”

Para a produção de um litro de cerveja, os produ-tores pagam 5 impostos: “Há uma taxa de 40 cêntimospor litro, que pagamos ao governo provincial; mais 5cêntimos para o governo federal; depois temos a HST,ao qual juntamos mais 10 cêntimos de imposto am-biental, por lata. No final, o LCBO exige uma margemde lucro de 28%. Por estas e por outras, não entramosna campanha de uma cerveja por um dólar, anunciadapor Doug Ford. Colaborar nesta decisão populistado Premier do Ontário, significaria reduzir na qualida-de, e pagar menos aos funcionários, algo que não fa-ríamos. É uma questão de orgulho pelo nosso trabalhoe respeito por quem compra os nossos produtos”,disse recentemente Benjamin Bercier, co-proprietárioda cervejaria Cassel em Casselman.

Aventando a ideia de “buck-a-beer”, Doug Fordnão vai ajudar os produtores, que embarquem na suacampanha. A única coisa que oferece, é o amor e asimpatia de quem vai comprar a cerveja mais barata, enesta etapa de arranque, espaços mais visíveis nas es-tantes da LCBO, mostrando beneficiar, uma vez maisas grandes indústrias e os seus ‘cronies’... porque Sr.Premier , não é só a oposição que serve os seus ‘cro-nies’.

Bom, e em resumo, se é verdade que eu não gostoassim tanto de cerveja, fiquei mesmo com vontade deum dia destes, arrancar com um admirável grupo deamigas, numa visita a cervejarias artesanais do Ontário,e experimentar algumas das criações da época.

No entanto, se o meu leitor/a preferir ficar em ca-sa, e quiser uma cerveja por um dólar, aqui vai uma re-ceita à Doug Ford, para toda a família:

“Num recipiente, junte uma pequena quantidadede cereais comprada a retalho. Junta umas boas colheresde açúcar refinado, xarope de milho, ou aspartane, pa-ra assim reduzir os custos com os cereais de primeiraqualidade. Adicione uma colher de sopa de sabores ar-tificiais e deixe a sua cerveja “levedar”. Se estiver muitoamarga ou alcoólica, pode sempre juntar uma aguinhada fonte. Et voilà ... tenha um bom Labour Day”.

In Milenio/stadium L P

Isto havia de ser no meu tempoOnde se questionam os bons velhos tempos

• Por Carlos TAVEIRA

«No meu tempo é que era...»; «Vocês hoje são uns mimados...»; «Istohavia de ser no meu tempo...»

Era muito jovem quando ouvi estas pérolas de sabedoria dos maisvelhos. Venceram as brumas da minha fatigada memória ao deparar-mecom uma dessas preciosidades postadas no tapete rolante das redes sociais.O artigo enumerava um punhado de atividades que fizeram a felicidade danossa juventude («Se és deste tempo, partilha...»): Brincávamos com fisgas;ficávamos lá fora sem medo de raptos; apanhávamos umas chineladas norabiosque que levantávamos para ceder lugares às meninas, senhoras e maisvelhos; esfregavam-nos jindungo (piri-piri) na língua quando dizíamos as-neiras; havia respeitinho aos professores armados com palmatórias de cin-co olhos e ponteiros como matracas...

Fui logo invadido por uma lufada de saudades das chineladas, reguadas,cacetadas e picantes na língua... E por uma compaixão sem limites em rela-ção às gerações seguintes que não tiveram a oportunidade de gozar de tantagenerosidade. Todo contente, peguei no telefone para partilhar este achadocom o meu amigo Rebenta-Balões (que recusa as redes sociais), um tipoazedo, mas muito informado que tem a mania de botar abaixo as certezasalheias. Ouviu-me com um silêncio inabitual, atípico e, contrariamente aum hábito arreigado, não me interrompeu a leitura. Devia ter logo descon-fiado. Ademais respondeu-me com a voz melodiosa da raposa de Lafontaine,aquela que bajulava o corvo:

– Que observações tão profundas. E no Facebook hã? Olha a coinci-dência, ainda ontem me deliciei com um artigo que até parece a continuaçãodesse post. Espera aí, vou-te ler alguns excertos a propósito, escritos porhomens famosos... Para enriqueceres as redes sociais. Ouve com atenção.Um: É a decadência, as crianças são desobedientes, a língua deteriora-se, oscostumes degradam-se. Dois. Não têm consideração nem respeito pelos pais[...] Não tenho a mínima esperança nos jovens de hoje [...] Esta juventudeestá impregnada de presunção [...] Quando era jovem, ensinavam-nos asboas maneiras e o devido respeito aos pais. Três: Hoje em dia, os jovens sógostam de luxo, desprezam a autoridade [...] Não se levantam quandoum adulto entra no lugar onde estão [...] Fazem troça da autoridade. Qua-tro: A juventude de hoje está corrupta até às entranhas, é má, descrente epreguiçosa. Nunca serão como a juventude do passado.

Exultei durante alguns segundos, manifestando o meu contentamento,era a primeira vez que o Rebenta-Balões estava de acordo comigo em algumacoisa. Alegria de curta duração, a voz de raposa bajuladora cambiou-se emriso de hiena trocista... Tinha caído numa esparrela!

– Vamos lá então desvendar os autores destes textos. O primeiro é dePolíbio, um historiador grego que viveu lá pelos anos 200-120 a.C. O se-gundo vem de Hesíodo, é um excerto de Os trabalhos e os dias, escrito noséculo 18 a.D. O terceiro devemo-lo a Sócrates que se queixava da juventudedos anos 470-399 a.C. O quarto é apócrifo, mas foi gravado numa tábua hácerca de 3000 anos, na Babilónia.

Empalideci e engoli algumas palavras feias que me saltaram à mente. Enão se ficou por ali... Para me rebaixar ainda mais, o animal desempoeirouuma recordação muito pessoal que lhe tinha contado há alguns anos, pe-dindo-lhe segredo absoluto. Não lhe bastava ter-me lapidado com aquelescalhaus arrancados ao chão da história! Dado que és curioso, confio-ta, ro-gando-te que não a passes aos amigos nem a postes nas redes sociais: te-nho uma reputação de pessoa bem-educada a defender.

Aconteceu num belo dia de inverno, na cosmopolita cidade Montrealpor volta de 1990. Ia de metro a caminho do trabalho e, como me tinha es-quecido do livro, pus-me a contemplar o mundo à minha volta. Observaçãoque degenerou em crítica silenciosa ao constatar a falta de civismo de certosindivíduos que não cediam passagem. E de outros que, sentados, não davamo lugar a pessoas idosas nem a senhoras grávidas... Via-se logo que nuncatinham levado umas chineladas naqueles rabiosques preguiçosos quandoeram meninos. A minha indignação foi aumentando à medida que o metroavançava pelos subterrâneos da cidade até chegar ao destino.

Era este exato momento que o Rebenta-Balões, de risota armadilhadana garganta, me recordava, para se deliciar com o meu embaraço:

– E que fizeste quando chegaste à tua estação... Conta... Anda lá!– Levantei-me do meu assento e saí!Desliguei sem dizer água vai!

Artigo publicado simultaneamente no meu blogue: «O Blogue doBeto Piri» L P

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Página 1327 de setembro de 2018 L u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s e

Vendido

QUINTA DE SANTIAGO

O PASSADO ATADO AO PRESENTE DA CASTA ALVARINHO• Por Adelaide VILELA (texto e fotos)

Tem todo o significado falar da Quintade Santiago. Corria o ano de 1899 quando JoséPereira de Lima, avô de Maria de Lima Estevesde Santiago, deu fôlego e ânimo à Quinta, fun-dada solidamente na Vila raiana de Mon-ção. Por sua vez, Mariazinha (mãe de José San-tiago), teve o condão de homenagear a grandezado avô ao venerar os bens da família. A históriasegue o seu curso quando José Santiago deciderender tributo à mãe cumprindo o desejo deseus filhos os quais se sentem cativados com aherança do passado atada ao leme do presente.Nada melhor do que pisar a terra que foi lavradacom amor e, como por magia, admirar maisum sumptuoso pedaço de Portugal guardadoprimorosamente desde o Século XIX.

E porque acreditamos que viajar é restaurara mente, ganhamos coragem e fomos descobrirpaisagens magníficas e histórias de outros tem-pos. É tão bom relembrar a paz e o sossegodos campos, iluminando a memória aninhadaem tudo quanto nos traz felicidade. Agora ésó contar aos nossos leitores, na esperança deque alguns deles visitem a Quinta de Santiago.Num momento de descanso e de grande con-forto, com os simpáticos donos da Quinta,Arcelina e José Santiago, provei o néctar dosdeuses, acompanhado com uns doces regio-nais, argolas e beijinhos amanhados na belaVila de Monção. A esta questão, estou conscien-te de que nunca tinha provado melhor vinho.

Outro exemplo é que a curiosidade e oamor pelas lembranças históricas embriagam-me num ápice. Assim foi, cheia de encanto nomeio das vinhas, a perder de vista, maravilhadapor tantos e tão belos horizontes multicoresassentei arraias naquele lugar catalogado deSub-Região de Monção-Melgaço. Depois, pelobraço e atada ao abraço de Arcelina e de JoséSantiago visitamos a mansão que fora de seusancestrais. Logo, descemos às caves onde sefaz e se conserva religiosamente o vinho, dacasta Alvarinho, da Quinta de Santiago.

São perto de oito hectares daquele solofresco, consistente e argiloso, que servem deberço à cepa que dorme, que cresce, que acordae se reproduz sob os olhares da linda JoanaSantiago, sob o compromisso de seu irmãoJorge Santiago. Como a vinha requer muitaatenção e a qualidade dos vinhos lhes interessa,podem contar com a mestria de grandes especi-alistas. Assim sendo, em conjunto, levam a ca-bo um projeto que inova e tem sucesso. Nasproximidades da Quinta ouvi dizer que ali nas-ceu um vinho que foi reconhecido como pro-duto excelente e diferenciado em todo o País epelo Mundo. O enólogo Abel Codeço e o enge-nheiro João Garrido, mestres e responsá-veis em enologia e viticultura, respetivamen-te, desempenham um papel importante já queo projeto preserva a identidade da avó “Maria-zinha” e dos netos Santiago. Nas atividades adesenvolver haverá sempre liberdade para criarnovos vinhos, novos sabores e garantir comeficiência novas e potenciais apostas.

Digamos que já são muitas as geraçõesque levam a cabo esta maratona de fazer gran-des vinhos verdes, alguns deles muito aprecia-dos nesta Terra cosmopolita de Montreal. To-

davia, contribuindo para o prestígio e o fortale-cimento deste projeto, a família Santiago cuidada terra com o maior respeito e carinho. Não éde admirar que olhem pelos campos e pela vi-nha com motivação, respeito e incentivo. Porisso conseguem êxitos, mergulhados no prazere no trabalho, sem que sejam perdidos os verda-deiros valores tradicionais. “Empenhados nu-ma viticultura sustentável, a família privilegiasempre a proteção do ambiente e o equilíbrioecológico nas suas vinhas, garantindo a quali-dade futura das suas videiras e uvas ao longodos anos. Orientam-se por princípios e valores“Verdes”, assumindo o compromisso de preser-

var a fauna e a flora e utilização de recursosnaturais e trabalhos manuais”.

A Quinta de Santigo aproveita todas aspossibilidades para abrir caminho aos que aqueiram visitar, estudar os campos e as vinhas,e inteirar-se da riqueza cultural e histórica daque-le lugar de sonho. Na Quinta há uma igreja,pertença da família, que também pode ser vi-sitada. Se desejam comprar vinhos ou outrosprodutos da terra, podem marcar encontro coma família ou com algum dos responsáveis. Paraos amigos que gostam da pinga, gostaria deacrescentar: uma garrafa de vinho pode custar(como a maior das verdades), nas garrafeiras

dos restaurantes, aqui, no Canadá, mais de umacentena de dólares, lá podem adquiri-la por va-lores muito mais baixos. Nós trouxemos duaspor uma módica quantia! As garrafas onde sãocolocados os vinhos são abraçadas por rótulosde muito bom gosto, imitando os bordadosque a matriarca deixou à família através dosquais afirma as suas características: “Apego àtradição e valor dos afetos expressos num ca-racterístico coração minhoto”.

Em suma: esta Quinta conta com mais de100 anos de história! E nós tivemos nas mãosobjetos que serviram, na primeira linha, paracozinhar, para amassar o pão, para coser à má-quina ou para bordar. E como o cérebro é donoe senhor logo nos imaginamos a pedalarou ordenhar os animais da quinta de então.Muitas são as histórias que alegram a casa dosSantiago, que os vindouros hão de guardar pre-ciosamente, porque as mesmas fazem partedas relíquias de um passado repleto de boasmemórias!

Nunca nos esqueçamos do modo de viverdos antigos: empenhavam-se na construçãoda paz e no conforto do lar, baseados na auten-ticidade da família rural ou urbana!

Aqui deixo aos nossos leitores os con-tactos da Quinta de Santiago, para que façamuma visita e regressem mais ricos e animadosculturalmente. Porque ainda há herdeiros capa-zes de valorizar as riquezas dos seus amadosancestrais, e tornar Portugal maior e melhor.Por conseguinte, vale a pena dar um passomais para conhecer estas famílias portuguesas,seus bens e valores.

L P

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CAMPEONATO DA MAJOR LEAGUE SOCCER

IMPACTO ESTÁ NA CORRIDA ÀS ELIMINATÓRIAS• Por Norberto AGUIAR

Depois de um período difícil,onde as vitórias foram escassas, o Impactoarrebitou nestes últimos jogos, mesmose defrontou equipas de outro poderio téc-nico, já para não falar no aspeto financeiro.

Com efeito, depois de terem perdido(1-3) com o seu grande rival de zona, e depaís, o Toronto FC, os montrealenses,agora em casa, venceram de forma espeta-cular o Nova Iorque Red Bull, por 3-0; fo-ram a Filadélfia bater o União por 1-4, evoltaram ao seu reduto, neste último sába-do, onde se bateram de forma galhardacom o Nova Iorque City, ao averbaremum empate que pode ser considerado co-mo uma vitória, não fossem os novaior-quinos uma das formações candidatas aganhar a Taça MLS, que do Campeonatojá nos parece afastada.

Com estes sete pontos, o Impactodeu um pulo importante na tabela classifi-cativa, onde agora ocupa o sexto lugar, oúltimo que dá acesso às eliminatórias defim de temporada e que leva o seu vence-dor a ser considerado o campeão de 2018.

Para os menos atentos, há que expli-car que nesta liga não é campeão o vence-dor do campeonato de 34 jornadas. Esse,ganha, efetivamente, um troféu por termi-nar no teto da classificação pontual, troféuesse que tem por nome Supporters Shield.Quem é considerado campeão e que leva aTaça maior, digamos assim, é o clube queno decorrer das eliminatórias de fim deépoca bate todos os seus advversários.

Assim sendo, no final da temporada,prevista para o segundo fim de semana de

Ignacio Piatti - Mais uma época extraordinária deste grande jogador. Até agora,são 13 golos marcados e 13 passes decisivos.

dezembro, o campeão pode muito bem ser osexto classificado de uma das duas zonas –Este e Oeste –, ou o quarto, ou o terceiro, co-mo até pode vir a ser o primeiro da classificaçãodas 34 jornadas. Foi o que aconteceu em 2017,quando o Toronto FC venceu o SupporteursShield e, depois, também venceu a Taça MLS,o troféu cobiçado por todos, mas que, claro,só um time o pode vencer.

Tudo isto para dizer que o Impacto deMontreal está neste momento na sexta posiçãoda Zona Este da Major League Soccer e quepode, se todas as estrelas forem alinhadas nessesentido, vencer a tão ambicionada Taça. Já con-quistar o Supporters Shield é impossível, dado

o avanço do Atlanta United, neste momentoo grande favorito para vencer ambas compe-tições.

Mas atenção. Nesta Liga, onde a paridadeé marca de comércio, como ainda há dias bemdizia o Grande Ibrahimovic, muitas outrasequipas podem chegar ao cetro. Tanto numacomo na outra zona. E por mais paradoxalque possa parecer, até equipas que neste mo-mento lutam para «amanhar» um lugar no le-que eliminatório ainda podem lá chegar... Deresto, estamos a lembrar-nos do Sounders deSeattle que nas duas últimas épocas, de pra-ticamente eliminado, venceu o troféu em 2016(contra o Toronto FC) e foi finalista vencido

em 2017 – com vingança do mesmo To-ronto FC.

Já a conquista do Supporters Shield sóestá ao alcance de duas, no máximo trêsequipas. À frente de todas elas está o AtlantaUnited, que a quatro jogos do fim da provaleva quatro pontos de avanço do Nova Ior-que Red Bull. A segunda é precisamente oRed Bull, da mesma série, e que é uma forma-ção barata – relaviamente aos mais podero-sos, Atlanta United, La Galaxy, Los AngelesFC, Toronto FC... – mas que desenvolveum futebol de grande qualidade. A terceira eúltima, embora de forma ténua, é o DallasFC, equipa que lidera a Zona Oeste, sérieque integra conjuntos como o Sounders deSeattle, o La Galaxy, o Sporting Kansas City,o Dynamo de Houston, O Timbers de Por-tland, o Real Salt Lake, o San Jose Earth-quakes, todos já vencedores da Taça MLS.

Voltemos ao princípio.O Impacto de Montreal, como já vimos,

está atualmente na sexta posição da Zona Esteda MLS, o que lhe deixa na parte superior databela classificativa, isto é, com direito a par-ticipar na prova de fim de temporada. Istoquando faltam quatro jornadas para o fim docampeonato e do respetivo apuramento. Atrásde si está o DC United de Wayne Rooney. Sevencer os dois jogos que tem em atraso, oUnited troca de posição com o Impacto,passando então para o sexto lugar...

É isto. O Impacto tanto pode classifi-car-se como ficar de fora das eliminatórias, oque seria um descalabro para quem tanto in-vestiu nesse desiderato. Depois de ter sidoeliminado em 2017, não se classificar em 2018seria muito frustrante para todos, jogadores,técnicos, staff, direção e adeptos.

Mas há que ter esperança. De resto, a equipaestá motivada para dar uma grande alegria aosseus apaniguados, classificando-se.

E o jogo que tudo pode decidir é já sá-bado, em Washington, em casa do seu gran-de opositor direto, o DC United! L P

Por cada quatro pessoas, três serão infetadas com o vírus do papiloma humano (HPV)durante a sua vida. Como se proteger?

Esse vírus pode parecer inofensivo, porque muitas pessoas se irão eventualmente curar,mas em outros casos, o HPV causará verrugas genitais, testes de deteção do cancro do coloanormais que requerem biópsias, pré cancro que requerem cirurgias e até mesmo onze cancrosdiferentes.

A vacinação contra o HPV foi claramente demonstrada como sendo altamente eficaz naprevenção destas infeções, verrugas genitais e lesões pré cancerosas no colo do útero. Trata-sede um método de prevenção gratuito oferecido em todas as escolas do Quebeque para meninase meninos do 4º ano primário (vacina em duas doses). Para fazer isso, um formulário deautorização é enviado aos pais na agenda dos seus filhos. Todas as meninas de 9 a 18 anos epessoas com imunidade reduzida com idade entre 9 e 26 anos podem receber a vacinagratuitamente. A vacina também é recomendada, embora não seja gratuita, a mulheres e homensmais velhos para reduzir a recorrência de lesões relacionadas com o HPV ou para se prevenircontra o HPV antes de iniciar um novo relacionamento amoroso.

A vacina é muito segura e não está associada ao comportamento sexual de risco dos jovensque foram vacinados. Os imigrantes e refugiados geralmente têm menos acesso aos exames dedespistagem do HPV (por exemplo, a citologia cervical feita no exame ginecológicoanteriormente conhecido como teste de Papanicolau). Não ser vacinado é um risco significativopara infeções que podem ser muito graves e são facilmente evitáveis com a vacina.

Para mais informações, entre em contacto com a Aliança das Comunidades Culturais pelaIgualdade na Saúde e Serviços Sociais (ACCÉSSS) no 514-287-1106 extensão 22. L P

potencialidades da diáspora portuguesa, e emparticular dos emigrantes-empresários na recu-peração e valorização de património imobiliá-rio público nacional.

Conquanto o conhecimento, estudo, pro-teção, valorização e divulgação do patrimóniocultural, constituam um dever do Estado, queassim assegura a transmissão de uma herançanacional, cuja continuidade e enriquecimentovisa unir as gerações num percurso civilizacio-nal singular, a escassez de recursos aliada à ina-diável necessidade de salvaguardar patrimóniopúblico que se encontra devoluto, impeliu oGoverno a criar nesta área de atuação o progra-ma Revive.

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Os empresários...Cont. da pág. 1

e riqueza das regiões, que pode seguramentealcançar uma maior atratividade e dinâmica sefor bem divulgado junto dos empresários por-tugueses espalhados pelo mundo.

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Página 1527 de setembro de 2018 L u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s e

NA MAJOR LEAGUE SOCCER...

DC UNITED QUER RECUPERAR A SUA ÁUREA• Por Norberto AGUIAR, em Washington

De férias, estivemos em Washington – depois em Nova Ior-que, onde assistimos ao USA x Brasil já aqui descrito – e como haviaum desafio de futebol a contar para o Campeonato da Major LeagueSoccer, lá fomos assistir a esse encontro.

O embate opôs a equipa da cidade, o DC United, contra o AtlantaUnited, do Estado da Georgia, a equipa do momento na Major LeagueSoccer.

Para além de ir assistir a um bom jogo de futebol, independente-mente das equipas estarem nos dois extremos da tabela classificativa, oDC United nos lugares de baixo e o Atlanta por estar na luta pelo pri-meiro lugar da sua série, que também é a série do DC United, tambémtinhamos curiosidade em ver o Audi Field, o novo estádio de futebol dacapital dos Estados Unidos, pertença natural do DC United.

Não demorou muito a encontrar o estádio. Chegado ao espaçosoparque diante da imponente e bonita estrutura, dirigimo-nos para aguarita de uma das bilheteiras, ainda sem muito movimento, pois chegá-mos temprano, de maneira a podermos apreciar o «va-et-vient» daspessoas. Comprámos o bilhete, caro (60 dólares, americanos, claro!)para o lugar que ocupámos, no ângulo lateral norte do Audi Field. E es-perámos pelo início do jogo.

A pouco tempo do início da partida, as bancadas do excelente re-cinto ainda estavam praticamente desguarnecidas. Chegámos a temerque o desafio começasse e que o público acabasse por não comparecer...E que diabo, era o Atlanta United, com tanta vedeta internacional, a co-meçar no seu treinador, Gerardo Martino (ex-Barcelona, Seleção argen-tina, etc.) e acabando em Gusan, keeper da Seleção americana que ali es-tava para derimir forças com os «capitalinos»... Para além disso, as duasequipas tinham, e ainda teem, objetivos a cumprir. O DC United lutava,ainda luta, para aceder à fase eliminatória, e o Atlanta United queria, estáa caminho, continuar na luta pelo título do Campeonato... Não era issotudo razão suficiente para ter um estádio de bancadas cheias?

Não cronometrei o espaço de tempo que mediou o pontapé desaída e a entrada massiça do público. O que é certo é que quando a bolarolou pela primeira vez no gramado, já o estádio apresentava uma mol-dura humana muito bonita. Mais alguns minutos, porque há quemchegue sempre atrasado, e nas bancadas não cambia nem mais umaagulha...

Depois foi só apreciar o bom futebol desenvolvido pelos dois ti-mes. Com mais posse de bola o Atlanta United, ao passo que o DCUnited, temendo de certa forma a categoria do adversário, optou porutilizar a arma do contra-ataque. E fê-lo de tal maneira bem que, no fi-nal da contenda, a vitória tinha tombado para o seu lado pela marca detrês bolas a uma...

É preciso referir que a vitória caseira só foi possível pela excelenteexibição de alguns jogadores, como Luciano Acosta e Wayne Rooney.À conta dos dois, três golos, dois para o Acosta, com os dois passesdecisivos a pertencerem a Rooney, e um golo deste, de penalti.

Com esta importante vitória, o DC United deu um passo adiantena possibilidade de se apurar para o torneio de fim de época. Possibili-dade que ainda se mantém passadas já algumas semanas. Se conseguir o

seu objetivo, o DCUnited poderá estar acaminho de um final detemporada de acordocom o seu historial, osegundo melhor daMLS, com quatro títu-los de campeão, só su-perado pelo La Galaxyde Los Angeles, quetem cinco.

Com estádio no-vo este ano, o DC Uni-ted ganhar a Taça daMLS em dezembro se-ria ouro sobre azul. L P

Luciano Acosta, que acaba de apontar mais um golo de excelente recorte. WayneRooney ri, entusiasmado com a classe do argentino. Foto DC United.

Desde que deixou o velho Estádio J. F. Kennedy e passou para o novinho em folhaAudi Field, o DC United tem tido sempre casa cheia. Foto DC United.

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