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ECOS DA ALDEIA Diretor: Mário Garcia - Redação: Gabriela Charrua e Júlio Trindade - Editor: Pedro Lavado - Fotografia: Jorge Fava
Aldeia de Santa Isabel
Nesta edição:
2017
Nº1 Janeiro
Eu tive um sonho…
…Estive ontem a falar com a Anabela e
fui dar-lhe uma alegria porque conseguia
andar, tinha abandonado a cadeira
de rodas e até já conseguia correr.
Entretanto a Anabela disse-me:
- E porque não vais ter com a tua
fisioterapeuta para lhe mostrares que já
consegues andar?
Até porque foi ela que te reabilitou…
Assim fiz, fui ao Hospital de Alcoitão:
A Maria João Oliveira ficou radiante e
nem queria acreditar numa recuperação
tão rápida, e no meio desta euforia toda
acordei… e percebi que tinha sido um
sonho e a desilusão apoderou-se
novamente do meu pensamento.
Mas uma coisa é certa, todos os dias
espero que este sonho se torne realidade.
Júlio Trindade
Editorial 2
Entrevista do Mês 3
O Sonho 8
O espaço da Capela 10
Passatempos 11
Calendário 14
A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo
daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que
alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-
mos os sonhos no solo fértil da memória, onde estes
farão a grande diferença na nossa existência. Os
sonhadores mudaram a história da humanidade. Eles
fizeram da derrota, o pódio para a vitória; das críti-
cas, o palco, de onde receberam os aplausos. Os
sonhos não estabelecem o local onde vamos chegar,
mas produzem a força necessária para nos tirar do
lugar em que estamos. Sonhemos com as estrelas para
que possamos pisar pelo menos na Lua. Sonhemos
com a Lua para que possamos pisar os altos montes.
Sonhemos com os altos montes para poder ter digni-
dade, quando atravessarmos os dias das perdas e das
frustrações. Tudo o que um sonho precisa para ser
realizado é que alguém acredite que ele pode ser rea-
lizado. O futuro é daqueles que acreditam na beleza
de seus sonhos. O sonho é a satisfação de que o dese-
jo se realize. Jamais se pode sofrer antecipadamente,
devemos acreditar nos nossos sonhos, nunca desistin-
do de lutar para os alcançar. A vida é generosa para
aqueles que acreditam nela. Se pensar é o destino do
ser humano, continuar sonhando é o seu grande
desafio. E isto, é lógico, implica estabelecer trajetórias
com riscos, em vitórias, com muitas lutas, e não pou-
cos obstáculos pelo caminho. Apesar de tudo, deve-
mos ser ousados libertando a nossa criatividade.
E NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS, pois eles
transformarão a vida numa grande aventura.
Diretor do Lar São João de Deus
José Fernandes
Editorial
Página 2
Sonho dos Residentes do
Lar São João de Deus
Fernanda – Gostava de ter uma perna
nova…
Alda – Voltar a Dançar…
Manuel Balé – Estar cá mais tempo do
que imagino...
Helena – que os meus filhos ganhem o
Euromilhões
António Costa – Voltar a estudar...
Olímpio – Reencontrar algumas pessoas
(sobrinha)…
Coimbra – continuar a levar o ritmo que
levo aqui e que a minha saúde melhore
Manuel Martins – Voltar a minha terra…
Luís Vaz – Voltar a ver o sporting Cam-
peão…
Fernando Duarte – estar ao lado da Tere-
sa Porto no sofá a ouvir musica clássica…
Teresa Porto – ser feliz…
Julieta – Fazer bem ás pessoas…
Alexandrino – voltar a timor…
Maria José – criar uma fundação de apoio
á criança…
Salete – voltar à minha terra e voltar a
ver a família...
Luísa - Voltar a entrar no carro com o
marido e dar uma volta pela Europa…
Mercês – Não tenho ilusões e já concreti-
zei tudo na vida…
Orlanda – ter saúde...
Cidalina – voltar a trabalhar….
Vítor – voltar a Évora…
Almeida – Voltar a trabalhar nas obras…
Emília – Voltar a trabalhar e ter saúde…
Fernanda – Ter saúde e que o filho esteja
bem…
Entrevista do Mês
Página 3
Gabriela Charrua
Primeiro que tudo quero agradecer a
amabilidade de me receber para respon-
der a algumas perguntas que lhe vou
fazer, começando pelo nome.
Diretor ASI
O meu nome é António Duarte Amaro, sou de Lori-
ga, Vila da Serra da Estrela, vim aos 18 anos para
Lisboa, tendo ingressado, em 2 de Novembro de
1970, como Preceptor de deficientes auditivos, no
Instituto Jacob Rodrigues Pereira da Casa Pia de
Lisboa. Sou Doutorado em Geografia Humana,
casado, com um filho Doutorado em Arqueologia e
Pós Doutorado em Património.
Gabriela Charrua
O curso que tirou, e em que altura
da sua vida?
Diretor ASI
Eu tirei vários cursos: além do Dou-
toramento, duas licenciaturas, um mestrado em
Sociologia e duas pós graduações respetivamente
em Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho e Rela-
ções Internacionais, sempre na condição de traba-
lhador-estudante. Como se pode ver sou funcioná-
rio público há quarenta e seis anos. E dividi a minha
vida profissional dos últimos trinta anos entre a
Aldeia de Santa Isabel e a Escola Superior de Saúde
de Alcoitão. Tive a honra de iniciar e dirigir o proje-
to da Aldeia de Santa Isabel durante vinte anos
seguidos. Fui ainda durante dezanove anos diretor
da Escola Superior de Saúde Alcoitão, entre 1997 e
2016, mas durante nove anos (1997-2006) acumu-
lei as funções de director da Aldeia com a direcção
da ESSA. Nesta Escola, fruto do protocolo celebra-
do em Junho/2007, entre a Misericórdia de Lisboa,
e o Instituto Superior de Ciências da Saúde de
Moçambique, coordenei o projecto de lançamento,
naquele País Lusófono de Licenciaturas em Fisiote-
rapia, Terapia Ocupacional, Terapia da Fala e Servi-
ço Social, cursos que não exis-
tiam naquele País irmão e que
continuo a coordenar com muito
orgulho. Tudo isto apoiado pela
Misericórdia de Lisboa que, para
além de tudo aquilo que é sua
missão – proteger as crianças, os idosos, os jovens,
os deficientes, todos aqueles que estão em risco de
exclusão e mais desfavorecidos - também dá novos
mundos ao mundo ao apoiar Moçambique com
estas formações que aquele país lusófono não pos-
suía.
Gabriela Charrua
Depois de tudo isso que o senhor Dr. Amaro nos
expôs que é maravilhoso de certo não haverá
quem tenha tanta coisa para nos comunicar...
Diretor ASI
Quarenta e seis anos de serviço público é muito
“Tive a honra de iniciar
e dirigir o projeto da
Aldeia de Santa Isabel
durante vinte anos
seguidos.”
ano.
Gabriela Charrua
Por isso eu tinha aqui para lhe perguntar, pensan-
do que teria só um curso se teria feito uma escolha
acertada para o seu futuro.
Diretor ASI
Não sei se fiz a escolha acertada, o que
eu gostava de ter sido era juiz, não deu para isso,
porque quando eu comecei a trabalhar na função
pública com 18 anos, com funções de perceptor de
deficientes auditivos, as formações superiores que
se poderiam enquadrar naquela problemática
eram professor de ensino especial, serviço social e
psicologia. No Instituto Jacob Rodrigues Pereira, da
casa Pia de Lisboa, além de perceptor, fui Coorde-
nador Educativo e Diretor do Colégio de Belém do
Instituto, onde criei oficinas de ensino pré-
profissional. Entretanto, em outubro de 1973
ingressei no serviço militar obrigatório.
Quando se deu o 25 de Abril era militar em Lisboa
no quartel da Graça e fui mobilizado para Moçam-
bique. Daí nasceu a minha paixão por este País
onde voltei várias vezes, em serviço da Santa Casa
da Misericórdia de Lisboa e uma das vezes com o
objetivo de criar uma Aldeia de santa Isabel. Como
vim parar à Aldeia? Estive a trabalhar na Casa Pia
entre novembro de 1970 e outubro de 1986. Entre-
tanto o Provedor da Casa Pia Dr. Damaceno Cam-
pos em meados de 1985 foi designado Provedor da
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Em julho de
1986, chamou-me ao seu gabinete e convidou-me
dizendo: “olha aqui na Misericórdia, em Albarra-
que, temos um orfanato que está bastante degra-
dado, vai lá criar um Centro de Formação, do tipo
dos da Casa Pia”. Oficialmente tomei posse do
lugar de Diretor do então Orfanato Escola Santa
Isabel em 10 de outubro de 1986 e comecei a
desenhar um Centro de Formação Profissional,
tarefa que não se afigurava fácil dado que nos
diversos edifícios do Orfanato viviam funcionários
e algumas famílias.
Gabriela Charrua
Foi bom que não tivesse ido para juiz, foi bom. Por-
tanto sei que esteve como diretor desta aldeia há
alguns anos atrás.
Diretor ASI
De 1986 a 2006, vinte anos seguidos.
Gabriela Charrua
Eu penso que com o progresso no passado, o seu
regresso foi de regozijo para muita gente.
Diretor ASI
Não devemos falar pelos outros, algumas pessoas
terão gostado, outras terão gostado menos, o que
é normal.
Gabriela Charrua:
As pessoas com quem eu falei disseram-me; vem o
Dr. Amaro ainda bem. É com alegria que as pessoas
receberam o Dr. Amaro.
Quando foi nomeado para vir para a Aldeia quando
isto estava abandonado qual foi a sensação peran-
te esta grandiosidade?
Página 4
Diretor ASI
A sensação foi: mãos à obra, sem temor. Era um
jovem de 30 anos, sem cabelos brancos. Estava
cheio de garra, era já assistente social e sociólogo.
Dediquei-me com alma, coração e vida à tarefa de
implementar o Centro de Formação Profissional,
começando a recrutar e selecionar os monitores
para as áreas de Formação que previamente havia
definido. Mas o trabalho a desenvolver chocava
com múltiplos obstáculos que era preciso ultrapas-
sar. Desde logo criar redes de água, eletricidade
(as existentes eram incipientes e inadequadas) e
de esgotos, dado que estes eram à superfície
desembocando em grandes fossas sépticas, e dan-
do origem ao aparecimento de pragas de ratos e
ratazanas. Esse foi um dos dramas. Foi preciso
encontrar condições financeiras para reabilitar os
edifícios que estavam todos degradados e a cair.
Por outro lado estavam pessoas a viver no seu
interior. Naquele tempo estavam a viver na Aldeia
36 funcionários do antigo orfanato e era preciso
libertar os edifícios para instalar as oficinas. É
curioso assinalar que as 36 pessoas ocupavam
todos os edifícios disponíveis. Por exemplo, no
grande edifício que hoje é o lar de idosos (na altu-
ra não tinha primeiro andar), viviam duas pessoas,
cada uma no extremo do edifício. No edifício ao
lado, que na altura era a enfermaria vivia a Dª.
Manuela com o seu “Dog”, nome de um grande
cão preto. No edifício da atual Carpintaria e Pintu-
ra de Construção Civil viviam também pessoas, e
assim sucessivamente. Deparei-me por isso com
uma Instituição auto - fágica ou seja, uma Institui-
ção que vivia apenas para si própria. A nível de
utentes, havia quatro rapazes com mais de dezoito
anos, que não estudavam nem trabalhavam, e que
ocupavam cada um dos gabinetes do atual edifício
da Direção.
Uma das primeiras medidas que tomei foi telefo-
nar à Dra. Luísa Santiago, então responsável pela
divisão da Infância e Juventude pedindo-lhe que
retirasse de imediato estes jovens. Saíram os
jovens e iniciei um diálogo cordial com todos os
funcionários que aqui residiam sob os auspícios da
Dr.ª Maria José Nogueira Pinto, então adjunta da
Mesa da SCML com a tutela dos Recursos Huma-
nos. Conseguido o desiderato de desalojar, sem
conflito, os funcionários residentes deu-se inicio á
criação das oficinas. De seguida iniciei o projeto de
criar um lar de crianças e um lar de idosos e prepa-
rar os chalés para casais ou dois irmãos /irmãs, ou
ainda duas pessoas que se dessem bem. Mais tar-
de criámos , um Centro de validação e reconheci-
mento de competências (transferido para Lisboa
após a minha saída) e a Empresa de Inserção Social
INCLUI. Para tudo isto, tive a sorte de conseguir
financiamento através dos fundos estruturais e a
partir do Despacho Normativo nº43/99 de 6 de
setembro o financiamento anual e permanente
do IEFP, entre 99 e 2006, no valor de dois milhões
Página 5
e meio euros. Coincidente ou não, com a minha
saída, este montante foi reduzido a cerca de um
milhão de euros.
Gabriela Charrua
Perante o que me está a dizer é bom que, vá para
o jornal é bom que se saiba o que era isto no pas-
sado.
Diretor ASI
Sim, o sonho comanda a vida e tive a sorte de con-
seguir realizar o sonho que se baseava na ideia de
convivialidade, no mesmo espaço, de crianças,
jovens, adultos e idosos, no fundo uma família
alargada, em que todas as faixas etárias da vida
trocavam entre si afetividades e usufruindo espa-
ços comuns.
Gabriela Charrua
Ao mesmo tempo podemos ser o que o Dr. Amaro
diz uma família.
Diretor ASI
Sim, podemos ser uma grande família, podemos
criar as afetividades que queremos e foi esse o
grande objetivo. Foi criar aqui um projeto diferen-
te, que é único ainda em Portugal, de ter no mes-
mo espaço todas as idades da vida, a casa do
homem de todas as idades, ou se quisermos, a
casa da pessoa de todas as idades.
Porque convivem aqui pessoas de todas as idades
e isso é bonito.
Não precisamos de ser “família de sangue “para
considerarmos que vivemos numa grande família -
a família da Aldeia de santa Isabel.
Gabriela Charrua
No meu caso estou muito feliz aqui, porque eu
gosto muito da Natureza. Gosto muito de ver uma
planta de um tamanho e no outro dia ela está a
crescer…
Diretor
Isso simboliza que continua a viver cercada de
vida humana, num contexto ambiente afetivo.
Gabriela Charrua
Aqui estou feliz, e com o que o Dr. Amaro me
acaba de dizer fico ainda mais feliz!
Quando saiu daqui com certeza que não foi mui-to fácil pois não? Deixar esta obra tão grande que tinha feito. Diretor
Claro nunca é fácil deixar a obra, mas na altura
eu também tinha que fazer o meu percurso aca-
démico, além de querer ser juiz em jovem, tam-
bém gostava de ser professor universitário, que
felizmente sou na faculdade de direito da Univer-
sidade Nova de Lisboa num Mestrado e num
Doutoramento em Direito e Segurança. Neste
sentido, foi importante ir para a Escola Superior
de Saúde de Alcoitão porque foi aí que tive a
possibilidade de concluir o Doutoramento, que
seria bem mais difícil se continuasse na Aldeia,
dada a absorvência do projeto que implica
melhoria continua. Esta Aldeia é uma casa que
nunca está acabada, como a casa das nossas
famílias, há sempre coisas que é preciso mudar,
recuperar e dar atenção.
Gabriela Charrua
Deve ter sido com alegria que voltou?
Diretor
È verdade que voltei com muita alegria e nenhu-
ma contrariedade.
Página 6
Continuo com a mesma garra e a mesma vontade
de fazer mudanças qualitativas na dinâmica insti-
tucional.
Os grandes objetivos que eu agora tenho são: rea-
bilitar os edifícios da Aldeia que precisam de ser
reabilitados, criando melhores condições para
todos os utilizadores. Criar um novo edifício para o
Curso de Restauração, onde se formem cozinhei-
ros, ajudantes de cozinha, empregados de mesa,
copeiros gente bem formada desta área da Ali-
mentação. Por outro lado, desenvolver todos os
esforços para que a Aldeia possa garantir Cursos
de educação/formação de nível
5, com equivalência ao 12º ano.
Tal desiderato implica ganhar a
confiança e entusiasmo da
Mesa da Santa Casa para um
novo Despacho Normativo. Por-
que nada se faz sem entusiasmo.
Gabriela Charrua
A esperança é que o Dr. Amaro consiga realizar
tudo o que pensa e monetariamente também
haver meios financeiros para a sua realização
Diretor
Julgo que dinheiro não irá faltar se os projetos são
sérios e visam objetivos de grande alcance social
como é o projeto de garantir aos jovens mais des-
favorecidos a possibilidade de poderem atingir o
12º de escolaridade. Dada a complexidade deste
processo, precisamos do esforço de todos, mor-
mente, de todos aqueles que estão verdadeira-
mente empenhados e apaixonadas pelo projeto.
Esta casa é uma casa de pessoas que cuidam de
outras pessoas. Neste sentido, não é a mesma coi-
sa trabalhar aqui ou numa fábrica. Esta Aldeia
não é uma instituição qualquer.
Gabriela Charrua
Isto é uma obra humana.
Diretor
É uma obra humana. Brevemente, iniciarei o pro-
jeto de criar o Conselho da Aldeia com represen-
tantes de todas as valências e faixas etárias, Con-
selho esse que ajudará o diretor a definir novos
rumos, sendo certo que decidimos melhor com a
participação de todos.
Gabriela Charrua
Deus é grande! Ainda bem
que o senhor voltou.
Diretor
Voltei e gostei muito de vol-
tar à minha segunda casa.
Outro projeto que é preciso
dinamizar é a Liga dos Amigos da Aldeia de Santa
Isabel, projeto criado em março de 2005 com o
grande objetivo de juntar à volta da Aldeia um
conjunto de amigos dedicados à sua missão.
Todos precisamos de amigos, porque ninguém é
suficiente e muito menos auto-suficiente.
Gabriela Charrua
O tema do jornal é o Sonho...
de Deus, como o sonho, é ele que comanda a
vida….
Diretor
O sonho comanda a vida.
Dois princípios fundamentais que observo na
minha vida são: para fazer o bem basta que Deus
saiba, porque o bem faz pouco ruido e o ruido faz
pouco bem. Quando falamos muito acertamos
Página 7
“Brevemente, iniciarei o
projeto de criar o Conse-
lho da Aldeia com repre-
sentantes de todas as
valências e faixas etárias”
pouco. Ora, o papel do líder é ouvir muito, falar
pouco e fazer muito.
Gabriela Charrua
Foi Deus que tem feito tudo isso na vida do Dr.
Amaro, se não fosse Ele….
Nem todos compreendem mesmo a fé é um dom
de Deus, como o sonho, é ele que comanda a
vida….
Dr. Amaro fiquei muito satisfeita por poder entre-
vista-lo obrigado pelo seu amor pelo próximo.
Diretor
Muito Obrigado
Quando se fala de sonho, a nossa mente,
transporta o pensamento, para o sonho
proveniente de uma noite tranquila ou agi-
tada.
No entanto, há o sonho envolto em desejo,
por algo que gostaríamos de ter, fazer, des-
cobrir ou exercer.
Laura, quando pequena, perguntavam-lhe
o que queria ser, quando fosse grande, ao
que ela respondia:
“- Quero ser Enfermeira.”
Quando chegou a altura de tomar uma
decisão, a que tomou, foi mesmo essa,
Enfermeira, cuja prática foi feita em crian-
ças, quando brincava com bonecas.
Não esperava, porém, que o pai se opuses-
se!
“- Porque, o pai se opõe a que eu exerça
esta profissão?”
“- Minha filha, eu quero o teu bem. Quero
que sigas uma carreira que te dignifique.
Carreira entre homens e mulheres não é do
meu agrado para ti.”
Não havia nada a fazer, senão
esperar pela maioridade.
Entre as suas amigas, havia uma que
conhecia bem o seu desejo, e foi essa que
a ajudou na realização do seu sonho. A
amiga iria partir para o Brasil com o mari-
do, diplomata, e seis filhos. Combinaram
ela ir como dama de companhia das
crianças.
Esteve no Brasil, Senegal, Guiné, até
chegar aos Estados Unidos, onde conse-
guiu concretizar o seu sonho.
Foi enfermeira num hospital em
New York, de doentes incapacitados.
Sonhar é fácil, por vezes difícil a sua con-
cretização, porém não se deve desistir de
sonhar!
Residente Lar São João de Deus
Gabriela Charrua
Página 8
O Sonho
Página 9
As Melhores Fotografias Do Mês
Página 9
Figuras de Presépio de expressão popular
terracota policromada –Séc. XX
Nossa Senhora – 35x36cm Menino Jesus – 20x11 cm
São José – 48x20 cm Anjo – 26x12 cm
O espaço da Capela
Cada semana será exposta uma peça de arte sacra de modo a divulgar à comunidade
algumas das peças mais significativas pertencente ao espólio da Aldeia de Santa Isabel.
Página 10
Quem me dera
Sonhar
Um sonho que já sonhei
Uma linda história de Amor
Que morreu quando acor-
dei
Não foi de minha vontade
Pois para mim foi um tor-
mento
Quem me dera que esse
sonho
Continuasse eternamente
Esse sonho que terminou
Ainda hoje tenho saudade
Não me importava morrer
Para ir sonhando para a
eternidade
Se soubesse que morto
sonhava
O mesmo sonho de Amor
Pedia que me matassem
Sem ter medo de qualquer
dor
João Bárbara
Sonhos de Natal
Ingredientes: • 3 dl de leite; • 1,5 dl de óleo; • 1 casca de limão; • Uma pitada de sal fino; • 250 gr de farinha; • 6 ovos inteiros grandes; • Óleo para fritar; • Açúcar em pó para polvilhar.
Preparação: Ferva o leite com o óleo, a casca de limão e o sal. De uma vez só adicione a farinha e, com uma colher de pau, misture até que a massa se descole do recipiente. Depois de arrefecer, acrescente os ovos inteiros, um a um. Mexa bem. Na frigideira, já com o óleo quente, coloque colheradas de massa, fritando de ambos os lados. Retire e escorra. Antes de servir, polvilhe com açúcar em pó.
Receita do Mês
Passatempos
Página 11
No dia de S. Martinho, mata o teu _________e prova o teu _________.
Opções: vinho – porco – presunto – perú – milho.
Solução: No dia de S. Martinho, mata o teu porco e prova o teu vinho.
No dia de S. Martinho: lume, _________ e __________.
Opções: vinho – porco – castanhas – milho - fogueira.
Solução: No dia de S. Martinho: lume, castanhas e vinho.
Quem seu _________ quiser conservar, com ele não há-de __________.
Opções: amigo – marido – negociar – casar - dançar.
Solução: Quem seu amigo quiser conservar, com ele não há-de negociar.
No aperto do ____________, conhece-se o _________.
Opções: perigo – comboio – marido – amigo.
Solução: No aperto do perigo, conhece-se o amigo.
_________ pardo e ventoso faz o ano _________
Opções: Novembro – Maio - formoso - dispendioso.
Solução: Maio pardo e ventoso faz o ano formoso.
Para ____ e para ter, muito ______ é preciso ser.
Opções: dar – roubar – pobre – rico
Solução: Para dar e para ter, muito rico é preciso ser.
Por ________ nunca ninguém ficou, não foi com quem ____, foi com quem ______.
Opções: desejou – quis – casar – calhou - amou
Solução: Por casar nunca ninguém ficou, não foi com quem quis, foi com quem calhou.
_________ enquanto há; não havendo, poupado está.
Opções: roubar – poupar
Solução: Poupar enquanto há; não havendo, poupado está.
Muito pode a __________ com o que leva para a sua __________.
Opções: abelhinha – velhinha – colmeia - casinha
Solução: Muito pode a velhinha com o que leva para a sua casinha.
Página 12
T A B C W L G T N SERROTE
O U P Ç A X R V A ALICATE
R D R E I O A A E MARTELO
N I A Q B I M O S MADEIRA
O X A I U K P A E PREGO
A N H B E O M R PLAINA
C O L A E M Z G A METRO
M B H L L N E A J FORMÃO
I A U R I A A N I GOIVA
A F E U X L O C A TORNO
G O I V A I U H N TURQUEZ
D R S D Ç C E O P SERRA
M M R T Y A A Q L GANCHO
A A U R O T Q E A LIXA
D O R I R E T R I ESQUADRO
E E O T T U S R N NIVEL
I A P R E G O T A GRAMPO
R A I P M L S D P COLA
A U S E R R O T E
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