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ALEXANDRE ALGODOAL ESTUDO E DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE ALONGAMENTO MUSCULAR DE CADEIA POSTERIOR COM BOLA SUiC;;A Monografia apresentada como requisito parcial a obtengao do grau de Especialista em Fisioterapia. Curso de Ortopedia e Traumatologia, selor de Ciencias da Saude da Universidade Tuiuti do Parana. Orientadora: MSc. Shirley Vargas Prudencio Rebeschini CURITIBA 2001

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ALEXANDRE ALGODOAL

ESTUDO E DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE

ALONGAMENTO MUSCULAR DE CADEIA POSTERIOR

COM BOLA SUiC;;A

Monografia apresentada como requisitoparcial a obtengao do grau deEspecialista em Fisioterapia. Curso deOrtopedia e Traumatologia, selor deCiencias da Saude da Universidade Tuiutido Parana.Orientadora: MSc. Shirley VargasPrudencio Rebeschini

CURITIBA

2001

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iNDICE

RESUMO... iii

ABSTRACT.. iv

1. INTRODUCAO... 01

2. EMBASAMENTO TEORICO... 03

2.1. 0 ESTUDO DO AlONGAMENTO... 03

2.2. FlEXIBILIDADE X AlONGAMENTO.... 08

2.3. DISPOSITIVOS DE MENSURAC;:AO. .. 12

2.4. CADEIA MUSCULAR POSTERIOR... 14

2.5. A BOLA SUiC;:ACOMO RECURSO CINESIOTERApICO... 17

3. MATERIALEMETODO... 19

4. APRESENTACAO DOS DADOS... 23

4.1. GRUPO CONTROlE... 23

4.2. GRUPO EXPERIMENTAL.. 25

5. INTERPRETACAO DOS DADOS... 29

6. CONCLUSAO... 31

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS... 33

ANEXOS... 35

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RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo analisar os resultados da aplica,ao de uma metodologiade alongamento com a bola suiya, com a finalidade de mensurar qualitativa equantitativamente 0 ganho de alongamento muscular da cadeia posterior. Utilizararn-secomo unidades amostrais 48 individuos do sexo feminino com idades entre 30 e 35 anos,que apresentavam semelhante hist6rico de atividade ffsica. 0 grupo foi dividido em grupocontrole com 24 individuos e grupo experimental, tamoom contando com 24 pessoas. Foirealizada uma mensurac;ao inicial da cadeia posterior, em centimetres, utilizando-se paraisto 0 Banco de Wells (1910). Durante um periodo de 6 meses foi aplicado um protocolo dealongamento muscular com Bola Suiya par urn periodo de 30 minutos ap6s cada aula deginastica aero-local e com uma frequemcia de 3 dias par semana. A ultima avaliac;ao,realizada apes 6 meses indicou haver diferenc;a significativa entre os dois grupos avaliadospara a variavel alongamento muscular da cadeia posterior alcanc;ado na escala de Wells.

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ABSTRACT

The objective of this study was to develop a new stretching exercise protocol for backposterior muscles through the Swiss Ball methodology, test this respective methodologyand quantitative and qualitative verify its efficacy on shortened posterior muscular patients.Forty eight female patients ranging from 30 to 35 years old were used as experimentalunits. These patients showed the same physical activities historical data. These 48patients were then divided into two groups; one as a control group with 24 patients and asecond one with 24 patients that were submitted to the proposed treatment. A initialassessment of the posterior muscular length was determined for both groups following the"Wells Chair (1910)" technical procedures. Following a period of 6 months the proposednew protocol of exercises vvere applied to the experimental group of 24 patients using the"Swiss 8all" stretching exercises procedures for 30 minutes three days a vveek. The lastassessment was then carried out after 6 months of the initial treatment and the resultsshovved a significant positive difference on the posterior muscular for the experimentalgroup accomplished on the Wells scale.

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1.INTRODUQAO

o usa dos exercicios de alongamento ja e muito difundido e valorizado no

meio medico e desportivD, no qual e realizado com objetivos de aumentar 0

rendimento dos allelas, prevenir e tratar les6es musculo-8squeleticas e disturbios

poslurais, recuperar fungoes em p6s-operatorio ou p6s-irnobilizac;ao, e promover

sauds, entre Quiros. No entanto, surpreendentemente, as bases cientfficas para

esses uscs sao, muitas vezes, queslionaveis ou ausentes.

o termo alongamento e utilizado para descrever qualquer manobra

terapeutica que vise 0 aumento do comprimento dos tecidos moles, aumentando a

amplitude do movimento articular. 0 alongamento muscular S8 da pela aplicaryao de

exercicio que exer9a uma fonya de tra9ao sabre a tecido muscular e tendinoso,

promovendo sua deformayao.

o alongamento muscular a urn procedimento de rotina na clinica fisioterapica

e pode ser desenvolvido de muitas formas. Uma delas a com 0 auxilio da bola suiya.

A utilizagao da bola como forma terapeutica foi originada por Kleinvogelbach, que

desenvolveu e aplicou a tacnica em pacientes com diversos tipos de desordens

neurol6gicas e musculo-esquelaticas.

A bola suicya pode corrigir varias altera96es de postura evidente no individuo

em pa, sentado, ou andando, visto que ela proporciona uma importante soluc;ao no

tratamento de pacientes com encurtamentos musculares.

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A utiliza9iio da bola na lormula9ao e aplica9ao de um protocolo de

alongamento da cadeia posterior, apresenta diversas vantagens como: 0 baixo

custo da bola; terapia ludica sendo interessante para aplica9ao com crian9as;

metodo eficaz comprovado em pacientes neurol6gicos e ortopedicos; devido a

superficiemovelda bola, alemdo alongamento,0 paciente tambemrealiza trabalho

de fon;;a, equilibria, controle e coordenagBo de movimentos.

Par estes beneffcios, justifica-se a importancia de S8 propor urn estudo e

desenvolvimento de urn programa de alongamento muscular de cadeia posterior

combola sui98.

Este trabalho abjetiva 0 desenvolvimento de urn protocolo cinesioterapico de

exercicios de alongamento muscular atraves da utilizac;ao da Bola Surg8. Objetiva

tambem comprovar a eficacia de urn metodo de alongamento de cadeia posterior,

que corrija encurtamentos decorrentes de desequilfbrios museu lares entre agonistas

e antaganistas, e verificar se as individuos submetidos ao alongamento da cadeia

posterior, apresentarao aumento da ADM; Ilexibilidade; alongamento; lor9a;

equilibria; cantrole e coardenac;aa de mavimentas.

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2. EMBASAMENTO TEORICO

2.1. 0 ESTUDO DO ALONGAMENTO

Pode-se definir alongamento como uma forma de trabalho que visa a

manuten980 dos niveis de flexibilidade obtidos e propiciar a realiza980 dos

movimento5 de amplitude normal com a minima de restriyao fisica passivel

(DANTAS, 1991).

KISNER e COLBY (1998) definem 0 alongamento como sendo um termo

usado para descrever qualquer manobra terapeutica elaborada para aumentar 0

comprimento de (alongar) estruturas de tecidos moles patologicamente encurtadas

e, deste modo, aumentar a amplitude de movimento.

De acordo com TANAKA e FARAH, 1997, 0 alongamento muscular, como

conduta terapeutica, e bastante utilizado em fisioterapia, permitindo modifica90es de

comprimento do proprio musculo, visando manter, ao mesma tempo caracteristicas

mecanicas e fun<;6es neuromusculares .

Muitas vezes, 0 desequilfbrio entre musculatura agonista e antagonista

favorece 0 aparecimento de encurtamenlos musculares e os exercicios de

along amenta, como 0 nome sugere, sao realizados com a finalidade de aumentar a

comprimento muscular.

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Em principio, quando 0 tecido tern que suportar uma carga, ele se mostra

elastico. Isto significa que, ao retirar-se a carga, 0 tecido volta a sua forma original.

Considerando-se que 0 grau de deformac;:ao esta diretamente ligado a carga

aplicada sobre 0 tecido, eventual sobrecarga pode ocasionar estiramento do tecido

alem da sua capacidade elastica, ocasionando uma deforma9ao permanente.

Assim, ultrapassado 0 chamado "limite elastico", 0 tecido nao recuperara sua forma

original quando for retirada a carga.

Quando uma carga age sobre um tecido corporal, este se deforma (NORRIS,

1995).

Segundo GREVE e AMATUZZI (1999), 0 alongamento pode ocorrer por

deformac;:6es elasticas ou plasticas. A deformac;:ao elastica nao se mantem depois

que a fon;a tencional e removida, ao contrario do que ocorre com a deformac;:ao

plastica.

o objetivo do exercicio de alongamento visa corrigir a deformac;:ao duradoura

ou plastica, e a propon;ao desta deformac;:ao e maior para exercicios que utilizam

forc;:asmen ores por mais tempo.

SOUCHARD (1996) acredita que 0 alongamento e diretamente proporcional

ao tempo de trac;:ao e, portanto, muito mais eficaz quando mantido mais tempo

possive!.

KISNER e COLBY (1998) asseveram que 0 tecido cede mais facilmente ao

alongamento se 0 rnusculo estiver aquecido e classificam tres metodos de

alongamento: passiv~; estatico, ou inibic;ao ativa; e balfstico, ou auto-alongamento.

No alongamento passivo 0 paciente esta relaxado e uma foreya externa e

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aplicada manualmente au mecanicamente visando alongar os tecidos encurtados.

o alongamento estatica ocorre quando a paciente participa da manobra de

alongamento para inibir 0 tonus em um musculo retrafdo.

o auto-alongamento pode envolver alongamento passivo, inibiyao ativa au

ambos. Todos os procedimentos de alongamento devem ser precedidos de algum

exercicia ativo de baixa intensidade ou aquecimento terapeutico, para preparar as

tecidas que seraa alongadas. 0 auto-alangamenta e um tipo de exercfcio que a

paciente realiza sozinho. 0 paciente pode, passivamente, alongar suas pr6prias

retra96es ou pode faze-Io usando seu peso corporal como for,a de alongamento. 0

auto-alongamento possibilita aos pacientes manter ou aumentar a elasticidade

muscular, e, caso a amplitude articular estivesse diminuida em fungao do deficit

muscular, as beneffcios se estenderiam as articulagoes.

Portanto, 0 termo alongamento se refere a exercfcios que desenvolvem a

capacidade fisica, a flexibilidade e que aumentam e a capacidade de extensao do

musculo. Os exercfcios de alongamento tambem podem ser divididos em dais

grupos: dinamico, quando as fibras musculares sao estendidas e realizam

movimento de balanceios nesta posiyao; e estatico, uma pessoa ficando numa

posigao, mantendo-se par algum tempo, deixando as musculos tensos e alongados,

sem movimento de balanceios.

Os exercicios de alongamento deveriam ser praticados por todas as pessoas

em func;ao dos seus beneffcios. "Ha fortes indicios de que a unidade musculo-

tendinea encurtada tern relayao com a dor muscular e a detecgao precoce e a

preven9ao sao necessarias. Nesse caso, a exercicio de alongamento pode impedir

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a tensiia e desenvalver a flexibilidade" (ACHOUR JUNIOR, 1996).

Nesta medida, 0 que 0 alongamento visa com a sua pratica regular e a

melhora em alguns aspectos da vida, ou saude, visto que, relaxando a tenseD

muscular e alinhando 0 carpa, 0 sistema do organismo melhora completamente.

DANTAS (1991) afirma que a pratica regular das exercicias de alangamenta

acarreta uma infinidade de beneffcios: reduyao das tens6es museu lares e sensac;ao

de urn corpo mais relaxado; beneflcios para a coordenaC;8o, pois as movimentos

tornam-se mais solto$ e faceis, aumento do ambito de movimenta980; prevenc;c3o de

lesoes, como a distensao muscular (urn musculo forte e previa mente alongado

resiste melhor a tensoes, S8 comparado a urn musculo forte nao alongado); maior

facilidade nas atividades de desgaste, como corrida, esqui, tenis, natat;ao, eiclismo,

haja vista que prepara a carpo a atividade, sinalizanda - a alangamenta - para as

museu los que serao utilizados.

Alem disso, ° alongamento desenvolve a eonsciencia corporal, vista que

alonga as varios segmentos do corpo, proporciona ° contato com os mesmos e

viabiliza 0 autoconheeimento. E ainda, ajuda a liberar espontaneamente os

movimentos bloqueados por tens6es emocionais e ativa a circula9ao.

Entao, 0 alongamento produz flexibilidade, melhora a circulac;ao do sangue,

estimula 0 eseoamento de fluidos do organismo, aumenta a bom funeionamento do

sistema. Mas para realiza-Ios, sao necessarios alguns cuidados durante a pratiea

deste reeurso par parte do profissional de fisioterapia, como: posicionamento do

paeiente, controle dos movimentos compensatorios e, ao usar 0 alongamento

pass iva, e precisa que haja cautela em rela98a a farva aplicada no paciente.

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Sabe-se que para se desenvolver a flexibilidade, deve-se utilizar exercicios

de alongamento. Nesta medida, ACHOUR JUNIOR (1996) apresenta os seguintes

metodos de alongamento para 0 desenvolvimento da flexibilidade:

- Alongamento estatico: move-se 0 membro lentamente, mantendo-se 0 segmento

muscular determinado pela tensao muscular logo acima da amplitude do movimento

habitual. Ele pode ser utilizado como parte inicial do aquecimento, antes dos

exercicios de alongamento ativo e depois do treinamento, na fase do resfriamento.

- Alongamento passivo: e leito com a ajuda de lor~as externas (aparelhos,

companheiros), em urn estado de relaxamento da musculatura a ser alongada.

- Alongamento ativo: e determinado pelo maior alcance do movimento voluntario,

utilizando-se a fon;:a dos museu los agonistas e 0 relaxamento dos museu los

antagonistas. ALTER (1988) ACHOUR JUNIOR, (1996), baseiam sua proposta "na

demanda imposta para adaptagao especlfica, nos quais os exercicios de

alongamento alivo devem ter uma velocidade igual ou superior a 75% da velocidade

maxima, atraves do plano exato do movimento, durante a habilidade atletica

especifica" .

- Alongamento balistico: utiliza-s8 de varios esfon;:os museu lares ativQs insistidos,

na tentativa de maior alcance do movimento. Ele atua como sequencia do

alongamento ativo, com varias insistencias de movimento, usando a for~ muscular

dos agonistas durante os exercfcios de alongamento. Ha a necessidade de urn certo

cui dado neste metodo, visto que pel a insistencia de determinado grupo muscular,

impondo-se urn limite a mais do que ele possa aguentar, podendo acarretar em

lesao.

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- FacilitaC;80 Muscular Neroproprioceptiva: e um metodo no qual ha a combinaC;80

de contraliio e relaxamento alternado dos musculos agonistas e antagonistas. Esta

tecnica impede a contraC;80 dos musculos que devem ser alongados pela inibic;ao

dos lusos e pela ativaC;:80do Org8o Tendinoso de Goigi. Deve ser leito em dupla,

pois necessita de ajuda de outra pessoa.

A temperatura tambem tem um consideravel efeito sobre 0 comportamento do

tecido sujeito a uma forc;a tencional. De acordo com os estudos de HUXLEY et al.

(19), 0 calor aumenta a fluencia do tecido, provavelmente por desestabilizar suas

Iigac;6es intermoleculares. Isto facillta 0 deslizamento entre as moleculas,

aumentando as caracterfsticas de viscosidade que permitem 0 alongamento.

Contrariamente, a diminuic;ao da temperatura torna 0 alongamento mais dificil, pois

o tecido frio possui maior estabilidade. Submeter 0 musculo frio a exercicios de

alongamento aumenta a chance de ocorrer lesao tecidual.

Ao tomar os devidos cuidados e praticar sempre 0 alongamento, a pessoa

alcanc;ara os inumeros beneffcios citados e tera sua flexibilidade melhorada. Por

este motiv~, passa-se a seguir a explanar a flexibilidade, bem como sua

diferenciac;ao em relac;ao ao alongamento.

2.2. FLEXIBILIDADE X ALONGAMENTO

A Ilexibilidade, hOje, e reconhecida como um importante componente de

aptidao fisica relacionada com a saude e no desempenho atletico, juntamente com a

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velocidade, forga e resistencia muscular localizada.

Pode-se definir flexibilidade como a "amplitude de movimento articular

possivel em uma articula9ao ou grupo de articula90es" (Corbin e col. Apud

CONTURSI, 1986, p. 03).

Por sua vez, DANTAS (1991) afirma que a flexibilidade e a "qualidade fisica

responsavel pera execugao voluntaria de urn movimento de amplitude angular

maxima, por uma articulagao ou um conjunto de articulagoes, dentro dos limites

morfologicos, sem 0 risco de provocar lesao".

Ou ainda, "a flexibilidade ou amplitude da movimenta9ao articular e

especffica para cada articulagao do corpo. 0 movimento de cada articulagao einfluenciado pelos musculos, ligamentos e tendoes. Algumas pessoas possuem

maior flexibilidade porque esses tecidos sao 'mais frouxos', enquanto em outras eres

sao mais apertados, limitando a amplitude de movimento" (NIEMAN, 1999).

Portanto, a flexibilidade e 0 arco de movimento que uma determinada

articulagao recebe e ela pode diferir de pessoa para pessoa, de articulagao para

articulagiio.

A flexibilidade pode ser estatica, isto e, "0 raio de agao dos movimentos de

uma articula9ao"(MATHEWS e FOX, 1984) e ela pode ser medida com 0

instrumento denominado flexometro. A flexibilidade pode ser dinamica, isto e, "a

oposi9ao ou resistimcia de uma articula9ao ao movimento" (MATHEWS e FOX,

1984), sendo a forg8 que se opoe 80 movimento em toda a sua extensao, mais do

que a propria extensao.

Ha inumeros fatores que interferem na flexibilidade, como a superffcie ossea,

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as musculas, ligamentas, tend5es, idade (quanta mais velha, menas flexivel), sexa

(as mulheres, em geral, sao mais flexiveis), aquecimento, temperatura ambiente (0

frio reduz e 0 calor aumenta a elasticidade muscular), hara do dia (varia de

individua para individua), campasiy8a corporal (referente aa calagena) e estada de

treinamenta (quanta mais treinada, mais flexivel).

CONTURSI (1986), afirma que a mabilidade de uma articula98a depende

diretamente das estruturas que a comp6em e circundam. Assim, a contribuig8o

dessas estruturas e: "47% de capsula articular, 41% de musculatura, 10% de

tend6es e 2% de pele"

Outro fatar impartante da flexibilidade e a elasticidade muscular, que e a

capacidade de urn musculo em aumentar seu comprimento, adaptando-se a uma

forga externa e depois retornando a sua forma inicial, quando a 8gaO e cessada.

Sabre a relagEio existente entre a idade e a flexibilidade, verifica-se que a

flexibilidade aumenta na infancia ate 0 infcio da adolescemcia e diminui aD longo da

vida. GUJALOVSKI (apud ACHOUR JUNIOR, 1996) afirma que "as maiares

aumentas na flexibilidade verificam-se na idade de 9-14 anas. Entre 15-17 anas

ainda S8 conseguem consideraveis exitos no treinamento de flexibilidade (em

relay80 a performance atletica)". Tal fata S8 da em decorrencia da pouca tonicidade

muscular e dos ossos que S8 encontram ainda em fase de calcific8<;ao.

Canfarme afirmam GUEDES e GUEDES (1997), ha uma dificuldade em

mensurar a flexibilidade vista que esta nao S8 configura como uma caracteristica

gera] do corpo todos, mas sim a uma articulayao espedfica, podendo, uma pessoa,

ser mais flexivel em uma articulaC;8o que em Qutra, au entao ser mais flexivel para

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"um determinado movimento. Assim sendo, um dos testes mais utilizados para se

mensurar a flexibilidade e, consequentemente, a alongamento muscular, e 0 teste

de "Sentar e Alcan9ar", que sera descrilo na seqOencia.

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2.3. DISPOSITIVO DE MENSURACAo

Existem varias formas de estudar a elasticidade muscular, seus disturbios e

sua correyao.

Quanta aos procedimentos de mensuraC;8o, he. metodos diretos e indiretos.

Os diretos exigem a utiliz8c;ao de instrumentos de medida que possam determinar a

amplitude alcangada em graus na realiz8C;80 de urn movimento envoi venda

determinada articulagao. Sao utilizados a gonibmetro e 0 flexbmetro de Leighton. No

metoda indireto sao utilizadas medidas lineares de distElncia entre segmentos ou de

urn objeto externa e a que mais S8 utiliza e a flexao do troncD a frente, na posic;ao

sentada, procurando alcanc;ar com as maDS a maior distancia passive I em relac;ao a

posi~ao inicial, denominada de "sentar e alcan~ar" ou teste do Banco de Wells.

"0 teste de 'sentar e alcanl'ar'proposto originalmente pelo professor Wells

procura analisar varias articula96es. Principalmente, a flexibilidade da regiao

sacrolombar e regiao posterior da coxa; bem como possfveis desvios ou

encurtamentos musculares assimetricos na regiao posterior do corpo" (BORBA,

1996).

Este teste foi elaborado para substituir 0 teste de flexibilidade, que exigia a

pessoa de pe num banco de ginasio. Neste "teste de banco", os bra<;os e 0 tronco

ficavam relaxados para frente, com as maos diante de uma escala vertical ligada aparte da frente do banco. 0 indivfduo flexionava 0 tronco quatro vezes, com os

joelhos em extensao; e, na quarta vez, alcan<;ava a posi<;ao maxima de flexibilidade.

Wells e Dillon resolveram que seria mais aconselhavel realizar 0 teste na posi<;Elo

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sentada e desenvalveram a chamada "Teste do Banco de Wells".

Ha a necessidade de S8 observar alguns procedimentos para a aplicayao

deste teste, como a verific8c;:ao dos habitos de padroes de movimento dos

avaliados, aquecimento previa e temperatura. Neste intuito, e importante que 0

aquecimento seja igual para tados as avaliados e que acanteya nas mesmas

condic;:oesde temperatura e de realizac;ao do mesmo. Alem disso, para que a

medida seja mais precisa, e recomendado que a avaliado faya 0 teste pelo men os

tres vezes, optando par registrar 0 melhor resultado alcanc;ado.

o avaliador devera fixar os joelhos dos avaliados, em razao da tendEmcia natural de fiexionaros joelhos Quando 0 alongamento dos musculas dorsa is e posteriores da perna. 0 avaliadodevera manter·se na posit:;:ao final atcanyada no minima par dais segundos para que hajauma melhor defini((ao da medida obtida. Ainda, devera ser observado um perfeitoalinhamento das maos quando da tenlativa de obler a maior amplitude, 0 que fez com que aAAPHERD (1984) sugerisse que as maos fossem sobrepostas uma sobre a outra procurandoevitar uma possivel deturpa((aO da medida em virtude de problemas de postura dos ombros(GUEDES e GUEDES, 1997, p. 83).

Como procedimento, BORBA (1996), afirma que 0 avaliado deve estar

descah;o, sentado a frente da caixa, denominado "Banco de Wellsn, com as pernas

totalmente estendidas e com os pes encostados neste aparelho. Os brayos devem

estar estendidas sabre a plataforma de avalial,(ao e as palmas das maas viradas

para baixo, uma ao lado da outra. Em seguida, 0 avaliado devera alcanl,(ar a maior

distancia posslvel, flexionanda a tronco para frente e estendenda as maas sabre a

caixa. Faz-se tres tentativas, anota-se os resultados, ignora-se as dais menores e

opta-se pelo maior valor de referencia alcanyada.

Com este protocolo, pode-se observar, ainda, se ha assimetria significativa

entre a mao dire ita e a mao esquerda.

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Para a confiabilidade deste teste, LEIGHTON registra como 98%. Este indice

e encontrado ap6s a execug8.o do teste, permanecendo par volta de dois segundos

na posigao estendida e medindo-se a distancia que foi alcangacta, em centimetros.

o avaliado deve executar tres vezes 0 teste e anota-s8 0 maior valor dentre as

tentativas.

ACHOUR JUNIOR (1996) afirma que este teste "e util pela pouca

necessidade de espago, pelo pouco tempo na aplicabilidade do teste, pelo material

de baixo Gusto, de facil aplic8yao e transporte e e segura".

Assim sendo, para a execug8,o desta pesquisa, utilizau-se 0 protocolo do

Teste do Banco de Wells, no inicia do trabalho e ap6s seis meses de aplic8gao do

alongamento com bola SUiy8 para aferir 0 grau de encurtamento e ganho muscular.

2.4. CADEIA MUSCULAR POSTERIOR

Sabe-s8 que 0 estudo da cadeia muscular postural nao e tao recente, porem,

seu conceito e interpretagao vern modificando-se com 0 decorrer dos anos.

Na decada de cinquenta, conforme afirmam TANAKA e FARAH (1997), "0

termo cadeia de musculos foi utilizado para descrever 0 metodo criado por Herman

Kabat. Segundo este metodo, os padr6es de facilita9ao de movimentos em espiral e

diagonal estao em harmonia com as caracteristicas morfologicas em espiral do

sistema musculo-esqueletico"

Na decada de sessenta, Godelieve Oenys-Struyf elaborou 0 metodo das

cadeias osteoarticulares e musculo-aponeuroticas e as tscnicas GOS.

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Na decada de setenta, Frangoise Mezieres defendeu seu estudo baseando-o

no encadeamento muscular, vista que a tonus da musculatura posterior e multo

importante para a sustentagao da postura bipede do homem.

Na decada de oitenta, Philippe-Emmanuel Souchard elaborou a Ginastica

Postural Global, a qual foi embasada na compreensao das cadeias museu lares

posturais.

o entendimento das cadeias museu lares facilita a compreensao da func;ao

muscular na biomecanica da postura, bern como de suas alteragoes, pois, "a aC;8o

integrada dos museu los que constituem as cadeias musculares e responsavel pela

manutenc;ao do alinhamento postural. Tomando-se como referenda a cadeia

muscular posterior, poderemos discutir como as demais cadeias e a parede

abdominal atu8m como moduladores, determinando no conjunto a posig80 do

segmento" (TANAKA e FARAH, 1997, p. 41).

Como base desta pesquisa, sera utilizado 0 estudo da cadeia posterior

segundo CITTONE (1999), que compreende:

a) os museu/os do pescofo se distribuem em quatro pianos:

- 0 plano profunda, que compreendem as musculos sub-occipita is: pequeno

quadrado, grande quadrado, pequeno obliquo, grande obliquo, tambem

denominados ciberneticos do pescoyo, alem dos musculos transversa espinhal e as

interespinhais.

- 0 plano dos complexus que compreendem 0 pequeno complexus e 0 grande

complexus, 0 transversal do pescoyo e 0 sacrolombar.

- 0 plano do esplenio e do angular.

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16

- 0 plano superficial farmada pelo trapezia e a parte superior do

esternocieidomastofdeo.

b) as museu/os posteriores do troneo se distribuem em tres grupos:

b.1) 0 grupo posterior:

- Plano dos espinhais: transversal espinhal, longo dorsal, sacrolombar,

epiespinhoso (as tres primeiros S8 reunem e formam a massa comum);

- Plano dos pequenos denteados posteriores;

- Plano dos romb6ides;

- Plano superficial formado pelo grande dorsal e trapezia.

b.2) 0 grupo media compreende 0 quadrado lambar e as intertransversarios

b.3) 0 grupo anterior compreende 0 musculo ilia psoas.

c) Osmuseu/os posteriores do membra superior

Triceps do brago

Dais pianos para a antebrac;:o:

- 0 plano profunda compreende 0 lango abdutor do polegar, 0 curto extensor do

polegar, 0 lango extensor do polegar, eo extensor pr6prio do indicador;

- 0 plano superficial compreende a extensor comum dos dedos, 0 extensor proprio

do dedo minimo, 0 cubital posterior eo anc6neo;

d) Os museu/os posteriores do membro inferior:

A regiao glutea, organizada em tres pianos:

- Plano profunda: glutea minima e musculas peritrocanterianos (piramidal do quadril,

obturador externa, abturadar interna, gemeos superior e inferior, quadrada lombar).

- Plano media constituido pelo gluteo medio

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- Plano superficial: gluteo maximo e tensor da fascia lata.

Os museu los posteriores da coxa au museu los fsquiotibiais: biceps femoral,

semitendineo e semimenbranaceo.

Os museu los posteriores da perna:

- Plano profundo: popliteo, tibial posterior, flexor longo comum dos dedos, flexor

longo proprio do halux.

- Plano superficial: musculo triceps sural composto dos gemeos e do sal ear, ele S8

insere par intermedin do tendao de aquiles na face posterior do calcanea.

Observag8o: neste conjunto, e importante diferenciar as museu los longos e

superficiais, motores dos movimentos, tambem chamados museu los profundos,

curtos, respons8veis pelo ajuste e fix8C;80 articular.

2.5. A BOLA SUiCA COMO RECURSO CINESIOTERAplCO

o emprego da bola suiga foi originada pela Dr Suzanne Klein Vogelbach,

diretora de urn programa de fisioterapia em Basel, SUiC;8 e autera do video Cinetico

Funcional.

FOi, inicialmente utilizado par Suzanne Klein Vogelbach, como metoda de

exercicio em escolas, sendo, posteriormente, aplicado em pacientes p6s-cirurgia

ortopedica de quadril e joelho, visando a aumento da amplitude de movimento

promovendo excelentes resultados (HANSON e HAYMAM, 1980).

Durante os anos de 1971 e 1972, Vogelbach empregou a tecnica de bola

SUfya em uma clfnica ortopedica em Heidelberg-Alemanha, como coadjuvante no

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tratamento de pacientes com incompleta leSaD medular, objetivando aumentar fOf9C3

e coordenag8o, isolar e facilitar a fraqueza ou mau funcionamento de grupos

museu lares, aumentar a amplitude de movimento e condicionamento gera!. Relatou,

apos dais anos de estudos, que sua metodologia proposta foi eficaz na melhora dos

pacientes em tratamento.

Foi, tambem, aplicada par Vogelbach em pacientes com paralisia cerebral e

em pacientes com hemiplegia decorrentes de AVes, visando ao alongamento

muscular, equillbrio e coordenag8o.

HANSON e HAYMAM (1980), trabalhando no Rehabilitation Institute of

Chicago, empregaram 0 metodo Vogelbach de bola Sui98 como metodo de

avaliag80 e tratamento de pacientes com diversos tipos de desordens neurologicas,

no qual obteve resultados expressivos no alongamento muscular, equilibrio e

coordena9ao de movimentos.

Foram por estes motivos que se optou trabalhar 0 alongamento da cadeia

muscular posterior com 0 uso da bola suf98.

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19

3. MATERIAL E METODO

Para esla pesquisa, optou-se pel a pesquisa de campo.

Como universe de pesquisa, fcram empregados como unidades

experimentais 48 pacientes com 0 objetivo de verificar quantitativa e

qualitativamente a eficacia do protocolo de alongamento de cadeia posterior com

bola sui9a.

o periodo de aplica9fjo da metodologia - 6 meses (01/06/00 iI 01111100) - foi

determinado, tendo em vista que urn periodo menor do que seis meses nao seria

significativo para analise dos resultados, e a escolha da populac;ao foi devido a

grande incidemcia de encurtamento da cadeia posterior em pacientes do sexo

feminino na faixa eta ria e na camada social escolhidas.

As 48 pacientes sao pessoas do sexo feminino, de cor branca, com idades

entre 30 e 35 anos, pertencentes a camada social media alta e com hist6rico de

atividade fisica semelhante. Elas tem p~r habito a pratica de atividade fisica regular

na Academia Sport Batel, situada iI Avenida Nossa Senhora Aparecida 211,

Seminario, Curitiba, Parana, 3 vezes por semana. A modalidade praticada edenominada de Ginastica Aero-local, e consiste de um aquecimento inicial, seguido

de 30 minutes de ginastica aer6bica de baixo impacto e 30 minutes de ginastica

localizada com enfase em fortalecimento muscular (abdomina is, paravertebrais,

gluteos quadriceps e panturrilhas), finalizando com um alongamento global de 5

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20

minutos.

o grupo amostral que participou deste estudo tem como prioridade 0

fortalecimento muscular. Ele S8 subdividiu em grupo experimental (24 pacientes que

se submeteram ao protocolo de alongamento proposto) e grupo controle (24

pacientes que nilo se submeteram).

Inicialmente, foi realizada uma seleyao dos alunos. Em seguida, uma

avaliaC;8o inicial, visando determinar 0 grau de elasticidade muscular. Todas as

alunas foram submetidas ao mesmo tipo avalia9ilo, na qual foi utilizado 0 Teste do

Banco de Wells como metoda para aferi~o do grau de encurtamento e do ganho de

alongamento.

Este teste consiste na utilizac;:ao de uma pec;a de madeira compensada de

61x20 cm., com linhas horizontais desenhadas com intervalo de 1,3 cm. A linha

central e marcada "0"; as linhas de polegada sao numeradas de 1 em diante, de um

lado, e as do lado oposto sao numeradas de 1 em diante. A base da escala e em

forma de um sinal de adi9ao, feito de tabuas de 27,94cm. colocadas sobre as

bordas. Estas sao conhecidas como tabua em cruz e tabua em eixo. Pegadas sao

desenhadas, uma na superffcie de tabela em cruz, Dutra em cada lado da tabua em

eixo. A escala e ligada as bordas superiores da base, de tal modo que 0 paciente,

estando sentado no chao, com os pes contra as pegadas, a linha zero coincide com

a superiicie proxima da tabua em cruz e os valores menores ficam na direc;ao da

pessoa. Outre metodo de construir a escala de numero e embutir uma parte de uma

regua graduada na superficie da tabua de compensado.

Na avaliayao, a paciente se encontrava sentada no chao, descalya, pes em

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posiC;8.0neutra e colocados nas pegadas da tabu a em cruz. Nesta posiC;8.o elas

realizavam uma flexao anterior de troneD, mantendo extensao de joelho, com as

palmas das maos para baixo ao longo da escala. A disl1mcia maxima alcan~ada eregistrada como medida de flexibilidade.

Durante 0 periodo de aplica~o do protocolo as pacientes foram atendidas

tres vezes par semana - segundas, quartas e sextas feiras - com sess6es de 30

minutos de durac;:8.o, utilizando-se 0 protocolo de alongamento com bola surga.

Assim, apos a aula de Aero-local, seguia-s8 entao, a realiz8C;80 do alongamento

com bola sufc;:a par 30 minutos. Cada exercfcio de alongamento foi mantido par 30

segundos par ser esta urn perfodo de tempo minima para 0 teste desta metodologia,

conforme protocolo de exercfcios apresentados em anexo.

De inieio, alguns exercicios eram para proporcionar maior intimidade dos

alunos com as bolas, notadamente equilibrio e controle de postura. Saliente-se que

os pacientes ficaram protegidos durante todo 0 tempo dos exercicios. Quando

necessario, foi dada assistencia individual, atraves suporte no quadril, joelhos e

tornozelos.

A posi~ao tomada na bola deve constar de postura correta. Os ombros

devem estar nivelados e relaxados, com as brac;os estendidos ao longa do carpa,

para permitir um melhor balan~o e controle da postura. 0 tronco mantido alto e a

pelve inclinada (retrovertida) levemente para frente. A cabe~ deve estar ereta e 0

peso colocado igualmente sabre os dois pes, que deverao estar descalc;os em uma

superffcie que nao seja escorregadia.

A bola (Theraband, 55 e 65 em de diametro), utilizada nesta metodologia e

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suficientemente firme para agOentar 0 peso corporal, e foi inflada para prover uma

superffcie firme e dinamica. Cada paciente utilizou uma bola de acordo com sua

altura, de maneira que as coxas ficassem paralelas ao chao e as pernas formassem

angulos retos nas articulagoes de quadril e joelho.

Ap6s a selegao, avaliagao e subdivisao em grupo experimental e grupo

controle e ap1ic898.0 da metodologia, feZ-S8 nova menSura98,O do grau de

alongamento em em obtidos ap6s a ap1ic898.0 desta tecnica, utilizando-se 0 mesma

procedimento do Teste do Banco de Wells ja realizado.

A partir dai foram analisados os resultados do tratamento, comparando 0

grau obtido na escala em centimetros do grupo experimental e do grupo controle,

para verificar S8 houve aumento do alongamento da cadeia posterior.

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4. APRESENTA<;Ao DOS DADOS

4.1 GRUPO CONTROLE

Antes da aplica~ao Depois da aplicalYao Ganhodo protocolo do protocolo

Nome Paciente Direito Esquerdo Media Direito Esquerdo Media (em) %

AP 1 33 33 33.0 33 33.5 33,3 0,3 0,6

CK 2 33 32,5 32,6 32,5 32,5 32,5 -0,3 -0,6

DR 3 35 35,5 35,3 35,5 36 35,6 0,5 1,4

DT 4 46 46 46,0 47,5 47,5 47,5 -0,5 -1,0

DD 5 48 47,5 47,6 47 46 46,5 -1,3 -2,6

DT 6 36,5 36,5 36,5 36 36,5 36,3 -0,3 -0,6

FM 7 27,5 27,5 27,5 27 27 27,0 -0,5 -1,6

IG 6 22,5 23 22,6 22 23,5 22,6 0,0 0,0

IH 9 34,5 33,5 34,0 34 33 33,5 -0,5 -1,5

JV 10 21,5 22 21,6 20 20 20,0 -1,6 -6,0

LF 11 35,5 35 35,3 34,5 34,5 34,5 -0,6 -2,1

LJ 12 34 33,5 33,6 33,5 33 33,3 -0,5 -1,5

LS 13 26 26 26,0 28 28 26,0 0,0 0,0

LR 14 32 31 31,5 32 31,5 31,8 0,3 0,8

MM 15 23,5 26,5 25,0 24 25,5 24,8 -0,3 -1,0

MR 16 35 34,5 34,6 35 34 34,5 -0,3 -0,7

MS 17 37 36 36,5 37 36 36,5 0,0 0,0

PH 18 28 27,5 27,8 28 27 27,5 -0,3 -0,9

SP 19 30 30 30,0 29 29 29,0 -1,0 -3,3

SS 20 36 36 36,0 36 36 36,0 0,0 0,0

SP 21 44 43 43,5 43,5 43 43,3 -0,3 -0,6

SR 22 24 24 24,0 23,5 23,5 23,5 -0,5 -2,1

TV 23 26 26 26,0 26,5 26,5 26,5 0,5 1,9TM 24 16,5 22,5 19,5 17 22 19,5 0,0 0,0

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GRAFICO 1 - DEMONSTRATIVO DO GANHO I PERDA POR PACIENTE DOGRUPO CO NT ROLE

Oemonstr~tivo'do G~n~oI Perda por pacientc'

GRAFICO 2 - PERCENTUAl - GANHO I PERDA POR PACIENTE DO GRUPOCONTROlE

Percentual - Ganho I P~rda - por"paciente

4,0

2,°t-~~~--.~--__~----~~----,~~--~~~--~·-- __--10,0

-2.0

-4,0 r--,-::,--~--..-4'=--'~,O+-------~----~~--~·-8,0 +-----------:;--':c"''"''::--,,-···--+-~--,-i'''""-'-=-'--ffi~--~--~~~_!

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4.2 GRUPO EXPERIMENTAL

Antes da aplica~ao Oepois da aplicacao Ganho

do protocolo do protocolo

Nome Paciente Direito Esquerdo Media Direito Esquerdo Media (em) %

AK 1 37 37 37,0 41 41 41,0 4,0 10,8

APM 2 33,5 32,5 33,0 39,5 39,5 39,5 6,519,7

APP 3 36,5 37,5 37,0 39 40 39,5 2,56,8

ACD 4 35 355 35,3 37 375 37,3 205,7

CD 5 32,5 31,5 32,0 35 35 35,0 3,09,4

CH 6 33,5 34 33,8 36 36 36,0 2,36,7

CM 7 41 42 41,5 44,5 44,5 445 3,07,2

CB 8 32 32 32,0 36 36 360 4012,5

CP 9 13 13,5 133 16,5 16,5 16,5 3,3 24,5

DE 10 29 29 29,0 35,5 35,5 35,5 6522,4

DF 11 41 40 40,5 42 41 415 1,02,5

D5F 2,9C 12 33,5 34,5 34,0 34,5 35,5 35,0 1,0

DB 13 32 31 31,5 36 36 360 4,5 14,3

EA 14 38 385 38,3 39 39 390 0,8 2,0

GM 15 36 35 35,5 39 39 39,0 3,59,9

I 16 31 31 31,0 33,5 33,5 33,5 2,5 8,1

I J 17 43 43 43,0 44 44 44,0 1,0 2,3

LT 18 38,5 38,5 38,5 40,5 40,5 40,5 2,05,2

MCG 19 22 21 21,5 26 26 26,0 4,5 20,9

M5C 20 44 44,5 44,3 47 48 47,5 3,3 7,3

N 21 33,5 32,5 33,0 36 36 36,0 309,1

R 22 25 25 25,0 27,5 27,5 27,5 2,5 10,0

55 23 37,5 37,5 37,5 40 40 40,0 2,5 6,7

TR 24 37 375 37,3 38 38,5 38,3 1,02,7

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26

GRAFICO 3 - COMPARATIVO DO ANTES E DE POlS DA APLlCA9AO DO

PROTOCOLO DE ALONGAMENTO EM RELA9AO AO GANHO DE

ALONGAMENTO DO GRUPO EXPERIMENTAL

GRAFICO 4 - DEMONSTRATIVO DO GANHO EM (CM) DE ALONGAMENTO POR

PACIENTE DO GRUPO EXPERIMENTAL

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27

GRAFICO 5 - PERCENTUAL DE GANHO DE ALONGAMENTO POR PACTENTE

DO GRUPO EXPERIMENTAL

GRAFICO 6 - NUMERO DE PACIENTES EM RELACAO AO GANHO EM CM

GANHO QUANTI DADE

Ate 1 5

De 1,1 a2 2

De 2,1 a 3 8

De3,1, a4 5

Mais de 4,1 4

Grupo Experimental - Oemonstrativo de Ga.n,ho em em.

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28

GRAFICO 7 - PERCENTUAL DE PACIENTES EM RELAGAO AO GANHO DE

ALONGAMENTO DA CADEIA POSTERIOR

Date 1.1,1 a202,1 a 303,1 a'4

.maisA,1

Grupo Experimental - Demonstrativo de Ganho em em

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5.INTERPRETA<;AO DOS DADOS

Os graficos 1 e 2 referem-se ao grupo contrale, 0 qual nao participou da

aplica<;:aodo pratocolo de alongamento com bola sui<;:a,participando apenas da

mensurag.3o no Teste do Banco de Wells, que aconteceu antes e ap6s os 6 meses

da aplic8g8o da metodologia. Conforme resultado dos graficos 1 e 2, verificou-se

que nao houve ganho de alongamento muscular e, na maioria dos cases, houve

perda desse.

"E mais facil prevenir 0 encurtamento muscular com exerdcios de

alongamento do que realizar exercfcios de alongamento ap6s 0 encurtamento

muscular crbnico" (CONTURSI, 1986, p. 54).

Em relag80 ao grupo experimental, composto de 24 casas, verifica-se que,

conforme os graficos 3, 4, 5, 6 e 7 e tabela do grupo experimental, todos tiveram

ganho significativ~ de alongamento de cadeia posterior.

E necessario enfatizar que, no processo de selegao dos pacientes, a maioria

comentou que os 5 minutos de alongamento global que praticam na aula nao eram

suficientes para a manutenyao da postura e do alongamento propriamente dito, pois

estes relataram desalinhamento postural e algias em regiao lombar.

Durante a avaliayao inicial, verificou-se ainda que 16 individuos conseguiam

alcanyar mais longe com um dos membros. Ap6s a aplicayao desta metodologia,

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observou-se que somente 7 individuos apresentavam assimetria entre membra

superior direito e esquerdo e 11 individuos apresentaram simetria.

Observa-s8 que as resultados obtidos ap6s a metodologia aplicada, com a

grupo experimental, foram:

Aumento da amplitude de movimento global;

Melhora da Ilexibilidade;

Ganho de alongamento mensurado atraves do Banco de Wells;

Melhorar lorl'a, equilibrio, contrale e coordenal'80 de movimentos devido aos

exercicios realizados sobre a bola Suic;a;

Melhora da postura.

"0 trabalho da flexibilidade e muito utilizado como adjuvante no tratamento

de les6es musculo-articulares e/ou recuperaC;8o de cirurgias do aparelho locomotor,

devolvendo a musculatura a sua elasticidade normal atraves de exercicios de

alongamento" (CONTURSI, 1986, p. 08).

Para que 0 alongamento seja elicaz, a pessoa que trabalha deve ter certos

conhecimentos basicos, de modo a evitar futuras les6es, consequencia de

movimentos errados ou desnecessarios. Tais conhecimentos devem abranger tanto

a musculatura e as articulac;6es, quanto 0 corpo humano de um modo geral.

Assim, 5e laz necessario que haja um trabalho de alongamento com um

profissional qualificado, para que as pessoas obtenham resultados positivos para

sua vida, seja em nivel de sallde, de postura au de bem-estar, alem de amenizar

problemas de les5es.

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6. CONCLUSAO

Hoje, a atividade fisiea diaria e quase inexistente. Ha inumeros artificios

tecnol6gicos capazes de upoupar trabalho", tarnar a vida mais agradavel e simples,

porem, tern urn certo custo, islo e, eliminou-se, au diminuiu-se a atividade ffsica

diaria.

o que 0 alongamento visa com a sua pn3:tica regular e a melhora em alguns

aspectos da vida, ou sauda, relaxando a tensao muscular e alinhando 0 corpa,

buscando, assim, fazer com que 0 sistema do organismo melhora completamente.

Para que urn corpo funcione perfeitamente, ele precisa estar alinhado, e 0

alongamento presta seu auxilio equilibrando as museu los, corrigindo a posic:;ao da

pelve e alinhando as curvaturas da col una. Alem disso. 0 alongamento. de uma

forma geral, nao proporciona somente beneffcios fisicos. Ele serve como fuga para

muitos que trabalham direto, as vezes ate mais que 8 horas e procuram no

alongamento, uma forma de liberar 0 stress da sua jornada.

Com rela~ao a metodologia de alongamento com bola sui~a. verificou-se.

atraves da mensurac;ao do alongamento da cadeira posterior utilizando-se 0 Teste

do Banco de Wells, que houve um ganho, podendo-se enumerar os beneffcios da

seguinte forma:

- Aumento da amplitude de movimento;

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Ganho alongamento em centimetros, variando de 0,1 a 6.5 em.

Melhora da Ilexibilidade, lor9a, equilibrio, controle e coordena9ao de

movimentos;

Melhora na simetria dos membros;

Melhora da postura;

Portanto, conclui-se que durante os 6 meses de trabalho loi desenvolvido e aplicado

urn protocolo de alongamento muscular da cadeia posterior com bola SUig8.

Atraves dos ganhos mensurados no Banco de Wells comprovou-se que houve

ganhos significativos de alongamento no grupo experimental em relay80 aD grupo

controle. Os resultados comprovam tambem a eficc3ci8 do metoda de alongamento

proposto para a cadeia muscular posterior. as resultados alcanr.;ados t9mbem

sugerem a necessidade de urn novo estudo comparando 0 resultado obtido no

alongamento com bola SUig8 em relay80 a metodos de alongamento convencionais.

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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ANEXOS

PROTOCOLO DE EXERCiclOS DE ALONGAMENTO DA CADEIA POSTERIOR

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