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II Fórum de Bioética um Ética e Legislação Alexandre Juan Lucas Mestre em Bioética Salvador 2011 VIII ENENGE - SOBRAGEN

Alexandre Juan Lucas

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Page 1: Alexandre Juan Lucas

II Fórum de Bioética

um

Ética e Legislação

Alexandre Juan Lucas

Mestre em Bioética

Salvador

2011

VIII ENENGE - SOBRAGEN

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-Pode dizer-me que caminho devo tomar?

- Isto depende do lugar para onde você quer ir.

(Respondeu com muito propósito o gato)

-Não tenho destino certo.

- Neste caso qualquer caminho serve.

(“Alice no País da Maravilhas” – Lewis Carroll)

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• PODE x NÃO PODE

• CERTO x ERRADO

• SIM x NÃO

• BEM x MAL

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“Toda arte e toda a indagação, assim como

toda ação e todo propósito, visam algum

bem.”

Aristóteles - “Ética a Nicômaco”

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Ética

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• A Ética é definida como o julgamento docomportamento humano, entre o bem e omal, o certo e o errado, sendo umaciência que trata das escolhas, daconduta, do estudo dos princípios evalores morais que guiam as ações ecomportamentos de uma pessoa.

• ___

• GOLDIM, J. R. Manual de iniciação à pesquisa em saúde. Porto Alegre: Dacasa, 1997.

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Moral

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• A palavra moral vem do latim, mos-mores, e significa costumes, conduçãoda vida e regras de comportamento; nosentido amplo remete ao agir humano,aos comportamentos e escolhas e fazpensar em hábitos sociais, normas,regras de comportamento, princípios evalores.

• ____

• DURAND, G. Introdução geral à bioética: história, conceitos e instrumentos. São Paulo: Loyola, 2003.

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• A Bioética surgiu em 1971 com apublicação da obra “Uma ponte parao futuro”, que trouxe a definição dotermo especificada pelo oncologistanorte-americano Van RensselaerPotter como uma ciência da vida, dasaúde e do meio ambiente, tendo,assim, característica interdisciplinarao abranger as ciências humanas,dasaúde, sociais e biológicas.

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PESSINI L.; BARCHIFONTAINE, C. de P. Fundamentos da bioética. São Paulo: Paulus, 2008.

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• TEMAS EM BIOÉTICA:

• ABORTO

• REPRODUÇÃO ASSISTIDA

• CLONAGEM

• EUTANÁSIA, DISTANÁSIA, MISTANÁSIA

• CUIDADOS PALIATIVOS

• PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE

• LEGISLAÇÃO ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

• PRIVACIDADE E SIGILO

• HUMANIZAÇÃO JUSTIÇA

• DIGNIDADE E SOLIDARIEDADE

• DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

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• “o estudo sistemático das dimensões morais, incluindo a visão, a decisão, a conduta e as normas, das ciências da vida e da saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas num contexto interdisciplinar”.

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DECLARAÇÃO universal sobre bioética e direitos humanos. O Mundo da Saúde, São Paulo, v.29, n.3, p.457-458, jul./set.,

2005.

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• A Bioética é, pois, uma forma de Ética, eessa Ética, no sentido em que aentendemos aqui, consiste em elaborarjuízos, em formular compromissos,diretrizes e políticas indispensáveis emuma sociedade pluralista, quandoindivíduos ou grupos se enfrentam emquestões referentes às ciências da vida.

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DALL'AGNOL, D. Bioética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

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• A Bioética procura a fundamentação da ação,através da reflexão sobre os princípios quedeterminam o agir humano; no plano de ação,procura a normatividade na elaboração deregras que orientem o comportamento humano.É nesta dupla exigência característica daBioética que ela garante, respectivamente, acoerência e a objetividade de sua reflexão, aomesmo tempo em que também a suacapacidade de intervenção e eficácia de suaação.

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DECLARAÇÃO universal sobre bioética e direitos humanos. O Mundo da Saúde, São Paulo, v.29, n.3, p.457-458,

jul./set., 2005.

Page 15: Alexandre Juan Lucas

• Frente às inovações científicas e tecnológicas, uma série de questionamentos são incorporados na análise bioética, quanto à:

• vida saúde

• dignidade

• direitos

• deveres

• responsabilidades

• decisões éticas

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Dilemas Éticos

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• Os Dilemas éticos envolvem anecessidade de escolher entre dois oumais cursos de ação moralmenteaceitáveis ou não.

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DURAND, G. Introdução geral à bioética: história, conceitos e instrumentos. São Paulo: Loyola, 2003.

Page 18: Alexandre Juan Lucas

• Os dilemas éticos e moraisenfrentados diariamente pelosprofissionais, torna seu estudo,discussão, reflexões e intervenções,imprescindíveis ao exercício dasprofissões.

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DURAND, G. Introdução geral à bioética: história, conceitos e instrumentos. São Paulo: Loyola, 2003.

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Pro

fissional d

e Enferm

agem

Promoção

Prevenção

Recuperação

Reabilitação da saúde

Autonomia Avaliação em Saúde

Integrante de

equipes de

saúde

Necessidades de saúde da população

Defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais

Universalidade

Integralidade

Preservação da autonomia

Participação da comunidade

Hierarquização

descentralização político-administrativa

Vida, dignidade e direitos humanos Dimensões Sociais e Espirituais

Competênciapromoção ser humano na

integralidade

Ética

Bioética

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Conhecimento

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Autonomia

Page 23: Alexandre Juan Lucas

Competência

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Habilidades

Page 25: Alexandre Juan Lucas

Atitudes

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Liderança

Page 27: Alexandre Juan Lucas

Processo Decisório

Page 28: Alexandre Juan Lucas

Empreendedorismo

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Comprometimento

Page 30: Alexandre Juan Lucas

Relacionamento Interpessoal

Page 31: Alexandre Juan Lucas

Senso Crítico-Reflexivo

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Constituição

Código Penal

Código Civil

Código de Defesa do Consumidor

Direitos dos pacientes

Page 33: Alexandre Juan Lucas

Estatutos

Portarias Ministeriais

Legislações Profissionais

Códigos de Ética Profissional

Declarações de Bioética e Direitos Humanos

Ética em Pesquisa

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• O fruto desta reflexão é apresentado sob a forma deregras nos Códigos de Ética, adotados oficialmente porum determinado grupo de profissionais.

• Estes códigos contêm, assuntos sobre as exigências(conjunto de direitos e obrigações) do profissional emsua relação com o cliente, o público, seus colegas e suacorporação.

• Além de verdadeiras normas éticas e morais, regrasadministrativas que visam assegurar a qualidade doexercício da profissão.

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DURAND, G. Introdução geral à bioética: história, conceitos e instrumentos. São Paulo: Loyola, 2003.

Page 36: Alexandre Juan Lucas

Preâmbulo

Capítulo I – Das Relações Profissionais - 80 Artigos

Capítulo II – Do Sigilo Profissional - 5 Artigos

Capítulo III – Do Ensino, Pesquisa e

Produção Técnico-Científica - 17 Artigos

Capítulo IV – Dos Direitos - 9 Artigos

Capítulo V – Das Infrações e Penalidades - 12 Artigos

Capítulo VI – Da Aplicação das Penalidades - 6 Artigos

Capítulo VII – Das Disposições Gerais - 3 Artigos

Cada Capítulo está sub-dividido com seções elencando os direitos, as responsabilidades, a relação com cliente e coletividade, os deveres e as proibições.

ao todo – 132 Artigos

Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem

_______Resolução COFEN - 311/2007 Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

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Imperícia

Imprudência

Negligência

OmissãoSubmissão

Conivência Subserviência

Page 38: Alexandre Juan Lucas

• Negligência do latim negligêntia, denegligeri (desprezar, desatender, nãocuidar)

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SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

Page 39: Alexandre Juan Lucas

• A imperícia é definida como a falta deperícia, de experiência, ou seja, ainabilidade, a incompetência, e ainaptidão ao trabalho, definida como onão saber fazer e incorrer no erro pelaprática inadvertida.

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SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

Page 40: Alexandre Juan Lucas

• A palavra imprudência, contrária àprudência, entendida como previsão evigilância é derivada do latim imprudentia(falta de atenção, imprevidência, descuido),tem sua significação integrada deimprevisão.

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SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

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• O dano pode significar injúria, violaçãode direitos, difamação, tortura física epsíquica.

• O dano pode ser causado a si próprio ouao outro. O conceito de dano é entendidoa partir da apresentação de regras quepodem ser inferidas neste princípio.

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SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

Page 42: Alexandre Juan Lucas

Autonomia x

Vulnerabilidade

Page 43: Alexandre Juan Lucas

A palavra autonomia, derivada do grego autos

(próprio) e nomos (regra, lei)

Direito de liberdade, privacidade, escolha

individual, vontade, ser o motor do próprio

comportamento.

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BEAUCHAMP, T.; CHILDRESS, J. F. Principles of biomedical ethics. New York: Oxford University, 2002.

Page 44: Alexandre Juan Lucas

Beneficência x Dano

Page 45: Alexandre Juan Lucas

Na linguagem comum a palavra beneficência

significa ato de compaixão, bondade, caridade,

altruísmo, amor e humanização.

Refere-se a uma ação realizada em benefício de

outros;

A obrigação moral de agir em benefício de

outros.

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BEAUCHAMP, T.; CHILDRESS, J. F. Principles of biomedical ethics. New York: Oxford University, 2002.

Page 46: Alexandre Juan Lucas

Justiça x Ilicitudes

Page 47: Alexandre Juan Lucas

O princípio de justiça é equivalente à

equidade, merecimento (que é merecido) e

prerrogativa (aquilo a quem alguém tem

direito).

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BEAUCHAMP, T.; CHILDRESS, J. F. Principles of biomedical ethics. New York: Oxford University, 2002.

Page 48: Alexandre Juan Lucas

Responsabilidade x

ResponsabilizaçãoInfração Ético-Legal

Page 49: Alexandre Juan Lucas

O agir com coerência é ter responsabilidade.

A responsabilidade, que se opõe à reflexão

superficial, incompleta ou parcial que resulte em

uma tomada de decisão fácil, automática,

arbitrária, uma decisão tomada por obediência

ou por conformismo.

Uma ética da responsabilidade pressupõe a

ética de um sujeito livre, dotado de prudência,

coragem e convicção

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BEAUCHAMP, T.; CHILDRESS, J. F. Principles of biomedical ethics. New York: Oxford University, 2002.

Page 50: Alexandre Juan Lucas

• Assegurar a assistência livre e isentade riscos provenientes da imperícia,imprudência, negligência e omissãoético-profissional, em defesa dosinteresses e direitos da sociedade e dosdireitos dos profissionais ao plenoexercício profissional.

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Page 52: Alexandre Juan Lucas

Parabéns a todos!

Sucesso !

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Page 53: Alexandre Juan Lucas

Referências

BEAUCHAMP, T.; CHILDRESS, J. F. Principles of biomedical ethics. New York: Oxford University, 2002.

DALL'AGNOL, D. Bioética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

DECLARAÇÃO universal sobre bioética e direitos humanos. O Mundo da Saúde, São Paulo, v.29, n.3, p.457-458, jul./set.,

2005.

DURAND, G. Introdução geral à bioética: história, conceitos e instrumentos. São Paulo: Loyola, 2003.

GOLDIM, J. R. Manual de iniciação à pesquisa em saúde. Porto Alegre: Dacasa, 1997.

PESSINI L.; BARCHIFONTAINE, C. de P. Fundamentos da bioética. São Paulo: Paulus, 2008.

SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

Fotos – google.com.br