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DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA 2 º Domingo de Páscoa A decisão de dedicar o segundo do- mingo da Páscoa à Misericórdia Divina foi anunciada por João Paulo II, em 30 de abril de 2000, durante a homilia para a canonização da Irmã polaca Maria Faustina Kowalska. «É impor- tante, disse, que captemos integral- mente a mensagem que nos vem da palavra de Deus, neste segundo Do- mingo de Páscoa, que doravante, em toda a Igreja, se chamará «Domingo da Misericórdia Divina». Em 23 de maio de 2000 a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou o seguinte Decreto: «Por todo o mundo, o se- gundo Domingo da Páscoa irá receber o nome de Domingo da Divina Misericórdia, um convite perene para os cristãos do mundo enfrentarem, com confiança na divina benevolência, as dificuldades e desafios que a humanidade irá experimentar nos anos que virão». Podemos atribuir ao Domingo da Divina Misericórdia uma dupla finalida- de: a de confiarmos na misericórdia de Deus e a de nós mesmos sermos misericordiosos uns para com os outros. O Papa S. João Paulo II exorta - nos: «Sede misericordiosos, assim como Deus é misericordioso, e como Ele manifestou humanamente a Sua miseri- córdia no Seu Filho Jesus Cristo. Estai sempre disponíveis a acolher quem errou e perdoai de coração a quem vos ofendeu, assim como Deus Pai vos perdoa e vos acolhe». A misericórdia tem sido também um dos temas do magistério do Papa Francisco, o apóstolo da cultura do encontro. Propôs a celebração do Jubi- leu Extraordinário da Misericórdia. Ele diz - nos: «O rosto de Deus é o de um Pai misericordioso que tem sempre paciência. Um pouco de misericórdia, afirmou também, torna o mundo menos frio e mais justo. Deus é o Pai amoroso que nos perdoa sempre, que tem um coração de misericórdia para todos nós. Também nós aprendamos a ser misericordiosos com todos. Num mundo marcado por gestos de vingança e de violência é imperioso que nós, os cristãos, não vejamos no outro um inimigo mas um irmão. Que vençamos a inimizade com a força do amor. Que cultivemos uma mentalidade e uma prática de não violência, preferin- do ao uso da força o caminho do diálogo e a afirmação dos valores. Que sejamos abertos para com os necessitados, os pobres, os marginalizados.” Paróquia de São José Algueirão - Mem Martins - Mercês Ano XX . N.º 898 II Domingo De Páscoa Ano A MISSAS DOMINICAIS (ONLINE) NA NOSSA PARÓQUIA: https://www.facebook.com/sjose.algueirao ou no site da paróquia (transmissão da Santa Eucaristia) “Ser misericordioso é saber perdoar e o perdão é indispensável para uma sadia vida em comunidade, a começar pela mais pequena das comunidades que é o casal.” «O mundo dos homens só poderá tornar - se ‘cada vez mais humano’ quando introduzirmos em todas as relações recíprocas, que plasmam a sua fisionomia moral, o momento do perdão, tão essencial no Evangelho», escreveu João Paulo II em «Deus, Rico em Misericórdia». SERVIÇOS DE CARTÓRIO PAROQUIAL Devido à situação de isolamento social em que vivemos, o Cartório Paroquial não está a fazer atendimento presencial, mas só por tele- fone e via mail. Aceitam-se marcações de Missas pelos defuntos ou outras inten- ções. Os Sacerdotes celebram duas Missas diárias com intenções, às 18h00 e às 21h30 em que as pessoas podem acompanhar pelo Fa- cebook. Além disso, podem pedir informações sobre outros sacra- mentos e fazer agendamentos. O telefone de contato para o Cartório: 927 200 800 O Mail: [email protected] Ou [email protected] VISITA PASCAL Como fizemos no ano passado, também este ano era nosso propó- sito fazer a visita Pascal, às famílias. Não podendo fazê-lo fisica- mente, faremos espiritualmente. Neste domingo da oitava da Pás- coa em todas as Eucarisas iremos fazer a oração da bênção Pascal das famílias, que poderão acompanhar pelo Facebook ou pelo Site da Paroquia. Quem não poder seguir pode rezar com a família esta oração que publicamos aqui na folha. Oração visita pascal ( A família reunida pode receber a bênção Pascal. Põe na mesa o cirio pascal ou uma vela, e o crucifixo e rezam juntos esta oração. No final tomam a cruz e passam de mão em mão) Guia: Cristo Ressuscitou! Todos: Aleluia! Aleluia! Guia: Exultemos e cantemos de alegria! Todos: Aleluia! Aleluia! Oremos: Guia: Senhor nosso Deus, que neste dia nos alegrais com o anuncio da Ressurreição de Vosso Filho, dignai-vos abençoar a nossa famí- lia; conservai-a na fé, na paz e na unidade. Ao celebrar a solenida- de da Ressurreição Cristo, Luz da humanidade, possamos também nós ressuscitar para uma vida nova. Por Cristo Nosso Senhor. Amem - Todos rezam o Pai nosso… Guia: Cristo Ressuscitou!

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DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA 2 º Domingo de Páscoa

A decisão de dedicar o segundo do-

mingo da Páscoa à Misericórdia Divina

foi anunciada por João Paulo II, em 30

de abril de 2000, durante a homilia

para a canonização da Irmã polaca

Maria Faustina Kowalska. «É impor-

tante, disse, que captemos integral-

mente a mensagem que nos vem da

palavra de Deus, neste segundo Do-

mingo de Páscoa, que doravante, em

toda a Igreja, se chamará «Domingo

da Misericórdia Divina».

Em 23 de maio de 2000 a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina

dos Sacramentos publicou o seguinte Decreto: «Por todo o mundo, o se-

gundo Domingo da Páscoa irá receber o nome de Domingo da Divina

Misericórdia, um convite perene para os cristãos do mundo enfrentarem,

com confiança na divina benevolência, as dificuldades e desafios que a

humanidade irá experimentar nos anos que virão».

Podemos atribuir ao Domingo da Divina Misericórdia uma dupla finalida-

de: a de confiarmos na misericórdia de Deus e a de nós mesmos sermos

misericordiosos uns para com os outros.

O Papa S. João Paulo II exorta-nos: «Sede misericordiosos, assim como

Deus é misericordioso, e como Ele manifestou humanamente a Sua miseri-

córdia no Seu Filho Jesus Cristo. Estai sempre disponíveis a acolher quem

errou e perdoai de coração a quem vos ofendeu, assim como Deus Pai vos

perdoa e vos acolhe».

A misericórdia tem sido também um dos temas do magistério do Papa

Francisco, o apóstolo da cultura do encontro. Propôs a celebração do Jubi-

leu Extraordinário da Misericórdia. Ele diz-nos:

«O rosto de Deus é o de um Pai misericordioso que tem sempre paciência.

Um pouco de misericórdia, afirmou também, torna o mundo menos frio e

mais justo. Deus é o Pai amoroso que nos perdoa sempre, que tem um

coração de misericórdia para todos nós. Também nós aprendamos a ser

misericordiosos com todos. Num mundo marcado por gestos de vingança

e de violência é imperioso que nós, os cristãos, não vejamos no outro um

inimigo mas um irmão. Que vençamos a inimizade com a força do amor.

Que cultivemos uma mentalidade e uma prática de não violência, preferin-

do ao uso da força o caminho do diálogo e a afirmação dos valores. Que

sejamos abertos para com os necessitados, os pobres, os marginalizados.”

Paróquia de São José Algueirão - Mem Martins - Mercês

Ano XX . N.º 898 II Domingo De Páscoa Ano A

MISSAS DOMINICAIS (ONLINE) NA NOSSA PARÓQUIA: https://www.facebook.com/sjose.algueirao ou no site da paróquia (transmissão da Santa Eucaristia)

“Ser misericordioso é saber perdoar e o perdão é indispensável para uma sadia

vida em comunidade, a começar pela mais pequena das comunidades que é o

casal.”

«O mundo dos homens só poderá tornar-se ‘cada vez mais humano’ quando

introduzirmos em todas as relações recíprocas, que plasmam a sua fisionomia

moral, o momento do perdão, tão essencial no Evangelho», escreveu João Paulo

II em «Deus, Rico em Misericórdia».

SERVIÇOS DE CARTÓRIO PAROQUIAL Devido à situação de isolamento social em que vivemos, o Cartório Paroquial não está a fazer atendimento presencial, mas só por tele-fone e via mail. Aceitam-se marcações de Missas pelos defuntos ou outras inten-ções. Os Sacerdotes celebram duas Missas diárias com intenções, às 18h00 e às 21h30 em que as pessoas podem acompanhar pelo Fa-cebook. Além disso, podem pedir informações sobre outros sacra-mentos e fazer agendamentos. O telefone de contato para o Cartório: 927 200 800 O Mail: [email protected] Ou [email protected]

VISITA PASCAL Como fizemos no ano passado, também este ano era nosso propó-sito fazer a visita Pascal, às famílias. Não podendo fazê-lo fisica-mente, faremos espiritualmente. Neste domingo da oitava da Pás-coa em todas as Eucaristias iremos fazer a oração da bênção Pascal das famílias, que poderão acompanhar pelo Facebook ou pelo Site da Paroquia. Quem não poder seguir pode rezar com a família esta oração que publicamos aqui na folha.

Oração visita pascal ( A família reunida pode receber a bênção Pascal. Põe na mesa o cirio pascal ou uma vela, e o crucifixo e rezam juntos esta oração. No final tomam a cruz e passam de mão em mão) Guia: Cristo Ressuscitou! Todos: Aleluia! Aleluia! Guia: Exultemos e cantemos de alegria! Todos: Aleluia! Aleluia! Oremos: Guia: Senhor nosso Deus, que neste dia nos alegrais com o anuncio da Ressurreição de Vosso Filho, dignai-vos abençoar a nossa famí-lia; conservai-a na fé, na paz e na unidade. Ao celebrar a solenida-de da Ressurreição Cristo, Luz da humanidade, possamos também nós ressuscitar para uma vida nova. Por Cristo Nosso Senhor. Amem - Todos rezam o Pai nosso… Guia: Cristo Ressuscitou!

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“SAIR COM CRISTO AO ENCONTRO DE TODAS AS PERIFERIAS” Largo da Igreja - 2725-061 Mem Martins| Tel: 219226390 | e-mail: [email protected] http://www.paroquiasaojose.pt/

II DOMINGO DE PÁSCOA–19 de Abril de 2020

Patriarcado propõe curso online sobre ‘Os Atos dos Apóstolos’

Em tempo de quarentena e isolamento social, o Patriarcado de

Lisboa propõe um curso online, gratuito e aberto a todos, sobre”

Os Atos dos Apóstolos”. Promovido pelo Centro de Formação à

Distância, do Instituto Diocesano da Formação Cristã (IDFC), esta

formação teve início, quarta-feira, 15 de abril.

“A par com as leituras da liturgia deste Tempo Pascal propomos

um novo itinerário formativo de descoberta do livro dos Atos dos

Apóstolos. Vamos procurar realçar os seus aspetos fundamentais,

o seu contexto, os seus fios condutores mais significativos, tentan-

do compreender o sentido que o autor deu ao texto, tendo em

vista os seus destinatários. Este curso – “Os Atos dos Apóstolos” – é

dinâmico e propõe a leitura integral desta obra de forma atenta,

orante e ativa”, salienta um comunicado.

O Centro de Formação à Distância convida os interessados a visitar

o site www.idfc.patriarcado-lisboa.pt/moodle e a inscrever-se de

forma autónoma e livre.

Uma Igreja em cada casa… Li, nestes dias, um artigo sobre a questão do encerramento das Igrejas por causa do COVID 19, partindo desta simples história: “No século onze, o califa muçul-mano Al-Hakim decretou o en-cerramento de todas as Igrejas no Egito durante nove anos. Foi

um momento de grande angústia e sofrimento para todos os cristãos. Um dia, o Califa passou pelas ruas onde os cristãos residiam e ouviu suas vozes louvando e orando em cada casa. Então ele disse: Abram as suas igrejas novamente e deixem-nos orar como bem entenderem. Eu quis fechar as igrejas para que esquecessem do seu Deus, mas hoje descobri que, ao fechar as igrejas, fiz com que se abrisse uma em cada casa.” Também nestes dias recebi pelo WhatsApp uma anedota que se referia a este mesmo assunto: “O diabo fala com Jesus e diz todo contente: com o Covid19 fechei-te todas as Igrejas. Responde Jesus: pelo contrário, fizeste com que eu abrisse uma em cada casa” São dois factos anedóticos e com sentido de humor, mas exprimem bem claro aquilo que está a acontecer nas nossas casas. É sempre o fenó-meno de que Deus sabe retirar do mal, muito bem. Nestes tempos, esta-mos a fazer com que em cada lar esteja a Igreja viva e isto é uma grande graça porque estamos a descobrir sempre mais o sentido da família como “Igreja doméstica” e também entendemos melhor as palavras de Jesus quando dizia: “Onde dois ou três estiverem reunidos em Meu nome, Eu estou no meio deles” ( Mt.18,20) É verdade que a Igreja comunidade reunida no templo é o verdadeiro corpo de Cristo. Mas talvez tenhamos esquecido um pouco a dimensão da Igreja como família. Temos dado muita importância e, é justo, à Igreja como templo e comunidade e por isso devemos ir à Igreja para rezar. Não podemos, porém, esquecer que a primeira igreja está nas famílias. Perde-mos o valor e a importância de ter um espaço e um tempo para Deus dentro do próprio lar, onde a família tem os seus momentos para rezar juntos. Eram poucas as famílias que mesmo praticantes tinham este santo hábito de rezarem juntas. A maioria das pessoas mais adiantadas em idade devem lembrar bem que o rezar em família era um costume comum e habitual em todas as famí-lias. Todos os dias, muitas vezes antes de deitar, os pais com os filhos para-vam tudo para rezar. Eram orações simples e populares, como o terço, novenas e outras orações dirigidas aos Santos e a Maria. Mas isto ia mar-cando a vida das famílias e dos filhos, que por tradição ou convicção, cria-vam um clima espiritual e de fé onde a referência a Deus era uma coisa natural. Nestes dias de confinamento obrigatório e por não poder participar das celebrações na Igreja, especialmente neste tempo forte como a Páscoa, aquilo que se está a recuperar é este sentido de família, que vive em casa aquilo que faria na Igreja. Pude observar como isso aconteceu na nossa paróquia, em especial na vivência da quaresma, da semana santa e da Páscoa. Vi tantos sinais e testemunhos de famílias que assumiram mesmo este compromisso e vivenciaram em família este tempo forte, celebrando com fé as festas centrais do ano litúrgico. Este modo de viver e celebrar em família, não perde em nada o sentido comunitário da nossa vivência, porque nos sentimos um corpo, estamos em comunhão com a Igreja que vive e celebra aquilo que fazemos na família. Também o facto de não podermos reunir-nos no templo para as celebra-ções fez com que descobríssemos a importância desta dimensão comuni-tária da fé e o valor que ela tem para cada um de nós.

Confrontando-nos com a realidade das celebrações sem a presença de fiéis, celebrando com uma Igreja de bancos vazios, para nós, padres, causa algum arrepio e tristeza. Mas a Eucaristia continua sendo comuni-tária como sempre, e põe em realce a minha missão de sacerdote que tem a possibilidade de celebrar, quando tantos desejam e não podem. Mas sabemos que são esses que continuam a encher os bancos das nossas Igrejas, irmanados pelo desejo de quererem estar ali mas sem poder. A verdade é que esta não presença física, além da fé no corpo místico da igreja reunida ao redor do Ressuscitado, despertou em todos nós um sem número de iniciativas para fazer com que o nosso povo não fique distante e alheio à vida da comunidade. São as missas pelos canais que a internet nos permite; propostas de oração, vigílias, momentos de adoração, via- sacras, catequeses, celebrações penitenciais, terços, nove-nas etc. Todos estes são meios e momentos fortes, que nos fazem acre-ditar que a Igreja não está fechada mas vive na casa de cada um dos seus filhos e filhas. Assim, mesmo que um tal “califa” que hoje podemos chamar, coronaví-rus, nos obrigue a fechar as Igrejas e nos impeça a participação física na Eucaristia ou a comunhão eucarística, ele não pense ter fechado as igre-jas, porque ela, a IGREJA continua viva e forte em todas as nossas famí-lias.

Pe. Manuel

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II DOMINGO DE PÁSCOA–19 de Abril de 2020

MENSAGEM PASCAL DE PAPA FRANCISCO O Papa Francisco dedicou hoje a sua habitual mensagem de Páscoa, antes da bênção ‘Urbi et Orbi’, às vítimas da Covid-19, além dos votos pascais e o anúncio que marca a celebração deste domingo, na Igreja Católica: “«Jesus Cris-to ressuscitou»; «ressuscitou verdadeiramente»! Como uma nova chama, se acendeu esta Boa Nova na noite: a noite dum mundo já a braços com desafios epocais e agora oprimido pela pandemia, que coloca a dura prova a nossa grande família humana”. Hoje penso sobretudo em quantos foram atingidos direta-mente pelo coronavírus: os doentes, os que morreram e os familiares que choram a partida dos seus entes queridos, por vezes sem conseguir sequer dizer-lhes o último adeus”, “Este não é tempo para a indiferença, porque o mundo inteiro está a sofrer e deve sentir-se unido ao enfrentar a pandemia. Jesus ressuscitado dê esperança a todos os po-bres, a quantos vivem nas periferias, aos refugiados e aos sem-abrigo”. Na sua intervenção, o pontífice recordou em particular os idosos e as pessoas sozinhas, os que trabalham em lares de idosos ou vivem nos quartéis e nas prisões, encontran-do-se em “condições de particular vulnerabilidade”, face à possibilidade de contágio pelo novo coronavírus. O Papa rezou pelos médicos e enfermeiros, que “oferecem um testemunho de solicitude e amor ao próximo até ao extremo das forças e, por vezes, até ao sacrifício da pró-pria saúde, bem como por todos os que trabalham para garantir os serviços essenciais necessários à sociedade, as forças da ordem e os militares. Não sejam deixados sozinhos os irmãos e irmãs mais frá-geis, que povoam as cidades e as periferias de todas as partes do mundo.

Vemos e acreditamos Homilia do Sr. Patriarca no dia de Páscoa

Chamados por Maria Madalena, dois discípulos correram ao sepulcro e encontraram-no vazio. De um deles, o discípulo predileto, disse o Evangelho que «viu e acreditou». Não viu o cadáver que era de esperar, mas entreviu o que inesperada-mente acontecera. Restos mortais transformados numa infini-ta vida. Nenhum espaço, nenhum tempo a podia já conter e limitar. Por isso aqui estamos hoje, nesta catedral tão vazia de presenças físicas e tão repleta de Cristo, vencedor da morte. Nenhuma passagem bíblica escutada, nenhum trecho do Evan-gelho deste dia, se ficam por um eco do passado. Daquele se-pulcro vazio jorrou uma vida inextinguível. Os inúmeros vazios deste mundo – estes mesmos do tempo que vivemos – são preenchidos pelo Ressuscitado, aqui e em qualquer lugar que seja. E nós, como o discípulo predileto, aí mesmo lhe entrevemos a presença. O círio que acendemos na Vigília brilhou na noite escura que o cercava. Modo de dizer que a fé, um dom divino, nos abriu os olhos para Cristo, em múltiplos sinais da sua luz. Sinais em que o anúncio pascal resplende agora, espelhado nos olhos de quem crê. Uma grande poetisa já o disse, neste belo verso tão certeiro: «Só o olhar daqueles que escolheste nos dá o teu sinal entre os fantasmas» (Sophia). Refulgiu certamente nos olhos madrugadores da Madalena. Refulgiu nos do discípulo que «viu e acreditou». Depois nos olhos dos que O viram entre eles, sem precisar que lhe abris-sem a porta donde estavam. E nos olhos de incontáveis teste-munhas, refletindo a Páscoa que já vivem. A ressurreição de Cristo tudo garante e impele e a própria hu-manidade o reconhece, porque a notícia pascal lhe alargou o horizonte. Sim, atinge muito mais e bem mais longe, do que o ciclo anual da natureza, em que a Primavera sucede à invernia, em mera repetição do quase igual. Beleza tem alguma, mas não chega, porque o coração humano pede mais. Pede aquilo que a ressurreição de Cristo já lhe deu, como definitivo acesso a outro além. Precisamente àquele sol que não declina, ao perfeito Domingo sem ocaso. Preenchendo a humanidade que salvou, o Ressuscitado reful-ge nestes dias no olhar e nos gestos de muitíssimos que em todos os domínios da vida eclesial ou pública, da saúde ao tra-balho e a tantos serviços indispensáveis, protegem vidas no seu arco natural e face à pandemia que sofremos. Quando os ministros do culto hoje celebram, quase tão sós como naquele sepulcro esvaziado, é sempre a Ressurreição que se assinala, porque isso mesmo são os sacramentos, para a vida do mundo. Quando a oração redobra nas famílias, é também de Ressurreição que assim se trata, pois tudo é vida garantida, quando sobe com Cristo para o Pai. Quando a solidariedade de facto se demonstra, é Cristo que aí mesmo se depara. Assim prometeu e assim cumpre. Referindo-se aos que não desamparam os peregrinos também os emi-grantes de atualmente, os que não tenham agasalho, saúde ou liberdade, declarou: «Sempre que fizestes isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes». A Páscoa de Cristo é uma realidade total e englobante e experimenta-se na caridade praticada.

Os sinos que nesta manhã ressoam cantam todo o bem que hoje é feito, sinal de ressurreição em Jesus Cristo. Desejar Santa Páscoa é impelir ao anúncio e à missão, porque a Pás-coa acontece no que faz, e os primeiros que o souberam não pararam. O sepulcro esvaziou-se, porque a vida que encerrava lhe ir-rompeu. Não como vírus nocivo, mas como amor que vence todo o mal. Assim foi então e continua, no vazio agora pre-enchido por tudo o que se faça em bom apoio. Vencendo solidões, prevenindo e curando a pandemia, mantendo a instrução e o trabalho e em tudo o mais que urgente for. É um enorme compromisso celebrar a Páscoa, no tempo a recriar por todos nós! A verdade é esta e está patente, como aquela grande pedra destapada, porque a vida não coube no sepulcro. Saibamos entrevê-la e anunciá-la, como o discípulo que «viu e acredi-tou». Ainda ficaremos mais convictos, mais seguros e solidá-rios de certeza, em Páscoa realmente partilhada. Sé de Lisboa, 12 de abril de 2020 + Manuel, Cardeal-Patriarca

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“SAIR COM CRISTO AO ENCONTRO DE TODAS AS PERIFERIAS” Largo da Igreja - 2725-061 Mem Martins| Tel: 219226390 | e-mail: [email protected] http://www.paroquiasaojose.pt/

II DOMINGO DE PÁSCOA–19 de Abril de 2020

Não lhes deixemos faltar os bens de primeira necessidade, mais difíceis de encontrar agora que muitas atividades estão encerradas, bem como os medicamentos e sobretudo a possi-bilidade duma assistência sanitária adequada”. O Papa defendeu o abrandamento de sanções internacionais, para que todos os Estados possam acudir às “maiores necessi-dades do momento atual”, bem como uma redução ou mesmo perdão da dívida dos países mais pobres. A mensagem alertou para a possibilidade de ressurgimentos de “egoísmos” nacionalistas, num recado à União Europeia, considerando que o atual desafio colocado pela resposta à pandemia vai determinar o seu futuro. “Este não é tempo para egoísmos, pois o desafio que enfrenta-mos nos une a todos e não faz distinção de pessoas. Entre as muitas áreas do mundo afetadas pelo coronavírus, penso de modo especial na Europa. Depois da II Guerra Mundial, este amado Continente pôde ressurgir graças a um espírito concre-to de solidariedade, que lhe permitiu superar as rivalidades do passado. É muito urgente, sobretudo nas circunstâncias pre-sentes, que tais rivalidades não retomem vigor; antes, pelo contrário, todos se reconheçam como parte duma única famí-lia e se apoiem mutuamente. Hoje, à sua frente, a União Euro-peia tem um desafio de época, de que dependerá não apenas o seu futuro, mas também o do mundo inteiro. Que não se se perca esta ocasião para dar nova prova de solidariedade, inclu-sive recorrendo a soluções inovadoras. “ O Papa aludiu aos sofrimentos físicos e problemas económicos que a crise tem gerado, afetando “inesperadamente a vida de milhões de pessoas”. Encorajo todas as pessoas que detêm responsabilidades políti-cas a trabalhar ativamente em prol do bem comum dos cida-dãos, fornecendo os meios e instrumentos necessários para permitir a todos que levem uma vida digna e favorecer – logo que as circunstâncias o permitam – a retoma das atividades diárias habituais”. Francisco destacou ainda que, para muitos, ficar em casa, devi-do às medidas de isolamento social, “foi uma ocasião para refletir, parar os ritmos frenéticos da vida, permanecer com os próprios familiares e desfrutar da sua companhia”. (Papa Francisco)

2º Domingo da Páscoa - Ano A

Domingo da Divina Misericórdia

A liturgia deste domingo apresenta-nos a comunidade de Homens No-

vos que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a Igreja. A sua missão

consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição.

Na primeira leitura temos, na “fotografia” da comunidade cristã de

Jerusalém, os traços da comunidade ideal: é uma comunidade fraterna,

preocupada em conhecer Jesus e a sua proposta de salvação, que se

reúne para louvar o seu Senhor na oração e na Eucaristia, que vive na

partilha, na doação e no serviço e que testemunha – com gestos concre-

tos – a salvação que Jesus veio propor aos homens e ao mundo.

No Evangelho sobressai a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o

centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estru-

tura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite en-

frentar as dificuldades e as perseguições

A comunidade cristã é uma família de irmãos, reunida à volta de Cristo,

animada pelo Espírito e que tem por missão testemunhar na história a

salvação. Ela gira em torno de Jesus, constrói-se à volta de Jesus e é d’Ele

que recebe vida, amor e paz. Sem Jesus, estaremos secos e estéreis,

incapazes de encontrar a vida em plenitude; sem Ele, seremos um reba-

nho de gente assustada, incapaz de enfrentar o mundo e de ter uma

atitude construtiva e transformadora; sem Ele, estaremos divididos, em

conflito, e não seremos uma comunidade de irmãos… A comunidade

tem de ser o lugar onde fazemos verdadeiramente a experiência do

encontro com Jesus ressuscitado. É nos gestos de amor, de partilha, de

serviço, de encontro, de fraternidade, que encontramos Jesus vivo, a

transformar e a renovar o mundo.

A segunda leitura recorda aos membros da comunidade cristã que a

identificação de cada crente com Cristo – nomeadamente com a sua

entrega por amor ao Pai e aos homens – conduzirá à ressurreição. Por

isso, os crentes são convidados a percorrer a vida com esperança, apesar

das dificuldades, dos sofrimentos e da hostilidade do “mundo”, de olhos

postos nesse horizonte onde se desenha a salvação definitiva.

Dehonianos

Oração para a comunhão espiritual recomendada pelo Papa

Aos vossos pés, ó meu Jesus, me prostro e vos ofereço o arrependimento do meu coração con-trito que mergulha no seu nada na Vossa santa presença. Eu vos adoro no Sacramento do vosso amor, a inefável Eucaristia. Desejo receber-vos na pobre morada que meu coração vos oferece; à espera da felicidade da comunhão sacramental, quero possuir-vos em Espírito. Vinde a mim, ó meu Jesus, que eu venha a vós. Que o vosso amor possa inflamar todo o meu ser, para a vida e para a morte.