Síndrome de Síndrome de alienação parentalalienação parental

Semana Jurídica FITsSemana Jurídica FITs

Ms. José Barros Correia JuniorMs. José Barros Correia Junior

Advogado militante, doutorando da UFPE e Advogado militante, doutorando da UFPE e professor de Direito Civil e Empresarial da professor de Direito Civil e Empresarial da UFAL.UFAL.

FamíliasFamíliasArt. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção

do Estado. do Estado.

- - Relação sócio-afetiva eudemonistaRelação sócio-afetiva eudemonista

- “- “Família Família para além do para além do numerusnumerus claususclausus””

Fim da relação entre os paisFim da relação entre os pais• Visão patrimonialista superadaVisão patrimonialista superada

• Partilha de bens e guarda como instrumento para Partilha de bens e guarda como instrumento para receber ou não pagar alimentos, tratando o filho como receber ou não pagar alimentos, tratando o filho como bembem

• (re)personalização do direito das famílias(re)personalização do direito das famílias• Proteção aos filhos para além do ideal patrimonialProteção aos filhos para além do ideal patrimonial

“Quando não se consegue elaborar adequadamente o

luto da separação, acaba se desencadeando um

processo de destruição, desmoralização e descrédito do

ex-cônjuge. Ao ver o interesse do outro em preservar a

convivência com os filhos, quer vingar-se, afastando

estes do(a) genitor(a)”.

Maria Berenice Dias

O filho passa a ser utilizado como instrumento da O filho passa a ser utilizado como instrumento da

agressividade direcionada ao(à) ex-parceiro(a). agressividade direcionada ao(à) ex-parceiro(a).

Isso gera contradição de sentimentos e destruição Isso gera contradição de sentimentos e destruição

do vínculo entre ambos.do vínculo entre ambos.

Síndrome de Alienação ParentalSíndrome de Alienação ParentalConsidera-se alienação Considera-se alienação

parental a interferência parental a interferência

promovida por um dos promovida por um dos

genitores na formação genitores na formação

psicológica da criança para psicológica da criança para

que repudie o outro, bem que repudie o outro, bem

como atos que causem como atos que causem

prejuízos ao estabelecimento prejuízos ao estabelecimento

ou à manutenção de vínculo ou à manutenção de vínculo

com este.com este.

Síndrome de Alienação ParentalSíndrome de Alienação Parentalvs. Alienação Parentalvs. Alienação Parental

Configuraria uma Síndrome o conjunto de sintomas que se manifestam simultaneamente em decorrência de uma causa única. O termo “doença” é mais geral, podendo haver várias causas para a sua ocorrência e diferentes manifestações.Síndrome é o agregado de sinais e sintomas associados a uma mesma patologia e que em seu conjunto definem o diagnóstico e o quadro clínico de uma condição médica. Uma síndrome não caracteriza necessariamente uma só doença, mas um grupo de doenças.

A alienação parental é o afastamento do filho de uns dos genitores, provocado pelo outro, via de regra, o titular da custodia. A síndrome da alienação parental, por seu turno, diz respeito às seqüelas emocionais e comportamentais de quem padecer a criança vitima daquele alijamento.

Richard Gardner (quem primeiro definiu a SAP em 1987), o genitor alienador estaria propenso a apresentar algum nível de desequilíbrio psicológico ou emocional, acompanhado de ansiedade.

A auto-imagem estaria distorcida, vendo-se como vítima de um suposto e cruel tratamento dispensado pelo ex-cônjuge.

Em resposta a esse estado peculiar de desequilíbrio emocional, o genitor alienador promoveria a discórdia ou indiferença dos filhos para com o outro genitor, fazendo-os crer que o alienado seria o responsável pelo sofrimento de todos os familiares a partir da idéia de que foram abandonados. Diante dessa configuração familiar, os filhos decidiriam por manterem-se aliados ao genitor alienador, a fim de protegê-lo.

Sintomas Sintomas não-cumulativosnão-cumulativos da SAP (Gardner) da SAP (Gardner)

1.1. Uma campanha denegritória contra o genitor alienado.Uma campanha denegritória contra o genitor alienado.2.2. Racionalizações fracas, absurdas ou frívolas para a Racionalizações fracas, absurdas ou frívolas para a

depreciação.depreciação.3.3. Falta de culpa e de ambivalência (sentimentos bons e Falta de culpa e de ambivalência (sentimentos bons e

maus sobre determinada pessoa ou coisa).maus sobre determinada pessoa ou coisa).4.4. O fenômeno do “pensador independente”.O fenômeno do “pensador independente”.5.5. Apoio automático ao genitor alienador no conflito Apoio automático ao genitor alienador no conflito

parental.parental.6.6. Ausência de culpa sobre a crueldade a e/ou a Ausência de culpa sobre a crueldade a e/ou a

exploração contra o genitor alienado.exploração contra o genitor alienado.7.7. A presença de encenações ‘encomendadas’.A presença de encenações ‘encomendadas’.8.8. Propagação da animosidade aos amigos e/ou à Propagação da animosidade aos amigos e/ou à

família extensa do genitor alienado.família extensa do genitor alienado.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO DE GUARDA DE MENOR. GUARDA EXERCIDA PELOS AVÓS MATERNOS, CONFIADA AO PAI NA SENTENÇA. PREVALÊNCIA DOS INTERESSES DA MENOR. Estando demonstrado no contexto probatório dos autos que, ao melhor interesse da criança, será a transferência da guarda para o pai biológico, que há muitos anos busca em Juízo a guarda da filha, a sentença que assim decidiu, com base na prova e nos laudos técnicos, merece ser confirmada. Aplicação do 1.584 do Código Civil. Guarda da criança até então exercida pelos avós maternos, que não possuem relação amistosa com o pai da menor, restando demonstrado nos autos presença de síndrome de alienação parental. Sentença confirmada, com voto de louvor.

RIO GRANDE DO SUL, TJ (7ª Câmara Cível). Apelação Cível nº 70029368834, 08.07.2009, Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho.

Causas Legais para SAP (Causas Legais para SAP (numerus clausus?numerus clausus?))Lei n.º 12.318/2010 - Dep. Regis de Oliveira/SPLei n.º 12.318/2010 - Dep. Regis de Oliveira/SP

- realizar campanha de desqualificação da conduta do - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor; genitor; - dificultar o dificultar o exercício da autoridade parental; ; - dificultar contato da criança com o outro genitor; dificultar contato da criança com o outro genitor; - dificultar o exercício dificultar o exercício direito regulamentado de convivência familiar;;- omitir deliberadamente informações pessoais relevantes omitir deliberadamente informações pessoais relevantes sobre a criança, inclusive escolares, médicas e alterações sobre a criança, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; de endereço; - apresentar falsa denúncia contra o outro genitor, apresentar falsa denúncia contra o outro genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente;;- mudar de domicilio para locais distantes, sem justificativa- mudar de domicilio para locais distantes, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós..

Numerus apertusNumerus apertus!!

• Implantação de Implantação de falsas memóriasfalsas memórias;;

• ““esquecimentosesquecimentos inocentes”; inocentes”;

• ““comentárioscomentários inocentes”; inocentes”;

• Dizer que se sente abandonado(a) na data de Dizer que se sente abandonado(a) na data de

visitação ou mesmo criar grandes programas visitação ou mesmo criar grandes programas

para estas datas;para estas datas;

• ““Espionagem” paterna/materna.Espionagem” paterna/materna.

• Afastamento ou indiferença dos filhos com o alienado.Afastamento ou indiferença dos filhos com o alienado.

• Desistência do alienado da guarda e/ou visita em Desistência do alienado da guarda e/ou visita em

relação aos filhos.relação aos filhos.

• “ “Efeito bumerangue” Efeito bumerangue” afastamento em relação ao afastamento em relação ao

alienante.alienante.

Principais efeitos da SAP na FamíliaPrincipais efeitos da SAP na Família

““Cresci ouvindo que meu pai não prestava, não gostava de nós e Cresci ouvindo que meu pai não prestava, não gostava de nós e que minha mãe fugiu porque faltava comida e porque ele queria que minha mãe fugiu porque faltava comida e porque ele queria matá-la. Eu morria de vergonha de ser filha de alguém tão malvado matá-la. Eu morria de vergonha de ser filha de alguém tão malvado e que nem ligava para mim. Insistia para que eu chamasse meu e que nem ligava para mim. Insistia para que eu chamasse meu avô e, depois, meu padrasto de pai. Diziam que, caso contrário, eu avô e, depois, meu padrasto de pai. Diziam que, caso contrário, eu não ganharia presentes. Um dia meu pai apareceu em casa. Parte não ganharia presentes. Um dia meu pai apareceu em casa. Parte de mim queria aquele pai, mas a outra estava com muita raiva. Ele de mim queria aquele pai, mas a outra estava com muita raiva. Ele disse que nos veríamos no dia seguinte e minha mãe avisou que disse que nos veríamos no dia seguinte e minha mãe avisou que ele nos levaria para jantar. Minha mãe e eu esperamos horas, ele nos levaria para jantar. Minha mãe e eu esperamos horas, prontas, ansiosas até que minha mãe cravou: “Ele não vem, avisei prontas, ansiosas até que minha mãe cravou: “Ele não vem, avisei que ele não prestava.” Anos depois descobri a farsa: para meu pai, que ele não prestava.” Anos depois descobri a farsa: para meu pai, ela havia combinado um passeio na praia. Depois ela ligou dizendo ela havia combinado um passeio na praia. Depois ela ligou dizendo que eu não queria vê-lo. Tão intensa quanto a dor de se sentir que eu não queria vê-lo. Tão intensa quanto a dor de se sentir abandonada ou ser filha de um sujeito mal é a de saber que se foi abandonada ou ser filha de um sujeito mal é a de saber que se foi enganada pela própria mãe. Hoje meu pai é confidente de todos os enganada pela própria mãe. Hoje meu pai é confidente de todos os meus momentos de vida.”meus momentos de vida.”

Relato da jornalista e advogada Karla Mendes, 39 anos, alienada do pai juntamente com a irmã. Relato da jornalista e advogada Karla Mendes, 39 anos, alienada do pai juntamente com a irmã. Disponível em: http://ongpaisporjustica.blogspot.com/2010/04/depoimento-comovente-de-uma-filha.html, Disponível em: http://ongpaisporjustica.blogspot.com/2010/04/depoimento-comovente-de-uma-filha.html, Acesso em: 05.09.2010.Acesso em: 05.09.2010.

Juridicamente, a SAP fere:• Princípio de Princípio de igualdade dos genitoresigualdade dos genitores quanto à manutenção e quanto à manutenção e educação dos filhos;educação dos filhos;

• Princípio de atribuição aos pais dos Princípio de atribuição aos pais dos deveresdeveres de manutenção e de manutenção e educação dos filhos;educação dos filhos;

• Princípio da Princípio da inseparabilidadeinseparabilidade dos filhos em relação aos pais. dos filhos em relação aos pais.

Art. 36 da Constituição da República Portuguesa.Art. 36 da Constituição da República Portuguesa.

É dever da famíliaÉ dever da família, da sociedade e do Estado , da sociedade e do Estado assegurar à assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridadeprioridade, o direito à vida, , o direito à vida, à saúdeà saúde, à alimentação, , à alimentação, à à educação, ao lazereducação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, , à profissionalização, à cultura, à à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressãocrueldade e opressão..

Art. 227 da Constituição Federal Brasileira de 1988.Art. 227 da Constituição Federal Brasileira de 1988.

Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos paiscompete o poder familiar aos pais [...] [...]

Parágrafo único. Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiardo poder familiar, , é assegurado a qualquer deles recorrer é assegurado a qualquer deles recorrer ao juizao juiz para solução do desacordo. para solução do desacordo.

Art. 1.632. A separação judicial, Art. 1.632. A separação judicial, o divórcio e a o divórcio e a dissolução da união estável não alteram as relações dissolução da união estável não alteram as relações entre pais e filhosentre pais e filhos senão quanto ao direito, que aos senão quanto ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos.segundos.

Do exercício do Poder (Do exercício do Poder (DEVER ou DEVER ou RESPONSABILIDADERESPONSABILIDADE) de Família) de Família

Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:menores:

I - dirigir-lhes a criação e educação [...]I - dirigir-lhes a criação e educação [...]

• A prática de ato de alienação parental fere o A prática de ato de alienação parental fere o direito fundamentaldireito fundamental da criança ao convívio da criança ao convívio familiar saudável, constitui familiar saudável, constitui abuso moralabuso moral contra a contra a criança e descumprimento dos deveres inerentes criança e descumprimento dos deveres inerentes ao poder familiar ou decorrentes de tutela ou ao poder familiar ou decorrentes de tutela ou guarda.guarda.

Art. 4º. Declarado indício de ato de alienação Art. 4º. Declarado indício de ato de alienação

parental,parental,

a requerimento ou de ofícioa requerimento ou de ofício,,

em qualquer momento processualem qualquer momento processual,,

em ação autônoma ou incidentalmenteem ação autônoma ou incidentalmente,,

o processo terá tramitação prioritária, e o juiz o processo terá tramitação prioritária, e o juiz

determinará, com urgência, ouvido o Ministério determinará, com urgência, ouvido o Ministério

Público, as medidas provisórias necessárias para Público, as medidas provisórias necessárias para

preservação da integridade psicológica da criança preservação da integridade psicológica da criança

ou do adolescente, inclusive para assegurar sua ou do adolescente, inclusive para assegurar sua

convivência com genitor ou viabilizar a efetiva convivência com genitor ou viabilizar a efetiva

reaproximação entre ambos, se for o caso.reaproximação entre ambos, se for o caso.

Art. 5º. Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidentalmente, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial.

Poderá o juizPoderá o juiz::

I – declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador;II – ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado;III – estipular multa (astreintes) ao alienador;IV – determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial;V – determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão;VI – determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente;VII – declarar a suspensão da autoridade parental.

Atuação do Judiciário

A A atribuição ou alteração da guardaatribuição ou alteração da guarda dará preferência dará preferência ao genitor (ao genitor (ou outro parenteou outro parente) que viabiliza a efetiva ) que viabiliza a efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, nas hipóteses em que inviável a guarda genitor, nas hipóteses em que inviável a guarda compartilhada. compartilhada.

Havendo Havendo guarda compartilhadaguarda compartilhada, será atribuída a , será atribuída a cada genitor, sempre que possível, a obrigação de cada genitor, sempre que possível, a obrigação de levar a criança ou adolescente à residência do outro levar a criança ou adolescente à residência do outro genitor ou a local ajustado, por ocasião das genitor ou a local ajustado, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar.alternâncias dos períodos de convivência familiar.

Alteração da Guarda

AGRAVO DE INSTRUMENTO. REGULAMENTAÇÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO. REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS PATERNAS. SÍNDROME DE ALIENAÇÃO DE VISITAS PATERNAS. SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL. O direito de visitas, mais do que um direito PARENTAL. O direito de visitas, mais do que um direito dos pais constitui direito do filho em ser visitado, dos pais constitui direito do filho em ser visitado, garantindo-lhe o convívio com o genitor não-guardião a garantindo-lhe o convívio com o genitor não-guardião a fim de manter e fortalecer os vínculos afetivos. fim de manter e fortalecer os vínculos afetivos. Evidenciado o alto grau de beligerância existente entre Evidenciado o alto grau de beligerância existente entre os paisos pais, inclusive com , inclusive com denúncias de episódios de denúncias de episódios de violência físicaviolência física, bem como , bem como acusações de quadro de acusações de quadro de síndrome de alienação parentalsíndrome de alienação parental, revela-se adequada a , revela-se adequada a realização das realização das VISITAS EM AMBIENTE VISITAS EM AMBIENTE TERAPÊUTICOTERAPÊUTICO..

RIO GRANDE DO SUL, TJ (RIO GRANDE DO SUL, TJ (7ª Câm. Cível). Agravo de Instr. nº 70028674190, 15.04.2009, Rel. Des. André Luiz P. Villarinho.. Agravo de Instr. nº 70028674190, 15.04.2009, Rel. Des. André Luiz P. Villarinho.

Visita em ambiente terapêutico

MULTAAusência de parâmetros na Lei da SAP para a sua fixação.

Qual sua natureza? Teoria do valor-desestímulo.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE FAZER. IMPOSIÇÃO À MÃE/GUARDIÃ DE CONDUZIR O FILHO À VISITAÇÃO PATERNA, COMO ACORDADO, SOB PENA DE MULTA DIÁRIA (R$ 100,00). INDÍCIOS DE SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL POR PARTE DA GUARDIÃ QUE RESPALDA A PENA IMPOSTA. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E DESPROVIDO.RIO GRANDE DO SUL, TJ (7ª Câmara Cível). Agravo de Instrumento nº 70023276330, 18.06.2008, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel.

MULTA COMINADA EM 01 SM - MANUTENÇÃO - A função da multa diária é compelir o acordante a cumprir a transação ou a decisão judicial. A multa objetiva atuar como meio de coerção legítimo e fazer com que a decisão judicial seja cumprida como determinado. (...) A regulamentação da visita visa o interesse da criança e o seu cumprimento é também de seu interesse, principalmente, de modo que são secundários, embora respeitáveis, os anseios dos pais. A exclusão da multa poderá tornar inócua a determinação judicial, visando a sua concretude e se não há motivo para obstar a visita do pai, esta lhe deve ser assegurada, motivo pelo qual a mesma deve ser mantida.MINAS GERAIS, TJ (1ª Câmara Cível). Agravo de Instrumento nº 1.0702.09.554305-5/001, 19.05.2009, Rel. Des. Vanessa Verdolim Hudson Andrade.

SUSPENSÃO DA AUTORIDADE PARENTAL (ANTIGO PODER

FAMILIAR)

A lei da SAP prevê a possibilidade de o A lei da SAP prevê a possibilidade de o Magistrado suspender o genitor alienante da Magistrado suspender o genitor alienante da autoridade parental (autoridade parental (responsabilidade ou responsabilidade ou deverdever).).

Nos mesmos autos em que foi reconhecida Nos mesmos autos em que foi reconhecida a alienação parental ou em ação e a alienação parental ou em ação e procedimento próprios, como prevê o ECA procedimento próprios, como prevê o ECA (arts. 155 usque 163)?(arts. 155 usque 163)?

Lei n.º 12.012/2009Autoria: Sen. Cristovam BuarqueAutoria: Sen. Cristovam Buarque

Altera o art. 12 da Lei nº 9.394/1996 (LDB), Altera o art. 12 da Lei nº 9.394/1996 (LDB), determinando às instituições de ensino determinando às instituições de ensino obrigatoriedade no envio de informações obrigatoriedade no envio de informações escolares a pais ou responsáveis não escolares a pais ou responsáveis não conviventesconviventes..

VII – informar pai e mãe, VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com conviventes ou não com seus filhosseus filhos, e, na sua falta, os responsáveis legais, , e, na sua falta, os responsáveis legais, sobre a freqüência e rendimento dos alunos, bem sobre a freqüência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da como sobre a execução da proposta pedagógica da escola;escola;

Crítica à SAP em outros PaísesDepartamento de Justiça do Canadá considera a teoria empiricamente não comprovada e que em caso de conflito entre os pais é bastante comum que ambos os pais se demonstrem hostis e produzam comentários depreciativos contra o outro genitor pela guarda dos filhos, e tentem seduzir as crianças em suas disputas. Embora as crianças, nestes casos, sofrem em nível emocional, parece que a maioria das crianças estão se esforçando para manter um relacionamento com ambos os pais, apesar do comportamento dos pais, podendo as crianças rejeitarem os pais por inúmeras razões, onde as reticências das crianças sobre o contato com um dos pais é melhor entendida como hipervigilância ou medo (Drozd & Olesen, 2004).

CANADÁ, Departamento de Justiça do. Making Appropriate Parenting Arrangements in Family Violence Cases: Applying the Literature to Identify Promising Practices Disponível em: http://www.justice.gc.ca/eng/pi/fcy-fea/lib-bib/rep-rap/2006/2005_3/p4.html # a4_3, Acesso em: 05.09.2010.

Reconhece-se a freqüência e a complexidade crescente de litígios legais, após a separação ou divórcio, a guarda de um menor. Tais situações de disputa pelo poder na relação com a custódia da criança, colocou a criança em um conflito de lealdades e pode levar, se não trabalhado corretamente em situações que prejudicam a saúde mental da criança. Nestes casos, vê-se uma necessidade urgente de mais um trabalho coordenado com base em critérios comuns de profissionais de saúde mental e profissionais do direito.Acreditamos que o sucesso do termo no campo legal, se deve a uma resposta simples (e simplista) para um problema sério que satura os tribunais de família, facilitando argumentos pseudo-psicológicos o pseudo-científicos (Escudero, Aguilar e de la Cruz, 2008 a, b) aos advogados de pais litigantes pela guarda de seus filhos. Esta explicação pode ajudar no entendimento do por que foi aceita, apesar de sua falta de rigor, com pouco questionamento.Conclui que a SAP, tal como propôs Gardner, não tem nenhum argumento científico e representa um perigo grave se a sua aplicação no Judiciário.Associação Espanhola de Neuropsiquiatria. Disponível em: http://www.aen.es/docs/Pronunciamiento_SAP.pdf. Acesso em: 05.09.2010.

A síndrome é um conjunto de sintomas que parecem ocorrer em conjunto. No entanto, a causa dos sintomas é “muitas vezes desconhecida ou mal compreendida”, enquanto a causa de uma doença, pelo contrário, normalmente é conhecida. É possível para uma síndrome indicar uma forte relação entre uma causa e um conjunto de sintomas, mas cada síndrome cai em um lugar diferente ao longo do continuum de certeza. Algumas síndromes são não diagnosticadas, o que significa que eles não apontam para causas específicas. SAP é uma síndrome não diagnosticada. Deste modo, enquanto um perito pode afirmar a legitimidade das teorias subjacentes da SAP, o perito não é capaz de apontar para uma causa específica da síndrome, com certeza.SAP é uma teoria não comprovada que pode ameaçar a integridade do sistema de justiça criminal e à segurança das crianças abusadas. Os promotores devem educar-se sobre o SAP e estarem preparados para argumentar contra a sua admissão no tribunal. Nos casos em que a SAP seja admitida, é responsabilidade do Ministério Público instruir o juiz e o júri sobre as deficiências dessa teoria. National District Attorneys Association. Disponível em: http://www.ndaa.org/ncpca_update_v16_no7.html. Acesso em: 05.09.2010.