A história da família de Maria do Carmo Galdino de Medeiros (57 anos) e Jorge Rodrigues de Medeiros (60 anos), começou há muito tempo atrás na comunidade Mãe Joana, município de Fagundes - Paraíba.

Após o noivado, Seu Jorge foi para o Rio de Janeiro em busca de trabalho, depois de um tempo retornou e comprou uma pequena proprie-dade com 8 hectares, onde construiu a casa da família.

Com a chegada dos filhos (Gilmar, Jonas, Mônica, Josileide, Everaldo, José Nilton, Wellington e Josinaldo) seu Jorge comprou um estabelecimento na cidade e montou um peque-no comércio.

A partir de então, enquanto seu Jorge trabalhava no comércio, Dona Carminha seguia trabalhando em casa, no roçado, cuidando dos filhos e dos animais. O filho mais velho, Josinaldo, ajudava nos trabalhos de casa e cuidando dos animais. Ao começar a estudar na cidade junto com outros irmãos, sua irmã Josileide ficou ajudando sua mãe. Com o tempo as meninas passaram também a estudar na cidade, mas continuaram contribuindo com o trabalho do sítio durante as tardes.

Na década de 90, a família começou a participar da Associação dos Produtores Rurais da Comunidade Mãe Joana, e também do Fundo Rotativo Solidário de Animais que existia, com ele, recebeu apoio para adquirir algumas cabras.

Cultivando plantas no arredor de casa, a família percebeu importantes benefícios, a exemplo: a boa aparência da casa, a agradável sombra durante o verão, além da facilidade de ter o alimento perto de casa e com qualidade.

Hoje a família não cria mais cabras e com a saída dos filhos de casa, Dona Carminha afirma ter mais tempo para melhorar ainda mais seu quintal:

“Hoje posso cuidar melhor de minhas flores e das plantas medicinais. Tenho até uma peque-na horta no quintal eu e meu neto Chico, fizemos e já está produzindo tem verduras, pés de fru-tas”.

Paraíba

Ano 5 | nº 89 | Outubro | 2011Fagundes - Paraíba

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Alimentos Saudáveis ao lado de Casa

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Dona Carminha, Seu Jorge e Ieda (neta do casal)

Dona Carminha ao lado de suas plantas medicinais

A família possui uma grande diversidade de frutas e verduras, a exemplo: milho, feijão, fava, jerimum, mamão, caju, acerola, seriguela, umbu, coentro, alface, entre outras plantas. Dona Carminha ainda cultiva no arredor de casa diver-sas plantas medicinais, como: arruda, manjeri-cão, alecrim, endro, erva babosa, colônia e anador.

Eles também cuidam de uma criação de galinhas, um jumento e vacas. Fazem também a seleção dos melhores sementes e guardam para o plantio do ano seguinte.

Com a construção da cisterna calçadão, prevista para acontecer ainda este ano, a família espera produzir ainda mais e manter a produção de hortaliças e a criação de galinhas.

A agricultora lembra: “Toda vez que chega-va o verão, a gente sempre perdia as plantas porque sem ter água doce, a gente colocava água salgada, e as plantas não agüentavam, sempre morriam. A cisterna calçadão parece um sonho que ainda esta-mos pra acreditar, estamos muito felizes”.

Os dois filhos sempre ajudam nos trabalhados de casa e participam do grupo de jovens da comuni-dade. Um de seus filhos, Gilmar, também participa da formação diocesana de juventude do campo.

Dona Carminha gosta de ir para as reuniões na associação, foi lá que ela aprendeu a diversificar seu arredor de casa, ela comenta: “Foi isso que me ajudou para que eu pudesse fazer as coisas aqui em casa. Aqui a gente trabalha junto, Gilmar vai pra escola na semana e no sábado e domingo ele cuida das vacas junto com Jorge e eu tomo conta da casa, das galinhas, das plantas e da horta”.

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Paraíba

Dona Carminha alimenta as galinhas ao lado da casa

Ieda recolhendo os ovos do chiqueiro das galinhas Dona Carmiha cultivando o canteiro de Alface

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