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Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=267019597017 Red de Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal Sistema de Información Científica Maria Cecília Puntel de Almeida, Silvana Martins Mishima, Maria José Bistafa Pereira, Pedro Fredemir Palha, Tereza Cristina Scatena Villa, Cinira Magali Fortuna, Sílvia Matumoto Enfermagem enquanto disciplina: que campo de conhecimento identifica a profissão? Revista Brasileira de Enfermagem, vol. 62, núm. 5, septiembre-octubre, 2009, pp. 748-752, Associação Brasileira de Enfermagem Brasil Como citar este artigo Fascículo completo Mais informações do artigo Site da revista Revista Brasileira de Enfermagem, ISSN (Versão impressa): 0034-7167 [email protected] Associação Brasileira de Enfermagem Brasil www.redalyc.org Projeto acadêmico não lucrativo, desenvolvido pela iniciativa Acesso Aberto

Almeida, 2009

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    Red de Revistas Cientficas de Amrica Latina, el Caribe, Espaa y PortugalSistema de Informacin Cientfica

    Maria Ceclia Puntel de Almeida, Silvana Martins Mishima, Maria Jos Bistafa Pereira, Pedro Fredemir Palha,Tereza Cristina Scatena Villa, Cinira Magali Fortuna, Slvia Matumoto

    Enfermagem enquanto disciplina: que campo de conhecimento identifica a profisso?Revista Brasileira de Enfermagem, vol. 62, nm. 5, septiembre-octubre, 2009, pp. 748-752,

    Associao Brasileira de EnfermagemBrasil

    Como citar este artigo Fascculo completo Mais informaes do artigo Site da revista

    Revista Brasileira de Enfermagem,ISSN (Verso impressa): [email protected] Brasileira de EnfermagemBrasil

    www.redalyc.orgProjeto acadmico no lucrativo, desenvolvido pela iniciativa Acesso Aberto

  • Enfermagem enquanto disciplina:Enfermagem enquanto disciplina:Enfermagem enquanto disciplina:Enfermagem enquanto disciplina:Enfermagem enquanto disciplina:que campo de conhecimento identifica a prque campo de conhecimento identifica a prque campo de conhecimento identifica a prque campo de conhecimento identifica a prque campo de conhecimento identifica a profisso?ofisso?ofisso?ofisso?ofisso?

    Enfermera en cuanto disciplina: qu campo del conocimiento la identifica como profesin?

    Nursing as a discipline: what scientific knowledge field identifies the profession?

    Maria Ceclia Puntel de AlmeidaMaria Ceclia Puntel de AlmeidaMaria Ceclia Puntel de AlmeidaMaria Ceclia Puntel de AlmeidaMaria Ceclia Puntel de AlmeidaIIIII, Silvana Martins Mishima, Silvana Martins Mishima, Silvana Martins Mishima, Silvana Martins Mishima, Silvana Martins MishimaIIIII, Maria Jos Bistafa P, Maria Jos Bistafa P, Maria Jos Bistafa P, Maria Jos Bistafa P, Maria Jos Bistafa PereiraereiraereiraereiraereiraIIIII,,,,,PPPPPedredredredredro Fo Fo Fo Fo Fredemir Palharedemir Palharedemir Palharedemir Palharedemir PalhaIIIII, T, T, T, T, Tereza Cristina Scatena Villaereza Cristina Scatena Villaereza Cristina Scatena Villaereza Cristina Scatena Villaereza Cristina Scatena VillaIIIII, Cinira Magali F, Cinira Magali F, Cinira Magali F, Cinira Magali F, Cinira Magali FortunaortunaortunaortunaortunaIIIII, Slvia Matumoto, Slvia Matumoto, Slvia Matumoto, Slvia Matumoto, Slvia MatumotoIIIII

    RESUMORESUMORESUMORESUMORESUMOPrope-se uma reflexo crtica acerca do conhecimento que vem sendo produzido pela enfermagem, que a identifica como uma disciplinae a suficincia ou no deste conhecimento, pautado nas cincias positivas e, portanto, com arcabouo de cincia e disciplina cientficapara constituir os fundamentos do Cuidado, o objeto de trabalho da prtica de enfermagem. Numa perspectiva histrica aborda como aenfermagem brasileira, principalmente, a partir da dcada de 90 do ltimo sculo, vem se dedicando a problematizao terico-prticae em experincias concretas sobre o Cuidado ancorado nas diversas vertentes do conhecimento, sinalizando a necessidade da continuidadedessa produo de conhecimento que se articule s experincias prticas/cotidianas da enfermagem, incluindo para tal outras correntesdo conhecimento voltadas para a dimenso ontolgica, existencial, dialgica e outras, pois o processo sade-doena sempre complexocarregado de valores ticos que expressa a singularidade do homem.Descritores:Descritores:Descritores:Descritores:Descritores: Enfermagem; Conhecimentos, atitudes e prticas em sade; Fora de trabalho, Teoria de enfermagem; Pesquisa em enfermagem.

    ABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTA critical reflection is proposed on the knowledge that has been produced by Nursing, that identifies it as a discipline, and on whether thatknowledge is enough, based on the positive sciences and therefore with a framework of science and scientific discipline in order to buildthe fundamentals of Care, which is the object with which Nursing works. Under a historical perspective, this paper analyzes how BrazilianNursing, especially since the 1990s, has been dedicating itself to theoretical and practical problems and to concrete experiences on Careanchored to various knowledge dimensions, signalizing the need for continuity of knowledge production that is linked to practical androutine experiences of Nursing, including other knowledge approaches that are focused on ontological, existential, dialogical and otherdimensions, because the health-disease process is always complex and filled with ethical values which express the singularity of men.DescriptorsDescriptorsDescriptorsDescriptorsDescriptors: Nursing; Health knowledge, attitudes and practice; Labor force; Nursing theory; Nursing research.

    RESUMENRESUMENRESUMENRESUMENRESUMENSe propone una reflexin crtica sobre el conocimiento que ha sido producido por la enfermera, que la identifica como una disciplina, ysobre la suficiencia o no de ese conocimiento, basado en las ciencias positivas y, por lo tanto, con base de ciencia y disciplina cientficapara construir los fundamentos del Cuidado, que es el objeto de trabajo de la prctica de enfermera. Desde una perspectiva histrica, seaborda cmo la enfermera brasilea, principalmente a partir de la dcada de 1990, viene dedicndose a la problematizacin terico-prctica y a experiencias concretas sobre el Cuidado ancorado en las diversas vertientes del conocimiento, indicando la necesidad decontinuidad de esa produccin de conocimiento que se articule con las experiencias prcticas/cotidianas de la enfermera, incluyendo,para tal, otras corrientes del conocimiento vuelto hacia la dimensin ontolgica, existencial, dialgica y otras, pues el proceso salud-enfermedad es siempre complejo y cargado de valores ticos, lo que expresa la singularidad del hombre.Descriptores:Descriptores:Descriptores:Descriptores:Descriptores: Enfermera; Conocimientos, actitudes y prcticas en Salud; Fuerza de trabajo; Teora de enfermera; Investigacin enEnfermera.

    Submisso: Submisso: Submisso: Submisso: Submisso: 12/12/2008 AprAprAprAprAprovao:ovao:ovao:ovao:ovao: 30/07/2009

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    RevistaBrasileira

    de Enfermagem

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    IUniversidade de So Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeiro Preto.Departamento de Enfermagem Materno-Infantil. Ribeiro Preto, SP

    CorCorCorCorCorrespondncia:respondncia:respondncia:respondncia:respondncia: Silvana Martins Mishima. Escola de Enfermagem de Ribeiro Preto. Av. Bandeirantes, 3900.Campus Universitrio. CEP 14040-902. Ribeiro Preto, SP.

  • Enfermagem enquanto disciplina: que campo de conhecimento identifica a prEnfermagem enquanto disciplina: que campo de conhecimento identifica a prEnfermagem enquanto disciplina: que campo de conhecimento identifica a prEnfermagem enquanto disciplina: que campo de conhecimento identifica a prEnfermagem enquanto disciplina: que campo de conhecimento identifica a profisso?ofisso?ofisso?ofisso?ofisso?

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    INTRODUOINTRODUOINTRODUOINTRODUOINTRODUO

    Estamos na primeira dcada do sculo XXI e constatamos quea rea da sade convive com grandes paradoxos. De um lado houveintensa incorporao de tecnologias com o desenvolvimento deaparelhagens sofisticadas que utilizam o raio laser para intervenes,tecnologias tridimensionais de imagens para diagnstico, ultra-sonografias, ressonncias magnticas, desenvolvimento de pesquisasrelacionadas ao projeto genoma, pesquisas com drogasfarmacolgicas para a terapia de cnceres, AIDS e outras doenas,desenvolvimento de vacinas para proteo de crianas e adultoscontra considervel nmero de doenas e a erradicao de algumasoutras.

    Estes so alguns dentre muitos outros avanos tecnolgicosvoltados para a sade. Apesar deste avano, estamos convivendocom outros problemas na rea da sade como as doenas re-emergentes, dentre elas a tuberculose, clera, febre amarela e aindaaquelas que so endmicas em muitas regies do mundo, comopor exemplo, a dengue.

    As condies crnicas se colocam tambm como um grandedesafio dos nossos dias, como a alta incidncia e prevalncia dedoenas como o diabetes, a hipertenso, a obesidade, a doenamental e outras, sem deixar de falar sobre a violncia e o uso abusivode lcool e drogas e a desigualdade social. Outro paradoxo que amedicina tecnolgica, que se desdobra em muitas especialidadesnas ltimas dcadas, no tem conseguido por si s dar conta daampla e profunda dimenso e complexidade do processo sade-doena-cuidado.

    Merhy(1) diz que no da ausncia do aparato tecnolgico queos usurios reclamam quando acessam os servios de sade, masda incapacidade expressa na desateno, descuido, descaso dostrabalhadores de sade em dar ouvidos e ateno s suas dores esofrimentos. Ayres(2) refora esta posio dizendo que s a lgicada racionalidade tcnica no suficiente para produzir o Cuidadoem sade.

    No perodo de meados dos anos 70 at os anos 90, participamosno Brasil de intensa mobilizao poltica visando transformaesno sistema de sade brasileiro. Conseguimos em 1988, colocar naConstituio brasileira o captulo da sade, que veio sendopreparado e consensuado desde a 8 Conferncia Nacional de Sadeem 1986. Assim, foi criado o Sistema nico de Sade,considerando a sade como um direito universal, gratuito, quegarantisse a integralidade e que fosse de qualidade para todos osbrasileiros. O sistema privado foi definido como complementarsubordinado e regulado pelo SUS.

    O Sistema devia ser descentralizado e os estados e municpiosdeveriam assumir a responsabilidade pelas aes de formacoordenada e autnoma, com financiamento do governo federalque deveria destinar parte de seu oramento para a sade. Em1990, consegue-se sancionar as Leis Orgnicas da Sade Leisn 8080/1990 e n 8142/1990, que passam a regulamentar aoperacionalizao do setor, juntamente com as NormasOperacionais Bsicas. Esta mobilizao poltica e legislao na sadeprovocaram mudanas incontestveis, mas ainda no totalmentesuficientes.

    O Ministrio da Sade, os profissionais, usurios e entidadesrepresentativas do setor sade continuaram discutindo a necessidade

    de se pensar e organizar um novo modelo assistencial de sadeque de fato colocasse em operao os princpios do SUS, e queno fosse centrado exclusivamente na doena, e no profissionalmdico, priorizando s os aspectos individuais e hospitalocntricos.Assim, neste final do sculo XX e incio do XXI que so propostasoutras lgicas e modos de produzir sade. Surgem vrias estratgiascomo a Sade da Famlia, a Integralidade da Ateno, aHumanizao da Sade, Promoo da Sade e outras alternativasde modelos de sade, usurios centrados, voltados todos eles parapromover a vida e a qualidade de vida.

    Em 2006 resgatam-se os princpios da Ateno Primria deSade por meio da Poltica Nacional de Ateno Bsica(3) que seorienta pelos princpios da universalidade, acessibilidade,coordenao do cuidado, do vnculo e continuidade, daintegralidade, responsabilizao, humanizao, equidade eparticipao social. Mas, no nosso que fazer cotidiano,continuamos insatisfeitos com o modo que estamos produzindosade e tambm, os usurios reclamam sobre a assistncia querecebem.

    Diante deste quadro, nos propomos a fazer uma reflexo crticae propiciar uma discusso sobre, qual o conhecimento que vemsendo produzido pela enfermagem, que a identifica como umadisciplina e se este conhecimento tem sido suficiente e adequadopara constituir os fundamentos do Cuidado, que o objeto detrabalho da prtica de enfermagem.

    Outra pergunta, que um desdobramento da anterior, se oconhecimento cientfico da enfermagem pautado nas cinciaspositivas, e, portanto, com arcabouo de cincia e disciplinacientfica qualifica a assistncia de enfermagem, no sentido daproduo Cuidado.

    O CONHECIMENTO TCNICOO CONHECIMENTO TCNICOO CONHECIMENTO TCNICOO CONHECIMENTO TCNICOO CONHECIMENTO TCNICO-----CIENTFICO EMCIENTFICO EMCIENTFICO EMCIENTFICO EMCIENTFICO EMENFERMAGEMENFERMAGEMENFERMAGEMENFERMAGEMENFERMAGEM

    Tratar do conhecimento em sade nos remete ao campo dascincias, tecnologias e prticas, claro que sem deixar de mencionaro campo das polticas pblicas. Portanto, a organizao destasatividades de sade, segundo Ayres(2), orientada pela racionalidadeinstrumental, baseada nas cincias emprico-analticas. A validaodas tecnologias ocorre quando estas produzem o efeito esperado,ou melhor, o xito tcnico da ao. A enfermagem, enquanto umcampo de saberes e prticas vem ao longo do sculo XXconstruindo, acumulativamente, seu conhecimento e produzindohistoricamente suas prticas.

    Almeida(4) em um estudo histrico-social realizado sobre o saberde enfermagem desde a emergncia da profisso em Londres, apartir de 1860, at os anos 80 do ltimo sculo, resgata oconhecimento deste perodo histrico. Os Estados Unidos, a partirdas primeiras dcadas do sculo XX, passa a liderar a construodo conhecimento influenciado pelo Relatrio Flexner que passa adisciplinar o conhecimento cientfico da prtica mdica.

    Almeida(4) considera que as tcnicas foram a primeira expressodo saber de enfermagem organizadas nas primeiras dcadas doltimo sculo, para dar conta do aumento crescente dos cuidadosde enfermagem, devido ao grande nmero de internaes e aoaumento de aes que, consideradas manuais, passavam das mosdos mdicos para as enfermeiras e, posteriormente, para o pessoal

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    Almeida MCPAlmeida MCPAlmeida MCPAlmeida MCPAlmeida MCP, et al., et al., et al., et al., et al.

    auxiliar. A diviso tcnica do trabalho acelerou este processo, naorganizao dos hospitais, principalmente nos Estados Unidos daAmrica.

    Na dcada de 50, surge tambm nos Estados Unidos da Amrica,a preocupao em organizar os princpios cientficos da prticaprofissional. At ento a enfermagem era vista como no cientficae suas aes baseadas na intuio. Foi organizado um estudo naEscola de Enfermagem da Universidade de Washington que teve adurao de cinco anos e encabeado por comits de especialistas,um de cincias naturais e um de cincias sociais, juntamente comespecialistas em fsica e qumica. Assim, o conhecimento deenfermagem, na dcada de 50, procura delinear-se buscando umafundamentao para as tcnicas de enfermagem, e esta chamadacientfica e tem suas bases nas cincias naturais (anatomia,microbiologia, fisiologia, patologia) e tambm nas cincias sociais.Assim, busca-se a cientificidade da profisso na aproximao coma medicina, e conseqentemente com sua autoridade.

    Os conceitos e definies de enfermagem de Vrginia Henderson,na dcada de 50, tm tambm como fundamentao os princpioscientficos. A autora deixa claro que a enfermeira a autoridadedo cuidado bsico de enfermagem, sua nica funo na qualela trabalha independente, e os componentes inerentes a estecuidado, que so as funes da vida fsica, psquica e social.Henderson,(5) define que a funo peculiar da enfermeira darassistncia ao indivduo doente ou sadio no desempenho deatividades que contribuem para manter a sade ou para recuper-la (ou ter uma morte serena) atividades que ele desempenharias, se tivesse a fora, vontade ou o conhecimento necessrios. faz-lo de modo que o ajude a ganhar sua independncia o maisrpido possvel.

    Na continuidade do estudo, Almeida(4) diz que o saber expressopelos princpios cientficos nas dcadas de 50 e 60, passa tambma ser visto pela liderana da enfermagem como dependente, sempossuir uma natureza especfica e sem ser autnomo. Surge umadiscusso(6) para conceituar a enfermagem como cincia, que definida como um corpo de conhecimentos cientficos acumulativosque trazido da fsica, biologia e cincias do comportamento eque, pelo processo de sntese, torna-se unicamente enfermagem.

    O instrumental construdo para orientar a enfermagem, na buscade sua autonomia, como campo especfico de saber, foi as teoriasde enfermagem, permitindo uma delimitao de seus limites deatuao, no trabalho com outros profissionais. Todos nsconhecemos a contribuio das teoristas norte-americanas e dentreelas destacamos, Sister Callista Roy(7,8), Myra Estrin Levine(9), DagmarBrodt(10), Martha Rogers(11), Imogene King(12), Elizabeth D. Oren(13).

    No podamos deixar de mencionar a primeira enfermeirabrasileira que criou o modelo conceitual das necessidades humanasbsicas, em 1979, Wanda de Aguiar Horta(14). Este enfoque daconstruo do corpo de conhecimentos especficos da enfermagemvem sendo expresso por uma terminologia variada como: a naturezaespecfica da enfermagem, a formalizao dos conceitos e teorias,a construo de marcos terico de referncia, de modelos, etc.

    Neste mesmo movimento do surgimento das teorias deenfermagem, introduzido tambm nos Estados Unidos da Amricao processo de enfermagem que nos anos 70 ampliou as fases domesmo que foram definidas como assessment, diagnstico,planejamento, implementao e avaliao(15).

    No Brasil, o Conselho Federal de Enfermagem, atravs daResoluo 272/2002(16) estabelece que a Sistematizao daAssistncia de Enfermagem SAE uma atividade privativa doenfermeiro, utiliza mtodo e estratgia de trabalho cientfico para aidentificao das situaes de sade/doena, subsidiando aes deassistncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoo,preveno, recuperao e reabilitao da sade, do indivduo, famliae comunidade.

    Define ainda a implementao da SAE deve ocorrer em todainstituio de sade, pblica e privada. Este composto por seisetapas: Histrico de Enfermagem, Exame Fsico, Diagnstico deEnfermagem, Prescrio da Assistncia de Enfermagem, Evoluoda Assistncia de Enfermagem e Relatrio de Enfermagem. Portanto,o Processo de Enfermagem (PE) ou Sistematizao da Assistnciade Enfermagem (SAE) possibilita o emprego das fases do mtodocientfico e uma atividade exclusiva do enfermeiro.

    no movimento do processo de enfermagem que se constrios Sistemas de Classificao dos problemas de enfermagem. Oprimeiro sistema foi o de classificao dos diagnsticos deenfermagem conhecido como NANDA North American NursingDiagnosis Association, que teve seu ponto de partida na PrimeiraConferncia do Grupo Norte-Americano para Classificao dosdiagnsticos de enfermagem, em 1973.

    Em 1982, a NANDA foi formalmente organizada(17). Cruz(18)

    considera que os diagnsticos de enfermagem so: indicadoresde necessidades de cuidados de enfermagem da pessoa ou grupoque est sendo cuidado. Partindo do pressuposto que o cuidar anossa clnica, as necessidades de cuidados de enfermagem possveiscompem uma constelao de focos aos quais deve se dirigir odesenvolvimento articulado de um corpo de conhecimento.

    Assim, tambm no final da dcada de 80, o ConselhoInternacional de Enfermagem (ICN) iniciou estudos objetivando aelaborao de um sistema que descrevesse a prtica de enfermagema partir de uma nomenclatura compartilhada pelas enfermeiras detodo o mundo. Este se denomina Classificao Internacional para aPrtica de Enfermagem ICNP International Classification forNursing Practice. Classifica os fenmenos de enfermagem, asintervenes e os resultados.

    Dentre seus objetivos destacamos: estabelece uma linguagemcomum para descrever a prtica de enfermagem, para promover acomunicao entre enfermeiras e entre estas e outros profissionais;descrever os cuidados de enfermagem; possibilitar a comparaode dados de enfermagem; demonstrar ou projetar tendncias paraprovisrios tratamentos de enfermagem e cuidados e alocar recursospara os pacientes, de acordo com suas necessidades baseadas nodiagnstico de enfermagem e promover dados, informaes sobrea prtica de enfermagem influenciando as polticas(19).

    A partir da CIPE, foi realizado no Brasil, pela AssociaoBrasileira de Enfermagem a CIPESC Classificao Internacionalda Prtica de Enfermagem em Sade Coletiva, no final dos anos90. O Projeto brasileiro CIPESC, alm de seguir os fundamentos ea arquitetura da CIPE, traz no seu arcabouo terico, duas vertentesconceituais que lhe do sustentao, a sade coletiva e o processode trabalho em sade(19).

    Em 1987, lanada nos Estados Unidos a Classificao dasIntervenes de Enfermagem NIC que uma taxonomia queinclui as atividades de enfermagem executadas. Resultou de um

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    Enfermagem enquanto disciplina: que campo de conhecimento identifica a prEnfermagem enquanto disciplina: que campo de conhecimento identifica a prEnfermagem enquanto disciplina: que campo de conhecimento identifica a prEnfermagem enquanto disciplina: que campo de conhecimento identifica a prEnfermagem enquanto disciplina: que campo de conhecimento identifica a profisso?ofisso?ofisso?ofisso?ofisso?

    grande projeto de um grupo de pesquisadores da Faculdade deEnfermagem da Universidade de Iowa(20).

    Conclui-se que as lideranas da enfermagem vieram construindoeste corpo de conhecimentos especficos para garantir a identidadeda profisso, a sua autonomia, autoridade e responsabilidade, enfimdar enfermagem o estatuto de disciplina e de cincia aplicada narea da sade, para garantir o Cuidado qualificado.

    Cabe destacar que o desenvolvimento da prtica de enfermageme de um corpo de conhecimentos que possibilite sua sustentaono ocorre em cada um destes momentos de forma desarticuladada organizao mais geral da sociedade, da compreenso dehomem, de verdade, de cincia, do processo sade-doena-cuidadoe da conformao das prticas de sade. Assim, a construo doconhecimento de enfermagem encontra-se marcado pelasdeterminaes histrico-sociais presentes.

    A CONTRIBUIO DA CONTRIBUIO DA CONTRIBUIO DA CONTRIBUIO DA CONTRIBUIO DA FILOSOFIA HERMENUTICA FILOSOFIA HERMENUTICA FILOSOFIA HERMENUTICA FILOSOFIA HERMENUTICA FILOSOFIA HERMENUTICA PA PA PA PA PARAARAARAARAARAPRODUZIR O CUIDPRODUZIR O CUIDPRODUZIR O CUIDPRODUZIR O CUIDPRODUZIR O CUIDADO EM SADE/ENFERMAGEMADO EM SADE/ENFERMAGEMADO EM SADE/ENFERMAGEMADO EM SADE/ENFERMAGEMADO EM SADE/ENFERMAGEM

    Mesmo que consideremos a enfermagem como prtica social e,portanto, como trabalho, no negamos o cientificismo da profisso,consideramos que este corpo de conhecimentos especfico quepossibilita a ela ser uma profisso e como tal prestar, servioslegitimados socialmente.

    O que se quer discutir nesta fala suscitar o debate no sentidode considerar que este conhecimento produz sim o xito tcnico,que o resultado esperado das cincias emprico-analticas, quese baseiam na verificao lgica e/ou experimental de relaes denecessidade entre proposies, com vistas apreenso de relaesde carter causal(2). Mas, nas prticas de sade e de enfermagem,trabalha-se com o processo sade-doena-cuidado, que complexoe carregado de valores, sentidos e significados, alm doconhecimento morfofuncional.

    Nesse sentido, tendo o cuidado como objeto da enfermagemno processo sade-doena, a enfermagem brasileira a partir dadcada de 90 do ltimo sculo, vem se dedicando naproblematizao terico-prtica e em experincias concretas sobreo Cuidado. Dentre vrias autoras brasileiras destacamos algunstrabalhos(21-24).

    Embora reconheamos a importante contribuio da enfermagembrasileira em relao ao Cuidado ancorado nas diversas vertentesdo conhecimento, vislumbra-se a necessidade de darmoscontinuidade a essa produo de conhecimento, articulada sexperincias prticas/cotidianas da enfermagem. Entendemos quetal articulao teoria-prtica poder se enriquecer com aincorporao de outras correntes do conhecimento voltadas paraa dimenso ontolgica, existencial, dialgica e outras, pois oprocesso sade-doena sempre complexo carregado de valoresticos que expressa a singularidade do homem.

    Outros pesquisadores tambm vm contribuindo para a reflexosobre a importncia do cuidado na produo de sade. Dentreeles citamos Merhy(1) que vem discutindo a micropoltica do trabalhovivo em ato, e a a singularidade e potncia presentes no espaointercessor em que esto presentes trabalhadores e usurios emrelao e em ao, sendo este o espao onde possvel ocorrer oCuidado. Mas para tal a dimenso profissional (conhecimentos esaberes) que so tecnologias semi-duras tm que estar aliadas

    dimenso cuidadora que relacional, onde esto presentes astecnologias leves que permitem que as intersubjetividades sejamcontempladas.

    Jos Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres, mdico sanitarista,vem construindo uma contribuio importante sobre o Cuidado,atravs de filsofos como Heidegger e Gadamer. Vamos nos basearnos seus construtos, pois estes podem enriquecer muito o nossoobjeto de estudo, que o Cuidado. Nos dizeres de Ayres(25):Embora a categoria Cuidado, na filosofia heideggeriana, no diziarespeito ao cuidar ou descuidar no sentido operativo do sensocomum, e ainda menos numa perspectiva estritamente mdica,adota-se o termo Cuidado como designao de uma ateno sade imediatamente interessada no sentido existencial daexperincia do adoecimento, fsico ou mental, e, por conseguinte,tambm das prticas de promoo, proteo ou recuperao dasade.

    Assim, s o xito tcnico no produz o Cuidado, ou seja, necessrio trazer para o momento do encontro entre profissional eusurios, o sentido existencial da experincia do adoecer e dasprticas de sade. Isto se d por meio da escuta interessada e dadimenso dialgica do encontro que propicia a fuso de horizontesde trabalhadores e usurios.

    Alm do sentido instrumental das aes de sade e enfermagem,que Ayres(2) denomina de xito tcnico, no nos esquecemos queestes so histricos e sociais e como tais so saberes prticos.Ayres(2) considera que o xito tcnico se refere ao sentidoinstrumental da ao, por exemplo, o uso da insulina na reduode riscos no diabetes. O sucesso prtico se refere ao valor queessa ao assume para indivduos, populaes, em razo dasimplicaes simblicas, relacionais e materiais dessas aes na vidacotidiana. No mesmo exemplo, o que significa estar com diabetes,para um indivduo, para uma famlia e uma comunidade, cuidar daalimentao, tomar remdios, fazer controles peridicos, etc.

    O mesmo autor traz ainda o conceito de projeto de felicidade,aquilo que d sentido existencial s demandas dos usurios e queimplica intersubjetividade, interao, compartilhamentos, aberturas. neste sentido, um norte existencial. Nesta direo,compreendemos que o conhecimento cientfico tem que se abrirpara a sabedoria prtica e possibilitando o encontro dos horizontesnormativos para produzir o Cuidado. A racionalidade prtica dasaes de sade se assenta na linguagem e no dilogo. Para ahermenutica, a dialtica da linguagem entendida como um modode participao no mundo, e sempre produzida entre sujeitos, eo valor da verdade prtica se d na fuso de horizontes, de umcom o outro. O encontro teraputico amplo e rico depossibilidades de Cuidado.

    CONSIDERAES FINAISCONSIDERAES FINAISCONSIDERAES FINAISCONSIDERAES FINAISCONSIDERAES FINAIS

    O corpo de conhecimentos da enfermagem vem sendoconstrudo, com predominncia, na lgica da racionalidade cientficaemprica e analtica, que lhe d o status de disciplina/cincia e ele que vai instrumentalizar o Cuidado de enfermagem.

    Se tomarmos o cuidado enquanto procedimentos de enfermagemrealizados para a promoo da sade, preveno da doena ereabilitao da sade, este corpo de conhecimentos vai ter seuxito tcnico, pois produz o que se pretende. Mas se tomarmos o

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    Almeida MCPAlmeida MCPAlmeida MCPAlmeida MCPAlmeida MCP, et al., et al., et al., et al., et al.

    Cuidado como uma ateno sade, interessada no sentidoexistencial para re-fazer, restaurar o projeto de vida, e de uma vidaboa, produzindo a fuso de horizontes do profissional, do usurioe tambm da comunidade, da gerncia e mesmo das polticas desade, o arsenal tcnico-cientfico de que a enfermagem dispeno dar conta do sucesso prtico.

    O Cuidado no pode ser o produto de um saber exclusivamenteinstrumental provido do saber cientfico e tecnolgico, pois, seassim ocorrer obteremos apenas uma parte da dimenso do cuidado,que o xito tcnico. Se quisermos alcanar o sucesso prticopara produzir cuidado, necessria, alm da dimenso instrumental,a produo de encontros e de dilogos entre sujeitos, sujeitosprofissionais de sade/servios e sujeitos usurios e populao.Na relao teraputica, seja individual ou coletiva, o objeto no ousurio, mas o que se constri a partir desses sujeitos em interao,numa fuso de horizontes(26).

    A enfermagem, que tem como objeto o Cuidado, tem imensaspossibilidades de aproximar os seus saberes instrumentais dos

    saberes prticos, na construo de intersubjetividades e fuso dehorizontes para restaurar e restabelecer os projetos de vida e deuma vida boa. Cabe ressaltar ainda que, o Cuidado enquanto objetoda enfermagem, resultado da interao do xito tcnico e sucessoprtico no apresentam apenas a dimenso micro, mas tem tambmo compromisso com valores do bem comum, pois a relao com ooutro esta sempre presente. Assim, o sucesso prtico pode oferecerelementos para melhor uso dos xitos tcnicos, como as estratgiasde interveno para o gerenciamento, para a organizao deprogramas e para as polticas de sade na dimenso social.

    Portanto, o Cuidado permite fazer a mediao dialtica entre asdimenses dos micros espaos de interveno e dos macros espaosestruturais, permitindo a construo de prticas de sadedemocrticas, convergentes com os direitos sociais. Depreende-se, a partir dessas reflexes, a potncia da enfermagem brasileirapara protagonizar processos de transformao na sua prtica, nasprticas de sade, na educao, na pesquisa e nas polticas desade.

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