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7/31/2019 Altas repeties x hipertrofia
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Altas repeties x hipertrofia
Autor: Marcos Muniz
Altas repeties x hipertrofia
Eu fao musculao trs vezes por semana acompanhada de um Personal, e ele
insiste em que eu faa repeties bem altas(40 e vai diminuindo), sendo que o
meu objetivo a hipertrofia dos glteo e coxas. Gostaria de saber se ele
realmente est errado ou se ele pode ter razo, pois ele argumenta que meu
corpo reage melhor a altas repeties. Obrigada pela atenao. Amanda
Ol Amanda. Seu personal, assim como todo profissional deste servio, precisa
conhecer a fundo tanto a tcnica, como aplic-la, quanto conhecer as reaes e
adaptaes de seus clientes. Com relao ao treino que vem desenvolvendo,
olhando de fora da situao, fica complicada uma anlise conclusiva, porm,
sabe-se que o estimulo hipertrfico, que o que procura, efetivo quando se
estimula tensionalmente as fibras musculares (treinasse "pesado"), porm oestmulo metablico das fibras musculares tambm provocam o aumento da
seco transversa dos msculos esquelticos, que com uma velocidade e
proporo menor, se compararmos com outro tipo de treino com este fim. Seria
interessante uma alternncia de tcnicas para que seu trabalho fosse
constantemente estimulado e o resultado mais satisfatrio.
http://www.wallstreetfitness.com.br/imgs/Fotos/altas_repeticoes_x_hipertrofia.jpg7/31/2019 Altas repeties x hipertrofia
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Amanda vamos definir o que hipertrofia e como esta acontece:
HIPERTROFIA: UM AUMENTO NA SECO TRANSVERSA DO MSCULO, E
ISSO SIGNIFICA AUMENTO DO TAMANHO E NO NMERO DE FILAMENTOS
DE ACTINA E MIOSINA E ADIO DE SARCMEROS DENTRO DAS FIBRAS
MUSCULARES J EXISTENTES (FLECK,1999).
Existem basicamente dois tipos de hipertrofia, a aguda (sarcoplasmtica ou
metablica) e a crnica (tensional ou miofibrilar). A hipertrofia aguda,
sarcoplasmtica transitria, ou seja, dura poucas horas e pode ser considerada
como um aumento do volume muscular durante uma sesso de treinamento,
devido principalmente ao acmulo de lquido nos espaos intersticial e intracelulardo msculo. Outra teoria seria a do aumento no volume de lquido e contedo do
glicognio muscular no sarcoplasma. J a hipertrofia crnica pode ocorrer durante
longo perodo de treinamento de fora, est diretamente relacionada com aumento
de miofibrilas, nmero de filamentos de actina-miosina, cont edo
sarcoplasmtico, tecido conjuntivo ou combinao de todos estes fatores.
Estes dois tipos de hipertrofia so INVERSAMENTE PROPORCIONAIS NO QUE
SE REFERE INTENSIDADE E VOLUME, OU SEJA: NA HIPERTROFIA
MIOFIBRILAR (TENSIONAL) TRABALHA-SE COM CARGAS MAIORES "PESO"
QUE IGUAL INTENSIDADE, E NMERO DE REPETIES MENORES O
QUE CARACTERIZA VOLUME, NO CASO DA HIPERTROFIA
SARCOPLASMTICA (METABLICA) AS REPETIES SO MAIORES E O
PESO MENOR POR ISSO SO INVERSAMENTE PROPORCIONAIS.
PARA QUE OCORRA A HIPERTROFIA NECESSRIO QUE HAJA UM
EQUILBRIO ENTRE INTENSIDADE E VOLUME, J QUE O TEMPO QUE O
MSCULO PERMANECE SOBRE TENSO DE EXTREMA IMPORTNCIA OU
SEJA, SE TRABALHARMOS COM GRANDES QUILAGENS (PESOS), O
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NMERO DE REPETIES SER MUITO PEQUENO, FAZENDO COM QUE O
MSCULO FIQUE TENSIONADO POR UM PERODO MUITO REDUZIDO, J SE
O PESO FOR MUITO LEVE SER POSSVEL REALIZAR UM GRANDE
NMERO DE REPETIES, PORM, A TENSO EM TERMOS DE QUILAGEM
MUITO PEQUENA NO HAVENDO HIPERTROFIA MUSCULAR.
Muitos autores atribuem a hipertrofia ao tempo em que o msculo permanece sob
tenso e no somente a determinados algarismos. Uma srie de 10 repeties,
por exemplo, pode ser realizada em 10 segundos, 40 segundos ou 2 minutos. A
velocidade de execuo, a carga utilizada, tempo de pausa, amplitude de
execuo, podem ocasionar notveis diferenas de vias metablicas necessriaspara manter o exerccio, com diferentes respostas adaptativas bioqumicas e
morfolgicas.
Verkhoshansky (2000) e Poliquin (1997), refere-se h tempos entre 20-40 a 60-70
segundos de execuo como ideais para ganhos de massa muscular, em cada
srie no treinamento de fora.
Cossenza (2001), Bompa (2000), Brooks (2000), Fleck e Kraemer (1999) ,
Zatsiorsky (1999), Santarem (1999), Andrada (1998), Monteiro (1997) e Arajo
Filho (1994), destacam que h maior ganho de hipertrofia muscular, com um
treinamento de musculao com a realizao de 6 a 12 repeties. Com este
nmero de repeties segundo Badillo & Gorostiaga (2001) e Dantas (1998),
possvel manter intensidades compreendidas entre 60% e 80% de 1-RM por srie.
A intensidade mnima que pode ser usada para executar uma srie at a fadiga
voluntria momentnea, que possa resultar em um aumento da fora muscular e
hipertrofia muscular, de 60 a 65% de 1-RM (MCDONAGH & DAVIES apud
FLECK & KRAEMER, 1999, p.22).
Sobrecarga tensional e hipertrofia miofibrilar: De acordo com a hiptese energtica
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a taxa de degradao protica uma funo do peso levantado: quanto maior o
peso maior a taxa de degradao da protena (ZATSIORSKY, 1999, p.150). Por
serem sintetizadas mais protenas contrteis, durante o perodo de anabolismo, a
densidade dos filamentos aumenta.
Segundo Guedes Jnior (2003), Santarem (1999), Zatsiorsky (1999) e Tous
(1999), o aumento da sntese de protenas contrteis, estimulado pelo treinamento
de fora, promove o aumento do tamanho e do nmero de miofibrilas por fibra
muscular. A essa adaptao d-se o nome de hipertrofia miofibrilar, e o estmulo
capaz de causar tal adaptao seria a sobrecarga tensional, relacionada com o
alto nvel de tenso imposto ao msculo graas ao peso elevado a ser vencido.
Nos exerccios resistidos quanto maior a carga maior a sobrecarga tensional.Grandes sobrecargas tensionais implicam em baixas repeties e um curto tempo
de execuo de cada srie de um exerccio.
Para Santarem (1999), o aumento de tenso muscular durante os exerccios
caracteriza uma sobrecarga ten sional e diretamente proporcional resistncia
oposta ao movimento. O mesmo autor, ainda cita que o treinamento tpico para
aumento de fora enfatiza a sobrecarga tensional, com pouca nfase na
sobrecarga metablica. Bompa (2000), cita a hipertrofia miofibrilar, estimulada
pela sobrecarga tensional, mais estvel e duradoura.
Sobrecarga metablica e hipertrofia sarcoplasmtica:
A sobrecarga metablica traz as clulas musculares um maior estresse
bioqumico, pelo maior tempo de execuo de uma srie, mas em compensao
com um menor nmero de carga do que a sobrecarga tensional.
Segundo Guedes Jnior (2003), Santarem (1999), Zatsiorsky (1999) e Tous
(1999), durante as contraes musculares prolongadas ocorre um aumento de
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atividade dos processos de produo de energia, caracterizando uma sobrecarga
metablica do tipo energtica. Essa sobrecarga metablica contribui para o
aumento de volume muscular atravs do aumento de substratos energticos
localizados no sarcoplasma: CP-supercompensao e o aumento das reservas de
glicognio, uma resposta adaptativa ao consumo aumentado dessa substncia
altamente hidratada (super-hidratao). O outro mecanismo extracelular, e
consiste no aumento de vascularizao do tecido muscular. A isso se pode
chamar de hipertrofia sarcoplasmtica ou volumizao celular, estimulada pela
sobrecarga metablica, caracterizada pelo elevado nmero de repeties e pelo
tempo prolongado de execuo de cada srie de um exerccio.
Concluso:Amanda, como vimos a hipertrofia crnica/tensional/miofibrilar mais significativa,
por ser mais duradoura e promover uma alterao estrutural no msculo. Esta
acontece com repeties entre 6 a 12 em mdia, sendo ainda que alguns autores
destacam repeties chegando at 15 20 principalmente para membros
inferiores e em determinados exerccios como o caso do Leg Press.
Outra questo importante o tempo de tenso, ou seja, o tempo que o msculo
fica tencionado, tempo que dura a srie de musculao. Vimos que este tempo
deve ser em mdia entre 40 e 60 segundos.