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Altimetria
Prof.: Delson José Carvalho Diniz
UNIVERSIDADE FUMEC - FEA
- 2003 -
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
1
UNIVERSIDADE FUMEC - FEA
ÍNDICE
ÍNDICE.............................................................................................................................1ALTIMETRIA........................................................................................................................21. Definição - Generalidades............................................................................................2
1.1 - Altimetria...............................................................................................................21.2 - Planimetria............................................................................................................21.3 - Nivelamento..........................................................................................................2
2. Superfícies de Nível.....................................................................................................32.1 - Definição...............................................................................................................32.2 - Superfície de Nível, Erro.......................................................................................32.3 - Problema..............................................................................................................6
3. Cota............................................................................................................................. 64. Altitude.........................................................................................................................75. Nivelamento.................................................................................................................7
5.1 - Nivelamento Barométrico.....................................................................................75.1.1 - Aparelhos Usados.............................................................................................85.1.2 - Precisão.............................................................................................................85.2 - Nivelamento Geométrico e Trigonométrico..........................................................85.2.1 - Métodos.............................................................................................................8
6. Nivelamento Geométrico..............................................................................................96.1 - Nivelamento Geométrico Simples........................................................................96.2 - Nivelamento Geométrico Composto...................................................................12
7. Nivelamento Trigonométrico......................................................................................137.1 - Estadimetria........................................................................................................137.2 - Nivelamento Trigonométrico - Fórmulas.............................................................14
8. Caderneta de Nivelamento Geométrico.....................................................................168.1 - Cálculo da Caderneta.........................................................................................168.2 - Verificação do Cálculo da Caderneta.................................................................218.3 - Método de Trabalho...........................................................................................218.4 - Cadernetas de Nivelamento Geométrico - Novo Tipo........................................228.5 - Limite de Erro.....................................................................................................22
9. Topologia...................................................................................................................249.1 - Generalidades....................................................................................................24
10. Representação do Relevo do Solo..........................................................................2610.1 - Meia Perspectiva..............................................................................................2610.2 - Pontos Cotados................................................................................................2710.3 - Curvas de Nível................................................................................................29
11. Representação dos Principais Acidentes Topográficos...........................................3411.1 - Espigão (Divisor ou Tergo)...............................................................................3411.2 - Vale ou Thalweg...............................................................................................35
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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Assunto:
Altimetria, Levantamento Altimétricos - Superfícies de Nível, Cotas e Altitudes, Nível Verdadeiro e Aparente, Nivelamento Geométrico, Trigonométrico, Barométrico e G.P.S., Instrumentos, Caderneta de Nivelamento Geométrico, Cálculo de Cotas, Erro, Clinometria, Traçado de Curvas de Nível, Topografia.
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ALTIMETRIA
1. DEFINIÇÃO - GENERALIDADES
1.1 - Altimetria
Também chamada de HIPSOMETRIA, é a parte da TOPOGRAFIA que tem por
finalidade a medida da DISTÂNCIA VERTICAL ou DIFERENÇA DE NÍVEL entre
diversos pontos.
1.2 - Planimetria
Por meio da PLANIMETRIA, obtemos a representação de uma área estudada
com todos os seus acidentes, projetados em um plano horizontal.
Para a quase totalidade dos trabalhos de ENGENHARIA, onde aplicamos a
TOPOGRAFIA, essa representação é incompleta, pois não nos fornece o
relevo do terreno.
A ALTIMETRIA completará o levantamento PLANIMÉTRICO, fornecendo-nos
elementos para obter o relevo, bem como o modo de representa-lo no papel.
1.3 - Nivelamento
Chamamos de NIVELAMENTO a série de operações realizadas no campo
com a finalidade de obtermos a ALTIMETRIA de um terreno.
2. SUPERFÍCIES DE NÍVEL
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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2.1 - Definição
Poderíamos definir SUPERFÍCIE DE NÍVEL, também chamada de
EQUIPOTENCIAL, como a superfície na qual o trabalho realizado pela força da
gravidade é nulo.
Se temos um móvel qualquer deslizando sobre ela, o seu movimento não
será nem acelerado nem retardado pela ação da gravidade. É, portanto, uma
superfície de equilíbrio e é normal, em todos os seus pontos, à vertical do
lugar.
Seria, como exemplo, a superfície média das águas do mar em repouso.
2.2 - Superfície de Nível, Erro
Vamos considerar a terra cortada por um plano vertical como a figura abaixo:
Figura 1
O- Centro da terra
B - Ponto qualquer sobre a superfície da terra
BAC - Relevo ou elevação qualquer
A - Ponto sobre a elevação BAC considerada
SBC - SUPERFÍCIE DE NÍVEL VERDADEIRA que passa por B
H - Plano horizontal que passa por B, também chamado de SUPERFÍCIE DE
NÍVEL APARENTE do ponto B
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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L A
B
S R
R
C
Di
l superfície de nível aparente do ponto B
superfície de nível verdadeira do ponto A
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AD - DIFERENÇA DE NÍVEL VERDADEIRA: é a distância, segundo a vertical,
entre as duas SUPERFÍCIES DE NÍVEL VERDADEIRAS que passam por A e
por B
AI - DIFERENÇA DE NÍVEL APARENTE: é a distância, segundo a vertical, entre
o ponto A e a SUPERFÍCIE DE NÍVEL APARENTE do ponto B
ID = e será o Erro DE NÍVEL APARENTE, que é a diferença entre as duas
diferenças de nível existentes, isto é, a VERDADEIRA e a APARENTE
BI = L é a distância entre os dois pontos a serem nivelados.
Fazendo inicialmente a abstração do efeito da refração atmosférica, temos:
Do triângulo OBI temos:
BO2 + BI2 = IO2 (1)
Mas:
BO = R (raio da Terra) (2)
BI = L (3)
OI = R + e (4)
Substituindo (2), (3) e (4) em (1), temos:
R2 + L2 = (R + e)2 (5)
R2 + L2 = R2 + 2.e.R + e2 (6)
L2 = e (2R + e) (7)
(8)
Como o valor do erro e, é muito pequeno em relação ao raio da terra, tal
valor e é desprezível comparado com o valor 2R, portanto:
(sendo R = 6.366.193 m.) (9)
Considerando agora o efeito da refração atmosférica, efeito que sempre
aparecerá na prática, pois trabalhamos sempre no ar atmosférico, o ponto I
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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será visto em i, um pouco abaixo de sua posição real, pois o raio visual
segue na direção Bi e não BI. Tal efeito irá, portanto, reduzir o erro de nível
aparente.
Experiências feitas no campo da Física mostraram que:
D . i = 0,84 ID
Portanto e1 que é o ERRO DE NÍVEL APARENTE levando em consideração o
efeito da REFRAÇÃO ATMOSFÉRICA será:
e1 = 0,84 e (10)
e1 = 0,84 . (11)
(12)
(13)
Para alguns valores de L poderemos ter:
L = DL = DISTÂNCIAISTÂNCIA E ENTRENTRE P PONTOSONTOS ee11 = = EERRORRO DEDE N NÍVELÍVEL A APARENTEPARENTE
20 m 0,000026 m
40 m 0,000105 m
60 m 0,000237 m
80 m 0,000421 m
100 m 0,000659 m
120 m 0,000949 m
140 m 0,001292 m
160 m 0,001687 m
180 m 0,002135 m
200 m 0,002636 m
2.3 - Problema
A diferença de nível obtida entre dois pontos foi de 4,751 m. Sendo a
distância entre os ponto 391 m, determinar a diferença de nível verdadeira
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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entre os dois pontos levando em consideração a refração atmosférica (ver
figura 1).
Ai = 4,751 m
AD = 4,751 + 0,010 = que é a DIFERENÇA DE NÍVEL VERDADEIRA
entre os pontos considerados.
3. COTA
Chamamos de COTA de um ponto, a distância vertical entre o ponto considerado e
uma SUPERFÍCIE DE NÍVEL APARENTE qualquer tomada como referência.
B
A
Figura 2
4. ALTITUDE
Chamamos de ALTITUDE de um ponto a distância, segundo a vertical, entre o ponto
considerado e a SUPERFÍCIE DE NÍVEL VERDADEIRA correspondente ao nível médio
das águas do mar em repouso.
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C
Cota A Cota B Cota C
SUPERFÍCIE DE NÍVEL APARENTE
tomada como referência
A
B
ALTITUDE DE A
ALTITUDE DE B
SUPERFÍCIE DE NÍVEL VERDADEIRA (NÍVEL MÉDIO DAS ÁGUAS DO MAR)
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Figura 3
5. NIVELAMENTO
5.1 - Nivelamento Barométrico
É usado na determinação de ALTITUDES e na obtenção de SUPERFÍCIES DE
NÍVEL VERDADEIRAS. O NIVELAMENTO BAROMÉTRICO é baseado na relação que
existe entre ALTITUDE e PRESSÃO ATMOSFÉRICA, isto é, nas maiores altitudes
temos menores pressões.
5.1.1 - Aparelhos Usados
Barômetro de Mercúrio. Exemplo: Barômetro Fortin
Hipsômetros ou Termobarômetros
Aneróides
5.1.2 - Precisão
Muito pequena para trabalhos técnicos de Engenharia.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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5.2 - Nivelamento Geométrico e Trigonométrico
Tais tipos de nivelamento são empregados na obtenção de superfícies de
nível aparente e na determinação das cotas de pontos, bem como na
determinação de diferença de nível entre pontos.
5.2.1 - Métodos
Métodos geométricos : Nivelamento Geométrico Simples
Nivelamento Geométrico Composto
Método Trigonométrico
OBSERVAÇÃO: Nos dois processos fazemos o nivelamento por
encaminhamento, isto é, determinamos as COTAS ou
ALTITUDES, não só dos vértices A, B, C, D, etc., como
também das estacas colocadas ao longo dos lados da
poligonal (depois de feito o chamado ESTAQUEAMENTO DA
POLIGONAL), como na figura 4.
Simultaneamente, determinamos as COTAS ou ALTITUDES de
pontos em torno de cada vértice, pelo método da
IRRADIAÇÃO, por exemplo, em torno do vértice A obtemos as
cotas ou altitudes de A1, A2, A3, etc.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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E
F
D
C
B
A4
A1
A2
A3
A
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Figura 4
OBSERVAÇÃO: Classificamos os tipos de nivelamento por ordem decrescente
de precisão, temos:
1º - Nivelamento Geométrico
2º - Nivelamento Trigonométrico
3º - Nivelamento Barométrico
6. NIVELAMENTO GEOMÉTRICO
6.1 - Nivelamento Geométrico Simples
Esse tipo de nivelamento é baseado em visadas horizontais e consiste em somente uma instalação do aparelho.
Consideremos dois pontos A e B, quaisquer, de um terreno:
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SUPERFÍCIE DE NÍVEL APARENTE ADOTADA
Figura 5
Da figura temos:
MA - Mira colocada no ponto A
MB - Mira colocada no ponto B
N - Nível colocado próximo de A e B
h - Diferença de nível procurada entre A e B
hA - Leitura feita na mira MA com o nível em N e igual a 2,718 m
hB - Leitura feita na mira MB com o nível em N e igual a 1,524 m
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MB
B
MA
2,718N
hB
hA
A
h
1,524
COTA A - ARBITRADA
COTA B
(500.000)
h = hA - hB
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Temos:
H = hA - hB = 2,718 - 1,524 = 1,194 m
que é a diferença de nível entre A e B
O valor de h é positivo, quando de A para B, temos um ACLIVE.
Figura 6
O valor de h é negativo, quando de A para B temos um DECLIVE.
Figura 7
Considerando a mesma figura feita para NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES, vamos
arbitrar uma cota qualquer, por exemplo, 500,000 para o ponto A, quando fazemos isto,
estamos adotando uma SUPERFÍCIE DE NÍVEL APARENTE, 500,000 metros abaixo de A,
como referência para o nosso nivelamento.
A cota de B será:
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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B
A
h +
B
A
h -
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Cota de B = Cota de A + h
Cota de B = 500,000 + 1,194
6.2 - Nivelamento Geométrico Composto
Na prática nem sempre é possível nivelar todos os pontos desejados com uma única instalação do aparelho. Geralmente temos uma série de nivelamento simples, constituindo o chamado NIVELAMENTO GEOMÉTRICO COMPOSTO.
Suponhamos que desejamos determinar a diferença de nível entre os pontos A e D da figura 8.
Com o aparelho em N, determinamos a diferença de nível entre A e B:
Figura 8
hAB = 3,252 - 1,361 = 1,893 m
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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Cota de B = 501,194 m
hBC = 2,196
MD
Mc
MB
MA
3,254 1,361N1
3,376
3,473 1,277
N2
N3
B
C
D
1,522
hBC = 1,854
hAB = 1,893A
Cota A500.000
Cota B501.893
Cota C503.747
Cota D505.943
SUPERFÍCIE DE NÍVEL APARENTE ARBITRADA
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Com o aparelho em N2 determinamos a diferença de nível entre B e C
hBC = 3,376 - 1,522 = 1,854 m
Com o aparelho em N2 determinamos a diferença de nível entre C e D
hCD = 3,473 - 1,277 = 2,196 m
A diferença de nível entre A e D será:
h = hAB + hBC = 1,893 + 1,854 + 2,196 = 5,493 m
Para as cotas teríamos:
Cota de A = 500,000 arbitrada
Cota de B = 500,000 + hAB = 500,000 + 1,893 = 501,893 m
Cota de C = 500,000 + hAB + hBC
= 500,000 + 1,893 + 1,854 = 503, 747 m
Cota de D = 500,000 + hAB + hBC + hCD = 500,000 + h
= 500,000 + 5,943 = 505, 943 m
OBS: Na figura 9, temos uma visão espacial de um NIVELAMENTO GEOMÉTRICO
COMPOSTO.
7. NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO
Quando não temos necessidade de grande precisão, podemos empregar aparelhos
que fornecem o ângulo de inclinação da visada ou tangente desses ângulos.
7.1 - Estadimetria
Pela estadimetria, já estudada, a fórmula:
nos fornece a diferença de nível entre o ponto onde colocamos o teodolito e
o ponto onde colocamos a mira.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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7.2 - Nivelamento Trigonométrico - Fórmulas
Na figura 10, temos:
A ponto onde colocamos o aparelho que fornece o ângulo de inclinação da visada ou a tangente do mesmo ângulo
B ponto onde colocamos a mira
i altura do aparelho
ângulo de inclinação
MB ponto onde colocamos o aparelho que fornece o ângulo de inclinação da visada ou a tangente do mesmo ângulo
L leitura na mira
D distância horizontal entre os pontos A e B medida diretamente
d diferença de nível procurada entre os dois pontos A e B
Figura 9
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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Cota B
G MB
L
B
C
A
i
dE
F
Cota A
SUPERFÍCIE DE NÍVEL APARENTE
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Cota de A = 500,000 arbitrada
Da figura temos:
d = GE + EF - GB (1)
Mas:
GE = CE tang . = D . tang . (2)
EF = I (3)
GB = L (4)
Substituindo (2), (3) e (4) em (1), temos:
OBSERVAÇÃO: O processo trigonométrico é de 16 a 17 vezes menos preciso que o
processo geométrico.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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8. CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO
8.1 - Cálculo da Caderneta
Nas cadernetas de nivelamento, anotamos os elementos necessários para que possamos calcular cotas ou altitudes de diversos pontos da área a ser nivelada.
Figura 10
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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904
,566
904
,471
903
,856
904,
566
902
,950
903
,187
902
,676
902
,248
901
,619
900
,490
900
,000
Arb
itrad
a
N1
N2
N3
1
2 3
A
B
45
RN
6
7
C
Superfície de Nível Qualquer
3,10
2
2,51
32,61
2
1,48
3
0,85
4
2,08
5
1,81
1
1,68
5
1,57
4
2,04
82,
717
1,43
31,
338
N1
N2
N3
MA
MB
MC
MRN
PR2
PR3
PR1
A1
2
B3
4 56
RN
7 8
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Vamos considerar vários pontos de um terreno, por exemplo, pontos A, 1, 2, B, etc.
Colocamos o nível na posição N1 e, suponhamos que, nesta posição, possamos
fazer leituras em miras colocadas em A, 1, 2 e B.
Com o nível em uma nova posição N2, fazemos as leituras em miras colocadas nos
pontos B, 3, 4, 5 e RN.
Com o nível em uma nova posição N3, fazemos as leituras em miras colocadas nos
pontos RN, 6, 7 e C.
Esses dados são anotados na CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO, do
seguinte modo:
Na primeira coluna, denominada ESTACAS, anotamos as denominações dos
pontos que foram nivelados, a saber: A, 1, 2, B, 3, etc.
Na segunda coluna escrevemos as leituras feitas nas miras colocadas nos
pontos a serem nivelados. Esta segunda coluna tem, em algumas cadernetas a
denominação de VISADA e em outras a denominação de LEITURA DE MIRA.
A primeira leitura feita com o nível em N1 e a mira em A (mira MA)será uma
leitura chamada de ADITIVA, isto é, vem precedida do sinal +, pois se a cota do
ponto A (por exemplo arbitamos o valor 900,000) somamos a LEITURA DE MIRA
feita neste ponto (no nosso exemplo 3,102) teremos a cota de um plano
horizontal que passa pelo centro do nível na posição N1 será a cota do PLANO DE
Referência PR1.
Cota PR1 = 900,000 + 3,102 = 903,102 m.
O PLANO DE REFERÊNCIA PR1 será o mesmo para os pontos A, 1, 2 e B.
A cota do ponto 1 será a cota de PR, menos a leitura de mira feita no ponto 1.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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Caderneta de Nivelamento Geométrico
EstacaLeitura de Mira
ou Visada
Plano de Referência ou
Altura do InstrumentoCota Obs.
A +3,102 903,102 900,000 arbitrada
1 2,612 903,102 900,490
2 1,483 903,102 901,619
B 0,854 903,102 902,248
B +2,513 904,761 902,248
3 2,085 904,761 902,676
4 1.811 904,761 902,950
5 1,685 904,761 903,076
RN 1.574 904,761 903,187
RN + 2,717 905,904 903,187
6 2,048 905,904 903,856
7 1,433 905,904 904,471
C 1,338 905,904 904,566
Somatórias 25,255 11.759,829 11.734,574
= +
= 11.734,547 + 25,255 = 11.759,829
mesmo raciocínio é feito nos pontos 2 e B.
COTA 1 = Cota PR1 - 2,612 = 903,102 - 2,612 = 900,490
COTA 2 = Cota PR1 - 1,483 = 903,102 - 1,483 = 901,619
COTA B = Cota PR1 - 0,854 = 903,102 - 0,854 = 902,248
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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Suponhamos que por problemas de distâncias, visibilidade ou relevo, com o nível
em N, não podemos nivelar outros pontos.
Transferimos então, o nosso aparelho para uma posição N2.
Para fazermos a ligação dos nivelamentos feito com o aparelho em N1, com os
nivelamentos a serem feitos com o aparelho em N2, com o nível nesta segunda
posição visaremos, novamente, uma mira colocada em B (MIRA Me). A leitura feita
foi: + 2,513.
A cota do ponto B foi obtida anteriormente (cota B = 902,248) quando o nível
estava em N1, e tal valor continua o mesmo para qualquer posição do nível.
Se somarmos à cota de B (902,248) a leitura feita em uma mira colocada em B
(MIRA Me) e com o nível em N2 (+ 2,513), teremos a cota do novo plano de
referência PR2 (daí ser esta nova leitura precedida do sinal +).
Cota PR2 = cota B + 2,513 = 902,248 + 2,513 = 904,761
O plano de referência PR2 é o mesmo para os pontos 3, 4, 5 e RN, e teremos:
cota 3 = cota PR2 - 2,085 = 904,761 - 2,085 = 902,676
cota 4 = cota PR2 - 1,811 = 904,761 - 1,811 = 902,950
cota 5 = cota PR2 - 1,685 = 904,761 - 1,685 = 903,076
cota RN = cota PR2 - 1,574 = 904,761 - 1,574 = 903,187
Pelos mesmos motivos já citados, mudamos o nível para a posição N3 :
cota PR3 = cota RN + 2,717 = 903,187 + 2,717 = 905,904
O plano de referência PR3 é o mesmo para os pontos 6, 7 e C, e teremos:
cota 6 = cota PR3 - 2,048 = 905,904 - 2,048 = 903,856
cota 7 = cota PR3 - 1,433 = 905,904 - 1,433 = 904,471
cota C = cota PR3 - 1,338 = 905,904 - 1,338 = 904,566
O mesmo raciocínio continuará para outros pontos a serem nivelados.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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Observações: 1. Na primeira coluna anotamos a denominação dada aos
pontos considerados.
2. Na segunda coluna anotamos as leituras feitas na mira,
tomando o cuidado de escrever o sinal + para as LEITURAS
ADITIVADAS, isto é, as leituras que fornecem as cotas de
PLANOS DE REFERÊNCIA.
3. Na terceira coluna anotamos as cotas de PLANOS DE
REFERÊNCIA que são planos horizontais que passam pelo
centro do nível nas diversas posições. Alguns autores
chamam de ALTURA DO INSTRUMENTO.
4. Na quarta coluna anotamos a cota dos diversos pontos. Em
alguns casos, arbitramos a cota do primeiro ponto e
calculamos as outras, tomando cuidado para não termos
cotas negativas. Em outros casos temos pontos de cotas ou
altitudes conhecidas e partimos de tais cotas ou altitudes
para calcularmos as outras.
5. As visadas chamamos de ADITIVADAS, também chamadas de
VISADAS EM RÉ, fornecem as cotas dos PLANOS DE REFERÊNCIA
e as visadas chamadas SUBTRATIVAS, também chamados em
VANTE fornecem as cotas dos pontos.
6. Chamamos de RN OU REFERÊNCIA DE NÍVEL, as marcas de
referência cuja cota ou altitude servirá como ponto de
partida para outros nivelamentos. Devem oferecer grande
facilidade de visibilidade, as melhores condições de
estabilidade e serem inalteráveis com o tempo. Servirão não
só como base de outros nivelamentos futuros como
também para reavivar nivelamentos já feitos.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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8.2 - Verificação do Cálculo da Caderneta
8.2.1 - Somamos todas as VISADAS, e temos:
8.2.2 - Somamos todas as COTAS DOS PLANOS DE REFERÊNCIA, e temos:
Referência = 11.759,829
8.2.3 - Somamos todas as COTAS dos pontos, e temos:
= 11734,574
Para a verificação:
de Referência = +
O que mostra estar o CÁLCULO DA CADERNETA correto.
8.3 - Método de Trabalho
8.3.1 - Nivelamento feito segundo uma poligonal fechada
Neste caso, como a poligonal é fechada, se partimos de um ponto
inicial de COTA OU ALTITUDE conhecida, por exemplo X, depois de
percorrida toda a poligonal, chegamos ao mesmo ponto de partida,
com uma cota: X En (sendo En o ERRO encontrado no
nivelamento, que deverá estar dentro dos limites).
8.3.2 - Nivelamento feito segundo uma poligonal aberta
Neste caso não temos condições de obter o valor do ERRO En. O
controle do erro poderá ser feito por meio de um nivelamento feito
em sentido contrário ao primeiro, chamado CONTRANIVELAMENTO.
Esta operação é de grande valia pois controla a precisão do
trabalho.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
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8.4 - Cadernetas de Nivelamento Geométrico - Novo Tipo
As CADERNETAS DE NIVELAMENTO podem ainda representar a seguinte
DISTRIBUIÇÃO:
ESTACALEITURA DE MIRA
PLANO DE REFERÊNCIA COTA OBSRE(+) VANTE(-)
A + 3.102 PR1 = 903,102 900,000 arbitrada
1 2,612 PR1 = 903,102 900,490
2 1,483 PR1 = 903,102 901,619
B 0,854 PR1 = 903,102 902,248
B - 2.513 PR2 = 904,761 902,248
3 2,085 PR2 = 904,761 902,676
4 1,811 PR2 = 904,761 902,950
5 1,685 PR2 = 904,761 903,076
RN 1,574 PR2 = 904,761 903,187
RN + 2,717 PR2 = 905,9041 903,187
6 2,048 PR2 = 905,9041 903,856
7 1,433 PR2 = 905,9041 904,471
C 1,838 PR2 = 905,9041 904,566
8.5 - Limite de Erro
8.5.1 - Limite máximo adotado geralmente
O LIMITE DE ERRO geralmente adotado é:
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
23
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8.5.2 - Limite adotado por algumas entidades
Algumas entidades adotam os valores seguintes:
Nivelamento de alta
precisão
Nivelamento de 1ª
ordem (ou de precisão)
Nivelamento de 2ª
ordem
Nivelamento de 3ª
ordem
Nivelamento de 4ª
ordem
8.5.3 - Exemplo
Calcular a caderneta da página a seguir, calculando o erro e fazendo
a sua distribuição:
Determinação do Erro
Como se trata de uma poligonal fechada, partindo do ponto
inicial, a soma algébrica das diferenças de nível parciais deve
ser nula, logo a soma das VISADAS ADITIVADAS menos a soma
das VISADAS SUBTRATIVAS deve ser nula nos pontos de mudança
de instrumento. O valor para mais ou para menos será o ERRO.
= 3,347 + 3,826 + 0,694 + 0,842 = 8,799
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
24
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= 0,563 + 0,502 + 3,892 + 3,850 = 8,807
- = 8,807 = - 0,008
En = 0,008
Caderneta de Nivelamento Geométrico com Correção
PONTOS
NIVELADOS
LEITURA ALTURA
INSTRUMENTO
A1
COTAS
C1
CORREÇÕES
c1
COTAS
COMPENSADAS
CRE(r) VANTE(v)
A (RNO) +
3,437
103,437 + 100.000
F 2,612 100,816 0,002 100.818
B 0,563 102,874 0,002 102,876
B +
3,826
106.700
G 2,749 103,951 0,004 103,955
C 0,502 106,198 0,004 196,292
C +
0,694
106.892
H 0,388 106,504 0,006 106,510
D 3,892 103,000 0,006 103,006
D +
0,842
103,842
E 4,775 99,067 0,008 99,075
A (RNO) 3,850 99,992 0,008 100,000
9. TOPOLOGIA
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
25
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9.1 - Generalidades
Como já observamos, o conhecimento de PLANIMETRIA de um terreno não é
suficiente para nosso trabalhos de ENGENHARIA e ARQUITETURA. É, portanto,
necessário o conhecimento também do relevo do solo e, em função da
PLANIMETRIA e da ALTIMETRIA, faremos os projetos de estradas, barragens,
aeroportos, edifícios de um modo geral, etc.
Para melhor podermos atingir tais objetivos, vamos considerar na
TOPOGRAFIA três partes importantes:
9.1.1 - Topometria
É a parte da TOPOGRAFIA que tem por finalidade medir no terreno
os elementos necessários à execução da PLANTA TOPOGRÁFICA
(ou CARTA), tanto na parte planimétrica como na parte altimétrica.
9.1.2 - Desenho Topográfico
Consiste na representação dos dados obtidos pela TOPOMETRIA,
com toda precisão à execução da PLANTA TOPOGRÁFICA. Esta
representação deve corresponder fielmente ao levantamento feito
na data do trabalho de campo, incluindo os detalhes de
importância ali existentes.
9.1.3 - Topologia
Consiste no conhecimento das formas e leis que regem o
MODELADO TERRESTRE, em outras palavras, seria o conhecimento
da ANATOMIA DO TERRENO, DO SEU RELEVO.
Resumindo, teríamos:
Topometria parte de campo e matemática
Desenho Topográfico parte artística
Topologia parte interpretativa
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
26
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O conhecimento da TOPOLOGIA prestará valioso auxílio ao operador, pois
possibilitará uma execução mais rápida e precisa do LEVANTAMENTO
TOPOGRÁFICO, bem como uma melhor representação gráfica de terreno no
deserto posterior ou PLANTA TOPOGRÁFICA.
Seu principal objetivo é o estudo das formas exteriores da superfície da
terra e das leis que regem seu modelado.
Com o reconhecimento de tais leis o operador, com facilidade, poderá
desenhar as formas do terreno com um número restrito de pontos.
A EROSÃO de um lado trabalho desbastando as saliências e rompendo os
diques que se opunham aos efeitos da gravidade e, do outro, trabalha
formando, aos poucos, os terrenos sedimentares. Esta EROSÃO que é, em
resumo, a ação de agentes de ordem externa, (ação da água, ventos,
etc.) promove a transformação da superfície original da terra no
MODELADO TOPOGRÁFICO.
10. REPRESENTAÇÃO DO RELEVO DO SOLO
10.1 - Meia Perspectiva
A primeira tentativa de representação do relevo do solo foi pelo método
chamado de MEIA PERSPECTIVA. Consiste em cortar o terreno por meio de
planos verticais eqüidistantes e projetar as seções obtidas em um único
plano vertical que é representado pelo papel de desenho.
O método acima é confuso e pouco preciso não possibilitando seu
emprego na ENGENHARIA e ARQUITETURA.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
27
1ª Seção
2ª Seção
3ª Seção
4ª Seção
UNIVERSIDADE FUMEC - FEA
Figura 11
10.2 - Pontos Cotados
Método também chamado de PLANOS COTADOS é a forma mais simples
de representarmos o relevo do solo e consiste em escrever, ao lado das
projeções do pontos característicos do terreno, suas cotas ou altitudes.
As cotas ou altitudes podem ser obtidas por nivelamento geométrico ou
trigonométrico, conforme a precisão desejada.
O processo pode ser bastante preciso e útil quando não temos grande
número de pontos, pois à medida que o número de pontos aumenta, a
planta ficará cada vez com maior números de algarismos escritos,
tornando sua observação bastante confusa.
Esse processo é muito usado em nivelamentos de lotes para construção e
em determinados nivelamentos de pontos específicos com grande
precisão.
Na figura 12 temos o nivelamento de um lote por pontos cotados.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
28
Lote 15
Quadra 33
Lote 15B3 (904,527)Quadra 33
Lote 15B2 (903,112)Quadra 33
Lote 15B1 (902.003)Quadra 33
Lote 15B (901,375)Quadra 33
Lote 15A3 (902,472)Quadra 33
Lote 15A2 (901,126)Quadra 33
Lote 15A1 (900,975)Quadra 33
Lote 15A (900,000)Quadra 33Lote 15
PasseioQuadra 33
Lote 15AlinhamentoQuadra 33
Lote 15Rua A
Quadra 33
15,00
30,0
0
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Figura 12
Figura 13
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
29
42
46
4835
55
59
60
65
66
75
69
73
68
68
71
71 70
70
7173 65
5258
60
69
66
66
6056 55
5055
4550
50
5252
59
46
40
45 50
4836
56
60
45 5456
62 75
62 65
42
46
4835
55
59
60
65
66
75
69
73
68
68
71
71 70
70
7173 65
5258
60
69
66
66
6056 55
5055
4550
50
5252
59
46
40
45 50
4836
56
60
45 5456
62 75
62 65
UNIVERSIDADE FUMEC - FEA
Por meio dos PONTOS COTADOS da figura 13, temos uma idéia do
relevo do lote e podemos ter elementos para o traçado de perfis,
projeto das edificações, cálculo do movimento de terra, nivelamento da
obra, etc.
Se aumentarmos o número de pontos, o trabalho será ainda mais
preciso, pois poderemos obter outros perfis, que permitem um trabalho
de melhor nível.
Na figura 14 temos outro exemplo de um terreno com relevo por
PONTOS COTADOS e em baixo a representação do mesmo por CURVAS
DE NÍVEL.
10.3 - Curvas de Nível
10.3.1 - Definição
Consideremos um terreno em perspectiva representado pela
figura 14. Cortando esse terreno por meio de um plano horizontal
H (de cot 100, por exemplo), a interseção do plano horizontal com
o terreno será uma CURVA.
Projetemos tal curva sobre um outro plano horizontal de
referência que será materializado pelo papel de desenho, teremos
uma curva na qual todos os pontos estão na cota 100.000, pois
pertencem ao terreno e também ao plano (da cota 100,000) que o
selecionou.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
30
CURVA DE NÍVEL (COTA 100)
PAPEL DE DESENHO
H (100,000)
H(100,000)
UNIVERSIDADE FUMEC - FEA
Figura 14
A essa curva nós denominamos de CURVA DE NÍVEL. Se cortarmos o terreno por
meio de vários planos horizontais eqüidistantes, teremos o relevo do solo
representados por CURVAS DE NÍVEL.
Poderíamos definir CURVAS DE NÍVEL como sendo o LUGAR GEOMÉTRICO DOS
PONTOS DE MESMA COTA OU MESMA ALTITUDE. Outros autores definem como
sendo LINHAS DE INTERSEÇÃO OBTIDAS POR PLANOS PARALELOS HORIZONTAIS E
EQÜIDISTANTES, QE SECCIONAM O TERRENO A REPRESENTAR.
Na figura 15 abaixo, temos uma demonstração bastante clara da representação
do relevo do solo por meio de CURVAS DE NÍVEL.
Figura 15
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
31
87654321
AH
(COTA 3)
1 2 3 4 5 7 6 5 4 3 2 1
1
2
3
4 5 6 8
5 4 3
V’
V
1 2
B
CO
TAS
UNIVERSIDADE FUMEC - FEA
Na página seguinte temos um terreno com sua representação planimétrica e o relevo
representado por curvas de nível, onde podemos observar nitidamente os acidentes
topográficos.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
32
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Figura 16
10.3.2 - Observações
Se todos os pontos de uma curva de nível tem a mesma cota
ou a mesma altitude, não é necessário escrever a cota de
cada ponto, bastando escrever a CURVA DE NÍVEL.
Como os pontos de interseção são eqüidistantes, a uma
simples observação de uma planta topográfica cujo relevo do
terreno foi representado por curvas de nível, poderemos ter
uma idéia perfeita do mesmo desde que conheçamos as leis
do modelado terrestre.
Na figura 17 poderemos observar, com facilidade a variação de declividade.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
33
6
54
32
10
AHK
L
MN 3
2
0B
1
45
6S
a) Perspectiva
DatumP
b) Proj. Vertical
MAIORDECLIVIDADE
MENORDECLIVIDADE
CURVAS PRÓXIMAS CURVAS
AFASTADAS
c) Projeção Horizontal
A 64 5
4
3
B
2
1
A B0
654321
654321
605040302010
0
mmmmmm
S
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Figura 17
10.3.3 - Curvas Mestras
A fim de facilitar ainda mais o desenho, algumas curvas são
desenhadas com traço mais cheio, são chamadas as CURVAS
MESTRAS, e, geralmente, são espaçadas de 5 em 5 curvas de
nível.
Somente as CURVAS MESTRAS são cotadas, como podemos
observar na figura 18.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
34
900
895
E.: 1:000
CURVAS MESTRASEspaçamento das Curvas Mestras
UNIVERSIDADE FUMEC - FEA
Figura 18
Se há CURVAS DE NÍVEL de metro em metro, as CURVAS MESTRAS
serão de cinco em cinco curvas, isto é, de cinco em cinco metros.
Se as curvas de nível forem de 2 em 2 metros, as mestras serão
de 10 em 10 m, e assim por diante.
10.3.4 - Espaçamento das Curvas de Nível
Geralmente, o espaçamento entre os planos horizontais
eqüidistantes que seccionam o terreno para a obtenção de curvas
de nível, é legal a 1/1000 do denominador da escala da planta
topográfica.
Por exemplo:
Escala 1:1000 ....... Espaçamento 1 metro
Escala 1:5000 ....... Espaçamento 5 metros
11. REPRESENTAÇÃO DOS PRINCIPAIS ACIDENTES
TOPOGRÁFICOS
11.1 - Espigão (Divisor ou Tergo)
Nos ESPIGÕES as superfícies laterais que os formam têm a denominação
de VERTENTES e as linhas centrais, encontro das vertentes, têm a
denominação de DIVISORES DE ÁGUA.
ESPIGÃO (DIVISOR OU TERGO)
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
35
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Figura 19
11.2 - Vale ou Thalweg
Nos VALES as superfícies laterais que os formam têm a denominação de
FLANCOS e as linhas centrais, encontro dos flancos, têm a denominação
de LINHAS DE THALWEG.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
36
35
30
25
20
Vertentes
Divisores de Água
35
30
25
20
Flancos
Linha deThalweg
Flancos
VALE OU THALWEG
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Figura 20
OBSERVAÇÃO 1: Conforme o tipo do fundo, os vales podem ser dos 3
aspectos abaixo:
Vales
a) b) c)
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
37
Fundo de raving Fundo cheio
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Figura 21
OBSERVAÇÃO 2:
Os FLANCOS e VERTENTES que são superfícies prolongamentos umas das
outras, se confundem.
Para sabermos se temos ESPIGÃO ou VALE, basta cortar o terreno por
meio de um plano vertical ligando os pontos A e B, situados nas duas
VERTENTES ou os pontos C e D situados nos 2 FLANCOS.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
38
Fundo côncavo
35
30
25
20
LINHA DETHALWEG
Fla
nc
o
Fla
nc
o
Ver
ten
te
Ver
ten
te
DCBA
DIVISORDE ÁGUAS
35
30
25
20
LINHA DETHALWEG
DIVISOR DE ÁGUAS
30
20
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Figura 22
OBSERVAÇÃO 3:
Na figura 23 temos o acidente topográfico denominado GARGANTA,
formado por dois espigões e dois vales.
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
39
Vertente Vertente
Garganta
Vertente Vertente
Talweg
90 100 110 110 100 90 80 70
80
70605040
40
50
60
70
80
60
50
40
40
40
50
60
80
90 100 110 120 120 110 100 90 80 70
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Figura 23
Figura 24
TOPOGRAFIA – ALTIMETRIA
40