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dIPG folitédnico daGuarcIa Polyteehnic Guarda RELATÓRIO DE ESTÁGIO Licenciatura em Gestão Filipe José Martins Alves outubro 1 2017

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dIPG folitédnicodaGuarcIa

Polyteehnicoí Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Gestão

Filipe José Martins Alves

outubro 1 2017

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Gesp.010.03

Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

FILIPE JOSÉ MARTINS ALVES

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM GESTÃO

outubro/2017

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) ii | P á g i n a

Ficha de Identificação

Aluno: Filipe José Martins Alves

Nº de aluno: 1011788

Curso: Licenciatura em Gestão

Estabelecimento de ensino: Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG)

Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Docente orientadora na ESTG-IPG: Professora Dr.ª Maria Manuela dos Santos Natário

Grau académico: Doutoramento em Economia

Empresa acolhedora do estágio: Verallia Portugal, S.A.

Morada: Rua da Vidreira, nº 68

Fontela, Vila Verde

3090-641 Figueira da Foz

Telefone: +351 233 403 100

CAE: 23131 - Fabricação de vidro de embalagem

Supervisor na entidade: Dr.ª Sandra Patrícia Félix Nogueira Rodrigues

Grau académico: Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas

Duração do estágio: 400 Horas

Início do estágio: 05 de junho de 2017

Conclusão do estágio: 18 de agosto de 2017

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) iii | P á g i n a

Plano de Estágio

Ao longo do estágio curricular, os objetivos propostos pela supervisora na empresa Dr.ª

Sandra Nogueira, passaram pelas seguintes áreas de trabalho:

➢ Apresentação das áreas a frequentar durante o estágio e procedimentos de

segurança a adotar;

➢ Faturação;

➢ Gestão de clientes;

➢ Contabilidade de fornecedores;

➢ Contabilidade analítica.

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) iv | P á g i n a

Agradecimentos

O presente relatório de estágio, marca a conclusão de mais uma etapa fundamental da

minha vida. Foram três anos em que pude contar com o apoio de muitas pessoas na

concretização dos meus objetivos. Por isso quero deixar aqui o meu agradecimento.

Um especial agradecimento aos meus pais e irmã, por todas as condições

disponibilizadas, e por toda a força, motivação e apoio ao longo destes anos. Também um

agradecimento aos meus restantes familiares, por toda a ajuda nos momentos necessários.

Agradeço à minha orientadora, professora Manuela Natário por todo o apoio na realização

deste relatório, e por toda a ajuda ao longo destes três anos de ensino.

Quero deixar o meu agradecimento à Verallia Portugal, pela oportunidade de realização

do estágio, bem como a todos os elementos da área Administrativa-Financeira e de

Recursos Humanos, nomeadamente à Dr.ª Célia Carrasqueiro pela aceitação do estágio,

e à supervisora na entidade Dr.ª Sandra Nogueira. Um agradecimento especial a todos os

colegas com quem tive o prazer de trabalhar, salientando o Filipe Paiva, Anabela

Rodrigues, Conceição Santos e Cristina Vieira por todos os conhecimentos transmitidos

e momentos de convívio pelos quais passamos.

Aos amigos que a Guarda me ofereceu, devo-lhes também um agradecimento por toda a

ajuda prestada assim como os momentos de convívio. Quanto aos amigos de “infância”,

também tenho de agradecer, uma vez que mesmo apesar da distância sempre conseguimos

manter o contacto e prestar o auxílio necessário uns aos outros.

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) v | P á g i n a

Resumo

Este relatório de estágio foi desenvolvido no âmbito do Estágio curricular realizado,

visando a conclusão da licenciatura em Gestão. O estágio com duração de 400 horas foi

realizado no período compreendido entre 5 de junho de 2017 e 18 de agosto de 2017.

Como as normas da empresa preveem, o primeiro dia de estágio foi reservado para o

conhecimento das regras de segurança e higiene da Verallia, bem como das respetivas

áreas a frequentar durante o período de estágio.

O trabalho desenvolvido na Verallia Portugal, uma empresa produtora de embalagens de

vidro, teve por base o departamento de contabilidade da empresa, mais especificamente

a secção de fornecedores. Para além do trabalho realizado nesta secção, também o apoio

na secção de clientes foi prestado, sempre que era necessário.

O presente relatório resume, no primeiro capítulo, a apresentação e caracterização da

empresa e no segundo capítulo as atividades realizadas no estágio na Verallia.

Palavras-Chave: Gestão, Estágio, Embalagens de vidro, Fornecedores, Clientes.

Classificação JEL: M10

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) vi | P á g i n a

Índice

Ficha de Identificação................................................................................................................ ii

Plano de Estágio ....................................................................................................................... iii

Agradecimentos ........................................................................................................................iv

Resumo ...................................................................................................................................... v

Índice .........................................................................................................................................vi

Índice de Figuras ..................................................................................................................... viii

Índice de Quadros ................................................................................................................... viii

Lista de siglas ............................................................................................................................. ix

Introdução ................................................................................................................................. 1

Capítulo I - Apresentação da Empresa Acolhedora do Estágio ..................................................... 2

1.1. Nota Introdutória I ........................................................................................................ 3

1.2. Localização das Instalações em Portugal ...................................................................... 4

1.3. Missão, Visão e Valores do Grupo Verallia ................................................................... 5

1.5. Organigrama da Verallia Portugal ................................................................................. 8

1.6. Política de Gestão Integrada ....................................................................................... 10

1.7. Verallia no Mundo ....................................................................................................... 13

1.8. O Vidro ........................................................................................................................ 14

1.9. Fluxograma e Processo de Fabrico do Vidro de Embalagem ...................................... 15

1.9.1. Matérias-primas .................................................................................................. 16

1.9.2. Forno de Fusão .................................................................................................... 17

1.9.3. Moldagem ........................................................................................................... 17

1.9.4. Arca de Recozimento .......................................................................................... 18

1.9.5. Máquinas de Controlo ......................................................................................... 19

1.9.6. Expedição ............................................................................................................ 20

1.10. Produtos .................................................................................................................. 20

1.11. A Indústria do Vidro em Portugal ............................................................................ 23

Capítulo II – Atividades Realizadas Durante o Período de Estágio .............................................. 26

2.1. Nota Introdutória II .......................................................................................................... 27

2.2. Sistema de Arquivo ..................................................................................................... 28

2.3. Correspondência ......................................................................................................... 30

2.4. Fornecedores............................................................................................................... 30

2.4.1. Pedido e Faturação de Compras ......................................................................... 31

2.4.2. Lançamento de Faturas ....................................................................................... 32

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) vii | P á g i n a

2.4.3. Pagamento de Faturas ........................................................................................ 34

2.5. Clientes ........................................................................................................................ 35

2.5.1. Abertura de Conta de Cliente .............................................................................. 36

2.5.2. Compra de Mercadorias ...................................................................................... 36

2.5.3. Expedição das Encomendas ................................................................................ 37

2.5.4. Processamento e Arquivo das Faturas ................................................................ 39

2.5.5. Pagamento da Dívida .......................................................................................... 42

2.5.6. Arquivo dos Comprovativos de Pagamento ........................................................ 43

2.6. Outras Informações ..................................................................................................... 44

Conclusão .................................................................................................................................... 45

Referências .................................................................................................................................. 47

Índice de Anexos ......................................................................................................................... 49

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) viii | P á g i n a

Índice de Figuras

Figura 1: Localização das Instalações ............................................................................................ 4

Figura 2: Porto da Figueira da Foz ................................................................................................. 5

Figura 3: Estação Ferroviária da Figueira da Foz ........................................................................... 5

Figura 4: Análise SWOT ................................................................................................................. 8

Figura 5: Organigrama da Verallia Portugal ................................................................................ 10

Figura 6: Números Verallia 2016 ................................................................................................. 14

Figura 7: Processo de Fabrico ...................................................................................................... 16

Figura 8: Matéria-Prima no Tapete Rolante ................................................................................ 17

Figura 9: Vidro Fundido ............................................................................................................... 17

Figura 10: Moldagem do Vidro .................................................................................................... 18

Figura 11: Arca de Recozimento ................................................................................................. 19

Figura 12: Controlo de Qualidade ............................................................................................... 19

Figura 13: Paletização das Embalagens de Vidro ........................................................................ 20

Figura 14: Embalagens de Vidro .................................................................................................. 21

Figura 15: Características das Embalagens de Vidro ................................................................... 21

Figura 16: Características Individuais .......................................................................................... 21

Figura 17: Comparação de Embalagens ...................................................................................... 22

Figura 18: Aplicativo Virtual Glass ............................................................................................... 23

Figura 19: Empresas Produtoras de Vidro de Embalagem .......................................................... 24

Figura 20: Ciclo de Reciclagem do Vidro ..................................................................................... 25

Figura 22: Lançamento da Entrada em Armazém ....................................................................... 33

Figura 23: Lançamento da Fatura com Nota de Encomenda ...................................................... 33

Figura 24: Lançamento da Fatura sem Nota de Encomenda ...................................................... 34

Figura 25: Procedimentos da Venda ........................................................................................... 38

Índice de Quadros

Tabela 1: Regime de Contabilidade Organizada ......................................................................... 28

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) ix | P á g i n a

Lista de siglas

AC Antes de Cristo

AIVE Associação dos Industriais de Vidro de Embalagem

AT Autoridade Tributária

CC Contabilista Certificado

CIVA Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado

EMAS Eco-Management and Audit Scheme

ESTG Escola Superior de Tecnologia e Gestão

EUA Estados Unidos da América

IPG Instituto Politécnico da Guarda

ISO International Organization for Standardization

IRS Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

IVA Imposto Sobre o Valor Acrescentado

MP Matéria-Prima

NP Norma Portuguesa

OHSAS Occupational Health and Safety Assessment Series

SAP Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados

SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 1 | P á g i n a

Introdução

O presente estágio está integrado na licenciatura de Gestão da Escola Superior de

Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda, e é um dos elementos de

avaliação para a conclusão do curso.

O estágio decorreu no departamento de contabilidade da Verallia Portugal, S.A., com

sede na Figueira da Foz, onde fui recebido e acompanhado por excelentes profissionais e

com os quais pude desenvolver novas competências pessoais e profissionais.

Este relatório tem como objetivo apresentar a empresa Verallia, bem como as atividades

realizadas durante o período de estágio.

Num primeiro capítulo será apresentada a localização da empresa, a sua visão, missão, e

valores e ainda o organigrama da Verallia Portugal. Para se ficar a conhecer um pouco

melhor o grupo, também será feita uma descrição dos principais dados relevantes, assim

como as certificações da empresa. Como esta empresa trabalha com vidro, será retratado

um pouco da sua história, assim como o seu processo de fabrico e os produtos fabricados.

No segundo capítulo serão apresentadas as atividades realizadas na empresa,

nomeadamente relacionadas com a parte de fornecedores e clientes, assim como o sistema

de arquivo geral da empresa e a receção de correspondência.

A nível dos fornecedores será apresentado todo o processo desde o pedido de encomendas

necessárias à fabricação, até ao seu lançamento e posterior arquivo. Quanto aos clientes,

será abordado o processo de abertura de conta, a compra de mercadorias, a sua expedição,

e o processo de faturação e pagamento das mesmas.

Por último será feita uma breve reflexão do período de estágio e das atividades realizadas.

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 2 | P á g i n a

Capítulo I - Apresentação

da Empresa Acolhedora do

Estágio

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 3 | P á g i n a

1.1. Nota Introdutória I1

O Grupo Saint-Gobain é uma empresa multinacional de origem francesa, fundada em

1665 pelo político francês Jean Baptiste Colbert.

A 6 de abril de 1987, o Grupo Saint-Gobain adquiriu as instalações da antiga empresa

“Vidreira da Fontela”, e iniciou a sua produção nesse mesmo ano, com o nome de Saint-

Gobain Mondego S.A.

Em 2010, o grupo Saint-Gobain Mondego agregou todas as suas atividades relacionadas

com o vidro de embalagem sob uma nova identidade “Verallia”. O objetivo da introdução

deste novo nome foi de reforçar a visibilidade e a proximidade da rede industrial nos

mercados da embalagem, sendo a decisão da marca Verallia tomada para reforçar e

facilitar a coerência da comunicação com os clientes, os mercados, os acionistas e todos

os colaboradores.

A Verallia Portugal é detentora, desde 2005, da Licença Ambiental, nos termos de

Prevenção e Controlo Integrados de Poluição. Em 2016 foi destacada pela Comissão

Europeia pelas boas práticas ambientais e certificação Eco-Management and Audit

Scheme (EMAS).

Relativamente ao sistema de gestão integrado, a Verallia Portugal cumpre com os

requisitos das normas ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001, ISO 22000 e ISO 50001.

Desde o início a Verallia concentrou os seus esforços de gestão em três objetivos claros:

a qualidade, o serviço e o preço, sempre focados na ótica do cliente. A sua organização

comercial tem uma estrutura orientada para o acompanhamento dos seus clientes, de

maneira a captar e adaptar-se às mudanças permanentes do mercado.

Esta empresa está inserida no setor do vidro de embalagem e produz embalagens de vidro

nas cores âmbar, verde, canela, branco e branco-azulado. A mesma está presente nos

seguintes segmentos de mercado: vinhos de mesa, garrafões, vinhos do porto,

espumantes, cervejas, licores, águas, refrigerantes, sumos, azeites e boiões.

1 A informação apresentada neste ponto sobre a empresa, foi retirada de Verallia, (2010 a)

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 4 | P á g i n a

Os 30 anos de existência da empresa, demonstram a vitalidade empresarial e a

importância da Verallia Portugal, operando com 2 fornos e 249 postos de trabalho na

fábrica da Figueira da Foz.

1.2. Localização das Instalações em Portugal

A Verallia Portugal, S.A. encontra-se a laborar na Figueira da Foz, na Rua da Vidreira,

nº 68 em Vila Verde. Na Figura 1 pode-se observar a sua localização e as suas respetivas

coordenadas. Esta empresa conta ainda com a proximidade do porto da Figueira da Foz

(Figura 2) e a estação ferroviária da Figueira da Foz (Figura 3), que são excelentes centros

para a receção de matérias-primas e envio de mercadorias.

Figura 1: Localização das Instalações

Fonte: Google Maps (2017)

Coordenadas:

40º08'34.94'' N

8º49'03.47'' W

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 5 | P á g i n a

Figura 2: Porto da Figueira da Foz

Fonte: Brand (2011)

Figura 3: Estação Ferroviária da Figueira da Foz

Fonte: Audiovisuais e Multimédia (2013)

1.3. Missão, Visão e Valores do Grupo Verallia

As declarações de visão e missão expressam, sinteticamente, o porquê de a empresa

existir. Ao serem breves permitem que as pessoas se lembrem e possam atuar de acordo

com essa razão. Muitas empresas podem ter melhor desempenho e trabalhadores mais

satisfeitos se for prestada mais atenção à visão e missão, se os objetivos forem ajustados

ao prosseguimento destas, e se houver sistemas de monitorização e avaliação das ações

concretizadas, para saber se estão a contribuir para realizar a missão. (Ferreira, 2010, p.

10).

As declarações de visão e missão devem estar ajustadas a um conjunto de valores

fundamentais orientadores da atuação da empresa no mercado e na sociedade. (Ferreira,

2010, p. 10).

Ferreira (2010, p. 10), definiu a visão, missão e valores por:

Visão, define como a administração vê a empresa no futuro, o que ela quer ser, quanto à

dimensão, mix de atividades, produtos, mercados, escala e características da empresa. A

visão serve para motivar os colaboradores, fazê-los orgulhosos de pertencer a algo maior

do que eles, e orientar a estrutura de afetação dos recursos. No fundo, ao definir a visão

da empresa, o que o gestor questiona é: “Qual o nosso negócio”.

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 6 | P á g i n a

Missão, consiste no(s) propósito(s) que a distinguem das restantes empresas. A missão

define o domínio de negócio em termos de produtos, de serviços, de clientes, de

necessidades dos mercados, de tecnologia, ou alguma combinação destes. A missão

define: “Quem somos e o que fazemos”, e é a razão porque a empresa existe.

Valores, são características ou qualidades que expressam algo que é importante para a

empresa e merece ser prosseguido. Representam as prioridades e as forças motoras dos

indivíduos. Definem como as pessoas se devem comportar nas interações com colegas na

empresa, ou fora, com clientes e fornecedores. Assim, as declarações de valores

descrevem ações que revivem os valores fundamentais que devem ser protegidos e

promovidos pelos trabalhadores.

A Verallia Portugal, apresenta assim a seguinte visão, missão e valores: (Verallia, 2010

a).

➢ Visão

“Ser a referência para as soluções inovadores de embalagem de vidro para bebidas e

alimentos.”

➢ Missão

A missão do Grupo Verallia assenta em 4 compromissos:

• Desenvolver soluções inovadores e criadoras de valor para os clientes em todo

o ciclo de vida do produto;

• Reduzir a pegada ambiental nas suas instalações;

• Aumentar a contribuição para o desenvolvimento económico e social das

comunidades;

• Melhorar o bem-estar dos consumidores finais.

➢ Os Valores do grupo Verallia são:

• Compromisso profissional;

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 7 | P á g i n a

• Respeito às pessoas;

• Integridade;

• Lealdade;

• Solidariedade;

• Respeito pelo meio ambiente;

• Respeito pela Saúde e Segurança no trabalho;

• Respeito dos direitos dos trabalhadores.

1.4. Análise SWOT

Segundo Sebastião Teixeira (2005, p. 52), a análise externa e interna para detetar as

oportunidades e ameaças (no exterior) e os pontos fortes e fracos (no interior) designa-se

por análise SWOT, de strenghts (pontos fortes), weaknesses (pontos fracos),

opportunities (oportunidades) e threats (ameaças).

A análise SWOT visa suportar a ação estratégica. Assim, os pontos fortes permitem que

a empresa aproveite as oportunidades existentes e neutralize eventuais ameaças externas.

Os pontos fracos impedem a empresa de aproveitar as oportunidades e são pontos

sensíveis de vulnerabilidade às ameaças. A ação estratégica deve ter esta análise em conta

para delinear ações, quer de aproveitamento das oportunidades quer para desenvolver as

competências e recursos internos da empresa, de modo a evitar que oportunidades sejam

desperdiçadas ou que a empresa possa passar por dificuldades advindas de fatores

exógenos ameaçadores. (Ferreira, 2010, p. 26).

Na Figura 4 apresenta-se a análise SWOT relativa à Verallia Portugal, apontando-se como

principais sugestões, apostar na formação contínua dos operários e remodelação das

instalações, aumentar a qualidade de serviço e produto, diversificação do setor de

produção, entre outras.

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 8 | P á g i n a

Pontos Fortes Pontos Fracos

Empresa antiga no mercado Infraestruturas antigas

Longa experiência no setor Escassa mão de obra

Dimensão do grupo Poucas linhas de produção

Empresa pouco divulgada

Oportunidades Sugestões Sugestões

Abundância de matéria-prima

Desenvolvimento de novos

produtos Apostar na remodelação das

instalações de forma a

poderem vir a diversificar a

sua linha de produtos

Localização perto do porto

mar e estação ferroviária

Aumentar a qualidade de

serviço e produto Mercado em crescimento

Divulgar mais a empresa no

mercado, de forma a dar a

conhecer os seus produtos

Ameaças Sugestões Sugestões Forte concorrência

Entrar em novos segmentos

de mercado

Apostar na formação contínua

dos operários Alterações nos gostos dos

clientes pelas embalagens

Perda de vendas para

produtos substitutos

Figura 4: Análise SWOT

Fonte: Elaboração Própria

1.5. Organigrama da Verallia Portugal

A estrutura organizacional constitui um conjunto de variáveis complexas, sobre as quais

os administradres e gestores fazem escolhas e tomam decisões. Define a forma como as

tarefas devem estar distribuidas, especifica quem depende de quem e estabelece os

mecanismos formais de coordenação e controlo. O desenho organizacional retrata a

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 9 | P á g i n a

configuração estrutural da organização, o seu funcionamento, os orgãos que a integram e

as suas relações de interdependência. (Bilhim, 2005, pp. 23-24).

Graficamente, pode ser constituído por rectângulos, quadrados ou círculos, ligados por

linhas horizontais e verticais, onde os mesmos representam orgãos da organização e as

linhas representam as ligações funcionais. As relações de autoridade vêem-se no sentido

descendente e as relações de responsabilidade no sentido ascendente. (Bilhim, 2005, pp.

23-24).

A Verallia Portugal encontra-se dividida em 4 áreas distintas: Recursos Humanos e

Comunicação, Administrativa/Financeira, Comercial e Técnica.

A Direção de Recursos Humanos e Comunicação é responsável pela implementação da

política social da organização, assegurando o recrutamento, seleção e formação, bem

como as remunerações e benefícios dos trabalhadores da entidade. Este departamento é

ainda responsável pelo estudo da cultura organizacional, formas de organização do

trabalho, qualidade de vida no trabalho, motivação, treino e desenvolvimento dos

trabalhadores.

A Direção Administrativa/Financeira tem como objetivo a implementação da política

administrativa e financeira, controlo de créditos e cobranças, controlo financeiro,

lançamentos, apuramentos e classificação de documentos. É ainda responsável pelo

controlo de gestão e de aprovisionamentos da empresa.

A Direção Comercial é responsável pela implementação da política comercial e gestão da

organização comercial da empresa. Este departamento é o responsável direto pelas vendas

da empresa, definindo assim as estratégias de vendas, análises de mercado, prospeção de

novos clientes, análise da concorrência e desenvolvimento de novos produtos.

A Direção Técnica incorpora todo o setor fabril, sendo responsável pela implementação

da política industrial e pela gestão da organização produtiva da empresa. Esta administra

ainda todo o processo de produção de forma a torná-lo mais eficiente e rentável, obtendo

assim os melhores níveis de produção.

Na Figura 5, podemos ver o seu organigrama.

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Figura 5: Organigrama da Verallia Portugal

Fonte: Elaboração Própria

1.6. Política de Gestão Integrada

A certificação é a emissão por uma entidade externa e independente (entidade

certificadora), de um certificado de conformidade, após auditar a empresa e verificar que

cumpre os requisitos especificados na norma de referência aplicável. Deste modo, permite

que a empresa demonstre perante terceiros as suas boas práticas e credibilidade, e ainda

afirmar que pode ser um parceiro seguro e confiável. (Eic, 2015).

Para além de facilitar o acesso aos mercados, as auditorias periódicas constituem uma

análise operacional dos vários processos, tornando-se uma ferramenta de incentivo para

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a melhoria contínua da empresa, conseguindo assim ver melhorado o seu desempenho de

acordo com a certificação realizada. (Eic, 2015).

A Verallia Portugal conta com certificações a nível do Ambiente, Saúde e Segurança,

Energia, Qualidade, Segurança Alimentar e Inovação, (Verallia, 2011 b) como se pode

ver a seguir.

Certificação do Sistema de Gestão Ambiental (Norma ISO 14001) (Anexo 1)

A norma da Organização Internacional de Normalização (ISO 14001) prevê requisitos

para a gestão mais eficaz dos aspetos ambientais das atividades da empresa, tendo em

consideração a proteção ambiental, prevenção da poluição, cumprimento legal e

necessidades socioeconómicas. (SGS, 2007 a).

Certificação do Sistema de Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional (Norma

OHSAS 18001) (Anexo 2)

A norma Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS 1800) oferece

orientações sobre avaliações de saúde e segurança e sobre como gerir os aspetos de saúde

e segurança nas atividades da empresa de forma mais eficaz, levando em consideração a

prevenção de acidentes, a redução de riscos e o bem-estar dos seus colaboradores. (SGS,

2007 b).

Certificação do Sistema de Gestão da Energia (Norma ISO 50001) (Anexo 3)

A certificação de acordo com as normas ISSO 50001, especifica os requisitos para a

empresa estabelecer, implementar, manter e melhorar um sistema de gestão energética,

de forma a alcançar a melhoria contínua do desempenho energético. Esta norma aplica-

se a todos os aspetos que afetam o uso de energia, e que podem ser controlados e

influenciados pela empresa. (SGS, 2011 c).

Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade (Norma ISO 9001) (Anexo 4)

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A norma ISO 9001 exige uma consideração pelas exigências dos clientes e dos

regulamentos no desenvolvimento e fabricação dos produtos, implementando um

processo de melhoria contínua a nível da qualidade dos seus produtos. Permite

demonstrar o compromisso das organizações com a qualidade e satisfação dos seus

clientes, reforçando a imagem institucional e o acompanhamento da evolução do

mercado. (SGS,2007 d).

Certificação do Sistema de Segurança Alimentar (Norma ISO 22000) (Anexo 5)

A certificação de acordo com a norma ISO 22000, requer o compromisso com a segurança

alimentar e a satisfação do cliente, definindo os requisitos para sistemas eficazes de gestão

da segurança alimentar. Esta certificação exige que as empresas formem as suas equipas

de acordo à nova legislação, normas e regulamentos, relativos aos requisitos comunitários

dos produtos para alimentos. (SGS, 2005 e).

Certificação do Sistema de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação

(Norma NP 4457) (Anexo 6)

A norma portuguesa (NP 4457), é muito abrangente pois inclui novos produtos, serviços,

processos e métodos de marketing ou organizacionais. Deste modo facilita o

reconhecimento de tecnologias emergentes ou novas tecnologias aplicadas ao setor, cujo

desenvolvimento proporcionará a base para potenciar as suas atividades de investigação,

desenvolvimento e inovação. (SGS, 2012 f).

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1.7. Verallia no Mundo2

De modo a oferecer a melhor qualidade e excelência aos seus clientes, a Verallia

implementou as melhores práticas e tecnologias em todas as suas 33 fábricas,

conseguindo assim adaptar a sua produção com base nas previsões dos clientes. Para

controlar a qualidade das suas embalagens e a segurança dos alimentos e bebidas, todas

as suas instalações estão equipadas com mecanismos de inspeção que incorporam os

últimos avanços tecnológicos.

O grupo Verallia é o terceiro maior produtor mundial de vidro de embalagem, oferecendo

soluções inovadores, personalizadas e amigas do ambiente para mais de 10 mil clientes

em todo o mundo.

Com presença industrial em 13 países, e presença comercial em 46 países, o grupo

emprega aproximadamente 10 mil pessoas. (Figura 6).

O grupo encontra-se presente em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália, Argentina,

Brasil, Chile, África, Polónia, Rússia, EUA e Ucrânia.

Em 2016 alcançou um valor de vendas de 2,4 mil milhões de euros, e uma produção de

cerca de 16 mil milhões de garrafas e frascos destinados principalmente a vinhos,

espumantes, bebidas espirituosas, produtos alimentares, cervejas e bebidas não

alcoólicas.

2 A informação apresentada neste ponto sobre o grupo Verallia, foi retirada de Verallia (2016 c)

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Figura 6: Números Verallia 2016

Fonte: (Verallia, 2016 d)

1.8. O Vidro3

Apesar de não existirem certezas relativas à sua origem, estima-se que o vidro tenha

surgido no Egito entre os anos 3000 antes de Cristo (a.C.) e 2000 a.C. Conta-se que foi

descoberto por um grupo de navegadores que ao fazerem fogueiras na praia, perceberam

que a areia e o calcário das conchas a altas temperaturas, fazia escorrer um líquido

idêntico ao vidro.

Inicialmente as primeiras peças eram utilizadas para vidrar cerâmica, fazer objetos de

joalheria e fazer pequenos frascos para líquidos.

Ao longo dos anos, a utilização do vidro seguiu diferentes rumos com os Romanos a

desempenharem um papel fundamental no seu desenvolvimento.

A mecanização dos processos e a evolução tecnológica que surgiu durante a revolução

industrial, veio trazer a modernização do vidro, e a diversificação do seu uso. Além disso,

3 Informação retirada de Verallia (2010 e)

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foi possível produzir objetos de vidro em maiores quantidades, de melhor qualidade e a

um custo menor.

Hoje em dia, o vidro é um dos materiais mais utilizados pelo homem para a conservação

de produtos, fabrico de janelas, para-brisas, televisores, monitores, entre outros.

Este produto é o resultado da fusão de vários materiais a altas temperaturas, materiais

estes que se encontram distribuídos por toda a terra em quantidades abundantes.

O vidro ao ser um produto reciclável, transparente, higiénico, durável e feito a partir de

recursos abundantes na natureza faz com que as empresas continuem a apostar no seu uso

em vez de outros produtos como por exemplo de cartão ou plástico, que se tornam mais

prejudiciais ao meio ambiente.

1.9. Fluxograma e Processo de Fabrico do Vidro de Embalagem

Seguidamente irá ser apresentado o processo de fabrico do vidro de embalagem realizado

na Verallia, que é composto por 6 fases. Este processo é realizado igualmente e em

simultâneo nos dois fornos da empresa, com as melhores técnicas existentes para o

fabrico.

Na Figura 7 está representado o resumo de todo o processo de fabrico do vidro de

embalagem, evidenciando as fases que irão ser abordadas nos tópicos seguintes, que vão

desde a adição das matérias-primas, passando pelo fabrico, até expedição do produto

final.

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Figura 7: Processo de Fabrico

Fonte: Verallia (2010 f)

1.9.1. Matérias-primas

A primeira etapa tem a ver com a seleção das matérias-primas do vidro.

O vidro de embalagem é composto por matérias-primas abundantes e naturais, são elas:

• 71% de areia

• 14% de soda

• 11% de calcário

• 4% de diversos componentes que permitem a coloração do vidro

Ainda são adicionados a esta mistura detritos de vidro provenientes da recolha seletiva de

lixo de reciclagem. Esta é uma forma de reutilizar e economizar energia e matéria-prima

(MP). A estes detritos de vidro é chamado “casco de vidro”.

Na Figura 8 pode-se ver as matérias-primas e os detritos de vidro no tapete rolante, antes

de darem entrada no forno.

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Figura 8: Matéria-Prima no Tapete Rolante

Fonte: Verallia (2010 f)

1.9.2. Forno de Fusão

Na segunda etapa, a mistura de matéria-prima e o casco de vidro é fundida nos fornos a

uma temperatura de 1500°C. Os 2 fornos, que existem na empresa, funcionam 24 horas

por dia, 7 dias por semana e têm uma duração de vida útil a variar entre os 8 e 10 anos.

Desde a introdução das matérias-primas no forno e a saída do vidro em fusão, decorreram

cerca de 24 horas.

Seguidamente o vidro em fusão (Figura 9) é transportado por canais de distribuição até

às máquinas de moldagem, onde na sua extremidade é cortado em gotas. Estas gostas são

controladas com enorme precisão a nível de peso, forma e temperatura.

Figura 9: Vidro Fundido

Fonte: Verallia (2010 f)

1.9.3. Moldagem

A 3ª fase é a fase de moldagem do vidro (Figura 10). Nesta fase através da ajuda de um

punção metálico ou de ar comprimido, irá dar-se forma a um objeto de vidro oco.

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Este vidro oco é transformado por sopragem ou prensagem e, ao ser inserido num molde,

irá dar o formato definitivo à garrafa ou boião. Esta embalagem de vidro é extraída do

molde final por uma pinça e colocada sobre uma placa de arrefecimento, antes de ser

transportada.

As garrafas e boiões saem da máquina a temperaturas superiores a 500⁰C. Todo este

processo de moldagem dura apenas alguns segundos.

Figura 10: Moldagem do Vidro

Fonte: Verallia (2010 f)

1.9.4. Arca de Recozimento

Seguidamente as embalagens de vidro são reaquecidas e posteriormente arrefecidas, num

forno-túnel denominado por arca de recozimento (Figura 11), de forma a garantir a

solidez das embalagens de vidro. Este é um processo mais demorado, que dura entre 30

minutos a 2 horas.

De forma a adquirir maior resistência aos riscos, as garrafas e os boiões recebem um

tratamento de superfície, aplicado enquanto quentes, e posteriormente a frio.

Nesta fase as embalagens encontram-se terminadas, e seguidamente segue-se o processo

de controlo de defeitos, embalagem e a sua expedição.

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Figura 11: Arca de Recozimento

Fonte: Verallia (2010 f)

1.9.5. Máquinas de Controlo

De forma a oferecer a melhor qualidade dos seus produtos aos clientes, a Verallia controla

cada um deles através da inspeção, quer na forma manual quer automática, onde as

embalagens que não cumprem os parâmetros pré-definidos são rejeitadas. Neste controlo,

são analisadas as dimensões, a retificação da rolha, a espessura do vidro e a estética. Na

Figura 12 pode-se ver as garrafas a passar por uma máquina automática de controlo de

qualidade.

O material rejeitado irá entrar de novo no forno, sob a forma de casco de vidro, iniciando-

se assim um novo ciclo produtivo.

Figura 12: Controlo de Qualidade

Fonte: Verallia (2010 f)

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1.9.6. Expedição

O momento da paletização, acondicionamento e transporte são os últimos passos do

processo produtivo. Através da utilização de robots é formada a palete das embalagens

de vidro que posteriormente é coberta com uma capa de plástico, a fim de as proteger

durante a sua armazenagem, manipulação e transporte (Figura 13).

Posteriormente as garrafas e os boiões são transportados para o respetivo armazém de

expedição onde futuramente serão enviadas ao cliente, de acordo com as suas

necessidades.

Todo este processo de fabricação poderá ser novamente repetido, se após a utilização da

embalagem de vidro a mesma for reciclada.

Figura 13: Paletização das Embalagens de Vidro

Fonte: Verallia (2010 f)

1.10. Produtos

De modo a satisfazer as necessidades de todos os seus clientes, a Verallia oferece uma

vasta linha de produtos, com diferentes capacidades, cores e acabamentos.

No site da empresa pode-se encontrar o respetivo modelo de embalagem desejado e as

características requeridas, como é possível observar nas Figura 14 e Figura 15.

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Figura 14: Embalagens de Vidro

Fonte: Verallia (2010 g)

Figura 15: Características das Embalagens de Vidro

Após a seleção da respetiva garrafa é possível ver algumas das suas características

individuais assim como o seu respetivo peso, altura, diâmetro e forma da boca (gargalo).

A referência da embalagem de vidro pretendida que aparece junto do produto, será um

fator importante a ter em consideração no ato de encomenda. Na Figura 16 é possível

observar as características disponíveis consoante o modelo de garrafa escolhido.

Figura 16: Características Individuais

Fonte: Verallia (2010 g)

Fonte: Verallia (2010 g)

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Outra função disponível no site da Verallia é poder efetuar uma comparação dos

diferentes produtos, como se pode ver na Figura 17, podendo-se comparar uma garrafa

de espumante Leve 75, com uma garrafa espumante Sedução 75.

Figura 17: Comparação de Embalagens

Fonte: Verallia (2010 g)

O grupo Verallia tem ainda disponível um aplicativo para os seus clientes (Virtual Glass

Verallia), que facilita a criação das suas garrafas. A partir de diversas garrafas fabricadas

pela Verallia, o utilizador pode criar o seu modelo e visualizá-lo em todos os ângulos,

devido à tecnologia de realidade aumentada.

Este é um aplicativo útil para as empresas terem uma imagem primordial de como fica a

embalagem aquando da sua saída para o mercado, como por exemplo os seus rótulos

específicos.

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Figura 18: Aplicativo Virtual Glass

Fonte: Verallia (2016 h)

1.11. A Indústria do Vidro em Portugal

A indústria do vidro de embalagem em Portugal é representada pela Associação dos

Industriais do Vidro de Embalagem (AIVE). Esta associação foi formada em 1975 com

o intuito de estudar, promover e defender os interesses relativos à indústria da produção

do vidro. Mais tarde, a AIVE deixou de ser uma associação de empregadores e passou a

associação empresarial, mantendo como princípio da sua atuação a defesa dos interesses

do setor industrial da fabricação de vidro de embalagem. (AIVE, 2011 a).

Em Portugal, a indústria do vidro de embalagem engloba quatro grandes setores: o setor

das bebidas, o setor alimentar, o setor de perfumaria e o setor de produtos farmacêuticos.

(AIVE, 2011 a).

Existem quatro empresas associadas ao AIVE: BA Vidro, GalloVidro- Vidrala, Santos

Barosa- Vidros e a Verallia (Figura 19). Estas quatro empresas representam em Portugal

100% da produção de embalagens em vidro. Diariamente estas empresas fabricam cerca

de 16 milhões de embalagens, e empregam cerca de 2 mil pessoas. (AIVE, 2011 b)

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Figura 19: Empresas Produtoras de Vidro de Embalagem

Fonte: AIVE (2011 b)

Em Portugal existem seis fábricas a produzir vidro de embalagem (AIVE, 2011 b):

• Verallia Portugal, S.A., opera com uma fábrica na Figueira da Foz;

• B.A. Vidro, S.A., opera com 3 fábricas em Avintes, Venda Nova e Marinha

Grande;

• Santos Barosa – Vidros, S.A., opera na Marinha Grande;

• Vidrala (GalloVidro, S.A.), opera na Marinha Grande.

Segundo Machado (2013), a indústria do vidro de embalagem é afetada por uma variada

gama de fatores. A principal preocupação consiste na forte concorrência de alguns

produtos substitutos ao vidro, como é o caso do plástico, cartão e metais. Todavia, alguns

setores continuam apenas a utilizar embalagens de vidro, devido à crescente preocupação

com a higiene e qualidade dos produtos, bem como com as questões ambientais.

A utilização do vidro de embalagem também varia consoante o tipo de produto, custos e

preferências de mercado onde este será utilizado. Uma desvantagem deste produto é o seu

peso e a sua facilidade em partir, durante o seu transporte e utilização.

As tendências do consumidor face a determinada marca de vinho ou cerveja em regiões

específicas, e também o aumento do consumo de bebidas no verão, podem ser outros

fatores importantes para o aumento das vendas no setor do vidro de embalagem.

Uma outra vantagem do vidro é o facto de este ser 100% reciclável. O vidro pode ser

reciclado várias vezes, uma vez que o mesmo é misturado com outras matérias primas,

que darão origem a uma nova garrafa com cerca de 60% de vidro reciclado. Dependendo

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da cor, esse percentual pode chegar a 90%. Desta forma, os resíduos de vidro são uma

importante fonte de matéria prima para a fabricação de novas embalagens de vidro.

Após a utilização da embalagem de vidro, a mesma é recolhida para reciclagem. Após a

sua limpeza e trituração, são adicionadas outras matérias primas e é produzida uma nova

embalagem de vidro que estará pronta a ser lançada no mercado para uma nova utilização.

Como se pode ver na Figura 20, este ciclo pode ser repetido inúmeras vezes.

Figura 20: Ciclo de Reciclagem do Vidro

Fonte: Machado (2013)

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Capítulo II – Atividades

Realizadas Durante o

Período de Estágio

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Filipe Alves (2017) 27 | P á g i n a

2.1. Nota Introdutória II

Este capítulo tem como objetivo a apresentação das atividades realizadas durante o

período de estágio. Este foi realizado principalmente no departamento de contabilidade

da Verallia, no entanto, estendeu-se pontualmente a outros departamentos, como o de

aprovisionamentos e expedições para a análise de problemas ou questões que foram

surgindo.

O capítulo II iniciará com uma explicação de como se processa o sistema de arquivo na

empresa, e como funciona o processo de correspondência diária recebida. Posteriormente

irá ser descrito o processo de receção e pagamento de faturas de fornecedores, e de

seguida irá ser abordado o processo de compra, venda, expedição e pagamento das faturas

de clientes.

Para efetuar a gestão empresarial a Verallia utiliza o software SAP, o que permite efetuar

uma gestão automatizada das diversas áreas da empresa. Este software integra todos os

dados e processos da empresa num único sistema, conseguindo assim otimizar e controlar

melhor as suas operações, assumindo a análise de mercado, pedidos, fabricação,

distribuição, contabilidade, recursos humanos, relacionamento com fornecedores e gestão

dos seus clientes. Todos os departamentos da empresa estão interligados através deste

software.

Como esta empresa é uma multinacional de origem francesa o referencial contabilístico

utilizado é francês. Saliente-se, no entanto, que o SAP permite a conversão do plano de

contas francês para o português. No Anexo 7 pode-se ver a conversão do plano de contas

português para o francês.

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2.2. Sistema de Arquivo

Segundo os dados da declaração de início de atividade no portal das finanças (Autoridade

Tributária, 2015), em função dos elementos constantes da declaração de início de

atividade, o contribuinte fica enquadrado no regime simplificado ou regime de

contabilidade organizada conforme os rendimentos de categoria B (Anexo 8), inscritos

no Campo “Valor Anual Rendimentos Estimado (IRS), do Quadro “Dados Relativos à

Atividade Esperada”. Deste modo, como estes rendimentos são superiores a € 200.000, a

Verallia fica enquadrada no regime de contabilidade organizada.

Como se pode observar na Tabela 1, as empresas que não excedam esse mesmo montante

anual líquido de rendimentos, podem optar por serem tributadas pelo regime de

contabilidade organizada ou pelo regime simplificado.

Tabela 1: Regime de Contabilidade Organizada

Fonte: (AutoridadeTributária, 2015)

De forma a manter o sistema de contabilidade organizado, todos os documentos da

empresa têm um número interno. Este mesmo número é fornecido pelo programa de

software SAP que o proporciona após ser efetuado o lançamento do documento no

software.

Os documentos com os números internos estão devidamente arquivados e separados por

anos e por meses de forma a facilitar a sua pesquisa. Estes estão ainda organizados

sequencialmente por ordem crescente.

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Durante o período de estágio esta atividade foi realizada várias vezes pelo estagiário,

considerando os procedimentos anteriormente referidos.

Segundo o artigo 123º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

(CIRC), as empresas têm as seguintes obrigações contabilísticas:

Artigo 123.º Obrigações contabilísticas das empresas

1 — As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas, as empresas públicas e as demais entidades que exerçam, a título principal, uma actividade comercial,

industrial ou agrícola, com sede ou direcção efectiva em território português, bem como as entidades que, embora não tendo sede nem direcção efectiva naquele território, aí possuam estabelecimento estável, são obrigadas a dispor de contabilidade organizada nos termos da lei que, além dos requisitos indicados no n.º 3 do artigo 17.º, permita o

controlo do lucro tributável. 2 — Na execução da contabilidade deve observar-se em especial o seguinte: a) Todos os lançamentos devem estar apoiados em documentos justificativos, datados e susceptíveis de serem apresentados sempre que necessário; b) As operações devem ser registadas cronologicamente, sem emendas ou rasuras, devendo quaisquer erros ser objecto de regularização contabilística logo que descobertos. 3 — Não são permitidos atrasos na execução da contabilidade superiores a 90 dias, contados do último dia do mês a que as operações respeitam. 4 — Os livros, registos contabilísticos e respetivos documentos de suporte devem ser conservados em boa ordem durante o prazo de 10 anos. (Redação da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de

março, aplicando-se aos períodos de tributação que se iniciem a partir de 1 de janeiro de 2017) 5 — Quando a contabilidade for estabelecida por meios informáticos, a obrigação de

conservação referida no número anterior é extensiva à documentação relativa à análise, programação e execução dos tratamentos informáticos. 6 — Os documentos de suporte previstos no n.º 4 que não sejam documentos autênticos ou autenticados podem, decorridos três períodos de tributação após aquele a que se reportam e obtida autorização prévia do director-geral dos Impostos, ser substituídos, para efeitos fiscais, por microfilmes que constituam sua reprodução fiel e obedeçam às

condições que forem estabelecidas.

7 - É ainda permitido o arquivamento em suporte electrónico das facturas ou documentos equivalentes, dos talões de venda ou de quaisquer outros documentos com relevância

fiscal emitidos pelo sujeito passivo, desde que processados por computador, nos termos definidos no n.º 7 do artigo 52.º do Código do IVA. 8 — As entidades referidas no n.º 1 devem dispor de capacidade de exportação de

ficheiros nos termos e formatos a definir por portaria do Ministro das Finanças. (Redação da

Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro)

9 — Os programas e equipamentos informáticos de facturação dependem da prévia

certificação pela Direcção-Geral dos Impostos, sendo de utilização obrigatória, nos

termos a definir por portaria do Ministro das Finanças.

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 30 | P á g i n a

O nº 1 do artigo 123º, remete para o nº 3 do artigo 17º do mesmo código, que refere

que a contabilidade deve:

Neste regime, as entidades são obrigadas a ter um Contabilista Certificado (CC).

2.3. Correspondência

A Verallia todos os dias recebe correspondência que é levantada nos correios por uma

funcionária de serviço externo a operar na empresa. Quando esta é recebida, é

imediatamente separada de acordo com o seu destinatário e todas as folhas são carimbadas

com a data em que foi recebida.

A nível das faturas recebidas, notas de crédito, notas de débito, recibos ou outros

documentos para a secção de fornecedores, os mesmos são todos colocados numa pasta,

para serem verificados pelo chefe de contabilidade e posteriormente para poderem ser

lançados ou arquivados.

Relativamente aos cheques recebidos, é tirada uma cópia e o original é entregue ao

responsável para ser depositado posteriormente.

Os restantes documentos são entregues nos respetivos departamentos.

Durante o período de estágio esta foi uma tarefa desempenhada pelo estagiário

relativamente à seleção da correspondência dos fornecedores.

2.4. Fornecedores

Segundo Teresa Salgueiro (2006, pp. 2-5), fornecedor é a pessoa ou a empresa que

abastece algo a outra empresa ou comunidade. O termo deriva do verbo fornecer, que faz

referência a prover ou providenciar o necessário para um determinado fim.

a) Estar organizada de acordo com a normalização contabilística e outras disposições legais em vigor para o respectivo sector de actividade, sem prejuízo da observância das disposições previstas neste Código; b) Reflectir todas as operações realizadas pelo sujeito passivo e ser organizada de modo

que os resultados das operações e variações patrimoniais sujeitas ao regime geral do

IRC possam claramente distinguir-se dos das restantes.

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 31 | P á g i n a

Entende-se por fornecedor de serviços a empresa que presta serviços a outras empresas.

Os fornecedores devem respeitar os prazos e as condições de entrega dos seus produtos

ou serviços para evitar conflitos com a empresa que fornecem. Na maior parte dos casos,

estas empresas têm de ter um departamento de aprovisionamento de forma a controlar os

stocks de produtos e materiais necessários à sua produção.

A Verallia conta com um vasto leque de fornecedores, desde os fornecedores de matérias

primas, de material de escritório, de acessórios de produção, de transportes, entre outros.

Caso haja uma falha por parte de um dos fornecedores, poderá originar atrasos no normal

funcionamento da empresa.

Nos tópicos seguintes relativos à secção de fornecedores, será possível observar os

processos referentes à compra de MP ou prestação de serviços, bem como as atividades

desse processo que foram realizadas pelo estagiário. Os tópicos referentes ao pedido e

faturação de compras e pagamento de faturas, são a explicação de como funcionam esses

processos na empresa, enquanto que o tópico de lançamento de faturas se trata de uma

atividade realizada pelo estagiário.

2.4.1. Pedido e Faturação de Compras

Para que as atividades da empresa decorram dentro da normalidade, é necessário que o

departamento de aprovisionamento efetue todas as ordens de compra necessárias bem

como os pedidos de subcontratação a empresas externas e outros serviços, de forma a que

a empresa consiga operar de forma contínua 24h por dia.

Deste modo, o responsável de cada departamento da empresa faz uma requisição interna

quando verifique a necessidade de obter um serviço ou compra. Posteriormente será

emitida uma nota de encomenda ao fornecedor selecionado, onde serão mencionadas as

quantidades, preço unitário, descontos, prazos de entrega, condições de pagamento, etc.

A nível da faturação existem duas formas de efetuar uma nota de encomenda, que irão

determinar a forma como serão contabilizadas. Uma das formas consiste em efetuar um

pedido, ou seja, enviar uma nota de encomenda para um fornecedor. A outra forma

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Filipe Alves (2017) 32 | P á g i n a

consiste em efetuar contratos entre a Verallia e a respetiva empresa (sem nota de

encomenda). Estes contratos surgem para serviços como eletricidade, água, etc, onde o

seu pagamento é sempre feito no final do mês.

A faturação pode ainda ser efetuada através de Autofacturação. Neste sistema é a Verallia

que envia as faturas das compras para os fornecedores e estes enviam o respetivo original

coincidente com a fatura enviada pela Verallia. Esta faturação pode ser efetuada

diariamente, quinzenalmente ou mensalmente. As compras de bens e serviços cuja

faturação é feita por autofacturação tem um carácter de periodicidade regular (diário,

quinzenal ou mensal) e normalmente são determinantes para o normal funcionamento da

atividade da empresa.

2.4.2. Lançamento de Faturas

O processo de contabilização de faturas pode ser efetuado através do número da

encomenda, ou não. Seguidamente está descrito o processo de contabilização de ambos

os casos.

➢ Com nota de encomenda

No caso de existirem notas de encomenda, as compras de bens e serviços são

contabilizadas através das guias de remessa, no momento em que dão entrada em

armazém ou quando o serviço é realizado. É então que a compra é lançada na

contabilidade da empresa e será então creditada uma conta 225x (408x)4 (faturas em

receção e conferência), por contrapartida de uma conta 31x ou 62x (6 ou 3) (compras ou

fornecimentos e serviços externos, respetivamente), consoante a natureza do gasto. O

valor contabilizado nesta fase é o valor líquido, isto é, deduzido de qualquer imposto. A

Figura 21 exemplifica o procedimento desta operação.

4 As contas que se encontram dentro de parênteses referem-se ao plano de contas francês.

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Filipe Alves (2017) 33 | P á g i n a

Figura 21: Lançamento da Entrada em Armazém

Fonte: Elaboração Própria

Posteriormente o fornecedor irá proceder ao envio da respetiva fatura, e é então que a

fatura é lançada no SAP (Anexo 12). No lançamento da fatura são adicionados alguns

dados, como o seu número, data, montante, código do imposto sobre o valor acrescentado

(IVA) (Anexo 10), e o número referente à encomenda. Após se inserir o número da

encomenda aparecerá o nome e número do fornecedor, as quantidades, os preços

contratados, etc.

A conta 225 (408) (faturas em receção e conferência) é debitada, transferindo o valor

líquido juntamente com o valor do IVA a crédito para uma conta 221x (401x) do respetivo

fornecedor, e debitando a conta 2432 (445661) (IVA dedutível) pelo valor do IVA,

conforme se pode verificar na Figura 22.

Figura 22: Lançamento da Fatura com Nota de Encomenda

Fonte: Elaboração Própria

➢ Sem nota de encomenda

No caso das compras de bens e serviços em que não existem notas de encomenda, o

registo efetua-se da mesma forma de quando existem notas de encomenda (ver Anexo 9),

à exceção de que se terá de inserir manualmente o número de fornecedor, as respetivas

quantidades e preços que constam na fatura.

Após a receção da respetiva fatura, o procedimento realizado é o mesmo da operação com

nota de encomenda, no entanto a conta 225 (408) (Faturas em receção e conferência), é

x

225x

x

31x ou 62x

x₂ x₁

225x

x₂

221x

x₂

2432

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Filipe Alves (2017) 34 | P á g i n a

substituída por uma conta de acordo com o tipo de despesa realizada 6x (gastos). Os

registos desta operação estão esquematizados na Figura 23.

Figura 23: Lançamento da Fatura sem Nota de Encomenda

Fonte: Elaboração Própria

Quer no caso de existirem, ou não notas de encomenda, coloca-se um carimbo (Anexo

11) nas faturas que já foram lançadas, com o respetivo número do registo, número do

documento, data de lançamento e a assinatura, para no final do dia serem arquivadas numa

pasta por ordem crescente do número de lançamento e serem entregues à Diretora

Financeira para posterior aprovação.

No Anexo 12 podemos observar a simulação do lançamento final de uma fatura, onde

constam os respetivos valores monetários, e as respetivas contas do código de contas.

2.4.3. Pagamento de Faturas

Após as faturas serem conferidas e lançadas no Software SAP é necessário que as mesmas

sejam desbloqueadas e validades no sistema pela Diretora Financeira. Seguidamente as

faturas seguem para o responsável da tesouraria, que procede ao seu pagamento.

A Verallia utiliza o sistema de pagamentos por Confirming. Segundo Canaes (2010), este

novo conceito de Direito Bancário corresponde a um serviço de suporte informático

normalmente prestado pelas instituições financeiras, que possibilita a antecipação aos

fornecedores de recursos referentes à venda de bens e prestação de serviços sem a

necessidade de estes possuírem linha de crédito no Banco. Este serviço proposto por um

Banco notifica os seus fornecedores para efetuar os pagamentos nas datas acordadas de

forma rápida e eficiente sem qualquer custo ou preocupação para a empresa.

x

6x

x

221x

x

2432

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Filipe Alves (2017) 35 | P á g i n a

O banco envia a cada um dos fornecedores uma notificação, informando sobre o

pagamento futuro das respetivas faturas, disponibilizando também os serviços de

pagamento antecipado das mesmas.

Após a receção da referida notificação, o fornecedor pode optar entre duas alternativas:

➢ Cobrar as faturas na data do seu vencimento;

➢ Solicitar o pagamento antecipado de uma ou de várias faturas para datas a indicar

pelo próprio.

O banco procede à liquidação dos montantes que constam nas ordens de pagamento na

data de vencimento original ou antecipadamente, de acordo com as instruções recebidas

em cada caso.

Deste modo o responsável de tesouraria envia para o banco as ordens de pagamento

relativas aos fornecedores, para que possam ser realizados os respetivos pagamentos.

Neste caso a conta 22112 (403110), (Fornecedores Confirming) credita-se, por

contrapartida das contas 221x (401x), correspondentes aos fornecedores.

2.5. Clientes

De acordo com Pires & Santos (2000, p. 14), o termo cliente permite fazer referência à

pessoa que tem acesso a um produto ou serviço mediante pagamento. Dependendo do

contexto, a palavra cliente pode ser usada como sinónimo de comprador (a pessoa que

compra o produto), utilizador (a pessoa que utiliza o serviço) ou consumidor (quem

consome um produto ou serviço).

Uma organização pode ter instalações, equipamentos e até trabalhadores, no entanto, se

não tiver clientes que escolham os seus produtos ou serviços, não tem justificação

económica nem social para existir. São os clientes que justificam a sua existência e

permitem a sua sobrevivência a longo prazo.

Apesar de não aparecerem no balanço contabilístico das empresas (exceto na qualidade

negativa de devedores) os clientes são sem dúvida o principal ativo de uma empresa.

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Filipe Alves (2017) 36 | P á g i n a

A Verallia, como qualquer outra empresa, está dependente dos seus clientes para

conseguir sobreviver no mercado, pelo que diariamente necessita de compreender as suas

necessidades e satisfazer as mesmas.

Os tópicos seguintes, relativos à abertura da conta de cliente, à compra de mercadorias, à

expedição das encomendas e ao pagamento das dívidas, foram processos apenas tidos em

conhecimento pelo estagiário, enquanto que o processamento e arquivo das faturas e

arquivo dos comprovativos de pagamento, foram atividades realizadas pelo mesmo.

2.5.1. Abertura de Conta de Cliente

Antes de iniciar o processo de venda existem alguns procedimentos e medidas que devem

ser definidos, como é o caso da abertura da ficha de cliente onde serão estipulados os

limites de crédito, as condições de venda, os descontos, entre outros. Estas informações

serão importantes para saber as condições de pagamento que cada cliente usufrui, e

encontram-se disponíveis no software SAP na conta de cada cliente.

Todos os clientes têm definido um plafond de crédito que é estipulado de acordo com o

seu volume de encomendas e que, quando este é ultrapassado, o sistema bloqueia a sua

conta. Desta forma deixa de ser permitido que sejam enviadas mercadorias para este

cliente sem que seja liquidada alguma parte da dívida.

Sempre que surge um novo cliente o departamento financeiro fica responsável por avaliar

o seu risco de concessão de crédito consoante as informações que recolher junto dos

Bancos ou empresas especializadas neste tipo de serviços. Estas informações podem ser

analisadas a partir de:

➢ Balanços;

➢ Demonstração de resultados;

➢ Setor de atividade;

➢ Capital;

➢ Etc…

2.5.2. Compra de Mercadorias

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Filipe Alves (2017) 37 | P á g i n a

O processo de compra por parte do cliente inicia-se após o envio por e-mail, telefone ou

correio de um documento denominado por ordem de compra ou nota de encomenda

direcionado para a Verallia. Após a receção deste documento o departamento comercial

regista a encomenda no Software SAP e verifica a existência em armazém da mercadoria,

bem como das quantidades disponíveis. O departamento financeiro fica responsável pela

análise da ficha do cliente e por verificar se o limite de crédito estabelecido ainda não foi

ultrapassado. Estes dois departamentos são os responsáveis pela aprovação do envio da

mercadoria para o cliente.

No caso dos clientes que efetuam compras esporádicas, é efetuada uma venda a dinheiro,

ou seja, a mercadoria só pode ser expedida após o recebimento do valor da mesma e da

respetiva confirmação de receção de pagamento pelo departamento financeiro.

2.5.3. Expedição das Encomendas

Após a aprovação da venda por parte de ambos os departamentos e com base na nota de

encomenda é emitida a ordem de expedição, guia de remessa e fatura. A ordem de

expedição engloba todo o processo desde o agrupamento da mercadoria a expedir, até à

saída da mercadoria das instalações da empresa. A guia de remessa acompanha a

mercadoria até à chegada da mesma ao cliente. Estes dois documentos são da

responsabilidade do gabinete de expedições. A fatura é emitida pelo departamento de

contabilidade e enviada ao cliente no dia seguinte à saída da mercadoria de armazém.

Na Figura 24 é possível observar todo o procedimento da venda, desde o pedido por parte

do cliente até à autorização final para a expedição da encomenda.

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Filipe Alves (2017) 38 | P á g i n a

• Ordem de compra

• Nota de encomenda

• Aprovação

• Registo no SAP

Ordem de expedição

Fatura Guia de remessa

Figura 24: Procedimentos da Venda

Fonte: Elaboração Própria

Os custos de transporte podem ser suportados pela Verallia ou pelo cliente. Em ambos os

casos estes custos estão implícitos no custo da mercadoria, no entanto quando o cliente

quiser assumir o transporte da mercadoria beneficiará de um desconto sobre preço total

da compra.

No caso de o transporte ser assumido pela Verallia, a mesma tem uma carteira

diversificada de empresas transportadoras perante as quais a Verallia terá de efetuar

posteriormente o pagamento dos respetivos serviços de entrega de mercadorias.

Alguns clientes como possuem a própria frota de camiões, efetuam eles mesmo o

respetivo transporte das mercadorias ou, em raras exceções subcontratam o serviço a outra

empresa transportadora.

Cliente

Departamento Comercial

Departamento Financeiro

Aprovação

Departamento

Contabilidade Departamento

Expedições

Cliente

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Filipe Alves (2017) 39 | P á g i n a

2.5.4. Processamento e Arquivo das Faturas

Segundo a alínea b) do nº 1 do artigo 29º abaixo transcrito, deve-se emitir

obrigatoriamente uma fatura por cada transmissão de bens ou prestação de serviços.

Deste modo, as faturas impressas para posterior envio ao cliente são efetuadas de forma

automática a partir do computador com base na guia de remessa. As mesmas são

impressas durante a noite e no dia seguinte é necessário efetuar a separação das 4 vias

(original, duplicado, triplicado e quadruplicado) da seguinte forma:

• O original é enviado para o cliente através de correio;

• O duplicado é separado pelo valor do IVA que consta na fatura:

Se for IVA a 23%, não tem interesse para a empresa e não é guardado.

Se for IVA a 0%, é guardado numa pasta para justificar o motivo de

isenção.

• O triplicado é ordenado por ordem alfabética de clientes e ordem crescente do

número de fatura e data, para posteriormente controlar a respetiva cobrança.

• O quadruplicado é arquivado por ordem crescente do número da fatura na secção

de contabilidade, para facilitar a tarefa no caso de inspeções e auditorias.

Segundo o nº 1 do artigo 36º do código do IVA (CIVA), as faturas devem ser emitidas o

mais tardar no 5º dia útil seguinte ao momento em que o imposto é devido nos termos do

artigo 7º.

Artigo 29.º

Obrigações em geral

b) Emitir obrigatoriamente uma fatura por cada transmissão de bens ou prestação de serviços, tal

como vêm definidas nos artigos 3.º e 4.º, independentemente da qualidade do adquirente dos

bens ou destinatário dos serviços, ainda que estes não a solicitem, bem como pelos pagamentos

que lhes sejam efetuados antes da data da transmissão de bens ou da prestação de serviços; (Redacção do D.L. nº 197/2012, de 24 de Agosto, com entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2013)

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 40 | P á g i n a

Saliente-se que o artigo 7º refere que:

Artigo 36.º Prazo de emissão e formalidades das facturas

1* - A fatura referida na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º deve ser emitida:

a*) O mais tardar no 5.º dia útil seguinte ao do momento em que o imposto é devido nos termos do

artigo 7.º;

b*) O mais tardar no 15.º dia do mês seguinte àquele em que o imposto é devido nos termos do

artigo 7.º, no caso das prestações intracomunitárias de serviços que sejam tributáveis no território

de outro Estado membro em resultado da aplicação do disposto na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º;

c*) Na data do recebimento, no caso de pagamentos relativos a uma transmissão de bens ou

prestação de serviços ainda não efetuada, bem como no caso em que o pagamento coincide com o

momento em que o imposto é devido nos termos do artigo 7.º. (*Redacção do D.L. nº 197/2012, de 24 de Agosto, com entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2013)

Artigo 7.º Facto gerador e exigibilidade do imposto

1 - Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, o imposto é devido e torna-se exigível:

a) Nas transmissões de bens, no momento em que os bens são postos à disposição do adquirente;

b) Nas prestações de serviços, no momento da sua realização;

c) Nas importações, no momento determinado pelas disposições aplicáveis aos direitos

aduaneiros, sejam ou não devidos estes direitos ou outras imposições comunitárias estabelecidas

no âmbito de uma política comum.

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 41 | P á g i n a

Segundo o nº 5 do artigo 36º as faturas devem ainda conter elementos obrigatórios, como:

Outra imposição legal para o transporte das mercadorias, é o Decreto-Lei n.º 147/2003,

de 11 de julho, que estabelece que todos os bens em circulação que sejam sujeitos

passivos de IVA, deverão ser acompanhados do documento de transporte.

Pode-se entender por documento de transporte:

5 - As faturas devem ser datadas, numeradas sequencialmente e conter os seguintes elementos: (Redacção do D.L. nº 197/2012, de 24 de Agosto, com entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2013)

a) Os nomes, firmas ou denominações sociais e a sede ou domicílio do fornecedor de bens ou prestador de serviços e do destinatário ou adquirente, bem como os correspondentes números de identificação fiscal dos sujeitos passivos de imposto;

b) A quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados, com especificação dos elementos necessários à determinação da taxa aplicável; as embalagens não efectivamente transaccionadas devem ser objecto de indicação separada e com menção expressa de que foi acordada a sua devolução;

c) O preço, líquido de imposto, e os outros elementos incluídos no valor tributável;

d) As taxas aplicáveis e o montante de imposto devido;

e) O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se for caso disso;

f) A data em que os bens foram colocados à disposição do adquirente, em que os serviços foram realizados ou em que foram efectuados pagamentos anteriores à realização das operações, se essa data não coincidir com a da emissão da factura.

No caso de a operação ou operações às quais se reporta a factura compreenderem bens ou serviços

sujeitos a taxas diferentes de imposto, os elementos mencionados nas alíneas b), c) e d) devem ser

indicados separadamente, segundo a taxa aplicável.

Artigo 1.º

Âmbito de aplicação

Todos os bens em circulação, em território nacional, seja qual for a sua natureza ou espécie, que sejam objeto de

operações realizadas por sujeitos passivos de imposto sobre o valor acrescentado deverão ser acompanhados de

documentos de transporte processados nos termos do presente diploma.

Artigo 2.º

Definições

1 - Para efeitos do disposto no presente diploma considera-se:

a) 'Bens', os que puderem ser objeto de transmissão ou de prestação de serviços nos termos dos artigos 3.º e 4.º,

ambos do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;

b) «Documento de transporte» a fatura, guia de remessa, nota de devolução, guia de transporte ou documentos

equivalentes;

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Relatório de estágio na Verallia

Filipe Alves (2017) 42 | P á g i n a

Na Verallia o documento de transporte utilizado é a guia de remessa. A mesma é emitida

pelo departamento de expedições, por via informática, como nos indica o nº1 do artigo 5º

do Decreto-Lei nº 147/2003, de 24 de julho. Apenas em casos excecionais como foi o

caso do ataque informático do dia 27 de junho, é que foi utilizada guia de transporte.

O nº 5 do artigo 6º do Decreto-Lei nº 147/2003, de 24 de julho, refere que os três

exemplares processados são destinados:

Segundo o nº2 do artigo 4º do Decreto-Lei nº 147/2003, de 24 de julho, as guias de

remessa devem conter os seguintes elementos:

2.5.5. Pagamento da Dívida

Após a receção das mercadorias, o cliente fica responsável pelo pagamento das mesmas

à Verallia.

Artigo 5.º

Processamento dos documentos de transporte

1 - Os documentos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º devem ser emitidos por uma das seguintes vias:

a) Por via eletrónica, devendo estar garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo, de

acordo com o disposto no Código do IVA;

b) Através de programa informático que tenha sido objeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e

Aduaneira (AT), nos termos da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Portaria n.º 22-A/2012, de 24

de janeiro;

c) Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo

económico, que seja detentora dos respetivos direitos de autor;

d) Diretamente no Portal das Finanças;

e) Em papel, utilizando-se impressos numerados seguida e tipograficamente.

2 - Os documentos emitidos nos termos das alíneas b) a e) do número anterior devem ser processados em três

exemplares, com uma ou mais séries, convenientemente referenciadas.

5 - Os exemplares dos documentos de transporte referidos no n.º 2 do artigo anterior são destinados:

a) Um, que acompanha os bens, ao destinatário ou adquirente dos mesmos;

b) Outro, que igualmente acompanha os bens, à inspeção tributária, sendo recolhido nos atos de fiscalização

durante a circulação dos bens pelas entidades referidas no artigo 13.º, e junto do destinatário pelos serviços da

AT;

c) O terceiro, ao remetente dos bens.

2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 6 do presente artigo, as guias de remessa ou documentos equivalentes devem

conter, pelo menos, os seguintes elementos:

a) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede e número de identificação fiscal do remetente;

b) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede do destinatário ou adquirente;

c) Número de identificação fiscal do destinatário ou adquirente, quando este seja sujeito passivo, nos termos do

artigo 2.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;

d) Designação comercial dos bens, com indicação das quantidades.

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É então que o cliente envia uma nota de liquidação de faturas juntamente com o respetivo

cheque ou elementos de transferência bancária, consoante a forma de pagamento

efetuada. Nesta nota de liquidação o cliente indica o número da/s faturas a pagar e o valor

total do pagamento, mencionando ainda a forma de pagamento que irá efetuar e as

informações relativas ao número de cheque ou transferência bancária.

Os clientes que efetuarem o pagamento das faturas mais recentes ainda dentro do prazo

de vencimento podem beneficiar de um desconto financeiro, que varia de percentagem

conforme o número de dias entre o envio da fatura e o tempo que demoram a pagar.

Em muitas situações quando a data de vencimento já se encontra ultrapassada é necessário

proceder-se ao contacto com a respetiva empresa, de modo a saber qual o motivo para

este pagamento ainda não ter sido realizado.

2.5.6. Arquivo dos Comprovativos de Pagamento

De modo a completar todo o processo de venda de mercadorias é ainda necessário

proceder ao arquivo dos comprovativos de pagamento das respetivas faturas.

Após a receção do cheque ou transferência bancária, é feita a seleção das faturas

referentes a esse pagamento no software SAP, assim como as suas datas de vencimento

registadas. Quando as datas de vencimento são ultrapassadas, o SAP indica-nos um

número de lançamento com o qual iremos numerar o arquivo da(s) faturas pagas.

Cada processo relativo às faturas pagas é organizado no arquivo da seguinte forma:

1º- Talão de depósito ou comprovativo de transferência;

2º- Nota de liquidação da/s faturas;

3º- Fatura (triplicado);

4º- Cópia do cheque (nos casos de pagamento por cheque).

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2.6. Outras Informações

➢ Ataque Informático

No dia 27 de junho um ataque de “pirataria” informática atingiu diversas empresas

multinacionais por todo o mundo. Cerca de um mês e meio antes já tinha havido um outro

ataque semelhante em que algumas empresas portuguesas foram atacadas pelos “piratas”

informáticos.

A Verallia Portugal e as restantes empresas do grupo no dia 27 foram atingidas por este

ataque, que veio danificar todos os computadores que se encontravam ligados (cerca de

90 na Verallia Portugal). Nestes computadores apareceu a seguinte mensagem:

"Se estás a ver esta mensagem, os teus ficheiros já não estão disponíveis, porque foram

encriptados. Talvez já estejas ocupado a procurar uma forma de recuperar os ficheiros,

mas não percas mais tempo. Ninguém pode recuperar os ficheiros sem os nossos sistemas

informáticos”. (Jornal de Notícias, 2017)

Com este ataque informático todas as atividades da empresa ficaram paralisadas, e toda a

informação que cada funcionário continha nos seus computadores desapareceu, assim

como os e-mails.

A primeira prioridade foi restabelecer a produção da fábrica, pelo que foi necessário

trocar os computadores infetados pelos que se encontravam desligados ou fora de serviço,

sendo que os restantes departamentos da empresa apenas foram voltando à normalidade

muito lentamente.

Este ataque veio trazer muitos problemas para a empresa, que se viu obrigada a voltar a

regredir para os velhos tempos em que ainda não havia recurso ao computador.

De maneira a repor a normalidade da empresa da forma mais rápida possível, os

computadores afetados foram reparados e nalgumas situações houve a necessidade de

comprar novos.

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Conclusão

Este relatório foi desenvolvido com base no estágio realizado na Verallia, uma empresa

que inicialmente o estagiário pouco conhecia, mas que, no entanto, lidava quase

diariamente com os seus produtos. Durante este estágio foi possível ficar a conhecer

melhor o seu funcionamento, assim como é efetuada a produção das embalagens de vidro.

O período de estágio na empresa foi relativamente curto, no entanto deu para perceber o

funcionamento e a logística de toda a empresa. Uma empresa como a Verallia, para que

seja sustentável e consiga progredir no mercado, necessita de seguir regras, cumprir

objetivos e ser rápida e eficaz naquilo que faz.

Neste período de estágio também foi possível constatar que o facto de os trabalhadores

se sentirem motivados, existir um bom companheirismo e espírito de equipa, existir uma

boa organização e comunicação entre todos os departamentos, são fatores que tornam o

trabalho seja mais simples e ajudam a empresa a progredir.

Durante os dois meses e meio de estágio foi possível aplicar alguns dos conhecimentos

adquiridos na licenciatura, assim como adquirir novos conhecimentos disponibilizados

pela equipa de trabalho com que lidei. Toda a equipa do departamento de contabilidade

esteve sempre disponível para ajudar e tirar quaisquer dúvidas que fossem surgindo.

De forma a contribuir para uma melhor prestação dos serviços efetuados na empresa, foi

tido sempre em atenção a pontualidade, assiduidade, bem como o bom desempenho em

todas as atividades propostas.

A experiência adquirida neste período de estágio será fundamental para prosseguir o meu

futuro tanto a nível pessoal como profissional, e uma excelente rampa de lançamento caso

pretenda entrar de imediato no mundo do trabalho. No caso de pretender continuar os

estudos, o estágio foi igualmente importante para decidir e optar pela área mais indicada,

uma vez que embora tenha estado mais ligado com o departamento de contabilidade,

houve sempre a necessidade de contactar com os outros departamentos para ultrapassar

algumas dúvidas e problemas que fossem surgindo.

Finalizando, esta experiência foi excelente no sentido de me ter ajudado a enriquecer tanto

a nível profissional como pessoal. A oportunidade de realizar um estágio curricular devia

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ser uma etapa que todos os alunos de ensino superior deveriam ter oportunidade de

usufruir.

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Filipe Alves (2017) 47 | P á g i n a

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c!8m2!3d40.1431628!4d-8.8177544?dcr=0

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Índice de Anexos

Anexo 1: Certificado do Sistema de Gestão Ambiental .............................................................. 50

Anexo 2: Certificado do Sistema de Gestão Segurança e Saúde no Trabalho ........................... 52

Anexo 3: Certificado do Sistema de gestão de Energia ............................................................... 54

Anexo 4: Certificado do Sistema de Gestão da Qualidade.......................................................... 56

Anexo 5: Certificado do Sistema de Gestão da Segurança Alimentar ........................................ 58

Anexo 6: Certificado do Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação ..... 60

Anexo 7: Conversão do Plano de Contas Português para o Plano de Contas Francês ................ 62

Anexo 8: Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares................................ 76

Anexo 9: Programa de Lançamento de Faturas no SAP .............................................................. 79

Anexo 10: Códigos do IVA ........................................................................................................... 81

Anexo 11: Carimbo para Lançamentos de Faturas ..................................................................... 88

Anexo 12: Documento Final de Lançamento da Fatura .............................................................. 90

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Anexo 1: Certificado do Sistema de Gestão Ambiental

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Anexo 2: Certificado do Sistema de Gestão Segurança e Saúde no Trabalho

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Anexo 3: Certificado do Sistema de gestão de Energia

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Anexo 4: Certificado do Sistema de Gestão da Qualidade

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Anexo 5: Certificado do Sistema de Gestão da Segurança Alimentar

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Anexo 6: Certificado do Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação

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Anexo 7: Conversão do Plano de Contas Português para o Plano de Contas Francês

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Filipe Alves (2017) 75 | P á g i n a

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Anexo 8: Artigo 3º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

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Filipe Alves (2017) 77 | P á g i n a

Artigo 3.º Rendimentos da categoria B

1 - Consideram-se rendimentos empresariais e profissionais:

a) Os decorrentes do exercício de qualquer atividade comercial, industrial, agrícola, silvícola ou

pecuária;

b) Os auferidos no exercício, por conta própria, de qualquer atividade de prestação de serviços,

incluindo as de carácter científico, artístico ou técnico, qualquer que seja a sua natureza, ainda que

conexa com atividades mencionadas na alínea anterior;

c) Os provenientes da propriedade intelectual ou industrial ou da prestação de informações respeitantes

a uma experiência adquirida no setor industrial, comercial ou científico, quando auferidos pelo seu

titular originário.

2 - Consideram-se ainda rendimentos desta categoria:

a) Os rendimentos prediais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais e

profissionais;

b) Os rendimentos de capitais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais e

profissionais;

c) As mais-valias apuradas no âmbito das atividades geradoras de rendimentos empresariais e

profissionais, definidas nos termos do artigo 46.º do Código do IRC, designadamente as resultantes da

transferência para o património particular dos empresários de quaisquer bens afetos ao ativo da

empresa e, bem assim, os outros ganhos ou perdas que, não se encontrando nessas condições,

decorram das operações referidas no n.º 1 do artigo 10.º, quando imputáveis a atividades geradoras de

rendimentos empresariais e profissionais;

d) As importâncias auferidas, a título de indemnização, conexas com a atividade exercida,

nomeadamente a sua redução, suspensão e cessação, assim como pela mudança do local do respetivo

exercício;

e) As importâncias relativas à cessão temporária de exploração de estabelecimento;

f) Os subsídios ou subvenções no âmbito do exercício de atividade abrangida na alínea a) do n.º 1;

g) Os subsídios ou subvenções no âmbito do exercício de atividade abrangida na alínea b) do n.º 1;

h) Os provenientes da prática de atos isolados referentes a atividade abrangida na alínea a) do n.º 1;

i) Os provenientes da prática de atos isolados referentes a atividade abrangida na alínea b) do n.º 1.

3 - Para efeitos do disposto nas alíneas h) e i) do número anterior, consideram-se rendimentos

provenientes de atos isolados os que não resultem de uma prática previsível ou reiterada.

4 - São excluídos de tributação os rendimentos resultantes de atividades agrícolas, silvícolas e

pecuárias, quando o valor dos proveitos ou das receitas, isoladamente ou em cumulação com os

rendimentos ilíquidos sujeitos, ainda que isentos, desta ou doutras categorias que devam ser ou tenham

sido englobados, não exceda por agregado familiar quatro vezes e meia o valor anual do IAS.

5 - Para efeitos deste imposto, consideram-se como provenientes da propriedade intelectual os direitos

de autor e direitos conexos.

6 - Os rendimentos referidos neste artigo ficam sujeitos a tributação desde o momento em que para

efeitos de IVA seja obrigatória a emissão de fatura ou documento equivalente ou, não sendo obrigatória

a sua emissão, desde o momento do pagamento ou colocação à disposição dos respetivos titulares,

sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 18.º do Código do IRC, sempre que o rendimento seja

determinado com base na contabilidade.

7 - Nos casos em que o rendimento não seja determinado com base na contabilidade deve ainda

observar-se que as importâncias recebidas a título de provisão ou a qualquer outro título destinadas a

custear despesas da responsabilidade dos clientes são consideradas como rendimento do ano posterior

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ao da sua receção sempre que até ao final desse ano não seja apresentada a conta final relativa ao

trabalho prestado.

8 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, sempre que ocorra uma alteração do regime de

tributação, no primeiro ano de aplicação do novo regime devem ser efetuados os necessários

ajustamentos destinados a evitar qualquer duplicação de tributação dos rendimentos, bem como a sua

não tributação.

9 - Para efeitos da alínea c) do n.º 2, não configura uma transferência para o património particular do

empresário a afetação de bem imóvel habitacional à obtenção de rendimentos da categoria F. (Aditado

pela Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro)

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Anexo 9: Programa de Lançamento de Faturas no SAP

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Anexo 10: Códigos do IVA utilizados pela empresa

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Anexo 11: Carimbo para Lançamentos de Faturas

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Anexo 12: Documento Final de Lançamento da Fatura

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