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Santa-Rita Pintor, Amadeo de Souza Cardoso e Almada Negreiros O INTRODUTOR DO FUTURISMO EM PORTUGAL “Dinâmica/energia/coragem/revolta/velocidade/audácia”

Amadeo,Negreiros e Santa Rita

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Santa-Rita Pintor, Amadeo de Souza Cardoso e Almada

Negreiros

O INTRODUTOR DO FUTURISMO EM PORTUGAL

“Dinâmica/energia/coragem/revolta/velocidade/audácia”

 

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Vida

Guilherme Augusto Cau da Costa de Santa Rita, pelo qual tratavam por Santa Rita pintor foi o primeiro pintor português futurista. Nasceu em Lisboa no ano de 1889 e ganhou uma bolsa na Academia de Belas Artes em Paris, mas perdeu-a por ter ideias monárquicas e se revoltar contra a política portuguesa.

Santa-Rita Pintor, assim como outros artistas, apresentaram o Futurismo ao público português, no Teatro República em Lisboa.

Em Novembro-Dezembro de 1917, Santa-Rita preparou o lançamento da Revista Portugal Futurista que não foi aceite devido à revolta e conteúdos impróprios nos seus textos.

Com a morte de Santa-Rita e Amadeu de Souza Cardoso, em 1918, e a partida de Almada para Paris, o movimento Futurista Português entra em declínio, marcando o fim da primeira fase do modernismo português.

 

Obra

Quatro trabalhos de Santa-Rita Pintor que marcaram e se distinguiram na sua obra:

“Estojo científico de uma cabeça – aparelho ocular – sobreposição dinâmica visual – reflexos de ambiente X luz”;“Composição estática interior de uma cabeça – complementarismo congénito absoluto”;

“Síntese geometral de uma cabeça X infinito plástico de ambiente X transcendentalismo físico” ;

“Decomposição dinâmica de uma mesa – estilo do movimento”;

 

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Santa Rita Pintor nunca expôs em Portugal.

É através das revistas Orpheu Portugal Futurista, que se conhecem algumas das suas obras.

Um quadro seu inacabado permite afirmar que Santa-Rita foi o primeiro português a realizar um quadro moderno de interesse internacional. Nesse quadro existe uma ironia que exige a maior atenção, uma vez que utiliza alguns processos gráficos do Cubismo picassiano (muito utilizados por Santa-Rita por admirar Picasso e as suas técnicas de geometrismo e cubismo), mas com uma estruturação que alcança enquadramentos e raciocínios plásticos muito evoluídos.

Foi em Paris que Santa-Rita se interessou pelos futuristas e, tal como eles, adoptou o cubismo nos seus quadros para a expressão da «simultaneidade dos estados de alma». Sempre admirou Picasso e a sua obra.

     

  

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Nos quadros de Santa-Rita figuram corpos, rostos, formas, cores e aeroplanos. A sua capacidade para a composição dos seus trabalhos é muito “madura”, sábia e ao mesmo tempo, criativa e surpreendente, ao longo da sua evolução como artista: joga com as figuras, as formas, tensão entre linhas e cores e o todo do quadro,

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criando um humor resultante da penetração de «objectos», que por sua vez chegam a formar o abstracto.

Podemos então chamar-lhe não só futurista, como também cubista sintético, merecedor de um lugar significativo nos pintores mais importantes e notáveis da sua época.

De todas as suas pinturas apenas resistiram duas, dado que todas as outras foram destruídas pela família a seu pedido, depois da sua morte. São elas: Cabeça e Orfeu dos  Infernos.

Santa-Rita terá sido o primeiro a entender e a viver, pouco preocupado com as suas «obras», o modernismo (recebendo comentários de desagrado por parte da maioria das pessoas).

Com a morte de Amadeu e Santa-Rita em 1918 e a partida de Almada para Paris, o Futurismo em Portugal entrou em declínio e tudo enfraquecera e perdera sentido. Em fins de 1919, um jornalista anónimo dava conta da dispersão do grupo e do seu fim, ou do fim da sua escola. O sonho de Fernando Pessoa de um «super-homem», de certo modo havia acabado com a morte de Santa-Rita, continuando contudo, juntamente com Almada, a lutar contra a «mediocridade» e o sentido de inferioridade da arte Portuguesa desta época que punha de parte as inovações.

Amadeo Cardoso, Alma Negreiros e Santa-Rita sofreram o negativo no seu trabalho por parte de muita gente. No entanto, suportaram tudo, porque sabiam que um dia tudo iria ser diferente e que eles iriam ser recordados e adorados, depois das suas mortes, deixando apenas a sua bela marca de gente portuguesa de boa qualidade.

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José Sobral de Almada Negreiros, mais conhecido por Almada Negreiros, nasceu em 1893 e morreu em 1970 com 77 anos. Na sua vida exerceu os cargos de pintor,escritor, poeta, dramaturgo, ensaísta e romancista português e a sua obra ligava-se ao Modernismo e Futurismo.

Depois da morte da sua mãe veio para Portugal (apenas com 7 anos).

Em 1913 deu os seus primeiros passos de pintor na escola internacional de Lisboa, apresentando a sua primeira exposição com 90 desenhos. Foi criticado por várias personalidades intelectuais da Época, mas não se rebaixou por isso. Muito pelo contrário, organizou um manifesto que teve impacto no meio artístico, o que mudou as mentalidades da sociedade.

Ao longo dos anos, desenvolve vários tipos de trabalho como desenho para as capas de livros, pinturas provocadoras (como a de duas mulheres a acariciarem-se nas partes íntimas), pinta edifícios importantes e fachadas, pinta vitrais de uma igreja de forma moderna, o que não foi apreciado pelos crentes, cria a pintura de Fernando Pessoa, obra muito conhecida e faz tapeçarias.

Os seus últimos trabalhos foram o Painel Começar na fundação Calouste Gulbenkian e o célebre e provocador quadro “as mulheres amam-se”.

Morreu em Junho de 1970, de falha cardíaca.

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Obras: 1915 - A Cena do Ódio (poesia)

- A Engomadeira (novela) - O Sonho da Rosa (bailado, realização)

- Manifesto Anti-Dantas e Por Extenso

1916:

- Exposição Amadeo de Souza Cardoso - Liga Naval de Lisboa- Litoral

1917:

- Ultimatum às Gerações Futuristas Portuguesas do Século XX (conferência, publicada na Portugal Futurista)

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- K4, O Quadrado Azul (novela)

1918:

- O Jardim da Pierrette (bailado) 1919

- Histoire du Portugal par Coeur 1921

- A Invenção do Corpo (conferência)- A Invenção do Dia Claro

1924

- Pierrot e Arlequim (teatro) 1925

- Nome de Guerra (romance), só editado em 1938 1926

- A Questão dos Painéis (ensaio)

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Amadeo de Souza Cardoso foi um pintor de nacionalidade portuguesa dos primeiros a fazer arte moderna, que traçou o seu caminho de acordo com os outros pintores da época. Teve uma vida curta, mas no entanto a sua obra foi memorável.

A sua vida foi curta pois viveu num período de 31 anos, entre 1887 e 1918.

Vindo de uma família abastada este pintor não teve dificuldades em escolher o que estudar, indo portanto para a Universidade de Coimbra de Direito. Passa-se que não gostou dessa profissão e foi para um curso de arquitectura em Lisboa que também não lhe agradou.

Este momento marcou o inicio das suas pinturas, pois Amadeo de Souza Cardoso partiu para Paris em busca de conhecimentos sobre pintura.

Foi um pintor impressionista, expressionista, cubista e futurista, mas sempre dispensou ser caracterizado como qualquer um dos títulos.

Sempre procurou originalidade e criatividade nas suas obras, e expos o seu trabalho em alguns sítios, como por exemplo o “Salon dês Independants” em Paris, em Portugal no Porto e em Lisboa, e também expos 8 das suas obras nos Estados Unidos da América.

Em Portugal mostrou ao publico 114 obras, com o titulo de Abstraccionismo e que foram recebidas com escândalo e novidade.

Este foi influenciado pelo cubismo e explorava o expressionismo. Nos seus últimos trabalhos experimentou colagens e forma de expressão plástica.