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Legislação trabalhista
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AMBIENTE INSALUBRE NÃO GARANTEADICIONAL DE INSALUBRIDADE16 de fevereiro de 2015 ppraonline
AMBIENTE INSALUBRE NÃO GARANTE ADICIONAL DEINSALUBRIDADE
O fato do trabalhador exercer suas atividades em ambiente e condiçõesinsalubres não lhe garante o respectivo adicional de insalubridade.
CONDIÇÃO INSALUBRE X ATIVIDADE INSALUBRE Para fins dedefinição do direito ao Adicional de Insalubridade.
Leia o texto e entenda o porque:
A maioria dos profissionais das áreas de Saúde e Segurança do Trabalho, Técnicosem Segurança do Trabalho, Tecnólogos, Engenheiros de Segurança do Trabalho,Médicos do Trabalho e, dentre esses a grande maioria dos Peritos Judiciais doTrabalho desconhecem os conceitos de CONDIÇÃO INSALUBRE no local deTrabalho e ATIVIDADE INSALUBRE para fins de definição do direito aoadicional de Insalubridade.
CONDIÇÃO INSALUBRE X ATIVIDADE INSALUBRE Para fins dedefinição do direito ao Adicional de Insalubridade
Qual é a importância, significância de se conhecer as diferenças e na prática o que
representa esse diferença.
Inicialmente vamos aos conceitos para depois estabelecermos a importância daaplicabilidade das diferenças nos casos práticos.
1. CONDIÇÃO INSALUBRE
Quando, no AMBIENTE DE TRABALHO existir algum fator, algumrisco à saúde do trabalhador; presente algum agente insalutífero, sejana forma de riscos físicos, químicos ou biológicos; nas suas diversasmanifestações, quer seja ruído, calor, vibração, agentes químicos nassuas diversas formas ou os agentes biológicos em contato com doentesou doenças, dizemos que o trabalhador encontrase emuma CONDIÇÃO INSALUBRE, o local de trabalho é insalubre, algonaquele local pode afetarlhe a sua saúde.
2. ATIVIDADE INSALUBRE – para fins de recebimento deAdicional de Insalubridade
A ATIVIDADE somente será consideradaINSALUBRE, com o direitoao recebimento do respectivo adicional, quando for desenvolvidapelo trabalhador em um ambiente em CONDIÇÕESINSALUBRES sem a proteção adequada que minimize ou elimine orisco ambiental.
Portanto, o trabalhador pode estar exercendo suas ATIVIDADES em umambiente altamente INSALUBRE sem que a empresa esteja obrigada aopagamento do Adicional de Insalubridade.
E isso se deve ao entendimento, aplicação, do dispositivo legal contidono item 15.4 da NR15:
15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridadedeterminará a cessação do pagamento do adicionalrespectivo.
15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridadedeverá ocorrer:
a) com a adoção de medidas de ordem geral que
conservem o ambiente de trabalho dentro dos limitesde tolerância;
b) com a utilização de equipamento de proteçãoindividual
EXPLICANDO:
Vamos a um exemplo bem simples:
LOCAL DE TRABALHO – EXPOSIÇÃO: Ruído quantificado– 92 dB – AMBIENTE INSALUBRE CONDIÇÃOINSALUBRE.
MONITORAMENTO – CONTROLE: Uso de EPI – ProtetorAuricular – NRRf = 15 dB – EXPOSIÇÃO COMATENUAÇÃO 92 – 15 = 77 dB – ATIVIDADE SALUBRE
Percebam que o ambiente de trabalho, com a presença deRUÍDO a 92 dB representa uma CONDIÇÃO INSALUBRE dolocal de Trabalho.
No entanto, nos termos do item 15.4 da NR05, com ofornecimento do EPI adequado e considerando o NRRf do EPI, aExposição diminuiu para 77 dB, abaixo do Limite de Tolerânciada NR15, portanto, a ATIVIDADEdo empregado não éINSALUBRE.
Portanto, mesmo trabalhando emCONDIÇÕESINSALUBRES a ATIVIDADEdesenvolvida peloempregado não é INSALUBRE e por isso não tem o direito aorecebimento do ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.
Disso decorre o fato de que o empregado, mesmo trabalhando emambiente considerado insalubre, não tem o direito ao adicional deinsalubridade se o empregador fornece o Equipamentos de ProteçãoIndividual adequado à minimização ou eliminação do risco ambiental.
Assim sendo, os profissionais das áreas de SST devem saber e enteder osignificado e a importância dessa distinção de conceitos, para fins de
direito ao adicional de insalubridade.
ODEMIRO J B FARIAS – Advogado Trabalhista e Previdenciário – TST– Especialista em Perícia Judicial do Trabalho – Consultor de empresasem Direito do Trabalho , Previdenciário e Perícia Judicial – Autor domanual de PERICIA JUDICIAL DO TRABALHO – Professor deformação de TST – Palestrista.