61
Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 1/61 AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 AUTOR: JONAS DE ALMEIDA FEDERIGHI JR PROFESSOR: JOÃO LUIZ MASCOLO

AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

  • Upload
    lamthuy

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 1/61

AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 AUTOR: JONAS DE ALMEIDA FEDERIGHI JR PROFESSOR: JOÃO LUIZ MASCOLO

Page 2: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 2/61

INTRODUÇÃO O maior desafio de elaborar um trabalho sobre um assunto tão vasto quanto Macroeconomia para um profissional que atua num setor específico como eu, o Mercado Imobiliário, foi tentar primeiro escolher um tema. Após a escolha do tema, pesquisando encontrei infinitas opiniões e artigos que corroboram com a tese que procurei traçar e que pretendia num primeiro momento provar ou ilustrar quantitativamente através de gráficos e curvas. Ocorre que no desenrolar da pesquisa encontrei tantas matérias que foram de encontro a minha hipótese que acabei ficando perdido e que diante de tão vasto material tive que parar e pensar numa maneira simples de transmitir o pensamento. Não tenho dúvida de que tenho a sorte de viver um momento talvez único e rico em exemplos sobre Ciclos de Expansão e Recessão e suas velocidades. Hoje, um ano após a queda do Lehman Brothers em Setembro de 2008, a economia mundial passou do inferno ao paraíso num espaço de 12 meses, variando conforme o país, de um cenário melhor de todos na China que cresce a aproximadamente 8% (trimestre a trimestre), o Brasil que divulgou ontem, dia 11/09/2009 (data sugestiva) um crescimento de 1,9% do PIB no trimestre e o outro expoente que é a Russia que encolheu 10%, a Itália e a Espanha (cerca de 1,0% negativos cada). Hoje, dia 12/09/2009, o Caderno de Economia do Estadão traz material vasto com opiniões convergentes de que a crise acabou. Opiniões radicais como as do competente economista da Quest, Luis Carlos Mendonça de Barros de que pra ele nem mesmo em recessão o Brasil entrou e a de outros economistas que já discutem a retomada em V, se ela será em W caso os países retirem seus pacotes de estímulo monetário sem um prévio e competente planejamento, recheiam o Caderno e talvez sejam um anexo excepcional pra marcar o momento histórico (econômico) em que vivemos. Uma das coisas que me chamou a atenção é a velocidade com que os conceitos discutidos em aula, são discutidos por colegas e por profissionais da área econômica e também de outras áreas e setores, via telefone, celular, internet, email e como essas discussões passam para um jornal como o Estadão, de circulação Nacional. Como exemplo cito uma conversa ontem com meu colega Hugo Masset, do UBS, diretor de investimento, a respeito de Probit, trabalho sobre ciclos (business cycles) da Merryl Linch, que o Professor João Moscolo apresentou na última aula e que num consenso entre todos (até do Professor), mostra que as previsões e o timing nem sempre são úteis para por exemplo o mercado acionário pois o timing anda totalmente descasado, ou seja, as expectativas tanto racionais quanto irracionais, não se conversam.

Page 3: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 3/61

Para ilustrar a disseminação de informações e a popularização do conhecimento, quando em pesquisa no Google você procura por “Business Cycles” encontra vasta literatura disponível e para surpresa, por exemplo, atualmente pode ler trechos dos livros com o assunto de desejo que já estão disponíveis no Google Books. Portanto, as fontes de dados para pesquisas atuais (acho que ninguém poderia imaginar esse tipo de disponibilidade a 2, 5 anos atrás) são espetaculares. É óbvio que isso gera uma velocidade muito maior do que no passado com que as informações circulam, criando e mudando expectativas de uma forma muito rápida. Aprendi a duras penas durante esses 12 meses (minha carteira de ações pode provar isso) o que é depressão e o que é recuperação, o que é olhar para os indicadores econômicos com lupa e o que no meu caso, antes de sofrer a perda de 60% na carteira de ações, era receber um monte de informações sobre indicadores e sua importância e achar que aquilo era grego e o que um aumento do desemprego teria a ver com o mercado acionário !!!! Importante ressaltar como evoluímos na perda, como aprendemos e como ficamos escaldados para enfrentar o que vem pela frente. Tenho um exemplo fantástico que foi o Fundo Galleas durante o período, fundo de investimento que prometia retornos exuberantes e que praticamente teve que ser fechado para saques no ápice da crise pois os investidores num ímpeto de desespero queria praticamente dar seus ativos a preço de banana. Sabiamente os responsáveis pelo fundo impediram que seus investidores dessem tiros no próprio pé. No mercado imobiliário, as ações chegaram a patamares ridículos, recuperando nos últimos 6 meses boa parte da perda, sendo que algumas empresas até já tem suas ações avaliadas pelo mercado a preços pré crise. Pois toda essa introdução apenas para dizer que gostaria de alguma maneira provar que os avanços tecnológicos, a disseminação veloz das informações, a capacidade de aprendizado, evoluiram de tal maneira que hoje via Internet eu posso ter acesso a informações on line do mercado mundial que na Depressão de 1929 não eram sequer imagináveis. De manhã cedo posso olhar pra Bolsas de Shanghai, Hong Kong e Tokyo e imaginar como será o desempenho do Dow Jones ou do Ibovespa, verificar os mercados Europeus, Paris, Madrid, Londres, e as tendências pra São Paulo. Muitos emails recebemos hoje vindos de analistas, Money Morning, Forbes, UBS, Credit Suisse, Stokc Advisors, várias recomendações e artigos dizendo por que o dólar tende a cair, os números na China, os movimentos estratégicos do Governo Chinês pra tentar tornar sua moeda o renmibi, uma moeda de troca internacional ou mesmo no futuro substituir o dólar americano. Na aula discutimos os problemas relativos ao déficit público dos países e no outro dia no Valor Econômico ou no Estadão, as informações estão lá disponíveis.

Page 4: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 4/61

O grande desafio é administrar a ansiedade e organizar as informações de maneira eficiente. Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes nos levam a achar tudo importante. Todos os sinais se tornam importantes mas é difícil enxergar o futuro, de uma maneira certeira, com 100% de certeza. Daí a necessidade filosófica de alertar que esse trabalho é apenas um feeling do que pode ser um sinal de tendência, muito difícil de provar, cheguei a imaginar montar um gráfico provando que os movimentos atuais estão muito mais violentos (tanto as quedas quanto as recuperações) mas acabei concluindo que levaria tempo demais e preferi colocar esse raciocínio em termos verbais, mais do que em números. Pra ilustrar acabei pegando emprestando vários artigos e trechos de artigos e de livros que acabei me deparando ao longo desse breve bimestre de Macroeconomia que despertou um interesse de aprendizado muito grande num engenheiro que nunca imaginou ser o assunto tão interessante e importante. Se tiver sido prolixo ou jogado muitos artigos e números de maneira desorganizada, desde já vai minhas sinceras desculpas. Jonas Federighi

Page 5: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 5/61

ESTUDO DO TEMPO DE DURAÇÃO DOS CICLOS EXPANSÃO / RECESSÃO HIPÓTESE : Os ciclos tendem a diminuir sua duração em função de (Tecnologia da Informação, Tecnologias, Conhecimento Geral da Economia e de seu funcionamento, expectativas racionais). Primeiramente ao iniciar o trabalho de Macroeconomia elaborei um brainstorming procurando escolher um dos temas de relevância atuais, (alguns temas sugeridos pelo Prof. Moscolo nas aulas) dentre os quais relacionei: a) Medidas Pós Crises 1907 / 1929 e suas conseqüências b) Conta Corrente (Déficits e Superávits) x Prosperidade econômica c) Diagrama de Meade Swan e Crises (Brasil, Argentina, México) d) Estudo dos ciclos (Expansão / Duração) e sua tendência, por hipótese, de redução dos prazos de ocorrência assim como aumento de sua freqüência em função de variáveis a serem estudadas (inovações, TI, evolução e disseminação do conhecimento da matéria Macroeconomia) Em função do período extremamente interessante em que vivemos, Setembro de 2009 pode ser considerado o aniversário daquela que foi considerada a mais grave crise financeira internacional desde a Grande Depressão de 1929. Aniversário da quebra do Banco Americano Lehman Brothers nos EUA, que irrompeu com uma desalavancagem nunca antes vista na história mundial e que em seu momento mais grave, levou vários analistas, dentre os quais talvez aquele que mais grave vislumbrou o momento Nouriel Roubini, a predizer o fim do sistema capitalista e a necessidade do controle do Estado sobre o Sistema Bancário Mundial. Como um ano depois, a economia já dá sinais de franca recuperação (com dados que serão ilustrados graficamente mais a frente além de vários artigos), estarei levantando a hipótese de que os ciclos econômicos tendem a ter sua duração reduzida e que no caso especifico do Brasil, trata-se de uma oportunidade única na história as conquistas que poderemos atingir com medidas de consenso. Políticas Macroeconômicas de expansão monetária, reduções de taxas de juros reais, controle de metas de inflação e outros Planos de cunho Keynesiano, apostando na importância das políticas de gastos governamentais versus aumento do Produto Interno dos países. Em primeiro lugar analisaremos o caso Brasileiro.

Page 6: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 6/61

Apoiarei muitos pontos desse trabalho nas pesquisas do CODACE sobre os ciclos no Brasil.

Page 7: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 7/61

Page 8: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 8/61

Page 9: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 9/61

Se observarmos as seqüências das recessões passadas, notaremos uma diminuição do período de cada uma delas, pós crise de 1989 que perdurou de pico a vale por 11 trimestres. Essa crise de 2008/2009 no Brasil provavelmente terá tido uma duração de 2 trimestres no máximo e devido à sua gravidade, esse pode ser considerado um período muito curto pra uma recuperação (talvez nunca antes visto) e de acordo com Luis Carlos Mendonça de Barros, nem mesmo uma recessão ele entende que enfrentamos !!

Page 10: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 10/61

Tendo a maior fase de expansão no Brasil durado 21 trimestres e a maior fase de recessão 11 trimestres, vamos buscar desempenhos de outras economias pra comparar os momentos que aqueles países viviam ou vivem e o momento Brasileiro, para extrapolar o que considero um cenário provável para o Brasil nos próximos anos. Primeiramente vamos analisar os indicadores de taxas de juros e inflação dos últimos anos e comparar com a evolução do PIB (com o objetivo de verificar se há uma correlação entre esses fatores)

0.0%

5.0%

10.0%

15.0%

20.0%

25.0%

30.0%

Nov-01

May-02

Nov-02

May-03

Nov-03

May-04

Nov-04

May-05

Nov-05

May-06

Nov-06

May-07

Nov-07

May-08

Nov-08

May-09

Swap 360 Juros reais Focus IPCA 12m

Note que há uma relação inversa entre a redução das taxas de juros nominais, reais, a inflação e o crescimento do PIB no período de 2002 a 2009. Evolução do PIB, BASE 100 EM 1996 (CODACE)

Para efeito apenas ilustrativo da importância do inicio do processo do controle de metas de inflação lançado pelo Governo em 1999, olharemos os números até essa data e os números econômicos pós 1999. Por estarmos falando de um período de 10 anos apenas de economia rodando baseada no Controle de Metas

Page 11: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 11/61

de Inflação, acredito que o momento econômico atual do Brasil não tem paralelo na história do país, ou seja, a oportunidade é excelente para o crescimento. Vejamos os números pré 1999. Evolução da Relação Capital / PIB (Y) – Trabalho Tito Nicias (2001)

Índice de Produtividade dos Fatores – Trabalho Tito Nicias (2001)

Evolução da Produtividade no Trabalho – Tito Nicias (2001)

Page 12: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 12/61

As relações foram prejudicadas no período pelas crises do período. (Encontrar os números atualizados até 2008 é o objetivo pra ilustrar a evolução dos últimos 10 anos)

Page 13: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 13/61

Produto Potencial Brasil e Hiato do Produto – Tito Nicias

Achar os números atualizados

Page 14: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 14/61

Page 15: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 15/61

Previsões de 3,5% a 4,5% do crescimento do PIB pra 2000-05 (checar os números reais)

Números pós 1999 (Controle de Metas da Inflação)

Page 16: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 16/61

Dados Recentes da Política Econômica Brasileira (2000 pra frente)

Page 17: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 17/61

Page 18: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 18/61

Comparativo Numérico Revista The Economist – Banco de Dados (Agosto/09) Brasil, Estados Unidos, China, União Européia e Grã Bretanha - Forecasts

Estimativas e Forecasts

Estados Unidos

Code Series name Unit 2008 2009 2010 2011 2012 2013

DGDP GDP (% real change pa) % 0.439 -2.4 1.8 1.3 1.9 2.3

GDPP Nominal GDP (US$ at PPP) bil USD 14,441.43 14,270.81 14,741.26 15,134.46 15,642.89 16,307.84

DCPI Consumer prices (% change pa; av) % 3.798 -0.8 0.9 1.3 1.6 1.9

LRAT Lending interest rate (%) % 5.088 3.2 3.3 4.4 6.2 7.7

RAT3 Money market interest rate (%) % 2.117 0.3 0.3 1.4 3.2 4.7

LCHD Labour costs per hour USD 25.52 26.22 26.85 27.47 28.08 28.86

POPN Population million 304.057 306.79 309.55 312.34 315.15 317.99

YPCP GDP per head ($ at PPP) USD 47,495.80 46,520.00 47,620.00 48,450.00 49,640.00 51,280.00

TFDS Total foreign debt service, paid bil USD n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

EXPS Total exports fob bil USD 1,287.44 1,023.84 1,106.95 1,168.89 1,291.36 1,414.78

IMPS Total imports cif bil USD 2,103.64 1,468.70 1,567.51 1,603.91 1,755.56 1,880.42

Great Britain

Code Series name Unit 2008 2009 2010 2011 2012 2013

DGDP GDP (% real change pa) % 0.742 -4.6 -0.5 0.9 1.3 1.7

GDPP Nominal GDP (US$ at PPP) bil USD 2,195.89 2,102.51 2,094.71 2,137.26 2,192.28 2,268.38

DCPI Consumer prices (% change pa; av) % 3.613 1.7 2.1 2.5 3.8 4

LRAT Lending interest rate (%) % 2 0.5 0.8 4 6 6

RAT3 Money market interest rate (%) % 5.512 1.3 1.4 3.7 6.4 6.8

LCHD Labour costs per hour USD 28.38 24.02 24.92 25.69 28.06 30.05

POPN Population million 61.41 61.86 62.31 62.76 63.21 63.65

YPCP GDP per head ($ at PPP) USD 35,760.00 33,990.00 33,620.00 34,050.00 34,680.00 35,640.00

TFDS Total foreign debt service, paid bil USD n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

EXPS Total exports fob bil USD 461.6132 337.448 376.972 404.124 462.895 508.285

IMPS Total imports cif bil USD 632.3536 462.71 507.786 525.532 592.955 657.051

União Européia

Code Series name Unit 2008 2009 2010 2011 2012 2013

DGDP GDP (% real change pa) % 0.6 -4.3 -0.3 0.9 1.3 1.7

GDPP Nominal GDP (US$ at PPP) bil USD 13,336.43 12,801.92 12,772.16 13,044.08 13,372.80 13,836.52

DCPI Consumer prices (% change pa; av) % 3.2 0.3 1 1.7 2.1 2.1

LRAT Lending interest rate (%) % n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

RAT3 Money market interest rate (%) % n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

LCHD Labour costs per hour USD 32.53 30 30.96 32.17 33.91 35.49

POPN Population million 391.875 393.186 394.476 395.629 396.779 397.844

YPCP GDP per head ($ at PPP) USD 34,030.00 32,560.00 32,380.00 32,970.00 33,700.00 34,780.00

TFDS Total foreign debt service, paid bil USD n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

EXPS Total exports fob bil USD 5,157.76 3,865.16 4,005.40 4,154.91 4,535.39 4,901.11

IMPS Total imports cif bil USD 5,295.90 3,987.05 4,177.47 4,312.82 4,725.18 5,135.57

Page 19: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 19/61

China

Code Series name Unit 2008 2009 2010 2011 2012 2013

DGDP GDP (% real change pa) % 9 8.1 8.5 8.2 8.7 8.8

GDPP Nominal GDP (US$ at PPP) bil USD 8,148.14 8,834.60 9,586.33 10,529.59 11,553.00 12,792.93

DCPI Consumer prices (% change pa; av) % 5.877 -0.8 1.6 2.7 3.1 4.1

LRAT Lending interest rate (%) % 5.31 5.6 6.6 7 7.1 7.4

RAT3 Money market interest rate (%) % 4.296 2.5 3.8 3.7 4 4

LCHD Labour costs per hour USD 2.22 2.47 2.79 3.16 3.59 4.17

POPN Population million 1,328.02 1,333.50 1,339.24 1,345.65 1,352.01 1,358.54

YPCP GDP per head ($ at PPP) USD 6,140.00 6,630.00 7,160.00 7,820.00 8,550.00 9,420.00

TFDS Total foreign debt service, paid bil USD 35.586 34.93 27.108 28.373 33.027 37.555

EXPS Total exports fob bil USD 1,428.53 1,150.44 1,182.81 1,305.69 1,460.33 1,631.99

IMPS Total imports cif bil USD 1,133.43 925.649 1,004.21 1,129.50 1,287.89 1,478.79

Brasil

Code Series name Unit 2008 2009 2010 2011 2012 2013

DGDP GDP (% real change pa) % 5.078 -1 2.7 4 4.2 4.1

GDPP Nominal GDP (US$ at PPP) bil USD 1,980.79 1,967.33 2,022.79 2,127.46 2,243.54 2,376.14

DCPI Consumer prices (% change pa; av) % 5.679 4.9 3.8 3.7 3.7 3.7

LRAT Lending interest rate (%) % 47.25 45 42 38 37 36

RAT3 Money market interest rate (%) % 12.355 10 9.6 11.3 11.3 11

LCHD Labour costs per hour USD 5.22 4.72 5.04 5.33 5.63 5.93

POPN Population million 191.87 194.37 196.83 199.25 201.63 203.95

YPCP GDP per head ($ at PPP) USD 10,320.00 10,120.00 10,280.00 10,680.00 11,130.00 11,650.00

TFDS Total foreign debt service, paid bil USD 48.972 42.791 40.616 43.443 47.326 48.39

EXPS Total exports fob bil USD 197.942 161.72 174.406 192.913 220.735 247.293

Total imports cif bil USD 173.1067 142.577 156.486 178.904 206.874 234.047

Page 20: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 20/61

Matérias Valor Economico – 3a feira, dia 08 de Setembro de 2009 sobre Retomadas mais rápidas do que o previsto

Crise: Demanda interna e planos de estímulo ajudam Sudeste Asiático

Tigres da Ásia se recuperam mais rápido que o previsto

Rodrigo Uchoa, de Cingapura e São Paulo 08/09/2009 Os países do Sudeste Asiático estão se recuperando dos efeitos da crise mundial mais rapidamente do que o esperado. Esse é um indício de que as medidas de estímulo e as contas em ordem serviram como um colchão para economias majoritariamente voltadas para as exportações - o que as fez particularmente vulneráveis ao aperto de crédito e à queda da demanda externa.

A Indonésia é a estrela. Deve crescer cerca de 3,5%, segundo previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI). Isso ocorre por causa do aumento dos gastos do governo, estabilidade política e, sobretudo, por causa de um mercado interno em desenvolvimento.

"A Indonésia vem se segurando melhor do que os outros países da região sobretudo porque a demanda doméstica vem sustentando o ritmo da economia. E isso deve melhorar à medida que a economia mundial vai melhorando", disse David Cohen, economista da Action Economics, em Cingapura.

Page 21: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 21/61

O consumo responde por 60% do PIB indonésio e mostra expansão por todo o ano. Nos três meses até junho, cresceu 4,8%, na comparação com o mesmo período de 2009. Os gastos públicos aumentaram 17% na mesma comparação.

A economia indonésia cresceu no segundo trimestre, 2,3% frente ao trimestre anterior. O crescimento anualizado foi de 4% nos três meses até junho, após 4,7% do primeiro trimestre. Mas mesmo Cingapura, que parecia ser o grande perdedor, vai se retrair bem menos do que o previsto, registrando em 2009 de - 4% a - 6%. A previsão inicial do governo cingapuriano chegava a catastróficos - 9%.

"Podemos ver claramente que o ritmo de contração desacelerou. E os últimos números mostram um aumento da demanda por produtos de Cingapura", disse Cohen.

O governo é mais cauteloso. O ministro da Indústria e Comércio de Cingapura, Lim Hng Kiang, disse na semana passada que o pior já passou, "mas é muito cedo para comemorar, pois Cingapura é um mercado muito aberto e dependente do comércio mundial. Assim como é dependente do desenrolar da situação econômica regional. O caminho para uma recuperação sustentável será desafiador".

O principal parceiro comercial de Cingapura, a Malásia, vem dando também sinais de melhora no quadro econômico. A economia malasiana registrou uma retração anualizada de 3,9% no segundo trimestre. Apesar do dado negativo, o resultado foi melhor do que o esperado por economistas, depois que o país teve uma contração de 6,2% nos primeiros três meses do ano. O governo anunciou que revisaria para melhor a previsão de retração de 5% no ano. "Parece que as coisas estão realmente ficando melhores", disse na semana passada o ministro da Indústria malasiano, Mustapa Mohamed.

Analistas de mercado estão mais otimistas. O Citigroup espera que a economia da Malásia encolha só 2,3% no ano, enquanto o HSBC vê "boa chance" de o país voltar a crescer ainda neste trimestre.

"Estamos na fase mais forte de recuperação e ainda esperamos ver mais efeitos dos estímulos fiscais e monetários na Malásia e no resto da Ásia", disse Robert Prior-Wandesforde, economista-chefe do HSBC em Cingapura. "Continuamos otimistas em relação à durabilidade da recuperação."

Os dois planos de incentivo da Malásia chegam a US$ 19 bilhões, o que ajudou setores da economia mais atingidos pela recessão mundial, como o da construção civil.

Já a Tailândia, outra das principais economias da região, saiu tecnicamente da crise: cresceu 2,3% no segundo trimestre, em comparação ao primeiro. Foi o primeiro crescimento trimestre sobre trimestre desde julho-setembro do ano passado, o que sinaliza uma melhora da situação geral do país.

Na taxa anualizada, houve queda do PIB de 4,9%. No primeiro semestre, a economia retrocedeu 6% em relação aos seis primeiros meses de 2008. O governo espera uma retração de 3% a 3,5% neste ano.

"Tecnicamente, a Tailândia saiu da recessão. Precisamos ver os resultados deste terceiro trimestre para confirmar uma recuperação sustentável", disse Nuchjarin Panarode, economista da Capital Nomura Securities em Bancoc.

Segundo Ampon Kittiampon, diretor da Agência Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, a recuperação da demanda externa ajudou as exportações tailandesas a aumentar em volume e valor em relação ao primeiro trimestre, num momento em que o consumo e gastos públicos crescem. Ampon espera que a recuperação se mantenha no terceiro trimestre e que já nos três últimos meses do ano seja registrada um crescimento anualizado.

Já Filipinas e Vietnã continuam em território positivo. A economia filipina registrou uma expansão anualizada de 1,5% no segundo trimestre. No mesmo período do ano passado, o crescimento havia sido de 4,2%. No semestre, o crescimento foi de 1%, contra 3,8% do primeiro semestre de 2008.

O governo filipino comemora. "Nossa economia deve continuar longe da recessão", disse na semana passada o secretário de Planejamento Econômico das Filipinas, Augusto Santos.

O crescimento foi puxado pelas exportações, que são chave para a economia do país. Embora elas tenham caído a uma taxa anualizada de 24,7% em junho, vêm crescendo de forma estável desde então, a taxas anualizadas até superiores a 10% ao mês. Manila mantém um plano de estímulo de US$ 6,75 bilhões voltado

Page 22: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 22/61

principalmente para obras de infraestrutura.

O governo parece que vem conseguindo manter um certo grau de otimismo entre os filipinos, o que ajudou a fazer o consumo crescer 2,2% no segundo trimestre.

No Vietnã, menor PIB entre as principais economias, o crescimento esperado pelo Banco Central para este ano é de 5%, acelerando para de 6% a 6,5% em 2010.

O governo vietnamita vem implementando uma estratégia agressiva de aumento do crédito. Isso vem dando apoio às exportações, que respondem por quase 70% do PIB do país.

"O cenário para o Sudeste Asiático parece positivo", comemora Cohen, da Action Economics.

Page 23: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 23/61

The Economist – Article about fast recover in Asia

Asia

An astonishing rebound Aug 13th 2009 From The Economist print edition

Asia’s emerging economies are leading the way out of recession; now they must make their recovery last

IT NEVER pays to underestimate the bounciness of Asia’s emerging economies. After the region’s financial crisis of 1997-98, and again after the dotcom bust in 2001, outsiders predicted a lengthy period on the floor—only for the tigers to spring back rapidly. Earlier this year it was argued that such export-dependent economies could not revive until customers in the rich world did. The West still looks weak, with many economies contracting in the second quarter, and even if America begins to grow in the second half of this year, consumer spending looks sickly. Yet Asian economies, increasingly decoupled from Western shopping habits, are growing fast.

The four emerging Asian economies which have reported GDP figures for the second quarter (China, Indonesia, South Korea and Singapore) grew by an average annualised rate of more than 10% (see article bellow). Even richer and more sluggish Japan, which cannot match that figure, seems to be recovering faster than its Western peers. But emerging Asia should grow by more than 5% this year—at a time when the old G7 could contract by 3.5%. Western politicians should brace themselves for more talk of economic power drifting inexorably to the East. How has Asia made such an astonishing rebound?

Out of smoke and mirrors, say some Western sceptics. They claim China’s bounceback is yet another fake. The country’s numbers are certainly dodgy: the components of GDP do not add up, and the data are always published suspiciously early. China’s economy probably slowed more sharply in late 2008 than the official numbers suggest. But other indicators, which are less likely to be massaged, confirm that China’s economy is roaring back.

Page 24: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 24/61

Industrial production rose 11% in the year to July; electricity output, which fell sharply last year, is growing again; and car sales are 70% higher than a year ago.

And surely the whole of Asia cannot be engaged in a statistical fraud. South Korea’s GDP grew by an annualised 10% in the second quarter. Taiwan’s probably increased by even more: its industrial output jumped by an astonishing annualised rate of 89%. India was hit less hard by the global recession than many of its neighbours because it exports less, but its industrial production has also perked up, rising by a seasonally adjusted rate of 14% in the second quarter. Output in most of the smaller Asian economies is still lower than a year ago, because they suffered steep downturns late last year. But at economic turning points, one should track quarterly changes.

Thrift in the boom, stimulus in the slump

Asia’s rebound has several causes. First, manufacturing accounts for a big part of several local economies, and industries such as cars and electronics are highly cyclical: output drops sharply in a downturn and then spurts in the upturn. Second, the region’s decline in exports in late 2008 was exacerbated by the freezing up of global trade finance, which is now flowing again. Third, and most important, domestic spending has bounced back because the fiscal stimulus in the region was bigger and worked faster than in the West. India aside, the Asians entered this downturn with far healthier government finances than rich countries, allowing them to spend more money. Low private-sector debt made households and firms more likely to spend government handouts; Asian banks were also in better shape than their Western counterparts and able to lend more. Asia’s prudence during the past decade did not allow it to escape the global recession, but it made the region’s fiscal and monetary weapons more effective.

Western populists will no doubt once again try to blame their own sluggish performance on “unfair” Asia. Ignore them. Emerging Asia’s average growth rate of almost 8% over the past two decades—three times the rate in the rich world—has brought huge benefits to the rest of the world. Its rebound now is all the more useful when growth in the West is likely to be slow. Asia cannot replace the American consumer: emerging Asia’s total consumption amounts to only two-fifths of America’s. But it is the growth in spending that really matters. In dollar terms, the increase in emerging Asia’s consumer-spending this year will more than offset the drop in spending in America and the euro area. This shift in spending from the West to the East will help rebalance the world economy.

Beijing, Bangkok and Bangalore: beware boastfulness

It is easy to boost an economy with lots of government spending. But Asian policymakers now face two difficult problems. Their immediate dilemma is how to sustain recovery without inflating credit and asset-price bubbles. Local equity and property markets are starting to froth. But policymakers’ reluctance to let their currencies rise faster against the dollar means that their monetary policy is, in effect, being set by America’s Federal Reserve, and is therefore too lax for these perkier economies. The longer-term challenge is that once the impact of governments’ fiscal stimulus fades, growth will slow unless economic reforms are put in place to bolster private spending—something Japan, alas, never did (see article).

Page 25: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 25/61

Part of the solution to both problems—preventing bubbles and strengthening domestic spending—is to allow exchange rates to rise. If Asian central banks stopped piling up reserves to hold down their currencies, this would help stem domestic liquidity. Stronger currencies would also shift growth from exports to domestic demand and increase households’ real spending power—and help ward off protectionists in the West.

Hubris is the big worry. With the gap in growth rates between emerging Asia and the developed world heading towards a record nine percentage points this year, Chinese leaders have taken to warning America about its lax monetary policy (while Washington has stopped lecturing China about the undervalued yuan). But it would be a big mistake if Asia’s recovery led its politicians to conclude that there was no need to change their exchange-rate policies or adopt structural reforms to boost consumption. The tigers’ faster-than-expected rebound from their 1997-98 financial crisis encouraged complacency and delayed necessary reforms, which left them more vulnerable to the global downturns in 2001 and now. Make sure this new rise is not followed by another fall.

Emerging Asian economies

On the rebound Aug 13th 2009 | HONG KONG From The Economist print edition

Asia’s emerging economies are recovering much more quickly than economies in other parts of the world. Can they keep it up?

Illustration by Bill Butcher

MORE green shoots have appeared in America in recent weeks, but they are nothing by comparison with the lush jungle sprouting in the East. Asia’s emerging economies probably grew at an average annualised rate of over 10% in the second quarter, while America’s GDP

Page 26: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 26/61

fell by 1%. In 2009 as a whole, recent forecasts suggest that emerging Asia could grow by at least 5%, while the G7 economies contract by 3.5%. The growth gap between the two has never been wider. How have these export-dependent economies managed to decouple from the developed world? And can their recovery last?

Average growth figures conceal big differences within Asia over the past year. China, India and Indonesia were among the few economies in the world that continued to expand throughout the global downturn (though China’s virtually stalled late last year). But the smaller, more open Asian economies were badly hit. Between September and March real GDP fell by an average annualised rate of 13% in Hong Kong, Malaysia, South Korea, Singapore, Taiwan and Thailand.

Yet the countries that have so far published second-quarter GDP figures show an impressive bounce. Comparing the second quarter with the first at an annualised rate, China’s GDP grew by 15%, South Korea’s by almost 10%, Singapore’s soared by 21% and Indonesia’s managed a respectable 5%. Other countries in the region are also likely to show a rebound. It is true that output in South Korea and Singapore was still lower than a year earlier, but quarterly changes are more useful for spotting turning points—and this is how growth rates are most commonly measured in America.

The revival in emerging Asia’s industrial production is even more impressive, jumping by an annualised rate of 36% in the second quarter. According to Barclays Capital, emerging Asia is the only region in the world where output has regained its level before the crisis (see chart 1). This is largely due to China, where industrial production rose by 11% in the 12 months to July, but all the Asian countries have seen a strong pick-up. In contrast, up to June, America’s production continued to fall.

The sharp “V” shape of this cycle, and the fact that GDP started the year well below the average level in 2008, means that growth rates for 2009 as a whole could give a misleading picture. Take Taiwan: JPMorgan predicts that its GDP in 2009 will be 3.8% lower than in 2008, implying another dismal year. But this forecast also implies that GDP will grow by a brisk 5.4% in the year to the fourth quarter. By this measure, Asia’s emerging economies are clearly leading the global recovery (see chart 2). Even if America’s economy grows during the second half of this year, it is still expected to end the year smaller than it was at the start.

Page 27: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 27/61

Asia’s bounce has taken many forecasters by surprise. In May, for example, the IMF predicted that Asia’s recovery was likely to be “tepid” because the developed economies—and hence demand for Asian exports—would remain weak. Forecasters always seem to underestimate the ability of the Asian tigers to rebound from recessions. During East Asia’s financial crisis in 1997-98, for example, countries across the region were forced to devalue as a result of large current-account deficits and speculative attacks on their currencies. This caused firms’ foreign-currency debts to swell in local terms, resulting in widespread bankruptcies and bank failures. In 1998 the real GDP of Thailand, Indonesia and South Korea fell by an average of 10%.

Many foreigners concluded that Asia’s economic success had been a complete sham, based on governments pouring cheap money into favoured firms. Over-borrowing and over-investment had artificially boosted growth, it was argued; doomsayers predicted a decade of lost growth. Instead, the tigers came roaring back. At the end of 1998 The Economist’s poll of forecasters predicted that South Korea would shrink again slightly in 1999. Its actual growth turned out to be a stunning 9.5%. It was true that Asia’s strong growth had concealed wasteful investment, inadequate bank regulation and corruption, but the key ingredients of growth—rapid productivity growth, relatively open markets and a high saving rate to finance investment—remained in place. That helps explain why the East Asian economies recovered more quickly than many expected.

A case of Asia vu

Likewise, when the global information technology bust dragged Asia into recession in 2001, forecasters turned out to be much too gloomy about Asia’s prospects. Once again, emerging Asia bounced back fairly briskly. Westerners have always been too quick to pronounce the death of the Asian economic miracle. This may be wishful thinking, but it also reflects some misunderstandings about the ingredients of Asia’s success. This year it was widely predicted that Asia’s economies would not recover until after America and Europe had revived. Yet Asia’s supposedly export-dependent economies have resumed growth before the rest of the world. How can that be?

Page 28: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 28/61

Sceptics argue that the pick-up simply reflects a temporary boost from rebuilding inventory, with no real increase in demand. Firms had cut production to below the level of sales in order to shed excess inventories, so now they need to reopen factories. This may be a factor in some countries, but in others firms are still running down their stocks.

In South Korea the decline in inventories accelerated in the second quarter, and the leanness of stocks bodes well for further gains in production over the rest of this year. Instead, the recovery has been led by investment and consumer spending. South Korea’s private consumption rose by an annualised 14% in the second quarter. In China fixed investment (on a GDP-consistent basis) is running more than 20% higher than a year ago, real consumer spending in urban areas is up by almost 11% and car sales have surged by 70%.

One reason why Asia’s emerging economies have been able to rebound well before those in the rich world is that their downturn was caused only partly by the slump in America. In 2008 domestic spending was squeezed by higher prices for oil and food (which account for a much higher share of household budgets than in other countries) and by tighter monetary policies, aimed at curbing inflation. China’s growth, for instance, began to slow well before global demand stumbled, as tight credit policies to prevent the economy overheating caused the property market and construction to collapse.

Across the region, aggressive fiscal and monetary stimulus has helped revive domestic demand. Asia has had the biggest fiscal stimulus of any region of the world. China’s package grabbed the headlines, but South Korea, Singapore, Malaysia, Taiwan and Thailand have all had a government boost this year of at least 4% of GDP. Most Asian countries, with the notable exception of India, entered this downturn with sounder budget finances than their Western counterparts, so they had more room to spend. Bank of America Merrill Lynch forecasts that the region’s public debt will rise to a modest 45% of GDP at the end of 2009, only half of the average in OECD countries.

Moreover, pump-priming has been more effective in Asia than in America or Europe, because Asian households are not burdened with huge debts, so tax cuts or cash handouts are more likely to be spent than saved. It is also easier in a poorer country to find worthwhile infrastructure projects—from railways to power grids—to spend money on.

In China the easing of credit has been even more important than its fiscal stimulus. Although lending slowed sharply in July, new lending by banks in the first seven months of this year was almost three times its level a year earlier. And across the whole of emerging Asia, cheaper money has been more potent in lifting spending than in the West. This is because, unlike in America and Europe, local financial systems are not crippled, so banks are able to lend more. And since Asian households and firms had not previously been on a borrowing binge (South Korea is an exception), they can afford to borrow more.

Growth rates will almost certainly moderate after the second quarter’s astonishing bounce. Even so, Mike Buchanan, an economist at Goldman Sachs, has raised his forecast for GDP growth in emerging Asia to 5.6% for 2009 as a whole and 8.6% in 2010. He expects China to grow by a breathtaking 9.4% this year and 11.9% next.

India’s GDP is forecast to grow by a more modest 5.8% in this fiscal year (ending March 2010). Exports accounted for only 15% of India’s GDP in 2008, compared with 33% in China, so India should have been much less affected by the global downturn. But because of

Page 29: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 29/61

its dire fiscal finances (a budget deficit of 10% of GDP last year), the government has had much less room to spur growth. The poor monsoon rains are also expected to reduce farm output this year. However, Mr Buchanan expects growth to increase to 7.8% next year.

Bubbling up

Even though these economies are only just starting to feel the upturn, policymakers now face a difficult problem: how to sustain a robust recovery without blowing up bubbles. There are growing concerns that a flood of liquidity is fuelling asset-price bubbles, which could destabilise economies when they burst. In China share prices have almost doubled since their trough last November, and most Asian countries have seen gains of around 50% or more since the start of the year (see chart 3). After falling last year, house prices are now rising rapidly in Hong Kong, Shanghai, Seoul and elsewhere. Home sales have surged by 70% in value in China over the past year. According to one estimate, one-fifth of all new lending this year in China has gone into the stockmarket or property.

Asset prices could rise much further. Despite the recent gains, average house prices in most countries are barely higher than a year ago. And although shares are starting to look pricey, China’s stockmarket is still 47% below its 2007 peak. But the lesson from America in recent years is surely that it is better to prevent bubbles forming. Asia’s monetary conditions are too loose now that economies are reviving; central banks need to raise interest rates. But with rates close to zero in the rich world, and likely to stay there for a while, this would lure in foreign capital, adding to domestic liquidity. Capital is already rushing in, attracted by the region’s growth, which is faster than the rest of the world’s.

The basic problem is that although the Asian economies have decoupled from America, their monetary policies have not. In a world of mobile capital, an economy cannot both manage its exchange rate and control domestic liquidity. By trying to hold their currencies down against the dollar Asian economies are, in effect, being forced to shadow the Fed’s monetary policy even though their economies are much stronger. Foreign-exchange intervention to hold down their currencies causes domestic liquidity to swell. Consumer-price inflation is not an imminent threat, because prices are falling in most Asian countries. Chinese consumer prices fell by 1.8% in the year to July. But asset prices look dangerously frothy.

Page 30: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 30/61

The obvious solution is to let exchange rates rise, but with exports still well below last year’s level, governments are reluctant to set their currencies free.

Making it stick

Several central banks in the region, including the People’s Bank of China, the Bank of Korea and the Hong Kong Monetary Authority, have given warnings about the risk of asset bubbles. But there is unlikely to be any significant policy tightening before next year, because boosting growth remains governments’ main priority. Indeed, the wealth effects of higher asset prices will help lift spending. Ample liquidity is therefore likely to continue to stoke asset prices. Andy Rothman, an economist at CLSA, a brokerage, predicts the “biggest round of asset-price inflation China has experienced since the command economy was dismantled”.

Its credit boom is clearly unsustainable, but China is unlikely to hit the monetary brakes until inflation turns positive and its year-on-year GDP growth tops 10%. Instead, policymakers will try to contain the bubble by tightening lending standards. For example, China’s banking regulator has warned banks to stick to rules on mortgages for second homes, which require a down-payment of at least 40% of a property’s value. It has also ordered banks to ensure that lending goes into the real economy, not shares.

Fiscal stimulus and the wealth effect of rising asset prices can provide only a temporary prop to domestic spending. Nor can Asia rely on a strong rebound in exports to America, where spending is likely to remain sluggish over the next few years as households are forced to save more in order to repay debt. In the longer term, Asia’s growth needs to come more from domestic demand rather than exports.

However, the standard policy prescribed by Westerners—Asian households must save less and spend more—is too simplistic. In China private consumption is indeed unhealthily low, at only 35% of GDP. But the average for the rest of Asia, at 58% of GDP, is not much lower than the OECD average of 61%. South Korean households, which have reduced their saving rate from 23% of disposable income in 1998 to only 3% last year, can hardly be accused of being overly thrifty.

In Indonesia, Malaysia, the Philippines, Taiwan and Thailand it is instead investment that looks too low. Investment as a percentage of GDP is little higher than in many rich economies, even though investment opportunities in a developing country should be far greater. For example, Malaysia’s investment has fallen from 43% of GDP in 1997 to only 19% last year, less than in the euro area or Japan and well below China’s 44%. Weaker investment is one reason why the trend growth-rates of some Asian economies have slowed over the past decade.

The appropriate measures needed to strengthen domestic demand therefore differ across the region. Although China’s goal should be to consume more, some of the other Asian economies need to invest more. That will require an improved regulatory environment, a crackdown on corruption, better infrastructure and—not least—greater political stability.

Even in countries like China, where low consumption is the main culprit, the necessary reforms are more complicated than the standard Western advice that the government needs to spend more on health care and welfare support to encourage households to save less.

Page 31: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 31/61

Companies, not households, have accounted for the bulk of the rise in saving across Asia over the past decade. Households’ spending has fallen as a share of GDP, not because they are saving a lot more, but because their share of national income has shrunk as that of corporate profits has grown.

To lift private consumption, governments therefore need to increase households’ share of national income by encouraging more labour-intensive services, rather than favouring capital-intensive manufacturing industries with subsidies and undervalued exchange rates. Recent estimates suggest that Asian currencies are among the most undervalued in the world. Stronger exchange rates would help shift growth away from exports and boost households’ real spending power.

Mind the gap

The gap between growth rates in emerging Asia and the G7 is forecast to rise to a record nine percentage points this year (see chart 4). But what of the future? Pessimists argue that Asia’s growth over the coming years will be much slower than before the global crisis because its main engine of growth, exporting to America, has broken down and it will take years to find a replacement. But this may overstate the importance of America to the Asian tigers. Between 2001 and 2006 (when America’s trade deficit peaked), the increase in emerging Asia’s trade surplus with America accounted for only 6% of the region’s GDP growth. If those exports cannot be replaced by domestic demand, growth will be slower, but not massively so.

Besides, long-term growth depends on supply factors, not just demand. A country’s long-term “potential” or “trend” rate of growth—the speed limit at which GDP can expand without igniting inflation—is determined by growth in its labour supply and productivity. The global financial crisis should not noticeably reduce productivity growth in emerging Asia. Indeed, recent increases in infrastructure spending across the region could boost productivity by reducing transport costs, especially in places such as inland China.

In America and many other rich countries, by contrast, potential growth rates are likely to fall over the next decade as soaring government debt and hence higher taxes blunt incentives to work and invest, the lingering credit crunch dampens investment, and increased

Page 32: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 32/61

government regulation deters innovation. All this could reduce productivity growth at a time when labour forces in these countries will be growing more slowly or even shrinking.

The tigers are unlikely to return to their breakneck growth rate, which averaged 9% during the three years to 2007. But this exceeded their safe speed-limit. Emerging Asia as a whole might enjoy annual growth of 7-8% over the next five years, at least three times the rate in the rich world. The sharp downturn in Asia late last year painfully proved that the region was not immune to America’s downfall. But the speed and strength of its rebound, if sustained, show that it is not chained to Uncle Sam either. If anything, the crisis has reinforced the shift of economic power from the West to the East.

China to Sell 6 Billion Yuan of Bonds in Hong Kong (Update3) – Bloomberg

By Bob Chen

Sept. 8 (Bloomberg) -- China’s Ministry of Finance said it plans to offer 6 billion yuan ($879 million) of government bonds in Hong Kong for the first time to elevate the “international status” of its currency.

The sale on Sept. 28 to individuals and institutions will encourage acceptance of the yuan for global trade and promote growth of Hong Kong’s fixed-income market, according to a statement from the ministry. China started a trial in July allowing companies in the city and on the mainland accept yuan for payment of goods.

“The move will help expand yuan investment channels outside China and promote cross-border yuan settlement,” said Shi Lei, a Beijing-based analyst at Bank of China Ltd., the nation’s third-largest bank. “It’s an important step in the long-term mission of making the yuan fully convertible.”

China is promoting greater use of the yuan overseas after Premier Wen Jiabao expressed concern in March that the U.S. dollar will weaken, eroding the value of its $2.1 trillion in foreign-exchange reserves. Brazil, Russia and India have also said the world is too reliant on the greenback.

Yuan Appreciation

The yuan is little changed this year against the dollar after rising 21 percent since a fixed rate was scrapped in July 2005 through to Dec. 31, 2008 as China seeks to support exporters. Yuan forwards rose for a sixth day, the longest winning streak in four months. Twelve-month contracts, based on the value of the currency in a year, climbed 0.3 percent to 6.7485 per dollar as of 1:26 p.m. in Shanghai, the highest level since July 28.

The city’s residents have been seeking ways to profit from a stronger Chinese currency. Hong Kong’s yuan deposits increased by 932 million yuan to 54.4 billion yuan in June, official figures show.

Bank of China Ltd., Export-Import Bank of China, Bank of Communications Ltd. and China Construction Bank Corp. are also among Chinese banks that have sold yuan debt in the city.

Page 33: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 33/61

HSBC Holdings Plc and Bank of East Asia Ltd. sold 6 billion yuan of bonds in Hong Kong this year. HSBC Bank (China) Co., the mainland unit of HSBC, said yesterday it received orders for 4.4 times the amount of debt it planned to sell, allowing it to raise 2 billion yuan. The two-year notes pay an annual interest rate of 2.6 percent compared with 0.8 percent on a one-year deposit in Hong Kong.

Yuan Bond Market

The sale will help “improve the international status of the yuan, promote development of the yuan bond market in Hong Kong, and help provide a pricing benchmark for mainland institutions’ bond sales in Hong Kong,” according to the statement from the Ministry of Finance, which didn’t give the maturities of the securities.

The central bank on July 2 allowed companies in Shanghai and four cities in the southern Guangdong province to settle trade in yuan with businesses in Hong Kong, Macau and the 10- countries of the Association of Southeast Asia Nations. China should expand channels for firms to invest yuan in order for the trial to succeed, Zhang Xiaoming, general manager at the international banking department of Bank of Communications Co., said on July 22 in Shanghai.

“This shows the government is trying to enrich yuan investment products in Hong Kong to facilitate the pilot cross- border settlement program,” said E Yongjian, an analyst at Bank of Communications, the nation’s fifth-largest lender. “It’s obvious the government’s final goal is making the yuan an international currency.”

Government Support

China may sell up to 100 billion yuan of government bonds in Hong Kong over several stages, the city’s English language Standard newspaper reported today before the official announcement was made, citing people it didn’t identify.

Hong Kong is seeking to become an offshore center for the yuan after China’s government in April gave Shanghai until 2020 to become a global financial hub. The issuance announced today is “a new milestone” for developing yuan business in the city, Hong Kong’s government said.

“Six billion yuan is a small amount on the mainland market, but it shows the central government’s support for Hong Kong as an international financial center,” said Zhao Qingming, an analyst at China Construction Bank Corp. in Beijing. “It expands the channels of yuan usage in Hong Kong by offering high-yield, low-risk investment products.”

--Judy Chen, Belinda Cao. Editor: Sandy Hendry, Simon Harvey

To contact the reporter on this story: Bob Chen in Hong Kong at [email protected]

Page 34: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 34/61

sexta-feira, 11 de setembro de 2009, 16:06 | Online

Brasil tem uma das maiores recuperações pós-recessão; veja dados

Segundo agência Moody's e OCDE, país apresentou um dos maiores crescimentos do trimestre.

Da BBC Brasil em Brasília - O crescimento da economia brasileira, de 1,9% no 2º trimestre, representa um dos melhores resultado entre os países que estavam em recessão, segundo dados da agência de classificação de risco Moody's e da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A maior recuperação do trimestre foi registrada pela Turquia (+ 2,7%), onde a economia encolheu durante quatro trimestres consecutivos. No Brasil, no entanto, foram dois. Entre os países desenvolvidos, o que mais cresceu no 2º trimestre, em comparação ao 1º trimestre do ano, foi o Japão, com alta de 0,9%. O país vinha apresentando um PIB (Produto Interno Bruto) negativo desde o 2º trimestre de 2008, antes mesmo do agravamento da crise, em setembro do ano passado. "O Brasil não apenas ficou pouco tempo em recessão, como também apresentou um dos maiores crescimentos no trimestre", diz Alfredo Coutinho, diretor para América Latina da Moody's. Enquanto no Brasil o crescimento foi puxado pelo consumo interno, no caso japonês o resultado foi impulsionado pela demanda externa, principalmente da China, e por maiores gastos do governo. Europa Alemanha e França também já tiraram o pé da recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de queda no PIB. As duas economias cresceram 0,3% cada. Apesar do crescimento desses dois países, a União Europeia como um todo ainda se encontra em recessão. A economia do bloco encolheu 0,2% no 2º trimestre. Uma das razões está no consumo das famílias. Com o aprofundamento da crise, os europeus deixaram de comprar. Investimentos e exportações também continuam negativos. A Grã-Bretanha, um dos países mais afetados pela crise financeira internacional, registrou uma queda de 0,7% do PIB no 2º trimestre. Américas, Índia e China Pelo levantamento da Moody's, o Brasil é o primeiro país da América Latina a sair de uma recessão neste ano. Chile e México, dois dos principais países da região, ainda estão com dados negativos. O PIB chileno caiu 0,5% no 2º trimestre, enquanto o México registrou resultado ainda pior: queda de 1,1%. Os Estados Unidos, foco da crise atual, continuam em recessão. A economia americana vem encolhendo desde o 3º trimestre do ano passado. No 2º trimestre deste ano, o PIB dos Estados Unidos caiu 0,3% em comparação aos primeiros três meses de 2009. Enquanto isso, China e Índia seguem em crescimento. O ritmo da expansão diminuiu, mas os dois países estão entre os poucos do mundo que não entraram em recessão. No 2º trimestre deste ano, a economia chinesa cresceu 7,9% em comparação ao 2º trimestre de 2008, enquanto a Índia cresceu 6,1%. Segundo Alfredo Coutinho, no entanto, os dados desses dois países, assim como os da Rússia, não consideram a sazonalidade e, portanto, não são comparáveis com a maioria dos países. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Page 35: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 35/61

Matérias do Estado de São Paulo sobre retomada em V do Brasil

Sábado, 12 de Setembro de 2009 | Versão Impressa

''Houve, e ainda há, muito exagero com essa crise'' – Claudio Haddad

Para economista, PIB do 2.º trimestre mostra que o Brasil já está preparado para começar a reduzir os

estímulos à atividade

Leandro Modé

Presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper, antigo Ibmec-São Paulo) e ex-diretor do Banco Central (BC), o economista Claudio Haddad avalia que a crise se mostrou menos violenta do que "as pessoas achavam que ia ser". "Sinceramente, acho que houve - e continua a haver - bastante exagero com essa crise", diz. O crescimento do PIB ficou dentro das suas expectativas? Ficou. Já havia sinais claros de que o País estava saindo da recessão. Se seria 1,7% ou 1,9%, faz pouca diferença. Os efeitos da crise ficaram para trás. Por que essa reação rápida, levando em conta a queda de 3,4% no quarto trimestre do ano passado? Aquela queda foi bastante concentrada em três áreas: exportação, indústria e investimentos. E isso porque a economia vinha crescendo bastante. O resto da economia - consumo das famílias e serviços, principalmente - foi relativamente pouco afetado. Sinceramente, acho que houve - e continua a haver - bastante exagero com essa crise. Não só no Brasil, mas no mundo como um todo, as quedas de PIB previstas para este ano e a recuperação já projetada para o ano que vem, quando olhadas em perspectiva, do ponto de vista da história econômica, não serão nem de longe parecidas com o que as pessoas achavam que ia ser. A crise foi superestimada? Não que não tenha sido grave, especialmente na parte financeira. Depois da quebra do Lehman Brothers, de fato, o sistema financeiro mundial passou por momentos bastante difíceis. Mas, com isso controlado, vemos agora ações de bancos subirem, as instituições voltaram a emprestar, empresas estão comprando empresas, os lucros estão indo bem. O desemprego ainda está relativamente alto e obviamente a economia não voltará tão cedo ao ritmo em que estava até a crise começar. Mas, de qualquer maneira, o panorama é bem menos grave do que parecia. As políticas anticíclicas ajudaram a evitar uma queda maior do PIB? As medidas ajudaram um pouco, sem dúvida. Mas já é hora de muitas serem revertidas. Em primeiro lugar, porque o déficit público começa a preocupar. Em segundo, porque uma coisa são medidas emergenciais. Outra é mantê-las por períodos longos, pois isso cria distorções na economia. Qual o risco de tirá-las? Se tirarem abruptamente tudo, sim, há esse risco. Mas isso não significa que não se deva tirar nada. No caso do Brasil, já está na hora de tirar os incentivos para automóveis e assim por diante. Já estamos voltando ao normal. Pode-se fazer isso de forma escalonada. O que não se deve é, cada vez que vai voltar ao normal, prorrogar. O problema é que sempre há lobbies, que vão buscar as melhores explicações do mundo para justificar a manutenção.

Page 36: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 36/61

Quando o investimento será retomado no País? Com o tempo. É preciso desovar ainda a capacidade ociosa existente. Quando chegar perto da capacidade, o investimento volta. Muitas vezes, a pior coisa não é a crise, mas as medidas para combatê-la. O ciclo é normal. Estávamos bem, o investimento estava crescendo muito. Veio a crise e o investimento caiu. Tudo bem. A economia está retomando e o investimento retornará automaticamente. O que esse PIB significa em termos de perspectiva para os juros? No ano passado, com o PIB crescendo a mais de 6%, em termos anualizados, precisávamos de uma taxa de juros real (descontada a inflação) de 8% para equilibrar a economia. Não estou dizendo que, com o crescimento anualizado atual, na faixa de 8%, precisaríamos do mesmo juro. Por ora, há capacidade ociosa. Mas, à medida que a capacidade for eliminada, a questão é saber se poderemos manter as taxas reais como estão. Provavelmente não. Provavelmente terão de subir. Talvez não para 8%, mas algo terá de subir.

Comentário sobre o artigo – As evidências de que a recessão caminha pro seu fim são ressaltadas nessa entrevista do Prof. Claudio Haddad.

Sábado, 12 de Setembro de 2009 | Versão Impressa

Ritmo de expansão do Brasil é maior que o dos ricos

Desempenho do segundo trimestre fica bem abaixo, porém, de países emergentes como

China e Índia

Jamil Chade

O Brasil apresenta uma taxa de recuperação econômica superior à dos países ricos. Mas vários países emergentes, principalmente da Ásia, têm mostrado crescimento superior ao brasileiro. Para praticamente todos, os sinais do segundo trimestre são de que a pior fase da crise ficou para trás. Na maioria das economias industrializadas, a recuperação ainda é tímida. Para analistas e até para o governo dos países ricos, a recuperação será lenta, mesmo diante dos pacotes de estímulo fiscal, que atingem US$ 2 trilhões. A questão que se discute é o que ocorrerá com essas economias quando as "muletas" forem retiradas do paciente. "Hoje, a economia mundial é um paciente que sabe que anda com muletas sólidas, que são os pacotes de ajuda dos governos. O que ninguém sabe é o que ocorrerá quando essas muletas forem retiradas", disse ao Estado o presidente do Banco de la Nación (banco central) Argentina, Martin Redrado. Isso porque, de fato, o crescimento dos países ricos tem sido mínimo. Enquanto o Brasil cresceu 1,9% no segundo trimestre, a Europa teve queda de 0,1%. Ontem, o Japão também anunciou que saiu da recessão, com expansão de 0,6% ante o primeiro trimestre e de 2,3% em ritmo anual. Exportações e consumo doméstico garantiram a retomada. Nos Estados Unidos, a economia encolheu 1% no segundo trimestre. Outro país do G-8, o Canadá, registrou ainda queda de 3,4% no segundo trimestre, em comparação com o mesmo período de 2008. Em junho, porém, os dados mostraram expansão de 0,1%. Mesmo assim, o resultado foi comemorado como o primeiro crescimento em 11 meses, depois de mais de US$ 60 bilhões em incentivos públicos. No primeiro trimestre, a queda havia sido de 6,1%, a maior desde os anos 60. Do lado europeu, os dados também apontam que a tempestade já passou. As 16 economias da zona do euro

Page 37: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 37/61

encolheram 0,1% no segundo trimestre, quinto período de queda. O resultado foi melhor que o tombo de 2,5% no primeiro trimestre. Em relação ao segundo trimestre de 2008, a queda é ainda profunda, de 4,7%. A Alemanha foi uma das responsáveis pela melhora nos índices europeus. Graças aos gastos públicos e incentivos aos consumidores de 85 bilhões, o país deixou para trás sua pior recessão desde a 2ª Guerra Mundial e cresceu 0,3%. A França cresceu 0,3% no segundo trimestre, depois da contração de 1,3% no primeiro. Os suecos também já saíram da recessão, com crescimento de 0,2% no segundo trimestre. Em comparação com o ano anterior, a queda é de 6%. República Checa, Grécia e Portugal também deixaram a recessão, embora com taxas baixas. O Reino Unido ainda apresentou entre abril e junho uma queda de 0,8%. Mas as indicações são de que a recessão terminará no atual trimestre. Quem ainda decepciona é a Itália. Ontem, Roma anunciou que sua economia continua em queda, com a redução de exportações e investimentos ainda mais profunda que os pacotes do governo. Em comparação com 2008, a contração italiana já é de 6%. No primeiro trimestre, a queda foi de 2,7%. A mesma situação de crise prolongada vive a Espanha, que, no trimestre, ainda teve contração de 1%, com indicações de que sairá da crise só depois do restante da Europa. EMERGENTES Os países emergentes têm apresentado dados mais positivos, exceto os que dependem do mercado americano. No México, a economia encolheu 1,1% no segundo trimestre. Em taxa anualizada, o tombo é de 10,3%. O índice é praticamente o mesmo do primeiro trimestre, de queda de 10,6%. No grupo dos Brics, China e Índia continuam em expansão - nem chegaram a entrar em recessão. A Rússia é o único membro do grupo em situação pior que a do Brasil. Seu Produto Interno Bruto (PIB) recuou 10,9% no segundo trimestre, ante o mesmo período do ano passado.

Sábado, 12 de Setembro de 2009 | Versão Impressa

''Na minha opinião, o Brasil nem entrou em recessão''

Ex-ministro está muito otimista, mas se preocupa com impulso dado pela queda da importação, que não vai

se sustentar

Fernando Dantas

Para o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, sócio da Quest Investimentos e ex-ministro das Comunicações, "o Brasil nem entrou em recessão". Otimista com o resultado do PIB no segundo trimestre, ele faz uma única ressalva: o resultado foi fortemente impulsionado pelo setor externo, com contribuição significativa da queda das importações (o que aumenta o espaço para a produção nacional). Ele acha que esse fator vai se enfraquecer daqui para a frente, com a recuperação das importações. O que o sr. acho do resultado do PIB do segundo trimestre? É um PIB esquisito. A parte boa é que o consumo das famílias surpreendeu para melhor. E o lado que não é tão bom é que a queda das importações, muito maior do que das exportações, acabou fazendo com que o setor externo adicionasse, segundo as minhas contas, 1,3 ponto porcentual do crescimento de 1,9% (no trimestre, comparado com igual período de 2008). O restante 0,6 ponto porcentual foi a contribuição do consumo das famílias. Qual o problema disso? Essa queda das importações, na dimensão que ocorreu, não vai se manter. Com o consumo das famílias

Page 38: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 38/61

crescendo mais de 2%, as importações vão começa a subir de novo. O nível de consumo agora está sendo sustentado muito mais com a produção interna do que com as importações, mas, se elas voltam a subir, isso come um pouco da produção doméstica. Isso é que faz com que alguns economistas, inclusive aqui da Quest, achem que o crescimento no terceiro trimestre pode ser até um pouco menor do que o do segundo. O sr. se preocupa com o fraco nível dos investimentos? É o último que vai se recuperar. A boa notícia é que, pelos cálculos da Marina Santos, economista da Quest que acompanha a questão, a capacidade ociosa vai se reduzir antes do que a gente pensava. É preciso que isso aconteça para que se tenha investimento. Agora achamos que, talvez entre o primeiro e o segundo trimestre de 2010, a capacidade de produção da economia já tenha sido ocupada, o que é condição necessária para voltar o investimento. No atual trimestre, não volta? Acho difícil ainda, porque está todo mundo ainda com fábrica ociosa. Não há dificuldade de entender o que está acontecendo com o investimento - a razão é que se gerou uma capacidade ociosa na economia, e a boa notícia é que vai se fechar mais cedo do que o esperado. Aí o investimento vem. O Brasil saiu da recessão? Acho que o Brasil nem entrou na recessão. OK, tecnicamente, saímos, mas, para mim, recessão é um negócio mais longo. O que tivemos foi uma queda no vazio, por causa da crise, mas já voltamos, Tem aquela discussão de mesa de bar de economista, que leva a noite toda, se recessão é ou não dois trimestres de queda, o que é recessão. Em economia, essa caracterização muito linear das coisas não existe. Temos de olhar o que está acontecendo. Se você olhar salário, o crédito - em que a ação dos bancos públicos foi muito importante, compensando o vazio dos privados -, nota-se que houve mecanismos de autocorreção que funcionaram mesmo. Tanto que a massa salarial continua crescendo. Nunca vi recessão em que a massa salarial continua crescendo. E daqui para a frente? Vamos retomando, progressivamente, o PIB do ano deve ser ligeiramente positivo, e acho que crescemos 5% no ano que vem. Estou muito otimista com o Brasil. Muito.

____________ Na minha opinião a recuperação brasileira está totalmente calcada no nosso mais novo maior parceiro comercial, a China que está impulsionando nosso mercado de commodities conforme relata abaixo, parte do relatório Brasil – China, da Ativa Investimentos.

Page 39: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 39/61

Nessa análise o Petróleo e o Minério de Ferro são fundamentais, vejamos o Petróleo.

Page 40: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 40/61

Page 41: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 41/61

Note a formação do V também na recuperação do preço do Petróleo (ainda não perfeitamente visível nesse gráfico, mas visível no Grafico de um ano abaixo) Crude Oil (petroleum), Price index Monthly Price

Page 42: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 42/61

Gráfico de 10 anos do preço do Oil Crude (V bem visível)

A demanda por aço do mercado Chinês é outro impulsionador de nossa economia.

Page 43: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 43/61

Comparativo Gastos Consumidor Brasil x China – Ativa Set 2009

Page 44: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 44/61

Dados economia China

Page 45: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 45/61

Page 46: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 46/61

Page 47: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 47/61

Essa matéria do Estadão “Como os economistas puderam errar tanto” é espetacular no sentido de mostrar o cabo de guerra entre o pensamento Keynesiano e os Monetaristas Friedman, como as diferenças de opiniões entre os economistas puderam ser tão extremadas que corroboraram com a maior crise desde a Grande Depressão de 1929. Fica a impressão de que Técnico de Futebol e economista, qualquer um pode ser, todos tendem a ter os seus “palpites”, mas alguém tem que tomar as decisões estratégicas e isso foi feito dessa vez. Em 1929, não existiam tantas ferramentas e conhecimento e hoje está provado que o remédio Keynesiano se mostrou eficaz com as medidas e pacotes de estímulo. O pacote de estímulo Chinês, juntamente com o Americano, foram na minha opinião, responsáveis por boa parte da recuperação mundial. No caso da

Page 48: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 48/61

Alemanha, a posição conservadora foi arriscada mas se provou correta, uma vez que hoje está sendo consenso que a crise foi menos grave do que se imaginava. Em seguida vou extrair alguns gráficos que mostram a recuperação em V (até essa data !) Gráfico do Ibovespa até 12/09/2009

Page 49: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 49/61

Gráfico em forma de V da empresa Brasil Brokers (80% da minha carteira !), mercado imobiliário Brasileiro – Maior empresa de vendas de imóveis do Brasil Note a formação do V

Page 50: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 50/61

Formação do V na Commodity Índex – Bloomberg (online)

Bank of America – V Chart 1Year

Page 51: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 51/61

Recuperação em V do PIB da China – Ativa

Conclusão : O feeling está mostrando uma recuperação em V e um sentimento de alívio. Muito perigoso é o momento, pois os Governos terão de estabelecer uma estratégia de saída suave dos planos de estímulo, o que pode gerar uma transformação da retomada em V para um W. Os Governos dos EUA e da China que na minha percepção são as economias que nos ajudarão a crescer de maneira sustentada, nossos principais clientes estão em momentos distintos. A China já formou a perna ascendente do V. Os EUA, conforme gráficos do FRED abaixo, ainda esta com a perna descendente, mostrando sinais de recuperação nos artigos que ainda não aparecem muito definidos nos gráficos. De qualquer maneira como um otimista, imagino uma linha ascendente como no livro do Blanchard e no Gráfico do FRED do crescimento do PIB acumulado abaixo, para o longo prazo . Agora se levarmos em conta o crescimento trimestral estamos ao menos nos EUA, na perna descendente do V, que também demonstra características semelhantes com os movimentos das recessões anteriores desde 1929, ou seja, quedas acentuadas do crescimento seguidas por crescimentos fortes em breves períodos de tempo. Assim parece se comportar a economia Americana.

Page 52: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 52/61

Page 53: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 53/61

Net Savings do Governo Americano - Preocupante

Agora se olharmos com cuidado as Economias do Governo dos EUA, notaremos os gastos num nível jamais visto, o que nos deixa preocupados, pois os EUA sempre foram o motor da economia mundial. Por essa razão devemos começar a olhar com mais seriedade para a China e para o fato de que os países já olha com desconfiança a moeda americana como reserva de valor, uma vez que o dólar deverá se desvalorizar a médio e longo prazos pra fazer frente aos gastos e compromissos assumidos com os planos de estimulo. Veremos muito dessa história nos próximos meses.

Page 54: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 54/61

Taxa de Cambio Brasil x EUA – Tendência de queda do dólar ? Qual será o cambio correto ? Taxa real de cambio calculada em aula = R$ 2,30 x US$ 1,00.

Inicio da Queda de Pedidos de Desemprego nos EUA – Note o inicio da queda, um ponto favorável que demonstra o inicio da recuperação

Page 55: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 55/61

Taxa de cambio China / US – Note uma tendência de desvalorização do dólar em relação ao Yuan – que faz sentido uma vez que a China é detentora de uma quantidade enorme de reserva em títulos do tesouro americano –

É incrível imaginar que as Fed Funds Rate estão em 0,25%, uma taxa tão baixa somente vista nos idos de 1950. Desse ponto somente pra cima pode ir.

Page 56: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 56/61

Ilustrando os gigantescos estímulos monetários, note o incremento da Base Monetária que praticamente dobrou de US$ 1 Tri para o nível de US$ 2 Tri

A taxa de cambio US$ / Euro mostra uma tendência também de equilíbrio ao longo do tempo em função da Europa passar pelo momento atual em condições semelhantes aos EUA.

Page 57: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 57/61

Um pouco de história – Crise de 1929 e retomada Taxa de Desemprego Durante Crise de 1929

Historical GDP Per capita data on 1929 recuperation period

Page 58: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 58/61

Recovery and the ,ew Deal – 1929 Crises (extraido do artigo de Randall Parker para ilustrar a importância de Keynes sobre a recuperação de 1929)

March 1933 was the rock bottom of the Depression and the inauguration of Franklin D. Roosevelt represented

a sharp break with the status quo. Upon taking office, a bank holiday was declared, the United States left the

interwar gold standard the following month, and the government commenced with several measures designed

to resurrect the financial system. These measures included: (i) the establishment of the Reconstruction Finance

Corporation which set about funneling large sums of liquidity to banks and other intermediaries; (ii) the

Securities Exchange Act of 1934 which established margin requirements for bank loans used to purchase

stocks and bonds and increased information requirements to potential investors; and (iii) the Glass–Steagal Act

which strictly separated commercial banking and investment banking. Although delivering some immediate

relief to financial markets, lenders continued to be reluctant to extend credit after the events of 1929–33, and

the recovery of financial markets was slow and incomplete. Bernanke (1983) estimates that the United States’

financial system did not begin to shed the inefficiencies under which it was operating until the end of 1935.

The NIRA

Policies designed to promote different economic institutions were enacted as part of the New Deal. The

National Industrial Recovery Act (NIRA) was passed on June 6, 1933 and was designed to raise prices and

wages. In addition, the Act mandated the formation of planning boards in critical sectors of the economy. The

boards were charged with setting output goals for their respective sector and the usual result was a restriction

of production. In effect, the NIRA was a license for industries to form cartels and was struck down as

unconstitutional in 1935. The Agricultural Adjustment Act of 1933 was similar legislation designed to reduce

output and raise prices in the farming sector. It too was ruled unconstitutional in 1936.

Relief and Jobs Programs

Other policies intended to provide relief directly to people who were destitute and out of work were rapidly

enacted. The Civilian Conservation Corps (CCC), the Tennessee Valley Authority (TVA), the Public Works

Administration (PWA) and the Federal Emergency Relief Administration (FERA) were set up shortly after

Roosevelt took office and provided jobs for the unemployed and grants to states for direct relief. The Civil

Works Administration (CWA), created in 1933–34, and the Works Progress Administration (WPA), created in

1935, were also designed to provide work relief to the jobless. The Social Security Act was also passed in

1935. There surely are other programs with similar acronyms that have been left out, but the intent was the

same. In the words of Roosevelt himself, addressing Congress in 1938:

Government has a final responsibility for the well-being of its citizenship. If private co-operative

endeavor fails to provide work for the willing hands and relief for the unfortunate, those suffering

hardship from no fault of their own have a right to call upon the Government for aid; and a

government worthy of its name must make fitting response. (Quoted from Polenberg, 2000)

The Depression had shown the inaccuracies of classifying the 1920s as a “new era.” Rather, the “new era,” as

summarized by Roosevelt’s words above and initiated in government’s involvement in the economy, began in

March 1933.

Page 59: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 59/61

The NBER business cycle chronology shows continuous growth from March 1933 until May 1937, at which

time a 13-month recession hit the economy. The business cycle rebounded in June 1938 and continued on its

upward march to and through the beginning of the United States’ involvement in World War II. The recovery

that started in 1933 was impressive, with real GNP experiencing annual rates of the growth in the 10 percent

range between 1933 and December 1941, excluding the recession of 1937–38 (Romer, 1993). However, as

reported by Romer (1993), real GNP did not return to its pre-Depression level until 1937 and real GNP did not

catch up to its pre-Depression secular trend until 1942. Indeed, the unemployment rate, peaking at 25 percent

in March 1933, continued to dwell near or above the double-digit range until 1940. It is in this sense that most

economists attribute the ending of the Depression to the onset of World War II. The War brought complete

recovery as the unemployment rate quickly plummeted after December 1941 to its nadir during the War of

below 2 percent.

Explanations for the Pace of Recovery

The question remains, however, that if the War completed the recovery, what initiated it and sustained it

through the end of 1941? Should we point to the relief programs of the New Deal and the leadership of

Roosevelt? Certainly, they had psychological/expectational effects on consumers and investors and helped to

heal the suffering experienced during that time. However, as shown by Brown (1956), Peppers (1973), and

Raynold, McMillin and Beard (1991), fiscal policy contributed little to the recovery, and certainly could have

done much more.

Once again we return to the financial system for answers. The abandonment of the gold standard, the impact

this had on the money supply, and the deliverance from the economic effects of deflation would have to be

singled out as the most important contributor to the recovery. Romer (1993) stresses that Eichengreen and

Sachs (1985) have it right; recovery did not come before the decision to abandon the old gold parity was made

operational. Once this became reality, devaluation of the currency permitted expansion in the money supply

and inflation which, rather than promoting a policy of beggar-thy-neighbor, allowed countries to escape the

deflationary vortex of economic decline. As discussed in connection with the gold standard hypothesis, the

simultaneity of leaving the gold standard and recovery is a robust empirical result that reflects more than

simple temporal coincidence.

Romer (1993) reports an increase in the monetary base in the United States of 52 percent between April 1933

and April 1937. The M1 money supply virtually matched this increase in the monetary base, with 49 percent

growth over the same period. The sources of this increase were two-fold. First, aside from the immediate

monetary expansion permitted by devaluation, as Romer (1993) explains, monetary expansion continued into

1934 and beyond as gold flowed to the United States from Europe due to the increasing political unrest and

heightened probability of hostilities that began the progression to World War II. Second, the increase in the

money supply matched the increase in the monetary base and the Treasury chose not to sterilize the gold

inflows. This is evidence that the monetary expansion resulted from policy decisions and not endogenous

changes in the money multiplier. The new regime was freed from the constraints of the gold standard and the

policy makers were intent on taking actions of a different nature than what had been done between 1929 and

1933.

Page 60: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 60/61

Incompleteness of the Recovery before WWII

The Depression had turned a corner and the economy was emerging from the abyss in 1933. However, it still

had a long way to go to reach full recovery. Friedman and Schwartz (1963) comment that “the most notable

feature of the revival after 1933 was not its rapidity but its incompleteness.” They claim that monetary policy

and the Federal Reserve were passive after 1933. The monetary authorities did nothing to stop the fall from

1929 to 1933 and did little to promote the recovery. The Federal Reserve made no effort to increase the stock

of high-powered money through the use of either open market operations or rediscounting; Federal Reserve

credit outstanding remained “almost perfectly constant from 1934 to mid-1940” (Friedman and Schwartz,

1963). As we have seen above, it was the Treasury that was generating increases in the monetary base at the

time by issuing gold certificates equal to the amount of gold reserve inflow and depositing them at the Federal

Reserve. When the government spent the money, the Treasury swapped the gold certificates for Federal

Reserve notes and this expanded the monetary base (Romer, 1993). Monetary policy was thought to be

powerless to promote recovery, and instead it was fiscal policy that became the implement of choice. The

research shows that fiscal policy could have done much more to aid in recovery – ironically fiscal policy was

the vehicle that was now the focus of attention. There is an easy explanation for why this is so.

The Emergences of Keynes

The economics profession as a whole was at a loss to provide cogent explanations for the events of 1929–33.

In the words of Robert Gordon (1998), “economics had lost its intellectual moorings, and it was time for a new

diagnosis.” There were no convincing answers regarding why the earlier theories of macroeconomic behavior

failed to explain the events that were occurring, and worse, there was no set of principles that established a

guide for proper actions in the future. That changed in 1936 with the publication of Keynes’s book The

General Theory of Employment, Interest and Money. Perhaps there has been no other person and no other book

in economics about which so much has been written. Many consider the arrival of Keynesian thought to have

been a “revolution,” although this too is hotly contested (see, for example, Laidler, 1999). The debates that The

General Theory generated have been many and long-lasting. There is little that can be said here to add or

subtract from the massive literature devoted to the ideas promoted by Keynes, whether they be viewed right or

wrong. But the influence over academic thought and economic policy that was generated by The General

Theory is not in doubt.

The time was right for a set of ideas that not only explained the Depression’s course of events, but also

provided a prescription for remedies that would create better economic performance in the future. Keynes and

The General Theory, at the time the events were unfolding, provided just such a package. When all is said and

done, we can look back in hindsight and argue endlessly about what Keynes “really meant” or what the “true”

contribution of Keynesianism has been to the world of economics. At the time the Depression happened,

Keynes represented a new paradigm for young scholars to latch on to. The stage was set for the nurturing of

macroeconomics for the remainder of the twentieth century.

This article is a modified version of the introduction to Randall Parker, editor, Reflections on the Great

Depression, Edward Elgar Publishing, 2002.

Page 61: AMBIENTE MACROECONOMICO INSPER SETEMBRO 2009 … · Lendo o livro do Simonsen, ou o Blanchard, vemos que as simplificações para entendimento das dinâmicas econômicas muitas vezes

Trabalho de Ambiente Macroeconômico – Insper Setembro 2009 Jonas de Almeida Federighi Jr – São Paulo, Brasil Pag. 61/61

Fontes de Pesquisa : Google Books – Livros “Business Cycles: Theory, History, Indicators and Forecasting” by Victor Zarnowitz, Jornais, Valor Economico, O Estado de São Paulo Revistas The Economist Sites do Federal Reserve St. Louis, BEAU, Banco Central Material disponibilizado Insper – Papers Probit Merril Lynch, Rational Expectations, Child Guide, e outros Passagens interessantes : Livro Business Cycles (1992) : “Some International Aspects and Recent Developments – Business cycles have tended to be shorter in the United States than in Europe (e,g, the 1854-1938 period witnessed 21 US cycles averaging 4 years and only 16 British cycles averaging 5 1/3 years.)”