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COLÉGIO ANTARES - TÉCNICO EM QUÍMICA TRABALHO SOBRE: AMINOÁCIDOS Professora: Fernanda Lupe Disciplina: Química Qualitativa Alunos: Enéias Gabriel da Silva Nº 05 Júlio Cesar Rodrigues Nº 10 Americana/SP

Aminoácidos

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Trabalho sobre os aminoácidos em geral.

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Page 1: Aminoácidos

COLÉGIO ANTARES - TÉCNICO EM QUÍMICA

TRABALHO SOBRE:

AMINOÁCIDOS

Professora: Fernanda Lupe

Disciplina: Química Qualitativa

Alunos:

Enéias Gabriel da Silva Nº 05

Júlio Cesar Rodrigues Nº 10

Americana/SP

Março/2015

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AMINOÁCIDOS

Estrutura geral de um Aminoácido

Há cerca de 300 tipos de aminoácidos, dentro deste grupo 20 deles são considerados primários e estes são utilizados pelo organismo. Um aminoácido é uma molécula orgânica formada por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio, e nitrogênio unidos entre si de maneira característica. Alguns aminoácidos também podem conter enxofre. Os aminoácidos são divididos em quatro partes: o grupo amina (NH2), grupo carboxílico (COOH), hidrogênio, carbono alfa (todas as partes se ligam a ele), e um substituinte característico de cada aminoácido. Como possuem grupamentos COOH e NH2, apresentam propriedades ácidas e básicas ao mesmo tempo. Os aminoácidos se unem através de ligações peptídicas, formando as proteínas. Para que as células possam produzir suas proteínas, elas precisam de aminoácidos, que podem ser obtidos a partir da alimentação ou serem fabricados pelo próprio organismo. Ao comermos o nosso sistema digestivo transforma as proteínas dos alimentos em vários aminoácidos. Estes depois são recombinados de modo a criar os tipos de proteínas que o nosso corpo precisa.

A importância dos aminoácidos

Os aminoácidos além de construir células e concertar os tecidos, formam anticorpos para combater as bactérias e vírus; fazem parte da enzima e do sistema hormonal; constroem nucleoproteínas (RNA e DNA); transportam oxigênio por todo corpo e participam nas atividades dos músculos.

Síntese e Classificação

Existem vinte aminoácidos diferentes na natureza, que fazem parte das proteínas e peptídeos. Os vegetais têm a capacidade de fabricar os vinte aminoácidos necessários para a produção de suas proteínas, já as células animais não sintetizam todos eles, sendo que alguns devem ser ingeridos com os alimentos.

Assim, os aminoácidos podem ser classificados em dois tipos:

Aminoácidos não essenciais ou dispensáveis

São aqueles que o corpo humano pode sintetizar.

São eles: Alanina, Arginina, Ácido Aspártico, Cisteína, Ácido Glutâmico, Glutamina, Glicina, Prolina, Serina, Asparagina.

Aminoácidos essenciais

São aqueles que não podem ser produzidos pelo corpo humano. Dessa forma, são somente adquiridos pela ingestão de alimentos, vegetais ou animais.

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São eles: Arginina, Fenilalanina, Isoleucina, Leucina, Lisina, Metionina, Treonina, Triptofano, Histidina e Valina.

Definições e Funções de Alguns Aminoácidos

ARGININA

É um aminoácido básico a arginina ajuda a inibir o crescimento de diversos tipos de tumores; estimula a secreção do hormônio de crescimento, ajuda a cicatrizar ferimentos; inibe a perda de massa muscular após cirurgias; trata problemas e doenças do fígado; ajuda na produção de esperma e na construção de novas células dos ossos e tendões, tratando artrite e desordens do tecido conjuntivo; promove a secreção do hormônio do crescimento. Também desempenha um papel importante, para a função sexual e sentimentos sexuais das mulheres.

Deficiência de ARGININA

Quantidades elevadas de Arginina no organismo podem causar doenças ósseas e doenças de pele. Podem causar também náuseas e diarreias aquosas, alterar os níveis de açúcar no sangue, aumentar o risco de hemorragia, causar níveis anormalmente elevados de potássio no sangue, também pode agravar distúrbios mentais em esquizofrênicos e pode provocar resistência à insulina, além de poder acelerar a replicação viral.

Fontes de ARGININA

Carne bovina, carne de porco (bacon, presunto), laticínios, frango, peru, frutos do mar, amêndoas, castanha do Brasil, nozes, castanhas, avelãs, nozes, trigo, gérmen de trigo, farinha de trigo, sementes (gergelim, girassol, abóbora), passas, arroz integral, aveia, granola, grão de bico e de coco são excelentes fontes de Arginina.

GLICINA

O mais simples dos aminoácidos, é considerada condicionalmente essencial no homem. A Glicina é usada pelo corpo para converter glicose em energia (por isso do nome conhecido como aminoácido glicogênico). Inclusive, falando de glicose e energia, a Glicina ainda é apontada como um agente que auxilia no controle glicêmico do corpo. Além disso, ela ajuda a musculatura, ou as proteínas que compõe o músculo a não entrar em uma via proteolítica através também dos níveis elevados de creatina no músculo, favorecendo o fornecimento de energia. Para se ter uma ideia da sua importância na construção muscular e em outros tecidos, o corpo não conseguiria refazer tecidos básicos sem a presença deste aminoácido.

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Deficiência de GLICINA

Quantidades inadequadas podem comprometer as funções que são dependentes da glicina, tais como: produção de colágeno, elastina, porfirinas a hemoglobina e citocromo P450s, sais biliares, bases de purina e glutationa; para a desintoxicação do ácido benzóico; e a inserção de metila, através da via de clivagem da glicina.

Fontes de GLICINA

O principal alimento rico em glicina é a gelatina convencional porque o seu principal componente é o colágeno, abóbora, batata-doce, batata inglesa, cenoura, beterraba, berinjela, mandioca, cogumelos, ervilha verde, feijão, cevada, centeio, avelã, nozes, castanha-de-caju, castanha-do-pará, amêndoas, amendoim, leite e derivados.

LISINA

Esse aminoácido essencial é conhecido por suas propriedades antivirais e sua ação na produção de anticorpos e na saúde do sistema imune.

É fundamental para o adequado crescimento e desenvolvimento ósseo nas crianças, uma vez que potencia a absorção do cálcio. Intervém na produção de anticorpos, hormônios e enzimas, bem como na formação de colágeno e na regeneração dos tecidos. A lisina exerce, ainda, uma influência benéfica na redução de triglicerídeos no sangue.

Outros benefícios da Lisina incluem:

Promove crescimento e desenvolvimento normal ao aumentar a produção de colágeno;

Ajuda na produção de proteínas, como enzimas, anticorpos e hormônios; Ajuda a transformar ácidos graxos em energia, ajudando na redução de peso; Promove a saúde da pele ao aumentar a produção de colágeno; Pode ser usada contra infecções virais; Pode aliviar enxaquecas e outros tipos de dor e inflamação; Em conjunto com a vitamina C, pode diminuir dores no peito relacionadas a

doenças cardíacas.

Deficiência de LISINA

Alguns problemas de saúde estão relacionados à deficiência de l-lisina, como por exemplo, formação de pedras nos rins, produção baixa de hormônios da tireoide, asma, infecções virais crônicas, crescimento e desenvolvimento anormal e problemas no sistema reprodutivo. Doses excessivas de lisina podem levar à deficiência de arginina, formação de pedras na vesícula e níveis elevados de colesterol e triglicérides;

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Fontes de LISINA

Leite desnatado, soja, carne de peru, coração de peru, carne de galinha, ervilha, gema de ovo. A lisina se encontra nos alimentos, mas a quantidade não é suficiente para o tratamento e, por isso, é aconselhada uma suplementação em 500 mg por dia, para a supressão de vírus, ou de 1000 a 6000 mg por dia, para o tratamento de recorrências.

ISOLEUCINA

O aminoácido essencial que queima gordura, não produzido pelo organismo atua como fonte de energia nos exercícios físicos. Protege os músculos de lesões por esforço excessivo, através da promoção da síntese (produção) de proteínas e da redução do catabolismo proteico. Também é necessária para a produção de hemoglobina e para ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue. Participa como substrato para a gliconeogênese (síntese de energia) e podem ser convertidos em componentes essenciais à produção de energia, principalmente na musculatura esquelética, onde também estimula a produção dos aminoácidos L-alanina e L-glutamina.

Deficiência de ISOLEUCINA

Se o teu corpo estiver privado de Isoleucina, poderás começar a sentir tonturas, sentimentos de depressão, fadiga muscular e maior propensão a se irritar. As deficiências de Isoleucina são mais comuns em indivíduos que consumam pouca proteína, como os vegetarianos. A falta de Isoleucina provoca cansaço muscular.

Fontes de ISOLEUCINA

As principais fontes naturais de L-isoleucina são os alimentos de origem animal como as carnes em geral, ovos, leite e derivados, bem como alimentos de origem vegetal, como arroz integral, feijão, nozes, soja, trigo integral, diversas frutas, gergelim, abóbora e batata (em menores quantidades nestes últimos).

FENILALANINA

É um aminoácido essencial, devendo ser fornecido pela dieta. Por essa razão, a ingestão de alimentos que contêm fenilalanina é fundamental tanto para adultos quanto para crianças. A fenilalanina é um composto que ajuda a emagrecer, pois atua no cérebro, diminuindo a sensação de fome. Ela ainda espanta o mau humor, confere mais energia, atua como analgésico e melhora a capacidade de aprendizado.

Deficiência de FENILALANINA

Em crianças, a falta de fenilalanina provoca diminuição no crescimento e profundas alterações bioquímicas. Existe ainda um grupo de pessoas que sofrem de

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uma rara doença hereditária chamada Fenilcetonúria (PKU). A estas pessoas falta uma enzima que é necessária para digerir a fenilalanina. Esta, como não é absorvida, passa a acumular-se no organismo até ser convertida em compostos tóxicos, designados por fenilcetonas (como o fenilacetato e a fenetilamina), que são expelidos pela urina. Os doentes com PKU que ingerem a fenilalanina sofrem de diferentes sintomas de toxicidade, incluindo atrasos mentais especialmente em crianças, distúrbios intelectuais nos adultos e lesões cerebrais irreversíveis.

Fontes de FENILALANINA

A fenilalanina é um aminoácido essencial encontrado em muitos alimentos, tais como a carne, os cereais e os produtos de laticínios. É também um dos componentes do aspartame. O leite, por exemplo, contém 340 mg de fenilalanina, enquanto um refrigerante como a Coca-Cola light contém 4 mg de fenilalanina nos mesmos 200 ml.

BCAA: AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA

O BCAA (Branch Chain Amino Acids) que traduzindo para português quer dizer Aminoácidos de Cadeia Ramificada, são aminoácidos essenciais (o organismo não produz e é proveniente da dieta), são constituídos de três aminoácidos: valina, isoleucina e leucina.

Os BCAA também estimulam e elevam a produção de insulina, que é um hormônio altamente anabólico, e que com sua elevação, propicia uma ótima absorção dos aminoácidos e outros nutrientes, servindo de matéria-prima na construção dos músculos, e permite uma maior entrada de glicose nas células, dando mais energia durante os treinos. De maneira mais técnica, os BCAA agem como transportadores de nitrogênio, que auxiliam os músculos a sintetizarem outros aminoácidos necessários para promover o crescimento muscular.

Malefícios do BCAA

O excesso de qualquer aminoácido mesmo que ligado a poucas ligações peptídicas pode trazer malefícios. Na sua quebra no estômago quando desnaturada pode causar em altas doses estresse renal, causando desconforto e náuseas, e se não procurar um médico o problema pode ficar grave resultando em cálculos renais decorrente do excesso de amônia nos rins.

Fontes de BCAA

Embora as fontes de proteínas completas, como carnes, contenham BCAA, a pesquisa mostrou que a suplementação adicional pode ser benéfica.

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DOENÇAS METABÓLICAS – AMINOÁCIDOS

•Albinismo*

•Alcaptonúria

•Doença da Deficiência da Carbamoil-Fosfato Sintase I

•Citrulinemia

•Homocistinúria

•Hiperargininemia

•Hiperglicemia não-Cetótica

•Hiperhomocisteinemia

•Hiperlisinemias

•Doença da Urina de Xarope de Bordo

•Deficiência Múltipla de Acil Coenzima A Desidrogenasse

•Deficiência Múltipla de Carboxilase

•Doença da Deficiência de Ornitina Carbomoiltransferase

•Fenilcetonúrias

•Tirosinemias

* Albinismo

Causado pela incapacidade de sintetizar Melanina, o albinismo é uma condição de natureza genética. Ele é hereditário e pode ser classificado em dois tipos: tirosinase-negativo (quando não há produção de melanina) e tirosinase-positivo (quando há pequena produção de melanina).

Características do Albinismo

A melanina desempenha um papel muito importante, pois é ela que forma uma barreira natural contra as radiações solares. Ela se distribui pelo corpo inteiro, sendo a responsável não só pela cor, como também pela proteção da pele.

Esta alteração genética é a responsável pela ausência parcial ou total da pigmentação dos olhos, pele, cabelos e pêlos dos albinos, podendo ocorrer tanto em seres humanos, como também em animais e plantas.

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ANÁLISE DE AMINOÁCIDOS

As análises de aminoácidos envolvem as metodologias utilizadas para determinar a composição ou conteúdo de aminoácidos de proteínas, peptídeos, e outras preparações farmacêuticas. A análise de aminoácidos é muito utilizada em laboratórios de análises clínicas, bioquímicas e indústria de processamento de alimentos. Ela tem sido estudada durante os últimos 30 anos, diversos métodos foram desenvolvidos e tem sido utilizados, cada qual com características próprias, vantagens e desvantagens que se aplicam a cada grupo de interesses específicos.

Métodos Utilizados

Dentre os métodos utilizados para a avaliação do conteúdo aminoácidos das amostras destacam-se:

A Cromatografia Iônica. A Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) Espectroscopia de Refletância do Infravermelho Próximo (NIRS)

Cromatografia de Troca Iônica

Foi desenvolvida em meados dos anos 1970, quando foi mostrado que misturas de cátions e ânions podem ser facilmente resolvidas em colunas de HPLC com resinas trocadoras de cátions e ânions como fases estacionárias. É usada para a separação de compostos iônicos ou ionizáveis. O princípio de separação é uma troca de íons do analito com os íons fixados no trocador de íons. A técnica tem sido utilizada há muito tempo. A análise de aminoácidos combina a separação por troca iônica de alta eficiência com a derivatização com ninidrina, sendo uma técnica altamente sensível e seletiva.

Cromatografia Líquida de Alta Eficiência

A Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, CLAE ou HPLC (High Performance Liquid Chromatography) é o mais importante membro de uma família inteira de técnicas de separação. A HPLC utiliza instrumentos sofisticados que podem ser totalmente automatizados. É um tipo de cromatografia líquida que emprega pequenas colunas recheadas de materiais especialmente preparados e uma fase móvel que é eluída sob alta pressão. Por este motivo também é chamada de Cromatografia Líquida de Alta Pressão. Este tipo de cromatografia tem a capacidade de realizar separações e análises quantitativas de uma gama de compostos presentes em vários tipos de amostras, em escala de tempo de poucos minutos com alta resolução, eficiência e sensibilidade.

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NIRS – Espectroscopia de Reflectância do Infravermelho Próximo

É um método rápido e não destrutivo de análise que requer mínima preparação de amostra. Este método foi utilizado primariamente para predizer o valor nutritivo de forragens em 1976. O método NIRS foi aprovado pelo AOAC (Worldwide Confidence in Analytical Results) como método de mensuração de matéria seca, teor de nitrogênio total e fibra em detergente ácido. Laboratórios de análise de forragens, nos EUA e Europa, têm utilizado o NIRS para realizar análises de rotina em fenos, silagens e grãos, avaliando os teores de proteína bruta, FDN, FDA, Ca, P, K e Mg. A precisão do método NIRS é dependente da calibração realizada a partir de amostras representativas da população e do método tradicional utilizado para tal calibração.

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Bibliografia:

http://www.vidadequalidade.org/a-importancia-dos-aminoacidos/

http://educacao.globo.com/quimica/assunto/quimica-organica/proteinas-aminoacidos-e-enzimas.html

http://desenvolvimentovirtual.com/bioq/InfOnline1/3%20-%20aminoacido_proteina/slides/aula_3_aa.pdf

http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Albinismo-e-o-Metabolismo-De-Amino%C3%A1cidos/60275523.html

http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Amino%C3%A1cidos-e-Proteinas/43487224.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cido

http://www.nutritime.com.br/arquivos_internos/artigos/042V4N2P395_404_MAR2007.pdf

http://www.moizan.com/

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfb5QAJ/estrutura-proteinas

http://www.tuasaude.com/

http://www.dicasdetreino.com.br/bcaa-o-que-e-como-e-porque-tomar/