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CEI - MPF RODADA GRATUITA 27/06/2014 www.cursocei.com facebook.com/cursocei Página - 1 RODADA GRATUITA CEI - MPF PREPARATÓRIO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 27/06/2014 Círculo de Estudos pela Internet www.cursocei.com facebook.com/cursocei

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CORPO DOCENTE

Renan Paes – mediador das matérias Direito Constitucional e Metodologia Jurídica e Direito Penal.Procurador da República em Monteiro/PB (aprovado em 2° lugar no 26° CPR). Especialista em Direito Constitucional. JuDireito do Estado de São Paulo (2012/2013). Analista Processual do Ministério Público Federal, com lotação na ProcuraGeral da República (2008/2012). Técnico Administrativo do Ministério Público Federal (2007/2008). Bolsista do Instituramericano de Direitos Humanos (2008). Graduado em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (2007). Aprovado concursos de Juiz de Direito do Estado de São Paulo, Promotor de Justiça do Estado da Paraíba, Procurador do Estado dPernambuco, dentre outros das carreiras de analista, técnico e procurador municipal.

Aldo Costa – mediador das matérias Direitos Humanos, Direito Internacional Público e Privado.Procurador da República (27° CPR). Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (1999), com habilitação em DPenal e Criminologia. Pós-graduado pelas Universidades de Buenos Aires (2004) e Valência (2007). Foi professor substituFaculdade de Direito da Universidade de Brasília (2002-2006), docente da Escola de Direito do Rio de Janeiro da FundaGetúlio Vargas (2009), pesquisador visitante no Max-Planck-Institut für ausländisches und internationales Strafrecht (2007) vogado (2000-2010). Exerceu os cargos de conselheiro da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça (2002), assessor espdo Ministro da Justiça (2010-2011) e de assessor de ministro do Supremo Tribunal Federal (2013-2014).

Paulo Santiago – mediador das matérias Direito Eleitoral, Direito Administrativo e Direito Ambiental.Procurador da República (27° CPR).Procurador Regional Eleitoral no Amapá. Representante da 5ª Câmara de Coordenae Revisão do Ministério Público Federal no Estado do Amapá. Mestre em Direito Público, Especialista em Direito do EstBacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia. Ex-Professor de Direito Administrativo da Universidade Federal dhia. Ex-Procurador do Estado de Pernambuco. Aprovado em diversos concursos e seleções: Ministério Público Federal (2Advocacia Geral da União (2013), Defensoria Pública do Estado da Bahia (2010), Procuradoria Geral do Estado de Pernam(2009), Advocacia da Petrobras (2012), do Banco do Nordeste (2011) e da EMBASA (2009).

Bruno Barros– mediador das matérias Direito Tributário, Direito Financeiro e Processo Penal.Procurador da República em Campina Grande/PB. Procurador do Município de Recife (2009 a 2012). Pós-Graduado em DiPúblico. Aprovado nos concursos de Procurador do Município de Recife (1°lugar), Procurador do Estado de Alagoas (3º luAdvogado da União e Procurador da República (6º Lugar no 25°CPR). Editor do http://blogdobrunobarros.blogspot.com.

João Paulo Lordelo – mediador das matérias Direito Econômico, Direito do Consumidor, Direito Civil e Processo Civil.Procurador da República (aprovado em 1° lugar no 27°CPR). Ex-Defensor Público Federal. Aprovado em diversos concurseleções: Técnico Administrativo da Universidade Federal da Bahia, Técnico Administrativo do Ministério Público do EstaBahia, Técnico Administrativo e Analista Judicial do Tribunal Regional Eleitoral do Estado da Bahia, Procurador do EstaPernambuco, Defensor Público Federal (7ª colocação nal, tendo obtido a 1ª colocação na primeira fase), Mestrado em DirPúblico – Área de Concentração: Teoria do Processo e Tutela de Direitos (1ª colocação), Juiz de Direito do Estado da Bahicolocação na primeira fase), Procurador da República (1ª colocação na classi cação geral). É graduado e mestre em DirPúblico pela Universidade Federal da Bahia e especialista em Direito do Estado. Editor do website: http://www.joaolordelo.

COORDENADOR DO CURSO CEI-MPFJOÃO PAULO LORDELO - [email protected]

COORDENADOR-GERAL DO CEICAIO PAIVA [email protected]

Defensor Público Federal, titular do 2º Ofício Criminal da DPU/Manaus, unidade em que é Chefe-Substituto. Membro do– Grupo de Trabalho da DPU sobre presos. Especialista em Ciências Criminais. Exerceu o cargo de assessor de juiz de dir(2010-2013). Fundador do CEI. Editor do site www.oprocesso.com.

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INSTRUÇÕES GERAIS

Seja bem vindo à RODADA GRATUITA do CEI-MPF, o Curso que certamente será um diferencial na sua preção para o próximo concurso do MPF, cujo edital já se avizinha. Seremos cinco mediadores, todos Procuradoda República, à disposição dos alunos durante os quatro meses de duração do Curso, período em que os alunosterão acesso a mais de350 (trezentos e cinquenta) questões objetivas comentadas (todas inéditas), além dapossibilidade de submeter, a cada rodada, sua resposta às questões dissertativas e peça judicial paracorreçãoindividualizada pelos mediadores.

Aproveite essa RODADA GRATUITA e conheça o funcionamento do Curso CEI-MPF. Tendo interesse em suba sua resposta paracorreção individualizada, basta enviá-la, em formato word (.doc), para o email do mediadorindicado após a pergunta.

Atenção: o envio da resposta para correção individualizada deve ocorrer até o dia 04/07. Posteriormente, será dvulgada uma ata contendo as melhores respostas e também os gabaritos comentados.

Dúvidas sobre o CEI-MPF devem ser enviadas para o Coordenador deste Curso: [email protected].

Dúvidas em geral sobre o CEI devem ser enviadas para o Coordenador-Geral do CEI:[email protected]

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QUESTÕES OBJETIVAS SEM O GABARITO COMENTADOTreine os seus conhecimentos e depois, a frente, con ra o seu desempenho lendo os comentários domediadores sobre os enunciados.

GRUPO 1: Direito Constitucional e Metodologia Jurídica, Proteção Internacional de Direitos HumaDireito Eleitoral.

PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS1. No tocante à teoria da margem de apreciação, assinale a alternativa incorreta:

a) foi desenvolvida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.b) preconiza que as instâncias internas são as melhores quali cadas para xar a matéria de fato, admitir asprovas e interpretar a lei nacional.c) é, na jurisprudência da Corte Europeia de Direitos Humanos, estreita em matérias relativas à liberdade dimprensa e muito vasta no âmbito do processo eleitoral.d) é criticada por favorecer uma proteção de direitos humanos de geometria variável.

DIREITO ELEITORAL2. No tocante à competência criminal da Justiça Eleitoral, assinale a alternativa correta:

a) Compete ao Tribunal Superior Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos co-metidos pelos seus próprios juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais.b) Em virtude de sua especialidade, a justiça eleitoral é competente para processar e julgar apenas os crimeseleitorais, devendo os crimes comuns com eles conexos ser remetidos à justiça comum.c) O promotor eleitoral será sempre julgado perante o Tribunal Regional Eleitoral.d) O Tribunal Regional Eleitoral é competente para processar e julgar o juiz do trabalho que praticar um crimeleitoral.

GRUPO 2: Direito Administrativo e Ambiental, Direito Tributário e Direito Financeiro, Direito InternPúblico e Privado.

DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO3. A respeito da repartição de receitas tributárias, assinale a alternativa correta:

a) Na atual sistemática da Constituição Federal, apenas as receitas provenientes de impostos são repartidasentre os entes federativos.b) As receitas dos impostos federais são repartidos com os Estados, não havendo hipótese de repartição di-retamente com os Municípios.c) A Constituição Federal prevê repartição de receitas decorrentes de empréstimo compulsório para custeiode despesas extraordinárias.d) Segundo a sistemática constitucional vigente, há hipóteses de repartição direta e indireta das receitas tri-butárias.

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

4. O Tribunal Especial para Serra Leoa:

a) foi estabelecido por resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, obrigando os membros da-quela organização internacional a cooperarem com a Corte.b) foi estabelecido por um acordo entre a ONU e o governo daquele país, obrigando os membros daquelaorganização internacional a cooperarem com a Corte.c) foi estabelecido por resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, desobrigando os membros

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daquela organização internacional a cooperarem com a Corte.d) foi estabelecido por um acordo entre a ONU e o governo daquele país, desobrigando os membros daquelaorganização internacional a cooperarem com a Corte.

GRUPO 3: Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito Econômico e do Consumidor.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL5. Assinale a alternativa correta:

a) O princípio da persuasão racional ou da livre convicção motivada do juiz, positivado no art. 131 do Códigde Processo Civil, possibilita ao magistrado apreciar livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstânciados autos, sem necessidade de fundamentar a dispensa de perícia.b) Segundo entendimento do STJ, as matérias de ordem pública necessitam estar prequestionadas para ense- jar o conhecimento do recurso especial, pois podem ser conhecidas de ofício.

c) É obrigatória a intervenção da Defensoria Pública em prol de incapazes nas ações de destituição de poderfamiliar promovidas pelo Ministério Público.d) Tendo em vista que a principal função das astreintes consiste em compelir ao cumprimento de uma ordem judicial, a sua subsistência não depende do reconhecimento da existência do direito material de fundo.

GRUPO 4: Direito Penal e Direito Processual Penal.

DIREITO PENAL

6. Acerca do delito de redução a condição análoga à de escravo, analise as seguintes assertivas:

I. Em scalização realizada por grupo móvel de combate ao trabalho escravo em uma fazenda no interiodo Pará, o Procurador da República acompanha in loco os trabalhos e veri ca a frustração de direitos trabalhistEstando identi cado o tomador do serviços, que tem o domínio dos fatos, deve o membro do MPF determinarlavratura de auto de prisão em agrante, pois a mera frustração de direitos trabalhistas já con gura o delito tipi-cado no art. 149 do Código Penal.

II. De acordo a orientação predominante no STF, a con guração do crime de trabalho escravo depende dregistro de que algum trabalho tenha cerceada a sua liberdade de locomoção, pois o objeto jurídico do delito é liberdade individual do trabalhador. III. A degradância é um elemento normativo do tipo que deve ser objetivamente aferível, através de indícconcretos, tais como: alojamento em condições inadequadas de higiene; água de torneira para consumo humanoausência de mesas e cadeiras para refeições; jornada exaustiva de trabalho. IV. A República Federativa do Brasil concordou com solução amistosa proposta pela Comissão Interamcana de Direitos Humanos, no chamado “Caso José Pereira”, no qual reconheceu a sua responsabilidade por fatrelacionados ao trabalho escravo, e adotou medidas que resultaram na alteração da legislação penal a respeito dtema, além de outras medidas compensatórias.

a) todas as assertivas estão corretas.b) somente as assertivas I, II e III estão corretas.c) somente as assertivas I, III e IV estão corretas.

d) somente as assertivas III e IV estão corretas.

DIREITO PROCESSUAL PENAL7. A respeito do denominado procedimento especial dos crimes de responsabilidade dos funcionáriospúblicos, indique a alternativa correta:

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a) Segundo a jurisprudência do STJ, a noti cação prévia do denunciado é indispensável, ainda que a Denúnciesteja embasada em Inquérito Policial.b) O rito especial aplica-se a qualquer crime praticado pelo funcionário público, assim como estende-se àque-les que não detém o status de funcionário público.c) Segundo a jurisprudência dominante, a noti cação não se faz necessária se, por ocasião da Denúncia, oacusado não mais exerça função pública.d) A circunstância de existir crimes não-funcionais denunciados em conexão com crimes funcionais não afasta obrigatoriedade da noti cação prévia.

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QUESTÕES OBJETIVAS COM O GABARITO COMENTADOGRUPO 1: Direito Constitucional e Metodologia Jurídica, Proteção Internacional de Direitos HumaDireito Eleitoral.

PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

MEDIADOR: Aldo Costa

1. No tocante à teoria da margem de apreciação, assinale a alternativa incorreta:a) foi desenvolvida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.b) preconiza que as instâncias internas são as melhores quali cadas para xar a matéria de fato, admitir asprovas e interpretar a lei nacional.c) é, na jurisprudência da Corte Europeia de Direitos Humanos, estreita em matérias relativas à liberdade dimprensa e muito vasta no âmbito do processo eleitoral.

d) é criticada por favorecer uma proteção de direitos humanos de geometria variável.

Ponto do 27º Concurso para Procurador da República: 1.c.

Segundo a teoria da margem de apreciação, concebida pela Corte Europeia de Direitos Humanos com o objetivde preservar a discricionariedade dos Estados na implementação de normas internacionais de direitos humanos, autoridades estatais estão, em princípio, em melhor posição do que o juiz internacional para avaliar as exigêncmorais de suas sociedades.A doutrina é criticada por favorecer uma proteção de direitos humanos de geometria variável. A jurisprudênciaTribunal Europeu revela haver uma estreita margem de apreciação em matérias relativas à liberdade de impren

de modo a limitar a ingerência no direito à liberdade de expressão exercida através da mídia. O oposto ocorre nâmbito do processo eleitoral, presentes sensibilidades, tradições e culturas diversas (Casos Mathieu-Mohin e Cfayt, de 2 de março de 1987, Serie A 113, página 23, § 54, e Yumak e Sadat, de 8 de julho de 2008, §§ 109, 110 eNo sistema interamericano, a tese ganhou espaço na Opinião Consultiva nº 4/84, na qual se discutiu mudanças nprocesso de naturalização de estrangeiros previsto na Constituição da Costa Rica.Correta a letra “a”.

DIREITO ELEITORAL

MEDIADOR: Paulo Santiago

2. No tocante à competência criminal da Justiça Eleitoral, assinale a alternativa correta:a) Compete ao Tribunal Superior Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos co-metidos pelos seus próprios juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais.b) Em virtude de sua especialidade, a justiça eleitoral é competente para processar e julgar apenas os crimeseleitorais, devendo os crimes comuns com eles conexos ser remetidos à justiça comum.c) O promotor eleitoral será sempre julgado perante o Tribunal Regional Eleitoral.d) O Tribunal Regional Eleitoral é competente para processar e julgar o juiz do trabalho que praticar um crimeleitoral.

Ponto do 27º Concurso para Procurador da República: 9.a.

a) Compete ao Tribunal Superior Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometpelos seus próprios juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais;(ERRADA) Trata-se da redação literal do Código Eleitoral (art. 22, I, d). Referido dispositivo, entretanto, não cepcionado pela CRFB/88, tendo em vista que o STF é competente para processar e julgar, originariamente, n

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crimes comuns e nos de responsabilidade, os Ministros de Tribunal Superior (art. 102, I, c); e o STJ é competpara processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns e nos de responsabilidade, os membros de TRE (a105, I, a). Note-se que, diferentemente do que ocorre com a competência dos TRF (art. 108, I, a) e dos TJ (art.III), não há ressalva para a competência criminal originária do STJ e do STF. Desse modo, consoante entendimpací co da doutrina e jurisprudência, o TSE não tem competência criminal originária.b) Em virtude de sua especialidade, a justiça eleitoral é competente para processar e julgar apenas os crimes eleirais, devendo os crimes comuns com eles conexos ser remetidos à justiça comum.(ERRADA) Embora se trate de jurisdição especial, é aplicável na justiça eleitoral a regra de atração da competpara processamento e julgamento dos crimes conexos, nos termos do art. 35, III do CE. Desse modo, os crimcomuns conexos com os crimes eleitorais serão julgados pelo juiz eleitoral ou pelo TRE, nos casos de competênoriginária, ressalvada apenas a hipótese de foro por prerrogativa de função perante o STF ou STJ. Trata-se de competência para julgar CRIME, de modo que atos infracionais são julgados pelos juízes de direito. Os crimes milinão serão atraídos porque não são comuns. Excetua-se a hipótese de separação dos processos nos casos de crime

dolosos contra a vida, tendo em vista a competência do tribunal do júri xada pela Constituição Federal (LFG).c) O promotor eleitoral será sempre julgado perante o Tribunal Regional Eleitoral;(ERRADA) O promotor eleitoral será sempre um promotor de justiça (estadual ou do MPDFT) investido de fueleitoral. Desse modo, a competência para processá-lo e julgá-lo originariamente será do Tribunal de Justiça (art.III da CFRB/88). O TRE somente terá competência para julgar o membro do MP quando se tratar de crime eleiou comum com ele conexo. É dizer, a competência criminal originária do TRE conjuga os critérios “ex ratione m-riae” (crimes eleitorais e conexos) e “ex ratione personae” (autoridades com foro especial).d) O Tribunal Regional Eleitoral é competente para processar e julgar o juiz do trabalho que praticar um crime etoral.

(CORRETA)Conjugando os critérios de competência em razão da matéria e em razão da pessoa, o juiz do trabalho(autoridade com foro especial) que praticar crime eleitoral será processado e julgado perante o TRE.

GRUPO 2: Direito Administrativo e Ambiental, Direito Tributário e Direito Financeiro, Direito InternPúblico e Privado. DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIROMEDIADOR: Bruno Barros3. A respeito da repartição de receitas tributárias, assinale a alternativa correta:

a) Na atual sistemática da Constituição Federal, apenas as receitas provenientes de impostos são repartidasentre os entes federativos.b) As receitas dos impostos federais são repartidos com os Estados, não havendo hipótese de repartição di-retamente com os Municípios.c) A Constituição Federal prevê repartição de receitas decorrentes de empréstimo compulsório para custeiode despesas extraordinárias.d) Segundo a sistemática constitucional vigente, há hipóteses de repartição direta e indireta das receitas tri-butárias.

Ponto do 27º Concurso para Procurador da República: 13.a.

Há determinados tributos de competência privativa de um dos entes federativos. Por exemplo, o IPI é imposto competência federal, não sendo possível um Estado instituí-lo. No entanto, isto não implica a rmar que todasreceitas provenientes de um determinado imposto pertençam e permaneçam apenas com aquele ente federativoCom efeito, a Constituição Federal prevê hipóteses de repartição, isto é, divisão das receitas entre os entes fedetivos. O grande objetivo da repartição é assegurar condições para que cada ente federativo (sobretudo os menores) tenham recursos nanceiros para se auto-sustentarem e auto-administrarem, considerando, principalmente,

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descompasso existente na divisão das competências tributárias, onde ca evidente que a União guardou para simaior parte dessa competência.Posto isto, cumpre esclarecer que, em regra, somente as receitas provenientes de impostos são repartidas, consid

rando que as demais espécies tributárias têm vinculação a uma atividade estatal (taxas e contribuições de melhorou têm uma destinação especí ca (empréstimos compulsórios e contribuições sociais).Porém, atualmente, após a edição da EC n. 42/2003, passou-se a prever uma única hipótese de repartição de receita decorrente de contribuição, qual seja, a CIDE-combustíveis (art. 177, §4º, CF).Em sendo assim, o item “a” está errado.Por outro lado, como destaca Ricardo Alexandre, “a repartição consiste na participação dos entes menores arrecadação dos entes maiores, jamais ocorrendo no sentido inverso”. Portanto, a União não obtém recursos decorrentes de repartição de tributos estaduais ou municipais, assim como os Estados não participam dos tributmunicipais.

Em regra, a União reparte as suas receitas com os Estados. No entanto, há previsão constitucional para a repartiçdas receitas federais diretamente com os Municípios. Trata-se do ITR (art. 158, II, CF), que dispõe que o Munreceberá 50% da receita do ITR dos imóveis localizados em seu território, sendo possível, ainda, a elevaçãomontante para 100%, se o Município optar por scalizar o imposto, na forma da lei.Há, ainda, a hipótese do Imposto de Renda retido sobre rendimentos pagos aos servidores públicos municipais,na forma do art. 158, I, CF.Portanto, errado o item “b”.Como já destacado anteriormente, as receitas passíveis de repartição são as provenientes de impostos e da CID-combustíveis, inexistindo repartição de empréstimos compulsórios. E a razão de ser é bastante simples. Os epréstimos compulsórios só podem ser legitimamente instituídos em situações excepcionais e, por isso, as receiestão diretamente vinculadas e direcionadas ao custeio das despesas decorrentes dessas situações, razão pela quanão seria lógico que parcela dessas receitas pudessem ser repartidas com outros entes federativos.Sobre o tema, escreve Ricardo Alexandre:“No que concerne aos empréstimos compulsórios, a vinculação constitucional da sua arrecadação às despesas qufundamentaram sua instituição também tem como conseqüência a inexistência de repartição das receitas com elarrecadadas.”O item “c”, então, está errado.Por m, a Constituição prevê hipóteses de repartição direta e indireta de receitas. Vale transcrever a lição de Ri-cardo Alexandre:

“Às vezes, o ente bene ciado pela repartição da receita recebe-a diretamente, sem qualquer intermediário e semque esta receita faça parte de qualquer fundo constitucional. São os casos de repartição (ou participação) direta.(...)Em outras situações, os recursos a serem repartidos são destinados a um fundo de participação, cujas receitas sãdivididas entre os bene ciários, seguindo os critérios legais e constitucionais previamente de nidos. É o casoquota do fundo de participação dos Municípios a que o Município do Recife tem direito. Como o repasse é feiapós a destinação dos recursos sujeitos à repartição (48% do IR e 48% do IPI) ao citado fundo, tem-se um exemde repartição (ou participação) indireta.

Conclui-se, pois, que o item “d” é a alternativa correta.

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADOMEDIADOR: Aldo Costa4. O Tribunal Especial para Serra Leoa:

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a) foi estabelecido por resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, obrigando os membros da-quela organização internacional a cooperarem com a Corte.b) foi estabelecido por um acordo entre a ONU e o governo daquele país, obrigando os membros daquelaorganização internacional a cooperarem com a Corte.c) foi estabelecido por resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, desobrigando os membrosdaquela organização internacional a cooperarem com a Corte.d) foi estabelecido por um acordo entre a ONU e o governo daquele país, desobrigando os membros daquelaorganização internacional a cooperarem com a Corte.

Ponto do 27º Concurso para Procurador da República: 11.a.

O Tribunal Especial para Serra Leoa não foi estabelecido por resolução do Conselho de Segurança e sim por uacordo entre a ONU e o governo daquele país. O formato desobriga os membros daquela organização internacionaa cooperarem com a Corte, ante a ausência dos poderes conferidos pelo Capítulo VII da Carta da ONU a outrotribunais “ad hoc”, mas não impede a negociação de acordos bilaterais visando o cumprimento de suas decisõe

Correta a letra “d”.

GRUPO 3: Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito Econômico e do Consumidor.

DIREITO PROCESSUAL CIVILMEDIADOR: João Lordelo5. Assinale a alternativa correta:

a) O princípio da persuasão racional ou da livre convicção motivada do juiz, positivado no art. 131 do Códigde Processo Civil, possibilita ao magistrado apreciar livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstânciados autos, sem necessidade de fundamentar a dispensa de perícia.b) Segundo entendimento do STJ, as matérias de ordem pública necessitam estar prequestionadas para ense- jar o conhecimento do recurso especial, pois podem ser conhecidas de ofício.c) É obrigatória a intervenção da Defensoria Pública em prol de incapazes nas ações de destituição de poderfamiliar promovidas pelo Ministério Público.d) Tendo em vista que a principal função das astreintes consiste em compelir ao cumprimento de uma ordem judicial, a sua subsistência não depende do reconhecimento da existência do direito material de fundo.

Ponto do 27º Concurso para Procurador da República: diversos pontos.

A questão em comento é uma adaptação de assertivas cobradas no último concurso do MPF (27º CPR).A alternativa correta é a letra “b”, uma vez que o STJ possui “jurisprudência consolidada no sentido de que mes-mo as matérias de ordem pública necessitam do prequestionamento para serem analisadas em sede de recursoespecial” (AgRg no REsp 1.212.586⁄AM, Rel. Ministro Cesar Asfor Rocha, Segunda Turma, julgado em 15.9.230.9.2011.). Cuida-se de entendimento que confronta com grande parte da doutrina, e até mesmo com o anterioposicionamento do tribunal. Logo, é preciso estar atento ao tema, eis que, de uma certa forma, mitiga-se a a-mação genérica de que as questões de ordem pública poderiam ser conhecidas a qualquer tempo, de forma in-condicionada. No precedente abaixo colacionado, foi sustentada pelo recorrente nulidade processual por ausêncde citação de litisconsorte passivo necessário, tese afastada pelo STJ, em razão da ausência de prequestionamenAgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.212.586 - AM (2010/0166824-7).AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. MANDADO DE SEGURANÇA. POLICIAL MILITCPC. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. INEXISTÊNCIA. LITISCONSORTES PASSIVCITAÇÃO. AUSÊNCIA. INOVAÇÃO RECURSAL. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. FALTA DE PREQUE– Inexiste violação do art. 535 do CPC, quando o acórdão recorrido decide as questões postas de modo claro fundamentado. O julgador não está obrigado a responder a todos os questionamentos formulados pelas partes,

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cabendo-lhe, apenas, indicar a fundamentação adequada ao deslinde da controvérsia.– A questão relativa à ausência de citação dos litisconsortes passivos necessários somente foi aduzida no especcaracterizando, portanto, inovação recursal, insuscetível de conhecimento pelo STJ, sob pena de indevida supres

de instância. Ademais, esta Corte tem jurisprudência consolidada no sentido de que mesmo as matérias de ordepública necessitam do prequestionamento para serem analisadas em sede de recurso especial. Agravo regimentimprovido.A alternativa “a” está incorreta, pois o princípio da persuasão racional (ou do livre convencimento motivado),realidade, impõe ao juiz que fundamente todas as suas decisões, inclusive a dispensa de perícia, dado o seu carátinegavelmente decisório.A alternativa “c” também está incorreta, pois a intervenção da Defensoria Pública somente é imposta, no procecivil, nas hipóteses de curadoria especial (hipóteses do art. 9º do CPC), ausente previsão legal no sentido do enuciado.Por m, a alternativa “d” está incorreta, pois, conforme entendimento jurisprudencial e doutrinário majoritárioastreintes dependem da con rmação da existência do direito material para a sua subsistência (REsp 1.347.726-Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 27/11/2012.). Con ra-se:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.347.726 - RS (2012/0198645-5)RECURSO ESPECIAL - PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO PROVISÓRIA DE MULTA CIMPOSTA EM SEDE DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA – CARÁTER HÍBRIDO MATERIADAS ASTREINTES - POSSIBILIDADE DE INICIAR-SE A EXECUÇÃO PRECÁRIA (ART. APENAS A PARTIR DA PROLAÇÃO DE SENTENÇA CONFIRMATÓRIA DA MEDIDA LIQUE RECEBIDO O RESPECTIVO RECURSO DE APELAÇÃO SOMENTE NO EFEITO DEINTELIGÊNCIA DO ART. 520, VII, DO CPC – CASO EM QUE A TUTELA ANTECIPATÓRIRESTOU REVOGADA QUANDO DA PROLAÇÃO DA SENTENÇA DEFINITIVA, TORNAEFEITO – ACOLHIMENTO DA IMPUGNAÇÃO E EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO QUE SE IMSO PROVIDO.1. A multa pecuniária, arbitrada judicialmente para forçar o réu ao cumprimento de medida liminantecipatória (art. 273 e 461, §§ 3º e 4º, CPC) detém caráter híbrido, englobando aspectos de dirematerial e processual, pertencendo o valor decorrente de sua incidência ao titular do bem da vid postulado em juízo.Sua exigibilidade, por isso, encontra-se vinculada ao reconhecimento da existência do direito matevindicado na demanda. Nesse sentido: REsp n.º 1.006.473/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALRel. p/ Acórdão Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 08/05/2012, DJe 19/

Gabarito: letra “b”.

GRUPO 4: Direito Penal e Direito Processual Penal.

DIREITO PENALMEDIADOR: Renan Paes Felix6. Acerca do delito de redução a condição análoga à de escravo, analise as seguintes assertivas: I. Em scalização realizada por grupo móvel de combate ao trabalho escravo em uma fazenda no interido Pará, o Procurador da República acompanha in loco os trabalhos e veri ca a frustração de direitos trabalhistEstando identi cado o tomador do serviços, que tem o domínio dos fatos, deve o membro do MPF determinarlavratura de auto de prisão em agrante, pois a mera frustração de direitos trabalhistas já con gura o delito tipi-cado no art. 149 do Código Penal. II. De acordo a orientação predominante no STF, a con guração do crime de trabalho escravo depende dregistro de que algum trabalho tenha cerceada a sua liberdade de locomoção, pois o objeto jurídico do delito é liberdade individual do trabalhador.

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III. A degradância é um elemento normativo do tipo que deve ser objetivamente aferível, através de indícconcretos, tais como: alojamento em condições inadequadas de higiene; água de torneira para consumo humanoausência de mesas e cadeiras para refeições; jornada exaustiva de trabalho. IV. A República Federativa do Brasil concordou com solução amistosa proposta pela Comissão Interamcana de Direitos Humanos, no chamado “Caso José Pereira”, no qual reconheceu a sua responsabilidade por fatrelacionados ao trabalho escravo, e adotou medidas que resultaram na alteração da legislação penal a respeito dtema, além de outras medidas compensatórias.

a) todas as assertivas estão corretas.b) somente as assertivas I, II e III estão corretas.c) somente as assertivas I, III e IV estão corretas.d) somente as assertivas III e IV estão corretas.

Ponto do 27º Concurso para Procurador da República: 8.c.

A temática relativa ao “trabalho escravo” está na ordem do dia das discussões jurídicas.Recentemente foi promulgada a Emenda Constitucional nº 81/14, que altera a redação do art. 243 da ConstituiçFederal e estabelece o con sco dos imóveis envolvidos com exploração de trabalho escravo.Além do mais, o assunto é um dos prediletos da examinadora Ela Wiecko Volkmer de Castilho, que inclusive psui artigos publicados a respeito (http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/publicacoes/trabalho-escravo/Artigo_Novas_Perspectivas_Dra_Ela.pdf).Por isso, é preciso conhecer o tema sob as suas diversas nuances: plano internacional, alterações legislativas, juprudência do STF, dogmática penal, competência.No âmbito do Ministério Público Federal tem sido estimulada a participação dos procuradores da República chamado “grupo especial de scalização móvel para erradicação do trabalho escravo”, coordenado pelo Ministédo Trabalho e Emprego. A presença do membro do MPF no momento da scalização é fundamental para angarios elementos de prova necessários para desencadear futura ação penal.Inclusive, no momento da scalização, pode haver caso de determinação de prisão em agrante, desde que respresente o estado de agrância do delito. É relevante apontar, inclusive, que, pelo seu papel simbólico, a prisem agrante é importante como medida de prevenção geral, a m de coibir a prática delitiva. Isso porque, senda pena mínima de 2 anos de reclusão, a maioria das poucas condenações resulta em penas restritivas de direitosNo entanto, o primeiro ponto a ser abordado é que a mera frustração de direitos trabalhistas não é su ciente parcon gurar o delito previsto no art. 149 do Código Penal. A supressão dos direitos trabalhistas deve ser de tal mointensa que afete a dignidade do trabalhador.

Por isso, a assertiva “I” está incorreta.Quando se fala em “trabalho escravo”, o “lugar comum” é exatamente imaginar o cerceamento de liberdade dlocomoção do trabalhador, ou a imposição de pagamento de dívida como forma de se ver livre das amarras dotomador dos serviços. No entanto, a “escravidão contemporânea” possui características distintas da escravidclássica. Estamos no século XXI e precisamos dar respostas atuais para os problemas atuais.No STF, o “leading case” a respeito do tema é o Inq 3412/AL:

“EMENTA PENAL. REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA A DE ESCRAVO. ESCRAVIDÃDESNECESSIDADE DE COAÇÃO DIRETA CONTRA A LIBERDADE DE IR E VIR. DENÚPara con guração do crime do art. 149 do Código Penal, não é necessário que se prove a coaçãofísica da liberdade de ir e vir ou mesmo o cerceamento da liberdade de locomoção, bastando submissão da vítima “a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva” ou “a condições degradantes dtrabalho”, condutas alternativas previstas no tipo penal. A “escravidão moderna” é mais sutil do qudo século XIX e o cerceamento da liberdade pode decorrer de diversos constrangimentos econômie não necessariamente físicos. Priva-se alguém de sua liberdade e de sua dignidade tratando-o com

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No leading case do STF, a Min. Rosa Weber elenca várias situações em que a degradância ca clara (InformaSTF 688):

“Sintetizo algumas situações que teriam sido veri cadas:- o alojamento destinado aos trabalhadores sujo, com mau cheiro, sem ventilação ade-quada; - ausência de colchões no alojamento, utilizando os trabalhadores, para dormir,“espumas de má qualidade, visivelmente envelhecidas, sujas e muitas rasgadas”;- água disponibilizada no alojamento proveniente apenas de torneiras;- a água disponibilizada aos trabalhadores nos canaviais, em caçambas precárias e sujas;- não havia banheiros;- não havia mesas ou cadeiras para refeições;- não havia material de primeiros socorros;

- não eram entregues equipamentos de proteção adequados aos trabalhadores;- o transporte dos trabalhadores era realizado em ônibus precários;- os trabalhadores eram submetidos a exaustiva jornada de trabalho, constando informa-ções de que prestariam até seis horas extras por dia;- não era disponibilizado transporte aos trabalhadores para o retorno às respectivas resi-dências durante as folgas.

Segundo a scalização, “o que encontramos con gurava um quadro de profundas agressões aos direitos humanodos trabalhadores, além de ser um agrante desrespeito a vários dispositivos legais promulgados com o objetide propiciar garantias mínimas aos direitos humanos laborais”.A denúncia ainda se ampara nos depoimentos de alguns trabalhadores. Segundo declarado por alguns, prestavamtrabalho em dois turnos, em revezamento, o turno da manhã com duração das 05:00 às 21:00, o turno da tardedas 17:00 até às 08:00 ou 09:00 do dia seguinte. Ainda segundo os depoimentos, não seriam pagas as horas extrou adicionais noturnos, a comida seria ruim, não haveria banheiros, faltaria água para beber nos canaviais, e ocsionalmente os salários seriam pagos com atraso.”Assim, a assertiva “III” está correta.Por m, no plano internacional, quanto ao combate ao trabalho escravo, é fundamental conhecer as nuances d“Caso José Pereira”, que resultou em solução amistosa entre a República Federativa do Brasil e as partes, celebrpela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Aqui está o link para o resumo do caso: http://cidh.oas.org/annualrep/2003port/Brasil.11289.htmCom a solução o amistosa, o Brasil reconheceu a sua responsabilidade pela violação dos direitos do Sr. José Pereque foi gravemente ferido em 1989, ao tentar escapar de uma fazenda em que estava trabalhando contra a suavontade, após ter sido atraído com falsas promessas de trabalho digno.Assim, o Estado brasileiro assumiu o compromisso de julgar e punir os responsáveis individuais pelas violaçõedireitos humanos ocorridas; estabeleceu medidas pecuniárias a título de reparação de danos; e se comprometeu levar a cabo medidas de prevenção, para evitar que situações semelhantes se repitam.O acordo aconteceu em 2003. No mesmo ano foi aprovada a Lei nº 10.803, que resultou na alteração da redaçãodo art. 149 do Código Penal.

Assim, a assertiva “IV” está correta.Gabarito: letra “d”.

DIREITO PROCESSUAL PENAL

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MEDIADOR: Bruno Barros7. A respeito do denominado procedimento especial dos crimes de responsabilidade dos funcionáriospúblicos, indique a alternativa correta:

a) Segundo a jurisprudência do STJ, a noti cação prévia do denunciado é indispensável, ainda que a Denúnciesteja embasada em Inquérito Policial.b) O rito especial aplica-se a qualquer crime praticado pelo funcionário público, assim como estende-se àque-les que não detém o status de funcionário público.c) Segundo a jurisprudência dominante, a noti cação não se faz necessária se, por ocasião da Denúncia, oacusado não mais exerça função pública.d) A circunstância de existir crimes não-funcionais denunciados em conexão com crimes funcionais não afasta obrigatoriedade da noti cação prévia.

Ponto do 27º Concurso para Procurador da República: 16.b e 22.b.

O art. 514, CPP,prevê um rito especial para processamento dos crimes denominados de “responsabilidade de fun-cionários públicos”, a saber:

“Art. 514. Nos crimes a ançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandaráautuá-la e ordenará a noti cação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinzedias.”

A particularidade do procedimento consiste na previsão de uma etapa intermediária entre o oferecimento da Denúncia e o seu recebimento, consubstanciada na noti cação do denunciado para que, no prazo de 15 dias, possmanifestar-se previamente sobre o teor da acusação.Pacelli expõe que “como se nota, ao tempo do Código, havia uma signi cativa preocupação com a iniciativa peinstaurada contra servidores públicos, por crimes praticados contra a Administração. Diante das graves consequcias e transtornos que uma ação penal dessa natureza pode causar no desenvolimento da atividades administrativa, entendeu o legislador de exigir um suporte minimo de prova para o ajuizamento da demanda.”Segundo a orientação do Superior Tribunal de Justiça, se a Denúncia estiver amparada em Inquérito Policial, tor-se desnecessária a noti cação prévia do denunciado servidor público, a saber:

HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL. DESCABIMENTO. RECEÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CORRUPÇÃO PASSIVA. CRIME FUNCIONACPP. INOBSERVÂNCIA. PLEITO DE NULIDADE. AÇÃO PENAL EMBASADA POR INQUÉNOTIFICAÇÃO PARA DEFESA PRÉVIA. DESNECESSIDADE. SÚMULA 330, DO STJ. INDEM NÃO CONHECIDA.

1. Os Tribunais Superiores restringiram o uso do habeas corpus e não mais o admitemcomo substitutivo de outros recursos e nem sequer para as revisões criminais.2. A jurisprudência do STJ, consolidada no verbete sumular nº 330, se rmou no sentido ddesnecessidade de resposta preliminar conforme disciplina o artigo 514, do CPP, (crimede responsabilidade de funcionários públicos) quando a ação penal for embasada porinquérito policial, como na hipótese.3. Conforme orientação desta Corte de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, não hárazão para se falar em decretação de nulidade sem a demonstração do efetivo prejuízo.4. Habeas corpus não conhecido, por ser substitutivo do recurso cabível. (HC128282).

Relembre-se, ainda, o teor da Súmula 330, STJ: “é desnecessária a resposta preliminar de que trata o art. 514 Código de Processo Penal, na ação instruída por inquérito policial”Sendo assim, o item “a” está incorreto.Mas atenção: A questão fazia referência à jurisprudência do STJ. Contudo, há recente precedente do STF em sent

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REPETIÇÃO DOS ATOS, NOS TERMOS DO ART. 400 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENACIA DE PREJUÍZO. NULIDADE. INEXISTÊNCIA. 8. HABEAS CORPUS PREVENTIVO. PAVIOLAÇÃO À LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. IMPROPRIEDADE D9. LIBERAÇÃO DA CONSTRIÇÃO DE BENS OBJETO DE SEQUESTRO. TEMA NÃO SU APRECIADO PELO TRIBUNAL A QUO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 10. ORDEM COPARTE E DENEGADA. (...)6. A noti cação do acusado para apresentar defesa preliminar, nos termosdo art. 514 do Código de Processo Penal, somente se aplica ao funcionário público, não se estendedo ao particular. (...) (STJ, HC196409).

HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSO PENAL. PECULATO. 1. NOTIFICAÇÃO PARA APDE RESPOSTA ANTES DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. ARTIGO 514 DO CÓDIGO DPENAL. PACIENTE QUE NÃO OSTENTA A QUALIDADE DE FUNCIONÁRIO PÚBLICOINEXISTÊNCIA. 2. SUPOSTO ERRO NA CAPITULAÇÃO JURÍDICA. AUSÊNCIA DE PREJSE DEFENDE DOS FATOS NARRADOS NA INICIAL. ORDEM DENEGADA. 1. De acordo

prudência do Superior Tribunal de Justiça, a noti cação do acusado para apresentar defesa antes dorecebimento da denúncia, nos termos do artigo 514 do Código de Processo Penal, somente se apliao funcionário público, não se estendendo ao particular que seja coautor ou partícipe. Precedente

2. Diante da ausência de prejuízo concreto decorrente da classi cação jurídica contida na denúncia, prevalece a jurisprudência desta Corte, aplicável à generalidade dos casos, de que, como o réu se de -fende dos fatos, não há constrangimento corrigível pela via do habeas corpus se eles, tal como narrdos na inicial acusatória, ao menos em tese, constituem crime. 3. Ordem denegada. (STJ, HC1028

Portanto, o item “b” também está errado.De outro giro, na esteira do entendimento pací co dos Tribunais, a noti cação prévia só se faz necessária se, tempo da Denúncia, o servidor público ainda esteja no serviço público. Em outras palavras, se a acusação é conum ex-servidor público, aplica-se o procedimento comum ordinário.Nesse sentido, destacamos:

Recurso ordinário em habeas corpus. 2. Peculato. Emendatio libelli. Condenação por estelionato m jorado por ter sido cometido contra entidade de direito público (INSS). 3. Ausência de defesa pliminar do art. 514 do CPP. 4. A jurisprudência do STF consolidou entendimento no sentido de qo procedimento especial previsto no art. 514 do CPP não é de ser aplicado ao funcionário públique deixou de exercer função na qual estava investido. 5. Recurso a que se nega provimento. (STRHC114116).

HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL. PENA CONCRE ANO DE DETENÇÃO. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE POR INOBSERVÂNCIA AO ART

(QUE ESTIPULA A PRÉVIA MANIFESTAÇÃO DEFENSIVA EM CRIMES PRATICADODOR PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO) SE, AO TEMPO DO RECEBIMENTO DAO AGENTE NÃO MAIS EXERCIA A FUNÇÃO PÚBLICA. NULIDADE RELATIVA. PREJMONSTRADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO. SUSPENSÃO CODO PROCESSO (ART. 89 DA LEI 9.099/95). PRECLUSÃO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAPARA A ELEVAÇÃO DA PENA-BASE. CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE. AUMENTO DENAL. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DO WRIT. ORDEM PARCIALMENTE CONREDUZIR A PENA APLICADA PARA 5 MESES DE DETENÇÃO.1. A noti cação do servidor, nos termosdo art. 514 do CPP (que estipula a prévia manifestação defensiva em crimes praticados por servid pública contra a Administração), não tem valia se, ao tempo da ação penal, o agente não mais exercia a função pública.(...) (STJ, HC151537).

Nessa linha de raciocínio, o item “c” é a resposta correta.

Por m, seguindo a linha da jurisprudência dominante no STF e no STJ, é de se destacar que, havendo, na Denú-cia, imputação de crimes funcionais e não-funcionais, a obrigatoriedade da noti cação resta afastada, podendo s

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adotado o procedimento comum ordinário.A esse respeito, citamos:

HABEAS CORPUS. CONCUSSÃO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA. NOTIFICAÇÃO PARAVIA DO ACUSADO. ART. 514 DO CPP. NÃO APLICAÇÃO. DENÚNCIA INSTRUÍDA POTO POLICIAL E PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO CRIMINAL. SÚMULA 330/STJ. IMCRIMES FUNCIONAL E NÃO FUNCIONAL. AFASTAMENTO DO RITO DO ART. 514 DO TRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO. ORDEM DENEGADA. (...) 3. Ademais, odenunciado por crimes funcional (art. 316 do CP) e não funcional (art. 288 do CP), de forma “que se aplica o rito previsto para o processamento dos crimes de responsabilidade do funcionário públio que afasta a determinação do art. 514 do Código de Processo Penal” (REsp 670.739/RJ). 4. Orddenegada.(STJ, HC160332).

Por m, embora não tenha sido alvo das alternativas, vale frisar - para aprofundamento dos estudos - que a juri-prudência atual do STF vislumbra que a ausência do cumprimento do art. 514, CPP, caracteriza nulidade relatdevendo ser arguida em momento oportuno, com a devida comprovação do prejuízo:

Ementa: PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PECULATO (ART. 312 C/C 2º, DO CP). NOTIFICAÇÃO PRÉVIA PARA O OFERECIMENTO DE RESPOSTA (ART. 514 DSÊNCIA. NULIDADE RELATIVA. EFETIVO PREJUÍZO NÃO DEMONSTRADO. ORDEM Dnoti cação prévia estabelecida no artigo 514 do Código de Processo Penal, quando ausente, constituivício que gera nulidade relativa, devendo ser arguida no momento processual oportuno, sob pende preclusão. 2. A nulidade, ainda que absoluta, não prescinde da demonstração do efetivo prejuídela decorrente. Precedentes: HC 110.361, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo LewandoDJe de 1º.08.12; HC 109.577, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 13.02.111.711, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 05.12.12. 3. In casu, a defes

arguiu a existência de eventual nulidade nas instâncias precedentes, bem como não trouxe aos autos qualquer comprovação de efetivo prejuízo decorrente da ausência da noti cação prévia , tendolimitado-se à alegação genérica de que, “in casu, o prejuízo imposto é mais que evidente, eis que combase em um procedimento totalmente maculado, a ora paciente foi condenada e está em vias de terseu direito de locomoção retirado, e se lhe fosse conferido o direito de ofertar a defesa prévia, talvconseguiria evitar o constrangimento de ver-se processada criminalmente”. 4. Ordem denegada(STF, HC120582).

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QUESTÕES DISSERTATIVASRespostas em no máximo 20 linhas.

GRUPO 1: DIREITO CONSTITUCIONALMEDIADOR: Renan Paes Felix1. Discorra acerca da contribuição da doutrina de Kant para a consagração do princípio da dignidade dapessoa humana.

Ponto do 27º Concurso para Procurador da República: 16.b.A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte email:[email protected]

GRUPO2: DIREITO ADMINISTRATIVO E AMBIENTAL

MEDIADOR: Paulo Santiago2. Relacione licenciamento ambiental e poder de polícia ambiental, destacando: (a) principais princípiosreitores; (b) a relação entre os dois institutos; (c) principais distinções em relação aos correspondentes nodireito administrativo; (d) critério para solução de con itos de competência entre os entes federados.

Ponto do 27º Concurso para Procurador da República: 15.c; 17.b; e 21.c.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte email:[email protected]

DISSERTAÇÃO: Sem limite de linhas.

GRUPO 3: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO CIVILMEDIADOR: João LordeloNo dia 17/06/2014, Paula Joséfa Lordelo e sua lha de 06 (seis) anos, portadora de enfermidade incapacitade ordem mental, Pietra Lordelo, se dirigiram a uma agência do Instituto Nacional do Seguro Social – INSSSalvador/BA, com o objetivo de requerer benefício assistencial em favor de Pietra, em razão da sua enfermidaChegando à agência do INSS, Pietra foi verbalmente e sicamente agredida por um dos servidores da referiinstituição, Cauê Baiaque, que lhe dirigiu palavras grosseiras, chamando-lhe, dentre outras coisas, de imprestávinútil à sociedade. O fato foi presenciado por diversas pessoas que se encontravam na la de atendimento.Diante da ocorrência do ilícito, Paula compareceu à Defensoria Pública da União, que lhe prestou assistência. Creceio de que uma das testemunhas do fato, a Sra. Noêmia Tavares, viesse a falecer, diante da sua avançada idadfoi ajuizada, em 20/06/2014, em nome de Pietra, representada por Paula, ação cautelar de produção antecipada dprovas, preparatória de ação principal de natureza indenizatória por danos morais. A aludida cautelar foi ajuizaem face do INSS e de Cauê, na Seção Judiciária do Estado de Sergipe, onde passou a residir a testemunha NôemTavares, não tendo sido apresentada qualquer exceção instrumental.Posteriormente, foi ajuizada, 1 (um) ano após de nitivamente julgada e concretizada a medida cautelar, ação -denizatória por danos morais em favor de Pietra, representada por Paula, perante a Seção Judiciária do Estado dBahia, em face do INSS e do servidor Cauê Baiaque.Ambos os réus apresentaram exceção de incompetência, sustentando a prevenção do juízo da Seção Judiciária dEstado de Sergipe, onde fora proposta inicialmente a ação cautelar.Em sede de contestação, Cauê sustentou a sua ilegitimidade passiva, tendo em vista que somente poderia seresponsabilizado indiretamente, em ação de ressarcimento a ser promovida pelo INSS contra sua pessoa, casoreferida instituição perdesse na ação indenizatória. Sustentou, ademais, que não poderia ser utilizada a prova tetemunhal contra a sua pessoa, em razão do desrespeito ao prazo legal para oferecimento da ação principal (art

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806, CPC).Em sua defesa, o INSS sustentou a sua ilegitimidade passiva, tendo em vista que o dano fora causado por servidseu, dotado de personalidade jurídica própria. Reiterou, ademais, o desrespeito ao prazo legal para oferecimenda ação principal (art. 806, CPC).Após o oferecimento de réplica, foram enviados os autos ao MPF, para apresentar parecer.Na qualidade de Procurador(a) da República, apresente parecer, abordando o cabimento ou não da intervençãoministerial no caso, bem como as matérias de defesa apresentadas pelos réus.

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