23
Ampliando a visão da igreja para a evangelização no Brasil José Bernardo AMME

Ampliando a visão da igreja para a evangelização no Brasil · têm recebido a Cristo, centenas de crentes têm descoberto sua ... A Igreja tem se demorado em assimilar novas tecnologias,

Embed Size (px)

Citation preview

Ampliando a visão da igreja paraa evangelização no Brasil

José Bernardo

AMME

Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.Lc 19.11

SUPER20Versão 2010-1 / 3ª impressão©2005 by AMME Evangelizar

Pesquisa e Design Gráfico - do departamento de desenvolvimento da AMME Evangelizar.

Todos os direitos reservados: © Proibida a cópia por qualquer meio ou formato sem a autorização do autor.A referência ou citação de pequenos trechos é permitida desde que associada à fonte: “Relatório SUPER20, AMME Evangelizar - 2009-1”.

Este documento será atualizado periodicamente. Para obter a versão mais recente consulte o site da AMME em www.evangelizabrasil.com.

AMME Evangelizar é a missão brasileira, independente e não denominacional que ajuda as igrejas evangélicas brasileiras a cumprir sua missão bíblica de evangelizar todo mundo: motivando, treinando, suprindo e apoiando. Conheça a AMME: fale com um de nossos missionários na central de atendimento (Tel: 0800 121 911), visite nosso site, o portal da evangelização em www.evangelizabrasil.com ou participe de nossa rede social “Evangelização Total” em rede.evangelizabrasil.com.

AMME Evangelizar é mantida biblicamente pelas ofertas dos irmãos e igrejas que ajuda. Se você tem sido ajudado pela AMME, oferte depositando no Banco do Brasil para AMME, conta corrente 15.278-1, agência 3279-4 ou torne-se um Ceifeiro/mantenedor - preenchendo o formulário em www.evangelizabrasil.com/ComoOfertar ou falando com um de nossos missionários - Tel.: 0800 121 911.

Evangelizar é amar!

5AMME

Re-visãoNosso ministério existe para ajudar as igrejas evangélicas brasileiras a cumprir sua tarefa de evangelizar todo mundo. Fazemos pesquisa conti-nuamente, desenvolvemos programas, realizamos treina-mentos e produzimos resul-tados junto com igrejas de todas as denominações, no Brasil e onde quer que a Igreja Brasi-leira possa atuar. Tais resultados são animadores: milhões têm ouvido o Evangelho, milhares têm recebido a Cristo, centenas de crentes têm descoberto sua vocação missionária e dezenas de novas igrejas têm sido plantadas. Agora, ao apresentar a proposta SUPER20, queremos levar a Igreja Brasileira a olhar melhor para aquele grupo que está mais interessado e mais pronto a aceitar e transmitir a mensagem do Evangelho.

Infelizmente, nem sempre a evangelização tem contado com os melhores recursos e atualiza-ção. A Igreja tem se demorado em assimilar novas tecnologias, novos meios e novos conceitos.

Chegou atrasada no rádio, na te-levisão e, verdade seja dita, ainda não chegou no cinema e nem na Internet. Estamos atrasados na didática, no aconselhamento, na discussão de temas atuais e no enfoque da criança, do adoles-cente e do jovem. Enquanto a ciência, a política e o marketing concentram esforços em moldar as novas gerações à sua conveni-ência, a Igreja ainda espera que eles “amadureçam” para falar-lhes seriamente de Cristo. Todo esse atraso reduz a relevância da Igreja para a sociedade moderna, e dificulta seu crescimento.

SUPER20 é um chamado à atua-lização, é um convite à uma nova postura na evangelização, mais relevante, mais eficaz e mais fru-tífera. Resultado de um trabalho cuidadoso e esmerado dos mis-sionários da AMME Evangelizar, essa proposta merece ser consi-derada com todo o cuidado e in-teresse pela liderança evangélica brasileira.

José BernardoAMME Evangelizar

6 SUPER20 7AMME

Índice Evangelizar“E disse: Abre a janela para o oriente; ele a abriu. Disse mais Eliseu: Atira! e ele atirou...Flecha da vitória do SENHOR...” 2Rs 13:17

Algo que faz grande diferença na leitura desse relatório é o conceito de “evangelizar”. Outras pesquisas poderiam apontar o potencial de crianças, adolescentes e jovens, fundamentando propostas de inclusão social. Nós, porém, a partir da perspectiva missionária do Evangelho, fazemos isso com o propósito de Evangelizar com melhor resultado.

Esse propósito nos obriga a definir o que entendemos por Evangelizar. Temos dito que evangelizar é tornar conforme o Evangelho. Sabemos que Evangelho se refere aos princípios que estabelecem o Reino de Deus nas pessoas e, por isso, entre elas. Portanto, evangelizar é levar uma pessoa a submeter-se ao governo de Deus, necessariamente libertando-se do governo da carne, do mundo e do maligno.

Há pessoas que se endurecem pelos anos sob o jugo de seus desejos, das tentações mundanas e da opressão diabólica. Evangelizá-las constitui-se em grande desafio. Já outras pessoas estão mais abertas, mais dispostas, não só para serem evangelizadas, mas consequentemente evangelizar. É delas que trata esta proposta.

03Re-visão

05Evangelizar

10Olhar brasileiro

14Fatos do Argumento

22Outro pensar

26Está escrito

32 Todos todos

38Agora e depois

38Bibliografia

40Obrigado

8 SUPER20 9AMMEUma janela estrangeiraÉ bom quando se abre uma janela em um quarto escuro: Cria-se uma perspectiva completamente nova. Foi assim com a janela 4/14, um conceito que destaca a importância das crianças entre 4 a 14 anos no cenário cristão norte americano.

“A janela 4/14 - Ministérios para Crianças e Estratégias Missionárias” foi o título de um artigo escrito pelo doutor Dan Brewster, diretor de Defesa da Criança para a Compassion International na Ásia em 1996 (The “4/14 window” - Child Ministries and Mission Strategies). O autor já atuou em ministérios para a criança e famílias por trinta anos e é doutor em missiologia. Atualizado por ele mesmo em agosto de 2005, o artigo apareceu inicialmente como um capítulo de seu livro Children in Crisis: A New Commitment. A ideia para este documento em que o autor defende a importância da mobilização missionária em favor das crianças veio de uma exposição do Dr. Bryant Myers, diretor dos ministérios MARC da Visão Mundial. A exposição, no início da década de 90, tinha o título “O estado das crianças no mundo: um desafio cultural para a Missão Cristã nos anos 90”. Brewster disse que, para ele, a parte mais importante daquela apresentação foi o espantoso gráfico que mostrava, nos Estados Unidos, que aproximadamente 85% das pessoas que fazem uma decisão por Cristo o fazem entre as idades de 4 a 14 anos.

Ele encontrou eco para esta afirmação no pesquisador cristão George Barna. Em seu livro “Transformando crianças em campeões espirituais” de 2003, Barna apresenta resultados de uma extensa pesquisa prévia sobre decisões de fé nos Estados Unidos, conforme Brewster observa: “Entre pessoas com 13 anos de idade, 93% se considera cristã e, ainda que apenas 34% tem um entendimento claro do que isso significa, parece que se as pessoas vão se tornar cristãs elas estão muito mais propensas a fazer isso em torno dessa idade” (Barna in Brewster, 2005). A conclusão de Barna é que a probabilidade de alguém receber a Jesus como seu salvador foi de

32% entre as idades de 5 a 12 anos, 4% entre 13 a 18 e 6% para pessoas acima de 19 anos. A partir dessas informações Brewster conclui que se alguém não recebe a Jesus durante a adolescência, a chance de fazê-lo depois é pequena.

No website de George Barna se lê sobre sua pesquisa e o livro que resultou dela: “Basicamente, o que você acredita por volta dos 13 anos de idade, é o que você vai morrer acreditando. Obviamente há muitos indivíduos que passam por experiências de transformação de vida em que suas crenças são alteradas, ou mesmo por situações em que um bloco de ensinos religiosos tem um ou mais princípios mudados. No entanto, a mente da maioria das pessoas está formada e eles acreditam que sabem o que precisam saber da espiritualidade aos 13 anos. Seu foco em absorver ensino religioso a partir dessa idade se concentrará em fortalecer e confirmar suas crenças, muito mais do que colher novas ideias para redefinir seus fundamentos” (Barna, 2003).

Mais recentemente, o evangelista Luis Bush, nascido na Argentina e criado no Brasil, iniciou um movimento para levantar uma

10 SUPER20 11AMMEanterior a 2003, que aproximadamente 85% das decisões por Cristo nos Estados Unidos acontecem na faixa dos 4 aos 14 anos de idade.

Uma porta nativaOnde se abre uma janela, pode-se abrir também uma porta. Pessoalmente, tomei conhecimento da Janela 4/14 quando trabalhei como diretor nacional de marketing da Visão Mundial a partir de 1997. Aqueles dados me intrigaram, mas logo supus, de minha experiência na evangelização de crianças, que a janela brasileira deveria ser no andar de cima. Nosso cenário religioso é muito diferente do norte-americano. A simples extrapolação de dados coletados em outro contexto me pareceu indigno, ainda que o conceito fosse muito interessante. Por isso, a partir de 2.000, quando fundamos a AMME, começamos a coletar informações sobre a idade de conversão dos brasileiros. As informações que obtivemos ao longo de vários anos, em todo o país, indicaram um cenário muito diferente daquele indicado pela Janela 4/14. Mais recentemente decidimos compartilhar o que descobrimos de forma objetiva. Foi assim que surgiu a proposta SUPER20.

A AMME Evangelizar tem mobilizado a Igreja Brasileira para a evangelização de jovens, adolescentes e crianças desde a fundação. Isso foi um reflexo de minha própria experiência, inserido na evangelização desde os cinco anos, trabalhando na evangelização de crianças e adolescentes durante toda a minha adolescência e dando especial destaque a esse ministério no pastorado. Com o lançamento da proposta SUPER20 em outubro de 2009, a AMME iniciou uma nova fase no esforço para ajudar a Igreja Brasileira a melhorar a evangelização. Agora, alguns meses depois, desenvolvendo várias ações conectadas à proposta, apresentamos a revisão do SUPER20, inclusive com um novo visual.

Nosso objetivo é ajudar as igrejas evangélicas brasileiras a investir seus melhores esforços na vanguarda, contando com os crentes quando estão mais ousados e motivados para evangelizar as pessoas na idade em que estão mais abertas a ouvir e aceitar o Evangelho.

nova geração na janela 4/14. Nas palavras dele, que no final do século passado divulgou o conceito da Janela 10/40 e influenciou fortemente o trabalho missionário: “Nos primeiros anos deste novo milênio eu estou impulsionando um novo foco missionário: A janela 4/14. Mesmo que por outras razões, este também pode ser chamado a essência do essencial. A janela 10/40 se refere ao contexto geográfico; a Janela 4/14 descreve um contexto demográfico uma época da vida que compreende dez anos entre os 4 e 14 anos de vida.” (Bush, 2009)

Em seu livreto “Raising Up a New Generation from the 4/14 Window to Transform the World” (Levantando uma nova geração na janela 4/14 para transformar o mundo), Luis Bush, líder do ministério Transform World reafirma a ideia da janela 4/14 começando pelo pensamento de que qualquer pai ou qualquer pessoa que já foi criança sabe que a infância é um período formativo. Baseado na bibliografia que consultou, Bush toma como certo que 90% de nosso cérebro está formado quando chegamos à idade de três anos, e que 85% de nossa personalidade adulta está formada quando chegamos aos 6 anos de idade. O artigo de Brewster faz parte da bibliografia do livreto e, a partir dele, Bush retoma os resultados da pesquisa de Barna, quem achou, em pesquisa

12 SUPER20

Olhar brasileiroOs discípulos de Jesus ocupados com a comida que buscaram com tanto interesse e prioridade, não podiam ver a multidão faminta do conhecimento de Cristo, não enxergavam aquilo que Jesus enxer-gava. Nascida sob as sombras do catolicismo, entrincheirada por leis da religião oficial, o evangelicalismo brasileiro herdou uma perso-nalidade ensimesmada, tímida e egocêntrica. Levantar os olhos e ver os campos brancos não tem sido um exercício fácil, nem mesmo na oportunidade do crescimento acidental das últimas décadas do sé-culo XX. Nosso entendimento, contudo, é que não faremos a obra de Deus olhando apenas para o próprio prato e por isso nos dispu-semos ao esforço de superação que a pesquisa evangélica demanda.

Enquete FrutificarFrutificar é uma conferência sobre evangelização realizada durante vários anos em muitas cidades do país. As reuniões, que foram sem-pre abertas e amplamente divulgadas, atraíram um público bastan-te variado em termos de denominação, gênero, idade, escolaridade e serviço. O público distinguiu-se apenas por ser urbano, evangéli-co e razoavelmente interessado em evangelização. Cada participante foi solicitado a preencher uma ficha de cadastro e avaliação, na qual incluiu-se, além de questões demográficas, perguntas sobre agente da evangelização e idade da conversão. As informações coletadas ofere-ram recursos para uma pesquisa quantitativa sobre a conversão.

Para a proposta SUPER20 foram selecionadas as fichas preenchi-das nos anos de 2007 e 2008 nos estados da Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal. As fichas válidas consideradas

para este relatório foram 5.209. Foram des-consideradas fichas em que as informações tabuladas não foram encontradas. Foram descartadas as fichas respondidas por pessoas que, no momento da resposta, tinham menos de 20 ou mais de 60 anos de idade. Quanto ao gênero, 46,82% dos respondentes foram ho-mens, 53,18% mulheres. Os 2.741 ou 52,62% dos respondentes declararam serem ativos em algum ministério na igreja.

Seguindo a orientação da proposta SUPER20, três faixas de idade de conversão foram destaca-das do universo dos respondentes: 4-10; 11-17; 18-24 anos de idade. O universo assim delimita-do consistiu em 4.016 figuras.

Experimento Janela da ConversãoPara aprofundar as considerações sobre a pes-quisa qualitativa baseada na Enquete Frutificar, desenvolvemos um Experimento que ficou conhecido como “Janela da Conversão”, e ofe-receu subsídios para uma pesquisa qualitativa que amplia a categorização dos dados coletados inicialmente, permitindo o desdobramento da informação em novas hipóteses.

O Experimento foi lançado através de um ar-tigo explicando a pesquisa e o questionário a ser respondido, postados no portal da evan-gelização, website da AMME Evangelizar, em <www.evangelizabrasil.com/2009/09/25/teste>. Duas comunicações foram emitidas por e-mail para a base de relacionamentos da AMME e em quatro dias obteve-se 221 ques-tionários corretamente preenchidos. O Ex-

14 SUPER20 15AMMEperimento incluiu um viés, já que os respondentes foram líderes, envolvidos com evangelização e com acesso à internet, mesmo as-sim se constituiu em excelente contribuição no aprofundamento da Enquete Frutificar.

Quanto ao gênero, 48,41% dos respondentes foram mulheres e 51,59% homens. Quanto à idade os respondentes tinham entre 10 e 79 anos de idade sendo que 81,45% estava entre vinte e 49 anos. A afiliação também foi bem variada: 36,65% dos respondentes era de denominações conservadoras; 14,48% de igrejas renovadas; 36,20% de denominações pentecostais; 10,86% de igreja neopentecostais e 1,81% não declarou sua filiação. A maioria dos respondentes, 88,23%, eram ativos no ministério, contra 52,62% da Enquete Frutificar. Dos respondentes ativos no ministério, 40% eram pastores ou líderes. Também, 94,57% do total evangelizava.

Desse universo foram destacadas as três faixas de idade de conversão da proposta: 4-10, 11-17, 18-24 anos de idade. Resultaram então 171 figuras, sendo que o grupo de 50 respondentes convertidos com 25 anos de idade ou mais foi considerado para efeito de comparação.

Fundamentação teóricaEm pesquisas dessa natureza, o marco teórico tem sido quase exclu-sivamente o psicopedagógico. Na falta de pesquisa mais profunda no funcionamento do cérebro humano, devido à falta de tecnologia su-ficiente, a psicologia do desenvolvimento, baseada na observação do comportamento, evoluiu muito mais depressa do que a neurologia. Psicólogos e pedagogos foram os principais explicadores dos proces-sos de aprendizado e de decisão e Jean Piaget se destaca entre eles.

Durante os anos 90, novos e interessantes resultados obrigaram a re-visão de muitas ideias e conceitos estabelecidos anteriormente, ou de-ram razão científica para observações do comportamento. Deveu-se isso ao desenvolvimento das tecnologias de escaneamento do cérebro e significativos investimentos financeiros no acompanhamento, pela primeira vez, das mesmas crianças durante vários anos.

A insipiente neurologia anterior era baseada principalmente na mor-fologia. Dava conta, por exemplo, de que as grandes transformações do cérebro teriam terminado por volta dos 10 anos de idade e credi-tava todas as transformações da adolescência aos hormônios. Hoje se sabe que é na puberdade que o cérebro inicia a série de trans-formações sem precedentes, que fazem o cérebro do adolescente muito distinto do da criança ou do adulto. Longe de ser uma idade onde comportamentos e valores estão cristalizados, a adolescência é uma nova e fértil oportunidade de educação e desenvolvimento. Então, sem desprezar a sociologia, psicologia e pedagogia pertinentes, descobrimos na nova neurologia, mais que excelente fundamento para nossas pesquisas, uma fonte de informação que possibilitou melhor interpretação dos dados e compôs a proposta SUPER20. Nesse processo, entre outros, o trabalho de Suzana Herculano-Houzel, neurocientista brasileira, foi de grande importância.

Abram os olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para a colheita.

16 SUPER20 17AMME

Fatos do argumentoDizem que contra fatos não há argumentos, mas na pesquisa os fatos são os argumentos. Aqui estão os nossos.

Ao apresentar os dados e comparar as duas pesquisas, considera-remos a nomenclatura crianças, adolescentes e jovens para facilitar a referência às respectivas faixas de idade da proposta SUPER20: 4-10, 11-17 e 18-24.

1. Da idadeNo total, as conversões de crianças, adolescentes e jovens representaram 77,10% do total de respondentes da Enquete Frutificar e número bem semelhante no Experimento (77,37%). Portanto, a conversão dos mais jovens representa mais de três quartos de todas as conversões.

Na Enquete Frutificar 24,68% dos respondentes declarou haver se convertido de 4 a 10 anos de idade, 42,28% de 11 a 17 anos e 33,04% entre 18 e 24 anos de idade. Com a última faixa virtual-mente empatada com o Experimento (33,91%), houve uma discre-pância nas duas primeiras faixas. No Experimento as conversões de 4 a 10 foram um terço menores 16,96% e as de 11 a 17 foram quase 20% maiores 49,12%. Mesmo considerando o número mais conser-

vador da enquete, as conversões entre os adolescentes foram dois terços maior do que entre as crianças, e quase um terço maior do que entre os jovens. Nas duas pesquisas os adolescentes são a faixa de maior conversão e, no Experimento Conversão, consi-derando apenas os adolescentes de 11-17, nos três primeiros anos se converteu 30,95% da faixa, contra 40,81% nos três últimos anos. Portanto, os adolescentes com mais idade se converteram mais do que os mais jovens.

2. Do gêneroOs 46,82% respondentes da Enquete foram homens e 53,18% mulheres. As mulheres se converteram mais do que os homens na infância, 26,73% contra 22,37% e na adolescência, 44,88% contra 39,37%. Os homens se converteram mais do que as mulheres na juventude, 38,26% contra 28,38%.

No Experimento Janela da Conversão 48,41% dos respondentes foram mulheres e 51,59% homens. A discreta inversão na proporção em relação à Enquete é explicada pelo fato de o público do Expe-rimento ser constituído por líderes. As mulheres se converteram mais do que os homens apenas na infância: 19,51% contra 14,61%. Na adolescência e na infância os homens se converteram mais: 50,56% contra 47,56% e 34,83% contra 32,93%. Ambas as pesquisas

46,82%homens

53,18%mulheres

26,73% infância

44,88% adolescência

28,38% juventude

22,37%infância

39,37%adolescência

38,26%juventude

Conversões por idade

Conversões por gênero e idade

18 SUPER20 19AMMEindicam que as mulheres tenderam a se converter um pouco antes do que os homens.

3. Da atuação ministerialDos respondentes à Enquete, os que fizeram seu compromisso com Cristo ainda criança se envolveram um pouco menos no minis-tério (50,65%) do que os que fizeram seu compromisso na adoles-cência (59,48%) e na juventude (61,87%). Nesse aspecto o viés do Experimento Conversão aparece mais nítido, já que 90,06% dos respondentes se declararam envolvidos com o ministério, princi-palmente no pastoreio e liderança, ensino, diaconia e louvor, contra 58% dos respondentes da Enquete Frutificar. De qualquer modo os números representam o fator preponderante no crescimento das conversões evangélicas, a igreja participativa.

4. Do agente evangelizadorOs respondentes da Enquete Frutificar disseram que seus parentes foram os evange-listas em 67,30% das vezes em que a conversão ocorreu na infância, 48,11% das vezes em que a conversão ocorreu na adolescência e em 35,04% das vezes em que a conversão ocorreu na juventude. É interes-sante notar que, mesmo diminuindo em influência conforme a idade das pessoas aumenta e provavelmente se tornam mais independentes, a família permanece muito significativa. Por outro lado os amigos, como evangelistas, cresceram em impor-tância de 23% na infância, para 39,46% na adolescência e 49,28% na juventude. Juntos, parentes e amigos foram responsáveis por 87% das conversões em média, contra menos de dez por cento de todos os outros meios ou agentes de evangelização.

No Experimento Janela da Conversão, os parentes representaram 68,96% dos agentes da evangelização de crianças, sendo que os pais foram os evangelistas em 58,62% dos casos. Para os adolescentes os parentes foram os evangelistas em 53,57% dos casos, e os amigos da mesma idade foram os evangelistas em 11,9% dos casos, número menor nesse caso porque no Experimento especificou-se amigos da mesma idade, por isso também outros agentes da evangelização somaram um número bem maior (34,52%), já que inclui amigos de outras idades. A família diminui em influência para os jovens, repre-sentando apenas 20,69% dos agentes da evangelização e os amigos da mesma idade crescem ainda mais, representando 29,31%, quase um terço a mais do que a família, não contando com os amigos de outras idades. Nas duas pesquisas fica patente a importância insu-perável da evangelização relacional.

5. Do contexto religiosoNo Experimento Conversão a maior parte das conver-sões de crianças aconteceu em um contexto evangélico (55,17%) e somente 44,83% em contexto católico. Como nessa faixa quase metade dos que declararam terem se convertido em um contexto católico alegou também terem sido pai/mãe os agentes da evangelização, é possível que tenham feito

seu compromisso com Cristo junto com seus pais, o que faria com que até três quartos das conversões de crianças tivessem acontecido em um contexto evangélico.

Na adolescência o contexto evangélico aparece em menos da metade das conversões (47,62%), o contexto católico foi o segundo (42,86%) e aparecem conversões em outros contextos religiosos

amigos outrosparentes

67,30 %

48,11 %35,40 %

49,28 %

15,32 %

39,46 %

12,43 %23 %

9,70 %

infância

adolescência

juventude

%

%

%

%

%

%

%

%

%

Contexto religiosoAgente Evangelizador

20 SUPER20 21AMMEem lar evangélico que ouviram o evangelho quando criança mas só fizeram sua decisão na adolescência, possível reflexo da demora de algumas famílias e igrejas em estimular o compromisso objetivo da criança.

7. Do local da evangelizaçãoOs respondentes que se converteram dentro das três faixas de idade declararam que sua própria casa foi o principal lugar onde ouviram o Evangelho (42,10%), em segundo lugar veio a igreja (23,98%) e em terceiro “outro lugar” (17,54%) – um convite à criatividade na evangelização de crianças, adolescentes e jovens. Todos os outros locais de evangelização somaram apenas (16,38%).

Os respondentes que foram evangelizados quando crianças ouviram o Evangelho quase que exclusivamente em sua casa ou, na mesma proporção, em uma igreja, o que reflete o grande número dos que viviam em famílias evangélicas. Já para os que ouviram o Evangelho na adolescência, sua casa (52,38%) foi o local mais de duas vezes que a igreja (22,62%). A igreja foi ainda menos importante como local para a evangelização de jovens (18,96%) que, mais do que os outros, foram evangelizados em “outro lugar” (32,76%).

Assim, a igreja, local onde os cristãos concentram mais esforços para

com 9,52%. Nessa faixa, as conversões em contexto evangélico ainda declinaram conforme a idade dos adolescentes aumentou, favorecendo o aumento das conversões em outros contextos. Dife-rente do que aconteceu com os que fizeram seu compromisso na infância, somente menos de um terço dos adolescentes que se converteu em contexto católico e somente 10% dos que se conver-teram em contexto de outras religiões declararam que o evangelista foi pai/mãe, portanto, poucos foram os que podem ter se convertido junto com seus pais.

Na juventude as conversões no contexto evangélico foram de apenas 17,24% contra 63,79% das conversões em contexto cató-lico. Também houve um forte acréscimo dos convertidos em outros contextos religiosos (18,97%). Quando as faixas do SUPER20 são comparadas com as conversões de adultos, a tendência fica ainda mais clara: Acima de 25 anos de idade, as conversões em contexto evangélico representam apenas 12% do total. É nítido que as crianças nascidas em um contexto evangélico se convertem principalmente na infância, e aquelas nascidas em outros contextos religiosos se convertem principalmente na adolescência e juventude.

6. Do ouvir e decidirAlém do compromisso com Cristo, o Experimento Conversão perguntou sobre a idade em que os respondentes ouviram o Evan-gelho, para identificar o tempo de resposta. Na faixa de 11 a 17 anos, 45,24% dos respondentes ouviram o Evangelho na faixa anterior, quando criança; deles, a maioria (68,42%) era de família evangélica e outros 13% declararam que o agente da evangelização foram pai/mãe, podendo ter se convertido junto com eles. Na faixa dos que fizerem seu compromisso com Cristo entre 18 e 24 anos, 13,8% dos respondentes ouviu o Evangelho quando criança, número seme-lhante ouviu quando adolescente (12,06%).

Portanto, três entre cada quatro jovens, mas somente metade dos adolescentes, se converteram na mesma faixa de idade em que ouviram o evangelho. Nisso influiu um grande número de nascidos

Idade de conversão / evangelização

Ouviu a mensagem do evangelho entre4 e 10 anos 11 e 17 anos 18 e 24 anos após os 25 anos

11 | 17

100% 47%53%04 | 10

18 | 24 25 | +

74%

14%12%

58%20%

11%

11%

22 SUPER20 23AMMEtrazer e evangelizar as pessoas, caiu de cerca de 40% em importância na infância, para 22,62% na adolescência e 18,96% na juventude. Já a grande importância da casa do respondente parece indicar nova-mente a importância da evangelização relacional superando a evan-gelização institucional. A escola, local onde a maioria das crianças, adolescentes e jovens passa a maior parte de seu tempo revelou-se uma opção pobre como local de evangelização: não pontuou na infância, obteve menos de 4% de relevância na adolescência e menos de 7% na juventude – isso parece refletir a falta de maturidade dos programas de evangelização na escola.

8. Do afastamento e retornoDas pessoas que fizeram seu compromisso com Cristo na infância, 37,93% se afastou da fé, sendo que a maioria (63,6%) eram filhos de evangélicos e quase metade se afastou na adolescência. Daqueles que fizeram seu compromisso na adolescência 30,95% se afastou, sendo que mais da metade (53,84%) eram filhos de evangélicos e metade se afastou ainda na adolescência. Dos que se converteram na juventude apenas 13,8% declarou haver se afastado e apenas cerca de 10% era filho de evangélicos.

Portanto, a quantidade de afastamentos decaiu conforme a decisão foi tomada mais tarde. Isso pode refletir uma falta de acompanhamento dessas decisões temporãs. Onde havia muitos filhos de evangélicos, eles representaram uma proporção muito maior dos afastados do que entre os nascidos em lares de outras confissões religiosas. Isso

pode indicar um menor grau de realidade na decisão de quem foi “criado na igreja”. Não foram considerados aqui aqueles afastamentos de filhos de famílias evangélicas que aconteceram antes de um compromisso com Cristo.

O retorno aconteceu assim: 13,33% na adolescência, 35,55% na juventude, 46,67% acima de 25 anos de idade. Esse tema não foi suficientemente pesquisado e deve merecer atenção mais específica nas próximas pesquisas.

9. Evangelização de crianças

Quase todos os respondentes (94,57%) do Experimento Conversão declararam que evangelizavam. Isso é muito mais do que ocorre na igreja em geral, mas perfeitamente aceitável no viés de 88,23% de respondentes ativos no ministério. O que precisa ser conside-rado aqui é que 27,7%, ou seja, mais que um quarto daqueles que declararam evangelizar, disseram que não evangelizavam crianças. Considerando o grande potencial de conversão das crianças, e o fato de a maioria haver feito seu compromisso com Cristo ainda bem jovem, isso denota um problema.

37,93%infância

30,95%adolescência

13,08%juventude

casaigreja escola,parque,

clube, faculdade

10%42 98%23 54%17outros lugares

38%1694%

%

evangelizam

27não evangelizamcrianças

Local de evangelização

Afastamento do Evangelho

Evangelização de Crianças

24 SUPER20 25AMME

Outro pensarÉ preciso habituar-se a isso: quanto mais perguntamos, mais perguntas temos. Se aprendemos, sabemos que precisamos sa-ber. Nossa pesquisa suscita as seguintes questões, para as quais buscamos respostas.

Porque a janela brasileira fica no segundo andar? Vários fatores parecem determinar que, no Brasil comparado aos Estados Unidos, os adolescentes e não as crianças sejam o prin-

cipal grupo de conversão. O fator religio-so é preponderante. A criança é usual-mente ensinada na fé de seus pais e tem pouca oportunidade e capacidade para

decidir-se diferentemente. Ora, os evangé-licos representam menos de um quarto da população, por isso é natural que a maior parte das pessoas que se converte na infân-cia seja nascida em lares evangélicos e que o número total das crianças que se convertem seja menor que o de adolescentes e jovens. Agrava esse modelo a condição de proteção da criança, causada pela violência e outras ameaças nos grandes centros urbanos, que diminuem o acesso da Igreja. Falando re-centemente com líderes estadosunidenses em uma conferência, ouvi que, com a des-

cristianização daquele país, os números achados anteriormente por Myers, Brewster e Barna começam a mostrar claros sinais de mu-dança, tendendo para a nossa realidade. Também ouvi de uma mis-sionária nas Filipinas, país de colonização católica, que os números ali podem ser muito mais semelhantes aos nossos.

Porque os adolescentes se convertem mais?Identidade – Os adolescentes estão em busca de uma identidade adulta e, nesse processo, rejeitam aquilo que pode associá-los à in-fância, inclusive a influência da família e a religião dos pais. A fé evangélica pode oferecer uma forte identidade a adolescentes ori-ginários de famílias de outras religiões. Insatisfação – Com um sistema de recompensa empobrecido, o adolescente sai em busca de experiências radicais que tenham o poder de produzir novas e mais intensas sensações prazerosas. Novos relacionamentos e mes-mo uma experiência religiosa mais intensa podem ser maneiras de suprir essa carência. Argumentação – Com o aumento da massa branca a velocidade do raciocínio do adolescente aumenta extrema-mente em relação à infância e ele se torna mais questionador e mais argumentativo. O cristianismo evangélico tanto pode satisfazer me-lhor sua necessidade de uma fé mais racional como a defesa de uma nova fé religiosa oferece a oportunidade de exercitar a argumen-tação. Relacionamentos – Na medida em que se torna mais hábil nos relacionamentos o adolescente busca novas amizades e se tor-na mais sensível à evangelização relacional de outros adolescentes preparados para evangelizar. Inovação – a adolescência é dominada pela sede por coisas novas e a mudança de fé provê toda uma gama de novidades. Todos esses fatores facilitam a conversão dos adoles-centes e superam inclusive a inabilidade e despreparo da igreja para alcançá-los e mantê-los.

Porque as mulheres se convertem primeiro?Alcançando a puberdade antes dos meninos as meninas também en-tram antes no processo de transformação neurológica que amplia as possibilidades de conversão entre os adolescentes. Vários fatores sócioculturais também cobram maior responsabilidade das meninas

26 SUPER20 27AMMEpor sua vida e futuro, como a perspectiva antecipada de casamento, por exemplo, já que as mulheres, tradicionalmente, casam-se mais jovens. Um outro fator pode ser a identificação da fé com o uni-verso feminino, e a carnalidade como uma prerrogativa masculina, o que inicialmente previne a conversão dos meninos.

Porque a família diminui em importância na evangelização?A família, principalmente pela dificul-dade dos pais para se ajustarem à de-manda dos filhos por independência, passa a representar um indesejável vín-

culo com a infância. Em seu proces-so de amadurecimento o adoles-

cente rejeitará e se afastará cada vez mais dos costu-

mes e exigências da fa-mília, em busca de seu

próprio caminho. Nesse processo os amigos da mesma

idade terão maior influência, já que se tornam a referência preferencial no processo de inclusão social.

Porque os filhos dos crentes se afastam tanto?A fé na infância é sobretudo afetiva. As crianças creem no que seus pais creem, e isso é determinado pela qualidade do relacionamento, pelos vínculos de con-fiança e modelo da aprendizagem. Na medida em que vivenciam as transfor-mações da adolescência e o cérebro se torna mais capaz, as coisas que eram simplesmente aceitas passam a ser alvo de contestação e escrutínio. Isso é bom,

mas família e igreja não estão preparadas para verem seus adoles-centes contestarem a fé que tinham tão candidamente na infância. A contestação é reprimida como algo indesejável e deixada sem as ne-cessárias respostas. Pressionado pelos colegas, pelo mundo, por no-vas oportunidades, novas possibilidades e novos desejos carnais que acompanham o crescimento, o adolescente cristão, sem elementos para permanecer na fé, se desvia.

Porque a evangelização de crianças ainda é secundária?O modo como a criança é vista na sociedade parece ser determinan-te em sua consideração como alvo de missões. Na medida em que a criança não é vista como uma pessoa de pleno direito, também é ignorada nos planos da Igreja. Jesus mandou pregar o Evangelho a toda criatura, mas a criança não parece ser “criatura” suficiente para receber o Evangelho. A criança como objeto de propriedade dos adultos, como um ser informe, como uma possibilidade futura, sofre dos novos discípulos a mesma antiga repreensão. Longe de serem incentivadas a se aproximarem do Mestre, são afastadas dele. Desse modo, muitos dos ministérios infantis, longe de serem am-biente mais apropriado para o desenvolvimento da fé infantil, são retiros da fé e do culto.

Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura: crianças, adolescentes ou jovens.

28 SUPER20 29AMMEensinamos fiquem no caminho certo precisamos eliminar todo o tipo de distração, contaminação ou influência. Elas precisam estar dedicadas. Portanto, ensinar não é apenas falar, não é esbravejar, não é negociar, mas dedicar, agir de modo que se esteja integral-mente dentro do caminho em que devem andar. O próprio termo que usamos em português tem um significado assim bem abran-gente. Ensinar significa colocar um sinal, uma marca (ensinar = en+signar). A pedagogia moderna, insegura e cheia de culpa, onde quem ensina se coloca à margem, como facilitador apenas, não tem vontade e nem força para cumprir as condições dessa promessa.

Criança - O termo (na’ar) tradu-zido como “criança” era igual-mente aplicado para adolescentes e para os servos. Presente em 238 vezes nas Escrituras, é traduzido 76 vezes como homem jovem, 54 vezes como servo, 44 vezes como criança, 33 vezes como rapaz, 15 vezes como jovem, 7 vezes como crianças, 6 vezes como juventude, 1 vez como bebê, 1 vez como meninos, 1 vez como juvenil. Portanto, a ideia do adolescente ou jovem tem o dobro de possibi-lidades na tradução desse texto do que a ideia de criança. Várias tradu-ções concordam com isso, inclu-sive a Vulgata Latina que traduz assim: “proverbium est adules-cens iuxta viam suam etiam cum senuerit non recedet ab ea”. Note o termo adulescen substantivo do latin que significa homem ou

Está escrito!

Esse é, possivelmente, o texto mais representativo da teologia evan-gélica da criança. O texto moldou nossa forma de ver a criança e a oportunidade de influenciar sua vida espiritual. Sempre que queremos enfatizar a importância de ensinar às crianças, este texto nos ocorre. É de fato um texto de grande importância para o ensino, mas o espectro que ele alcança é mais amplo do que pensamos inicialmente, quando lemos nossas traduções e versões disponíveis. É preciso olhar com muito mais atenção para o que está escrito, ou nos arriscamos a um ministério insuficiente.

A sabedoria de saberEste texto é um dos provérbios atribuidos ao rei Salomão, conside-rado um dos homens mais sábios de todos os tempos. A primeira coisa que nos atrai quando examinamos este texto é o resultado que podemos obter: “ainda quando for velho, não se desviará dele”. É um resultado que certamente queremos, mas para obtê-lo devemos compreender bem o que o texto está nos dizendo, as condições que ele estabelece. Há aqui quatro palavras para examinarmos com mais cuidado:

Ensina - O termo (chanak) da língua original traduzido por “ensina”, significa “dedicar”. O modo como este texto prevê o ensino é “dedicando-as”, tornando-as exclusivas do caminho em que devem andar. Algo que é dedicado não pertence a ninguém mais, não pode ser contaminado, não se divide. Se queremos que as pessoas que

“Ensina a criança no caminho em que deve an-dar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Pv 22:6.

30 SUPER20 31AMMEmulher jovem, juventude. A raiz da palavra é “chacoalhar” como se faz quando se quer saber o que há dentro. A ideia parece ser a de uma pessoa dependente, um dependente como costumamos dizer no Brasil, que ainda não tem o suficiente para conquistar sua autonomia. As crianças são assim e também os adolescentes ou os servos. Caminho - O caminho ao qual a criança deve ser dedicada pelo adulto é um modo de vida, um jeito de viver. Se supõe que o adulto saiba que modo de vida é esse ou não poderá ajudar a criança ou adolescente a se dedicar a ele. Quando o “caminho” é o próprio modo de vida do adulto, a criança o adolescente ou jovem começam a cometer os mesmos erros que veem o adulto cometer. Próximo da adolescência a criança deixa os pais como modelo (na medida em que se desmistificam como super heróis) e busca seu próprio caminho, seguindo outros adultos, artistas, esportistas, figuras públicas como modelo ou “caminho”. Os modelos tem grande poder no ensino,

mas grande parte das figuras públicas não tem o tipo de vida a que queremos ver dedicados aqueles que

dependem de nós. É preciso um modelo infa-lível para inspirar uma verdadeira dedicação.

“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” João 14:6. Jesus se apre-sentou como “o caminho”, o modelo a ser seguido.

Deve andar - Essa expressão é a tradução de uma única palavra (peh) na língua original. Essa palavra significa boca e, por extensão, palavra ou mandamento. Portanto aquele caminho em que a

criança, o adolescente, o jovem devem andar é aquele que foi

falado, mandado por Deus. As pessoas que dependem

de nós não existem para satisfazer nossas vontades e caprichos. - Faça assim porque eu quero; porque eu estou mandando; porque eu sou mais forte; porque eu sou mais capaz - agir dessa maneira produz uma situação de injustiça que Deus repudia. O adulto é tão humano e tão falho diante de Deus quanto a criança - “todos pecaram” Rm 3:23. A autoridade do adulto para dedicar quem depende dele ao modelo de vida, vem de Deus. É Deus quem dá autoridade ao pai, ao mestre, e essa autoridade brota do que foi mandado por Deus, a Bíblia é a fonte. O modelo para a criança, o adolescente e o jovem é o que foi mandado. Jesus mesmo seguiu o que Deus mandou. Ele disse: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo, e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou.” João 5:30. O adulto que não sabe o que Deus mandou, fica sem autoridade.

A sabedoria de fazerPorque as traduções tão comumente aplicam esse texto à criança, eliminando um período tão próspero e frutífero de ensino, e dimi-nuindo as chances de que a promessa incluída no texto se confirme para benefício de quem aprende e de quem ensina? Tenho duas hipóteses, uma literária e outra cultural.

Um dos recursos literários do livro de Provérbios é lidar com extremos. Assim, pode ter parecido muito razoável aos tradutores opor infância e velhice e, dessa forma, limitaram artificialmente o período em que o ensino deve ser dado. A falta de uma palavra que traduza a amplitude do termo hebraico também não ajudou. Seme-lhantemente os tradutores podem ter sido influenciados pela crença comum de que a educação só produz efeito na infância, ideia corro-borada pela aparente arrogância e obstinação do adolescente. O fato é que usamos uma tradução pobre do termo, o que contribui para a formação de uma ideia incompleta.

O texto que lemos inicialmente seria melhor interpretado assim: “Dedique a pessoa que depende de você a seguir o modelo mandado por Deus e até o fim da vida ela continuará assim.”. Essa versão deve

32 SUPER20 33AMMEnos lembrar que: 1) Ensinar é levar à dedicação; 2) Somos responsá-veis pelo futuro de quem depende de nós; 3) Não somos o melhor modelo para seguir - Jesus é o caminho; 4) A autoridade que exer-cemos vem do que Deus mandou.

Ensinar adolescentes e jovens, não somente é tão eficiente do que ensinar crianças, como também é a única maneira de asse-gurar que o ensino da infância produzirá os frutos que dese-jamos. Contudo, não é possível ensinar o adolescente da mesma maneira que ensinamos a criança. Há profundas diferenças que devemos atender para obtermos resultado. Adolescentes, por exemplo, pensam mais rápido do que as crianças, ouvem, veem com mais facilidade, e são dominados por um útil impulso de independência. Sua aparente arrogância e obstinação são um aviso de que é preciso apresentar-lhes o ensino de uma maneira mais racional e mais participativa.

A sabedoria de ensinarAqui estão algumas coisas práticas para você fazer. Olhe à volta para tantas crianças, adolescentes e jovens. Jesus mandou pregar o Evan-gelho a toda criatura, ele estava pensando nessas pessoas também. Como discípulo de Jesus você é responsável por fazer discípulos entre as crianças, os adolescentes e os jovens e ensinar-lhes todas as coisas que Jesus nos ordenou. Para fazer isso de modo efetivo, para que eles permaneçam:

Assuma a responsabilidade - Ensinar é a Grande Comissão, é a função fundamental de todo cristão bíblico. Exorte, console, conforte eliminando as opções, até que as pessoas que dependem de você estejam completamente dedicadas, e percebam que há somente um caminho.

Desenvolva relacionamentos - Não é possível ensinar se não se desenvolve um relacionamento responsável. Assuma sua posição como adulto, não se deixe enganar pela ilusão de que é preciso ser irresponsável para ter acesso aos mais jovens.

Coloque Jesus no centro - Jesus deve ser seu modelo de vida, você deve estar seguindo e imitando Jesus em tudo o que faz para atrair os mais jovens a viverem da mesma forma. Através de sua própria vida, torne Jesus tangível para seus cérebros ávidos por sensações.

Ensine a Palavra de Deus - Não há outra fonte de autoridade válida para ensinar alguém. Conheça a Palavra e transmita-a. Deixe que Deus fale através de você. Leve o jovem a ouvir Deus falando.

Uma sociedade orgulhosa e soberba é humilhada todos os dias no insucesso da educação formal. Não é no ter, nem no ser, nem no estar, nem no fazer que reside a transformação. É no crer! Quando cremos o pouco se torna muito; quando cremos nos tornamos confiantes; quando cremos produzimos mais; quando cremos mudamos o ambiente em que estamos. É crendo que mudamos a nós mesmos e mudamos o mundo. Ensinar a crer é a vocação suprema da Igreja e a chave da transformação do mundo.

Não é possível ensinar se não se desenvolve um relacionamento responsável.

34 SUPER20 35AMME

Todos todos

O conceito de Evangelização Total tem fundamentado as ações da AMME Evangelizar e também foi um dos princípios que impul-sionou a proposta SUPER20. A ideia, baseada no texto da Grande Comissão conforme Marcos, sublinha os quatro “todos” implícitos ou explícitos na ordem de Jesus: Todo crente; Todo mundo; Todo Evangelho e Toda criatura.

Estamos convictos de que “todo crente” deve anunciar o Evangelho, e isso inclui as crianças, os adolescentes e os jovens. Se eles creem, devem ir! Os crentes devem ir por “todo mundo”, e mundo aqui significa muito mais as diferentes culturas e segmentos sociais, o que inclui o peculiar mundo das crianças e as tantas tribos e movi-mentos de adolescentes e jovens. Em todo mundo, “todo o Evan-gelho” deve ser anunciado, isso quer dizer que o Reino dos céus deve ser estabelecido para a transformação das pessoas. Também, toda criatura deve ouvir, isso significa que crianças, adolescentes e jovens também precisam do Evangelho do Reino. As pesquisas que resultaram na proposta SUPER20 fortaleceram essa ideia.

Tanto os números obtidos na Enquete e no Experimento, como a fundamentação teórica na neurologia moderna determinaram a contemplação de três faixas de idade, que foram denominadas como: Crianças, compreendendo pessoas de 4 a 10 anos; Adoles-centes, compreendendo pessoas de 11 a 17 anos – portanto uma

“E disse-lhes: Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas.” Mc 16:15

adolescência neurológica; Jovens, compre-endendo pessoas de 18 a 24 anos de idade.

Em cada uma dessas faixas de idade, há uma ênfase nuclear do relacionamento com a fé e com Deus: Acesso para as crianças, vivên-cia para os adolescentes e resultado para os jovens. As cinco dimensões da pessoa gra-vitam em torno da ênfase nuclear: Razão, Emoção, Memória, Consciência e Imagi-nação. A Igreja deve aprender a interferir produtivamente nesse conjunto, evan-gelizando as pessoas quando elas estão mais sensíveis ao Evangelho.

ACESSO para as crianças(4 a 10 anos)A principal característica da criança é sua secundarização. Mal representadas pelos adultos, elas ainda são impedidas de se aproximarem de Cristo e desfrutarem plenamente da libertação que existe nele. A maior responsabilidade e grande desafio da Igreja é garantir o acesso das crianças a Cristo, dentro do contexto de sua família.

Razão: Mais do que em qualquer outra fase da vida o aprendizado depende de modelos a serem imitados. O acesso a Cristo depen-de do provimento de modelos dignos, da interferência ativa da Igreja na relação entre adultos e crianças.

Emoção: Afetividade é a principal via de acesso da fé infantil. As convicções da criança dependem de um ambiente pleno

36 SUPER20 37AMMEde amor e segurança. A Igreja precisa transpor o templo e garantir esse ambiente no lar.

Memória: A memória operacional (de curto prazo) que vai de nula a muito pequena é um gargalo no aprendizado. A Igreja deve desen-volver suficiente didática para garantir o aces-so de Cristo à memória de longo prazo.

Consciência: A criança precisa ser protegida dos efeitos do relativismo, da amoralidade e da imoralidade que obstruem o acesso a Cris-to. A igreja deve estabelecer uma luta sem tré-guas contra o mundanismo no ambiente da criança.

Imaginação: A imaginação da criança torna ambiente único o real e o fantástico. A Igreja deve administrar essa ponte de modo produ-tivo, cuidando que a fantasia não se torne uma porta de entrada para o mundanismo.

VIVÊNCIA para os adolescentes (11 a 17 anos)Mal compreendidos em sua condição particu-lar, diferente da criança e do adulto, falta ao

adolescente a chance de uma situação onde expectativas e oportunidades estejam ple-

namente ajustadas a sua capacidade. A Igreja precisa aceitar o desafio de tra-duzir a fé de modo que o adolescente possa vivenciá-la integralmente.

Razão: Com a rápida ampliação da velocidade do pensamento, o adoles-cente passa a exigir explicação lógica

dos eventos que o afetam. A Igreja deve garantir que a fé se torne uma experiência racional para ele.

Emoção: Sem a inibição das funções elevadas de previsão e plane-jamento, o adolescente vive para o prazer sensorial. A Igreja precisa estar pronta a facilitar a experiência positiva da fé na música, cor, forma, som, ritmo e movimento.

Memória: A memória de curto prazo em desenvolvimento preci-sa ser suprida continuamente pela Igreja que deve ajudar também na construção e administração da memória de longo prazo, vital na composição da identidade.

Consciência: O adolescente vive um inevitável confronto com a imoralidade. Mesmo assim sua experiência cristã pode ser positiva, se a Igreja municiá-lo dos recursos racionais e morais para o debate.

Imaginação: A inventividade dos adolescentes e sua propensão para a inovação são potencial destacado para sua liderança e con-tribuição social. A Igreja deve facilitar sua experiência cristã absor-vendo esse potencial.

RESULTADO para os jovens (18 a 24 anos)Raramente bem preparados para os desafios da vida moderna, os jovens enfrentam com dúvidas, receio, muita dificuldade e pouca ajuda o fluxo crescente das responsabilidades da vida adulta. A Igre-ja deve estar disposta a acompanhar a integração social do jovem, ajudando-o a viver uma fé cheia de resultados.

Razão: A crescente capacidade de previsão e planejamento do jovem confere com a demanda por decisões que começam a afetar também a vida de outras pessoas. Para que sejam frutíferos dependem de apoio nesses processos.

Emoção: A necessidade de companhia traz o tema do namoro e

38 SUPER20 39AMMEdo casamento para a ordem do dia. A Igreja deve ajudar o jovem a construir o relacionamento heterossexual como o alicerce para um casamento equilibrado.

Memória: O jovem passa operar com grande quantidade de informação na universidade e no trabalho. Os princípios cristãos devem estar dinamicamente associados a toda essa informação para serem efetivos.

Consciência: Atuando em um mundo de valores dúbios, cheio de imoralidade, a vida cristã não escapa do testemunho apologético. A Igreja deve ajudar o jovem a afirmar princípios e valores bíblicos de modo produtivo.

Imaginação: No protagonismo social o jovem deve mostrar ca-pacidade de desenvolver soluções que afetarão a vida de outras pessoas e por isso devem ser conscientes e intencionalmente mar-cadas pela fé.

A dimensão socialEm um momento em que o crescimento populacional, a velocidade da informação, os problemas e ameaças da urbanização, produzem a sensação e a responsabilidade de uma vida coletiva, um exercício tão focado na pessoa pode parecer carente da dimensão social. Con-tudo, a pressão por uma evangelização das estruturas sociais e da cultura é apócrifa. A evangelização se destina às pessoas.

A proposta SUPER20 parte do princípio bíblico de que a dimensão social é consequente. O ser humano verdadeiramente evangelizado amará o próximo como a si mesmo. Crianças, adolescentes e jo-vens comprometidos com as Escrituras, serão verdadeiros agentes de transformação: desejosos, capazes e hábeis. Sua principal ferra-menta e recurso de transformação será a própria Evangelização: “O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é que vence o mundo? Somente aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus.” 1Jo 5:4,5.

Todos os outrosNossa pesquisa demonstrou que a partir dos 25 anos de idade a con-versão se torna cada vez menos frequente, até que a evangelização de idosos se torna muito difícil. Tal dificuldade não deve desesti-mular a Igreja, nem é essa a intenção da proposta. Nosso esforço é para impulsionar a igreja a adiantar-se para apresentar o Evangelho às pessoas quando elas são mais sensíveis ao Evangelho, e incluí-las como agentes da evangelização quando são mais dispostas e ousadas.

Para aqueles que não alcançou antes, a Igreja deve sim desenvolver estratégias adequadas e se esforçar em levá-los a Cristo. É uma res-ponsabilidade inalienável. Mas é sábio adiantar-se e alcançar crian-ças, adolescentes e jovens.

Crianças, adolescentes e jovens comprometidos com as Escrituras serão verdadeiros agentes de transformação

40 SUPER20 41AMME

Agora e depoisMenos de um ano depois do lançamento da proposta SUPER20 lançamos a primeira revisão, refletindo o aprendizado e o amadurecimento do tema. Nossa intenção é continuar revisando a proposta SUPER20 e ampliando o suporte de pesquisa científica e social. Também planejamos ampliar a discussão do tema com a Igreja Brasileira e desenvolver ações próprias e em parceria, para facilitar o trabalho da Igreja no conjunto da ênfase nuclear e das dimensões da pessoa para cada faixa de idade.

No esforço de ajudar a Igreja a cumprir sua tarefa de evangelizar todo mundo, especialmente aqueles que estão mais prontos e dispostos a aceitar o Evangelho e participar da evangelização, faremos e não somente só:

• Disponibilização da proposta em formato impresso e digital• Seminários em todo o Brasil para apresentação da proposta• Debates e oficinas para desenvolvimento das diretrizes• Consultoria para desenvolvimento e implementação de

programas• Produção e distribuição de textos relacionados• Novas pesquisas científicas e sociais sobre o tema• Revisão da proposta em 2011.

O acompanhamento dessas ações poderá ser feito a partir do web site da AMME Evangelizar em www.evangelizabrasil.com e questões relativas ao tema podem ser enviadas por e-mail para a administração em [email protected].

BibliografiaBARNA, George. Research Shows That Spiritual Maturity Process Should Start at a Young Age. Web site http://www.barna.org/barna-update/article/5-barna-update/130-research-shows-that-spiritual-maturity-process-should-start-at-a-young-age - 2003, disponível em outubro, 2009.

BEVILAQUA, Lia R. M., CAMMAROTA, Martín e IZQUIERDO, Iván. Ganhos Cerebrais – O olhar adolescente, N. 3. Editora Mente & Cérebro - São Paulo, Brasil – 2008.

BREWSTER, Dan. The “4/14 window”, child ministries and mission strategies. Arquivo PDF. Agosto, 2005. This article first appeared as a chapter called “The 4/14 Window: “Child Ministries and Mission Strategy” in Children in Crisis: A New Commitment edited by Phyllis Kilbourn, published by MARC, 1996.

BUSH, Luis. Raising Up a New Generation from the 4/14 Window to Transform the World. Transform World - 4-14 Window Booklet Full Resolution - Ready to Print (PDF) - Disponível no site http://4to14window.com/ em agosto, 2009.

BUSH, Luis. Abraza al Futuro, Levantando una Nueva Generación de la Ventana 4/14 para Transformar al Mundo. Associación de Naciónes de America para Cristo – Assunción, Paraguay, 2010.

DUNKER, Christian Ingo Lenz. Espelho, Espelho meu – O olhar adolescente, N. 1. Editora Mente & Cérebro - São Paulo, Brasil – 2008.

HERCULANO-HOUZEL, Suzana. Novas Equações Cerebrais - O olhar adolescente, N1. Editora Mente & Cérebro - São Paulo, Brasil - 2008.

HERCULANO-HOUZEL, Suzana. O Cérebro em Transformação. Editora Objetiva Ltda. – Rio de Janeiro, Brasil – 2005.

MORA, Estela. Puberdade e adolescência, dos nove aos dezesseis anos - Psicopedagogia Infanto Adolescente. Grupo Cultural - União Europeia, sd.

Bíblia On-line, Sociedade Bíblica do Brasil, 1.999.

Biblioteca Digital da Bíblia, Sociedade Bíblica do Brasil, 2007.

RELIGIÃO E SOCIEDADE, Grupo de Trabalho. Jovens sem religião - XIV Congresso Brasileiro de Sociologia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP. Rio de Janeiro - RJ, Brasil - 28 a 31 de julho de 2009.

42 SUPER20

ObrigadoEmbora o relatório SUPER20 na versão 2010-1 seja ainda uma proposta de discussão e desenvolvimento, só foi possível chegar até aqui com a ajuda e o apoio de centenas de irmãos interessados na salvação de vidas.

Nossos mantenedores que fielmente entregam o que Deus confiou a eles para manter o ministério que é deles e nosso.

Aos respondentes da enquete Frutificar e do Experimento Janela da conversão, por sua visão e interesse na evangelização inteligente.

A OneHope - nossos parceiros na Evangelização Total, pelo incentivo e estímulo a fazer mais e melhor pelas crianças, adolescentes e jovens.

Aos nossos missionários que não se cansam de pesquisar melhores meios de ajudar as igrejas.

SUPER20 é o relatório de pesquisa e proposta de ação desenvolvida pelo departamento de desenvolvim-ento e editado pela SALVA VIDAS, departamento de recursos evangelísticos da AMME Evangelizar.

A pesquisa e a proposta SUPER20 foram desen-volvidos com recursos de ofertas da Igreja Brasileira. Para contribuir com a continuidade deste programa deposite sua oferta para AMME no Banco do Brasil, CC 15.278-1, agência 3279-4.

www.salvavidas.biz - 0800 121 911

SUPER20 é uma proposta de atuação estratégica para a igreja brasileira. Baseado em pesquisas realizadas pela AMME Evange-lizar a proposta aponta para o público mais aberto e os objetivos mais oportunos para a evangelização. É uma leitura essencial para pastores e líderes de igrejas comprometidas com a Grande Comissão.