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0 ANA PAULA, CARLA SARAIVA, EWERSON, IARA, MILENA A NOVA REFORMAORTOGRÁFICA DA LINGUA PORTUGUESA O QUE SE ALTERA E O QUE NÃO SE ALTERA NO PORTUGUÊS DO BRASIL Rio de Janeiro 2019

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ANA PAULA,

CARLA SARAIVA,

EWERSON,

IARA,

MILENA

A NOVA REFORMAORTOGRÁFICA DA LINGUA PORTUGUESA O QUE SE ALTERA E O QUE NÃO SE ALTERA NO PORTUGUÊS DO BRASIL

Rio de Janeiro 2019

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ANA PAULA,

CARLA SARAIVA,

EWERSON,

IARA,

MILENA

A NOVA REFORMAORTOGRÁFICA DA LINGUA PORTUGUESA O QUE SE ALTERA E O QUE NÃO SE ALTERA NO PORTUGUÊS DO BRASIL

Artigo Científico apresentado à Escola Técnica Mônaco como requisito parcial à obtenção do Título de Técnico de Enfermagem, sob a orientação da Professora Luzia Schmitd Carvalho.

Rio de Janeiro 2019

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RESUMO

Este trabalho faz parte da disciplina Língua Portuguesa da Escola Técnica Mônaco do Curso Técnico de Enfermagem e enfoca o tema Reforma Ortográfica. Cumpre esclarecer que a interdisciplinaridade é conceituada como o processo de ligação entre as disciplinas. A questões da pesquisa são: Mas o que seria a Reforma Ortográfica e no que ela colabora na área da saúde? De que modo a Reforma Ortográfica irá auxiliar na nossa jornada laborativa como Técnicos de Enfermagem? O objetivo geral demonstra os principais pontos da reforma ortográfica da língua portuguesa. A base teórica do trabalho e a análise dos dados apoiam-se em pesquisa bibliográfica.

Palavras-chave: Língua Portuguesa; Escola Técnica Mônaco; Reforma Ortográfica; Curso Técnico de Enfermagem.

ABSTRACT

This work is part of the Portuguese language discipline of the technical school Monaco of the Technical Nursing course and focuses on the topic orthographic reform. It should be clarified that interdisciplinarity is conceptuated as the process of linking the disciplines. The research questions are: But what would be the orthographic reform and what does it collaborate in the area of health? How will the orthographic reform assist in our working journey as nursing technicians? The general objective demonstrates the main points of the orthographic reform of the Portuguese language. The theoretical basis of the work and the analysis of the data are based on bibliographic research.

Keywords: Portuguese language; Technical School Monaco; Orthographic reform; Nursing Technician Course.

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho faz parte da disciplina Língua Portuguesa da Escola

Técnica Mônaco do Curso Técnico de Enfermagem e enfoca o tema Reforma

Ortográfica.

Escolhemos o tema Reforma Ortográfica por entendermos que a mesma

pretende simplificar e unificar a gráfica entre os diferentes países que falam a língua

portuguesa. São eles: Portugal, Brasil, Moçambique, Angola, São Tomé, Príncipe,

Guiné-Bissau, Cabo Verde e Timor Leste. O objetivo é facilitar o transito de

documentos entre os tais países.

Os pressupostos destacados acima suscitam as questões da pesquisa: Mas o

que seria a Reforma Ortográfica e no que ela colabora na área da saúde? De que

modo a Reforma Ortográfica irá auxiliar na nossa jornada laborativa como Técnicos

de Enfermagem?

O objetivo geral demonstra os principais pontos da reforma ortográfica da

língua portuguesa.

A base teórica do trabalho seguida é naturalmente o de análise histórica e o

de revisão bibliográfica sobre o supracitado tema.

2-REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 REFORMA ORTOGRÁFICA

Desde o inicio do século xx, busca-se estabelecer um modelo de ortografia que

possa ser usado como referencia nas publicações oficiais e no ensino. No Brasil, já

haviam ocorrido duas reformas ortográficas: em 1943 e 1971. Assim, um brasileiro

com mais de 65 anos passou agora pela terceira reforma.

2.2 CRONOLOGIA DAS REFORMAS ORTOGRÁFICAS NA LÍNGUA

PORTUGUESA

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Séc XVI até ao séc. XX- Em Portugal e no Brasil a escrita praticada era de

caráter etimológico (procurava-se a raiz latina ou grega para escrever as palavras).

1907 A Academia Brasileira de Letras começa a simplificar a escrita nas

suas publicações.

1910 Implantação da República em Portugal – foi nomeada uma Comissão

para estabelecer uma ortografia simplificada e uniforme, para ser

usada nas publicações oficiais e no ensino.

1911 Primeira Reforma Ortográfica – tentativa de uniformizar e simplificar a

escrita de algumas formas gráficas, mas que não foi extensiva ao

Brasil.

1915 A Academia Brasileira de Letras resolve harmonizar a ortografia com

a portuguesa.

1919 A Academia Brasileira de Letras revoga a sua resolução de 1915.

1924 A Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras

começam a procurar uma grafia comum.

1929 A Academia Brasileira de Letras lança um novo sistema gráfico.

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1931 Foi aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre o Brasil e Portugal,

que visava suprimir as diferenças, unificar e simplificar a língua

portuguesa, contudo não foi posto em prática.

1938 Foram sanadas as dúvidas quanto à acentuação de palavras.

1943 Foi redigido, na primeira Convenção ortográfica entre Brasil e Portugal,

o Formulário Ortográfico de 1943.

1945 O acordo ortográfico tornou

se lei em Portugal, mas no Brasil não foi ratificado pelo Governo. Os

brasileiros continuaram a regular

se pela ortografia anterior, do Vocabulário de 1943.

1971 Foram promulgadas alterações no Brasil, reduzindo as divergências

ortográficas com Portugal.

1973 Foram promulgadas alterações em Portugal, reduzindo as

divergências ortográficas com o Brasil.

1975 A Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras

elaboram novo projeto de acordo, que não foi aprovado oficialmente.

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1986 O presidente brasileiro José Sarney promoveu um encontro dos sete

países de língua portuguesa

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné

Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe

no Rio de Janeiro. Foi apresentado o Memorando Sobre o Acordo

Ortográfico da Língua Portuguesa.

1990 A Academia das Ciências de Lisboa convocou novo encontro juntando

uma Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa –

as duas academias elaboram a base do Acordo Ortográfico da Língua

Portuguesa. O documento entraria em vigor (de acordo com o 3º artigo

do mesmo) no dia 1º de Janeiro de 1994, após depositados todos os

instrumentos de ratificação de todos os Estados junto do Governo

português.

1996 O último acordo foi apenas ratificado por Portugal, Brasil e Cabo

Verde.

2004 Os ministros da Educação da CPLP reuniram- se em Fortaleza

(Brasil), para propor a entrada em vigor do Acordo Ortográfico, mesmo

sem a ratificação de todos os membros.

2.3 PERÍODO DE ADAPTAÇÃO

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Mesmo o novo Acordo Ortográfico entrando em vigor a partir do dia 1° de

janeiro de 2009, no Brasil os falantes do idioma tiveram até o início de 2016 para se

adaptarem à nova escrita. Nesse período, as duas normas ortográficas poderiam ser

usadas e aceitas como corretas nos exames escolares, vestibulares, concursos

públicos e demais meios escritos. Em Portugal, cerca de 1,6% das palavras foram

alteradas. No Brasil, apenas 0,5%.

No começo, é normal a dificuldade diante da alteração. Sendo essencial

buscarmos suporte bibliográfico para adequar-se às novas exigências.

O nosso alfabeto era composto por 23 letras, atualmente possui 26, pois foram

incluídos as letras :K, W, Y.

Mudanças na Reforma Ortográfica:

2.4 ACENTUAÇÃO

A) O TREMA deixa de ser usado:

Palavras como lingüiça, cinqüenta e tranqüilo passam a ser escritas como linguiça,

cinquenta e tranquilo;

Exemplo abaixo:

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cinqüenta-> cinquenta

pingüim -> pinguim

B) Não se acentua mais com acento circunflexo as duplas OO e EE:

Palavras como enjôo, vôo, lêem e magôo passam a ser escritas como enjoo, voo,

leem e magoo.

Exemplo abaixo:

enjôo -> enjoo

vôo -> voo

magôo -> magoo

C) Os ditongos abertos ÉI e ÓI das palavras paroxítonas deixam de ser

acentuados:

Palavras como idéia, platéia, paranóico e jibóia passam a ser escritas como ideia,

plateia, paranoico e jiboia.

D) Quando precedidos de ditongo, nas palavras paroxítonas, o acento agudo no I e

no U tônico deixam de existir:

Palavras como feiúra e baiúca passam a ser escritas como feiura e baiuca.

E) Não se acentua mais as formas verbais do U tônico precedido de G ou Qe

seguido de E ou I:

Palavras como averigúe e apazigúe passam a ser escritas como averigue e apazigue.

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F) O acento agudo ou circunflexo usado para distinguir palavras paroxítonas que

são homógrafas deixa de existir, portanto, deixam de se diferenciar pelo acento:

para (verbo parar);

para (preposição);

pela (substantivo e flexão do verbo pelar);

pelas;

polo;

pelo (flexão de pelar);

pelo (substantivo);

pera (substantivo, fruta);

pera (substantivo arcaico, pedra, e pera, preposição arcaica).

Exemplo abaixo:

Ela não pára de dançar.

Ela não para de dançar.

A mãe péla o bebê para dar-lhe banho.

A mãe pela o bebê para dar-lhe banho.

Este é o pólo norte.

Este é o polo norte.

Os garotos gostam de jogar pólo.

Os garotos gostam de jogar polo.

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Meu gato tem pêlos brancos.

Meu gato tem pelos brancos.

A menina trouxe pêra de lanche.

A menina trouxe pera de lanche.

Atenção: existem duas palavras que continuarão recebendo acento diferencial:

pôr (verbo) -> para não ser confundido com a preposição por.

pôde (verbo poder conjugado no passado) -> para que não seja confundido

com pode(forma conjugada no presente).

2.5 HÍFEN

O hífen é um sinal de gráfico mal sistematizado na língua portuguesa e, para

isso, o Novo Acordo tentou organizar seu uso com regras que tornam mais racional

e simples a sua utilização.

Nas palavras formadas pelo processo de prefixação, só se usa o hífen quando:

O segundo elemento começa com h: super-homem, sub-humano;

O prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com a mesma vogal:

micro-ondas, auto-observação;

O prefixo é pré-, pró-, pós-: pré-fabricado, pós-graduação, pró-reitor;

O prefixo é circum- ou pan- e o segundo elemento começa com vogal, h, m ou

n: circum-mediterrâneo, pan-helenismo, pan-americano.

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2.6 NÃO HÁ HÍFEN QUANDO

O segundo elemento começa com s ou r, assim, essas consoantes deverão ser

duplicadas: antirrugas, antissemita, minissaia, microssistema.

Quando prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma

vogal diferente: antiaéreo, hidroelétrica, autoescola, extraescolar.

2.7LETRAS MAIÚSCULAS

O uso obrigatório das letras maiúsculas foi simplificado, portanto, elas se

restringem:

A nomes próprios de pessoas, lugares, instituições e seres mitológicos;

A nomes de festas;

À designação dos pontos cardeais;

Às siglas;

Às letras iniciais de abreviaturas;

E aos títulos de periódicos (jornais).

Agora é facultativo usar a inicial maiúscula em nomes que designam áreas do

saber (português, Português), nos títulos (Doutor, doutor Silva; Santo, santo Antônio)

e nas categorias de logradouros públicos (Rua, Rua do Sorriso), de templos (Igreja,

igreja do Bonfim) e edifícios (Edifício, edifício Paulista).

2.8 NOVA REFORMA ORTOGRÁFICA - ASPECTOS POSITIVOS

O Novo Acordo Ortográfico, em vigor desde janeiro de 2009, gera polêmica

entre gramáticos, escritores e professores de Língua Portuguesa. Segundo o

Ministério de Educação, a medida deve facilitar o processo de intercâmbio cultural e

científico entre os países que falam Português e ampliar a divulgação do idioma e da

literatura portuguesa. Dentre os aspectos positivos apontados pela nova reforma

ortográfica, destacam-se ainda:

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- redução dos custos de produção e adaptação de livros;

- facilitação na aprendizagem da língua pelos estrangeiros;

- simplificação de algumas regras ortográficas.

2.9 NOVA REFORMA ORTOGRÁFICA - ASPECTOS NEGATIVOS

- Todos que já possuem interiorizadas as normas gramaticais, terão de

aprender as novas regras.

- Surgimento de dúvidas;

- Adaptação de documentos e publicações.

3-METODOLOGIA

A metodologia de pesquisa utilizada neste trabalho está fundamentada, quanto

aos fins de investigação, como pesquisa exploratória e, quanto aos meios de

investigação, como pesquisa bibliográfica.

A depreensão das regras dos prefixos e sufixos que governam a organização

do processo de formação de palavras ocorre por meio do próprio objeto de análise

dos mesmos. Os pressupostos teóricos são os de Basílio (2007); Fernandes (2019);

Schmitd (2019) e outros.

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CONCLUSÃO

Este artigo veio analisar o tema Reforma Ortográfica.

Retomando aos questionamentos iniciais da pesquisa: Mas o que seria a

Reforma Ortográfica e no que ela colabora na área da saúde? De que modo a

Reforma Ortográfica irá auxiliar na nossa jornada laborativa como Técnicos de

Enfermagem?

O objetivo geral demonstrou os principais pontos da reforma ortográfica da

língua portuguesa. .

Concluímos o trabalho demonstrando um grande exemplo vem quando o

profissional preenche a ficha do paciente, o Prontuário (documento oficial que o

paciente precisa para ter anotado todos os procedimentos realizados), Sendo assim,

o documento torna a ser um respaldo legal de procedimentos específicos realizados

durante o tratamento do paciente.

Então, para nós profissionais da saúde, precisamos estar atualizados

graficamente e para estarmos preparados para um concurso. E estarmos unificados

com os outros países da língua portuguesa, podemos trabalhar e ensinar

voluntariamente nesses países. E, é neste sentido que o estudo do nova reforma

ortográfica irá nos ajudar a preencher o nosso documento de forma gramaticalmente

correta.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BASILIO, Margarida. Teoria lexical. 2. ed. São Paulo : Ática, 2007. FOREQUE, Fernanda Odilla Flávia. Governo adia novo acordo ortográfico para 2016. Folha de S. Paulo, Brasília, 20 dez. 2012.

FARACO, Carlos Alberto. Novo Acordo Ortográfico. Disponível em: < http://www.parabolaeditorial.com.br/downloads/novoacordo2.pdf >. Acesso em 07/06/2019.

https://www.soportugues.com.br/secoes/acordo_ortografico/acordo_ortografico1.php .Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1204152-governo-adia-novo-acordo-ortografico-para-2016.shtml >.Acesso em 07/06/2019.

http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/reforma-ortografica-da-lingua-portuguesa. Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1204152-governo-adia-novo-acordo-ortografico-para-2016.shtml >.Acesso em 07/06/2019.