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Anais do 5° Encontro Nacional de Química Forense e do 2° Encontro da Sociedade Brasileira de Ciências Forenses

Anais do 5° Encontro Nacional de Química Forense e … · 4 É com imensa satisfação e um sincero agradecimento que lhes dou as boas-vindas ao Congresso Integrado SBCF que reúne

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Anais do 5° Encontro Nacional de Química Forense e do 2° Encontro da Sociedade Brasileira de Ciências Forenses

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A Diretoria da SBCF

Presidente:

Prof. Dr. Jesus Antonio Velho

Vice-Presidente:

Prof. Dr. Marcelo Firmino de Oliveira

Diretora Jurídica:

Profa. Drª. Aline Thais Bruni

Diretor Financeiro:

Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis

Diretora de Ensino e Pesquisa:

Profa. Drª. Alice da Matta Chasin

Diretor de Comunicação:

Prof. Dr. Ricardo Henrique Alves da Silva

Diretora de Relações Internacionais:

PCF Narumi Pereira Lima

Diretor do Conselho de Assessores:

Prof. Dr. Daniel Junqueira Dorta

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É com imensa satisfação e um sincero agradecimento que lhes dou as boas-vindas ao

Congresso Integrado SBCF que reúne o 5º Encontro Nacional de Química Forense e o

2º Encontro da Sociedade Brasileira de Ciências Forenses.

Foram dois anos de muito trabalho, reuniões, planejamentos e investimentos por parte da

Sociedade Brasileira de Ciências Forenses, para tornar efetivo este grande fórum de discussão

forense.

Nossa meta foi construir um congresso inovador, capaz de transpor as barreiras científi-

cas. Foi definido como tema central "O mundo em movimento: papel das Ciências Forenses nas

transformações políticas, sociais e ambientais". O objetivo foi oferecer aos participantes a opor-

tunidade de acesso a mesas e palestras que abordam as interfaces sociais, políticas e de mídia das

Ciências Forenses, além da vasta programação científica.

Recomendamos que participem de tudo o que organizamos para vocês com muito carinho

e dedicação.

Um forte abraço,

Prof. Dr. Jesus Antonio Velho

Presidente da SBCF

MENSAGEM DE BOAS VINDAS

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COORDENADOR GERAL

Prof. Dr. Marcelo Firmino de Oliveira - DQ - FFCLRP-USP

COMITÊ EXECUTIVO

Profª. Drª. Aline Thais Bruni - DQ - FFCLRP-USP

Prof. Msc. Antônio José Ipólito - SPTC-SSP-SP

Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis - DQ - FFCLRP-USP

Prof. Dr. Celso Teixeira Mendes Junior - DQ - FFCLRP-USP

Prof. Dr. Daniel Junqueira Dorta - DQ - FFCLRP-USP

Prof. Dr. Jesus Antonio Velho - Polícia Federal e DQ - FFCLRP-USP

Dr. João Carlos Ambrósio - Polícia Federal

Profª. Drª. Márcia Andréia Mesquita Silva da Veiga - DQ - FFCLRP-USP

Prof. Dr. Ricardo Henrique Alves da Silva - FORP-USP

COMITÊ CIENTÍFICO

Profª. Drª. Alice da Matta Chasin -FOC-SP

Profª. Drª. Aline Thaís Bruni - DQ - FFCLRP-USP

Prof. Msc. Antonio José Ipólito - SPTC-SP

Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis - DQ-FFCLRP-USP

Prof. Dr. Celso Teixeira Mendes Junior - DQ - FFCLRP-USP

Profª. Drª. Dalva Lúcia de A. Faria - IQ- USP - SP

Prof. Dr. Daniel Junqueira Dorta - DQ – FFCLRP-USP

Prof. Dr. Jesus Antonio Velho - DQ - FFCLRP-USP

Dr. João Carlos Laboissiere Ambrosio - INC-DITEC-DPF

Prof. Dr. José Roberto Pujol Luz - UnB-DF

Dr. Leandro Fernandes Machado - INC-DITEC-DPF

Prof. Dr. Marcelo Firmino de Oliveira - DQ - FFCLRP-USP

Prof. Dr. Malthus Fonseca Galvão - UnB e IML-DF

Profª. Drª. Márcia Andréia Mesquita Silva da Veiga - DQ - FFCLRP-USP

Dr. Márcio Talhavini - INC-DITEC-DPF

Prof. Dr. Ricardo Henrique Alves da Silva - FORP-USP

Rosemeire Soares Talamone - Analista de Comunicação da USP-RP

COMISSÃO ORGANIZADORA

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CERTIFICADOS

Serão distribuídos certificados separados para os participantes do(s) minicurso(s) e do encontro.

Os palestrantes/ministrantes, mediadores, receberão seu certificado específico na própria sala de sua atividade, no

final da mesma.

Trabalhos Científicos (Orais) - serão entregues após a apresentação.

Trabalhos Científicos (Pôsteres) - serão entregues na secretaria após a exposição no

horário e dia(s) marcados, somente 01 certificado por trabalho.

CRACHÁS

O uso de crachá é obrigatório. O ingresso na sala de atividades será controlado rigorosamente. Haverá controle

para participação nos minicursos.

AGÊNCIA DE EVENTOS: Responsável pela organização e secretar ia executiva do 5º ENQFor

Ageventos Assessoria

R. São Manoel, 480 Conj. 201

Porto Alegre - Rio Grande do Sul

Fone: (51) 3084-0356

Cel: (51) 9952-1513/9978-9621

www.ageventos.com.br

COQUETEL DE CONFRATERNIZAÇÃO

Acontecerá no dia 02/09 - Sexta-feira, a partir das 21h45, após Conferência Geral de Abertura:

“FORENSIC SCIENCES AND THE CHALLENGE RELATED TO MIGRATORY FLOW”, no Centro de

Convenções de Ribeirão Preto, somente para os inscritos e convidados.

HOTEL OFICIAL

Bassano Vaccarini Hotel

Endereço: R. Barão do Amazonas, 788

Ribeirão Preto - São Paulo

Fone: (16) 2133-3200

www.flatbassanovaccarini.com.br/ribeirao.ht

TRADUÇÃO SIMULTÂNEA

Haverá tradução simultânea apenas para as palestras do dia 03/09 ministradas em inglês e abertura solene.

É necessário para pegar o aparelho de tradução um documento de identificação.

INFORMAÇÕES GERAIS

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RAFAEL SCORSATTO

ORTIZ

“Toxicologia Forense”

Editora PACTOR

2015

Caline A. Destefani , Larissa C. Motta, Gabriela Vanini, Lindamara M. Souza, João Fran-

cisco A. Filho, Clebson J. Macrino, Elias M. Silva, Sandro J. Greco, Denise C. Endringer

e Wanderson Romão

“Europium–organic complex as luminescent marker for the visual identification of

gunshot residue and characterization by electrospray ionization FT-ICR mass spec-

trometry”

Microchemical Journal

2014

RICARDO ANDRES REVECO HURTADO MÁRCIO SCHIAVO

IOR CANESSO JURASZEK

LAUDO 1786/2014 – SETEC/SR/DPF/PR e trabalhos periciais relacionados na Operação

“Lava Jato”

2° PRÊMIO DESTAQUE FORENSE - VENCEDORES

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ALBERI ESPÍNDULA

Parecer Técnico efetuado no interesse processo de número 0013467-08.2014.8.17.0810 da

Primeira Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes – PE

RICARDO LUIS YOSHIDA

“Análise da qualidade e da contribuição dos laudos periciais toxicológicos no processo de

investigação criminal e sentença judicial em casos envolvendo substâncias ilícitas”

Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto

Universidade de São Paulo

CARLOS AUGUSTO C. DO CARMO

“Recuperação e identificação de DNA humano Y-STR, in vitro e in situ, a partir de ima-

turos de duas espécies de Calliphoridae (Insecta: Diptera) de importância forense”

Universidade Federal do Rio de Janeiro

2° PRÊMIO DESTAQUE FORENSE - VENCEDORES

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PROGRAMA

A programação está estruturada englobando os seguintes eventos: - Minicursos - 2º Encontro da Sociedade Brasileira de Ciências Forenses - 5º Encontro Nacional de Química Forense - Simpósio Agilent - Apresentação dos Pôsteres - Apresentação dos Trabalhos Orais Os eventos apresentam parte da programação em comum (realizadas no salão principal).

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Minicursos Data Horário

1 ao 4 02/09/2016 08h30 às 12h 5 ao 8 02/09/2016 14h às 17h30 9 04/09/2016 08h30 às 12h 10, 11 e 12 04 e 05/09/2016 18h às 19h30

MINICURSOS

Curso 1 Tema: Driving under influence of drugs and alcohol: analytical and interpretive aspects. Ministrante: Prof. Dr. Aldo Eliano Polettini - University of Verona - Italy Carga horária: 3h30 Curso 2 Tema: Odontologia Legal: os desafios da identificação humana. Ministrante: Prof. Dr. Ricardo Henrique Silva - Universidade de São Paulo - FORP - Ribeirão Preto - SP e Profª. Drª. Vilma Pinchi - University of Firenze - Italy Carga horária: 3h30 Curso 3 - CANCELADO Tema: Comparative Interpretation of Mass Spectral Data as a Tool in the Identification of Emerging Synthetic Can-nabinoid Drugs of Abuse. Ministrante: Dr. Richard Isaacs - Drug Enforcement Administration, United States Department of Justice - USA Carga horária: 3h30 Curso 4 Tema: Investigação médico-legal de mortes violentas e crimes sexuais. Ministrantes: Dr. Jair Naves dos Reis - Instituto Médico-Legal de Ribeirão Preto - SP e Dr. Marcio Grade - Institu-to Médico-Legal de Ribeirão Preto - SP Carga horária: 3h30 Curso 5 Tema: Estatística aplicada a problemas forenses. Ministrantes: Drª. Cristina Barazzetti Barbieri - IGP - RS - Porto Alegre - RS e Dr. Marcio Talhavini - Policia Federal Carga horária: 3h30 Curso 6 Tema: Análise de casos periciais de locais de crime e de laboratório forense da região de Ribeirão Preto - SP. Ministrantes: Prof. Dr. Fernando Cesar Crnkovic - Equipe de Perícias Criminalísticas de São Carlos - SP, Prof. Msc. Antonio José Ipólito - Núcleo de Perícias Criminalísticas de Ribeirão Preto - SP e Prof. Msc. Vitor Basso Schul - Núcleo de Perícias Criminalísticas de Ribeirão Preto - SP. Carga horária: 3h30 Curso 7 Tema: Falso ou verdadeiro: o dilema dos documentos de identificação e os impactos na segurança pública. Ministrante: PCF Narumi Lima - Instituto Nacional de Criminalística - Brasília - DF. Carga horária: 3h30

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MINICURSOS - Continuação

Curso 8 Tema: Making good measurements in Forensic Chemistry. Ministrante: Profa. Drª. Suzanne Bell - West Virginia University. Department of Chemistry/Forensic and Investiga-tive Science Program. Morgantown, West Virginia - USA Carga horária: 3h30 Curso 9 Tema: Crime Scene Investigation. Ministrante: Drª. Elizabeth Devine - CSI TV show writer and co-executive producer. Retired Supervising Criminal-ist, Los Angeles County Sheriff's Department - USA Carga horária: 3h30 Curso 10 Tema: Assistência técnica e perícia judicial: aspectos técnicos, éticos e processuais. Ministrante: Dr. Alberi Espindula - Espindula Cursos e Consultoria - Brasília/DF e Maceió/AL. Carga horária: 3 horas Curso 11 (As vagas deste curso são destinadas preferencialmente a peritos criminais oficiais). Tema: Explosives Investigation Ministrantes: Dr. Balthasar Jung - Forensic Science Institute Zurich. PCF Lucio Paulo Lima Logrado - Polícia Federal - Brasília - DF Carga horária: 3 horas Curso 12 Tema: Análise de Perfis de Manchas de Sangue. Ministrante: PCF Antônio Canelas - Setor Técnico-Cientifico da Polícia Federal em Belém - PA Carga horária: 3 horas

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02/09/2016 - Sexta-feira

2º Encontro da SBCF

19:00 - Cerimônia Geral de Abertura do Evento 20:00 - Cerimônia de Entrega do II Prêmio Destaque Forense 21:00 - Conferência Geral de Abertura FORENSIC SCIENCES AND THE CHALLENGE RELATED TO MIGRATORY FLOW Profª. Drª. Vilma Pinchi - University of Firenze - Itália Prof. Dr. Gian-Aristide Norelli - University of Firenze - Itália

21:45 - Coquetel de Confraternização

03/09/2016 - Sábado

09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO I - (SBCF e ENQFOR) Tema: Novos Horizontes das Ciências Forenses no Brasil 09:00 - 09:40 - Palinologia Forense Prof. Dr. Paulo Eduardo de Oliveira - USP - São Paulo - SP 09:40 - 10:20 - Caso Araguaia: aplicação e importância da Antropologia e Arqueologia Forenses PCF Alexandre Raphael Deitos - SETEC/SP - São Paulo - SP 10:20 - 10:30 - Lançamento do Cordel "O Dia em que o Perito Criminal foi ao Tribunal" PCF José Alysson Medeiros - SETEC/PB - João Pessoa - PB 10:30 - 11:50 - Coffee Break + Apresentação de Posteres 10:50 - 11:30 - Enfermagem Forense Enf. Zenaide Cavalcanti de Medeiros Kernbeis - ABEForense - Aracaju - SE 11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores Coordenador: Prof. Dr. Luis Carlos Guimarães - Dalmass e UFPA - Belém - PA 12:30 - 14:00 - Intervalo para almoço Auditório SBCF - Conferências 14:00 - 14:50 - The SCI effect: Reality and/or Fiction? Drª. Elizabeth Devine - CSI Miami - EUA 14:50 - 15:40 - Arte e Ciência na Reconstrução Facial Forense 3D- Apresentação De Casos Dr. Cícero André da Costa Moraes - Sinope - MT 15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 16:00 - 16:50 - Apresentações Orais 16:50 - 17:50 - Atuação em Desastres em Massa - O Desafio da Obtenção de Informação Antemortem Profª. Drª. Scheila Mânica - University of Dundee - Escócia

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04/09/2016 - Domingo

2º Encontro da SBCF

09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - II (SBCF e ENQFOR) Tema: ISO 17025 e a Gestão da Qualidade em Laboratórios Forenses 09:00 - 09:40 - Tendência Mundial de Acreditação das Perícias Forenses PCF Nubia Fernanda Gomes Pereira - INC/DF - Brasília - DF 09:40 - 10:20 - Experiência do Laboratório de Química Forense do Instituto Nacional de Criminalística-INC no Alcance da Acreditação na ISO/IEC 17025. PCF Fernanda Lintomen de Almeida -INC/DF - Brasília - DF 10:20 - 10:30 - Lançamento do Livro "Introdução à Biologia Forense" PC Claudemir Rodrigues Dias Filho - Polícia Técnico-Científica de São Paulo. 10:20 - 10:50 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 10:50 - 11:30 - The Accreditation of Toxicological Laboratories Prof. Dr. Aldo Polettini - Universidade de Verona - Itália 11:30 -12:00 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores Coordenador: Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis - USP 12: 00 - 13:30 - Intervalo para almoço Auditório SBCF - Conferências 13:30 - 14:20 - A Perícia Ambiental no Desastre da Barragem de Fundão, em Mariana/MG PCF Rodrigo Ribeiro Mayrink - SETEC/MG - Polícia Federal 14:20 - 15:40 - Jornalismo Investigativo e a Perícia Criminal: em busca da verdade. Debatedores: Jornalista Valmir Salaro - Rede Globo PCF Hélio Buchmüller Lima - Academia Brasileira de Ciências Forenses Prof. Dr. Guilherme Ortolan Júnior - USP Coordenador: Prof. Dr. Jesus Antonio Velho - USP 15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 16:00 - 16:50 - Apresentações Orais 16:50 - 17:50 - Os Ataques Terroristas em Bruxelas e os Desafios para a Identificação das Vítimas Prof. Dr. Ademir Franco - Katholieke Universiteit Leuven - Bélgica

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05/09/2016 - Segunda-feira

2º Encontro da SBCF

09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - III (SBCF e ENQFOR) Tema: Maconha: aspectos legais, químicos, toxicológicos e sociais 09:00 - 09:40 - Efeitos neuropsiquiatricos do consumo de Cannabis Profª. Drª. Rocio Martín-Santos - Universidade de Barcelona - Espanha 09:40 - 10:20 - Dimensões do uso da Cannabis (Natural e Sintética) no Brasil e no Mundo Profª. Drª. Clarice Sandi Madruga - UNIFESP - São Paulo - SP 10:20 - 10:50 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 10:50 - 11:30 - Legalização da Maconha - a próxima indústria tabaqueira? Prof. Dr. Jeffrey Zinsmeister - Universidade da Flórida - EUA 11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores Coordenador: Prof. Dr. José Alexandre S. Crippa - FMRP - USP - Ribeirão Preto - SP 12: 30 - 14:00 - Intervalo para almoço Auditório SBCF - Conferências 14:00 - 14:50 - Desafios Periciais da Operação Lava Jato PCF Fábio Salvador - SETEC/PR - Polícia Federal - Curitiba - PR 14:50 - 15:40 - Passaportes para uma nova vida: refugiados e imigração ilegal no Brasil - América Latina PCF Narumi Lima - INC- Polícia Federal - Brasília - DF 15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 16:00 - 16:50 - Apresentações Orais 16:50 - 17:50 - Determinação da potencialidade lesiva de instrumentos: o caso “Caxirola” PCF Lehi Sudy dos Santos - INC- Polícia Federal - Brasília - DF

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06/09/2016 - Terça-feira

2º Encontro da SBCF

09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - IV (SBCF e ENQFOR) Tema: Drogas Sintéticas: identificação e avanços na classificação das novas substâncias psicoativas 09:00 - 09:40 - Exposições iniciais do Debatedor 01 Drª. Renata Morais - ANVISA - Brasília - DF 09:40 - 10:20 - Exposições iniciais do Debatedor 02 Dr. Juan-Carlos Araneda Ferrer - United Nations Office on Drugs and Crime - Washington - EUA 10:20 - 10:5 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 10:50 - 11:30 - Exposições iniciais do Debatedor 03 Profª. Drª. Clarice Sandi Madruga - UNIFESP - São Paulo - SP 11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores e mais o perito criminal MSc. Luciano Arantes - Policia Civil - Brasília - DF Coordenador: PCF João Ambrósio - Polícia Federal - Brasília - DF 12:30 - 14:00 - Intervalo para almoço Auditório Integrado 14:00 - 15:00 - Transferência de DNA e contaminação de vestígios: Muitos riscos, poucas pesquisas PCF Guilherme Jacques - INC - Polícia Federal - Brasília - DF 15:00 - 15:30 - Apresentações Orais 15:30 - 16:20 - Os desafios da identificação, isolamento e preservação dos vestígios digitais PCF Gustavo Pinto Vilar - Polícia Federal - Belém - PA 16:20 - Encerramento e Premiação

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02/09/2016 - Sexta-feira

5º Enqfor

19:00 - Cerimônia Geral de Abertura do Evento 20:00 - Cerimônia de Entrega do II Prêmio Destaque Forense 21:00 - Conferência Geral de Abertura FORENSIC SCIENCES AND THE CHALLENGE RELATED TO MIGRATORY FLOW Profª. Drª. Vilma Pinchi - University of Firenze - Itália Prof. Dr. Gian-Aristide Norelli - University of Firenze - Itália

21:45 - Coquetel de Confraternização

03/09/2016 - Sábado

09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO I - (SBCF e ENQFOR) Tema: Novos Horizontes das Ciências Forenses no Brasil 09:00 - 09:40 - Palinologia Forense Prof. Dr. Paulo Eduardo de Oliveira - USP - São Paulo - SP 09:40 - 10:20 - Caso Araguaia: aplicação e importância da Antropologia e Arqueologia Forenses PCF Alexandre Raphael Deitos - SETEC/SP - São Paulo - SP 10:20 - 10:30 - Lançamento do Cordel "O Dia em que o Perito Criminal foi ao Tribunal" PCF José Alysson Medeiros - SETEC/PB - João Pessoa - PB 10:30 - 11:50 - Coffee Break + Apresentação de Posteres 10:50 - 11:30 - Enfermagem Forense Enf. Zenaide Cavalcanti de Medeiros Kernbeis - ABEForense - Aracaju - SE 11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores Coordenador: Prof. Dr. Luis Carlos Guimarães - Dalmass e UFPA - Belém - PA 12:30 - 14:00 - Intervalo para almoço Auditório ENQFOR - Conferências 14:00 - 14:50 - The SCI effect: Reality and/or Fiction? Drª. Elizabeth Devine - CSI Miami - EUA 14:50 - 15:40 - Explosives Investigation Dr. Balthasar Jung - Forensic Science Institute Zurich - Suiça 15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 16:00 - 16:50 - Apresentações Orais 16:50 - 17:50 - The History of Forensic Toxicology Profª. Drª. Suzanne Bell - West Virginia University - EUA

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04/09/2016 - Domingo

5º Enqfor

09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - II (SBCF e ENQFOR) Tema: ISO 17025 e a Gestão da Qualidade em Laboratórios Forenses 09:00 - 09:40 - Tendência Mundial de Acreditação das Perícias Forenses PCF Nubia Fernanda Gomes Pereira - INC/DF - Brasília - DF 09:40 - 10:20 - Experiência do Laboratório de Química Forense do Instituto Nacional de Criminalística-INC no Alcance da Acreditação na ISO/IEC 17025. PCF Fernanda Lintomen de Almeida -INC/DF - Brasília - DF 10:20 - 10:30 - Lançamento do Livro "Introdução à Biologia Forense" PC Claudemir Rodrigues Dias Filho - Polícia Técnico-Científica de São Paulo. 10:20 - 10:50 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 10:50 - 11:30 - The Accreditation of Toxicological Laboratories Prof. Dr. Aldo Polettini - Universidade de Verona - Itália 11:30 -12:00 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores Coordenador: Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis - USP 12: 00 - 13:30 - Intervalo para almoço Auditório ENQFOR - Conferências 13:30 - 14:20 - Drogas facilitadoras de crime Prof. Dr. Maurício Yonamine - USP - São Paulo - SP 14:20 - 15:00 - O emprego do cromatógrafo a gás portátil Torion T-9 em análises forenses Dr. Marcelo Silva - PerkinElmer 15:00 - 15:40 - Análises de drogas de abuso em cabelo, sangue e urina por GCMS Single Quadrupolo e GCMS Triplo Quadrupolo Dr. Celso Blatt - Especialista de Aplicações - Agilent 15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 16:00 - 16:50 - Apresentações Orais 16:50 - 17:50 - Métodos de identificação de agentes Químicos, Biológicos, Radiológicos, Nucleares e Explosivos (QBRNE) Cel. Paulo Fernando Pinto Malizia Alves Coronel da Reserva do Exército Brasileiro - Rio de Janeiro - RJ

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05/09/2016 - Segunda-feira

5º Enqfor

09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - III (SBCF e ENQFOR) Tema: Maconha: aspectos legais, químicos, toxicológicos e sociais 09:00 - 09:40 - Efeitos neuropsiquiatricos do consumo de Cannabis Profª. Drª. Rocio Martín-Santos - Universidade de Barcelona - Espanha 09:40 - 10:20 - Dimensões do uso da Cannabis (Natural e Sintética) no Brasil e no Mundo Profª. Drª. Clarice Sandi Madruga - UNIFESP - São Paulo - SP 10:20 - 10:50 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 10:50 - 11:30 - Legalização da Maconha - a próxima indústria tabaqueira? Prof. Dr. Jeffrey Zinsmeister - Universidade da Flórida - EUA 11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores Coordenador: Prof. Dr. José Alexandre S. Crippa - FMRP - USP - Ribeirão Preto - SP 12: 30 - 14:00 - Intervalo para almoço Auditório ENQFOR - Conferências 14:00 - 14:50 - Investigando com Infravermelho: como a espectroscopia FTIR pode promover a Justiça Drª. Luciana Pataro - Especialista de Aplicações Agilent 14:50 - 15:40 - Análises Toxicológicas em Cabelo/Pelo Utilizando UPLC-MS/MS em Atendimento à Lei dos Caminhoneiros Drª. Angela Pietro - MS Sales Specialist - Waters Brasil 15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 16:00 - 16:50 - Apresentações Orais 16:50 - 17:50 - Química Aplicada a Análise Forense de Documentos PCF Jorge Jardim Zacca - Brasília - DF

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06/09/2016 - Terça-feira

5º Enqfor

09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - IV (SBCF e ENQFOR) Tema: Drogas Sintéticas: identificação e avanços na classificação das novas substâncias psicoativas 09:00 - 09:40 - Exposições iniciais do Debatedor 01 Drª. Renata Morais - ANVISA - Brasília - DF 09:40 - 10:20 - Exposições iniciais do Debatedor 02 Dr. Juan-Carlos Araneda Ferrer - United Nations Office on Drugs and Crime - Washington - EUA 10:20 - 10:5 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 10:50 - 11:30 - Exposições iniciais do Debatedor 03 Profª. Drª. Clarice Sandi Madruga - UNIFESP - São Paulo - SP 11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores e mais o perito criminal MSc. Luciano Arantes - Policia Civil - Brasília - DF Coordenador: PCF João Ambrósio - Polícia Federal - Brasília - DF 12:30 - 14:00 - Intervalo para almoço Auditório Integrado 14:00 - 15:00 - Transferência de DNA e contaminação de vestígios: Muitos riscos, poucas pesquisas PCF Guilherme Jacques - INC - Polícia Federal - Brasília - DF 15:00 - 15:30 - Apresentações Orais 15:30 - 16:20 - Os desafios da identificação, isolamento e preservação dos vestígios digitais PCF Gustavo Pinto Vilar - Polícia Federal - Belém - PA 16:20 - Encerramento e Premiação

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03/09/2016 - Sábado

Simpósio Agilent

09:00 - 09:10 - Abertura 09:10 - 09:50 - Identificação e caracterização de compostos orgânicos desconhecidos por GC/MS e ou LC/MS: o Desafio CSI Celso Blatt Ph.D - Especialista de Aplicação Agilent 09:50 - 10:30 - Determinação de anfetaminas e derivados em urina por CE-MS/MS Celso Blatt Ph.D - Especialista de Aplicação Agilent 10:30 - 10:50 - Coffee break 10:50 - 11:30 - Preparação de Amostras: drogas de abuso em matrizes biológicas Simone Nascimento - Especialista de Aplicações Agilent

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Apresentação de Pôsteres

LEGENDA DAS ÁREAS

BQ BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR

OL ODONTOLOGIA LEGAL

PPF PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA FORENSE

QF QUÍMICA FORENSE

TOX TOXICOLOGIA

EF ENTOMOLOGIA FORENSE

ECF ENSINO DE CIÊNCIAS FORENSES

MED MEDICINA LEGAL

CRI CRIMINALÍSTICA GERAL

OT OUTROS TÓPICOS

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03/09/2016 - Sábado

Apresentação de Pôsteres

BQ 01 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) IMPACT OF ASIP?S RS77106176, RS819135 AND RS6059743 SNPS IN PIGMENTATION OF ADMIXED BRAZILIAN POPULATION Pereira, A. L. B. BQ 02 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) CROSS REACTION BLOOD TESTING FORENSIC VALIDATIONS DONE BY PRIVATE AND PUBLIC SECTOR LA-BORATORIES Dias Filho, C. R. BQ 03 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) DEVELOPMENT AND VALIDATION OF A SIMPLE PRELIMINARY TEST FOR MENSTRUAL BLOOD DETECTION Dias Filho, C. R. BQ 04 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) ANÁLISE DE DNA EM CASOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL COM TESTE PRELIMINAR NEGATIVO PARA PRESENÇA DE ESPERMATO Malheiros, D. BQ 05 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) COMO A EPIGENÉTICA PODE AJUDAR NAS CIÊNCIAS FORENSES? Cardoso, K. N. BQ 06 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) DIFERENCIAÇÃO GENÉTICA DE GÊMEOS MONOZIGÓTICOS EM ANÁLISES FORENSES Antonio, L. U. BQ 07 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) ANÁLISE DE DNA DE TECIDOS PARAFINADOS PARA FINS DE IDENTIFICAÇÃO HUMANA Alem, L. BQ 08 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) MITF RS74845300 AND RS80232752 ASSOCIATION WITH DARKER PHENOTIPES IN A BRAZILIAN ADMIXED POPULATION SAMPLE Marcorin, L. BQ 09 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) ESTUDO TEÓRICO DE MOLÉCULAS RELACIONADAS À VACINA CONTRA A COCAÍNA Siquieri, T. O. OL 01 - Odontologia Legal (OL) ASSOCIAÇÃO DE MÉTODOS PARA ESTIMATIVA DA IDADE EM UMA AMOSTRA DE JOVENS BRASILEIROS Azevedo, A. C. S. OL 02 - Odontologia Legal (OL) PREDIÇÃO DO SEXO POR MEIO DE MENSURAÇÕES NOS SEIOS MAXILARES EM EXAMES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Farias A.G. OL 03 - Odontologia Legal (OL) O USO DE MAQUIAGEM PARA SIMULAÇÃO DE LESÕES EM PESQUISAS SOBRE VALORAÇÃO DE DANOS ES-TÉTICOS E TIPIFICAÇÃO DE DEFORMIDADE PERMANENTE Fernandes, M. M. OL 04 - Odontologia Legal (OL) É POSSÍVEL MEDIR A FEALDADE CIENTIFICAMENTE? RELATO DE EXPERIÊNCIA PERICIAL Fernandes, M. M.

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OL 05 - Odontologia Legal (OL) APLICABILIDADE DE MENSURAÇÕES MANDIBULARES PARA DETERMINAÇÃO DE SEXO E ESTIMATIVA DE IDADE EM AMOSTRAGEM BRASILEIRA Pereira, J. G.D. OL 06 - Odontologia Legal (OL) ATIVIDADE PRÁTICA VISUAL NO ENSINO-APRENDIZAGEM DA TRAUMATOLOGIA FORENSE Lima, K. F. OL 07 - Odontologia Legal (OL) IMPORTÂNCIA DA RADIOGRAFIA PANORÂMICA COMO AUXILIAR ÀS PRÁTICAS CLÍNICA E ODONTOLEGAL Miranda, A. S. OL 08 - Odontologia Legal (OL) PERÍCIA ODONTO-LEGAL EM OSSADA HUMANA: RELATO DE CASO Pinto, P. H. V. OL 09 - Odontologia Legal (OL) IMPORTÂNCIA DA ODONTOLOGIA LEGAL PARA O SUCESSO DA IDENTIFICAÇÃO EM CORPOS CARBONIZA-DOS: RELATO DE CASO Recalde, T. F. OL 10 - Odontologia Legal (OL) ANÁLISE MÉTRICA DE CRÂNIOS HUMANOS PARA DETERMINAÇÃO DO SEXO: FORAME MAGNO Lopez-Capp, T. T. OL 11 - Odontologia Legal (OL) APLICABILIDADE DA QUEILOSCOPIA NA IDENTIFICAÇÃO HUMANA Dezem, T. U. PPF 01 - Psiquiatria e Psicologa Forense (PPF) ANÁLISE DE CANABINÓIDES EM AMOSTRAS DE CABELO E CORRELAÇÃO COM INCIDÊNCIA DE SINTOMAS PSIQUIÁTRICOS Alves, M. N. R. QF 01 - Química Forense (QF) ANÁLISE DIRETA DE RESÍDUOS DE EXPLOSÃO DE PÓLVORA NEGRA UTILIZANDO TÉCNICAS ESPECTROS-CÓPICAS (INFRAVERMELHO E RAMAN) Barcelos Júnior, A. E. QF 02 - Química Forense (QF) DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO PARA IDENTIFICAÇÃO DE LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS USANDO PS-MS E QUIMIOMETRIA Vargas, A.R. QF 03 - Química Forense (QF) REVELAÇÃO DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES EM SUPERFÍCIES METÁLICAS A PARTIR DA ELETRODE-POSIÇÃO DE POLÍMEROS CONJUGADOS Ribeiro, A. S. QF 04 - Química Forense (QF) IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA EM AMOSTRAS APREENDIDAS DE CHÁ DE COCA POR CG-EM Castro, A. S. QF 05 - Química Forense (QF) MARCADORES LUMINESCENTES DE GSR: DETERMINAÇÃO DO LOCAL DO DISPARO Arouca, A. M. QF 06 - Química Forense (QF) UMA ANÁLISE DA TRANSFERÊNCIA SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA DOS RESÍDUOS LUMINESCENTES Arouca, A. M.

Apresentação de Pôsteres

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Apresentação de Pôsteres

QF 07 - Química Forense (QF) ANÁLISE QUIMIOMÉTRICA DO PERFIL DE COR APLICADA A TESTES DE CONSTATAÇÃO PREMILINAR DE CO-CAÍNA Magalhães, E. J. QF 08 - Química Forense (QF) ESTUDOS PARA IDENTIFICAÇÃO PRELIMINAR DE 25C-NBOME EM SELOS POR TÉCNICAS ELETROQUÍMICAS USANDO O ELETRODO DE DIAMANTE DOPADO COM BORO Dos Santos, W. T. P. QF 09 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO DE ELEMENTOS INORGÂNICOS EM ANABOLIZANTES APREENDIDOS EM BELO HORIZONTE UTILIZANDO FLUORESCÊNCIA DE RAIOS-X Miguita, A. G. C. QF 10 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO DA BIOMASSA MICROBIANA E RESPIRAÇÃO BASAL NO SOLO DURANTE DECOMPOSIÇÃO CADAVÉRICA, EM ÁREA DE MATA TROPICAL Bentes, K. R. QF 11 - Química Forense (QF) ESTUDO DOS FENÔMENOS CADAVÉRICOS NO SOLO ABAIXO DE CARCAÇAS SUÍNAS DEPOSITADAS EM ÁREA DE MATA TROPICAL Antonio, A. S. QF 12 - Química Forense (QF) ESTUDO DA DINÂMICA DE NITROGÊNIO EM SOLO PRÓXIMO A UM CARCAÇAS EM DECOMPOSIÇÃO Paula, A . R. U. QF 13 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO DE PB E SB EM RESÍDUO DE DISPARO DE REVÓLVER CALIBRE .38 POR GF AAS: ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA DISTÂNCIA NA CONTAMINAÇÃO DE TESTEMUNHAS OCULARES Ferreira, B. C. QF 14 - Química Forense (QF) CLASSIFICAÇÃO DE CANNABIS SATIVA EM DIFERENTES TEMPOS DE CRESCIMENTO ATRAVÉS DE ESPEC-TROSCOPIA NO NIR E QUIMIOMETRIA Borille, B. T. QF 15 - Química Forense (QF) ANÁLISE DO PERFIL QUÍMICO DE CANNABIS SATIVA ATRAVÉS DE ESI(-)-FT-ICR MS E ESI(+)-FT-ICR MS Borille, B. T. QF 16 - Química Forense (QF) MELHORIA NAS TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE ETANOL EM AMOSTRAS RECOLHIDAS EM LOCAIS DE ACIDENTE DE TRANSITO E EM LOCAIS DE INCÊNDIO. Goulart, C. O. L. QF 17 - Química Forense (QF) COMPORTAMENTO ELETROQUÍMICO DE COCAÍNA E SEUS PRINCIPAIS ADULTERANTES EM MATERIAIS NA-NOESTRUTURADOS DE CARBONO Rocha, D. P. QF 18 - Química Forense (QF) PSICOTRÓPICOS/ENTORPECENTES EM VESTÍGIOS COLETADOS EM LOCAIS DE CRIME CONTRA A PESSOA NO DF Salum, S. B. QF 19 - Química Forense (QF) ESPECTROMETRIA DE MASSAS INORGÂNICA E ORGÂNICA PARA AVALIAÇÃO DO MITO DO CHÁ DE FITA COMO DROGA BIZARRA: RESULTADOS FINAIS Lehmann, E. L.

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Apresentação de Pôsteres

QF 20 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO VOLTAMÉTRICA DO TEOR DE FORMALDEÍDO EM LEITE Oiye, E. N. QF 21 - Química Forense (QF) ANÁLISE VOLTAMÉTRICA DE COCAINA UTILIZANDO ELETRODOS DE PASTA DE CARBONO MODIFICADOS QUIMICAMENTE COM COMPLEXOS DE URANILA (UO2) DERIVADOS DE BASES DE SCHIFF Oiye, E. N. QF 22 - Química Forense (QF) ESTUDO QUÍMICO-TEÓRICO SOBRE A POSSIBILIDADE DE DETECÇÃO DE ANFETAMINAS SINTÉTICAS COM ISOTIOCIANATO DE FLUORESCEINA Munhoz, G. P. QF 23 - Química Forense (QF) EMPREGO DA CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL PARA A AVALIAÇÃO DO PERFIL DE DEGRA-DAÇÃO DE FIOS DE CABELOS CAUCASIANO, AFRO E ORIENTAL Winkel, K. T.

04/ 09/ 2016 - DOMINGO

TOX 01 - Toxicologia (TOX) PROGRAMA DE PREVENÇÃO ÀS DROGAS DE ABUSO E À VIOLÊNCIA ?ANJOS DA GUARDA? 2015. Almeida, A. A. TOX 02 - Toxicologia (TOX) LEVANTAMENTO DE PRONTUÁRIOS DE PACIENTES EXPOSTOS AO CHUMBO POR PROJÉTIL DE ARMA DE FO-GO X EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL? COMPARAÇÃO DE DIFERENTES TRATAMENTOS - AMBULATÓRIO DO CEA-TOX-INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS UNESP, BOTUCATU/SP. Almeida, A. A. TOX 03 - Toxicologia (TOX) PERFIL DE NBOME TRAÇADO PELA POLÍCIA FEDERAL Reis, M. TOX 04 - Toxicologia (TOX) ESTUDO RETROSPECTIVO DE ÓBITOS E EXAMES TOXICOLÓGICOS ATENDIDOS NO IGP/JOINVILLE DE 2013 A 2015 Parabocz, G. C. TOX 05 - Toxicologia (TOX) DETECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM FLUIDO ORAL DE MOTORISTAS DE CAMINHÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO Dos Santos, M.F. TOX 06 - Toxicologia (TOX) USO DE DROGAS E MEDICAMENTOS PSICOATIVOS POR MOTORISTAS DE CAMINHÃO: ESTUDO PRELIMINAR Magalhães, J. G. TOX 07 - Toxicologia (TOX) VALIDAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ADULTERANTES EM SUPLEMENTOS NUTRI-CIONAIS Dos Santos, M. F. TOX 08 - Toxicologia (TOX) DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA DETECÇÃO DE ESTIMULANTES EM SU-PLEMENTOS NUTRICIONAIS ADULTERADOS Henao, M. M. M. TOX 09 - Toxicologia (TOX) NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: UM DESAFIO PARA TOXICOLOGIA FORENSE Peres, M. D.

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Apresentação de Pôsteres

TOX 10 - Toxicologia (TOX) DETECÇÃO DE COCAÍNA E COCAETILENO EM HUMOR VÍTREO COM SPME E GC/MS Pericolo, S. EF 01 - Entomologia Forense (EF) ANÁLISE QUALITATIVA DE ASPIRINA, DIPIRONA, IBUPROFENO E PARACETAMOL EM IMATUROS DA ESPÉCIE DE MOSCA CHRYSOMYA MEGACEPHALA POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA Alves, C. F. F. EF 02 - Entomologia Forense (EF) DETERMINAÇÃO DE FÁRMACOS EM IMATUROS DE CHRYSOMYA ALBICEPS (WIEDEMANN) (DIPTERA: CAL-LIPHORIDAE) POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA (CCD) Barros, G. A. EF 03 - Entomologia Forense (EF) A IMPORTÂNCIA DE UM PADRÃO DE SUCESSÃO ENTOMOLÓGICO NOS ESTADOS BRASILEIROS Mohamad, L. M. EF 04 - Entomologia Forense (EF) PERFIL GENÉTICO HUMANO OBTIDO DE LARVAS NECRÓFAGAS SARCONESIA CHLOROGASTER (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) EM CASOS DE CRIMES SEXUAIS Malheiros, D. ECF 01 - Ensino de Ciências Forenses (ECF) ANÁLISE E IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE DISPARO DE ARMAS DE FOGO (GSR) UTILIZANDO MICROSCO-PIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) Crumo, C. A. ECF 02 - Ensino de Ciências Forenses (ECF) QUÍMICA FORENSE COMO TEMA MOTIVACIONAL PARA ALUNOS DO ENSINO TÉCNICO (ETEC) Silva, F. L. ECF 03 - Ensino de Ciências Forenses (ECF) QUÍMICA FORENSE: DA CENA DE CRIME À SALA DE AULA Souza, L. C. ECF 04 - Ensino de Ciências Forenses (ECF) PROPOSTA DE ENSINO EM QUÍMICA FORENSE: IDENTIFICAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO EMPREGANDO EN-SAIOS COLORIMÉTRICOS Carratto, T. M. T. ECF 05 - Ensino de Ciências Forenses (ECF) ANÁLISE DE ENTORPECENTES POR ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO POR TRANSFORMADA DE FOU-RIER (FTIR): UMA PROPOSTA DE PRÁTICA DE ENSINO Santos, T. C. L. MED 01 - Medicina Legal (MED) APLICAÇÃO DA TRAUMATOLOGIA FORENSE EM LESÕES PROVOCADAS POR ANIMAIS Tremori, T. M. QF 24 - Química Forense (QF) CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS PELA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE RONDÔ-NIA Neves, G. O. F. QF 25 - Química Forense (QF) AVALIAÇÃO DO TEOR DE SILDENAFIL EM COMPRIMIDOS DE PRAMIL POR LC-MS/MS Marinho, P. A. QF 26 - Química Forense (QF) SELOS APREENDIDOS PELA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL: UMA ABORDAGEM ANALÍTICA Faúla, H. S. N.

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Apresentação de Pôsteres

QF 27 - Química Forense (QF) IDENTIFICAÇÃO DE PERFUMES FALSIFICADOS POR VEASI-MS Barbosa, I. L. QF 28 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO DE COCAÍNA E SEUS METABÓLITOS EM AMOSTRAS DE ESGOTO E EM AMOSTRAS DE URI-NA DE USUÁRIOS DA DROGA: APLICAÇÕES FORENSES Campestrini, I. QF 29 - Química Forense (QF) OCORRÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS ATIVAS EM AMOSTRAS DE COCAÍNA VINCULADAS AO TRÁFICO INTERNA-CIONAL APREENDIDAS PELA POLÍCIA FEDERAL Campestrini, I. QF 30 - Química Forense (QF) ANÁLISE FORENSE EM INCÊNDIOS: CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA COM DETECTORES DE UV-VISÍVEL Souza, J. E. G. QF 31 - Química Forense (QF) CARACTERIZAÇÃO COMPARATIVA DO PERFIL ESPECTRAL DE MEDICAMENTOS DE MARCA, GENÉRICOS E FALSIFICAÇÕES POR ESPECTROMETRIA DE INFRAVERMELHO MÉDIO VIA REFLEXÃO TOTAL ATENUADA Coelho Neto, J. QF 32 - Química Forense (QF) RAPID DETECTION OF NBOME'S AND OTHER NPS ON BLOTTER PAPERS BY DIRECT ATR-FTIR SPECTROME-TRY Coelho Neto, J. QF 33 - Química Forense (QF) UTILIZAÇÃO DA VOLTAMETRIA DE ONDA QUADRADA NA DETERMINAÇÃO DE COCAÍNA EMPREGANDO ELETRODO DE PASTA DE CARBONO QUIMICAMENTE MODIFICADO Magalhães, J. QF 34 - Química Forense (QF) DEZ ANOS DA EXISTÊNCIA DO CURSO DE QUÍMICA FORENSE DA FFCLRP/USP Cardozo, K. C. B. QF 35 - Química Forense (QF) USO DE ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO MÉDIO E PLS-DA NA DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FRAUDES EM CARNES BOVINAS IN NATURA PELA ADIÇÃO DE INGREDIENTES NÃO-CÁRNEOS Nunes, K. M. QF 36 - Química Forense (QF) AVALIAÇÃO DO EFEITO DE CARCAÇA SUÍNA SOBRE AS QUALIDADE DAS ÁGUAS DE UM LAGO ARTIFICIAL (MANAUS-AMAZONAS) Bentes, K. R. S. QF 37 - Química Forense (QF) COMPRIMIDOS APREENDIDOS PELA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL: UMA ABORDAGEM ANALÍTICA Plácido, K. M. QF 38 - Química Forense (QF) EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO BRODIFACOUM EM RATICIDA COMERCIAL Fernandes, L. A. T. QF 39 - Química Forense (QF) ESTUDO DO EFEITO DE CADÁVER ENTERRADO NA CONCENTRAÇÃO DE MACRONUTRIENTES EM SOLO DA RESERVA ADOLPHO DUCKE (MANAUS ? AMAZONAS) Costa, L. C. A.

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Apresentação de Pôsteres

QF 40 - Química Forense (QF) LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE LAUDOS PRODUZIDOS PELA PERÍCIA CRIMINAL DA POLÍCIA FEDERAL SOBRE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NO PERÍODO DE 01/01/2014 A 01/03/2015 De Rose, N. M. QF 41 - Química Forense (QF) CLASSIFICAÇÃO DIRETA DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM SELOS APREENDIDOS, USANDO ATR-FTIR E ANÁLISE DISCRIMINANTE MULTIVARIADA Pereira, L. S. A. QF 42 - Química Forense (QF) TESTES PRELIMINARES COLORIMÉTRICOS EM COMPRIMIDOS APREENDIDOS: O DESAFIO NO CONTEXTO DAS NOVAS DROGAS PSICOATIVAS (NPS) Da Silva, L. C. QF 43 - Química Forense (QF) IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE 4-BROMOMETCATINONA ENCONTRADA EM COMPRIMIDOS APRE-ENDIDOS NO ESTADO DE GOIÁS Souza, L. F. QF 44 - Química Forense (QF) DISCRIMINAÇÃO DE RESÍDUOS DE DISPARO DE ARMAS DE FOGO POR FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X POR RE-FLEXÃO TOTAL E ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS Ferreira, L. P. QF 45 - Química Forense (QF) ESTUDO ELETROQUÍMICO DO DELTA-9-TETRAIDROCANABINOL UTILIZANDO ELETRODO IMPRESSO DE CAR-BONO QUIMICAMENTE MODIFICADO COM COMPLEXOS DO TIPO BASE DE SCHIFF [CU(SALOPHEN)]. Balbino , M. A. QF 46 - Química Forense (QF) ANÁLISE VOLTAMÉTRICA DO EXTRATO DE CANABINÓIDES POR ELETRODO IMPRESSO DE CARBONO MODI-FICADO COM BASE SCHIFF [CU(SALEN)] Balbino, M. A.

05/ 09/ 2016 - SEGUNDA-FEIRA

CRI 01 - Criminalística Geral (CRI) O MÉTODO ACE-V E OS PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA: A PAPILOSCOPIA COMO CIÊNCIA DA IDENTIFICA-ÇÃO HUMANA Fernandes, F. B. N. CRI 02 - Criminalística Geral (CRI) UMA NOVA ÁREA NA CIÊNCIA FORENSE Neto, O. N. CRI 03 - Criminalística Geral (CRI) COMPARAÇÃO BALÍSTICA PELO TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE IMAGENS Mendonça, R. M. CRI 04 - Criminalística Geral (CRI) ANÁLISE DE IMAGENS NA DETERMINAÇÃO DE VELOCIDADES DE ENTRADA EM PERÍCIAS DE TRÂNSITO Vieira, T. G. CRI 05 - Criminalística Geral (CRI) A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO QUÍMICO PARA A SOLUÇÃO DE DELITOS AMBIENTAIS Zonato, V. S. OT 01 - Outros Tópicos (OT) ESTUDO COMPARATIVO DA LEI DE DROGAS BRASIL-AUSTRÁLIA Bruni, A. T.

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Apresentação de Pôsteres

OT 02 - Outros Tópicos (OT) INFLUÊNCIA DOS NÍVEIS HORMONAIS NO TRATAMENTO CRÔNICO E RETIRADA DE KETAMINA EM RATAS WISTAR Ferreira-Sgobbi, R. OT 03 - Outros Tópicos (OT) ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MÉTODOS FORENSES PARA AQUISIÇÃO DE EVIDÊNCIAS EM IAAS SEM AUXÍ-LIO DE PROVEDORES DE SERVIÇO Rosário, J. OT 04 - Outros Tópicos (OT) ENFERMAGEM FORENSE Silva, J. O. M. OT 05 - Outros Tópicos (OT) O PROFISSIONAL DE SAÚDE E A PRESERVAÇÃO DE VESTÍGIOS NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊN-CIA. Silva, J. O. M. OT 06 - Outros Tópicos (OT) AÇÕES DE PESQUISA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DESENVOLVIDAS PELO NÚCLEO DE ESTUDOS FORENSES DO ESTADO DO AMAZONAS Bentes, K. R. S. OT 07 - Outros Tópicos (OT) AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL PRESENTE NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DA UFAM POR AÇÃO ANTROPOGÊNICA Antonio, A. S. OT 08 - Outros Tópicos (OT) COLORAÇÃO DIFERENCIAL PARA IDENTIFICAÇÃO DE ESPERMATOZOIDES EM AMOSTRAS FORENSES Arantes, L. OT 09 - Outros Tópicos (OT) ANÁLISE DE SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA (PR-BRASIL) POR DIFRAÇÃO DE RAIOS X E MÉTODO DE RIETVELD PARA FINS FORENSES Prandel, L.V. OT 10 - Outros Tópicos (OT) APLICAÇÃO DE TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS DE FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X E INFRAVERMELHO EM SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA (PR-BRASIL) PARA FINS FORENSES Prandel, L.V. OT 11 - Outros Tópicos (OT) NO SENTIDO DE ESTABELECER A ENFERMAGEM FORENSE NO BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LI-TERATURA INTERNACIONAL Esteves, R. B. OT 12 - Outros Tópicos (OT) USO FORENSE DE SOLOS A PARTIR DE ANÁLISES QUÍMICAS E FÍSICAS DAS FRAÇÕES AREIA E ARGILA Corrêa, R. S. OT 13 - Outros Tópicos (OT) IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DE CARNE APREENDIDA Tremori, T. M. OT 14 - Outros Tópicos (OT) ESTUDO TEÓRICO DOS CALIXARENOS COMO DETECTORES DE METAIS PESADOS Prado, T. F.

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Apresentação de Pôsteres

QF 47 - Química Forense (QF) AVALIAÇÃO DAS METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE RESÍDUOS DE ARMAS DE FOGO COM ÊNFASE NO MÉTO-DO DE ESPECTROMETRIA DE MASSAS COM FONTE DE PLASMA INDUTIVAMENTE ACOPLADO Martinelli, M. QF 48 - Química Forense (QF) A VIABILIDADE DO USO DO KIT IDENTA IDT 9000 NO EXAME PRELIMINAR DE DROGAS DE DESENHO Lucena, M. C. C. QF 49 - Química Forense (QF) BOCAS DE CHUMBO: DETERMINAÇÃO VOLTAMÉTRICA DE CHUMBO EM AMOSTRAS DE BATOM Ribeiro, M. F. M. QF 50 - Química Forense (QF) ESTUDO TEÓRICO DOS POLISILOLES COMO DETECTORES DE MATERIAL EXPLOSIVO EM PERÍCIA DE INCÊN-DIO Pedrina, N. J. QF 51 - Química Forense (QF) AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE MARCADOR LUMINESCENTE NO TAMANHO DE PARTÍCULAS GSR Jatobá, R. QF 52 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO DA DISTÂNCIA DO DISPARO EM FUNÇÃO DO PADRÃO DE DISPERSÃO DE LGSR Jatobá, R. QF 53 - Química Forense (QF) ANÁLISE E PERSPECTIVAS SOBRE EXPERIMENTOS DE QUÍMICA PARA INCORPORAÇÃO NO PROJETO CIÊNCIA INTERATIVA Santos, R. O. QF 54 - Química Forense (QF) QUÍMICA FORENSE: REVELAÇÃO DE IMPRESSÃO DIGITAL Santos, R. O. QF 55 - Química Forense (QF) DISTRIBUIÇÃO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS (NSP) EM MATERIAIS APREENDIDOS NO NORDESTE DO BRASIL NO PERÍODO DE 2014 - 2016 Cunha, R. L. QF 56 - Química Forense (QF) A SENSIBILIDADE DOS TESTES COLORIMÉTRICOS (SCOTT E MEYER) E DA ANÁLISE POR INFRAVERMELHO COM ATR NA IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA. Byrro, R. M. D. QF 57 - Química Forense (QF) ESTUDOS INICIAIS PARA DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA DE COCAÍNA E SEUS PRINCIPAIS ADULTERANTES Rocha, R. G. QF 58 - Química Forense (QF) PROPOSTA DE TRIAGEM RÁPIDA E SIMPLES DE MEDICAMENTOS CONTRABANDEADOS OU ADULTERADOS EMPREGANDO O SISTEMA PORTÁTIL DE ANÁLISE POR INJEÇÃO EM BATELADA (BIA) COM DETECÇÃO AMPE-ROMÉTRICA DE MÚLTIPLOS PULSOS Silva, R. A. B. QF 59 - Química Forense (QF) TRIAGEM RÁPIDA E PORTÁTIL DE MEDICAMENTOS CONTENDO CITRATO DE SILDENAFILA POR DETECÇÃO VOLTAMÉTRICA ASSOCIADA A FERRAMENTAS QUIMIOMÉTRICAS Silva, R. A. B.

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Apresentação de Pôsteres

QF 60 - Química Forense (QF) ANÁLISE DE GSR POR SPICP-MS Heringer, R. d. QF 61 - Química Forense (QF) APRIMORAMENTO NA RESPOSTA DE ESPECTRÔMETROS RAMAN PORTÁTEIS PELA UTILIZAÇÃO DE SUPERFÍ-CIES SERS ATIVAS: APLICAÇÃO EM COMPRIMIDOS DE ECSTASY Moreira, R. V. QF 62 - Química Forense (QF) PERFIL FÍSICO E QUÍMICO DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS NO DF Salum, L. B. QF 63 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO DA PUREZA DE DROGAS PSICOTRÓPICAS POR CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCI-AL (DSC) E SUA APLICABILIDADE FORENSE Santos, M. M. C. QF 64 - Química Forense (QF) ANÁLISES QUALITATIVAS EM 18 LOTES DE ECSTASY: UMA PARCERIA ENTRE A UNIVERSIDADE DE SÃO PAU-LO E O LABORATÓRIO DE EXAMES DE ENTORPECENTES DA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO/SP Tadini, M. C. QF 65 - Química Forense (QF) ANÁLISES DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS NA REGIÃO DE LAVRAS/MG POR CROMATOGRAFIA GASOSA ACOPLADA À ESPECTROMETRIA DE MASSAS (GC-MS) E ESPECTROMETRIA DE MASSAS COM FONTE DE IONIZAÇÃO POR ELECTROSPRAY (ESI-MS) Vieira, T. G. QF 66 - Química Forense (QF) UTILIZAÇÃO DE SENSORES ELETROQUÍMICOS E FERRAMENTAS QUIMIOMÉTRICAS VISANDO À DISCRIMINA-ÇÃO DE ADULTERANTES DE AMOSTRAS DE COCAÍNA Guedes, T. QF 67 - Química Forense (QF) DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPOS PARA DETECÇÃO VOLTAMÉTRICA DE ADULTERANTES E DILUENTES DA COCAÍNA E DO CRACK Carratto, T. M. T. QF 68 - Química Forense (QF) CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, FÍSICA E MINERALÓGICA DE SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITI-BA DE INTERESSE FORENSE Testoni, S. A. QF 69 - Química Forense (QF) FABRICAÇÃO DE SENSORES COLORIMÉTRICOS PORTÁTEIS E DE BAIXO CUSTO PARA SCREENING DE AMOS-TRAS DE DROGAS APREENDIDAS Araujo, W. R. QF 70 - Química Forense (QF) IDENTIFICAÇÃO DE UMA NOVA CATINONA SINTÉTICA EM DROGAS DE RUA EM OURO PRETO MG Machado, Y. QF 71 - Química Forense (QF) ESTUDO DE ELETRODOS QUIMICAMENTE MODIFICADOS COM BASE DE SCHIFF PARA A DETERMINAÇÃO DE LSD E NBOME Da Silva, A. B. C. QF 72 - Química Forense (QF) ANÀLISE DE COCAÍNA E INTERFERENTES POR FT-IR EM PCA Ribeiro, C. E.

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Apresentação Oral

Dia 03/09/2016 (SABADO) - 16:00 às 16:50

Trabalho Selecionado Autor Instituição

AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL PRESENTE NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DA UFAM POR AÇÃO ANTROPOGÊNICA

Karime Rita de Souza Bentes

Universidade Federal do Amazo-nas - UFAM

ANÁLISE DE GSR POR SPICP-MS

Rodrigo de Almeida Heringer Polícia Civil-DF

NOVAS SUBSTÂNCIAS PSI-COATIVAS: UM DESAFIO PA-RA TOXICOLOGIA FORENSE

Mariana Dadalto Peres

Polícia Civil do Espírito Santo - PC-ES

Dia 04/09/2016 (DOMINGO) - 16:00 às 16:50

Trabalho Selecionado Autor Instituição

PERFIL GENÉTICO HUMANO OBTIDO DE LARVAS NE-CRÓFAGAS SARCONESIA CHLOROGASTER (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) EM CA-SOS DE CRIMES SEXUAIS

Danielle Malheiros Universidade Federal do Paraná - UFPR

VALIDAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA IDENTIFI-CAÇÃO DE ADULTERANTES EM SUPLEMENTOS NUTRI-CIONAIS

Marcelo Filonzi dos Santos

Hospital Israelita Albert Einstein - HIAE

ESPECTROMETRIA DE MAS-SAS INORGÂNICA E ORGÂ-NICA PARA AVALIAÇÃO DO MITO DO CHÁ DE FITA CO-MO DROGA BIZARRA: RE-SULTADOS FINAIS.

Eraldo Luiz Lehmann

Instituto de Química - Universi-dade Estadual de Campinas - IQ - Unicamp

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Apresentação Oral

Dia 05/09/2016 (SEGUNDA) - 16:00 às 16:50

Dia 06/09/2016 (TERÇA) - 16:00 às 16:50

Trabalho Selecionado Autor Instituição

APLICAÇÃO DA TRAUMA-TOLOGIA FORENSE EM LE-SÕES PROVOCADAS POR ANIMAIS

Tália Missen Tremori Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - FMVZ UNESP Botucatu

DEVELOPMENT AND VALI-DATION OF A SIMPLE PRE-LIMINARY TEST FOR MEN-STRUAL BLOOD DETEC-TION

Claudemir Rodrigues Dias Filho

Superintendência da Polícia Téc-nico Científica - SPTC / SP

LEVANTAMENTO DO NÚ-MERO DE LAUDOS PRODU-ZIDOS PELA PERÍCIA CRIMI-NAL DA POLÍCIA FEDERAL SOBRE NOVAS SUBSTÂN-CIAS PSICOATIVAS NO PE-RÍODO DE 01/01/2014 A 01/03/2015

Nathália Mai De Rose Polícia Federal - PF

Trabalho Selecionado Autor Instituição

ANÁLISE DE IMAGENS NA DETERMINAÇÃO DE VELO-CIDADES DE ENTRADA EM PERÍCIAS DE TRÂNSITO

Tales Giuliano Vieira

Universidade Federal de Minas Gerais/Superintendência de Polí-cia Técnico Científica de Minas Gerais - UFMG/SPTC-MG

DETERMINAÇÃO DE PB E SB EM RESÍDUO DE DISPARO DE REVÓLVER CALIBRE .38 POR GF AAS: ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA DISTÂNCIA NA CONTAMINAÇÃO DE TESTEMUNHAS OCULARES

Brian Cardoso Ferreira Universidade de São Paulo

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BIOQUÍMICA E

BIOLOGIA FORENSE

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BQ 01- IMPACT OF ASIP’S RS77106176, RS819135 AND RS6059743 SNPS IN PIGMENTATION OF AD-MIXED BRAZILIAN POPULATION PEREIRA A.L.E.1, MARCORIN L.1, DEBORTOLI G.2, OLIVEIRA M.L.G.2, FRACASSO N.C.A2, MASSARO J.D.3, SIMOES, A.L.2, DONADI, E.A.3, CASTELLI E.C.4, MENDES-JUNIOR C.T.1 1Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP 2Departamento de Genética, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP 3Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP

4Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, Botucatu, SP Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Química, Laborató-rio de Pesquisas Forenses e Genômicas, Ribeirão Preto, SP

INTRODUCTION: Agouti signaling protein, ASIP, is a

paracrine signaling molecule, and a key compound in the regulation of synthesis of melanin. It interacts with MC1R

and favors synthesis of pheomelanin (yellow/red pigment). In contrast, the interaction of the alpha-melanocyte-

stimulating hormone with MC1R favors synthesis of eumelanin (brown/black pigment). Although ASIP’s

3’UTR region has been correlated with pigmentation traits, [1,2] there are no studies correlating the intronic and pro-

moter regions, which may be involved in the regulation of gene expression. OBJECTIVES: Analysis of ASIP’s ge-

netic diversity in a Brazilian admixed population sample (n = 340), aiming to discover genetic variations associated

with pigmentation phenotypes. METHODS: We stratified the samples regarding eye, hair and skin color, presence or absence of freckles, and intensity of hair color greying.

Then, we prepared the DNA library using Haloplex Target Enrichment System (Agilent Technologies) for sequencing

at the Illumina MiSeq platform. Adapter trimming, align-ment and genotype calling were done using cutadapt,

BWA and GATK, respectively. Haplotypes and missing alleles were inferred computationally using PHASE, how-ever, the known phase between variable sites obtained

with GATK was considered. RESULTS AND DISCUS-SION: Variant discovery yielded 65 variation sites in the

promoter, CDS, intronic and 3’UTR regions of ASIP, of which 17 were strongly correlated with at least one pig-

mentation trait. The strongest correlation was the intronic rs77106176*AàG with dark skin color (p = 1.19 x 10-9, OR

= 330.52), followed by two other variation sites in the pro-moter region (rs6059743*GàA, rs819135*AàG), which are

in perfect linkage disequilibrium and strongly correlated with darker skin (p = 8.66 x 10-6, OR = 21.91). CONCLU-SION: The rs77106176*G is only present in African and

afro-descendent American populations in low frequencies (~5%). On the other hand, rs6059743*A and rs819135*G

are observed worldwide. In spite of those differences, the present results reveal that the three markers can be used as

ancestry and darker phenotype predictors in the Brazilian population.

REFERENCES: [1] Kanetsky PA et al., Am J Hum Genet,

2002;70(3):770-5. [2] Voisey J et al., Pigment Cell Res, 2006;19(3):226-31.

BQ 02- CROSS REACTION BLOOD TESTING FO-RENSIC VALIDATIONS DONE BY PRIVATE AND PUBLIC SECTOR LABORATORIES

C. STADLER1, C. R. DIAS FILHO2, L. C. ARANTES3 AND M. G. ROCA1

1 SERATEC GmbH, Ernst-Ruhstrat Str. 5 Goettingen, Germany 2 Instituto de Criminalística, Superintendência de Polícia Técnico-Científica, São Paulo, SP, Brazil 3 Seção de Perícias e Análises Laboratoriais, Instituto de Crimina-lística, Polícia Civil do Distrito Federal, Brasília, DF, Brazil

Blood evidence consists of one of the most important foren-sic pieces. However, it is not always easy to identify a stain as blood. The best and fastest way of doing it is using rapid screening derived from immunochromatographic tests to spot hemoglobin. However, cross reaction between species might be an issue since hemoglobin of other animals could be present, especially considering crimes against fauna, out-door crime scenes with an easy access for animals, and hu-man and domestic animal trauma cases. According to the particular structure in each country there are private and/or public laboratories working in this field. Methods and re-sources from private and public sectors are different, and procedures also differ from country to country. The main objective of our work was to validate the presence of human blood using interspecific samples and the criteria defined from each lab using rapid blood detection test kits, two from the public sectors related to forensic analysis in Brazil and one from the private sector in Germany. As a secondary goal, we have evaluated the Hook Effect. We used two com-mercially available rapid tests to identify human blood (HemDirect from SERATEC® Germany and HEXAGON OBTI from BLUESTAR® Forensic). Sample material was collected from several species. The results with HemDirect were all negative for non-human, with exception to ferret (Mustela putorius furo) and monkey (Callithrix jacchus). Human blood was positive until a dilution down to 10-7. An extra test was done with fresh ferret and monkey blood at a lower concentration (10-5) and was negative in both cases. On the OBTI screening, human blood was negative at a con-centration of 10-7, ferrets blood at 10-5 and monkey at 10-7. The high dose Hook Effect with HemDirect tests was visible but weak. The best results were obtained at dilutions be-tween 10-4 and 10-5. On the other hand, the minimum sensi-tivity for OBTI was 10-6 and the high dose Hook Effect leads to negative results down to 10-2, with a faint line observed 3 hours after the test start at this concentration. In conclusion, both tests were suitable for the detection of human blood in forensic samples with usual methods of both private and public sectors.

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BQ 03- DEVELOPMENT AND VALIDATION OF A SIMPLE PRELIMINARY TEST FOR MENSTRUAL BLOOD DETECTION H. HOLTKOETTER1; C. STADLER2; C.R. DIAS FILHO3; M.G. ROCA2 1 Forensische Molekulargenetik, Institut für

Rechtsmedizin Muenster, Muenster, Germany 2 SERATEC GmbH, Ernst-Ruhstrat Str. 5, Goettingen, Germany 3 Instituto de Criminalística, Superintendência de Polícia Técni-

co-Científica, São Paulo, SP, Brazil Identifying the biological source of a crime scene stain is one of the most important components in forensic science practice. A correct origin determination can be crucial for police investigations as it gives the investigators infor-mation about the course of the crime. Blood is one of the most commonly found body fluids at crime scenes, and accurate differentiation between peripheral blood and men-strual fluid potentially provides valuable evidence regard-ing the issue of consent in sexual assault cases. While the presence of peripheral blood might indicate a traumatic cause, menstrual fluid might hint towards a natural bleed-ing cause. The immunochromatographic SERATEC HemDirect test, which detects the presence of human he-moglobin in a sample and therefore detecting the presence of blood, was used as a basis for the development of a tool for the detection of menstrual blood. During menstruation, fibrinolysis occurs and is an important step to block blood coagulation and enable the menstrual fluid to easily pour out. The developed test is based on a D-dimer assay that detects degradation products of fibrinolysis. Dried men-strual samples and fresh peripheral blood were used for the sensitivity study. Possible cross-reaction were tested on blood mixed with saliva, semen and vaginal fluid. Forensic samples are included in the evaluation of the test’s sensi-bility and protocol development. Additionally, it was also verified if the samples remained suitable for other com-monly used methods such as DNA extraction and profil-ing. The results of this study indicate that the D-Dimer/Hemoglobin assay reliably detects the presence of human hemoglobin and identifies samples containing menstrual fluid. No false positive results were obtained. Furthermore, it was possible to successfully analyze mixtures of fluids. The sensitivity and robustness of the assay is on trial in-volving a team of researchers from different institutions. Considering the preliminary results, the method reliably distinguished between menstrual and peripheral blood, and so it would make a substantial progress in analyzing and interpreting evidence from sexual assault cases.

BQ 04- ANÁLISE DE DNA EM CASOS DE VIOLÊN-CIA SEXUAL COM TESTE PRELIMINAR NEGATI-VO PARA PRESENÇA DE ESPERMATOZOIDES MACHADO HC1, SINDEAUX RHM1, MALHEIROS D2, MALAGHINI M3, ROSÁRIO MMT3

1: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Escola de Saúde e Biociências, Paraná, Brasil. 2: Universidade Federal do Paraná, Departamento de Genética, Paraná, Brasil. 3: Instituto de Criminalística do Estado do Paraná, Laboratório de Genética Molecular Forense, Paraná, Brasil.

Em 2014 foram registrados mais de 3.900 casos de estupro no estado do Paraná. Este alto número, associado à dificulda-de em obter perfil genético do agressor em amostras com resultados negativos para provas preliminares (pesquisa de espermatozoides e detecção de PSA), faz com que um núme-ro considerável de casos sejam inconclusivos quanto a análi-se genética. A metodologia convencional utilizada no Labo-ratório de Genética Molecular Forense (LGMF) do Instituto de Criminalística do Paraná para extração de DNA em casos de estupro utiliza uma alíquota da amostra homogeneizada. Este processo pode ser parcialmente responsável pela ausên-cia de perfil genético masculino na evidência extraída possi-velmente pelo efeito estocástico. Dentro deste contexto, este trabalho propõe uma nova abordagem utilizando a centrifu-gação das amostras oriundas de crimes sexuais com resulta-do preliminar negativo para espermatozoide, a fim de con-centrar as possíveis células vindas do agressor. Foram utili-zadas 18 amostras com PSA e espermatozoide negativos (NN) e 5 amostras com PSA positivo e espermatozoide nega-tivo (PN) da casuística do LGMF. Todas foram submetidas aos dois métodos de extração, o tradicional por alíquota e o centrifugado. Foi obtido um haplótipo completo de indivíduo do sexo masculino para uma amostra NN centrifugada, resul-tado não observado com a amostra alíquota. Em 44% das amostras NN centrifugadas foi detectado material masculino através da quantificação por PCR em tempo real, contra 24% das amostras no método tradicional. Entre as amostras PN, foi possível obter dois perfis autossômicos completos do agressor e detectar material masculino em 75% das amostras centrifugadas. Já nas amostras a partir de alíquotas, foi obti-do apenas um perfil autossômico e o DNA masculino pode ser quantificado em apenas 45% das amostras. Assim, foi possível observar que a centrifugação auxiliou na obtenção de material masculino tanto na quantificação quanto na ge-notipagem. Portanto, o resultado traz embasamento para que o protocolo padrão para casos de estupro seja revisto e pa-dronizado no LGMF (BUTLER, 2011; DE PAULA, 2012; SAWAYA; ROLIM, 2009).

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BQ 05- COMO A EPIGENÉTICA PODE AJUDAR NAS CIÊNCIAS FORENSES? CARDOSO, K.¹, MOHAMAD, L.¹, FARIAS, L.² ¹Acadêmicos de graduação do curso de Ciências Biológicas pelo Centro Universitário de Brasília. ²Prof. Dra. do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília. Centro Universitário de Brasília

Introdução: epigenética se r efere às mudanças heredi-tárias no fenótipo causadas por processos bioquímicos e moleculares que não alteram a sequência primária de DNA e envolvem metilação/desmetilação do DNA, acetilação/desacetilação de histonas, entre outras. A investigação através da epigenética forense se concentra nos métodos para determinação dos padrões de metilação/desmetilação do DNA para serem utilizados na elucidação de crimes. Objetivo: esclarecer a utilidade dos métodos epigenéti-cos na área forense. Materiais e Métodos: baseado na revi-são bibliográfica sistemática, foram analisados os artigos mais recentes publicados nessa área de conhecimento. As bases de dados usadas foram PubMed e Scielo. Pesquisa de bibliografia: as técnicas epigenéticas se concentram em buscar padrões de metilação no DNA dos suspeitos/cadáveres. Todas elas servem para identificar o suspeito e viabilizar a reconstrução da cena do crime, seja pela eluci-dação da idade do suspeito/cadáver (Koch e Wagner, 2011), pela identificação de fluidos corporais (Lee et al., 2012), teste de paternidade (Huang et al., 2008) e diferen-ciação de gêmeos homozigóticos (Li et al., 2011). Conclu-são: Uma vez que a epigenética representa um campo relativamente novo, ainda existem muitas questões a serem resolvidas em relação às tecnologias que podem ser aplica-das nas análises desse campo de estudo. Porém, é inegável o imenso potencial que a epigenética forense apresenta como mais uma ferramenta que poderá ser utilizada na resolução de crimes. Referências Bibliográficas: Huang D. et al. Parentally imprinted allele (PIA) typing in the differ-entially methylated region upstream of the human H19 gene, Forensic Sci. Int. Genet., Amsterdam, v. 2, n. 4, p. 286-291, 2008.; Koch C. M., Wagner W., Epigenetic-aging-signature to determine age in different tissues, Jour-nal of Aging Studies, Amsterdam, v. 3, n. 10, p. 1-10, 2011.; Lee H. Y. et al. Potential forensic application of DNA methylation profiling to body fluid identification, Int. J. Legal Med., Amster dam, v. 126, n. 1, p. 55-62, 2012.; Li C. et al. Identical but not the same: The value of DNA methylation profiling in forensic discrimination within monozygotic twins, Forensic Sci. Int. Genet., Am-sterdam, v. 3, p. 337-338, 2011.

BQ 06- DIFERENCIAÇÃO GENÉTICA DE GÊMEOS MONOZIGÓTICOS EM ANÁLISES FORENSES ANTONIO L U ¹, PEREIRA M M I ², FERRAZ J A M L3

¹ Especialista em Ciências Forenses pelo Instituto Paulista de Estu-dos Bioéticos e Jurídicos, Ribeirão Preto, SP, Brasil. ² Especialista em Biologia Molecular aplicada às área humana, animal e vegetal pela Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP, Brasil. 3 Doutora em Biociências e Biotecnologia Aplicadas à Farmácia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São Paulo, SP, Brasil.

Introdução: Gêmeos monozigóticos der ivam de um único zigoto e são indistinguíveis pela realização do teste genético padrão, o qual avalia marcadores do tipo repetição curta em tandem (Short Tandem Repeats, STR). Contudo o sequencia-mento do genoma nuclear identificou polimorfismos de nu-cleotídeo único (Single Nucleotide Polymorphism, SNP) extremamente raros, os quais permitem diferenciar gêmeos monozigóticos (MZ). O DNA mitocondrial apresenta alta taxa de mutação tornando possível obter posições heteroplás-micas úteis na diferenciação de gêmeos MZ. A análise do padrão de metilação do DNA também se mostrou efetiva na discriminação de tais indivíduos. Objetivos: O objetivo do presente trabalho foi apresentar, através de uma revisão bi-bliográfica, as tecnologias utilizadas para se obter a diferen-ciação de gêmeos MZ e as evidências genéticas que corrobo-ram tais dados. Metodologia: Foram selecionados 68 artigos científicos onde apenas 5 destes tratavam especificamente do tema diferenciação genética em gêmeos MZ, mostrando a deficiência de estudos nesta área. Os descritores utilizados foram DNA, gêmeos monozigóticos, genética e diferencia-ção celular. Discussão e Conclusão: Os tradicionais marca-dores genéticos STR, que são utilizados na prática forense por possuir alta variabilidade e estabilidade, não permitem diferenciar apenas confirmar a monozigosidade em gêmeos. Em apenas um caso, um padrão tri-alélico extremamente raro para um marcador STR foi utilizado para solucionar um caso criminal com gêmeos MZ. Por outro lado, análise de SNPs nucleares e do perfil de metilação do DNA têm se mostrado eficientes na diferenciação de gêmeos MZ. Além disso, a genotipagem do mtDNA também revelou diferentes perfis de SNPs entre estes indivíduos, com a vantagem do sequencia-mento do genoma mitocondrial ser mais barato que o nuclear e ter maior possibilidade de tipagem em amostras com DNA degradado ou ausente. A identificação de SNP’s em diferen-tes tecidos possibilitou detectar mutações capazes de diferen-ciar gêmeos MZ auxiliando em investigações de paternidade pois tais mutações podem ser herdadas pelos filhos.

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BQ 07- ANÁLISE DE DNA DE TECIDOS PARAFINI-ZADOS PARA FINS DE IDENTIFICAÇÃO HUMA-NA ALEM, L.1,2, MACIEL, P.O.M.2, VALENTIN, E.S.B.2, SANTOS, O.C.L.2, NOGUEIRA, T.L.S.2

1 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. 2 Instituto de Biologia do Exército, Rio de Janeiro, Brasil.

O DNA de amostras tratadas com formalina e parafina, oriundos de arquivos de serviços de anatomia patológica, podem apresentar variados níveis de degradação, o que representa um grande desafio na obtenção de perfis genéti-cos em análises forenses. Na ausência de amostras biológi-cas disponíveis, como saliva, sangue e/ou músculos, para a identificação de vítimas fatais, o processamento de lâminas histopatológicas surge como alternativa. O objetivo deste estudo foi padronizar metodologia de extração de DNA em tecidos parafinados para fins de comparação de perfis ge-néticos de vestígios encontrados em locais de crime e aci-dentes em ambientes militares. Os tecidos utilizados neste trabalho foram rim e pulmão fixados em formol a 10%, parafinados, com e sem coloração, provenientes do Labo-ratório de Anatomia Patológica do Hospital Central do Exército. A lâmina do tecido pulmonar foi corada com hematoxilina e eosina, e a lâmina do tecido renal não foi submetida a processo de coloração. Todo conteúdo das lâminas foi raspado com bisturi e transferido para tubos de 1,5mL. Ambas as amostras foram previamente tratadas com Solução de Desparafinização (Qiagen) e a extração de DNA foi realizada com o kit QIAamp DNA FFPE Tissue (Qiagen), conforme instruções do fabricante. Em seguida, foram analisados marcadores STR autossômicos com o kit AmpFlSTR Identifiler (Applied Biosystems) por eletrofo-rese capilar, na plataforma ABI Prism 3500 Genetic Analyzer, (Applied Biosystems). As análises dos dados brutos foram realizadas com o software GeneMapper ID-X v1.3. O processamento dos tecidos resultou em perfis ge-néticos satisfatórios para identificação humana. Foram amplificados todos os 32 alelos possíveis por indivíduo, referentes aos 16 marcadores do sistema multiplex utiliza-do. Em termos qualitativos, os eletroferogramas mostraram picos bem definidos e com altura mínima de 3.000 rfu (unidade relativa de fluorescência). Os dados gerados se tornam relevantes no âmbito das Perícias Criminais Milita-res, podendo também servir como ferramenta na resolução de casos na esfera civil.

BQ 08- MITF rs74845300 AND rs80232752 ASSOCIATION WITH DARKER PHENOTIPES IN A BRA-ZILIAN ADMIXED POPULATION SAMPLE MARCORIN L.1, DEBORTOLI G.2, PE-REIRA A.L.E.1, OLIVEIRA M.L.G.2,

FRACASSO N.C.A2, MASSARO J.D.3, SIMOES, A.L.2, DONADI, E.A.3, CASTELLI E.C.4, MENDES-JUNIOR C.T.1 1Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP 2Departamento de Genética, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP

3Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ri-beirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP 4Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, Botucatu, SP Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Química, Laboratório de Pesquisas Forenses e Genômicas, Ribeirão Preto, SP

INTRODUCTION: Microphthalmia associated transcription factor, MITF, has a major role in melanogenesis as it regu-lates the expression of enzymes directly involved in melanin synthesis in melanosomes. MITF expression is regulated by many different transcription factors, which bind to the pro-moter region functioning as transcription activators [1]. Be-sides its clear involvement in melanin synthesis, there aren’t known association studies linking MITF diversity and pig-mentation traits. OBJECTIVES: This study aimed to find genetic variation in MITF associated with pigmentation traits in a Brazilian admixed population sample (n = 340) from São Paulo state. METHODS: Samples were stratified regard-ing eye, hair and skin color and presence of freckles. Librar-ies were prepared using Haloplex Target Enrichment System (Agilent Technologies) for MiSeq platform Illumina Se-quencing. Adapter trimming, alignment and genotype calling were done using cutadapt, BWA and GATK, respectively. RESULTS AND DISCUSSION: There were found 134 vari-ation sites in the promoter, intronic, regulatory UTRs and coding regions in MITF. Two of these, rs74845300*G and rs80232752*T, were particularly interesting as they are in perfect linkage disequilibrium and showed a strong correla-tion with black hair (p = 0.0002, OR = 41.10, IC95% = 2.2902-737.5484), dark brown eyes (p = 0.0066, OR = 17.35, IC95% = 0.9694-310.4651) and darker skin (p = 0.0005, OR = 27.74, IC95% = 3.1753-242.4257). Both SNPs are located in the promoter region, more specifically in an enhancer region where CEBPB and STAT3 may bind to stimulate MITF expression (positions -1872 and -1013, re-spectively). CONCLUSION: The results indicate that rs74845300*G and rs80232752*T might provide a stronger interaction with CEBPB and STAT3, intensifying the ex-pression of MITF and hence, melanin production in melano-somes. Added to the fact that these alleles occur only in Afri-can populations (1000 Genomes Project), it leads to the con-clusion that these variants could be used as markers for dark-er pigmentation traits, especially black hair. REFERENCES: [1] Bouakaze et al. 2009. Int J Legal Med. 123(4):315-25. FINANCIAL SUPPORT: FAPESP (Grant 2013/15447--0) and CNPq/Brazil (Grant 448242/2014--1 and Fellowship 309572/2014--2).

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BQ 09- ESTUDO TEÓRICO DE MOLÉCULAS RE-LACIONADAS À VACINA CONTRA A COCAÍNA SIQUIERI, T.O; DIAS, L.G.; BRUNI, A,T. Departamento de Química, FFCLRP,UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

De acordo com a Lei 11.343/2006, as Políticas Públicas sobre Drogas devem levar em consideração medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de droga. Além disso, a criminali-zação do usuário prevista no artigo 28 tem como conse-quência ações do Poder Público para que o infrator tenha direito a tratamento gratuito e especializado tratamento. Nesse contexto, pesquisas sobre a utilização de vacinas para minimizar os efeitos da abstinência da droga possuem aspecto forense, pois a própria lei assim o prevê. O objeti-vo deste estudo foi analisar as moléculas que podem ser utilizadas na produção da vacina para a dependência de cocaína por meio de química computacional. Neste estudo estudamos as seguintes moléculas: (R)-p-Isothiocyanatobenzoylecgonine methyl ester, 2'-Acetoxycocaine, 4'-Fluorococaine, Cocaethylene, isothio-cyanatobenzoylecgonine, norcocaine, Salicylmethylecgo-nine. A metodologia foi feita com os programas computa-cionais: ChemSketch e OpenBabel para obter-se o input das moléculas; Orca a fim de otimizar as geometrias e ob-ter espectros teóricos pelos métodos AM1, PM3; Chemcraft para a visualização de geometrias otimizadas e espectros. Os resultados obtidos apresentam as geometrias finais para cada caso. Os métodos semi-empíricos estuda-dos até agora apresentam uma reprodutibilidade adequada das estruturas cristalográficas. Contudo, há diferenças en-contradas nos espectros para cada caso. Outros métodos semi-empíricos, como PM6 e PM7 serão utilizados a fim comparar os dados para se obter uma ideia da eficácia en-tre os vários métodos. Referências Bibliográficas: FOX, B. S. Development of a therapeutic vaccine for the treat-ment of cocaine addiction. MARTELL, B. A., MITCHELL, E., POLING, J, GONSAI, K., and KOSTEN, T. R., Vaccine Pharmacotherapy for the Treat-ment of Cocaine.

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ODONTOLOGIA LEGAL

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OL 01- ASSOCIAÇÃO DE MÉTODOS PARA ESTI-MATIVA DA IDADE EM UMA AMOSTRA DE JO-VENS BRASILEIROS AZEVEDO ACS1, MICHEL-CROSATO E1, BIAZEVIC MGH1.

Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP).

Os métodos de estimativa da idade para indivíduos jovens consistem no estudo de características dentais e ósseas, com o intuito de atingir resultados o mais próximo possí-vel da idade cronológica. O estudo de estruturas do corpo humano norteia-se na avaliação dos acontecimentos que transcorrem durante os processos de crescimento e de de-senvolvimento, uma vez que, comumente, apresentam uma sequência lógica e constante. A literatura mundial sugere uma abordagem multifatorial para o processo de estimativa da idade, ou seja, a avaliação de mais de um local anatômi-co. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi verificar a relação entre a idade cronológica e a idade biológica esti-mada por meio de índices radiográficos derivados da asso-ciação de métodos de estimativa baseados no desenvolvi-mento dental e na maturação das vértebras cervicais. Para isso, utilizou-se uma amostra composta por radiografias panorâmicas e telerradiografias pertencentes a 510 indiví-duos com idades entre 8 e 24 anos. Foi aplicado o método de Demirjian para estimativa da idade de sete dentes man-dibulares, o método de Baccetti que estima a idade por meio da maturação das vértebras e o método de Mincer para estimativa da idade de terceiros molares. Em seguida, foram utilizados os índices radiográficos apresentados no estudo de Lajolo et al. (2013): o escore radiográfico oro-cervical simplificado (EROCS) e o escore radiográfico oro-cervical simplificado sem o terceiro molar (EROCSSTM). Com base nestes índices, a amostra foi dividida em grupos (A, B e C), representativos do aumento da idade cronológi-ca. Os dados foram digitados e analisados no programa MedCalc. Para o EROCS a taxa de acerto foi de 67,4%, já para o EROCSSTM a taxa de acerto foi de 70,8%. Consi-derando apenas o sexo feminino, a taxa de acerto foi igual a 64,2% (EROCS) e 66,1% (EROCSSTM). No que refere ao sexo masculino, os valores foram 70,7% (EROCS) e 75,4% (EROCSSTM). Os achados indicam que houve boa aplicabilidade dos índices radiográficos oro-cervicais e os resultados, de modo geral, foram melhores ao associar apenas dois métodos de estimativa de idade.

OL 02- PREDIÇÃO DO SEXO POR MEIO DE MENSURAÇÕES NOS SEIOS MAXILARES EM EXAMES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZA-DA FARIAS AG1, GAMBA TO2, GROPPO FC3, HAITER-NETO F4, POSSOBON RF5

1Doutoranda em Radiologia Odontológica, Departamento de Diag-nóstico Oral, Área de Radiologia Odontológica, 2Doutorando em Radiologia Odontológica, Departamento de Diag-nóstico Oral, Área de Radiologia Odontológica, 3Professor Titular, Departamento de Ciências Fisiológicas, Área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica, 4Professor Titular, Departamento de Diagnóstico Oral, Área de Radiologia Odontológica, 5Professora Associada, Departamento de Odontologia Social, Área de Psicologia Aplicada, Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp

INTRODUÇÃO: A determinação sexual é um importante passo na identificação de corpos decompostos e de remanes-centes esqueléticos, podendo ser realizada por meio de carac-terísticas morfométricas da pelve, dos ossos longos e do crâ-nio. No entanto, em grande parte dos casos, a pelve e os os-sos longos encontram-se fragmentados ou mesmo ausentes, o que atribui ainda mais importância ao estudo craniométrico [1]. OBJETIVO: Avaliar a possibilidade de determinação do sexo de indivíduos desconhecidos por meio de mensurações lineares e volumétricas nos seios maxilares, em exames de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC), na população brasileira. MATERIAL E MÉTODOS: 94 ima-gens de TCFC, sendo 45 de indivíduos do sexo masculino e 49 do sexo feminino, com idades entre 20 e 35 anos. O volu-me dos seios maxilares foi mensurado por meio do software de segmentação ITK-SNAP 3.0®. As mensurações lineares de altura, comprimento, largura, e maior distância entre os seios maxilares direito e esquerdo, foram executadas no sof-tware OnDemand 3D®. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Todas as medidas foram estatistica e significativamente mai-ores (p<0,05) no sexo masculino, como relatado em traba-lhos realizados em outras populações [1,2]. A medida mais dimórfica observada foi a altura do seio maxilar, com um potencial de predição do sexo de 77,7%. Com base nas medi-das realizadas, foi desenvolvido um modelo de regressão logística que permitiu a elaboração de uma fórmula com potencial de predição sexual de 84%, sendo este valor supe-rior aos de estudos pesquisados previamente na literatura [1, 2, 3, 4]. CONCLUSÃO: As medidas lineares e de volume dos seios maxilares, em exames de TCFC, são úteis para a predição do sexo de indivíduos desconhecidos. Referências: [1] Uthman, N.H. Al-Rawi, A.S. Al-Naaimi, J.F. Al-Timimi, Evaluation of maxillary sinus dimensions in gender deter-mination using helical CT scanning., J. Forensic Sci. 56 (2011) 403–8. / [2] R. Kanthem, V. Guttikonda, S. Yeluri, G. Kumari, Sex determination using maxillary sinus, J. Forensic Dent. Sci. 7 (2015) 163. / [3] O. Ekizoglu, E. Inci, E. Hocaoglu, I. Sayin, F.T. Kayhan, I.O. Can, The Use of Maxillary Sinus Dimensions in Gender Deter-mination, J. Craniofac. Surg. 25 (2014) 957–960. / [4] H.Y. Teke, S. Duran, N. Canturk, G. Canturk, Determination of gender by measuring the size of the maxillary sinuses in computerized tomog-raphy scans., Surg. Radiol. Anat. 29 (2007) 9–13.

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OL 03- O USO DE MAQUIAGEM PARA SIMULA-ÇÃO DE LESÕES EM PESQUISAS SOBRE VALO-RAÇÃO DE DANOS ESTÉTICOS E TIPIFICAÇÃO DE DEFORMIDADE PERMANENTE FERNANDES MM1, BOUCHARDET FCH2, MICHEL-CROSATO E1, COBO-PLANA JA3, OLIVEIRA RN1. 1Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia, Departa-mento de Odontologia Social. 2Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG),

Faculdade de Odontologia, Belo Horizonte (MG), Brasil. 3Instituto de Medicina Legal (IML) – Zaragoza (Aragón), Espa-

nha.

Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia, Depar-tamento de Odontologia Social.

Introdução: vár ias são as dificuldades enfrentadas pe-los peritos nas avaliações de dano corporal pós-traumático, principalmente quando nos deparamos com a valoração do dano estético ou a tipificação de uma deformidade pela necessidade de comparação do paciente vítima de trauma com o seu estado anterior. Nesse sentido, evidencia-se nesses estudos a impossibilidade de causar lesões nos paci-entes ou modelos, impondo-se o cumprimento de normas éticas internacionais em pesquisa científicas. Objetivo: apresentar a possibilidade de avaliar o impacto e a impres-são do prejuízo estético utilizando a maquiagem, tanto feita com produtos cosméticos, tanto realizada com sof-twares eletrônicos como métodos para validar instrumen-tos de pesquisa no âmbito forense. Materiais e Métodos: a metodologia permite a simulação de lesões cicatriciais feitas com maquiagem na região maxilofacial. Para tal, utilizaram-se modelos voluntários possibilitando mostrar aos avaliadores imagens desses modelos antes (estado an-terior normal do modelo) e com lesões maquiadas simulan-do danos estéticos sofridos, podendo serem feitos diferen-tes graus de gravidade da lesão1 num mesmo modelo. Dis-cussão: trata-se de uma metodologia inovadora2 que mos-tra uma perspectiva interessante para o campo das pesqui-sas forenses sobre o tema, não causando danos aos pacien-tes. Conclusão: a busca pela melhor evidência científica sempre foi um desafio aos pesquisadores, mas no campo do dano estético/deformidade permanente ele toma propor-ção ainda maior quando se torna necessário adequá-los as várias áreas das ciências forenses: odontologia legal, medi-cina legal, criminalística, bem como do direito em saúde e da ética em pesquisa, além da legislação relacionada ao tema nos diferentes países. REFERENCIAS: 1- Cobo Plana JA. La valoración del daños a la personas por accidentes de tráfico. Vol. 1. Barcelona: Bosch, 2010. 1008 p. 2- Smith-Stoner M. Using moulage to enhance educational instruction. Nurse Educ. 2011; 36(1):21-4.

OL 04- É POSSÍVEL MEDIR A FEALDADE CIENTI-FICAMENTE? RELATO DE EXPERIÊNCIA PERI-CIAL FERNANDES MM1, KICHLER A2, ROSA GC1, SAKAGU-TI N1 E OLIVEIRA RN1 1Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia, Departa-

mento de Odontologia Social. 2 Associação Brasileira de Odontologia Seção Rio Grande do Sul (ABORS), Departamento de Odontologia Legal. Departamento de Odontologia Legal, Associação Brasileira de Odontologia Seção Rio Grande do Sul Objetivo: este estudo objetivou evidenciar diferentes abordagens metodológicas existentes para valoração do pre-juízo estético por meio de um relato de perícia odontológica civil em que o periciado se mostrou com perdas dentárias e lesões em outras estruturas bucomaxilofaciais. Relato de caso: tratou-se de um processo ajuizado para ressarcimento de danos que teve como autor uma pessoa que trafegava nu-ma bicicleta e acidentalmente caiu dentro de um buraco exis-tente na via pública traumatizando a face, e ré a prefeitura municipal. No laudo civil, realizado após o exame pericial e entregue ao judiciário, foi constatada a existência de nexo causal e foi utilizado o método da escala de sete graus ou método qualitativo empírico descritivo, tendo sido alcançado o grau cinco (considerável) para quantificação do dano esté-tico. A sentença do juiz deu ganho de causa à vítima, sendo a indenização definida em 15 (quinze) mil reais. Porém, no texto dessa decisão não se observou nenhuma referência ao prejuízo estético ou as metodologias descritiva e empírica utilizadas para apurá-lo. Discussão: A existência de diferen-tes formas para valorar a fealdade em diferentes tecidos co-mo dentes e estruturas faciais, muitas não validadas no Bra-sil, mostrou a importância do perito cirurgião-dentista se encontrar atualizado sobre as abordagens existentes, bem como entendê-las como uma necessidade pelo Código Pro-cesso Civil de 2015. Por fim, é fundamental a realização de uma descrição minuciosa das lesões existentes, bem como indicar a autoridade uma visão completa da pessoa prejudi-cada para a justa apreciação do dano estético, apontando a metodologia utilizada.

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OL 05- APLICABILIDADE DE MENSURAÇÕES MANDIBULARES PARA DETERMINAÇÃO DE SE-XO E ESTIMATIVA DE IDADE EM AMOSTRA-GEM BRASILEIRA

PEREIRA JGD1A, LIMA KF1A, DARUGE JÚNIOR E2B, SILVA RHA1C

a Aluna do curso de especialização em Odontologia Legal; b Pro-fessor Doutor do Departamento de Odontologia Social – Área de Odontologia Legal ; c Professor Doutor do Departamento de Saú-de Coletiva - Área de Odontologia Legal

1 Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo FORP-USP 2 Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Universidade Esta-dual de Campinas FOP-Unicamp

Na identificação humana com ajuda do perfil antropológi-co a determinação do sexo é necessária pois a idade de um esqueleto é sempre determinada em conjunto com o seu sexo. Estudos demonstram que a mandíbula é comparável ao crânio e a pelve, no dimorfismo sexual. O objetivo des-te trabalho foi avaliar a possibilidade de determinar o sexo e estimar a idade em brasileiros por meio de mensurações mandibulares: altura do ramo (Co-Go), altura coronóide (Cr-Go), ângulo goníaco (Go), distância bigoníaca (Go-Go) e comprimento máximo da mandíbula (Co-Pg). Foram utilizadas 103 mandíbulas n=53 do sexo feminino e n=50 do sexo masculino com idade média de 59,96 e 52,92 res-pectivamente, provenientes do Arquivo de Ossadas do Departamento de Odontologia Social, Área Odontologia Legal, da FOP - Unicamp. Os intervalos dos valores mas-culinos foram: Cr-Go 46,1 - 76,3, Go 102 – 140, Go-Go 80,4 - 109,8, Co-Go 47,7 – 74, Co-Pg 109,3 - 133,2. Os intervalos femininos foram: Cr-Go 40,6 – 81,3, Go 110 - 144, Go-Go 77,1 - 98,4, Co-Go 43,4 - 70,5, Co-Pg 100,1 – 130. Todas as médias foram maiores em homens como observado em trabalhos anteriores (1,2), com exceção do Go que foi maior em mulheres, indo contrário a alguns trabalhos encontrados (2,3). As mandíbulas foram agrupa-das de acordo com a idade, G1: 0-20 anos; G2: 21-40 anos; G3: 41-60 anos; G4: 61-80 anos; G5: 80-100 anos, sem levar em consideração o sexo. Foi possível observar um aumento gradual de todas as mensurações entre os grupos G1 e G2, porém os valores diminuem no G3, voltam a aumentar no G4 e diminuem novamente no G5. Verifica-se que no grupo G1 encontraram-se as menores medidas: Cr-Go 57; Go 118; Go-Go 83,7; Co-Go 54,7; Co-Pg 109,6; com exceção dos valores de Cr-Go 55,8 e Co-Go 53,15 que foram menores no G5 como encontrado em ou-tros trabalhos (4). O grupo G2 possuiu as maiores médias em todas as mensurações Cr-Go 59,9; Go 122,5; Go-Go 94,3; Co-Go 59,12; Co-Pg 119,8. Conclui-se que as men-surações mandibulares apresentam potencial para diferen-ciação de sexo, porém a idade sofreu grandes variações, não sendo recomendável a utilização de apenas essas men-surações para este fim. Referências: 1. Ongkana N, Sudwan P. Gender difference in thai mandibles using metric analysis. Chiang Mai Med J. 2009;48(2):43–8. 2. Thakur KC, et al. Racial Architecture of Human Mandible - An Anthropological Study. J Evol Med Dent Sci. 2013;2(23):4177–88. 3. Ivanišević Malčić A, et al. Radiomorphometric indices of man-dibular bones in an 18th century population. Arch Oral Biol [Internet]. 2015 May;60(5):730–7. 4. Al-Shamout R, et al. Age and gender differences in gonial an-gle, ramus height and bigonial width in dentate subjects. Pakistan Oral Dent J. 2012;32(1):81–7.

OL 06- ATIVIDADE PRÁTICA VISUAL NO ENSINO-APRENDIZAGEM DA TRAUMATOLOGIA FORENSE

LIMA KF1, PEREIRA JGD1, SILVA RHA2

1 Aluna do Curso de Especialização em Odontologia Legal da Fa-culdade de Odontologia de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo. 2 Professor Doutor do Departamento de Estomatologia, Saúde Pú-blica e Odontologia Legal da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo

Embora a importância das aulas práticas seja amplamente reconhecida, de forma geral, formam uma parcela muito pe-quena nos cursos de graduação por diversos fatores1,2,3. Ati-vidades práticas permitem que os alunos organizem e inter-pretem dados e, a partir deles, possam fazer generalizações e inferências, ao permitir a associação da teoria à prática, con-tribuindo para formação de profissionais completos para o mercado de trabalho1. O ensino da traumatologia forense muitas vezes é lecionado de forma unicamente teórica, dis-tanciando o aluno da vivência prática dessa disciplina. Por esse motivo, o presente trabalho objetivou a criação de mo-delos que pudessem auxiliar o ensino da traumatologia fo-rense, através da simulação de lesões em manequins com cabeça e pescoço, no intuito de aproximar os discentes da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto de maneira mais concreta, através de recursos visuais como estratégia de ensino. Para a confecção dos manequins com a presença de lesões simuladas, inicialmente foram selecionadas as lesões que seriam confeccionadas e posteriormente essas foram realizadas com a ajuda de fotografias, cosméticos, tintas, pinceis e espátulas odontológicas, além de outros materiais de artesanato para a caracterização das lesões. A atividade foi realizada com os alunos do 5º ano do Curso de Odontolo-gia da FORP/USP na disciplina de Odontologia Legal. Fo-ram realizadas 27 lesões simuladas, divididas em 6 mane-quins em variadas áreas da cabeça e pescoço. Através da execução de referida atividade foi possível perceber um mai-or interesse e motivação dos alunos, além de melhor entendi-mento e assimilação das nomenclaturas e características das diversas lesões. Referências: 1. Bassoli F. Atividades práticas e o ensino-aprendizagem de ciência(s): mitos, tendências e distorções. Ciênc. Educ. 2014; 20(3):579-93. 2. Cardoso FS. Atividades práticas e o ensino-aprendizagem de ciência(s): mitos, tendências e distorções [Monografia]. Lajeado: Centro Universitário UNIVATES, Curso de Gradução em Ciências Biológicas; 2013. 3. Pacheco MTM. A medicina legal na Bahia: Início e evolução do ensino. Graz. Med; 2007. 77(2):139-57.

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OL 07- IMPORTÂNCIA DA RADIOGRAFIA PANO-RÂMICA COMO AUXILIAR ÀS PRÁTICAS CLÍNI-CA E ODONTOLEGAL MIRANDA AS¹, BARBIERI AA², MORAES MEL³, NA-RESSI SCM4

1Aluna de graduação Unesp-Ict São José dos Campos 2Professora de Odontologia Legal e Bioética Unesp – Ict São José dos Campos 3Professora de Radiologia Unesp – Ict São José dos Campos 4Professora de Odontologia Legal e Bioética Unesp – Ict São José dos Campos

As radiografias odontológicas registram a situação clínica do indivíduo embasando o tratamento proposto e acompa-nhando sua evolução. Dentre elas a radiografia panorâmica propicia uma visão mais ampla do complexo bucomaxi-lofacial, permitindo a descoberta de processos patológicos e outros achados, contribuindo para diagnósticos mais efi-cazes e melhor planejamento terapêutico. Além disso, é igualmente relevante no processo de identificação huma-na,estimativa da idade e na solução de discussões judiciais. Este estudo foi conduzido visando fundamentar a necessi-dade da inclusão da radiografia panorâmica como docu-mento imprescindível ao prontuário do paciente, de modo a conferir a ele maior autenticidade. Para tanto, foram ava-liadas 2732 radiografias panorâmicas não identificadas, de pacientes na faixa etária de 15 a 55 anos, de ambos os se-xos, procedentes dos acervos da Disciplina de Radiologia da FOSJC-UNESP e de uma clínica radiológica particular da cidade de São José dos Campos - SP. A análise das ra-diografias buscou achados radiográficos não observáveis clinicamente. Os dados encontrados foram submetidos a análise estatística descritiva, TesteT Student e Teoria Cen-tral do Limite. Do total das radiografias panorâmicas avali-adas, 20,31% apresentaram achados radiográficos. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os sexos e entre os sexos e a faixa etária. Os dados obtidos e a múltipla finalidade odontológica da radiografia panorâmica demonstram sua essencialidade como docu-mento a complementar o prontuário odontológico do indi-víduo, conferindo a ele maior legitimidade e valor clínico.

OL08- PERÍCIA ODONTO-LEGAL EM OSSADA HU-MANA: RELATO DE CASO PINTO1 PHV, BARROS2 AVN, ANDRADE3 AOCB, PE-REIRA4 ANN, LAGES5 VA.

1Aluno de Graduação em Odontologia da Universidade Estadual do Piauí. Parnaíba-PI. 2Perita odonto-legal do Instituto de Medicina Legal Gerardo Vas-concelos. Teresina-PI. 3Perita odonto-legal do Instituto de Medicina Legal Gerardo Vas-concelos. Teresina-PI. 4Perito médico-legal do Instituto de Medicina Legal Gerardo Vas-concelos. Teresina-PI. 5Perito odonto-legal do Instituto de Medicina Legal Gerardo Vas-concelos. Teresina-PI. Introdução: Os arcos dentár ios são de grande impor tân-cia no processo de identificação humana por apresentarem uma série de especificações que podem ser conservadas fren-te às adversidades do ambiente por um longo período de tempo. Quando a perícia dispõe da documentação odontoló-gica ante-mortem (AM), o método odonto-legal com fins de identificação pode ser utilizado em substituição ao exame de necropapiloscopia e de genética forense. Além disso, a perí-cia deve estar habituada a detectar a ocorrência de lesões nas estruturas craniofaciais. Objetivo: Relatar a perícia odonto-legal realizada em ossada humana, descrevendo as lesões encontradas e a identificação humana através do confronto entre dados odontológicos post-mortem (PM) e documenta-ção AM. Relato do caso: Em 2014, deu entrada no IML de Teresina-PI uma ossada encontrada na zona rural do mu-nicípio de União-PI. Devido à impossibilidade de identifica-ção datiloscópica, optou-se pelo método odonto-legal de identificação. A partir das características morfológicas do crânio, determinou-se gênero masculino e etnia caucasiana para a ossada. A idade foi estimada entre 18 e 20 anos, de acordo com a presença das suturas sagital e lambidóide na superfície externa da calota craniana (Vanrell, 2009) e com os estágios de mineralização dentária do terceiro molar pro-posto por Nicodemo, Moraes e Médici Filho (1974). A docu-mentação odontológica AM, ao ser comparada com os acha-dos PM, possibilitaram a identificação da ossada. Ademais, o exame pericial pode constatar lesões ósseas de natureza con-tundente no crânio e na mandíbula como provável causa mortis (CM), direcionando o inquérito policial para a hipó-tese de homicídio. Conclusão: A partir da perícia odonto-legal, acredita-se que a CM foi por traumatismo cranioence-fálico e foi realizada a identificação humana da vítima. A documentação odontológica foi fundamental para o processo de identificação da ossada encontrada.

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OL 09- IMPORTÂNCIA DA ODONTOLOGIA LE-GAL PARA O SUCESSO DA IDENTIFICAÇÃO EM CORPOS CARBONIZADOS: RELATO DE CASO RECALDE TSF1, RODRIGUEZ JCZ2, SILVA RHA3

Aluna do curso de especialização em Odontologia Legal FORP – USP. Coordenador da área de Odontologia Legal UAP - Paraguai Coordenador da área de Odontologia Legal FORP – USP.

Introdução: A aplicação de métodos e técnicas odonto-lógicas com fins de identificação é um modo inigualável em casos onde a magnitude de dano corporal impede a identificação por outros métodos. É sabido por todos os especialistas, que não que não há duas arcadas dentárias idênticas, mesmo quando são analisadas as arcadas dentá-rias de gêmeos univitelinos. Além disso, a resistência dos dentes à destruição pelo fogo está amplamente discutida na literatura. Isto prova o alto valor da Odontologia Legal e da documentação odontológica para a correta identificação dos indivíduos queimados ou carbonizados. Objetivo: O objetivo desse trabalho, foi por meio de um relato de caso, apresentar a importância da informação odontológica, para possibilitar a identificação humana, bem como a importân-cia do exame pericial odonto legal. Relato de caso: Trata-se de um acidente aéreo, onde houve cinco vítimas e todos os corpos encontravam-se completamente carbonizados.

O estado dos corpos dificultou consideravelmente a identi-ficação por meios convencionais utilizados no Paraguai (reconhecimento visual e datiloscopia), o que levou a apli-car técnicas odontológicas com fins de identificação. Con-clusão: Com este relato de caso logrou-se observar a importância da documentação odontológica e do exame pericial odontolegal em processos de identificação huma-na. REFERÊNCIAS -“Identidad”. En el Diccionario de la lengua española. Fuente electrónica [en línea]. Madrid, España: Real Academia Española. Disponível em: http://dle.rae.es/?id=KtmKMfe. -Marin L, Moreno F. Odontología forense: identificación odonto-lógica de cadáveres quemados. Reporte de dos casos. Revista Estomatológica [Internet]. 2004 [cited 17 May 2016];12(2). Available from: http://estomatologia.univalle.edu.co/index.php/estomatol/article/view/212 -Cáceres V. La odontología forense ayudó a resolver varios casos de gran impacto social. Ultima Hora [Internet]. 2014 [cited 17 Feb 2016];. Available from: http://www.ultimahora.com/odontologia-forense-ayudo-resolver-varios-casos-gran-impacto-social-n799638.html -Importancia de la Odontología Forense dentro de la Maestría en Ciencias Forenses [Internet]. Posgrado.uni.edu.py. 2016 [cited 17 May 2016]. Available from: http://www.posgrado.uni.edu.py/2011/04/27/importancia-de-la-odontologia-forense-dentro-de-la-maestria-en-ciencias-forenses/ DVI / Policía científica / Especialidades / Internet / Home - IN-TERPOL [Internet]. Interpol.int. 2016 [cited 17 May 2016]. Available from: http://www.interpol.int/es/INTERPOL-expertise/Forensics/DVI -Sweet D. ¿Por que es necesario un odontólogo para la identifica-ción? En Fixot RH, editor invitado, clínicas odontológicas de Norteamérica: odontología forense. Abril 2001: Pp 245-257. -Norrlander AL. Burned and incinerated remains. In Bowers CM, Ben GL, Editores, Manual of Forensic Odontology, Ed 3. Colora-do Springs, CO, American Society of Forensic Odontology, 1995. Pp 16-18. -DA SILVA, RF; De La Cruz, BVM; Daruge JRE, Francesquini JRL.F. La importancia de la documentación odontologica en la identificación humana -relato de caso. Acta odontol. venez [online]. 2005, vol.43, n.2, pp. 159-164. ISSN 0001-6365.

-da Silva Reis J. Padronização da identificação humana por compa-ração radiologica computadorizada de estruturas osseas [Doctorado]. UNICAMP; 1999. -Da Silva RF, Daruge E, Pereira SDR, Almeida SM, Oliveira RN. Identificação de cadáver carbonizado utilizando documentação odontológica - relato de caso. Rev. Odonto. cienc. 2008;23(1):90-93 -Mailart et. al. Perícias odonto-legais: o valor da radiografia nas perícias odonto-legais. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent;45(2):443-6, mar.-abr. 1991. ilus. Disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=BBO&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=3164&indexSearch=ID -MACIEL SM, Xavier YM, Leite PH, Alves PM. A documentação odontológica e a sua importância nas relações de consumo: Um estudo em campina grande – PB. Pesq Bras Odontoped Clin Integr, Joao Pessoa, v. 3, n. 2, p. 53-58, jul./dez. 2003. Disponñivel em: http://www.gruponitro.com.br/atendimento-a-profissionais/%23/pdfs/artigos/prontuario_odontologico/a_documentacao_odontologica_e_sua_importancia_nas_relacoes_de_consumo.pdf -Gomes Brito E. A documentação odontológica sob a ótica dos cirurgiões-dentistas de Natal/RN [Mestrado]. Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2005. Disponível em: ftp://ftp.ufrn.br/pub/biblioteca/ext/bdtd/EwertonWGB.pdf -Codigo del Proceso Penal de la República del Paraguay. Ley Nro 1286/98. Colección de Derecho Penal, 2001. -Codigo Sanitario. Ley No836. Biblioteca y archivo central del con-gresso Nacional. Diciembre 1980. Disponível em: http://www.bacn.gov.py/MjM5OQ==&ley-n-836

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OL 10- ANÁLISE MÉTRICA DE CRÂNIOS HUMA-NOS PARA DETERMINAÇÃO DO SEXO: FORAME MAGNO LOPEZ-CAPP, TT1; BENEDICTO, EN1; MICHEL-CROSATO, E1; PAIVA, LAS2; BIAZEVIC, MGH1

1 Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP). 2 Instituto de Ensino e Pesquisa em Ciências Forenses (IEPCF).- Guarulhos, São Paulo.

O crânio é uma das estruturas anatômicas que apresentam maior dimorfismo sexual. A base do crânio é uma das es-truturas que possui maior chance de prevalecer intacta após ação do ambiente. O estudo tem como objetivo anali-sar variáveis morfométricas do forame magno em crânios humanos para determinação do sexo. A amostra foi consti-tuída de 99 crânios (46 femininos e 53 masculinos) perten-centes ao acervo do IEPCF. As medidas utilizadas para calcular a área do forame magno foram: máximo compri-mento do forame magno (CFM) e máxima largura do fora-me magno (LFM). Três metodologias descritas na literatu-ra foram utilizadas para calcular a área do forame magno: Routal et al.1 (M1), Teixeira2 (M2) e Günay and Altinkök3 (M3). Aplicou-se análise descritiva e teste qui-quadrado com nível de significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo CEP-FOUSP, número parecer: 318.189. As médias das medidas e das áreas foram maiores para o sexo mascu-lino comparado ao sexo feminino: CFM 32,36mm ± 1,48 e 30,80mm ± 1,38; LFM 33,70mm ± 1,00 e 32,16mm ± 0,91; M1 856,32mm² ± 35,61 e 776,02mm² ± 28,57; M2 e M3 861,41mm²± 35,48 e 781,40mm² ± 28,43. Os resulta-dos obtidos a partir da aplicação das três metodologias foram que M1 determinou corretamente 47,2% os crânios do sexo masculino e 32,6% os crânios do sexo feminino; na técnica M2, o nível de acerto foi de 26,4% e 69,6%, respectivamente; e em M3, 20,8% e 54,3%, respectiva-mente. Conclui-se que as medidas CFM e LFM foram maiores no sexo masculino comparadas ao sexo feminino e a partir dos parâmetros utilizados neste estudo verificou-se que a porcentagem de acerto dos três métodos foi insatisfa-tória para determinação do sexo em crânios humanos. REFERÊNCIAS 1Routal RR, Pal GP, Bhagwat SS, Tamankar BP. Metrical studies with sexual dimorphism in foramen magnum of human crania. J Anat Soc India 1984; 2(33):85–89. 2Teixeira WRG. Sex identifi-cation utilizing the size of the foramen magnum. Am J Forensic Med Pathol 1982; 3(3):203–206. 3Günay Y, Altinkök M. The value of the size of foramen magnum in sex determination. J Clin Forensic Med 2000; 7:147–149. Bolsista FAPESP nº 2014/13340-7 e CAPES/Ciências Forenses.

OL 11- APLICABILIDADE DA QUEILOSCOPIA NA IDENTIFICAÇÃO HUMANA DEZEM, TU1; SILVA, A.A2; TERADA, ASSD3; SILVA, RHA4

1 – Doutoranda Biologia-Buco Dental – Anatomia – FOP/UNICAMP

2 - Cirurgiã-Dentista – FORP/USP

3 – Doutoranda em Ciências - Dep. Patologia e Medicina Legal – FMRP/USP

4 – Professor Odontologia Legal – FORP/USP

A análise das impressões labiais é conhecida como queilos-copia e refere-se a um método que pode ser utilizado nos casos de investigação forense. A análise da impressão labial pode ser de grande importância, pois tanto as impressões labiais aparentes, como as latentes, podem ser encontradas em objetos na cena de um crime, podendo indicar algum tipo de vinculação entre o suspeito e o local do crime. Este traba-lho teve como objetivo principal investigar a variabilidade e a classificabilidade dos tipos de sulcos e espessura labial além da localização da comissura labial de 100 sujeitos de pesquisa. As análises foram realizadas em dois momentos com exames intra e interobservador. A mensuração da es-pessura labial foi realizada utilizando paquímetro digital e a análise da comissura labial por meio de análise visual. Para a classificação dos sulcos labiais, cada participante teve sua impressão labial registrada em folha sulfite branca com uso de batom de cor escura e fita adesiva, buscando, dessa forma, observar a prevalência dos padrões labiais na referida amos-tra e a variabilidade de sua classificação, para que essa prova pericial seja valorada na altura de seu mérito. Os resultados mostraram que é possível realizar a classificação das análises labiais, sendo que o tipo de lábio mais frequentemente en-contrado foi o tipo I com 34,25%. Em relação à espessura, o tipo misto e a comissura do tipo abaixada foi a predominante com 66% e 59%, respectivamente. Além disso, observou-se nesse trabalho que não houve diferença estatística entre os indivíduos do sexo masculino e feminino em relação às clas-sificações estudadas. Em relação à subjetividade da análise, os resultados mostraram que existe variação entre pesquisa-dores, principalmente em relação à impressão labial. Dessa forma, pode se concluir que os métodos estudados nesse tra-balho são considerados válidos para identificação forense, desde que realizados por profissionais treinados para realiza-ção das análises, pois exigem estudo minucioso e treinamen-to da equipe para a realização correta e fiel do queilograma. Referências 1. Venkatesh R, David MP. Cheiloscopy : An aid for personal iden-tification. J Forensic Dent Sci 2011;3:67-70. 2. Barros GB, Silva M, Galvão LCC. Estudo queiloscópico em estudantes do curso de Odontologia da UEFS– BA. Rev Saúde.Com 2006; 2(1):3-11. 3. Suzuki K, Tsuchihashi Y. A new attempt of personal identifica-tion by means of lip print. 1971;4:154–8. 4. Santos M. Cheiloscopy: A supplementary stomatological means of identification. 1967; 1(2):66- 7. 5. Molano MA, Gil JH, Jaramillo JA, Ruiz SM, Estudio queiloscó-pico en estudiantes de la Universidad de Antıóquia. 2002;14(1):26–33. 6. Moya V, Roldán B, Sánchez JA. Odontología legal y forense. Barcelona: Masson; 1994.

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PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA FORENSE

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PPF 01- ANÁLISE DE CANABINÓIDES EM AMOSTRAS DE CABELO E CORRELAÇÃO COM INCIDÊNCIA DE SINTOMAS PSIQUIÁTRICOS

ALVES MNR1, HANNA TB1, CRIPPA JAS2, DE MAR-TINIS BS3

1Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, USP; 2Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP; 3Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP.

Introdução: A Cannabis contém aproximadamente 70 canabinóides, sendo os principais o Δ9 – tetraidrocanabinol (Δ9 - THC), que quando administrado intravenosamente em indivíduos saudáveis produz efeitos ansiogênicos e efeitos psicóticos-like e o canabidiol (CBD), que apresenta propriedades antipsicóticas e ansiolíticas. O cabelo é uma matriz biológica que permite mostrar um retrato cumulati-vo e retrospectivo de exposição prolongada a drogas, em razão de sua natureza sólida e de grande durabilidade. A incidência dos sintomas psiquiátricos foi avaliada através da utilização de instrumentos de rastreamento psiquiátri-cos. Objetivo: Correlacionar as concentrações dos canabi-nóides encontrados nas amostras de cabelo com a incidên-cia de sintomas psiquiátricos. Materiais e Métodos: 100 amostras de cabelo coletadas de voluntários da pesquisa atendidos no CAPS AD de Ribeirão Preto foram enviadas ao laboratório Chromatox® (São Paulo) para análise de canabinóides. Além da coleta de cabelo, os voluntários foram submetidos a uma entrevista para aplicação dos ins-trumentos de avaliação psiquiátrica. Resultados e Discus-são: A análise do cabelo mostrou que 22% dos sujeitos apresentaram resultados positivos para Cannabis, sendo este resultado confirmado pela detecção de Δ9 – THC, uma vez que o valor de CBD foi igual a zero para todas as amostras. A prevalência de indicadores clínicos positivos para transtornos psiquiátricos entre a população usuária de drogas do CAPS – AD foi de transtornos mentais comuns, entre eles a ansiedade e depressão. Os sujeitos que apre-sentaram indicadores positivos para sintomas mentais co-muns (SRQ), depressão maior (PHQ – 9) e transtorno de ansiedade social (SPIN) apresentaram maior concentração média de Cannabis no cabelo. Entretanto, esses resultados não foram estatisticamente significantes. Conclusão: Os resultados obtidos a partir da correlação entre o nível de sintomas e a concentração de Cannabis no cabelo não fo-ram estatisticamente significativos. Apesar das limitações do estudo, podemos concluir que ele possibilitou estimar a prevalência da morbidade entre abuso de Cannabis e sinto-mas psiquiátricos na população atendida num centro de atenção psicossocial.

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TOXICOLOGIA

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TOX 01- PROGRAMA DE PREVENÇÃO ÀS DRO-GAS DE ABUSO E À VIOLÊNCIA “ANJOS DA GUARDA” 2015. ALMEIDA, A.A1, SILVA, B.O1, GOMES, A.C.C1,ROMAGNOLO, A,G1, SILVA, F.I1, INOUE R.M.T3, GODINHO, A.F1,CHAGURI, J.L1, SANDRIM V.C2. ¹Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX), Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. ²Departamento de Farmacologia, Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. 3Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Botucatu –Botucatu – UNESP, Botucatu SP.

Introdução: Atualmente são noticiados inúmeros aconteci-mentos relacionados ao uso freqüente de drogas e a violên-cia cada vez mais precoce entre jovens, além da transmis-são de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Consi-derando os inúmeros fatores de riscos para a o uso e abuso de drogas destacamos falta de informações sobre os efeitos e danos das drogas no organismo. Objetivo: Promover a capacitação de alunos de graduação em Biologia e Biome-dicina – IBB e Enfermagem - FMB, UNESP, como moni-tores em palestras para: professores, alunos do ensino fun-damental, médio e superior, e outras instituções sobre os efeitos nocivos das drogas, sua prevenção, redução à vio-lência e as DSTs. Materiais e Métodos: Os alunos foram capacitados por intermédio de curso e seminários para palestras de sensibilização anti-drogas utilizamos a exposi-ção de peças anátomo-patológicas, vídeos, e kits de detec-ção de drogas na urina. Foram aplicados dois questionários (testes de multi-escolha) pré e pós-palestras como avalia-dor, com explanações no máximo de 60 min/dia. Resulta-dos: Constatou-se um percentual maior de acertos de 38 ± 15% pré para 86 ± 12% pós-palestras. Foram contempla-dos alunos (350) das unidades universitárias da UNESP – IBB. Externamente com a Diretoria de Ensino de Botucatu tendo como o público alvo os alunos do ensino fundamen-tal (1380) e médio (350) das escolas públicas (10) e priva-das (3); Instituições ressocializadoras de jovens infratores (62) - Fundação CASA, unidades de Botucatu -SP e Iaras - SP; instituições como por exemplo - SENAC (120 partici-pantes), SESI (40) entre outros segmentos [ex: Igrejas (100),Tiro de Guerra (70), Programa PROERD (400) e JCC Policia Militar (250), Narcóticos e Alcoólatras Anôni-mos (15) . Discussão: Foi observado na avaliação dos questionários aplicados pré e pós-palestras a melhora sig-nificativa das informações sobre as drogas e DSTs, Con-clusão: Conclui-se que frente aos resultados obtidos e pe-los comentários dos professores fazendo menção à impor-tância do projeto como instrumento essencial na prevenção às drogas, na redução da violência escolar e da incidência das doenças sexualmente transmissíveis. Referências: Folhetos sobre Drogas - CEBRID , disponível em http://www.cebrid.epm.br/index.php . Acesso em 22/03/ 2013. O que é AIDS – disponivel em : http://www.aids.gov.br/aids acesso em 04/03/ 2013. Disponivel em: http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/7684/7684_4.PDF.

TOX 02- LEVANTAMENTO DE PRONTUÁRIOS DE PACIENTES EXPOSTOS AO CHUMBO POR PROJÉ-TIL DE ARMA DE FOGO x EXPOSIÇÃO OCUPACIO-NAL– COMPARAÇÃO DE DIFERENTES TRATA-MENTOS - AMBULATÓRIO DO CEATOX-INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS UNESP, BOTUCATU/SP. ALMEIDA A.A1, CHAGURI J.L1, INOUE R.M.T3, GODI-NHO A.F1,SILVA F.I1,JUVENCIO,J.M1,SANDRIM V.C2. ¹Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX), Instituto de Bioci-ências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. ²Departamento de Farmacologia, Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP, Bo-tucatu SP. 3Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medi-cina de Botucatu –Botucatu – UNESP, Botucatu SP.

Introdução: Devido o aumento de pessoas atendidas, com projétil de arma de fogo alojada em áreas críticas, de difícil remoção, com risco alto de sequela para a remoção cirúrgica. O projétil alojado em articulações e Sistema Nervoso Central libera chumbo para sangue assim como ocorre na exposição ocupacional, em decorrência desses fatos, o paciente passa apresentar sintomas de intoxicação crônica (saturnismo). Objetivos: Levantamento de prontuários de pacientes do CEATOX IBB UNESP, Botucatu, SP, Analisar as correla-ções entre os tratamentos propostos para redução de chumbo e melhora do quadro sintomático dos pacientes com projétil de arma de fogo em comparação com exposição ocupacional. Avaliar o custo/beneficio dos diferentes tratamentos terapêu-ticos - o alopático (CaNa2EDTA, DMSA, etc) e o homeopa-tico (Plumbum metallicum 15 CH). Materiais e Métodos: pesquisa dos dados coletados dos prontuários do ambulatório do CEATOX-IBB-UNESP,Botucatu-SP, referente aos anos 2005 a 2015, no total de 03 casos por projétil alojado e 05 casos por exposição ocupacional. Por intermédio de um questionário que abordou os seguintes parâmetros: nome, idade, sexo, peso, localização do projétil, período de exposi-ção, sinais e sintomas na admissão e pós-tratamentos, nível de chumbo no sangue, tipo de tratamento realizado – quela-toterapia alopatica (CaNa2EDTA, DMSA,etc) e com homeo-patia. Discussão: Depreende-se que quando o projétil esta localizado em área crítica (encéfalo) e não é possível a remo-ção cirúrgica do projétil, em decorrência do risco de sequela, opta-se pela quelatoterapia (alopática ou homeopatia), com evolução benéfica para o paciente tanto na situação do projé-til alojado quanto exposição ocupacional ao Pb. Conclusão: os tratamentos propostos foram eficazes na redução ou re-missão dos sinais e sintomas de exposição ao Pb. O trata-mento homeopático com boa eficácia além do baixo custo sendo 25,6 vezes menor que o CaNa2EDTA e 67,9 vezes menor que a que o DMSA. Referências: BOLANOS, A.A; Demizio, J.P; Vigorita, V.J; Bryk, E. Lead Poisoning from an Intra- Articular Shotgun Pellet in the Knee Treated with Arthroscopic Extraction and Chelation Therapy, A case report, The Journal of Bone and Joint Surgery, p. 422 -26;1996. SINICROPI, M. S., et al., .Chemical and biological prop-erties of toxic metals and use of chelating agents for the pharmaco-logical treatment of metal poisoning. Archives of Toxicology, v.84, no.7, p. 501-520, 2010.

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TOX 03- PERFIL DE NBOMe TRAÇADO PELA PO-LÍCIA FEDERAL WAYHS C. A. Y.A, REIS M.A, MARIOTTI K. C.AB, RO-MÃO W.C, VAZ B. G.D, ORTIZ R. S.E, LIMBERGER R. P.A

a Av. Ipiranga, 2752, 90610-000, Porto Alegre – RS, Brasil. La-boratório de Toxicologia (LABTOXICO), Faculdade de Farmá-cia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. b Av. Ipiranga, 1365, 90160-093, Porto Alegre - RS, Brasil. Gru-po de Identificação da Superintendência de Polícia Federal no Rio Grande do Sul. c Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, 29075-910, Vitória - ES, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Química, Universi-dade Federal do Espírito Santo. d Campus Samambaia, Itatiaia, 74001970, Goiânia, GO - Brasil. Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Fede-ral de Goiás. e Av. Ipiranga, 1365, 90160-093, Porto Alegre - RS, Brasil. Setor Técnico-Científico da Superintendência de Polícia Federal no Rio Grande do Sul.

Introdução: Designer drugs são termos usados para des-crever e identificar substâncias sintéticas. Recentemente, o âmbito de aplicação destas denominações foi expandido para incluir outras substâncias psicoativas. Entre esta gran-de variedade de drogas sintéticas, uma nova classe de alu-cinógenos chamada NBOMe está ganhando destaque no cenário internacional. Objetivo: Realizar um estudo retros-pectivo em um banco de dados nacional de peritos, a fim de traçar um perfil nacional da atual paisagem e crescente uso dessa nova classe de drogas de abuso. Materiais e Mé-todos: Os relatór ios foram acessados contendo o termo "NBOMe" do Sistema de Criminologia da Polícia Federal, datada de 1º de janeiro de 2012 a 04 de maio de 2015, pro-duzidos pelas unidades forenses dos estados brasileiros. As seguintes informações foram coletadas: número de relató-rios, local das apreensões, local de elaboração dos relató-rios, as principais drogas apreendidas juntamente com NBOMe e suas apresentações, classificação química de NBOMe, quantidade de unidades apreendidas e principais imagens exibidas nos materiais apreendidos. Os dados foram agrupados em planilhas, tabelados, analisados e interpretados. Resultados e Discussão: As apreensões de NBOMe geraram 20 pedidos de perícia em Maio de 2015, 45 em 2014, 21 em 2013 e 4 em 2012, totalizando 90 rela-tórios. Pode ser visto que o número de relatórios com o termo NBOMe aumentou consideravelmente nos últimos cinco anos. As apreensões de NBOMe foram realizadas em 17 estados diferentes, a maioria delas em São Paulo. Nos relatórios descritos analisou-se que as amostras apre-endidas variam consideravelmente em termos de tamanho, espessura e massa. Conclusão: A maioria das apreensões de NBOMe foram realizadas em São Paulo, e os selos são as principais formas de apresentação. MDMA foi o maior número de drogas apreendidas em conjunto com NBOMe. Os tipos 25C- e 25I-NBOMe foram os principais tipos de NBOMe apreendidos no Brasil. Referências Bibliográficas: A. NINNEMANN, G.L. STUART, “The NBOMe series: a novel, dangerous group of hallucinogenic drugs, J. Stud. Alcohol Drugs. 74 (2013) 977–978

TOX 04- ESTUDO RETROSPECTIVO DE ÓBITOS E EXAMES TOXICOLÓGICOS ATENDIDOS NO IGP/JOINVILLE DE 2013 A 2015 PARABOCZ, G. C.1; PERICOLO, S.1; LINO, J.O.2; VIG-NOTO, S.2; PEREIRA, N.2 1 – Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina 2 – UNIVILLE Introdução: O abuso de substâncias psicoativas é um problema de saúde e segurança pública, com consequências negativas à sociedade. Entre a população adulta mundial, cerca de 5,2% são usuários de droga[1]. No Brasil, 22,8% da população entre 12 e 65 anos, já utilizaram algum tipo subs-tância, em destaque a maconha (8,8%), cocaína (2,9%) e crack (1,5%)[2]. Objetivo: Conhecer o per fil das vítimas e a detecção de substâncias psicoativas em exames toxicológi-cos, nos óbitos violentos atendidos pelo IGP/Joinville. Mate-riais e Métodos: Os óbitos violentos do último tr iênio (2013 a 2015) foram analisados quanto à idade, gênero, clas-sificação jurídica (homicídio, suicídio, acidente de trânsito e outras) e resultado dos exames toxicológicos. Resultados e Discussão: No per íodo avaliado, ocor reram 1422 óbitos violentos em Joinville e região metropolitana, sendo 40,9% acidentes de trânsito, 29,0% homicídios, 9,1% suicídios e 21,0% outras formas de morte. O gênero prevalente foi o masculino (82,7%) e a idade média 40 anos. O exame toxi-cológico foi realizado em 891 casos, sendo que 513 (57,6%) apresentaram detecção de uma ou mais substâncias. Entre os casos com detecção, em 40,6% foi constatado apenas etanol (grupo 1), em 37,2% foram detectadas outras substâncias (grupo 2), e em 22,2%, a presença conjunta de etanol e ou-tras substâncias (grupo 3). No grupo 2 destacaram-se THC (29,8%), COC (cocaína - 20,4%), COC+THC (12,6%) e ben-zodiazepínicos (12,6%), enquanto no grupo 3, predominaram COC (50%), THC (21%), COC+THC (19,3%). 70,5% das vítimas de homicídio tiveram alguma substância detectada, enquanto nos casos de suicídios, acidentes de trânsito e ou-tras formas de morte, a média foi de 51%. Conclusão: O etanol está envolvido em grande parte das mortes violentas. O uso da cocaína também se destaca, principalmente em conjunto com o etanol. Esses dados são relevantes para o desenvolvimento de técnicas analíticas compatíveis com a demanda e podem corroborar para o direcionamento de polí-ticas públicas. Referências [1]UNODC – United Nations Office on Drugs and Crime. World Drug Report 2014. Viena: United Nations Publica-tion, 2014. [2]Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (SENAD). II Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psico-trópicas no Brasil. Brasília: SENAD, 2006.

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TOX 05- DETECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PSICOA-TIVAS EM FLUIDO ORAL DE MOTORISTAS DE CAMINHÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO BOMBANA HS1, DOS SANTOS MF1,2,3; GJERDE H4; JAMT REG4; ROHFS WJC5; MUÑOZ DR1; LEYTON V1

1Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil 2Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil 3Hospital Albert Einstein, São Paulo, Brasil 4Instituto Norueguês de Saúde Pública, Oslo, Noruega 5Policia Rodoviária Federal, Brasil Introdução: Os acidentes de trânsito foram responsá-veis por mais de 44 mil mortes em 2014 no Brasil, causan-do um importante impacto social e econômico. O Estado de São Paulo apresentou o maior número de acidentes de trânsito, com mais de 7 mil óbitos. O uso de drogas psicoa-tivas pelos condutores merece destaque nesse cenário. Es-tão descritos na literatura os efeitos deletérios dessas subs-tâncias na condução veicular. Motoristas de caminhão de-vido às longas jornadas de trabalho, pouco tempo de des-canso e à depressão representam um grupo de risco para o consumo de drogas. Objetivos: Avaliação do uso de cocaí-na, anfetamina e tetrahidrocanabinol (THC) por motoristas de caminhão no Estado de São Paulo. Metodologia: Apli-cou-se um questionário estruturado para obtenção de dados sociodemográficos e amostras de fluido oral foram colhi-das. Estas foram submetidas aos testes de triagem e as po-sitivas foram confirmadas por cromatografia líquida aco-plada à espectrometria de massas (LC-MS/MS). Resulta-dos e Discussão: Houve 762 amostras de fluido oral. Os dados não toxicológicos apresentaram todos os profissio-nais sendo do sexo masculino, com média de idade de 42,5 anos, a maioria casado ou amasiado (71,1%) e 41,0% dos entrevistados cursou até a 8ª série. 67,7% dos participantes mantinham algum vínculo empregatício e estavam em mé-dia 15,6 anos nessa profissão. Os participantes dirigiam uma média de 9,4 horas por dia e percorreram 614 Km antes da coleta da matriz biológica. Nos ensaios toxicoló-gicos, 41 amostras (5,5%) apresentaram resultados positi-vos, sendo 16 (2,1%) destas confirmadas para cocaína. Anfetamina foi detectada em 9 (1,2%) amostras e THC em 5 (0,7%). Houve casos de mais de uma substância em 11 situações. Cocaína e anfetamina presentes em 3 (0,4%) amostras, outras 3 apresentaram cocaína e THC, uma amostra positiva para anfetamina e THC. O método permi-tiu identificar meprobamato (ansiolítico) foi encontrado em 3 amostras concomitante para cocaína uma vez e anfe-tamina 2 amostras. Uma amostra apresentou-se positiva para anfetamina e alprazolam (ansiolítico). Conclusão: O uso de substâncias psicoativas por motoristas de caminhão ainda é frequente e a cocaína foi a droga mais detectada nas amostras dos motoristas. Referências: Leyton V, Sinagawa DM, Oliveira KCBG, Sch-mitz W, Andreuccetti G, Martinis BS De, et al. Amphetamine , cocaine and cannabinoids use among truck drivers on the roads in the State of Sao Paulo, Brazil. Forensic Sci Int 2012 fev; 215(1-3):25–7.

TOX 06- USO DE DROGAS E MEDICAMENTOS PSI-COATIVOS POR MOTORISTAS DE CAMINHÃO: ESTUDO PRELIMINAR MAGALHÃES JG1, PANIZZA HN1, TAKITANE J1, SINA-GAWA DM1, BOMBANA HS1, SANTOS MF1, ROHLFS WJC2, YONAMINE M1, MUÑOZ DR1, LEYTON V1

1Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil 2Departamento de Polícia Rodoviária Federal, Brasil

Introdução: Acidentes de trânsito são responsáveis por cerca de 1,2 milhão de mortes ao ano, sendo um grande pro-blema, principalmente em países de média renda, como o Brasil. Um dos grandes fatores de risco para ocorrência de acidentes de trânsito é o consumo de álcool e outras substân-cias psicoativas, como drogas de abuso e alguns medicamen-tos, pelo condutor1. É importante, portanto, traçar um perfil mais detalhado quanto ao uso dessas substâncias por moto-ristas profissionais, de modo a auxiliar na regulamentação e fiscalização no trânsito. Objetivo: Verificar o uso de drogas ilícitas (anfetaminas, cocaína e cannabis) e medicamentos (barbitúricos, benzodiazepínicos, opiáceos, metadona e anti-depressivos tricíclicos) através da análise toxicológica em urina de motoristas de caminhão. Materiais e Métodos: Fo-ram coletadas 1069 amostras de urina de motoristas que par-ticiparam do projeto Comandos de Saúde nas Rodovias, pro-movido pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal, no Estado de São Paulo, entre 2015 e abril de 2016. As amostras foram analisadas por testes imunocromatográficos. Resultados e discussão: Cento e uma amostras (9,4% ) apresentaram resultado positivo para alguma das substâncias psicotrópicas pesquisadas. Dessas, a maioria apresentou re-sultado positivo para anfetamina (40,6%), seguida por meta-bólitos da cocaína (31,7%) e do THC (17,8%). Para os medi-camentos, a classe mais encontrada foi a dos benzodiazepíni-cos, com 9,9% de presença nas amostras positivas, sendo a quarta substância mais encontrada. Houve um caso positivo para morfina e outros três para antidepressivos tricíclicos. Barbitúricos e metadona não foram detectados nestas amos-tras. As amostras positivas serão confirmadas por GC-MS. Conclusão: Na amostra estudada, houve predominância de casos positivos para drogas ilícitas sobre os medicamen-tos, sendo que a anfetamina foi a substância mais encontrada. Referências Bibliográficas: 1. WHO (World Health Organization). Global status report on

road safety 2015. Itália, 2015. Agradecimentos: Depar tamento de Polícia Rodoviár ia Federal, FAPESP, CAPES, LIM-40/HCFMUSP.

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TOX 07- VALIDAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ADULTERANTES EM SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS DOS SANTOS MF1,2; MANGUEIRA CLP2; FERREIRA CES2; FAULHABER ALC2; SANCHES LR2; TAVARES IS1; YONAMINE M1

1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil 2 Hospital Albert Einstein, São Paulo, Brasil Introdução: Os suplementos alimentares são utilizados para aumento de massa muscular, capacidade aeróbia e desempenho físico, redução de gordura corporal, perda de peso, retardo no envelhecimento e atraem a atenção de muitos atletas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) não define a categoria “suplemento alimentar”, não existindo registro para este. No Brasil, esses produtos podem ser classificados, como suplemento vitamínico e/ ou mineral, alimentos para atletas ou novos alimentos. Um sério problema enfrentado pelos consumidores é a certeza de que o produto condiz com as declarações do rótulo. Em todo o mundo, a adição dolosa de ativos farmacêuticos em suplementos é um problema comum e permanente. No Brasil, a disponibilidade de dados atuais sobre a adultera-ção de suplementos alimentares é escassa. Objetivos: Vali-dação de método analítico empregando a técnica de croma-tografia líquida acoplada à espectrometria de massas (LC-MS/MS) para a identificação e quantificação dos estereoi-des anabolizantes androstenediona, decanoatos de nandro-lona e testosterona, deidroepiandrosterona (DHEA), esta-nozolol, metasterona, metiltestoterona, propionato de tes-tosterona, testosterona base e trembolona em suplementos alimentares. Metodologia: As condições analíticas foram otimizadas utilizando o MRM (Multiple Reaction Monito-ring – monitoramento de reações múltipas) e a FIA (Flow Injection Analysis – análise do fluxo de injeção). Inicial-mente, amostras de suplementos comprovadamente sem adulterantes foram obtidas. Para as análises, adicionou-se 5 mL de metanol e padrão interno 17-OH-progesterona-d8 em 500 mg de suplemento. A mistura foi agitada por 1 minuto, centrifugada 3220xg por 10 minutos a 4°C, diluída em água, filtrada no vial e 50µL injetados no LC. No MS, a ionização ocorreu no modo APCI (Atmospheric pressure chemical ionization – ionização química à pressão atmos-férica). Nessas amostras negativas, foram adicionados os adulterantes proposto. Resultados e Discussão: Os 11 este-roides anabolizantes foram identificados. A curva de cali-bração foi linear no intervalo de concentração entre 10 e 4000 ng/dg, com r2>0,99. Exatidão foi superior a 85%. Valores de precisão intra e interdias apresentaram desvios padrões relativos inferiores a 15%. Efeito matriz, e hete-roscedasticidade também foram avaliados. Conclusão: Um método analítico simples e rápido foi validado e poderá ser utilizado para identificar e quantificar esteroides anaboli-zantes em suplementos nutricionais.

TOX 08- DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTI-CO PARA DETECÇÃO DE ESTIMU-LANTES EM SUPLEMENTOS NUTRI-CIONAIS ADULTERADOS MUÑOZ HENAO, M. M¹; CAMPESTRI-NI, I¹; YONAMINE, M.¹

¹ Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Introdução: A adição fraudulenta de ativos farmacêuti-cos em suplementos nutricionais é um problema mundial e no Brasil, a disponibilidade de dados sobre a adulteração nestes produtos é escassa. Objetivo: Desenvolvimento e apli-cação de método analítico empregando cromatografia gasosa para detecção, identificação e quantificação de estimulantes não declarados nos rótulos de suplementos alimentares. Materiais e Métodos: As amostras de suplementos ali-mentares (n=70) foram obtidas em lojas especializadas e por meio de sites pela internet, de diversas partes do estado de São Paulo. Os métodos de extração avaliados foram: extra-ção acelerada por solvente (ASE) seguida da extração em fase sólida (SPE), a técnica QuEChERS (método modifica-do) e o método de extração com metanol (Choi, et al. 2015). Os estimulantes de interesse foram cafeína, femproporex, anfepramona, fenfluramina, sibutramina, fentermina, efedri-na, fenilpropanolamina, pseudoefedrina, 4-metilhexan-2-amina e sinefrina. O método analítico foi desenvolvido por cromatografia gasosa com detector nitrogênio fósforo (GC-NPD). Resultados e discussão: Foi determinada estatistica-mente a quantidade de suplemento e de solvente a ser utiliza-da. A técnica de extração com metanol permitiu uma melhor resposta frente à porcentagem de recuperação e eluição das substâncias de interesse determinadas por GC-NPD. Os limi-tes de detecção e quantificação obtidos encontram-se na fai-xa de 0,0010 a 0,010 mg/mL e a linearidade na faixa de 0,0010 a 0,040 mg/mL. Preliminarmente, 75% dos suple-mentos analisados obtiveram resultados positivos para cafeí-na e sibutramina mediante a metodologia escolhida. Conclu-são: A técnica ASE seguida de SPE não per mitiu uma análise completa das substâncias submetidas à extração e a de QuEChERS não apresentou a resposta adequada devido à grande interferência do solvente ao ocultar duas das substân-cias de interesse. A técnica de extração com metanol apre-sentou resultados satisfatórios, ressaltando a vantagem da utilização de baixa quantidade de amostra, solvente e pa-drões de estimulantes. Referências Bibliográficas: Choi, J . Y. et al. 2015. Development and validation of an LC-MS/MS method for the simultaneous anal-ysis of 28 specific narcotic adulterants used in dietary supplements. Food Additives & Contaminants. 32, 1029–1039. Agradecimentos: CNPq/ANVISA

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TOX 09- NOVAS SUBSTÂNCIAS PSI-COATIVAS: UM DESAFIO PARA TO-XICOLOGIA FORENSE PERES MD1, VIEIRA AA1, DE PAULA DML1, MARQUES GLM1, REBELO JCO1, COIMBRA JB1, PISSINATE JF1, MEN-DONÇA JB1, BAZZARELA RB1, PELI-ÇÃO FS1.

1Serviço de Laboratório Médico Legal, Departamento Médico Legal, Superintendência de Polícia Técnico Científica, Polícia Civil do Espírito Santo. Introdução: Novas substâncias psicoativas (NPS) são drogas sintéticas, muitas vezes não proscritas, mas que oferecem risco a saúde. O uso de NPS tem aumentado e pouco se sabe sobre efeitos tóxicos. Elas apresentam ca-racterísticas físico-químicas diversas e são encontradas em baixas concentrações, dificultando o trabalho do toxicolo-gista. Objetivo: Desenvolver um método para a análise de NPSs em amostras de sangue por LC-MS/MS. Materiais e métodos: As amostras de sangue (200 µL) foram extraí-das utilizando 800 µL de acetonitrila a -20ºC e agitação em vórtex por cinco minutos, seguido de centrifugação (14000 rpm/10 min). A fase orgânica (700 µL) foi evaporada e reconstituída com 100 µL da fase móvel aquosa. A croma-tografia líquida foi realizada no módulo 1200 Infinity, equipada com coluna Eclipse Plus C18 (2,1 x 100 mm x 1,8 µm), mantida a 60ºC. Solução de ácido fórmico 0,1% (v/v) foi utilizada como fase móvel A e acetonitrila com 0,1% de ácido fórmico (v/v) como fase móvel B com gra-diente e em fluxo constante de 0,3 mL/min. O tempo da corrida foi de 10,5 minutos. A detecção por ESI-MS/MS (6430 Triplo Quad) foi realizada utilizando o método de monitoramento de múltiplas reações (MRM) com ioniza-ção positiva. Os analitos pesquisados foram LSD, 25-H-NBoMe, 25-C-NBoMe, 25-I-NBoMe, 25-B-NBoMe, fen-tanil, methcatinona, metilona, mefedrona, metilenodioxipi-rovalerona (MDPV), AH-7921, AM-2201, JWH-018, 2,5-dimetoxi-4-bromofenetilamina (2-CB), 3-trifluorometilfenilpiperazina (TFMPP), fenilciclidina (PCP), cetamina, benzilpiperazina e metaclorofenilpipera-zina (mCPP). Resultados e discussão: Todos os analitos foram extraídos com sucesso, o limite de detecção foi de 0,1 ng/mL para LSD, 25-H-NBoMe, 25-C-NBoMe, 25-I-NBoMe, 25-B-NBoMe; 0,5 ng/mL para fentanil; 1,0 ng/mL para methcatinona, metilona, mefedrona, MDPV, AH-7921, AM-2201 e JWH-018; e 5 ng/mL para 2-CB, TFMPP, PCP, cetamina, benzilpiperazina e mCPP. Todas as substâncias apresentaram linearidade até 50 ng/mL. Para avaliar a efetividade do método, as amostras de san-gue de três casos com suspeita de envolvimento de NPS foram analisadas pelo método descrito acima. Em um dos casos foi confirmada a participação de NPS, no qual foi detectado 0,35 ng/mL de 25-I-NBoMe, 1585,0 ng/mL de MDMA e 82,5 ng/mL de cetamina. Conclusão: O método desenvolvido alcançou o objetivo proposto, com limites de detecção adequados para toxicologia e demonstrado pela aplicação em um caso real.

TOX 10- DETECÇÃO DE COCAÍNA E COCAETILE-NO EM HUMOR VÍTREO COM SPME E GC/MS S. PERICOLOA, G. PARABOCZA, J.L. DE OLIVEIRA B

aInstituto Geral de Perícias, IGP –Joinville (SC), Brasil bUniversidade da Região de Joinville – UNIVILLE, Joinville (SC), Brasil

INTRODUÇÃO: O uso de drogas como COC e álcool está intimamente relacionado a mortes violentas. O emprego de matrizes alternativas é útil para a confirmação dos acha-dos analíticos nas amostras de referência ou para suplantar a ausência destas. O humor vítreo (HV) destaca-se como ma-triz alternativa por apresentar boa correlação com níveis san-guíneos, ser de fácil obtenção e menos sujeita a contamina-ção[1]. Entre as técnicas de extração a SPME apresenta boa sensibilidade, dispensa o emprego de solventes e é de fácil automação com o cromatógrafo gasoso (GC)[2]. OBJETI-VO: Validar metodologia para a detecção qualitativa de COC e CE no HV, utilizando SPME e análise por GC/MS. MATERIAIS E MÉTODOS: As amostras de HV (0,5mL) foram coletadas no IML/Joinville e submetidas à SPME, após adição de solução tampão (1mL), por imersão direta da fibra PDMS/DVB por 20min. a 60ºC e dessorção no injetor por 5min a 250ºC. Condições cromatográficas: coluna HP5MS, gás hélio 6.0, fluxo 0,6 mL/min., forno 100ºC-1min, 18ºC/min até 300ºC, por 2,889 min. e modo SIM. Na validação foram avaliados os parâmetros de seletividade, limite de detecção (LD), precisão e carryover[3,4]. Na aplica-ção do método, 15 casos reais foram analisados e compara-dos com os resultados em matrizes convencionais. RESUL-TADOS E DISCUSSÃO: O método demonstrou seletivi-dade para COC e CE em relação à nicotina, cafeína e lidocaí-na. O LD foi determinado em 5ng/mL. Foi constatada preci-são sob condições de repetibilidade com coeficientes de vari-ação dos tempos de retenção de 0,4% e 0,3, respectivamente para COC e CE. Não houve carryover até a concentração de 750ng/mL para ambos analitos. Na aplicação do método, em 13 casos foram detectados COC e CE na amostra convencio-nal (sangue ou urina) e no HV. Nos outros dois casos, CE foi detectado na matriz convencional e no HV, e a cocaína, so-mente no HV. CONCLUSÃO: O método aplicado em ca-sos post mortem mostrou-se como ferramenta alternativa útil para a detecção de COC e CE em casos de morte violenta, sendo de fácil execução, reprodutível e, portanto passível de ser implantado na rotina laboratorial, principalmente na au-sência de amostras convencionais. REFERÊNCIAS [1] Baniak N., G. et al. Vitreous Humor: A Short Review on Post-mortem Applications. Int J Clin Exp Pathol v.05, p.02-05, 2015. [2] KATAOKA, H.; SAITO, K. Recent advances in SPME tech-niques in biomedical analysis. Journal of Pharmaceutical and Bio-medical Analysis, v.54, p. 926-950, 2011. [3] SWGTOX- Scientific Working Group for Forensic Toxicology. Standard Practices for Method Validation in Forensic Toxicology, 2013. [4] UNODC. Guidance for the Validation of Analytical Methodolo-gy and Calibration of Equipment used for Testing of Illicit Drugs in Seized Materials and Biological Specimens– United Nations, New York, 2009.

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ENTOMOLOGIA FORENSE

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EF 01- ANÁLISE QUALITATIVA DE ASPIRINA, DIPIRONA, IBUPROFENO E PARACETAMOL EM IMATUROS DA ESPÉCIE DE MOSCA CHRYSOMYA MEGACEPHALA POR CROMATO-GRAFIA EM CAMADA DELGADA ALVES C. C. F.1, BENTES K. R. S. 1, FIALHO M. C. Q.2, BARROS G. A. 1, PAULA A. R. U. 1, ANTONIO A. S. 1.

1 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Uni-versidade Federal do Amazonas 2 Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Ama-zonas

A entomotoxicologia forense consiste na utilização de ar-trópodes encontrados junto ao corpo da vítima para deter-minar o intervalo pós-morte e a causa da morte, especial-mente, em casos onde há suspeita de intoxicação, envene-namento ou escassez de tecidos corporais. Esta pesquisa teve como objetivo detectar a presença de quatro analgési-cos de ampla utilização e sem prescrição médica no Brasil (aspirina, dipirona, ibuprofeno e paracetamol) em imaturos da mosca necrófaga Chrysomya megacephala através de cromatografia em camada delgada (CCD). Para a pesquisa foram utilizados ovos da geração F2, obtidos a partir de uma criação controle sem a presença dos fármacos. Estes ovos foram expostos à carne bovina contaminada com os quatro medicamentos individualmente em três concentra-ções distintas. Ao atingir o terceiro instar, as larvas foram coletadas e levadas para a extração e análise por CCD, seguindo as metodologias empregadas para a análise des-tes fármacos em amostras biológicas. Além disso, também foram realizadas análises periódicas de peso e comprimen-to das larvas durante seu desenvolvimento. Através da análise por CCD, foi possível identificar a presença dos quatro medicamentos nas larvas de C. megacephala, além disso, foram observadas alterações no ciclo de vida e de-senvolvimento dos imaturos, apontando a influência que estes fármacos possuem sobre essa espécie de mosca ne-crófaga e como a realização dessa análise sem a cromato-grafia pode resultar em erros no cálculo do intervalo pós-morte. As técnicas empregadas se mostraram como uma ferramenta eficaz na avaliação de casos de crime contra a vida onde há suspeita de intoxicação. Referências bibliográficas: GUPTA, R. N. Handbook of Chromatography: Drugs. Boca Raton: CRC Press, 1988. ROY, J. et al. Rapid screening of marketed paracetamol tablets: Use of thin-layer chromatography and a semiquantitative spot test. Bul-letin of the World Health Organization, v. 75, n. 1, p. 19–22, 1997.

EF 02- DETERMINAÇÃO DE FÁRMACOS EM IMA-TUROS DE CHRYSOMYA ALBICEPS (WIEDEMANN) (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA (CCD)

BARROS G.A.1, BENTES K.R.S.1, FIALHO, M.C.Q2, AL-VES C.C.F.1, PAULA A.R.U.1, ANTONIO A.S.1

1Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universi-dade Federal do Amazonas 2Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amazo-nas

A entomotoxicologia forense é uma área de estudo que busca a detecção de substâncias tóxicas em artrópodes necrófagos, visando à elucidação de casos de morte por intoxicação, en-venenamento ou em casos de inviabilidade de tecido cadavé-rico. Este estudo tem por objetivo detectar a presença de quatro medicamentos (aspirina, dipirona sódica, ibuprofeno e paracetamol) em larvas de uma espécie de mosca necrófaga (Chrysomya albiceps) submetida a tecido contaminado com os fármacos. As moscas foram coletadas e mantidas em cria-ção, utilizando a oviposição da segunda geração obtida em laboratório. Os ovos eclodiram e foram levados a porções de carne bovina moída crua, havendo duas porções por medica-mento, com doses diferentes, e uma porção controle (carne não contaminada). Além disso, fez-se um acompanhamento das medidas de massa e comprimento dos imaturos ao longo do desenvolvimento para avaliação da interferência promovi-da pelos fármacos no ciclo de vida. As larvas quando no ter-ceiro instar foram coletadas procedendo-se à extração e aná-lise por cromatografia em camada delgada (CCD), com as condições específicas estabelecidas na literatura para análise de cada medicamento em amostra biológica. O crescimento apresentado pelos imaturos foi diferenciado e observou-se que a detecção de medicamentos em larvas de C. albiceps foi possível, confirmando a possibilidade de utilizar tal espécie para fins entomotoxicológicos e com análises por CCD, que é uma ferramenta de alta aplicabilidade. Referências Bibliográficas: GUPTA, R. N. Handbook of Chromato-graphy: Drugs. Boca Raton: CRC Press, 1988. ROY, J. et al. Rap-id screening of marketed paracetamol tablets: Use of thin-layer chromatography and a semiquantitative spot test. Bulletin of the World Health Organization, v. 75, n. 1, p. 19–22, 1997.

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EF 03 - A IMPORTÂNCIA DE UM PADRÃO DE SU-CESSÃO ENTOMOLÓGICO NOS ESTADOS BRA-SILEIROS MOHAMAD, L.¹, CARDOSO, K.¹ ¹Acadêmicos de graduação do curso de Ciências Biológicas pelo Centro Universitário de Brasília. Centro Universitário de Brasília

Introdução: cada lugar tem suas características peculiares e são elas que informarão os artrópodes que habitam deter-minada área e as características abióticas que interferem na decomposição de um cadáver. Por isso, os dados dos pa-drões de sucessão entomológicos gerados em um estado são intransponíveis, o que evidencia a importância de um “banco de dados entomológico” para auxiliar as pesquisas acadêmicas e as perícias realizadas pelos entomólogos forenses. Objetivo: realizar revisão bibliográfica sobre os diferentes padrões de sucessão entomológicos nos diferen-tes estados brasileiros. Materiais e Métodos: a metodologia foi de revisão de literatura sistemática. Os dados foram coletados nas bases de dados Scielo e PubMed. Além de artigos científicos, foram utilizadas teses de mestrado e livros-textos sobre entomologia forense. Pesquisa de bibli-ografia: a entomologia forense está encar regada de, através da fauna de artrópodes necrófagos, elucidar delitos fornecendo, principalmente, o tempo de morte do cadáver (cronotanatognose). Tendo conhecimento do clima, da umidade do ar, do solo e das espécies de artrópodes de interesse forense que são característicos de determinada localidade é possível estabelecer o padrão entomológico de determinado estado. Resultados e Discussão: nos estados brasileiros a fauna entomológica necrófaga é bastante dis-tinta em decorrência dos fatores abióticos que interferem na decomposição de uma carcaça ou cadáver. A compila-ção dos dados deve ser feita em conjunto para que uma rede de informações nacionais seja criada. Conclusão: é importante integrar o trabalho de peritos e acadêmicos para facilitar as perícias e para que a entomologia brasileira ganhe cada vez mais espaço nos cenários nacional e mun-dial. Referências Bibliográficas: Oliveira-Costa, J. Entomologia forense: quando os insetos são vestígios. Campinas: Millen-nium. 2003. Agradecimentos: agradecemos ao Prof. Dr . Paulo Rober to Martins Queiroz e à Dra. Janyra Oliveira-Costa pelo interesse em nosso progresso acadêmico.

EF 04- PERFIL GENÉTICO HUMANO OBTIDO DE LARVAS NECRÓFAGAS Sarconesia chlorogaster (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) EM CASOS DE CRIMES SEXUAIS KIRSTEN RRL1, VAIRO KP2, MOURA MO2, ROSÁRIO MMT3, MARANO LA3,

BICALHO MG1, MALAGHINI M3, MALHEIROS D1

1Departamento de Genética (UFPR); 2Departamento de Zoologia (UFPR); 3Instituto de Criminalística do Estado do Paraná Universidade Federal do Paraná e Instituto de Criminalística do Estado do Paraná

A violência sexual é um crime hediondo e anualmente tem aumentado em termos numéricos no Brasil. Em casos de vítimas mortas que tiveram seus corpos ocultados e estejam em estágio avançado de decomposição, combinações de téc-nicas baseadas em DNA com a entomologia podem fornecer estratégias para a obtenção de perfis genéticos que permitam a identificação do agressor. Dependendo do estágio de putre-fação, a obtenção e análise de DNA são impossibilitadas em virtude da degradação sofrida por este material. Em tais situ-ações, DNA humano preservado e passível de análise pode-ria ser obtido a partir do trato gastrointestinal de larvas ne-crófagas, permitindo tanto a identificação da vítima quanto do agressor. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi recu-perar DNA e obter perfil genético humano a partir de larvas de Sarconesia chlorogaster (Wiedemann) alimentadas com sêmen. Para tal, foram utilizados exemplares de 5 fases dis-tintas de desenvolvimento (larvas de 1º, 2º e 3º instares, pu-pas e adultos) alimentadas com dieta artificial acrescida de sêmen humano de um único doador em diferentes quantida-des (500 µl, 1500 µl e 3000 µl). Foram utilizados 15 exem-plares por tratamento para extração de DNA pelo método diferencial, seguido de extração orgânica. Para a obtenção de perfil genético foi utilizado o kit PowerPlex® 16 HS. Em 87% das amostras foi possível obter DNA, autossômico e/ou do cromossomo Y humanos. Nas larvas de 2º instar alimen-tadas com 3000 µl de sêmen, em ambas as frações masculina e feminina, foi possível a amplificação completa de todas as 16 regiões STR. Foram obtidos perfis genéticos homólogos, em todas as regiões analisadas, entre o material biológico do doador e o obtido do trato gastrointestinal das larvas. Este resultado indica que larvas de S. chlorogaster obtidas de cor-pos em decomposição podem conter DNA humano passível de análise se estas tiverem ingerido sêmen do agressor. Por-tanto, esta é uma prática que pode ser incorporada na casuís-tica forense.

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ENSINO EM CIÊNCIAS FORENSES

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ECF 01- ANÁLISE E IDENTIFICAÇÃO DE RESÍ-DUOS DE DISPARO DE ARMAS DE FOGO (GSR) UTILIZANDO MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) CRUMO, C. A.1; CARLIN, M. E. G.1; VELHO, J. A.1; OLIVEIRA, M. F. de.1; MARTINIS, B. S. de.1

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP) Departamento de Química1

Em um disparo de arma de fogo, os resíduos são expelidos da arma na forma de nuvem de vapor através de aberturas da mesma. Juntamente com esta nuvem são expelidas substâncias parcialmente queimadas e não queimadas do propelente e materiais originários da combustão da mistura iniciadora. As partículas solidificadas expelidas são comu-mente chamadas de resíduos de disparo de armas de fogo (GSR). A rapidez com que o Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) fornece informações sobre a morfologia e composição química elementar de uma amostra sólida, o torna uma técnica precisa na análise de resíduos de disparo de armas de fogo. O experimento teve como objetivo utili-zar a técnica de MEV-EDS para propor uma prática de ensino em química forense, no sentido de analisar os resí-duos coletados, identificando características de serem pro-venientes de um disparo de arma de fogo. Coletaram-se as amostras de resíduos com o auxílio de um suporte, stub, posteriormente levados ao MEV para análise. Como os metais componentes da pólvora são bons condutores, não foi necessário fazer o recobrimento da amostra com ouro ou fita adesiva de carbono. No MEV, analisaram-se os sinais provenientes dos elétrons secundários, fornecendo a topografia da superfície das partículas das amostras, e, com um detector de raio-x acoplado, determinou-se a com-posição elementar das mesmas. Os sinais provenientes dos elétrons secundários apresentaram partículas com topogra-fia de superfície esférica, caracterizando a morfologia das micro esferas formadas por resfriamento imediato, devido ao choque de temperatura durante o disparo. O gráfico gerado pelos sinais de raio-x apresentaram picos de predo-minância dos elementos Pb, Sb e Ba. Esse predomínio ocorre em razão da composição da mistura iniciadora pre-sente na espoleta do cartucho - estifinato de chumbo (trinitroresorcinato de chumbo), nitrato de bário, sulfeto de antimônio e 2,4,6-trinitrotolueno (TNT) – originando resí-duos com presença majoritária de chumbo (Pb), bário (Ba) e antimônio (Sb). A partir dos resultados obtidos na análi-se por MEV dos resíduos coletados, conclui-se que as amostras são provenientes de disparos de armas de fogo, uma vez que apresentaram as peculiaridades características esperadas para um resíduo de disparo de arma de fogo (GSR). Referências Bibliográficas: [1] MARTINIS, B.; OLIVEIRA, M. Química Forense Experi-mental. São Paulo. 1ª Edição. Editora CENGAGE Learning, 2016. [2] BRUNI, A; VELHO, J.; OLIVEIRA, M. Fundamentos de Química Forense – Uma Análise Prática da Química que Soluciona Crimes. Campinas, SP. Editora Millennium, 2012.

ECF 02- QUÍMICA FORENSE COMO TEMA MOTI-VACIONAL PARA ALUNOS DO ENSINO TÉCNICO (ETEC) SILVA F.I1, ALMEIDA A.A1, GODINHO A.F1,CHAGURI J.L1, SANDRIM V.C2. ¹Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX), Instituto de Bioci-ências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. ²Departamento de Farmacologia, Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP.

Introdução: A química é uma disciplina que na maioria das cidades brasileiras, é ministrada por professores com habili-tações em outras áreas (matemática, biologia, farmácia, etc), entretanto seria melhor desempenhada por profissionais li-cenciados em química. Na maioria das vezes, as aulas con-sistem apenas em ler os conteúdos propostos nas apostilas, porém seria muito mais “didático”, os professores usarem suas experiências profissionais e exemplos de aplicações da química no cotidiano dos alunos, bem como atualidades obti-das por meio de participações eventos científicos. Objetivo: Desenvolver a curiosidade e o interesse dos alunos pela quí-mica, por meio de atividades relacionadas às ciências foren-ses. Materiais e Métodos: Inicialmente, 32 alunos dos cursos técnico em química e técnico em açúcar e álcool de uma ETEC da cidade de São Manuel-SP foram submetidos à um questionário dissertativo que procurava avaliar se eles já possuiam algum conhecimento sobre química forense ou ciências forenses. Em outro momento, eles assistiram à uma palestra sobre esses temas, ministrada por uma perita civil. Na semana seguinte, assistiram vídeos de reportagens sobre o trabalho dos peritos criminais, equipamentos e técnicas usadas nas perícias e exemplos de casos de repercussão naci-onal elucidados graças ao eficiente trabalho dos peritos en-volvidos. Finalmente, um novo questionário similar ao pri-meiro, foi aplicado aos alunos a fim de constatar o aumento no conhecimento e interesse pela química e ciências correla-tas. Resultados e Discussão: No questionário inicial, foi constatado que o gosto pela química era unânime, porém o conhecimento da aplicação da química na investigação cri-minal era praticamente desconhecido ou conhecido superfici-almente. Como exemplo, alguns alunos responderam que sabiam que os exames toxicológicos para investigar casos de envenenamento ou embriaguês eram realizados pelos quími-cos da polícia científica, mas não sabiam como eram realiza-dos. Após o desenvolvimento das atividades deste projeto, todas as respostas foram mais coerentes, inclusive com mais embasamento teórico. Conclusão: Este trabalho demonstrou que a falta de motivação e dedicação dos alunos, aos estudos de química, podem ser revertidas a partir do empenho dos professores em demonstrar as diversas aplicações da quími-ca, principalmente na investigação criminal. Referências Bibliográficas: OLIVEIRA, M. F. Química Forense: A utilização da química na pesquisa de vestígios de crime. Química Nova na Escola. Nº 24, Novembro, 2006.

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ECF 03- QUÍMICA FORENSE: DA CENA DE CRIME À SALA DE AULA

SOUZA, R. H1, BENTES, K. R. S1, SOUZA, L. C 1, SOU-ZA, A.C.L 1, NUNES, P.P.1

1Departamento de Química (DQ); Instituto de Ciências Exatas (ICE); Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

As ciências forenses atuam de maneira multidisciplinar na solução de crimes. Consistem em uma importante relação entre a ciência e a justiça, e esse campo de estudos tem sido muito difundido devido a seriados policiais, surgindo inclusive o termo “efeito C.S.I.” na literatura científica, como descrição para esse fenômeno. Assim, a contextual-ização das ciências às áreas forenses é uma interessante maneira de despertar o interesse dos alunos pelo estudo das ciências, além de ser um modo de revelar as relações entre ciência, tecnologia e sociedade, especialmente nas relações entre ciência e justiça. Uma maneira de inserir a cultura das ciências forenses aos alunos de Ensino Médio, se dá através da utilização de experimentos forenses, em conjunto com conhecimento teóricos ensinados rotinei-ramente. Neste contexto, o Núcleo de Estudos Forenses do Amazonas (NEFA) tem realizado com sucesso adaptações didáticas de práticas realizadas por peritos criminais. Neste trabalho relatamos a adaptação de novas práticas didáticas, sendo elas a simulação de tipagem sanguínea, e revelações de pegadas e impressões digitais, com o propósito de insti-gar o aprendizado na área de química dos alunos do ensino médio. A adaptação destes experimentos foi realizada utili-zando materiais prioritariamente de fácil obtenção, e com gasto mínimo de reagentes, de forma a possibilitar que a maior parte das metodologias apresentadas pudessem ser reproduzidas pelos alunos em ambiente de sala de aula em escolas públicas no nível de Ensino Médio. De acordo com os resultados de questionários aplicados ao público, os experimentos desenvolvidos, quando associado com a te-oria, estimulam o interesse do aluno pela área. Vestigios de pegadas, impressões digitais e sangue, podem ser en-contrados na cena de um crime, fator que leva aos alunos relacionarem a teoria com o cotidiano da profissão de peri-to criminal, podendo ser este um forte estímulo para que esses alunos futuramente ingressem em carreiras científi-cas. Os experimentos desenvolvidos foram utilizados para enriquecer às atividades do Programa de Extensão Desven-do as Ciências Forenses, desenvolvido pela UFAM, possi-bilitando a criação de uma cena de crime fictícia para real-ização de minicursos com alunos de ensino médio.

ECF 04- PROPOSTA DE ENSINO EM QUÍMICA FO-RENSE: IDENTIFICAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO EMPREGANDO ENSAIOS COLORIMÉTRICOS CARRATTO, T. M. T.1; PAVAN, M. G.1; PEDRINA, N. J.1; BAPTISTA, J. P. A.1; OLIVEIRA, M. F.1; MARTINIS, B. S.1; VELHO, J. A.1 1 Departamento de Química – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Av. Bandei-rantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto – SP –Brasil

Drogas de abuso são substâncias com distintas estruturas químicas e mecanismos de ação, as quais se ligam a um sítio de ação, gerando efeitos fisiológicos, comerciadas em larga escala de forma ilegal.1 Cada vez mais se visa o estudo de testes rápidos e fáceis que possam identificar essas drogas, sendo esses os chamados exames preliminares. O trabalho tem por objetivo realizar testes colorimétricos para a identifi-cação das seguintes drogas de abuso: maconha, cocaína e ecstasy, bem como amostras de aparência semelhante às drogas analisadas: cigarro comercial, paracetamol, ácido bórico, carbonatos e bicarbonatos. A maconha e o cigarro comercial (que se assemelha à maconha), são analisados depositando-se as amostras no papel de filtro, pingando éter de petróleo e então o reagente Fast Blue B, o qual identifica a presença de canabinóides. Já as amostras de cocaína, para-cetamol e ácido bórico são analisadas da seguinte maneira: colocam-se as três em uma placa escavada, pingando uma solução de tiocianato de cobalto, homogeneizando a amostra para então colocar ácido clorídrico. O chamado “ecstasy” pode ter diversas composições; sua análise é feita adicionan-do um reagente com formaldeído e ácido acético glacial e em seguida um reagente composto de água e ácido sulfúrico concentrado. Por fim, a análise de carbonatos e bicarbonatos é feita dissolvendo as amostras em água e adicionando-se ácido clorídrico concentrado. Os resultados são positivos se: o teste para a maconha obtiver coloração avermelhada; o teste para a cocaína obtiver uma coloração azul forte que persista após a adição do ácido; o teste para ecstasy obtiver coloração e por fim o teste para carbonatos e bicarbonatos se houver efervescência, indicando desprendimento de gás car-bônico. Conclui-se que os testes possuem grandes vantagens, pois são rápidos, sensíveis e baratos, com resultados de fácil visualização. Porém deve-se tomar cuidado, pois o resultado positivo é apenas indicativo de que possa ser uma droga de abuso, sendo necessário um exame confirmatório. Refêrencias: 1 Curso de Verão em Farmacologia, 2016.

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ECF 05- ANÁLISE DE ENTORPECENTES POR ES-PECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO POR TRANSFORMADA DE FOURIER (FTIR): UMA PROPOSTA DE PRÁTICA DE ENSINO ROCHA, M. L. F. (1), SANTOS, T. C. L.(1), CASTRO, A. S.(1), (2), DE MARTINIS, B. S.(1), VELHO, J. A.(1), OLI-VEIRA, M. F. (1), (2) (1) Departamento de Química – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Av. Bandeirantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto – SP, 14040-901, Brasil (2) Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense (GEEQFor) - Departamento de Química – Faculdade de Filoso-fia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Av. Bandeirantes,3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto – SP, 14040-901, Brasil

A espectroscopia estuda a interação da radiação eletromag-nética com a matéria. Um tipo de espectroscopia é a vibra-cional na faixa do infravermelho (IV), que tem como prin-cipal utilidade a identificação de moléculas orgânicas e organometálicas. Este método faz a análise dos movimen-tos de rotação e de vibração das ligações dos átomos em uma molécula, gerando um espectro de absorção da radia-ção infravermelha. As amostras analisadas devem estar puras e podem ser líquidas, desde que não sejam soluções aquosas e polares, sólidas ou gases. Cada substância pos-sui um espectro específico, então a técnica de infraverme-lho pode ser usada para a identificação de compostos. Na metodologia empregada [1], foi realizado um branco para eliminar do espectro os sinais das moléculas de CO2(g) e H2O(l) e de outros interferentes que poderiam estar presen-tes no ar. As amostras foram misturadas com KBr e sub-metidas a uma elevada pressão, para formar pastilhas de boa espessura e transparência. A pastilha foi colocada na célula para o início da análise, e a partir de um software foram gerados os espectros. A partir das faixas de absorção dos grupos funcionais no IV [2] e também dos espectros de padrões de diversos alcaloides, disponíveis na literatura, concluiu-se que as três substâncias desconhecidas eram: cocaína, procaína e uma mistura dos dois analitos. Sendo assim, foi possível obter informações diretas da estrutura do material, pois a vibração de cada molécula é uma iden-tidade da mesma. As vantagens de se utilizar a espectros-copia no infravermelho são o caráter não destrutivo da técnica, a rápida aquisição dos dados e certa facilidade na interpretação dos espectros, portanto, é um recurso de grande utilidade na identificação de entorpecentes. REFERÊNCIAS [1] MARTINIS, B. S. de & OLIVEIRA, M. F. de. (Org.). Quími-ca Forense Experimental. – São Paulo: Cengage Learning, 2015. [2] LOPES, W. A. & FASCIO, M. Esquema para interpretação de espectros de substâncias orgânicas na região do infraverme-lho. Quim. Nova, Vol. 27, No. 4, 670 -673, 2004. São Paulo: Cengage Learning, 2015.

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MEDICINA LEGAL

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MED 01- APLICAÇÃO DA TRAUMATOLOGIA FO-RENSE EM LESÕES PROVOCADAS POR ANIMAIS TREMORI TM1, MASSAD MRR1, RIBAS LM2, REIS STJ1,3, SILVA LTR4, OLIVEIRA AAF5, ROCHA NS6.

1. Doutoranda – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootec-nia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu

2. Pós-doutoranda – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Bo-tucatu

3. Perito Criminal – Departamento de Polícia Federal – Curi-tiba – Brasil

4. Doutoranda – Departamento de Medicina Veterinária – Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE

5. Professora Doutora – Departamento de Medicina Veteriná-ria – Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE Professora Livre Docente – Departamento de Clínica Veterinária – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu

Introdução: Os crimes contra animais ocorrem com fre-quência e a Medicina Veterinária Legal, é uma especialidade que vem ganhando espaço visando produzir provas para elucidação dos casos, auxiliando a justiça. O princípio da razoabilidade vai regir a maneira como o magistrado irá interpretar cada caso para estipular uma sentença, no entanto o papel do médico veterinário na figura de perito criminal, judicial ou mesmo assistente técnico é facilitar esta decisão, com o auxílio de laudos, relatórios e pereces técnicos. Na Lei de Crimes Ambientais, no seu artigo 32, proferir atos de abuso, maus tratos e lesões aos animais domésticos, domesticados, nativos e exóticos é crime e tem como pena detenção de três meses até um ano além de multa. Objetivo: classificar as lesões em animais de acordo com a traumatologia forense considerando a gravidade da lesão provocada. Material e Métodos: Selecionou-se cinco animais oriundos do Serviço de Patologia Veterinária da FMVZ UNESP – Univ. Estadual Paulista, Campus de Botucatu que foram submetidos ao exame necroscópico. Resultados e Discussão: Foram identificadas e descritas lesões de acordo com a traumatologia forense. Sendo identificadas lesões incisas, punctórias, contusas e perfurocontusas. As lesões segundo o exame de corpo de delito realizados por peritos médicos legistas podem ser classificadas em leve, grave ou gravíssima. Ao utilizar tais terminologias, a relação do agente causador com o tipo de lesão permite que seja estabelecido um nexo causal e contribui para a elucidação das provas e consequentemente identificação dos indícios. Conclusão: É possível extrapolar os conhecimentos obtidos e já padronizados de traumatologia forense utilizados na Medicina Legal também na Medicina Veterinária, para desta forma facilitar a compreensão na esfera jurídica. Referências bibliográficas: ROCHA, N.S. Bases da Investigação Criminal. In: JERICÓ, M.M.; et al. Tratado de Medicina Interna de Cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, v.2, p.2261-2, 2015. TREMORI, T.M.; ROCHA, N.S. O exame do corpo de delito na perícia veterinária. Revista do CRMV-SP. São Paulo. v.11, n.3, p.30-35, 2013. Agradecimentos: CAPES Edital Pró Forenses 25/2014.

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CRIMINALISTICA GERAL

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CRI 01- O MÉTODO ACE-V E OS PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA: A PAPILOSCOPIA COMO CI-ÊNCIA DA IDENTIFICAÇÃO HUMANA FELIPE BARBOSA NUNES FERNANDES¹ ¹Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

Em agosto de 2013, a Presidência da República vetou inte-gralmente o PLS 244/09. O Projeto de Lei do Senado foi criado de forma a inserir a carreira de Papiloscopista no rol de peritos oficiais, alterando a Lei nº 12.030/09. O projeto foi considerado inconstitucional com base no art. 61, § 1º, II, da Constituição Federal, vez que a iniciativa do PLS não partiu da Presidência da República e dispõe sobre regi-me jurídico de servidores públicos. Outro projeto seme-lhante que segue em tramitação, o PLS 460/2012, propõe similar alteração à Lei nº 12.030/09, incluindo os peritos em papiloscopia no rol dos peritos de natureza criminal. O veto mencionado, no entanto, não encobre o caráter técni-co-científico da Papiloscopia, ciência acessória da Crimi-nalística e cuja atividade eminentemente pericial denota-se rotineiramente dentro das atribuições do Papiloscopista, quer seja pelas metodologias aplicadas no levantamento de vestígios latentes ou nas variadas técnicas de revelação de impressões digitais. Tal qual nas demais perícias oficiais, os exames de verificação quanto à origem das impressões digitais são positivadas em laudos, em especial no laudo de confronto papiloscópico, análogo ao confronto balístico, conferindo segurança jurídica às diligências e atos que podem resultar na correta identificação da autoria e, conse-quentemente, indiciamento do provável autor de um delito. Sob esta ótica, a Papiloscopia é, portanto, instrumento de garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana, evi-tando que um inocente sofra infundada acusação no curso do processo à medida que permite a individualização e identificação humana por meio da análise e verificação de impressões digito-papilares. Trata-se, pois, de uma legíti-ma Ciência Forense, possuindo objeto de estudo próprio e um método aplicado às examinações, denominado Método ACE-V, do acrônimo inglês analysis, comparision, evalua-tion, and verification, conferindo à perícia papiloscópica a credibilidade acadêmica necessária para atender aos ânsei-os dos órgãos de justiça. A correlação entre o Método ACE-V e os princípios da Criminalística no que tange às técnicas aplicadas nos locais de crime e exames laboratori-ais são a base para o estabelecimento de critérios científi-cos da Papiloscopia segundo os aspectos práticos da identi-ficação humana.

CRI 02- UMA NOVA ÁREA NA CIÊNCIA FORENSE OSVALDO NEGRINI NETO1,# , JORGE EDUARDO DE SOUZA SARKIS2

1 – Instituto de Criminalística de São Paulo # Perito Criminal aposentado. 2 - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN/SP

A denominação de “forenses” para um conjunto de ciências que tem por objetivo precípuo a análise, a interpretação e a descrição dos vestígios de um determinado fenômeno tem levado à falsa noção de que estas ciências “forenses” se dedi-cam exclusivamente à elucidação de crimes. Tal ideia não encontra respaldo na atual aplicação desta área do conheci-mento. Os processos de investigação das ciências forenses se estendem a inúmeras áreas do conhecimento científico, ca-bendo citar, além da área jurídico-penal, a arqueologia, a ciência ambiental, a identificação de pessoas, animais e ma-teriais, à datação de objetos, fósseis, etc. E, à estas aplica-ções, tem sido, constantemente, acrescentadas outras de igual importância. Neste trabalho, destacamos o surgimento de uma nova área de investigação forense, que já é objeto de acordos e normas internacionais: a Ciência Forense Nuclear. Também aqui não se deve pensar em uma atuação restrita a “crimes nucleares”, ou seja, o uso da energia nuclear em artefatos nucleares para destruição em massa. São muitas as investigações a cargo desta área, podendo-se citar: contami-nação por materiais radioativos, contrabando de material radioativo ou nuclear, estocagem inadequada de materiais oriundos de combustíveis, extravio ou furto de radiofárma-cos, minerais radioativos, etc. Por essa razão, a Agência In-ternacional de Energia Atômica – AIEA – tem incentivado, desde 2006, os países membros a implementar medidas de segurança nuclear . Dentre estas, a mais recente é o estabele-cimento de procedimentos para a investigação forense de eventos relacionados com a atividade nuclear. No Brasil, podemos situar o início destas atividades a partir de 2007 quando teve início a organização da Rede Brasileira de La-boratórios Forenses Nucleares. Mais recentemente, em abril de 2016, com apoio da agência Internacional de Energia Atô-mica foi realizado no IPEN o primeiro treinamento da área forense nuclear. Neste trabalho são apresentados os princi-pais objetivos desta nova área forense e os procedimentos a serem implantados são discutidos.

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CRI 03- COMPARAÇÃO BALÍSTICA PELO TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE IMAGENS MENDONÇA, R.M1; PLACIDO, G. P.2, DIAS, L.G. 1, VELHO, J. A. 1, BARBEIRO, P.H.1, 3LEITE, V.B.P., BRUNI, A.T1.

1Departamento de Química, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP 2Instituto de Criminalística de Ribeirão Preto 3Departamento de Física, Ibilce, Unesp-SP

A análise balística proporciona identificação das circuns-tâncias do evento ocorrido, dentro de uma ação delitiva. Dessa forma, os exames de caráter balístico são elementos indispensáveis na obtenção de provas dentro de uma inves-tigação criminal. O objetivo desse trabalho foi proporcio-nar comparação entre projéteis baseando-se na imagem de sua superfície lateral, utilizando os padrões de ranhuras contidos nos canos das armas de fogo de alma raiada. De forma que, pela conversão das fotografias em expressões numéricas, passíveis de comparação, fosse garantida uma análise objetiva. Ocorreu coleta e devida identificação de oito projéteis remanescentes de disparos utilizando duas pistolas Taurus, calibre 40, modelo 24/7 pró tática, perten-centes à Polícia Civil de Ribeirão Preto. Cada projétil foi fotografado em doze ângulos de rotação distintos (de 0o a 330o), em intervalos de trinta graus, sempre em duplicada. A captação fotográfica foi realizada com Câmera Nikon D3100 fixa, com lente macro acoplada e padrão único de definição fotográfica. Pela utilização dos programas GIMP e FV Fits Viewer, a identidade numérica dos pixels foi extraída, de forma que cada uma das imagens deu origem a uma matriz 400x440. A matriz total foi organizada tendo as imagens referentes aos quatro projéteis da primeira ar-ma seguida das imagens dos quatro projéteis da segunda arma, resultando em uma dimensão total de 3200x5280. As 1600 primeiras linhas foram atribuídas à classe 1 (arma 1) e 1600 linhas subsequentes à classe 2 (arma 2). Cada coluna foi considerada uma variável. Para comparação das matrizes foi utilizado o método de classificação multivari-ada chamado SIMCA- modelagem de classes por compo-nentes principais, cujo algoritmo é implementado no pro-grama Pirouette® da Infometrix. Os resultados mostraram que, para apenas 10 componentes principais (redução de mais de 99% da dimensão do sistema) menos de 1% das amostras foi classificada de maneira incorreta, mostrando estar adequadamente dentro do limite de confiabilidade de 95%. Conclui-se que esta é uma alternativa à comparação balística, sendo que a comparação numérica é um procedi-mento simples, economicamente viável e possível sempre que as características físicas do projétil estiverem livres de degradação.

CRI 04- ANÁLISE DE IMAGENS NA DETERMINAÇÃO DE VELOCIDA-DES DE ENTRADA EM PERÍCIAS DE TRÂNSITO VIEIRA, T. G.1, FRAGA, G. H. C.2, MA-RINHO, P. E.DE A.3

1-Superintendência de Polícia Técnico Científica de MG – 6°DPC/1ª DRPC/Lavras/MG 2-Departamento de Ciência da Informação. Universidade Federal de Lavras, Lavras/MG 3- Superintendência de Polícia Técnico Científica de MG – Instituto de Criminalística/MG

Perícias de trânsito vêm ocorrendo cada dia com mais fre-quência. Em um local de acidente de trânsito, o perito tenta remontar o evento, utilizando-se dos vestígios para descrever a dinâmica envolvida. A falta de vestígios em locais é um dos fatores que mais dificulta a análise, uma vez que esses são usados para a determinação da velocidade dos veículos antes do sinistro. O cálculo da velocidade das unidades mo-toras pode ser realizado de diversas maneiras, no entanto existem locais em que não é possível a constatação de vestí-gios suficientes, ocasião em que as câmeras têm papel funda-mental. Nesse trabalho avaliou-se o uso de filmagens na esti-mativa de velocidade de veículos em local de acidente de trânsito em comparação com métodos clássicos da física. O local em questão tratou-se de um acidente de trânsito na área da Delegacia Regional de Polícia Civil de Lavras/MG o qual envolveu dois automóveis. Na situação, uma câmera de se-gurança próxima ao local do acidente não registraram o si-nistro, porém foi possível recuperar filmagens dos veículos antes no ponto de impacto. O cálculo das velocidades das unidades motoras antes da colisão foi estimado mediante três metodologias: i) Método PCQM; ii)Cálculo direto através da distância percorrida entre dois pontos com auxílio de câmera de segurança; iii) Simulação com veículo de mesma marca e modelo e construção de curva de calibração utilizando-se imagens de uma câmera. A tabela 1 apresenta os resultados obtidos com as três metodologias aplicadas observando-se uma boa similaridade, considerando que a metodologia 3 apresenta erro do velocímetro de aproximadamente 10%. Tabela 1: Estimativas da velocidade do veículo pelos três métodos propostos.

O procedimento de estimativa das velocidades através de filmagem apresentou grande potencial de utilização em perí-cias de trânsito uma vez que considerando o erro das medi-ções, os resultados foram próximos e totalmente coerentes. Referência Bibliográfica Kleinubing, R. Neto, O. N. Din. dos Ac. de Trânsito - 4ª Ed. Campinas: Millennium, 2012.

Experimento/Metodologia

Velocidade estimada/km h-1

1 71,29

2 72,38

3 80,40

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CRI 05- A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO QUÍMICO PARA A SOLUÇÃO DE DELITOS AMBI-ENTAIS ZONATO, V. S.1 BRUNI, A. T1

1 Departamento de Química, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto – SP, Brasil.

A grande discussão em torno do meio ambiente se faz im-portante para a sua preservação bem como para a punição dos responsáveis em caso de dano ambiental. O Direito ambiental tem como finalidade definir responsáveis pelo dano, aplicando as penalidades pertinentes. Para isso é necessário medir a extensão do dano e criar padrões ambi-entais1. O objetivo principal desse trabalho é entender evo-lução histórica mundial e brasileira do direito ambiental e fazer um levantamento dos principais tipos de delitos que necessitam de conhecimento químico. A metodologia utili-zada foi pesquisa e levantamento bibliográfico. Foram consultadas diversas fontes, como sites de pesquisa, livros e artigos científicos e da mídia. Ainda, foi feita pesquisa jurisprudencial acerca de delitos ambientais. Neste caso, foi dado enfoque ao uso da química com objetivo de auxi-liar na resolução de casos judiciais. Os Crimes Ambientais no Brasil podem ser classificações de acordo com a sua natureza, tipo e forma, sendo divididos em: Crimes Contra a Fauna, Contra a Flora, Poluição e Outros Crimes Ambi-entais, Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cul-tural e Contra a Administração Ambiental. Em todas as categorias encontramos exemplos nas quais o conhecimen-to químico é imprescindível. Foram separados os princi-pais tipos de conhecimento e testes associados. A Perícia Química em alguns casos de crimes ambientais é de extre-ma importância para cumprir alguns princípios previstos na lei Lei nº 6.938/1981, como o princípio do Poluidor-Pagador. Conclui-se que questão ambiental é ampla e cheia de contornos legais e administrativos. Além dos co-nhecimentos químicos inerentes, devem ser previamente entendidos os objetivos do que se deseja estudar, além da metodologia adequada para identificação e valoração dos danos. Da análise da jurisprudência observa-se que não há metodologia e nem procedimento padrão. A diversidade de formas de análise pode ser motivo de insegurança jurídica. Referência: 1.Sánchez, L. E. Avaliação de Impacto ambiental: Conceitos e

Métodos. (2008).

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QUÍMICA FORENSE

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QF 01- ANÁLISE DIRETA DE RESÍDUOS DE EX-PLOSÃO DE PÓLVORA NEGRA UTILIZANDO TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS (INFRAVERMELHO E RAMAN) BARCELOS JÚNIOR, A.E.1, COTTA, F. A.2, TEIXEI-RA, A. P. C.1, NASCENTES, C.C.1

1Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Quími-ca, Belo Horizonte, MG, Brasil, 31270-901 2Esquadrão Antibombas, Grupo de Ações Táticas Especiais, Polí-cia Militar-MG, Rua Antero de Quental, 92, Belo Horizonte, MG, Brasil,31565-120

A pólvora negra, constituinte principal do estopim, é um baixo explosivo constituído por KNO3, C e S1. Sua princi-pal característica no processo da cadeia explosiva é a con-dução da chama até o detonador, onde acionará o alto ex-plosivo primário. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um método para identificação e caracteri-zação de resíduos de pólvora negra em locais de explosão, empregando técnicas de análise direta como a espectrosco-pias de infravermelho com transformada de Fourier e re-flectância total atenuada (FTIR-ATR) e Raman. As amos-tras de estopim (pólvora negra), pré e pós-explosão, foram coletadas durante treinamento do Esquadrão Antibombas (EAB) do GATE-MG. As coletas foram realizadas em fragmentos dos artefatos utilizados nas explosões com swab e fita adesiva para comparação. As amostras do ex-plosivo e os resíduos pós-explosão foram analisadas por FTIR-ATR (PerkinElmer, Frontier Single Range – MIR), na região de 650 a 4000 cm-1, obtendo-se 16 espectros por análise. No espectrômetro Raman com microscópio aco-plado (Bruker, Senterra), utilizou-se o laser 633 nm (2,00 mW, 40 a 3530 cm-1) para obtenção dos espectros. Na aná-lise por FTIR-ATR, observou-se a banda característica do grupo NO3

- antes da detonação (N-O, 1370 cm-1). Essa banda não foi observada no espectro da amostra pós-explosão. Bandas entre 3000-2800 cm-1 (deformação de Csp3-H) são observadas no pós-explosão, bem como ban-das em 1620 e 1100 cm-1. Na análise por Raman, os espec-tros se diferem quanto à presença das bandas em 1050 cm-1 e 712 cm-1, referentes à deformação do grupo nitrato (pré-explosão) e quanto às intensidades das bandas D (~ 1440 cm-1) e G (~ 1650 cm-1), no pré e pós-explosão, referentes a estruturas carbônicas amorfas (Csp3) e planares (Csp2), respectivamente. Desta forma, conclui-se que as duas es-pectroscopias apresentaram resultados complementares e satisfatórios quanto à identificação e caracterização da pólvora negra presente no estopim (pré e pós-explosão). Foi possível definir que a coleta em fita foi mais adequada para as análises. Referência Bibliográfica: 1D.E.NEWTON, Forensic Chemistry, Facts on File, New York, 2007, p.190. Agradeço ao EAB do GATE-MG, a CAPES e a FAPEMIG.

QF 02- DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO PARA IDENTIFICAÇÃO DE LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS USANDO PS-MS E QUIMIOMETRIA VARGAS, A.R. 1 JURISCH, M.1 AUGUSTI, R.1 COSTA, L.M.1 NASCENTES, C.C.1

1 Departamento de Química, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil

A evolução das técnicas de ionização ambiente como o Paper Spray acoplado a espectrometria de massas (PS-MS), têm contribuído muito com as ciências forenses. Essa técnica apresenta simplicidade e rapidez, tendo sido empregada na toxicologia (drogas em sangue), grafologia (caracterização de tintas de canetas) e entre outras. Esse tipo de análise pode ser útil também na identificação do fingerprint de amostras diversas. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um método para estabelecer um perfil de ionização de mas-sas para combustíveis (gasolina, querosene e diesel) líquidos e evaporados, empregando como técnica analítica o PS-MS, visando a identificação em resíduos de incêndio. Os líquidos combustíveis foram fornecidos pelo Laboratório de Ensaios e Combustíveis da Universidade Federal de Minas Gerais. Pequenos volumes dos combustíveis foram colocados em recipientes fechados e aquecidos para adsorção em papel de filtro no modo “headspace”. Os combustíveis (líquidos e adsorvidos no papel) foram analisados no equipamento PS-MS (Thermo Fisher Scientific, LCQ Fleet) operando em modo positivo com uma voltagem de 4,5 kV. A faixa dos espectros de massas foi com varredura completa entre 80 e 1000 m/z para todas as amostras. Para gerar uma ionização eficiente e reprodutível, utilizou-se uma mistura de metanol-agua (80:20) com 1% de ácido fórmico [1]. Os principais mecanismos de ionização são a protonação e oxidação dos hidrocarbonetos [2]. Nas análises, observou-se que cada li-quido combustível apresentou um perfil caraterístico que podem ser diferenciados pelas análises por componentes principais (PCA) com scores em PC1 (31,60%) e PC2(25,94%). No perfil da gasolina líquida, observa-se compo-nentes aromáticos protonados como tolueno [M+2H]2+ (94 m/z) xilenos e etilbenzenos [M+2H]2+ (108 m/z), 1,2,3-Trimetilbenzeno [M+2H]2+ (122 m/z), e na faixa de 450 a 800 m/z uma ionização menos abundante. Já na gasolina evaporada as abundâncias dos íons aumentam nessa faixa, desaparecendo os íons dos componentes de maior volatilida-de. Os perfis do querosene e do diesel apresentam uma ioni-zação com distribuição gaussiana na faixa de 450 a 800 m/z. PS-MS é uma técnica de potencial uso nas ciências forenses que pode ser utilizada especialmente na detecção de líquidos combustíveis residuais nos vestígios coletados em locais de incêndios. [1] Naccarato, A. Moretti, S. Sindona, G. Anal Bional Chem 405:8267-8276 (2013). [2] Romão, W. Tose, L. Vaz, B. Sama, S. Lobinski, R. Giusti, P. Carrier, H. Bouyssiere, B. J. Am. Soc. Mass Spectrom. 27:182-185 (2016). Agradecimentos: À CNPq, CAPES (Pró-forense), FAPEMIG, ao Instituto de Criminalística da PC-MG.

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QF 03- REVELAÇÃO DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES EM SUPERFÍCIES METÁLICAS A PARTIR DA ELETRODEPOSIÇÃO DE POLÍME-ROS CONJUGADOS COSTA, C. V.1, GAMA, L. I. L. M.1, SOARES, W. M. G.1, SILVA, R. C.1, TONHOLO, J.1, RIBEIRO, A. S.1

Universidade Federal de Alagoas, Inst. de Química e Biotecnolo-gia, Campus A. C. Simões, Maceó-AL

Uma das aplicações mais frequentes da química forense na identificação humana consiste na revelação de impressões digitais latentes. Entretanto, como as mesmas são pouco visíveis, requerem tratamento com substâncias coloridas ou fluorescentes para revelar a sua imagem. Apesar dos esforços para melhorar a visualização em diferentes super-fícies, a taxa de sucesso em visualizar impressões digitais em superfícies metálicas com qualidade adequada ainda é baixa [1]. Neste trabalho foi utilizado um conceito baseado no uso dos componentes presentes na impressão digital (suor sebáceo ou écrino) como template ou ‘máscara’ atra-vés do qual o polímero condutor pode ser depositado ele-troquimicamente sobre a impressão digital formando uma imagem em ‘negativo’ da mesma [1,2]. Esta é uma estraté-gia interessante, pois as propriedades ópticas dos filmes poliméricos resultantes podem ser manipuladas pela apli-cação de potencial elétrico. Este trabalho tem como objeti-vo a deposição de filmes de polianilina (PAni), polipirrol (PPy) e poli(3,4-etilenodioxitiofeno) (PEDOT) sobre su-perfícies de aço inoxidável contendo impressões digitais latentes, além da otimização do contraste entre a superfície metálica/polímero condutor e a digital a partir da variação do potencial elétrico aplicado. Em uma célula eletroquími-ca, as placas de aço inoxidável contendo as impressões digitais foram usadas como eletrodo de trabalho, uma fo-lha de Pt como contra-eletrodo e Ag/AgCl (KClsat.) como eletrodo de referência. Os polímeros (PAni, PPy e PE-DOT) foram depositados eletroquimicamente a partir de soluções dos monômeros em H2SO4 1,0 mol L-1/dodecilsulfato de sódio (SDS) ou em LiClO4 0,1 mol L-1 aplicando-se potencial entre 0,75 e 1,00 V, variando-se o tempo de deposição entre 30 e 300 s. A análise dos resulta-dos obtidos mostrou que foi possível visualizar impressões digitais latentes depositadas sobre superfície de aço inoxi-dável através de eletrodeposição de PAni, PPy e PEDOT, assim como manipular o contraste entre a impressão digital e os filmes poliméricos através da variação do potencial elétrico aplicado. Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEAL e FINEP. Referências: [1] A.L. Beresford, R.M. Brown, A.R. Hillman, J.W. Bond, J. Forensic Sci. 57 (2012) 93. [2] R.M. Brown, A.R. Hillman, Phys. Chem. Chem. Phys. 14 (2012) 8653.

QF 04- IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA EM AMOS-TRAS APREENDIDAS DE CHÁ DE COCA POR CG-EM CASTRO, A.L.1, BALBINO, M.A.1,2, ELEOTÉRIO, I.C.1,2, MENEZES, M. M. T.3, MAGALHÃES, J1, DIAS. H. J.1, CROTTI, A.E.M1, OLIVEIRA, M,F.1

1 – Departamento de Química, Grupo de Estudos em Eletroquímica e Química Forense, FFCLRP/USP, Ribeirão Preto-SP,14040-901, Brasil 2 - Department of Chemistry and Biochemistry – International Forensic Research Institute – Florida International University – Miami, FL 33199 – United States of America. 3 - IFSP - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – Campus Catanduva - Catanduva - SP, 15808-305 – Brasil.

O consumo de chá é uma ocorrência comum em muitos paí-ses sul-americanos. Ainda, de acordo com o Art. 28 da Lei no

11.343/2016, também conhecida como “Lei antidrogas”, o cidadão que “adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem auto-rização ou em desacordo com determinação legal ou regula-mentar” deverá ser submetido às penas [1]. Portanto, este trabalho ganha importância ao buscar identificar de modo qualitativo cocaína em sachê de chá de coca consumido na Bolívia, pois sendo a cocaína, uma substância de consumo ilícito no Brasil, qualquer quantidade deste analito enquadra-se em consumo ilegal. Em Química Forense considera-se a realização de laudos de caráter definitivo baseados nas reco-mendações de métodos de análise preconizados pelo SWGDRUG [2]. Por isso, para a identificação de cocaína no chá de coca utilizou-se a cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas (CG-EM). A mesma foi realizada num sistema equipado com um amostrador automático da Shimadzu® AOC-20i QP2010Plus. A coluna consistiu de modo (EI-MS) Rtx-5MS capilar de sílica fundida (comprimento = 30 m, DI = 0,25 mm e espessura da película = 0,25 uM). A ionização de elétrons a 70 eV foi empregue. O hélio foi utilizado como gás transportador com um caudal constante de 1,1 ml/min. O volume de injeção foi de 1 ml (razão de divisão de 1: 5). O injetor e as temperaturas da fonte iónica foi regulada para 250oC. A temperatura da colu-na foi definida inicialmente para 60°C (mantida durante 5 min) e aumentou para 290oC a 10oC/min e depois mantida a 290oC durante 10 min. Os espectros de massa foram regista-dos com um intervalo de verificação de 1,0 s na faixa de massa de 45 a 600 Da. Sendo assim, foi possível ao observar o perfil químico dos fragmentos gerados para o padrão de cocaína, confrontar os mesmos com os fragmentos gerados para a amostra de chá de coca e qualificar a substância ilícita na bebida, o que torna a comercialização do produto proibida no Brasil. Agradecimentos: À FAPESP Processo 2016/01447-7 Referências 1 – BRASIL. Decreto n. 11.343, de 23 de agosto de 2006. 2 – Bruni, A. T. et al.Fundamentos de Química Forense: Uma análi-se prática da química que soluciona crimes. Campinas, SP: Millen-nium Editora, 2012.

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QF 05- MARCADORES LUMINESCENTES DE GSR: DETERMINAÇÃO DO LOCAL DO DISPARO. AROUCA, A. M.1,2, LUCENA, M.A.M.3,JATOBÁ, R.2, TALHAVINI, M.4, WEBER, I. T.2,3

1Instituto Federal Brasília, Campus Samambaia, Subcentro Leste – Complexo Boca da Mata Lote 02, 72302-300, Samambaia, Brasil. 2 Instituto de Química, Universidade de Brasília, 70904-970, Brasília, Brasil. 3 PGMTR-CCEN, Universidade Federal de Pernambuco, Avenida Professor Luiz Freire , S/N , Cidade Universitária, 50740-540, Recife, Brasil. 4 Instituto Nacional de Criminalística, Polícia Federal Brasilieira, SAIS Quadra 07, Lote 23, 70610-200 Brasília, DF, Brasil.

Estimar a distância de disparo pode fornecer informações importantes acerca de um crime. Os métodos de estimativa de distância são baseados na análise do padrão de disper-são dos resíduos de tiro (GSR) depositados em torno de orifícios de entrada do projétil. Em geral, a distância do disparo é classificada como contato, próximo contato, in-termediário ou tiros distantes. No entanto, quando se trata de tiros distantes, é praticamente impossível determinar a posição do atirador com precisão. O nosso grupo desenvol-veu marcadores luminescentes que permitem a detecção in loco do GSR, sendo depositados na mão, arma de fogo e alvo do atirador1. Além disso, os resíduos luminescentes (LGSR) são depositados no local em que o tiro foi defla-grado. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade do uso do LGSR depositado junto ao atirador para identifi-car a sua posição em uma cena de crime. Para tal, foi reali-zada uma série de testes cegos com o intuito de determinar a posição do atirador no momento do disparo da arma de fogo. Marcadores luminescentes isoestruturais à MOF MIL-782 foram adicionados à pólvora de munição NTA 9 mm, em uma porcentagem de 4 % da massa. O stand de tiro foi do INC-DPF foi divido em 12 posições e o atirador escolheu uma delas para efetuar 3 disparos. Após os dispa-ros anotou a posição escolhida e saiu da sala. Na sequên-cia, o analista entrou na cena do crime com uma lâmpada UV portátil (254 nm) e buscou identificar a posição da qual o disparo foi realizado. Uma série de oito testes cegos foram realizados. Na posição onde foi realizado o disparo, uma grande quantidade de LGSR foi encontrada, havendo ainda a formação de uma linha de resíduos luminescentes até o alvo. A quantidade de LGSR diminuiu quando se afastava da posição de realização do disparo. A localização do atirador foi corretamente identificada em todos os oitos testes realizados. Concluindo, com a utilização dos marca-dores luminescentes uma cena de crime foi rapidamente analisada, fornecendo informações precisas sobre a posi-ção de atirador e a distância de disparo. (1) Weber, I. T.; Melo, a. J. G.; Lucena, M. a. M.; Consoli, E. F.; Rodrigues, M. O.; de Sá, G. F.; Maldaner, a. O.; Talhavini, M.; Alves, S. Use of Luminescent Gunshot Residues Markers in Fo-rensic Context. Forensic Sci. Int. 2014, 244, 276–284. (2) Serre, C.; Millange, F.; Thouvenot, C.; Gardant, N.; Pelle, F.; Férey, G. Synthesis, Characterisation and Luminescent Properties of a New Three-Dimensional Lanthanide Trimesate: {M((C6H3)-(CO2)3)) (M = Y, Ln) or MIL-78}. J. Mater. Chem. 2004, 14 (10), 1540–1543. Agradecimentos: NEQUIFOR, CAPES-PROFORENSE, FAPDF, CNPq, FACEPE e a Polícia Federal Brasileira.

QF 06- UMA ANÁLISE DA TRANSFERÊNCIA SE-CUNDÁRIA E TERCIÁRIA DOS RESÍDUOS LUMI-NESCENTES. AROUCA, A. M.1,2, TALHAVINI, M.3, WEBER, I. T.2

1Instituto Federal Brasília, Campus Samambaia, Subcentro Leste – Complexo Boca da Mata Lote 02, 72302-300, Samambaia, Brasil.

2 Instituto de Química, Universidade de Brasília, 70904-970, Brasília, Brasil. 3 Instituto Nacional de Criminalística, Polícia Federal Brasilieira, SAIS Quadra 07, Lote 23, 70610-200 Brasília, DF, Brasil

A identificação de resíduos de disparo (GSR) pode ser uma evidência valiosa para relacionar uma pessoa a uma cena de crime. Por outro lado, a transferência de GSR pode levar a correlações errôneas entre pessoas e a cena do crime. Assim, um aspecto importante a ser considerado nas investigações criminais é a transferência de GSR para pessoas que não estão envolvidos com o crime. Nosso grupo desenvolveu uma série de marcadores luminescente, os quais adicionados à munição não tóxicas (NTA) permitem identificar GSR lu-minescente (LGSR) nas mãos do atirador, arma, local do disparo, etc1. Já se sabe que os LGSR possuem um elevado tempo de permanência nas mãos do atirador, relativa resis-tência à lavagem e que pode ser transferido para objetos ma-nuseados pelos atiradores. Neste trabalho avaliamos a dinâ-mica da transferência do LGSR entre pessoas, por meio de apertos de mão. Para tal, um atirador efetuou quatro tiros usando uma pistola Glock G17 com munição NTA 9 milíme-tros marcada com 10% do marcador luminescente isoestrutu-ral à MOF MIL-78. Logo após os disparos, o atirador (#1) apertou a mão de um indivíduo (#2), que em seguida apertou as mãos de uma terceira pessoa (#3). Os indivíduos #2 e #3 não estavam presentes no momento dos disparos. Imagens das mãos dos três participantes foram adquiridas utilizando irradiação UV (254 nm) no Video Spectral Comparator (VCS 6000). Amostras também foram coletadas das mãos dos indivíduos utilizando stubs recobertos com fita de carbo-no, segundo normas da Polícia Federal Brasileira para coleta de GSR. Os stubs foram analisados por MEV/EDS utilizan-do o software específico para análise de GSR (INCAGSR), no qual foi feita a introdução de uma nova rotina de análise que permite a identificação e quantização do LGSR. Consta-tamos que as partículas luminescentes foram transferidas para tanto para o indivíduo #2 quanto para o indivíduo # 3 depois de cada aperto de mão, embora, como esperado, o número de partículas luminescentes diminua com a sequên-cia de apertos. Concluiu-se, portanto, que o LGSR é suscep-tível à transferência pelo aperto de mãos e que a quantidade de partículas encontradas é proporcional a distância que aquele indivíduo está do atirador. Para distinguir entre a rea-lização do disparo ou transferência evidências adicionais devem fundamentar conclusão. (1) Weber, I. T.; Melo, a. J. G.; Lucena, M. a. M.; Consoli, E. F.; Rodrigues, M. O.; de Sá, G. F.; Maldaner, a. O.; Talhavini, M.; Alves, S. Use of Luminescent Gunshot Residues Markers in Foren-sic Context. Forensic Sci. Int. 2014, 244, 276–284. Agradecimentos: NEQUIFOR, CAPES-PROFORENSE, FAPDF, CNPq, FACEPE e a Polícia Federal Brasileira.

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QF 07- ANÁLISE QUIMIOMÉTRICA DO PERFIL DE COR APLICADA A TESTES DE CONSTATA-ÇÃO PREMILINAR DE COCAÍNA SANTOS, A.A.L1; MACHADO, A.C.G1, VIEIRA, T. G.2, AUGUSTI, R.3, NUNES, C. A.1, MAGALHAES, E. J.1

1 Universidade Federal de Lavras, 37200-000, Lavras, MG, Brasil 2 Superintendência de Polícia Técnico Científica de Minas Gerais – STRC/Lavras/MG 3 Departamento de Química, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil

Os métodos colorimétricos são largamente utilizados na análise de drogas e consistem na mudança de cor em res-posta à interação de uma substância com um determinado reagente químico. O teste de Scott é um dos métodos colorimétricos mais empregados para identificar cocaína. No entanto, adulterantes, diluentes e outras substâncias produzem resultados semelhantes aos da cocaína, levando a resultados falsos positivos. A finalidade do presente trabalho decorre da proposição de um método simples de caracterização de amostras de cocaína e crack com base na cor resultante do teste de Scott, como alternativa a resultados falsos positivos. Amostras de crack e cocaína, apreendidas na cidade de Lavras/MG e região, assim como adulterantes (lidocaína e ciclobenzaprina) e diluentes (carbonato de sódio, nitrato de cálcio e sulfato de sódio) foram submetidas ao teste de Scott em tubos de ensaio. Os tubos foram colocados contra um fundo branco obtendo-se imagens com perfil RGB para cada amostra pelo uso do aplicativo Color Grab. Usando esse sistema uma matriz de dados foi obtida e centrada na média, e a variância total explicada pelas duas componentes principais. A primeira componente principal (PC1) explicou 83,03% da variância total dos dados, enquanto que a segunda componente principal (PC2) explicou 16,75%. Por esses resultados verifica-se que a PC1 permitiu observar formação de dois grupos. O primeiro consistindo de amostras de crack e o segundo de adulterantes e diluentes. Observou-se também que embora a ciclobenzaprina seja um resultado falso positivo, a PC2 permitiu separá-la de todas as outras amostras. Isso é um indicativo de que há diferença no seu perfil de cor em relação às amostras de crack, o que não se pode distinguir visualmente. Esses resultados, embora preliminares, mostraram-se satisfatórios na classificação por imagem, o que sugere a possiblidade de um método viável na identificação de resultados falso-positivos. Além disso, o uso de aplicativos (APP) nesse tipo de análise é inédito sendo muito promissor para análises de substâncias in loco pelos Peritos Criminais. Um comparativo entre os resultados obtidos pelo APP e por softwares convencionais também será avaliado nesse estudo. Referência Bibliográfica TSUMURA, Y.; MITOME, T.; KIMOTO, S. Forensic Science International 155 (2005) 158–164.

QF 08- ESTUDOS PARA IDENTIFICAÇÃO PRELIMI-NAR DE 25C-NBOME EM SELOS POR TÉCNICAS ELETROQUÍMICAS USANDO O ELETRODO DE DI-AMANTE DOPADO COM BORO AMANDA B LIMA1, ANDERSON C. DE OLIVEIRA2, SANDRO L. BARBOSA3, RODRIGO A.A. MUÑOZ4, WALLANS T. P DOS SANTOS3. 1 Departamento de Química e 3 Farmácia, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina-MG, Brasil 2 Perito Criminal da Polícia Civil de Minas Gerais, Diamantina-MG, Brasil 4 Instituto de Química, Universidade Federal de Uberlândia, Uber-lândia, MG, Brasil Introdução: O 25C-NBOMe (NBC) está entre as drogas sintéticas psicoativas emergentes encontradas em selos com padrão de uso recreativo [1]. A identificação preliminar deste composto é de extrema importância na área forense, em es-pecial, para lavratura de Auto de Prisão em Flagrante Delito (APFD). No entanto, até o momento, não é descrito nenhum método para identificação preliminar do NBC, havendo ape-nas os métodos de identificação definitiva, os quais, em ge-ral, são realizados por HPLC-MS, CG-MS e FTIR. Neste contexto, os métodos eletroanalíticos podem ser uma alterna-tiva de análise simples, rápida e de baixo custo para de iden-tificação do NBC. Objetivo: Desenvolver um método para identificação preliminar do NBC em selos por técnicas ele-troquímicas utilizando o eletrodo de diamante dopado com boro (BDD). Materiais e Métodos: Os selos foram apreendi-dos pela Delegacia Regional de Polícia Civil de Diamantina. A extração de cada selo foi realizada com 1,0 mL de meta-nol. Todas as análises eletroquímicas foram realizadas por um potenciostato µAutolab acoplado à uma célula eletroquí-mica de três eletrodos, sendo o eletrodo de trabalho o BDD (8000 ppm), o de referência de Ag/AgCl e auxiliar um fio de platina. Eletrodos de trabalho de ouro e carbono vítreo tam-bém foram avaliados. O extrato do selo foi diluído em solu-ção de eletrólito para as análises eletroquímicas, sendo o comportamento eletroquímico dessas soluções investigado por voltametria cíclica, em tampão Britton-Robinson 0,1 mol L-1 (pH 2,0 a 12,0). A validade dos resultados obtidos foi verificada pela comparação com as técnicas de identificação definitiva GCMS, HPLC-MS e FTIR-ATR. Resultados e Discussão: Os voltamogramas das soluções extraídas do selo apresentaram um processo de oxidação irreversível rela-cionado ao NBC, visto que as análises de identificação defi-nitiva confirmaram apenas a presença desta substância no extrato metanólico. As melhores condições de detecção ele-troquímica do NBC em relação ao eletrólito suporte e eletro-do de trabalho foram alcançadas em pH 4,0 com eletrodo de BDD. Nestas condições, o NBC apresentou um pico de oxi-dação bem definido em torno de 1,0 V, mostrando que é pos-sível desenvolver um método eletroanalítico simples, rápido e de baixo custo para realizar uma análise preliminar desta droga. Os parâmetros de validação analítica do método ainda estão sendo realizados por voltametria e amperometria. Con-clusão: A detecção eletroquímica usando o eletrodo de BDD apresentou potencialidade para ser aplicada na identifi-cação preliminar do NBC em selos. Referência: [1] F.S. Bersani, et. al. 25C-NBOMe:Preliminary Data on Pharmacolog…, BioMed Research International (2014). Agradecimentos: FAPEMIG e UFVJM.

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QF 09- DETERMINAÇÃO DE ELEMENTOS INOR-GÂNICOS EM ANABOLIZANTES APREENDIDOS EM BELO HORIZONTE UTILIZANDO FLUORES-CÊNCIA DE RAIOS-X MIGUITA A.G.C.1, MACHADO, Y.1,2, NASCENTES C.C.1, SENA M.M.1 1. Departamento de Química, ICEx, Universidade Federal de Minas Gerais 2. Polícia Civil de Minas Gerais

O consumo de esteroides anabolizantes por praticantes de musculação1, atletas2 e jovens em geral tem aumentado, assim como o comércio ilegal destes produtos, que têm sido apreendidos com frequência em operações policiais. Os usuários destes produtos ilegais muitas vezes desconhe-cem os efeitos adversos que podem ser causados, além da origem das substâncias. O perfil de constituintes inorgâni-cos pode trazer informações importantes neste aspecto. Assim, o objetivo deste trabalho é determinar os elementos inorgânicos presentes em anabolizantes apreendidos pela Polícia Civil de Minas Gerais, utilizando a Espectrometria de Fluorescência de Raios-X por Reflexão Total (TXRF). Foram analisados 10 anabolizantes (5 comprimidos e 5 suspensões injetáveis) em um espectrômetro S2 Picofox (Bruker). Para suspensões injetáveis, realizou-se apenas uma diluição com água (1:1) e 5 mg/L de Ga como padrão interno. As amostras de comprimido foram pulverizadas e, em seguida, pesou-se cerca de 20 mg de cada uma, adicio-nou-se 200 μL de HNO3 50%, 50 μL de solução de Ga 100 mg/L (padrão interno) e 750 μL de água. Essas amos-tras foram analisadas na forma de suspensão e, posterior-mente, foram centrifugadas, retirando apenas o sobrena-dante para análise. A análise dos comprimidos na forma de suspensão foi mais adequada, sendo esses os valores apre-sentados. Todos os comprimidos apresentaram os elemen-tos K, Ca, Fe, Cu, e Zn, e as concentrações (mg/kg) varia-ram, respectivamente nas seguintes faixas: 25,4–37,6; 58,1–208; 6,20–94,3; 0,400–0,800 e 0,850–3,59. Outros ele-mentos foram detectados em uma ou mais amostras como Cl, S, Ti, Mg e Ni. Todas as amostras de suspensão injetá-vel apresentaram Cl, K, Ca, Fe, Zn e Br, em concentra-ções (mg/L) variando de: 30,08-37,69 (Cl); 0,434-3,46 (K); 1,84-191,3 (Ca); 0,276-2,38 (Fe), 0,116-1,70 (Zn) e 0,156-7,39 (Br). Foram detectados também P, Cr, S, Ni, Cu, Ce, Ba, Mn, Mg, Ti, Sr, As e Pb. A presença de metais com potencial tóxico (Cr, Ni, Ba, Pb e As) requer uma avaliação mais criteriosa, podendo causar efeitos danosos à saúde. Foi possível verificar que os anabolizantes apre-sentam uma grande diversidade em termos da composição inorgânica, sendo essas informações importantes para ava-liação de risco à saúde dos usuários. Elas também podem ser utilizadas para identificação de origem dos produtos ilegais em conjunto com métodos multivariados. 1. Santos, A.M. et al. Substance Use & Misuse, v. 46, p. 742, 2011. 2. Acevedo, P. et al. West Indian Med J., v. 60, p. 531, 2007. Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES, CNPq e Polícia Civil de Minas Gerais

QF 10- DETERMINAÇÃO DA BIOMASSA MICROBI-ANA E RESPIRAÇÃO BASAL NO SOLO DURANTE DECOMPOSIÇÃO CADAVÉRICA, EM ÁREA DE MA-TA TROPICAL AGUIAR, A.T.C.1, BENTES, K. R.1, ANTONIO, A. S.1, PAULA A. R. U.1, COSTA L. C. A.1

1Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universi-dade Federal do Amazonas.

Em casos de crime contra a vida, a estimativa do Intervalo Pós-Morte (IPM) é crucial para a determinação dos envolvi-dos e da procedência do crime. O solo onde a vítima é en-contrada é um dos fatores que podem auxiliar na estimativa deste IPM, quando as demais técnicas não puderem ser apli-cadas corretamente. A presente pesquisa teve como objetivo estudar o efeito de carcaças suínas no solo através das modi-ficações observadas durante a decomposição e assim ofere-cer ferramentas para a determinação do IPM. O experimento foi realizado em área de mata de clima tropical, utilizando 6 carcaças acima e abaixo do solo, sendo coletado o solo abai-xo destas em intervalos de 72 horas, durante 30 dias. Os pa-râmetros analisados a partir destas amostras foram o carbono da biomassa microbiana (CBMS), pelo método de fumigação-extração, e a respiração basal (RB), pela técnica de captura de CO2 em armadilha estática. Os valores de CBMS mais elevados foram encontrados entre o 3º e 12º dias de decom-posição, entre as fases enfisematosa e coliquativa. A RB mostrou uma resposta semelhante, com menores flutuações durante o experimento, apresentando acréscimos a partir do 15º dia, durante a fase coliquativa. Em ambas análises o solo abaixo das carcaças se comportou de maneira distinta, no que diz respeito à sua atividade microbiana, quando compa-rado com o comportamento observado no solo controle, onde não havia presença de carcaças em decomposição. Nos mo-delos expostos foi possível observar uma enorme atividade de massa larval, que não foi vista nos modelos enterrados, logo os enterrados se mantiveram conservados por um perío-do maior. As variações observadas entre o 3º e o 30º dias se mostraram significativamente anômalas às do solo controle, o que torna possível a utilização destes dois parâmetros para o desenvolvimento de um modelo de previsão do IPM. Referências bibliográficas: HOWARD, G. T.; DUOS, B.; WAT-SON-HORZELSKI, E. J. Characterization of the soil microbial community associated with the decomposition of a swine carcass. International Biodeterioration & Biodegradation, v. 64, p. 300–304, 2010.

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QF 11- ESTUDO DOS FENÔMENOS CADAVÉRI-COS NO SOLO ABAIXO DE CARCAÇAS SUÍNAS DEPOSITADAS EM ÁREA DE MATA TROPICAL ANTONIO A. S.1, BENTES K. R. S.1, WIEDEMANN L. S. M.1, PAULA A. R. U. 1, COSTA L. C. A.1, AGUIAR A. T. C.1, BARROS G. A.1. 1 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Uni-versidade Federal do Amazonas

A tafonomia forense tem como objetivo a determinação do intervalo pós-morte (IPM) utilizando características do ambientais que cerca o cadáver, entretanto, no Brasil, pou-cos estudos nesta área foram desenvolvidos, apesar da sua grande utilidade na determinação de IPM longos, quando as técnicas entomológicas não podem ser aplicadas com precisão. Neste contexto, esta pesquisa teve por objetivo estudar as modificações das características físico-químicas do solo abaixo de carcaças suínas em decomposição, para auxiliar na criação de um modelo de previsão do IPM ba-seado nas características do solo. O estudo foi conduzido em uma floresta de clima tropical no Amazonas utilizando 6 carcaças suínas posicionadas na superfície e abaixo do solo. A coleta do solo abaixo das carcaças foi realizada em duas profundidades diferentes de forma periódica, a cada 72 horas durante 30 dias e a cada 12 dias até o fim da fase de restos. Além disso, também foram coletados solos de referência localizados a 10 metros das carcaças. Todas as amostras de solo foram submetidas a análise de pH, nitro-gênio total (NT), carbono total (CT) e razão C/N. O pH e o NT apresentaram acréscimos significativos no solo abaixo dos suínos até o fim da fase de resto, devido a influência que os constituintes do necrochorume ocasionam no pro-cesso de amonificação e nas trocas catiônicas do solo. A razão C/N no solo abaixo das carcaças apresentou valores distintos para as duas formas de deposição estudadas, indi-cando o processo de decomposição predominante em cada situação ao indicar, de forma indireta, o aumento da bio-massa microbiana (BM) no solo e disponibilidade de subs-trato para esta. O CT não apresentou alterações significati-vas durante a decomposição, fato atribuído ao aumento da BM do solo. Estes dados fornecem informações iniciais uteis para a construção de um modelo de previsão do IPM baseado na química do solo com abrangência de 3 à 67 dias após o óbito, podendo ser utilizada como uma impor-tante ferramenta tendo em vista a rápida velocidade de decomposição em locais de clima tropical. Referências bibliográficas: MEYER, J.; ANDERSON, B.; CAR-TER, D. O. Seasonal variation of carcass decomposition and gravesoil chemistry in a cold (Dfa) climate. Journal of Forensic Sciences, v. 58, n. 5, p. 1175–1182, 2013.

QF 12- ESTUDO DA DINÂMICA DE NITROGÊNIO EM SOLO PROXIMO A UM CARCAÇAS EM DECOMPOSI-ÇÃO PAULA ARU*¹, BENTES KRS², ANTO-NIO AS³, AGUIAR ATC¹, COSTA LCA¹.

¹Aluna de graduação em Química, Universidade Federal do Amazo-nas. ²Professora adjunta II, Departamento de Química, Universidade Federal do Amazonas. ³Aluna de Mestrado em Química, Universidade Federal do Amazo-nas.

Em alguns casos de crimes contra a vida, a ocultação do ca-dáver da vítima pode impossibilitar a estimativa do Intervalo Pós-Morte (IPM), sendo necessário o desenvolvimento de técnicas aplicáveis a IPM longos. Este trabalho teve por ob-jetivo estudar as alterações nos níveis de amônia e nitratos do solo circundante às carcaças suínas em decomposição buscando criar ferramentas para auxiliar o desenvolvimento de um modelo de previsão do IPM. O experimento foi reali-zado em uma floresta primária (Reserva Florestal Ducke), utilizando 6 suínos de 15 kg, dos quais 3 foram enterrados há cerca de 50 cm de profundidade e 3 permaneceram expostos. A cada 72 hora a partir do dia do abate, foram coletadas amostras de solo abaixo de cada suíno no decorrer de 30 dias em duas profundidades diferentes. Durante a coleta também foram retiradas amostras de solo de um local a 10 m de dis-tância das carcaças (controle). A determinação de (NH4

+) e nitrato (NO3

-) no solo foi realizada por espectrofotometria de absorbâncias molecular. A decomposição dos suínos expos-tos ocorre cerca de 4 vezes mais rápido que os enterrados. A concentração de NH4

+ durante a decomposição dos suínos expostos variou entre 40,9 e 158,5 ug g-1 de solo, enquanto que, nos suínos enterrados as concentrações de NH4

+ varia-ram entre 55,9 e 306,3 ug g-1 de solo. Em ambos os casos os maiores valores na concentração foram observados na fase Enfisematose. Durante todo o experimento foi observado um decréscimo nos valores da concentração de nitrato, devido aos altos teores de NH4

+ e ao alto índice pluviométrico da região. Por fim foi possível observar um comportamento distinto na liberação de ambos analitos estudados para o solo durante as fases da decomposição cadavérica, o que torna possível a utilização destes dados na caracterização química do ecossistema formado durante cada etapa do processo e a utilização dos mesmos na construção de um método para estimar o IPM de vitimas ocultadas em áreas de mata tropi-cal. Referências bibliográficas: Meyer, J., Andreseon, B., & Carter, D. O. (2013). Seasonal Variation of Carcass Decomposition and Gra-vesoil Chemistry in a Cold (Dfa). Journal of forensic sciences , 58.

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QF 13- DETERMINAÇÃO DE Pb e Sb EM RESÍDUO DE DISPARO DE RE-VÓLVER CALIBRE .38 POR GF AAS: ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA DIS-TÂNCIA NA CONTAMINAÇÃO DE TESTEMUNHAS OCULARES B. C. FERREIRA1, J. A. VELHO1, M. A. M. S. DA VEIGA1

1FFCLRP - Universidade de São Paulo (USP), Departamento de Química, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, 14040-901

Quando um disparo de arma de fogo é deflagrado com munição comum, a combustão das substâncias que com-põem a pólvora e a mistura iniciadora origina agregados de partículas formados sob condições de elevadas temperatura e pressão, os quais são essencialmente compostos pelos elementos Pb, Ba e Sb. O emprego frequente de armas de fogo em infrações cominadas no código penal requereu o desenvolvimento de métodos instrumentais de análise de resíduos de disparos de armas de fogo (GSRs – do inglês, gunshot residues), com a finalidade de responder às ques-tões técnicas formuladas pela justiça por meio da detecção e caracterizarão de GSRs pela perícia forense1. Contudo, a investigação de casos de falsos positivos para resíduos de disparos se tornou necessária, como no caso de testemu-nhas oculares serem contaminadas por resíduos de dispa-ros efetuados por outrem. Nesse contexto, este trabalho objetivou determinar a influência da distância entre atira-dor e testemunhas oculares na contaminação destas com GSRs, por meio da determinação de Pb e Sb por espectro-metria de absorção atômica com forno de grafite (GF AAS – do inglês, graphite furnace atomic absorption spectrome-try). Amostras de GSRs foram coletadas por meio de esfre-gaços com swabs nas mãos, estendidas durante os dispa-ros, de testemunhas oculares encostadas e à distância de 1 m do atirador. À distância encostada, a influência do ângu-lo das mãos (90º e 180º em relação à cabeça do indivíduo) na deposição de GSRs foi estudada. A extremidade do swab foi cortada, introduzida em tubo de polipropileno contendo 2 mL de HNO3 10% v v-1 e o volume foi ajusta-do para 10 mL com H2O. A solução resultante foi submeti-da à extração com emprego de banho ultrassônico (25 kHz, 20 min), banho termostatizado (80 ºC, 45 min) e centrifu-gação (3500 rpm, 25 ºC, 5 min). O swab, retido no inferior do tubo, foi removido por transferência da solução para outro tubo e o volume foi ajustado para 10 mL com HNO3 2% v v-1. Enfim, 20 µL da solução foram injetados no for-no de grafite (AAnalyst 800 - PerkinElmer) por um amos-trador automático e as determinações de Pb e Sb foram conduzidas por GF AAS. Com relação ao ângulo das mãos durante o disparo, as concentrações de Pb e Sb a 90º foram superiores às obtidas a 180º. Nos testes de distância com testemunhas oculares, a concentração de Sb foi inferior ao limite de quantificação do método para a distância de 1 m, ao passo que a concentração de Pb reduziu de 2 a 3 ordens de grandeza com o aumento da distância. 1 G. Vanini, M. O. Souza, M. T. W. D. Carneiro, P. R. Filgueiras, R. E. Bruns, W. Romão, Microchem. J., 120, 58–63, 2015. Agradecimentos: CAPES, FAPESP e CNPq.

QF 14- CLASSIFICAÇÃO DE CANNABIS SATIVA EM DIFERENTES TEMPOS DE CRESCIMENTO ATRA-VÉS DE ESPECTROSCOPIA NO NIR E QUIMIOME-TRIA BORILLE, BT1; MARCELO, CAM2; ORTIZ, RS3; MARI-OTTI, KC1; FERRÃO, MF2; LIMBERGER, RP1

1Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universi-dade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. 2Progra-ma de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. 3Setor Técnico-Científico, Superintendência do Departamento da Polícia Federal no Rio Gran-de do Sul, Porto Alegre, Brasil.

Introdução: Nos últimos anos, um aumento exponencial nas apreensões de sementes de canábis enviadas ao Brasil em pequenas quantidades por empresas de transporte tem sido observado pela Polícia Federal (PF)1. Objetivo: Avaliar sementes de canábis apreendidas e cultivadas em estufa na PF, em diferentes tempos de crescimento, através de espec-troscopia no infravermelho próximo (NIR) associada à qui-miometria. Materiais e Métodos: Sementes de canábis foram germinadas, as plantas foram cultivadas em estufa e colhidas em três períodos de crescimento (5,5; 7,5 e 10 semanas). Após secagem a temperatura ambiente, os caules, folhas e inflorescências foram moídos e analisados diretamente por NIR. Como métodos de análise multivariada, foram utiliza-dos a análise de componentes principais por intervalos (iPCA) a fim de selecionar a melhor faixa espectral para distinguir a canábis por tempo de cultivo, a análise por com-ponentes principais (PCA), para observar a formação das diferentes classes, e a análise discriminante por máquina de vetores de suporte (SVM-DA), para classificar as amostras por tempo de cultivo. Resultados e Discussão: Observou-se nos espectros das amostras majoritariamente as bandas de absorção relacionadas às combinações de CH, CH2 e CH3, bandas de absorção relacionadas ao primeiro e segundo so-bretons de CH, CH2 e CH3 e banda de absorção associadas ao terceiro sobretom de CH, CH2 e CH3. A faixa do espectro de absorção no NIR no qual foi observado melhor separação entre os grupos de amostras segundo o iPCA foi em 4000 a 4375 cm-1. A PCA apresentou boa separação e a SVM-DA classificou corretamente as amostras pelo tempo de cultivo. A classificação das plantas de canábis cultivadas em estufa obtida através do NIR associada à quimiometria pode ser explicada devido à correlação entre o tempo de cultivo e a concentração de constituintes químicos. Conclusão: Estes resultados demonstram que o tempo de cultivo da canábis nos estágios iniciais em estufa pode ser predito por NIR as-sociado à quimiometria. Portando, esta abordagem parece ser promissora para uma classificação rápida e eficaz da canábis por idade, fornecendo resultados rápidos e confiáveis para reunir informações sobre o tempo de cultivo indoor, a fim de estabelecer ligações entre o local de cultivo, as apreensões e as rotas de tráfico de sementes de canábis. Referências Bibliográficas: 1POLÍCIA FEDERAL, http://www.dpf.gov.br/agencia/noticias /2014/01/pf-bate-recorde-de-616apreensao-de-drogas-em-2013, acesso 06 de Maio, 2016 Agradecimentos: CAPES, CNPq e Polícia Federal.

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QF 15- ANÁLISE DO PERFIL QUÍMICO DE CAN-NABIS SATIVA ATRAVÉS DE ESI(-)-FT-ICR MS E ESI(+)-FT-ICR MS BORILLE BT1, ORTIZ RS2, MARIOTTI KC1, VANINI G3, TOSE LV3, ROMÃO W3, LIMBERGER RP1

1Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. 2Setor Técnico-Científico, Superintendência do Departamento da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. 3La-boratório de Petroleômica e Forense, Departamento de Química, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Brasil.

Introdução: A Cannabis sativa L. é caracter izada qui-micamente por apresentar estruturas terpenofenólicas (canabinoides) encontradas exclusivamente nessa planta1,2. No Brasil, embora venha sendo observado uma crescente exponencial no número de apreensões de sementes de canábis realizadas pela Polícia Federal (PF), não se tem conhecimento sobre o perfil químico desta droga no país. Objetivo: Identificação de canabinoides através de aná-lise por ionização electrospray no modo negativo e positi-vo associada a espectrômetro de massas por ressonância ciclotrônica de íons com transformada de Fourier (ESI(-)-FT-ICR MS e ESI(+)-FT-ICR MS). Materiais e Métodos: Sementes de canábis foram germinadas, as plantas foram cultivadas em estufa, colhidas e secas a temperatura ambi-ente e ao abrigo de luz. Os caules, folhas e inflorescências (15 mg) foram moídos, na sequência foi realizada extração com 1,5 mL de acetonitrila e os extratos colocados em banho de ultrassom por 10 min. As amostras foram diluí-das para ≈ 1 mg mL-1 em acetonitrila, basificadas para ESI(-) e acidificadas para ESI(+) e analisadas por ESI(-)-FT-ICR MS e ESI(+)-FT-ICR MS. Resultados e Discussão: Os espectros de massas obtidos por ESI(-)-FT-ICR MS e ESI(+)-FT-ICR MS permitiram o reconhecimento de com-postos canabinoides, identificados como monômeros e dímeros, além de canabinoides identificados como adutos. Embora no modo negativo tenham sido identificados 27 sinais referentes à canabinoides, os espectros de massas relativos ao modo positivo permitiram a identificação de 76 sinais. Considerando que as estruturas dos canabinoides são definidas basicamente pela presença de heteroátomos de oxigênio (ex.: fenóis, éteres e ácidos carboxílicos), es-pécies contendo ácidos carboxílicos podem ter tido a for-mação de íons seletivamente reforçada no modo negativo, devido aos seus valores de pKa mais baixos3, resultando em um processo de supressão iônica para outras espécies. Assim, fundamenta-se a diferença observada nos perfis nos espectros de massas obtidos em cada um dos modos de ionização. Conclusão: Um novo método para identificação de canabinoides foi desenvolvido por FT-ICR MS, forne-cendo a impressão digital química de amostras de canábis, com elevados níveis de resolução e precisão. Referências Bibliográficas: 1Ahmed SA, et al. (2015) Phyto-chemistry 117:194–199. 2Radwan MM, et al. (2015) J Nat Prod 78:1271−1276. 3Halket JM, et al (2005) Exp Bot 56:219–243. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPES e Polícia Federal.

QF 16- MELHORIA NAS TÉCNICAS DE IDENTIFI-CAÇÃO DE ETANOL EM AMOSTRAS RECOLHIDAS EM LOCAIS DE ACIDENTE DE TRANSITO E EM LOCAIS DE INCÊNDIO. GOULART C.O.L1,2

1-Instituto de Criminalística de Minas Gerais, Policia Civil de Mi-nas Gerais. 2-Departamento de Química, Universidade Federal de Minas Ge-rais.

Introdução: Muitos casos reais de materiais coletados em locais de incêndio e acidente de trânsito, tem resultados falso-negativos, utilizando a técnica de headspace CG-MS, princi-palmente devido ao longo intervalo de tempo entre o fato e a coleta do material, o mal acondicionamento dos materiais e o longo intervalo de tempo entre a coleta do material e a anali-se. Isto ocorre porque o etanol é volátil e pode-se perder ao longo do tempo. No sentido de diminuir a possibilidade de resultados falso-negativos, foi proposto modificações no método com intuito de melhorar o limite de detecção (LD) do CG-MS, com o uso da micro extração em fase solida (SPME). Objetivos: Encontrar o LD do etanol utilizando a técnica de headspace e de SPME, comparar os LDs, verificar se existe melhora no LD utilizando o SPME. Materiais e Métodos: Para obtenção dos LD por headspace, o etanol foi diluído inicialmente em água destilada, a uma concentração de 10%v/v e detectado. Foram feitas diluições sucessivas até se obter o LD por headspace. Apos encontrar o LD para o etanol por Headspace a foi escolhida uma concentração pró-xima a este LD que foi detectada por SPME, logo em segui-da foram feitas diluições sucessivas até se obter o LD por SPME. O CG utilizado foi da marca Agilent, modelo 7890A, e o MS modelo 5975C, coluna HP1MS e a fibra SPME foi a DVB/CAR/PDMS, filme de 50/30 µm. Resultados e Discus-são: O LD para etanol obtido para o headspace foi de 0,078%v/v, já o LD pra o SPME foi de 0,00005%v/v. Desta forma, para evitar a obtenção de resultados falsos negativos, é interessante repetir a analise, utilizando o SPME. A técnica em questão já foi utilizada em um caso real, onde uma lata de cerveja aberta e vazia, proveniente de um local de aciden-te de trânsito, foi encontrada no interior de um veículo e en-caminhada para a pericia, foi obtido resultado negativo no headspace e positivo no SPME. Conclusão: O LD do etanol foi melhorado utilizando a técnica de SPME. ReferênciasBibliográficas: http://www.sigmaaldrich.com/Graphics/Supelco/objects/6800/6727.pdf

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QF 17- COMPORTAMENTO ELETROQUÍMICO DE COCAÍNA E SEUS PRINCIPAIS ADULTERAN-TES EM MATERIAIS NANOESTRUTURADOS DE CARBONO ROCHA, D. P. (1), DORNELLAS, R. M.(1), NOSSOL, E.(1), RICHTER, E. M.(1), MUÑOZ, R. A. A.(1)

1 Universidade Federal de Uberlândia, Av. João Naves de Ávila, 2121 – Uberlândia – MG - Brasil

INTRODUÇÃO: Cocaína é uma das drogas ilegais mais utilizada em todo o mundo. Ela provoca efeitos anes-tésicos, de euforia, entre outros [1]. Na literatura científica, as técnicas analíticas cromatográficas são as mais citadas para determinação de forma simultânea de cocaína (COC) e seus principais adulterantes presentes em amostras foren-ses. OBJETIVOS: Investigar o comportamento eletroquí-mico da cocaína e seus principais adulterantes (benzocaína (BEN), cafeína (CAF), fenacetina (FEN), levamisol (LEV), paracetamol (PAR) e procaína (PRO)) em carbono vítreo (GCE), oxido de grafeno reduzido eletroquimica-mente (ERGO) e ERGO com nanopartículas de ouro (NPTs-Au) para desenvolvimento de um método eletroquí-mico de determinação. MATERIAIS E MÉTODOS: A síntese de ERGO [2] consistiu em preparar uma dispersão de óxido de grafeno (1 mg mL-1) em uma solução de 10 mL de 0,05 mol L-1 de fosfato de sódio. A dispersão foi homogeneizada durante 30 min no banho de ultrassom. Em seguida, o oxigénio dissolvido foi removido fazendo borbulhar N2 durante 10 min. A síntese eletroquímica foi feita por voltametria cíclica (faixa de potencial de 0 a -1,7 V, 10 ciclos e velocidade de varredura de 75 mV s-1) sobre GCE. A síntese de ERGO-NPTs-Au foi feita da mesma forma que a anterior, adicionando também uma solução de cloreto de ouro 0,001 mol L-1. RESULTADOS E DIS-CUSSÃO: Voltamogramas cíclicos (0 a 1.6 V, velocida-de de varredura de 50 mV s-1) de COC, BEN, CAF, FEN, LEV, PAR e PRO nas concentrações de 1 mmol L-1 foram feitos em uma solução de ácido sulfúrico 0,1 mol L-1 no GCE modificado, ERGO e ERGO-NPTs-Au. No GCE não modificado, nas condições avaliadas, apenas 4 adulterantes apresentaram picos de oxidação, sem uma boa separação. A COC não apresentou picos redox. ERGO apresentou pico de oxidação para COC (1,1 V) e para todos os adulte-rantes em potenciais separados. ERGO-NPTs-Au apresen-ta picos de oxidação e redução dos óxidos de ouro em 1,4 e 0,8 V, respectivamente, o que interfere na determinação de alguns adulterantes. Os picos de oxidação obtidos com este material apresentaram maior intensidade de corrente comparado aos outros materiais avaliados, porém, com a possibilidade de determinação simultânea de apenas alguns adulterantes avaliados. CONCLUSÃO: Dos materiais ava-liados como eletrodos de trabalho para o desenvolvimento de métodos eletroanalíticos, ERGO apresentou o melhor potencial para a determinação e quantificação de COC e seus principais adulterantes simultaneamente. Dessa for-ma, verifica-se a possibilidade de desenvolver um método mais rápido, barato (em termos de equipamento e reagen-tes) que os métodos cromatográficos utilizados atualmente para o controle de amostras forenses. REFERÊNCIAS: [1] S. Komorsky-Lovric, I. Galic, R. Pe-novski, Voltammetric determination of cocaine microparti-cles, Electroanalysis, 11, 1999, 120. [2] C. Liu, K. Wang, S. Luo, Y. Tang, L. Chen, Small, 7, 2011, 1203.

QF 18- PSICOTRÓPICOS/ENTORPECENTES EM VESTÍGIOS COLETADOS EM LOCAIS DE CRIME CONTRA A PESSOA NO DF FONTELENE ES1,2, RAMALHO ED1,2, SALUM LB1,2 1Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal – IC/PCDF 2Fundação de Peritos Ilaraine Acácio Arce - FPIAA

Em recente carta aberta às Nações Unidas, o Centro Interna-cional para Ciências em Políticas de Drogas solicitou que se reconsiderassem as métricas para as estatísticas sobre drogas de forma a incluir indicadores mais complexos, compreen-dendo, por exemplo, relações entre o uso de drogas e os cri-mes violentos. Entre os meses de janeiro e junho de 2016, foram analisados 85 vestígios, supostamente contendo psico-trópicos/entorpecentes, coletados em 51 ocorrências/locais de crime contra a pessoa no DF. Em aproximadamente 40% dessas amostras apenas resquícios foram avaliados, o que demonstra a complexidade na análise desses vestígios. Des-sas últimas amostras, apenas em um quarto dos casos não foram detectados psicotrópicos/entorpecentes, corresponden-do a aproximadamente 10% do total. Cocaína e tetraidroca-nabinol corresponderam à indiscutível maioria das substân-cias detectadas, sendo que em cerca de 10% das ocorrências ambos foram encontrados. A proporção entre as ocorrências de homicídio (ou tentativa) e os locais de suicídio (ou tentati-va) periciados no Instituto é de 6:1, aproximadamente a mes-ma proporção encontrada no total dessas ocorrências regis-tradas no mesmo período. Entretanto, essa proporção é mais que o dobro (15:1) se considerados os locais em que foram encontradas as substâncias estudadas nesse projeto. Esse resultado demonstra a importância da continuação dos estu-dos que relacionam as substâncias psicotrópicas/entorpecentes às ocorrências de crimes violentos, principal-mente homicídios (ou tentativas). Laudos de local de crime e cadavéricos estão sendo consultados na próxima etapa desse projeto. Agradecimento: FAPDF

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QF 19- ESPECTROMETRIA DE MASSAS INORGÂ-NICA E ORGÂNICA PARA AVALIAÇÃO DO MITO DO CHÁ DE FITA COMO DROGA BIZARRA: RE-SULTADOS FINAIS. ERALDO LUIZ LEHMANN1,2, DELEON NASCIMEN-TO CORRÊA3,4, EDUARDO MORGADO SCHMIDT3, MARCOS NOGUEIRA EBERLIN3, MARCO AURÉLIO ZEZZI ARRUDA1,2 1 - Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia em Bioanalítica – Deptº de Química Analítica – Instituto de Química – Unicamp, Campinas, SP, Brasil. 2 –Grupo de Espectrometria, Preparo de Amostra e Mecanização – Deptº de Química Analítica – Instituto de Química – Unicamp, Campinas, SP, Brasil. 3 – Laboratório Thomson de Espectrometria de Massas - Deptº de Química Orgânica – Instituto de Química – Unicamp, Campi-nas, SP, Brasil. 4 – Superintendência da Polícia Técnico-Científica, Instituto de Criminalística Dr. Octávio Eduardo de Brito Alvarenga, 05507-060, São Paulo, SP, Brasil.

Após uma avalição inicial de possíveis elementos presen-tes nas infusões de fitas K7 e VHS, os elementos Mn, Ni, Cr e Co se destacaram. Então, uma otimização dos parâ-metros da cela de reação e colisão para o ICP-MS foi reali-zada para remoção das interferências isobáricas para os elementos Mn, Ni, Cr. Co não apresente necessidade do uso de celas, pois não apresenta interferentes isobáricos significativos. Pb e Hg não foram detectados no modo qualitativo, entretanto, foram quantificados também, pois são os elementos que caracterizam o mito. As infusões foram preparadas divididas em grupos K7 e VHS, usadas e sem uso. Após o preparo, as soluções foram diluídas, no mínimo, 5 vezes em ácido nítrico 1% (v/v), para a determi-nação dos elementos. Para a identificação dos compostos orgânicos, as infusões foram diluídas 1 vez em solução de ácido fórmico 0,1% (v/v) em metanol. Os resultados mos-traram uma concentração elevada de manganês para as fitas K7, variando entre 711 e 2110 µg L-1, as quais estão acima do limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde (WHO) para água potável (400 µg L-1 para efei-tos toxicológicos). Intoxicação por elemento pode causar perda de equilíbrio e braquicinesia (lentidão de movimen-tos), entre outros efeitos. Todas as infusões apresentaram Co. Embora não haja valores para água potável para esse elemento, ele pode substituir Ca na neurotrasmissão de informações da retina pra o cérebro, o que poderia ser res-ponsável pelas visões descritas por usuários das infusões. Ni e Cr apresentaram níveis de concentrações superiores àquelas recomendadas pela WHO (70 µg L-1 e 50 µg L-1, respectivamente) em algumas infusões. Esses elementos apresentam características carginogênicas. Em relação a compostos orgânicos, os espectros de massa obtidos por meio de FT-ICR-MS apresentaram alguns compostos com formula molecular compatíveis com compostos conheci-dos. Entretanto, ao fragmentá-los, nenhuma conclusão foi possível em relação a presença de compostos orgânicos nas infusões. Contudo, devido aos efeitos agudos das into-xicação por Mn e Co, o mito é plausível, e presença de elementos carcinogênicos torna essa infusão perigosa para consumo.

QF 20- DETERMINAÇÃO VOLTAMÉTRICA DO TE-OR DE FORMALDEÍDO EM LEITE. OIYE, E. N.1; RIBEIRO, M. F. M 1.; TADINI, M. C. 1;KATAYAMA, J. M. T.1; OLIVEIRA, M. F.1. 1- GEEQFor - Departamento de Química – FFCLRP – USP - Av. Bandeirantes 3900 – Ribeirão Preto, SP

O Formol apresenta em média 37% de formaldeído em sua composição e sua presença em alimentos tem muitas vezes a finalidade de conservá-los por mais tempo, porém, conforme legislação brasileira, a adição dessa substância ao leite é pro-ibida. Por ser uma substância carcinogênica, torna-se neces-sário um controle sobre a sua presença no leite, uma vez que órgãos de vigilância como a United States Environmental Protection Agency (USEPA) determinam o teor máximo de 2,5 gformaldeído /kgamostra. Muitas metodologias de análise utili-zam-se das técnicas cromatográficas, que requerem um rigo-roso preparo de amostra. Através deste estudo, busca-se ave-riguar a presença de formol em amostras de leite de diferen-tes marcas e tipos, utilizando-se de teste colorimétrico, quan-tificar esta substância pela técnica eletroanalítica de Volta-metria Cíclica (sem qualquer tratamento de amostra) e com-parar os resultados considerando a legislação. Empregou-se o teste colorimétrico conforme metodologia extraída do livro “Manual para Inspeção da Qualidade do Leite” (2010). Para a determinação eletroanalítica necessita-se da complexação do aldeído ao DNPH (2,4-dinitrofenilhidrazina) a ser acom-panhada por leituras voltamétricas com eletrodo de trabalho de carbono vítreo em meio de LiClO4 0,1 mol L-1- em meta-nol. Os testes colorimétricos acusaram a possível presença de formaldeído nas 5 amostras. A adição de formaldeído em solução contendo eletrólito de suporte e DNPH é responsável pelo deslocamento de potencial do pico oxidativo e decrésci-mo de intensidade. Pela curva analítica, de equação y = -5,10 x 10-4 + 9.76 x 10-5, foi possível evidenciar a presença de formaldeído em teores que variam de 1,60 a 2,88 g/kg

amostra. Através de medições rápidas e simples, aliadas ao teste colorimétrico preliminar, foi possível constatar a presença de formaldeído em concentrações acima da estabelecida em lei. Além de indicativos de adulteração do leite, tem-se um alerta para os órgãos fiscalizadores e aos riscos à saúde do consu-midor. Referências Bibliográficas: WAHED, P.et. al., Food Chemistry, 202: 476, 2012; SACZK, A.A. et al, Chromatographia, 63: 45, 2006. TRONCO, V. M. Manual de Inspeção da Qualidade do Leite.4ª ed. Santa Maria: Editora UFSM, 2010.

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QF 21- ANÁLISE VOLTAMÉTRICA DE COCAINA UTILIZANDO ELETRODOS DE PASTA DE CAR-BONO MODIFICADOS QUIMICAMENTE COM COMPLEXOS DE URANILA (UO2) DERIVADOS DE BASES DE SCHIFF. OIYE, E. N.1; CRUZ JÚNIOR, J.W.3; KATAYAMA, J. M. T.1; MOTA-SILVA, R.S.1; DOCKAL, E.R.2; OLIVEI-RA, M. F.1. 1- GEEQFor - Departamento de Química – FFCLRP – USP - Av. Bandeirantes 3900 – Ribeirão Preto, SP . 2 – Departamento de Química – Universidade Federal de São Carlos – São Carlos, SP. 3 – Universidade Federal de Santa Catarina – campus Blume-nau – Blumenau, SC.

Dados levantados pela United Nations Office on Drugs and Crime mostram constantemente o uso da cocaína co-mo uma das principais drogas consumidas no mundo. Jun-to a isso, requer-se uma maior atenção na apreensão de amostras, em que rapidez, sensibilidade e especificidade em sua detecção são essenciais. Sob esta óptica, os méto-dos eletroanalíticos são capazes de atender tais requisitos. A partir do uso de eletrodos quimicamente modificados, habilitam-se sensores específicos para a cocaína, tal como foi o caso deste estudo em que o uso de complexos de ura-nila (UO2) contendo base de Schiff, mostrou-se bastante promissora. Este eletrodo quando testado na detecção de cocaína e de dois de seus interferentes, a lidocaína e a pro-caína, respondeu seletivamente para a cocaína, constituin-do uma alternativa promissora para detecção de tal droga. Este estudo teve como objetivo verificar novos procedi-mentos para a detecção do entorpecente a partir de eletro-do de pasta de carbono quimicamente modificado com o complexo [UO2(salophen)], utilizando-se a técnica de Vol-tametria Cíclica. O eletrodo de pasta de carbono utilizado foi preparado utilizando a proporção 25% de modificador, 5% de parafina e 70% de grafite. A análise voltamétrica da cocaína foi realizada em meio aquoso em pH 3 utilizando como eletrólito de suporte, o cloreto de potássio (KCl), com concentração de 0,1 mol L-1. A dependência linear de detecção da amostra foi conduzida no intervalo de 0,5 x 10-3 mol L-1 a 3,75 x 10-3 mol L-1. Curva analítica construída nos ensaios com o eletrodo modificado apresentou coefici-ente de correlação linear de 0,97 e limite de detecção de 0,15 x 10-3 mol L-1 para o eletrodo modificado com o com-plexo [UO2(salophen)]. Ficou evidenciado que o uso da base de Schiff [UO2(salophen)] tem potencial para ser um sensor altamente específico para cocaína, permitindo sua análise em meio aquoso em metodologias de preparo de amostra e eletrodo simples e rápidas. Referencias Bibliográficas: WAHED, P. et. al., Food Chemis-try, 202: Sensors, 476, 2012; DE OLIVEIRA, et. al., Microche-mical Journal, 110: 374, 2013.

QF 22- ESTUDO QUÍMICO-TEÓRICO SOBRE A POS-SIBILIDADE DE DETECÇÃO DE ANFETAMINAS SINTÉTICAS COM ISOTIOCIANATO DE FLUORES-CEINA MUNHOZ G. P., BRUNI A. T. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – FACULDADE DE FILO-SOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO – DE-PARTAMENTO DE QUÍMICA

Constantemente são buscados novos métodos de detecção e identificação de substâncias ilícitas, especialmente com a chegada das chamadas Drogas de Desenho. Essas novas substâncias psicoativas consistem em modificações das dro-gas já conhecidas, porém com efeitos similares. Essas modi-ficações têm por finalidade burlar as leis vigentes e a fiscali-zação. O objetivo deste trabalho é estudar, por meio de cál-culos teóricos, a viabilidade do uso do Isotiocianato de Fluo-resceína (FITC) como alternativa para detecção de anfetami-nas sintéticas, levantando os principais aspectos que envol-vem a molécula de FITC como identificador de substâncias-problema. A metodologia consiste em utilizar de programas computacionais de cálculo quântico para que sejam determi-nadas propriedades estruturais, possíveis conformações de menor energia e propriedades fisico-químicas decorrentes. Estudos teóricos aplicados a sistemas forenses têm sido alta-mente promissores, pois não se faz necessário a presença de padrões para realizar o estudo. A simulação computacional tem capacidade fornecer resultados importantes sobre meca-nismos, podendo explicar em nível molecular resultados ex-perimentais, sendo uma alternativa de economia de recursos. Resultados preliminares da interação entre o FITC e as anfe-taminas mostraram que a energia do complexo formado é menor do que a energia dos compostos separadamente. Em suma, o trabalho possui potencial pelo seu baixo custo devi-do à utilização de métodos teóricos e programas de código aberto, além de recursos disponíveis no Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho de São Paulo (CENAPAD-SP). 1. Diário Oficial da União. Brasília, D. 1998. D. em: <http://www. anvisa. gov. br/hotsite/legis/Portari. & _344_98.pdf>. Portaria no 344, de 12 de maio de 1998. 2. Lei no 11.343,DE 23 DE AGOSTO DE 2006. Presidência da República Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos (2006). at <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm>; 3. UNODC. World Drug Report 2013. at <http://www.unodc.org/unodc/secured/wdr/wdr2013/World_Drug_Report_2013.pdf>; 4. Lloyd, A. et al. The application of portable microchip electropho-resis for the screening and comparative analysis of synthetic cathi-none seizures. Forensic Sci. Int. 242, 16–23 (2014).

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QF 23- EMPREGO DA CALORIMETRIA EXPLO-RATÓRIA DIFERENCIAL PARA A AVALIAÇÃO DO PERFIL DE DEGRADAÇÃO DE FIOS DE CA-BELOS CAUCASIANO, AFRO E ORIENTAL

GUERRA, G. T., CRIZEL, M. G., WINKEL, K. T., PE-REIRA, C. M. P., MESKO, M. F., SANTOS, C. M. M.

Curso de Química Forense, Centro de Ciências Químicas, Farma-cêuticas e de Alimentos (CCQFA), Universidade Federal de Pe-lotas (UFPel) Introdução: O cabelo humano é uma fonte muito im-portante de micro vestígios em análises forenses, muito utilizado para detecção de drogas consumidas pelo indiví-duo. O cabelo também pode ser empregado, para diferenci-ar e caracterizar grupos étnicos, através da análise térmica por calorimetria exploratória diferencial (DSC). Esta técni-ca pode ser aplicada a análise de evidências coletadas em locais de crimes para auxiliar na identificação ou exclusão de suspeitos. Entre as técnicas calorimétricas, a DSC pos-sibilita identificar a etnia de determinado indivíduo através dos eventos endotérmicos e exotérmicos que ocorrem du-rante a degradação dos fios capilares. A DSC baseia-se na medida da diferença de energia dos eventos térmicos ca-racterísticos de cada grupo. As análises de DSC são com-plementadas por outras análises térmicas como a termogra-vimétrica (TG), na análise térmica diferencial são registra-das as diferenças de massa em relação a temperatura, pos-sibilitando relacionar os eventos térmicos com as perdas de massa da amostra. Objetivo: Desta forma, a proposta deste trabalho é desenvolver um banco de dados de DSC, para diferentes perfis térmicos e estudar o perfil de degradação dos fios de cabelos (in natura e danificados termicamente) de diferentes etnias. Materiais e Métodos: No estudo de-senvolvido, utilizou-se 2 mg de amostras de cabelos, faixa de temperatura definida entre 20 a 600 ºC, com β de 10 ºC min-1 e uma atmosfera de N2 com vazão de 100 ml min-1 em um DSC (modelo 200 F3 Maia). Resultados e Discus-são: Baseado nos per fis térmicos obtidos nas análises dos fios de cabelo dos diferentes grupos foi possível obser-var que os perfis apresentam características peculiares, facilmente observados nos eventos de desidratação, fusão e decomposição das fibras capilares. Conclusão: A DSC é uma técnica rápida, simples e robusta, sendo necessária uma pequena quantidade de amostra e mínima manipula-ção para análise. Ademais, a DSC apresenta-se como uma técnica forense auxiliar, possibilitando a diferenciação de grupos étnicos.

QF 24- CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRAS DE CO-CAÍNA APREENDIDAS PELA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE RONDÔNIA NEVES G. O. F.*,1, YAMASHITA M. 2, JÚNIOR W. A. C. 3, CRISPIM P. DI T. B. 4.

1Núcleo de Química Forense, Instituto Laboratorial Criminal, Polí-cia Técnica Científica, Secretaria de Segurança Pública e Cidadania do Estado de Rondônia, Rua Flores da Cunha, 4384 – Bairro Costa e Silva, CEP: 76804-052, Porto Velho-RO, Brasil. 2Departamento de Química, Universidade Federal de Rondônia, Campus – BR 364, Km 9,5, CEP: 76801-059 – Porto Velho – RO, Brasil. 3Laboratório Biogeoquímica Experimental Wolfigang C. Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia, Campus – BR 364, Km 9,5, CEP: 76801-059 – Porto Velho – RO, Brasil. 4Departamento de Matemática, Universidade Federal de Rondônia, Campus – BR 364, Km 9,5, CEP: 76801-059 – Porto Velho – RO, Brasil. Instuto Laboratorial Criminal (ILC/POLITEC/SESDEC/RO) e Uni-versidade Federal de Rondônia (UNIR).

O tráfico de drogas, em específico o de cocaína, vem aumen-tando de forma significativa e assolando a sociedade com sérios problemas de segurança e de saúde pública. Para au-mentar o lucro da venda da cocaína, os traficantes adicionam substâncias com propriedades farmacológicas (adulterantes), bem como outras substâncias para aumentar o volume (diluentes). Assim, a identificação dos adulterantes e diluen-tes contidas nas cocaínas apreendidas pode ser um ponto de partida de ações coercitivas policiais. Nesse contexto, o pre-sente trabalho contribui em viabilizar a implementação e otimização de métodos analíticos no Instituto Laboratorial Criminal (ILC) visando a caracterização das amostras de cocaína apreendidas na região metropolitana de Porto Velho – RO no período de 2011 a 2012. Os diluentes majoritários foram determinados empregando métodos de análises quími-cas qualitativas básicas, ou seja, reações de precipitação, de óxido-redução, de complexação e de neutralização. Enquan-to, para as análises de teores de cocaína e identificação de adulterantes foram realizadas por Cromatografia Gasosa aco-plada ao Espectrômetro de Massa (CG-EM). Dentre as 120 amostras analisadas, continham 97,5% de sódio, 53,3% de bicarbonato/carbonato, 21,6% de sulfato, de 10,0% de mag-nésio e 11,7% de borato. Em relação aos adulterantes, das 116 amostras analisadas, 13,8% continham aminopirina e 0,86% lidocaína. Ademais, essas drogas continham teores relativamente elevados de cocaína com predominância entre 41 a 80% de pureza. O perfil das drogas comercializadas na região metropolitana de Porto Velho difere das demais regi-ões do país em termos pela presença de aminopirina (fármaco não comercializado no Brasil), importante informa-ção para mapear a rota de drogas pela polícia. Bibliografia: - CARVALHO, D. G., MIDIO, A. F., Quality of cocaine seized in 1997 in the street-drug market of São Paulo city, Brazil. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, 39, 2003; - CHASIN, A. A. M.; LIMA, I. V. Alguns aspectos historicos do uso da coca e da cocaina. Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, 1 (1), out, 2008; entre outros.

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QF 25- AVALIAÇÃO DO TEOR DE SILDENAFIL EM COMPRIMIDOS DE PRAMIL POR LC-MS/MS JUNIOR, G.R.C.1, COSTA, F.R.F.1, MARINHO, P.A.1,2 Centro Universitário UNA1, Instituto de Criminalística de Minas Gerais2

O mercado farmacêutico cresce exponencialmente anual-mente e cresce também o número de casos de falsificações de medicamentos, sendo o sildenafil um dos fármacos mais visados neste mercado clandestino. O medicamento Pramil, que contém este princípio ativo, não possui regis-tro na Anvisa, sendo proibida sua comercialização no Bra-sil. Desse modo, objetivou-se com esse trabalho, desenvol-ver uma metodologia analítica para quantificar o sildenafil nos comprimidos de Pramil a fim de comparar com os teores declarados no rótulo. A técnica analítica empregada para o doseamento foi a cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas (LC-ESI-MS/MS) no modo MRM. Foram analisados 17 comprimidos de Pramil (50 mg) resultantes de apreensões da Polícia Civil de Minas Gerais no período de 2013 a 2014. A linearidade foi cons-tatada na faixa de 100 a 500 µg/L (R2 >0,99), sendo tam-bém confirmada pela avaliação das premissas da regressão linear simples por meio de testes estatísticos. Os parâme-tros seletividade, recuperação e precisão atenderam aos requisitos analíticos estabelecidos, obtendo-se valores para a precisão intra-dia e inter-dia (<20%), recuperação satis-fatória (>99%) nos três níveis de concentração estudados. Dos 17 comprimidos de Pramil analisados, 9 medicamen-tos (53%) apresentaram teor fora da margem de erro per-mitida pela Farmacopéia Brasileira, que é 10%, sendo constatado teores do princípio ativo muito discrepantes (entre 25,8 a 94,4 mg). Os resultados demonstram um con-trole de qualidade pouco eficiente na produção dos com-primidos de Pramil pela indústria farmacêutica responsável pelo medicamento e um risco toxicológico para os consu-midores que fazem uso deste produto. 1- LIMBERGER, R.P. et al. Physical profile of counterfeit tab-lets Viagra® and Cialis®. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences v.48, n.3, 2012. 2- ORTIZ, R.S. et al. Determinação de citrato de sildenafila e de tadalafila por cromatografia líquida de ultra eficiência com de-tecção por arranjo de diodos (CLUE-DAD). Química Nova, v. 33, n. 2, 2010.

QF 26- SELOS APREENDIDOS PELA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL: UMA ABORDAGEM ANA-LÍTICA FAÚLA HSN1,3, PLÁCIDO KM1,3, FERREIRA BM3, WANDERLEI LS1, RAMALHO ED2,3, SALUM LB2,3, ARANTES LC2,3

1Universidade de Brasília – UnB 2Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal – IC/PCDF 3Fundação de Peritos em Criminalística Ilaraine Acácio Arce

Há uma década, o LSD era quase a única substância presente em selos apreendidos. Atualmente, menos de 10% das apre-ensões de selos contêm LSD. A maioria dos selos contêm uma ou mais de uma das substâncias pertencentes à série NBOMe (25B-NBOMe, 25I-NBOMe e 25C-NBOMe, prin-cipalmente). Os NBOMes são fenetilaminas variantes da série 2C-X descrita por Shulgin no seu livro PIHKAL (2000). No Brasil, a série NBOMe, bem como a série 2C-X, passaram a ser controladas após a publicação da RDC nº 6, em 18 de fevereiro de 2014, que atualizou a Lista F2 (lista das substâncias psicotrópicas proscritas no Brasil) do Anexo I da Portaria SVS/MS nº 344/98. Neste trabalho apresenta-mos uma abordagem analítica em desenvolvimento na Seção de Perícias e Análises Laboratoriais da Polícia Civil do Dis-trito Federal como resposta à crescente diversidade de Novas Substâncias Psicoativas encontradas nas apreensões de selos e à dificuldade de acesso a padrões analíticos de drogas de abuso. Mais de 350 apreensões de selos feitas entre os anos de 2013 e 2016 foram analisadas por cromatografia gasosa e/ou líquida acopladas a espectrometria de massas e por resso-nância nuclear magnética, quando necessária a caracteriza-ção estrutural de uma nova molécula. As mudanças imple-mentadas no processamento inicial de amostras e nos méto-dos analíticos permitiram a identificação de uma ou mais substâncias em mais de 98% das apreensões de selos. Mais de 70% das apreensões analisadas apresentaram um ou mais de um dos três principais representantes da série NBOMes (25B-NBOMe foi a mais frequente, correspondendo a 35%). Quase 30% das amostras analisadas continham mais de uma substância proscrita. Mesmo sendo tão frequentes nas apre-ensões de selos, ainda não há exames presuntivos disponíveis para os NBOMEs. O desenvolvimento de testes preliminares será de grande valia para a comunidade forense e permitirá auxiliar nos autos de prisão em flagrante. Apoio Financeiro: FAPDF, FPCIAA, PCDF. Agradecimento: SPAL/IC/PCDF

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QF 27- IDENTIFICAÇÃO DE PERFUMES FALSIFI-CADOS POR VEASI-MS BARBOSA 1, I.L; AGUIAR1, A.C; MORAIS 1, D.R; HER-NANDES1,V.V; TEUNISSEN1, S.F;FRANCO1,M.F; JARA1, J.L.P; BARBOSA2,A.P; BORGES2, R; CORRE-A1,3,D.N.; COSTA, J.L. 4,, EBERLIN1, M.N 1Laboratório ThoMSon de Espectrometria de Massas, Departa-mento de Química Analítica, Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 13083-970 Campinas, SP, Brasil. 2Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), 25250-020, Rio de Janeiro, RJ, Brazil 3Superintendência da Polícia Técnico-Científica, Instituto de Criminalística Dr. Octávio Eduardo de Brito Alvarenga (IC-SPTC-SP), 05507-06, São Paulo, SP, Brasil. 4Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas-SP, Brasil

Introdução - A falsificação de per fumes é uma prática ilegal em todo o mundo, sendo prejudicial tanto para as indústrias quanto para a saúde dos consumidores [1]. As abordagens convencionais para análise de perfumes são baseadas na análise dos compostos voláteis por cromato-grafia gasosa (GC) acoplada à espectrometria de massas (GC-MS) ou a outros detectores. Porém, a maioria destas técnicas requerem métodos e preparação da amostra, sendo normalmente demoradas e complexas. A Venturi - Easy Ambient Sonic Ionization (V-EASI-MS), que emprega uma fonte de ionização ambiente desenvolvida por cientis-tas brasileiros, é uma técnica de análise química abrangen-te e versátil pois necessita apenas da diluição da amostra no spray, sendo assim de extrema utilidade em análises forenses. Objetivos – Desenvolver métod para análise rápi-da de amostras de perfume e categorizá-las (em originais ou falsificados) por V-EASI-MS. Materiais e Métodos - Um total de 56 frascos de perfumes suspeitos apreendidos e fornecidos pela Superintendência da Polícia Técnico Científica do Estado de São Paulo, e as amostras autênticas dos respectivos perfumes, adquiridas no comércio da cida-de de Campinas, foram diluídos em analisados por V-EASI-MS em modo positivo. Um tratamento de dados por Análise de Componentes Principais (PCA) foi aplicado para classificar os grupos. Resultados e Discussão – A comparação entre os perfis dos espectros dos perfumes autênticos e apreendidos obtidos por V-EASI-MS permiti-ram classificar os perfumes suspeitos como falsificado. Os dados gerados pelo PCA indicaram três tipos de falsifica-ções distintas para os perfumes falsificados apreendidos. Conclusão - Neste trabalho foi demonstrado que a téc-nica V-EASI-MS é eficiente para a classificação de perfu-mes originais e falsificado, podendo ser facilmente imple-mentada em laboratórios forenses. Referências Bibliográficas–[1] A. Rey, E. Corbi, C. Pérès, N. David, Determination of suspected fragrance allergens extended list by two-dimensional gas chromatography-mass spectrometry in ready-to-inject samples, J. CHROMATOGR. A, 1404 (2015) 95-103.

QF 28- DETERMINAÇÃO DE COCAÍNA E SEUS ME-TABÓLITOS EM AMOSTRAS DE ESGOTO E EM AMOSTRAS DE URINA DE USUÁRIOS DA DROGA: APLICAÇÕES FORENSES CAMPESTRINI, I.1, JARDIM, W. F.1

1 Laboratório de Química Ambiental, Instituto de Química, Campi-nas, SP, Brasil. Universidade Estadual de Campinas

Nos últimos anos, a determinação de drogas ilícitas no esgo-to tem sido utilizada em aplicações forenses em vários paí-ses. Na epidemiologia do esgoto, a análise do esgoto é utili-zada para estimar a quantidade de drogas de abuso consumi-da por uma população, por meio de um cálculo baseado na concentração do biomarcador da droga no esgoto, em infor-mações sobre a estação de tratamento de esgoto (ETE) e na proporção metabólica do biomarcador da droga excretado via urina. Contudo, incertezas associadas a essa estimativa tem sido discutida. Dentre elas, a incerteza relacionada à propor-ção metabólica é citada como uma das mais importantes, considerando a ampla variabilidade do metabolismo corpó-reo entre indivíduos. Este trabalho apresenta a determinação por LC-ESI-MS/MS de sete subprodutos da cocaína (COC), incluindo a benzoilecgonina (BE), em 97 amostras de urina de usuários e em 16 amostras de esgoto coletadas em Campi-nas-SP. O objetivo foi avaliar a proporção metabólica dos subprodutos da COC em um conjunto abrangente de amos-tras de usuários da droga e avaliar se a proporção COC/BE (biomarcador para COC) no esgoto reflete a excreção uriná-ria de usuários. De maneira geral, os resultados encontrados nas amostras de esgoto não foram correspondentes às amos-tras de urina analisadas. A razão COC/BE variou entre 0,01 – 0,18 nas urinas, enquanto que no esgoto essa razão variou entre 0,33 e 0,67, mostrando níveis elevados de COC no esgoto frente aos níveis de BE. Uma explicação plausível, considerando a maior estabilidade da BE nas condições am-bientais, é a entrada de COC no sistema sanitário através da lavagem de materiais contaminados por restos da droga e, em casos extremos, do descarte irregular da droga devido a intervenções policiais. Assim, confirma-se a BE como bio-marcador da COC para fins forenses, por sofrer menor in-fluência externa. De acordo com os resultados, a proporção metabólica da BE demostrou ser determinante na estimativa do consumo de COC, sendo a proporção de 48% um valor representativo da excreção corpórea de usuários brasileiros de cocaína. Ademais, razões COC/BE maiores de 0,67 indi-cam descarte irregular de COC no sistema sanitário, sugerin-do locais de distribuição da droga na região atendida pela ETE.

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QF 29- Determinação de substâncias ativas em amos-tras de cocaína vinculadas ao tráfico internacional apreendidas pela Polícia Federal LAPACHINSKE, S. F.1,2, CAMPESTRINI, I.1, YONAMI-NE, M.1 1Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. 2Polícia Federal, Superintendência Regional de São Paulo, SP, Brasil.

O Brasil, além de, atualmente, possuir o segundo maior mercado mundial de consumo de cocaína, enquadra-se como país de transição para o tráfico internacional, princi-palmente para Europa e África. O comércio ilegal de dro-gas utilizando a internet, com entrega principalmente via serviços postais, tem aumentado nos últimos anos, passan-do de 1,2% em 2000, para 25,3% em 2014 (WDR-UNODC, 2016). O objetivo deste trabalho foi estudar a composição e a pureza da cocaína destinada ao mercado internacional, via serviços postais. Foram analisadas 20 amostras de cocaína apreendidas pela Polícia Federal entre dezembro/2015 e março/2016 em agências dos Correios de cinco estados brasileiros (SP, RJ, RS, PR e CE), com des-tino para Europa, África, Ásia e Oceania. A cocaína e os adulterantes: fenacetina, cafeína, lidocaína, 4‑ metilaminoantipirina e levamisol foram determinados por GC-NPD, empregando a bupivacaína como padrão interno (Lapachinske et al., 2013 – F.S.I, 247, 48). A pure-za das amostras de cocaína variou entre 4 e 24%, e apenas 3 delas (15%) não apresentaram adulteração. O levamisol foi encontrado em 80% das amostras analisadas, sendo o adulterante que apresentou maior frequência e, também, as maiores concentrações (3-34%) entre as substâncias deter-minadas, similarmente ao observado em estudos na Europa e Estados Unidos. Os resultados encontrados indicam ele-vada frequência de adulteração (85%) e composição simi-lar às drogas de rua disponibilizadas aos usuários brasilei-ros. Em razão da origem das apreensões, é possível que grande parte das amostras analisadas tenha sido comprada, através da internet, para consumo próprio ou para distri-buição local, justificando a elevada frequência de adultera-ção. Os resultados alertam, sobremaneira, para a saúde dos usuários, pois, devido aos seus efeitos colaterais como agranulocitose e vasculite, a utilização de levamisol, em seres humanos, está proibida desde o ano 2000 nos Esta-dos Unidos e estudos têm demonstrado intoxicação grave em usuários de cocaína adulterada com levamisol.

QF 30- ANÁLISE FORENSE EM INCÊNDIOS: CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA COM DETECTORES DE UV-VISÍVEL SOUZA, J. É. G.1, CARMO, S. K. S.2

1Graduando do Bacharelado em Ciência e

Tecnologia na UFERSA, Câmpus Pau dos Ferros 2Doutora em Engenharia Química pela Universidade Federal de Campina Grande. Professora Adjunta do curso Bacharelado em Ciência e Tecnologia na UFERSA, Câmpus Pau dos Ferros/ RN. ([email protected])

Com o crescente aumento da criminalidade, em parte devido à crise econômica, a incidência de incêndios criminosos tem atingido números alarmantes. A falta de conhecimento sobre as causas de um incêndio, afeta diretamente os profissionais que atuam na investigação, tais como bombeiros e peritos, que precisam dar respostas ao caso, além de afetar também os demais indivíduos que fazem parte daquele ambiente e podem ter inalado alguma substância tóxica no momento do acontecimento. A análise forense para identificar se uma ocorrência foi premeditada ou não se torna cada vez mais fundamental. Mas, como essas análises são feitas? Quais as metodologias adotadas? Qual a precisão e eficiência destes métodos? Buscando responder a essas perguntas, foi feito um estudo sobre as principais metodologias, a respeito da análise forense, empregada na determinação de incêndios criminosos, dentre estes, observa-se a cromatografia líquida de alta eficiência com detectores de UV-visível como uma ferramenta bastante eficaz para esta análise. Neste método, um fotômetro mede a absorção de luz dos compostos após a mesma passar pela substância (analito) que se deseja analisar, comparando, posteriormente, os resultados com a absorvidade molar dos elementos conhecidos. Como o referido método pode identificar substâncias do grupo carbonila (C=O), composto mais comum em acelerantes utilizados em incêndios, sua utilização é amplamente difundida em casos de análises forenses de incêndios.

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QF 31- CARACTERIZAÇÃO COMPA-RATIVA DO PERFIL ESPECTRAL DE MEDICAMENTOS DE MARCA, GENÉ-RICOS E FALSIFICAÇÕES POR ES-PECTROMETRIA DE INFRAVERME-LHO MÉDIO VIA REFLEXÃO TOTAL ATENUADA

COELHO NETO, J1,2, LISBOA, F.L.C3

1Seção Técnica de Física e Química Legal - Divisão de Laborató-rio - Instituto de Criminalística Polícia Civil de Minas Gerais 2Departamento de Física e Química – Instituto de Ciências Exatas e Informática 3Departamento de Engenharia Química – Instituto Politécnico Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

A espectrometria de infravermelho médio é uma técnica analítica de uso em ascensão no meio forense, principal-mente os equipamentos que operam por reflexão total ate-nuada, associados a softwares integrados de comparação automatizada de perfis espectrais e deconvolução de mis-turas, combinados ao uso de bibliotecas espectrais tanto comerciais quanto personalizadas. Neste trabalho, os perfis espectrais de alguns medicamentos comerciais, tanto de marca quanto genéricos, de diferentes laboratórios, foram comparados entre si, com o objetivo de verificar similari-dades e diferenças entre um mesmo medicamento oriundo de diferentes fontes, além de avaliar a correspondência entre os resultados de deconvolução automática e a com-posição descrita pelo fabricante. Os perfis espectrais das amostras estudadas foram obtidos a partir de espectrôme-tro modelo Nicolet iN10 FT-IR da Thermo Fisher Scienti-fic, acoplado ao módulo Nicolet iZ10 com acessório Smart Orbit para reflexão total atenuada. As análises dos perfis obtidos foram realizadas utilizando-se os pacotes de sof-tware Omnic, do próprio espectrômetro, sendo as análises de deconvolução automáticas realizadas a partir da ferra-menta de busca multi-componentes do módulo Omnic Specta. Os resultados obtidos permitiram, além da discri-minação entre os diferentes fabricantes do mesmo medica-mento, a verificação da semelhança, em nível espectral, entre as versões de marca e genérica produzidas pelo mes-mo fabricante, independentemente do laboratório respon-sável pela comercialização, bem como a identificação fácil e rápida de falsificações, mesmo que estas contenham o princípio ativo indicado. Embora o uso da espectrometria de infravermelho para diferenciação entre medicamentos originais e falsificados seja reportado na literatura a partir do início da década, a comparação e diferenciação entre diferentes formulações originais, a análise de genéricos e a avaliação da composição por deconvolução, permitindo a identificação dos componentes dos medicamentos origi-nais e das falsificações representa uma nova abordagem com aplicação prática rápida em qualquer laboratório fo-rense que disponha da técnica de espectrometria infraver-melha por reflexão total atenuada.

QF 32- RAPID DETECTION OF NBOME'S AND OTH-ER NPS ON BLOTTER PAPERS BY DIRECT ATR-FTIR SPECTROMETRY COELHO NETO, J1,2

1Seção Técnica de Física e Química Legal - Divisão de Laboratório - Instituto de Criminalística Polícia Civil de Minas Gerais 2Departamento de Física e Química – Instituto de Ciências Exatas e Informática Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Blotter paper is among the most common forms of consump-tion of new psychoactive substances (NPS), formerly re-ferred as designer drugs. In many cases, users are misled to believe they are taking LSD when, in fact, they are taking newer and less known drugs like the NBOMEs or other sub-stituted phenethylamines. We report our findings in quick testing of blotter papers for illicit substances like NBOMEs and other NPS by taking ATR-FTIR spectra directly from blotters seized on the streets, without any sample prepara-tion. Both sides (front and back) of each blotter were tested. Collected data were analyzed by single- and multi-component spectral matching and submitted to chemometric discriminant analysis. Our results showed that, on 66.7% of the cases analyzed, seized blotters contained one or more types of NBOMEs, confirming the growing presence of these novel substances on the market. Matching IR signals were detected on both or just one side of the blotters and showed variable strength. Although no quantitative analysis was made, detection of these substances by the proposed ap-proach serves as indication of variable and possibly higher dosages per blotter when compared to LSD, which showed to be below the detection limit of the applied method. Blot-ters containing a mescaline-like compound, later confirmed by GC-MS and LC-MS to be MAL (methallylescaline), a substance very similar to mescaline, were detected among the samples tested. Validity of direct ATR-FTIR testing was confirmed by checking the obtained results against independ-ent GC-MS or LC-MS results for the same cases/samples.

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QF 33- UTILIZAÇÃO DA VOLTAMETRIA DE ON-DA QUADRADA NA DETERMINAÇÃO DE COCAÍ-NA EMPREGANDO ELETRODO DE PASTA DE CARBONO QUIMICAMENTE MODIFICADO MAGALHÃES, J.(1), ELEOTÉRIO, I. C.(1) , BALBINO, M. A.(1), SOARES, A. C.(1), OLIVEIRA, M(1). F. 1Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense - Departamento de Química - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Av. Ban-deirantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto – SP –Brasil

Eletrodos de pasta de carbono apresentam vantagens como baixo custo, versatilidade na preparação e aplicação[1]. Desta forma, este trabalho apresenta uma metodologia para análise de cocaína utilizando o eletrodo de pasta de carbo-no modificado com hexacianoferrato de vanádio. A pasta de carbono foi preparada em uma proporção de 90% pó de grafite e 10% óleo mineral (m/m), o eletrodo foi modifica-do por eletrodeposição do hexacianoferrato de vanádio, contendo em solução NH4VO3 0,01 mol L-1, K3[Fe(CN)6] 0,01 mol L-1 e H2SO4 3,6 mol L-1, pela técnica de voltame-tria cíclica. Na análise da cocaína foi utilizado uma célula eletroquímica de 5 m L, eletrodo auxiliar de platina, eletro-do de pasta de carbono modificado, eletrólito de suporte LiCl 0,1 mol L-1 e a técnica voltamétrica de onda quadra-da, nas condições otimizadas para maior intensidade de corrente: f = 80 s–1, a = 40 mV, e DES = 2 mV, referente as sucessivas adições de padrão de cocaína 1x10-6 mol L-1. Observou-se um aumento proporcional na corrente de pico anódica, obtendo um coeficiente de correlação linear (r) de 0,998, e desvio padrão (DP) de 0,07, a equação linear foi ipa = 0,12 μA + 0,52 μA nmol L-1 [cocaína], sendo o limite de detecção de 0,4 nmol L-1 e o limite de quantificação em 1,3 nmol L-1. Os resultados mostram que o eletrodo pasta de carbono permitiu o desenvolvimento de um método voltamétrico para a determinação de cocaína. Referências: [1] OLIVEIRA, L. S.; et al. Voltammetric Determination of Cocaine in Using a Carbon Paste Electrode Modified with Differ-ent [UO2(X-MeOsalen) (H2O)]•H2O Complexes. Sensors, Basel, v. 13, p. 7668-7679, 2013.

QF 34- DEZ ANOS DE EXISTÊNCIA DO CURSO DE QUÍMICA FORENSE DA FFCLRP/USP CARDOZO,K.C., VELHO, J. A., BRUNI, A.T. Departamento de Química, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo,

O curso de Química Forense do Departamento de Química da Universidade de São Paulo foi iniciado em 2006 e desde então vem se desenvolvido e mudado a fim de atender às demandas inerentes às áreas de atuação profissional. O obje-tivo deste trabalho consiste em avaliar a evoucao acadêmico do curso de química forense de maneira qualitativa e quanti-tativa. A metodologia consistiu em atividades de levanta-mento de dados sobre os primeiros anos do curso de química forense, ressaltando o desenvolvimento, as principais adapta-ções, eventuais deficiências, a importância conceitual desta área interdisciplinar e seu alcance profissional. Também foi avaliado o alcance do entendimento dos processos relaciona-dos à química forense pela comunidade receptora e a impor-tância do tema dentro do processo investigativo judicial. Nesse contexto, várias atividades foram desenvolvidas, como levantamento dos dados mais importantes juntos à coordena-ção de curso; ainda, foi feito um questionário para análise da comunidade. As modificações na grade curricular, formula-ção estrutural e fusão de disciplinas para o desenvolvimento acadêmico da química forense no período do curso também foram avaliados, bem como a importância da interação com outras áreas. Por fim, tentou-se destacar a importância de seus preceitos na preservação dos direitos e no exercício da cidadania. Os resultados mostraram, entre outras coisas, al-guns pontos interessantes que aqui destacamos: de acordo com os egressos e matriculados no curso, a opção por quími-ca na USP na modalidade forense se deu por influência da expectativa em se trabalhar como perito oficial. Todavia, a respeito do questionário para a sociedade, existe uma mino-ria que não sabe o significado de química forense, assim como os termos perito, perícia judicial, a função e importân-cia do trabalho do perito.

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QF 35- USO DE ESPECTROSCOPIA NO INFRA-VERMELHO MÉDIO E PLS-DA NA DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FRAUDES EM CARNES BOVINAS IN NATURA PELA ADIÇÃO DE INGRE-DIENTES NÃO-CÁRNEOS

NUNES, K. M.1(PG), ANDRADE, M. V. O.2 (PQ), SAN-TOS FILHO, A. M. P.2 (PQ), LASMAR, M. C.2 (PQ), SENA, M. M.1,3 (PQ). 1 Departamento de Química, ICEx, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG 2 Polícia Federal,Superintendência Regional de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG 3 Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Bioanalítica, 13083-970, Campinas, SP Palavras Chave: Adulteração de carne, Análise Forense, Quimio-metria, ATR-FTIR, PLS-DA. Introdução: A adição de água, sais e outros adulteran-tes não-cárneos pode aumentar a capacidade de retenção de água na carne in natura, propiciando uma fraude econô-mica por ganho no peso. No Brasil, um grande escândalo desse tipo ocorreu em 2012, na Operação Vaca Atolada.1 O controle de qualidade da carne bovina é baseado em análises físico-químicas e microbiológicas. Entretanto, métodos simples, rápidos e diretos podem ser desenvolvi-dos para detectar fraudes, baseados em espectroscopia no infravermelho médio (MIR) e ferramentas multivariadas/quimiométricas.2 Objetivo: Desenvolvimento de métodos de classificação baseados em mínimos quadrados parciais discriminantes (PLS-DA) e espectros MIR para a detecção e caracterização de fraudes em amostras de carne bovina in natura propositadamente adulteradas (água, polifosfato, maltodextrina e carragena). Materiais e métodos: Foram injetados quatro tipos de misturas adulterantes a 10% e 30% m/m nas amostras. Em seguida, espectros de ATR-FTIR foram obtidos e modelos PLS-DA foram construí-dos. Resultados e Discussão: Os 4 modelos de classifica-ção apresentaram 100% de eficiência, ou seja, nenhum falso negativo ou falso positivo foi detectado. Avaliando-se os gráficos de VIPscores, foi possível identificar as ban-das espectrais mais significativas para cada um dos 4 mo-delos/adulterantes. Conclusão: Foi possível desenvolver modelos PLS-DA usando espectros MIR com 100% de eficiência classificatória na discriminação amostras de carne controle em relação a amostras propositadamente adulteradas. Referências Bibliográficas: 1DPF. Notícia. 2012. Disponível em: http://goo.gl/ adPvdR

2 Nunes, K. M. et al. Food Chemisty, 2016, 205, 14-22. Agradecimentos: LANAGRO/MG, Programa Ciências Fo-renses Edital 25/2014 – CAPES e FAPEMIG.

QF 36- AVALIAÇÃO DO EFEITO DE CARCAÇA SUÍ-NA SOBRE AS PROPRIEDADES QUÍMICAS DE UM LAGO ARTIFICIAL (MANAUS-AMAZONAS) BENTES, K. R. S.1; MATOS, M. S. 1; PIMENTEL, L. A. 1; LITAIFF, A. C. B. 1; VENÂNCIO, J. B. 1; MELO, R. M. S.; OLIVEIRA, T. C. S. 1

1 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universi-dade Federal do Amazonas

O Brasil aparece como terceiro país com o maior número de mortes por afogamento, ficando atrás do Japão e da Rússia. As características do clima, a vasta rede hidrográfica e o tamanho do litoral representam fatores de risco importantes para os afogamentos. Em 2010 foram registradas 777 casos de morte por afogamento sendo 215 registradas no Amazo-nas (Szpilman, 2012). No município de Manaus nos meses de julho a novembro, com altas temperaturas, os moradores procuram com maior frequência as praias de água doce tor-nando o número de acidentes maior nesse período. De acor-do com o Portal de Saúde “Datasus”, foram contabilizadas 897 mortes por afogamento acidental no período de 2000 à 2012. Para a realização de estudos acerca do complexo processo de putrefação e intervalo pós morte envolvendo óbitos por afogamento ou suspeitas de homicídio em ambiente aquático é necessário o conhecimento sobre as variações físico-químicas nas diferentes fases de decomposição de corpos humanos nesses ambientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar as mudanças ocorridas nas propriedades físico-químicas de um lago artificial mediante à sua exposição a carcaças suínas. Para a realização deste experimentos, a área de estudo foi um lago artificial localizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM), situado na zona leste da cidade de Manaus. Foram utilizados 10 espécimes de suínos (Sus scrofa domesticus) com aproximadamente 15 kg, vindos a óbito por afogamento, confinados em gaiolas e posicionados de forma equidistante ocupando todo o lago. Foram coletadas amostras de água do local antes de inserir os espécimes e após sua submersão foram realizadas observações diárias do experimento e coletadas amostras de água a cada dois dias até que se completasse o período de 20 dias. Foram realizadas as análises para os seguintes parâmetros: pH, temperatura, DQO, OD, turbidez e condutividade elétrica. Observou-se que a decomposição dos animais se deu de forma rápida, sendo que em 12 dias todos estavam na fase de restos. A partir dos resultados das análises, constatou-se a alteração nos valores dos parâmetros físico-químicos avaliados e a importância de conhecer a fundo o efeito do cadáver nas condições da qualidade da água onde está inserido, podendo dar subsídios à investigação pericial. Referências bibliográficas: David Szpilman. Afogamento - Perfil epidemiológico no Brasil - Ano 2012. Publicado on-line em www.sobrasa.org, acessado em 2 de julho de 2012, http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10am.def, acessado em 10 de julho de 2012.

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QF 39- ESTUDO DO EFEITO DE CADÁVER EN-TERRADO NA CONCENTRAÇÃO DE MACRONU-TRIENTES EM SOLO DA RESERVA ADOLPHO DUCKE (MANAUS – AMAZONAS) KARIME RITA DE SOUZA BENTES (PQ)1, ANANDA DA SILVA ANTONIO (PQ)1, LARISSA CRISTINE AN-DRADE DA COSTA (IC)1, ANA TAYNÁ CHAVES AGUIAR (IC)1, ANDREZA DA ROCHA UCHÔA DE PAULA (IC)1

1 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Uni-versidade Federal do Amazonas.

Uma das principais formas de se estabelecer o IPM consis-te na observação de determinadas características adquiri-das pelo cadáver devido aos fenômenos de decomposição. As ferramentas utilizadas para a determinação do IPM de um cadáver exposto e de um enterrado são distintas. Há diferenças entre a decomposição de ambos, pois abaixo da terra o cadáver tem menor influência da temperatura e maior da umidade e também maior ação de microrganis-mos decompositores. Baseado nessas diferenças enterrado/exposto foi criado um método de determinação de IPM para cadáveres enterrados através da análise da concentra-ção de macronutrientes no solo, liberados durante o pro-cesso. No decorrer da decomposição os macroelementos são liberados pelo cadáver através do necrochorume, que percola no solo abaixo do cadáver. Para a extração dos macroelementos no solo foram utilizados dois métodos: KCl e Mehlich 1, seguindo a metodologia do Manual de análises químicas de solos, plantas e fertilizantes da EM-BRAPA. A pesquisa trouxe resultados promissores para desenvolver um modelo baseado nos níveis de concentra-ções desses macronutrientes Mg2+, P3+, K+, Ca2+, Na+ e Al3+, como por exemplo, as concentrações de Al3+, que na região anterior e central possuem um comportamento simi-lar, onde, em alguns momentos das fases de decomposição ocorrem alguns picos de concentração do Al3+, diferenci-ando-se do comportamento da região posterior. Foi possí-vel notar que Ca2+ e K+ apresentaram maior concentração na região central nas primeiras fases da decomposição, no decorrer dos outros dias é notável que as concentrações são similares para as três regiões do porco. Buscou-se com esta pesquisa melhorar o desempenho de análises criminais no Amazonas e futuramente no Brasil, por tratar de algo ainda inexplorado no país, fazendo uma nova abordagem quanto a análise de solo, referente ao processo de decom-posição de uma carcaça exumada em solo e temperatura típicos da região amazônica. Referências bibliográficas: Benninger, Laura A., Carter, David O. e Forbes, Shari L. The biochemical alteration of soil beneath a decomposing carcass. Forensic Science International. 2008, Vol. 180.

QF 40- LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE LAUDOS PRODUZIDOS PELA PERÍCIA CRIMINAL DA POLÍ-CIA FEDERAL SOBRE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSI-COATIVAS NO PERÍODO DE 01/01/2014 A 01/03/2015 DE ROSE, N. M.1, MACHADO, L. F.1

1Polícia Federal

A determinação do perfil de apreensões de Novas Substân-cias Psicoativas (NSP), no âmbito da Criminalística da Polí-cia Federal, representa uma ferramenta fundamental no com-bate do tráfico internacional de substâncias com efeito psico-trópico, tendo em vista a crescente tendência no surgimento e consumo dessas drogas. O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) reportou um crescimento no mercado mundial relativo às NSP, no ano de 2015, em comparação com o ano de 2014, que continua sendo caracte-rizado pelo surgimento de um grande número de novas subs-tâncias. O presente trabalho reúne dados estatísticos que ava-liam esse crescimento no Brasil com base nos laudos produ-zidos pela Perícia da Polícia Federal, no mesmo período des-crito no relatório da UNODC de 2016. O objetivo do traba-lho é proporcionar uma visão geral acerca do perfil das apre-ensões de NSP pela Polícia Federal, além de avaliar se este modelo observado segue os mesmos padrões mundiais. A metodologia se baseou no levantamento de dados no Sistema de Criminalística (SISCRIM), por meio das ferramentas de busca disponíveis, usando as siglas e sinônimos comuns das substâncias de interesse, que geraram Laudos entre o período de 01/01/2014 e 01/03/2015. A partir da compilação dos dados, foi possível traçar um perfil gráfico das principais NSP analisadas nos Setores Técnicos Científicos, bem como no Instituto Nacional de Polícia. De forma geral, os resulta-dos obtidos revelam que a principal substância sintética foi o 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), seguida de ou-tras drogas clássicas, como dietilamina do ácido Lisérgico (LSD), e anfetaminas. No entanto, considerando os diferen-tes grupos de NSP classificados pela UNODC (canabinóides sintéticos, catinonas, fenetilaminas, piperazinas, cetamina, substâncias à base de plantas e outras substâncias), em suas formas de apresentação mais comuns, em comparação com as mesmas formas contendo as substâncias sintéticas predo-minantes citadas acima (MDMA, LSD...), aqueles, com algu-mas exceções, superam em até 30% estas no número total de laudos produzidos, conforme fora relatado na Informação Técnica no 18/2015-SEPLAB/DPER/INC/DITEC/DPF.

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QF 41- CLASSIFICAÇÃO DIRETA DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM SELOS APRE-ENDIDOS, USANDO ATR-FTIR E ANÁLISE DIS-CRIMINANTE MULTIVARIADA L.S.A. PEREIRA1, F.L.C. LISBOA2,3, J. COELHO NE-TO2,3, M.M. SENA1,4

1 Departamento de Química, ICEx, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil, 2 Divisão de Laboratório, Instituto de Criminalística, Polícia Civil de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil 3 Departamento de Física e Química, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil 4 Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Bioanalítica, Campinas, SP, Brasil [email protected]

As novas substâncias psicoativas (NPS) estão se espalhan-do rapidamente pelo mundo e, por falta de informação sobre seus efeitos, estão causando problemas de saúde pública. Portanto, métodos de detecção e identificação dessas drogas são fundamentais nas investigações que vi-sam o controle do tráfico. No caso das drogas consumidas em selos, o LSD tem sido substituído por NPS, especial-mente da classe das fenetilaminas. Assim, um método rápi-do e não destrutivo foi proposto para classificar as diferen-tes drogas contidas em selos apreendidos pela Polícia Civil de Minas Gerais em 2014 e 2015. Espectros de infraver-melho médio de 73 amostras de selos apreendidas foram registrados em um espectrômetro ATR-FTIR Thermo Ni-colet iZ10 com cristal de diamante, de 400 a 4000 cm-1, com resolução de 4 cm-1. As amostras foram separadas pelas classes de drogas que continham, de acordo com os laudos periciais (NBOMe, 2C-H, LSD e MAL), baseados em métodos cromatográfi-cos. Uma classe “branco” foi construída com espectros de 7 tipos de papeis comerciais. O algoritmo de Kennard-Stone foi usado, intra-classe, para separar os conjuntos de treinamento e teste. Em parte das amostras de LSD foi observado um polímero, e por isso, esta classe foi dividida em LSD1 e LSD2. A partir das 6 classes, um modelo PLS-DA (Mínimos Quadrados Parciais Discriminantes) foi criado com 9 variáveis latentes, usando pré-processamentos SNV e dados centrados no centroide de classe. O modelo foi validado quanto à veracidade, seleti-vidade qualitativa e precisão.1 A taxa de confiabilidade (RLR) média foi de 88,9%, a acordância (ACC) foi 91,1% e a concordância (CON) 86,1%. Um submodelo foi cons-truído para classificar as amostras da classe NBOMe entre as drogas 25B-NBOMe, 25C-NBOMe e 25I-NBOMe. O submodelo foi construído com 5 variáveis latentes, usando os mesmos pré-processamentos. Para este submodelo, a RLR foi 82,2%, a ACC foi 100% e a CON foi 94,4%. A classificação objetiva de diferentes drogas torna o método adequado à rotina de um laboratório forense. Além disso, o método desenvolvido é rápido, não destrutivo, de baixo custo e usa equipamento disponível nesses laboratórios. Referências: [1] C.D. Gondim et. al., Anal. Chim. Acta 830 2014 11-22 Agradecimentos à Capes, CNPq e Fapemig pelo financiamento, ao Edital CAPES Pró-Forense 025/2014 e ao programa FIP/PUC Minas

QF 42- TESTES PRELIMINARES COLORIMÉTRI-COS EM COMPRIMIDOS APREENDIDOS: O DESA-FIO NO CONTEXTO DAS NOVAS DROGAS PSICOA-TIVAS (NPS) BARBOSA, L.M.1; DA SILVA, L. C.2; NEVES, F. T. A.2

1Instituto de Criminalística, Núcleo de Perícias Criminalísticas de Bauru/SP 2 Universidade do Sagrado Coração. Bauru/SP

Introdução: As novas drogas psicoativas (NPS) são os atuais desafios analíticos em todo o mundo. Os testes preli-minares são rápidos, baratos e efetivos, porém são relativa-mente limitados a detecção de certas classes de substâncias químicas. Objetivo: Avaliar as reações de cor dos testes de Marquis e Simons em comprimidos apreendidos na região de Bauru entre janeiro de 2015 e março de 2016. Materiais e métodos: Marquis (ácido sulfúr ico concentrado/formaldeído 37%, v/v) e Simon (nitroprussiato de sódio a 1% (a), acetaldeído etanólico 50% (b) e carbonato de cálcio 2%(c)). Para a confirmação da natureza das substâncias foi utilizada a técnica de cromatografia gasosa acoplada à espec-trometria de massas (GC/MS). Resultados e Discussão: 81,25% (n= 11) reagiram com pelo menos um dos testes. 68,75% (n=11) reagiram com o Marquis. 37% (n=6) dos comprimidos apresentavam MDMA em sua composição, seguidos de 25% (n=4) que apresentavam Etilona. 18,75% (n=3) dos comprimidos que não reagiram a nenhum dos tes-tes e foram identificadas como sendo 5-MeO-MiPT. Conclu-são: O teste de Marquis apresentou um maior espectro de reação com outras substâncias alheias ao MDMA. Embora os comprimidos de Etilona apresentassem cor amarelo-esverdeada na reação de Marquis, esta reação não é satisfató-ria ao passo que cor semelhante se forma também com as anfetaminas. A união dos dois testes possibilitou o aumento de segurança para o analista para detecção somente do MDMA. Como o MDMA está presente em menos da metade dos comprimidos apreendidos, conclui-se que a realização somente destes dois testes preliminares colorimétricos como única técnica de determinação, mesmo que preliminar, de substâncias psicoativas em comprimidos é insuficiente. Referências Bibliográficas: United Nations Office on Drug and Crime. The challenge of new psychoactive substances, 2013. La-naro et.al. Identificação química da clorofenilpiperazina (cpp) em comprimidos apreendidos. Quimica nova. Vol. 33, No. 3, 725-729, 2010.

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QF 37- COMPRIMIDOS APREENDIDOS PELA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL: UMA ABORDAGEM ANALÍTICA PLÁCIDO KM1,3, FAÚLA, HSN1,3, FERREIRA BM3, WANDERLEI LS1, RAMALHO ED2,3, SALUM LB2,3, ARANTES LC2,3

1Universidade de Brasília – UnB 2Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal – IC/PCDF 3Fundação de Peritos em Criminalística Ilaraine Acácio Arce

O mercado mundial para drogas sintéticas continua em expansão. Os últimos relatórios anuais sobre drogas (UNODC, 2015 e EMCDDA, 2016) indicam um forte au-mento nas apreensões de metanfetamina (elevação de 158% a mais nos últimos 5 anos) e uma significativa, po-rém menor, redução nas apreensões de metilenodioxime-tanfetamina, mais conhecida como “ecstasy” (diminuição de 15% no mesmo período). No Brasil, o comércio de “ecstasy” continua o maior entre os Estimulantes Tipo Anfetamina (ATS), sendo comprimidos a forma mais co-mum de apreensão. É também impressionante a quantidade de novos estimulantes que surgem quase semanalmente. Esses novos ATS impõem às instituições de repressão ao tráfico de drogas e, mais especificamente, aos laboratórios forenses grandes desafios analíticos. Para poderem identi-ficar as substâncias contidas nas diferentes apreensões de comprimidos, os laboratórios forenses devem ter a sua disposição técnicas analíticas complementares, profissio-nais especialistas e atualizados, bem como, métodos com-patíveis e padrões analíticos de referência. Neste trabalho, apresentamos uma nova abordagem analítica em desenvol-vimento na Seção de Perícias e Análises Laboratoriais que visa a identificação dos novos estimulantes apreendidos. As mudanças implementadas no processamento inicial de amostras e nos métodos analíticos permitiram o retorno a uma identificação de uma ou mais substâncias controladas em mais de 95% das apreensões de comprimidos. Antes das mudanças implementadas, não estavam sendo detecta-das substâncias controladas em mais de 30% das apreen-sões. Os principais ATS apreendidos continuam sendo MDMA e clobenzorex, entretanto um número cada vez mais de novos estimulantes vêm sendo observados. A con-firmação desses novos estimulantes tem sido extremamen-te lenta e cara para os cofres públicos devido os elevados custo e burocracia associados à aquisição de padrões analí-ticos de substâncias controladas ou proscritas. Apoio Financeiro: FAPDF, FPCIAA, PCDF. Agradecimento: SPAL/IC/PCDF

QF 38- EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO BRO-DIFACOUM EM RATICIDA COMERCIAL FERNANDES, L. A. T.1; SEIBERT, E. L.2; ULYSSEA, M3; ESCORSIN NETO, J4. 1. Aluna de Pós Graduação do Instituto de Pós-graduação e Gradua-ção - Unidade de Curitiba 2. Pesquisador do Departamento Acadêmico de Química e Biologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Curitiba 3. Perita Criminal Chefe do Laboratório de Ciências Químicas e Biológicas da Polícia Cientifica do Paraná 4. Perito Oficial Toxicologista do Laboratório de Toxicologia da Polícia Científica do Paraná.

Pedaços e farelos dos pellets de raticidas comercializados chegam ao laboratório do instituto de criminalística do Para-ná tirados de alimentos como café e chá. Portanto, métodos de determinação dos seus princípios ativos, que são princi-palmente derivados cumarínicos, são indispensáveis em in-vestigações forenses. Porém, os produtos comercializados apresentam uma baixa concentração desses compostos em sua composição o que torna sua análise difícil. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um método para extrair o cumarínico brodifacoum de amostras comerciais e determina-lo através de cromatografia líquida de alta eficiên-cia (CLAE) com detector de arranjo de diodos (DAD). A extração foi realizada no Laboratório de Química Analítica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), sede Ecoville, e o restante da análise no Laboratório de Ciên-cias Químicas e Biológicas do Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba. Foi apresentada uma metodologia para determi-nação do brodifacoum em iscas peletizadas do raticida co-mercial baseando-se no método previamente proposto por MESMER e SATZGER (1995) que requer menos de 10 mg de amostra. O método para extração envolve banho de ultras-som e análise por CLAE-DAD. Foi possível determinar o composto sem precisar de extensas etapas de limpeza. Foram estimados limites de detecção (LD) e quantificação (LQ) em 0,153 e 0,510 mg L-1 respectivamente e recuperação de 51, 61 e 62% para 3 diferentes marcas de raticida. A partir des-ses números soube-se que o método proposto nesse trabalho possibilita a utilização de 2 mg do pellet em análises com fins qualitativos e 5 mg em análises com fins quantitativos, considerando-se as porcentagens de recuperação deste traba-lho. O procedimento mostrou-se passível de ser utilizado pelo laboratório do Instituto de Criminalística do Paraná em suas análises rotineiras envolvendo amostras de pellets ou resíduos provindos de bebidas, como chá e café, suspeitas de conter brodifacoum, principalmente em razão do maior inte-resse qualitativo da análise.

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QF 43- IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE 4-BROMOMETCATINONA ENCONTRADA EM COMPRIMIDOS APREENDIDOS NO ESTADO DE GOIÁS

SOUZA L. F.*1,2, MARTINI A. L.1, BRAGA P. C. C. S.1, VIEIRA T. S.2,3; LIÃO L. M.2

1Polícia Técnico Científica do Estado de Goiás. 2Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás 3Instituto Federal do Tocantins, Campus Araguatins

As novas substâncias psicoativas (NSP) ilícitas apreendi-das em diversos países, refletem um problema mundial emergente em nossa sociedade. Neste cenário, um número crescente de catinonas sintéticas têm aparecido no merca-do europeu de drogas durante os últimos anos, inclusive a 4-bromometcatinona (4-BMC ou brefedrona)1,2. Apesar desta substância estar inserida na base de dados de espec-tros de massas da SWGDRUG3, a identificação somente através da técnica de cromatografia gasosa com detecção por espectrometria de massas e ionização por impacto de elétrons (CG/EM/IE), torna difícil a distinção entre os isô-meros de compostos aromáticos substituídos4. Assim, os comprimidos apreendidos foram submetidos a análises de Ressonância Magnética Nuclear no Laboratório de RMN do IQ-UFG, em um espectrômetro BRUKER Avance III 500 de 11,75 T. Para isso, as amostras foram pulverizadas em almofariz, sendo 15 mg transferidos para um frasco eppendorf, ao qual foram adicionados 600 mL de metanol deuterado (CD3OD) constituído com 0,05% de tetrametil-silano (TMS), sendo filtrado diretamente em tubo de RMN. O espectro de RMN de 1H indicou a presença ma-joritária das substâncias 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA) e bromometcatinona, com o substituinte bromo na posição para, sendo ainda as estruturas confirmadas através dos experimentos bidimensionais HSQC e HMBC. Portanto, o emprego da técnica de RMN demonstrou-se fundamental na elucidação estrutural inequívoca da subs-tância 4-BMC, tendo em vista as limitações da técnica de CG/EM/IE. 1. CAUDEVILLA-GÁLLIGO, F. et al. Human Psychopharmaco-logy: Clinical and Experimental, 2013, 28, 4, 341–344. 2. ZUBA, D. Problems of Forensic Science, 2014, 100, 359–385. 3. SWGDRUG MS Library Version 2.4. http://www.swgdrug.org/ms.htm. 4. ZAITSU, K. et al. Forensic Toxicology, 2008, 26, 2, 45–51. FAPEG, FINEP, CNPq, CAPES, SSP-GO

QF 44- DISCRIMINAÇÃO DE RESÍDUOS DE DISPA-RO DE ARMAS DE FOGO POR FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X POR REFLEXÃO TOTAL E ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS FERREIRA, L. P.1; NASCENTES, C. C.1; VALLADÃO, F. N.2; LORDEIRO, R. A.2

1 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universi-dade Federal de Minas Gerais 2 Seção Técnica de Química e Física Legal do Instituto de Crimina-lística da Polícia Civil de Minas Gerais A determinação do tipo de munição deflagrada por meio da análise química de resíduos de disparo de arma de fogo (gunshot residue – GSR), que se depositam nas mãos do atirador, é decisiva para confirmação ou exclusão de um sus-peito como autor do crime. Nesse contexto, este trabalho teve por objetivo discriminar GSR de munições convencio-nais de cinco diferentes calibres por Fluorescência de Raios X por Reflexão Total (TXRF) e Análise de Componentes Principais (PCA). Amostras de GSR foram coletadas, em triplicata, das mãos de atiradores voluntários com swabs umedecidos com água Milli-Q [1] nas regiões do dorso e da palma próximas à prega interdigital, imediatamente após um e três disparos. Também foram coletadas amostras-controle da água, da arma, da mão do atirador antes do(s) disparo(s) e do corpo. As munições avaliadas neste estudo foram: CBC 9 mm Luger encamisada deflagrada por pistola Taurus 9mm 24/7 G2, CBC .38 SPL chumbo deflagrada por revólver Tau-rus .38 SPL RT 82, S&WL, .32 semi-encamisada deflagrada por revólver S&WL .32, CBC .380 +P ARC 15 ponta oca encamisada gold deflagrada por pistola IMBEL .380 e CBC .40 SW AWX72 ponta plana encamisada deflagrada por pistola IMBEL .40. Os swabs foram armazenados em tubos de polietileno de 5,0 mL com tampa, nos quais se adi-cionou 490 µL de HNO3 5% v/v e 10 µL de Ga 100 mg L-1 (padrão interno). Esse conjunto foi sonicado em banho de ultrassom por 5 min para extração dos analitos. Depositaram-se 10 µL dessa solução em discos de quartzo para análise por TXRF (S2 PICOFOXTM, Bruker). As concentrações de Al, S, K, Mn, Fe, Ni, Cu, Zn, Br, Sr, Sb, Ba e Pb foram importa-das para o software MATLAB® 7.9 e o pré-processamento por centralização na média e o PCA foram executados utili-zando o PLS Toolbox®. Os resultados mostraram que as tri-plicatas de 1 e 3 disparos foram separadas para as munições de calibre .32, .38 .380 e 9 mm no gráfico de scores PC1x-PC2, que explicam 91,77% da variância. A munição de cali-bre .40 não separou adequadamente. O elemento de maior loading em PC1 é o S, proveniente do Sb2S3 utilizado como combustível, e o elemento de maior loading em PC2 é o Ba, proveniente do Ba(NO3)2, utilizado como oxidante, ambos presentes na espoleta [2]. O S tem maior contribuição na munição de calibre .32 e o Ba, na munição .380. O método proposto é simples e possibilitou a discriminação de GSR de quatro das cinco munições estudadas, sendo uma alternativa para os laboratórios de perícia. [1] Tarifa, A.; Almirall, J. R. Science and Justice 55 (2015) 168. [2] Yañez, J. Microchemical Journal 101 (2012) 43. Agradecimentos: À CAPES, FAPEMIG, ao Instituto de Cr imi-nalística da PC-MG e ao perito criminal Paulo Eduardo Nunes An-drade Barbosa.

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QF 45- ESTUDO ELETROQUÍMICO DO DELTA-9-TETRAIDROCANABINOL UTILIZANDO ELETRO-DO IMPRESSO DE CARBONO QUIMICAMENTE MODIFICADO COM COMPLEXOS DO TIPO BASE DE SCHIFF [Cu(Salophen)]. BALBINO, M.A.1,2, ELEOTÉRIO, I.C.1,2, CRUZ-JUNIOR, J.W.1,3, SILVA, R.S.M.1, CASTRO, A.L.1, MCCORD, B.R.2, OLIVEIRA. M.F.1

1 – Departamento de Química, Grupo de Estudos em Eletroquí-mica e Química Forense, FFCLRP/USP, Ribeirão Preto-SP,14040-901, Brasil 2 - Department of Chemistry and Biochemistry – International Forensic Research Institute – Florida International University – Miami, FL 33199 – Estados Unidos.. 3 - Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC- Blumenau-SC, 89065300, Brasil.

Nos últimos anos, nota-se a busca por metodologias e téc-nicas para a detecção/análise de drogas de abuso em que não haja resultados inconclusivos, falso-positivos ou falso-negativos [1,2]. Os sensores eletroquímicos estão associa-dos a portabilidade, baixo custo, facilidade de operação e robustez, sendo alguns destes reportados em literatura na análise de Delta-9-tetraidrocanabinol (∆9-THC), substân-cia psicoativa da maconha [2-4]. Os eletrodos impres-sos tem a vantagem de serem versáteis, pois os eletrodos de referência e auxiliar estão reunidos em um único dispo-sitivo. Visando um aumento da sensitividade e seletivida-de, este trabalho tem por objetivo apresentar os resultados da análise de padrão de ∆9-THC utilizando eletrodo im-presso de carbono quimicamente modificado com a Base Schiff [Cu(Salophen)]. O eletrodo impresso de carbono BVT AC1W4R1 foi utilizado e submetido à modificação química pelo método “drop coating”, onde uma quantidade de 10 µL (1mg/mL em acetonitrila) do modificador quími-co foi adicionada à superfície do eletrodo. Após a seca-gem, o estudo da estabilidade do filme foi realizado utili-zando o potenciostato Metrohm Autolab 128 N. e adicio-nados 20 µL eletrólito de suporte KNO3 0.15 mol L-1 à superfície do eletrodo. Utilizando uma solução padrão de ∆9-THC (Cerilliant) diluída em metanol com uma concen-tração de 0.1 mmol L-1, adotando parâmetros experimen-tais reportados em literatura [2-4], a influência da concen-tração e tempo de pré-concentração foram investigados. Em um estudo comparativo entre eletrodos impressos sem modificação, observou-se a intensidade do sinal em até 5 vezes maior quando a voltametria de onda quadrada é apli-cada, otimizando assim a sensibilidade e reduzindo o con-sumo de materiais (reagentes, amostras e vidrarias, por exemplo). Referências 1 – Martinis BS, Oliveira MF. Química Forense Experimental. São Paulo, Cengage, 2015. 2 – Journal of Forensic Sciences, DOI: 10.1111/1556-4029.13059 3 – Journal of solid State electrochemistry DOI 10.1007/s10008-016-3145-3 4 - Electroanalysis 2013, 25, No. 12, 2631–2636

QF 46- ANÁLISE VOLTAMÉTRICA DO EXTRATO DE CANABINÓIDES POR ELETRODO IMPRESSO DE CARBONO MODIFICADO COM BASE SCHIFF [CU(SALEN)]. BALBINO MA1,2 ,MAGALHÃES J1, ELEOTÉRIO IC1,2, CRUZ-JUNIOR JW1,3, SILVA RSM1, MCCORD BR2, OLI-VEIRA MF1

1 – Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense, Departamento de Química, FFCLRP/USP, Ribeirão Preto-SP,14040-901, Brasil 2 - Department of Chemistry and Biochemistry – International Forensic Research Institute – Florida International University – Miami, FL 33199 – United States of America. 3 - Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC- Blumenau-SC, 89065300, Brasil.

Métodos eletroquímicos tem como princípio o estudo das informações geradas por meio de curvas corrente/potencial [1]. Durante os últimos anos, a aplicação desta técnica em análises forenses tem despertado grande interesse em pesqui-sadores de todo o mundo por algumas questões tais como baixo custo, facilidade de manuseio e operação, além da ro-bustez nos resultados. Na literatura, alguns trabalhos foram reportados na detecção de delta-9-tetraidrocanabinol (∆9-THC), substância psicoativa da maconha [2-3]. No entanto, não foram encontrados trabalhos utilizando bases Schiff [Cu(Salen)] como modificador químico do eletrodo, visando aumentar a sensitividade e seletividade perante o extrato de canabinóides. Este trabalho tem por objetivo apresentar os resultados utilizando eletrodo impresso de carbono quimica-mente modificado com a Base Schiff [Cu(Salen)]. Inicial-mente, o eletrodo (BVT AC1W4R1, Ø=2mm) foi submetido ao teste com K3FeCN6 1,0 x 10-3 mol L-1 em meio aquo-so KNO3 0.15 mol L-1. A segunda etapa do estudo consistiu em modificar quimicamente a superfície do eletrodo de car-bono pelo método “drop coating” utilizando uma quantidade de 10 µL (1mg/mL em acetonitrila) da solução do modifica-dor químico. Após a secagem, o estudo da estabilidade do filme foi realizado utilizando o potenciostato Metrohm Auto-lab 128 N e adicionados 20 µL eletrólito de suporte KNO3 0.15 mol L-1 à superfície do eletrodo. O dispositivo foi sub-metido à analise voltamétrica de utilizando uma solução de extrato de canabinóides diluída em metanol. Os parâmetros experimentais foram ajustados de acordo com aqueles repor-tados em literatura [2-4]. Verificou-se um pico de corrente anódica em 0,4 V vs. Ag nas modalidades cíclica e onda quadrada, uma diferença de 0,15 V VS. Ag em relação a análise voltamétrica da solução padrão de ∆9-THC padrão. O aumento da concentração se mostrou proporcional a resposta amperométrica. Tal modificador permitiu a detecção em amostras impuras do extrato de canabinóides e intensificou a resposta amperométrica em até 2,5 vezes em comparação com o eletrodo sem modificação. Referências 1 – Rev. Virtual Quim., 2013, 5 (4), 516-5374 2- Electroanalysis 2013, 25, No. 12, 2631–2636 3 - Journal of Forensic Sciences, DOI: 10.1111/1556-4029.13059

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QF 47- UTILIZAÇÃO DE ESPECTROMETRIA DE MASSAS COM FONTE DE PLASMA INDUTI-VAMENTE ACOPLADO COMO RECURSO PARA A IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE ARMAS DE FOGO MARTINELLI, M.1, BORGES, R.2

1Biólogo e Especialista em Gestão Florestal – UFPR e Perícia Criminal e Ciências forenses – IPOG 2Policial Federal e Perito Criminal do Departamento de Polícia Federal e Docente do Curso de Pós-Graduação em Perícia Crimi-nal e Ciências Forenses – DPF / IPOG

Introdução: A utilização cada vez maior do resultado das análises na identificação da presença de resíduos de um disparo, visando identificar o autor ou estabelecer um diferencial entre a ocorrência de homicídio ou suicídio, confere relevância significativa a esse tipo de análise. Ob-jetivos: Avaliar as diversas formas de análise de resíduos de armas de fogo e enfatizar a metodologia de ICP-MS como alternativa viável. Materiais e Métodos: Através da bibliografia existentente, avaliar as diversas técnicas uti-lizadas para identificar resíduos de armas de fogo, tais como: “Rodizonato de Sódio”; “Reativo de Griess”; Análise por “Ativação de Nêutrons” (NAA); “Espectrofotometria de Absorção Atômica” (AAS); téc-nica de “Microscopia Eletrônica de Varredura” (MEV), e a análise por “Espectrometria de Massas com Fonte de Plas-ma Indutivamente Acoplado” (ICP – MS); alvo de estudo deste trabalho. Resultados e Discussão: Trata-se de uma metodologia acessível, identificando com facilidade os resíduos em uma ampla faixa de elementos químicos, sen-do encontrados desde os níveis mais elevados àqueles quase imperceptíveis por outras metodologias, denomina-dos traços e ultratraços. De procedimento analítico rápido, determina elementos como antimônio (Sb), bário (Ba) e chumbo (Pb), entre muitos outros. Conclusão: Por sua eficiência, mostra-se como importante ferramenta na in-tensa demanda por esclarecimentos de homicídios, indi-cando precisamente a “assinatura química” nas mãos do atirador, em relação às outras técnicas de análise aqui men-cionadas. Referências Bibliográficas: REBOLEIRA, Nuno Gonçalves Inácio. Caracterização química de resíduos de pólvora na identificação de munições. Univer-sidade de Lisboa, Dissertação de Mestrado, Pós-Graduação em Química, 2013. SARKIS, Jorge Eduardo Souza. Espectrometria de massas. Química Forense sob olhares eletrônicos. Campinas: Editora Millenium, vol 1, 2ª Edição, 2005. TOCAIA, Edson Luis; SARKIS, Jorge Eduardo de Souza; RO-DRIGUES, Cláudio. Identificação de resíduos de disparos de armas de fogo por meio da técnica de espectrometria de massas de alta resolução com fonte de plasma indutivo. São Paulo: Química Nova, 2004. TOCCHETTO, Domingos. Balística forense: aspectos técnicos e jurídicos. 5ª Edição. Campinas – SP: Ed. Millenium, 2011.

QF 48- A VIABILIDADE DO USO DO KIT IDENTA IDT 9000 NO EXAME PRELIMINAR DE DROGAS DE DESENHO LUCENA, M. C. C.1

1Polícia Federal (PF), Fortaleza – CE, Brasil. Laboratório de Química do Setor Técnico Científico da Superinten-dência Regional da PF no Ceará.

Introdução: Na pr imeira década do século XXI houve um aumento no número de apreensões de drogas de desenho (drogas planejadas, ou seja, análogos estruturais) ilícitas em todo o mundo1. Existe uma grande dificuldade na análise destas substâncias em virtude da versatilidade das modifica-ções ocorridas nas moléculas e à velocidade com que elas surgem no mercado, sendo mais rápido o desenvolvimento de novas moléculas do que de métodos adequados para iden-tificação inequívoca2. Diferentemente das drogas clássicas, a maioria destes compostos não possui metodologias específi-cas para realização de triagens utilizadas na rotina laboratori-al3. Objetivo: Este trabalho propõe a ver ificação da viabi-lidade do Kit teste de drogas da IDenta IDT 9000 -10 nas análises preliminares aplicadas à drogas de desenho. Materi-ais e Métodos: Neste trabalho foram testadas amostras de drogas de desenho apreendidas no Ceará, amostras padrões e amostras de controle nas formas de comprimido, pó e líqui-das. A metodologia adotada foi à recomendada no Cartão de Procedimento para IDT 9000. O kit teste estudado consiste basicamente de uma sonda com um coletor de amostras de ponta adesiva para micro partículas, uma sequência de dois reagentes acondicionados em ampola de vidro segura, dentro de um reservatório de plástico rígido e uma janela de resulta-do de testes que permite visualizar a coloração obtida após uma sequência de sete passos que ao final, se confronta com um padrão de cor de acordo com uma lista de substâncias propostas. As substâncias capazes de ser identificadas preli-minarmente por esse kit são: heroína branca, metanfetami-nas, anfetaminas, ecstasy/MDMA, metadona, quetamina, PCP, PMA, DMT, MDPV, mefedrona, PMMA, mCPP, MPA, bufedrona, MDPBP, catinona, metacatinona e metilo-na. Resultados e Discussão: Todas as amostras testadas apre-sentaram resultados colorimétricos compatíveis com a amos-tra pesquisada considerando o confronto frente à lista de substâncias propostas. Conclusão: Os resultados mostraram que se trata de um sistema viável para realização de análise preliminar, porém de forma inespecífica.

Referências Bibliográficas:

(1) Moro, E. T. et al.; Rev. Bras. Anestesiol.v. 56, nº 2. 2006.

(2) Peters, F. T. et al.; Drug Monit.,v. 32. 2010.

(3) Bulcão, R et al; Rev. Química Nova, v. 35, Nº 1. 2012.

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QF 49- BOCAS DE CHUMBO: DETERMINAÇÃO VOLTAMÉTRICA DE CHUMBO EM AMOSTRAS DE BATOM RIBEIRO, M. F. M 1.; OIYE, E. N.1; TADINI, M. C. 1; KATAYAMA, J. M. T.1; OLIVEIRA, M. F.1. 1 GEEQFor - Departamento de Química – FFCLRP – USP - Av. Bandeirantes 3900 – Ribeirão Preto, SP

A variedade de cosméticos disponível no mercado brasilei-ro é muito grande, principalmente a de batons em embala-gens destinadas ao público infantil. A composição deste cosmético é muito questionada acerca do nível de chumbo presente e órgãos regulamentadores, como Health Canada, colocam o limite de 10 ppm de chumbo em produtos a serem aplicados sobre a pele. Tal controle sobre sua con-centração é justificada pela sua toxicidade ao sistema cir-culatório e nervoso. O Food Drug Administration (FDA) já fez um levantamento das marcas de maior participação no mercado e encontrou níveis que variavam de 0,03 a 7,19 ppm. Visando investigar o teor de chumbo em batom, cu-jos rótulos não continham selo de certificação da Anvisa, aplicou-se a análise de Voltametria de Onda Quadrada Adsortiva em amostras preparadas por digestão ácida, com o objetivo de propor um procedimento simples para a quantificação voltamétrica de chumbo em batom direcio-nado para uso infantil (3 batons e 1 gloss), e posteriormen-te a comparação dos valores. Para o tratamento de amostra, utilizou-se de uma metodologia já descrita em literatura, com ácido nítrico e aquecimento por 10 horas. A análise dessas soluções foi feita com os eletrodos de ouro, Ag/AgCl (saturado) e platina, como eletrodos de trabalho, referência e auxiliar, respectivamente, e uma solução con-tendo 10,0 mmol L-1 de NaCl em ácido nítrico 15% (v/v), como eletrólito suporte. Após a otimização do sistema, frente à acidez da solução e parâmetros experimentais, recorreu-se ao método de adição de padrão para a quantifi-cação. Os resultados acusam a presença de chumbo em concentrações que variam de 113 a 402 ppm, expondo o risco que crianças estão sujeitas a usarem produtos sem nenhuma regulamentação, considerando apenas a aparên-cia da embalagem. Por fim, coloca-se em pauta a necessi-dade de um rigoroso controle desses produtos que estão disponíveis para o público infantil. Referencias Bibliográficas: Health Canada, Draft Guidance on Heavy Metal Impurities in Cosmetics; BONFIL, Y. et al, Analytica Chimica Acta, 464 : 99, 2002; AL-SALEH, I. et al, Regulatory Toxicology and Pharmacology, 54: 105, 2009.

QF 50- ESTUDO TEÓRICO DOS POLISILOLES CO-MO DETECTORES DE MATERIAL EXPLOSIVO EM PERÍCIA DE INCÊNDIO. PEDRINA, N. J., BRUNI, A. T. Departamento de Química, FFCLRP, Universidade de São Paulo

O tema principal deste estudo corresponde a moléculas co-nhecidas como polisiloles, que podem, por meio de proprie-dades de emissão, indicar se há vestígios de contaminação por explosivos. O objetivo principal foi avaliar se há viabili-dade no estudo teórico dessas moléculas para determinar as principais propriedades e avaliar seu uso na detecção de ma-teriais explosivos em incêndios. Neste trabalho foram estu-dados polisiloles de 5 e 6 membros. A metodologia consistiu de levantamento bibliográfico acerca desses compostos a fim de entender suas peculiaridades e as possíveis potencialida-des forenses, levando em consideração as questões que de-vem ser respondidas para os delitos de incêndio. Para o estu-do teórico, programas de código aberto foram utilizados para a construção da molécula e cálculos das propriedades. Os principais programas utilizados foram o ORCA® e o MO-PAC para determinar a energia, estrutura e propriedades das moléculas. Resultados prelimares mostraram que os métodos semi-empíricos AM1 e PM3 foram compatíveis para deter-minar as estruturas de mínima energia. No entanto, uma abordagem com métodos ab-initio está sob avaliação, com o objetivo de confirmar os resultados preliminares. Como esta é uma molécula relativamente nova e o tema ainda é pouco abordado, não se encontram muitos dados na literatura sobre a polisilole, possibilitando assim um leque de estudos inova-dores sobre sua propriedade e utilizações. Liu J, Lam JWY, Tang BZ. Aggregation-induced emission of silole molecules and polymers: Fundamental and applications. J Inorg Organomet Polym Mater. 2009;19(3):249-285. doi:10.1007/s10904-009-9282-8.

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QF 51- AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE MARCADOR LUMINESCENTE NO TAMANHO DE PARTÍCULAS GSR. JATOBÁ, R.1, AROUCA, A. M.1,2, TALHAVINI, M.4, WEBER, I. T.1,3

1 Instituto de Química, Universidade de Brasília, 70904-970, Brasília, Brasil. 2 Instituto Federal Brasília, Campus Samambaia, Subcentro Leste – Complexo Boca da Mata Lote 02, 72302-300, Samambaia, Brasil. 3 PGMTR-CCEN, Universidade Federal de Pernambuco, Avenida Professor Luiz Freire , S/N , Cidade Universitária, 50740-540, Recife, Brasil. 4 Instituto Nacional de Criminalística, Polícia Federal Brasileira, SAIS Quadra 07, Lote 23, 70610-200 Brasília, DF, Brasil.

O desenvolvimento da munição livre de chumbo (NTA) trouxe um benefício para a saúde dos profissionais que necessitam realizar tiros com frequência. Contudo, nesta munição não há a presença de elementos característicos que possibilitem a identificação dos resíduos de tiro (GSR), sem a exclusão de uma possível contaminação am-biental ou ocupacional. Visando contribuir com a identifi-cação de GSR produzido por munição NTA, nosso grupo desenvolveu uma série de marcadores luminescentes, que ao serem adicionados à munição geram resíduos lumines-centes (LGSR), os quais podem ser visualizados e coleta-dos nas mãos e pertences do atirador e nas armas. Como estes marcadores se destinam principalmente a munições do tipo NTA (embora possam ser usados em qualquer tipo de munição), é natural que eles necessitem ser atóxicos. Independentemente da composição química, partículas com diâmetro abaixo de 2,5 µm apresentam um elevado potencial de toxicidade, pois podem escapar das barreiras naturais do organismo e acessar as vias aéreas, originando diversos problemas de saúde2. Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito da introdução dos marcadores luminescentes na distribuição do tamanho de partículas GSR gerado por munição NTA. Para tal, foram compara-dos os padrões de distribuição de tamanho de partícula de GSR e de LGSR, com o intuito de analisar se há alguma mudança significativa em seu comportamento devido a presença do marcador. Foram realizados quatro disparos utilizando uma pistola Glock G17 e munição NTA 9 milí-metros marcada com 10% em massa do marcador lumines-cente isoestrutural à MOF MIL-78. O experimento foi rea-lizado em triplicata no stand de tiros do INC-DPF. Após a realização dos disparos, o LGSR foi coletado na mão do atirador por meio de um stub recoberto com fita de carbo-no, segundo normas da PCF para coleta de GSR. As amos-tras foram analisadas por MEV/EDS com software análise de GSR (INCAGSR) para quantificação e determinação do tamanho das partículas de GSR. Os resultados mostraram que não houve um aumento significativo na quantidade de partículas com tamanho menor que 2,5 µm e, portanto, que a adição do marcador não aumenta a toxicidade do GSR relacionada ao tamanho do material particulado inalado pelo atirador. (1) Weber, I. T et al. Forens, Sci. Int. 244 (2014), 276–284. (2) Yue, W. et al. Science of The Total Environment 343 (2005), 261-272. Agradecimentos: NEQUIFOR, CAPES-PROFORENSE, FAPDF, CNPq, FACEPE e a Polícia Federal Brasileira.

QF 52- DETERMINAÇÃO DA DISTÂNCIA DO DISPA-RO EM FUNÇÃO DO PADRÃO DE DISPERSÃO DE LGSR. JATOBÁ, R.1, AROUCA, A. M.1,2, TALHAVINI, M.4, WEBER, I. T.1,3

1 Instituto de Química, Universidade de Brasília, 70904-970, Brasília, Brasil. 2 Instituto Federal Brasília, Campus Samambaia, Subcentro Leste – Complexo Boca da Mata Lote 02, 72302-300, Samambaia, Brasil. 3 PGMTR-CCEN, Universidade Federal de Pernambuco, Avenida Professor Luiz Freire , S/N , Cidade Universitária, 50740-540, Recife, Brasil. 4 Instituto Nacional de Criminalística, Polícia Federal Brasilieira, SAIS Quadra 07, Lote 23, 70610-200 Brasília, DF, Brasil.

A identificação do padrão de dispersão dos resíduos de tiro (GSR) na superfície do alvo ou vítima pode auxiliar na identificação da distância da qual foi realizado o tiro, entretanto esta não é uma tarefa simples, especialmente para tiros realizados a longa distância (superior a 1,0m)1. Nosso grupo desenvolveu uma série de marcadores luminescentes, que ao ser adicionado à munição, produz um resíduo de tiro luminescente (LGSR) tanto nas mãos do atirador quanto na superfície do alvo ou vítima2. O objetivo desse trabalho é analisar a possibilidade de estimar a distância em que o disparo foi efetuado com base no padrão de dispersão do LGSR depositado sobre um alvo de tecido. Foram estudadas 4 distâncias (6, 30, 60 e 120cm), as quais caracterizam situações de quase-contato, distância intermediária e longa distância. Utilizando uma arma Glock G17 e munição NTA 9mm, contendo 6% em massa do marcador luminescente isoestrutural à MOF MIL-78, o atirador realizou 1 disparo sobre o alvo. O alvo utilizado foi um pedaço de tecido de algodão preto (30x30cm²) apoiado em uma placa de papelão, para simular a vestimenta de uma vítima. Após a realização dos disparos, foram obtidas as imagens do padrão de dispersão do LGSR sobre os alvos usando o comparador vídeo espectral (VSC 6000). Observou-se que o padrão de dispersão do LGSR é bastante semelhante ao do GSR convencional3, e que a sua visualização é bastante fácil. Também foram feitos 3 testes à cega, nos quais um atirador realizou um disparo a uma das distâncias definidas no primeiro experimento e o alvo contendo LGSR foi entregue a um analista que desconhecia a distância de tiro. Por meio de comparação com os padrões gerados anteriormente, o analista estimou a distância do atirador em cada disparo. Foi possível identificar corretamente a distância escolhida pelo atirador em todos os 3 experimentos. Desta forma, concluiu-se que o padrão de dispersão de LGSR sobre tecidos pode auxiliar na estimativa de distância de tiro, inclusive para disparos realizados a longa distância (d>1,0m). (1) López-López, M. & García-Ruiz, C. Foren. Sc. Intern., 239 (2014), 79–85. (2) Weber, I. T et al. Forens, Sci. Int. 244 (2014), 276–284. (3) Glattstein, B. et. al. J. Foren. Sci. 45 (2000), 801–806. Agradecimentos: NEQUIFOR, CAPES-PROFORENSE, FAPDF, CNPq, FACEPE e a Polícia Federal Brasileira.

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QF 53- ANÁLISE E PERSPECTIVAS SOBRE EXPE-RIMENTOS DE QUÍMICA PARA INCORPORAÇÃO NO PROJETO CIÊNCIA INTERATIVA RAPHAELA OLIVEIRA DOS SANTOS1, MAVIONE DE JESUS PRIMO2, JOANA BLEZA CUNHA GON-ÇALVES3, ANA PAULA SILVA SOUZA SANTOS4, CLARA CASTRO DE BRAGA5 E DANILO ALMEIDA SOUZA6

1 Universidade Estadual de Santa Cruz/ UESC, Ilhéus-BA Grupo de Pesquisa: Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente – IFBA. 2, 3, 4, 5 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia/ IFBA, Câmpus Ilhéus: voluntários e bolsistas do projeto. 6 Grupo de Pesquisa em Nanomateriais, Física Atômica e Mole-cular, Energias Renováveis e Ensino de Física – IFBA

Os espaços de educação não formal, sobretudo os centros e museus de ciência vem aparecendo como um importante meio de disseminar e incentivar os alunos no estudo de temas ligados a ciência e tecnologia. No que tange as dis-ciplinas de física, química e biologia diversos autores têm reforçado a ideia de que essas iniciativas têm conseguido recuperar a motivação dos estudantes e por consequência uma melhora no seu aprendizado tem sido o primeiro re-sultado evidente. O presente trabalho apresenta uma pro-posta de abordagem de experimentos de Química como metodologia alternativa de ensino, tendo por finalidade traçar um panorama geral sobre importantes vetores que atuam na divulgação e popularização da ciência no sul da Bahia, mais especificamente a microrregião de Ilhéus-Itabuna, e nesse contexto ponderar como o projeto ‘Ciência Interativa’ pode contribuir para o ensino de ciên-cias na região. O projeto ‘Ciência Interativa’ (CI) foi idea-lizado no ano de 2014 no IFBA – Câmpus Ilhéus tendo realizado sua primeira exposição durante as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do mesmo ano de 2014 e 2015 com experimentos de Química Forense, com o objetivo de fomentar, motivar e despertar o interes-se dos alunos pelo estudo da disciplina. O trabalho desen-volvido consistiu em uma explanação teórica e prática, com utilização de vários recursos didáticos para constru-ção dos experimentos. A faixa etária entre 14 a 23 anos desperta muito interesse quanto a assuntos que envolvam crimes ligados a assassinatos, bebidas e drogas, por esse motivo essa temática é extremamente persuasiva para o público alvo. Os alunos eram divididos em pequenos gru-pos de sete alunos para ter acesso a cada uma das salas dos experimentos. No local dos experimentos de Química, haviam experimentos que envolviam diversos experimen-tos que envolviam assuntos relacionado a vida cotidiana (densidade, oxiredução, reações exotérmico, tensão super-ficial, equilíbrio químico e cinética) e nos experimentos de química forense envolvia uma cena do crime, onde reali-zou-se a analise da cena do crime, revelação de impressão digital, identificação de sangue, detecção de bebidas alcoó-licas e identificação de veículos adulterados.

QF 54- QUÍMICA FORENSE: REVELAÇÃO DE IM-PRESSÃO DIGITAL RAPHAELA OLIVEIRA DOS SANTOS1, MAVIONE DE JESUS PRIMO2 JOANA BLEZA CUNHA GONÇALVES3, ANA PAULA SILVA SOUZA SANTOS4, CLARA CAS-TRO DE BRAGA5 E DANILO ALMEIDA SOUZA6

1Discente de graduação em química – UESC e voluntária do projeto Ciência Interativa e-mail: [email protected]; 2,3,4,5Alunos do curso técnico e participantes Ciência Interativa no IFBA 6Professor de física e coordenador do Ciência Interativa – IFBA. e-mail: [email protected]

A Dermatoglifia é o ramo que estuda os padrões das cristas dérmicas produzidas em nossos dedos, desde quando esta-mos no ventre materno, já possuímos os traços nas palmas das mãos e sola dos pés. A datiloscopia é a técnica mais im-portante e decisiva na identificação da digital do homem, utilizada hoje em dia na emissão de nossas identidades, por-que até hoje não foram encontradas pessoas com digitais semelhantes. Isso ocorre porque a composição química do suor de nossa mão é responsável pela forma de nossas digi-tais quando tocamos em diferentes tipos de recipientes, ela é constituída em 99% de água e 1% de corpos nitrogenados, glicídios, lipídios, materiais sólidos, aminoácidos, materiais inorgânicos como sulfatos, fosfato, cloreto e potássio. Exis-tem na literatura, diversas técnicas que são utilizadas para a revelação de impressões digitais, são os peritos que determi-nam qual a metodologia mais adequada para cada vestígio deixado na cena do crime. O presente trabalho apresenta uma proposta de abordagem de experimentos de Química como metodologia alternativa de ensino, tendo por finalidade tra-çar um panorama geral sobre importantes vetores que atuam na divulgação e popularização da ciência no sul da Bahia, mais especificamente a microrregião de Ilhéus-Itabuna, e nesse contexto ponderar como o projeto ‘Ciência Interativa’ pode contribuir para o ensino de ciências na região. O proje-to ‘Ciência Interativa’ (CI) foi idealizado no ano de 2014 no IFBA – Câmpus Ilhéus tendo realizado sua primeira exposi-ção durante as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do mesmo ano de 2014 e 2015 com experimentos de Química Forense, com o objetivo de fomentar, motivar e despertar o interesse dos alunos pelo estudo da disciplina. O trabalho desenvolvido consistiu em uma explanação teórica e prática, com utilização de vários recursos didáticos e cons-trução de experimentos, nesse trabalho realizamos par reali-zar a revelação digitais em papel e em vidro, utilizando vá-rios materiais utilizados em nosso cotidiano como, argila, lápis, papel alumínio, cola super bonder, carvão, iodo, nitrato de prata, resina, farinha de trigo, ferro de passar roupa, pin-cel, folha de oficio.

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QF 55- DISTRIBUIÇÃO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS (NSP) EM MATERIAIS APREENDI-DOS NO NORDESTE DO BRASIL NO PERÍODO DE 2014 - 2016 CUNHA, R.L.1,3, OLIVEIRA, C.S.L.2,3, SANTANA, M.M.P.2 1 Instituto de Análises e Pesquisas Forenses, Aracaju, SE, 49100-000 2 Departamento de Polícia Técnica da Bahia, Salvador, BA, 40100-180 3 Universidade Federal da Bahia, Instituto de Química, Salvador, BA,40170-115

Introdução: As apreensões de drogas sintéticas e espe-cialmente de Novas Substâncias Psicoativas (NSP) no nor-deste do Brasil é um fenômeno em crescimento nos últi-mos anos. No período entre agosto de 2014 e maio de 2016 foram identificadas 18 diferentes substâncias psicoativas, classificadas como catinonas ou fenetilaminas, em 306 apreensões realizadas nos estados da Bahia e Sergipe. Dentre essas, um composto identificado em 2016, é de livre consumo no Brasil tornando-se necessária a sua in-clusão na legislação brasileira que lista as substâncias de uso proscrito. Objetivos: Apresentar o panorama das dro-gas sintéticas apreendidas no nordeste do Brasil no período de dois anos (2014-2016) com relevância para as NSP’s identificadas em materiais apreendidos. Materiais e méto-dos: Foram analisadas 306 amostras de compr imidos, selos, cristais e pós, relacionadas às diferentes apreensões. Os princípios ativos nas amostras de selo foram extraídos com 1 mL de metanol e levadas ao ultrassom por 15 min, injetando-se 1 uL do extrato no GC-MS. Amostras de comprimidos, pós e cristais foram homogeneizadas, adici-onadas em microtubo com 1,5 mL de metanol, levadas ao ultrassom por 15 min e centrifugadas. Injetou-se 1 uL do sobrenadante no GC-MS. Resultados e discussão: Todas as análises foram realizadas empregando GC-MS com o auxí-lio de bibliotecas espectrais atualizadas do SWGDRUG, Cayman Chemicals e Agilent. Os materiais apreendidos no periodo foram 62% (n=190) comprimidos, 32% (n=98) selos e 6% (n=18) pós e cristais. De todas as substâncias identificadas 89% (n=272) foram fenetilaminas e 11% (n=34) catinonas. Considerando a última atualização da Portaria 344/98 SVS, atualizada com a RDC nº 66 de 21 de março de 2016, apenas o composto 4-bromometilcatinona (4-BMC) não é de uso proscrito no Brasil. Conclusão: Foram identificadas 18 novas substân-cias psicoativas nas 306 amostras apreendidas no período de 2014 – 2016 em diferentes formas de apresentação. Todos os compostos identificados já foram descritos na literatura e suas estruturas elucidadas. A diversidade de substâncias e a quantidade crescente de apreensões realiza-das no nordeste brasileiro é de grande importância devido à realidade sócio econômica dessa região. Bibliografia: 1. ODOARDI, S; ROMOLO FS; STRANO-ROSSI, S. A

Snapshot On Nps In Italy: Distribution Of Drugs In Seized Materials Analysed In An Italian Forensic Labora-tory In The Period 2013-2015. Forensic Science Interna-tional Volume 265, August 2016, Pages 116–120

QF 56- A SENSIBILIDADE DOS TESTES COLORI-MÉTRICOS (SCOTT E MEYER) E DA ANÁLISE POR INFRAVERMELHO COM ATR NA IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA. BYRRO, RMD1; LORDEIRO, RA1; MATOS, ALM2

1 Polícia Civil de Minas Gerais; 2 UNI-BH

Dentre os principais problemas criminalísticos enfrentados, hoje, o tráfico de drogas talvez seja um dos maiores. A coca-ína é uma das drogas mais traficadas no âmbito mundial e, no Brasil, foram apreendidas mais de 40 toneladas no ano de 2013. Na ação diária da polícia e dos laboratórios forenses é indispensável a existência de métodos simples e eficazes, como os colorimétricos, que servem de triagem para levar a uma maior rapidez na identificação de drogas. Dentre os testes colorimétricos que usualmente são utilizados para a identificação da cocaína conforme preconiza os manuais da ONU, os mais comuns são: o teste com reagente de Scott (tiocianato de cobalto), no qual a formação de uma coloração azul indica a presença da droga, e o teste com o reagente de Mayer, no qual, a formação de precipitados brancos flocu-lentos indicam reatividade positiva para a presença de alca-lóides como a cocaína. Dentre os testes com análises instru-mentais, a técnica de espectroscopia por infravermelho vem sendo muito explorada por ter resultados precisos e rápidos. Entretanto, nenhum estudo sobre a real sensibilidade destes métodos na identificação da cocaína apreendida nas ruas está disponível na literatura. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi estudar a sensibilidade dessas técnicas e concluir acerca de sua real confiabilidade para os laboratórios foren-ses. Desta forma, as três técnicas (reagente de Scott, reagente de Mayer e análise por Infravermelho por ATR) foram sub-metidas a testes de sensibilidade com amostras de cocaína de diferentes concentrações preparadas no laboratório (variando de 0,5% a 10% de pureza). Os resultados mostraram que todos os testes são relativamente eficazes, sendo o reagente de Mayer o mais sensível e foi capaz de identificar cocaína em uma concentração de 1% em uma mistura de pós. O rea-gente de Scott e a análise com o infravermelho têm sensibili-dades muito próximas apontando a presença de cocaína em uma mistura de pós em concentrações tão baixas quanto 2,5%. Referências: Cruz, R. A. e Guedes, M. C. S Cocaína: Aspectos Toxicológico E Analítico. Revista Eletrônica FACPAno II – nº 04 – Dezembro de 2013 World drug report – 2015 do UNODC Conceição, V. N et al. Estudo do teste de Scott via técnicas espec-troscópicas: um método alternativo para diferenciar cloridrato de cocaína e seus adulterantes. Quim. Nova, Vol. 37, No. 9, 1538-1544, 2014

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QF 57- ESTUDOS INICIAIS PARA DETERMINA-ÇÃO SIMULTÂNEA DE COCAÍNA E SEUS PRIN-CIPAIS ADULTERANTES ROCHA, R. G. (1), MONTES, R. H. O.(1), SILVA, L. A. J.(1), RICHTER, E. M.(1), MUNOZ, R. A. A.(1)

1 Universidade Federal de Uberlândia, Av. João Naves de Ávila, 2121 – Uberlândia – MG - Brasil

INTRODUÇÃO: A cocaína é um alcaloide extraído da planta Exthoxylum coca, que provoca efeitos de euforia, entre outros. Muitas medidas podem ser tomadas para di-minuir o consumo e o combate ao tráfico de drogas, entre elas o incentivo à pesquisa em química forense para o de-senvolvimento de técnicas analíticas para aplicação nos laboratórios de polícia científica O método mais reportado na literatura para a detecção de cocaína é a cromatografia líquida de alta eficiência [1], que também pode ser aplica-da à quantificação dos principais adulterantes presentes em amostras forenses, tais como: benzocaína (BEN), cafeína (CAF), fenacetina (FEN), levamisol (LEV), paracetamol (PAR) e procaína (PRO), desde que as condições cromato-gráficas estejam otimizadas. OBJETIVOS: O objetivo des-te trabalho foi desenvolver um método eletroanalítico para a detecção simultânea de cocaína e seus adulterantes. MA-TERIAIS E MÉTODOS: Para as análises voltamétr i-cas, utilizou-se os eletrodos Ag/AgClsat em KCl , Pt e carbono vítreo, como referência, auxiliar e trabalho, respectivamen-te. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Estudou-se a influên-cia do pH, para o analito em estudo com concentração de 1 mmol L-1 utilizando voltametria cíclica. Definiu-se o pH 6 para continuidade dos estudos, pois apresentou melhor perfil analítico e boa resposta (intensidade de corrente e potencial) para detecção de cocaína. Em seguida, avaliou-se o comportamento dos principais adulterantes (BEN, CAF, FEN, LEV, PAR e PRO todos em concentração 50 μmol L-1). CONCLUSÃO: Desta maneira, os resultados obtidos para a COC diferem consideravelmente dos resul-tados obtidos para os possíveis contaminantes, podendo ser um método com potencial para detecção de cocaína e adulterantes simultaneamente. REFERÊNCIAS: [1] DE JONG, Mats et al. Electrochemical fingerprint of street samples for fast on-site screening of cocaine in seized drug powders. Chemical Science, 2016. AGRADECIMENTOS: CNPq, FAPEMIG e CAPES.

QF 58- PROPOSTA DE TRIAGEM RÁPIDA E SIM-PLES DE MEDICAMENTOS CONTRABANDEADOS OU ADULTERADOS EMPREGANDO O SISTEMA PORTÁTIL DE ANÁLISE POR INJEÇÃO EM BATE-LADA (BIA) COM DETECÇÃO AMPEROMÉTRICA DE MÚLTIPLOS PULSOS CARDOZO(1) C. G., SELVA(2) T. M. G., PAIXÃO(2) T. R. L. C. E SILVA, R. A. B.(3)

1Universidade Federal da Grande Dourados, 2Universidade de São Paulo, 3Universidade Federal de Uberlândia.

Introdução: O consumo de remédios falsificados, contraban-deados ou adulterados é crescente devido ao baixo custo e fácil aquisição no mercado negro, gerando lucros exorbitan-tes para as redes criminosas. Para verificar uma falsificação, a OMS sugere um exame organoléptico comparando o medi-camento verdadeiro com o suspeito. No entanto, quando este é inconclusivo, é necessária uma triagem das suspeitas, atra-vés de métodos analíticos rápidos, portáteis e/ou de baixo custo. Deste modo, os métodos eletroanalíticos podem ser uma alternativa viável a essas necessidades. Objetivo: Propor um sistema de Análise por Injeção em Batelada com detec-ção por Amperometria de Múltiplos Pulsos (BIA-MPA) para triagem de medicamentos de modo rápido, simples e portátil. Para demonstrar o sistema foram escolhidas formulações contendo Citrato de Sildenafila (P.A. Viagra®). Materiais e Métodos: O sistema BIA-MPA é composto de um potencios-tato (mAutolab III, Metrohm®), um notebook e uma célula BIA portátil1 contendo os eletrodos de referência, auxiliar e de trabalho (Ag/AgCl/KClsat., Platina e Diamante Dopado com Boro - BDD) e uma pipeta eletrônica. Foram usados dois grupos de formulações: Gr1) Viagra® (VI), genéricas (G1 a G6) e contrabandeadas (C1 e C2); Gr2) VI e VI adulte-rado com paracetamol (APA), Dipirona (ADI), Cafeína (ACA) ou Tadalafila (ATA). Resultados e Discussão: Inicialmente foi avaliado o comportamento eletroquímico do CS no ele-trodo de BDD, sendo observados dois sinais anódicos irre-versíveis, em + 1,4 V (Epa1) e + 1,9 V (Epa2). Assim, esco-lheu-se três pulsos de potencial aplicados ciclicamente para detectar adulterantes e/ou CS por MPA: +1,3 V, +1,6 V e +2,1 V. São apresentados os três amperogramas em cada potencial para as formulações do Gr1 e Gr2 respectivamente, no qual cada formulação exibe correntes de pico (ipa) carac-terísticas (“impressão digital”). No entanto, para melhor re-presentar os dados, três razões entre as ipa de cada pulso fo-ram plotadas em um gráfico 3D. Conclusão: O sistema pro-posto BIA-MPA é rápido (10 s por pico), portátil e discrimi-nou VI das contrabandeadas e das adulteradas de modo sim-ples (razões matemáticas das ipa). Os autores esperam avaliar o sistema na triagem de outros medicamentos ou drogas apreendidos. Referências Bibliográficas: 1 Tormin T.F., Cunha R.R, Silva R.A.B., Munoz R.A.A, Richter E.M. Sens. Act. B, 202, 31, 2014. Agradecimentos: Ao CNPq pelo apoio financeiro concedido (Processo: 475276/2013-2).

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QF 59- TRIAGEM RÁPIDA E PORTÁTIL DE MEDI-CAMENTOS CONTENDO CITRATO DE SILDENA-FILA POR DETECÇÃO VOLTAMÉTRICA ASSOCI-ADA A FERRAMENTAS QUIMIOMÉTRICAS CARDOZO(1) C. G., SELVA(2) T. M. G., PAIXÃO(2) T. R. L. C. E SILVA, R. A. B.(3)

1Universidade Federal da Grande Dourados, 2Universidade de São Paulo, 3Universidade Federal de Uberlândia.

Introdução: Citrato de Sildenafila (CS) é o princípio ativo do Viagra® (VI). Apesar da comercialização dos genéricos de VI a partir de 2010 ter reduzido os custos, no Brasil é frequente a comercialização de formulações de CS contra-bandeadas ou falsificadas no mercado negro. Para a tria-gem ou análise quantitativa destes medicamentos, nos la-boratórios periciais geralmente são usados métodos de CLAE, que são onerosos, lentos e não portáteis, impedindo análises no local da apreensão. Objetivo: Propor um méto-do para triagem de medicamentos contendo CS de modo rápido, portátil e de baixo custo, empregando um sistema de análise por injeção em batelada (BIA) com detecção voltamétrica hidrodinâmica associada a dois métodos qui-miométricos não supervisionados, a análise de componen-tes principais (PCA) e análise de agrupamentos hierárqui-cos (HCA). Materiais e Métodos: O sistema BIA-MPA é composto de um potenciostato (mAutolab III, Metrohm®), um notebook e uma célula BIA portátil1 contendo os ele-trodos de referência, auxiliar e de trabalho (Ag/AgCl/KClsat., Platina e Diamante Dopado com Boro - BDD) e uma pipeta eletrônica. Foram usados dois grupos de for-mulações: Gr1) Viagra® (VI), genéricas (G1 a G6) e contra-bandeadas (C1 e C2); Gr2) VI e VI adulterado com parace-tamol (APA), Dipirona (ADI), Cafeína (ACA) ou Tadalafila (ATA). Resultados e Discussão: Voltamogramas cíclicos da solução de CS em meio de H2SO4 0,1 mol L-1 e indicaram dois processos anódicos irreversíveis na superfície do BDD, em + 1,4 V e + 1,9 V. No entanto, a voltametria de onda quadrada hidrodinâmica (HSWV) apresentou maior sensibilidade para CS e menor tempo da medida (11 s por voltamograma), sendo usada na triagem das formulações de CS. A Fig. 1a e 1b apresentam os sinais por HSWV para injeções das soluções das amostras do Gr1 e Gr2, respectivamente. Entretanto, as similaridades entre as for-mulações são melhor visualizadas por PCA, no qual são gerados três componentes principais (PC1, PC2 e PC3) a partir do sinais por HSWV no Software Statistica 12, que são posteriormente plotados em gráficos 3D ou por HCA, no qual é gerado um dendograma no software a partir dos HSWV. Conclusão: Empregando HSWV associado a PCA ou HCA foi possível discriminar VI das amostras contra-bandeadas e das amostras adulteradas com outros fárma-cos, mas não discriminou VI de alguns genéricos. O méto-do proposto por HSWV permite uma triagem dos medica-mentos mais rápida e de custo inferior aos métodos HPLC, além do sistema ser portátil. Os autores esperam avaliar este sistema para a triagem de outros medicamentos ou drogas apreendidos. Referências Bibliográficas: 1 Tormin T.F., Cunha R.R, Silva R.A.B., Munoz R.A.A, Richter E.M. Sens. Act. B, 202, 31, 2014. Agradecimentos: Ao CNPq pelo apoio financeiro concedido (Processo: 475276/2013-2).

QF 60- ANÁLISE DE GSR POR SPICP-MS HERINGER, R. D.1, RANVILLE, J. F.2

1–Pesquisador independente 2 - Colorado School of Mines, Department of Chemistry & Geo-chemistry

Introdução: Os resíduos de disparo de arma de fogo (GSR), decorrentes da detonação da espoleta, contém micro e nano partículas resultantes do rápido resfriamento dos gases liberados e do material sólido da arma e munição (SWGGSR, 2011). A pesquisa apresentada é baseada em misturas detonantes que geram partículas típicas contendo antimônio (Sb), bário (Ba) e chumbo (Pb), que compõem a vasta maioria das munições modernas (SWGGSR). Objetivo: O presente trabalho visa demonstrar a aplicabilidade do uso da técnica de análise de partículas singulares por Espectrometria de Massas com Plasma Indutivamente Acoplado (spICP-MS) para a identificação e caracterização de partículas de GSR. Materiais e Métodos: Para o estudo foi utilizado um ICP-MS contendo software específico para a análise de nano partículas (spICP-MS). Resultados: Foi possível a identificação de mais de 120 nano partículas consistentes com GSR em menos de 10 minutos e em apenas parte da amostra (10%). Discussão: O método se mostrou capaz de identificar pares de elementos nas amostras analisadas (Sb-Ba, Sb-Pb e Ba-Pb). Conclusão: A técnica de spICP-MS se mostrou promissora para a análise de GSR. A simplicidade na preparação das amostras e o curto tempo de análise permite a análise de mais de 100 amostras em um dia. Referências Bibliográficas: “Guide for Primer Gunshot Residue Analysis by Scanning Electron Microscopy/Energy Dispersive X-Ray Spectrometry.” 11-29-11. “SWGGSR.” Date accessed 11 May 2016. Agradecimento: Fundação de Peritos em Criminalística FPCIAA.

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QF 61- APRIMORAMENTO NA RESPOSTA DE ES-PECTRÔMETROS RAMAN PORTÁTEIS PELA UTILIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES SERS ATIVAS: APLICAÇÃO EM COMPRIMIDOS DE ECSTASY R. V. MOREIRA1, D. L. A. DE FARIA1, M. R. MENE-ZES2, J. L. DA COSTA3

1Instituto de Química da Universidade de São Paulo – SP 2Superintendência de Polícia Técnico-Científica de São Paulo – IC/SPTC/SP 3 Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas - SP Introdução: A espectroscopia Raman, por suas caracte-rísticas, vem sendo cada vez mais utilizada em investiga-ções forenses. Há hoje no mercado um grande número de instrumentos portáteis que podem ser usados in loco, en-tretanto, limitações técnicas comprometem seu desempe-nho e inviabilizam sua aplicação em alguns casos. Objeti-vo: Aprimorar o desempenho de espectrômetro Raman portátil através de superfícies SERS ativas. Neste estudo foram usadas superfícies de cobre modificadas com prata na análise de comprimidos de ecstasy. Materiais e Méto-dos: Os compr imidos de ecstasy foram apreendidos pela Polícia Civil do Estado de São Paulo entre 2008 e 2011 e as superfícies SERS ativas eram de Cu tratado com HNO3 e modificados com AgNO3. Os espectros foram obtidos em espectrômetro Raman portátil DeltaNu (ReporteR, 785 nm) e tratados com o pacote estatístico Unscrambler X10.1. Resultados e Discussão: apresenta-mos os espectros Raman obtidos diretamente de comprimi-dos de ecstasy de três cores diferentes, nos quais apenas os de cor laranja apresentou um bom espectro, que foi atribuí-do à substância supressora de apetite Clobenzorex. Quando utilizou-se superfície SERS ativa, foi possível observar bandas Raman nos comprimidos vermelhos e azuis. As superfícies suprimiram parte da luminescência apresentada pelos comprimidos e com isso, cafeína pode ser identifica-da nos comprimidos azuis. Não foi possível identificar as espécies responsáveis pelas bandas observadas no espectro dos comprimidos de cor vermelha, apontando para a ne-cessidade de um banco de dados de espectros SERS mais completo. Conclusão: A superfície SERS ativa permitiu melhorar o desempenho do instrumento Raman testado e, por ser de fácil preparação, pode ser utilizada por peritos em campo ou em laboratórios de perícia. Agradecimentos À Polícia Federal de Curitiba pelo empréstimo do equipamento Raman portátil e à Polícia Técnico-Científica de São Paulo pelas amostras cedidas.

QF 62- PERFIL FÍSICO E QUÍMICO DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS NO DF FONTELENE ES1,2, WANDERLEI LS1, RAMALHO ED1,2, ARANTES LC1,2, SALUM LB1,2 1Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal – IC/PCDF 2Fundação de Peritos Ilaraine Acácio Arce

Em razão de sua população numerosa e de sua geografia, o Brasil é um país vulnerável não só ao consumo, mas também ao tráfico de cocaína. Nas diversas etapas da cadeia do tráfi-co da droga, desde a sua produção até a sua distribuição nas ruas, adulterantes e diluentes são adicionados de maneira a aumentar os lucros de sua venda. Programas de caracteriza-ção química, de determinação de impurezas e de relações entre apreensões por meio de análises estatísticas podem fornecer informações para subsidiar a proposição de políticas de segurança pública e o trabalho operacional das autorida-des policiais. Entre 2014 e 2015, mil amostras supostamente contendo cocaína foram analisadas física e quimicamente com o objetivo de caracterizar e relacionar amostras de coca-ína apreendidas por diferentes delegacias circunscricionais do Distrito Federal. Das amostras analisadas, 380 eram de pó esbranquiçado e 620 estavam em forma de pedra ou pó ama-relado e resultaram reativas nos testes colorimétricos, pre-suntivos para cocaína, utilizados nos exames preliminares. Os principais adulterantes foram identificados por cromato-grafia gasosa associada à espectrometria de massas. Em 90% das amostras analisadas foram detectados adulterantes. Em apenas 2% das amostras não se detectou cocaína ou foram detectados apenas resquícios da substância. Nessas últimas amostras, foi identificado pelo menos um adulterante dentre os comumente encontrados em apreensões de cocaína na nossa área de estudo. Testes colorimétricos realizados com padrões desses adulterantes indicaram as razões pelas quais falso-positivos são encontrados. As coordenadas geográficas para cada apreensão foram assinaladas. Estudos de estatística multivariada estão em fase de execução. Esse programa de caracterização química, em processo de implantação, poderá servir de base para o desenvolvimento de outros programas para outros psicotrópicos/entorpecentes apreendidos no DF. Agradecimento: FAPDF

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QF 63- DETERMINAÇÃO DA PUREZA DE DRO-GAS PSICOTRÓPICAS POR CALORIMETRIA EX-PLORATÓRIA DIFERENCIAL (DSC) E SUA APLI-CABILIDADE FORENSE CRIZEL,G. M., GUERRA, T. G., LENZ, V., PEREIRA, P. M. C., SANTOS, M. M. C. Curso de Química Forense, Centro de Ciências Químicas, Farma-cêuticas e de Alimentos (CCQFA), Universidade Federal de Pe-lotas (UFPel) Introdução: Drogas psicotrópicas estão sendo adminis-tradas sem qualquer indicação terapêutica ou orientação médica causando dependência física ou psicológica com o objetivo de obter um efeito psicoativo “recreativo”. A aná-lise dessas drogas por calorimetria exploratória diferencial (DSC) apresenta enorme aplicabilidade na análise forense, pois fornece dados importantes a fim de complementar um laudo técnico científico pericial. Além disso, a DSC é uma técnica robusta, rápida e de baixo custo operacional e ne-cessidade de pequenas quantidades e mínimo pré-tratamento de amostras. Objetivo: Identificar os principais eventos térmicos (endo e exotérmicos) que ocorrem na análise por DSC e correlacionar com as substâncias psico-trópicas que se degradam a determinadas temperaturas ou faixas de temperatura auxiliando na identificação destas drogas. Materiais e Métodos: Utilizou-se cerca de 3 mg de substâncias químicas de referência e dos medicamentos de Bromazepam, Clonazepam e Haloperidol. As análises fo-ram realizadas na faixa de temperatura de 25 a 350 ºC, com uma taxa de aquecimento (β) de 5 ºC min-1 e uma atmosfera de N2 com vazão de 50 ml min-1 em um DSC (modelo 200 F3 Maia). Resultados e Discussão: O com-portamento térmico dos medicamentos e substâncias quí-micas de referência foram semelhantes, quando era maior proporção da substância ativa presente nas formas farma-cêuticas comparando com os excipientes. Entretanto, quan-do a proporção (m/m) da substância ativa e excipientes eram próximas, a decomposição dos medicamentos apre-sentou comportamento diferente. Isso provavelmente é devido a presença dos excipientes, os quais podem influen-ciar no ponto de fusão da substância ativa, provocando a degradação do medicamento antes da fusão ou o desloca-mento do pico do evento de fusão quando comparado à substância ativa. Conclusão: Com base nos resultados des-se estudo, comprovou-se que a DSC pode ser aplicada em análises de pureza de medicamentos com fins de estudos forenses. Além disso observou-se que a quantidade de ex-cipientes pode influenciar nos eventos térmicos de caracte-rização de medicamentos auxiliando na identificação dos mesmos.

QF 64- ANÁLISES QUALITATIVAS EM 18 LOTES DE ECSTASY: UMA PARCERIA ENTRE A UNIVERSI-DADE DE SÃO PAULO E O LABORATÓRIO DE EXAMES DE ENTORPECENTES DA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO/SP TADINI, M. C.1, IPÓLITO, A. J.2, DE OLIVEIRA, M. F. 1

1 GEEQFor - Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense, Universidade de São Paulo, Avenida Bandeirantes, 3900, Ribeirão Preto/SP - Brasil 2 Laboratório de Exames de Entorpecentes de Ribeirão Preto - Polí-cia Técnico Científica de Ribeirão Preto, Rua São Sebastião, Ribei-rão Preto/SP - Brasil

O MDMA ou 3,4-metilenodioximetanfetamina é o principal componente psicoativo encontrado na venda ilegal de com-primidos de ecstasy. De acordo com a portaria 344/98 da ANVISA, o MDMA é classificado no grupo F2 (substância de uso proscrito e ação psicotrópica). De acordo com a Glo-bal Drug Survey (2014), o MDMA foi a segunda droga ilíci-ta mais consumida em 2013 e a terceira droga ilícita mais consumida no Brasil. Conforme o Laboratório de Exames de Entorpecentes de Ribeirão Preto, entre 2012 e 2015 houve um aumento de 325% do número de casos solicitados para a realização de exames de drogas sintéticas em comprimidos no núcleo de Ribeirão Preto. Conforme problemática expos-ta, este trabalho objetivou o estudo qualitativo de 18 lotes de ecstasy apreendidos entre 2014 e 2015 em parceria entre a USP e o Laboratório de Exames de Entorpecentes. Realiza-ram-se quatro testes colorimétricos (Simon e Simon com acetona, Ácido sulfúrico e Marquis) em 18 lotes e avaliaram-se as amostras após os tempos zero, 24 e 48 horas. Realiza-ram-se análises por cromatografia gasosa acoplada a um es-pectrômetro de massas, onde se compararam os espectros conforme padrão de MDMA e bibliotecas. Os testes colori-métricos apresentaram falsos positivos e falsos negativos. Houve variação da coloração conforme as horas e o corante presente em alguns lotes gerou dificuldade na avaliação co-lorimétrica. Considerando a análise cromatográfica, obser-vou-se a presença de MDMA em 13 lotes (um dos compri-midos apresentava uma mistura de MDMA e cafeína e 5 lotes não continham MDMA: 1 lote apresentou cafeína, 1 lote apresentou Femproporex, 1 lote continha cetamina e teofilina e 2 lotes geraram resultados inconclusivos. Assim, salienta-se a incerteza gerada em testes colorimétricos, onde se recomenda o uso de análises complementares entre si e de maior “confiabilidade” a fim de garantir a solidez do laudo apresentado. Também, há a necessidade de se discutirem os riscos aos usuários, considerando os aspectos toxicológicos da droga e o consumo de outras substâncias potencialmente perigosas presentes nos comprimidos. Referências: [1] BRASIL; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria 344, 1998. [2] GLOBAL DRUG SURVEY, Last 12 month prevalence of top 20 drugs, 2014. [3] UNITED NATIONS, Rapid testing methods of drugs of abuse, Viena, 1994. [4] RESTEK; Sympathomimetic Amines (HFBA Derivatives) (Basic Drugs) on Rtx®-5.

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QF 65- ANÁLISES DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS NA REGIÃO DE LAVRAS/MG POR CROMATOGRAFIA GASOSA ACOPLADA À ES-PECTROMETRIA DE MASSAS (GC-MS) E ESPEC-TROMETRIA DE MASSAS COM FONTE DE IONI-ZAÇÃO POR ELECTROSPRAY (ESI-MS) VIEIRA, T. G.1; NUNES, C. A.2, RESENDE, L. M. B.3; GUERREIRO, M. C.3

Superintendência de Polícia Técnico Científica, Polícia Civil de Minas Gerais, 37200-000 Lavras – MG, Brasil.

Departamento de Ciência dos Alimentos, Universidade Federal de Lavras, 37200-000 Lavras – MG, Brasil.

Departamento de Química, Universidade Federal de Lavras, 37200-000 Lavras – MG, Brasil.

Na maioria dos laboratórios forenses, a análise química das drogas apreendidas é realizada por cromatografia gaso-sa acoplada à espectrometria de massas (GC/MS), porém, uma opção na detecção de cocaína em amostras apreendi-das seria a espectrometria de massas com ionização por electrospray (ESI/MS). Assim, este trabalho teve como objetivo geral contribuir para o melhoramento nas condi-ções de detecção da cocaína e outros adulterantes, presen-tes em drogas apreendidas na região de Lavras - MG, utili-zando a análise de componentes principais (PCA) para separar as amostras conforme suas composições químicas. As amostras de cocaína/crack foram enviadas pela Delega-cia de Polícia Civil de Lavras ao Departamento de Quími-ca da Universidade Federal de Lavras, mediante requisição para determinação dos componentes de cada amostra. Para a PCA, uma matriz de dados foi organizada para cada tipo de técnica utilizada e os cálculos foram realizados no pro-grama Matlab R2011b versão 7.5. A técnica de GC/MS foi eficaz e seletiva na descoberta e confirmação dos consti-tuintes presentes nas amostras, comprovando a presença do alcalóide da cocaína e de seus adulterantes como por exemplo, cafeína e lidocaína. ESI/MS mostrou-se muito eficaz pela praticidade e rapidez das análises, além de ser mais sensível para detecção de componentes. A PCA dos resultados de GC/MS permitiu uma boa separação das amostras, com separação entre as amostras de crack e co-caína, como pode ser visto na Figura 1. Em ESI/MS o mesmo ocorreu, porém, com uma maior separação entre as amostras, visto que a sensibilidade do ESI é maior. Assim, as técnicas usadas comprovam a presença do alcaloide de cocaína e adulterantes nas amostras e a técnica de ESI/MS pode ser usada como nova metodologia analítica em labo-ratórios, pois é mais eficaz, rápida e possui menor custo em comparação à GC/MS, técnica convencional já utiliza-da. Referências: Da Silva, C. G. A.; Collins, C. H.; Quim. Nova 2011, 34, 665. Dos Santos, V. G.; Dissertação de Mestrado, UNICAMP, Brasil, 2011.

QF 66- UTILIZAÇÃO DE SENSORES ELETROQUÍ-MICOS E FERRAMENTAS QUIMIOMÉTRICAS VI-SANDO À DISCRIMINAÇÃO DE ADULTERANTES DE AMOSTRAS DE COCAÍNA GUEDES, T (DO)*1 E PAIXÃO, T.R.L.C. (PQ)1

1 Departamento de Química Fundamental, Instituto de Química USP, CEP 05508-000, São Paulo, SP *e-mail: [email protected]

Introdução: A cocaína é uma droga estimulante do sistema nervoso central que causa dependência e seu uso vem cres-cendo mundialmente ao longo dos últimos anos1. A caracte-rização de drogas ilícitas, como a cocaína, fornece às agên-cias policiais informações físicas e químicas que podem aju-dar a identificar as organizações voltadas ao tráfico de dro-gas2. Dentre as caracterizações químicas, a determinação de fármacos comumente adicionados à droga visando aumentar e/ou mimetizar os efeitos farmacológicos3, tais como fenace-tina, procaína, cafeína, levamisol e benzocaína, é uma inte-ressante abordagem com no intuito de identificar essas orga-nizações4. Dentro desse contexto, o uso de ferramentas qui-miométricas, aliadas às técnicas eletroquímicas, pode resul-tar no desenvolvimento de métodos qualitativos simples e portáteis para caracterizar essas amostras em campo. Objeti-vo: O trabalho versa sobre o desenvolvimento de método analítico para discriminar os cinco adulterantes anteriormen-te mencionados utilizando Análise de Componentes Princi-pais (PCA) e respostas eletroquímicas como dados de entra-da. Materiais e Métodos: Os voltamogramas de onda quadra-da foram registrados com eletrodo de carbono vítreo entre os potenciais 0 V e 1,7 V, com os seguintes parâmetros: Estep = 5mV, Eamplitude = 25mV e Frequência = 30Hz. Resultados e Discussão: Os valores de corrente para diferentes concentra-ções não normalizados e normalizados entre 0 e 1 foram uti-lizados como dados de entrada da PCA. Notou-se que devido à variação de concentração dos adulterantes no experimento não foi possível obter grupos bem definidos na análise de reconhecimento de padrões, este fato deve-se ao dado de entrada depender da concentração dos adulterantes. Por outro lado, ao se normalizar os dados de entrada, uma melhora significativa na distribuição é observada, resultando em gru-pos bem definidos. Conclusões: O método proposto apresen-ta resultados interessantes na discriminação dos adulterantes comumente encontrados em amostras de cocaína, podendo ser uma nova e rápida abordagem de detecção em campo para caracterizar essas amostras. Referências Bibliográficas (1) Broséus, J.; Huhtala, S.; Esseiva, P. Forensic Sci. Int. 2015,

251, 87–94. (2) Collins, M.; Huttunen, J.; Evans, I.; Robertson, J. Aust. J.

Forensic Sci. 2007, 39 (1), 25–32. (3) Silva, T. G.; de Araujo, W. R.; Munoz, R. A. A.; Richter, E.

M.; Santana, M. H. P.; Coltro, W. K. T.; Paixão, T. R. L. C. Anal. Chem. 2016, 88 (10), 5145–5151.

(4) Grobério, T. S.; Zacca, J. J.; Botelho, É. D.; Talhavini, M.; Braga, J. W. B. Forensic Sci. Int. 2015, 257, 297–306.

Agradecimentos: Instituto de Química USP, CNPq, CAPES e FAPESP

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QF 67- DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPOS PARA DETECÇÃO VOLTAMÉTRICA DE ADUL-TERANTES DE DILUENTES DA COCAÍNA E DO CRACK CARRATTO, T. M. T.1; OLIVEIRA, M. F.1

1 GEEQFor – Grupo de Estudos em Eletroquímica, Eletroanalíti-ca e Química Forense, Departamento de Química, FFCLRP/USP, Ribeirão Preto – SP, 14040-901, Brasil

Neste projeto, dez amostras de crack e cocaína foram reco-lhidas na Polícia Científica de Ribeirão Preto, para que se fizesse um estudo voltamétrico dos componentes mais comuns que eram misturados àquelas drogas. Para tomar conhecimento de tais componentes, primeiramente as amostras foram diluídas em metanol e analisadas pela téc-nica GC-MS. Em seguida, as análises por voltametria co-meçaram a ser realizadas. O foco foi em quatro interferen-tes: lidocaína, cafeína, teobromina e procaína. Por meio da voltametria cíclica, estudou-se o comportamento da cocaí-na sozinha e da cocaína junto aos interferentes citados. Os testes foram realizados explorando a modificação do ele-trodo de platina (eletrodo de trabalho) por meio da deposi-ção de um filme de hexacianoferrato utilizando quatro metais diferentes: Cobalto1, Ferro, Níquel e Cobre. Para o filme de Cobalto, utiliza-se como eletrólito suporte uma solução aquosa de NaClO4, com a estabilidade do filme testada em meio de acetonitrila, em meio misto de acetoni-trila e metanol e em meio de metanol. Para os filmes dos outros três metais, utiliza-se como eletrólito suporte uma solução aquosa de KCl e pH 3, testando a estabilidade do filme também em meio aquoso. Constatou-se que nenhum dos interferentes interferiu no resultado da análise da coca-ína por meio do filme modificado de hexacianoferrato de cobalto, seja em meio de acetonitrila ou em meio misto, sendo que em meio de metanol não foi obtida resposta nem por parte da cocaína. Já com o filme modificado de ferro, a procaína e a cafeína aparentam interferir levemente no sinal gerado pela cocaína. Os resultados referentes ao fil-me de níquel e cobre ainda estão sendo avaliados. Conclui-se até agora que a modificação por filme de hexacianofer-rato de cobalto não é um bom método para detecção dos interferentes na cocaína. Resta concluir até que ponto o filme hexacianoferrato de ferro é válido e se os filmes de níquel e cobre detectam algum interferente diferente dos detectados pelo filme de ferro. Referências 1 - OIYE, E. N.; FIGUEIREDO, N. B.; ANDRADE, J. F.; TRIS-TÃO, H. M.; OLIVEIRA, M. F.. Voltammetric determination of cocaine in confiscated samples using a cobalt hexacy-anoferrate film-modified electrode.

QF 68- CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, FÍSICA E MINERALÓGICA DE SOLOS DA REGIÃO METRO-POLITANA DE CURITIBA DE INTERESSE FOREN-SE MELO, V. F.1, BARBAR, L. C.2, ZAMORA, P. G. P.3, SCHAEFER, C. E.4, CORDEIRO, G. A.5, TESTONI, S. A.6 1Professor Adjunto, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, Universidade Federal do Paraná 2Perita Criminal, Laboratório de Química Legal do Paraná, Instituto de Criminalística 3Professor Associado, Departamento de Química, Universidade Federal do Paraná 4Professor Titular, Departamento de Ciência do Solo, Universidade Federal de Viçosa 5Professora Adjunta, Universidade Federal de Integração Latino-Americana 6Acadêmica de Pós-Graduação, Departamento de Solos e Engenha-ria Agrícola, Universidade Federal do Paraná

Este trabalho tem como objetivo é propor uma metodologia de caracterização de solos para uso forense, com base em análises físicas (textural e espectroscopia), químicas (extrações com ácido fluorídrico, oxalato de amônio, ditioni-to-citrato-bicarbonato de sódio e com solução de NaOH) e mineralógicas (análise térmica e difração de raios-X). O es-tudo foi desenvolvido no Estado do Paraná, Brasil, em três bairros pertencentes à cidade de Curitiba e em duas cidades dentro da Região Metropolitana de Curitiba. Com o objetivo de verificar a similaridade entre as amostras, quatro amostras compostas (repetições) foram preparadas em cada um dos cinco locais de estudo. Obteve-se um grande número de vari-áveis quantitativas (56), a partir de uma quantidade reduzida de amostra de solo (1 g). As variáveis selecionadas para as extrações químicas (16) foram mais precisas no agrupamento de amostras semelhantes (mesmo horizonte e local de amos-tragem), e também na diferenciação de amostras coletadas em diferentes horizontes ou locais. Sete grupos diferentes foram criados, casa um com elevada similaridade dentro do grupo, porém apresentando uma dispersão não esperada em 2 (duas) amostras (de um total de 40 amostras), o que reduziu a distinção de 3 (três) outros grupos estudados. A localização das duas amostras nos diferentes grupos e a alta dispersão (24 amostras) das amostras coletadas na cidade de Curitiba é devida à elevada homogeneidade pedológica desta área (características físicas e químicas dos horizontes, cor do solo e material de origem). A metodologia usada neste trabalho (métodos analíticos e tratamento de dados) apresenta grande potencial para uso forense e pode ser facilmente validada para outras áreas. Futuramente, pretendemos realizar análises de solos coletados a partir de simulações de cenas de crime, retirando vestígios das solas de sapatos, de pneus, ferramen-tas, ou ainda, de corpos submersos. Esperamos com isso, obter resultados que sejam o mais próximo possível da reali-dade.

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QF 69- FABRICAÇÃO DE SENSORES COLORIMÉ-TRICOS PORTÁTEIS E DE BAIXO CUSTO PARA SCREENING DE AMOSTRAS DE DROGAS APREEN-DIDAS ARAUJO, W.R.1; SILVA, T.G. 1; SILVA, G.O. 1; PAI-XÃO, T.R.L.C.1

1 Instituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo – SP, Brasil, 05508-000

As amostras de drogas comumente recebem adições de substâncias que lhe dão um aumento no volume, conheci-das como diluentes e de outras substâncias com efeitos farmacológicos, conhecidas como adulterantes [1-3]. Rara-mente as amostras de drogas apreendidas, principalmente de cocaína, apresentam alta pureza, sendo que os princi-pais adulterantes encontrados são: fenacetina, levamisol, cafeína, procaína, benzocaína, paracetamol, entre outros [4, 5]. De forma geral, as amostras apreendidas de lugares diferentes, possuem padrões distintos de adulterações, o que pode relacionar essa “impressão digital química” à origem da droga e/ou local de fabricação. Assim, esses estudos podem auxiliar na compreensão das rotas de tráfi-co de drogas regionais e até mesmo internacionais [4]. Recentemente, o papel tem atraído grande interesse como material potencial para o desenvolvimento de sensores e dispositivos em Química Analítica por causa de sua versa-tilidade, alta abundância e baixo custo [6-8]. Estes disposi-tivos analíticos podem ser integrados de forma a garantir propriedades flexíveis, portáteis e de fácil operação e des-carte do produto final. Dessa forma, empregou-se o uso de diferentes substratos de papel (filtro e sulfite) como plata-formas para o desenvolvimento de sistemas de análises colorimétricas integradas [9] e/ou do tipo spot test para detecção de alguns dos principais adulterantes (procaína, fenacetina, paracetamol) de amostras de cocaínas apreen-didas pela polícia. Nesses trabalhos que serão abordados, a fabricação constituiu em criar os padrões para análises em Corel Draw® e então utilizando uma impressora Xerox ColorQube, foram impressos esses padrões em cera sobre o papel, que após uma etapa de tratamento térmico, a cera derrete e penetra sobre as fibras celulósicas delimitando regiões hidrofílicas (papel) para análise por meio das bar-reiras hidrofóbicas criadas (cera). Em seguida, faz-se a aplicações dos reagentes adequados nessas regiões que irão responder especificamente a presença dos referidos adulterantes quando aplicada a amostra de droga. Esses dispositivos podem dessa forma ser previamente prepara-dos e levados a campo para a análise qualitativa visual (presença ou não) de determinados adulterantes e análises semi-quantitativas através da aquisição da imagem do teste por meio da câmera de um smartphone e então obtenção dos padrões de cor (RGB) dos mesmos. Esses dispositivos podem ser úteis para screening de amostras apreendidas não requerendo pessoas altamente capacitadas para sua operação e assim, esses resultados auxiliar em políticas estratégicas anti-tráfico de forma rápida. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPESP. Referências: [1] I. Evrard, S. Legleye, A. Cadet-Tairou, International Journal of Drug Policy, 21 (2010) 399-406. [2] C. Cole, L. Jones, J. McVeigh, A. Kicman, Q. Syed, M. Bel-lis, Drug Test Anal, 3 (2011) 89-96. [3] E.J. Magalhaes, C.C. Nascentes, L.S.A. Pereira, M.L.O. Gue-

des, R.A. Lordeiro, L. Auler, R. Augusti, M. de Queiroz, Science & Justice, 53 (2013) 425-432. [4] E.D. Botelho, R.B. Cunha, A.F.C. Campos, A.O. Maldaner, Journal of the Brazilian Chemical Society, 25 (2014) 611-618. [5] A.O. Maldaner, É.D. Botelho, J.L. Costa, J.J. Zacca, I. Zanca-naro, C.S.L. Oliveira, T.R.L.C. Paixão, J. Brazil Chem. Soc., 27 (2016) 719-726. [6] D.D. Liana, B. Raguse, J.J. Gooding, E. Chow, Sensors, 12 (2012) 11505-11526. [7] A.W. Martinez, S.T. Phillips, M.J. Butte, G.M. Whitesides, Angewandte Chemie-International Edition, 46 (2007) 1318-1320. [8] A.W. Martinez, S.T. Phillips, G.M. Whitesides, E. Carrilho, Anal Chem, 82 (2010) 3-10. [9] T.G. Silva, W.R. de Araujo, R.A.A. Munoz, E.M. Richter, M.H.P. Santana, W.K.T. Coltro, T.R.L.C. Paixao, Anal Chem, 88 (2016) 5145-5151.

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QF 70- IDENTIFICAÇÃO DE UMA NOVA CATINO-NA SINTÉTICA EM DROGAS DE RUA EM OURO PRETO – MG MACHADO, Y.1 COELHO NETO, J1,2B, BARBOSA, P. E. N.1 LORDEIRO, R.A.1, ALVES, R.B.3

1 Divisão de Laboratório, Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais, Rua Juiz de Fora, 400, CEP 30180-060 Belo Horizonte, MG, Brasil 2 Departamento de Física e Química, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Avenida Dom Jose Gaspar, 500, CEP 30535-901 Belo Horizonte, MG, Brasil 3 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Univer-sidade Federal de Minas Gerais, Avenida Antônio Carlos, 5000, CEP 31270-901 Belo Horizonte, MG, Brasil POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS

INTRODUÇÃO: Muitas das NSP, novas substancias psicotrópicas, também denominadas como ‘designer drugs’ ou ’legal highs’ possuem efeitos semelhantes a dro-gas ilícitas comuns e, por possuírem estruturas químicas com mínimas diferenças daquelas que simulam, geralmen-te não são controladas pela legislação vigente [1]. Podem ser exemplicadas pelas catinonas sintéticas, análogos do produto natural denominada catinona, uma feniletilamina que ocorre na espécie vegetal Catha edulis [2]. OBJETI-VO: Identificar e caracter izar estruturalmente mater i-al fruto de apreensão policial ocorrida no município de Ouro Preto, MG. MATERIAIS E MÉTODOS: O material consistia em cristais contidos em cápsulas, sendo purifica-dos por meio de recristalização. A substância foi analisada por Espectrometria no Infravermelho (EIV), Cromatogra-fia a Gás acoplada a Espectrometria de Massa (CG-EM), Cromatografia a Líquido acoplada a Espectrometria de Massa (CLAE-EM) e Espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear (ERMN). RESULTADOS E DISCUS-SÃO: Por meio da análise por EIV, foi possível ver ifi-car a presença de um grupo benzoil parassubstituído. As análises por CG-EM e CLAE-EM indicaram a presença de do padrão isotópico de Bromo. Os experimentos uni e bi-dimensionais realizados em ERMN puderam elucidar es-truturalmente a substância como (RS)-1-(4-bromofenil)-2-metilaminopropan-1-ona, também conhecida como Brefe-drona, 4-BMC ou 4-bromometcationona [3]. CONCLU-SÃO: As técnicas citadas permitiram a identificação de uma nova droga no Estado de Minas Gerais que atualmen-te não se encontra listada na Portaria 344 da Anvisa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1 - Unodc, The challenge of new psychoactive substances, (2013) 3–55. http://www.unodc.org/documents/scientific/NPS_2013_SMART.pdf. 2 - T.I. Benzer, S.H. Nejad, J.G. Flood, Case 40-2013 - A 36-Year-Old Man with Agitation and Paranoia, N. Engl. J. Med. 369 (2013) 2536–2545 3 - K.F. Foley, N. V. Cozzi, Novel Aminopropiophenones as Potential Antidepressants, Drug Dev. Res. 60 (2003) 252–260.

QF 71- ESTUDO DE ELETRODOS QUIMICAMENTE MODIFICADOS COM BASE DE SCHIFF PARA A DE-TERMINAÇÃO DE LSD E NBOME DE OLIVEIRA, M. F.1 , DA SILVA, A. B. C.1 1Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Uni-versidade de São Paulo

Introdução O LSD e o NBOMe são substâncias que agem como agonistas do receptor de serotonina, afetando o humor, sono, estado de vigília, emoção, vias sensitivas, temperatura corporal e comportamento alimentar. [1] Ambos foram des-cobertos durante pesquisas para a obtenção de novos fárma-cos. [2,3] Objetivo Estudar o comportamento eletroquímico de LSD e NBOMe frente a eletrodos quimicamente modifi-cados com bases de Schiff Salen de Níquel (cis e trans). Ma-teriais e Métodos Modificação de eletrodos de platina e car-bono vítreo por deep coating para adsorção de bases de Schiff Salen de Níquel (cis e trans), alterações de pH e análi-ses por voltametria cíclica para NBOMe e LSD. Resultados e Discussão Ambos os analitos puderam ser quantificados em pH 4 utilizando o eletrodo de platina modificado por base de Schiff trans. Entretanto o método não mostrou-se qualitativo pois são identificados no mesmo potencial. Conclusão O eletrodo de platina modificado com base de Schiff trans mos-trou-se quantitativo porém não qualitativo, podendo serem confundidos NBOMe e LSD. Referências Bibliográficas [1] Rang, H. P.; Dale, M. M.; Ritter, J. M. Farmacologia, 3ª ed. Guanabara Koogan, 1997. [2] Hofmann, A. LSD – My Prob-lem Child. McGraw-Hill Book Company, 1980, 102 p. [3] Poklisa, J. L.*; Deversd, K. G.; Arbefevilled, E. F.; Pear-sond, J. M.; Houstone, E.; Poklis, A. Postmortem detection of 25I-NBOMe [2-(4-iodo-2,5- dimethoxyphenyl)-N-[(2-methoxyphenyl)methyl]ethanamine] in fluids and tissues determined by high performance liquid chromatography with tandem mass spectrometry from a traumatic death. Referência Bibliográfica: Forensic Science Internacional, EUA, v. 234, p 14-20, 2014.

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QF 72- ANÀLISE DE COCAÍNA E INTERFEREN-TES POR FT-IR EM PCA RIBEIRO, C.E. 1, DE OLIVEIRA, M. F,1 1Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense GEEQFor Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Riberão Preto

Introdução: O aumento da atividade do narcotráfico inten-sifica o trabalho dos peritos que precisam lidar com uma quantidade cada vez maior de entorpecentes, e também com amostras cada vez mais complexas, em que interfe-rentes que buscam diluir ou intensificar os efeitos da droga comercializada ilegalmente. Dessa forma, cabe a comuni-dade cientifica desenvolver métodos precisos, eficazes e robustos para que o trabalho da policia cientifica esteja a par da nova realidade da segurança publica atual. O méto-do espectroscópico de infravermelho por transformada de Furier (FT-IR) se encaixa ao proposto, mas devido a alta chance da presença de interferentes nas amostras, métodos estatísticos como PCA (analise por componentes princi-pais), entre outros são aplicados para definir, estatistica-mente, não só seus componentes, como também quantifica-los. Objetivos: Analisar cocaína: notório entorpecente ilegal, com adição de procaína: um analgésico de uso far-macológico e um dos interferentes encontrado com fre-quência em apreensões da policia cientifica via FT-IR e utilizar o metodo de reconhecimento de padrões PCA para permitir identificação qualitativa e quantitativa das amos-tras. Resultados e Discussões: Se utilizarmos um espectro de cocaína e um de procaína, separadamente, temos como identificar alguns picos fundamentais para a separação que não possuem superposição entre as 2 substâncias, o que é esperado uma vez que ambas pertencem a uma mesma classe, os alcaloides, portanto apresentam grupos estrutu-rais semelhantes. Utilizando esses pontos de referência, podemos ver quais as componentes relacionados ao espec-tro cocaína + procaína utilizando a análise por PCA, dessa forma temos como analisar o espectro como um todo e criar uma “fingerprint” de cada composição. uma vez com-parada a um banco de dados podemos ter não apenas um resultado mais confiável, como também abre a possibilida-de de quantificar seus componentes. Conclusão: Quanto mais composições variadas e quanto mais apreensões reais são adicionadas a esse banco de dados, mais apto a eluci-dação da formulação das apreensões, o que simplifica o trabalho dos peritos, fazendo com que não seja necessária a utilização de métodos mais caros ou destrutivos. Referências Bibliográficas: Rodrigues, N. V. S., Cardoso, E. M., Andrade, M. V. O., Donnici, C. L. & Sena, M. M. Analysis of seized cocaine samples by using chemometric methods and FTIR spectroscopy. J. Braz. Chem. Soc. 24, 507–517 (2013).

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OUTROS TÓPICOS

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OT 03- ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MÉTO-DOS FORENSES PARA AQUISIÇÃO DE EVIDÊN-CIAS EM IAAS SEM AUXÍLIO DE PROVEDORES DE SERVIÇO ROSÁRIO, J ¹, COSTA,G ² Universidade do Estado da Bahia¹ Instituto de Humanidades, Artes e Ciências²

Nos últimos anos a computação em nuvem teve uma gran-de adoção e junto com essa popularidade incidentes de segurança se tornaram frequentes. Na ocorrência de um incidente, considerando o modelo de Infraestrutura-como-um-serviço (IaaS) que possui uma maior administração pelo usuário, quando há uma dependência para aquisição de dados a partir do provedor de serviços, pode existir uma demora na finalização de processos jurídicos. Consideran-do esta problemática, o objetivo deste trabalho é apresen-tar, analisar e comparar técnicas de coleta de dados entre três procedimentos propostos por [1][2][3], que visam en-contrar caminhos para aquisição de dados confiáveis sem o auxílio de provedores de serviço e a partir de seus resulta-dos, possa ser construído um guia de auxílio às investiga-ções aplicadas no modelo IaaS. A metodologia será basea-da em um método avaliativo apoiado à um barema de es-pecificidades entre cada procedimento onde, será identifi-cado quais técnicas cobrem os principais desafios conheci-dos na etapa de aquisição e posteriormente, será realizada uma análise experimental em uma instância IaaS privada na Amazon – EC2, para a validação do cenário hipotético construído. Como conclusão, ficarão registrados os resulta-dos de cada procedimento, que serão inclusos na constru-ção do guia forense. Espera-se que os resultados adquiri-dos atendam as hipóteses propostas neste trabalho, que visa cooperar com o desenvolvimento da comunidade fo-rense, apresentando um guia confiável de acordo a arquite-tura do modelo escolhido. [1]Dykstra,J. and A.T. Sherman, “Acquiring Forensic Evidence from Infrastructure -as-a-Service Cloud Computing. Disponível em: https://www.dfrws.org/2012/ proceedings/DFRWS2012-10.pdf> Acesso em:10 de março de 2016. [2]S.Zawoad,A.K.Dutta, and R. Hasan, “SecLaaS: Securelogging-as-a-service for cloud forensics”.Disponível em:<http://arxiv.org/pdf/1302.6267.pdf>. Acesso em 15 de março de 2016; [3]Mustafa Aydin and Jeremy Jacob, "A comparison of major issues for the development of forensics in cloud computing", 8th International Conference for InternetTechnology and Secured Transactions (ICITST-2013).

OT 04- ENFERMAGEM FORENSE SILVA, JOM1, FERNANDES, CLEA2 1Universidade Tiradentes, Departamento de Enfermagem, Aracaju - SE 2Faculdade Osman Lins – FACOL, Departamento de Enfermagem, Vitória de Santo Antão - PE

INTRODUÇÃO: Os serviços de saúde são espaços pr ivi-legiados para detectar as diversas situações violentas, bem como programar ações de prevenção. Nesse contexto, os profissionais de saúde além de prestar os primeiros cuidados podem contribuir com a justiça durante o processo investiga-tivo. A Enfermagem Forense surge no Brasil como um novo campo de atuação para o enfermeiro que deseja se qualificar ao prestar assistência às vítimas de violência, seja nas urgên-cias/ emergências, quanto em Unidades de Saúde da Família. OBJETIVOS: Identificar as competências e habilidades do enfermeiro na prática forense. MATERIAL E MÉTO-DOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, nos bancos de dados MEDLINE e LILACS, Biblioteca Cochrane e BDENF. Foram incluídas apenas publicações cientificas de 2010 a 2016. Obteve-se uma amostra final de 20 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O enfer meiro forense presta assistência às vítimas e seus agressores, intervindo sobre o trauma físico, psicológico e social. Em alguns países como EUA, colaboram com a polícia judiciária na investiga-ção de óbito e na coleta e preservação de vestígios, seja em situações de violência pessoal quanto acidentes ou catástro-fes. Esse profissional deve possuir conhecimento sobre o funcionamento do sistema penal proporcionando apoio jurí-dico e consultadoria às autoridades legais. CONCLUSÕES: O enfermeiro forense no atendimento às vítimas de violência preza não apenas pela integridade física, mas também forne-ce suporte psicológico, identifica os fatores de risco e pode atuar na preservação de vestígios. Sua atuação junto a outros setores da sociedade pode favorecer a elaboração de políticas públicas de saúde e o fortalecimento dos instrumentos legais de proteção às pessoas em situação de vulnerabilidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - GOMES, Albino. Enfermagem Forense – vol.1.Lidel, 2014. - SILVA, Cristina. “Os enfermeiros e a preservação de vestígios Perante vítimas de agressão sexual, no Serviço de urgência”. Insti-tuto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto. Portugal, 2010.

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OT 01- ESTUDO COMPARATIVO DA LEI DE DRO-GAS BRASIL-AUSTRÁLIA ALINE THAÍS BRUNI¹; FELIPE BARBOSA NUNES FERNANDES¹ ¹Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

Brasil e Austrália possuem sistemas jurídicos distintos aplicados na repressão aos crimes de drogas. A Austrália é uma monarquia constitucional federada cuja legislação baseia-se no sistema de common law, enquanto o Brasil desenvolveu seu sistema legal a partir do civil law. Isto se reflete na maneira como estão estruturadas as leis de dro-gas brasileira e australiana. No Brasil, cabe a União esta-belecer diretrizes relacionadas às restrições e crimes relati-vos às drogas de abuso, o que é feito por meio da Lei 11.343/2006, a Lei de Drogas. A legislação australiana, por sua vez, trata da matéria tanto no âmbito federal quan-to à nível estadual. Na esfera federal, o controle dá-se por meio do Criminal Code Act, de 1995, que estabelece quais são as ofensas relacionadas às drogas, além de delimitar uma série de dispositivos legais, como a quantidade de drogas necessária para o enquadramento jurídico em cada crime, diferenciando quantidades para uso, comércio ilícito e tráfico. No âmbito estadual, os Estados australianos têm certa liberdade para legislar em matéria penal. A princípio, a posse de drogas submete os infratores às legislações esta-duais. No Estado de Victoria a quantidade de cannabis necessária para a imputação no delito de posse é de 250 gramas. Em New South Wales este valor é de 300 gramas. O Trabalho objetiva analisar as Leis de Drogas no Brasil e na Austrália, estabelecer as distinções e similaridades dos ordenamentos jurídicos destes países e traçar um panorâma crítico da droga no Direito Comparado, auxiliando na co-municação e aperfeiçoamento dos sistemas legais em vi-gor. A metodologia baseou-se em pesquisa bibliográfica e documental, acompanhada de análise crítica e comparada de fatos e fenômenos jurídicos. O estudo comparativo de-nota a complexidade das leis australianas, que apresentam de forma detalhada as condutas reprováveis, estabelecendo inclusive a quantidade necessária para a imputação do cri-me. No entanto, não há um rito processual distinto de ou-tros crimes, como ocorre no Brasil. A análise minuciosa dos dispositivos jurídicos destes países fornece ao opera-dor do Direito uma plataforma para a compreensão ampla da problemática das drogas em um mundo marcado pela diversidade de culturas.

OT 02- INFLUÊNCIA DOS NÍVEIS HORMONAIS NO TRATAMENTO CRÔNICO E RETIRADA DE KETAMINA EM RATAS WISTAR FERREIRA-SGOBBI, R.1,2; NOBRE, M.J.1,2,3

1Departamento de Psicologia – FFCLRP – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto - SP, Brasil. 2INeC – Instituto de Neurociência e Comportamento, Ribeirão Pre-to - SP, Brasil. 3Departamento de Psicologia – Uni-FACEF, Franca - SP, Brasil.

A ketamina apresenta potentes efeitos psicomiméticos, sendo capaz de acentuar o estado psicótico de pacientes esquizofrê-nicos e estas alterações podem sofrer influência hormonal. Perturbações nos níveis de atenção são um dos sintomas presentes nas psicoses e também no abuso de drogas. A utilização da inibição pré-pulso (IPP) para análise deste fenômeno tornou possível identificar sistemas neurais subjacentes e cumpre papel importante em pesquisas de cunho translacional, já que a IPP é um fenômeno que ocorre em todos os mamíferos incluindo roedores e primatas humanos e não humanos. Neste trabalho nós examinamos os efeitos da administração crônica e retirada de ketamina em processos atencionais em ratas Wistar, testadas em diferentes fases do ciclo estral. Solução salina e ketamina foram administradas por via subcutânea durante 14 dias. A análise dos sintomas crônicos e retirada de ketamina foram realizadas pelo teste de IPP. Nossos resultados destacam o papel dos hormônios femininos na expressão da resposta incondicionada de medo que pôde ser detectada pelos efeitos sobre a resposta de sobressalto em ratas testadas sob diferentes níveis hormonais e tratamentos. Ratas Pro-Salina mostraram um aumento na amplitude de resposta de sobressalto, quando testadas no 14º dia de tratamento, contrastando com sua baixa amplitude observada nas fases Est-Salina e Die-Salina. Este aumento em ratas no proestro provavelmente está relacionado à ação do estrógeno que modula as respostas fisiológicas e comportamentais a sinais sensoriais, incluindo os estímulos auditivos, em muitas espécies. Hormônios sexuais, modulam a ação da ketamina em ratas, embora pouco se sabe sobre as diferenças de gênero ou seu efeito no potencial de abuso. A IPP é uma medida sensorial reduzida na psicose e de forma aguda por meio do tratamento com drogas, incluindo a ketamina. Ela varia ao longo do ciclo estral e é aumentada pelo tratamento com estrógeno. Nossos resultados confirmam a hipótese de que o estrógeno pode modular a IPP, o que ajuda a explicar o efeito protetor aparente do estrógeno sobre a psicopatologia da esquizofrenia e os efeitos benéficos do tratamento com estrógeno na psicose. Apoio financeiro: FAPESP (2014/09685-9)

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OT 05- O PROFISSIONAL DE SAÚDE E A PRESER-VAÇÃO DE VESTÍGIOS NOS SERVIÇOS DE UR-GÊNCIA E EMERGÊNCIA. SILVA, JOM1, FERNANDES, CLEA2 1Universidade Tiradentes, Departamento de Enfermagem, Aracaju - SE 2Faculdade Osman Lins – FACOL, Departamento de En-fermagem, Vitória de Santo Antão - PE INTRODUÇÃO: Os serviços de saúde, em especial os de urgência e emergência, são locais que frequentemente acolhem pessoas acometidas por diversas situações de vio-lência, sendo seus profissionais de saúde, muitas vezes, os primeiros contatos das vítimas e seus agressores. OBJETI-VO: O estudo tem como objetivo investigar na literatu-ra evidências sobre a atuação dos profissionais de saúde que trabalham nos serviços de urgências quanto à preser-vação de vestígios forenses. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, através das publicações no período de 2005-2015, encontradas nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo e Bireme. Fo-ram selecionadas 23 publicações. RESULTADOS E DIS-CUSSÃO: Os serviços de emergência são ambientes nos quais, frequentemente, estão as primeiras oportunida-des para a coleta de materiais forenses. Nesse cenário, os profissionais de saúde são atores privilegiados na identifi-cação de vestígios e caberá aos mesmos decidirem quais poderão recolher e/ou preservar, podendo tornar-se media-dor entre o paciente e a justiça. Entretanto, são muitas as dificuldades e desafios, tais como, a deficiência de conhe-cimento quanto a forma de coletar as informações, falta de preparo técnico para coleta e a sobrecarga de trabalho. Vale ressaltar que a maioria dos cursos de graduação na área de saúde praticamente não abordam na sua grade cur-ricular aspectos referentes ao atendimento da vítima de violência, o que colabora para a atuação paliativa nos ser-viços. CONCLUSÕES: Frente a estes entraves, torna-se pertinente a realização de capacitações que habilitem esses profissionais na preservação e coleta de vestígios, contri-buindo para a cadeia de custódia e colaborando para os desfechos jurídicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: GOMES, Albino. Enfermagem Forense – vol.1.Lidel, 2014. GONÇALVES, Susana Isabel Fernandes. " Vivências dos Enfer-meiros na Manutenção de Provas Forenses no Serviço de Emer-gência ". Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar ICBAS,2011.

OT 06- AÇÕES DE PESQUISA E EXTENSÃO UNI-VERSITÁRIA DESENVOLVIDAS PELO NÚCLEO DE ESTUDOS FORENSES DO ESTADO DO AMAZONAS BENTES, K. R. S.1; SOUZA, R. H.1; OLIVEIRA, T. C. S.1; WIEDEMANN, L. S. M.1; SANTOS, V. O.1; LUCAS, A. C. S.; ANTONIO, A. S.1; PAULA, A. R. U. ; PIMENTEL, L. A.; RUZO, C. M. ; ALVES, C. C. F.1; OLIVEIRA, D. S.1; SILVA, E. S.1; LOPES, G. B. P.1; CAETANO, H. M.1; COSTA, L. C. A.1; MANICKCHAND JR, L.1; SOUZA, L. C.1; MONTEIRO. S. J.1; RIBEIRO. U. A.1; SALDANHA, V.1; FIGUEIREDO, Y. G. G.1; SANTIAGO, W. O.1; CAR-NEIRO, W. M.1; SOUZA, A. C. L.1; MELO, R. M. S.1; AGUIAR, A. T. C.1; ALBUQUERQUE, G. B.1; ATAYDE, E. B. G.1; SOUSA, M. S.1; OLIVEIRA, L. R.1; HORA, L. F.; SILVA, H. S.; NÓBREGA, L. C.; NUNES, P. P.1; KOSHI-KENE, D.2; COSTA, C. L. S. O.2

1 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universi-dade Federal do Amazonas 2 Departamento de Polícia Técnico Científica, Secretaria de Segu-rança Pública do estado do Amazonas

Foi criado em 2010 no Departamento de Química (DQ) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) uma ação de extensão intitulada “Conhecendo mais sobre a química fo-rense”, onde um filme foi transformando em ferramenta di-dática e fazer uma relação do tema abordado com o aprendi-zado de química para o ensino médio. A partir daí diversos trabalhos passaram a ser criados, culminando em 2012 na criação do Núcleo de Estudos Forenses do estado do Amazo-nas (NEFA), grupo de pesquisas certificado pelo CNPq e que atua nas áreas de Perícia Ambiental, Genética, Farmácia, Entomologia e Química. Todas as ações do núcleo contam com a colaboração de profissionais do INPA, DPTC/AM e PF, transcendendo as fronteiras da UFAM e exaltando seu caráter interdisciplinar e interinstitucional. O grupo conta com o programa de extensão institucionalizado “Desvendando as Ciências Forenses” (Resolução No 020/2013 da Câmara de Extensão e Interiorização da UFAM), o qual desenvolve doze projetos convergentes, dentre ações de extensão, oficinas temáticas, cursos e mos-tras itinerantes que mostram o papel da Ciência na solução de problemas relacionados a Justiça. Os pesquisadores do programa já realizaram mais de 200 orientações, dentre pro-jetos de extensão e ações com a comunidade. Foram realiza-das 14 edições do evento como forma de popularização da ciência, os quais foram realizados com recursos obtidos por meio de 4 projetos de divulgação aprovados junto ao CNPq e Fapeam. No campo da pesquisa científica, desde 2012 foram realizadas 19 orientações de PIBIC, 2 orientações de TCC, 2 orientações de mestrado e 1 doutorado em andamento. Fo-ram apresentados 9 trabalhos em eventos científicos de reno-me nacional e 2 em evento internacional. O grupo já teve nove projetos de pesquisa aprovados junto às agências de fomento, garantindo a plena execução de suas atividades. Os trabalhos desenvolvidos pelo NEFA já foram premiados em dois eventos nacionais e um evento internacional, mostrando a qualidade do trabalho desenvolvido.

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OT 07- AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL PRESENTE NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBI-ENTAL DA UFAM POR AÇÃO ANTROPOGÊNICA BENTES, K. R. S.1; ALBUQUERQUE, A. R. C.2; ANTO-NIO, A. S.1; RIBEIRO, U. A.1; LOPES, G. B. P.; FIGUEI-REDO, Y. G. G.; SOUZA, R. K. T.2 1 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Uni-versidade Federal do Amazonas

2 Departamento de Geografia, Instituto de Ciências Humanas e Letras, Universidade Federal do Amazonas.

Uma Área de Proteção Ambiental (APA) consiste de uma região de preservação da fauna e flora nativa, podendo tanto estar contidas dentro de espaço urbano como possuir em sua extensão, unidades de ocupação humana que não afetem os processos ecológicos e vida silvestre existente nesta. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar o impacto ambiental no solo ocasionado pela ocupação humana de forma planejada e não planejada da APA na qual está con-tida a Universidade Federal do Amazonas, localizada em Manaus/AM. Para isto foram realizadas coletas de solo, em duas profundidades, a diferentes distancias de unidades de ocupação planejada e não planejada, a Estação de Trata-mento de Efluentes da UFAM (ETE) e um lixão clandesti-no (LC) criado por moradores de conjuntos habitacionais que cercam a universidade. Todas as amostras coletadas foram analisadas em quantificação de macro e micronutri-entes, nitrogênio mineral, carbono total (CT), nitrogênio total (NT), razão C:N, pH, granulometria e umidade. As amostras coletadas em ambas unidades apresentaram solo franco arenoso, sendo que, na ETE não foram encontradas modificações significativas na microbiota, apesar do au-mento nos níveis de CT e NT. O despejo de efluentes pela ETE não alterou os teores de cátions no solo, com exceção do Mn+, cuja fonte pode ter sido da degradação da infraes-trutura que compõe a ETE. De forma contraria ao observa-do na ETE, a análise do LC demonstrou uma área de con-taminação mais abrangente (16 metros) onde ocorreu a alcalinização do solo e um aumento nos teores de Ca2+, Mg2+, Cu+, fosforo disponível, Mn+ e Zn2+, provenientes de componentes eletrônicos encontrados nos resíduos. Es-tes dados demonstram a necessidade de um trabalho de preservação da APA no que diz respeito sua ocupação não planejada, o qual ocasiona uma contaminação ampla do solo, capaz de afetar os processos ecológicos existentes na fauna e flora da APA. Referências bibliográficas: Bonatti J., Marczwski, J., Rebelato, G.S., Silveira, C.S., Campelo, F.D.,.Trilhas da Floresta Nacional de São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, Brasil: mapea-mento, análise e estudo da capacidade de carga turística. Revista Brasileira de Biociências, v. 4, n. 1-2, 2006

OT 08- COLORAÇÃO DIFERENCIAL PARA IDENTI-FICAÇÃO DE ESPERMATOZOIDES EM AMOSTRAS FORENSES MOTTA S1, GRIBERMAN A1, ARANTES L2, ROCA G1

1Seratec GmH – Goettingen/Alemanha 2Seção de Perícias e Análises Laboratoriais, Instituto de Criminalís-tica, Polícia Civil do Distrito Federal – Distrito Federal/Brasil

A cada ano mais de 500 mil estupros são cometidos no Bra-sil, mas apenas 10% deles são reportados à polícia. Oitenta e nove por cento das vítimas são do sexo feminino e mais de 70% são menores de idade (IPEA, 2014). A pesquisa de es-permatozoides em amostras biológicas obtidas diretamente de vítimas de estupro, de suas vestes ou de outros suportes, como lençóis, é uma importante etapa, pois, além de identifi-car a origem do material genético masculino, auxilia na defi-nição da melhor metodologia a ser empregada na análise de DNA forense. Nesse trabalho apresentamos resultados preli-minares de coloração diferencial de espermatozoides. As primeiras amostras analisadas foram preparadas a partir de sêmen congelado. Quatro diferentes fluorocromos vitais fo-ram utilizados e colorações estrutura-específica foram conse-guidas para a cabeça, a peça intermediária e a cauda dos es-permatozoides. Entre os resultados obtidos, foi possível de-monstrar que mesmo caudas separadas das cabeças são mais facilmente identificadas após a técnica de coloração aqui proposta. O fluorocromo DAPI foi eficiente para a coloração específica do núcleo rico em DNA localizado na região da cabeça do espermatozoide e dois outros coraram especifica-mente a cauda e a peça intermediária (rica em mitocôndrias). Espera-se reproduzir os achados em amostras forenses e en-tão validar a metodologia para utilização forense.

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OT 09- ANÁLISE DE SOLOS DA REGIÃO METRO-POLITANA DE CURITIBA (PR-BRASIL) POR DI-FRAÇÃO DE RAIOS X E MÉTODO DE RIETVELD PARA FINS FORENSES PRANDEL L.V.1, BRINATTI A.M.2, SAAB S.C.2, MELO V.F.1 1 Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo – Universida-de Federal do Paraná (UFPR) 2 Programa de Pós-Graduação em Ciências / Física – Universi-dade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

Introdução: Vestígios de solos podem fornecer infor -mações importantes em uma investigação criminal [1]. O método de Rietveld com dados de difração de raios X (MR-DRX) [2,3] é uma técnica que pode ser aplicada em análi-ses forenses em solos devido à precisão em quantificar fases minerais [3], necessitar de quantidade reduzida de amostra e não ser destrutiva. Objetivo: Associar as técni-cas MR-DRX e agrupamento por componentes principais em solos da região metropolitana de Curitiba para discri-minar locais e horizontes de amostragem . Materiais e Mé-todos: Quatro solos da Região Metropolitana de Cur iti-ba (PR-Brasil) foram coletados e submetidos ao seguinte processo: extração de matéria orgânica com H2O2; disper-são por ultrassom e água pH 10; separação da fração areia com peneira de 0,053 mm; fracionamento físico em ultra-centrífuga para separação da argila do silte; e tratamento da argila com ditionito-citrato-bicarbonato (DCB) [4]. As argilas desferrificadas foram analisadas em difratômetro de raios X da Rigaku (Ultima IV), com radiação CuKa (40 kV e 30 mA), step-scan (0,02º / 5 s). Os dados de DRX foram refinados em software GSAS+EXPGUI [5]. O teor de minerais, juntamente com dados texturais e elementares foram submetidos a uma análise das componentes princi-pais (PCA). Resultados e Discussão: Com o MR-DRX foi possível quantificar teores de caulinita (259-570 g kg-1), gibbsita (112-446 g kg-1), quartzo (2-385 g kg-1), ilita (62-241 g kg-1), muscovita (29-194 g kg-1) e outros minerais (0,3-74 g kg-1) da fração argila desferrificada. Esses resul-tados foram associados ao material de origem desses solos. Com o uso da PCA de análises mineralógicas e elementa-res, foi possível discriminar locais e horizontes dos solos e indicar os que apresentam maiores tendências de determi-nados minerais. Conclusão: O MR-DRX é uma técnica que apresenta grande potencial para análise forense na fração argila por não ser destrutiva e não necessitar de muitas técnicas complementares para discriminar solos e vestígios de solos por meio da PCA. Referências Bibliográficas: [1] Melo VF et al. (2008) Forensic Sci. Int. 179:123. [2] Rietveld HM (1969) J Appl Crystallogr. 2:65. [3] Prandel LV et al. (2014) Radiat. Phys. Chem. 95:65. [4] Mehra ML & Jackson ML (1960) Clays Clay Miner. 7:317. [5] Larson AC & Dreele RB (2004) GSAS - General Structure Anal-ysis System. Los Alamos: University of California. Agradecimentos: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Laboratório de Mineralogia do Solo - Departamento de Ciências do Solo e Extensão Agrícola (DESEA / UFPR), Complexo de Laboratórios Multiusuários (CLABMU / UEPG) e Grupo de Física Aplicada a Solos e Ciên-cias Ambientais (FASCA / UEPG).

OT 10- APLICAÇÃO DE TÉCNICAS ESPECTROSCÓ-PICAS DE FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X E INFRA-VERMELHO EM SOLOS DA REGIÃO METROPOLI-TANA DE CURITIBA (PR-BRASIL) PARA FINS FO-RENSES PRANDEL L.V.1, BRINATTI A.M.2, SAAB S.C.2, MELO V.F.1 1 Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo – Universidade Federal do Paraná (UFPR) 2 Programa de Pós-Graduação em Ciências / Física – Universida-de Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

Introdução: Vestígios de solos podem fornecer informa-ções importantes em uma investigação criminal [1]. A espec-troscopia de Fluorescência de Raios X (FRX) [2,3] e Infra-vermelho por transformada de Fourier (FTIR) [3] são técni-cas que podem ser aplicadas em âmbito forense devido à rapidez, boa sensibilidade e necessidade de quantidade redu-zida de amostra. Objetivo: Analisar solos da região metropo-litana de Curitiba por técnicas de FRX e FTIR e realizar aná-lise de componentes principais (PCA) desses resultados para discriminar locais de amostragem e horizontes de solos. Ma-teriais e Métodos: Quatro solos da Região Metropolitana de Curitiba (PR-Brasil) foram coletados e submetidos ao seguinte processo: extração de matéria orgânica com H2O2;

dispersão por ultrassom e água pH 10; separação da fração areia com peneira de 0,053 mm; fracionamento físico em ultracentrífuga para separação da argila do silte; e tratamento da argila com ditionito-citrato-bicarbonato [4]. As amostras foram submetidas à FRX (solo e argila) e à FTIR (argila) em equipamentos Shimadzu EDX–720 e Nicolet 4700, respecti-vamente. Resultados e Discussão: A FRX e FTIR com o uso da PCA foram técnicas precisas para separar solos coletados em diferentes locais e agrupar solos coletados em mesmo ponto de amostragem. Em um mesmo local de amostragem os horizontes A e B dos solos foram posicionados em grupos distintos de amostras. Essa distinção entre horizontes A e B é especialmente importante em solos urbanos, onde grande parte dos solos é decapitada com exposição do horizonte subsuperficial. Conclusão: Com o emprego das metodologias e técnicas apresentadas será possível afirmar (ou negar) se um provável vestígio de solo pertence a um dos quatro sítios estudados. O protocolo analítico usado apresenta grande po-tencial para estudos forenses para análises de vestígios de solos, podendo ser aplicados a outros estados do Brasil e outros países. Referências Bibliográficas: [1] Melo VF et al. (2008) Forensic Sci. Int. 179:123. [2] Prandel LV et al. (2014) Radiat. Phys. Chem. 95:65. [3] Brinatti AM et al. (2010) Sci. Agric. 67:454. [4] Mehra ML & Jackson ML (1960) Clays Clay Miner. 7:317. Agradecimentos: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior (CAPES), Laboratório de Mineralogia do Solo -

Departamento de Ciências do Solo e Extensão Agrícola (DESEA /

UFPR), Complexo de Laboratórios Multiusuários (CLABMU /

UEPG) e Grupo de Física Aplicada a Solos e Ciências Ambientais

(FASCA / UEPG).

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OT 11- NO SENTIDO DE ESTABELECER A EN-FERMAGEM FORENSE NO BRASIL: UMA REVI-SÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA INTERNA-CIONAL

ESTEVES, RE1, CARDOSO, L2, LASIUK, GC3, KENT-WILKSON, A4 1Doutorando. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Univer-sidade de São Paulo, Brasil. 2Professora Doutora 2. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil. 3Professora Associada. College of Nursing, University of Sas-katchewan, Canadá. 4Professora Associada. College of Nursing, University of Sas-katchewan, Canadá.

Introdução: A Associação Internacional de Enfermagem Forense [1] define, enfermagem forense como a aplicação da ciência de enfermagem nas situações, em que os siste-mas de saúde e justiça se sobrepõe. Objetivo: Responder à questão; quais as contribuições para enfermagem brasileira que o estabelecimento da enfermagem forense pode produ-zir, por meio de experiências desta especialidade em ou-tros países? Material e Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa [2], o tema foi problematizado, sendo formula-da uma questão de pesquisa, foram realizadas buscas nas bases: EBSCOhost; SCOPUS e Ovidsp. Os termos utiliza-dos nas bases, incluíram: “enfermagem forense”, “penal”, “prisão” “enfermeiro examinador de agressão sexual”. Ainda, as pesquisas foram limitadas a artigos publicados por dupla revisão, nos idiomas inglês, português e/ou espa-nhol, entre 1998 e 2013. Para análise dos dados foram de-senvolvidos critérios para inclusão dos artigos. A análise crítica iniciou-se pela a leitura dos títulos e resumos; e posterior leitura integral. Os artigos recuperados foram exportados para o administrador de referências RefWorks. Resultados e Discussão: Os resultados foram apresentados no Diagrama Prisma, com os quantitativos de artigos e as exclusões realizadas, sendo selecionados 22 textos para leitura na integra, os quais englobam 8 países, todos publi-cados em língua inglesa. Os conteúdos foram apresentados em quatro categorias que são: Currículo; Enfermeiro exa-minador de violência sexual adulta e pediátrica; Enferma-gem psiquiátrica forense; Generalizações em enfermagem forense. Conclusões: Esta pesquisa, publicada em 2014, fornece uma revisão abrangente acerca da especialização em enfermagem forense dos últimos quinze anos. O traba-lho teve como foco compreender os desafios e as vanta-gens de desenvolver esta carreira para os enfermeiros bra-sileiros. Neste sentido, os resultados são inovadores, pois vão de encontro com processo de fortalecimento do Siste-ma Único de Saúde (SUS) por meio da participação ativa da enfermagem. Referências Bibliográficas: [1]. International Association of Fo-rensic Nursing. (2006). What is forensic nursing? Elkridge, MD: IAFN. [2]. Whittemore, R., & Knafl, K. (2005). The integrative review: Updated methodology. Journal of Advanced Nursing, 52(5), 546-553. Agradecimentos: A Universidade de São Paulo por fomentar o meu intercâmbio realizado na Universidade de Alberta, Canadá.

OT 12- USO FORENSE DE SOLOS A PARTIR DE ANÁLISES QUÍMICAS E FÍSICAS DAS FRAÇÕES AREIA E ARGILA CORRÊA RS1,2, GOMES, JA2, FERRARI, E2, ARANTES LC2, SOUSA, MH3, CHA-KER, JA3, MELO, VF1

1Universidade Federal do Paraná. 2Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal. 3Universidade de Brasília Introdução: vestígios de solos frequentemente aderem a solados, pneus, vestimentas, armas, superfície da pele, cabe-lo, cavidades humanas e outros objetos que podem estar rela-cionados a delitos. Esses vestígios podem fornecer informa-ções que relacionem uma pessoa ou objeto a um local de crime ou que os descartem da ocorrência. Fragmentos de solos são precariamente usados em investigações forenses há mais de um século. A aquisição de equipamentos analíticos por instituições forenses tem despertado o interesse pelo uso de solos como prova material de delitos. Objetivo: com vista à geração de provas materiais, este trabalho objetivou inves-tigar o poder discriminante de algumas técnicas analíticas comumente utilizadas na análise de solos. Materiais e Méto-dos: 16 amostras de Latossolo e 16 amostras de Cambis-solo foram coletadas em Brasília - DF e fracionadas em areia, silte e argila. Os grãos de areia foram analisados para rugosidade, esfericidade inscrita e circunscrita, razão de as-pecto, fator de compactação e razão entre esfericidades. A fração argila foi analisada para cor e aspectos mineralógicos. No total foram gerados 23 parâmetros para cada uma das 32 amostras de solo. Os dados foram normalizados (ln) e sub-metidos à Análise de Componentes Principais, com o uso do programa Origin 9.0. Resultados e Discussão: o uso forense de solos requer técnicas laboratoriais e estatísticas que discri-minem amostras de solos diferentes e agrupem amostras de solos iguais. Nesse sentido, os seis parâmetros gerados pela análise da fração areia nas 32 amostras lograram êxito em discriminar amostras de Cambissolo das amostras de Latos-solo e agrupar amostras de mesmo tipo de solo em 40% das comparações realizadas. Os 17 parâmetros gerados pela aná-lise da fração argila nas mesmas amostras foram eficientes para separá-las e agrupá-las em todas as comparações reali-zadas. A eficiência em discriminar amostras de mesmo solo, mas que foram coletadas a distâncias crescentes de até 4,5 km, variou entre 15,4% (Latossolo) e 69,2% (Cambissolo). A análise da fração areia foi capaz de consistentemente dis-criminar amostras de mesmo tipo de solo distanciadas a par-tir de 140 m e a fração argila foi capaz de discriminar amos-tras de Cambissolo partir de 740 m de distância. Conclusão: vestígios de solos podem ser transformados em provas mate-riais forenses com o uso de técnicas laboratoriais e estatísti-cas rotineiras. O uso da fração argila mostrou-se mais efici-ente para discriminar amostras de diferentes tipos de solo e a análise da fração areia mais eficiente para discriminar amos-tras de um mesmo tipo de solo coletadas a uma distância mínima de 140 m.

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OT 13- IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DE CARNE APREENDIDA TREMORI TM1, MASSAD MRR1, RIBAS LM2, CA-MARGO BWDF3, SILVA LTR4, OLIVEIRA AAF5, RO-CHA NS6. 1 Doutoranda – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu 2 Pós-doutoranda – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootec-nia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu 3 Graduanda em Medicina Veterinária – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu 4Doutoranda – Departamento de Medicina Veterinária – Univer-sidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE 5 Professora Doutora – Departamento de Medicina Veterinária – Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE 6Professora Livre Docente – Departamento de Clínica Veteriná-ria – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu

Introdução: A inspeção de alimentos de origem animal está entre as atribuições do Médico Veterinário, que também é responsável por exames periciais nestes casos. Por vezes este material pode ser originário de uma caça ilegal, ou mesmo casos de tráfico e contrabando de animais, portanto a identificação da espécie de alimentos clandestinos possu-em diversas implicações jurídicas, inclusive pelo fato de algumas espécies serem protegidas em função do risco de extinção (IUCN Red List), sendo crime de acordo com o artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais 9.605/98. Objetivo: Identificação da origem do material apreendido. Material e Métodos: Foi requisitado ao Laboratório de Medicina Ve-terinária Legal - Faculdade de Medicina Veterinária e Zoo-tecnia – FMVZ – UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu, pela autoridade policial a identifica-ção da espécie de material apreendido, sendo três peças, cada peça continha restos cadavéricos acondicionados em duas embalagens de sacos pretos, pesando um total de 27,7 Kg. O material foi analisado morfologicamente e submeti-do ao sequenciamento do Citocromo b para ser comparado com o GenBank, um dos principais bancos mundiais de sequências Resultados e Discussão: De acordo com o ma-terial examinado não foi possível realizar a identificação da espécie somente com análise morfológica, já que care-ciam de elementos importantes como conformação anatô-mica, ossos, dentes e pelos. Segundo a análise genética molecular as três amostras encaminhadas foram identifica-das como sendo da espécie Sus Scrofa (porco ou javali), no caso o javali se enquadra como fauna exótica e não se aplicam no território brasileiro medidas de conservação relacionadas à extinção da espécie de acordo com IUCN – Red List. Conclusão: O exame pericial aliado aos exames complementares é essencial para conclusão adequada do laudo. Referências bibliográficas: The IUCN Red List of Threatened Species. Version 2014.2. TREMORI, T.M.; et al Determining Identification by Veterinary Forensics Zoology in a Paca (Paca Cunicullus) Source Journal of Veterinary Science v.1, p.1-6, 2014. Agradecimentos: CAPES Edital Pró Forenses 25/2014.

OT 14- ESTUDO TEÓRICO DE CALIXARENOS CO-MO COMPOSTOS DETECTORES DE METAIS PESA-DOS PRADO, T.F. ; A.T, BRUNI. Departamento de Química/FFCLRP-USP.

Os calixarenos são moléculas orgânicas com capacidade de formar compostos coordenados com metais de diversos gru-pos de forma seletiva, ou com moléculas com potencial tóxi-co, podendo interagir. As energias envolvidas dos calixare-nos nestas interações são parâmetros cruciais para determinar a estabilidade dos complexos formados, utilizando de ferra-mentas computacionais o estudo in silico é promissor para esta finalidade. A pesquisa teve como objetivo obter valores de energia da estrutura utilizando métodos semi-empíricos e avaliar a proximidade das energias com a estrutura real. Os métodos ab initio, semi-empírico e outros métodos de cálcu-lo quântico são formas para obtenção de dados energéticos. Neste trabalho os métodos semi-empíricos fora utilizados estudar o calixareno uma vez que o são viáveis para otimizar o tempo de estudo. Neste caso foram empregando os méto-dos AM1 e PM3. Após as otimizações as informações obti-das que foram comparadas com a estrutura cristalográfica que corresponde a forma real do calixareno. Foram observa-dos quão próximos os valores calculados das distâncias de ligação estavam do real. Os valores das distâncias de ligação em AM1 e PM3 foram próximos das distâncias obtidas da cristalografia de Raios-X. Os resultados preliminares mos-tram que os métodos semi-empíricos são adequados para o estudo estrutural dos calixarenos, uma vez que grande simi-laridade com resultados experimentais foi encontrada, mos-trando-se hábeis em reproduzi-la, com resultados confiáveis e precisão na determinação estrutural.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. Francisco, M. M. Síntese De Ésteres Fenólicos De Calixarenos: Complexação De Metais Alcalinos E Parâmetros De Hammett. (2010).

2. Sant’Anna, C. M. R. Molecular modeling methods in the study and design of bioactive compounds: An introduction. Rev. Virtual Química 1, (2009).

Fonte Financiadora: Programa Unificado de Bolsas/USP

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ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

A

Aguiar, A. C. QF 27

Aguiar, A. T. C. OT 06, QF 11, QF 12, QF 39, QF 10

Albuquerque, A. R. C. OT 07

Albuquerque, G. B. OT 06

Alem, L. BQ 07

Almeida, A. A. ECF 02, TOX 01, TOX 02

Alves, C. C. F. EF 01, EF 02, OT 06

Alves, M. N. R. PPF 01

Alves, R. B. QF 70

Andrade, A. O. C. B. OL 08

Andrade, M. V. O. QF 35

Antonio, A. S. EF 01, EF 02, OT 06, OT 07, QF 10, QF 11, QF 12,QF 39

Antonio, L. U. BQ 06

Arantes, L. C. BQ 02, OT 12, QF 26, QF 37, QF 62

Arantes, L. OT 08

Araujo, W. R. QF 69

Arouca, A. M. QF 05, QF 06, QF 51, QF 52

Arruda, M. A. Z. QF 19

Atayde, E. B. G. OT 06

Augusti, R. QF 02, QF 07

Azevedo, A. C. S. OL 01

B

Balbino, M. A. QF 04, QF 33, QF 45, QF 46

Baptista, J. P. A. ECF 04

Barbar, L. C. QF 68

Barbeiro, P. H. CRI 03

Barbieri, A. A. OL 07

Barbosa, A. P. QF 27

Barbosa, I. L. QF 27

Barbosa, L. M. QF 42

Barbosa, P. E. N. QF 70

Barbosa, S. L. QF 08

Barcelos Júnior, A. E. QF 01

Barros, A. V. N. OL 08

Barros, G. A. EF 01, EF 02, QF 11

Bazzarela, R. B. TOX 09

Benedicto, E. N. OL 10

Bentes, K. R. QF 10

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ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Bentes, K. R. S. ECF 03, EF 01, EF 02, OT 06, OT 07, QF 11, QF 12, QF 36, QF 39

Biazevic, M. G. H. OL 01, OL 10

Bicalho, M. G. EF 04

Bombana, H. S. TOX 05

Bombana, H. S. TOX 06

Borges, R. QF 27, QF 47

Borille, B. T. QF 14, QF 15

Bouchardet, F. C. H. OL 03

Braga, C. C. QF 53, QF 54

Braga, P. C. C. S. QF 43

Brinatti, A. M. OT 09 OT 10

Bruni, A. T. BQ 09, CRI 03, CRI 05, OT 01, OT 14, QF 22, QF 34, QF 50

Byrro, R. M. D. QF 56

C

Caetano, H. M. OT 06

Camargo, B. W. D. F. OT 13

Campestrini, I. QF 28, QF 29, TOX 08

Cardoso, K. BQ 05, EF 03

Cardoso, L. OT 11

Cardozo, C. G. QF 58, QF 59

Cardozo, K. C. QF 34

Carlin, M. E. G. ECF 01

Carmo, S. K. S. QF 30

Carneiro, W. M. OT 06

Carratto, T. M. T. ECF 04, QF 67

Castelli, E.C. BQ 01, BQ 08

Castro, A. L. QF 04, QF 45

Castro, A. S. ECF 05

Chaguri, J. L. ECF 02, TOX 01, TOX 02

Chaker, J. A. OT 12

Cobo-Plana, J. A. OL 03

Coelho Neto, J. QF 31, QF 32, QF 41, QF 70

Coimbra, J. B. TOX 09

Cordeiro, G. A. QF 68

Côrrea Júnior, G. R. QF 25

Corrêa, D. N. QF 19, QF 27

Corrêa, R. S. OT 12

Costa, C. L. S. O. OT 06

Costa, C. V. QF 03

Costa, F. R. F. QF 25

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ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Costa, G. OT 03

Costa, J. L. QF 27

Costa, L. C. A. OT 06, QF 10, QF 11, QF 12, QF 39

Costa, L. M. QF 02

Cotta, F. A. QF 01

Crippa, J. A. S. PPF 01

Crispim, P. di T. B. QF 24

Crizel, M. G. QF 23

Crizel, G. M. QF 63

Crotti, A. E. M. QF 04

Crumo, C. A. ECF 01

Cruz Júnior, J. W. QF 21, QF 45, QF 46

Cunha, R. L. QF 55

D

da Costa, J. L. QF 61

Da Silva, A. B. C. QF 71

da Silva, L. C. QF 42

da Veiga, M. A. M. S. QF 13

Dantas, J. OT 03

Daruge Júnior, E. OL 05

de Faria, D. L. A. QF 61

De Martinis, B. S. PFF 01, ECF 05

De Oliveira, A. C. QF 08

de Oliveira, J. L. TOX 10

De Oliveira, M. F. QF 64, QF 71, QF 72

de Paula, D. M. L. TOX 09

De Rose, N. M. QF 40

Debortoli, G. BQ 01, BQ 08

Dezem, T. U. OL 11

Dias Filho, C. R. BQ 02, BQ 03

Dias, H. J. QF 04

Dias, L. G. BQ 09, CRI 03

Dockal, E. R. QF 21

Donadi, E. A. BQ 01, BQ 08

Dornellas, R. M. QF 17

Dos Santos, M. F. TOX 05, TOX 07

Dos Santos, W. T. P. QF 08

E

Eberlin, M. N. QF 19, QF 27

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ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Eleotério, I. C. QF 04, QF 33, QF 45, QF 46

Escorsin Neto, J. QF 38

Esteves, R. E. OT 11

F

Farias, A. G. OL 02

Farias, L. BQ 05

Faúla, H. S. N. QF 26, QF 37

Faulhaber, A. L. C. TOX 07

Fernandes, C. L. E. A. OT 04, OT 05

Fernandes, F. B. N. CRI 01, OT 01

Fernandes, L. A. T. QF 38

Fernandes, M. M. OL 03, OL 04

Ferrão, M. F. QF 14

Ferrari, E. OT 12

Ferraz, J. A. M. L. BQ 06

Ferreira, B. F. QF 13

Ferreira, B. M. QF 26, QF 37

Ferreira, C. E. S. TOX 07

Ferreira, L. P. QF 44

Ferreira-Sgobbi, R. OT 02

Fialho, M. C. Q. EF 01, EF 02

Figueiredo, Y. G. G. OT 06, OT 07

Fontelene, E. S. QF 18, QF 62

Fracasso N. C. A. BQ 01, BQ 08

Fraga, G. H. C. CRI 04

Franco, M. F. QF 27

G

Gama, L. I. L. M. QF 03

Gamba, T. O. OL 02

Gjerde, H. TOX 05

Godinho, A. F. ECF 02, TOX 01, TOX 02

Gomes, A. C. C. TOX 01

Gomes, J. A. OT 12

Gonçalves, J. B. C. QF 53, QF 54

Goulart, C. O. L. QF 16

Griberman, A. OT 08

Groppo, F. C. OL 02

Guerra, G. T. QF 23

Guerra, T. G. QF 63

Guerreiro, M. C. QF 65

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ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

H

Haiter-Neto, F. OL 02

Hanna, T. B. PPF 01

Heringer, R. d. QF 60

Hernandes, V. V. QF 27

Holtkoetter, H. BQ 03

Hora, L. F. OT 06

I

Inoue, R. M. T. TOX 01, TOX 02

Ipólito, A. J. QF 64

J

Jamt, R. E. G. TOX 05

Jara, J. L. P. QF 27

Jardim, W. F. QF 28

Jatobá, R. QF 05, QF 51, QF 52

Júnior, W. A. C. QF 24

Jurisch, M. QF 02

Juvencio, J. M. TOX 02

K

Katayama, J. M. T. QF 20, QF 21, QF 49

Kent-Wilkson, A. OT 11

Kichler, A. OL 04

Kirsten, R. R. L. EF 04

Koshikene, D. OT 06

L

Lages, V. A. OL 08

Lapachinske, S. F. QF 29

Lasiuk, G. C. OT 11

Lasmar, M. C. QF 35

Lehmann, E. L. QF 19

Leite, V. B. P. CRI 03

Lenz, V. QF 63

Leyton, V. TOX 05, TOX 06

Lião, L. M. QF 43

Lima, A. B. QF 08

Lima, K. F. OL 05, OL 06

Limberger, R. P. QF 14, QF 15, TOX 03

Lino, J. O. TOX 04

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ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Lisboa, F. L. C. QF 31, QF 41

Litaiff, A. C. B. QF 36

Lopes, G. B. P. OT 06, OT 07

Lopez-Capp, T. T. OL 10

Lordeiro, R. A. QF 44, QF 56, QF 70

Lucas, A. C. S. OT 06

Lucena, M. A. M. QF 05

Lucena, M. C. C. QF 48

M

Machado, A.C.G. QF 07

Machado, H. C. BQ 04

Machado, L. F. QF 40

Machado, Y. QF 09, QF 70

Maciel, P. O. M. BQ 07

Magalhaes, E. J. QF 07

Magalhães, J. G. TOX 06

Magalhães, J. QF 04, QF 33, QF 46

Malaghini, M. BQ 04, EF 04

Malheiros, D. BQ 04, EF 04

Mangueira, C. L. P. TOX 07

Manickchand Jr, L. OT 06

Marano, L. A. EF 04

Marcelo, C.A M. QF 14

Marcorin, L. BQ 01, BQ 08

Marinho, P. A. QF 25

Marinho, P. E. de A. CRI 04

Mariotti, K. C. QF 14, QF 15, TOX 03

Martinelli, M. QF 47

Martini, A. L. QF 43

Martinis, B. S. ECF 01, ECF 04

Massad, M. R. R. MED 01, OT 13

Massaro J. D. BQ 01, BQ 08

Matos, A. L. M. QF 56

Matos, M. S. QF 36

McCord, B. R. QF 45, QF 46

Melo, R. M. S. OT 06, QF 36

Melo, V. F. OT 09, OT 10, OT 12, QF 68

Mendes-Junior, C. T. BQ 01, BQ 08

Mendonça, J. B. TOX 09

Mendonça, R. M. CRI 03

Menezes, M. M. T. QF 04

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ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Menezes, M. R. QF 61

Mesko, M. F. QF 23

Michel-Crosato, E. OL 01, OL 03, OL 10

Miguita, A. G. C. QF 09

Miranda, A. S. OL 07

Mohamad, L. BQ 05, EF 03

Monteiro. S. J. OT 06

Montes, R. H. O. QF 57

Moraes, M. E. L. OL 07

Morais, D. R. QF 27

Moreira, R. V. QF 61

Mota-Silva, R. S. QF 21

Motta, S. OT 08

Moura, M. O. EF 04

Munhoz, G. P. QF 22

Muñoz Henao, M. M. TOX 08

Muñoz, D. R. TOX 05, TOX 06

Muñoz, R. A. A. QF 08, QF 17, QF 57

N

Naressi, S. C. M. OL 07

Nascentes, C. C. QF 01, QF 09, QF 44, QF 02

Neto, O. N. CRI 02

Neves, F. T. A. QF 42

Neves, G. O. F. QF 24

Nobre, M. J. OT 02

Nóbrega, L. C. OT 06

Nogueira, T. L. S. BQ 07

Nossol, E. QF 17

Nunes, C. A. QF 07, QF 65

Nunes, K. M. QF 35

Nunes, P. P. ECF 03, OT 06

O

Oiye, E. N. QF 20, QF 21, QF 49

Oliveira, A. A. F. MED 01, OT 13

Oliveira, C. S. L. QF 55

Oliveira, D. S. OT 06

Oliveira, L. R. OT 06

Oliveira, M. F. ECF 01, ECF 04, ECF 05, QF 04, QF 20, QF 21, QF 33, QF 45, QF 46, QF 49, QF 67

Oliveira, M. L. G. BQ 01, BQ 08

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ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Oliveira, R. N. OL 03, OL 04

Oliveira, T. C. S. OT 06, QF 36

Ortiz, R. S. QF 14, QF 15, TOX 03

P

Paiva, L. A. S. OL 10

Paixão, T. R. L. C. QF 58, QF 59, QF 66, QF 69

Panizza, H. N. TOX 06

Parabocz, G. C. TOX 04

Parabocz, G. TOX 10

Paula, A. R. U. EF 01, EF 02, OT 06, QF 10, QF 11, QF 12, QF 39

Pavan, M. G. ECF 04

Pedrina, N. J. ECF 04, QF 50

Pelição, F. S. TOX 09

Pereira, A. N. N. OL 08

Pereira, A. L. E. BQ 01, BQ 08

Pereira, C. M. P. QF 23

Pereira, J. G. D. OL 05, OL 06

Pereira, L. S. A. QF 41

Pereira, M. M. I. BQ 06

Pereira, N. TOX 04

Pereira, P. M. C. QF 63

Peres, M. D. TOX 09

Pericolo, S. TOX 04, TOX 10

Pimentel, L. A. OT 06, QF 36

Pinto, P. H. V. OL 08

Pissinate, J. F. TOX 09

Placido, G. P. CRI 03

Plácido, K. M. QF 26, QF 37

Possobon, R. F. OL 02

Prado, F. T. OT 14

Prandel, L. V. OT 09, OT 10

Primo, M. J. QF 53, QF 54

R

Ramalho E. D. QF 18, QF 26, QF 37, QF 62

Ranville, J. F. QF 60

Rebelo, J. C. O. TOX 09

Recalde, T. S. F. OL 09

Reis, M. TOX 03

Reis, S. T. J. MED 01

Resende, L. M. B. QF 65

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ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Ribas, L. M. MED 01, OT 13

Ribeiro, A. S. QF 03

Ribeiro, C. E. QF 72

Ribeiro, M. F. M. QF 20, QF 49

Ribeiro, U. A. OT 07, OT 06

Richter, E. M. QF 17, QF 57

Roca, G. OT 08

Roca, M. G. BQ 02, BQ 03

Rocha, D. P. QF 17

Rocha, R. G. QF 57

Rocha, M. L. F. ECF 05

Rocha, N. S. MED 01, OT 13

Rodriguez, J. C. Z. OL 09

Rohfs, W. J. C. TOX 05, TOX 06

Romagnolo, A. G. TOX 01

Romão, W. QF 15, TOX 03

Rosa, G. C. OL 04

Rosário, J. OT 03

Rosário, M. M. T. BQ 04, EF 04

Ruzo, C. M. OT 06

S

Saab, S. C. OT 09, OT 10

Sakaguti, N. OL 04

Saldanha, V. OT 06

Salum, L. B. QF 18, QF 26, QF 37, QF 62

Sanches, L. R. TOX 07

Sandrim, V. C. ECF 02, TOX 01, TOX 02

Santana, M. M. P. QF 55

Santiago, W. O. OT 06

Santos, A. A. L. QF 07

Santos, A. P. S. S. QF 53, QF 54

Santos, C. M. M. QF 23

Santos, M. F. TOX 06

Santos, M. M. C. QF 63

Santos, O. C. L. BQ 07

Santos, R. O. QF 53, QF 54

Santos, T. C. L. ECF 05

Santos, V. O. OT 06

Santos Filho, A. M. P. QF 35

Sarkis, J. E. S. CRI 02

Schaefer, C. E. QF 68

Schmidt, E. M. QF 19

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ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Seibert, E. L. QF 38

Selva, T. M. G. QF 58, QF 59

Sena, M. M. QF 09, QF 35, QF 41

Silva, A.A OL 11

Silva, B. O. TOX 01

Silva, E. S. OT 06

Silva, F. I. TOX 01, TOX 02

Silva, F. L. ECF 02

Silva, G. O. QF 69

Silva, H. S. OT 06

Silva, J. O. M. OT 04, OT 05

Silva, L. A. J. QF 57

Silva, L. T. R. MED 01, OT 13

Silva, R. A. B. QF 58, QF 59

Silva, R. C. QF 03

Silva, R. H. A. OL 05, OL 06, OL 09, OL 11

Silva, R. S. M. QF 45, QF 46

Silva, T. G. QF 66, QF 69

Simoes, A. L. BQ 01, BQ 08

Sinagawa, D. M. TOX 06

Sindeaux, R. H. M. BQ 04

Siquieri, T. O. BQ 09

Soares, A. C. QF 33

Soares, W. M. G. QF 03

Sousa, M. H. OT 12

Sousa, M. S. OT 06

Souza, A. C. L. ECF 03, OT 06

Souza, D. A. QF 53, QF 54

Souza, J. E. G. QF 30

Souza, L. C. ECF 03,OT 06

Souza, L. F. QF 43

Souza, R. H. ECF 03, OT 06

Souza, R. K. T. OT 07

Stadler, C. BQ 02, BQ 03

T

Tadini, M. C. QF 20, QF 49, QF 64

Takitane, J. TOX 06

Talhavini, M. QF 05, QF 06, QF 51, QF 52

Tavares, I. S. TOX 07

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ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Teixeira, A. P. C. QF 01

Terada, A. S. S. D. OL 11

Testoni, S. A. QF 68

Teunissen, S. F. QF 27

Tonholo, J. QF 03

Tose, L. V. QF 15

Tremori, T. M. MED 01, OT 13

U

Ulyssea, M. QF 38

V

Vairo, K. P. EF 04

Valentin, E.S.B. BQ 07

Valladão, F. N. QF 44

Vanini, G. QF 15

Vargas, A. R. QF 02

Vaz, B. G. TOX 03

Velho, J. A. CRI 03, ECF 01, ECF 04, ECF 05, QF 13, QF 34

Venâncio, J. B. QF 36

Vieira, A. A. TOX 09

Vieira, T. G. CRI 04, QF 07, QF 65

Vieira, T. S. QF 43

Vignoto, S. TOX 04

W

Wanderlei, L. S. QF 26, QF 37 QF 62

Wayhs, C. A. Y. TOX 03

Weber, I. T. QF 05, QF 06, QF 51, QF 52

Wiedemann, L. S. M. OT 06, QF 11

Winkel, K. T. QF 23

Y

Yamashita, M. QF 24

Yonamine, M. QF 29, TOX 06, TOX 07, TOX 08

Z

Zamora, P. G. P. QF 68

Zonato, V. S. CRI 05