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ANAIS CONGRESSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER CEFEL De 22 a 24 de novembro de 2012 Vila Velha/ES Brasil ORGANIZAÇÃO: PATROCÍNIO: APOIOS: Núcleo de Recreação e Lazer NRL Núcleo de Gestão e Teoria Aplicada ao Esporte NATA Núcleo de Biodinâmicas NUBAC

Anais do Congresso de Educação Física, Esporte e Lazer - CEFEL 2012

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Page 1: Anais do Congresso de Educação Física, Esporte e Lazer - CEFEL 2012

ANAIS

CONGRESSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER – CEFEL

De 22 a 24 de novembro de 2012 Vila Velha/ES – Brasil

ORGANIZAÇÃO:

PATROCÍNIO:

APOIOS:

Núcleo de Recreação e Lazer – NRL

Núcleo de Gestão e Teoria Aplicada ao Esporte – NATA

Núcleo de Biodinâmicas – NUBAC

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DEPARTAMENTO ORGANIZADOR:

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER

APRESENTAÇÃO

O “Congresso de Educação Física, Esporte e Lazer – CEFEL”, organizado pelo Curso de Educação Física, Esporte e Lazer, da Universidade Vila Velha – UVV, tem por objetivo promover um espaço de reflexão sobre a formação acadêmica do futuro profissional da área da saúde, do esporte e do lazer, por meio do encontro e debate entre pesquisadores, estudantes e profissionais de todas as regiões do Brasil. Também é objetivo do congresso oferecer um espaço de vivências práticas, por intermédio de oficinas/minicursos, clínicas e workshops, fomentando discussões acerca da práxis pedagógica e de uma aproximação da realidade dos futuros profissionais, abordando a sua inserção no mercado de trabalho.

Assim, o evento ocorrerá durante os dias 22, 23 e 24 de novembro de 2012, contando com a participação de palestrantes convidados, os professores doutores Otávio Guimarães Tavares da Silva, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Alcyane Marinho, da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira, da Universidade Estadual de Maringá (UEM); Juliana de Paula Figueiredo, da Universidade Estadual Paulista (UNESP); Dirce Maria Correa da Silva, da Universidade Vila Velha (UVV); Marcello Pereira Nunes, da Universidade Vila Velha (UVV); e Salvador Inácio da Silva, da Universidade Vila Velha (UVV).

O Congresso está sendo patrocinado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES) e conta com o apoio dos Núcleos de Aprofundamento Acadêmico; Núcleo de Recreação e Lazer (NRL), Núcleo de Gestão e Teoria Aplicada ao Esporte (NATA) e Núcleo de Biodinâmicas (NUBAC).

Além disso, o Espírito Santo é um estado referência pelos inúmeros cursos de Educação Física que oferece, tanto na área de licenciatura quanto de bacharelado. Dessa forma, o “Congresso de Educação Física, Esporte e Lazer – CEFEL” pode vir a contribuir para a criação de um programa de mestrado na área relacionada às temáticas do evento, ampliando o número de programas de mestrado e doutorado que a Universidade Vila Velha - UVV já oferece, contribuindo, assim, com o avanço do ensino e da pesquisa da área.

Ainda, um evento desse porte pode contribuir para uma maior visibilidade do Espírito Santo em nível nacional, além de contribuir para o desenvolvimento local, pois o Congresso contará com a participação de mais de 420 congressistas, oriundos de Universidades locais (ESFA; UFES; Faculdade Católica Salesiana; UNIVIX; Rede Doctum; Estácio de Sá; Centro Universitário São Camilo; UNESC) e ainda, de Universidades espalhadas por todo o Brasil (Universidade Estadual Paulista-SP; Universidade Estadual de Maringá-PR; Universidade do Estado de Santa Catarina-SC; Universidade Federal da Paraíba-PB; Universidade Federal de Santa Catarina-SC; Universidade Federal do Amazonas-AM; Faculdade Nossa Cidade-SP; Centro Universitário de Volta Redonda-RJ; Universidade Federal do Rio de Janeiro-RJ; Universidade Estadual da Paraíba-PB; Universidade de Franca-SP).

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Reitor – Prof. Dr. Manoel Ceciliano Salles de Almeida

Coordenador do Curso – Prof. Dr. Marcello Nunes

MEMBROS DE COMISSÕES:

COORDENAÇÃO GERAL

Danilo Roberto Pereira Santiago Marcello Nunes

COMISSÃO CIENTÍFICA

Andrea Brandão Locatelli Bethânia Alves Costa Zandominegue

Cristiane Naomi Kawaguti Danilo Roberto Pereira Santiago

Dirce Maria Correa da Silva Felipe Ferreira Barros Carneiro

Leonardo Raposo Rocha Gomes Marcela Lima Sant'Anna Marcello Pereira Nunes

Miguel Angelo Alves dos Santos Salvador Inácio da Silva

COMISSÃO DE PATROCÍNIO

Danilo Roberto Pereira Santiago

COMISSÃO DE SECRETARIA

Cristiane Naomi Kawaguti Wanessa Lopes de Oliveira

COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO

Salvador Inácio da Silva

COMISSÃO CULTURAL

Bethânia Alves Costa Zandominegue

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COMISSÃO DE AVALIAÇÃO

Dirce Maria Correa da Silva

COMISSÃO DE OFICINAS E WORKSHOP

Felipe Ferreira Barros Carneiro Miguel Angelo Alves dos Santos

Salvador Inácio da Silva

COMISSÃO DE RECEPÇÃO

Marcela Lima Sant’Anna Andrea Brandão Locatelli

COMISSÃO DE TRANSPORTE

Aldo de Almeida Vieira Machado Junior Leonardo Raposo Rocha Gomes

APOIO

Bartira Maximo Arpini Beatriz Lyrio

Beatriz Crislane Xavier Boaventura Carlos Picoli

Fernando Rodrigues Oliveira Gustavo Meneghel Seydel Lyrio

Humberto Lamberti Junior Karla Vago

Livia Quirino de Melo Medeiros Maria de Lourdes Venturini

Michely Vieira Andreata Monique Fernandes Moraes

Paula Ebert da Silva Priscilla Cristina Andrade

Rayra Possatto Gaudio Barbosa Thieferson Franthesco de Paulo Gomes

Wanderson Nascimento Castelo

PALESTRANTES

Dra. Alcyane Marinho Dra. Dirce Maria Corrêa da Silva Dr. Felipe Rodrigues da Costa

Msda. Juliana de Paula Figueiredo

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Dr. Marcello Pereira Nunes Dr. Otávio Guimarães Tavares da Silva

Ms. Salvador Inácio da Silva

WORKSHOP

Dr. Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo

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PROGRAMAÇÃO

CONGRESSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER –

CEFEL

PROGRAMAÇÃO GERAL

– 22 a 24 de Novembro 2012 –

QUINTA-FEIRA – 22/11/2012

Período Horário Atividade

MANHÃ

7:10h Credenciamento

7:30h Abertura Oficial

7:45h Apresentação Cultural

8:00h -

MESA REDONDA 1: OLIMPISMO E

MEGAEVENTOS: DO ESPORTE AO LAZER

Dr. Otávio Guimarães Tavares da Silva Dra. Dirce Maria Corrêa da Silva

TARDE 16:30 h Pôster Eletrônico

NOITE

19:30h Apresentação Cultural

19:45h

MESA REDONDA 2: ATIVIDADES DE AVENTURA:

LAZER, ESPORTE E SAÚDE

Dra. Alcyane Marinho Ms. Salvador Inácio da Silva Msda. Juliana de Paula Figueiredo

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SEXTA-FEIRA – 23/11/2012

Período Horário Atividade

MANHÃ

7:30h Apresentação Cultural

8:00h

MESA REDONDA 3: FORMAÇÃO PROFISSIONAL

E O MUNDO DO TRABALHO NA SAÚDE,

ESPORTE E LAZER

Dr. Marcello Pereira Nunes Dr. Felipe Rodrigues da Costa

TARDE 15:00h

WORKSHOP: TREINAMENTO, FISIOLOGIA,

PROTOCOLOS E NOVAS TÉCNICAS

Dr. Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo

NOITE

19:30h Apresentação Cultural

19:45h

MESA REDONDA 3: FORMAÇÃO PROFISSIONAL

E O MUNDO DO TRABALHO NA SAÚDE,

ESPORTE E LAZER

Dr. Marcello Pereira Nunes

SÁBADO – 24/11/2012

MANHÃ 8:00h OFICINAS

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MINI-CURRÍCULO DOS PALESTRANTES E CONVIDADOS

Dra. Alcyane Marinho – UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde e do Esporte - CEFID Graduada em Educação Física pela UNESP de Rio Claro (SP). Mestre e Doutora em Educação Física, Área de Estudos do Lazer, pela UNICAMP (Campinas, SP). Realizou estágio pós-doutoral no Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É professora adjunta da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), no Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID). É Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Educação Física do Centro de Desportos da UFSC, na área de concentração "Teoria e Prática Pedagógica em Educação Física" e na linha de pesquisa "Teorias sobre o Corpo, Movimento Humano, Esportes e Lazer". É líder do Laboratório de Pesquisa em Lazer e Atividade Física (LAPLAF) do CEFID/UDESC. Livros publicados/organizados ou edições: Entre o urbano e a natureza: a inclusão na aventura (2011); Lazer, esporte, turismo e aventura: a natureza em foco (2009); Viagens, lazer e esporte: o espaço da natureza (2006); e Turismo, lazer e natureza (2003). Dra. Dirce Maria Corrêa da Silva – UVV Possui doutorado em Educação Física pela Universidade Gama Filho (2012), mestrado em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (1996). Atualmente é professor adjunto VIII do Centro Universitário de Vila Velha. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Física, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão do esporte, historia, educação física, prática profissional e formação de professores. Dr. Felipe Rodrigues da Costa – UFRJ/ DOCTUM-ES Doutor em Ciências do Exercício e do Esporte, membro pesquisador do Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (PROTEORIA/UFES), onde atua desde 2005 e do Laboratório de Pesquisa em Educação do Corpo (LABEC/UFRJ) Especialista em Futebol pela Universidade Federal de Viçosa (2007) e Mestre em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo (2009), na área de concentração História Cultural da Educação Física e de Esporte. Experiência profissional voltada para o futebol e futsal, tanto no rendimento quanto em âmbito escolar. Tem atuado em pesquisas que envolvem a formação escolar e esportiva de jovens atletas. Outras áreas de interesses: estilos de ensino e metodologia de aprendizagem e estudos relacionados a construção de identidades.

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Msda. Juliana de Paula Figueiredo – UNESP Mestranda em Ciências da Motricidade pela UNESP/Rio Claro - SP. Graduada em Educação Física (Licenciatura e Bacharelado) pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2009). Membro pesquisadora do LEL (Laboratório de Estudos do Lazer), do Departamento de Educação Física, Instituto de Biociências, UNESP/Rio Claro - SP. Tem experiência na área de Educação Física, atuando principalmente com as seguintes temáticas: Lazer, Recreação, Jogos e Brincadeiras de Sensibilização Ambiental, Atividades de Aventura e Educação Ambiental. Livros publicados/organizados ou edições: Tecnologias e Atividades de Aventura (2012); e Gestão da Informação sobre Esporte Recreativo e Lazer: Balanço da Rede Cedes (2010). Dr. Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo – UFSC Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Departamento de Educação Física. Graduado em Educação Física pela UNESP de Rio Claro (SP). Mestre e Doutor em Ciências da Motricidade, na Área de Biodinâmica da Motricidade Humana, Linha de Pesquisa: Metabolismo e Exercício, pela UNESP de Rio Claro (SP). Professor Adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Centro de Desportos (CDS), Departamento de Educação Física (DEF). Responsável pela disciplina Treinamento Esportivo . Subcoordenador do Programa de Pós-graduação em Educação Física do CDS, UFSC. Líder do Grupo de Pesquisa Laboratório de Esforço Físico (LAEF, CDS, UFSC), cadastrado na Base de dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq. Pesquisador vinculado à Linha de Pesquisa Fisiologia do Exercício , com ênfase em performance esportiva, atuando principalmente nos seguintes temas: máxima fase estável de lactato, consumo máximo de oxigênio, cinética do consumo de oxigênio, potência crítica e validação de protocolos de campo e laboratório em diversas modalidades esportivas. Dr. Marcello Nunes – UVV Doutor em Educação Física (Universidade Gama Filho/RJ). Atualmente é professor adjunto I da Universidade Federal do Espírito Santo no Centro de Educação (UFES), e coordenador do curso de Educação Física na Universidade Vila Velha (UVV). Tenho experiência de 16 anos no ensino superior como professor (graduação e especialização lato-sensu), com ênfase em Educação Física e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: formação profissional, formação universitária, currículo, educação física e infância, esportes, recreação e lazer.

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Ms. Salvador Inácio da Silva – UVV Possui graduação em licenciatura em educação física pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1991). Mestrado em Educação, Administração e Comunicação pela Universidade São Marcos (2008). Treze anos com o ensino superior desenvolvendo atividades de aventura na natureza na perspectiva da Recreação e do Lazer; atividades profissionais, científicas e técnicas e atualmente coordenador do Núcleo de Recreação e Lazer da Universidade Vila Velha - ES. Dr. Otávio Guimarães Tavares da Silva – UFES Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Educação Física e Desportos. Possui licenciatura em Educação Física pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1984), pós-graduação em Olympic Studies pela International Olympic Academy - Grécia (1997), mestrado (1998) e doutorado (2003) em Educação Física pela Universidade Gama Filho. É Professor Associado do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo, Coordenador do PPGEF/UFES (mestrado), Tutor do Grupo PET/EF e Líder do ARETE - Centro de Estudos Olímpicos. Tem experiência na área de Educação Física, concentrando seus estudos e pesquisas nos seguintes temas: estudos sócio-antropológicos das práticas corporais, estudos olímpicos e educação física escolar.

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TRABALHOS APRESENTADOS NO EVENTO

– COMUNICAÇÕES ORAIS –

SUMÁRIO

SAÚDE E EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: CONSTRUÇÕES AMBIVALENTES DE UMA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE Victor José Machado de Oliveira, Izabella Rodrigues Martins, Ivan Marcelo Gomes, Valter Bracht ............................................................................................... 15 LAZER, ESTUDOS E SOCIEDADE: UMA PEQUENA ANÁLISE DA REVISTA COMUNIDADE ESPORTIVA Monique Fernandes Moraes, Emanuela Miranda de Lima ...................................... 17 PALESTRAS PARA ADOLESCENTES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DE JOÃO PESSOA-PB: REPASSANDO RECOMENDAÇÕES SOBRE ATIVIDADE FÍSICA Anderson Padilha Fernandes, Elton Bruno Silva de Oliveira, Caroline de Oliveira Martins ..................................................................................................................... 18 INTELIGÊNCIA E MOVIMENTO NA INFÂNCIA Roberta Mesquita, Patrícia Santos da Silva, Guylherme Nascimento Mota, Camila Borges ......................................................................................................... 19 PAINEL INTERINSTITUCIONAL DE GESTÃO DO ESPORTE: UM PASSO PARA A GESTÃO EM REDE Dirce Maria Corrêa da Silva, Aldo de Almeida Vieira Machado Junior, Beatriz Crislaine Boaventura, Mariana Leite Barcelos, Gustavo Meneghel Seydel Lyrio, Humberto Lamberti Junior ....................................................................................... 20 A EDUCAÇÃO DO CORPO ESPORTIVO FEMININO: UM OLHAR NAS EDIÇÕES DA REVISTA “VIDA CAPICHABA” NA DÉCADA DE 1950 Patrick Gabrielli Alves, Ivan Marcelo Gomes, Felipe Quintão de Almeida, Cecília Nunes da Silva ......................................................................................................... 22 AS PRÁTICAS CORPORAIS NAS TRIBOS URBANAS DA ORLA DE VITÓRIA-ES Renan da Rocha Carvalho, Bernard Escobar Bastos, Onesimo de Freitas Cunha, Lígia Ribeiro e Silva Gomes, Samuel Thomazini, Felipe Quintão de Almeida, Ivan Marcelo Gomes ........................................................................................................ 23 REPRESENTAÇÕES DO ESPORTE CAPIXABA NO PÓS-GUERRA: UMA ANÁLISE A PARTIR DO JORNAL A TRIBUNA ENTRE 1946 A 1949 Renan da Rocha Carvalho, Felipe Quintão de Almeida, Ivan Marcelo Gomes ....... 25 GESTÃO DE MEGAEVENTOS E LEGADOS REFERENTES ÀS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE ESPORTE E LAZER Giselle Helena Tavares, Juliana de Paula Figueiredo, Ana Paula Evaristo Guizarde Teodoro, Danielle Ferreira Auriemo Christofoletti, Marcelo Fadori Soares Palhares, Gisele Maria Schwartz ................................................................ 26

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RESGATE SÓCIO-HISTÓRICO DAS CANTIGAS DE RODA Carlos Antonio Silva; Daniel Eustáquio, Edinéia Cardoso, Luiza Magalhães, Simone Robles, Wilson Roberto ..............................................................................

28 A DANÇA COMO CONTEÚDO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL I NO MUNICÍPIO DE ILHA BELA : A VIVÊNCIA DO PROFESSOR Luis Gonçalvesa, Monica Teruya ............................................................................. 29 UNIVERSIDADE E CULTURA POPULAR: A INFLUÊNCIA DA DANÇA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Antonio Carlos Moraes, Cecília Nunes da Silva, Érica Bolzan , Milainy Ludmila Santos ...................................................................................................................... 30 CORPO E SEXUALIDADE: OS PROCESSOS DE NORMALIZAÇÃO NA DANÇA Aline Menezes de Oliveira, Carla de Oliveira dos Santos, Marcelo Paraíso Alves . 31 COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL DURANTE O LIMIAR DE LACTATO EM EXERCÍCIO RESISTIDO Alexandre Prado Pereira, Miguel Ângelo Alves dos Santos .................................... 33 EFEITO DE VINTE SEMANAS DE TREINAMENTO AERÓBIO PRESCRITO PELA VELOCIDADE CRITICA SOBRE A APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA DE CORREDORES AMADORES RECREACIONAIS Cesar Augusto Lima Campos de Moura, Santos Dias Pinheiro Filho, Miguel Ângelo Alves dos Santos ......................................................................................... 34 COMPARAÇÃO DA RESPOSTA PRESSÓRICA DURANTE STRESS CARDIOVASCULAR ENTRE PRATICANTES DE EXERCÍCIO AERÓBIO E DE FORÇA Vinícius Rodrigues Rosi, Maria de Lourdes Venturini, Miguel Ângelo Alves dos Santos ...................................................................................................................... 35 AS LUTAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR Maycon Vieira Fidelis ............................................................................................... 36 NARRATIVAS DE ALUNOS DAS ESCOLAS COMO POSSIBILIDADE DE CONSTITUIÇÃO DA PRÁTICA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO Andrea Brandão Locatelli ......................................................................................... 37 INTENÇÃO EM REALIZAR ATIVIDADES FÍSICAS A PARTIR DE INFOGRAVURAS VIRTUAIS Marconi Araújo Rangel, Caroline de Oliveira Martins .............................................. 39 A EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Mariana de Oliveira Delmondes, Valcira Alves Siqueira .......................................... 40 USO DE ESTERÓIDES ANABÓLICOS ANDROGÊNICOS POR PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO EM ACADEMIAS DE VILA VELHA – ES Leonardo Raposo .................................................................................................... 41 HÁ EQUILÍBRIO ENTRE PRODUÇÃO E REMOÇÃO DO LACTATO SANGUÍNEO DURANTE EXERCÍCIO AERÓBIO ENTRE 50% A 80% DO VO2R Karla Vago, Miguel Ângelo Alves dos Santos ......................................................... 42

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BENEFÍCIOS DAS ATIVIDADES MOTORAS ADAPTADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA CRIANÇA COM TEA Angela Teresinha Zuchetto, Giandra Anceski Bataglion, John Peter Nasser ......... 43 INATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES: BARREIRAS ASSOCIADAS Luana Leocadio Gomes da Silva, Leonardo Raposo, Danilo Roberto Pereira Santiago ................................................................................................................... 45 EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER: PARADIGMAS E ÁREAS PROMISSORAS Humberto Lamberti Junior, Danilo Roberto Pereira Santiago ................................ 47 JOGOS E BRINCADEIRAS – UM RESGATE TEÓRICO/PRÁTICO Ana Caroline, Antonio Moreira, Guilherme Martins, Priscila Santos, Shirley Pires, Sulivan Bruno, Thiago Amaral, Carlos Antonio Silva ............................................... 48 INTERAÇÃO DE JOVENS ADULTOS POR MEIO DE ATIVIDADES RECREATIVAS Fátima Xavier, Israel Silva Alves, José Aparecido Hipólito, Karine Lebrão, Nélia Cristina, Paulo Victor, Thamires Katharine, Carlos Antonio Silva ............................ 50 PROMOÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE NAS ESCOLAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO PAFE Giselly dos Santos Holanda, Caio Diniz Cavalcante Mendes, Cassiane Guimarães, Caroline de Oliveira Martins, Kalinne Fernandes Silva, Vanessa Lee Ferreira Cavalcante, Marcelle de Oliveira Martins ................................................... 51 UTILIZAÇÃO DE CHECKLISTS NO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL DA UFPB Apolinando Cavalcante dos Santos, Wanessa Cavalcante Ferreira, Edval Lacerda de Oliveira Neto, Adriano Galdino do Vallo, Jefferson Aragão, Caroline de Oliveira Martins ................................................................................................... 53 ADERÊNCIA DE TRABALHADORES DE HOSPITAL PÚBLICO EM PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL Raquel Suelen Brito da Silva, Apolinando Cavalcante dos Santos, Wanessa Cavalcante Ferreira, Maria Gercica Magna Silva, Caroline de Oliveira Martins ...... 54 BENEFÍCIOS DA HIDROGINÁSTICA DURANTE A GESTAÇÃO Raabi Nascimento da Silva, Bethânia Alves Costa Zandomínegue ........................ 56 OS CLUBES ESPORTIVOS E SUAS FESTIVIDADES Júlia Bigossi Aragão, Ivan Marcelo Gomes, Felipe Quintão de Almeida ................. 57 TORCIDAS ORGANIZADAS EM VITÓRIA: MODOS DE SOCIABILIDADE E RITUAIS Júlia Bigossi Aragão,Ivan Marcelo Gomes, Felipe Quintão de Almeida .................. 59 O ESPAÇO DA DANÇA NA/DA ESCOLA: ESPETÁCULO OU EDUCAÇÃO? Carla de Oliveira dos Santos, Oséias Raimundo de Oliveira, Marcelo Paraíso Alves ........................................................................................................................ 60

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O PERFIL DAS EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE RECREAÇÃO E LAZER: O GOOGLE COMO REFERÊNCIA Anderson Pinho do Nascimento, Rayra Possato Gaudio Barbosa, Lívia Quirino de Melo Medeiros, Thieferson Franthesco de Paulo Gomes, Salvador Inácio da Silva .........................................................................................................................

62 O CONCEITO DE LAZER DOS UNIVERSITÁRIOS DA UNIVERSIDADE VILA VELHA – ES Brunella Frosi Nunes, Rayra Possato Gaudio Barbosa, Lívia Quirino de Melo Medeiros, Thieferson Franthesco de Paulo Gomes, Salvador Inácio da Silva ........ 63 PERCEPÇÃO CONCEITUAL ACADÊMICOS DO TERMO “LAZER DE AVENTURA” Rayra Possato Gaudio Barbosa, Lívia Quirino de Melo Medeiros, Thieferson Franthesco de Paulo Gomes, Salvador Inácio da Silva .......................................... 65 AS EXPERIÊNCIAS DOS ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E OS CONTEÚDOS DO LAZER DE AVENTURA: UMA ANÁLISE REFLEXIVA Thieferson Franthesco de Paulo Gomes, Rayra Possato Gaudio Barbosa, Lívia Quirino de Melo Medeiros, Salvador Inácio da Silva ............................................... 66 UMA ANÁLISE CRÍTICA DO PAN 2007 E PERSPECTIVAS PARA OS PRÓXIMOS MEGAEVENTOS ESPORTIVOS NO BRASIL, UMA DETURPAÇÃO AO ESPORTE ENQUANTO FERRAMENTA SOCIAL Aldo de Almeida Vieira Machado Júnior, Luis Eduardo Waldemarin Wanderley .... 68 CONTRIBUIÇÕES DE LENIRA BORGES PARA A DANÇA CAPIXABA Mariana Amendoeira Coelho, Andrea Brandão Locatelli.......................................... 70

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SAÚDE E EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: CONSTRUÇÕES AMBIVALENTES DE UMA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

Victor José Machado de Oliveira, Izabella Rodrigues Martins, Ivan Marcelo Gomes,

Valter Bracht

Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Educação Física e Desportos, Laboratório de Estudos em Educação Física, Vitória, ES, Brasil

[email protected] Apoio financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo

Este projeto vincula-se a uma pesquisa maior, interinstitucional, entre a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que investiga e problematiza políticas de formação voltadas à capacitação e sensibilização de estudantes de Educação Física (EF) para atuação em saúde coletiva, bem como analisa a implementação de práticas corporais junto ao SUS. Ao acompanhar essa intenção, propõe-se a investigação de outra vertente do projeto inicial, a relação saúde e escola, visto que o espaço escolar é considerado por diversos programas do Governo Federal (Programa Saúde na Escola – PSE; Saúde e prevenção nas Escolas – SPE) um lócus privilegiado de atuação em saúde coletiva. O objetivo central desta investigação consiste em investigar como o tema da saúde é abordado nas práticas pedagógicas de EF escolar no município de Vitória, tanto quanto nos documentos oficiais de governo (PSE) e materiais teóricos da área, percebendo quais as possibilidades de ampliação e operacionalização desse conceito e como pode contribuir para pensar ações educacionais para a saúde nas aulas dessa disciplina. Inicialmente faremos um mapeamento dos planos de ação das escolas da Rede Municipal de Vitória, para num segundo momento observarmos as práticas dos professores das escolas selecionadas, percebendo como essas estão articuladas a programas de nível nacional, como por exemplo, o PSE, bem como ao Projeto Político Pedagógico das escolas. Também nesse momento serão realizadas entrevistas aprofundadas com professores, alunos/as, pedagogas, entre outros agentes escolares. Outro enfoque consiste em perceber quais as possibilidades de ampliação e operacionalização do conceito de saúde e como esse pode contribuir para pensar ações educacionais para a saúde nas aulas de EF. Inicialmente, as discussões têm apontado que a Iniciativa Regional de Escolas Promotoras de Saúde (IREPS) e programas como o PSE contribuiu para a ampliação do conceito de saúde, antes tratado somente pelos preceitos biomédicos, e a articulação entre os setores da educação (escola) e saúde (SUS). Entretanto, alguns estudos indicam que ora essa ampliação do conceito não é operacional, ora são encontradas dificuldades para a aplicação prática (transposição didático-pedagógica). Nesse sentido, temos por hipótese de que existe uma vertente que coloca a saúde como carro-chefe da EF (escolar), posicionando-a na condição de seu maior foco e objetivo de trabalho. Nesse sentido as práticas pedagógicas desenvolvidas carecem de embasamento teórico-prático ampliado, operativo e reflexivo no que diz respeito à saúde. Temos caminhado rumo à ampliação do conceito de saúde na EF, especialmente em decorrência dos

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diálogos estabelecidos com a saúde coletiva. Na busca de corroborar essa caminhada e acrescer reflexões acerca do tema propomos uma operacionalização da saúde mediante a concepção de ambivalência apoiados na abordagem sociológica de Zygmunt Bauman. Compreendemos que a saúde, como questão pedagógica, deve ser elencada pela escola e transversalizada pelas suas disciplinas, inclusive pela EF, no sentido de promover uma educação para a saúde através do compromisso de proporcionar experiências positivas no campo do movimento, jogo e esporte, tanto quanto o desenvolvimento de competências por parte dos alunos/as nos planos pessoal-individual, social e ecológico. A compreensão desses tensionamentos poderá contribuir para a reflexão da atuação de professores e profissionais da saúde coletiva nas ações escolares. Um dos principais desdobramentos dessa investigação, a partir dos dados, dos resultados e das análises, será subsidiar a elaboração de um projeto ulterior de pesquisa e intervenção na formação continuada dos professores de EF da Rede Municipal de Vitória, tematizando a saúde. Palavras-chave: Saúde, Educação Física Escolar, Educação para a Saúde.

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LAZER, ESTUDOS E SOCIEDADE: UMA PEQUENA ANÁLISE DA REVISTA COMUNIDADE ESPORTIVA

Monique Fernandes Moraes, Emanuela Miranda de Lima

Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil

[email protected] A Revista Comunidade Esportiva foi um meio de comunicação da área da educação física que divulgava eventos esportivos, congressos e tudo que se passa em relação ao esporte, ao lazer e a recreação, na década de 1980. Buscando obter informações de como o lazer era apresentado neste período, este trabalho pretende identificar e analisar como a referida revista apresentava as atividades de lazer realizadas naquela época, bem como perceber o contexto e as circunstâncias em que o lazer estava inserido. Deste modo, será possível classificar as atividades de acordo com os interesses culturais do lazer na década em questão. O trabalho desenvolveu-se por meio de abordagem qualitativa, utilizando a pesquisa de campo, no formato bibliográfico e descritivo. Para a coleta de dados foram analisados oito exemplares da Revista Comunidade Esportiva da década de 1980 (entre 1980 e 1986), nos quais foram realizados os levantamentos das atividades de lazer e a classificação das mesmas de acordo com os interesses culturais do lazer. As atividades apresentadas na década de 1980 eram, em sua maioria, realizadas através de projetos sociais e estavam principalmente ligadas aos interesses físicos, seguidas pelos interesses artísticos, manuais, intelectuais e sociais. No entanto, a partir dos dados acima, pode-se concluir que o lazer da década de 1980 apresentado pela Revista Comunidade Esportiva era aquele desenvolvido em projetos sociais incentivados pelo Esporte para Todos (EPT). As atividades de lazer apresentavam-se através de manifestações culturais, esportivas e atividades lúdicas, estando mais ligadas aos interesses físicos devido a influência do EPT. Essas atividades tinham como intuito a interação familiar e social. É possível também identificar algumas questões ligadas a democratização do lazer como: reflexão acerca da vivência do lazer e sua relação com a condição social de cada individuo; e a fiscalização e execução de políticas públicas, tanto para o lazer como para o acesso das pessoas a essas atividades. Palavras-chave: Interesses Culturais, Lazer, EPT.

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PALESTRAS PARA ADOLESCENTES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DE JOÃO PESSOA-PB: REPASSANDO RECOMENDAÇÕES SOBRE ATIVIDADE FÍSICA

Anderson Padilha Fernandes, Elton Bruno Silva de Oliveira, Caroline de Oliveira

Martins

Laboratório de Estudos e Pesquisas em Atividade Física e Saúde, Departamento de Educação Física/Centro de Ciências da Saúde/Universidade Federal da Paraíba, João

Pessoa, PB, Brasil [email protected]

Apoio Financeiro: PROLICEN/UFPB

A fim de contribuir para a sensibilização de escolares entre 15 e 18 anos a respeito da importância de se adquirir e/ou manter um estilo de vida fisicamente ativo foram realizadas palestras informais baseadas na Pirâmide de Atividade Física (PAF), ministradas em escolas públicas da cidade de João Pessoa/PB. Tais palestras foram efetuadas por dois graduandos do curso de Licenciatura em Educação Física da UFPB, bolsistas do projeto ‘Atividades Físicas para Crianças e Adolescentes/AFCA’, sediado na Divisão de Educação Física do Hospital Universitário da Universidade Federal da Paraíba (DEF HU/UFPB). A PAF, que apresenta informações sobre frequência, intensidade, volume e tipo de exercícios físicos, como também sobre o incentivo à redução dos comportamentos sedentários, era mostrada em cada palestra por meio de folha de papel A4 plastificada. Com o intuito de viabilizar as palestras era inicialmente realizado contato telefônico com a direção das escolas (municipais e estaduais), explicando seu propósito e agendando datas para sua realização, sendo atribuída aos diretores a indicação das turmas. No período compreendido entre 21 de maio e 31 de outubro de 2012 foram concretizadas 56 palestras em 23 escolas, abrangendo aproximadamente 1385 adolescentes. Cada palestra apresentou duração aproximada de 15 minutos, na qual os 10 minutos iniciais foram voltados à exposição do conteúdo da PAF e os cinco minutos restantes foram destinados à distribuição de panfletos que resumidamente continham as informações da palestra, bem como o endereço do website da DEF HU/UFPB. Ainda, ao final de cada palestra, eram esclarecidas as dúvidas dos adolescentes sobre o tema exposto. Foi perceptível aos palestrantes o entusiasmo e o interesse apresentado a partir do conteúdo abordado. Ao final das palestras, muitos rapazes e moças perguntaram como poderiam emagrecer e se os exemplos vivenciados por eles encaixavam-se em atividades vigorosas e em exercícios físicos adequados, além de muitos rapazes terem indagado como poderiam ficar mais fortes. Observou-se também que a experiência em ministrar palestras para tal público pôde ter aprimorado ainda mais o conhecimento adquirido no curso Educação Física pelos graduandos, inclusive aperfeiçoando a interação entre palestrantes e escolares. Sugere-se que este tipo de palestra, com procedimentos facilmente aplicáveis, seja adotado em escolas públicas, favorecendo a disseminação de informações que apresentam a capacidade de fomentar um estilo de vida fisicamente ativo entre adolescentes.

Palavras-chave: atividade motora, adolescente, estilo de vida.

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INTELIGÊNCIA E MOVIMENTO NA INFÂNCIA

Roberta Mesquita, Patrícia Santos da Silva, Guylherme Nascimento Mota, Camila Borges

Universidade Nove Julho, São Paulo/SP, Brasil

[email protected] A criança se desenvolve conforme sua interação com o meio em que vive, assim aprende o mundo, Gardner, Piaget, Vygotsky e Wallon abordam a inteligência e o movimento nesta relação de construção do conhecimento e desenvolvimento. Pois conceituam tais aspectos de perspectivas diferentes. Gardner apresenta sete inteligências defendendo a ideia de que todos os indivíduos possuem-nas, mas dependem dos estímulos recebidos do ambiente para que possam se desenvolver. Nesta concepção entende que haverá predominância de algumas inteligências sobre outras, mas todas devem ser estimuladas. Para Piaget o estímulo oriundo do ambiente é fator imprescindível para que ocorra o desenvolvimento biológico e maturacional do indivíduo, cujo movimento é o meio que permite a percepção do mundo. Vygotsky alicerça seus estudos no plano das interações sociais, na qual o sujeito executa uma ação com significado partilhado, assim a criança que deseja um objeto apresenta movimentos para urinho-los. E na concepção Walloniana, a inteligência ocupa o lugar de meio entre o gesto motor e ato mental, entendendo que o primeiro antecipa o segundo, ou seja, primeiro a criança executa o movimento para depois pensar no que fez. Por infância compreende-se o período que a criança começa a se desenvolver a partir das interações que estabelecem desde cedo com os indivíduos e com o meio que a circunda. Objetivando compreender as concepções acerca da inteligência e do movimento e, tentar estabelecer possíveis relações entre Gardner, Piaget, Vygotsky e Wallon. Utilizando da metodologia caracterizada como bibliográfica e abordará o levantamento e análise das publicações que tratam dos conceitos de inteligência e movimento. Conclui-se, a inteligência vai se transformando numa construção de descobertas e aprimoramentos, tomam consciência do que deve ser executado. Desse modo quão importante é para o desenvolvimento motor, intelectual e afetivo. Palavras-chave: inteligência, movimento, infância.

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PAINEL INTERINSTITUCIONAL DE GESTÃO DO ESPORTE: UM PASSO PARA A GESTÃO EM REDE

Dirce Maria Corrêa da Silva, Aldo de Almeida Vieira Machado Junior, Beatriz Crislaine

Boaventura, Mariana Leite Barcelos, Gustavo Meneghel Seydel Lyrio, Humberto Lamberti Junior

Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha, ES, Brasil

[email protected] Este trabalho tem como objetivo apresentar uma síntese parcial do Painel Interinstitucional de Gestão do Esporte no Espírito Santo cuja finalidade foi criar um fórum de discussão sobre o assunto com a participação de diferentes instituições e setores da sociedade permitindo a apresentação de produção científica na área e de relatos de experiências, seja na iniciativa pública, privada ou no terceiro setor. A ideia inicial foi propor discussões em prol da formação de uma “rede”, perspectivando orientar os estudos nesta área a partir da Gestão em Rede. O evento que contou com a participação de representantes do Poder Público (Secretaria Estadual de Esporte e Ministério do Esporte), da Iniciativa Privada (UNIMED), das Instituições de Ensino Superior (UFES, Doctum) e Federações Esportivas (FECABA e FEARES) produziu uma gama de informações que serão organizadas em uma síntese no sentido de subsidiar a gestão do esporte no Espírito Santo. Autores como Pires e Lopes (2001) entendem a Gestão a partir de duas perspectivas: pragmática e acadêmica. Na primeira, a gestão adquire status de “solucionadora de problemas” por meio da gestão das rotinas presentes na organização esportiva. Na segunda perspectiva a ação da gestão acadêmica se faz no sentido de encontrar respostas originais para solucionar problemas imprevisíveis tendo como agente norteador o conhecimento científico. Neste evento a ideia central perspectivou a gestão pragmática ao mesmo tempo em que vislumbrou a possiblidade concreta do uso do conhecimento científico em prol da melhoria da gestão esportiva estadual. Princípio norteador das discussões, a gestão em rede tem como premissa reunir diferentes entidades, de diferentes setores que, com um objetivo comum (no nosso caso o esporte) estabelece uma dinâmica de gestão em prol da resolução de problemas afetos a todos (TEIXEIRA, 2002) Esta pesquisa de caráter qualitativa, caracteriza-se como de levantamento, do tipo exploratória. A pesquisa trabalhou com a análise dos dados coletados durante o Painel por meio da construção de sínteses das apresentações realizadas ao final do evento. As análises preliminares apontam a necessidade de mais eventos que permitam o diálogo entre as entidades envolvidas com o esporte promovendo uma maior comunicação entre os atores e, deste modo, constituir uma ação de Gestão em Rede. Em se tratando de Políticas Públicas concorda-se com Teixeira (2002) de que as mesmas devem ser pensadas e aplicadas adotando-se como característica norteadora a Gestão em Rede. Afinal, o que foi tratado no Painel é uma estratégia já utilizada por outros setores. Deste modo, o esporte, ao assumir protagonismo em projetos complexos também deve ter competência, por intermédio de suas lideranças, de fazer uso deste tipo de pensamento e de prática. A contribuição dos estudos em seus diferentes níveis podem

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orientar ações dos setores públicos ou privados da mesma forma em que estes permitem estudos diagnósticos, de análise/síntese e de orientação para uma gestão mais acadêmica (PIRES & LOPES, 2001). Também se percebeu a necessidade de estudos referentes ao Sistema Esportivo Brasileiro e suas especificidades. Palavras-chave: Gestão Esportiva, Políticas Públicas de Esporte, Gestão em Rede.

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A EDUCAÇÃO DO CORPO ESPORTIVO FEMININO: UM OLHAR NAS EDIÇÕES DA REVISTA “VIDA CAPICHABA” NA DÉCADA DE 1950.

Patrick Gabrielli Alves, Ivan Marcelo Gomes, Felipe Quintão de Almeida, Cecília Nunes

da Silva

Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo, Brasil [email protected] Apoio Financeiro: CNPq

Se analisar a relação entre cidades e esportes não é novidade, existem carências de estudos além do eixo Rio de Janeiro – São Paulo. Em Vitória, pouco foi feito para se compreender o papel do esporte no processo de desenvolvimento da cidade. Este estudo integra um projeto de pesquisa que visa cobrir parcialmente esta lacuna ao oferecer uma investigação sobre a educação do corpo feminino vinculado às práticas esportivas, uma das facetas das manifestações esportivas presente nas páginas da revista “Vida Capichaba”. O objetivo principal é investigar, na década de 1950, nas edições da revista “Vida Capichaba”, os discursos sobre a educação do corpo das mulheres praticantes de esportes. Já o específico é investigar possíveis mudanças – abordadas na revista – no estilo de vida feminino em função da consolidação dos esportes entre os capixabas, como por exemplo, no que se refere ao vestuário e as formas de cultivo da saúde. Em relação aos aspectos metodológicos, as análises se concentraram na década de 1950 (1950-1959). Com essa estratégia, esperamos trazer à tona alguns novos indícios sobre a educação do corpo feminino e a contribuição do esporte no desenvolvimento da cidade de Vitória no decorrer do século XX. Palavras-chave: Esporte, Educação do corpo, Modernidade.

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AS PRÁTICAS CORPORAIS NAS TRIBOS URBANAS DA ORLA DE VITÓRIA-ES

Renan da Rocha Carvalho, Bernard Escobar Bastos, Onesimo de Freitas Cunha, Lígia Ribeiro e Silva Gomes, Samuel Thomazini, Felipe Quintão de Almeida, Ivan Marcelo

Gomes

Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Educação Física e Desportos, Vitória, ES, Brasil

[email protected] Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo

As preocupações inerentes a esse subprojeto partiram das discussões feitas no grupo de estudos “Sociologia das Práticas Corporais” vinculado ao Laboratório de Estudos em Educação Física (LESEF/UFES). Esses estudos nos possibilitou identificar uma nova concepção de corpo produzida na contemporaneidade, na qual o corpo torna-se uma espécie de protagonista nas relações sociais estabelecidas entre os indivíduos, assim assumindo a função da identidade humana (função essa que foi destinada a alma devido à repressão imposta pelo dualismo da filosofia cartesiana). Nesse sentido a importância de cuidar do corpo significaria o melhor meio de cuidar de si mesmo, de afirmar a própria personalidade. Logo, esta pesquisa tem por objetivo investigar as tribos urbanas juvenis que ocupam os espaços e os equipamentos na orla de Vitória, para as mais variadas práticas corporais, sejam elas no calçadão (skate, slackline, patins, corrida, bicicleta etc.), na areia (futebol de areia, vôlei, frescobol etc.) ou no mar (kitsurf, windsurfe, vela, surf, SUP etc.). Ainda, a presente pesquisa está atrelada a um projeto maior de investigação sobre a educação do corpo em diferentes instituições, artefatos midiáticos e práticas culturais. Por práticas culturais, as entendemos como aquelas práticas corporais que produzem uma determinada educação do corpo, como os esportes e as práticas de exercitação corporal não necessariamente esportiva (yoga, musculação, ginástica, atividades na natureza etc.), que acontecem em instituições (academias de ginástica, clubes, projetos sociais etc.) ou em espaços livres e/ou abertos, como o campo, a praia, os parques etc. No tocante aos aspectos metodológicos, este estudo parte da perspectiva descritiva de pesquisa, em uma abordagem qualitativa. Tem por característica a descrição interpretativa dos sujeitos e das situações envolvidas com o máximo de abrangência e detalhamento sobre os fatos e fenômenos investigados. Seu foco essencial está em conhecer os traços característicos do objeto, as pessoas envolvidas, o espaço, os valores, os problemas etc. O subprojeto de pesquisa se caracteriza por ser uma pesquisa de campo. A coleta de dados, a ser conduzida pelo(a) bolsista, será realizada por meio de observação participante do espaço da orla de Vitória. O registro das observações dos equipamentos será realizado a partir do uso de diário de campo e registro de imagens com máquina digital. Para o tratamento dos dados, todos os elementos dos diários de campo serão digitalizados e submetidos a uma análise interpretativa. Um questionário, composto por perguntas fechadas, também será aplicado, com vistas, principalmente, a identificar o perfil e o comportamento dos membros das tribos escolhidas para estudo (nível socioeconômico, idade, local de moradia, tempo de prática etc.). Além do

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questionário, vamos conduzir entrevistas com membros das tribos escolhidas para análise. A expectativa é “aprofundar” algumas informações obtidas no questionário, abordando, além disso, temas que não puderam, por meio dele, serem problematizados. Palavras-chave: Práticas Corporais, Corpo, Tribos Urbanas.

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REPRESENTAÇÕES DO ESPORTE CAPIXABA NO PÓS-GUERRA: UMA ANÁLISE A PARTIR DO JORNAL A TRIBUNA ENTRE 1946 A 1949

Renan da Rocha Carvalho, Felipe Quintão de Almeida, Ivan Marcelo Gomes

Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Educação Física e Desportos,

Vitória, ES, Brasil [email protected]

Apoio Financeiro: Fundo de Apoio a Ciência e Tecnologia de Vitória (FACITEC)

Este estudo integra um projeto de pesquisa cujo tema busca compreender o papel que o esporte desempenhou, no inicio do século XX, no desenvolvimento da cidade de Vitória, tendo como uma de suas vertentes a análise da proliferação das práticas esportivas por meio da imprensa escrita capixaba, em específico, no jornal “A Tribuna”. Nos anos finais da década de 1940, o campo esportivo capixaba continuou crescendo conforme relatos da imprensa escrita capixaba. Por conta disso, investigamos os significados, vinculados ao meio esportivo, produzidos na Capital capixaba no pós-guerra, entre os anos de 1946 a 1949. Toda manifestação esportiva na e da cidade era registrada pelos principais meios de comunicação da época, com destaque para o jornal “A Tribuna”, cujo estilo fornecia uma farta cobertura esportiva na página “Todos os Esportes”. A coluna “Todos os Esportes” através de suas crônicas, comentários esportivos e fotos, permitiu acesso aos fatos do cotidiano esportivo da época, ou seja, possibilitou conhecer acontecimentos ligados ao dia a dia da cidade de Vitória, atrelados as práticas corporais tão frequentes na Capital. “A Tribuna” proporcionou ao povo capixaba a possibilidade de falar sobre os jogos, contribuindo para uma maior interação com as práticas esportivas. As páginas do impresso, em questão, noticiavam e conclamavam a sociedade capixaba a uma identificação por meio do espírito esportivo. Com isso, entendemos que o esporte proporcionou à população capixaba vivenciar diversas agitações agradáveis – os eventos esportivos – que por eles puderam ser experimentadas/vivenciadas. Entretanto, não podemos deixar de mencionar que esses eventos também foram ferramentas incisivas de coesão de uma sociedade que buscava fortalecer o corpo da população. Palavras-Chave: Imprensa, Pós-Guerra, Esporte.

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GESTÃO DE MEGAEVENTOS E LEGADOS REFERENTES ÀS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE ESPORTE E LAZER

Giselle Helena Tavares, Juliana de Paula Figueiredo, Ana Paula Evaristo Guizarde Teodoro, Danielle Ferreira Auriemo Christofoletti, Marcelo Fadori Soares Palhares,

Gisele Maria Schwartz

LEL – Laboratório de Estudos do Lazer, IB/UNESP- Rio Claro [email protected]

Apoio Financeiro: CAPES A Gestão e as Políticas Públicas referentes à criação de instalações e equipamentos voltados para as práticas de esporte e do contexto do lazer têm tomado novos rumos, para atender à demanda participante dos megaeventos. Entretanto, ao se pensar na construção de determinada instalação para esses eventos de grande porte, as Políticas devem levar em consideração diversos aspectos, muitas vezes deixados de lado, o que instigou o interesse deste estudo. O objetivo desta reflexão foi analisar a adequação das instalações propostas para receber os megaeventos e os legados pós-eventos. O estudo se caracteriza como revisão bibliográfica e reflexão filosófica acerca da temática proposta. A oferta de instalações esportivas pode apresentar influência direta no desenvolvimento do país, sobretudo se a gestão do uso desses equipamentos se processar de modo eficiente. Na atualidade, utiliza-se um modelo assentado nas parcerias público-privadas, para que se consiga a renovação seletiva de instalações esportivas e setores urbanos, os quais podem ter ressonâncias diretas no aquecimento do setor imobiliário e nas indústrias do turismo e do entretenimento. Entretanto, estas instalações envolvendo os megaeventos parecem atender à demanda única, estipulada pelos comitês internacionais, voltadas exclusivamente para o momento. Assim, elas diferem dos reais interesses e das condições e necessidades sociais e econômicas de desenvolvimento de comunidades envolvidas. As construções são adequadas para um número altíssimo de espectadores, porém, após o uso, não raro, ficam inativas, sem condições e apoios para manutenção, sendo subutilizadas e caindo na deterioração, se não houver um plano de gestão adequado. Os custos são elevados para construí-las, mas também o são para mantê-las, o que demanda atenção, especialmente no planejamento dessas construções. Inovando neste sentido, na organização das Olimpíadas de Londres foram tomados alguns cuidados, como a construção de instalações parcial ou totalmente desmontáveis, para que pudessem ser rearranjadas em tamanho e localidade, a fim de atender à demanda real. A preocupação da equipe gestora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro recai na perspectiva de criar estádios e arquibancadas que, não só possam ser desmontados, mas, inclusive, transformados em instalações completamente diferente, depois dos Jogos Olímpicos. O legado ideal pode perpassar outros setores da vida cultural, como o esportivo, o social, o econômico e o ambiental. Para tanto, as instalações necessitam de planejamento adequado, garantia de manutenção e recursos humanos que apresentem profissionais formados para lidar com estes equipamentos. No contexto da manutenção, deve-se atentar para o domínio do conhecimento de questões técnicas sobre cada tipo de instalação, sobre

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a minimização de gastos, a busca da sustentabilidade e da promoção da preservação ambiental, garantindo a qualidade nos quesitos limpeza, segurança, ventilação e condições da água. O êxito de um equipamento está condicionado ao seu planejamento, que está atrelado às concepções das instalações e ao modo de gestão utilizado. Além disto, os gestores devem conhecer as expectativas, aspirações e necessidades das comunidades a serem atendidas, com o intuito de traçarem as estratégias de gestão cujos legados atendam às dinâmicas sociais envolvidas. Palavras-chave: Esporte, Gestão, Lazer.

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RESGATE SÓCIO-HISTÓRICO DAS CANTIGAS DE RODA Daniel Eustáquio, Edinéia Cardoso, Luiza Magalhães, Simone Robles, Wilson Roberto,

Carlos Antonio Silva

Faculdade Nossa Cidade, Carapicuiba/São Paulo/Brasil [email protected]

Introdução: As cantigas de roda são recursos didáticos que auxiliam em muito a interdisciplinaridade. Por meio das brincadeiras e das músicas, as crianças descobrem sua importância na sociedade e o quanto isto melhora o cotidiano do brincar, propiciando uma formação para o novo desenvolvimento. Atualmente podemos nos fazer o seguinte questionamento: Qual a importância das brincadeiras e cantigas de roda no desenvolvimento da criança? A resposta que comumente achamos para este questionamento inicial é: a criança quando brinca e canta desenvolve habilidades que segundo autores como Oliveira (2008) e Lima (2000) são de suma importância para a criatividade, disciplina e socialização, além de reciclarem hábitos cotidianos, fazendo com que se sintam mais alegres e felizes. Os brinquedos cantados, por sua vez, resgatam a preservação cultural e auxiliam na coordenação motora, pois na maioria das músicas possibilitam o diálogo continuo entre canto e movimento, sendo assim, possível utilizar as cantigas de roda nas aulas de educação física, principalmente nos ciclos iniciais escolares. Objetivo: Buscar o desenvolvimento sócio afetiva dos participantes da pesquisa, permitindo uma melhoria do ritmo interno/externo com a inserção de cultura musical e um aprendizado didático pedagógico por meio de jogos e brincadeiras pertinentes. Metodologia: Com relação aos métodos empregados a presente pesquisa, fora inicialmente feito um resgate bibliográfico das músicas que possam auxiliar no relacionamento das crianças do ensino fundamental entre 08 e 09 anos. Com auxílio dos mesmos, por meio de questionários próprios, foi perguntado e elaborado um livreto inicial das músicas já conhecidas, que posteriormente serão utilizadas de base inicial e acréscimo de novos conhecimentos provenientes de estudos. Em se tratando da avaliação desse trabalho, serão observados fatores de melhoria no relacionamento entre os participantes, afetividade e interação com a proposta, além das respostas de questionário proposto para tabulação posterior, com finalidade de promover uma velha/nova tecnologia de ensino por meio das brincadeiras cantadas de roda. Conclusão: Concluímos previamente com os estudos bibliográficos e testes pilotos já realizados, que o resgate das cantigas de roda, entrelaçados a uma prática cotidiana, pode melhorar fatores de sociabilização, coordenação e afetividade entre os participantes, acrescido a isto, o conhecimento histórico das músicas e cantigas ora perdidas com a introdução de diversas tecnologias. Palavras-Chave: Cantigas de Roda, Educação Física, Novas Tecnologias.

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A DANÇA COMO CONTEÚDO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL I NO MUNICÍPIO DE ILHA BELA : A VIVÊNCIA DO PROFESSOR. Janaina Boechat1, Edna Pereira dos Santos2, André Luis Gonçalvesa, Monica Teruya1,2

1Centro Universitário Módulo – Caraguatatuba, São Paulo, Brasil 2Universidade Cruzeiro do Sul – São Paulo, São Paulo, Brasil

[email protected]

O conteúdo dança nas aulas de educação física é algo que vem sendo discutido e é a partir desse ponto, que damos inicio ao questionamento de como a dança está sendo tratada nas escolas do município de Ilhabela, litoral norte do estado de São Paulo, e sua relação com a atual função da educação física no âmbito escolar. Do ponto de vista das diferenças e da pluralidade de propostas e ações que considera a dança como uma das manifestações da cultura corporal de movimento, que se apresenta como conteúdo curricular da Educação Física, buscamos compreender qual o lugar reservado para a dança na escola. Assim, o objetivo dessa pesquisa foi analisar a dança no contexto da Educação Física da rede municipal de Ensino Fundamental I no Município de Ilhabela- SP. A analise estende-se a inclusão e aplicação. De natureza descritiva qualitativa, o estudo teve como sujeitos 10 professores de Educação Física da Rede Municipal do Ensino Fundamental I de Ilhabela – SP. Tal amostra foi composta de forma intencional., utilizou-se questionário com perguntas abertas e de múltiplas alternativas e os dados coletados foram analisados pelo programa estatístico Spss 1.8, com teste Kruskal-Wallis . Verificou-se que a dança no contexto escolar, vem sendo trabalhada através de atividades lúdicas, que envolvem a expressão corporal e o ritmo, porém, foi possível constatar a dificuldade dos profissionais entrevistados em contextualizar o conteúdo da mesma, no ambiente escolar e a deficiência na formação universitária. Palavras- chave: formação, dança, educação.

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UNIVERSIDADE E CULTURA POPULAR: A INFLUÊNCIA DA DANÇA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Antonio Carlos Moraes, Cecília Nunes da Silva, Érica Bolzan , Milainy Ludmila Santos

Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, Brasil [email protected]

Apoio financeiro: Instituto SINCADES e Ministério da Cultura O presente trabalho é um relato de experiências de professores e graduandos em Educação Física e Música no período de participação no circuito cultural europeu feito pelo grupo no ano de 2012. O grupo é constituído por estudantes do Centro de Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), por professores de Educação Física e por estudantes de música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A princípio é um grupo aberto à comunidade, mas seu objetivo principal é a formação e preparação de professores para constituírem grupos de danças em escolas e comunidades pertencentes ao movimento social e popular. Dentre suas principais atividades, investiga e registra as manifestações da cultura popular do Espírito Santo, oferece atividades de repasse de informação coletada e sistematizada em eventos de extensão e prepara professores para o ensino da dança e do folclore. Nesse sentido, no atual estágio do grupo a opção metodológica é priorizar o ensino e aprendizagem de danças folclóricas e sua aproximação com a forma sistemática no campo da corrente contemporânea, assim, se insere no que é denominado movimento parafolclórico. Essa opção possibilita aos participantes um contato com a diversidade e riqueza cultural passando por participações em festivais folclóricos em lugares mais distantes e chegando a contato direto com imersões de vários dias vivenciados em ambiente rico em manifestações como foi o caso do Festival do Folclore de Olimpia-SP, no qual o grupo se apresentou por dois anos consecutivos (2010 e 20110), rompendo pré-conceitos oriundos da falta de conhecimento, mas principalmente da ausência de vivência com o saber, com as manifestações construídas pelo povo e estabeleceu contatos inimagináveis percebendo a importância da dança no processo educacional e de onde passou a ser construída uma caminhada mais longa e desafiadora para a aprendizagem e o ensino do folclore, entendo a importância das manifestações folclóricas na construção da identidade de um povo. Por fim, a experiência a ser relata não se reduz à participação como dançarinos. O processo de participação passa, sobretudo, e a priori, pela vontade de ser professor dentro ou fora da escola. Para isso, não basta aprender dançar, é preciso aprender os elementos fundamentais da dança e isso se inicia aprendendo a gostar da dança e vivenciando o mundo e o contexto da dança em sua totalidade. Nesse caso, a aquisição de uma cultura mais ampliada, abrangente e diversificada é uma necessidade primordial. Palavras-chave: Formação docente, dança, cultura popular.

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CORPO E SEXUALIDADE: OS PROCESSOS DE NORMALIZAÇÃO NA DANÇA

Aline Menezes de Oliveira, Carla de Oliveira dos Santos, Marcelo Paraíso Alves

Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA, Volta Redonda, Rio de Janeiro, Brasil

[email protected] O presente trabalho busca como centralidade a discussão da prática da dança por meninos dentro dos processos normalizadores, apropriando-se da história da sexualidade para explicar como surgiu a concepção de que homens que dançam são gays e explicitando conceitos como biopoder e normalização. A produção desta pesquisa partiu de um Projeto da Fundação Geração Futura, o Projeto COMUNI (Comunidade Unida) onde ministrávamos aulas de dança. A experiência no projeto mencionado nos permitiu refletir sobre alguns aspectos: dança é uma modalidade voltada apenas para meninas? Por que as turmas de dança, mais precisamente a do Projeto COMUNI existe a predominância de garotas? Por que há uma evasão tão grande de meninos nas turmas de dança? Existe um processo que normatiza, regula e controla os comportamentos do homem e da mulher? O intuito do trabalho foi possibilitar um debate acerca da sexualidade, mais especificamente discutindo os conflitos e tensões vivenciados no cerne do projeto citado. É relevante ressaltar que optou-se pela pesquisa bibliográfica descritiva que se caracteriza pela busca de se explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas. O artigo inicialmente objetivou aproximar o leitor do espaço do Projeto COMUNI, contextualizando o espaço vivenciado pelos autores do trabalho. No segundo momento, o artigo voltou-se para discutir a constituição histórica do processo de regulação e controle da sexualidade, bem como o conceito de biopoder. Posteriormente, buscou-se pensar o corpo a partir da corporeidade permitindo compreender a complexa rede que constituí o processo de subjetividade, dentre eles a questão de gênero. Por fim, perspectivamos possíveis discussões acerca do papel do profissional de Educação Física frente aos processos exclusórios que emergem dos referidos processos de normatização. Percebemos ao concluir a pesquisa que primeiramente, para tratar de sexualidade é necessário levar em consideração sua íntima relação com as questões de gênero. Vimos que podemos entender como gênero a identificação histórica dos sujeitos denominando-se como femininos ou masculinos. Já a sexualidade trata da forma como esses sujeitos optam em vivenciar seus desejos sexuais. Essa forma não é fixa, ela se constrói ao longo da vida. Quando o gênero perpassa a sexualidade, delimita as características que compõem a feminilidade e a masculinidade, marcando e denominando os sujeitos que fogem a essa delimitação como “anormais”. Falamos aqui como o gênero e a sexualidade, de forma atrelada, determinam as várias formas de sentir-se homem ou mulher e quais são seus papéis, definindo o que é normal e desvio sob a visão de uma determinada sociedade. Entendemos que as identidades sociais, inclusive as de gênero e sexualidade, são compostas e definidas por relações sociais que formam grupos com identidade determinada e os sujeitos reconhecem-se como parte desses grupos de acordo com suas atitudes, normalizando e educando comportamentos.

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Diante da referida padronização, refletem-se atualmente determinadas ações, sendo a dança uma prática que inibe e coíbe a participação de meninos, gerando aos que a praticam comentários que vão muitas vezes confrontar suas identidades sexuais pelo fato da dança se caracterizar enquanto expressão de sentimentos. Assim, a prática da dança não define a sexualidade dos sujeitos e cabe a nós profissionais de Educação Física trabalhar nesta vertente, conscientizando os alunos que a identidade sexual de cada sujeito é construída subjetivamente, independente do indivíduo dançar ou não, possibilitando a eles a vivência de todas as modalidades, sejam elas esportivas ou apenas expressivas. Acredita-se então, que trabalhando de forma a incentivar o respeito as diversidades, contribuir-se-á na diminuição dos processos exclusórios e/ou discriminatórios na sociedade. Palavras-chave: Dança, sexualidade, biopoder.

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COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL DURANTE O LIMIAR DE LACTATO EM EXERCÍCIO RESISTIDO

Alexandre Prado Pereira, Miguel Ângelo Alves dos Santos

Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha/ES, Brasil; Núcleo de Biodinâmica das

Atividades Corporais (NUBAC) [email protected]

O limiar de lactato (LL) tem sido utilizado na avaliação, prescrição e predição de desempenho aeróbio. Recentemente o LL foi utilizado para determinar a transição metabólica durante o exercício resistido. O objetivo desta pesquisa foi analisar o comportamento da pressão arterial (PA) durante o LL em exercício resistido. Para tanto, participaram do estudo 16 voluntários, normotensos, ambos os sexos, com idade de 24,2 ± 4,9 anos e experiência com exercício resistido a mais de 6 meses. Para determinação do LL foi utilizado o exercício leg press 45º com cargas correspondentes a 17, 33, 50, 67, 83, 100, 117 e 133 % da massa corporal (%MC). Cada estágio teve duração de um minuto, sendo realizadas 30 repetições em cada e com intervalo de recuperação de um minuto entre os estágios. A medida da PA foi realizada pelo método oscilométrico (Omron – HEM – 705CP, China). A PA foi medida entre a penúltima e última repetição de cada estágio. Imediatamente após a realização de cada estágio foi coletado 25 ml de lactato (Accutrend® Plus). O LL foi determinado como a intensidade de exercício em que se observou um aumento exponencial do lactato. Para comparar a PA obtida durante o LL com os valores da PA abaixo e acima do LL foi utilizada a análise de variância de uma via (p < 0,05). Foi observado que o LL ocorreu a 83% da MC atingindo uma concentração sanguínea de 4,1 mmMol/L. A resposta da PAS foi significativamente menor antes do LL (∆ = -11,6%), e significativamente maior após LL (∆ = 9,0%). A PAS aumentou significativamente a partir do LL em exercício resistido. Desse modo, podemos concluir que, a resposta da PAS foi significativamente menor antes do LL, e significativamente maior após o LL. Assim como, a resposta da PAD foi significativamente maior após o LL. Além disso, o LL ocorreu exatamente a 83% da MC atingindo uma concentração de 4,1 mmMol/L de lactato no sangue. Palavras-Chave: Pressão arterial, limiar de lactato, exercício resistido.

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EFEITO DE VINTE SEMANAS DE TREINAMENTO AERÓBIO PRESCRITO PELA VELOCIDADE CRITICA SOBRE A APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA DE

CORREDORES AMADORES RECREACIONAIS

Cesar Augusto Lima Campos de Moura, Santos Dias Pinheiro Filho, Miguel Ângelo Alves dos Santos

Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha/ES, Brasil. Núcleo de Biodinâmica das

Atividades Corporais (NUBAC) [email protected]

A velocidade crítica (VC), um modelo matemático baseado na relação linear entre distâncias fixas e seus respectivos tempos vem sendo proposto como meio de determinar a mais alta intensidade de exercício que teoricamente pode ser mantida por um longo período de tempo sem exaustão, ou seja, a mais alta intensidade de exercício que ainda se observa equilíbrio entre produção e remoção do lactato sanguíneo. Diante disso, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito de vinte semanas de treinamento aeróbio prescrito pela velocidade critica sobre a aptidão cardiorrespiratória de corredores amadores recreacionais. Participaram do estudo vinte e três corredores amadores do gênero masculino situados na faixa etária de 19,0 ± 1,95 anos. Após avaliação médica, funcional e da VC os voluntários realizaram treinamento específico para corrida, por um período de vinte semanas e urinho ia semanal de quatro vezes. As avaliações foram repetidas na décima e vigésima semana. Cada voluntário recebeu uma planilha de treinamento individualizado de acordo com os resultados obtidos no teste para determinar a VC. Foi utilizada a análise de variância de uma via para dados repetidos, complementada pelo teste de Tukey, para comparar o efeito do treinamento sobre as variáveis cardiorrespiratórias e metabólicas. Todas as hipóteses estatísticas foram testadas com alfa = 5%. Foram observadas diferenças significativas em relação ao consumo de oxigênio de pico, consumo de oxigênio no limiar anaeróbio, consumo de oxigênio no ponto de compensação respiratória, no tempo dos 1500m, 3000m e na velocidade critica. Estas alterações ocorreram, principalmente nas primeiras dez semanas de treinamento, com exceção, do tempo para os 3000m e da VC que melhoram significativamente entre a décima e a vigésima semana. Desse modo, podemos concluir que, após vinte semanas de treinamento aeróbio diferenças significativas nas variáveis cardiovasculares e metabólicas investigadas foram observadas na amostra. Estas alterações ocorreram, principalmente nas primeiras dez semanas de treinamento, com exceção, do tempo para os 3000m e da VC que melhoram significativamente entre a décima e a vigésima semana. Palavras-chave: Velocidade critica, consumo de oxigênio, resistência aeróbia.

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COMPARAÇÃO DA RESPOSTA PRESSÓRICA DURANTE STRESS CARDIOVASCULAR ENTRE PRATICANTES DE EXERCÍCIO AERÓBIO E DE

FORÇA

Vinícius Rodrigues Rosi, Maria de Lourdes Venturini, Miguel Ângelo Alves dos Santos

Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha/ES, Brasil. Núcleo de Biodinâmica das Atividades Corporais (NUBAC)

[email protected] O tipo de exercício físico realizado regularmente provoca importantes alterações autonômicas e hemodinâmicas que vão influenciar na resposta da pressão arterial (PA) e da urinho ia cardíaca (FC) durante a realização das atividades da vida diária. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi comparar a resposta da pressão arterial, frequência cardíaca e pulso de oxigênio (VO2/FC) durante stress cardiovascular entre praticantes de exercício aeróbio e de força. Participaram do estudo 35 voluntários divididos em dois grupos: a- Grupo aeróbio (21 voluntários); b- Grupo de força (14 voluntários) com idade de 22,7 ± 6,4 anos, ativos e do sexo masculino. Após ergoespirometria e do teste de isometria do ombro para medir a contração voluntária máxima (CVM), cada voluntário realizou caminhada na esteira ergométrica a 2,5 mph por dez minutos carregando um peso correspondente a 30% da CVM (do 4º ao 6º minutos) e 50% da CVM (do 8º ao 10º minutos), ambos no braço dominante. A PA foi medida entre o 5º e o 6º minuto e entre o 9º e o 10º minuto pelo método auscultatório. O registro da FC durante a caminhada foi realizado por meio de ECG de três derivações. Durante esse período o consumo de oxigênio, ventilação pulmonar e o VO2/FC foi registrado (VO2000 – INBRASPORT, Brasil). Logo após a realização da caminhada foi coletado 25 µl de sangue arterial para determinar a concentração sanguínea de lactato (Accutrend Plus, Roche – Brasil). Foi utilizado o teste t de Student para dados independentes para comparação das respostas cardiovasculares durante o stress cardiovascular. Todas as hipóteses estatísticas foram testadas com alfa = 5%. Não foi observada diferença significativa na resposta da PAS, PAD, FC e VO2/FC entre os grupos avaliados. De acordo com os dados coletados, a resposta da PAS, PAD, FC e VO2/FC durante stress cardiovascular entre praticantes de exercício aeróbio e de força durante o teste de caminhada com sobrecarga não apresentou diferença significativa. Palavras-chaves: Treinamento de resistência, exercício isométrico, pressão arterial.

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AS LUTAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Maycon Vieira Fidelis

Universidade Vila Velha – UVV, Curso de Educação Física, Esporte e Lazer [email protected]

O presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a temática das lutas nas aulas de Educação Física na Educação Básica, relacionando as possibilidades de intervenção e desenvolvimento das aulas a partir dos jogos de luta e dos esportes de combate, sendo que para tal foram realizados pesquisas em diferentes bancos de dados (EFDEPORTES, Scielo etc) e diversas fontes de pesquisa. O estudo foi realizado por meio de uma revisão na literatura acerca das temáticas: lutas, educação física e educação básica. A partir da realização desta revisão bibliográfica, observou-se a gama de possibilidades com a utilização das lutas (jogos de luta, jogos de oposição, esportes de combate etc) na Educação Básica como instrumento de auxílio pedagógico nas aulas de Educação Física, permitindo trabalhar nos diferentes ciclos (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio) com propostas específicas para cada uma delas. As lutas se mostram um ótimo instrumento a ser trabalhado a partir do momento em que se observa a sua história e observa-se sua relação sempre tênua com a educação (paidéia, educação Hinduísta/Budista etc), transcendendo nos tempos atuais e sendo visto sua proposta no PCN – Educação Física que trata da utilização das lutas como temática para se trabalhar em aula, assim como a dança e jogos. Não só a possibilidade de se trabalhar questões como propriocepção, desenvolvimento motor e cognitivo, as lutas também permitem criar diálogos sobre a violência, o combate com o outro e as questões históricas, sociais e culturais que as acompanham. Palavras-chave: lutas, educação física escolar, educação básica.

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NARRATIVAS DE ALUNOS DAS ESCOLAS COMO POSSIBILIDADE DE CONSTITUIÇÃO DA PRÁTICA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Andrea Brandão Locatelli

Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha, ES, Brasil [email protected]

Trata das possibilidades de utilizar as narrativas dos alunos da escola na prática do Estágio Supervisionado para o processo de avaliação e reelaboração das atividades do ensino realizadas pelos estagiários em seu processo de formação. Compreende que a permanente reorganização do trabalho didático-pedagógico na intervenção das aulas de Educação Física precisa pautar-se em ações compartilhadas com a escola e, principalmente, nos sentidos e significados que este espaço produz com as atividades desenvolvidas do estágio. Utilizou as narrativas feitas pelos alunos da escola – registradas diariamente pelos estagiários na escrita de relatórios para portifólio e em vídeos das aulas – para compreender como os conteúdos tratados em aula puderam colaborar na formação dos sujeitos envolvidos em suas diferentes dimensões. Borges (2003) e Souza (2006) nos ajudam a refletir em que medida o permanente relato dos alunos sobre as aulas nos dão pistas acerca da aprendizagem que os constituem, individual e coletivamente; bem como sugerem tomarmos os indícios de apropriação dos conteúdos tratados como possibilidade permanente para a reelaboração de uma prática que se traduza significativa para as transformações da escola e de seus sujeitos. Compreende-se que as ações do estágio precisam ocorrer numa perspectiva colaborativa, ou seja, que os objetivos da escola e da universidade sejam considerados como forma de promover formação no seu sentido de ressignificação das práticas de ambos os locais, tendo, para tanto, as vozes e saberes possíveis dos atores como principal fundamento. Percebeu-se na experiência do Estágio Supervisionado da Universidade de Vila Velha, em 2011/1, que está prática refletida e marcada por questões próprias e singulares do trabalho com a escola, demanda uma mobilização dos diferentes conhecimentos da formação acadêmica dos alunos estagiários, pois, tanto as reflexões sobre a aprendizagem dos conteúdos, quanto a reorganização das aulas necessitavam da apropriação de saberes de naturezas diferentes. Os relatos dos alunos da escola, principalmente ao final da aula, puderam indicar as dificuldades e soluções da realização didática, em seus objetivos e metodologias; bem como afirmaram os esforços do estágio em perspectivar uma prática para além da valorização do saberes procedimentais. Os alunos da escola puderam tratar daquilo que aprenderam, por meio de relatos mediados e por uma tentativa dos estagiários criarem sentidos para estas vivências. E os alunos estagiários tiveram a oportunidade de refletir sobre a associação necessária entre seus objetivos de aulas e os interesses da escola e dos alunos; sobre a afirmação do papel da disciplina no curso de formação; sobre os saberes da prática que também justificam o profissionalismo na área; bem como a valorização das experiências dos alunos que a Educação Física tem se proposto a realizar nas escolas. Conclui-se que o estágio precisa intervir para

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aprofundar e ampliar as práticas corporais que já ocorrem e são produzidas no espaço escolar. Palavras-chave: Narrativas, Práticas colaborativas, Estágio Supervisionado.

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INTENÇÃO EM REALIZAR ATIVIDADES FÍSICAS A PARTIR DE INFOGRAVURAS VIRTUAIS

Marconi Araújo Rangel, Caroline de Oliveira Martins

Laboratório de Estudos e Pesquisas em Atividade Física e Saúde, Departamento de

Educação Física/Centro de Ciências da Saúde/Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil

[email protected] A infogravura alia texto e imagem a fim de transmitir uma mensagem visualmente atraente para o leitor, proporcionando a divulgação de diversas informações. Combinando infogravuras e atividade física (AF), o objetivo desta pesquisa quantitativa de caráter descritivo foi verificar a intenção de internautas em realizar Afs após a visualização de três infogravuras baseadas em fotografias, disponibilizadas no ambiente virtual. A infogravura no. 1 (“Família”) mostrava slogan (frase chamativa) com aspectos relacionados à saúde e à família, sendo que a fotografia apresentava materiais desportivos (cones, colchonetes, kettelbell) e pessoas se exercitando (suposta família composta por jovens pai e mãe, bem como por criança), permitindo ampla visualização da paisagem (beira-mar). A infogravura no. 2 (“A criança pelo futuro”) não tinha slogan e o texto, de caráter motivacional, ocupava mais espaço que a fotografia (mostrando em primeiro plano uma criança, com pouca visualização da paisagem/beira-mar), subliminarmente referenciando atividade física. A infogravura no. 3 (“Qualidade de vida”) expunha slogan que fazia alusão indireta à atividade física, apresentava texto científico baseado nas recomendações de atividade física para adultos saudáveis entre 18 e 64 anos e exibia fotografia com material desportivo (cones) e com adulto jovem praticando exercício físico, além de permitir visualização da paisagem/beira-mar. Os dados foram coletados entre 31 de agosto e 30 de setembro de 2012 por meio de questionário incorporado em website que disponibilizava as três infogravuras. A amostra (n=119, 60 homens), foi composta por internautas maiores de 18 anos (23,8 ± 3,39 anos) que possuíam graduação incompleta (63%), eram estudantes (38%), tiveram acesso à pesquisa por meio do Facebook® (67,2%) e classificaram-se como fisicamente ativos (63%). Os sujeitos revelaram que a intenção em realizar Afs aumentou após a visualização das infogravuras (73,1%), que mostrariam as infogravuras para amigos, conhecidos e/ou familiares (81%), que gostaram mais da infogravura no. 3 (55,5%) e menos da infogravura no. 2 (72,3%), além de terem atribuído conceito positivo à qualidade das infogravuras (97,5%). Conclui-se que a visualização de infogravuras disponibilizadas pela internet pôde ter contribuído para aumentar a intenção de internautas realizarem Afs, possibilitando que sejam consideradas na promoção de um estilo de vida fisicamente ativo. Palavras-chave: atividade motora, fotografia, internet.

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A EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Mariana de Oliveira Delmondes, Valcira Alves Siqueira

Universidade Vila Velha, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil [email protected]

A falta de identidade persistente na Educação Física desde os anos 70, culmina nos dias atuais na não obrigatoriedade do professor de Educação Física nos anos iniciais da Educação Básica. Com isso, o objetivo do estudo foi compreender a relação da Educação Física na Educação Infantil. O trabalho se fez necessário mediante o cenário atual, em que, o trabalho da psicomotricidade na Educação Infantil é realizado por professores, graduados em Pedagogia ou que possuem o antigo Magistério, mesmo contendo professores de Educação Física aptos a trabalhar com tal disciplina nesta primeira etapa da Educação Básica. Diante da presente realidade, alguns questionamentos levantados foram: Por que o professor licenciado em Educação Física não é habilitado a atuar na Educação Infantil, se cabe a este profissional o ensino sistematizado do movimento, do desenvolvimento motor, que é de fundamental importância para a criança na primeira infância? Se os documentos analisados (como a Lei de Diretrizes e Bases – LDB) afirmam que a Educação Física deve estar presente em todo o Ensino Básico, que compreende desde a Educação Infantil ate o Ensino Médio, por que o professor de Educação Física não está inserido na Educação Infantil? Buscando responder tais questionamentos, foi realizada uma análise bibliográfica em artigos científicos e em documentos oficiais da educação. Conclui-se que existem muitas lacunas entre a Educação Física e a Educação Infantil, tanto na obrigatoriedade da disciplina na Educação Infantil, quanto da atuação do professor de Educação Física. Ressalta-se que há profissionais capacitados a atuarem nesta etapa da educação, em que o trabalho sistematizado do movimento é de fundamental importância para o desenvolvimento motor de crianças na faixa etária de 0 a 5 anos, porém é preciso uma análise e organização de conteúdos da Educação Física para a Educação Infantil e documentos que firmem a obrigatoriedade da disciplina nos anos inicias da Educação Básica e da atuação do professor de Educação Física na Educação Infantil. Palavras-chave: Educação Infantil, Educação Física, Professor.

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USO DE ESTERÓIDES ANABÓLICOS ANDROGÊNICOS POR PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO EM ACADEMIAS DE VILA VELHA – ES

Leonardo Raposo

Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha, ES, Brasil [email protected]

Anabolizantes sintéticos são medicamentos que contêm o hormônio “testosterona” que possui características anabólicas, de crescimento e de desenvolvimento sexuais masculinos. Estes medicamentos estão sendo vendidos com a finalidade de se obter o aumento na massa muscular indiscriminadamente. Julgou-se necessário conhecer a percepção dos praticantes de atividades físicas sobre o uso não-clínico de anabolizantes e alertar os atletas e a população em geral sobre os riscos do uso desses urinho ia anabólicos androgênicos (EAAs), tendo-se assim como objetivos avaliar a utilização de urinho ia anabolizantes por praticantes de musculação nas principais academias dos Bairros de Itapoã e Praia da Costa da cidade de Vila Velha (ES), traçando o perfil dos usuários, além de identificar as principais motivações para o uso, as fontes de orientação e acesso e descrever as principais substâncias utilizadas. Trata-se de uma pesquisa de campo de caráter descritivo e quantitativo em que foram usados questionários auto-aplicáveis que proporcionaram o alcance dos objetivos. Foram consideradas como principais, as academias que possuíam mais de 100 alunos. O estudo teve duração de 05 meses. Atendendo à Portaria 196 do Conselho Nacional de Saúde, o projeto dessa pesquisa foi encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa, da Universidade Vila Velha (ES) – UVV e os entrevistados assinaram um termo de esclarecimento e concordância com a mesma. A amostra constituiu-se de 94 alunos, 67% homens e 37% mulheres e os dados coletados foram agrupados por questões e itens. Os resultados foram tabulados por meio de gráficos e tabelas e analisados usando a estatística descritiva. Verificamos que 40% dos alunos entrevistados fazia uso de urinho ia anabólicos androgênicos. O principal EAA usado isoladamente é o Winstrow e que é normal os alunos usarem a mistura de vários EAAs simultaneamente, como a mistura Winstrow, Decadurabolin, Deposteron e Durateston, que prevaleceu entre os entrevistados. A preferência é pela combinação da via de administração oral com a injetável. A maioria dos alunos estava usando os EAAs de um a seis meses e foi orientada por amigos ou por automedicação. A principal forma de aquisição é feita junto aos amigos, seguido de balcão da farmácia. Verificamos que 52% dos usuários usam os EAAs com objetivos estéticos e 24% usa para aumentar a força e melhorar a estética e ainda que 74% perceberam efeitos colaterais durante o uso dos EAAs. Os EAAs são drogas potentes que estão sendo usadas amplamente no âmbito das academias de ginástica, por um público de idades variadas e por ambos os sexos. Como é normal o uso de vários anabolizantes simultaneamente, potencializa-se os riscos de ocorrerem efeitos colaterais e outras complicações causadas pelo uso incorreto de medicamentos, como complicações cardíacas, metabólicas e hemodinâmicas.

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HÁ EQUILÍBRIO ENTRE PRODUÇÃO E REMOÇÃO DO LACTATO SANGUÍNEO DURANTE EXERCÍCIO AERÓBIO ENTRE 50% A 80% DO VO2R

Karla Vago, Miguel Ângelo Alves dos Santos

Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha/ES, Brasil. Núcleo de Biodinâmica das

Atividades Corporais (NUBAC) [email protected]

A intensidade do exercício aeróbio pode ser prescrita baseando-se em diferentes indicadores fisiológicos, e o critério de escolha desses indicadores depende do balanço entre a validade, aplicabilidade e praticidade dos mesmos. O ACSM (2010) recomenda a utilização da reserva do consumo de oxigênio (VO2R) para prescrever a intensidade do exercício aeróbio. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi analisar o equilíbrio entre a produção e remoção do lactato sanguíneo durante exercício aeróbio entre 50% a 80% do VO2R. Para isso, participaram do estudo 15 voluntários ativos ou sedentários, de ambos os sexos e com idade de 29,0 ± 12,8 anos. Após avaliação clínica todos os voluntários realizaram teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) com a finalidade de identificar o consumo de oxigênio de pico. Após o TCPE foram calculadas velocidades correspondentes a 50%, 60%, 70% e 80% do VO2R. Dois dias após o TCPE, cada voluntário realizou quatro sessões de exercício aeróbio com duração de trinta minutos cada, e com um intervalo mínimo de 48h entre elas. Durante cada sessão foi coletado 25 µl de sangue da polpa digital do dedo no 10º e 30º minuto para identificar o equilíbrio entre a produção e remoção do lactato sanguíneo. Foi utilizado o teste t de Student para identificar alteração significativa do lactato sanguíneo entre o 10º e 30º minuto. O equilíbrio entre a produção e remoção do lactato sanguíneo foi determinado por meio da diferença do lactato entre o 10º e 30º minuto. E o critério utilizado para sua identificação foi um aumento menor ou igual a 1 mmol/L. Todas as hipóteses estatísticas foram testadas com alfa = 5%. Não houve diferença significativa entre os níveis de lactato sanguíneo entre o 10o e o 30o minuto em todas as intensidades avaliadas. A diferença do lactato sanguíneo entre os tempos foi de 0.64, 0.6, 0.39 e 0.12 nas intensidades de 50%, 60%, 70% e 80% do VO2R, respectivamente. De acordo com os dados obtidos não foi observado diferença significativa nos níveis do lactato sanguíneo em todas as intensidades avaliadas, assim como, foi observado equilíbrio entre produção e remoção do lactato sanguíneo nas intensidades testadas. Palavras-chave: Reserva do consumo de oxigênio, exercício aeróbio, lactato sanguíneo.

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BENEFÍCIOS DAS ATIVIDADES MOTORAS ADAPTADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA CRIANÇA COM TEA

Angela Teresinha Zuchetto, Giandra Anceski Bataglion, John Peter Nasser

Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis SC, Brasil [email protected]

Introdução. O desenvolvimento humano acontece através de processos de interações recíprocas progressivamente mais complexas entre um organismo humano ativo, em evolução biopsicológica, pessoas, objetos e símbolos no seu ambiente externo imediato, por todo o curso da vida. Para ser efetiva, a interação deve ocorrer numa base consideravelmente regular, através de longos períodos de tempo. Tais formas duradouras de interação no ambiente imediato são definidas como processos proximais (Bronfenbrenner, 2005). Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam dificuldades na interação social; prejuízo qualitativo na comunicação verbal e não verbal, e no brinquedo imaginativo; e, comportamento e interesses restritivos e repetitivos. As alterações se manifestam precocemente em torno dos três anos de idade. Freqüentemente apresentam interesse por rotinas ou rituais não funcionais ou uma insistência irracional em seguir rotinas. Além disso, podem estar ausentes os jogos variados e espontâneos de imaginação ou de imitação apropriados ao nível de desenvolvimento (APA, 1994). O objetivo, deste estudo de caso descritivo, longitudinal, foi investigar a o processo de desenvolvimento de uma criança com TEA, atualmente com 4 anos, em um programa extracurricular de atividade motora adaptada. Métodos: Foram ministradas 180 aulas durante o período analisado (2011.2 a 2012). Para coleta de dados, realizou-se registro cursivo, a partir das filmagens, de três aulas ministradas no solo, selecionadas intencionalmente (1 por semestre), com especial atenção nas matrizes de análises: a) Matriz do Tempo de aula analisando: 1) Aula – tempo total da aula, tempo de atividade e tempo de transição e, 2) o tempo de engajamento da criança (desperdício, fora de foco, em atividade); b) Matriz de adequações; c) Matriz das interações sociais analisando as interações criança/criança e criança/adulto e criança/objetos. Realizou-se análise quantitativa e qualitativa. Resultados; Os tempos das aulas variaram, ocorrendo diferença de até 10 minutos de entre as aulas com maior e menor duração Quanto ao tempo de engajamento, foi progressivo, observou-se o tempo de engajamento da criança evoluindo gradativamente ao longo do período analisado, destacando-se que evoluiu de 10% para mais de 90% no período analisado. A evolução do tempo de engajamento favoreceu processos de interações progressivamente mais complexas com pessoas, objetos e símbolos no ambiente. A interação passou a ocorrer por períodos estendidos de tempo manifestando-se através de sorrisos, abraços e a participação em atividades conjuntas: atividades criança-criança, criança-adulto, criança-objetos e nos jogos em grupos. Foi possível observar mudanças nas características da pessoa: da tendência ao isolamento à curiosidade e ao desejo de engajar-se em atividades, sozinho ou acompanhado, disposição para responder positivamente as solicitações tanto de adultos quanto de crianças. Da ausência de linguagem a facilidades de expressões. As adequações necessárias

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estiveram relacionadas a conduzir a criança a atividade, direcionar sua atenção a explicação e observância da alternância de turnos. Conclusão; Percebe-se que o desenvolvimento da criança foi favorecido pela assiduidade, pelo tempo de contato com as atividades e com seus pares por período prolongado e regular de tempo, evidenciando que a pratica de atividade motora pode beneficiar crianças com TEA. Palavras-chave: atividade motora adaptada, desenvolvimento, TEA.

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INATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES: BARREIRAS ASSOCIADAS

Luana Leocadio Gomes da Silva, Leonardo Raposo, Danilo Santiago Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil

[email protected] Na atualidade a inatividade física (IF) é uma das principais inquietações da sociedade científica na área da saúde, a sua prevalência em adolescentes e os fatores relacionados tem sido foco de muitos estudos nacionais e internacionais, por essa razão, vem sendo buscado meios com a finalidade de diminuir sua alta incidência. A adoção de um estilo de vida ativo na infância e adolescência exerce fundamental influência nos níveis de AF desses indivíduos quando adultos, dessa forma, pode- se evitar o desenvolvimento de características biológicas e comportamentais, que, precocemente estabelecidas, possam prejudicar a saúde do indivíduo na fase adulta. Considerando que em sua maioria os estudos se direcionam a estimar nível de AF em adolescentes, há necessidade de compreender as limitações que levam esses indivíduos a não adoção de um estilo de vida ativo. O objetivo dessa revisão é analisar artigos que almejaram estimar a prevalência de IF de adolescentes escolares brasileiros e as barreiras associadas. Para realizar esse estudo foi feita uma revisão de literatura acerca das temáticas inatividade física, adolescentes, barreiras, por meio de artigos científicos obtidos pelos sites como scielo, google acadêmico e pubmed. Os critérios de exclusão foram não identificar as barreiras associadas a IF; amostra não brasileira e faixa etária < 10 e >19 anos. Considera-se inativo o indivíduo que não desempenha no mínimo de 300 minutos de AF moderada a vigorosa por semana, acerca dos estudos na área de atividade física (AF) e comportamentos sedentários em adolescentes brasileiros, a prevalência de adolescentes expostos a baixos níveis variou de 39% a 93,5%. O avanço da tecnologia proporcionou uma progressiva mecanização das atividades do cotidiano gerando um estilo de vida inativo, ou seja, aumentou-se o tempo gasto em atividades sedentárias. A AF é um importante elemento, dentre outros, na promoção de saúde e qualidade de vida, pois a sua prática proporciona diversos benefícios, como: melhora da composição corporal e do sistema cardiovascular, ósseo e muscular e a diminuição da ansiedade e depressão; dentre outros, importantes para redução de fatores de riscos que precocemente obtidos tendem a agravar o surgimento de doenças de caráter hipocinéticas, manifestando-se no adulto. A investigação e a identificação de barreiras determinantes da alta prevalência de IF sejam de caráter pessoal ou ambiental, em diferentes níveis socioeconômicos, sexo e idade, são extremamente importantes, devido minimizar as razões que impedem ou dificultam a aquisição ou manutenção de um estilo de vida mais ativo, intensificam a aderência a programas de AF e fornece embasamento ao profissional de educação física no planejamento de projetos que almejam a promoção e/ou educação em saúde. De acordo com a revisão dos artigos selecionados as contribuições mais prevalentes para adoção de um estilo de vida inativo em adolescentes foram as: condição climática, ter preguiça, a falta de equipamentos; companhia dos amigos; conhecimento em como se exercitar; local apropriado, e entre outros. Concluímos que no geral percebe-se uma preocupação dos pesquisadores em identificar e expor a prevalência de IF em

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adolescentes a fim de sensibilizar os profissionais desta área, incentivando dessa forma a prática de diagnosticar os motivos que se apresentaram como fatores negativos no processo de tomada de decisão desse grupo, no que se refere à aquisição/manutenção de um comportamento ativo. As barreiras à prática da AF são específicas e sazonais a cada grupo avaliado, neste sentido, julga-se necessário que elas sejam avaliadas por toda comunidade vigente a área de atuação dos profissionais da saúde (professor de educação física, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, entre outros). Palavras-chave: Inatividade Física, Adolescentes e Barreiras.

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EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER: PARADIGMAS E ÁREAS PROMISSORAS

Humberto Lamberti Junior, Danilo Roberto Pereira Santiago

Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha, ES, Brasil

[email protected] A Educação Física é uma das primeiras e mais antigas áreas de estudo do ser humano e uma das mais ricas, por transitar do esporte e ao lazer. No entanto, na atualidade, ainda se discute o real papel do profissional de Educação Física, seus conceitos, ações e intervenções. Por este motivo, o estudo de revisão de literatura teve como objetivo identificar e discutir as questões referentes à formação e atuação do profissional de educação física. Os artigos analisados apontam que grande parte dos atuais professores de educação física não consegue explicar sobre os assuntos relacionados à sua identidade e função. Os mesmos também apontam ter dificuldades em se relacionar com outros profissionais, em especial nas escolas. O estudo conclui que há uma necessidade em se ampliar os espaços de discussões acerca da formação do profissional de Educação Física durante sua graduação, pois ainda parece permanecer uma lacuna entre os profissionais já atuantes. Para tanto, julga-se necessário receber uma excelente formação, sendo a mesma contínua, devido às alterações tanto do mercado de trabalho, quanto na legislação. Palavras-chave: Educação Física, Paradigmas, Áreas Promissoras.

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JOGOS E BRINCADEIRAS – UM RESGATE TEÓRICO/PRÁTICO

Ana Caroline, Antonio Moreira, Guilherme Martins, Priscila Santos, Shirley Pires, Sulivan Bruno, Thiago Amaral, Carlos Antonio Silva

Faculdade Nossa Cidade, Carapicuiba, São Paulo, Brasil

[email protected] Introdução: A pesquisa baseia-se na leitura e aplicação de diversos conteúdos pertinentes aos jogos e brincadeiras infantis, que geram identidade, acervo motor e formação psicossocial, com objetivo claro de localizar e estabelecer metas, de fácil aplicabilidade para o público alvo, propondo uma forma simples para obtenção e compreensão do aprendizado por meio das brincadeiras e jogos tradicionais. Buscamos adequar inicialmente as atividades a cada faixa etária, a fim de melhorar o crescimento e desenvolvimento natural do ser vivo. Com o exorbitante fluxo de aumento da tecnologia, por meio dos meios de comunicação, atualmente as crianças modernas acabam nascendo e crescendo com maior comodidade em todos os aspectos, ficando presas aos condomínios ou às suas próprias casas. Além do falar, alimentar, andar, brincar e aprender, este fato resulta em diversos fatores sociais, que geram distanciamento familiar, indisciplina, isolamento, dentre muitos outros. Assim, a proposta dos jogos e brincadeiras é de servir de resgate aos sonhos, imaginação e fantasias, trazendo o sorriso à face da criança. Diz Gallardo (1998) que a formação de atitudes elimina o isolamento, o medo, o constrangimento, a discriminação ou comportamento preconceituoso e favorece a espontaneidade, a criatividade, a autoestima, o respeito e a aceitação das diferenças e dos limites. Cita ainda que adaptações de jogos e brincadeiras são de suma importância para atingir o seu objetivo principal de ludicidade e de promoção à sociedade. A escola atualmente restringe as crianças em atividades motoras ou esportivas. Nosso pensamento propõe-se em educar o corpo por inteiro, ou seja, a interação de um corpo com outros e com objetos dentro de um espaço, e adequada a sua idade. Portanto, seria também não se movimentar, propondo estimular a socialização, a criatividade e a crítica, por meio de atividades lúdicas, brincadeiras e jogos. Para Freire (2008, p. 84) a criança aprende por diversos mecanismos, mesmo não estando em movimento, utiliza-se de aprendizados absorvidos para evoluir em seus relacionamentos intelectuais e sociais, entende-se assim que educar deve ser mais abrangente que simplesmente movimentar-se, passando assim pela evolução do aprendizado cognitivo e afetivo, gerado pela sociedade que os envolve. Objetivo: Proporcionar e estimular o aprendizado das crianças e ampliar seus conhecimentos cognitivos, afetivos, sociais e motores por meio de atividades lúdicas. Metodologia: Os estudos para a realização desta pesquisa deram-se inicialmente por leituras e sistematizações bibliográficas, método empírico e questionários. O método empírico contribuiu com dados através de conversas informais com pessoas da comunidade deste município referente ao tema. E por fim, o questionário, de grande valia para este trabalho, foi aplicado antes da realização do projeto com o público alvo, para melhor elaboração e estrutura na parte prática das atividades. O público a ser atingido pela pesquisa será de crianças moradoras da comunidade, situada na periferia do município de Carapicuíba/SP, outras são

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participantes da extensão comunitária da Faculdade Nossa Cidade – FNC, e parentes dos estudantes do curso de educação física da instituição educacional já citada, perfazendo um total de aproximadamente 15 crianças. Todos os participantes responderam um questionário inicial, posteriormente um trabalho prático de introdução e resgate de jogos e brincadeiras lúdicas se fará necessário e ao final um novo questionário de aceitação e verificação da qualidade dos trabalhos para que seja tabulado e apresentado na faculdade de origem. Conclusão: As conclusões iniciais demonstram que os trabalhos sistematizados de elaboração e revisão literária, além da caracterização adequada do público são de suma importância para um enquadramento das atividades a serem propostas. Palavras-chave: Ludicidade, Jogos, Atividades Infantis.

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INTERAÇÃO DE JOVENS ADULTOS POR MEIO DE ATIVIDADES RECREATIVAS

Fátima Xavier, Israel Silva Alves, José Aparecido Hipólito, Karine Lebrão, Nélia Cristina, Paulo Victor, Thamires Katharine, Carlos Antonio Silva

Faculdade Nossa Cidade, Carapicuiba, São Paulo, Brasil

[email protected] Introdução: A recreação contribui de forma ativa na vida dos seres humanos desde os povos primitivos, onde a dança, a caça, a luta, a pesca, já eram usadas a fim de garantir sobrevivência, além do caráter prazeroso que esta brincadeira pode proporcionar. Sendo assim, este projeto tem o propósito de promover uma reflexão ativa e, consequentemente, fazer os futuros leitores repensarem nas práticas pedagógicas, tendo um novo olhar para a recreação na aprendizagem e interação subjetiva. Assim, devemos constantemente estimular o individuo, dando a estes condições de desenvolvimento, preparando-os para serem adultos transformadores. Se a brincadeira e o jogo são inerentes dos povos primitivos, é porque o ser humano exige essa troca de conhecimento e de interação na sociedade, sendo que essa exigência perdura até os dias de hoje. Para tanto, trataremos a Recreação como algo único e indissolúvel, porém, delimitando as atividades para a fase adulta, buscando embasamento teórico nas pesquisas de Cunha (2012), Uvinha (2012), Freinet (1998) e Silveira (2012). Por ser um tema amplo com ramificações distintas, decidimos ser mais específicos, especulando se a Educação Física, por meios recreativos, pode resgatar a ludicidade e a interação, não somente nas crianças, mas também nos adultos, foco deste estudo, trabalhando temáticas de interação sócio afetivas, de modo a promover intrinsecamente tanto a melhoria de coordenação, como o abandono do sedentarismo. Objetivo: Esta pesquisa visa caracterizar melhor o que são jogos e brincadeiras para a fase adulta jovem, a fim de promover aos participantes interação sócio afetiva, perdida ao longo do seu crescimento e desenvolvimento, devido ao trabalho cotidiano tão estafante. Metodologia: Em se tratando dos métodos empregados a este trabalho, na primeira fase foi realizada uma pesquisa bibliográfica de caracterização da fase adulta jovem e do que se entende por jogos e brincadeiras, bem como a escolha destes para atuação em campo. Na segunda fase será realizado um trabalho piloto com adultos jovens, com idade entre 20 e 25 anos, com atividades previamente selecionadas, que possam promover a sociabilização e interação entre os participantes. Posteriormente, este teste será retomado e tabulado, para poder promover novas perspectivas voltadas à pratica de atividades recreativas. Conclusão: Concluímos momentaneamente que os estudos bibliográficos e a caracterização detalhada tornaram-se de suma importância para a boa aplicação dos jogos e brincadeiras aos adultos jovens e que estes se fazem necessários na vida cotidiana, não somente das crianças e jovens, mas torna-se importantíssima também na fase adulta, onde a grande necessidade do mercado consumista afasta este público do prazer de estar junto para relacionarem e viverem momentos prazerosos.

Palavras-Chave: Jovens Adultos, Atividades Recreativas, Jogo, Brincadeira.

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PROMOÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE NAS ESCOLAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO PAFE

Giselly dos Santos Holanda, Caio Diniz Cavalcante Mendes, Cassiane Guimarães,

Caroline de Oliveira Martins, Kalinne Fernandes Silva, Vanessa Lee Ferreira Cavalcante, Marcelle de Oliveira Martins.

LEPAFS – Laboratório de Estudos e Pesquisas em Atividade Física e Saúde,

Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil [email protected]

Apoio financeiro: projeto de Iniciação à Docência (PROLICEN) da PRG/UFPB Promover a atividade física (AF) desde a infância ou adolescência tem sido uma ação prioritária para promoção de hábitos saudáveis em diversos países, a partir de políticas públicas, programas de ampla abrangência populacional e iniciativas educacionais. Destaca-se neste contexto a promoção da saúde a partir das escolas, onde propor atividades que gerem divertimento, criação artística, resolução de problemas ou participação coletiva pode ser importante para despertar nos educandos interesse e memorização de temas teóricos. Este trabalho tem o objetivo de relatar parte dos procedimentos didáticos adotados no projeto PAFE (Promoção da Atividade Física nas Escolas), o qual teve dentre suas metas principais divulgar as recomendações para prática de AF relacionadas à saúde na comunidade escolar. De março a novembro de 2012 foram realizados quatro encontros por mês (com duração de 90 minutos) em escola pública estadual, abertos a alunos do 6o ao 9o ano que participassem da programação mensal do projeto: cada mês de atividade do PAFE incluiu uma palestra, duas sessões de prática de atividades físicas e um encontro de produção de conhecimento, todos com abordagens relacionando saúde e AF. A cada etapa do projeto (grupo de quatro encontros) foi enfocado um tema específico, a saber: benefícios da AF versus malefícios da inatividade física; Pirâmide da AF; atividades aeróbicas; fortalecimento muscular e ósseo; flexibilidade. No encontro intercalado às sessões de prática de AF, designado como “sessão de produção de conhecimento”, foram realizadas atividades em sala de aula, que estimularam os escolares a construir, jogar ou manipular materiais educativos: na primeira etapa construíram-se cartazes com colagens sobre os benefícios da AF versus malefícios da inatividade física para a saúde; na segunda etapa a Pirâmide da AF para crianças e adolescentes foi construída e colorida e depois transformada em quebra-cabeça; na terceira etapa jogou-se caça-palavras e também jogo da memória sobre atividades aeróbicas, o qual foi complementado com legendas e colorindo-se figuras; na quarta etapa os alunos jogaram um jogo de tabuleiro sobre força e saúde (criado pela equipe do PAFE, porém os escolares fizeram seus “peões” com material reciclado), e na quinta etapa foi criado um folder sobre flexibilidade. Adotou-se a premissa de que o escolar participante do projeto poderia “produzir, utilizar e multiplicar” os conhecimentos, e portanto em todos estes encontros o mesmo foi estimulado a levar seu material consigo e usá-lo de novo, ensiná-lo ou doá-lo a terceiros. É importante ressaltar que foram planejadas atividades que pudessem ser plenamente concluídas e exploradas em um único encontro, tendo

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em vista a dinamicidade do PAFE, com sucessivas mudanças de temas complementares, assim como foram escolhidos materiais simples e baratos, que pudessem ser novamente adquiridos, reproduzidos e utilizados pelos participantes ou pela escola. Uma importante consideração a ser destacada é que, quanto mais a atividade proposta envolvia o escolar desde sua criação até sua manipulação, melhor transcorria a sessão, em termos de disciplina, interesse, cooperação e coeducação. Palavras-chave: promoção da saúde, atividade física, conhecimento.

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UTILIZAÇÃO DE CHECKLISTS NO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL DA UFPB

Apolinando Cavalcante dos Santos, Wanessa Cavalcante Ferreira, Edval Lacerda de

Oliveira Neto, Adriano Galdino do Vallo, Jefferson Aragão, Caroline de Oliveira Martins

Laboratório de Estudos e Pesquisas em Atividade Física e Saúde/Departamento de Educação Física/Centro de Ciências da Saúde/Universidade Federal da Paraíba, João

Pessoa, PB, Brasil [email protected] Apoio Financeiro: PROBEX/UFPB

Ferramentas ergonômicas como checklists podem ser empregadas para constatar situações que apresentam risco para a saúde de trabalhadores dos mais variados ambientes ocupacionais, prevenindo doenças e favorecendo a eficácia de aulas de ginástica laboral, dentre outros itens. Aplicado no Programa de Ginástica Laboral da Universidade Federal da Paraíba/UFPB em João Pessoa-PB desde 2009, o checklist Zona de Precaução tem permitido a identificação de situações de risco em diversos setores da UFPB, incluindo reitoria e Biblioteca Central/BC. Deste modo, o presente estudo teve como objetivo identificar fatores ergonomicamente inadequados em setores da reitoria (n = 9) e da BC (n = 7), avaliados entre 08 e 19 de outubro de 2012 com o referido checklist (impresso em duas folhas de papel A4). Tal ferramenta permite a identificação de movimentos altamente repetitivos (MAR), preensão manual excessiva (PME), postura corporal inadequada (PCI), impacto repetitivo (IR), vibração braço-mão moderada à elevada (VBMME) e levantamento pesado, frequente ou inadequado (LPFI), apresentando espaço para registro de comentários provenientes da constatação direta do avaliador ou do relato dos trabalhadores. O checklist foi utilizado por seis graduandos do curso de Educação Física da Universidade Federal da Paraíba, levando-se 15 minutos (em média) para urinh-lo em cada setor. Os dados obtidos foram tabulados no Excel® para permitir clara visualização da urinho ia dos fatores estudados. Os resultados indicaram que PCI e MAR foram constatadas em todos os setores da reitoria e BC, enquanto PME foi verificada em quatro setores na BC e em três setores na reitoria. Todos os chefes de setor foram posteriormente informados sobre as constatações feitas com o checklist a fim de que fossem realizadas melhorias para favorecer condições ergonomicamente adequadas nos ambientes investigados. O website do Programa de Ginástica Laboral da UFPB também foi disponibilizado para os trabalhadores, possibilitando acessar checklist que permite ao usuário adequar a interface homem-máquina a partir da averiguação de situações inadequadas frente ao computador, inclusive em casa. Sugere-se que, principalmente devido à prática aplicação deste tipo de ferramenta ergonômica, checklists sejam mais utilizados em Programas de Ginástica Laboral, contribuindo para a promoção da saúde do trabalhador.

Palavras-chave: trabalhador, ergonomia, qualidade de vida.

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ADERÊNCIA DE TRABALHADORES DE HOSPITAL PÚBLICO EM PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL

Raquel Suelen Brito da Silva, Apolinando Cavalcante dos Santos, Wanessa Cavalcante

Ferreira, Maria Gercica Magna Silva, Caroline de Oliveira Martins

Laboratório de Estudos e Pesquisas em Atividade Física e Saúde, Departamento de Educação Física/Centro de Ciências da Saúde/Universidade Federal da Paraíba,

Programa de Pós-Graduação em Educação Física UPE/UFPB, João Pessoa, PB, Brasil [email protected]

Apoio Financeiro: CAPES Visto que resultados consistentes podem ser alcançados com a otimização da aderência em Programa de Ginástica Laboral (PGL), o objetivo deste estudo foi verificar os fatores que contribuíram para a participação de trabalhadores (n=54; fem=47; 42,8±10,6 anos) após seis semanas de aplicação deste programa, ofertado em hospital público de João Pessoa/PB. O PGL, efetuado em três setores do hospital (Nutrição, Clínica Médica e Clínica Pediátrica) entre 08 de maio a 19 de junho de 2012, foi composto por aplicação de checklist ergonômico, aulas diárias de GL (exercícios de alongamento, massagens, atividades lúdicas e técnicas meditativas na presença de música) com 20 minutos de duração, disseminação semanal de informações sobre qualidade de vida (impressas em folhas tamanho A4) e atendimento do professor de GL antes e/ou após as aulas. Os dados desta pesquisa quase experimental com abordagem quanti-qualitativa foram coletados entre 20 de junho e 20 de julho de 2012 por meio de questionários e de entrevistas semiestruturadas, posteriormente realizando-se estatística descritiva e análise de discursos. A aplicação do checklist refletiu condições ocupacionais inadequadas (movimentos altamente repetitivos, postura corporal inadequada, levantamento inadequado de objetos e preensão manual excessiva), favorecendo que subsequentemente fossem adotados maior cuidado com a postura corporal ao digitar prontuários (Clínica Médica) e troca de carrinhos que transportavam refeições dos pacientes (Nutrição). Quanto ao perfil da amostra, os resultados indicaram que a maioria era casada (57,4%), possuía o ensino médio completo (50%), apresentava desconforto nas regiões da coluna vertebral (81,5%) e dos ombros (70,4%), era insuficientemente ativa (66,7%) e teve a qualidade de vida classificada como satisfatória (98,1%). Quanto à percepção dos participantes da GL sobre tais aulas, todos afirmaram que foram agradáveis, contribuíram para a melhoria do bem-estar e aumentaram a disposição no trabalho. Todos também afirmaram que o professor possuía controle adequado das atividades da GL, manutenção de boa postura corporal e tratamento respeitoso com trabalhadores. Ainda, 69,2% dos entrevistados aprenderam mais sobre alongamento, que foi o item mais comentado do PGL (73,1%), o que mais chamou atenção nas aulas (65,4%) e o que foi mais divulgado no meio social (76,9%). A didática do professor de GL foi o fator que mais contribuiu para a criatividade nas aulas (53,8%) e ter mais tempo foi o motivo mais apontado para favorecer o aumento da participação na GL (46,1%), enquanto o cansaço foi o motivo que mais dificultou a participação nestas aulas (46,1%). Dos

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trabalhadores que não participaram da GL (n = 13), 85% reportaram assídua leitura das informações semanais, indicando que benefícios provenientes do curto período de aplicação do PGL também puderam ser estendidos aos que não frequentaram tal ginástica. Os resultados sugerem que simples fatores podem ter influenciado a aderência ao PGL aplicado, oferecendo recursos para que sejam criadas estratégias voltadas para aumentar a aderência a programas desta natureza, possibilitando, por sua vez, benefícios mais enfáticos no ambiente ocupacional e social de diversos trabalhadores. Palavras-chave: trabalhador, aderência, ginástica.

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BENEFÍCIOS DA HIDROGINÁSTICA DURANTE A GESTAÇÃO

Raabi Nascimento da Silva, Bethânia Alves Costa Zandomínegue

Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil [email protected]

O presente estudo tem por objetivo identificar por meio de uma revisão de literatura, os benefícios da prática da Hidroginástica para mulheres gestantes. As publicações foram obtidas por meio do Google Acadêmico utilizando-se os termos hidroginástica, atividade física, atividade aquática, exercícios, gestante e gestação. Embora a prática de atividade física regular seja recomendada para a promoção da saúde, da qualidade de vida e para a prevenção e/ou controle de diversas doenças (HELMIRICH; RAGLAND; PAFFENBARGER, 1994; CLAPP; LITLLE, 1995), ainda não existe um consenso quanto essa prática no período gestacional (ARTAL; GARDIN, 1999). Entretanto, alguns tipos de atividades físicas como exercícios leves na água, caminhada e bicicleta se destacam como práticas durante o período gestacional, sendo a atividade aquática mais relaxante que outros tipos de exercícios, especialmente os de força como a musculação (KATZ, 1996). Desse modo o estudo conclui que a Hidroginástica como prática de atividade física moderada, regular, adaptada às diferentes fases da gestação promove benefícios físicos e psicológicos para a gestante. Palavras-chave: Hidroginástica, Gestante, Benefícios.

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OS CLUBES ESPORTIVOS E SUAS FESTIVIDADES

Júlia Bigossi Aragão, Ivan Marcelo Gomes, Felipe Quintão de Almeida

Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo, Brasil [email protected]

CNPq O objetivo desse texto é descrever como se caracterizava a vida social dentro dos primeiros clubes esportivos na cidade de Vitória. O Espírito Santo começou a sofrer, lentamente, um processo de modernização, semelhante ao que ocorreu no Rio de Janeiro, onde os primeiros clubes fundados eram para as práticas do remo e do futebol. Os primeiros clubes do Espírito Santo foram fundados em 1902, Álvares Cabral e Saldanha da Gama, sendo os dois, primeiramente, voltados para o remo. Para analisar a vida social em torno dos clubes, utilizamos diversas fontes que circulavam na época, como o jornal “A Tribuna” e o “Diário da Manhã”. A Capital não apresentava muitas opções para os jovens da época, sendo que a criação de um clube social era um sonho que foi amadurecendo e se tornou real em 1902, quando sete homens se juntaram e compraram uma baleeira vinda do Rio de Janeiro. Com a chegada desta, existiu uma solenidade da qual um grande número de pessoas participou, e neste dia foi fundado o primeiro clube de remo do Estado, o Álvares Cabral. Semanas depois outro clube foi fundado, Saldanha da Gama, porém, sua primeira baleeira só foi batizada no dia 07 de setembro de 1902. A criação desses clubes trouxe um impulso para os esportes náuticos. As disputas pelo mar passaram a acontecer com frequência e tornaram-se um grande evento. Autoridades eram convidadas e o governo do Estado passou a investir no esporte auxiliando os clubes com verbas para a realização das regatas. Nos dias que estas ocorriam, a cidade se cobria com as cores dos seus clubes e um público relevante acompanhava e torcia. Em algumas regatas, os associados dos clubes possuíam vantagens em relação aos demais espectadores. Essa ascensão dos clubes no Espírito Santo resultou no começo de uma vida social mais movimentada. Assim, os salões da sede do Saldanha passaram a ficar abertos durante toda a semana e grandes assuntos políticos e sociais passaram a ser tratados pelos homens no bar do clube, enquanto as esposas organizavam as festas a serem realizadas. Com algumas diferenças, aconteceu o mesmo no Álvares. Este teve seu primeiro prédio comprado na década de 1930, localizado na Vila Rubim, onde até 1958 acontecia toda a sua mobilização social: “[...] Motivos para a realização de festas era o que não faltava, fosse para comemorar a compra de um novo barco, fosse simplesmente para fazer uma festa temática” (KUNSCH; SALUSTIANO, 2007, p.58). No inicio do ano muito se anunciava sobre o carnaval nos clubes e nos bairros. Escrevia-se de uma forma bonita, alegre, como se nessa época fosse proibido ter problemas. As linhas dos jornais pareciam nos dizer de um período do ano em que não importava onde você morava e se você possuía ou não dinheiro. Ao mesmo tempo em que existia esse belo discurso, notamos que o carnaval nos clubes ainda era bem restrito, só aproveitavam a festa os associados. Na entrada dos bailes, os associados deveriam apresentar carteirinha ou comprovante de pagamento do mês, para participar da festa (A

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TRIBUNA, 1942). Durante esse período, eram realizados concursos do melhor carnaval da Capital, do bloco mais querido de v Vitória, da melhor música, entre outros (A TRIBUNA, 1941). Fora a época de carnaval, a vida social em Vitória foi crescendo a cada ano. Antes da existência dos clubes, a população possuía como diversão as festas religiosas e políticas (KUNSCH; SALUSTIANO, 2007, p.15). Quando os clubes se firmaram, a promoção de eventos esportivos movimentava a cidade. Os números de clubes sociais cresceram e as maiores comemorações realizadas eram as de aniversário. Os clubes, percebendo a importância de suas sedes sociais, começaram a promover festas fora de época e essa prática foi se tornando cada vez mais comum. ; conseguimos acompanhar esse aumento de realizações de eventos analisando os periódicos; no começo, a diretoria do clube era responsável pela promoção destes, mas, com o passar dos anos, foi formada uma comissão responsável por organizar essas cerimônias, geralmente composta por mulheres, esposas dos sócios. Quando algum clube de outro Estado vinha à Capital, o departamento feminino do clube em que o visitante estivesse preparava passeios, divertimentos, brincadeiras, noites e/ou tardes dançantes como forma de hospitalidade. (A TRIBUNA, 1944, s/p). No fim da década de 1940, o número de reportagens a respeito dos eventos nos clubes em foco já era consideravelmente menor. Palavras-chave: Eventos, Clubes, Sociabilidades.

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TORCIDAS ORGANIZADAS EM VITÓRIA: MODOS DE SOCIABILIDADE E RITUAIS

Júlia Bigossi Aragão,Ivan Marcelo Gomes, Felipe Quintão de Almeida

Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo, Brasil [email protected]

Apoio Financeiro: FACITEC O objetivo geral deste trabalho é pesquisar os principais aspectos que constituem o modo de vida dos torcedores pertencentes à torcida organizada. Em função do gosto pelo futebol, determinados indivíduos constroem organizações torcedoras pautadas em projetos coletivos, organizados materialmente, denominadas torcidas organizadas. Este fenômeno que se manifesta pela paixão coletiva por times e clubes, se desdobra e se transforma em paixão pelas próprias torcidas organizadas, desde seus símbolos, práticas, a sociabilidade que promovem e que organizam em torno do futebol profissional. Essas torcidas inauguram, assim, um padrão de sociabilidade específico, expresso nos comportamentos corporais, na estética e na manipulação de um instrumental simbólico. A realização de estudos com torcidas organizadas de futebol, embora seja uma tendência crescente na realidade brasileira (SOUZA JÚNIOR; SILVA; CAMPOS, 2011; SILVA et al., 2010; BANDEIRA, 2012; LUCCAS, 1998; REIS, 2010), ainda necessita avançar na região da Grande Vitória. Nos municípios dessa região é possível identificar algumas torcidas organizadas. Por exemplo, “Torcida Organizada Bola Branca”, “Torcida Organizada Comando Alvi-Negro”, “Torcida Organizada Força 12”, “Torcida Organizada Garra Alvianil do Vitória”, “Torcida Organizada Cobra Coral”, “Torcida Organizada Grenamor”, “Torcida Organizada Esquadrão Grená”. Quase nada conhecemos, contudo, a respeito dessas organizadas, a não ser o que temos disponível nas páginas de internet e por aquilo que assistimos nos dias de jogos. Estamos privilegiando nessa pesquisa as torcidas organizadas do Rio Branco Futebol Clube, um dos mais antigos clubes do Estado (fundado em 1913) e com maior número de torcedores na região pesquisada. Trata-se de uma pesquisa de campo. A coleta de dados, a ser conduzida pelo(a) bolsista, será realizada por meio de observação participante nas próprias torcidas organizadas, seja em sua sede, nos estádios, nas viagens para os jogos etc. O registro das observações será realizado a partir do uso de diário de campo e registro de imagens com máquina digital. Palavras-chave: Lazer, Estádio, Torcidas Organizadas, Futebol.

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O ESPAÇO DA DANÇA NA/DA ESCOLA: ESPETÁCULO OU EDUCAÇÃO?

Carla de Oliveira dos Santos, Oséias Raimundo de Oliveira, Marcelo Paraíso Alves

Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA, Volta Redonda, Rio de Janeiro, Brasil

[email protected] O presente trabalho busca como centralidade os aspectos relacionados à dança e as suas possibilidades de manifestação no cotidiano escolar, mais especificamente, no debate relacionado a dança como uma forma de espetáculo, onde é concebida como um fim e na dança concebida como um processo educativo já que o movimento é um meio de educação. Nesse sentido, o estudo busca trazer para o centro da discussão as diversas concepções de dança, delimitando-a como uma arte que se mostra como o entendimento das possibilidades físicas do corpo do sujeito, permitindo-o exteriorizar um determinado estado, através dos músculos, segundo as leis naturais do ritmo e da estética. Podemos vivenciar no espaço escolar duas formas de se trabalhar a dança: dança/espetáculo, que trabalha na ótica da valorização da técnica e busca da performance; e, a dança/educação que busca desenvolver o cidadão crítico, trabalhando o seu poder criativo, sua autonomia e capacidade de decisão. Partindo do referido pressuposto (dança/espetáculo e dança/educação) passamos a refletir sobre alguns aspectos que não podem passar despercebidos: A dança contribui com a escola? A dança é um conteúdo possível de ser utilizado na escola? De que maneira a dança poderia contribuir com o saber escolástico? Até que ponto a dança espetáculo permite uma aproximação com uma dança fabricada na escola? Será que a busca exacerbada da técnica permite pensar a dança na perspectiva da Cultura Corporal? Busca-se então compreender as tendências e as concepções do ensino da dança presentes na literatura específica de Educação Física Escolar dos últimos vinte anos. Na busca de autores que discutem a dança escolar, nota-se que há uma ambiguidade no que concerne à sua definição, diferenciando a dança na escola (dança/espetáculo) e a dança da escola (dança/educação). Segundo Caparroz (2005), existem duas proposições acerca da conceituação da Educação Física: uma que é inerente exclusivamente à instituição escolar, e outra que a considera como algo que abrange diversas práticas sociais. Partindo do referido pressuposto buscou-se esta mesma contradição para discutir a dança na/da escola. Podemos perceber que a dança/educação possui um papel fundamental enquanto atividade pedagógica, despertando nos sujeitos uma relação concreta sujeito-mundo, propiciando atividades geradoras de ação, compreensão e reflexão. Diante deste fato, consideramos relevante ressaltar que o direcionamento da dança na escola na perspectiva cultural, apoiado na cultura corporal, permite aos sujeitos explorarem eles próprios o meio que os cerca, não abandonando a técnica, mas considerando-a como um meio e não um fim, visando assim a formação integral do mesmo, aliando execução de movimentos com consciência critica, conhecimento de seu próprio corpo e suas limitações.Dessa forma, percebemos que a dança como prática pedagógica deve ser aplicada durante as aulas enquanto dança/educação – dança da escola -, que vai levar em consideração os

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sujeitos e a subjetividade de cada um, contemplando a técnica, que também se faz importante na sua prática, mas não como conteúdo com um fim em si mesmo, e sim como uma possibilidade de expressão e linguagem corporal, e, também de formação do sujeito em sua totalidade, oportunizando o desenvolvimento integral do individuo. A pesquisa optou pela metodologia de pesquisa bibliográfica exploratória que se caracteriza pela busca e compreensão dos fenômenos observáveis, descrevendo sua estrutura e funcionamento. Palavras-chave: dança, escola, educação.

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O PERFIL DAS EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE RECREAÇÃO E LAZER: O GOOGLE COMO REFERÊNCIA

Anderson Pinho do Nascimento, Rayra Possato Gaudio Barbosa, Lívia Quirino de Melo

Medeiros, Thieferson Franthesco de Paulo Gomes, Salvador Inácio da Silva

Núcleo de Recreação e Lazer – NRL, Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil

[email protected] O Google é uma empresa multinacional de serviços online e software dos Estados Unidos. O mesmo hospeda e desenvolve uma série de serviços e produtos baseados na internet. Com mais de um milhão de servidores ao redor do mundo, o Google processa mais de um milhão de solicitações de pesquisa por dia. Esta empresa oferece não somente uma central de buscas, mas como também e-mail, rede social e outros. O Google é um dos sites mais acessados do mundo. O lazer influencia não somente nos setores culturais, mas nos setores econômicos. Caracterizado como uma área multiprofissional, encontramos na intervenção pedagogos, psicólogos, turismólogos, artistas, professores de educação física e outros. Indiretamente profissionais da área de economia, sociologia, administração, arquitetos e outros auxiliam na gestão do lazer. A indústria do lazer e do entretenimento no Brasil vem se desenvolvendo significativamente no cenário brasileiro a partir de 1990. Consequentemente vários setores deste seguimento acompanham este crescimento, surgindo assim empresas prestadoras de serviços de recreação e lazer. Questionamos: Qual o perfil das empresas prestadoras de serviços de recreação e lazer e como as mesmas se apresentam quanto identidade visual nos sites dispostos no Google? Este trabalho objetiva analisar o perfil das empresas prestadoras de serviços de recreação e lazer disponibilizadas no site de busca Google e identificar como as mesmas se apresentam quanto visualização neste cenário virtual. Esta pesquisa é documental-exploratória e de acordo com a problemática e os seus objetivos a mesma utiliza para as suas análises a abordagem qualitativa passando pela observação, interpretação e compreensão dos dados. Assim, procuramos no referido site de busca a frase “empresa de recreação e lazer”, identificamos seus endereços eletrônicos, seus ícones informativos e suas logomarcas. No geral os sites observados expressam ícones como: contato, serviços, galeria de fotos, mapa localizador da empresa, os clientes, profissionais da empresa, eventos e fale conosco. Desses um destaque maior aos ícones: os serviços prestados pelas empresas e os seus respectivos profissionais. Os serviços na maioria se compõem por: colônia de férias, passeios e animação de festas empresariais. Os profissionais prestadores de serviços dessas empresas são os mais variados, mas se destaca o profissional de educação física. As empresas de recreação e lazer entraram também nesta atual forma de promoção e venda de produtos, via sites, sistema virtual de compras e se destaca com apropriação dos seus serviços e profissionais. Geralmente são marcas alegres, descontraídas, cores primarias, fortes e cheias de energias; fazendo relação o lúdico e a fantasia. Palavras-chave: Lazer, recreação, Google, serviços.

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O CONCEITO DE LAZER DOS UNIVERSITÁRIOS DA UNIVERSIDADE VILA VELHA – ES

Brunella Frosi Nunes, Rayra Possato Gaudio Barbosa, Lívia Quirino de Melo Medeiros,

Thieferson Franthesco de Paulo Gomes, Salvador Inácio da Silva

Núcleo de Recreação e Lazer – NRL, Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil

[email protected] O termo lazer faz parte do cotidiano da sociedade brasileira e é frequente o uso desta expressão nos diferentes espaços sociais. Estudiosos das diferentes áreas do conhecimento acadêmico vêm organizando e sistematizando o significado do lazer no Brasil. Na sociedade do trabalho não é possível viver somente para a labuta, principalmente se o mesmo for extremamente físico e cansativo. É necessário pelo menos o momento de descanso para aliviar o estresse muscular e recuperar novas energias para o retorno ao trabalho. Valoriza-se ao longo do tempo o lazer voltado à recuperação das energias do trabalhador e do seu descanso, porém é necessário valorizar o lazer voltado à diversão e ao desenvolvimento pessoal; não somente um seguimento, mas todos, pensando não somente no proletariado, mas do cidadão em geral. No senso comum o lazer é pensado como qualquer coisa que de prazer, chegando a uma desvalorização, havendo um reducionismo do significado do termo. Geralmente esta representação se dá na população sem formação acadêmica e sem acesso ao conhecimento geral. De acordo com a situação acima questionamos: Como a população acadêmica, graduandos de diversos cursos do ensino superior pensam e representam o lazer? Quais as aproximações e os distanciamentos desses significados do quadro teórico brasileiro de conceituação e significados do lazer? Assim objetivamos identificar a representação da população acadêmica acerca do significado do lazer e verificar a sua relação com o quadro teórico brasileiro. Espera-se dos sujeitos da pesquisa um significado plural de caráter crítico social do lazer. Este estudo é relevante por entender que a partir desta representação acadêmica podemos contextualizar no universo circunscrito do Núcleo de Recreação e Lazer, vinculado ao curso de Educação Física da Universidade Vila Velha – UVV o lazer quanto fenômeno social. Como metodologia, passamos pela pesquisa bibliográfica e focamos na pesquisa de campo. Como ferramenta de coleta de dados, utilizamos o questionário simplificado com uma única questão. Esta buscava do sujeito a resposta para a seguinte questão: Qual o seu conceito de lazer? O quadro de sujeitos informantes foi composto com um por cento da população acadêmica de cada turno da instituição referida; totalizando trezentos sujeitos. Em posse dos questionários, partimos para a categorização dos resultados conceituais dos entrevistados. E na sequência, a análise dos mesmos a partir do quadro teórico foi composto pelos autores: Bruhns, Marcellino, Camargo e Melo. A média etária desses entrevistados se concentra entre vinte e um a trinta anos. Inicialmente foi possível identificar no olhar dos acadêmicos, duas formas de estabelecer o significado do lazer, objetiva e subjetiva; respectivamente como uma atividade e como um fenômeno social. De forma objetiva ainda entendem que é qualquer atividade prazerosa, atividade após a jornada do trabalho, atividade cultural e

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atividade esportiva. Concluindo, diferente do que esperávamos dos sujeitos entrevistados, o acadêmico da Universidade Vila Velha – UVV identifica o lazer como uma atividade, lógica restrita à diversão e ao descanso. Esta identificação tem uma relação com o senso comum; baixa influencia acadêmica. Esta visão é considerada por Bruhns a partir do pensar o lazer a partir da atitude de vida. Vale então informar aos interessados desta leitura da necessidade de politicas públicas voltadas à educação para o lazer. Palavras-chave: Lazer, conceito, população acadêmica.

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PERCEPÇÃO CONCEITUAL ACADÊMICOS DO TERMO “LAZER DE AVENTURA”

Rayra Possato Gaudio Barbosa, Lívia Quirino de Melo Medeiros, Thieferson Franthesco de Paulo Gomes, Salvador Inácio da Silva

Núcleo de Recreação e Lazer – NRL, Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha,

Espírito Santo, Brasil [email protected]

Lazer de Aventura é uma dos serviços que vem crescendo nos últimos anos, por conta da quantidade de adeptos de atividades físicas que estão praticando tal tipo de dinâmica. Neste contexto a educação física é uma das áreas de conhecimento que vem se apropriando desse mercado. O curso de educação física, esporte e lazer da Universidade Vila Velha – UVV junto com o Núcleo de Recreação e Lazer, as disciplinas de recreação e lazer e mais especificamente a disciplina Teoria e prática do lazer II antenados com esta tendência de mercado vêm trabalhando na formação deste profissional no âmbito conceitual, técnico e pedagógico, considerando entre outras áreas de concentração, a área lazer, ecologia e aventura. E neste cenário acadêmico que procuramos verificar as seguintes questões de estudos: Como os acadêmicos do curso supracitado se apropriam do termo lazer de aventura quando questionados sobre o mesmo? Quais os conteúdos emergentes utilizados por esses acadêmicos para dar significado ao termo lazer de aventura? Assim objetivamos investigar como se dá o entendimento dos acadêmicos do curso de educação física, esporte e lazer / UVV sobre a temática lazer de aventura e verificar como os mesmos utilizam dos conteúdos conceituais, técnicos e pedagógicos. A referida pesquisa de campo; de caráter quantitativo, teve como sujeito dezenove acadêmicos do quinto período do curso de educação física, esporte e lazer – UVV e os mesmos responderam a seguinte questão: Qual o significado do lazer de aventura? Os textos-resposta dos sujeitos foram lidos e analisados; deste ponto retiramos as palavras-chave e numeramos suas repetições nas respostas organizadas em categorias conteúdos. No geral os sujeitos entrevistados associaram o termo “lazer de aventura” com quatro conteúdos: interesses culturais do lazer [20 repetições], riscos [15 repetições], sensações e emoções [13 repetições] e ambiente [07 repetições]. A apropriação do termo lazer de aventura pelos sujeitos da pesquisa se deu de forma conceitual pedagógica, ressaltando os conteúdos voltados às questões culturais do lazer. Palavras-chave: Lazer de aventura, educação física, conteúdos emergentes.

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AS EXPERIÊNCIAS DOS ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E OS CONTEÚDOS DO LAZER DE AVENTURA: UMA ANÁLISE REFLEXIVA

Thieferson Franthesco de Paulo Gomes, Rayra Possato Gaudio Barbosa, Lívia Quirino

de Melo Medeiros, Salvador Inácio da Silva

Núcleo de Recreação e Lazer – NRL, Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil

[email protected] As atividades de aventura fazem parte do cotidiano das pessoas. Presente em todas as fases do desenvolvimento humano, essas atividades são vivenciadas não somente nos espaços ao ar livre, mas também em ambientes públicos, escolares e domésticos. Inicialmente na fase infantil, as pessoas exploram e se apropriam dos espaços que os circunscrevem de diversas formas. Entendemos que uma dessas formas possa ser a atividade de aventura configurada e contextualizada no cenário infantil. Neste contexto questionamos: Como os acadêmicos do curso de educação física, esporte e lazer da Universidade Vila Velha – UVV identificam as atividades de aventura nas suas infâncias? Como essas identificações acadêmicas se associam aos conteúdos técnicos e pedagógicos do lazer de aventura trabalhados na disciplina de teoria e prática do lazer? O objetivo deste trabalho é identificar as atividades de aventura dos acadêmicos nas suas infâncias e associar essas identificações aos conteúdos acadêmicos; assim como também refletir sobre este processo. Este estudo se desenvolveu numa abordagem qualitativa e utilizou como instrumento de pesquisa um questionário aplicado a dezenove acadêmicos já aprovados na disciplina de teoria e pratica do lazer II do curso já supracitado. Os dados coletados foram listados, classificados, associados e refletidos pelo grupo de estudo lazer, ecologia e aventura composto por acadêmicos e professores estudiosos desta temática à luz de quatro reuniões sistemáticas obedecendo a proposta metodológica do grupo focal. As atividades descritas pelos acadêmicos foram listadas e classificadas em três categorias de acordo com os espaços em que as mesmas foram vivenciadas: ambientes domésticos [salas, quartas, corredores, varandas e similares], ambientes naturais [cachoeiras, rios, árvores, morros, pedreiras e similares] e ambientes públicos [praças, ruas, monumentos e similares]. Com as associações e as reflexões essas categorias oportunizaram subcategorias como: atividades domésticas de aventura [subir portas, escorregar em corrimãos, subir escadas, pular móveis e similares] e atividades de escolinhas associadas aos esportes de aventura [surfe, skate, ciclismo e similares], atividades de aventura em ambientes aquáticos [mergulho, subida em rio, escalada em cachoeira e similares], terrestre [andar na mata, subir em árvores, andar a cavalo e similares] e aéreo [ultraleve]; e atividades de aventura no espaço público [urbano] associadas aos brinquedos [carrinho de rolimã, patinete, patins, skate e similares] e às brincadeiras [subir em muros, andar no meio fio, escorregar no papelão, urinho, descer ladeiras de bicicleta e similares]. O processo de reflexão sobre as identificações e associações dessas atividades listadas pelos alunos da disciplina de teoria e pratica do lazer II foi relevante aos acadêmicos e professores participantes do grupo de estudo lazer, ecologia e aventura [GELEA] do Núcleo de Recreação e Lazer vinculado ao curso de

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Educação Física, Esporte e Lazer / UVV por refletir sobre os conteúdos do lazer de aventura além da lógica das atividades estabelecidas no universo técnico e acadêmico; mas numa lógica infantilizada quando a palavra aventura nos remete a ideia lúdica, à imaginação e à fantasia. Palavras-chave: Aventura, infância, lazer.

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UMA ANÁLISE CRÍTICA DO PAN 2007 E PERSPECTIVAS PARA OS PRÓXIMOS MEGAEVENTOS ESPORTIVOS NO BRASIL, UMA DETURPAÇÃO AO ESPORTE

ENQUANTO FERRAMENTA SOCIAL

Aldo de Almeida Vieira Machado Júnior, Luis Eduardo Waldemarin Wanderley

Universidade Vila Velha – UVV [email protected]

Este trabalho visa a partir da crítica ao planejamento e à gestão dos Jogos Pan-americanos 2007, ocorrido no Brasil, especificamente na cidade do Rio de Janeiro, fazer reflexões acerca do fenômeno sócio cultural esporte compreendendo suas variadas dimensões e possibilidades ideológicas. Sobre este último aspecto funda-se a análise principalmente na concepção gramsciana de sociedade, além de autores que convergem em vários sentidos com ele. Para tratar do esporte enquanto ferramenta social apoiou-se principalmente nas teorias de Vygostky. Para a fundamentação deste trabalho de pesquisa foi utilizada uma Revisão Bibliográfica que consiste no processo de levantamento e análise do que já foi publicado sobre o tema de pesquisa escolhido, permitindo efetuar um mapeamento do que já foi escrito e de quem já escreveu algo sobre o tema da pesquisa (MORESI, 2003). Uma breve síntese do cenário em que se apoiou os Jogos Pan-Americanos serve para recordar: governos federal, estadual e municipal, isto é, os supostos “senhores dos anéis”, brigando pela sua paternidade, pelos possíveis lucros da “imagem” na mídia e lucros financeiros, em frequentes enfrentamentos muito poucos “esportivos” e de escasso fair play; ameaças seguidas de não conclusão das obras em tempo hábil; um projeto que previa ampla participação de capital privado, responsabilidade depois transferida para as administrações públicas envolvidas, para evitar o vexame da não execução das obras e reformas nas instalações e equipamentos esportivos necessários aos Jogos. Além disso, o orçamento aumentou mais de oito vezes em sua previsão inicial, o que levou os governos e estatais a investirem cerca de 3,5 bilhões de reais. Denúncias repetidas do TCU sobre superfaturamentos e gastos públicos sem licitação, e pedidos de instalação de CPI´s no Rio e em Brasília foi outra ação vislumbrada. Junta-se a isto também a não concretização das promessas de melhorias na infra-estrutura da cidade do Rio, especialmente em transportes, segurança e saúde, que terminaram não saindo do papel. Do ponto de vista técnico esportivo, a baixa qualidade de competidores e equipes de vários países em diversas modalidades, em função da maior parte dos torneios não valerem classificação para as Olimpíadas de Beijin 2008 – China que seria no ano seguinte. Um conceito simples de Gestão diz que o grau de habilidade de um bom gestor pode ser medido no fato de administrar custos, logo, ele deve trabalhar numa lógica de fazer o melhor com o máximo de economia. Adiciona-se a isto que a experiência dá ao administrador outra característica que é o know how, algo não percebido após o Pan. Sob o enfoque da gestão financeira para o megaevento mais próximo de ser realizado, especialistas indicam para valores superiores a oito vezes o orçamento previsto inicialmente, o que no mínimo é motivo de indignação, pois como dantes sustentado não é tolerável que uma organização que tem a incumbência de

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realizar um Megaevento, repita o erro, quando comparado o Pan. No mínimo o PAN teria de servir de piloto para que não se cometessem os mesmos erros. Apesar disto, se reconhece que a instituição gestora do projeto na etapa de convencimento para trazer para o Brasil o direito de sediar os megaeventos foi eficiente, demonstrando grande habilidade de articulação política, principalmente no que tange a participação do Presidente da República na época frente a liderança da campanha que culminou com a conquista do direito supracitado. Palavras-chave: Esporte, Ferramenta social, Megaevento, Gestão.

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CONTRIBUIÇÕES DE LENIRA BORGES PARA A DANÇA CAPIXABA

Mariana Amendoeira Coelho, Andrea Brandão Locatelli

Universidade Vila Velha – UVV, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil [email protected]

Este estudo teve como objetivo investigar e analisar a contribuição de Lenira Borges para a dança no Espírito Santo. Para o desenvolvimento desta pesquisa foram utilizados recortes de jornais que apresentam registros sobre a trajetória da academia Lenira Borges Ballet Studio no Espírito Santo, além do livreto “Lenira Borges uma vida para a dança” de Inês Bogéa. A academia foi fundada em 1961 em Vitória e desde essa época formaram diversas bailarinas e bailarinos, muitos selecionados para integrar em grupos de grande companhias profissionais na Alemanha, São Paulo, Joinville entre outras. O estudo conclui que Lenira Borges faz parte da historia dança capixaba, a mesma oportunizou a formação de diversos bailarinos e um crescimento no mercado de trabalho. Palavras-chave: Lenira Borges, Balé, Criação.