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ANAIS DO II SIMPÓSIO BRASILEIRO DE

MOTRICIDADE HUMANA Petrolina - PE | Juazeiro - BA | 27 e 28 de abril de 2018

Edição Técnica Fernando de Aguiar Lemos & Natalia Batista Albuquerque Goulart Lemos

Revisão Técnica Fernando de Aguiar Lemos

Copyright © 2018 - II Simpósio Brasileiro de Motricidade Humana

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida,

em qualquer forma ou por qualquer meio, sem permissão escrita da organização do evento.

Todos os resumos neste livro foram reproduzidos de cópias fornecidas pelos autores e o conteúdo dos textos são

de exclusiva responsabilidade dos mesmos. A organização do II Simpósio Brasileiro de Motricidade Humana

não se responsabiliza por consequências decorrentes do uso de quaisquer dados, afirmações e/ou opiniões

inexatas ou que conduzam a erros publicados neste livro de trabalhos.

FICHA CATALOGRÁFICA

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Período de realização

27 e 28 de Abril de 2018

Local do evento

Complexo Multieventos, Univasf, Campus Juazeiro-BA

Presidente do evento

Fernando de Aguiar Lemos

Vice-Presidente

Natalia Batista Albuquerque Goulart Lemos

Site oficial

www.sbmh2018.com.br

INFORMAÇÕES GERAIS

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A Motricidade Humana tem sido foco de estudo há séculos. Diariamente nos confrontamos

com uma série de informações geradas por diversos laboratórios de pesquisas distribuídos no planeta.

Cada vez mais, torna-se necessário organizar este grande número de informações e direcionar o

crescimento científico no nosso país.

Neste sentido, o II Simpósio Brasileiro de motricidade Humana (II SBMH) teve a missão de organizar

o tema “Implicações Tecnológicas na Motricidade: Saúde, Esporte e Escola”. Ao longo da organização do

evento conseguimos reunir profissionais renomados no tema do evento que certamente contribuirão

muito para o crescimento científico da região do Vale do São Francisco.

Organizamos este evento com a finalidade de direcionar a informação de forma Multidisciplinar

fazendo profissionais das ciências Exatas, da Saúde e da Educação dialogarem e produzirem novas ideias.

Acreditamos que grande parte de nossa missão foi alcançada, tendo em vista os 72 trabalhos submetidos

ao evento e os 248 inscritos.

Dentre os 5 principais temas dos trabalhos recebidos temos: 1) Educação Física Escolar; 2)

Psicologia; 3) Envelhecimento; 4) Biomecânica; e 5) Fisiologia. Ressalta-se que a maioria dos trabalhos

apresentaram as possibilidades de tecnologias nas suas respectivas áreas, sendo esta a nossa primeira lição

acadêmica gerada por este evento. Ainda, no decorrer do evento, aprendemos o poder da comunicação

Multidisciplinar o que gera possibilidades de valiosas informações. Contudo, nosso aprendizado não

terminou ao final do evento. Acreditamos que ainda veremos todo o crescimento científico aplicado na

região e no Brasil. Desta forma, a comissão organizadora do II SBMH agradece a presença e espera ter

contribuído para evolução científica na área por meio de um evento que preparamos com muito carinho e

dedicação.

Fernando de Aguiar Lemos

Presidente do evento

APRESENTAÇÃO

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Comissão Organizadora

Amanda Soares Aragão

Ana Luiza Cézar Cabral

André Brito Carvalho

Cleuber de Souza Gonçalves

Elaiany Souza Andrade

Emanuelle Malvin Ramos Almeida

Etevaldo Dantas Coelho Junior

Fernando de Aguiar Lemos

George Santiago Alves

Graciano Joan Xavier de Lima

Isamara Aline Pereira Rocha

Jéssica Thayani Santos Brandão

Juliana Moreira Paes Landim

Karoliny Teixeira Santos

Lorenna Walesca de Lima Silva

Luciana Márcia Gomes de Araújo

Marcela Ferreira Lapenda Figueiroa

Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos

Natanael Pereira Barros

Phillipe Ramon Nogueira Cordeiro

Raíssa Isabella Pereira de Souza Madureira

Rammys Mendes da Silva

Sarah Elisheba Mendes do Carmo Santos

Terezinha Abel Alves

ORGANIZAÇÃO

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Palestrantes Lattes Instituição Formação

Ana Cristina Chagas Pompeo UNIVASF/HU Medicina

Cleuber de Souza Gonçalves http://lattes.cnpq.br/1308080061943092 UNIVASF Educação Física

Diego Luz Moura http://lattes.cnpq.br/0726163469750495 UNIVASF Educação Física

Fernando de Aguiar Lemos http://lattes.cnpq.br/2583254908990488 UNIVASF Educação Física

Francisco Rosa Neto http://lattes.cnpq.br/2070247575633445 UDESC Educação Física

George Santiago Alves http://lattes.cnpq.br/2858024005914684 UNIVASF Engenharia da

Computação

Graciano Joan Xavier de Lima http://lattes.cnpq.br/0939158397740603 UNIVASF Enfermagem

Jayme Félix Xavier Junior http://lattes.cnpq.br/3887411739483644 IFCE Educação Física

José Fernando Vila Nova de

Moraes

http://lattes.cnpq.br/8490528692298086 UNIVASF Educação Física

José Roberto do Nascimento

Junior

http://lattes.cnpq.br/6140282410207906 UNIVASF Educação Física

Juliana Moreira Paes Landim http://lattes.cnpq.br/0213592065691849 UNIVASF Fisioterapia

Leonardo Gasques Trevisan

Costa

http://lattes.cnpq.br/3978660359655110 UNIVASF Educação Física

Lorenna Walesca de Lima Silva http://lattes.cnpq.br/2280383188191189 UNIVASF Educação Física

Luciano Basso http://lattes.cnpq.br/7953995903257137 USP Educação Física

Luiz Alcides Ramires Maduro http://lattes.cnpq.br/4583359005197373 UNIVASF Educação Física

Maria Theodora Gazzi Mendes http://lattes.cnpq.br/9553810872594336 UNIVASF Psicologia

Natália Batista Albuquerque

Goulart Lemos

http://lattes.cnpq.br/8565953706286774 UNIVASF Educação Física

Patrícia Silveira Fontana http://lattes.cnpq.br/6689002004874758 UFRGS Educação Física

Patrick Ramon Stafin Coquerel http://lattes.cnpq.br/8315050240198536 UFRN Educação Física

Paula Andreatta Madura http://lattes.cnpq.br/6093697831892083 UNIVASF Educação Física

Rafael dos Santos Henrique http://lattes.cnpq.br/1308420348718829 UPE Educação Física

Ricardo Argenton Ramos http://lattes.cnpq.br/6190953685221120 UNIVASF Engenharia da

Computação

Rodrigo Pereira Ramos http://lattes.cnpq.br/2474186518430395 UNIVASF Engenharia Elétrica

CONVIDADOS

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Álvaro Rego Millen Neto

André Luiz Demantova Gurjão

Bruno Remígio Cavalcante

Diego Luz Moura

Ferdinando Oliveira Carvalho

José Fernando Vila Nova de Moraes

José Roberto Andrade do Nascimento Junior

Leonardo Gasques Trevisan Costa

Lucia Maria Andreis

Luciano Basso

Marcelo de Maio Nascimento

Mariana Ferreira de Souza

Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos

Patrícia Silveira Fontana

Patrick Ramon Stafin Coquerel

Paula Andreatta Maduro

Rafael dos Santos Henrique

Ricardo Pimenta

Rodrigo Gustavo da Silva Carvalho

Sérgio Rodrigues Moreira

AVALIADORES AD HOC

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Petrolina - PE

Petrolina é um município localizado no estado de Pernambuco, a 750 km de Recife e a 500 km de

Salvador. É banhado pelo Rio São Francisco e faz divisa com o Município de Juazeiro, pertencente ao

Estado da Bahia que, juntos, formam o maior aglomerado urbano do Semiárido Brasileiro. De acordo

com o IBGE, o número de habitantes das duas cidades, em 2015, é de, aproximadamente, 550.000

habitantes.

Em conjunto com os municípios pernambucanos de Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista,

Orocó, e Cabrobó, e os municípios baianos de Juazeiro, Remanso, Campo Alegre de Lourdes, Casa Nova

e Sobradinho, forma a Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (RIDE) do São Francisco.

A cidade possui a 6ª maior economia do Estado, representando 3,37% da riqueza pernambucana.

Petrolina é o maior polo agroindustrial de Pernambuco. Alcançou seu desenvolvimento através da

agricultura irrigada, tornando-se um importante centro de produção de frutas tropicais, principalmente

pelo cultivo de uvas e mangas.

Juazeiro - BA

Juazeiro é um município brasileiro do estado da Bahia. Em conjunto com o vizinho município de

Petrolina, em Pernambuco, forma o maior aglomerado urbano do Semiárido. Localizada na região do

Submédio da bacia do Rio São Francisco, a cidade se destaca pela agricultura irrigada que se firmou na

região graças às águas do rio São Francisco.

É conhecida como a Terra das Carrancas, figuras antropomorfas usadas pelas embarcações que

subiam e desciam o São Francisco. O nome da cidade se origina dos pés de juá ou juazeiro, uma árvore

típica da região. Está inserida na Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina

e Juazeiro.

LOCAL DO EVENTO

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O II Simpósio Brasileiro de Motricidade Humana foi realizado no Complexo Multieventos da

Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), em Juazeiro, BA. O complexo possui 1 (um)

auditório principal com capacidade para 600 pessoas, além de 3 (três) auditórios com capacidade para

150 pessoas e 5 (cinco) miniauditórios com capacidade para 100 pessoas e um amplo Hall de entrada

para montagem de estandes, com área coberta para a montagem dos painéis.

COMPLEXO MULTIEVENTOS

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Total de inscritos: 257

7

17

22

25

43

143

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Membro da Comissão Científica

Palestrante

Membro da Organização

Monitor

Profissional

Estudante

0 10 20 30 40 50 60 70

Pará

Piauí

Pernambuco

Paraíba

Tocantins

Sergipe

Alagoas

Bahia

Origem dos inscritos

NÚMEROS DO EVENTO

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Total de visitas: 3.036 (2.947 do Brasil)

MAPA DE ACESSOS

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08:00 – 09:00 Inscrições e Credenciamento.

09:00 – 12:00 Mini Cursos.

Sala A - Curso 1:

Progressão Pedagógica de Exercícios de Ginástica

Dr.ª Patrícia Silveira Fontana (UFRGS/RS)

Ma. Natalia Batista Albuquerque Goulart Lemos (UNIVASF/PE)

Sala B - Curso 2:

Psicomotricidade

Dr. Patrick Ramon Stafin Coquerel (UFRN/RN)

Sala C e Quadra Esportiva - Curso 3:

Intervenção Motora para Crianças da Educação Infantil

Dr. Diego Luz moura (UFSC/SC) e Msd. Jayme Félix Xavier Junior (IFCE)

12:00 – 14:00 Almoço

14:00 às 15:00 – Sessão de Temas Livres

Sala A Temas: Educação Física Escolar; Psicologia

- Coordenadores:

Dr. Leonardo Gasques Trevisan Costa (UNIVASF/PE)

Dr.ª Patrícia Fontana (UFRGS/RS)

Sala B Temas: Educação Física Escolar; Psicologia

- Coordenadores:

Dr. José Roberto Andrade Nascimento Junior (UNIVASF/PE)

Dr. Luciano Basso (USP)

Sala C Temas: Envelhecimento; Educação Física Escolar; Psicologia

PROGRAMAÇÃO 27/04

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- Coordenadores:

Dr. Diego Luz Moura (UNIVASF/PE)

Dr. Patrick Ramon Stafin Coquerel (UNIVASF/PE)

Sala D Tema: Envelhecimento

- Coordenadores

Dr. Marcelo de Maio Nascimento (UNIVASF/PE)

Drd. Bruno Remígio Cavalcante (UPE/PE)

Sala E Tema: Envelhecimento

- Coordenadores

Drd. Ricardo de Almeida pimenta (UDESC/SC)

Dr. André Luiz Demantova Gurjão (UNIVASF/PE)

Sala F Temas: Envelhecimento; Biomecânica

- Coordenadores

Ma. Natalia Batista Albuquerque Goulart (UNIVASF/PE)

Ma. Paula Andreatta Maduro (EBSERH/UNIVASF)

Sala G Temas: Biomecânica; Fisiologia

- Coordenadores

Dr. José Fernando Vila Nova de Moraes

Drd. Raphael dos Santos Henrique (UPE/PE)

Sala H Temas: Biomecânica; Fisiologia

- Coordenadores

Dr. Mariana Ferreira de Souza (UNIVASF/PE)

Dr. Ferdinando Oliveira Carvalho (UNIVASF/PE)

15:10 – 16:10 Apresentação de Pôsteres + Coffe - Break

- Coordenadores:

Mda. Maria Theodora Gazzi Mendes (UNIVASF/PE)

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Grad. Terezinha Abel Alves (UNIVASF/PE) 16:20 – 19:20 Mini Cursos

Sala A – Mini Curso 4:

Abordagem Coordenativa em Treinamento de Circuitos

Msd. Cleuber de Souza Gonçalves (UNIVASF/PE)

Msd. Graciano Joan Xavier de Lima (UNIVASF/PE)

Grad. Lorenna Walesca de Lima Souza (UNIVASF/PE)

Sala B – Mini Curso 5:

Proficiência Motora em Crianças Brasileiras

Drd. Rafael dos Santos Henrique (UPE/PE)

Sala C – Mini Curso 6:

Desenvolvimento Motor

Dr. Luciano Basso (USP/SP)

Sala D – Mini Curso 7:

Judô Aplicado a Motricidade

Dr. Luiz Alcides Maduro (UNIVASF/PE)

19:20 – 19:40 Coffee-Breake

19:40 – 20:00 Demonstração de Coreografias de Ginástica

20:00 – 20:30 Cerimônia Oficial de Abertura

Dr. Fernando de Aguiar lemos (UNIVASF/PE)

20:40 – 21:30 Conferência de Abertura “Dificuldades de Aprendizagem”

- Conferencista: Dr. Francisco Rosa neto (UDESC/SC)

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08:30 – 10:30 Mesa redonda Magna “Distúrbios da Motricidade do Diagnóstico a Intervenção”

- Coordenador: Dr. Fernando de Aguiar lemos

Dra. Ana Cristina Chagas Pompeo

Msd. Maria Theodora Gazzi Mendes

Dr. Francisco Rosa Neto

10:45 – 12:00 Mesas Redondas

Sala A – Mesa Redonda 1:

Ginástica Rítmica: Da Iniciação Esportiva ao Alto Rendimento

Ma. Natalia Batista Albuquerque Goulart Lemos (UNIVASF/PE)

Dra. Patrícia Silveira Fontana (UFRGS/PE)

Sala B – Mesa Redonda 2:

Crescimento e Desenvolvimento Humano

Dr. Luciano Basso (USP/SP)

Dr. José Fernando Vila Nova de Moraes (UNIVASF/PE)

Sala C – Mesa Redonda 3:

Saúde na Infância e Adolescência

Drd. Ricardo de Almeida pimenta (UDESC/SC)

Dr. Rafael dos Santos Henrique (UPE/PE)

12:00 – 14:00 Almoço

14:00 – 15:30 Conferência Tecnológica

Auditório Principal:

EEG e Neurofeedback: |Entendendo e Melhorando os Movimentos

Dr. Rodrigo Pereira Ramos

Engenharia de Software para Desenvolvimento de Aplicativos Móveis Direcionados a

Motricidade

Dr. Ricardo Argenton Ramos

Realidade Virtual em Pacientes Acamados

PROGRAMAÇÃO 28/04

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Msd. George Santiago Alves

15:30 – 15:50 Coffee - Break

15:50 – 18:50 Mini Cursos

Sala A – Mini Curso 8:

Métodos de Avaliação em Psicometria

Dr. José Roberto do Nascimento Junior (UNIVASF/PE)

Sala B – Mini Curso 9:

Pilates Aplicado à Motricidade do Idoso

Msd. Juliana Moreira Paes Landim (UNIVASF/PE)

Sala C – Mini Curso 10:

Avaliação do Desenvolvimento Motor

Dr. Francisco Rosa Neto (UDESC/SC)

18:40 - 19:00 Demonstração de Lutas – KATA

19:10 – 20:15 Mesas Redondas

Sala A – Mesa Redonda 4:

Motricidade e o Ensino de Lutas

Dr. Luiz Alcides Maduro (UNIVASF/PE)

Dr. João Ferreira de Lima Filho (UNIESB)

Sala B – Mesa Redonda 5:

Psicomotricidade Aplicada a Crianças com Distúrbios em Aprendizagem Motora

Dr. Patrick Ramon Stafin Coquerel (UFRN/RN)

Dr. Leonardo Gasques Trevisan Costa (UNIVASF/PE)

Sala C – Mesa Redonda 6:

Intervenção Motora na Escola

Dr. Diego Luz Moura (UNIVASF/PE)

Msd. Paula Andreatta Maduro (UNIVASF/PE)

20:15 – 20:30 Coffee - Break

20:30 – 21:30 Apresentação dos Trabalhos - Finalistas

21:30 – 22:00 Cerimônia de Encerramento e Premiação dos trabalhos.

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Autor Título Formato

Adson Alves da Silva A EXPERIÊNCIA ESPORTIVA ESTÁ ASSOCIADA AO AMBIENTE DE GRUPO NO CONTEXTO DO ESPORTE ESCOLAR?

PÔSTER

André Brito Carvalho ASSOCIAÇÃO ENTRE A APTIDÃO MOTORA DE EQUILÍBRIO E O MENOR RISCO DE QUEDA NA ATIVIDADE COTIDIANA DE “ALCANÇAR O ARMÁRIO”

PÔSTER

Antônio Gonçalves dos Santos Neto

EFEITO DA IDADE E DO VOLUME DE ALONGAMENTO ESTÁTICO NA TAXA DE DESENVOLVIMENTO DE FORÇA E RETARDO ELETROMECÂNICO

PÔSTER

Carla Fernanda Ferreira Rodrigues

MOTRICIDADE E APRENDIZAGEM: UMA REVISÃO PÔSTER

Cleuber de Souza Gonçalves

ASSOCIAÇÃO ENTRE MOTRICIDADE GLOBAL E O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS EM IDOSOS SUBMETIDOS DE UM TREINAMENTO COORDENATIVO

PÓSTER

Cleuber de Souza Gonçalves

ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E ÍNDICE DE APTIDÃO FÍSICA GERAL DE IDOSOS

PÔSTER

Débora de Souza Araújo ADAPATAÇÃO DE UM PROTOCOLO PARA MENSURAR A APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA EM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MOTORA QUE PRATICAM PARACANOAGEM

PÔSTER

Douglas Henrique Bezerra Santos

COMPUTAÇÃO MÓVEL NA AVALIAÇÃO DE TESTES DE APTIDÃO FÍSICA E COORDENAÇÃO MOTORA

PÔSTER

Eduardo Seiji Numata Filho

RESPOSTA PERCEPTUAL APÓS DIFERENTES RITMOS DE JOGO DE CAPOEIRA EM COMPETIÇÃO MUNDIAL

PÔSTER

Elaiany Souza Andrade ASSOCIAÇÃO ENTRE APTIDÃO MOTORA GERAL E FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS

PÔSTER

Etevaldo Dantas Coelho Júnior

ASSOCIAÇÃO ENTRE NÚMERO DE PASSOS E IMC EM CRIANÇAS PRÉ-PÚBERES PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE GINÁSTICA

PÔSTER

Filipe Pitágoras Rodrigues Magalhães

O JOGO DE XADREZ COMO ESTIMULAÇÃO NEUROCOGNITIVA NO TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA

PÔSTER

Francélio M. M. Luz TESTE DE VALIDADE DO SOFTWARE LACTATE-E NA DETERMINAÇÃO DO LIMIAR DE LACTATO DE CAPOEIRISTAS EM TESTE ESPECÍFICO DA MODALIDADE

PÔSTER

Francisco Rosa Neto

AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA E PERCEPÇÃO EM

PÔSTER

TRABALHOS

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Autor Título Formato

CRIANÇAS COM TDAH E TDC

Graciano Joan Xavier Lima

ASSOCIAÇÃO ENTRE A APTIDÃO MOTORA GERAL E A BATERIA DE TESTES SENIOR FITNESS TEST EM IDOSOS.

PÔSTER

Hareta Fernandes da Silva QUALIDADE DE VIDA EM IDOSAS PRATICANTES DE DANÇA PÔSTER

Ingrid Thaiane Soares Batista

EFEITO DA FORMA DE PALMARES SOBRE VARIÁVEIS CINEMÁTICAS EM NADADORES RECREACIONAIS

PÔSTER

Janielma Bezerra da Silva TECNOLOGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA

PÔSTER

José Hildemar Teles Gadelha

EFEITO DO TREINAMENTO DE FLEXIBILIDADE NO DESEMPENHO DE FORÇA ISOMÉTRICA AGUDO APÓS ALONGAMENTO ESTÁTICO EM IDOSAS

PÔSTER

Jucélia Gonçalves Ferreira de Almeida

ATUAÇÃO INTERDISCIPLINAR NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR EM CRIANÇAS DIAGNOSTICADAS COM MICROCEFALIA: ESTUDO DE CASO

PÔSTER

Juliana Moreira Paes Landim

ASSOCIAÇÃO ENTRE A SENSAÇÃO DE DOR E O EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM IDOSOS

PÔSTER

Karlla Emanuelle Ferreira Lima Paiva

ORIENTAÇÃO ÀS METAS E ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA NO CONTEXTO DO ESPORTE ESCOLAR

PÔSTER

Karoliny Teixeira Santos EVOLUÇÃO CLÍNICA E FUNCIONAL DE PACIENTE NEUROLÓGICO ASSISTIDO PELA EQUIPE DE REABILITAÇÃO DE UM HOSPITAL DA EBSERH: RELATO DE EXPERIÊNCIA

PÔSTER

Karoliny Teixeira Santos RELATO NA REABILITAÇÃO DE PACIENTE NEUROLÓGICO EM UM HOSPITAL FEDERAL: ABORDAGENS CINESIOFUNCIONAIS

PÓSTER

Kyvia Naysis de Araujo Santos

O USO DE TREINAMENTO COGNITIVO NO FORTALECIMENTO MUSCULAR: REVISÃO SISTEMÁTICA

PÔSTER

Kyvia Naysis de Araujo Santos

ASPECTOS NEUROFISIOLÓGICOS DA IMAGÉTICA MOTORA NA FORÇA MUSCULAR: REVISÃO SISTEMÁTICA

PÔSTER

Layane Costa Saraiva APPINEF - APLICATIVO PARA PROMOÇÃO DE SAÚDE BASEADO EM ORIENTAÇÃO E MONITORAMENTO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E CONSUMO ALIMENTAR

PÔSTER

Leonardo Gasques Trevisan Costa

RELAÇÃO ENTRE A PROFICIÊNCIA MOTORA DE ESCOLARES COM A PARTICIPAÇÃO EM REFORÇO ESCOLAR

PÔSTER

Lucas Ferreira da Silva ASSOCIAÇÃO DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA COM EQUILÍBRIO AVALIADO PELA ESCALA MOTORA PARA TERCEIRA IDADE

PÔSTER

Luciana Márcia Gomes de Araújo

ASSOCIAÇÃO ENTRE ORGANIZAÇÃO ESPACIAL E O MEDO DE QUEDAS EM IDOSOS PARTICIPANTES DE UMA ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS

PÔSTER

Marília Rocha Amando RELIGIOSIDADE E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PÓSTER

Misael Santos Modesto SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA (SIGA): UM SOFTWARE GRATUITO DE AVALIAÇÃO FÍSICA

PÔSTER

Natanael Pereira Barros

COORDENAÇÃO MOTORA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM

PÓSTER

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Autor Título Formato

SÍNDROME DE DOWN: UM ESTUDO DE REVISÃO

Raíssa Isabella P. de Souza Madureira

CORRELAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO FARMACOLÓGICA E PATOLÓGICA DE IDOSOS

PÔSTER

Rammys Mendes da Silva DESEMPENHO NO SALTO HORIZONTAL E RESISTÊNCIA ABDOMINAL EM GINASTAS PRÉ-PÚBERES

PÔSTER

Rammys Mendes da Silva ASSOCIAÇÃO ENTRE MOTRICIDADE GLOBAL E NÚMERO DE PASSOS NA SEMANA EM GINÁSTAS PRÉ-PÚBERES

PÓSTER

Ramona Michele Batista da Silva

O EFEITO DA DANÇA COMO RECURSO TERAPÊUTICO NA MOTRICIDADE DE PACIENTES COM PARALISIA CEREBRAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

PÔSTER

Ricardo Diogo Araújo da Costa

RESPOSTA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE DIFERENTES RITMOS DE JOGO DE CAPOEIRA EM COMPETIÇÃO MUNDIAL

PÔSTER

Roseana Pacheco Reis Batista

EFEITO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO FUNCIONAL SOBRE A ANSIEDADE E AUTOESTIMA DE IDOSAS

PÔSTER

Sarah Elisheba Mendes do Carmo Santos

ASSOCIAÇÃO ENTRE NÚMERO DE MEDICAMENTOS, ATIVIDADE PARASSIMPÁTICA E EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM IDOSOS SEDENTÁRIOS

PÔSTER

Simone Santos Ferreira CAPOEIRA E PSICOMOTRICIDADE NA INTERFACE DAS MIDIAS DIGITAIS

PÔSTER

Terezinha Abel Alves ASSOCIAÇÃO ENTRE MOTRICIDADE GLOBAL E FRENAGEM DA MARCHA EM IDOSOS SUBMETIDOS À INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS

PÔSTER

Wilhelm Bruno Rodrigues CONTRIBUIÇÃO DA TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR EM MICROCEFALIA

PÔSTER

Amanda Aragão EFEITO DE 8 SEMANA DE UM MÉTODO DE INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM FORMATO DE CIRCUITOS SOB A APTIDÃO FÍSICA GERAL DE IDOSOS

ORAL

Brendha Stephany Rodrigues Da Silva

EFEITO DO ALONGAMENTO ESTÁTICO NO DESEMPENHO DO LEG PRESS E RECUPERAÇÃO NEUROMUSCULAR EM IDOSAS

ORAL

Danielle Dos Santos Souza Da Silva

INFLUÊNCIA DO SEXO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR E HABILIDADES FUNDAMENTAIS EM PRÉ-ESCOLARES

ORAL

Davi L. Ribeiro TESTE DE VALIDADE DO SOFTWARE LACTATE-E NA DETERMINAÇÃO DO LIMIAR DE LACTATO DE CAPOEIRISTAS EM EXERCÍCIO INCREMENTAL EM CICLOERGÔMETRO

ORAL

Eliakim Cerqueira Da Silva

A ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA EXERCE INFLUÊNCIA NA COESÃO DE GRUPO DE JOVENS ATLETAS?

ORAL

Emanuelle Malvim ASSOCIÇÃO ENTRE ESQUEMA CORPORAL E FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS

ORAL

Etevaldo Dantas Coelho Júnior

ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E EQUILÍBRIO ESTÁTICO DE IDOSOS SEDENTÁRIOS

ORAL

Francinete Deyse Dos

APTIDÃO CARDIORESPIRATÓRIA DE ACORDO COM O PERFIL

ORAL

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Autor Título Formato

Santos ANTROPOMÉTRICO DE ESCOLARES DO ENSINO MÉDIO DE TRIUNFO-PE

Geovani Alves Dos Santos VALIDADE DO LIMIAR DA PERPECPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO NA DETERMINAÇÃO DO LIMIAR DE LACTATO DE CAPOEIRISTAS EM TESTE ESPECÍFICO

ORAL

Geovani Alves Dos Santos TESTE ESPECÍFICO PARA DETERMINAÇÃO DA APTIDÃO AERÓBIA DE CAPOEIRISTAS

ORAL

Ívina Andréa Aires Soares EFEITOS DE UMA INTERVENÇÃO MULTICOMPONENTE SOBRE A ATIVIDADE FÍSICA E DESEMPENHO MOTOR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE

ORAL

Jeane Cristina De Souza JUST DANCE: A PROPOSTA DANÇANTE NA VISÃO DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES ESCOLARES

ORAL

Jéssica Thayani Santos Brandão

ASSOCIAÇÃO ENTRE FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA E MOTRICIDADE LOBAL EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS

ORAL

José Hildemar Teles Gadelha

APLICAÇÃO DE FORÇA E VELOCIDADE DE MOVIMENTO DURANTE SÉRIES MÚLTIPLAS NO EXERCÍCIO ISOINERCIAL

ORAL

Juliana Moreira Paes Landim

ASSOCIAÇÃO ENTRE A TAXA DE PICO DE FRENAGEM DA MARCHA E EQUILÍBRIO EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITO

ORAL

Lorrana K. S. Barros RESPOSTA DO LACTATO SANGUÍNEO APÓS DIFERENTES RITMOS DE JOGO DE CAPOEIRA EM COMPETIÇÃO MUNDIAL

ORAL

Lucia Maria Andreis PERFIL MOTOR DE IDOSOS: COMPARAÇÃO ENTRE SEXO E FAIXA ETÁRIA

ORAL

Luciana Márcia Gomes De Araújo

ASSOCIAÇÃO ENTRE FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA E ORGANIZAÇÃO TEMPORAL EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITO

ORAL

Marcela Ferreira Lapenda Figueirôa

ASSOCIAÇÃO ENTRE EMTI E COFR DA MARCHA EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS

ORAL

Natanael Pereira Barros PROFICIÊNCIA MOTORA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE DOWN NA REGIÃO DE PETROLINA

ORAL

Samuel P. Santos COMPARAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO EM TESTE INCREMENTAL EM CICLOERGÔMETRO E TESTE INCREMENTAL DE GINGA

ORAL

Vinicius Da Cruz Sousa ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA DE JOVENS ATLETAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO: UM ESTUDO EM FUNÇÃO DO SEXO

ORAL

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Autor Título Colocação

Marcela Ferreira Lapenda Figueirôa

ASSOCIAÇÃO ENTRE EMTI E COFR DA MARCHA EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS

José Hildemar Teles Gadelha

APLICAÇÃO DE FORÇA E VELOCIDADE DE MOVIMENTO DURANTE SÉRIES MULTIPLAS NO EXERCÍCIO ISOINERCIAL

Geovani Alves Dos Santos TESTE ESPECÍFICO PARA DETERMINAÇÃO DA APTIDÃO AERÓBIA DE CAPOEIRISTAS

TRABALHOS PREMIADOS

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A EXPERIÊNCIA ESPORTIVA ESTÁ ASSOCIADA AO AMBIENTE DE GRUPO NO CONTEXTO DO ESPORTE ESCOLAR?

Adson Alves da Silva; Carla Thamires Laranjeira Granja; Roseana Pacheco Reis Batista; Daniel Vicentini de Oliveira; José

Roberto Andrade do Nascimento Junior

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Estudos têm evidenciado a relevância das experiências

esportivas no desenvolvimento técnico e tático,

principalmente quando se trata das categorias em

formação, como a infantil e infanto-juvenil1. De acordo

com Saad et al.2 é evidente que jogadores com mais

tempo de pratica apresentem um maior desempenho

cognitivo e motor, e maiores níveis dos componentes

para o rendimento esportivo. A coesão de grupo é um dos

principais componentes para um bom rendimento e

envolvimento nas práticas esportivas escolares, visto que

se relaciona positivamente com o desenvolvimento

positivo do jovem3

MATERIAIS E MÉTODOS

Fizeram parte deste estudo descritivo 253 escolares (190

meninos e 63 meninas), com média de idade 12,97±0,79

anos participantes dos Jogos Estudantis de Petrolina-PE.

Os escolares eram praticantes das seguintes modalidades:

futsal (20); voleibol (62); handebol (123); e basquete

(48).Para verificar as experiências esportivas, foi utilizada

a versão brasileira do Youth Experience Survey for Sport

(P-YES-S). O instrumento é composto por 22 itens

distribuídos por 4 dimensões: habilidades pessoais e

sociais, habilidades cognitivas, estabelecimento de

metas/iniciativa e experiências negativas. O Questionário

do Ambiente de Grupo (GEQ), adaptado e validado para o

contexto esportivo brasileiro por Nascimento Júnior et al.

(2012) foi utilizado para avaliar a percepção de coesão de

grupo dos atletas. O questionário é composto por 16 itens

divididos em quatro dimensões: integração no grupo-

tarefa (IGT), integração no grupo-social (IGS), atração

individual para o grupo-tarefa (AIT) e atração individual

para o grupo-social (AIS).Para a análise dos dados foram

utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov e a

correlação de Spearman (p<0,05).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As habilidades pessoais demonstraram correlação

significativa (p<0,05) com a IGT (r=0,26), AIT (r=0,21) e AIS

(r=0,20). As habilidades cognitivas se correlacionaram

positiva e significantemente com a IGS (r=0,17) e AIS

(r=0,13). A dimensão iniciativa demonstrou correlação

significativa (p<0,05) com a IGT (r=0,37), AIT (r=0,38) e AIS

(r=0,31). Já as experiências negativas demonstraram

correlação negativa com a IGT (r=-0,21), AIT (r=-0,21) e

AIS (r=-0,15).

CONCLUSÕES

Concluiu-se que a vivência de experiências positivas no

esporte escolar está associada positivamente com os

aspectos sociais e da tarefa, enquanto as experiências

negativas tendem a influenciar negativamente a coesão

de grupo.

REFERÊNCIAS

1. Porath et al. REF/UEM, v. 23, n. 4, p. 565-574,

2012.

2. Saad MA et al. JPE, v. 24, n. 4, p. 535-544, 2013.

3. Fegjin, Naomi; Hanegby, Roni. EJPE, v. 6, n. 1, p.

55-74, 2001.

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Tabela 1: Correlação entre a experiência esportiva e a coesão de grupo dos jovens atletas. *p<0,05- Correlação significativa.

VARIÁVEIS

1 2 3 4 5 6 7 8

Experiências esportivas

1. Habilidades pessoais 0,49* 0,39* 0,02 0,26* 0,09 0,21* 0,20*

2. Habilidades cognitivas 0,37* 0,15* 0,11 0,17* 0,11 0,13*

3. Iniciativa -

0,12*

0,37* 0,011 0,38* 0,31*

4. Experiências negativas -

0,21*

0,07 -

0,21*

-

0,15*

Coesão de grupo

5. IGT 0,29* 0,63* 0,52*

6. IGS 0,27* 0,36*

7. AIT 0,61*

8. AIS

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Associação entre a Aptidão Motora de Equilíbrio e o menor risco de queda na atividade cotidiana de “Alcançar o Armário”

André Brito Carvalho1, Graciano Joan Xavier de Lima

1, Lorenna Walesca Lima

1, Cleuber de Souza Gonçalves

1, Juliana Moreira

Paes Landim1, Luciana Araújo

1, Natália Goulart Lemos

1, Fernando de Aguiar Lemos

1

1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Muitos idosos em suas atividades cotidianas correm

risco de cair ao tentar se equilibrar para pegar

algum objeto em armários para cozinhar ou

arrumar a casa, por exemplo. Essas quedas podem

ocorrer por questões, como o defasamento de suas

motricidades. Portanto, esse estudo objetivou

investigar se há relação entre a Aptidão Motora,

Equilíbrio (AME), e o risco de quedas de idosos ao

tentar alcançar algum objeto em armários.

METODOLOGIA

Foi avaliado o Equilíbrio de idosos, submetidos a um

treinamento coordenativo em formato de circuito,

por meio da Escala Motora da Terceira Idade (EMTI)

e foi aplicado o questionário Falls Efficacy Scale

onde se obteve scores indicadores do nível do risco

de quedas em atividade do cotidiano. O teste de

Shapiro-Wilk foi feito para verificar a normalidade

dos dados, e a correlação foi feita usando o teste de

Pearson.

RESULTADOS

Após análise dos dados, observou-se que há relação

entre o nível de equilíbrio e um menor

risco de quedas dos idosos ao alcançar o armário

para pegar algum objeto (r = 0,34).

Figura 1: Bateria de testes de equilíbrio.

CONCLUSÃO

Idosos que possuem um maior nível de equilíbrio

estão associados a menor chance de queda na

atividade cotidiana de alcançar o armário para

pegar algum objeto.

REFERÊNCIAS

1 - Flávia F. O. Camargos, Rosângela C. Dias, João M.

D. Dias, Maria T. F. Freire.Adaptação transcultural e

avaliação das propriedades psicométricas da Falls

Efficacy Scale – International em idosos brasileiros

(FES-I-BRASIL). Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 14, n.

3, p. 237-43, maio/jun. 2010.

2 - ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora.

Artmed, Porto Alegre: 2002.

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TABELA 1: Valores descritivos e inferenciais das variáveis equilíbrio (AM3) e Alcançar o Armário Pré- intervenção

de idosos submetidos ao treinamento de circuito coordenativo no ano de 2017.

VARIÁVEIS X±DP Md (Q1-Q3)

Equilíbrio – Pré 78 ± 34,03 78 (12-126)

Chegar aos Armários - Pré 8,88 ± 1,59 10 (5-10)

X: Média; Md: Mediana.

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EFEITO DA IDADE E DO VOLUME DE ALONGAMENTO ESTÁTICO NA TAXA DE

DESENVOLVIMENTO DE FORÇA E RETARDO ELETROMECÂNICO

1Antonio Gonçalves dos Santos Neto*, 1José Hildemar Teles Gadelha, 1Brendha Stephany Rodrigues

da Silva, 1Camila Brasileiro Azevedo Barros, 1Clécio Lima Lopes, 1Amanda Virgínia de Souza Lima, 1Nárcélio Pinheiro Victor & 1André Luiz Demantova Gurjão

1Grupo de Estudo e Pesquisa em Fisiologia e Envelhecimento, Universidade Federal do Vale do São

Francisco, Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A realização de exercícios de alongamento estático (AE)

previamente a exercícios de força pode promover um

decréscimo transitório nas diversas expressões da força

muscular1. A ocorrência desse fenômeno parece estar

associada ao volume de AE empregado que pode afetar

mecanismos neurais e mecânicos do tendão,

apresentando uma relação dose-resposta. Outrora, o

processo de envelhecimento está associando a mudanças

fisiológicas, logo, os idosos podem responder diferente

ao AE. Portanto, o objetivo do estudo foi analisar o efeito

da idade e volume de AE no comportamento da taxa de

desenvolvimento de força (TDF) e retardo

eletromecânico (REM) do músculo vasto lateral em dois

ângulos articulares.

MATERIAIS E MÉTODOS

Participaram da amostra 31 mulheres, sendo 16 jovens

(idade: 22,0 ± 2,8 anos) e 15 idosas (66,7 ± 5,5 anos). Um

delineamento com medidas repetidas foi adotado, na

qual cada participante era o seu próprio controle. Foram

realizadas seis visitas (intervaladas por 24h) sendo as

três primeiras destinadas a familiarização das medidas

de força, protocolo de AE e medidas antropométricas.

Nas três visitas subsequentes foram realizadas as três

condições experimentais de forma aleatorizadas, sendo

controle e AE dos extensores do joelho com durações

totais de 60 e 120s (AE60 e AE120). O AE (duas séries de

30s ou quatro séries de 30s) foi realizado pelo

pesquisador na tentativa de levar o calcanhar em direção

ao glúteo até o ponto de desconforto muscular relatado

pela participante. Para mensurar a TDF e o REM, duas

tentativas com intervalo de um minuto foram realizadas

em um dinamômetro customizado (célula de carga

acoplada em uma cadeira extensora) sincronizado com

eletromiografia de superfície em dois ângulos articulares

(50 e 90º, extensão total = 0º). A TDF foi determinada

pelo ponto de inclinação máxima do sinal da força e o

REM como a diferença temporal entre o início da força e

o início da ativação muscular. Uma ANOVA three-way foi

utilizada para as comparações e a significância adotada

foi de p<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para ambas as variáveis mensuradas nenhum efeito

principal de Condição ou interações Condição x Ângulo e

Condição x Ângulo x Idade foram observados, p>0,05. No

entanto, foi verificado efeito de idade para a TDF.

Indicando que nenhum dos protocolos de AE

promoveram reduções na ativação muscular,

decorrentes de alterações neurais centrais e periféricas, e

nas propriedades mecânicas da unidade músculo-tendão,

como o aumento na

complacência que influenciaram negativamente a TDF e

REM2.

CONCLUSÕES

O uso dos protocolos de AE não prejudicaram o

desempenho da TDF e o REM do vasto lateral nos

diferentes ângulos articulares avaliados. Em adição, a

idade parece não influenciar no comportamento do

sistema neuromuscular após a realização de protocolos

de AE com diferentes volumes.

AGRADECIMENTOS

FACEPE.

REFERÊNCIAS

1. Kay AD, et al. MSSE v. 44, n. 1, p. 154-164, 2012.

2. Fletcher IM & Monte-Colombo MM. APNM, v. 35, n. 1, p.

27-34, 2010.

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Tabela 1: Comparação da TDF e REM de mulheres jovens e idosas, para diferentes ângulos

articulares do joelho, em três condições experimentais (n = 31). Valores apresentados em média e

desvio padrão.

TDF (N.s-1) REM (s)

Ângulo 50º Controle AE60 AE120 Controle AE60 AE120

Jovens (n =

16)

3035,9 ±

1097,3

3108,9 ±

1060,9

3165,1 ±

707,0

34,7 ± 9,1 34,1 ± 7,6 37,5 ± 7,6

Idosas (n =

15)

1607,7 ±

540,4*

1676,3 ±

542,6*

1583,8 ±

487,6*

38,8 ± 9,7 36,6 ± 8,4 37,2 ± 8,4

Ângulo 90º

Jovens (n =

16)

2344,1 ±

637,8

2275,3 ±

563,6

2554,8 ±

728,4

38,0 ± 6,5 33,3 ± 8,2 36,0 ± 8,8

Idosas (n =

15)

1321,0 ±

387,8*

1381,4 ±

587,2*

1306,2 ±

356,0*

36,3 ± 11,6 40,5 ± 15,0 39,0 ± 11,0

*Diferença significativa em relação as jovens, p<0,05.

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MOTRICIDADE E APRENDIZAGEM: UMA REVISÃO

1Carla Fernanda Ferreira Rodrigues, 2Ana Carla Brasil da Costa Martins

1Laboratório de Avaliação e Medidas Psicológicas, Colegiado de Psicologia, Universidade Federal do

Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil. 2Laboratório de Avaliação e Medidas Psicológicas,

Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento global dos indivíduos sofre influência

sensório-motor, o processamento cognitivo mostra-se

intimamente ligado às habilidades motoras. A articulação

das atividades realizadas e aprendizagem são essenciais

à generalização da capacidade de aprender para outros

contextos no cotidiano dos envolvidos, ou seja, a

transferência de aprendizagem [1]. Espera-se que a

experiência obtida na execução de uma tarefa, possa ser

executada em atividades distintas, para aquisição de

novas habilidades, com semelhante desempenho ao

empregado na ação anterior, com aumento da

aprendizagem o indivíduo pode aumentar seu

rendimento. [2] Resultados de pesquisas esboçam

aspectos inerentes ao processo de aquisição de

conhecimentos, como: instruções externas, fatores

motivacionais, poder de escolha (na tarefa), algum

controle da situação de aprendizagem pelo participante,

metas e feedback. [3] Aspectos inerentes ao

processamento psicomotor e suas implicações. Esse

trabalho objetivou realizar levantamento sobre a

produção científica nacional acerca da influência/relação

da motricidade com a aprendizagem dos indivíduos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Buscou-se na Biblioteca Virtual (BVS-PSI) com critérios

de inclusão definidos a) uso de descritores entre aspas

“motricidade” e “aprendizagem”, b) artigos científicos

completos, escritos em português e/ou inglês

(ano/publicação sem restrição), para os resultados

encontrados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontrados entre 2007-2016, 12 artigos na base

de dados SciELO Online, após aplicação dos critérios: 10

artigos (os trabalhos excluídos, não atenderam os

critérios); apresentados na Tabela1, conforme autoria e

objetivos. Observou-se nos resultados maior número de

publicação (N=6) com amostras composta por crianças,

uma com crianças/adolescentes, duas com adultos e uma

revisão de literatura; as idades dos participantes

variaram (6-40 anos). Os artigos avaliados expuseram

informações quanto à relevância das experiências

motoras para desenvolvimento dos indivíduos. Em

síntese, os resultados derivados dos artigos expressaram

aspectos que detém relação com aprendizagem [2], ao

favorecer ou dificultar. Envolvendo, ações psicomotoras

intencionais para alcançar objetivos [3].

CONCLUSÕES

As informações obtidas a partir dos resultados coletados

sugerem a implicação favorável do uso de estratégias, a

exemplo: experiências somatosensoriais, no processo de

aprender, levando o aprendiz a interagir com a tarefa e

ambiente, agindo sobre ambos desenvolvendo novas

habilidades. Apresentaram estratégias para que os

profissionais (professores/treinadores/etc.) possam

utilizar no desenvolvimento dos aprendizes.

REFERÊNCIAS

1.Magill RA. AMCA 5.ed. 2000.

2.Walter C, et al. EAMAFP. In Tani G. CMCEA,p.17-23,

2016.

3.Kolyniak Filho C. MAAIEE, p.53-66, 2010.

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Tabela 1: Artigos indexados (Período: 2007 a 2016)

Autoria Objetivo

Velasques et al (2007) Investigar mudanças eletrofisiológicas pré e pós tarefas motoras Medina-Papst e Marques (2010)

Investigar se crianças com dificuldades de aprendizagem apresentavam comprometimento na motricidade

Sanches e Costa (2010) Envolver os professores nas discussões e reflexões sobre a prática pedagógica

Okuda et al (2011) Descrever/comparar o coordenação motora fina em escolares com dislexia e TDAH Nascimento e Lemos (2012) Caracterizar o desempenho de escolares nos testes de padrão tonal

Germano et al (2013) Caracterizar/comparar habilidades viso-motoras de escolares (TDAH / bom desempenho acadêmico)

Voos et al (2014) Descrever sobre a influência da escolaridade no comportamento motor e na aprendizagem motora

Flôres et al (2015) Investigar a influência do foco de atenção na aprendizagem... tarefa de equilíbrio dinâmico

Lorenzo et al (2015) Avaliar intervenções com uso da Realidade Virtual ... necessidades psicomotoras

Fernandes et al (2016) Investigar impacto de programa pedagógico (atividades didático-manipulativas usando corpo/movimento

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ASSOCIAÇÃO ENTRE MOTRICIDADE GLOBAL E O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS

EM IDOSOS SUBMETIDOS DE UM TREINAMENTO COORDENATIVO

1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Graciano Joan Xavier Lima, 1Lorenna Walesca de Lima SIlva, 1Juliana

Moreira Paes Landim, 1Eduardo Seiji Numata Filho, 1Sérgio Rodrigues Moreira, 1Natália Goulart

Lemos, 1Fernando de Aguiar Lemos

1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como objetivo verificar se houve

correlação entre a bateria de testes coordenativos

“Escala Motora para a Terceira Idade” e o teste funcional

de caminhada de seis minutos em idosos submetidos há

oito semanas de um treinamento coordenativo em

formato de circuito na Universidade Federal do Vale do

São Francisco - Campus Petrolina/PE.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados o potencial coordenativo e a capacidade

funcional de 25 idosos (69,96 ± 7,21 anos) por meio da

Escala Motora da Terceira Idade (EMTI) e o teste de

caminhada de seis minutos respectivamente. Os dados

foram organizados em planilha excel. A normalidade dos

dados foi testada por meio do teste de Shapiro-Wilk e a

correlação por meio do teste Produto Momento de

Pearson. Foi adotado um nível de significância de p<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi encontrada uma moderada correlação (R = 0,508; p =

0,009; R2 = 0,258) entre o escore de Motricidade Global

(MG) e o teste de caminhada de seis minutos no período

pré intervenção e associação moderada (R = 0,552; P =

0,004; R2 = 0,305) dos mesmos fatores na etapa de pós

intervenção.

F

Figura 1. Correlação entre motricidade global e o teste

de caminhada de 6’.

CONCLUSÃO

Há uma correlação linear, moderada e positiva entre o

escore de Motricidade Global (MG) e o teste de

caminhada de seis minutos tanto no período pré-

intervenção quanto no pós-intervenção. Ressaltando que

houve melhora no nível de correlação (de 0,508 para

0,552) e no coeficiente de determinação (de 0,258 para

0,305) após o treinamento coordenativo em circuitos de

oito semanas.

REFERÊNCIAS

1. RIKLI et al. Development and Validation of a

Functional Fitness Test for Community-Residing

Older Adults. Journal of Aging and Physical

Activity, Fullerton, n. 7, p. 129-161, 1999;

2. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed,

Porto Alegre: 2002.

VARIAVEIS

Pré Pós

X±dp Md (Q1;Q3) X±dp Md (Q1;Q3)

Motricidade Global (EMTI) 59,28 ± 31,28 48 (24;84) 63,12 ± 31,08 48 (48;84)

Caminhada de seis minutos 12,20 ± 5,60 10 (7,5;15) 13 ± 5,40 15 (10;15)

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ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E ÍNDICE DE APTIDÃO

FÍSICA GERAL DE IDOSOS

1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1Juliana Moreira Paes Landim, 1Eduardo Seiji Numata Filho, 1Sérgio Rodrigues Moreira, 1Natália

Batista Albuquerque Goulart Lemos e 1Fernando de Aguiar Lemos. 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina, PE, Brasil.

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) é uma

importante variável para entender o controle do Sistema

Nervoso Autonômico (SNA) sobre as adaptações

cardiovasculares. Na análise da VFC existem indicadores

dos sistemas simpático e parassimpático que

demonstram a predominância da atividade cardíaca.

Uma alta VFC está relacionada a uma boa adaptação

cardiovascular, enquanto que uma baixa VFC indica um

risco na capacidade adaptativa cardíaca. Sabe-se que

idosos apresentam valores reduzidos de VFC (TASK

FORCE, 1996). Entretanto idosos que possuem uma boa

aptidão física tendem a manifestar valores mais

satisfatórios quando comparados a idosos com baixa

aptidão física (BUCHHEIT et al 2004). Desta forma, o

objetivo do presente trabalho foi investigar a relação da

VFC com o Índice de Aptidão Física Geral (IAFG) da

bateria de Fullerton.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados 20 idosos com média de idade de 69,96

anos, 7,21 e peso de 76,28 Kg, 16,17. Para a coleta da

VFC, foi utilizado um cardiofrequencímetro (Polar

RS800CX), e posteriormente, para análise, foi utilizado o

software Kubios HRV Standard 4.0. A variável utilizada

foi o RMSSD (Raiz quadrada da média do quadrado das

diferenças entre intervalos RR consecutivos) que

representa a atividade parassimpática. O IAFG foi obtido

a partir da bateria de testes motores de Fullerton, onde

se avalia força, resistência, equilíbrio, flexibilidade,

capacidade aeróbia, velocidade e agilidade. Em seguida

os dados da VFC e IAFG foram processados em uma

planilha de Excel. O Software de análise estatística SPSS

versão 20 foi utilizado para análise descritiva dos dados

(médias e desvios-padrões) e em seguida optou-se por

um teste de correlação de Pearson. O nível de

significância adotado foi que α<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Identificou-se uma correlação moderada positiva (R= -

0,314) entre RMSSD e IAFG. Ou seja, quanto maior o

RMSSD, maior o IAFG. A literatura apresenta estudos que

avaliaram a VFC de idosos sedentários e ativos, onde

encontraram valores mais altos do RMSSD nos idosos

ativos. Isso demonstra que o idoso que adquiri um

comportamento mais sedentário, apresentam prejuízos

no sistema cardiovascular (BUCHHEIT et al 2004).

Figura 1. Imagem fictícia de intervalos entre batimentos

cardíacos representados no eletrocardiograma.

Figura 2. Bateria de Fullerton.

CONCLUSÕES

O presente estudo concluiu que, nos idosos incluídos

nesta pesquisa, valores maiores do RMSSD estão

associados com uma maior aptidão física em idosos.

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REFERÊNCIAS

1. Task Force of The European Society of Cardiology and

The North American Society of Pacing and

Electrophysiology. Heart rate variability: standards of

measurement, physiological interpretation, and clinical

use. European Heart Journal: 1996.

2. BUCHHEIT, M. et al. Heart rate variability in sportive

elderly: relationship with daily physical activity. ACSM,

2004.

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ADAPTAÇÃO DE UM PROTOCOLO PARA MENSURAR A APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA EM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MOTORA QUE PRATICAM PARACANOAGEM

Débora de Souza Araújo1,7; Carla Thamires Laranjeira Granja1; Lucas Guimarães Almeida1; Thiago Elton de Souza Gonçalves1; Washington de Souza1; Iaraildo Pereira de Carvalho1; Natanael Pereira

Barros1; Leonardo Gasques Trevisan Costa1 1Universidade Federal do Vale do São Francisco;

E-mail: [email protected]

INRODUÇÃO

O consumo máximo de oxigênio (VO2max) é considerado

um importante parâmetro do desempenho aeróbio no

esporte adaptado e sua mensuração, comumente, ocorre

por meio de protocolos laboratoriais (testes

incrementais no ergômetro de braço, ergômetro de

cadeira de rodas e esteira adaptada para cadeira de

rodas)1. Entretanto, o alto custo dos equipamentos, as

adaptações necessárias, o tempo despendido e a baixa

especificidade vinculada a modalidade, tornam

necessária à busca por avaliações de campo2. Diante do

exposto e considerando a escassez de protocolos de

campo para mensurar a potência aeróbia em praticantes

de paracanoagem, o objetivo do presente estudo foi

realizar adaptações do protocolo de teste de quadra de

12 minutos3 e analisar a fidedignidade intra-

examinadores e inter-examinadores.

MATERIAIS E MÉTODOS

A amostra foi composta por 02 sujeitos com deficiência

motora, do sexo masculino, com faixa etária

compreendida de 35 a 42 anos, praticantes de

paracanoagem durante o período mínimo de 04 meses.

As avaliações foram realizadas no Rio São Francisco, Orla

de Juazeiro – Bahia. A avaliação da aptidão aeróbia foi

realizada por meio da adaptação do teste de quadra de

12 minutos3. A adaptação consistiu em transpor o

ambiente do teste para o meio aquático e ao invés de

utilizar cadeira de rodas, adotou-se caiaques

(Brudden®). Foi delimitado um retângulo de 25 x 15

metros, por meio de boias marítimas a cada 05 metros.

Para a realização do teste, os sujeitos foram orientados a

completar o percurso, em torno do retângulo delimitado

pelas boias, quantas vezes fossem possíveis durante o

período de 12 minutos. Após a realização do teste, foi

computada a distância que cada sujeito conseguiu atingir.

Para analisar a fidedignidade intra e inter-examinadores,

o teste foi reaplicado após 05 dias, adotando-se os

mesmos procedimentos. Para as análises estatísticas,

foram realizados testes descritivos e teste t para

amostras pareadas. Foi utilizado o programa SPSS 22.0 e

nível de significância de 5%.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A tabela 1 apresenta a comparação dos valores obtidos

por meio da adaptação do teste nos dois momentos

distintos.

CONCLUSÕES

A adaptação do teste de quadra de 12 minutos

demonstrou boa fidedignidade. Dessa forma, pode ser

utilizado como ferramenta no monitoramento do

treinamento de atletas da paracanoagem.

REFERÊNCIAS

1. Campos LFCC. Comparação entre métodos para

menusração da potência aeróbia em atletas

tetraplégicos. Dissertação, UNICAMP, 2013.

2. Flores LJF et al. Avaliação da aptidão aeróbia de

praticantes de rugby em cadeira de rodas

através de um teste de quadra. Motriz, 19(2),

2013.

3. Franklin BA et al. Field test estimation of

maximal oxygen consumption in wheelchair

users.Arch Phys Med Reha, 71(8), 1990.

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COMPUTAÇÃO MÓVEL NA AVALIÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA E

DA COORDENAÇÃO MOTORA DE ESCOLARES

1,2,3Douglas Henrique Bezerra Santos; 1Bráulio Patrick da Silva Lima; 1,2,3Petra Schnneider Lima dos

Santos; 2Rafael Valentim da Silva; Maria; 3Luiza Barbosa de Oliveira Santos; 1,2Leonardo Gomes de

Oliveira Luz;

2Elthon Allex da Silva Oliveira; 1,2Arnaldo Tenório da Cunha Júnior.

1Laboratório de Cineantropometria Atividade Física e Promoção da Saúde (LACAPS), Arapiraca, AL,

Brasil

2Universidade Federal de Alagoas (UFAL), campus Arapiraca, Arapiraca, AL, Brasil

2Faculdade de Ensino Regional Alternativa (FERA), Arapiraca, AL, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde a prática

regular de atividade física previne o excesso de peso

(reduzindo o risco de obesidade), auxilia na prevenção

ou redução da hipertensão arterial e osteoporose,

promove bem-estar, reduz o estresse, a ansiedade e a

depressão.2 O Colégio Americano de Medicina do Esporte,

recomenda um programa abrangente de exercício

incluindo cardiorrespiratória, resistência, flexibilidade, e

neuromotor, exercício do volume e qualidade suficientes.

Reduzir o tempo total gasto em atividades sedentárias e

intercalando sessões curtas de atividade física e de pé

entre períodos de atividade sedentária deve ser uma

meta para todos, independentemente de seus hábitos de

exercício.1 Visando automatizar e facilitar a utilização do

processo proposto para a coleta de variáveis

antropométricas, testes de coordenação motora e

aptidão física, para otimizar o acompanhamento de

exercícios e testes físicos, tem sido desenvolvido um

sistema móvel e web, com o intuito de simplificar o

processo de coleta e análise dos dados. O objetivo dessa

aplicação é agrupar os dados coletados em campo e gerar

informações úteis para os profissionais de educação

física. Usufruindo de tais informações, será possível

acompanhar o desenvolvimento individual dos avaliados,

recomendar orientações para a promoção da saúde e

viabilizar diversas pesquisas sobre o histórico dos

estudantes.

MATERIAIS E MÉTODOS

Com o apoio de alunos do curso de Licenciatura em

Educação Física e Ciências da Computação da

Universidade Federal de Alagoas, foi constatado que a

coleta de dados de valências físicas e morfológicas em

escolas do município de Arapiraca, eram preenchidas

manualmente, sendo tabuladas em formulários de papel,

o que torna pesquisas ou cruzamentos de informações

exaustivas. Com isso, o sistema tem sido desenvolvido

baseado nos formulários utilizados na recolha de dados

na região. Assim, a geração de relatórios e pesquisas será

mais eficiente e eficaz, tendo em vista que será utilizado

um sistema de informação para manipular os dados.

Visando dinamizar a aplicação de testes físicos e de

coordenação motora em escolares, foi desenvolvida uma

aplicação móvel para a plataforma Android e um sistema

web, que está em desenvolvimento. Com isso, o processo

será modificado da seguinte forma (Figura 1):

Figura 2. Processo de recolha dos dados;

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O uso de dispositivos móveis na promoção da saúde,

vem ajudar os profissionais de Educação Física, na coleta

dos dados nas escolas municipais da região, é esperado

alcançar o Presente resultado com a pesquisa:

Disponibilidade: informações podem ser cadastradas em

qualquer lugar, mesmo sem acesso à internet, pois os

dados podem ser sincronizados em outro momento;

Agilidade: com os dados sendo cadastrados e enviados

diretamente pelo dispositivo móvel, não há a necessidade

de repassar essas informações para uma planilha

específica para que ele possa ser enviado, basta que,

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quando estiver com acesso a internet, o usuário faça a

sincronização dos dados com o sistema web; Espaço: os

dados serão salvos no dispositivo móvel, até que este

consiga fazer a sincronização com o sistema web.

CONCLUSÕES

A automatização acontece, pois no dispositivo móvel, é

possível cadastrar, salvar e enviar informações para o

sistema web. Lá será possível fazer uma análise mais

precisa sobre os dados cadastrados. O armazenamento

dos dados em grandes grupos poderá ser utilizado em

estudos longitudinais e o acompanhamento poderá

acontecer de forma progressiva.

AGRADECIMENTOS

Agradecimentos a UFAL e a FERA.

REFERÊNCIAS

1. ACSM, v.43 (7), p.1334 - 1359, 2011.

2. WHO, V SNA, p. 1 - 253, 2000.

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RESPOSTA PERCEPTUAL APÓS DIFERENTES RITMOS DE JOGO DE CAPOEIRA EM COMPETIÇÃO MUNDIAL

Eduardo Seiji Numata Filho1,2; Geovani Alves dos Santos1; Sérgio Rodrigues Moreira1,2.

1Grupo Grupo de Estudos do Desempenho Humano e das Respostas Fisiológicas ao

Exercício/GEDeRFE ? DIVISÃO NORDESTE, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte (ABADÁ) Capoeira,

Rio de Janeiro, RJ, Brasil; E-mail: [email protected]

INRODUÇÃO

Respostas perceptuais de esforço (percepção subjetiva

de esforço - PSE)1 e prazer-desprazer (afeto básico –

AB)2 têm sido investigadas em modalidades de lutas

após combates simulados e competições oficiais. No

entanto, tais respostas ainda não foram investigadas

após diferentes ritmos de jogo na Capoeira durante

competições. A Associação Brasileira de Apoio e

Desenvolvimento da Arte (ABADÁ) Capoeira realiza

bienalmente seus jogos Mundiais de Capoeira, a qual é

uma escola que possui características próprias e

atendem as necessidades do presente estudo de possuir

jogos em diferentes ritmos. Sendo assim, o objetivo do

presente estudo foi analisar descritivamente as respostas

de PSE e AB após diferentes ritmos de jogo em

competição mundial de Capoeira.

MATERIAIS E MÉTODOS

As coletas foram realizadas durante os Jogos Mundiais da

Escola ABADÁ Capoeira. Quatro atletas de elite (34,5±5,2

anos; %gordura: 7,4±3,3; tempo de prática: 25,5±4,7

anos) realizaram jogos nos ritmos de Angola, Benguela,

Iuna e São Bento Grande, os quais possuíram 160, 60, 45

e 45 segundos de jogo, respectivamente, e que se

distinguem em velocidade e técnica de movimento.

Sendo a Angola e Benguela ritmos lentos e a Iuna e São

Bento Grande ritmos rápidos e explosivos. Previamente,

foi realizado a ancoragem de memória das escalas

psicométricas de PSE1 e AB,2 e foram apresentadas

imediatamente após cada jogo. Realizou-se uma

estatística descritiva com média e desvio padrão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir das análises descritiva, constatou-se que os

maiores valores de PSE ocorreram nos ritmos mais

velozes e explosivos.As respostas de AB apresentaram

grande variabilidade. Isto pode ser devido à

complexidade do jogo de Capoeira, onde melhores jogos

podem favorecer maiores respostas de prazer e não

sendo apenas intensidade dependente. Contudo, a

maioria dos jogos permaneceram em estado de prazer.

Além disso, observa-se diminuições no AB em função do

ritmo jogado, onde os mais intensos demonstraram

menor prazer. Como limitação, destaca-se o tamanho da

amostra que impossibilitou realizar estatísticas

inferenciais. Contudo, vale ressaltar o perfil da amostra

(atletas experientes e de elite). Ademais, sugerem-se

estudos com maior número amostral e que avaliem

variáveis fisiológicas.

CONCLUSÕES

Observou-se maior PSE na Iuna e São Bento Grande,

seguido da Benguela e Angola. Ocorreram respostas de

prazer para todos os jogos, sendo a Angola o mais

prazeroso dos ritmos.

REFERÊNCIAS

1. Borg GA. MSSE v.14, n.5, p.377 - 381, 1982.

2. HARDY CJ, et al. JSEP v.11, n.3, p.304 - 317, 1989.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE APTIDÃO MOTORA GERAL E FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA EM

IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS

1Elaiany Souza Andrade*, 1 Juliana Moreira Paes Landim, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna

Walesca de Lima Silva, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Etevaldo Dantas Coelho Júnior, 1Natália

Batista Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando de Aguiar Lemos. 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina, PE, Brasil.

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

De modo geral, o andar humano é uma ação motora

complexa que requer controle global e fino do corpo.

Neste sentido a marcha é um movimento complexo

multisegmentar com controle neural paralelo. (ROSE &

GAMBLE, 1994). Em adição, a força Antero-Posterior

gerada pelo pé em contato com o solo durante a marcha é

um importante componente cinético-motor para evitar

quedas e manter a fluidez do movimento para o passo

subsequente. (MASTRANDREA, 2008). Por outro lado, a

Aptidão Motora Global que é a interação de diversas

funções motoras como as motricidades fina e global,

equilíbrio, esquema corporal, organização espacial e

temporal pode ter associação com a coordenação motora

dos membros inferiores. (ROSA NETO, 2009). Desta

forma, o presente estudo tem como objetivo avaliar a

associação entre a Força Máxima Ântero-posterior

(Fmáx_AP) da marcha e nível de Aptidão Motora Geral

(AMG) de idosos submetidos a intervenção com

abordagem coordenativa em circuitos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados 23 idosos, média de idade de 70,42 anos (

7,45) e peso de 52,65 Kg ( 10,210). Para a coleta dos dados

cinéticos da marcha foi utilizada uma plataforma de força

(AMTIForca) e a variável Força Máxima Ântero-posterior

(Fmáx_AP) foi selecionada. Para a coleta dos dados motores

foi utilizada a Escala Motora para a Terceira Idade (Rosa

Neto, 2002) e a Aptidão Motora Geral (AMG) foi

selecionada. Os participantes foram submetidos a uma

intervenção com abordagem coordenativa em circuitos

durante 8 semanas, 2 vezes por semana, com duração de 60

min cada aula e foram avaliados nos momentos pré e pós-

intervenção. Os dados coletados foram planilhados e

posteriormente analisados utilizando o Software Excel

(Windows 2010). Para análise estatística utilizou-se a

correlação de Spearman e o nível de significância adotado

foi de α<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verificou-se na pré-intervenção uma correlação positiva

e moderada entre as variáveis AMG x Fmáx_AP (R=0,506)

e pós-intervenção a correlação entre as variáveis acima

aumentou para (R=0,644). Isso significa que a associação

dessas variáveis resulta na melhora da coordenação

motora e proporciona melhora na estabilização e

propulsão durante a marcha, fatores que evitando

quedas no idoso.

Figura 1. Gráfico que representa a correlação FRS e

Tempo.

Figura 2. Imagem ilustrativa das motricidades avaliadas

na EMTI. (ROSA NETO, 2009)

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CONCLUSÕES

O presente estudo concluiu que, os idosos incluídos nesta

pesquisa, após intervenção com abordagem coordenativa

em circuitos, apresentaram um aumento da correlação

ente AMG e Fmáx_AP. Assim, existe associação entre

coordenação motora e valores cinéticos da Fmáx_AP

PALAVRAS-CHAVE: Aptidão motora, Marcha, Idosos.

REFERÊNCIA

1. MASTRANDEA, L. Avaliação da marcha em idosas

ativas e sedentárias. São Paulo: 2008.

2. ROSE, J.; GAMBLE, J.G. Human Walking. 2º ed.

Baltimore: Willians & Wilkins, 1994.

3. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed,

Porto Alegre: 2009.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE NÚMERO DE PASSOS E IMC EM CRIANÇAS PRÉ-PÚBERES PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE GINÁSTICA

1Etevaldo Dantas Coelho Júnior; 2Nilmar de Assis Barros, 2Paulo Nunes dos Anjos Neto, 2Renata

Rodrigues de Almeida Santos, 1 Fernando de Aguiar Lemos, 3Ferdinando de Oliveira Carvalho,

1,2Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos

1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, 2 Grupo de extensão de Ginástica Gymnações,

Grupo de Estudos e Pesquisa em Genética e Exercício3, Universidade Federal do Vale do São

Francisco, Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Sabe-se que os níveis de atividade física

podem exercer influência em marcadores de

composição corporal (1, 2). Além disso,

estudos realizados com crianças brasileiras,

mostraram uma elevada prevalência de

sobrepeso e obesidade para a idade (3).

Nesse sentido, existe a necessidade de se

avaliar de forma regular a características das

atividades físicas que as crianças realizam,

bem como observar se a composição corporal

está de acordo com esses níveis. Desta forma,

o presente estudo teve como objetivo avaliar

a quantidade de passos executados por

ginastas através do método de pedometria, e

analisar possíveis correlações entre a média

de passos durante a semana e nos fins de

semana com o indicador de composição

corporal IMC.

MÉTODOS/METODOLOGIA

Foram avaliados 16 ginastas (14 meninas e 2

meninos) com média de idade de 8,8 ± 1,1

anos e média de IMC 17,7 ± 2,9. Todas as

crianças foram classificadas como Estágio I e

II de Tanner (pré-púberes). O IMC foi

calculado por meio da formula kg/m². A

quantidade de passos foi avaliada por meio

de pedômetro digital, e obteve-se a média de

passos realizados durante a semana, e nos

fins de semana. Os dados coletados foram

analisados utilizando o Software Excel

(2010). Para análise estatística utilizou-se a

correlação de Spearman e o nível de

significância adotado foi de α<0,05.

RESULTADOS e DISCUSSÃO

Verificou-se uma correlação forte (r= -0,633)

e significativa (p = 0,008) entre IMC e

número de passos na semana (FIGURA 1).

Porém, houve fraca correlação (p=0,219)

entre o número de passos e IMC nos fins de

semana (FIGURA 2). Os resultados sugerem

que quanto mais próximo do nível adequado

de IMC a criança apresenta, maior é

quantidade de passos realizados durante a

semana. Além disso, a baixa correlação

existente entre essas duas variáveis nos fins

de semana indica que as crianças que

atingiram a recomendação de passos durante

a semana, diminuíam os níveis de atividade

física durante o fim de semana, equiparando-

se às crianças de IMC mais elevado

.

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Figura 1: Associação entre número de passos na semana e IMC em ginastas pré-púberes

Figura 2: Associação entre número de passos no final de semana e IMC em ginastas pré-púberes.

CONCLUSÃO

O presente estudo demonstrou uma

associação negativa entre a quantidade de

passos realizados na semana e o IMC,

demonstrando uma relação entre a

composição corporal e o nível de atividade

física em um grupo de ginastas pré-púberes.

Porém, essa associação não foi encontrada no

final de semana, demonstrando uma

diminuição da quantidade de atividades

moderadas à intensas nos finais de semana

no grupo de ginastas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. MORAES, Augusto César Ferreira de et al. Prevalência de inatividade física e fatores associados em adolescentes. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 55, n. 5, p. 523-528, 2009.

2. FERNANDES, Rômulo Araújo et al. Riscos para o excesso de peso entre adolescentes de diferentes classes socioeconômicas. Revista da Associacao Medica Brasileira, p. 334-338, 2008.

3. OLIVEIRA, Luis Carlos et al. Excesso de peso, obesidade, passos e atividade física de moderada a vigorosa em crianças. Revista de Saúde Pública, v. 51, p. 1-12, 2017.

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O JOGO DE XADREZ COMO ESTIMULAÇÃO NEUROCOGNITIVA NO TRATAMENTO DA

DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Filipe Pitagoras Rodrigues Magalhães1,2,3; Terezinha Abel Alves1,3; José Fernando Vila Nova de

Moraes. 11Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); 2Grupo de Estudos e Pesquisa em

Genética e Exercício (GEPEGENE);

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A dependência de cocaína/crack está associada a

prejuízos neurocognitivos, principalmente nas funções

executivas (FE), estas gerenciadas predominantemente

pelo córtex pré-frontal do cérebro¹. O jogo de xadrez é

uma atividade que demanda a utilização e aplicação de

habilidades cognitivas e tem sido empregado na

reabilitação de pacientes com outros transtornos

psiquiátricos². Porém, apenas um estudo, até hoje,

avaliou o impacto deste jogo em pacientes com

dependência de substâncias (DS)³. Deste modo o

presente estudo buscou avaliar o efeito a intervenção

com xadrez sobre a FE como também verificar a

viabilidade da intervenção com o xadrez no tratamento

da DS.

MATERIAIS E MÉTODOS

O programa de intervenção seguiu uma sequencia

pedagógica em cada encontro: Explicação da regras,

Jogadas especiais (promoção do peão), Desenvolvimento

de peças (cavalo e bispo), Jogadas especiais (roque),

Jogadas especiais (tomada em passant), Antecipação de

jogadas, Análise da última jogada do adversário (alguma

peça em risco), Jogadas vantajosas e desvantajosas,

Situações de empate, Xeque mate, Torneio. A FE foi

avaliada por meio do Teste de Stroop (SPREEN;

STRAUSS, 1998). Foi realizada uma análise descritiva dos

dados. O nível de significância adotado foi p<0,05 e

o software utilizado para efetuar as análises será

o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão

22.0. Na estatística do stroop foi utilizado a ANOVA de

Friedman para a comparação entre os momentos do

mesmo grupo (pré vs. meio vs. pós) e o teste U de Mann-

Whitney para a comparação entre os grupos (pré

intervenção vs. pré controle).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A intervenção proposta não provocou alterações

significativas nas variáveis mensuradas da FE. Um dos

fatores preponderantes para este resultado foi o pouco

tempo de intervenção que parece ser insuficiente para

promover modificações significativas no controle

inibitório e tempo de reação, entretanto observou-se a

viabilidade da intervenção com o xadrez visto que não

houve participantes desistentes no GI além de todos os

participantes terem demonstrado evolução no jogo,

demonstrando autonomia, independência de auxílio

externo para desenvolverem o jogo de xadrez após dez

aulas.

CONCLUSÕES

Conclui-se que a estimulação neurocognitiva por meio do

xadrez pode ser uma alternativa não farmacológica na

reabilitação na DS, visto o seu baixo custo, baixo risco e

elementos motivacionais presentes no jogo de xadrez.

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REFERÊNCIAS

1. Koob GF, Volkow ND. Neuropsychopharmacology. 2010;35(1):217-38.

2. Oliveira V. Jogos de regras e resoluções e problemas. Petrópolis, RJ: Vozes; 2004.

3. .Gonçalves PD, et al. Drug Alcohol Depend, 2014;141:79-84

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TESTE DE VALIDADE DO SOFTWARE LACTATE-E NA DETERMINAÇÃO DO LIMIAR DE LACTATO DE CAPOEIRISTAS EM TESTE ESPECÍFICO DA MODALIDADE

Francélio M. M. Luz1; Geovani A. dos Santos2; Eduardo S. Numata Filho3; Davi L. Ribeiro4; Samuel P.

Santos5; Ricardo D. A. da Costa6; Lorrana K. S. Barros7; Sérgio R. Moreira8.

1Universidade Federal do Vale do Vale do São Francisco, Grupo de Estudos do Desempenho Humano e das Respostas Fisiológicas ao Exercício (GEDeRFE);

E-mail: [email protected]

INRODUÇÃO

O limiar de lactato (LL) pode ser determinado por

diferentes métodos dentre eles, a inspeção visual (IV) e

softwares como o LACTATE-E (LACTATE-E), que pode

ser utilizado afim de auxiliar a intervenção dos

profissionais do treinamento esportivo. Porém, ainda é

desconhecida a possibilidade de utilização deste método

em avaliação específica do LL em modalidades de luta,

em especial a Capoeira. Portanto, o objetivo do presente

estudo foi de verificar a validade do Software LACTATE-E

na determinação do LL de capoeiristas em teste

incremental específico da modalidade.

MATERIAIS E MÉTODOS

Dezesseis capoeiristas recreacionais homens (27,3±6,9

anos) realizaram um teste incremental de ginga,

iniciando em 16 ciclos.min-1 (movimentos de ginga por

minuto) com incrementos de 2 ciclos.min-1 a cada

estágio de 3 min com 1 min de intervalo entre eles,

acompanhando estímulo visual e sonoro. A Frequência

cardíaca (FC), concentração de lactato ([Lac]) e

percepção subjetiva de esforço (PSE), foram registradas

ao fim de cada estágio. O limiar de lactato (LL) foi

estimado como a intensidade de exercício anterior ao

aumento exponencial da [Lac], e dois métodos de

determinação foram utilizados: IV e LACTATE-E.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Não foi observada diferença significativa no LL para FC

LL (IV: 166±8 vs. LACTATE-E: 169±12 bpm, p<0,05), PSE

[IV: 13 (12-13) vs. 12 (12-16), p>0,05) e [Lac] (IV:

2,7±0,8 vs. LACTETE-E: 3,6±2,4 mM, p<0,05). Além disso,

não ocorreu diferença para o estágio referente ao LL (IV:

23,1±2,9 vs. LACTATE-E: 24,6±4,0, p>0,05). No entanto, a

análise de concordância a partir do método Bland-

Altman demonstrou discordância entre os métodos (4,9

[-5,0/3,4]), representada na Figura 1.

Figura 3. Análise de concordância a partir do método

Bland-Altman. A partir disso, podemos inferir que o

método LACTATE-E pode subestimar ou superestimar a

intensidade do LL, e influenciar o treinador a utilizar uma

intensidade inadequada para o treinamento, com alta

variação da intensidade real. Logo, para análise de

validação de métodos é necessária a utilização da análise

de concordância a partir do método Bland-Altman, pois a

comparação de médias e medianas podem confundir os

resultados obtidos2. Tal resultado pode ser devido a uma

sensibilidade do LACTATE-E a um comportamento de

curva não habitual da [Lac] no teste.

CONCLUSÕES

O software LACTATE-E não é um método valido para

determinação do LL de capoeiristas em teste específico

da modalidade.

REFERÊNCIAS

1. NEWELL, J, et al. JSC v. 25, n. 12, p. 1403-1409, 2007.

2. BLAND, JM; ALTMAN, DG G. JBS v. 17, n. 4, p. 571-582, 2007.

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AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA E PERCEPÇÃO EM CRIANÇAS COM TDAH E TDC

Francisco Rosa Neto1; Lisiane Schilling Poeta2; Ricardo de Almeida Pimenta1.

1Laboratório de Desenvolvimento Humano, Universidade do Estado de Santa Catarina; 2Centro de

Desportos. Universidade Federal de Santa Catarina;

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade

(TDAH) é caracterizado por níveis inapropriados de

atividade, impulsividade e desatenção, que interferem no

funcionamento, levando a prejuízos psicossociais ao

longo da vida [1]. O Transtorno do Desenvolvimento da

Coordenação (TDC) é definido como um

comprometimento no aprendizado e execução das

habilidades motoras, considerando a idade cronológica e

a oportunidade de aquisição e uso das habilidades, que

interfere significativamente nas atividades de vida diária

[1]. É conhecido que tanto as crianças com TDAH quanto

com TDC apresentam problemas na função motora,

porém, as áreas motoras prejudicadas parecem ser

distintas [2]. Com isso, o objetivo do estudo foi de avaliar

a coordenação motora e a percepção em crianças com

TDAH e TDC.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal e descritivo realizado

junto ao Ambulatório Materno Infantil, da Faculdade de

Medicina, da Universidade do Sul de Santa Catarina

(UNISUL). Participaram do estudo 44 crianças

diagnosticadas com TDAH com idade média de

103,6±17,9 meses, e 11 diagnosticadas com TDC com

idade média de 77,5±20,3 meses. Para a avaliação da

coordenação (motricidade fina e global) e da percepção

(organização espacial e temporal) motora, foi utilizada a

Escala de Desenvolvimento Motor – EDM. A pesquisa foi

aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UNISUL

(07.374.4.01.III).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados apontam que as crianças com TDAH

apresentam déficits motores em todas as áreas analisada,

com especial destaque para as áreas perceptivas. Para a

orientação espacial e orientação temporal foram

observados os menores valores. Atraso severo também

foi observado para a motricidade fina. Os atrasos

motores nas crianças com TDAH podem estar associados

a problemas na atenção e na inibição [3]. Diferentemente,

as crianças com TDC apresentaram pior resultado para a

motricidade global, o que condiz com as características

do transtorno.

CONCLUSÕES

Os resultados indicam que existem diferenças entre as

dificuldades motoras encontradas em crianças com

TDAH e crianças com TDC. Enquanto as crianças com

TDAH apresentam maiores dificuldades nas áreas

perceptivas e na motricidade fina, as com TDC

apresentam maiores dificuldades na motricidade global.

Os dados deste estudo permitem sugerir que as

dificuldades motoras no TDAH podem representar uma

característica do transtorno e não podem ser atribuídas

exclusivamente à comorbidade com o TDC.

REFERÊNCIAS

1. APA. Diagnostic and Statistical Manual of Mental

Disorders. 5. ed. Washington: American

Psychiatric Association, 2013.

2. Goulardins, JB, et al. Behavioural Brain Research,

v.292, p.484–492, 2015.

3. Kaiser, ML, et al. Research in Developmental

Disabilities, v.36, p.338–357, 2015

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Tabela 1: Valores de média e desvio padrão (DP) e classificação dos quocientes motores obtidos na

avaliação motora em crianças com TDAH e TDC.

TDAH TDC

Quocientes Média (DP) Classificação Média (DP) Classificação

Motor geral 81,3 ± 15,0 Inferior 84,9 ± 10,8 Normal baixo

Motricidade fina 78,3 ± 12,0 Inferior 82,0 ± 17,0 Normal baixo

Motricidade global 87,3 ± 14,2 Normal baixo 79,8 ± 14,0 Inferior

Orientação espacial 75,6 ± 12,5 Inferior 102,1 ± 16,2 Normal médio

Orientação temporal 71,6 ± 12,2 Inferior 89,1 ± 51,7 Normal baixo

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ASSOCIAÇÃO ENTRE A APTIDÃO MOTORA GERAL E A BATERIA DE TESTES SENIOR FITNESS

TEST EM IDOSOS

Graciano Joan Xavier Lima1, Lorenna Walesca de Lima Silva1, Cleuber de Souza Gonçalves1, Juliana

Moreira Paes Landim1; Daniel Tenório da Silva1; Marcelo de Maio Nascimento1, Natália Batista

Albuquerque Goulart Lemos1, Fernando de Aguiar Lemos1

1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

O estudo objetivou investigar a associação entre escores

da Escala Motora para a Terceira Idade e a bateria de

testes Senior Fitness Test obtidos em idosos submetidos

a um treinamento coordenativo em formato de circuito

na Universidade Federal do Vale do São Francisco -

Campus Petrolina/PE.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados a capacidade coordenativa e funcional

de 25 idosos (69,96 ± 7,21 anos) por meio da Aptidão

Motora Geral (AMG) da Escala Motora da Terceira Idade

(EMTI) e a bateria de testes Senior Fitness Test (SFT). Os

dados foram organizados em planilha excel. A

normalidade dos dados foi testada por meio do teste de

Shapiro-Wilk e a correlação por meio do teste Produto

Momento de Pearson. O nível de significância adotado foi

de p< 0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Uma moderada correlação (R = 0,445 e p = 0,026) foi

identificada entre a Aptidão Motora Geral (AMG) e o

Índice de aptidão Física Geral (SFT) e um coeficiente de

determinação igual a 0,198.

Figura 4. (A) Escala Motora para a Terceira Idade e (B)

Bateria de testes Senior Fitness Test.

CONCLUSÕES

Por meio desta analise concluiu – se que há uma

associação linear positiva entre a Aptidão Motora Geral

(AMG) e o Índice de aptidão Física Geral (SFT) e que essa

correlação apresenta influencia determinante entre as

variáveis de 19,80%.

.

REFERÊNCIAS

1. RIKLI et al. Development and Validation of a

Functional Fitness Test for Community-Residing Older

Adults. Journal of Aging and Physical Activity, Fullerton,

n. 7, p. 129-161, 1999;

2. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora.

Artmed, Porto Alegre: 2002.

.

Tabela 1: Tabela descritiva.

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VARIAVEIS X±dp Md (Q1; Q3)

Aptidão Motora Geral 81,60 ± 20,9 87 (63,5;97)

Índice de aptidão Física Geral (%) 54,80 ± 13,57 52,50 (45;66,25)

Q1: Quartil 1; Q3: Quartil 3. X: Média; Md: mediana.

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QUALIDADE DE VIDA EM IDOSAS PRATICANTES DE DANÇA

Hareta Fernandes da Silva1; Daiane Gouvêa Cavalcante2; Alessandra Regina Carnelozzi Prati2; Roseana Pacheco Reis Batista1; Daniel Vicentini de Oliveira3; Cláudia Regina Cavaglieri3; Kácia

Valéria Miranda Oliveira Nascimento4; José Roberto Andrade do Nascimento Júnior1.

1Universidade Federal do Vale do São Francisco; 2Faculdade Metropolitana de Maringá; 3Universidade Estadual de Campinas; 4Universidade de Pernambuco;

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Devido aos avanços tecnológicos relacionados à saúde e

também, adequações nas condições de urbanização,

alimentação, moradia e trabalho, há um crescente

aumento da expectativa de vida em diversos países,

inclusive no Brasil, o que contribui para o aumento da

população idosa. Diante disso, é imprescindível a

preocupação da sociedade com a Qualidade de vida (QV)

desse público [1]. A QV já foi estudada e conceituada de

maneiras diferentes, porém, atualmente sua definição

mais consistente e aceita é da percepção que o indivíduo

tem sobre sua posição na vida, no contexto cultural e

sistema de valores, e em relação aos seus objetivos,

expectativas, padrões e preocupações [2]. Desse modo, o

presente estudo teve como objetivo analisar a qualidade

de vida de idosas praticantes de dança.

MATERIAIS E MÉTODOS

Participaram deste estudo descritivo 47 idosas

praticantes de dança recreativa de uma igreja. Os

instrumentos utilizados foram o WHOQOL-Bref e o

WHOQOL-Old [2]. Os dados foram apresentados por

meio da estatística descritiva (média, desvio padrão,

frequências absoluta e relativa).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi verificado que no geral, as idosas apresentaram

escores acima da média em todas as dimensões. Quanto

aos valores referentes ao WHOQOL-Bref, o

domínio mais pontuado foi o Físico, enquanto que no

WHOQOL-Old, o fator que apresentou valor médio mais

alto foi Morte e morrer. Esses resultados demonstram

que o físico representa grande importância para a

percepção da QV, o que corrobora com estudo realizado

por Pereira et al. [3]. A dimensão Morte e morrer

também obteve um dos escores mais elevados, assim

como no estudo de Vagetti et al. [1].

CONCLUSÕES

Conclui-se que as idosas praticantes de dança da amostra

pesquisada apresentaram altos valores em todos os

domínios, o que demonstra que as mesmas tem uma boa

percepção da própria QV, com ênfase em aspectos

relacionados ao Físico e Morte e morrer. O estudo

contribui no sentido de ampliar as possibilidades de

promoção da QV e saúde desse público, inclusive

elaborando intervenções que trabalhem mais

especificamente os domínios considerados mais

importantes para as idosas, auxiliando no processo de

envelhecimento e em aspectos psicológicos.

REFERÊNCIAS

1. VAGETTI GC, et al. RM, v. 8, 709-718, 2012.

2. FLECK MPA, et al. RBP, v. 21, p. 19 - 28, 1999.

3. PEREIRA RJ, et al. RPRGS, v. 28, 17-38, 2006.

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Tabela 1. Análise descritiva do nível de QV das idosas praticantes de dança.

VARIÁVEIS x ± dp

Domínios de QV (WHOQOL Bref)

Domínio 1 – Físico 16,1 ± 2,0

Domínio 2 – Psicológico 15,9 ± 1,5

Domínio 3 – Relações sociais 15,7 ± 1,7

Domínio 4 – Meio ambiente 14,5 ± 1,7

Domínio 5 – Auto avaliação 15,6 ± 1,6

Facetas de QV (WHOQOL Old)

Faceta 1 – Funcionamento do Sensório 15,9 ± 2,7

Faceta 2 – Autonomia 15,0 ± 2,0

Faceta 3 – Atividades passadas, presentes e futuras 15,3 ± 2,0

Faceta 4 – Participação Social 15,3 ± 1,9

Faceta 5 – Morte e Morrer 16,7 ± 3,2

Faceta 6 – Intimidade 15,8 ± 3,1

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EFEITO DA FORMA DE PALMARES SOBRE VARIÁVEIS CINEMÁTICAS EM NADADORES

RECREACIONAIS

1Ingrid Thaiane Soares Batista, 1Gabriel Lucas Leite da Silva Santos & 1,2Lara Elena Gomes 1Grupo de Pesquisa Biomecânica do Esporte e Clínica, Universidade Federal do Vale do São

Francisco, Petrolina, PE, Brasil 2Faculdade de Educação, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, Brasil.

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Na natação, é comum o uso de palmares, de diferentes

áreas e formas, com o intuito de aumentar a área

propulsiva da mão [1]. A maioria dos estudos sobre

palmares analisou o efeito agudo da área no desempenho

de nadadores competitivos [1]. Não obstante, pouco se

sabe sobre o efeito da forma de palmares e o efeito do

agudo de palmares sobre o desempenho de nadadores

recreacionais. Portanto, o objetivo deste estudo foi

verificar o efeito agudo do uso de palmares com

diferentes formas (côncavo e plano) sobre o desempenho

de nadadores recreacionais a partir da análise de

variáveis cinemáticas.

MATERIAIS E MÉTODOS

Oito nadadores recreacionais (sexo masculino,

26,25 ± 3,37 anos, 81,17 ± 15,32 kg, 1,79 ± 0,07 m)

realizaram testes máximos de 25 m crawl sem palmar,

com palmar côncavo (264 cm²) e com palmar plano

(264 cm²). Eles foram gravados durante 10 m com uma

câmera digital (30 Hz). No software VirtualDub, foram

determinadas a velocidade de nado (VN), a distância

percorrida por ciclo de braçadas (DC) e a frequência de

ciclos de braçadas (FC). Estatística paramétrica foi

utilizada conforme o tamanho amostral [2]. Foi

conduzida uma ANOVA one-way para avaliar o efeito da

forma e a esfericidade dos dados foi verificada com o

teste de Mauchly. Quando um efeito principal

significativo foi encontrado, o post hoc de Bonferroni foi

empregado. O nível de significância adotado foi de 5% e a

análise foi realizada no SPSS.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme a Tabela 1, quando os palmares foram

utilizados, a VN e a DC foram maiores do que sem palmar.

Diferentemente, a FC reduziu. Não foram encontradas

diferenças entre os palmares. Como a VN é o produto

entre a DC e a FC, os palmares permitiram o aumento da

DC superior à redução da FC, resultando no aumento da

VN. Como os palmares avaliados apresentam diferenças

sutis entre suas formas, novos estudos são necessários

para esclarecer se formas mais distintas produzem

efeitos diferentes.

CONCLUSÕES

A forma do palmar apresentou um efeito sobre as

variáveis cinemáticas em nadadores recreacionais.

Contudo, entre os palmares plano e côncavo, não foram

encontradas diferenças.

REFERÊNCIAS

1. GOURGOULIS V, et al. IJSM v.29, p.429 - 434, 2008.

2. HOPKINS WG, et al. MSSE v. 41, p.3 - 12, 2009.

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Tabela 1: Média ± desvio-padrão das variáveis cinemáticas.

Velocidade de nado

(m/s) Frequência de ciclos

(Hz) Distância por ciclo

(m)

Sem palmar 1,48 ± 0,08* 0,94 ± 0,07* 1,58 ± 0,18*

Palmar côncavo 1,54 ± 0,06 0,86 ± 0,07 1,81 ± 0,20

Palmar plano 1,55 ± 0,08 0,87 ± 0,07 1,79 ± 0,17

*sem palmar foi diferente das outras condições (p < 0,05).

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TECNOLOGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA Janielma Bezerra da Silva1; Gustavo Henrique Gonçalves e Silva1; Jeane Cristina de Souza1; Leilane

Shamara Guedes Pereira Leite1; George Tawlinsin Soares Gadelha1; Patrick Stafin Coquerel1.

1UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE; E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Entende-se a inserção da tecnologia na Educação Física

como um desafio, pois essa mesma tecnologia contribui

para que tenhamos comportamento sedentário e inativo

(BARACHO, GRIP E LIMA, 2012). Sendo assim, dentro da

perspectiva da educação básica, o uso da tecnologia de

forma ampla contribui para que tenhamos mais

ferramentas pedagógicas a fim de aproximar os

conteúdos programáticos a realidade de uma

geração (RUSHKOFF,1999 et al. RAMOS, 2008). Sendo

assim, o presente estudo, através de uma revisão

sistemática de literatura, buscou identificar se as novas

tecnologias já são utilizadas por professores de Educação

Física nas escolas da educação básica.

MATERIAIS E MÉTODOS

Essa pesquisa de método qualitativo foi elaborada sob

uma ótica da revisão sistemática. Para tanto, realizamos

uma busca de artigos de 2010 a 2018 nas bases de dados

Scielo, Periódicos da Capes e Lilacs foram selecionados

artigos na língua portuguesa, no tópico “educação

escolar” e em periódicos revisados por pares. Utilizamos

os descritores: “tecnologia”, “ensino”, “educação física

escolar”. Inicialmente foram identificados 171 artigos.

Em um segundo levantamento, foram selecionados os

artigos que apresentavam os termos da busca em seu

título, o que resultou em 38 artigos. Após a leitura dos

resumos, outras exclusões foram feitas. Por fim, apenas

cinco publicações atenderam aos critérios para a inclusão

nesta pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após análise sistemática, afirmamos que há limitações,

dificuldades e pouco rigor no processo de construção

metodológica com o uso de tecnologia. Os autores

reafirmam a necessidade de maiores pesquisas

envolvendo o uso dos exergames na prática de aulas de

educação física, assim como maior rigor e busca pelo

conhecimento das práticas tecnológicas pelo corpo

docente, administrativo e governamental no âmbito

escolar. Sobre o uso da tecnologia assistida, os autores

apontaram novas possibilidades, não só quanto ao uso e

domínio das tecnologias, mas quanto à criação de objetos

adaptadores para o grau e a situação diferenciada de

cada aluno assistido.

CONCLUSÕES

Ao analisar os estudos desta revisão identificou-se que

eles convergem em seus resultados para o uso das

tecnologias de ensino na Educação Física escolar, no

entanto, preconizam que essa utilização seja realizada

mediante um bom planejamento metodológico, visando

objetivos de aprendizagem específicos. Concluímos que

ainda há pouca produção de conhecimento a respeito da

temática abordada. Assim, faz-se necessário a realização

de pesquisas futuras com o intuito de colaborar para a

inserção e melhor uso das tecnologias nas aulas de

Educação Física.

REFERÊNCIAS

1. BARACHO, A.F. L; GHRIP, F.J.; LIMA, M.R. Os

exergames e a educação física escolar na cultura

digital. 2012.

2. 2. RAMOS, K.D. A escola frente ao fenômeno dos

jogos eletrônicos: Aspectos morais e éticos. 2008

.

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EFEITO DO TREINAMENTO DE FLEXIBILIDADE NO DESEMPENHO DE FORÇA ISOMÉTRICA AGUDO APÓS ALONGAMENTO ESTÁTICO EM IDOSAS

José Hildemar Teles Gadelha1; Antonio Gonçalves do Santos Neto1; Brendha Stephany Rodrigues da Silva1; Aline Rafaela Soares da Silva1; Jamile Drubi de Souza1; Sebastião da Silva Costa1; Matheus da

Silva Dias 1; André Luiz Demantova Gurjão1. 1Universidade Federal do Vale do São Francisco;

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Os exercícios de alongamento estático (AE) têm sido

recomendado como parte integrante de um programa de

treinamento com o objetivo de atenuar a redução da

amplitude articular, principalmente na população idosa1.

O treinamento de flexibilidade pode melhorar o

desempenho de força2, por outro lado seu efeito agudo

pode induzir um déficit transitório na força. Assim, o

objetivo do estudo foi analisar o efeito de oito semanas

de treinamento de flexibilidade na resposta aguda da

contração voluntária máxima (CVM) e taxa de

desenvolvimento de força (TDF) após um protocolo de

AE em idosas.

MATERIAIS E MÉTODOS

No momento pré e pós-período experimental a curva força-tempo (Cf-t) isométrica foi registrada após duas condições (controle e AE). Em cada momento as participantes compareceram ao laboratório em cinco ocasiões, três visitas para familiarização à Cf-t e AE e duas para o emprego de uma das duas condições experimentais: controle (sem alongamento) e AE (3 repetições de 30s). Após a avaliação inicial as participantes (n=27) foram divididas aleatoriamente em dois grupos, controle (GC; n = 14; 66,8 ± 6,4 anos) e treinamento (GT; n = 13; 69,8 ± 8,5 anos). Durante o período de oito semanas o GC não realizou nenhum tipo de exercício, já o GT realizou treinamento de AE composto por 8 exercícios para os principais grupos musculares (3 repetições de 30s com 30s de intervalo), 3 vezes por semana. Para avaliação da flexibilidade foi realizado o teste de sentar e alcançar. O esforço isométrico máximo de extensão do joelho foi avaliado por meio de um transdutor de força fixado em uma cadeira rígida para extensão de joelho. Quadril e joelho foram ajustados em 90° de flexão. A TDF pico foi determinada pelo teste da primeira derivada do sinal do transdutor de força e a CVM como o maior valor dentro da janela de um segundo a partir da estabilização da força. ANOVA three-way para medidas repetidas,

apresentando como fatores grupo (GC e GT), condição (controle e AE) e momento (pré e pós) foi empregada com o objetivo de verificar o possível efeito da condição e do treinamento de flexibilidade na CVM e TDF. A significância adotada foi p<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Não foi encontrado efeito do treinamento (interação

Momento x Grupo, p>0,05) para CVM e TDF pico. O AE

não promoveu alterações para ambas as variáveis nas

condições (interação Condição x Grupo, p>0,05) e

momento (interação Momento x Condição e Momento x

Condição x Grupo, p>0,05). A falta de alterações crônicas

na TDF pode estar relacionada a respostas hipertróficas

atenuadas de tendões ao treinamento habitual, menor

taxa de formação de novos tecidos conectivos e menor

resposta a sobrecargas mecânicas3.

CONCLUSÕES

Oito semanas de treinamento de flexibilidade não

promoveu alterações crônicas na CVM e TDF. Em adição

o AE não promoveu redução aguda na força.

REFERÊNCIAS

1. Garber CE, et al. MSSE v.43, n 7, p.1334 - 1359,

2011.

2. Ferreira GNT, et al. CJSM v. 17, n 4, p. 276 - 281,

2007.

3. Magnusson SP, et al. IJEP v.88, n 4, p. 237 - 240,

2007.

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Tabela 1: Comparação da CVM e TDF nos momentos Pré e Pós intervenção para grupos GC e GT nas

condições controle e AE de mulheres idosas (n = 27). Valores apresentados em média ± desvio

padrão.

PRÉ PÓS

Grupo Controle AE Controle AE

CVM (N) GC 245,1 ± 76,4 246,6 ± 75,5 250,8 ± 80,6 244,8 ± 76,8

GT 209,5 ± 48,1 215,6 ± 64,1 211,3 ± 63,7 229,7 ± 70,0

TDF pico (N.s-1) GC 1630,7 ± 908,0 1756,8 ± 848,5 1721,4 ± 866,7 1518,5 ± 835,7

GT 1774,1 ± 620,6 1523,3 ± 303,7 1893,6 ± 777,6 1921,9 ± 758,4

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COMPARAÇÃO DOS INDICATIVOS DE DEPRESSÃO DE IDOSOS USUÁRIOS DE UNIDADES

BÁSICAS DE SAÚDE EM FUNÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA

Josy Rawane da Silva Paulo1; Gustavo Vinicius do Nascimento de Oliveira2; Diogo Alves da Silva2;

Roseana Pacheco Reis Batista1; Daniel Vicentini de Oliveira3; Cláudia Regina Cavaglieri3; Naelly

Renata Saraiva Pivetta3; José Roberto Andrade do Nascimento Júnior1

1Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício, Universidade Federal do Vale do São

Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Faculdade Metropolitana de Maringá, Maringá, PR,

Brasil; 3Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil;

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

O processo de envelhecimento é composto por diversas

transformações, entre elas, as biológicas, sociais e

psíquicas, que o sujeito experiencia de forma dinâmica e

progressiva ao longo da vida. Algumas pessoas podem

sentir dificuldade em enfrentar esses processos, e

desenvolver reações negativas como perda de prazer nas

atividades da rotina, distúrbios no sono e no apetite,

alteração de humor, falta de energia, melancolia, ou seja,

sentimentos caracterizados como depressivos [1][2].O

envelhecimento conta com alterações no sistema motor,

assim como os sujeitos com sintomas de depressão.

Alguns estudos apontam que os idosos com sintomas de

depressão tendem a apresentar um nível alto de

hipocondria e um aumento na busca por unidades de

saúde [1]. A prática de exercício é tida como um bom

recurso para a promoção de bem-estar e redução

sintomas de depressão[2]. Dessa forma, esse estudo teve

como objetivo comparar os indicativos de depressão de

idosos usuários de Unidades Básicas de Saúde de acordo

com o nível de atividade física.

MATERIAIS E MÉTODOS

Participaram deste estudo descritivo 654 idosos do sexo

masculino e feminino (288 homens e 366 mulheres)

usuários de Unidades Básicas de Saúde da cidade de

Maringá-PR. Como instrumentos foram utilizados

o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ)-

Versão curta e a Escala de Depressão Geriátrica (GDS)-

Versão curta. Para a análise dos dados foram utilizados

os testes de Kolmogorov-Smirnov, Kruskal-Wallis e “U”

de Mann-Whitney (p<0,05).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verificou-se diferença significativa nos indicativos de

depressão dos idosos entre os grupos (p = 0,027),

indicando que os idosos e sedentários [Md = 4,0)

apresentaram maior escore de depressão do que os

idosos ativos (Md = 3,0) e irregularmente ativos (Md =

3,0). Apesar de tais diferenças, nenhum dos grupos

apresentaram indicativo de depressão. No entanto, os

idosos fisicamente ativos apresentaram menor escore de

depressão, se assemelhando com os resultados de outros

estudos que apresentam a prática de atividade física

regular considerada importante para a redução e

prevenção de sintomas depressivos [2][3].

Figura 5. Indicativos de depressão dos idosos usuários

de Unidades Básicas de Saúde de acordo com o nível de

atividade física.

CONCLUSÕES

Concluiu-se que os idosos usuários de Unidades Básicas

de Saúde de Maringá-PR não apresentaram indicativos

de depressão, entretanto, os idosos fisicamente ativos

apresentaram menor escore de depressão.

REFERÊNCIAS

1. Goulart NBA, et al. RBEF v.28, p.371 - 376, 2014.

2. Lemos FA, et al. V SNA, 2014.

3. Rocha ES, et al. IV SNA. 1 (1): 1-2, 2013.

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ATUAÇÃO INTERDISCIPLINAR NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR EM CRIANÇAS

DIAGNOSTICADAS COM MICROCEFALIA: ESTUDO DE CASO

1Jucélia Gonçalves Ferreira de Almeida*, ¹Wilhelm Bruno Rodrigues & ¹ Wasley Carlos Gonçalves

Matos 1 Grupo de Pesquisa em desenvolvimento neuropsicomotor em pediatria, Universidade Federal do

Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Em 2015, iniciou-se no Brasil o surto de infecção pelo

vírus Zika (ZIKV), transmitido pelo mosquito Aedes

aegypti. (OMS, 2015).

Entre as principais consequências da infecção pelo ZIKV

estão as anormalidades fetais detectadas por meio do

ultrassom, dentre as alterações estão à diminuição do

crescimento intrauterino, fluxo cerebral ou umbilical

anormal, calcificações ventriculares e, outras alterações

no sistema nervoso central. Nos casos mais graves, as

alterações neurológicas podem resultar na microcefalia,

que é acompanhada de grande comprometimento

funcional e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor

(BRASIL, 2016). Este estudo tem como objetivo avaliar o

desenvolvimento neuropsicomotor em crianças

diagnosticadas com microcefalia em atuação

interdisciplinar.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo observacional descritivo, com

caráter transversal, de natureza quantitativa e analítica.

A coleta de dados foi adquirida através avaliação

interdisciplinar em 05 (cinco) crianças diagnosticadas

com Microcefalia, com idade média 1,5 anos.

RESULTADOS

Observou-se que as crianças obtiveram uma melhora

desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM)

significativas, como, por exemplo, o controle cervical foi

melhorado em todos os casos; o desenvolvimento

acontece no sentido crânio – caudal, sendo essencial ao

controle cervical para a possibilidade de experimentar as

posturas do DNPM.

Figura 6. Imagem autorizada pelo responsável para

divulgação dos resultados.

CONCLUSÕES

O estudo apresentou a necessidade da atuação

interdisciplinar para o desenvolvimento

neuropsicomotor em crianças diagnosticadas com

microcefalia, bem como a importância de início precoce.

REFERÊNCIAS

1. Brasil P, Pereira Jr JP, Moreira ME, Nogueira RMR,

Damasceno L, Wakimoto M, et. al. Zika vírus infection in

pregnant women in Rio de Janeiro. N Engl J Med.

2016;375(24):2321-34.

2. Organização Mundial da Saúde. 2015

Tabela 1: Avaliação DNPM e controle cervical entre março e dezembro/ 2017.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE A SENSAÇÃO DE DOR E O EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM IDOSOS

Crianças DNPM Inicial DNPM Final Controle Cervical antes Controle Cervical depois

Criança 1 01 mês 02 meses Ausente Flutuante

Criança 2 01 mês 03 meses Ausente Total

Criança 3 02 meses 04 meses Flutuante Total

Criança 4 01 mês 03 meses Ausente Total

Criança 5 01 mês 03 meses Ausente Total

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1Juliana Moreira Paes Landim*, 1Graciano Joan Xavier Lima, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1Cleuber de Souza

Gonçalves, 1André Brito Carvalho; 1Etevaldo Dantas Coelho Junior; 1Natália Batista de Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando de Aguiar Lemos

1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

O estudo tem por objetivo analisar a associação entre

escore de Dor determinado pelo Medical Outcomes Study

36 - Item Short - Form Health Survey (SF – 36) e o

Equilíbrio estático, controlado pela ênfase de

proprioceptores, e obtido por meio da avaliação do

Centro de pressão (COP) em uma plataforma de força.

MATERIAIS E MÉTODOS

25 idosos (69,96 ± 7,21 anos) foram avaliados por meio

do questionário Medical Outcomes Study 36 - Item Short

- Form Health Survey (SF – 36) e Equilíbrio com olhos

fechados foi avaliado por meio de uma plataforma de

força (AMTIForce). Os dados foram organizados em

planilha Excel (Windows, 2010). Posteriormente a

normalidade dos dados foi testada por meio do teste de

Shapiro-Wilk e aplicada uma correlação por meio do

teste Produto Momento de Pearson. O nível de

significância de α< 0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi encontrada uma moderada correlação positiva (r =

0,580 e p = 0,009) entre o escore de Dor (SF – 36) e a

área total do COP com os olhos fechados e coeficiente de

determinação igual a 33,5%.

Figura 7. Protocolo de avaliação.

CONCLUSÕES

Existe uma relação linear e positiva entre o escore de Dor

(SF – 36) e a área total do COP com os olhos fechados no

período pré-intervenção e que essa correlação apresenta

uma determinação entre as variáveis de 33,50%.

REFERÊNCIAS

1. CICONELLI, Rozana Mesquita - Tradução para o

português e validação do questionário genérico de

avaliação de qualidade de vida “Medical Outcomes Study

36-Item Short-Form Health Survey (SF-36)” São Paulo,

1997.

VARIAVEIS X±dp Md (Q1;Q3)

Escore de Dor (SF – 36) - Pré 62,79 ± 25,38 51 (41;84)

Àrea total do COP (olhos fechados) – Pré 14,44 ± 6,79 14,37 (9,52;20,16)

Tabela 1. Valores de Média e desvio Padrão da escala de Dor e do Centro de pressão mensurado em uma plataforma

de Força

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ORIENTAÇÃO ÀS METAS E ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA NO CONTEXTO DO ESPORTE ESCOLAR

Karlla Emanuelle Ferreira Lima Paiva1; Eliakim Cerqueira da Silva1; Carla Thamires Laranjeira Granja1; Vinícius da Cruz Souza1; Adson Alves da Silva1; Daniel Vicentini de Oliveira 1; José Roberto Andrade do Nascimento Junior1,2.

1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Universidade Estadual de Campinas, Campinas,

SP Brasil; E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A ansiedade no contexto esportivo pode ser determinada

como uma emoção negativa, levando em consideração as

situações percebidas como ameaçadoras pelo indivíduo,

deixando-o tenso e apreensivo [1]. Nessa perspectiva,

fatores como diminuição da concentração, confusão,

irritabilidade e insegurança são presentes no quadro de

ansiedade. Uma das formas de evitar a ansiedade pré-

competitiva é traçar metas para que os atletas possam

seguir nas competições com a mesma efetividade que

desenvolvem diante aos treinos. A orientação às metas é

um elemento básico da atividade mental que requer do

indivíduo a compreensão para situar-se quanto a si mesmo

e também quanto ao mundo [2]. Portanto, o referido

estudo avaliou a relação da ansiedade pré-competitiva e a

orientação ás metas de jovens atletas do estado de

Pernambuco.

MATERIAIS E MÉTODOS

Fizeram parte deste estudo 177 escolares (104 meninos e

73 meninas), com média de idade 16,15±0,90 anos

participantes da fase estadual dos Jogos Escolares de

Pernambuco 2017. Os escolares eram praticantes das

seguintes modalidades: futsal (64); voleibol (57); handebol

(42); e basquete (14).Para verificar a ansiedade pré-

competitiva foi utilizada a Escala de Ansiedade Esportiva-2

(SAS-2), que avalia as diferenças individuais no traço de

ansiedade somática e em duas dimensões da ansiedade

cognitiva (preocupação e perturbação da concentração). O

Questionário de Orientação às Metas (TEOSQ) foi utilizado

para avaliar a orientação de metas por meio de 16 itens

divididos em duas dimensões: Orientação para a Tarefa e

Orientação para o Ego.Para a análise dos dados foram

utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov e a correlação

de Spearman (p<0,05).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A orientação para o ego apresentou correlação positiva

com a ansiedade somática (r = 0,18) e perturbação da

concentração (r = 0,20). A orientação para a tarefa

apresentou correlação inversa com a ansiedade somática

(r = -0,16) e perturbação da concentração (r = -0,18).

Estes resultados corroboram com a literatura ao

observar que existe uma relação diretamente

proporcional da ansiedade com a orientação para o ego e

uma relação inversamente proporcional com a

orientação para a tarefa [1,3].

CONCLUSÕES

Concluiu-se que no contexto do esporte escolar o atleta

que se sente realizado quando desempenha

adequadamente qualquer que seja a atividade sente

menos os sintomas da ansiedade pré-competitiva,

enquanto o atleta que somente se sente auto realizado

quando vence o adversário sente mais os sintomas da

ansiedade.

REFERÊNCIAS

1. Martens, R, Vealey, RS e Burton, D.

(1990). Ansiedade competitiva no

esporte. Champaign, IL: Cinética Humana.

2. Nicholls, J. G. PR, v. 91, n.03, p. 328-346, 1984.

3. Caruzzo, NM, Nascimento Júnior, JRA, Vieira, JLL,

Vieira, LF. RBCM, 2013;21(3): 42-50.

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Tabela 1: Correlação entre a ansiedade pré-competitiva e a orientação às metas dos jovens atletas.

VARIÁVEIS

1 2 3 4 5

Ansiedade pré-competitiva 1. Ansiedade Somática 0,57* 0,64* 0,18* -0,16*

2. Preocupação 0,53* 0,02 0,07

3. Perturbação da

concentração 0,20* -0,18*

Orinetação às Metas 4. Orientação para o Ego -0,20*

5. Orientação para a Tarefa *p<0,05- Correlação significativa

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EVOLUÇÃO CLÍNICA E FUNCIONAL DE PACIENTE NEUROLÓGICO ASSISTIDO PELA EQUIPE DE

REABILITAÇÃO DE UM HOSPITAL DA EBSERH: RELATO DE EXPERIÊNCIA 1Karoliny Teixeira Santos*, 1Raphael Patriota Carnaúba, 1Vanessa Santos Gualberto, 1Mona Lisa

Joyce dos Santos Teixeira & 5Andréa Rodrigues dos Santos

1Empregados Públicos da Equipe de Reabilitação da Rede EBSERH do Hospital Federal do Vale do

São Francisco, Petrolina/PE, Brasil; 5Universidade Estadual de Pernambuco/UPE

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

No Sistema Nervoso Central (SNC), três regiões podem abrigar patógenos e desenvolver síndromes

infecciosas, são elas: meninges e espaços subaracnóideo; parênquima encefálico; e parênquima

medular (MARRA et al, 2012). As manifestações clínicas são diversas, de acordo com o local afetado

e agente etiológico envolvido, tais como: febre, cefaleia, hipertensão intracraniana e achados focais

são os principais achados encontrados (MARRA et al, 2012). O objetivo do estudo foi descrever a

evolução clínica e funcional de paciente vítima de doença infecciosa do SNC internado no Hospital

da Universidade Federal do Vale do São Francisco/HU-UNIVASF, Rede EBSERH.

MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa trata-se de um relato de experiência de cunho descritivo, cujas ações relatadas foram

realizadas entre os meses de março e abril de 2018. A equipe de reabilitação da enfermaria da

Clínica Médica (terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e fonoaudiólogo) propôs uma intervenção

com atendimentos 05 vezes/semana e 02 vezes/dia.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Paciente jovem, do sexo masculino, solteiro e estudante. Chegou ao HU-HUNIVASF no mês março de

2018, regulado de outra cidade, com história de cefaleia, febre persistente, crises convulsivas,

limitação motora global, progredindo com RNC. Deu entrada na sala de Urgência trazido pela SAMU

intubado em VM/TOT e sedado onde foi dado andamento aos cuidados intensivos para

estabilização do quadro hemodinâmico e pesquisa diagnóstica. No dia seguinte foi transferido para

UTI e iniciado tratamento para doença infecciosa do SNC – CID10 G93.9 e intervenção da equipe de

Reabilitação. Após 20 dias, chegou na enfermaria respirando espontaneamente por máscara de

Venturi 50% (SpO2 91%), com ECG 4+4+5=13, afebril, afasia expressiva transitória, dor

generalizada, fazendo uso de sonda nasoenteral e totalmente dependente nas Atividades de Vida

Diária (AVDs). A intervenção ocorreu no período de 04 semanas com objetivo de prevenir e reduzir

complicações do quadro neurológico e tempo de internamento. O Projeto Terapêutico Singular

(PTS) segue descrito na tabela 01.

CONCLUSÕES

A equipe de reabilitação pontuou ganhos na evolução clínica e funcional. Após 04 semanas, foi

dispensando suporte de O2, introduzido dieta via oral e observado maior independência nas AVDs.

Ações interdisciplinares propiciam um olhar ampliado para reabilitação com vistas a integralidade

dos indivíduos, otimizando a evolução clínica e diminuição do tempo de internação hospitalar.

REFERÊNCIAS

1. Marra CM et al. Neurosyphilis. Waltham. Disponível em:

www.uptodate.com/contents/neuroyphilis. Acessado em abril de 2018

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Semana Desmame de O2 Condutas cinesiofuncionais Sonda nasoenteral MIF

Venturi à 50%;

Monitorização

respiratória;

Tosse assistida;

THB com

aspiração de VAS.

Adequação postural e alinhamento

biomecânico; Mobilização passiva

global; Mudanças de decúbito;

Confecção de órteses.

Avaliação

fonoaudiológica;

Terapia Indireta da

fonoaudiologia com

estimulação sensório-

motora oral; Higiene

oral.

18

Venturi à 31%;

Monitorização

respiratória;

Tosse assistida;

THB com

aspiração de VAS.

Adequação postural e alinhamento

biomecânico; Mobilização ativa-

assistida em MMSS e passiva de

MMII; Trocas de decúbito;

Monitoramento de órteses;

Estimulação cognitiva; Exercícios

de fortaleci mento de cintura

escapular e pélvica.

Estímulos à linguagem,

terapia

fonoaudiológica

indireta com

estimulação gustativa;

Exercícios de praxia

oral; Higiene oral;

28

Venturi à 24%;

Monitorização

respiratória;

Tosse assistida

Adequação postural; Mobilização

ativa-assistida em MMSS e MMIII;

Treino assistido de sedestação,

controle postural, AVDs

(alimentação) e estimulação

cognitiva; Exercícios de fortaleci

mento de cintura escapular e

pélvica.

Estímulos à linguagem

oral, Terapia direta

com líquido; Exercícios

de praxia oral; Higiene

oral;

37

Monitorização

respiratória sem

suporte de O2.

Treinos ativos de exercícios

funcionais, AVD (alimentação e

vestir-se), transferências

(deitado/sentado; sentado;

ortostase); Exercícios de fortaleci

mento de cintura escapular e

pélvica.

Liberação da dieta via

oral e monitoramento

da deglutição e

comunicação.

48

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RELATO NA REABILITAÇÃO DE PACIENTE NEUROLÓGICO EM UM HOSPITAL FEDERAL:

ABORDAGENS CINESIOFUNCIONAIS

1Karoliny Teixeira Santos*, 1Raphael Patriota Carnaúba, 1Vanessa Santos Gualberto, 1Mona Lisa

Joyce dos Santos Teixeira & 5Andréa Rodrigues dos Santos 1,2,3,4 Empregados Públicos da Equipe de Reabilitação da Rede EBSERH do Hospital Federal do Vale

do São Francisco, Petrolina/PE, Brasil; 5Universidade Estadual de Pernambuco/UPE

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

As manifestações clínicas das doenças infecciosas do

Sistema Nervoso Central (SNC) são as mais diversas e

dependem do local afetado e agente etiológico envolvido,

tais como: febre, cefaleia, hipertensão intracraniana e

achados focais são as principais manifestações possíveis

(MARRA et al, 2012). O objetivo do estudo foi relatar a

experiência de uma equipe de reabilitação com um

paciente vítima de doença infecciosa do SNC internado

no Hospital da Universidade Federal do Vale do São

Francisco/HU-UNIVASF, Rede EBSERH.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se metodologia empregada deste relato de

experiência apresenta caráter descritivo, cujas práticas

relatadas foram realizadas entre os meses de março e

abril de 2018. A equipe de reabilitação da enfermaria da

Clínica Médica (01 terapeuta ocupacional, 02

fisioterapeutas e 01 fonoaudiólogo) propôs uma

intervenção interdisciplinar com atendimentos 05

vezes/semana e 02 vezes/dia em um período de 05

vezes/dia.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Paciente jovem do sexo masculino, acompanhado da

genitora, com déficit motor global devido a

acometimento neurológico provocado por uma doença

infecciosa do SNC. Chegou à enfermaria da Clínica Médica

do HU-UNIVASF respirando espontaneamente com

auxílio de Venturi à 50% (SpO2: 91%), Glasgow = 13,

apresentando limitação na comunicação verbal, dor

generalizada, em uso de sonda nasoenteral e totalmente

dependente nas Atividades de Vida Diária (AVDs) - MIF:

18. Foi lançado mão de atividades de treino de

transferências, AVDs, preensão manual, alcance, escrita,

pinça, ortostatismo e confecção de dispositivos de órtese

como exemplificam as figuras na foto 01 e foto 02.

Após condutas, a equipe de reabilitação observou

independência total na execução da alimentação e

dependência parcial nas atividades de vestuário, banho e

transferências.

A tabela 01 apresenta os escores da Medida de

Independência Funcional com os ganhos funcionais ao

longo das intervenções interdisciplinares

Tabela 01 - MIF Semana Escore 1ª 18 2ª 28 3ª 37 4ª 48 5ª 64

Foto 01: Órtese para prevenção de deformidades.

Foto 02: Treino de AVD e atividades funcionais

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CONCLUSÕES

Abordagens baseadas no cotidiano dos indivíduos

potencializam os resultados funcionais, possibilitando

maior adesão à terapia e diminuindo o tempo de

internamento hospitalar.

REFERÊNCIAS

Marra CM et al. Neurosyphilis. Waltham. Disponível em:

www.uptodate.com/contents/neuroyphilis. Acessado em

abril de 2018.

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O USO DE TREINAMENTO COGNITIVO NO FORTALECIMENTO MUSCULAR: REVISÃO SISTEMÁTICA

Kyvia Naysis de Araujo Santos1; Elanny Cristina Pascôa Candeira1; Eliezer Ferreira Pereira Junior1; Lenilson do Nascimento Melo Junior1; Silmar Silva Teixeira1

1Laboratório de Mapeamento e Plasticidade Cerebral, Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PI, Brasil;

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A força muscular é essencial para as nossas atividades do

dia-a-dia, sendo definida como a habilidade do músculo

em produzir força por contração. É um parâmetro para

diagnosticar distúrbios funcionais, realizar prognósticos,

prescrever exercícios e observar a eficácia muscular.

Existem diversos métodos para o fortalecimento

muscular. Alguns atletas utilizam treinamento cognitivo

para melhorar a performance de força em treinos ou

competições, porém não se sabe ao certo quais

mecanismos fisiológicos que modificam a força muscular.

Então, como objetivo, o presente estudo busca analisar o

uso do treinamento cognitivo no fortalecimento

muscular.

MATERIAIS E MÉTODOS

Revisão sistemática, desenvolvida com artigos coletados

nas bases eletrônicas PUBMEB, SCIENCE DIRECT, SCIELO

E PLOS ONE, usando os decritores “Strength”, “Cognitive

trainning” e “Muscle force”. Como critérios de inclusão:

estudos em língua inglesa, publicados no período de

2000 a 2017, que utilizassem em sua metodologia

protocolos de fortalecimento muscular com tarefas

cognitivas. A revisão sistemática seguiu o modelo

PRISMA.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O treinamento cognitivo é capaz de gerar fortalecimento

muscular. Nesse tipo de treino, o ganho de força

muscular é obtido por meio do aumento da frequência de

ativação da unidade motora, na qual

pode ocorrer maior recrutamento e/ou aumento da taxa

de disparo neural nas unidades motoras em

músculos agonistas. Por outro lado, nos músculos

antagonistas, há diminuição no recrutamento e/ou na

taxa de disparo. Para o ganho de força por meio do

treinamento cognitivo, ocorre plasticidade cerebral e

influência do cerebelo, que é o principal responsável pelo

ato motor e pelo controle da força. O treinamento

cognitivo influencia regiões motoras superiores por meio

das tentativas de potencializar a ativação muscular,

podendo gerar nessas regiões maiores sinais de ativação

cortical na área motora primária e consequentemente

maior número de disparo para os músculos alvos, o que

resulta em aumento da força muscular.

CONCLUSÕES

O treinamento cognitivo é eficaz para o fortalecimento

muscular, sendo comparado ao fortalecimento

convencional, por proporcionar modificações musculares

e neurais que ocasionam o aumento da força muscular e

desempenho motor.

REFERÊNCIAS

1. MELLA LIEU, SD.; SHEARER, D. Mental skills

training and strength and conditioning,2009.

2. TOD, D. A. et al. “‘Psyching-up’” enhances force

production during the bench press

exercise.Journal of Strength and Conditioning

Research, v. 19, n. 3, p. 599–603, 2005.

3. TOD, D.; MCGUIGAN, M. The efficacy of psyching-

up o n strengthperf ormance. In: Selkirk TB,

editor. Focus on exercise and healthresearch.

New York: Nova Science; p. 163–179, 2006.

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Anais do V Simpósio em Neuromecânica Aplicada :: ISSN 2316-5685| 66

ASPECTOS NEUROFISIOLÓGICOS DA IMAGÉTICA

MOTORA NA FORÇA MUSCULAR: REVISÃO SISTEMÁTICA

Kyvia Naysis de Araujo Santos1; Elanny Cristina Pascôa Candeira1; Eliezer Ferreira Pereira Junior1; Lenilson do

Nascimento Melo Junior1; Silmar Silva Teixeira1. 11Laboratório de Mapeamento e Plasticidade Cerebral, Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PI, Brasil;

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A imagética motora é a realização mental de um

movimento específico sem que haja execução

propriamente dita, porém, ela é depende dos mesmos

mecanismos da ação motora. A imagética motora é uma

técnica aceita e comumente usada para potencializar o

desempenho esportivo de atletas e treinadores e pode

ser útil para o treinamento em casos de lesões. Também

é usada em protocolos de ganho de força muscular,

porém ainda não é sabido quais são os aspectos

neurofisiológicos que ocasionam alterações na força

muscular. Portanto, tem-se como objetivo do presente

estudar analisar os aspectos neurofisiológicos da

imagética motora na força muscular.

MATERIAIS E MÉTODOS

Revisão sistemática, desenvolvida com artigos coletados

nas bases eletrônicas PUBMEB, SCIENCE DIRECT, SCIELO

E PLOS ONE, usando os decritores “motor imagery” e

“muscle force”. Como critérios de inclusão: estudos em

língua inglesa, publicados no período de 2000 a 2017,

que utilizassem em sua metodologia protocolos de

fortalecimento muscular com imagética motora e que

esclarecessem os reais mecanismos neurofisiológicos de

ganho de força muscular. A revisão sistemática seguiu o

modelo PRISMA.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A imagética motora propicia, por intermédio de um

processo mental, experiências multissensoriais na

ausência de percepção real. Nesse caso, há

comprovadamente uma origem neural no aumento de

força muscular, não necessitando de atividade física

propriamente dita e/ou ainda de adaptações

morfológicas, como a hipertrofia muscular, para que se

realize um fortalecimento efetivo. Os efeitos da imagética

motora na força voluntária fornecem evidências do

fortalecimento neural antes da hipertrofia muscular, pela

maior intensidade de condução e um maior

recrutamento das unidades motoras inativas. Na

imagética motora, quando usada para fortalecimento, há

“contrações musculares imaginárias”, as quais podem

alterar o torque máximo de uma articulação por meio de

alteração centrais e produzir maior ativação dos

motoneurônios ou modificar os níveis de ativação da

musculatura sinérgica e antagonistas envolvidas em uma

articulação.

CONCLUSÕES

A imagética motora possui mecanismos neurofisiológicos

similares ao fortalecimento muscular, proporcionando

ganhos de força similares ou até mesmo mais vantajosos

que o treinamento muscular ativo. Por promover

adaptações musculares e neurais relacionadas com a

força, a imagética motora pode ser considerado um

método de fortalecimento muscular eficaz.

REFERÊNCIAS

1. RANGANATHAN, V. K. et al. From mental power

to muscle powe r — gaining strength byusing the

mind. Neuropsychologia, v. 42, p. 944–956,

2004.

2. SHACKELL, E. M.; STANDING, L. G. Mind Over

Matter : Mental Training Increases Physical

Strength. North American Journal of Psychology,

v. 9, n. 1, p. 189–200, 2007.

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APPINEF - APLICATIVO PARA PROMOÇÃO DE SAÚDE BASEADO EM ORIENTAÇÃO E MONITORAMENTO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E CONSUMO ALIMENTAR

Layane Costa Saraiva1; Alisson Amorim Siqueira2; Izabelle Silva de Araujo1; Ferdinando Oliveira

Carvalho1

1Grupo de Estudo e Pesquisa em Genética e Exercício, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Universidade Federal do Vale do São Francisco, Juazeiro, BA, Brasil;

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

As Tecnologias de informação e comunicação (TICs)

permitiram avanços na promoção de saúde por meio de

aplicativos para smartphones (apps), tanto para a

prevenção e tratamento de doenças crônicas não

transmissíveis como para orientação e monitoramento

de comportamentos saudáveis. Atualmente, mais de

165.000 aplicativos de saúde são disponíveis

publicamente, em sua maioria projetado para pacientes

[1], e o desenvolvimento de apps interativos para

promoção da saúde tem sido recomendado em razão da

fácil acessibilidade e baixo custo, maior mobilidade e

interatividade, somada a estratégias de gamificação [2].

Ademais, intervenções utilizando apps para modificações

na dieta e na prática de exercício físico [3] tem

evidenciado resultados relevantes na adesão de

comportamentos saudáveis. Perante o exposto,

objetivou-se desenvolver um aplicativo para orientar e

monitorar a prática de exercícios físicos e consumo

alimentar de pessoas adultas.

MATERIAIS E MÉTODOS

Baseado na popularidade e no número de downloads foi

realizado um levantamento por aplicativos de nutrição e

de exercício físico na Apple Store e no Google Play. Cada

app foi analisado, registrado os pontos fortes e as

deficiências, bem como as possíveis soluções para os

problemas identificados. Após a pesquisa, foi construído

um protótipo em papel do app pretendido dando início o

desenvolvimento do mesmo. Primeiramente houve a

modelagem do banco de dados, responsável por

armazenar as informações, cadastros e todo histórico de

monitoramento nutricional e da prática de exercício.

Para gerenciar o banco de dados optou-se pelo software

PostgreSQL, um banco de dados gratuito e robusto. O

interface do app foi desenhada com HTML e CSS. Para

tratar as ações da interface e estabelecer comunicação

com o servidor utilizou-se a linguagem Javascript, para

fazer a conexão com o banco de dados e tratar os dados

recebidos do app empregou-se a linguagem PHP, e para a

troca de dados (cliente, servidor e aplicativo) foi utilizada

o padrão JSON, que pode facilmente ser interpretado em

ambos os ambientes. As escolhas das linguagens permitiu

que o app fosse facilmente portado para diferentes

plataformas, e após as etapas de teste e validação, o app

foi encapsulado para distribuição, utilizando o Ambiente

de Desenvolvimento Integrado Android Studio e a

linguagem Java. Todo o processo foi acompanhado por

uma equipe de profissionais de educação física, nutrição

e informática.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi desenvolvido o app de intervenção nutricional e de

exercício físico (APPINEF) que propõe orientações

alimentares e um programa de 10 exercícios.

Figura 1. Página inicial, tela de cadastro e um dos

exercícios do APPINEF.

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CONCLUSÕES

O APPINEF foi desenvolvido para orientação e

monitoramento da prática de exercícios físicos e

consumo alimentar de pessoas adultas.

REFERÊNCIAS

1. Kao CK, et al. PM&R 9(5): S106-S115, 2017.

2. Edwards EA, et al. BMJ open 6(10), 2016.

3. Schoeppe S, et al. IJBNPA 13(1): 127, 2016.

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RELAÇÃO ENTRE A PROFICIÊNCIA MOTORA DE ESCOLARES COM A PARTICIPAÇÃO EM

REFORÇO ESCOLAR

Leonardo Gasques Trevisan Costa1; Natanel Pereira Barros1; Elaine Gasques Rodrigues Trevisan2

1Grupo de Estudo e Pesquisa em Atividade Física Adaptada, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal

do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.; E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A literatura tem demonstrado que capacidades motoras

bem desenvolvidas facilitam o funcionamento cognitivo

de crianças (Westendorp et al., 2011), e que para a

criança ter uma aprendizagem adequada em sala de aula,

torna-se necessário possuir alguns pré-requisitos

psicomotores, como por exemplo, ter uma boa

coordenação motora fina e global (Oliveira, 2009). Neste

contexto, ampliar a compreensão sobre as relações entre

essas variáveis poderá fornecer informações úteis para

implementação de programas de intervenção no

contexto educacional. Com isso, o objetivo do presente

estudo foi verificar a associação entre as habilidades

motoras globais de escolares com a participação em

reforço escola

MATERIAIS E MÉTODOS

A amostra foi composta por 929 alunos com idades entre

os 5 e 11 anos matriculados na rede regular de ensino

fundamental do Município de Votuporanga – SP, sendo

482 (51,9%) do sexo masculino e 447 (48,1%) do sexo

feminino. Posteriormente, amostra foi categorizada

considerando a participação ou não em grupos de reforço

escolar no período extra turno da escola. Para mensurar

as habilidades motoras globais foi utilizada a bateria de

Teste de Coordenação Corporal para Crianças

(Körperkoordination Test für Kinder – KTK) que

consistiu na realização de quatro tarefas motoras:

equilíbrio em marcha à retaguarda, saltos monopedais,

saltos laterais e transferência lateral. Em relação à

análise estatística, as variáveis quantitativas foram

caraterizadas por meio das estatísticas de tendência

central e dispersão, e as variáveis qualitativas foram

caraterizadas por frequências absolutas e relativas. Foi

utilizado o Teste T de Student para amostras

independentes para verificar a significância das

diferenças entre dois grupos independentes, quanto a

variáveis quantitativas. A significância da associação

entre variáveis qualitativas foi analisada por meio do

Teste de Independências do Qui-Quadrado.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Observa-se (tabela 1) que o grupo de escolares

matriculados no reforço escolar atingiram menores

valores médios em todas as tarefas de habilidades

motoras globais quando comparados aos estudantes que

não participavam de reforço escolar. Em relação à

classificação da coordenação motora, foram encontrados

maiores valores de prevalência de desordens motoras no

grupo que participava de reforço escolar (14%) quando

comparados com o grupo de escolares que não

participavam de reforço escolar (3,4%). Por fim, o

reforço escolar apresentou associação negativa com a

proficiência motora (β=-0,2; IC 95% = -10,2;-4,5; p<0,01).

CONCLUSÕES

Conclui-se que, escolares matriculados em reforço

escolar apresentam menor proficiência motora quando

comparados a alunos que não participam de reforço

escolar.

REFERÊNCIAS

1. Westendorp M, et al. RDD. v.32, n.6, p.2773-

2779, 2011.

2. Oliveira, GC. Psicomotricidade: educação e

reeducação num enfoque psicopedagógico. Rio

de Janeiro: Vozes, 2009.

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Tabela 1. Comparação dos valores médios e desvio padrão das tarefas de habilidades motoras

globais obtidos pelos escolares que participavam de reforço escolar e estudantes que não

participavam.

Reforço (n=149) Regular (n=780) p

Equilíbrio na trave 27,17±14,1 30,46±14,9 0,01

Saltos monopedais 28,83±16,4 32,63±15,3 0,01

Transferência lateral 25,09±7,0 27,38±7,1 0,01

Transferência lateral 25,09±7,0 27,38±7,1 0,01

Quociente motor 100,31±13,0 106,72±12,0 0,01

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ASSOCIAÇÃO DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA COM EQUILÍBRIO AVALIADO

PELA ESCALA MOTORA PARA TERCEIRA IDADE

1Lucas Ferreira da Silva, 2Cleuber de Souza Gonçalves, 3Graciano Joan Xavier de Lima, 4Lorenna

Walesca de Lima Silva, 5Eduardo Seiji Numata Filho, 6Sérgio Rodrigues Moreira, 7Natália Batista

Albuquerque Goulart Lemos e 8Fernando de Aguiar Lemos 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina, PE, Brasil

INTRODUÇÃO

A Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) representa

as oscilações dos intervalos R-R, de modo que, valores

mais altos de variabilidade representam boas

adaptações, enquanto que, valores baixos de

variabilidade representam uma capacidade insuficiente

de adaptação. Em situações de repouso, a diminuição da

atividade parassimpática, atrelada ao aumento da

atividade simpática, representa um fator de risco

cardiovascular e também está ligado ao declínio

funcional de idosos (TASK FORCE, 1996). Com o

envelhecimento também é possível notar dificuldades no

equilíbrio, deixando o idoso mais suscetível a quedas

(OGLIARI et al 2015). O objetivo do presente estudo foi

verificar a relação da VFC com o equilíbrio de idosos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados 19 idosos com média de idade de 69,96

± 7,21 e peso de 76,28 Kg, ± 16,17. Foi utilizada a Escala

Motora para Terceira Idade (EMTI) para avaliação do

equilíbrio. Para a coleta da VFC, foi utilizado um

cardiofrequencímetro (Polar RS800CX), e

posteriormente, para análise, foi utilizado o software

Kubios HRV Standard 4.0. A variável utilizada foi o

RMSSD (Raiz quadrada da média do quadrado das

diferenças entre intervalos RR consecutivos) que

representa a atividade parassimpática do Sistema

Nervoso Autonômico (SNA). Em seguida os dados da VFC

e (EMTI) foram processados em uma planilha de Excel. O

Software de análise estatística SPSS versão 20 foi

utilizado para análise descritiva dos dados (médias e

desvios-padrões) e em seguida optou-se por um teste de

correlação de Pearson. O nível de significância adotado

foi que α<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Identificou-se uma correlação fraca positiva (R= 0,333)

entre RMSSD e equilíbrio. Este resultado pode indicar

que quanto maior o RMSSD, maior a pontuação no teste

de equilíbrio da EMTI. Muitos estudos têm mostrado

aproximações relacionadas a VFC com doenças

cardiovasculares, risco de quedas e problemas

cognitivos, entretanto, a literatura não apresenta estudos

que mostrem alguma relação direta entre VFC e

equilíbrio em idosos.

Figura 1. Imagem fictícia de intervalos entre batimentos

cardíacos representados no eletrocardiograma.

Figura 2. Idoso realizando teste de equilíbrio da Escala

Motora para Terceira idade.

CONCLUSÕES

Conclui-se que, idosos que apresentam maior equilíbrio

também possuem um sistema parassimpática mais

eficiente.

PALAVRAS-CHAVE: Idosos, parassimpático e equilíbrio.

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REFERÊNCIAS

1. Task Force of The European Society of Cardiology and

The North American Society of Pacing and

Electrophysiology. Heart rate variability: standards of

measurement, physiological interpretation, and clinical

use. European Heart Journal: 1996.

2. OGLIARI, G. et al. Resting heart rate, heart rate

variability and functional decline in old age. CMAJ,

2015.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE ORGANIZAÇÃO ESPACIAL E O MEDO DE QUEDAS EM IDOSOS

PARTICIPANTES DE UMA ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS

1Luciana Márcia Gomes de Araújo*, 1André Brito Carvalho, 1Graciano Joan Xavier Lima, 1Lorenna

Walesca Lima, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Marcelo de Maio Nascimento, 1Natália Batista

Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando de Aguiar Lemos 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO, 2007),

em 2030, o número de lesões associadas a quedas na

população idosa, apresentará um aumento de 100%. Elas

impactam sobre a capacidade funcional do idoso,

prejudicando sua mobilidade e afetando sua autonomia,

ou seja, seu potencial à resolução de atividades de vida

diária, como também à qualidade de vida. A organização

espacial (OE) envolve a percepção de como o ser humano

se enxerga em relação aos objetos e ao meio ambiente.

Diante disso, o presente estudo objetivou investigar a

associação entre a capacidade de organização espacial e

o medo quedas em idosos participantes de uma

abordagem coordenativa em circuitos na cidade de

Petrolina-PE.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram avaliados 25 idosos de ambos os sexos, com

média de idade de 69,96 ± 7,21 anos. Para investigar a

capacidade de OE, foi utilizada a bateria de teste “Escala

Motora para a Terceira Idade” (EMTI; ROSA NETO,

2002). O medo de quedas foi verificado por meio do

questionário “Falls Efficacy Scale” (FES-I) em sua versão

brasileira, foi analisado apenas o quesito relativo ao

medo de cair durante o ato de sentar e/ou levantar da

cadeira. Os participantes foram submetidos a uma

intervenção com abordagem coordenativa em circuitos

durante 8 semanas, 2 vezes por semana, com duração de

60 min cada aula. Os dados foram organizados em uma

planilha do software Excel (Windows 2010). Para análise

estatística, verificou-se a normalidade por meio do teste

Shapiro-Wilk, observou-se a correlação de Spearman e o

nível de significância adotado foi de α<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao se analisar os dados obtidos, constatou-se uma

correlação linear positiva e fraca entre a OE e o quesito

analisado no FES-I (r =0,33 e p =0,003). Notou-se

também que a OE dos idosos apresentou uma pontuação

média de 94,56 ± 16,93 onde os valores mínimos e

máximos foram de 72 e 108, respectivamente. Já a

questão relacionada ao medo de quedas ao sentar e/ou

levantar da cadeira apresentou valor médio de 9,16 ±

1,06 com extremos do mínimo 7 e máximo 10 pontos.

Esses resultados corroboram com literatura cientifica

atual, na qual não há consenso de que parâmetros

espaços-temporais interfiram no risco de quedas de

idosos (CALLISAYA et al, 2011).

Figura 8. Organização espacial – Teste de reprodução de

movimentos humanos (ROSA NETO, 2002).

CONCLUSÕES

Não há forte evidência, dentro da população estudada, de

que a OE interfira ou receba influência do medo de cair

ao sentar e levantar da cadeira.

PALAVRAS-CHAVE: Quedas; Organização Espacial;

Idosos.

REFERÊNCIAS

1. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Preventing

chronic diseases: a vital investment: WHO global

report, 2007.

2. ROSA NETO, F; Manual de Avaliação Motora. Artmed,

Porto Alegre: 2002.

3. CALLISAVA, M. L., BLIZZARD, L.,SCHMIDT, M. D.,

MARTIN, K. L., MCGINLEY, J. L., SANDERS, L. M.,

SRIKANTH, V. K. Gait, gait variability and the risck of

multiple incident falls in older people: a population-

based study. Age and ageing. v. 40, n. 4, 2011

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Anais do V Simpósio em Neuromecânica Aplicada :: ISSN 2316-5685| 74

RELIGIOSIDADE E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS

Marilia Rocha Amando¹, Érica Cristina Félix da Silva², Carla Thamires Laranjeira Granja³, Adson Alves da Silva³,

Roseane Pacheco Reis Batista³, Daniel Vicentini de Oliveira4, Cláudia Regina Cavaglieri4, José Roberto Andrade do

Nascimento Júnior³. 1Universidade de Pernambuco, Petrolina, PE, Brasil; ²Faculdade Metropolitana de Maringá, Maringá, PR, Brasil; ³Grupo

de Estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE,

Brasil; 4Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A relação entre os diferentes aspectos da religiosidade e

da saúde no idoso tem se tornado alvo de grandes

investigações. A religiosidade é a extensão na qual um

indivíduo acredita, segue e pratica uma religião [1]. Ela

pode ser praticada de modo organizacional (igreja ou

templo) ou não organizacional (fora de uma instituição

religiosa) e/ou de forma intrínseca (orações, rezas,

leituras, meditações).

Pesquisas apontam que a prática religiosa pode ser um

fator que interfere positivamente na saúde física e

mental dos indivíduos, favorecendo o envelhecimento

bem-sucedido [2], além de estar ligada a fatores como

participação na comunidade, socialização e bem-estar

[3]. Tais fatores são de fundamental importância para a

qualidade de vida, que é a percepção de cada indivíduo

de sua posição na vida, levando em consideração sua

cultura, valores, contexto social no qual vive e a relação

com as suas metas e expectativas pessoais [4].

Dessa forma, esse estudo teve como objetivo analisar a

relação entre a religiosidade e a qualidade de vida de

idosos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Participaram 149 idosos de ambos os sexos

frequentadores de centros de convivência. Como

instrumentos foram utilizados um questionário de dados

sociodemográficos, a Duke Religious Index (DUREL) [5],

o WHOQOL-Bref e o WHOQOL-Old [6]. Os dados foram

analisados por meio do coeficiente de correlação de

Spearman. Considerou-se um nível de significância de

p<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verificou-se correlação significativa (p < 0,05) e fraca

apenas da religiosidade não-organizacional com a faceta

de intimidade (r = -0,20), indicando que quanto melhor a

qualidade de vida, menor o nível de religiosidade do

idoso, e vice-versa.

CONCLUSÕES

Concluiu-se que a religiosidade não-organizacional tem

relação inversamente proporcional com a capacidade dos

idosos de terem relacionamentos íntimos e pessoais,

enquanto a religiosidade organizacional demonstrou não

estar associada com a qualidade de vida de idosos.

REFERÊNCIAS

1. ELKONIN et al., JRH, v. 53, n. 1, p. 119-134, 2014.

2. HARVEY et al., JRH, v. 55, n. 2, p. 495-509, 2016.

3. HAYWARD et al., JBM, v. 37, n. 3, p. 543-552, 2014.

4. OLIVEIRA et al., RBGG, v. 13, n. 2, p. 301-312, 2010.

5. MOREIRA-ALMEIDA et al., RPC, v. 35, n. 1, p. 31-32,

2008.

6. FLECK et al., RSP, v. 34, n. 3, p. 178-183, 2000.

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Tabela 1 – Correlação entre a religiosidade e os domínios e facetas de qualidade de vida dos

idosos.

Qualidade de vida Religiosidade

Organizacional

Religiosidade não-

organizacional

WHOQOL BREF

Domínio 1 – Físico -0,02 0,05

Domínio 2 – Psicológico -0,11 -0,03

Domínio 3 – Relações sociais -0,05 -0,01

Domínio 4 – Meio ambiente -0,02 0,08

Domínio 5 – Auto avaliação 0,04 0,04

WHOQOL-Old

Faceta 1 – Func. dos Sentidos -0,07 0,11

Faceta 2 – Autonomia -0,03 -0,12

Faceta 3 – At. passadas, presentes e futuras 0,06 -0,01

Faceta 4 –Participação Pessoal -0,03 0,01

Faceta 5 – Morte e Morrer -0,15 0,09

Faceta 6 – Intimidade -0,06 -0,20*

*Correlação Significativa – p < 0,05: Coeficiente de Spearman.

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SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA (SIGA): UM SOFTWARE GRATUITO DE

AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA

Misael Santos Modesto1,2; Larissa Natália V. Carneiro3; Saulo Vasconcelos. Rocha. E-mail:

1Instituto Federal da Bahia, Camaçari, BA, Brasil; 2Departamento de saúde II - UESB, Jequié, BA,

Brasil;

[email protected]

INRODUÇÃO

É notória a necessidade de softwares de avaliação de

aptidão física para o auxílio de profissionais de educação

física e demais profissionais da área de saúde.

Atualmente, existem no mercado muitas ferramentas,

contudo a maioria comercializadas por preços elevados,

tornando sua utilização restrita. Com isso, emerge a

necessidade de criação de ferramentas gratuitas e/ou de

baixo custo, para um maior acesso à avaliação da aptidão

física com registro digital de dados obtidos de maneira

estruturada e automática, otimizando o tempo e

facilitando os cálculos, além de oferecer relatórios mais

organizados e possibilidade de comparação dos

resultados ao longo do tempo[1]. Nesse sentido, o

objetivo do presente estudo é de apresentar

um software gratuito de avaliação da aptidão física para

adultos Figura 1.

Figura 1. Tela principal do sistema.

MATERIAIS E MÉTODOS

O software está sendo desenvolvido com os seguintes

protocolos: anamnese; avaliação antropométrica Figura

2 englobando cálculo do IMC, razão cintura-quadril,

índice de adiposidade corporal; avaliação da

flexibilidade; avaliação da força compondo-se de força de

preensão manual e teste de estimativa de 1 RM; avaliação

cardiorespiratória, abrangendo teste de 1609 metros,

teste de 12 minutos e teste de Astrand Rhyming. Estes

são os principais protocolos para definir o perfil de cada

aluno/paciente, necessários para elaborar um plano de

atividade mais adequado às necessidades específicas de

cada indivíduo[2]. A ferramenta gera automaticamente

os resultados em forma de relatório como também

gerencia os agendamentos dos alunos/pacientes para as

avaliações. Além do cadastro do aluno/paciente, também

é possível cadastrar o profissional/estudante.

Figura 2. Tela da Avaliação Antropométrica

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O software já possui uma versão para desktop que será

testada por dois professores de educação fisica: um

universitário e outro de escola técnica. Nesta primeira

fase, o teste permitirá verificar a qualidade da

ferramenta e aprimora-la, corrigindo possíveis

inconsistências.

CONCLUSÕES

A ferramenta SIGA (Sistema Integrado de Avaliação de

aptidão física) apresenta-se como um software gratuito e

fácil de manipular que poderá ser utilizado em diferentes

contextos (escola, academia, clínicas, unidades de saúde

e hospitais). Além disso, poderá ser aperfeiçoada com

acréscimo de novos testes, funcionalidades e construção

de uma versão mobile.

REFERÊNCIAS

1. J. A. Por que o computador na educação? In: José

A. Valente (org.). Computadores e

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Conhecimento: repensando a educação.

Campinas: Unicamp/N.ied, p. 24-44, 1993.

2. Avaliação física. – Brasília: Fundação Vale,

UNESCO, 2013. 70 p. – (Cadernos de referência

de esporte; 11).

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COORDENAÇÃO MOTORA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE DOWN: UM ESTUDO DE REVISÃO

¹Natanael Pereira Barros & ¹Leonardo Gasques Trevisan da Costa

1Grupo de Estudos em Atividade Física Adaptada-GEPAFA, ¹Universidade Federal do Vale do São

Francisco-UNIVASF, Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A Síndrome de Down (SD) é uma condição genética que

caracteriza-se pela presença de um cromossomo extra no

par 211. Dentre as síndromes ela é a mais conhecida da

população devido sua prevalência na sociedade. Os

indivíduos com SD apresentam características específicas

como deficiência intelectual, baixa estatura, hipotonia

muscular, sobrepeso, frouxidão ligamentar, menor

cerebelo entre outros2. Todos esses fatores influenciam

para funcionamento não harmonioso do

desenvolvimento motor das pessoas com SD. Pesquisas

tem demonstrado que a prática de atividade física

sistematizada resulta em resultados positivos no

desenvolvimento motor global em indivíduos com SD.

Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi realizar

uma revisão sistemática acerca dos efeitos de programas

de atividades físicas no desenvolvimento motor de

indivíduos com SD.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para a seleção dos artigos, foram utilizados as bases de

dados da PUDMED e da CINAHL e os seguintes critérios

de inclusão: período de 2000 a 2017, estudos com

delineamento experimental ou quase-experimental,

amostra com Síndrome de Down, faixa etária dos

participantes de 3 a 18 anos e ensaios de intervenção

com objetivo relacionado a habilidades motoras. As

palavras chaves utilizadas foram: Down syndrome +

motor skill; Down Syndrome + training; Down syndrome

+ coordination; Down syndrome + motor control,

conforme ilustração da figura 1.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontrados no banco de dados da PUDMED e

CINAHL 556 e 222 artigos, respectivamente. Destes, doze

estudos atenderam aos critérios de inclusão, sendo que

50% dos artigos apresentaram grupo controle e grupo de

intervenção. Cinco estudos analisaram a proficiência

motora utilizando o BOT-2. Dois estudos avaliaram o

equilíbrio corporal utilizando o COP. Dos dozes artigos,

apenas um não apresentou melhora após o período de

intervenção. Todos os artigos selecionados

apresentaram-se como estudo transversal e o “N” variou

de 1 a 160 sujeitos. Indivíduos com a Síndrome de Down

apresentam características que influenciam na

coordenação motora da infância até a vida adulta3. Nesse

sentido, os resultados apontam que programas de

atividades físicas podem auxiliar no desenvolvimento

motor dessa população. Entretanto, ainda existe uma

lacuna a ser preenchida, considerando que nos últimos

17 anos, poucos estudos experimentais tem sido

realizados.

CONCLUSÕES

Conclui-se que, programas de intervenções motoras

apresentam relação positiva com a coordenação motora

de crianças e adolescentes com SD. Entretanto, a

ausência de estudos longitudinais e limitações

metodológicas (amostra reduzida e heterogênea,

ausência de grupo controle, entre outros), dificultam

extrapolar os resultados.

AGRADECIMENTOS

Ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Atividade Física

Adaptada - GEPAFA

REFERÊNCIAS

1. COSTA LT, et al. Síndrome de Down: crescimento,

maturação e atividade física. Ed. Phorte: São Paulo, 2017.

2.TRINDADE AS,et al.RBEE v.22,n.4,p.577-588, 2016.

3. SOSA LJ, et al. RCP v.66, n.4, p.186-91, 1995

Figura 1- DS + MS= Down Syndrome + Motor Skill; DS + CO= Down Syndrome + Coordination; DS + TR= Down Syndrome + Treining; Down Syndrome + MC= Motor Control

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CORRELAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO FARMACOLÓGICA E PATOLÓGICA DE IDOSOS

Raíssa Isabella P. de Souza Madureira1, Graciano Joan Xavier Lima1, Lorenna Walesca Lima1,

Cleuber Gonçalves1, Deuzilaine Nunes1, Daniel Tenório da Silva1, Natália Goulart Lemos1, Fernando

de Aguiar Lemos1.

1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A literatura aponta diversos fatores que são

considerados indicadores risco para idosos por serem

preditores de desfechos negativos associados ao uso de

medicamentos. O presente estudo tem como objetivo

caracterizar o perfil farmacológico e patológico de

idosos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram realizados questionários para obtenção de

informações quanto a presença de morbidades e uso de

fármacos em 25 idosos (69,96 ± 7,21 anos). Os dados

foram organizados em planilha Excel. A estatística

descritiva foi utilizada nos tratamentos dos dados. A

normalidade dos dados foi testada por meio do teste de

Shapiro-Wilk e a correlação por meio do teste Produto

Momento de Pearson (α < 0,05).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Houve uma média de 4,12 medicamentos por idosos,

variando de 1 a 8 fármacos, onde 12 idosos foram

aracterizados por polifarmacia (uso continuo de 5 ou

mais medicamentos). Em resposta a doenças, foi

encontrado uma média de 2,32 doenças por indivíduos,

variando de 1 a 5 morbidades, sendo que 5 desses

indivíduos foram caracterizados com multimorbidades

(presença de 4 ou mais doenças crônicas). Ao se avaliar a

correlação entre a polifarmacia e multimorbidade,

observou se uma associação positiva e moderada (R =

0,424).

Figura 9: Indicadores de risco para a fragilidade

funcional do idoso.

CONCLUSÕES

Praticamente 50% dos idosos avaliados fazem uso

concomitantes de no mínimo 5 medicamentos, e essa

quantidade de medicamentos pode estar relacionado a

coexistência de múltiplas doenças crônicas, tendo em

vista que o coeficiente de correlação foi moderado, e que

por consequência essa associação promove uma maior

fragilidade funcional dos idosos.

REFERÊNCIAS

1 - Bennett A, Gnjidic D, Gillett M, Carroll P, Matthews S,

Johnell K, Fastbom J, Hilmer S. Prevalence and impact of

fall-risk-increasing drugs, polypharmacy, and drug-drug

interactions in robust versus frail hospitalised falls

patients: a prospective cohort study. Drugs Aging. 2014

Mar;31(3):225-32.

2 - Marengoni A, Onder G. Guidelines, polypharmacy, and

drug-drug interactions in patients with multimorbidity.

BMJ. 2015 Mar 11;350:h1059.

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DESEMPENHO NO SALTO HORIZONTAL E RESISTÊNCIA ABDOMINAL EM GINASTAS PRÉ-

PÚBERES

1 Rammys Mendes da Silva, 1Etevaldo Dantas, 1André Brito, 2Nilmar de Assis Barros, 2Paulo Nunes

dos Anjos Neto, 2Renata Rodrigues de Almeida Santos, 3 Fernando de Aguiar Lemos2, Natalia Batista

Albuquerque Goulart Lemos1,2

1 Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina, PE, Brasil 2 Grupo de extensão de Ginástica Gymnações, Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A aptidão física é um parâmetro importante a ser

avaliado em crianças. O teste de salto horizontal e o teste

de resistência abdominal em um minuto são

instrumentos que tem sido amplamente utilizados para

avaliar a capacidade física de crianças, apresentando

valores de normalidade para determinadas faixas etárias

(PROESP, 2012). O objetivo do presente estudo foi

avaliar o desempenho no teste de salto horizontal e no

teste de resistência abdominal em um grupo de ginastas

pré-púberes.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados 17 ginastas (15 meninas e dois

meninos), com média de idade de 8,8 ± 1,1 anos

participantes de um projeto de ginástica. Os

procedimentos de avaliação do teste de salto horizontal e

do teste de resistência abdominal foram realizados de

acordo com o descrito pelo Projeto Esporte Brasil (Figura

1 e 2). Os resultados encontrados no presente estudo

foram analisados em acordo com os valores normativos

de desempenho para faixa etária.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A distância média alcançada no salto horizontal foi 118, 5

± 21,4 cm. De acordo com o manual do Proesp, as

crianças do presente estudo foram classificadas entre os

níveis razoável à bom para a faixa etária. A média do

desempenho no teste de resistência abdominal foi 23,4 ±

7,7 repetições. Para a faixa etária de 8 anos, os valores

preconizados pelo PROESP são 25 a 30 repetições. De

acordo com a média e desvio padrão da idade dos

ginastas do presente estudo, foi possível verificar que

algumas crianças tiveram um desempenho abaixo do

esperado para a idade. Os resultados encontrados no

presente estudo indicam um baixo nível de aptidão física

em algumas crianças do projeto. Contudo, a avaliação

destes parâmetros e a entrega destes resultados aos

familiares dos ginastas pode contribuir para a

conscientização e possíveis mudanças na rotina

alimentar e de atividade física destas crianças.

CONCLUSÕES

Ginastas participantes do present estudo apresentaram

valores de desempenho no salto horizontal entre

razoável a bom, porém a média de repetições no teste de

resistência abdominal apresentou valores abaixo do

esperado para a faixa etária.

REFERÊNCIAS

1. Manual do PROESP - Projeto Esporte Brasil. 2012.

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Número de medicamentos

1 2 3 4 5 6 7 8

Número de

morbidades

1 1 2 1 2 2 0 0 0

2 0 3 1 0 2 1 0 0

3 0 0 1 1 0 2 0 1

4 1 0 0 0 1 1 1 0

5 0 0 0 0 0 1 0 0

Tabela 1: Perfil patológico e farmacológico dos idosos envolvidos no estudo.

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Associação entre a Motricidade Global e Número de Passos na semana em Ginastas Pré-

Púberes.

Rammys Mendes da Silva1,2, André Brito Carvalho Graciano Joan Xavier Lima1, Etevaldo Dantas

Coelho Junior1, Nilmar de Assis Barros2, Fernando de Aguiar Lemos1, Natália Goulart Lemos1,2,

Ferdinando de Oliveira Carvalho3.

1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, 2 Grupo de extensão de Ginástica Gymnações,

Grupo de Estudos e Pesquisa em Genética e Exercício3, Universidade Federal do Vale do São

Francisco, Petrolina, PE, Brasil

INTRODUÇÃO

A infância é uma importante etapa no que diz respeito ao

desenvolvimento motor e a prática de atividade física,

pois durante a transição desta fase para a adolescência

ocorre a otimização, retenção e/ou aprendizagem de

habilidades motoras e hábitos de prática de atividades

físicas. Com isso, este estudo objetivou analisar a relação

entre a Motricidade Global e o nível de Atividade Física

por meio do número de passos realizados por crianças,

durante uma semana.

METODOLOGIA

Foi avaliada a Motricidade Global de 17 crianças com

idades de oito a 10 anos, praticantes de ginástica no

projeto de extensão GYMNAÇÕES, por meio da Escala de

Desenvolvimento Motor (EDM). O nível de Atividade

Física (AF) foi obtido por meio do aparelho Pedômetro,

que calculou o número de passos realizados pela criança

por dia. Após foi calculada a média de passos durante

uma semana (segunda a sexta). O teste de Shapiro-Wilk

foi feito para verificar a normalidade dos dados, e a

correlação foi feita usando o teste de Spearman. Foi

adotado um nível de significância de p<0,05.

RESULTADOS

Após a análise dos dados, observou-se que há moderada

correlação (r = 0,475) positiva entre o nível de

Motricidade Global (MG) e a quantidade de passos que a

criança realiza na semana e consequentemente o nível de

AF.

CONSLUSÃO

Com isso, vemos que o nível de MG é diretamente

proporcional ao número de passos executados durante a

semana. Não existem estudos que abordem os efeitos a

respeito dessa relação, e por isso incentivamos para que

haja estudos futuros que procurem investigar os efeitos

de causa e consequência entre essas duas variáveis.

Figura 1. Correlação entre Número de passos na

semana e Motricidade Global

REFERÊNCIAS

1 – ROSA et al.. Atividade física habitual de crianças e

adolescentes mensurada por pedômetro e sua

relação com índices nutricionais. Rev Bras

Cineantropom Desempenho Hum 2011, 13(1):22-28.

2 - A.C.R. Andaki, A.L.A. Tinoco, R.Andaki Júnior, A.

Santos, C.J. Brito & E.L. Mendes. Nível de atividade física

como preditor de fatores de risco cardiovasculares

em crianças. Motriz, Rio Claro, v.19 n.3, Suplemento,

p.S8-S15, jul/set. 2013.

3 - Moraes ACF et al.. Prevalência de inatividade física

e fatores associados em adolescentes. Revista da

Associação Médica Brasileira, v.55, n.5, p.523-528, 2009

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TABELA 1 – Valores descritivos das variáveis Motricidade Global (QM2) e Passos realizados

na Semana de crianças (oito a 10 anos) praticantes de ginástica no projeto de extensão

GYMNAÇÕES.

VARIÁVEIS X±DP

QM2 102,7 ± 16,5

Média de Passos realizados na Semana 9066,2 ± 3892,7

X : Média; DP : Desvio Padrão

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O EFEITO DA DANÇA COMO RECURSO TERAPÊUTICO NA MOTRICIDADE DE PACIENTES COM

PARALISIA CEREBRAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

1Ramona Michele Batista da Silva*, 2Anna Paula Santos Prado, 3Lavínia Teixeira Machado & 4Daniel

Tenório da Silva 1Departamento de Fisioterapia, Universidade de Pernambuco; 2Departamento de Fisioterapia,

Universidade Federal da Bahia; 3Departamento de Educação em Saúde, Universidade Federal de

Sergipe; 4Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e Biológicas, Universidade Federal Vale

do São Francisco

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Apesar de da Paralisia Cerebral (PC) ser considerada não

progressiva, o desempenho motor funcional do paciente

tende a piorar com o tempo se não ocorrer o estímulo

adequado. Nesse contexto, a dança tem sido elegível

como um tipo de exercício físico que consegue

proporcionar uma variedade de movimentos com o

corpo, que objetivam a promoção do condicionamento

geral e podem facilitar as atividades diárias. Assim, o

objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da dança

como recurso terapêutico na motricidade de pacientes

com paralisia cerebral.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foi realizada uma revisão sistemática nas bases de dados

PubMed, Scielo, LILACS e PEDro utilizando os descritores

DECs “dance therapy”, “dance”, “cerebral palsy”, “terapia

através da dança”, “dança” e “paralisia cerebral”. As

estratégias de pesquisa foram baseadas de acordo com o

protocolo de busca das diferentes bases de dados. Os

critérios de inclusão foram: o estudo deveria incluir

dança como terapia; os participantes tinham que ser

diagnosticados com PC; o estudo deveria avaliar

motricidade. Foram excluídos artigos que não estivessem

em inglês, português ou espanhol, que não estivessem

disponibilizados em sua versão completa, artigos que não

representassem publicações originais. A triagem dos

artigos foi realizada em três etapas (título, resumo e

texto completo). O estudo seguiu as diretrizes

preconizadas pelo Preferred Reporting Items for

Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A busca inicial sobre o tema encontrou 82 artigos, dos

quais apenas quatro cumpriram os critérios de inclusão.

A respeito das intervenções, dois estudos utilizaram o

Balé clássico como estratégia de dança, um utilizou aulas

de dança com base em conceitos de Feldenkrais, Horton,

Graham, Laban/Bartenieff, e um estudo utilizou sessões

baseadas nos conhecimentos sobre dança de Laban,

progressão qualitativa do movimento e dançaterapia de

Fux.

CONCLUSÕES

A análise dos estudos apontou que a dança pode ser uma

ferramenta efetiva para otimizar a motricidade em

pacientes com paralisia cerebral.

REFERÊNCIAS

1. Dewar R, et al. DMCN. 57(6):504-520 2015.

2. Donkervoort M, et al. DR. 29(1):453–63, 2007

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Tabela 1: Descrição das variáveis analisadas nos artigos incluídos na revisão.

Estudos Grau de PC Desfechos avaliados Resultados

Teixeira-

Machado et al.,

2016

Níveis II a V Nível de função

motora e

funcionalidade

A dança aumentou a classificação de

funcionamento (p=0,001), função de

independência (p=0,004), autocuidado (p=0,01),

mobilidade (p=0,008), locomoção (p=0,01).

López-Ortiz et

al., 2016

Níveis de II a

IV

Equilíbrio postural e

controle de membro

superior

Os valores da Escala de Equilíbrio Pediátrico

apresentaram modificações significativas intra-

grupo (p=0,0088) e intergrupo (p=0,019).

Pascual et al.,

2015

Não relatou Amplitude de flexão e

extensão do quadril

Maior controle do movimento durante a flexão e

extensão do quadril. Maior controle do tronco.

Garção, 2011 Nível III Função motora grossa

das dimensões D e E

Na avaliação III observou-se um aumento

significativo em relação aos desempenhos das

avaliações I e II para a dimensão D (p<0,01) e E

(p<0,01).

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RESPOSTA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE DIFERENTES RITMOS DE JOGO DE

CAPOEIRA EM COMPETIÇÃO MUNDIAL

Ricardo Diogo Araújo da Costa1; Eduardo S. Numata Filho1; Geovani A. dos Santos1; Davi Leite

Ribeiro1; Samuel P. Santos1; Lorrada K. S. Barros1; Francélio M. M. Luz1 & Sérgio R. Moreira1

1Grupo Grupo de Estudos do Desempenho Humano e das Respostas Fisiológicas ao

Exercício/GEDeRFE-DIVISÃO NORDESTE, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina,

PE, Brasil; 2Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte (ABADÁ) Capoeira, Rio de

Janeiro, RJ, Brasil;

E-mail: [email protected]

INRODUÇÃO

Respostas de frequência cardíaca (FC) tem sido

demonstrada em diversos esportes de combate1.

Contudo, a demanda cardiovascular ainda não foi

investigada em diferentes ritmos de Capoeira,

especialmente durante competições mundiais. Dentre os

ritmos, a Angola e Benguela são ritmos lentos e a Iuna e

São Bento Grande ritmos rápidos e explosivos. Portanto,

o objetivo do presente estudo foi analisar

descritivamente as respostas de FC durante diferentes

ritmos de jogo em competição mundial de Capoeira.

MATERIAIS E MÉTODOS

As coletas foram realizadas na competição Mundial da

Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da

Arte (ABADÁ) Capoeira. Quatro atletas de elite (34,5±5,2

anos; %gordura: 7,4±3,3; tempo de prática: 25,5±4,7

anos) realizaram jogos nos ritmos de Angola, Benguela,

Iuna e São Bento Grande, os quais possuíram 160, 60, 45

e 45 segundos de jogo, respectivamente. A FC foi

mensurada por uma fita transmissora modelo H7 (Polar

electro, Yo)2 conectado a smarthphone via bluetooth e

posteriormente analisada no software Kubios HRV 3.0.

Realizou-se estatística descritiva com média e erro

padrão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após uma análise descritivo visual (Figura 1), a FC se

elevou mais durante o jogo de São Bento Grande (178±8

bpm), seguido da Iuna (174±4 bpm), Angola (169±12

bpm) e Benguela (166±10 bpm). Interessantemente, a

resposta da FC acompanhou os estilos de cada ritmo de

jogo, sendo demonstrado menor demanda nos ritmos

mais lentos e maior demanda cardiovascular nos ritmos

mais rápidos, sugerindo diferentes intensidades de

esforço entre os ritmos. Nesse sentido, os achados podem

auxiliar treinadores e praticantes de Capoeira na

prescrição de treinamento voltados para o desempenho

nos diferentes ritmos..

Figura 10. Resposta da frequência cardíaca média

(FCMED) duramente os diferentes ritmos de jogo. Uma

limitação vale ser destacada: número amostral que

impossibilitou procedimentos de estatística inferencial.

No entanto, deve-se ressaltar a originalidade do estudo e

o perfil da amostra. Sendo assim, sugerem-se futuras

investigações com maior número de voluntários e que

analisem outras variáveis fisiológicas, bem como

perceptuais.

CONCLUSÕES

Ocorreu maior demanda cardiovascular no ritmo de São

Bento Grande, seguido da Iuna, Angola e Benguela,

sugerindo diferentes demandas de intensidade entre os

ritmos.

REFERÊNCIAS

3. Slimani M. JSCR31, n.4, p.1132 - 1141, 2017.

4. Plews DJ, et al. IJSSP12, n.10, p.1324 - 1328,

2017.

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EFEITO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO FUNCIONAL SOBRE A ANSIEDADE E

AUTOESTIMA DE IDOSAS

1Roseana Pacheco Reis Batista*, 2Daniel Vicentini de Oliveira, 2Renan dos Santos Campos & 1José

Roberto Andrade do Nascimento Junior 1Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício, Universidade Federal do Vale do São

Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Faculdade Metropolitana de Maringá, Maringá, PR, Brasil.

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Estima-se que em 2050, o número de idosos no Brasil

triplique, chegando a 29,3% da população [1]. O

envelhecimento é um processo natural, gradual e

inevitável que faz parte do desenvolvimento de todo

indivíduo, e é marcado por modificações do

funcionamento biológico, psicológico e social [2].

A prática de atividade física regular melhora a condição

física, clínica e mental dos idosos, contribuindo para

benefícios na autoestima, alívio do estresse, ansiedade e

depressão [3]. Diante disso, este estudo investigou o

efeito de um programa de treinamento funcional no nível

de ansiedade e autoestima de idosas.

MATERIAIS E MÉTODOS

Esse estudo quase-experimental teve como amostra 19

idosas. A amostra foi escolhida de forma intencional e

dividida aleatoriamente em dois grupos, Grupo Controle

(GC) e Grupo Experimental (GE). O GC foi composto por 9

idosas, que continuaram sua rotina diária, sem a

realização de exercícios físicos durante o período dessa

pesquisa. Já o GE contou com 10 idosas que foram

submetidas a um programa de treinamento funcional de

14 semanas, o qual foi composto de aulas de 50 minutos

de treinamento funcional.

Os instrumentos utilizados foram a Escala de Autoestima

de Rosenberg, composta por 10 afirmações que avaliam a

autoestima global, e o Inventário de Ansiedade

Geriátrica, constituído de 20 itens com respostas

dicotômicas. Foram aplicados nos dois grupos, no início e

termino da intervenção.

A análise de dados foi conduzida por meio da Anova two-

way para comparar as variáveis em função do momento

(préxpós intervenção) e do grupo (GExGC). Adotou-se o

nível de significância de 5%.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verificou-se que o treinamento funcional promoveu um

efeito significativo sobre os níveis de ansiedade e

autoestima (Tabela 1). Destaca-se que enquanto o GE

teve uma redução na ansiedade (Δ=-8,00) e um aumento

da autoestima (Δ=6,40), o GC teve aumento da ansiedade

(Δ=1,23) e manutenção do nível de autoestima (Δ=-0,11).

Assim, os resultados encontrados corroboram com

estudos atuais que recomendam a atividade física para

mulheres idosas como estratégia de enfrentamento da

ansiedade e que prevê níveis superiores de autoestima

em idosos praticantes de atividade física [3].

CONCLUSÕES

Concluiu-se que o exercício físico regular pode

proporcionar melhorias na autoestima das idosas e

redução dos seus níveis de ansiedade, contribuindo para

a saúde mental e o bem-estar psicológico.

REFERÊNCIAS

1. BRASIL. IBGE v.36, 146p., 2016.

2. Papalia DE, et al. AMGH. v.12, 570-600, 2013.

3. Araújo KMC, et. al. JPE, 28, 2017.

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Tabela 1: Comparação da ansiedade e autoestima dos grupos controle (GC) e experimental (GE)

nos momentos pré e pós-intervenção do treinamento funcional.

VARIÁVEIS Grupos

Pré-

intervenção

Pós-

intervenção Tempo Grupo Tempo x

Grupo x ± dp x ± dp

Ansiedade GC 12,44 ± 5,34 13,67 ± 3,67 F=21,817

p=0,001

F=25,087

p=0,001

F=40,392

p=0,001 GE 9,40 ± 3,50 1,40 ± 1,26

Autoestima GC 28,78 ± 4,58 28,67 ± 4,62

F=12,005

p=0,003

F=3,659

p=0,073

F=12,869

p=0,002

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ASSOCIAÇÃO ENTRE NÚMERO DE MEDICAMENTOS, ATIVIDADE PARASSIMPÁTICA E

EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM IDOSOS SEDENTÁRIOS

1Sarah Elisheba Mendes do Carmo Santos, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna Walesca de Lima

Silva, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Eduardo Seiji Numata Filho, 1Sérgio Rodrigues Moreira, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos e 1Fernando de Aguiar Lemos.

1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

O envelhecimento é marcado pela utilização de

medicamentos para manutenção da saúde. A maioria dos

medicamentos promove mudanças no Sistema Nervoso

Autonômico (SNA), aumentando a atividade do sistema

parassimpático e diminuindo a FC e pressão arterial

(MUSICH et al, 2017). A avaliação do SNA sobre o sistema

cardiovascular pode ser feita através da Variabilidade da

Frequência Cardíaca (VFC). No eletrocardiograma a VFC

representa as oscilações dos intervalos R-R, de modo

que, valores mais altos de variabilidade representam

boas adaptações. Sabe-se que, com o envelhecimento a

FC é aumentada, resultando em uma menor VFC. Essa

variável tem sido associada ao nível de aptidão motora e

também a quedas no idoso (TASK FORCE, 1996). Desta

forma, o objetivo do presente trabalho foi investigar a

relação entre número de medicamentos utilizados e

atividade parassimpática e posteriormente, a associação

entre atividade parassimpática e equilíbrio, em um grupo

de idosos de Petrolina-PE.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados 21 idosos com média de idade de 69,96

anos, 7,21 e peso de 76,28 Kg, 16,17. A identificação

do número de medicamentos, foi feita de forma verbal

pelos idosos. Para avaliação da VFC, foi utilizado um

cardiofrequencímetro (Polar RS800CX), e

posteriormente, para análise, foi utilizado o software

Kubios HRV Standard 4.0. A variável utilizada foi o

RMSSD (Raiz quadrada da média do quadrado das

diferenças entre intervalos RR consecutivos) que

representa a atividade parassimpática. Para análise do

equilíbrio foi utilizado a área total do Centro de Pressão

(CP) com uma Plataforma de Força (AMTI NetForce)

onde o idoso permanecia em pé em cima da plataforma

de força com olhos fixos a um alvo que estava 2 metros à

frente. Os dados do CP foram analisados por meio do

Software MatLab. Optou-se por um teste de correlação de

Spearman não paramétrico devido ao N amostral. O nível

de significância adotado foi que α<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Identificou-se uma correlação (R= 0,384) entre número

de medicamentos e RMSSD. Entre RMSSD e área total do

CP também houve uma correlação (R= -0,314).

Figura 11. Imagem fictícia de intervalos entre

batimentos cardíacos representados no

eletrocardiograma.

CONCLUSÕES

Nos idosos incluídos nesse estudo, o uso de fármacos

para controle cardiovascular contribuiu para o aumento

da atividade parassimpática, interferindo, também, no

equilíbrio dos idosos.

PALAVRAS-CHAVE: Sistema autônomo, idosos e

equilíbrio.

REFERÊNCIAS

1. MUSICH, S. et al. Falls-Related Drug Use and Risk of

Falls Among Older Adults: A Study in a US Medicare

Population. Drugs Aging, 2017.

2. Task Force of The European Society of Cardiology and

The North American Society of Pacing and

Electrophysiology. Heart rate variability: standards of

measurement, physiological interpretation, and clinical

use. European Heart Journal: 1996.

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CAPOEIRA E PSICOMOTRICIDADE NA INTERFACE DAS MIDIAS DIGITAIS

Simone Santos Ferreira1; Patrícia Freitas Nascimento; Luciene Lopes Xavier & Watusy Dryell

Nascimento e Silva.

1Universidade Federal do Rio Grande do Norte;

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

O projeto tem o objetivo elucidar as contribuições da

Capoeira dentro de uma relação psicomotora com uso de

mídias digitais. Nessa perspectiva, desenvolvemos

praxias corporais ligadas aos aspectos psicomotores e

cognitivos provenientes da Capoeira. Ela apresenta

várias facetas que contribuem para o desenvolvimento

integral do indivíduo, pois é composta pela dança, luta,

arte e jogo, que seduz por meio da sua ludicidade.

Atualmente, o ensino da Capoeira no âmbito educacional

ganha relevância e ressignificação, possibilitando o

ensino nas dimensões conceituais, procedimentais e

atitudinais, referenciado na Base Nacional Comum

Curricular. Isso favorece o resgate da história da

Capoeira, sua valorização cultural e social. Outro fato a

ser considerado são as contribuições da

Psicomotricidade, pois Columá; Chaves, (2017, p.33)

afirmam que:Ao praticar a Capoeira não se aprende

somente o gesto técnico [...] entra-se em contato [...] com

o acervo histórico e cultural que a constituiu, envolvendo

ainda as dimensões emocionais, afetivas e relacionais

inerentes à expressão desse movimento. Propõe

intervenções que reúnem diferentes saberes para lidar

com o corpo em movimento nas suas interações consigo

e com os outros.

MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo apropriou-se de procedimentos, como: diálogo

investigativo, pesquisas em sites educativos e

documentários, visita ao patrimônio cultural, experiências

em rodas de Capoeira e consultas a textos acadêmicos. Já os

instrumentos para coleta e análise dos dados, foram: Câmera

de resolução 12 Megapixel do smartfone Moto G, com

cartão de memória 4 GB; o tablet Samsung, com cartão de

memória 4 GB e, ainda, um “Portfólio”, podendo este, ser

acessado com a descrição e análise das fotografias.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diante dos resultados encontrados, destacamos os

aspectos cognitivos e psicomotores no desenvolvimento

das crianças. Na utilização das mídias digitais, como

ferramenta de avaliação, observaram-se avanços

significativos na dimensão procedimental quanto à

autonomia e destreza das habilidades psicomotoras das

crianças, como afirmam Columá e Chaves (2017). Já na

dimensão conceitual e atitudinal destacamos a história

da Capoeira que ressignificou a percepção social e

cultural desta. Portanto, as crianças desempenharam

função social de valorização e respeito em suas

experiências, como é mencionado em Brasil (2016).

CONCLUSÕES

Após a análise e discussão dos resultados, considerou-se

que a tecnologia teve um papel estratégico no processo

de ensino-aprendizagem e avaliação, pois o desempenho

das crianças foi significativo nesse contexto.

AGRADECIMENTOS

Programa de Pós Graduação de Psicomotricidade Clínica

e Escolar da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte

REFERÊNCIAS

1. COLUMÁ JF; CHAVES SF. Capoeira e

psicomotricidade: brincando e aprendendo a

jogar. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

2. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional

Comum Curricular. Proposta preliminar.

Segunda versão revista. Brasília: MEC, 2016.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE MOTRICIDADE GLOBAL E FRENAGEM DA MARCHA EM IDOSOS

SUBMETIDOS À INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS

1Terezinha Abel Alves*, 1Juliana Moreira Paes Landim, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna

Walesca de Lima Silva, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Etevaldo Dantas Coelho Júnior, 1Natália

Batista Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando de Aguiar Lemos 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A marcha é considerada uma habilidade motora complexa em que o corpo se locomove por meio de

um padrão cíclico de movimentos coordenados dos membros inferiores1. A Motricidade Global

envolve a habilidade de controlar as contrações dos grandes músculos em movimentos amplos,

músculos estes que participam da frenagem dos segmentos tracionados pela energia cinética3.

Monaco e Micera, (2012) constataram uma maior intensificação dos músculos reto femoral e vasto

lateral em idosos na velocidade de marcha de preferência no momento do toque do calcâneo. No

entanto, programas de treinamento quando desenvolvidos de acordo com as necessidades

inerentes do organismo do idoso podem diminuir o risco de quedas. O objetivo do presente estudo

foi verificar a associação entre Motricidade Global (MG) e o Primeiro Pico da FZ (Pico_Fz1) da

marcha, em idosos submetidos à intervenção de abordagem coordenativa em circuitos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados 25 idosos de ambos os sexos, com média de idade de 69,96 anos (±7,21) e peso

corporal de 52,25 Kg (±10,21). A variável Primeiro Pico da FZ (Pico_Fz1) foi avaliada utilizando

uma Plataforma de Força (AMTIForce). Para análise da Motricidade Global foi utilizada a Escala

Motora para a Terceira Idade (EMTI; Rosa Neto, 2009). Os participantes foram submetidos a uma

intervenção de abordagem coordenativa em circuitos durante 8 semanas, 2 vezes por semana, com

duração de 60 min cada aula e foram avaliados nos momentos pré e pós-intervenção. Os dados

coletados foram planilhados e analisados utilizando o Software Excel (Windows 2010). Para análise

estatística, utilizou-se a correlação de Spearman e o nível de significância adotado foi de α<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verificou-se na pré-intervenção uma correlação positiva entre as variáveis P_Fz1 e MG (r=0,428) e

pós-intervenção a correlação entre as variáveis aumentou para (r=0,530). Isso demonstra que, para

os idosos participantes do estudo, melhora da MG se associação significativamente com melhor

controle da fase de frenagem da marcha.

Figura 1. Representação gráfica do Pico_Fz1.

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Figura 2. Teste de MG (ROSA NETO, 2009).

CONCLUSÕES

O presente estudo concluiu que, nos idosos participantes desta pesquisa, ocorreu um aumento da

associação entre P_Fz1 e MG, o que implica dizer que quanto melhor a capacidade de coordenar

grandes grupamentos musculares melhor a fase de frenagem da marcha, resultando em melhor

fluidez ao caminhar, menor gasto energético e redução do risco de quedas.

REFERÊNCIAS

1. CHUNG, T. M. Avaliação cinética e cinemática da Marcha de adultos do sexo masculino. Acta

Fisiatrica 2000.

2. MONACO V. MICERA S. Age-related neuromuscular adaptation does not affect the mechanical

efficiency of lower linb during walking, Gait Posture 2012.

3. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed, Porto Alegre: 2009.

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CONTRIBUIÇÃO DA TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS NO DESENVOLVIMENTO

NEUROPSICOMOTOR EM MICROCEFALIA 1Wilhelm Bruno Rodrigues*; 1Jucélia Gonçalves Ferreira de Almeida; 1Wasley Carlos Gonçalves

Matos; ¹Ivonete Pereira Cunha; ¹Marianny Carvalho Santos; ¹Geisa Braga Amaro Vieira; ¹Priscila

Lima de Souza; ¹Marcelo Domingues de Faria 1Grupo de Pesquisa em desenvolvimento neuropsicomotor em pediatria, Universidade Federal do

Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A Terapia Assistida por Animais (TAA) é um tipo de

terapia baseada no vínculo homem-animal que utiliza a

afinidade do homem com o cão para potencializar os

resultados esperados. (MENEZES, 2010). O emprego da

TAA como terapia complementar em crianças visa

alcançar diferentes objetivos, como estimular a criança a

realizar exercícios de mobilidade, encorajar as funções

da fala, as atividades de vida diária (AVD's) e

socialização, bem como aumentar a confiança e a atenção

(TUDELLA, 2011). Este estudo tem como objetivo avaliar

o desenvolvimento neuropsicomotor em crianças

diagnosticadas com microcefalia em atuação da terapia

assistida por animais

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo observacional descritivo, com

caráter transversal, de natureza quantitativa e analítica.

A coleta de dados foi adquirida após a intervenção

interdisciplinar em 05 (cinco) crianças diagnosticadas

com Microcefalia, com idade média 1,5 anos.

RESULTADOS

Observou-se que as crianças obtiveram uma melhora

desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM)

significativas, ao controle cervical para a possibilidade de

experimentar as posturas do DNPM, e que o contato com

o cão melhorou a interação com o meio, bem como

auxílio na regulação do tônus.

Figura 12. Imagem autorizada pelo responsável para

divulgação dos resultados.

CONCLUSÕES

O estudo apresentou a importância da Interação da

criança com o cão, melhorando diversos aspectos,

como interação com o meio e regulação do tônus.

REFERÊNCIAS

1. MENEZES, J. O melhor amigo do paciente. Revista

CREFITO, São Paulo, ano 7, 3. ed., p. 24-29, 2010.

2. TUDELLA, E. et al. Description of the motor

development of 3–12 month old infants with Down

syndrome: the influence of the postural body position.

Research in Developmental Disabilities, v. 32:5, p.

1514-1520, 2011.

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Tabela 1: Avaliação DNPM e Interação com o meio entre março e dezembro/ 2017.

Criança DNPM

Inicial

DNPM Final Interação com o meio

antes

Interação com o meio

Depois

Criança 1 01 mês 02 meses Ausente Presente

Criança 2 01 mês 03 meses Ausente Presente

Criança 3 02 meses 04 meses Ausente Presente

Criança 4 01 mês 03 meses Ausente Presente

Criança 5 01 mês 03 meses Ausente Presente

Fonte: Do autor

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EFEITO DE 8 SEMANAS DE UM MÉTODO DE INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM FORMATO DE

CIRCUITOS SOB A APTIDÃO FÍSICA GERAL DE IDOSOS

Amanda Soares Aragão1, Graciano Joan Xavier Lima1, Lorenna Walesca de Lima Silva1, Cleuber de Souza Gonçalves1,

Etevaldo Dantas Coelho Junior1, Natália Batista de Albuquerque Goulart Lemos1, Marcelo de Maio Nascimento1 & Fernando

de Aguiar Lemos1

1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Com o envelhecimento a capacidade funcional do idoso

tende a ser reduzida. Contudo, devido ao processo

neurodegenerativo natural idoso eles também

necessitam de treinamentos que estimulem a

coordenação 1. A literatura é contraditória quando se

trata do aumento do condicionamento físico por meio de

intervenções com ênfase motora. Neste sentido, o

presente estudo teve como objetivo avaliar e comparar a

capacidade funcional de idosos em momentos pré e pós-

oito semanas de um treinamento coordenativo em

formato de circuito na Universidade Federal do Vale do

São Francisco - Campus Petrolina/PE.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foi aplicado a bateria do teste de Fullerton antes e após o

período de intervenção de oito semanas em um grupo de

25 idosos (69,96 ± 7,21 anos). Para a análise dos

resultados foi verificado o índice de aptidão física geral

(IAFG).

Os dados foram organizados em planilha Excel.

Primeiramente a normalidade dos dados foi testada por

meio do teste de Shapiro-Wilk. Após foi aplicado um teste

t dependente com o nível de significância adotado de

p<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi identificado melhora estatisticamente significativa do

IAFG após a intervenção (p<0,05). Os valores de média e

desvio-padrão do IAFG pré-intervenção foi de

54,8±13058% e pós-intervenção de 60,2±12,62%. No

que refere-se a análise de níveis mínimos e máximos

do IAFG dos valores mínimo pré-intervenção foi de

22,5% e pós-intervenção de 27,5% já o índice máximo

pré-intervenção foi de 77,5% e pós-intervenção foi de

80%. Como demonstra na Tabela 1 Abaixo.

CONCLUSÕES

O grupo de alunos que realizou 8 semanas de

treinamento com ênfase coordenativa apresentou

melhora significativa no índice de aptidão física geral.

REFERÊNCIAS

1. RIKLI et al. Development and Validation of a

Functional Fitness Test for Community-Residing Older

Adults. Journal of Aging and Physical Activity, Fullerton,

n. 7, p. 129-161, 1999;

Tabela 1: Análise descritiva do índice de Aptidão física geral de uma turma de 25 idosos submetidos a um treinamento

coordenativo em formato de circuito durante 8 semanas.

Variável Pré/Pós Média Desvio Padrão Mínimo Máximo

IAFG (%)_PRÉ 54,80% 13,58% 22,50% 77,50%

IAFG (%)_PÓS 60,20% 12,62% 27,50% 80,00%

Figura 1: Bateria do teste de Fullerton.

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EFEITO DO ALONGAMENTO ESTÁTICO NO DESEMPENHO DO LEG PRESS E RECUPERAÇÃO NEUROMUSCULAR EM

IDOSAS

1Brendha Stephany Rodrigues da Silva, 1Ferdinando Oliveira Carvalho, 2Antônio Gonçalves dos Santos Neto, 2José Hildemar

Teles Gadelha & 2André Luiz Demantova Gurjão

1Grupo de Estudo e Pesquisa em Genética e Exercício, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil;

²Grupo de Estudo e Pesquisa em Fisiologia e Envelhecimento, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina,

PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Exercícios de alongamento estático (AE) podem reduzir

transitoriamente o desempenho da força muscular e

afetar negativamente a resistência muscular. Franco et al.

[1] demonstraram que uma série de AE reduz o número

de repetições possíveis de serem realizadas com cargas

submáximas (85% de 1 RM). Se estes efeitos do AE no

número de repetições persistirem quando utilizado

séries múltiplas, então é possível que a redução no

volume leve ao menor estímulo e altere a recuperação da

funcionalidade do sistema neuromuscular pós-exercício.

No entanto, esta é uma hipótese que necessita ser

investigada em idosos. Assim, objetivo do presente

estudo foi analisar o efeito de um protocolo de AE na

resistência muscular, volume total do exercício Leg-Press

e recuperação neuromuscular de idosas.

MATERIAIS E MÉTODOS

Participaram deste estudo 14 idosas com experiência em

treinamento de força (61,5 ± 4,1 anos; 70,4 ± 13,9 kg;

1,58 ± 0,05 m; 28,3 ± 5,2 kg/m²). O número de repetições

realizadas até a fadiga voluntária em três séries

(intensidade: 15 repetições máximas; intervalo de

recuperação entre séries: dois minutos) e o volume total

(somatória do número de repetições nas três séries

multiplicado pela carga) foram obtidos em duas

condições experimentais: com e sem AE prévio (AE-LP e

LP, respectivamente). O protocolo de AE foi composto

por três exercícios, realizados em três repetições de 30

segundos, sendo dois passivos (quadríceps femoral e

glúteos) e um ativo (posteriores de coxa). O intervalo

entre as repetições foi de 30 segundos. A recuperação

neuromuscular foi avaliada pela taxa de desenvolvimento

de força nos instantes de 50 e 200 ms. Para análise da

recuperação neuromuscular a TDF também foi obtida

durante condição controle. A aleatorização das condições

foi realizada por meio da técnica do quadrado latino.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao comparar as condições experimentais AE-LP e LP,

decréscimo significativo (-18,5%) no número de

repetições foi observado apenas para a primeira série

(figura 1). O volume total da condição AE-LP foi

significativamente menor (-8,3%) em comparação à

condição LP. A recuperação neuromuscular nas

condições AE-LP e LP não foram alteradas quando

comparadas ao controle.

Figura 13. Número de repetições no exercício Leg-Press

horizontal com e sem alongamento estático prévio em

idosas (n = 14). a = diferença significativa entre as

condições (p < 0,05). b = diferença significativa em

relação a primeira série para condição LP. c = diferença

significativa em relação a primeira série para condição

AE-LP.

CONCLUSÕES

O desempenho de resistência muscular no exercício Leg-

Press pode ser influenciado negativamente ao ser

precedido por um protocolo de AE. A redução do volume

total decorrente do AE não interferiu na recuperação

neuromuscular.

REFERÊNCIAS

1. Franco BL, Signorelli GR, Trajano GS, de Oliveira CG.

Acute effects of different stretching exercises on

muscular endurance. J Strength Cond Res.

2008;22(6):1832-7.

INFLUÊNCIA DO SEXO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR DE HABILIDADES FUNDAMENTAIS EM PRÉ-ESCOLARES

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Danielle dos Santos Souza da Silva¹, Rafael dos Santos Henrique², Maria Teresa Cattuzzo³, Bruno Henrique Feitosa

Tavares4 & Anderson Henry Perreira Feitoza5.

1Grupo de Pesquisa Comportamento Motor Humano e Saúde.,Universidade de Pernambuco, Santo Amaro, Recife, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Em diferentes contextos culturais é esperado que

homens e mulheres tenham comportamentos e papéis

distintos na sociedade¹. Essa divisão social se inicia a

partir do nascimento, e se perpetua, ao longo da vida².

Também são diferentes as oportunidades de prática e o

encorajamento dado a cada um¹.

Na primeira infância, ocorrem mudanças e adaptações

significativas no sistema motor humano³. A aquisição das

habilidades motoras fundamentais, são basilares para

todo o desenvolvimento motor subsequente4,5.Por outro

lado, crianças que não desenvolvem de maneira

adequada estas habilidades terão dificuldades no

envolvimento em atividades físicas e esportivas5

Nesse sentido, diversos estudos têm demonstrado as

diferenças no desempenho motor entre meninos e

meninas, porem grande parte deles avaliam a diferença

em crianças acima dos 6 anos. Este estudo tem como

objetivo comparar o desempenho das habilidades

fundamentais de crianças na primeira infância de uma

escola pública de Recife/PE.

MATERIAIS E MÉTODOS

Estudo Transversal composta por crianças de ambos os

sexos e idades entre 4 e 6 anos de uma escola pública do

Recife/PE. Foi utilizado o Test of Gross Motor

Development – SecondEdition (TGMD-2), para avaliar a

proficiência em habilidades motoras fundamentais. Este

estudo está aninhado ao projeto O papel mediador da

percepção de competência motora na relação entre

atividade física e competência motora na

infância,submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da UPE

CAAE: 58796216.7.0000.5192.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Houve diferença significativa nas habilidades

locomotoras, em especial no saltar obstáculo onde as

garotas desempenharam com mais eficiência. Nas

habilidades de controle de objeto foi encontrada

diferença significativa entre os grupos. Os meninos

apresentaram desempenho superior, especialmente nas

habilidades de chutar,quicar, arremessar,rebater e

receber. Corroborando com os achados de Valentini e

Afonso et al. Dentre as habilidades avaliadas, apenas o

rolar não teve resultados com diferença significativa,

tanto no presente estudo como no de Valentini15.

CONCLUSÕES

Conclui-se que quando comparados ambos os sexos, foi

verificado que nas habilidades de locomoção houve uma

diferença significativa no saltar o obstáculo, onde as

garotas foram superiores aos garotos. Já nas habilidades

de controle de objetos os meninos manifestaram melhor

desempenho em 5 das 6 habilidades avaliadas

REFERÊNCIAS

1-TANI, Go. Educação fisica na pre-escola e nas quatro

primeiras séries do ensino de primeiro grau: um

abordagem de desenvolvimento i. Kinesis,v.3,n.1, 1987.

2- GALLAHUE DL, OZMUN JC. Compreendendo o

desenvolvimento motor: bebês, crianças,

adolescentes e adultos.3ª ed.São Paulo:Phorte Editora

Ltda;2005.

3-VALENTINI NC,VILLWOCK G. Percepção de

competência atlética, orientação motivacional e

competência motora em crianças de escolas públicas:

estudo desenvolvimentista e correlacional. Rev Bra de

Ed.Fis e Esp, São Paulo,v.21,n.4,p.245-57,out./dez. 2007

TESTE DE VALIDADE DO SOFTWARE LACTATE-E NA DETERMINAÇÃO DO LIMIAR DE LACTATO DE CAPOEIRISTAS

EM EXERCÍCIO INCREMENTAL EM CICLOERGÔMETRO

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Davi L. Ribeiro1; Geovani A. dos Santos1; Eduardo S. Numata Filho1; Francélio M. M. Luz1; Samuel P. Santos1; Ricardo D. A.

da Costa1; Lorrana K. S. Barros1 & Sérgio R. Moreira1

1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Grupo de Estudos do Desempenho Humano e das Respostas Fisiológicas

ao Exercício (GEDeRFE);

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Os métodos de inspeção visual (IV) e softwares como o

LACTATE-E (LACTATE-E) são utilizados para determinar

o limiar de lactato (LL) em cicloergômetro, sendo o

LACTATE-E um método validado que apresenta

praticidade na análise dos resultados1. No entanto, ainda

não foi demonstrado o uso desta ferramenta na

determinação do LL de praticantes de capoeira.

Portanto, o objetivo do presente estudo foi verificar a

validade do Software LACTATE-E na determinação do

limiar de lactato de capoeiristas em exercício

incremental em cicloergômetro.

MATERIAIS E MÉTODOS

Dezesseis capoeiristas recreacionais homens (27,3±6,9

anos) realizaram o teste em cicloergômetro (BIKE),

iniciando a 60watts com incrementos de 30watts a cada

estágio de 3min mantendo 60rpm. A Frequência cardíaca

(FC), lactatemia ([Lac]) e percepção subjetiva de esforço

(PSE), foram registradas ao fim de cada estágio. O LL foi

considerado como a intensidade de exercício anterior ao

aumento abrupto da [Lac] durante o teste, o mesmo foi

determinado a partir de dois métodos: i) IV e; ii)

LACTATE-E. A análise por IV foi realizada

independentemente por dois avaliadores e discordâncias

foram sanadas em conjunto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A [Lac] no LL não diferiu entre os métodos de

determinação (IV: 3,0 (2,6-3,1) vs. LACTETE-E: 2,8 (2,0-

3,8) mM, p>0,05), assim como FC no LL (IV:

138±12 vs. LACTATE-E: 138±16 bpm, p>0,05), PSE [IV:

13 (10-13) vs. 12 (8-13) pontos, p>0,05) e a intensidade

referente ao LL (IV: 150 (120-150) vs. LACTATE-E: 150

(120-150) watts, p>0,05).Contudo, não foi encontrada

correlação para intensidade do LL (r=0,29, p=0,28) e

concordância moderada foi demonstrada a partir do

método Bland-Altman (5,6 [-63,0/74,3 watts]), dentre os

16 indivíduos, apenas 6 apresentaram concordância para

a intensidade do LL, para os demais, um comportamento

de subestimação e superestimação de aproximadamente

30watts foi observado (FIGUR 1).

Figura 14. Análise de concordância a partir do método

Bland-Altman. Portanto, o uso desta ferramenta deve

ser feito com cautela, podendo utilizar informações

auxiliares, como, a PSE, que no LL apresenta valores

entre 13-14 pontos (BORG 6-20) e o percentual da carga

máxima obtida no teste (60-80%) para determinação do

LL. Ainda, a utilização da IV deve ser preferível na análise

de pequenas amostras, sendo o LACTATE-E uma

alternativa a análise de grandes grupos, devido sua

praticidade. Este resultado também reforça o uso da

análise de concordância na validação de métodos de

medida2 uma vez que a comparação de médias pode

interferir nos resultados de validação.

CONCLUSÕES

O uso do software LACTATE-E para determinação do LL

de capoeiristas em teste incremental em cicloergômetro

apresentou moderada concordância e deve ser utilizado

com cautela.

REFERÊNCIAS

1. NEWELL, J, et al. JSC v. 25, n. 12, p. 1403-1409,

2007.

2. BLAND, JM; ALTMAN, DG G. JBS v. 17, n. 4, p. 571-582,

2007

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A ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA EXERCE INFLUÊNCIA NA COESÃO DE GRUPO DE JOVENS ATLETAS?

1Eliakim Cerqueira da Silva, 1Carla Thamires Laranjeira Granja, 1Vinícius da Cruz Souza, 1Adson Alves da Silva, 2Daniel

Vicentini de Oliveira & 1José Roberto Andrade do Nascimento Junior

1Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício (GEPEEX), Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina-PE, Brasil; 2Programa de Pós-Graduação em Gerontologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas-SP,

Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A coesão de grupo é considerada como um processo

dinâmico que tem como objetivo favorecer a união de um

grupo para o alcance das metas, bem como promover a

satisfação das necessidades afetivas dos membros [1]. No

contexto esportivo, um dos fatores psicológicos que

podem afetar a coesão é a ansiedade, uma vez que um

atleta ansioso pode enxergar o ambiente competitivo

como algo atemorizante e ameaçador. Aliado a isso, a

ansiedade pode gerar respostas fisiológicas adversas

como o aumento da frequência cardíaca, ou ainda se

manifestar de maneira cognitiva, na qual o atleta pode

ter dificuldades em tomar decisões em momentos difíceis

e de pressão [2]. Diante disso, este estudo analisou a

relação entre a ansiedade pré-competitiva e a coesão de

grupo de jovens atletas de Pernambuco.

MATERIAIS E MÉTODOS

Fizeram parte deste estudo 177 escolares (104 meninos

e 73 meninas), com média de idade 16,15±0,90 anos

participantes da fase estadual dos Jogos Escolares de

Pernambuco 2017. Os escolares eram praticantes das

modalidades: futsal (64), voleibol (57), handebol (42) e

basquete (14).

Para verificar o nível de ansiedade pré-competitiva foi

utilizada a Escala de Ansiedade Esportiva-2 (SAS-2). Este

instrumento avalia as diferenças individuais no traço de

ansiedade somática em duas dimensões da ansiedade

cognitiva (preocupação e perturbação da concentração).

O Questionário de Ambiente Esportivo para Jovens

(YSEQ) foi utilizado para avaliar a percepção de coesão

de grupo. O questionário é composto por 16 itens

divididos em duas dimensões: Coesão Social e Coesão

para Tarefa.

Para a análise dos dados foram utilizados os testes de

Kolmogorov-Smirnov e a correlação de Spearman

(p<0,05).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A ansiedade somática demonstrou correlação negativa

com a coesão para a tarefa (r=-0,26) e coesão social (r=-

0,30). A preocupação demonstrou correlação negativa

com a coesão para a tarefa (r=-0,17) e coesão social (r=-

0,23). A perturbação da concentração demonstrou

correlação negativa com a coesão para a tarefa (r=-0,27)

e coesão social (r=-0,26). Estes achados corroboram com

o estudo de Nascimento Júnior et al. [3], que encontrou

uma relação inversa entre a coesão de grupo e ansiedade.

CONCLUSÕES

Conclui-se que a coesão de grupo possui uma relação

inversamente proporcional com a ansiedade pré-

competitiva, evidenciando que quanto mais os atletas

sentem os sintomas da ansiedade, menos se envolvem no

trabalho coletivo.

Palavras-chave: Ansiedade; Coesão Grupal; Esporte.

REFERÊNCIAS

1. Carron, A. V., Brawley, L. R. SGR, 43(6), p.726-743.

2012.

2. Borrego, C., et. al. JHK, 34(1), p.119-127. 2012.

3. Nascimento Júnior, J. R. A. et al. RPTP. 18(02), P.89-

102, 2016.

TABELA 1- Correlação entre a ansiedade pré-competitiva e a coesão de grupo dos jovens atletas.

VARIÁVEIS 1 2 3 4 5

Ansiedade pré-competitiva

1. Ansiedade Somática 0,57 0,64 -0,26* -0,30*

2. Preocupação 0,53 -0,17* -0,23*

3. Perturbação da concentração -0,27* -0,26*

Coesão de grupo

4. Coesão para Tarefa 0,49

5. Coesão Social

*p<0,05- Correlação significativa.

ASSOCIAÇÃO ENTRE ESQUEMA CORPORAL E FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO DE

ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS

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1Emanuelle Malvim*, 1Juliana Moreira Paes Landim, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Etevaldo Dantas Coelho Júnior, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando

de Aguiar Lemos 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A marcha pode ser analisada através da força ântero-

posterior e a força vertical. A primeira remete ao

comportamento da força do pé no momento em que toca

a plataforma de força (direção anterior), bem como a

força do pé na geração da propulsão para o próximo

passo (direção posterior), já a força vertical caracteriza a

força de reação do solo propulsiva (HAMU, 2013). Por

outro lado o Esquema Corporal (EC) envolve a imagem

do próprio corpo e representa uma forma de consciência

corporal, permitindo que o indivíduo se ajuste ao meio,

coordenando os movimentos dos vários segmentos

corporais, de forma isolada e como um todo (ROSA

NETO, 2002). Desta forma, o objetivo do presente

trabalho foi avaliar a associação entre a Força Máxima

ântero-posterior (Fmáx_AP) e o EC, e entre o Segundo

Pico da Força Z (P_FZ2) e o EC em idosos submetidos à

intervenção de abordagem coordenativa em circuitos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados 25 idosos com média de idade de 69,96

anos ( 7,21) e peso de 52,25 Kg ( 16,17). Para a coleta

dos dados cinemáticos da marcha, foi utilizada uma

plataforma de força (AMTIForce) e as variável Força

Máxima Ântero-posterior (Fmáx_AP) e Pico da Força Z2

(P_FZ2) foram selecionadas. O Esquema Corporal (EC) foi

avaliado através da Escala Motora para a Terceira Idade -

EMTI (Rosa Neto, 2002). Os participantes foram

submetidos a uma intervenção com abordagem

coordenativa em circuitos durante 8 semanas, 2 vezes

por semana, com duração de 60 min cada aula e foram

avaliados nos momentos pré e pós-intervenção. Os dados

coletados foram planilhados e analisados utilizando o

Software Excel (Windows 2010). Para análise estatística,

utilizou-se a correlação de Spearman e o nível de

significância adotado foi de α<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Identificou-se que após a intervenção as variáveis

apresentaram maior correlação. Entre EC e Fmáx_AP

passou de (R=0,324) para (R=0,618) e entre EC e P_FZ2

passou de (R=0,110) para (R=0,518). Os resultados

sugerem que quanto mais se tem domínio do EC, maior a

associação de ajuste do corpo ao ambiente.

Figura 1. Padrão vertical da FRS. (PERRY, 2010)

Figura 2. Padrão de Força Antero-Posterior.

(Pereira,2010)

CONCLUSÕES

O presente estudo concluiu que, os idosos da pesquisa

apresentaram aumento da associação moderada positiva

pós-intervenção entre o EC e a Fmáx_AP e entre o EC e o

P_FZ2. Essas associações sugerem que uma melhor

percepção do EC se relaciona com melhor

aproveitamento da fase propulsiva da marcha, reduzindo

o risco de quedas, o gasto energético e melhorando a

fluidez da marcha desses idosos.

REFERÊNCIAS

1.HAMU, T.C.D.SILVA. Comparação da cinética da

marcha entre mulheres obesas e mulheres

eutróficas. São Paulo, 2013.

2. PERRY, J; BURNFIELD J.M. Gait analysis: Normal and

pathological function. 2ª ed. New Jersey: slack

incorporated; 2010.

3. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed,

Porto Alegre: 2009.

ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E EQUILÍBRIO ESTÁTICO DE IDOSOS

SEDENTÁRIOS

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1Etevaldo Dantas Júnior, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1Eduardo Seiji Numata Filho, 1Sérgio Rodrigues Moreira, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos e 1Fernando de

Aguiar Lemos 1 Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil

INTRODUÇÃO

A Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) é uma

medida psicofisiológica e têm demonstrado ser uma

importante variável para entender o controle do Sistema

Nervoso Autonômico (SNA) sobre as adaptações

cardiovasculares. No eletrocardiograma a VFC

representa as oscilações dos intervalos R-R. Na análise da

VFC existem indicadores dos sistemas simpático e

parassimpático que demonstram a predominância da

atividade cardíaca. A diminuição da atividade

parassimpática, atrelada ao aumento da atividade

simpática, representa um fator de risco cardiovascular e

também está ligado ao declínio funcional de idosos

(TASK FORCE, 1996). Com o envelhecimento também é

possível notar dificuldade na estabilização corporal. Até

mesmo em posições estáticas o idoso apresenta maior

desequilíbrio quando comparado com adultos jovens

(OGLIARI et al 2015). O objetivo do presente estudo foi

verificar a relação da VFC com o equilíbrio estático de

idosos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados 20 idosos com média de idade de 69,96

7,21 e peso de 76,28 Kg, 16,17. Foi utilizada uma

Plataforma de Força (AMTI NetForce) para análise do

Centro de Pressão (CP). O parâmetro utilizado foi a área

do CP ântero-posterior, onde o idoso permanecia em pé

em cima da plataforma de força numa posição estática,

com os olhos fechados. Os dados do CP foram analisados

por meio do Software MatLab. Para a VFC, foi utilizado

um cardiofrequencímetro (Polar RS800CX), e

posteriormente, para análise, foi utilizado o software

Kubios HRV Standard 4.0. A variável utilizada foi o

RMSSD (Raiz quadrada da média do quadrado das

diferenças entre intervalos RR consecutivos) que

representa a atividade parassimpática. Em seguida os

dados da VFC e CP foram processados em uma planilha

de Excel. O Software de análise estatística SPSS versão 20

foi utilizado para análise descritiva dos dados (médias e

desvios-padrões) e em seguida optou-se por um teste de

correlação de Pearson. O nível de significância adotado

foi de α<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi obtida uma correlação fraca (R= - 0,375) entre

RMSSD e área do CP ântero-posterior. Portanto, quanto

maior o RMSSD menor a área do CP ântero-posterior.

Muitos

estudos têm mostrado aproximações relacionadas a VFC

com doenças cardiovasculares, risco de quedas e

problemas cognitivos, entretanto, a literatura não

apresenta estudos que mostrem alguma relação direta

entre VFC e equilíbrio em idosos.

Figura 1.

Figura 2.

CONCLUSÕES

Conclui-se que, nos idosos incluídos no estudo,

obtiveram valores mais altos da atividade parassimpática

estão associados com uma menor área de

desestabilização na plataforma de força.

REFERÊNCIAS

1. Task Force of The European Society of Cardiology and

The North American Society of Pacing and

Electrophysiology. Heart rate variability: standards of

measurement, physiological interpretation, and clinical

use. European Heart Journal: 1996.

2. OGLIARI, G. et al. Resting heart rate, heart rate

variability and functional decline in old age. CMAJ,

2015.

APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA DE ACORDO COM O PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ESCOLARES DO ENSINO

MÉDIO DE TRIUNFO – PE

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Francinete Deyse dos Santos1,2 & José Fernando Vila Nova de Moraes1,2

1Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil2;

Grupo de Estudos e Pesquisa em genética e exercício, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Estudos recentes têm revelado que crianças e jovens

estão se tornando cada vez mais vulneráveis ao excesso

de peso. A composição corporal inadequada tem relação

com surgimento de doenças crônicas não transmissíveis

e influencia na baixa aptidão cardiorrespiratória.

Pensando nisso, o objetivo do estudo foi investigar o

nível de aptidão cardiorrespiratória de acordo com o

sexo e perfil antropométrico de escolares.

MATERIAIS E MÉTODOS

Participaram do estudo 166 alunos de ambos os sexo,

com idades entre 14 e 17 anos, estudantes do Ensino

Médio da Escola de Referência em Ensino Médio Alfredo

de Carvalho em Triunfo – PE. Os participantes foram

submetidos a medidas de massa corporal e estatura

(para cálculo do IMC), circunferência da cintura, e

realizaram o PACER test1. A análise dos dados foi

realizada por meio do teste-T de Student para medidas

independentes nas comparações entre sexo e

classificação da aptidão cardiorrespiratória. O software

utilizado foi o SPSS versão 22.0 e o nível de significância

adotado foi p<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na comparação entre sexo, os meninos realizaram mais

voltas no PACER test do que as meninas e, portanto,

apresentaram maior VO2máx (Tabela 1).

Tabela 1. Quantidade de voltas no PACER test e aptidão

cardiorrespiratória dos participantes de acordo com o

sexo.

Meninas

(n=105)

Meninos

(n=61)

Total

Nº de

voltas

21,78±9,56 56,31±20,65* 34,47±22,17

VO2máx 38,93±2,58 51,60±5,77* 43,59±7,33

*p<0,05 para meninas.

Já a comparação do perfil antropométrico de acordo com

a aptidão cardiorrespiratória, por sua vez, revelou que os

participantes com baixa aptidão apresentaram valores

significativamente mais altos de IMC e relação cintura-

estatura quando comparados aos indivíduos com aptidão

cardiorrespiratória adequada (Tabela 2).

Tabela 2. Perfil antropométrico dos participantes de

acordo com a classificação da aptidão

cardiorrespiratória.

Baixa (n=124) Adequada

(n=42)

M. corporal (kg) 59,70 ± 11,09 57,10 ± 9,76

Estatura (cm) 165,86 ± 7,57 168,33 ± 9,07

IMC (kg/m²) 21, 64 ± 3,28 20,05 ± 2,20*

Escore-z de IMC 0,05 ± 0,94 -0,22 ± 0,90

C. cintura (cm) 72,22 ± 7,02 70,48 ± 5,74

RCE 0,43 ± 0,04 0,42 ± 0,03*

*p<0,05 para baixa aptidão.

Os resultados encontrados concordam com os de

MINATO et al. (2016) e PELEGRINI et al. (2017), que

observaram associações entre adiposidade corporal

elevada e baixa aptidão cardiorrespiratória.

CONCLUSÕES

Meninos apresentaram melhor aptidão

cardiorrespiratória quando comparado às meninas.

Ademais, participantes com baixa aptidão

cardiorrespiratória apresentaram valores maiores de

IMC e relação cintura-estatura.

REFERÊNCIAS

1. PLOWMAN, S.A. & MEREDITH, M.D. (Eds.). (2013).

Fitnessgram/Activitygram Reference Guide (4th

Edition). Dallas, TX: The Cooper Institute.

2. MINATO, G. et. al., (2016). Relação entre a aptidão

cardiorrespiratória e adiposidade corporal em

meninas. Rev. Poul Pediatr 34 (4): 469-475.

3. PELEGRINI, A. et. al. (2017), Aptidão

cardiorrespiratória em adolescentes. Rev.Andal Med

Deporte. 10 (3): 152-157.

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TESTE ESPECÍFICO PARA DETERMINAÇÃO DA APTIDÃO AERÓBIA DE CAPOEIRISTAS

Geovani Alves dos Santos1,2,3; Eduardo Seiji Numata Filho1; Flavio Souza Araujo1; Hiago de Lima Pereira1; Francisco

Teixeira Coelho2; Herbert Gustavo Simões3 & Sérgio Rodrigues Moreira1

1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Universidade Federal do Triângulo Mineiro,

Uberaba, MG, Brasil; 3Universidade Católica de Brasília, DF, Brasil;

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A aptidão aeróbia de praticantes de Capoeira é avaliada

em testes laboratoriais em ergômetros tradicionais 1,

contudo, o padrão de movimento utilizado não é

específico para a modalidade, necessitando um protocolo

de teste específico. Portanto, o objetivo do presente

estudo foi estabelecer um teste específico para avaliar a

aptidão aeróbia de capoeiristas.

MATERIAIS E MÉTODOS

Doze capoeiristas recreacionais homens (27,8±7,4 anos)

realizaram: i) teste incremental

em cicloergômetro (BIKE), iniciando a 60watts com

incrementos de 30watts a cada estágio de 3min

mantendo 60rpm; ii) teste incremental de ginga (GINGA)

iniciando em 16 ciclos.min-1 (movimentos de ginga por

minuto) com incrementos de 2 ciclos.min-1 a cada estágio

de 3 min com 1 min de intervalo entre eles, sendo

controlado por estimulo visual e sonoro. A frequência

cardíaca (FC), percepção subjetiva de esforço (PSE) e

concentração de lactato sanguíneo ([Lac]) foram obtidos

ao final de cada estágio. O limiar de lactato (LL) foi

considerado como a intensidade anterior ao aumento

abrupto do [Lac] e o consumo pico de oxigênio

(VOPICO) foi considerado como a média dos valores obtido

nos 20s finais do último estágio.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A FCLL, FCPICO e [Lac]PICO diferiram significativamente

entre os testes (p<0,05), contudo, [Lac]LL, PSELL, PSEMAX e

VO2PICO não diferiram (p>0,05) (TABELA 1). Além disso,

[Lac]LL (r=0,69, p=0,01) e VO2PICO (r=0,63, p=0,03)

demonstraram correlação entre os testes. A concordância

para a [Lac]LL foi confirmada pelo método de Bland-

Altman (FIGURA 1). As diferenças encontradas para

FCLL e FCPICO sugerem uma maior demanda central

durante exercício que envolve maiores grupamentos

musculares2. Contudo, adaptações na difusão e consumo

de oxigênio podem explicar o VO2PICO semelhante. Além

disso, baseando-se nos resultados de concordância e

correlação das variáveis no LL, fundamenta-se a

aplicabilidade do teste específico como um método de

avaliação.

Figura 1. Análise de concordância do LL a partir do

método de Bland-Altman.

CONCLUSÕES

O teste incremental de GINGA apresenta validade e

aplicação prática na avaliação da aptidão aeróbia de

capoeiristas

AGRADECIMENTOS

CAPES

REFERÊNCIAS

1. Maia RB, et al. RBC v.1, n.1, p.72, 2010.

2. WEICHENBERGER, M, et al. IJSM v.33, n 01, p.48

- 52, 2012

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Tabela 1: Medidas de dispersão obtidas nos testes incrementais BIKE e GINGA (n=12).

.

[Lac]LL(mM

)

FCLL (bpm

) PSELL (pts)

[Lac]PICO(m

M)

FCPICO(bpm

)

PSEMAX (pts

)

VO2PICO(ml.

kg.min-1)

BIKE 2,9±0,4 141±10 13(10-13) 8,9±2,9 180±8 18(15-20) 40,3±9,9

GINGA 2,6±0,8 168±8* 13(12-14) 6,0±2,1* 187±5* 19(15-20) 41,1±8,6

[Lac]LL=Concentração de lactato no limiar, FCLL=Frequência cardíaca no limiar de lactato, PSE=Percepção subjetiva de

esforço no limiar, LACPICO=Concentração pico de lactato, FCPICO=Frequência cardíaca pico, PSEMAX=Percepção subjetiva de

esforço máxima. * p<0,05.

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VALIDADE DO LIMIAR DA PERCEPÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO NA DETERMINAÇÃO DO LIMIAR DE LACTATO DE

CAPOEIRISTAS EM TESTE ESPECÍFICO

Geovani A. dos Santos1,2,3,; Eduardo S. Numata Filho1; Flávio S. Araujo1; Hiago A. L. Pereira1; Francisco Teixeira-Coelho1;

Herbert G. Simões3 & Sérgio R. Moreira1 1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Universidade Federal do Triângulo Mineiro,

Uberaba, MG, Brasil; 3Universidade Católica de Brasília, DF, Brasil;

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

O teste incremental (TI) de Ginga é uma avaliação

específica do limiar de lactato (LL) de praticantes de

capoeira, contudo, a análise sanguínea da concentração

de lactato ([Lac]) necessita de equipamentos específicos

de alto custo. Como alternativa, o limiar da percepção

subjetiva de esforço (LPSE) tem sido utilizado para

estimar o LL em cicloergômetro1. No entanto, seu uso em

TI de Ginga ainda não foi validado. Portanto, o objetivo

foi verificar a validade da percepção subjetiva de esforço

(PSE) na estimação do LL durante TI específico em

praticantes de Capoeira.

MATERIAIS E MÉTODOS

Treze capoeiristas recreacionais homens (26,7±7,3 anos)

realizaram um TI de ginga (GINGA) que foi iniciado com

16 ciclos.min-1 (movimentos de ginga por minuto)

havendo incrementos de 2 ciclos.min-1 a cada estágio de 3

min e com 1 min de intervalo entre eles, sendo

controlado por estimulo visual e sonoro. A PSE e

concentração sanguínea de lactato ([Lac]) foram obtidas

ao final de cada estágio. O LL foi considerado como a

intensidade anterior ao aumento abrupto da [Lac]

durante o exercício, enquanto o LPSE correspondeu ao

último estágio de teste com pontuação 13-14 (Borg 6-

20)2.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Não foram encontradas diferenças na [Lac], FC e Estágio

no LL e LPSE. Além disso, foi encontrada forte correlação

para todas as variáveis (TABELA 1). A concordância

entre as intensidades de exercício referentes ao LL foi

confirmada a partir do método de Bland-Altman (FIGURA

1). Os resultados encontrados demonstram que a PSE

pode ser utilizada para determinação do LL, auxiliando

aos profissionais de educação física e praticantes de

Capoeira no controle de cargas no treinamento, a partir

de uma tecnologia de baixo custo e com ampla

aplicabilidade prática.

Figura 15. Análise de concordância do LL a partir do

método de Bland-Altman.

CONCLUSÕES

A PSE é uma ferramenta de baixo custo válida para

estimar o LL durante TI especifico em praticantes de

Capoeira.

AGRADECIMENTOS

CAPES

REFERÊNCIAS

1. SIMÕES HG, et al. PMS v. 111, n. 2, p. 365-378,

2010.

2. BORG GA, MSSE v. 14, n. 5, p. 377-381, 1982.

Tabela 1: Comparação e correlação das medidas obtidas nos métodos LL e LPSE (n=13).

Estágio (ciclo.min-1) [Lac]LL (mM) FCLL (bpm)

LL 23,0±3,0 2,8±0,8 167±8

LPSE 22,5±2,8 2,7±0,9 166±9

r 0,91 0,96 0,94

[Lac] LL=Concentração de lactato no limiar, FCLL=Frequência cardíaca no limiar de lactato. * p>0,05

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EFEITOS DE UMA INTERVENÇÃO MULTICOMPONENTE SOBRE A ATIVIDADE FÍSICA E DESEMPENHO MOTOR EM

CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE 1Ívina Andréa Aires Soares*, 1Rafael dos Santos Henrique, 2Taís Feitosa da Silva, 2Rennê Honório da Silva & 2Clarice Maria

Lucena Martins

1Grupo de Pesquisa em Comportamento Motor Humano e Saúde - Universidade de Pernambuco, Recife, PE, Brasil; 2Grupo

de Estudos em Atividade Física e Desfechos em Saúde - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

O excesso de peso na infância e adolescência é

considerado na atualidade um dos principais desafios de

saúde pública [1], sobretudo pela sua relação com

diferentes problemas de saúde [1]. Recentes estudos têm

apresentado que além de mostrar baixos níveis de

atividade física (AF) [2], crianças com sobrepeso e

obesidade frequentemente apresentam baixos níveis de

desempenho motor [3,4]. Estratégias multidisciplinares

focadas na promoção de mudanças comportamentais

podem representar uma importante estratégia para a

melhoria da saúde de crianças e adolescentes com

sobrepeso e obesidade [5]. Nesse sentido, o objetivo

desse estudo foi avaliar o efeito de uma intervenção

multicomponente sobre a AF e desempenho motor em

crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade.

MATERIAIS E MÉTODOS

A amostra incluiu 35 participantes (7-13 anos) de ambos

sexos, divididos em grupos: intervenção (n=17; 8,2±2,5

anos) e controle (n=18; 8,3±1,9 anos). Foi realizada uma

intervenção multicomponente por 12 semanas, composta

por duas sessões semanais com duração de 60 minutos

para promover AF, educação nutricional e apoio parental.

A AF foi avaliada com acelerômetros triaxiais (Actigraph,

GT3-X, US) durante 10 dias consecutivos e o desempenho

motor foi avaliado em quatro testes (equilíbrio, saltos

laterais, saltos monopedais e transposição lateral) da

bateria (KTK). As variáveis foram medidas em dois

momentos pré e pós- intervenção. Para análises dos

dados, modelos lineares gerais foram utilizados para

cada variável, tendo sexo, idade e gordura corporal como

covariáveis. As análises foram realizadas no SPSS 23.0.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados não mostraram um efeito do tempo de

intervenção sobre as variáveis analisadas. Houve um

efeito significante entre os grupos no nível de AF leve,

assim como nos testes de equilíbrio e saltos laterais. O

efeito de interação foi significante para o nível de AF

vigorosa e o desempenho nos saltos monopedais e na

transposição lateral. Deste modo, esse resultado

demonstra que a intervenção foi eficaz para promover

uma melhoria de maior magnitude ao longo do tempo

para os participantes do grupo intervenção

comparativamente aos do grupo controle. Intervenções

focadas na combinação de estratégias pode ser de difícil

implementação, entretanto, parecem ser o melhor

caminho para alcançar relevantes mudanças na saúde de

jovens com excesso de peso [6].

CONCLUSÕES

A intervenção multicomponente foi eficaz na melhoria do

nível de AF vigorosa e o desempenho motor nos testes de

saltos monopedais e transposição lateral.

AGRADECIMENTOS

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico pelo apoio financeiro (477893/2013-9).

REFERÊNCIAS

1. Lobstein T, et al. The Lancet. v. 385, p. 2510–2520,

2015.

2. Katzmarzyk PT, et al. MSSE, v. 47, p. 2062-2069, 2015.

3. D’Hondt E, et al. IJO, v. 37, p. 61-67, 2013.

4. Rodrigues LP, et al. JSMS, v. 19, p. 87-92, 2016.

5. Gorga E, et al. JCM, v. 17, p. 547-555, 2016.

6. Silveira DS, et al. JSS, in press.

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Tabela 1: Efeitos e interação na AF e desempenho motor de acordo com o momento (pré e pós) e grupos (intervenção e

controle).

Variáveis Tempo Grupo Tempo*Grupo

AFL 0,18 18,89** 0,82

AFM 0,21 0,50 1,36

AFV 1,36 0,08 31,08**

Equilíbrio 0,30 6,52* 0,03

Saltos laterais 0,54 4,03* 0,19

Saltos monopedais 2,61 1,80 33,80**

Transposição lateral 1,36 0,44 5,95**

Nota: AFL, atividade física leve; AFM, atividade física moderada; AFV,

atividade física vigorosa; *p<0,05; **p<0,01

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JUST DANCE: A PROPOSTA DANÇANTE NA VISÃO DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES ESCOLARES

Jeane Cristina de Souza1; Ilka Priscilla Marinho1; George Tawlinson Soares Gadelha1; Gustavo Henrique Gonçalves e Silva1;

Janielma Bezerra da Silva1; Leilane Shamara Guedes Pereira Leite1 & Patrick Stafin Coquerel1

1Grupo de Estudos em Ludomotricidade/GEL - Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN;

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Os PCN’s (1997) diz que a dança enquanto produto

cultural e apreciação estética, deve possuir o,

“Reconhecimento e distinção das diversas modalidades

de movimento e suas combinações como são

apresentadas nos vários estilos de dança.” Este trabalho

objetiva avaliar a interseção tecnológica como uma

forma de atividade corporal de boa aceitação dos

escolares do ensino básico. Promover de forma mais

divertida a relação entre a comunicação tecnológica e a

comunicação corporal; desenvolver a expressividade

artística relacionada a música, movimento, ritmo,

plasticidade e ludicidade através do jogo Just Dance. O

jogo, assim como a dança acompanha a história da

humanidade e instaura na vida do homem capacidades

de aprendizagem, socialização, tomadas de decisão e

múltiplas habilidades. Winnicott apud Lapierre(2008,pg

31), afirma que “O jogo é em si mesmo é uma

terapia.”Palavras chaves: Just; Dance; Escola.

MÉTODOS/METODOLOGIA

Estudo quantitativo descritivo com população de

escolares (ensino fundamental I e II), foram autorizadas

a participação de 57 alunas em 6 aulas de dança. Os

dados foram analisados no softwer Statística 7, teste Qui-

quadrado considerando n= 46 e p<0,05. Utilizamos

questionário com 3 questões fechadas: 1)Grau de

satisfação da atividade;2)Preferência de socialização da

atividade;3)Nível de execução de movimentos físicos.

RESULTADOS

Comparando a distribuição de frequência, hegamos aos

seguintes resultados: 1) Quanto a categoria a: muito

divertido (66% - X²= 150,57 – p<0,05); 2) Quanto a

categoria b: preferência dançar com as amigas na aula de

dança (85% - X²= 121,24 – p<0,05); 3) Quanto a

categoria c: realizaram todos os movimentos

necessários para uma boa atividade física (91% - - X²=

68,85 – p<0,05).

CONCLUSÃO

Concluímos que, o Just Dance atinge um referencial de

jogo simbólico significativo para as aulas de dança e é um

recurso tecnológico com propostas de relação consigo e

com o próximo no âmbito educacional de caráter

estimulador para o planejamento pedagógico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BRAGA, JCF; SOUZA, VV S. As condições

necessárias para a emergência complexa em

jogos: um estudo sobre oportunidades de

aprendizagem nessas práticas sociais. ReVEL, v.

14, n. 27, 2016 [www.revel.inf.br].

2. Parâmetros curriculares nacionais: arte/

Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília :

MEC/SEF, 1997. 130p.

3. Revista Iberoamericana de Psicomotricidad

y Técnicas Corporales. MONOGRÁFICO

Homenagem a André Lapierre.Volume 8 –

Número 31 - Agosto/2008.

ASSOCIAÇÃO ENTRE FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA E MOTRICIDADE GLOBAL EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO

DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS

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1Jéssica Thayani Santos Brandão*, 1Juliana Moreira Paes Landim, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Graciano Joan Xavier de

Lima, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1André Brito de Carvalho, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos e 1Fernando

de Aguiar Lemos. 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A marcha humana é considerada uma forma de

locomoção onde ocorre uma alternância entre os

membros inferiores e desequilíbrio do centro de

gravidade de maneira sucessiva (Hamu, 2013). A

capacidade de eversão do pé (Movimento látero-medial)

durante a marcha facilita na fase propulsiva para o

próximo passo. O pico final de força médio-lateral (figura

1) é um importante fator de eficiência na marcha

(Mastrandea, 2008). Por outro lado, a Motricidade Global

é composta por movimentos sinestésicos, táteis, visuais,

espaciais e desempenha um importante papel na

melhora dos comandos nervosos e afinamento das

sensações e percepções que podem influenciar na

qualidade da marcha (Rosa Neto, 2009). Desta forma, o

objetivo do presente trabalho foi investigar a relação

entre a Máxima Força Médio-Lateral no segundo pico da

marcha e a Coordenação Motora Global em idosos

submetidos a uma intervenção de abordagem

coordenativa em circuitos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados 23 idosos, com média de idade de 70,42

anos ( 7,45) e peso de 52,65 Kg ( 10,21). A variável

Máxima Força Médio-Lateral no segundo pico da marcha

(MaxF_ML_P2) foi coletada através de uma plataforma de

força (AMTIForce). A variável Coordenação Motora

Global foi coleta utilizando a Escala Motora para a

Terceira Idade - EMTI (Rosa Neto, 2009) e a variável

Coordenação Motora Global (CMG) foi selecionada. Os

participantes foram submetidos a uma intervenção com

abordagem coordenativa em circuitos durante 8

semanas, 2 vezes por semana, com duração de 60 min

cada aula e foram avaliados nos momentos pré e pós-

intervenção. Os dados coletados foram planilhados e

posteriormente analisados utilizando o Software Excel

(Windows 2010). Optou-se por um teste de correlação de

Spearrman não paramétrico devido ao N amostral. O

nível de significância adotado foi de α<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verificou-se um aumento na correlação entre as variáveis

CMG x MaxF_ML_P2 no momento pós-intervenção em

comparação ao pré-intervenção, respectivamente

(R=0,540 e R=0,426). Isso demonstra que a intervenção

promoveu uma melhora da associação entre a CMG e a

MaxF_ML_P2. Isso implica dizer que uma melhor CMG

está positivamente relacionada com uma melhor fase

propulsiva e força médio-lateral da marcha.

Figura 1. Representação gráfica da Força Médio-Lateral.

Figura 2. Exemplos de teste para CMG da EMTI (ROSA

NETO, 2009).

CONCLUSÕES

O presente estudo concluiu que os idosos participantes

tiveram uma associação positiva moderada entre a CMG

e a MaxF_ML_P2. O que implica dizer que quanto melhor

a CMG, melhor a fase propulsiva da marcha, fatores que

reduzem o risco de quedas bem como o gasto energético.

REFERÊNCIAS

1. HAMU, T. C. D. S. Comparação da cinética da marcha

entre mulheres obsesas e mulheres eutróficas, 2013.

2. MASTANDREA, L. Avaliação da marcha em idosas

ativas e sedentárias, 2008.

3. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora para

terceira idade. Artmed, Porto Alegre: 2009.

APLICAÇÃO DE FORÇA E VELOCIDADE DE MOVIMENTO DURANTE SÉRIES MULTIPLAS NO EXERCÍCIO ISOINERCIAL

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José Hildemar Teles Gadelha1; Antonio Gonçalves do Santos Neto1; Brendha Stephany Rodrigues da Silva1; Aline Rafaela

Soares da Silva1; Jamile Drubi de Souza1; Sebastião da Silva Costa1; Matheus da Silva Dias 1 & André Luiz Demantova

Gurjão1

1Universidade Federal do Vale do São Francisco;

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

O controle da velocidade de movimento (VM) durante o

exercício isoinercial é diretamente proporcional a

magnitude e duração das forças externas que atuam no

exercício. Objetivo do estudo foi analisar a aplicação de

força dinâmica e VM resultante no exercício isoinercial.

MATERIAIS E MÉTODOS

Quinze mulheres jovens (25,0 ± 4,0 anos) com

experiência prévia em treinamento de força foram

submetidas a duas sessões experimentais. Cada sessão

consistiu em realizar 3 séries até a exaustão com carga de

15 repetições máximas adotando uma de duas VM: lenta

(VL: 1,25 segundos por fase) ou rápida (VR: o mais

rápido possível). O intervalo de recuperação foi de dois

minutos entre séries e 48 a 72 horas entre condições. A

ordem das condições experimentais foi determinada pelo

método crossover contrabalanceado. A aplicação de força

e velocidade foram mensuradas por meio de células de

carga e acelerômetro acoplados a um leg press horizontal,

respectivamente. Em cada série foi analisada as fases

concêntricas das repetições de início, meio e fim. Para

comparar o efeito da VM nas variáveis dependentes foi

utilizada uma ANOVA three-way de medidas repetidas

seguida de post-hoc de Bonferroni. O nível-α adotado foi

de 0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Quando comparada a força pico (Fpico) nas três

repetições (início, meio e fim) das três séries para as VM

em questão, não foi observada nenhuma interação

significativa (p > 0,05). Contudo foi observado um efeito

de condição F(1, 14) = 18,38 p = 0,001, indicando que a

Fpico foi maior para a VR. Para velocidade média da fase

concêntrica (VMCon) a ANOVA não mostrou interação

Condição x Série x Repetição (p > 0,05). Contudo, foi

observado interação Condição x Repetição F (2,28) =

11,07, p < 0,001, indicando que a VR reduziu ao longo da

série. A redução não intencional da velocidade durante as

repetições tem sido apontada como um importante

preditor de intensidade1, visto que maiores VM são o

resultado de maiores aplicações de força, o que pode

tornar o exercício mais intenso.

CONCLUSÕES

A VM é dependente da aplicação de força durante o

exercício. Quando VR são empregadas ocorre uma

redução na VM ao longo da série, diferentemente de

quando VL são utilizadas.

REFERÊNCIAS

1. Sanchez-Medina L e Gonzalez-Badillo

JJ. MSSE 43, n. 9, p. 1725-1734, 2011.

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Tabela 1:Média ± desvio-padrão da VMCon e Fpico nas repetições de início, meio e fim das três séries executadas com

diferentes velocidades de movimento por mulheres jovens (n = 15). Legenda: a = diferença estatisticamente significativa

em relação a VL (p < 0,001); b = diferença estatisticamente significativa em relação a repetição do início (p < 0,05); c =

diferença estatisticamente significativa em relação a repetição do meio (p < 0,05); d = diferença estatisticamente

significativa em relação a VL (p < 0,001).

VMCon (m?s-1) F pico (N)

Início Meio Fim Início Meio Fim

1° Série 1° Série

VL 0,11 ± 0,06 0,11 ± 0,05 0,10 ± 0,04 1750,2 ± 181,5 1744,1 ± 130,8 1761,9 ± 116,2

VR 0,22 ± 0,07a 0,20 ± 0,05ab 0,16± 0,05abc 1848,1 ± 190,1d 1842,2 ± 190,1d 1846,37 ± 168,6d

2° Série 2° Série

VL 0,13 ± 0,06 0,12 ± 0,06 0,11 ± 0,04 1761,1 ± 152,1 1730,3 ± 136,8 1763,5 ± 103,6

VR 0,21 ± 0,07a 0,20 ± 0,06a 0,15 ±

0,06abc 1844,4 ± 179,2d 1850,1 ± 180,4d 1844,2 ± 180,1d

3° Série 3° Série

VL 0,14 ± 0,06 0,13 ± 0,05 0,11 ± 0,03 1751,5 ± 178,8 1745,5 ± 144,6 1761,2 ± 134,7

VR 0,21 ± 0,07a 0,19 ± 0,06ab 0,16± 0,05abc 1874,6 ± 172,7d 1840,1 ± 185,7d 1837,7 ± 170,7d

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ASSOCIAÇÃO ENTRE A TAXA DE PICO DE FRENAGEM VERTICAL DA MARCHA E EQUILÍBRIO EM IDOSOS APÓS

INTERVENÇÃO COORDENATIVA EM CIRCUITO

1Juliana Moreira Paes Landim*, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1Graciano Joan Xavier de

Lima, 1Etevaldo Dantas Coelho Júnior, 1André Brito de Carvalho, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando

de Aguiar Lemos 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

O déficit no equilíbrio do idoso pode ser influenciado por

disfunções fisiológicas do envelhecimento, tais como,

sarcopenia, diapenia, alterações somatossensoriais,

déficits cognitivos, entre outros, (JANUÁRIO, 2010).

Contudo, estas influências negativas podem reduzir

velocidade de marcha e os picos propulsivos entre pé e

solo para a dinâmica dos passos. Por outro lado, a

capacidade de equilíbrio estático, e dinâmico também

influenciam de forma harmoniosa os movimentos cíclicos

dos membros inferiores que interagem com forças

internas e externas ao corpo (HAMU, 2013). Neste

sentido, intervenções motoras que incluem exercícios

desafiadores para o controle postural podem ser

consideradas como estratégias para melhorar o

equilíbrio postural estático e dinâmico. Desta forma, o

presente estudo teve como objetivo analisar a associação

entre Taxa do Primeiro Pico da FZ e Equilíbrio em idosos

submetidos à intervenção com abordagem coordenativa

em circuitos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados 24 idosos de ambos os sexos, com

média de idade de 69,75 anos (±7,28) e peso corporal de

52,25 Kg (±10,21). Para avaliação da variável Taxa do

Primeiro Pico da FZ (Taxa_PFz1) foi utilizada uma

Plataforma de Força (AMTIForce). Para avaliação do

Equilíbrio (Eq.) foi utilizada a Escala Motora para a

Terceira Idade (Rosa Neto, 2009). Os participantes foram

submetidos a uma intervenção com abordagem

coordenativa em circuitos durante 8 semanas, 2 vezes

por semana, com duração de 60 min cada aula e foram

avaliados nos momentos pré e pós-intervenção. Os dados

coletados foram planilhados e analisados utilizando o

Software Excel (Windows 2010). Para análise estatística

utilizou-se a correlação de Spearman e o nível de

significância adotado foi de α<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verificou-se um aumento da correlação entre as

variáveis, do período pré para o pós-intervenção,

(r=0,06) e (r=0,433), respectivamente. O aumento da

associação entre Eq. e Taxa_PFz1 implica que quanto

melhor o equilíbrio maior associação com a frenagem da

marcha e ainda, melhor a organização neuromotoras de

membros inferiores.

Gráfico 16. Representação gráfica da Taxa_PFz1.

Gráfico 17. Exemplos de testes para o Equilíbrio (Rosa

Neto, 2009).

CONCLUSÕES

Para os idosos participantes do estudo, ocorreu um

aumento da associação entre a Taxa_PFz1 e Eq. Esses

resultados sugerem que a melhora do equilíbrio desses

idosos relacionou-se com a melhora do desempenho na

frenagem da marcha (fase impulsiva), com consequente

melhora da fluidez da marcha e redução do risco de

quedas.

REFERÊNCIAS

1. JANURÁRIO, F; AMARAL, C. Fisiologia do equilíbrio.

RSPMR, v. 19, n. 2, 2010.

2. HAMU, T. C. D. S. Comparação da cinética da marcha

entre mulheres obsesas e mulheres eutróficas. Tese

de doutorado, UnB, 2013.

4. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed,

Porto Alegre: 2009.

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RESPOSTA DO LACTATO SANGUÍNEO APÓS DIFERENTES RITMOS DE JOGO DE CAPOEIRA EM COMPETIÇÃO

MUNDIAL

Lorrana K. S. Barros1,2; Eduardo S. Numata Filho1,2; Geovani A. dos Santos1; Davi L. Ribeiro1,2; Samuel P. Santos1,2; Ricardo

D. A. da Costa1,2; Francélio M.M. Luz1,2; Sérgio R. Moreira1,2

1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.; 2Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento

da Arte (ABADÁ) Capoeira, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.;

E-mail: [email protected]

INRODUÇÃO

A caracterização da demanda fisiológica de esportes de

combate acontece por medidas fisiológicas, tais como o

lactato sanguíneo ([Lac])1. Contudo, a Capoeira ainda não

está caracterizada fisiologicamente em seus diferentes

ritmos de jogo, os quais se diferenciam em velocidade e

técnica de movimento. Sendo a Angola e Benguela ritmos

lentos e a Iuna e São Bento Grande ritmos rápidos e

explosivos. Nesse sentindo, o objetivo do presente estudo

foi analisar descritivamente as respostas de [Lac] após

diferentes ritmos de jogo em competição mundial de

Capoeira.

MATERIAIS E MÉTODOS

As coletas foram realizadas durante a competição

Mundial da Associação Brasileira de Apoio e

Desenvolvimento da Arte (ABADÁ) Capoeira. Quatro

atletas de elite (34,5±5,2 anos; %gordura: 7,4±3,3; tempo

de prática: 25,5±4,7 anos) realizaram jogos nos ritmos de

Angola, Benguela, Iuna e São Bento Grande, os quais

possuíram 160, 60, 45 e 45 segundos de jogo,

respectivamente. Obteve-se 25 μl de sangue do lóbulo da

orelha aos 3, 5 e 7 minutos após cada jogo, sendo

depositadas em micro tubos com 50 μl de fluoreto de

sódio a 1%, e posteriormente analisadas em um

analisador bioquímico eletroenzimático (Yellow Springs

1.500 SPORT, OH, USA). Realizou-se estatística descritiva

com média e erro padrão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após uma análise descritivo visual (Figura 1), observou-

se maiores valores de [Lac] após o jogo de São Bento

Grande (3min: 12,2±3,6; 5min: 13,3±2,9; 7min: 13,7±4,8

mmol*L-1), seguido da Iuna (3min: 10,0±2,0; 5min:

11,6±1,9; 7min: 11,5±1,9 mmol*L-1), Benguela (3min:

7,6±2,7; 5min: 7,9±3,2; 7min: 9,3±1,7 mmol*L-1) e Angola

(3min: 6,4±2,2; 5min: 6,3±2,7; 7min: 6,5±3,7 mmol*L-1).

Interessantemente, tais resultados corroboram com os

estilos de cada ritmo de jogo, onde ritmos mais lentos

exigiram menor demanda, enquanto os ritmos mais

rápidos exigiram maior demanda da via glicolítica

anaeróbia, demonstrando diferentes intensidades de

esforço entre os ritmos. Nesse sentido, os achados podem

auxiliar treinadores e praticantes de Capoeira na

prescrição de treinamento voltados para o desempenho

nos diferentes ritmos.

Figura 18. Resposta do lactato sanguíneo [Lac]

duramente momentos da recuperação após os diferentes

ritmos de jogo. O número amostral do presente estudo

foi uma limitação que impossibilitou procedimentos de

estatística inferencial. Contudo, vale ressaltar a

originalidade do estudo e o perfil da amostra. Sendo

assim, sugerem-se futuras investigações com maior

número de voluntários e que analisem outras variáveis

fisiológicas, bem como perceptuais.

CONCLUSÕES

Ocorreu maior demanda da via glicolítica anaeróbia no

ritmo de São Bento Grande, seguido da Iuna, Benguela e

Angola, sugerindo diferentes demandas de intensidade

entre os ritmos.

REFERÊNCIAS

1. Andreato LV. SM3, n.1, p.9, 2017.

PERFIL MOTOR DE IDOSOS: COMPARAÇÃO ENTRE SEXO E FAIXA ETÁRIA

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1 Lucia Maria Andreis, 1Cassiana Luiza Pistorello Garcia & 1Francisco Rosa Neto

1Laboratório de Desenvolvimento Humano, Universidade Estadual de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

O envelhecimento é caracterizado por alterações

motoras que podem ser influenciadas por fatores

intrínsecos e extrínsecos[1]. Sexo e idade são marcadores

intrínsecos do declínio motor, visto que as diferenças

biológicas entre os sexos, assim como as mudanças no

sistema nervoso e musculoesquelético com o passar dos

anos podem interferir no comportamento motor do

indivíduo[2]. Desta forma, o estudo da combinação

destes fatores e seu reflexo na função motora faz-se

importante, principalmente no que tange ao

planejamento de intervenções adequadas. Isto posto, o

objetivo do presente estudo foi comparar os quocientes

motores (QM) de idosos considerando o sexo e faixa

etária.

MATERIAIS E MÉTODOS

A amostra foi composta por 180 idosos (90 homens e 90

mulheres) pareados por idade (x=70,2±6,3anos),

compondo quatro grupos: M60-69 (mulher, 60-69 anos);

M≥70 (mulher, 70-88 anos); H60-69 (homem, 60-69

anos); e H≥70 (homem, 70-88 anos). O instrumento

utilizado foi a Escala Motora para Terceira Idade (EMTI).

Os dados foram analisados no SPSS 20.0, empregando

estatística descritiva e inferencial (teste H de Kruskal-

Wallis com post-hoc de Dunn).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados do estudo indicaram que as mulheres

apresentaram QM inferior aos homens na MF, CG, OE e

OT. O grupo F≥70 obteve pontuações inferiores ao

demais grupos em todas as áreas motoras. Diferenças

estatísticas significantes foram encontradas na CG e E.

Estudos vêm demonstrando que o avançar da idade está

associado a intensificação dos prejuízos motores,

especialmente no sexo feminino[1,2]. Mulheres estão

mais suscetíveis a DCNT, a fragilidade e a demência,

quando comparado aos homens, o que pode afetar

negativamente seu comportamento motor[1]. Além

disso, diferenças biológicas de estrutura física,

funcionamento do sistema endócrino e arquitetura

cerebral contribuem para estas diferenças[2].

CONCLUSÕES

Concluiu-se que as mulheres apresentam QM inferior aos

homens na maioria das áreas avaliadas, e que as

mulheres de 70 anos ou mais são as que apresentam

maior comprometimento motor quando comparadas aos

homens e mulheres de 60-69 anos.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a FAPESC pelo apoio financeiro.

REFERÊNCIAS

1. BARBOSA, K.T.F. et al. Envelhecimento e

vulnerabilidade individual: um panorama dos idosos

vinculados à estratégia saúde da família. Texto contexto-

enferm.2017;26(2):1-10.

2. ALEXANDRE, T.S. et al. Disability in instrumental

activities of daily living among older adults: gender

differences. Rev Saúde Pública.2014;48(3):379-89.

Tabela 1: Comparação dos valores médios das áreas motoras entre os grupos.

MF CG E EC OE OT

x (DP) x (DP) x (DP) x (DP) x (DP) x (DP)

M60-69 99,6 (17,3) 57,1 (22,3)a,b,d 113,1 (23,4)a,c,d 110,7 (31,9) 100,5 (12,3) 88,3 (26,0)

M≥70 96,5 (18,4) 48,8 (16,8)a,b 98,7 (30,6)b,d 100,3 (29,4) 97,9 (12,0) 91,5 (25,2)

H60-69 105,6 (22,2) 72,9 (28,9)c,d 108,8 (30,6)a,c,d 105,1 (30,2) 102,7 (13,4) 93,9 (27,9)

H≥70 102,1 (22,1) 67,3 (29,4)a,c,d 102,3 (32,6)a,b,c,d 101,3 (31,5) 101,7 (13,5) 91,7 (27,7)

p-valor 0,188 >0,001* 0,039* 0,159 0,802 0,837

MF: Motricidade Fina; CG: Coordenação Global; E: Equilíbrio; EC: Esquema Corporal; OE: Organização Espacial; OT:

Organização Temporal; *p-valor ≤0,05; letras diferentes=diferença estatística significante.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA E ORGANIZAÇÃO TEMPORAL EM IDOSOS APÓS

INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITO

1Luciana Márcia Gomes de Araújo*, 1Juliana Moreira Paes Landim, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna Walesca de Lima

Silva, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Etevaldo Dantas Coelho Júnior, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando de Aguiar Lemos

1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A marcha consiste em um harmonioso complexo de

movimentos cíclicos dos membros com a interação

dinâmica de forças internas e externas (HAMU, 2013).

Organização Temporal (OT) diz respeito à necessidade

de o corpo coordenar movimentos dentro de um espaço

determinado, em função do tempo. O componente

horizontal anteroposterior da força de reação do solo

(FRS), apresenta uma fase negativa (desaceleração) e a

fase positiva (aceleração), e está intimamente ligado à

OT, uma vez que necessita de velocidade e percepção de

tempo para desempenhar a marcha. Através da atividade

física, obtém-se melhora e manutenção dos componentes

psicomotores (VENÂNCIO et al., 2016). Diante disso, o

objetivo do presente estudo foi analisar a associação da

Força Máxima anteroposterior (Fmáx_AP) da marcha e

OT em idosos submetidos à intervenção de abordagem

coordenativa em circuitos.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram avaliados 25 idosos de ambos os sexos, com

média de idade de 69,96±7,21 anos e peso corporal de

52,25±10,21 Kg. Para investigação cinética da marcha foi

utilizada uma Plataforma de Força (AMTIForce),

observou-se as forças cinéticas que atuam no sentido

anteroposterior e a Fmáx_AP foi selecionada para esta

análise de associação. Para investigação motora foi

utilizada a Escala Motora para a Terceira Idade (EMTI;

Rosa Neto, 2002) e foi verificada a variável OT. Os

participantes foram submetidos a uma intervenção com

abordagem coordenativa em circuitos durante 8

semanas, 2 vezes por semana, com duração de 60 min

cada aula e foram avaliados nos momentos pré e pós-

intervenção. Os dados coletados foram planilhados e

analisados utilizando o Software Excel (Windows 2010).

Para análise estatística, utilizou-se a correlação de

Spearman e o nível de significância adotado foi de

α<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verificou-se na pré-intervenção uma correlação positiva

e moderada entre as variáveis Fmáx_AP x OT (r=0,393) e

pós-intervenção a correlação entre as variáveis acima

aumentou para (r=0,518). Isso significa que o estímulo

da OT, reflete diretamente na Fmáx_AP da marcha. Esse

achado é importante, visto que não há na literatura

estudos que façam essa relação com circuitos

coordenativos em idosos.

Figura 19. Representação das variáveis da FRS

horizontal durante a marcha.

Figura 2. Análise motora da OT pela EMTI (ROSA NETO,

2009).

CONCLUSÕES

Pôde-se concluir que, os idosos submetidos à abordagem

coordenativa em circuitos, apresentaram aumento na

associação entre Fmáx_AP e OT, fatores que possibilitam

melhor ritmo da marcha, gasto energético e diminuição

no risco de quedas.

PALAVRAS-CHAVE: Marcha; Organização Temporal;

Idosos.

REFERÊNCIAS

1. HAMU, T. C. D. S. Comparação da cinética da marcha

entre mulheres obsesas e mulheres eutróficas, 2013.

2. VENÂNCIO, P. E. M., MENDES, K. R., LORENA,C. C.,

TOLENTINO, G. P. Influência da atividade física nos

componentes psicomotores em idosos. Revista

Cinergis. v. 17, n.1, 2016.

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3. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed, Porto Alegre: 2009.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE EMTI E COFR DA MARCHA EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM

COORDENATIVA EM CIRCUITOS

1Marcela Ferreira Lapenda Figueirôa*, 1Juliana Moreira Paes Landim, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Etevaldo Dantas Coelho Júnior, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos &

1Fernando de Aguiar Lemos

1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil. E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A adequada fluidez da marcha está intimamente

relacionada com a maior independência funcional e

menor propensão a quedas em idosos. Redução na

velocidade e precisão estão diretamente ligadas a uma

piora na qualidade de vida desses indivíduos. A queda

tem sido um dos principais fatores de morbidade e

mortalidade nessa população e já é considerado um

problema de saúde pública. A Escala Motora para a

Terceira Idade (EMTI) tem sido utilizada para avaliar o

nível de coordenação do idoso. Já, em relação a dados

cinéticos a propensão a quedas pode ser avaliada pelo

Coeficiente de Fricção Requerido (COFR), onde quanto

maior o valor de COFR menor a propensão a quedas.

Desta forma, o presente trabalho tem por como objetivo

avaliar a associação entre o COFR e a classificação na

EMTI em idosos submetidos a intervenção com

abordagem coordenativa em circuitos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados 25 idosos, média de idade de 69,96 anos

(7,21) e peso de 76,28 Kg (16,17). Para avaliação da

marcha foi utilizada uma Plataforma de Força

(AMTIForce) e a variável Coeficiente de Fricção

Requerida do Terceiro Pico da FZ (COFRp3-Figura 1) foi

selecionada para este trabalho. Para investigação motora

foi utilizada a Escala Motora para a Terceira Idade (Rosa

Neto, 2009) e a variável Classificação Geral foi

selecionada. Os participantes foram submetidos a uma

intervenção com abordagem coordenativa em circuitos

durante 8 semanas, 2 vezes por semana, com duração de

60 min cada aula e foram avaliados nos momentos pré e

pós-intervenção. Os dados coletados foram planilhados e

analisados utilizando o Software Excel (Windows 10).

Optou-se por um teste de correlação de Spearman não

paramétrico devido ao N amostral. O nível de

significância adotado de α<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Identificou-se, pré-intervenção, uma correlação

moderada e positiva entre as variáveis EMTI e COFRp3

de (r=0, 372) e pós-intervenção essa correlação

aumentou para (r=0,622). Isso demonstra que para os

idosos participantes do estudo o aumento do nível de

aptidão motora se relacionou com valores mais altos de

COFRp3 e, consequentemente, melhor propulsão para o

próximo passo durante a marcha.

Figura 1. Componentes da FRS (KIRTLEY, 2006).

Figura 2. EMTI (ROSA NETO, 2009).

CONCLUSÕES

O presente estudo concluiu que, nos idosos participantes

desta pesquisa, ocorreu um aumento da associação

positiva entre COFRp3 e a Classificação Geral da EMTI, o

que implica dizer que para esses idosos quanto maior a

aptidão motora maior o COFRp3, ou seja, melhor ajuste

da fase propulsiva da marcha, menor gasto energético e

menor risco de quedas.

REFERÊNCIAS

1. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed,

Porto Alegre: 2009.

2. KIRTLEY, C. Clinical gait analysis: theory and practice.

Edinburgh, New York. Elsevier, 2006.

3. HAMU, T. C. D. S. Comparação da cinética da marcha

entre mulheres obsesas e mulheres eutróficas.

Tese de doutorado, UnB, 2013.

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PROFICIÊNCIA MOTORA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE DOWN

1Natanael Pereira Barros, 1Elionaldo Bringel & 1Leonardo Gasques Trevisan da Costa 1Grupo de Pesquisa em Atividade Física Motora Adaptada, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, Pe,

Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A Síndrome de Down (SD) é uma condição genética que

acarreta alterações em diversas funções cognitivas e

motoras do indivíduo. No Brasil existem

aproximadamente 300 mil pessoas com a SD1.

Considerando que a educação é um direito de todo

cidadão e que a partir da homologação da Lei da Inclusão,

a participação de crianças e adolescentes com SD no

sistema regular de ensino no Brasil será cada vez mais

comum, os profissionais necessitam de conhecimentos e

parâmetros específicos referentes a essa população.

Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar a

proficiência motora de crianças e adolescentes com SD

de Petrolina e região.

MATERIAIS E MÉTODOS

Fizeram parte desse estudo 07 crianças e adolescentes

com Síndrome de Down, com média de idade de

10,73±2,13 anos, matriculados na rede de ensino de

Petrolina e Juazeiro. Para avaliação da proficiência

motora, a amostra realizou os testes de habilidades

motoras globais da bateria de Teste de Coordenação

Corporal para Crianças (Körperkoordination Test für

Kinder – KTK)2, construída com o propósito de

diagnosticar as desordens motoras em crianças com

deficiência. O teste consisti na realização de quatro

tarefas motoras: equilíbrio em marcha à retaguarda,

saltos monopedais, saltos laterais e transferência lateral.

Após a realização tarefas, é gerado um quociente motor

para classificar a habilidade motora global em:

coordenação muito boa, boa coordenação, normal,

perturbação na coordenação ou insuficiência na

coordenação. Além disso, com o intuito de caracterizar a

amostra, foram realizadas avaliações antropométricas

(peso, estatura e índice de massa corporal).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na tabela 1 são representados os resultados da amostra

referente aos valores mínimos, máximos, média e desvio

padrão. Os resultados demonstram que os meninos

atingiram maiores valores para todas as variáveis (idade,

estatura, peso, IMC e tarefas motoras) quando

comparados às meninas. Em relação a proficiência

motora, 88% (n=6) da amostra foi classificada com

insuficiência motora e 12% (n=1) com perturbação na

coordenação motora.

Nesse sentido, destaca-se que todas as crianças e

adolescentes com Síndrome de Down desse estudo foram

classificadas com desordens motoras.

CONCLUSÕES

Conclui-se que, crianças e adolescentes com Síndrome de

Down de Petrolina e região apresentam índices de

habilidades motoras globais abaixo do esperado para a

idade cronológica. Demonstrando a importância de

intervenções motoras para essa população.

AGRADECIMENTOS

Ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Atividade Física

Adaptada - GEPAFA.

REFERÊNCIAS

1. CAETANO LC,et al. RME v.15, n.4,p.579-587, 2011

2 GORLA JI,et al.3ª edição,São Paulo:Editora Phorte,

2014.

.

Tabela 1. Dados referentes a idade, estatura, peso, IMC e habilidades motoras da amostra desse estudo.

Meninos (n=3) Meninas (n=4) p

Min Max Md e DP Min Max Md e DP Idade 12 14 12,67±1,1 7 10 9±1,4 0,01 Estatura 1,53 1,63 1,57±0,05 1,16 1,34 1,24±0,08 0,02 Peso 60,5 76,4 69,23±8,0 23,5 45,5 32,8±9,8 0,03 IMC 25,8 31 27,8±2,7 16,9 25,3 20,8±3,5 0,03 Trave de Equilíbrio 0 16 6,67±8,3 0 3 0,75±1,5 0,31 Saltos Monopedais 3 42 19,33±20,2 1 7 5±2,7 0,26 Saltos Laterais 3 23 16±11,7 11 18 15,5±3,1 0,64 Transferência Lateral 5 23 15±9,1 15 15 15±0,0 0,94

Min: Mínimo; Max: Máximo; Md: Média; DP: Desvio padrão.

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COMPARAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO EM TESTE INCREMENTAL EM

CICLOERGÔMETRO E TESTE INCREMENTAL DE GINGA

Samuel P. Santos1; Geovani A. dos Santos1; Eduardo S. Numata Filho1; Ricardo D. A. da Costa1; Davi L. Ribeiro1; Francélio M.

M. Luz1; Lorrana K. S. Barros1 & Sérgio R. Moreira

1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil;

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Os pontos 13-14 da percepção subjetiva de esforço (PSE)

(BORG 6-20) 1 estão associados ao limiar de lactato (LL)

em teste incremental (TI) em cicloergômetro (BIKE) 2, no

entanto ainda não se sabe se um teste específico de

determinação do LL para praticantes de Capoeira pode

influenciar as respostas da PSE ao exercício. Portanto o

objetivo do presente estudo foi comparar o

comportamento da PSE durante TI em BIKE e teste

incremental de ginga (GINGA).

MATERIAIS E MÉTODOS

Dezesseis capoeiristas recreacionais homens (27,3 ± 6,9

anos) realizaram: i) TI em BIKE, iniciando a 60watts com

incrementos de 30watts a cada estágio de 3min

mantendo 60rpm; ii) TI de GINGA, iniciando em 16

ciclos.min-1 (movimentos de ginga por minuto)

com incrementos de 2 ciclos.min-1 a cada estágio de 3 min

com 1 min de intervalo entre eles, sendo controlado por

estimulo visual e sonoro. Durante ambos os testes a

concentração de lactato ([Lac]) e PSE foi registrada ao

fim de cada estágio. O LL foi considerado a intensidade

anterior ao aumento abrupto da [Lac]. Para comparação

da PSE em ambos os testes, foi realizada normalização

dos dados a partir de momentos relativos para todos os

voluntários, consistindo em: Início (primeiro estágio do

teste), PM1 (ponto médio entre o início e o LL), LL (limiar

de lactato), PM2 (ponto médio entre LL e final), Final

(momento da exaustão).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A PSE foi diferente para os momentos Início e PM1

(p<0,05), contudo nenhuma diferença foi encontrada

para os momentos posteriores LL, PM2 e Final (p>0,05)

(TABELA 1). As diferenças encontradas podem ser

explicadas pela intensidade inicial do exercício superior

no teste GINGA, quando relativizados pelo percentual da

carga máxima no teste (CARGA%) (FIGURA 1). Embora

diferenças significativas sejam demonstradas nos

momentos posteriores (LL e PM2) parecem não interferir

na percepção dos indivíduos. É possível que tal resposta

esteja relacionada a taxa de incremento de carga para

cada protocolo de teste (BIKE e GINGA). Além disso o

teste GINGA não influenciou uma subestimação da PSE, e

em ambos os testes a PSE apresentou comportamento de

LL (PSE 13 pontos no LL) 2. Devido à similaridade entre

os testes sugerem-se estudos de validação da PSE na

determinação do LL durante o TI de GINGA.

Figura 20. Comparação do percentual da carga máxima

de teste durante os testes incrementais a partir dos

momentos normalizados.

CONCLUSÕES

Apesar da PSE apresentar diferença entre os testes

anteriormente ao LL, em ambos foi demonstrado

comportamento de limiar.

REFERÊNCIAS

1. BORG GA, MSSE v. 14, n. 5, p. 377-381, 1982.

2. SIMÕES HG, et al. PMS v. 111, n. 2, p. 365-378,

2010.

Tabela 1: Medidas de dispersão obtidas nos testes incrementais BIKE e GINGA (n=16).

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Início PM1 LL PM2 Final

BIKE 7(6-10) 10(8-11) 13(10-13) 15(13-16) 19(16-19)

GINGA 9(7-11)* 11(10-

12)* 13(12-13) 16(13-17) 17(14-19)

* p<0,05

ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA DE JOVENS ATLETAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO: UM ESTUDO EM FUNÇÃO DO

SEXO

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1Vinicius da Cruz Sousa, 1Carla Thamires Laranjeira Granja, 1Eliakim Cerqueira da Silva, 1Adson Alves da Silva, 2Daniel

Vicentini de Oliveira & 1José Roberto Andrade do Nascimento Junior

1Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício (GEPEEX), Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina, PE, Brasil; 2Programa de Pós-Graduação em Gerontologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP

Brasil

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A ansiedade é compreendida como um estado emocional

caracterizado pela expectativa de determinado fato ou

perigo, sendo considerado impreciso, o que pode levar ao

surgimento de sentimentos de medo e insegurança [1]. A

ansiedade pré-competitiva divide-se em ansiedade

cognitiva, ansiedade somática e autoconfiança, as quais

exercem determinadas respostas corporais aos

indivíduos, sejam fisiológicas ou cognitivas [3].

Evidências apontam que a ansiedade competitiva se

comporta de forma distinta de acordo com o sexo,

apresentando maiores níveis no sexo feminino, devido à

diferença dos comportamentos durante as competições

[1]. Diante disso, este estudo comparou os níveis de

ansiedade pré-competitiva de jovens atletas do estado de

Pernambuco em função do sexo.

MATERIAIS E MÉTODOS

Fizeram parte deste estudo, 177 atletas (104 meninos e

73 meninas), participantes dos Jogos Escolares do Estado

de Pernambuco. Os atletas eram praticantes das

modalidades de futsal (64), voleibol (57), handebol (42)

e basquete (14).

Para identificar os traços de ansiedade pré-competitiva

foi utilizada a Escala de Ansiedade Esportiva -2 (SAS-2).

O instrumento é composto por 15 itens distribuídos por

três subescalas: ansiedade somática, preocupação e

perturbação da concentração.

Para a análise dos dados foram utilizados os testes de

Kolmogorov-Smirnov e “U” de Mann-Whitney (p<0,05).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verificou-se que as meninas apresentaram maiores

níveis de ansiedade somática (p = 0,001) e de

preocupação (p = 0,013), indicando que se sentem muito

mais ansiosas e preocupadas com os jogos e com as

competições do que os meninos. Este achado pode estar

relacionado ao fato de os meninos vivenciarem mais

práticas esportivas e as meninas serem mais sensíveis e

responderem emocionalmente com maior intensidade às

situações competitivas [2]. Dessa forma, os treinadores

devem priorizar a interação social, o bem-estar físico e

mental, promovendo maior autoconfiança e a redução

dos níveis de ansiedade de acordo com suas adaptações

[3].

CONCLUSÕES

Concluiu-se que as meninas sentem mais os sintomas da

ansiedade somática e se preocupam mais com as

competições do que os meninos. Dessa forma, o sexo

parece ser um parâmetro interveniente na ansiedade

pré-competitiva no esporte escolar, tendo causas,

relações e resultados diferentes a depender do ambiente

esportivo em questão.

REFERÊNCIAS

1. CAPITANIO, AM. EFdeportes-Buenos Aires, n.78,

2004.

2. HERNANDEZ, JAE; GOMES, MM. RBCE. v.24. p. 139-

150, 2002.

3. MACHADO et al. RBEFE, out-dez30 (4) : 1061-67, 2016.

Tabela 1. Comparação da ansiedade pré-competitiva dos atletas participantes dos jogos escolares de Pernambuco em

função do sexo.

VARIÁVEL

Masculino

(n=104)

Feminino

(n=73)

P

Md (Q1-Q3) Md (Q1-Q3)

Ansiedade somática 18,50 (13,00 – 23,00) 22,00 (16,50 – 28,50) 0,001*

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Preocupação 18,00 (12,00 – 21,00) 19,00 (14,50- 25,00) 0,013*

Perturbação da Concentração 10,50 (8,00 – 13,00) 11,00 (8,00 – 14,00) 0,386

*p<0,05- Correlação significativa.