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1 VI Semana Acadêmica de Enfermagem UFSM/CAMPUS DE PALMEIRA DAS MISSÕES I Encontro de Egressos de Enfermagem UFSM/CAMPUS DE PALMEIRA DAS MISSÕES “Enfermagem, Educação e Serviço na Rede de Atenção à Saúde” Realizado em Palmeira das Missões/RS, no período de 12 a 15 de maio de 2015.

Anais VI Semana Acadêmica de Enfermagem UFSM CESNORS 2015

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  • 1

    VI Semana Acadmica de Enfermagem

    UFSM/CAMPUS DE PALMEIRA DAS MISSES

    I Encontro de Egressos de Enfermagem

    UFSM/CAMPUS DE PALMEIRA DAS MISSES

    Enfermagem, Educao e Servio na Rede de Ateno Sade

    Realizado em Palmeira das Misses/RS, no perodo de 12 a 15 de maio de 2015.

  • 2

    VI Semana Acadmica de Enfermagem UFSM/Campus de Palmeira das Misses/RS

    I Encontro de Egressos de Enfermagem UFSM/Campus de Palmeira das

    Misses/RS

    TEMA OFICIAL

    Enfermagem, Educao e Servio na Rede de Ateno Sade

    PROMOO

    Universidade Federal de Santa Maria

    Campus Palmeira das Misses/RS

    Diretrio Acadmico de Enfermagem (DAEnf)

    Programa de Educao Tutorial (PET) Enfermagem

    Programa de Educao pelo Trabalho para a Sade (PET-Sade)

    Coordenao do Curso de Enfermagem

    Realizao

  • 3

    APOIADORES

    Ncleo de Ensino, Pesquisa e Extenso em Sade Coletiva - NEPESC

    Grupo de Ensino, Pesquisa e Extenso em Sade Mental - GEPESM

    Diretrio Central dos Estudantes- DCE UFSM

    Departamento de Cincias da Sade

    LOCAL

    Universidade Federal de Santa Maria

    Campus de Palmeira das Misses/RS

    Auditrio FINEP

    12 a 15 de maio de 2015.

    Palmeira das Misses/RS - Brasil

  • 4

    COMISSO ORGANIZADORA

    COMISSO DE INSCRIO/EMISSO DE CERTIFICADOS E

    CREDENCIAMENTO

    Prof Adriane Marins dos Santos e Prof. Susane Cosentino

    COMISSO DE LOGSTICA

    Acadmica Damaris Stoffel, Prof. Darielli Resta Fontana e Grupo PET-Sade/Rede de

    Ateno Pessoa com Deficincia

    COMISSO DE DIVULGAO

    Acadmica Meire Suzana Escher, Acadmico Geovani Rodrigo Pezente da Silva, Enfermeiro

    Paulo Mayer Della Libera, Prof. Rafael Marcelo Soder e Grupo PET-Sade/Rede de Ateno

    s Urgncias e Emergncias/SOS Emergncias

    COMISSO DE PATROCNIO

    Acadmica Indaiara Wisniewski, Prof. Ricardo Vianna Martins, Prof. Isabel Cristina dos

    Santos Colom e Grupo PET-Sade/Rede de Ateno Psicossocial, priorizando o

    enfrentamento do lcool, Crack e Outras Drogas

    COMISSO CONTATO COM OS PALESTRANTES

    Prof. Ethel Bastos e Prof. Rafael Marcelo Soder

    COMISSO DE ORGANIZAO GERAL Prof. Ethel Bastos da Silva, Prof. Isabel Cristina dos Santos Colom, Prof. Leila Mariza

    Hildebrandt, Prof. Alitia Santiago Dillio, Prof. Adriane Marins dos Santos, Prof.

    Aline Cammarano, Isabel Cristina Pacheco Van der Sand e Acadmica Graciela Machado

    de Arajo.

    COMISSO CIENTFICA

    PET Enfermagem UFSM/Campus Palmeira das Misses

    Acadmica Nara Reisdorfer, Prof. Leila Mariza Hildebrandt e Prof. Marins Tmbara Leite

  • 5

    ANAIS

  • 6

    SUMRIO

    MODALIDADE RESUMO EXPANDIDO

    N Trabalho Ttulo Autores

    01

    ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO

    PACIENTE EM VENTILAO MECNICA:

    RELATO DE EXPERINCIA

    Nara Reisdorfer

    Graciela Machado de Araujo

    Adriane Marines dos Santos

    Camila Zanatta Zuchi

    02

    A DETECO DO ATRASO DO CRESCIMENTO

    E DESENVOLVIMENTO: RELATO DE

    EXPERINCIA

    Jssica Zanquetta Vargas

    Isabel Cristina dos Santos Colom

    Cristiane Thas Welter Basanella

    Bruna Zanon

    Damaris Stoffel

    Las Joana Nardino

    03 A INSERO DA FAMLIA NO CENTRO DE

    ATENO PSICOSSOCIAL

    Maili Frizon

    Silvia Naiara Santos Correa

    Ricardo Vianna Martins

    Marines Adriane dos Santos

    04 A INTERFACE ENTRE A SNDROME DE

    BORNOUT E A ENFERMAGEM.

    Vanessa Horst

    Rafaela Polidrio Krauzer

    Ricardo Vianna Martins

    05

    A VISITA DOMICILIAR COMO INSTRUMENTO

    PARA CONSTRUO DE PROJETO

    TERAPUTICO SINGULAR, UM RELATO DE

    EXPERINCIA.

    Damaris Stoffel

    Darielli Gindri Resta

    Las Joana Nardino

    Rita Lucia Luza

    06

    APLICAO DE REIKI A USURIOS

    HIPERTENSOS DO SISTEMA NICO DE SADE

    NOTA PRVIA

    Danieli Samara Federizzi

    Vera Lucia Freitag

    Sidnei Petroni

    Viviane Marten Milbrath

    07

    ATIVIDADES PRTICAS

    EXTRACURRICULARES DESENVOLVIDAS EM

    UMA UNIDADE DE SADE DA FAMLIA:

    RELATO DE EXPERINCIA

    Bruna Bender Companhoni

    Machado Marins Tambara Leite

    Leila Mariza Hildebrandt

    08

    ATUAO DO ENFERMEIRO NA ESTRATGIA

    SADE DA FAMLIA: EXPERINCIAS E

    PERSPECTIVAS DE USURIOS

    Danieli Samara Federizzi

    Isabel Cristina dos Santos Colom

    09

    CENRIO DE SADE MENTAL:

    DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS

    PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

    Kassiely Klein

    Ricardo Vianna Martins

    Queila Campos da Silva

    10

    CONTRIBUIES DO PET- SADE NA

    ATENO BSICA: RELATO DE

    EXPERINCIA

    Franciele Teixeira Rosa

    Fabiana Aparecida Rocha

    Ricardo Vianna Martins

    11

    CONTRIBUIES DO PET-SADE NA

    CONSOLIDAO DOS SERVIOS DE SADE

    MENTAL: A PERSPECTIVA DOS

    ENFERMEIROS

    Queila Campos da Silva

    Kassiely Klein

    Ricardo Vianna Martins

    12 CUSTO AFETIVO NO TRABALHO DE Jonatan da Rosa Pereira da Silva,

  • 7

    AGENTES PENITENCIRIOS Cynthia Helena Ferreira Machado,

    Francine Cassol Prestes,

    Rosngela Marion da Silva,

    Carmem Lcia Colom Beck

    13

    DESAFIOS QUE SE INTERPEM NAS

    ESTRATGIAS EDUCATIVAS AOS USURIOS

    DOS SERVIOS DE SADE

    Letcia Petry

    Luiz Anildo Anacleto da Silva

    Rafael Marcelo Soder

    Isabel Cristine Oliveira

    Vera Regina De Marco

    Sabrina Dias Senger

    14 DOAO DE RGOS SOB A TICA DE

    FAMILIARES: REVISO NARRATIVA

    Andressa Dias Schroeder

    Adriane Marines dos Santos

    15

    GRUPO DE PROMOO DE SADE EM

    EMPRESA DE TRANSPORTE COLETIVO:

    RELATO DE EXPERINCIA

    Vera Regina De Marco

    Sidnei Petroni

    Fabili Vargas Muniz Schneider

    Sabrina Dias Senger

    Isabel Cristine Oliveira

    Letcia Petry

    16

    MAPEAMENTO DE PESSOAS COM

    DEFICINCIA NA ATENO BSICA DE UM

    MUNICPIO GACHO: NOTA PRVIA

    Sandi Felicete

    Giziane Viana Silva

    Betina Soares Lagomarsino

    Isabel Cristina dos Santos Colom

    17 O SERVIO DE URGNCIA E EMERGNCIA

    NO BRASIL

    Graciela Machado de Araujo

    Jairo Soero

    Daiane Borsatto

    Rafael Marcelo Soder

    18

    PERDA AUDITIVA EM CRIANAS:

    DETECO, IMPACTO FAMILIAR E

    INTERVENES NO PROCESSO DO CUIDAR

    Las Joana Nardino

    Damaris Stoffel

    Isabel Cristina dos Santos Colom

    Nara Reisdorfer

    Rita Lucia Luza

    Bruna Zanon

    19

    PERFIL DOS ATENDIMENTOS EM UMA

    ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA NUM

    MUNICPIO DE PEQUENO PORTE DO

    NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL

    Alxia Cassol Zeni

    Rafael Marcelo Soder

    Frick Elieti Brizola

    20

    PET-SADE NAS ESCOLAS: AMPLIANDO A

    REDE DE CUIDADO A PESSOA COM

    DEFICINCIA

    Giziane Viana da Silva

    Sandi Felicete

    Betina Soares Lagomarsino

    Aline Kettenhuber Gieseler

    Isabel Cristina dos Santos Colom

    21

    RESGATANDO A CLNICA: EXPERINCIAS

    VIVENCIADAS POR ACADMICAS DE

    ENFERMAGEM NO PARCE&S

    Fabili Vargas Muniz Schneider

    Luana Escobar dos Santos da Silva

    Adriane Marines dos Santos

    Luiz Anildo Anacleto da Silva

    22 UM OLHAR SOBRE A ENFERMAGEM Aline Rugeri

  • 8

    AMPARADA POR UM PROTOCOLO JURDICO

    MUNICIPAL: RELATO DE EXPERINCIA

    Michele Silva Lachno

    Edenilson Freitas Rodrigues

    23

    UNIVERSIDADE E SEU PAPEL NA EDUCAO

    EM SADE DE ALUNOS DO ENSINO BSICO:

    RELATANDO EXPERINCIAS

    Fabili Vargas Muniz Schneider

    Vera Lucia Freitag

    Indiara Sartori Dalmolin

    Sidnei Petroni

    24

    VISITA DE PACIENTES DE UM CENTRO DE

    ATENO PSICOSSOCIAL I

    UNIVERSIDADE: PERSPECTIVA DE VIDA

    Yohana Pereira Vieira

    Ricardo Vianna Martins

    Carolina Lopes Hipp

    Rubia Luana Baldissera

    Alane Karen Echer

  • 9

    SUMRIO MODALIDADE RESUMO SIMPLES

    N Trabalho Ttulo Autores

    26

    A ENFERMAGEM E A EDUCAO SEXUAL

    EM ESCOLA PBLICA: ABORDAGEM PARA

    ADOLESCENTES

    Andressa Dias Schroeder

    Diana Cristina Buz Mainardi

    Marins Tambara Leite

    Leila Mariza Hildebrandt

    27

    ELABORAO DE PROTOCOLOS CLNICOS

    DE ATENDIMENTO PELO PET-REDES

    URGNCIA E EMERGNCIA - RELATO DE

    EXPERINCIA

    Gessica de Lima Oliveira

    Cristiane Moraes da Silva

    Rafael Marcelo Soder

    Andressa Magalhes Flores

    Fabio Lucas Begnini

    28

    INCIDNCIA, LOCAL E CONSEQUNCIAS DE

    QUEDAS EM IDOSOS NO

    INSTITUCIONALIZADOS

    Bruna Bender Companhoni Machado

    Marins Tambara Leite

    Leila Mariza Hildebrandt

    29

    O ACADMICO, A INICIAO CIENTIFICA E

    O GRUPO DE PESQUISA: RELATO DE

    EXPERINCIA

    Jonatan da Rosa Pereira da Silva

    Afonso Valau de Lima

    Francine Cassol Prestes

    Rosngela Marion da Silva

    Carmem Lcia Colom Beck

    30

    PET-SADE E A INTERVENO

    ACADMICA NO MBITO ESCOLAR:

    RELATO DE EXPERINCIA

    Luisa Rodrigues de Lima

    Estfeni Sanini do Nascimento

    Isabel Cristina dos Santos Colom

    31

    PROGRAMA DE EDUCAO PELO

    TRABALHO PARA A SADE EM UM CENTRO

    DE ATENO PSICOSSOCIAL I: GRUPO DE

    CONVIVNCIA E DE MEDICAES

    Rafaela Polidrio Krauzer

    Jaqueline Sganzerla

    Vanessa Horst

    Queli Sartori Nogueira

    Ricardo Vianna Martins

    32

    REFLEXO SOBRE SEGURANA DO

    PACIENTE DURANTE A TERAPIA

    MEDICAMENTOSA E A RESPONSABILIDADE

    DO ENFERMEIRO

    Luciana Machado Martins

    Luiz Anildo Anacleto da Silva

    Fernanda Honnef

    33

    REVISO INTEGRATIVA ACERCA DAS

    ESTRATGIAS DE AUTOCUIDADO DO

    IDOSO

    Caroline Thas Both

    Juliane Elis Both

    Margrid Beuter

    Miriam da Silveira Perrando

    Jamile Lais Bruinsma

    Matheus Souza Silva

    34

    SISTEMATIZAO DA ASSISTNCIA DE

    ENFERMAGEM NO CUIDADO A PACIENTE

    COM DRENO DE TRAX

    Vera Regina de Marco

    Sabrina Dias Senger

    Nara Reisdorfer

    Juliana Jungbeck da Silva

    Letcia Petry

    Mnica Strapazzon

    35 VISITAS DOMICILIARES A PESSOAS COM

    NECESSIDADES ESPECIAIS: RELATO DE

    Luana Escobar dos Santos Silva

    Fabili Vargas Muniz Schneider

  • 10

    EXPERINCIA Aline Kettenhuber Gieseler

    Alessandra Florencio de Lima

    01 ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAO

    MECNICA: UM RELATO DE EXPERINCIA

    REISDORFER, NARA

    Acadmica do Curso de Graduao em Enfermagem da UFSM/Campus Palmeira das

    Misses-RS. Bolsista PET Enfermagem UFSM/Campus Palmeira das Misses. E-mail

    [email protected]

    ARAUJO, GRACIELA MACHADO DE

    Acadmica de Graduao do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa

    Maria/Campus Palmeira das Misses. Bolsista do PET-Sade/Rede de Ateno s Urgncias

    e Emergncias/SOS Emergncias. E-mail: [email protected]

    SANTOS, ADRIANE MARINES DOS

    Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva. Professora substituta da Universidade Federal

    de Santa Maria/Campus Palmeira das Misses. E-mail: [email protected]

    ZUCHI, CAMILA ZANATTA

    Acadmica de Graduao do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa

    Maria/Campus Palmeira das Misses. E-mail: [email protected]

    DESCRITORES: Unidades de Terapia Intensiva; Cuidados crticos; Enfermagem.

    INTRODUO: A Unidade de Terapia Intensiva designada ao cuidado de pacientes

    crticos, instveis e que necessitam de assistncia especializada, de intervenes complexas e

    assistncia mdica e de enfermagem ininterruptas nas 24 horas do dia, sendo que estes

    profissionais atuam com o limiar entre vida e a morte. O tratamento atribudo aos pacientes

    pautado em monitoramento constante dos diversos sistemas do organismo, com intuito de

    diagnosticar e intervir o mais rpido possvel sobre qualquer alterao que possam ocorrer em

    alguns desses sistemas. Os recursos tecnolgicos do setor chamam ateno por sua grande

    variedade e complexidade. Os sinais so constantemente avaliados atravs da monitorizao

    por aparelhos conectados ao paciente, exames de imagens e laboratoriais, bem como por uma

    adequada avaliao clnica. Os pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva

    demandam de uma ateno especial e uma equipe multiprofissional preparada e qualificada

    (LOPES et al 2015). Segundo a RDC 50/02 a localizao deste setor no hospital tem que ser

    em um local estratgico, estando prximo aos elevadores, ao centro cirrgico e a sala de

    recuperao ps anestsica, com o intuito de facilitar o acesso a esses servios auxiliares.

    Deve tambm, permitir a circulao de macas, aparelhos e mobilidade para os profissionais,

    se mantendo distante de locais com circulao considervel de pessoas. A estrutura fsica

    deve ser planejada e elaborada visando favorecer o atendimento, de forma que permita a

    observao individual e conjunta de todos os leitos, geralmente com sistema de ilha, sendo

    esta rea destinada para posto de enfermagem ou local de prescrio, com visualizao direta

    dos pacientes. O ambiente deve ser silencioso e climatizado com temperatura adequada

    proporcionando bem estar aos pacientes e evitar possvel hipotermia. Segundo o Ministrio da

    Sade (2005) a unidade de terapia intensiva um local que apresenta grande especializao e

    tecnologia, e por esse motivo um setor que deve ser atrelado a profissionais, mdicos e

  • 11

    enfermeiros, com profundo conhecimento tcnico cientifico, alm de habilidade e destreza

    para prestar cuidados e realizar os procedimentos necessrios. Nesse sentido, levando em

    conta essas recomendaes, subentende-se que os profissionais atuantes nesse setor precisam

    de muito preparo e capacitao, pois esto constantemente em situaes cujas decises iro

    definem entre a vida ou a morte do paciente (RAMOS, 2009). A insero do profissional

    enfermeiro em tal cenrio ocupa um papel importante por envolver algumas especificidades e

    articulaes. A assistncia aos pacientes de alta complexidade exige do profissional

    conhecimento das tcnicas e empatia pelos pacientes e familiares, pois, este o executor do

    cuidado. Salientando que para isso, estes necessitam obter embasamento cientfico e constante

    aprimoramento deste conhecimento. Ter a sensibilidade de mesmo com a alta complexidade e

    todo o aparato tecnolgico, sendo emptico e prestar uma assistncia humanizada, estendendo

    esse cuidado aos familiares, que tambm padecem diante da internao. Alm das demandas

    relativas gerncia da unidade, que compreende o planejamento, a execuo e a avaliao da

    assistncia, passando pela distribuio de profissionais, superviso e orientao da equipe de

    enfermagem (CHAVES, 2012). Para Martins (2011), o ambiente dessa unidade desafiador

    para os profissionais enfermeiros, pois considerado insalubre e complexo, devido aos

    obstculos relacionados a assistncia aos pacientes e as solicitaes constantes e exigentes de

    familiares, mdicos e da instituio. Tambm aos riscos que este profissional est exposto,

    tantos fsicos, biolgicos, qumicos e tecnolgicos. A unidade de terapia intensiva tambm

    conhecida pela presena de tecnologias altamente especializadas e complexas, utilizadas com

    intuito de garantir sobrevida aos pacientes crticos nas mais diversas situaes com alteraes

    em qualquer sistema do corpo. Visando estabilizar o paciente o mais rpido possvel em um

    curto perodo de internao, tento em vista os altos riscos de infeco da unidade. Em busca

    da manuteno da vida se faz uso de suporte contnuo para poder manter as funes vitais de

    pacientes crticos que precisam de acompanhamento, monitorizao e intervenes

    recorrentes. Esses pacientes, a maioria quase que absoluta, so submetidos a procedimentos

    invasivos, como exemplo a utilizao de tubo orotraqueal, traqueostomia e ventilao

    mecnica. Em Unidades de Terapia Intensiva a ventilao artificial uma interveno

    amplamente utilizada, pois os pacientes que internam muitas vezes esto com

    descompensao da mecnica respiratria, impossibilitados de manter as trocas gasosas e

    promover oxigenao aos tecidos. A ventilao mecnica caracteriza-se como um mtodo de

    suporte para o tratamento de pacientes com insuficincia respiratria aguda ou crnica

    agudizada, sua utilizao pode ser de forma invasiva e no invasiva. A utilizao de

    ventilao mecnica tem a finalidade de permitir trocas gasosas compatveis com as

    necessidades metablicas, prevenir a deteriorao da funo ventilatria, reduzir o trabalho

    dos msculos ventilatrios revertendo ou evitando a fadiga dos mesmos, alm de permitir

    aplicao de teraputicas especficas (CRUZ, 2015). Muitos cuidados devem ser adotados no

    acompanhamento de pacientes em ventilao mecnica como a avaliao constante do

    paciente: aspecto clnico, sinais de esforo, sinais vitais, agitao psicomotora. Outro ponto

    muito importante a ser avaliado so os grficos dos respiradores que mostram a Presso,

    PEEP, frequncia respiratria, volume corrente e outros parmetros que permitem aferir

    resposta adaptativa do paciente a ventilao. Deve tambm ser analisada a presena de

    secreo no tubo, presena de vazamento (escape de ar), Cuff quanto a seu posicionamento e

    quantidade adequada de ar no mesmo, alm da fixao do cadaro que dever ser adequada,

    para no comprimir vasos importantes, ou retirada acidental do dispositivo. Caso o paciente

    apresente interao ou competio com o tubo orotraqueal deve-se reajustar parmetros, por

    vezes aumentando a dose de sedativo se no for possvel iniciar desmame, caso as condies

    do paciente permitam a extubao pode se iniciar o desmame (CRUZ, 2015). OBJETIVO:

  • 12

    Este trabalho tem por objetivo relatar a vivncia de acadmicos do curso de enfermagem

    sobre a atuao da enfermagem junto ao paciente em ventilao mecnica.

    METODOLOGIA: Este relato de experincia fruto das vivencias acadmicas obtidas

    atravs das atividades prticas da disciplina de Enfermagem Em Terapia Intensiva, presente

    no sexto semestre da grade curricular do Curso de Graduao em Enfermagem da

    Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educao Superior Norte do Rio Grande do

    Sul, Campus de Palmeira das Misses. Tais prticas ocorreram no perodo de 04 a 07 de

    novembro de 2014 totalizando 20 horas acompanhadas por professores supervisores da

    disciplina. A Unidade de Terapia Intensiva do Hospital onde se desenvolveu as atividades

    prticas est localizada em um municpio de pequeno porte no noroeste do estado do Rio

    Grande do Sul. O setor conta com 10 leitos adulto, equipados para atender demandas

    complexas tanto da comunidade local, regional e estadual, j que a unidade esta cadastrada na

    central de leitos do estado, e principalmente por se tratar de uma das nicas unidades da

    regio. Por vezes acaba fazendo atendimentos espordicos a pacientes peditricos, at o

    momento que haja leito especializado disponvel para sua transferncia. Durante as atividades

    prticas os alunos foram, inicialmente, divididos em duplas e incumbidos das demandas de

    determinado paciente, alm de todos os cuidados relacionados a esse, alm de acompanhar o

    trabalho dos profissionais enfermeiros no setor. Tendo a oportunidade de desenvolver

    atividades como verificao dos sinais vitais de duas em duas horas incluindo avaliao de

    ventilao mecnica, nveis correntes, presso inspiratria, frequncia e PaO2, administrao

    me medicamentos, controle de balano hdrico, aferio de PVC avaliao do estado geral do

    paciente, a realizao diagnsticos de enfermagem, a elaborao das prescries de

    enfermagem, com o intuito de proporcionar a continuidade do cuidado de enfermagem, bem

    como dar suporte aos pacientes nas questes de alimentao e higiene, alm da aplicao de

    escalas coma de Glasgow e da dor, que faziam parte do roteiro das atividades prticas e

    tambm rotina na instituio. RESULTADOS E DISCUSSES: O cuidado de

    Enfermagem, especialmente em Unidades de Terapia Intensiva, complexo e desafiador.

    Esses profissionais esto expostos frequentemente a situaes clnicas complicadas e que

    requerem ateno constante, intervenes rpidas e controle de seu prprio emocional, ao

    mesmo tempo, a velocidade de inovaes tecnolgicas exigem capacitaes e treinamentos

    constantes destes para manuseio de forma consistente, correta e segura desses aparatos. A

    cada equipamento e tecnologia adicionado ao cuidado, aumenta a complexidade do trabalho

    da enfermagem, embora na maioria das vezes, essa incluso de novas tecnologias potencializa

    a reduo da carga de trabalho, melhorando a qualidade do cuidado (ZUZELO, 2008). No

    perodo de estagio a unidade encontrava-se com todos os leitos ocupados e muitos destes

    pacientes estavam submetidos ventilao artificial, atravs de mscara, culos nasal ou tubo

    orotraqueal. Cada um dos mtodos utilizados com suas indicaes especficas, dentre elas o

    volume em litros de O2 que o paciente necessitava e os nveis de conscincia apresentados..

    As patologias que houve indicao de ventilao artificial foram a Sndrome da Angustia

    Respiratria em Adultos (SARA), doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC),

    broncoaspirao entre outros. A unidade possui respiradores de ltima gerao, de fcil

    instalao e monitoramento, permitindo a programao dos nveis indicados ao paciente de

    presso de O2 e CO2, PEEP, frequncia respiratria, volume corrente, definindo tambm a

    relao de tempo entre inspirao e espirao de acordo com as necessidades do sujeito.

    Permitindo assim um controle absoluto sobre as funes respiratrias do mesmo. medida

    que a assistncia norteada por um referencial terico, notou-se que a equipe de enfermagem

    tem autonomia mostrando-se sujeitos ativos no processo de acompanhamento, avaliao, e

    manuteno adequada da terapia ventilatria, relacionando conhecimentos anatmicos e

  • 13

    fisiolgicos a clnicos tecnolgicos estabelecendo relaes de trabalho coerentes e produtivas

    no sentido de oferecer um cuidado integral e qualificado. CONCLUSO: As atividades

    prticas supervisionadas possibilitam ampliar o contato com a realidade profissional futura e,

    tambm, se constitui como parte essencial da integrao da teoria com a prtica aprendida,

    culminando em aprendizagem para os acadmicos. Permite, ainda, a troca de conhecimento

    com os profissionais atuantes na rea a fim de obter e aprimorar saberes de ambas as partes.

    Alm de uma maior troca com os docentes supervisores, que tornam o campo pratico em um

    campo de grande troca de conhecimento. O primeiro contato com a unidade de terapia

    intensiva, pacientes crticos e todo o aparato tecnolgico existente nesse setor gera diversos

    sentimentos em cada acadmico, como insegurana e medo, por outro lado muitos sentiram-se

    mais seguros e confiantes tendo em vista a superviso e apoio de docentes e da equipe de

    enfermagem extremamente qualificados, e tambm, pelo fato de estar tudo em mos,

    equipamentos, medicamentos e demais itens necessrios ao cuidado, que se encontravam na

    cabeceira do paciente ou prximo a este. A ventilao mecnica um fato que colaborou para

    o surgimento desses sentimentos, por um lado ver o paciente sedado, entubado e com um

    grande aparato de tubos e conexes ligados ao respirador e ao paciente, pode causar espanto,

    por outro lado saber que se pode controlar tudo referente a respirao desse sujeito at mesmo

    o tempo de inspirao e expirao e o volume que esse paciente ir receber, e do fato desse

    respirador possuir bateria de emergncia coso tenha queda de energia, de certa forma

    tranquilizou os acadmicos por estes sentirem-se no controle da situao, capazes de

    identificar intercorrncias e de agir sobre estas. Destaca-se ainda o apoio recebido da equipe

    de enfermagem que se constituiu como um dos pontos positivos e um fator que corroborou

    para uma melhor assistncia desprendida aos pacientes e de forma mais segura, alm de

    incentivar e encorajar a busca pelo aprimoramento da teoria e da tcnica.

    REFERNCIAS

    BRASIL. Agencia Nacional de Vigilncia Sanitria- ANVISA. RDC 50 de 21 de fevereiro de

    2002- Dispe sobre o Regulamento Tcnico para planejamento, programao, elaborao e

    avaliao de projetos fsicos de estabelecimentos assistenciais de sade. Dirio oficial da

    unio 20 de maro de 2002

    BRASIL. Ministrio da Sade. Poltica Nacional de Ateno ao Paciente Crtico. Braslia

    2005

    CHAVES, L.D.P.; LAUS, A.M.; CAMELO, S.H. Aes gerenciais e assistenciais do

    enfermeiro em unidade de terapia intensiva. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. V.14, n.3, p:671-8,

    2012. Disponvel em: http://www.fen.ufg.br/revista/v14/n3/v14n3a25.htm. Acesso em: 10 de

    maro de 2015.

    CRUZ, M.R.; ZAMOR, V.E.C. Guia de Consulta Rpida em Ventilao Mecnica Bsica

    e Resolues de Problemas Comuns do Ventilador Mecnico. Hospital Universitrio Pedro

    Ernesto. Rio de Janeiro, 2015.

    http://www.fen.ufg.br/revista/v14/n3/v14n3a25.htm

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    LOPES, N.P. et al. Conhecendo as UTIs de Curitiba: UTI geral. Revista do Curso de

    Enfermagem UFSC: IV Jornada Cientfica de Enfermagem. v. 4, p:1-2, 2015. Disponvel

    em file:///C:/Users/hp/Downloads/1036-977-1-PB%20(1).pdf. Acesso em: 12 de maro de

    2015.

    MARTINS, A.C. Sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho de enfermagem em

    unidade de terapia intensiva. Dissertao (mestrado). Escola de Enfermagem da

    Universidade de So Paulo. So Paulo, 2011.

    RAMOS, E.L. A qualidade de vida do trabalho: dimenses e repercusses na sade do

    trabalhador de enfermagem de terapia intensiva. Dissertao (mestrado). Universidade do

    Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Enfermagem. Rio de Janeiro, 2009.

    ZUZELO, P.R; GETTIS, C.; HANSELL, A.W.; THOMAS, L. Describing the influence of

    technologies on registered nurses' work. Clin Nurse Spec, v.22, n.3, p:132-140, 2008.

    Disponvel em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18438162. Acesso em 15 de maro de

    2015.

    ../../Downloads/1036-977-1-PB%20(1).pdfhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18438162

  • 15

    02 A DETECO DO ATRASO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO:

    UM RELATO DE EXPERINCIA

    VARGAS, JSSICA ZANQUETTA Acadmica do Curso de Graduao em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria

    Campus Palmeira das Misses. Bolsista do PET-Sade/Rede de Ateno Pessoa com

    Deficincia.

    COLOM, ISABEL CRISTINA DOS SANTOS

    Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Curso de Graduao em

    Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria - Campus Palmeira das Misses.

    Tutora do PET-Sade/Rede de ateno Pessoa com Deficincia.

    BASANELLA, CRISTIANE THAS WELTER

    Enfermeira da Estratgia de Sade da Famlia V Dr Josino Assis, bairro Mutiro. Preceptora

    do PET-Sade/Rede de Ateno Pessoa com Deficincia.

    ZANON, BRUNA

    Acadmica do Curso de Graduao em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria

    Campus Palmeira das Misses. Bolsista do PET-Sade/Rede de Ateno Pessoa com

    Deficincia

    STOFFEL, DAMARIS

    Acadmica do Curso de Graduao em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria

    Campus Palmeira das Misses. Bolsista do PET-Sade/Rede de Ateno Pessoa com

    Deficincia.

    NARDINO, LAS JOANA

    Acadmica do Curso de Graduao em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria

    Campus Palmeira das Misses. Bolsista do PET-Sade/Rede de Ateno Pessoa com

    Deficincia.

    .

    DESCRITORES: Cuidado da criana; Ateno primria a sade; Enfermagem; Pessoas com

    deficincia.

    INTRODUO: O Programa de Educao pelo Trabalho para sade/Redes de Ateno a

    Pessoas com Deficincia (PET-Sade), visa formao do aluno por meio do trabalho,

    oferecendo oportunidades de troca de conhecimento e experincias entre alunos de graduao

    da rea da sade e profissionais atuantes no Sistema nico de Sade (SUS). A Rede de

    Ateno a Pessoas com Deficincia, busca assegurar um atendimento qualificado e adequado

    a este pblico alvo, garantindo acessibilidade e insero social destes indivduos. Segundo a

    OMS (2003), deficincias so problemas nas funes ou nas estruturas podendo ser

    temporrias ou permanentes, progressivas ou estveis, intermitentes ou contnuas. Ao

    relacionar o trabalho desenvolvido pelos integrantes deste programa, com o sentido de rede,

    entende-se que esta fundamental para caracterizar a ligao entre o indivduo e o ser na

  • 16

    sociedade na perspectiva do servio. Rede se configura por um conjunto de ns intercalados,

    o que determina a intensidade e frequncia dos mesmos, so as ligaes inter-relacionadas

    entre eles (RIGHI, 2003) ou ento, como conjuntos de servios de sade vinculados por uma

    misso nica com objetivos em comum, de oferecer uma ateno contnua e integral a certa

    populao (MENDES, 2011). Das relaes entre as redes, podem surgir ligaes que sejam

    favorveis, tornando a rede em questo fortalecida. A ligao da Rede de Ateno a Pessoas

    com Deficincia relacionado a enfermagem, tem por finalidade possibilitar novos olhares

    acerca da temtica, fazendo com que os futuros profissionais sintam-se preparados para esta

    realidade e saibam a tomada correta de decises, tambm tendo em vista a ligao dos

    usurios com sua referncia, na obteno de recursos. E sabendo que a puericultura uma

    ferramenta facilitadora para a deteco de crianas com possveis deficincias, alm de ela

    oferecer metodologias sistemticas necessrias para empregar e assegurar o perfeito

    desenvolvimento fsico e mental da criana, e tendo como objetivos bsicos a promoo da

    sade, preveno das doenas e a educao da criana e seus familiares, por meio de

    orientaes e medidas preventivas de agravos a sade das mesmas (SANTOS, 2010). Est

    previsto pelo Estatuto da Criana e Adolescente (ECA) de 1990, os direitos ao crescimento e

    desenvolvimento pleno, assegurado por lei e por outros meios, as oportunidades e facilidades

    de adquirir o desenvolvimento fsico, mental, moral, espiritual e social, em condies de

    liberdade e de dignidade. Sendo dever da famlia, comunidade, sociedade e poder pblico de

    garantir esse direito (BRASIL 1990). Em consonncia a esse direito evidente que o cenrio

    da Estratgia de Sade da Famlia (ESF) um grande facilitador para a promoo do bem

    estar e sade das crianas, pois pode articular o trabalho em rede com os autores que detm

    esse dever. A mudana de modelo por meio da Estratgia Sade da Famlia oriunda da

    Poltica Nacional da Ateno Bsica (2012), a qual preconiza a criao de Estratgias de

    Sade da Famlia (ESF) que envolvem aes em sade, na comunidade ou individual, para

    realizao de promoo e proteo da sade, preveno de agravos, recuperao da sade e

    reduo de danos, sendo a porta de entrada do sistema de sade, que objetiva, a ateno

    integral aos usurios. Dentre as aes da ESF no cuidado da sade da criana est a

    Puericultura, sendo ela tambm uma ao do enfermeiro no servio de sade e para que o

    enfermeiro possa ver a criana na sua totalidade, necessrio usar a longitudinalidade na

    ateno, pois h o estreitamento de vnculo entre os profissionais da sade, famlias e

    comunidade, facilitando a adeso e a continuidade da assistncia, e quando h ausncia da

    longitudinalidade, no poder haver a construo de novas formas de produzir o cuidado, e

    funcionar como uma barreira para a integralidade (FURTADO et al, 2013; ARAJO et al,

    2014). Na integralidade no h alienao, portanto reconhecer que a integralidade no

    cuidado tem sentido de dar valor a vida e a dignidade humana. A integralidade do cuidado

    um modo de estar em relao com o outro na sua totalidade, estendendo-se a dimenses

    subjetivas e sociais no apenas se firmando na dimenso biolgica em que a criana apresenta

    (SOUSA, ERDMANN; 2012). OBJETIVO: Relatar a experincia de bolsistas do PET-Sade

    redes de cuidado a pessoas com deficincia, frente ao acompanhamento de consultas de

    puericultura, tendo como foco a deteco do atraso no crescimento e desenvolvimento de

    crianas. METODOLOGIA: Refere-se a um relato de experincia, por acadmicas de

    enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/campus Palmeira das Misses, a partir

    do desenvolvimento de suas atividades como bolsista PET-Sade, na unidade de Estratgia

    de Sade da Famlia (ESF), localizado em uma comunidade carente na regio noroeste do

    estado do Rio Grande do Sul. RESULTADOS: No decorrer das atividades realizadas pelas

    acadmicas do Curso de Graduao em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria

    Campus Palmeira das Misses e a insero como bolsistas do Programa de Educao pelo

  • 17

    trabalho (PET-SADE) do Ministrio da Sade (MS) em conjunto com a universidade, tendo

    como campo de atuao das atividades prticas a ateno primria a sade. As vivncias nesse

    cenrio auxiliaram-nos e fortaleceram-nos na aprendizagem como futuras profissionais da

    rea da sade. Nessa direo destacamos uma experincia que teve grande significado em

    nossa trajetria, durante as consultas de puericultura junto a enfermeira e a mdica da

    Estratgia de Sade da Famlia. Na consulta de puericultura uma me levou seu filho para

    consultar, a criana tinha um histrico de prematuridade de sete meses, sem o

    desenvolvimento completo do intestino com isso precisou usar bolsa de colostomia, passou

    por vrias cirurgias de colocao da bolsa e retirada da mesma, alm de constantes

    internaes no hospital da cidade. No dia da consulta a criana estava com 13 meses de idade,

    mas aparentava ter 5 meses, ela no sentava e pesava quase 6 quilos. Era evidente que aquela

    criana estava com atraso no seu crescimento e desenvolvimento. Aps a consulta essa

    criana foi encaminhada para o Centro de Atendimento Especializado a criana (CAE) que se

    localizava junto a Associao e Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do municpio.

    Porm a me encontrou-se relutante a esse encaminhamento por achar que seu filho no

    necessitava de atendimento especializado, a mesma relatava que seu filho no era uma criana

    deficiente. E como a me afirmou e podemos constatar, ele no era uma criana deficiente,

    mas naquele momento necessitava de uma avaliao e acompanhamento especializado. Pois

    aquele atraso de desenvolvimento poderia interferir no futuro daquela criana, pois haveria

    sofrimento a ela e tambm aos familiares. Com muito esforo e dialogo foi possvel explicar

    que a criana precisava de atendimento de uma equipe multiprofissional especializada para

    melhorar o crescimento e desenvolvimento dela. O acompanhamento desta criana junto a

    ESF continuou com a consulta de puericultura e visitas domiciliares, alm do trabalho em

    conjunto com a CAE atravs de referncia e contra referncia, e foi possvel observar que no

    decorrer do tempo aquela criana comeou desenvolver-se de maneira saudvel, respondendo

    as necessidades e caractersticas da etapa do desenvolvimento. Alm de haver um

    fortalecimento de vnculo entre os familiares e a estratgia de sade da famlia.

    CONCLUSO: Por meio do ensino que o PET-Sade disponibiliza, permite a aproximao

    das acadmicas ao contexto social da populao, visando assim possveis fragilidades que

    possam ser corrigidas no futuro profissional. A partir desta experincia compreendemos a

    importncia das consultas de puericultura na deteco de problemas relacionados ao

    crescimento e desenvolvimento das crianas e de possveis agravos e deficincias. Tambm

    destacamos a importncia da integralidade do cuidado, usando como ferramenta a escuta e o

    dilogo entre o profissional de sade e os usurios do servio, firmando assim um vnculo

    fortalecido. Com o vnculo estabelecido possvel promover a fala desses usurios, onde eles

    possam demonstrar os seus anseios. Compreendendo os usurios possvel promover uma

    assistncia sade qualificada.

    REFERNCIAS

    ARAUJO, J.P; VIEIRA, C.S; TOSO, B.R; COLLET, N; NASSAR, P.O. Avaliao dos

    atributos de orientao familiar e comunitria na sade da criana. Acta Paul Enferm; v. 27,

    n. (5), p:440-6, 2014. Disponvel em: http://www.scielo.br/pdf/ape/v27n5/pt_1982-0194-ape-

    027-005-0440.pdf. Acesso em: 12 de abril de 2015.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Estatuto da Criana e do Adolescente: Lei n 8.069/90

    Braslia, 1990. Disponvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso

    em: 23 de abril de 2015.

    http://www.scielo.br/pdf/ape/v27n5/pt_1982-0194-ape-027-005-0440.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/ape/v27n5/pt_1982-0194-ape-027-005-0440.pdfhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm

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    BRASIL. Poltica Nacional de Ateno Bsica. Braslia: Ministrio da Sade, 2012.

    Disponvel em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/

    politica_nacional_atencao_basica.pdf. Acesso em 14 de abril de 2015.

    FURTADO, M.C.C; BRAZ, J.C; PINA, J.C; MELLO, D.F; LIMA, R.A.G. A avaliao da

    ateno sade de crianas com menos de um ano de idade na Ateno Primria. Rev.

    Latino-Am. Enfermagem; v.21, n.2, p:554-561, 2013. Disponvel em:

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    Acesso em: 12 de abril de 2015.

    MENDES, E.V. As redes de ateno sade. Braslia: Organizao Pan-Americana da

    Sade; 2 edio, 2011. Disponvel em:

    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/redes_de_atencao_saude.pdf. Acesso em 05 de

    abril de 2015.

    OMS. Organizao Mundial da Sade. CIF: Classificao Internacional de Funcionalidade,

    Incapacidade e Sade. Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para a Famlia

    de Classificaes Internacionais. So Paulo: Editora da Universidade de So Paulo EDUSP,

    2003.

    RIGHI, L.B. Poder local e inovao no SUS: Estudo sobre a construo de redes de ateno

    sade em trs municpios no Estado do Rio Grande do Sul. Campinas - So Paulo, 2003.

    Disponvel em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000309602.

    Acesso em 05 de abril de 2015.

    SANTOS, L.G.A. et al. Enfermagem em pediatria. Rio de Janeiro: MedBook, 2010.

    SOUSA, F.G.M; ERDMANN, A.L. Qualificando o cuidado criana na Ateno Primria de

    Sade. Rev Bras Enferm. v.65, n.5, p:795-802; 2012. Disponvel em:

    http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71672012000500012&script=sci_arttext. Acesso

    em: 13 de abril de 2015.

    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_basica.pdfhttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_basica.pdfhttp://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-11692013000200554&script=sci_arttext&tlng=pthttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/redes_de_atencao_saude.pdfhttp://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000309602http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71672012000500012&script=sci_arttext

  • 19

    03 A INSERO DA FAMLIA NO CENTRO DE ATENO PSICOSSOCIAL

    FRIZON, MAILI

    Acadmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/Campus de

    Palmeira das Misses/RS. Bolsista do PET-Sade/Rede de Ateno Psicossocial, priorizando

    o enfrentamento do lcool, Crack e Outras Drogas. E-mail: [email protected]

    CORRA, SILVIA NAIARA SANTOS

    Acadmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/Campus de

    Palmeira das Misses/RS.

    MARTINS, RICARDO VIANNA

    Psiclogo. Doutor em Psicologia pela PUCRS. Docente do Curso de Enfermagem da

    Universidade Federal de Santa Maria/Campus de Palmeira das Misses/RS. Tutor do PET-

    Sade/Rede de Ateno Psicossocial, priorizando o enfrentamento do lcool, Crack e Outras

    Drogas.

    SANTOS, MARINES ADRIANE DOS

    Enfermeira, Especialista em terapia intensiva. Professora substituta da Universidade Federal

    de Santa Maria/Campus Palmeira das Misses/RS

    Descritores: Servios de sade mental; Assistncia Psiquitrica; Famlia;

    Desinstitucionalizao; Sade mental.

    INTRODUO: Este Trabalho tem como foco principal a poltica da reforma psiquitrica,

    que vem com a proposta da insero da famlia dentro dos projetos teraputicos no CAPS

    (Centro de Ateno Psicossocial), as oficinas e grupos. Sendo de fundamental importncia o

    papel do CAPS, inserindo o portador de sofrimento psquico na sociedade e na famlia assim

    melhorando sua qualidade de vida. A insero da famlia no CAPS tem sido assunto de muitas

    discusses, alm de um grande desafio, j que a famlia era considerada um problema para o

    portador de sofrimento psquico, sendo afastada do processo. Este portador passou a sofrer

    uma intensa ao dos profissionais dos servios de sade mental, e a famlia por sua vez foi

    deixada em segundo plano. Antigamente, erroneamente acreditava-se que o transtorno mental

    tinha cura, a famlia esperava passivamente por resultados positivos das intervenes feitas

    pelos profissionais, e melhoras deste. Era considerado que o cuidado era exclusivo dos

    servios e da equipe. A partir de muita discusso e o novo modelo assistencial, percebeu-se

    que afastar o portador de transtorno mental da famlia e da sociedade, o isolando do mundo

    no a melhor maneira para o tratamento, uma vez que isto causara mais problemas, com o

    distanciamento da famlia ele perder o vinculo e ao voltar para sua casa, ir sentir-se

    estranho naquele ambiente. Na atualidade, a famlia considera um alicerce entre o portador

    de transtorno mental e a equipe. Hoje vem sendo usado tambm como meio de insero, as

    terapias familiares que se tornaram um grande alicerce para o enfrentamento destes problemas

    mentais, tendo auxiliado e buscado a orientao sobre o diagnstico, alta hospitalar e a

    continuidade do tratamento, dando maior autonomia para o portado de sofrimento psquico. A

    famlia na fase inicial do tratamento tem papel fundamental na nova trajetria deste paciente

    restabelecendo seu equilbrio emocional. OBJETIVOS: Este trabalho tem por objetivo

    descrever as aes desenvolvidas pelo CAPS, para a insero da famlia nos projetos

    mailto:[email protected]

  • 20

    teraputicos, ajudando no cuidado do portador de sofrimento psquico e criando um vinculo e

    maior entre estes. Como tambm mostrar a importncia das oficinas teraputicas realizadas

    pela equipe sendo um meio onde o portador de sofrimento psquico desenvolvera suas

    habilidades e capacidades mostram-se til e aprendendo a viver com as diversidades e com a

    sociedade. METODOLOGIA: Este trabalho tem por objetivo, relatar experincias

    vivenciadas por acadmica atuante no CAPS (centro de ateno psicossocial) com familiares

    e doentes em sade mental, mostrando a importncia da insero familiar nesse contexto.

    RESULTADOS E DISCUSSES: A Reforma Psiquitrica foi um marco para o surgimento

    do CAPS, ela surgiu nos anos 70, veio com a proposta de substituir o modelo

    hospitalocntrico pelo modelo assistencial, substituindo os manicmios pelos servios

    humanizados como os centros de ateno psicossocial, visando um cuidado mais humano,

    tratando o portador de sofrimento psquico sem indiferena, preconceito, e tambm a

    equidade na prestao de servios. Este novo modelo de atendimento faz com que o sujeito

    portador de sofrimento psquico seja inserido na sociedade, fique ciente de seu tratamento e

    tenha autonomia sobre sua vida. A famlia era considerada como uma alienao para esse

    portador, onde esta iria influenciar negativamente no seu tratamento, sendo tratada como um

    agente patognico para este, ento esta era afastada e deixada de lado tendo como papel

    esperar passivamente pela melhora de seu familiar e visit-los quando chamada pela equipe.

    Tinha-se que o papel de cuidado era exclusivo dos profissionais de sade mental. Tambm, a

    famlia do portador de sofrimento se mantinha afastada deste durante seu tratamento, sendo

    apenas observadora do que acontecia, mas com a desinstitucionalizao, esta foi aproximada

    deste e acolhida pela equipe e mantida perto de seu familiar dando suporte e ajudando a

    equipe, sendo responsvel em manter o contato entre o doente e o servio de sade. A famlia

    acabava sofrendo e adoecendo junto com o doente, o convvio familiar mudava, encontram-se

    presentes sentimentos como medo, ansiedade, revolta e preocupao. No s o doente mental

    precisar de acompanhamento, mas a famlia tambm, na fase de tratamento a famlia poder

    sentir vergonha pelo grande preconceito da sociedade de rotular o doente mental como louco

    e incapaz, e poder se sentir desestimulada e ate desistir de acompanhar seu familiar, sendo de

    responsabilidade da equipe do CAPS ficar atento a isso mostrando a esse familiar que o

    portador de sofrimento psquico pode ter uma melhora estabelecendo seu quadro, e que este

    tem sim capacidades e potencialidades de trabalhar e conviver normalmente com a sociedade.

    Os grupos e oficinas so realizados como forma de terapia, os grupos so um meio deste

    portador de sofrimento psquico poder conversar com outras pessoas que tambm possuem

    problemas parecidos, criando um vinculo e podendo visualizar que no s ele que tem

    problemas, compartilhando com os outros membros, seus medos e angustias, falando de seu

    tratamento, seus medicamentos, e esclarecendo duvidas sobre os possveis efeitos colaterais,

    sendo esse acompanhado sempre por uma enfermeira ou outro profissional na area da sade

    mental capacitado. Nas oficinas estes podem usar suas habilidades e capacidades, aprendendo

    a fazer artesanato, a criar hortas e produzir alimentos, aprendem tambm musica, e outras

    coisas que no s o ajudam no seu desenvolvimento, mas tambm a mostrar para eles

    mesmos, para a famlia e a sociedade que so capazes de produzir e conviver com as

    diversidades, as oficinas so acompanhadas por uma TO (terapeuta ocupacional). Os servios

    de sade se organizam de maneira a dar suporte e orientao para a famlia, sendo um

    trabalho coletivo realizado por diversos profissionais da sade mental como enfermeiro,

    tcnico de enfermagem, mdico, psiclogo, assistente social e terapeuta ocupacional. O CAPS

    tenta trabalhar com o mnimo de internaes possveis, onde a internao usada s em casos

    especiais. Tenta-se trabalhar com oficinas, medicaes e se necessrio realizado consultas

    semanais, ou em casos mais complicados consultas dirias, isso articulado conforme a

  • 21

    necessidade do paciente criando-se um PTS (projeto teraputico singular), junto com a famlia

    e o portador de sofrimento psquico. A equipe procura criar vnculos e fazer visitas

    frequentemente, conhecendo o ambiente e as necessidades destes para prestar todo apoio

    necessrio. O familiar considerado o principal cuidador, pois este que presta assistncia ao

    portador de sofrimento psquico, mesmo sabendo que cada famlia nica e tem as suas

    particularidades necessrio que, dentro do possvel, que se crie um ambiente tranquilo de

    harmonia, a fim de tornar a sua casa um lugar aconchegante, acolhedor onde o portador possa

    se sentir bem. Os profissionais do CAPS so os que do o acolhimento inicial, criam vnculos

    com estes pacientes, elaboram com o usurio o PTS (projeto teraputico singular) individual e

    trabalham com a famlia. Estes profissionais realizam oficinas, grupos de convivncia, fazem

    visitas domiciliares prestando todo apoio a este portador. Alm dos profissionais tem tambm

    os acadmicos de enfermagem que em seus estgios, ou projetos dentro do CAPS contribuem

    de alguma forma com o trabalho da equipe sendo na escuta dos pacientes, na troca de

    informaes e nos grupos, estes acadmicos acabam aprendendo muito com a equipe e os

    usurios o que lhes ajuda na sua formao crtica, sendo de fundamental importncia na

    bagagem curricular o trabalho no CAPS como uma experincia nica e muito importante. O

    CAPS preconiza com base no modelo psicossocial como uma de suas principais metas a

    desinstitucionalizao mudando o modelo tradicional de ateno psiquitrica, possibilitando a

    construo de uma nova viso sobre a doena mental, no s com base no diagnostico, mas na

    complexidade que envolve o indivduo na sua dimenso psquica e no meio em que vive, a

    famlia tem sido considerada no processo de reinsero do portador de sofrimento psquico no

    meio familiar e na sociedade como base fundamental. Quando se fala em restruturao da

    assistncia em sade mental famlia indispensvel para o novo modelo assistencial. A

    reabilitao social e melhora do portador de sofrimento psquico no se da apenas no

    tratamento medicamentoso, mas nas aes que visam a reinsero familiar e social, abrindo

    porta de trabalho para este ajudando na melhora de sua qualidade de vida e de sua famlia.

    Conhecer e entender a famlia o primeiro passo que a equipe deve dar para se tornar possvel

    o tratamento, j que a famlia torna-se provedora do cuidado. de fundamental importncia a

    troca de informaes entre estes e a equipe, e ao identificarem problemas como piora no

    quadro clinico, juntos poderem buscarem solues. CONCLUSO: Podemos concluir que

    os profissionais devem estar qualificados e ter um suporte social para prestar o servio

    adequado, e a famlia deve ser orientada sobre tudo que diz respeito a seu familiar com

    doena mental. Uma vez que esta deve apoiar e dar suporte ao portador de sofrimento

    psquico participando dos projetos familiares e se inserindo junto com este no CAPS. Os

    profissionais devem juntos com a famlia criar propostas, mtodos que visam ajudar este

    paciente. importante lembrar que o trabalho em equipe com os diversos profissionais e com

    a famlia ajudar muito no vinculo com o portador de transtorno mental e na sua melhora.

    REFERNCIAS

    BIELEMANN, V.L.M.; KANTORSKI, L.P.; BORGES, L.R.; CHIAVAGATTI, F.G.;

    WILLRICH, J.Q.; SOUZA, A.S.; HECK, R.M. A insero da famlia nos centros de ateno

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    FILIZOLA, C.L.A.; MILLIONI, D.B.; PAVARINI, S.C.I. A vivncia dos trabalhadores de

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  • 23

    04 A INTERFACE ENTRE A SNDROME DE BORNOUT E A ENFERMAGEM

    HORST, VANESSA

    Acadmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/Campus

    Palmeira das Misses/RS. Endereo eletrnico: [email protected]

    KRAUZER, RAFAELA POLIDRIO

    Graduanda do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria campus

    Palmeira das Misses/RS. Bolsista PET-Sade/Rede de Ateno Psicossocial, priorizando o

    enfrentamento do lcool, Crack e Outras Drogas

    MARTINS, RICARDO VIANNA

    Psiclogo. Doutor em Psicologia pela PUCRS. Docente da Universidade Federal de Santa

    Maria/Campus Palmeira das Misses/RS. Tutor do PET-Sade/Rede de Ateno Psicossocial,

    priorizando o enfrentamento do lcool, Crack e Outras Drogas.

    DESCRITORES: Sade do trabalhador; Sade mental; Qualidade de vida; Esgotamento

    profissional; Enfermagem.

    INTRODUO: O estresse est presente diariamente em nossas vidas, desde a execuo de

    tarefas simples do cotidiano, at aquelas mais complexas, as quais exigem uma maior

    demanda fsica e emocional, podendo nos expor ao risco de doenas graves (MARTINS;

    BRONZATTI; VIEIRA et al, 2000). Segundo Murofuse, Abranches e Napoleo (2005) o

    trabalho consiste na capacidade do homem produzir o meio em que vive, e neste processo de

    interao com a natureza, ao mesmo tempo em que o homem modifica a natureza, tambm

    modificado por ela. Dentre as inmeras modificaes, encontram-se aquelas que tm

    consequncias no aparelho psquico. Uma delas o burnout, que se trata de uma sndrome

    especfica s atividades laborais, desencadeada em resposta ao estresse ocupacional crnico,

    acarretando em consequncias negativas tanto no nvel individual, como profissional, familiar

    e social. O burnout, tambm conhecido como sndrome do esgotamento profissional, uma

    sndrome que se identifica como um conjunto de manifestaes fsicas e emocionais,

    caracterstica de profissionais que se dedicam s necessidades de outras pessoas, sendo que o

    indivduo acometido acaba por sentir-se incapaz de atender s demandas daqueles que

    necessitam de seu trabalho (CUNHA, SOUZA, MELLO, 2012 apud CIMIOTTI, AIKEN,

    2011, TAMAYO, 2008). Nesse contexto, os profissionais de enfermagem por permanecerem

    junto ao paciente e seus familiares por maior tempo, convivem com diversas situaes de

    estresse durante essa relao de proximidade, porm nem sempre esto capacitados

    psicologicamente para lidar com tais situaes, o que pode transformar o trabalho em algo

    penoso (CAMPOS, 2005). OBJETIVO: O presente trabalho tem por objetivo a busca por

    produes cientficas que abordem a temtica burnout relacionada com os profissionais de

    enfermagem. Espera-se que este trabalho propicie aprofundamento do conhecimento acerca

    deste tema para que como profissionais sejamos capazes de identificar esta sndrome, visto

    que ela pode estar presente no cotidiano do trabalho da enfermagem. METODOLOGIA: O

    presente estudo trata-se de uma reviso da literatura produzida acerca da sndrome de burnout

    relacionada profisso da enfermagem, sistematizada a partir de consulta Biblioteca Virtual

    em Sade (BVS/BIREME), nas bases de dados da Literatura Latino-Americana em Cincias

    da Sade (LILACS) e Base de Dados em Enfermagem (BEDENF). RESULTADOS E

  • 24

    DISCUSSO: O trabalho constitui-se em atividade essencial para a sobrevivncia do homem

    e gerador de expectativas, frustraes e conquistas, assim como tambm desperta e define

    interesse e contribui na formao da identidade pessoal. As alternncias de situaes ou

    emoes no ambiente de trabalho podem levar o indivduo a um desgaste emocional,

    contribuindo para o estresse, comprometendo a qualidade de vida do trabalhador e a qualidade

    de seu trabalho (CAMPOS, 2005). Contudo, a palavra estresse no pode ser confundida

    com burnout, j que o estresse se desenvolve a partir de reaes do organismo a agresses de

    origens diversas, que atuam perturbando o equilbrio interno do ser humano, em contrapartida

    o burnout, reconhecido pelo Ministrio da Sade (2001) como sndrome do esgotamento

    profissional, ocorre em razo de uma resposta ao estresse laboral crnico que envolve

    atitudes e alteraes comportamentais negativas relacionadas especificamente ao contexto do

    trabalho. (CARVALHO, MAGALHES, 2011). A sndrome de burnout pode atingir

    indivduos inseridos em diferentes categorias profissionais e em qualquer faixa etria, mas as

    profisses que exigem um contato interpessoal mais intenso so as que apresentam os maiores

    ndices de trabalhadores acometidos com a sndrome, destacando-se entre elas, as profisses

    que possuem carter assistencial, como a enfermagem (TRINDADE, LAUTERT, 2009 apud

    COSTA, LIMA, ALMEIDA, 2003). Conforme Magnago, Lisboa, Griep (2009), a

    enfermagem caracteriza-se como uma profisso estressante devido a grande carga

    psicoemocional decorrente da relao enfermeiro-paciente, das exigncias fsicas, do dficit

    de trabalhadores, da carga horria prolongada, das condies inadequadas de trabalho, do

    limitado poder de deciso, entre outros. Todos esses fatores contribuem para um maior

    nmero de experincias de estresse no trabalho e para o surgimento de doenas. A sndrome

    de burnout resulta de um processo sequencial e cumulativo que envolve trs dimenses: (a)

    exausto emocional: desgaste ou perda dos recursos emocionais que leva falta de

    entusiasmo, frustrao e tenso; (b) despersonalizao: desenvolvimento de sentimentos e

    atitudes negativas em relao ao trabalho; (c) diminuio da realizao pessoal no

    trabalho: tendncia autoavaliao profissional negativa, tornando-se infeliz e insatisfeito, o

    que origina no indivduo sentimentos de inadequao e fracasso (GALINDO, 2012 apud GIL-

    MONTE, PEIR, 1999). A sndrome geralmente leva a uma deteriorao tanto do bem-estar

    fsico como emocional, consequentemente o profissional afetado manifesta sinais e sintomas,

    podendo sentir-se exausto, adoecendo com maior frequncia, sofrendo com insnia, lcera,

    cefaleias, problemas relacionados presso sangunea, tenso muscular e fadiga crnica

    (CARVALHO, MAGALHES, 2011 apud CARLOTTO, 2010). Segundo Cunha, Souza,

    Mello (2012), os fatores que influenciam no desenvolvimento da sndrome esto associados

    sobrecarga de trabalho, s condies de trabalho inadequadas, s relaes interpessoais

    conflituosas nos ambientes de trabalho, falta de expectativa de crescimento profissional,

    pouca autonomia para tomada de decises, ambiguidade de funes e insatisfao

    salarial. A partir da identificao de tais fatores, podem se estruturar condies que

    minimizem e dificultem o aparecimento dos sinais e sintomas precursores da sndrome de

    burnout, entre elas destacam-se as possibilidades de diversificar as rotinas de trabalho,

    diminuir a carga horria, melhorar a relao interpessoal, melhorar as condies de trabalho,

    investir em capacitaes para aperfeioamento dos profissionais e delimitar as funes de

    acordo com a atribuio de cada profissional. Por se tratar de uma sndrome causada por

    alteraes no que se refere ao estado biopsicolgico dos profissionais, o surgimento dos sinais

    e sintomas de burnout tambm possui relao com certos elementos correspondentes

    composio da personalidade do indivduo, como crenas, valores e desejos, e esses so

    parcialmente responsveis pela origem dos problemas, no que diz respeito forma como o

    profissional enfrenta os desafios e as emoes presentes em suas atividades laborais

  • 25

    (OLIVEIRA, COSTA, SANTOS, 2013) Assim como ocorre frequentemente com outras

    doenas, a sndrome de burnout tem incio e se desenvolve progressivamente atravs de fases,

    as quais por muitas vezes passam despercebidas, ou ento so confundidas com estresse e

    abordadas como consequncias de problemas de ordem pessoal. Desta forma, as

    manifestaes da sndrome acabam sendo negligenciadas e at mascaradas, atribuindo-se sua

    ocorrncia como reflexo de fatores inerentes vida privada dessas pessoas, logo, dissociando-

    se os fatores laborais como possveis causas, os sinais e sintomas do burnout no so

    diagnosticados e tampouco tratados corretamente. (HOLMES et al., 2014) A realizao do

    diagnstico e avaliao da sndrome de burnout em profissionais de enfermagem de grande

    importncia para a identificao de quando, onde e em quem deve se realizar algum tipo de

    interveno, buscando minimizar as consequncias para o indivduo, a equipe, pacientes e

    organizao (EZAIAS et al., 2010 apud GIL-MONTE, MARUCCO, 2008). Nesse sentido,

    Moreira et al. (2009) trazem que o burnout pode gerar inmeras implicaes para a rea da

    sade, principalmente no que diz respeito efetividade da ateno prestada aos pacientes. Os

    expressivos ndices de faltas ao trabalho, pedidos de licena, abandono do emprego e

    deteriorao da qualidade dos servios evidenciam os relevantes impactos negativos que a

    sndrome representa nos processos de trabalho. Em seu estudo, Trindade, Lautert (2009),

    evidenciam a relevncia em detectar precocemente os problemas associados ao trabalho que

    possam gerar a sndrome de burnout em certos indivduos, bem como a importncia de

    instaurar aes preventivas e interventivas, visando amenizar o desgaste sofrido pelo

    trabalhador. Para tanto, apontam que preciso investir na elaborao de estratgias a nvel

    organizacional para a promoo da sade entre os prprios trabalhadores, dando suporte e

    fortalecendo sua capacidade para o enfrentamento de situaes estressantes. Para Neves et al.

    (2010), abordar as temticas qualidade de vida e sade do trabalhador de forma associada

    pode representar um avano em relao a forma de prestar servios, j que muitas vezes os

    profissionais da rea da sade trabalham pelo bem-estar de seus clientes e acabam

    negligenciando o prprio cuidado com sua sade. CONCLUSES: Aps a reviso de

    literatura ficou explcita a necessidade de se desenvolver e aprimorar os conhecimentos acerca

    da sndrome de burnout por parte dos prprios profissionais de enfermagem, sendo que para

    isso, parece essencial que a abordagem deste tema, ainda pouco discutido, ocorra durante o

    processo de formao destes. Assim, supe-se que, munidos de maior entendimento e

    compreenso em relao sndrome, esses profissionais possam atuar de forma mais efetiva

    no que diz respeito ao seu autoconhecimento, desenvolvendo ento, formas para sua prpria

    proteo em relao aos fatores desencadeantes do burnout, bem como na identificao de

    possveis casos, no planejamento de intervenes adequadas, no desenvolvimento de

    estratgias com o intuito de qualificar as condies de trabalho e, consequentemente, reduzir

    sua ocorrncia. Nesse sentido, Carvalho, Magalhes (2011), trazem tambm que devem

    realizados constantes debates sobre o assunto, onde lderes de trabalhadores, profissionais de

    recursos humanos, sindicatos, organizaes, advogados, juzes, psiclogos, mdicos e

    ministrio pblico possam se reunir a fim de buscar diferentes alternativas com o objetivo de

    anular ou diminuir os riscos para o desenvolvimento da sndrome de burnout. Tambm se

    mostra necessrio que tais informaes sejam difundidas na sociedade, a fim de que possa

    haver maior conscientizao no sentido de se reconhecer que tais profissionais tambm so

    suscetveis a apresentarem-se frgeis e vulnerveis diante de determinadas situaes.

  • 26

    REFERNCIAS

    BRASIL. Ministrio da Sade. Organizao Pan-Americana da Sade/Brasil. Doenas

    Relacionadas ao Trabalho: manual de procedimentos para os servios de sade. Srie A.

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  • 28

    05 A VISITA DOMICILIAR COMO INSTRUMENTO PARA CONSTRUO DE

    PROJETO TERAPUTICO SINGULAR, UM RELATO DE EXPERINCIA

    STOFFEL, DAMARIS

    Acadmica do Curso de Graduao em Enfermagem da Universidade Federal de Santa

    Maria/Campus de Palmeira das Misses/RS. Bolsista PET-Sade/Rede de Ateno Pessoa

    com Deficincia. E-mail: [email protected].

    RESTA, DARIELLI GINDRI

    Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Curso de Graduao em Enfermagem da

    Universidade Federal de Santa Maria/Campus de Palmeira das Misses/RS. Tutora do PET-

    Sade/Rede de Ateno Pessoa com Deficincia.

    NARDINO, LAS JOANA

    Acadmica do Curso de Graduao em Enfermagem da Universidade Federal de Santa

    Maria/Campus de Palmeira das Misses, Bolsista PET-Sade/Rede de Ateno Pessoa com

    Deficincia.

    LUZA, RITA LUCIA

    Enfermeira, Especialista em Sade Publica, coordenadora Tcnica ESF I - Vista Alegre,

    Preceptora do PET-Sade/Rede de Ateno Pessoa com Deficincia.

    DESCRITORES: Visita Domiciliar; Pessoas com Deficincia; Enfermagem.

    INTRODUO: O Programa de Educao pelo Trabalho para a Sade PET-Sade/Rede

    de Ateno pessoa com deficincia, do Ministrio da Sade, trs como proposta de trabalho

    a integrao entre os pontos de servio e acadmicos do curso de Enfermagem e Nutrio, de

    uma universidade no Norte do estado. Uma das propostas a insero de alunos no servio,

    reconhecendo a dinmica de trabalho e criando estratgias que venham a contribuir com a

    melhoria nos processo de atendimento de pessoas com deficincia. Como bolsistas em uma

    das Estratgias de Sade da Famlia (ESF) percebe-se a existncia de uma significativa

    demanda de usurios e famlias que vivem com alguma situao de deficincia. Uma das

    atividades realizadas na ESF so as visitas domiciliares, acompanhadas, pela enfermeira da

    unidade e pelo Agente Comunitrio de Sade (ACS) da micro-rea de atuao. Nas visitas o

    objetivo dialogar com os familiares e, quando possvel, com os prprios deficientes,

    interagindo na perspectiva de saber como eles veem o servio de sade e quais a principais

    dificuldades enfrentadas por eles, auxiliando-nos na construo de uma proposta de trabalho

    diferenciado a esse grupo populacional. Marin et al (2011) comenta em seu estudo que a

    prtica da Visita Domiciliar (VD), vem a de encontro com a proposta do Sistema nico de

    Sade (SUS), uma vez que ela um meio de aproximar usurio e o servio, elencando-a como

    uma prtica histrica em sade, com registros desde a Grcia antiga. Traz ainda que ela deve

    ser inserida desde a formao do profissional, dando vez a prticas voltada universalidade,

    integralidade e equidade. Alm dessas contribuies voltadas aos princpios do SUS a visita

    domiciliar corrobora para a amplitude que tange a ateno da comunidade e das famlias

    adscritas, como instrumento responsvel por intervir no processo de adoecimento dos

    indivduos, sendo influenciada diretamente no contexto em que estes esto inseridos. O

  • 29

    conhecimento e o reconhecimento deste contexto auxiliam na conduta dos profissionais,

    permitindo planejar aes, romper conceitos pr-estabelecidos, e consequentemente adaptar o

    planejamento integral conforme os recursos disponveis nessas famlias (ALBUQUERQUE,

    2009). A visita domiciliar como instrumento de abordagem em sade um dispositivo que

    colabora para a construo do PTS, sendo este um conjunto de propostas de condutas

    teraputicas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discusso

    coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio matricial, se necessrio. Geralmente,

    dedicado a situaes mais complexas. Em verdade, uma variao da discusso de caso

    clnico (BRASIL, 2007). OBJETIVO: O presente relato tem como proposta abordar uma

    visita domiciliar efetuada uma famlia adscrita ESF em uma cidade do noroeste do Estado

    do Rio Grande do Sul, a mesma foi realizada a um paciente que apresenta deficincia, das

    quais compreende o autismo, retinopatia da prematuridade e crises epilpticas; tendo como

    perspectiva o traar de metas voltadas a construo de um Projeto Teraputico Singular

    (PTS). METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experincia sobre a visita domiciliar no

    processo de construo do PTS com uma pessoa deficiente. O embasamento terico do relato

    aconteceu por meio de pesquisa em bibliotecas online, por meio de leitura de artigos

    referentes temtica visita domiciliar e cartilha do Ministrio da Sade. As visitas

    aconteceram em dois momentos, no primeiro buscou-se conhecer o paciente em questo e seu

    lar, acompanhadas pela ACS, onde fomos recepcionadas pela me do mesmo que se tornou

    nosso ponto de encontro para a construo do projeto. Em seguida marcamos um encontro na

    prpria residncia para podemos ouvir sobre a histria dele, ou seja, a entrevista.

    RESULTADOS E DISCUSSO: As prticas realizadas pelas acadmicas no ESF buscam

    implantar tcnicas de trabalho que visam melhorar o atendimento das pessoas com

    deficincia, desta forma surge a possibilidade de construo de PTS com um paciente da

    unidade. Vale ressaltar que no momento o PTS encontra-se, ainda, em processo de

    construo, por esse motivo o ponto chave deste relato est direcionado a visita realizada a

    famlia, tanto quanto o conhecimento da realidade do deficiente. A formulao do PTS a um

    paciente com deficincia vem a contribuir para a articulao de estratgias que podem auxili-

    lo em suas tarefas corriqueiras, colaborando, inclusive para o conhecimento de suas maiores

    necessidades, pois por vezes esta um pblico que se encontra desassistido e necessita de um

    olhar mais sensvel e aes vinculadas a reduo de danos. Estas estratgias podem atuar em

    questes que compreendem a preveno e promoo da sade, fortalecimento dos vnculos da

    famlia quanto com a relao com o profissional, j que um momento que auxilia ao

    acolhimento e a integralidade destes indivduos. Trabalha tambm fatores como as barreiras

    arquitetnica, acessibilidade, disponibilidade de medicaes, encaminhamentos, solicitao de

    exames. Assim como o planejamento na oferta e aquisio de instrumentos necessrios do

    dia-a-dia deste usurio (rteses, prteses) e seus familiares, bem como a oferta do servio, e a

    sua utilizao diante de suas necessidades. Kebian e Aciole (2014) alertam que a VD tornou-

    se um artificio para fortalecer o vnculo entre a Unidade de Sade e a populao, onde se pode

    conhecer a rea e reconhecer suas dificuldades criando um plano de trabalho fidedigno s

    condies de vida da localidade em questo ou do prprio individuo. Para a iniciarmos o

    trabalho de construo do PTS, realizamos incialmente uma visita famlia principalmente

    para conhecermos nosso objetivo em sua residncia e iniciar o processo de aproximao.

    Nesta tica a visita domiciliar utilizada como parte do processo para o estabelecimento de

    vnculos, uma vez que os dados levantados desta, necessitam ser o mais fidedignos possveis,

    para auxiliar na construo do planejamento de aes, sua operacionalizao e

    posteriormente obteno de resultados. Foi realizada a visita inicial, na qual conhecemos o

    paciente em questo e acordamos uma data posterior para coletar os dados. O local onde a

  • 30

    famlia vive nos entornos da cidade, sendo que para chegar at a residncia, passamos por

    estradas de cho batido, uma das dificuldades enfrentadas, uma vez que quando chove, torna-

    se intransitvel. O local tem muita aparncia de casa de stio, rodeado do sossego

    campestre, onde se ouve o canto dos pssaros o dia todo, outro ponto interessante foi a

    viso de um cavalo correndo por um cercado, mais tarde foi revelado ser este o animal que

    nosso protagonista do PTS montava, j que no sente-se mais atrado por essa atividade. No

    encontro com a familiar, foi aplicado um roteiro, o qual possua pontos que levantariam as

    informaes que seriam necessrias para a construo do histrico e dados relevantes ao PTS,

    entretanto a espontaneidade da familiar foi tamanha que ele tornou-se obsoleto, levantando a

    questo do vnculo com a unidade que presenteou as acadmicas com muita voluntariedade,

    tornando o ato de visita ao agradvel e de troca de experincia. Toda conversa foi marcada

    por escuta das acadmicas ao relato da familiar, uma vez que esta relatou toda a histria desde

    o nascimento at os dias atuais do paciente. Todas as dificuldades enfrentadas, as mudanas

    ocorridas desde o seu nascimento, o impacto que isso gerou na famlia, nos revelando que o

    motivo de eles morarem naquele rancho, como ela denominou sua casa, era que a famlia

    precisava de um local para manter o cavalo comprado para a prtica de equitao, que foi

    realizada pela prpria famlia, sem o apoio de nenhum profissional fisioterapeuta. Segundo o

    relato da me esta experincia iniciou-se quando a mesma tomou conhecimento dos

    benefcios da equitao, conhecida como equoterapia, sendo que esta poderia auxiliar no

    desenvolvimento motor, postural e de flexibilidade ao indivduo praticante. As prticas

    voltadas ateno sade dispem-se na reestruturao da execuo de atividades

    direcionadas sade, a fins de reorganizar o modelo tradicional, tornando a famlia e seu

    contexto alvos de investigao e trabalho, sendo este um instrumento facilitador para a

    aproximao do servio ao usurio (GIACOMOZZIL e LACERDA 2006). Aproximao essa

    que permite manter a unidade informada sobre as condies de sade da populao adscrita

    da ESF, colaborando para o conhecimento da realidade da situao de sade, assim como no

    planejamento de planos de aes voltados diretamente para os problemas particulares daquela

    rea. Na visita tem-se a vantagem de conhecer o contexto scio ambiental e cultural do

    usurio, em muitos casos sendo facilitador na construo de intervenes e no relacionamento

    profissional-usurio. CONCLUSES: A incluso dos alunos em campo vem auxiliar na

    formao destes e motivar os profissionais a manter-se atualizados frente as novas propostas

    de trabalho. O PET tem possibilitado aos acadmicos colocarem em prticas seu

    conhecimento terico de acordo com a realidade dos servios e proporcionando aos

    profissionais o reencontro com a academia, incentivando a educao continuada. Este relato

    como experincia acadmica proporcionou um maior conhecimento e conciliao da teoria

    vinculada prtica. Durante a visita domiciliar pode-se perceber a importncia que existe

    nesta troca de saberes que fundamentam e enriquecem a experincia, pois est acontece

    quando no se passa sozinha e sim quando agrega valores e fatos que proporcionam a

    reflexo. O fortalecimento das relaes desenvolve-se com o exerccio da comunicao,

    instigando a procura para entender o outro, trabalhar com as diferenas conciliado com o que

    pode ser feito e adequado diante da demanda, desenvolvendo, assim, mtodos de trabalho

    convenientes, j que aquilo que referido pelo usurio normalmente a necessidade em

    questo, consolidada pela viso integral.

    REFERNCIAS

    ALBUQUERQUE, A.B.B.; BOSI, M.L.M. Visita domiciliar no mbito da Estratgia Sade

    da Famlia: percepes de usurios no Municpio de Fortaleza, Cear, Brasil. Cad. Sade

  • 31

    Pblica [online], v.25, n.5, p:1103-1112, 2009. Disponvel em:

    http://www.scielo.br/readcube/epdf.php?doi=10.1590/S0102-

    311X2009000500017&pid=S0102-311X2009000500017&pdf_path=csp/v25n5/17.pdf.

    Acesso em: 20 de maro de 2015

    BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Ncleo Tcnico da Poltica

    Nacional de Humanizao. Clnica ampliada, Equipe de referncia e projeto teraputico

    singular. 2. edio. Srie B. Textos Bsicos de Sade. Braslia: Ministrio da Sade, 2007.

    GIACOMOZZIL, C.M.; LACERDA, M.R. A prtica da assistncia domiciliar dos

    profissionais da estratgia de sade da famlia. Rev. Texto Contexto Enferm, v. 15,

    n.4, p:645-53, 2006. Disponvel em:

    http://www.scielo.br/readcube/epdf.php?doi=10.1590/S0104-07072006000400013&pid=S0

    104-07072006000400013&pdf_path=tce/v15n4/v15n4a13.pdf. Acesso em: 21 de maro de

    2015.

    MARIN, M.J.S.; GOMES, R.; SIQUEIRA JUNIOR, A.C.; NUNES, C.R.R.; CAEDOSO,

    C.P.; OTANI, M.P.; MORAVCIK, M.Y. O sentido da visita domiciliria realizada por

    estudantes de medicina e enfermagem: um estudo qualitativo com usurios de unidades de

    sade da famlia. Cincia e Sade Coletiva, v.16, n.11, p: 4357-4365, 2011. Disponvel em:

    http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n11/a08v16n11.pdf. Acesso em: 23 de maro de 2015.

    http://www.scielo.br/readcube/epdf.php?doi=10.1590/S0102-311X2009000500017&pid=S0102-311X2009000500017&pdf_path=csp/v25n5/17.pdfhttp://www.scielo.br/readcube/epdf.php?doi=10.1590/S0102-311X2009000500017&pid=S0102-311X2009000500017&pdf_path=csp/v25n5/17.pdfhttp://www.scielo.br/readcube/epdf.php?doi=10.1590/S0104-07072006000400013&pid=S0%20104-07072006000400013&pdf_path=tce/v15n4/v15n4a13.pdfhttp://www.scielo.br/readcube/epdf.php?doi=10.1590/S0104-07072006000400013&pid=S0%20104-07072006000400013&pdf_path=tce/v15n4/v15n4a13.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/csc/v16n11/a08v16n11.pdf

  • 32

    06 APLICAO DE REIKI A USURIOS HIPERTENSOS DO SISTEMA NICO DE SADE

    UMA NOTA PRVIA

    FEDERIZZI, DANIELI SAMARA

    Acadmica do stimo semestre do Curso de Graduao em Enfermagem da Universidade

    Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Misses/RS. E-mail:

    [email protected]

    FREITAG, VERA LUCIA

    Enfermeira. Mestranda do Programa de Ps Graduao em Enfermagem (PPGEnf) da

    Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Bolsista pela Coordenao de Aperfeioamento de

    Pessoal de Nvel Superior (CAPES) 2014. Ps Graduanda em Gesto Pblica em Sade

    Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Misses. Orientadora do trabalho.

    PETRONI, SIDNEI

    Bilogo. Doutor em Cincias Biolgicas (Anatomia Humana) pela Universidade Estadual

    Paulista Jlio de Mesquita Filho. Docente Adjunto III da Universidade Federal de Santa

    Maria/Campus Palmeira das Misses/RS, Brasil.

    MILBRATH, VIVIANE MARTEN.

    Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    (FFRGS). Professora da Graduao/Ps-graduao em Enfermagem/FEn/PPGEnf,

    Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Pelotas (RS), Brasil.

    DESCRITORES: Reiki; Sistema nico de Sade; Estratgia Sade da Famlia; Hipertenso;

    Enfermagem.

    INTRODUO: No Brasil, o Ministrio da Sade aprovou em 2006, a Poltica Nacional de

    Prticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no mbito do Sistema nico de Sade

    (SUS), permitindo a realizao de procedimentos, alm da necessidade de se conhecer e

    apoiar prticas que j esto ocorrendo em alguns hospitais e unidades bsicas de sade (UBS),

    em vrios estados e municpios (BRASIL, 2006). Em 2013, foi aprovada a Resoluo n

    695/13 CIB / Rio Grande do Sul (RS), da Secretaria de Sade do estado do RS que aprova a

    Poltica Estadual de Prticas integrativas e Complementares (PEPIC/RS), onde o reiki

    citado na Diretriz 13, que recomenda: a insero do reiki e teraputicas de imposio de mos,

    sem vnculos religiosos; promover cursos de reiki, em conjunto com organizaes de

    especialistas dirigida a profissionais j contratados e em atuao nas redes de ateno sade,

    com prioridade para a Ateno Bsica (Resoluo n 695/13 CIB/RS). O reiki um mtodo

    de cura simples que implica no posicionamento das mos do praticante reiki em forma de

    concha direcionando a energia de cura para o corpo do receptor. (HONERVOGT, 2005).

    Durante uma sesso de reiki, o doador transmitir esta fora, esta energia e a luz que existe no

    reiki, fornecendo ao receptor uma quantidade adequada de energia necessria para o equilbrio

    da mente, do corpo e das emoes (SALOM, 2009). No tratamento com reiki, a posio das

    mos, correspondem ao sistema de glndulas endcrino do corpo e aos sete chakras principais

    ou centros de energia. Pe em equilbrio harmonioso todos os aspectos do ser do receptor, de

    mailto:[email protected]

  • 33

    acordo com suas necessidades e desejos pessoais; equilibra os rgos e glndulas e suas

    funes corporais; libera bloqueios e emoes reprimidas; promove a cura natural do ser;

    adapta-se as necessidades naturais do receptor; equilibra as energias do corpo; amplia a

    conscincia pessoal e facilita os estados meditativos; relaxa e reduz o stress; estimula a

    criatividade; potencializa a energia vital, agua a intuio; trata os sintomas e as causas das

    doenas; cura holisticamente; fortalece o sistema imunolgico; alivia a dor; libera toxinas.

    Etmologicamente a palavra japonesa rei-ki compe-se de duas slabas: rei, que descreve o

    aspecto csmico, universal, nossa energia, e ki, que significa a fora vital fundamental que

    flui e pulsa em todos os seres vivos. Essa energia vital nos dada no nascimento

    (HONERVOGT, 2005). Embora todos possuam a capacidade inata de impor as mos, no

    sistema reiki, o desbloqueio dos chakras ocorre com o ritual de iniciao, momento em que

    canais de energia so abertos permitindo ao iniciado entrar em sintonia com a Energia

    Universal e assim, transformar-se em um agente de cura (TEIXEIRA, 2009). Assim, as

    Terapias Alternativas Complementares, (TACs) recomendadas pelo Ministrio da Sade, e

    incentivadas pelo SUS, servem de base para esta pesquisa com nfase na prtica do reiki junto

    Estratgia de Sade da Famlia (ESF), pois esta tcnica empregada para o tratamento de

    diversas doenas cuja forma a imposio das mos. Atualmente observa-se que mais

    pessoas so acometidas de doenas agudas e crnicas, assim como uma srie de problemas

    pessoais que dentre os mais graves tem-se os relacionados geralmente a sua sade. Dentre as

    doenas crnicas est a hipertenso arterial sistmica (HAS), que uma condio clnica

    multifatorial caracterizada por nveis pressricos elevados. Esta, associada a alteraes

    funcionais e/ou estruturais dos rgos-alvo (corao, encfalo, rins e vasos sanguneos) e a

    alteraes metablicas, provocam um consequente aumento do risco de eventos

    cardiovasculares fatais e no fatais. A HAS considerada um dos principais fatores de riscos

    modificveis e um dos mais importantes problemas de sade pblic