Análise Bíblica da Catolicismo Romano - Joel Santana

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ESCATOLOGIA BBLICA

ANLISE BBLICA DO CATOLICISMO ROMANO

POR,

PASTOR JOEL SANTANA

Caixa Postal: 10.061

Campo Grande_ Rio de Janeiro/RJ

CEP 23.051-970

[email protected]

http://www.pastorjoel.com.brRio de Janeiro/RJ

Fevereiro de 2007

SUMRIO

5PREFCIO PRIMEIRA EDIO

6PREMBULO

10CAPTULO 1

10A HISTRIA DO CATOLICISMO

101.1. Como e Quando Surgiu o Catolicismo

141.2. Desfazendo Sofismas

141.2.1. To-somente Veneramos ou Cultuamos aos Santos

151.2.2 Deus Mandou Fazer Imagens

161.2. 3. Os Santos Fazem Milagres

161.3. Est na Bblia e na Histria

171.4. O Catolicismo Atravs dos Sculos

171.4.1. Alguns fatos impressionantes

191.4.2. Sinopse histrica por ordem cronolgica

21CAPTULO 2

21AS PRETENSES DO CLERO CATLICO

212.1. A Igreja Catlica a nica Igreja de Cristo.

222.2. Fora da Igreja Catlica No H Salvao

252.3. Infalveis

282.4. So os nicos Sucessores dos Apstolos

292.5. Alicerce da Igreja

312.6. Sobre os Ttulos Honorficos do Clero

322.7. Donos da Verdade

34CAPTULO 3

34CRIANAS NO LIMBO?!

343.1. Considerando o que a Igreja Diz Oficialmente

373.2. Incoerncia Dcima Potncia.

373.2.1. Incoerncia no Catecismo

373.2.2. Incoerncia no Compndio do Catecismo

383.3. Rcm-Nascido No Filho de Deus Mas Gente

383.4. O Vaticano II Aboliu o Limbo?!

413.5. Convergncia Evanglica na Divergncia Batismal

42CAPTULO 4

42O CATOLICISMO VERSUS BBLIA

424.1. A Igreja Catlica Traiu a Bblia

424.1.1. Adicionando-lhe os Apcrifos

444.1.2. Igualando-a Tal de Tradio

444.1.3. Pondo-a Abaixo da Tal de Tradio.

454.1.4. Sujeitando-a s Arbitrariedades dos Papas

454.1.4.1. Quanto interpretao

454.1.4.2. Quanto leitura.

454.1.4.3. Quanto traduo

454.1.4.4. Quanto s distores.

454.1.5. Negando-a Sorrateiramente

46CAPTULO 5

46O FALSO PERDO E O RENTVEL PURGATRIO

465.1. Que Diz a Igreja Catlica?

465.1.1. Dissertando Sobre o Perdo Catlico

475.1.2. Exibindo as Provas

475.2. Que Diz a Bblia?

495.3. Os Atravessadores do Perdo Catlico

495.4. Simonia: Eis o Porqu do Falso Perdo e do Purgatrio

495.4.1. No Bblico

505.4.2. Solapa a F no Arrebatamento da Igreja

515.4.3. Induz Salvao Pelas Obras

525.5. Condena seus Inocentes e Absolve os Culpados

535.6. Estou Interpretando Mal?

585.7. A Diferena que Faz Diferena

62CAPTULO 6

62ANLISE DA MARIOLOGIA CATLICA

656 1. Literatura, Santos , Contos e Outros Gestos Marioltricos.

656.1.1. O Livro de Santo Afonso

686.1.2. O Livro do Padre Albert

686.1.3. Panfletos Marioltricos

696.1.4. O Conto do Padre Vilela

696.1.5. O Clero Recusa Assumir o Crime

696.1.6. Uma Declarao Papal

706.1.7. O Conclio Vaticano II Decretou:

706.1.8. O Catecismo Ratifica

706.1.9. Santos Marilatras

726.1.10. O Parecer dos Clrigos Catlicos

736.2. O Supremo Culto a Maria

756 3. A Casa de Maria

756.4. Os Honorficos Ttulos de Maria

756.4.1. Nossa Senhora

776.4.2. Me de Deus.

786.4.3. Imaculada

816.4.4. Nossa Me

826.4.5. Bendita Entre as Mulheres

826.4.6. Bem-Aventurada

826.4.7. Rainha do Universo

826.4.8. Perpetuamente Virgem

836.4.8.1. So Seus Parentes Prximos.

846.4.8.2. Unignito Primognito

856.4.8.3. O At de Mt 1.25 No Prova Nada?

876.4.8.4. Voto de Castidade?!

876.4.8.5. Bblia Finalmente

87O Filho

876 5. A Virgem e os Carismticos.

886.6. Maria-de-Menos e Maria-Demais?!

906 7. Maria: Mulher Hiper Abenoada

906.7.1. A Bno da Existncia

906.7.2. A Bno de ter um Marido Temente a Deus

916.7.3. A Bno de Ser Me

916.7.4. A Bno de ser Serva de Deus

916.7.5. A Bno da Humildade

916.7.6. A Bno do Batismo no Esprito Santo

916.7.7. A Bno de ser um Exemplo de Vida

926.7.8. A Bno da Salvao

926.8. Maria Atravs dos Sculos

946.9. A Virgindade de Maria e a Arqueologia

956.10. A Respeito dos Milagres da Virgem

966.11. Afinal, Maria Salva ou No Salva?

966.11.1. Maria no salva, pois Jesus o nico Salvador

966.11.2. Maria salva juntamente com Cristo

976.11.3. Maria a principal Salvadora

976.11.4. Maria a nica Salvadora

100CAPTULO 7

100OS 7 SACRAMENTOS

101CAPTULO 8

101SOBRE A EUCARISTIA

1018.1. A Postura Evanglica

1028.2. Com a palavra o clero catlico

1048.3. Questionando as Missas

1048.4. Uma Flagrante Contradio

106CAPTULO 9

106O CELIBATO ECLESISTICO

1069.1. A Bblia Contra?

1079.2. Padre Feiticeiro, Sim; Casado, No.

1089.3. As Pirraas do Papa

1089.4. A Idade do Celibato na Igreja

1099.5. H Padres Que Tambm Pensam Assim

1099.6. Que Pena!

109CAPTULO 10

109O RASTRO DO CLERO ATRAVS DOS SCULOS

112CAPTULO 11

112O CATOLICISMO PERIGOSO

11211.1. Para a Famlia

11211.1.1. Para os Casais

11211.1.2. Para os Nossos Filhos

11311.2. Para a Sociedade

11511.3. Para os Evanglicos?

11611.4. Para os Papas?

11611.5. Para a Alma

117CAPTULO 12

117A IGREJA CATLICA A 1 IGREJA?

127CAPTULO 13

127O MATRIMNIO E O CATOLICISMO

12713.1. Divrcio: Um Mal s Vezes Inevitvel

12713.2. E Romanos, Captulo Sete?

12813.3. E Mateus, Captulo Dezenove?

12813.4. Consideremos 1 Corntios 7.10,11 e 39

12913.5. Os Anticoncepcionais So Proibidos?

13013.6. Sempre Foi Assim?

130CAPTULO 14

130TENTANDO SAIR DA CRISE

13014.1. O Porqu da Crise

13014.2. Os Clrigos Tm Conscincia da Crise

13014.2.1. O Papa Reage

13114.2.2. Os Padres Aquiescem

13114.2.3. Imitando os Evanglicos

13114.2.4. Avivando a Idolatria

13214.3.5. Incentivando ao Ecumenismo

13414.3.6. Ensinando o Povo a Rezar

135CAPTULO 15

135COMO EVANGELIZAR OS CATLICOS

13515.1. Ame-os

13515.2. Ore Por Eles

13515.3. Seja Sbio

13615.4. Seja Amigo

13615.5. Seja Corts e Franco Simultaneamente

13615.6. Saiba Como Comear e Quando Parar

13615.7. Encoraje os Catlicos ao Dilogo

13715.8. Modere Suas Crticas

13715.9. No se Julgue Dono da Verdade

13715.10. Pregue o Evangelho

13815.11. Pea Sabedoria a Deus

138EPLOGO

140NOTAS

141BIBLIOGRAFIA

PREFCIO PRIMEIRA EDIO com muito prazer que tive o privilgio de ler este livro antes de sua publicao. Conhecendo o ministrio ativo de seu autor, sua preocupao com os que se encontram ainda perdidos nas seitas, seu zelo em querer ser fiel s Sagradas Escrituras, no poderia ler seno uma excelente exposio dos erros doutrinrios do grupo em questo Catolicismo confrontados com a simplicidade das Escrituras. Simplicidade essa da qual o Diabo quer tirar os servos de Deus (2 Co.11.3).

Dividida em 20 captulos, a obra faz jus ao ttulo, pois escrita com a inteno clara de, baseada em fatos e documentaes irrefutveis, mostrar os equvocos que vm sendo cometidos pela liderana catlica ao longo dos sculos analisados luz da Bblia. Cada captulo expe de maneira objetiva os assuntos tratados, sejam histricos ou doutrinrios. uma obra completa ao abranger tantos e diferentes tpicos. Creio que com esta obra, com refutaes to bem sustentadas, os catlicos no tero desculpas a apresentar para sustentar sua rebeldia em continuar no engano espiritual. Esta obra vem, portanto, coroar as demais lanadas anteriormente, e at se vale de algumas delas que so somadas a recentes pesquisas do autor.

O catolicismo sempre representou um desafio aos verdadeiros servos de Cristo. Enquanto os cristos genunos buscam somente a glria de seu amado Senhor, os seguidores do papa buscam uma glria efmera e terrena onde so cultuados homens pecadores como todos os demais. At quando os verdadeiros cristos ficaro indiferentes a to grande desafio? O ex-padre Agrcio Jos do Valle, hoje pastor batista e professor no Seminrio Teolgico Sul-Brasileiro, em Vargem Grande Paulista SP, alm de conferencista por todo o Brasil, sempre afirma em suas pregaes: Se o Brasil o maior pas catlico do mundo, por que os seminrios evanglicos no priorizam o estudo do assunto? Por que no preparam melhor os futuros pastores e missionrios para alcanarem seus ignorantes seguidores?.

Fao minhas as suas palavras. Por qu? Quando da visita papal ao Rio de Janeiro, em 1997, meu nome surgiu, sem que eu quisesse, nas pginas de alguns jornais seculares. A razo foi o vazamento de uma informao que eu estaria evangelizando durante os eventos catlicos. Uma revista evanglica sabia do fato e o passou para um jornal secular. No lamento, no. Muito pelo contrrio, eu fiquei feliz, pois, dessa forma meu testemunho foi divulgado. O intrigante que alguns pastores evanglicos foram prestar solidariedade ao cardeal do Rio de Janeiro, porque os jornais estampavam notcias sensacionalistas a respeito do que eu iria fazer Evanglicos declaram guerra santa aos catlicos, e outras mais. Um desses pastores chegou a afirmar que se algum fosse distribuir folhetos naquelas ocasies seria preso com base em artigo da Lei Penal. Os pastores at rezaram o padre-nosso com o cardeal...

Por isso me alegro sobremaneira por ver o lanamento de mais uma jia literria com o objetivo de alertar e despertar o povo para as incoerncias do catolicismo romano. Feliz por saber que meu amigo, Pr. Joel Santana, no tem compromissos com homens que s pensam na glria terrena. Seu olhar est firmado naquele que o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Possa esse livro culminar a obra de esclarecimento e despertamento de muitos coraes. Possam seus leitores se sentirem equipados para tomarem decises importantes. Sejam os evanglicos a manifestarem verdadeiramente seu amor para com os catlicos, interessando-se por eles e por aquilo em que tm depositado sua esperana de salvao; Sejam os prprios catlicos a tomarem a deciso mais importante de suas vidas Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigrio pela presena do Senhor. Atos 3.19

Nos ternos laos do Calvrio,

Paulo Csar Pimentel

Presidente do Centro de Pesquisas Religiosas (CPR)

Caixa Postal 950

25951-970 Terespolis, RJ

Site do CPR: cpr.org.br

Terespolis, 20 de Julho de 2002

PREMBULO

Dos muitos caminhos que conduzem ao Inferno, o mais palmilhado tem sido o das falsas religies e seitas! Os falsos profetas existem e no so poucos (Mt 24.11a). Eles iludem a muitos (Mt 24.11b), e os ludibriados por eles vo com eles para o Inferno (Mt 15.14). Pesa, portanto, sobre os ombros dos verdadeiros cristos, a rdua (embora sublime) misso de identific-los, adverti-los, denunci-los e desmascar-los. E tudo isto por amor: por amor a eles, s suas vtimas, Igreja, e, sobretudo, por amor ao Senhor Jesus Cristo que nos confiou a semeadura da Palavra de Deus. com estes nobres sentimentos__a conscincia do dever e um profundo amor__que elaboramos este livro que o caro leitor ora nos d a honra de apreciar.

O nico padro que nos permite aferir com preciso uma doutrina religiosa, a Bblia. Por isso nos estribamos unicamente nela, enquanto procedemos a anlise do Catolicismo, objeto deste livro.

Carssimo leitor, no permita que o preconceito o impea de examinar todo este livro, pois com muito amor e com todo o respeito que os catlicos merecem que exteriorizamos aqui nossa sincera opinio acerca do Catolicismo. Logo, este livro no uma crtica gratuita, tampouco um desabafo de um protestante revoltado. Enquanto redigimos estas linhas, as lgrimas nos vm aos olhos. So lgrimas do amor cristo, que devem caracterizar todos os servos de Deus.

certo criticar a religio alheia? Os clrigos catlicos respondem positivamente a esta pergunta, j que eles tm emitido inmeras crticas aos evanglicos. Seno, vejamos:

1) o Padre Euzbio Tintori, num Novo Testamento editado pela Pia Sociedade de So Paulo, por ele comentado, fez meno ao que ele chamou de erros dos protestantes (Apndice, pgina 415);

2) o Padre Andr Carbonera tachou os evanglicos de burros, quando disse que burrice no pedirmos a Maria e aos santos que roguem por ns;10

3) segundo o jornal O Dia, de 14/10/1991, o Papa Joo Paulo II disse que os evanglicos esto aliciando o povo, iludindo e semeando confuso;

4) o Padre Miguel Maria Giambelle, escreveu um livro intitulado A Igreja Catlica e os Protestantes, especialmente para provar que os evanglicos esto equivocados;

5) o padre Manoel Pinto dos Santos, em seu livro Protestantismo e Catolicismo, afirma pgina 1 que o protestantismo anarquia e falsidade;

6) o Padre Vicente Wrosz, em sua obra Respostas da Bblia s Acusaes dos Crentes Contra a Igreja Catlica, da Livraria Editora Pe. Reus, 48 Edio de abril/2000, afirma s pginas 13-17 e 26-28, que os pastores evanglicos, por no serem ordenados pelo Papa, no so qualificados e credenciados para este Magistrio, mas apenas curiosos, razo pela qual no podem dar o corpo de Cristo aos membros de suas igrejas, visto no terem poder para tornar presente o sacrifcio de Jesus na cruz, isto , ns no temos poder para fazer uma bolacha virar Cristo. E, luz de Jo 6.53 insinua que estamos mortos espiritualmente, por cujo motivo se condi de ns por no comermos a hstia, dizendo: Que pena que pela falta de f no poder e no amor infinitos de Jesus, tantos 'crentes se afastaram desta rvore da vida ...;

7) o Monsenhor Aristides Rocha, no livreto Os Erros ou Males principais dos Crentes ou protestantes, lanado sob seu imprimatur, afirma (j que foi ele quem emitiu o imprimatur) textualmente que os evanglicos no so crentes, e sim descrentes: Em vez de ser denominados crentes, deviam os protestantes apelidar-se descrentes (Pgina 4);

8) O Bispo Afonso de Ligrio, em seu livro Glrias de Maria (livro este aprovado pela cpula da Igreja Catlica, como veremos no captulo VI deste livro), afirma que quem no devoto de Maria (e, como o leitor sabe, ns, os evanglicos, no o somos) est perdido, sem Cristo, nas trevas, tentando voar sem asas, sem a graa de Deus, e condenado ao sofrimento;

9) Veja o que disse o Padre D. Francisco Prada, em seu livro Novenrio, 3 edio de 1996, editado pela AM edies: a) pgina 66 ele insinuou que ns, os evanglicos, por crermos que Maria se relacionava sexualmente com o seu esposo Jos, somos ignorantes e que denegrimos a me de Jesus. Disse ele: Assim, aqueles que se prevalecem do Evangelho para denegrir a Virgem Santssima do provas de ignorncia... . Ele disse aqueles, sem determinar a quem se referia, mas pareceu-me claro, luz do contexto, que se trata de uma refutao aos evanglicos; b) o Padre D. francisco Prada disse mais: [...] Nossa Senhora, to ultrajada pelo dio dos mpios e pela omisso e indiferena de alguns que ainda se dizem cristos. (Ibidem, pgina 40, grifo nosso); c) e, como se no bastasse, vejamos mais essa do padre D. Francisco Prada: Diante do aspecto sombrio que [...] apresenta o mundo [...], vtima da invaso das seitas protestantes [...] (Ibidem, pgina 72);

10) Vociferou o Padre Leonel Franca: [...] no sculo XVI, a reforma protestante, negando dogmas excenciais do cristianismo e proclamando o livre exame e a independncia individual em pontos de doutrina religiosa, teve tambm sua natural e funesta repercusso [...] (FRANCA, Leonel. Noes de Histria da Filosofia, Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 21 ed. 1973, p. 122, grifo nosso);

11) O Padre D. Estvo Bettencourt, em seu livro Crenas, religies, igrejas & seitas: quem so?, 6 edio (editora no informada), julho de 2003, prefaciado com sobejos elogios pelo ento Bispo de Santo Andr/SP (Dom Cludio Hummes), critica inmeras religies e, inclusive, diversas igrejas evanglicas. Referindo-se aos assembleianos, disse que os mesmos crem facilmente em vises, revelaes, sonhos profticos, que levam a praticar curas, ditar normas de comportamento, profetizar... Pode-se dizer que a euforia e a sugesto, os afetos e emoes so o alimento principal desse tipo de religiosidade pouco crtica, muito predisposta a intuir o portentoso (pgina 49. O grifo nosso, mas as reticncias constam do original). Pouco crtica, uma maneira educada de tachar os membros das Assemblias de Deus, de ingnuos.

***

Alm das obras acima citadas, dispomos de outros livros de autoria de clrigos catlicos, nos quais a Maonaria, o Espiritismo, a Igreja Universal do Reino de Deus, e tantas outras instituies religiosas, so qualificadas como falsas. Esto eles errados por isso? Sendo suas crticas infundadas ou no, o direito de exteriorizarem suas opinies no lhes pode ser negado. E, se os argumentos deles forem convincentes, devemos nos retratar. E o mesmo deve fazer o caro leitor, quanto ao contedo deste livro. Examine-o com vido interesse e, se os nossos argumentos lhe parecerem fracos, rejeite-os; e se forem convincentes, abrace-os; mas de modo algum nos odeie. No nos queira mal.

Ora, quem critica tem que estar aberto s rplicas. Ao ru tem que ser dado o direito de defesa. Logo, o clero catlico nos deve a leitura deste livro, assim como ns, os evanglicos, devemos aos clrigos do Catolicismo, a apreciao de seus escritos contra a nossa f. E, ao transcrever de diversas obras catlicas os textos acima, provo que j estou lendo os livros dos catlicos. Espero, pois, que os catlicos dispensem a mim o mesmo tratamento, lendo-me.

Este livro no uma revanche s crticas dos clrigos catlicos ao movimento evanglico, visto que pagar na mesma moeda nunca foi atitude crist. O que se pretende atravs destas linhas estender a mo amiga aos catlicos. Pretendemos to-somente ajud-los. Estamos cheios de amor, e vazios de animosidade.

Provamos neste livro que a Igreja Catlica est pregando que:

1) A Igreja Catlica a nica Igreja de Cristo;

2) Fora da Igreja Catlica no h salvao;

3) A misso de Jesus no salvar os pecadores, mas sim, julg-los e puni-los;

4) As esttuas de Maria podem chorar, sorrir, sangrar, exalar fragrncia e at falar;

5) Maria morreu para nos salvar, ressuscitou dentre os mortos e subiu ao Cu em corpo e alma, onde, como Rainha, intercede por ns;

6) A misso de salvar o pecador foi confiada a Maria, no a Cristo. Logo, Maria :

A verdadeira medianeira entre Deus e os homens;

A nica advogada dos pecadores;

O caminho que nos conduz a Deus;

Nosso nico refgio;

A Salvadora da humanidade;

A porta de acesso ao Cu, pela qual, todos os que se salvam, tm que passar;

A escada do Paraso;

7) O perdo dos pecados no anula a sentena do pecador, mas to-somente diminui a pena;

8) Para cada pecado perdoado h uma pena menor a ser cumprida;

9) O perdoado s poder entrar no Cu aps cumprir a pena devida pelo pecado j perdoado;

10) A pena devida pelo pecado j perdoado pode ser cumprida neste mundo atravs de boas obras e sofrimentos;

11) A pena devida pelo pecado j perdoado, se no for cumprida neste mundo, ser cumprida no alm-tmulo, no estado chamado purgatrio;

12) H uma proviso Divina chamada indulgncia. Esta se subdivide em duas partes: plenria e parcial;

13) A Indulgncia parcial diminui a pena que o perdoado tem que cumprir antes de poder entrar no Cu;

14) A Indulgncia plenria elimina todas as marcas deixadas pelo pecado perdoado;

15) Os recm-nascidos no batizados no so filhos de Deus, mas sim, escravos do poder das trevas;

16) Os recm-nascidos que morrem sem o batismo no direto para o cu, mas sim, para um lugar chamado Limbo, onde no podem ver a face de Deus, de onde talvez possam sair um dia;

17) S o Papa pode interpretar corretamente a Bblia. E sua pronunciao ex-ctedra, isto , em nome de seu ofcio pastoral, isenta de todo e qualquer erro. Logo, quando, neste caso, nossa interpretao no coincide com a dele, invariavelmente o erro est em ns; e, sendo assim, todos, inclusive os bispos, devem trair suas conscincias e seguir ao Papa incondicionalmente, em caso de divergncia, desde que seja uma pronunciao ex-ctedra;

18) A Bblia dos evanglicos incompleta e indigna de confiana. incompleta porque no contm os Deuterocannicos, que eles chamam de Apcrifos; e indigna de confiana porque no desfruta do IMPRIMATUR de uma autoridade catlica, isto , o prprio Papa ou um Bispo ordenado pelo sucessor de So Pedro;

19) O po da Eucaristia (Ceia do Senhor) no smbolo do corpo de Cristo, mas sim, o prprio Jesus. A isso o clero catlico chama de Jesus Eucarstico;

20) O po da Eucaristia merece o culto supremo de adorao, devido somente a Deus, j que Cristo Deus, e a hstia Cristo;

21) A Bblia, alm de conter erros, no a nica fonte de f do cristo, visto que Deus nos deu tambm a Tradio, isto , a pregao de Jesus Cristo que no foi escrita, mas transmitida oralmente atravs dos sculos, pelo clero da Igreja catlica;

22) Embora a Bblia e a Tradio constituam um s sagrado depsito da Palavra de Deus, a Tradio est acima da Bblia;

23) Os espritos dos mortos se comunicam com os vivos e podem at pedir missas;

24) Maria no morreu, antes foi arrebatada viva ao Cu; etc.

Talvez o leitor, ao comparar o 5 item, com o 24, pergunte: Afinal, Maria morreu, ou no morreu? No se preocupe! O Catolicismo assim mesmo! As duas posies constam da tal de Tradio. Por isso o Papa Pio XII, como verems no captulo VI, preferiu no dogmatizar isso, deixando os catlicos bem vontade quanto a essa questo. Eles podem crer que ela ressuscitou, ou que foi arrebatada viva, sem passar pela morte. Claro est que esse emaranhado tem por finalidade fazer com que o dito fique pelo no dito.

As heresias acima e outras mais, so analisadas e refutadas neste livro luz da Bblia e da razo.

No duvidamos que o prezado e respeitvel leitor esteja suspeitando da possibilidade de provarmos o que dissemos acima. Todavia, esteja certo que podemos sim, provar que no estamos caluniando. razovel concluir que ningum ousaria fazer to graves denncias sem estar devidamente documentado. Atente para o fato de que nossas denncias so facilmente verificveis, pois informamos nossas fontes, indicando os nomes das obras literrias das quais fazemos as transcries, bem como suas pginas, editoras, nomes de seus autores e datas das edies respectivamente. Alm disso, sabemos que calnia crime e d cadeia. Logo, se no temssemos a Deus, temeramos pelo menos a justia dos homens.

Usamos de muita franqueza neste livro, mas nunca faltamos com o respeito aos catlicos. No os tachamos de burros. At porque no cremos ser este o caso. Preferimos crer que os catlicos esto enquadrados em 2Co 4.4.: ... o deus deste sculo cegou o entendimento dos incrdulos para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria de Cristo... .

O leitor ver que o Catolicismo no uma instituio crist, na verdadeira concepo do termo. Antes, trata-se de um sistema idoltrico, marioltrico, blasfemo..., a servio de Satans.

Para conhecermos com profundidade as doutrinas da Igreja Catlica, foi-nos necessrio examinar a literatura dessa seita; assistir a diversas missas; ler vrios livros escritos por ex-padres; entrevistar ex-adeptos de renome, etc. Vejamos, pois, nas pginas seguintes, o que conseguimos colher dessas searas; e, assim, nos certifiquemos, com farta documentao, da autenticidade de tudo quanto acima afirmamos, acerca do Catolicismo Romano.

A 1 edio deste livro veio a lume em janeiro de 2003, e constituda de 20 captulos, distribudos em 195 pginas, enquanto na segunda edio s constam 15 captulos. Tal se d porque o captulo 7 foi incorporado ao captulo 1; os captulos 13 e 19, ao captulo 5; e os captulos 16 e 17, ao captulo15. Embora o nmero de captulos da 2 edio tenha diminudo, a mesma no sofreu nenhuma reduo em seu contedo; pelo contrrio, foi consideravelmente ampliada, razo pela qual o nmero de pginas foi elevado para mais, a saber, 232 pginas. Outrossim fazemos constar que a presente edio tambm foi contemplada com melhorias relevantes, isto , novas adies deveras dignas de ateno, e que o nmero de pginas est alterado para menos porque estamos usando letras menores.

A Inspirao Verbal e Plena, que permitiu a composio da Bblia Sagrada, no existe mais. No h, pois, nenhum livro infalvel, alm da Bblia. Logo, se voc encontrar neste livro alguma coisa que lhe parecer incorreto, queira nos comunicar. Sua observao ser avaliada, e, se for convincente, prometemos ceder. Ao invs de nos odiar e perseguir, tente nos convencer do que voc considera um erro. Talvez voc consiga. Saiba, porm, que a nossa postura a mesma de Martinho Lutero, o qual, mesmo sabendo que sua intransigncia com o clero catlico podia custar-lhe a prpria vida, asseverou que s se retrataria se seus oponentes conseguissem convenc-lo que ele estava equivocado. Sim, este autor no est disposto a trair sua conscincia e negar a Cristo. Prove-nos luz da Bblia e da Histria Universal que nossa pronunciao inexata, e daremos as mos palmatria. Esta a nica maneira de calar a boca de um homem comprometido com Deus. Doutro modo, nem mesmo o martrio nos silenciar, visto que nosso sangue continuar gritando s conscincias, como bem atesta a Histria dos Mrtires do verdadeiro Cristianismo.

No confunda catlico com Catolicismo. Este autor desdenha o Catolicismo, no os catlicos. Estes so aqui alvos de nosso amor.

No fcil fazer a pronunciao constante deste livro. O que est na moda dizer que todas as religies so boas, que todos somos filhos de Deus, etc. Logo, portar-se de outro modo andar na contra-mo. Mas, que importa, se Jesus, Nosso Salvador, Mestre e Arqutipo tambm bateu de frente com esse sistema corrupto?

A quem se destina este livro? Resposta: Primeiramente aos catlicos sinceros que estejam dispostos a abandonar a Igreja Catlica, caso algum lhes prove, como dois mais dois so quatro, que a Igreja Catlica uma religio falsa. Se a nica exigncia que voc faz para sair da Igreja Catlica, que algum lhe prove que ela uma falsa igreja, a leitura deste livro marcar o fim de sua permanncia no Catolicismo. Mas, se voc desses que nem Cristo consegue provar alguma coisa, ento no perca o seu tempo lendo este livro. V dormir, se divertir, ou fazer qualquer outra coisa que lhe agrade. Este livro destina-se tambm aos evanglicos que desejam angariar maior conhecimento para evangelizar os catlicos com mais eficincia. Voc pode presentear os catlicos com exemplares desta obra, e/ou argumentar base do conhecimento obtido com o estudo deste compndio que elaborei por amor aos catlicos.

Sugerimos que voc no pague com dio e perseguies, o amor que este autor devota aos catlicos. Se voc se julga cristo, saiba que o dio no vem de Deus. Talvez voc duvide do nosso amor, mas Deus sabe que o autor destas linhas no est mentindo.

CAPTULO 1

A HISTRIA DO CATOLICISMO

1.1. Como e Quando Surgiu o Catolicismo Quando o Senhor Jesus veio ao mundo, j existiam muitas religies: Budismo, Confucionismo, Hindusmo, Zoroastrismo, o paganismo greco-romano e outras. Muitos dos religiosos de ento acreditavam em muitos deuses como Minerva, Diana, Baco, etc. Em meio a essas trevas to medonhas raiou a luz, a saber, Jesus. A maioria o rejeitou, mas milhares creram nEle, surgindo assim o que Ele chamou de Igreja, isto , o conjunto dos seus discpulos. Inicialmente os discpulos de Jesus se organizaram em igrejas locais e independentes. Da lermos na Bblia: A igreja que est em Filadlfia, a igreja que est em Laudicia, a igreja que est em feso, etc., como se pode ver nos captulos 2 e 3 do Apocalipse. Claro, esta independncia era relativa, visto que confraternizao e cumplicidade nunca faltaram entre os verdadeiros cristos. A unio que havia entre os cristos de ento, especialmente at o incio do Sculo II, era similar que h hoje entre as diversas denominaes evanglicas: somos independentes e divergentes, mas unidos, cmplices e convergentes em Cristo. Mais tarde, visando dificultar a infiltrao de heresias na Igreja, os cristos tiveram a brilhante idia de se organizar em forma de uma federao de igrejas, semelhantes s convenes de hoje: CBB, CBN, CGADB, etc., qual deram o nome de Igreja Catlica, isto , Igreja Universal. Ainda bem cedo, esta associao mundial de igrejas passou a ser supervisionada por cinco bispos eleitos entre os demais: O Bispo de Roma, o de Jerusalm, o de Antioquia, o de Constantinopla e o de Alexandria. Algum tempo aps, o Bispo da igreja que estava em Roma assumiu a liderana dessa unio de igrejas (Robert Hastings Nichols. Histria da Igreja Crist. pginas 47-49, 63-64). Foi a essa unio de igrejas que, no incio do 4 sculo, o Imperador Constantino adotou (de fato, e no de direito) como religio oficial* do Imprio Romano. Ao fazer isso, esse Imperador, alm de pr fim s perseguies que h 4 sculos diversos imperadores romanos vinham promovendo contra a Igreja, concedeu referida associao de igrejas, inmeras vantagens patrimoniais, financeiras e morais. A igreja oficial veio, pois, a ser a religio da moda, de status, rentvel. E, partir da, o Cristianismo tornou-se desejvel a muitos dos que antes o rejeitavam. Assim, muitos pagos interesseiros se tornaram cristos de fachada.

Vejamos algumas transcries que corroboram a exposio acima:

A. Rui Barbosa, famoso expoente da nossa cultura, escreveu sobre esse casamento da Igreja com o Imprio Romano, casamento este que se deu sob a influncia do mpio Constantino, que matou a esposa, o filho, seu cunhado e dois de seus sobrinhos. Disse o Dr. Rui: O imperador no batizado [ele se refere a Constantino] recebe o ttulo de bispo exterior, julga e depe bispos; convoca e preside conclios; resolve sobre dogmas. J no era mais esta, certo, a igreja dos primeiros cristos. Estes repeliriam como sacrilgio as monstruosas concesses ao odioso absolutismo dos imperadores, as homenagens ao dspota que se ensangentou com a morte de dois sobrinhos, do cunhado, do filho e da mulher, e que, enquanto recebia reverncia nas baslicas crists, aceitava adorao como Deus nos templos do paganismo. Adquiriu a Igreja influncia temporal; mas a sua autoridade moral decresceu na mesma proporo; de perseguida tornou-se perseguidora; buscou riquezas, e se corrompeu; derramou sangue, para impor silncio heterodoxia; e, sujeitando o esprito letra, iniciou esse formalismo, que foi o primeiro sintoma de sua decadncia, e se no se suprimir, por uma reforma que a aproxime da sua origem, h de ser a causa final de sua runa (Rui Barbosa. O Papa e o Conclio, 3 edio. Elos. Rio de Janeiro/RJ, pgina 24. Citado por Hernandes Dias Lopes, em O Papado e o Dogma de Maria. Hagnos, So Paulo/SP. 1 edio, 2005, pgina 63);

B. O horroroso quadro acima exposto por Rui Barbosa, piorou, quando Logo aps o reinado de Constantino, seu filho decretou a pena de morte e o confisco de propriedade, para todos os adoradores de dolos... (Jesse Lyman Hurlbut. Histria da Igreja Crist. Editora Vida, 8 impresso de 1995, pgina 80). (Esse gesto arrogante [Refiro-me intolerncia religiosa] tambm foi praticado por Santo Agostinho, defensor de vrias heresias (sucesso apostlica, salvao atravs da referida associao intitulada Igreja Catlica, predestinao, mariolatria, orao pelas almas dos mortos, sincretismo entre Cristianismo e paganismo, etc.), das quais algumas fazem parte do Catolicismo at hoje. Sim, Agostinho, embora tenha ensinado muitas coisas boas, foi, entretanto, suficientemente estulto para sancionar o uso da fora imperial para obrigar os donatistas a retornarem Igreja Catlica (Cf.: Robert Hastings Nichols. Histria da Igreja Crist, op. cit. pgina 61);

C. O Imperador Teodsio I deu continuidade intolerncia religiosa encabeada pelo referido filho de Constantino, a saber, Constantino II, O Jovem (Histria da Igreja Crist, op. cit. pginas 83-84);

D. Tambm na obra intitulada Histria das Religies, de Chantepie de La Saussaye, editada pela Editorial Inqurito Ltda, Lisboa/Portugal, edio de 1940, consta que Teodsio... suprimiu o culto pago em todos os lugares e de maneira absoluta. Os ... funcionrios receberam por toda a parte ordem de perseguir o culto pago; os cristos fanticos tiveram toda a liberdade de o combater pela violncia. Assim desapareceu o paganismo... (pginas 819-820);

E. E a juno dessas duas coisas (as regalias que a partir de Constantino foram conferidas s igrejas confederadas, somadas ao triste fato de que essa associao de igrejas tornou-se religio imposta pela fora imperial) fizeram desse cristianismo a religio da maioria. Mas essa maioria era crist apenas nominalmente. No fundo, eles eram apenas pagos disfarados de cristos. Esses falsos cristos fizeram o sincretismo do paganismo com o Cristianismo, implantando no seio da mencionada associao de igrejas, o culto aos santos e a Maria, bem como outras inovaes, donde surgiu o que hoje conhecemos pelo nome de Catolicismo. Sim, leitor, "Depois que o Cristianismo se imps e dominou em todo o imprio, o mundanismo penetrou na igreja e fez prevalecer seus costumes (Jesse Lyman Hurlbut,. Histria da Igreja Crist. So Paulo: Editora Vida, 8 edio, 1995, pgina 83);

F. Exatamente em aluso mistura de que tratamos aqui, ocorrida a partir de Constantino, afirmou o Pastor J. Cabral: Podemos considerar que aquele momento marcou o incio do catolicismo romano (Religies, Seitas e Heresias, Universal Produes _ Rio de Janeiro/RJ, 4 edio, 3 tiragem, 2000, pgina 80);

G. Sim, foi inspirando-se no paganismo que surgiu o culto aos santos, aos anjos e Maria (Dulia e Hiperdulia) at hoje praticado pela Igreja Catlica. O Pastor Ralph Woodrow, acima citado registrou: A fim de aumentar o prestgio do sistema eclesistico apstata, os pagos foram recebidos dentro das igrejas independente da regenerao pela f, e foram permitidos abertamente reter seus signos pagos e smbolo (Babilnia: a Religio dos Mistrios, pgina 51).

Podemos provar que os chefes da Igreja Catlica sabem que o que afirmamos acima a expresso da verdade e do f. Seno, vejamos estes exemplos:

Primeira prova) Tornou-se fcil transferir para os mrtires cristos as concepes que os antigos conservaram concernente aos seus heris. Esta transferncia foi promovida pelos numerosos casos nos quais os santos cristos tornaram-se os sucessores das divindades locais, e o culto cristo suplantou o antigo culto local. Isto explica o grande nmero de semelhanas entre deuses e santos (Enciclopdia Catlica [Em ingls],Volume 9, pginas 130 e 131, art. Legends. Citado em Babilnia: a Religio dos Mistrios, de Ralph Woodrow, Associao Evangelstica, pgina 35).

Segunda prova) Referindo-se ao assunto em questo, diz o Padre Luiz Cechinato...Os Batismos eram dados em massa. Ser cristo tinha virado moda. A igreja ganhava na quantidade e perdia na qualidade. De pequenas comunidades, a Igreja passou a ser multido (Os Vinte Sculos de Caminhada da Igreja, pgina 77, 4 edio, Editora Vozes, 2001).

Terceira Prova. Tenho em meu poder uma apostila elaborada pela Escola Pastoral Catequtica da Arquidiocese do Rio de Janeiro, que tambm confirma, pgina 32, o que aqui denunciamos. Veja: A Igreja sai das perseguies e encontra liberdade. Isso facilitado pela chegada do Imperador Constantino, que no s d liberdade Igreja, mas a torna religio oficial com o Edito de Milo. A Igreja fica muito ligada ao poder temporal. Os povos conquistados assumiam a f da Igreja. Muita coisa surgiu de errado, quando o poder temporal passou a mandar em certos setores da Igreja, ou ento quando as autoridades da Igreja se uniam aos poderes temporais (No cito aqui o ttulo da obra porque a mesma no foi intitulada. Grifo nosso). uma pena que se esqueceram de registrar que:

1) Os erros que surgiram nos dias de Constantino so perpetuados pela Igreja Catlica at os nossos dias;

2) Tais erros se avolumam cada vez mais;

3) A Igreja que emergiu de tal barafunda no se caracteriza como Igreja de Cristo.

O paganismo foi adaptado ao Cristianismo da seguinte maneira:

a) Sabe-se que os politestas tinham (e tm) um deus para cada coisa, bem como para cada pas e cidade e, s vezes, at para cada rua. E porque existe uma igreja que se casou com o paganismo que So Jorge o padroeiro da Inglaterra, Nossa Senhora Aparecida a padroeira do Brasil, Nossa Senhora de Guadalupe a padroeira da Amrica (e em particular, do Mxico), So Sebastio o padroeiro do Rio de Janeiro, etc. E quem nunca ouviu falar de Santo Antnio casamenteiro, So Cristvo condutor dos motoristas, So Longuinho das coisas perdidas, Santa Luzia oftalmologista, Santa Edwiges dos endividados, etc.?;

b) Os pagos ajoelhavam diante das esttuas de seus deuses, e rogavam suas bnos. Era crena comum de que os deuses rogavam a *Zeus pelos seus devotos. Como bem o disse tambm o erudito Pastor Abrao de Almeida, os pagos recorriam aos semideuses, pois criam que os mesmos intercediam aos deuses pelos seus pedintes (Abrao de Almeida, Babilnia, Ontem e Hoje, CPAD _ Casa Publicadora das Assemblias de Deus _, 4 edio, 1984, pginas 57-63). por isso que os catlicos, prostrados ante as esttuas de seus santos, imploram: Rogai por ns. Geralmente os catlicos fazem isso sem conhecimento de causa, mas a verdade solene que essa nunca foi uma prtica genuinamente crist. Para se chegar a essa concluso, basta ler a Bblia. Nesta encontramos, com a devida aprovao de Deus, que ns, os vivos, oremos uns pelos outros. Logo, eu posso orar por voc, bem como pedir a voc que ore por mim, mas esta cumplicidade tem que cessar to logo um de ns dois parta deste mundo. No h nenhum registro bblico de um servo de Deus pedindo ao seu irmo que morrera, que rogasse por ele. Logo, no foi lendo a Bblia que o clero catlico aprendeu a rezar aos seus dolos chamados santos. Certo defensor do Catolicismo disse-me que os catlicos no oram aos santos , e sim com os santos, porm, inegvel que pedem aos espritos dos que j morreram que roguem por eles e que isso nunca foi praticado pelos servos de Deus, segundo a Bblia. Ademais, se eles realmente no rogam aos santos, e sim, com os santos, devem dizer tambm que no oram a Deus, e sim, com Deus. Isso brincadeira.

c) Segundo alguns autores, at mesmo algumas esttuas dos deuses do paganismo foram adotadas pelos cristos paganizados (ou melhor, pelos pagos cristianizados), como, por exemplo, a esttua do deus jpiter, que at hoje se faz passar por So Pedro, na famosa Baslica de So Pedro; o deus Baco que teve seu nome trocado por So Baco; e a esttua da deusa Diana que tornou-se esttua de Nossa Senhora. Estas denncias constam da obra Roma Sempre a Mesma, da autoria do ex-Padre Hiplito Campos, e do livro Ser Mesmo Cristo o Catolicismo Romano?, de autoria do Pastor Hugh P. Jeter, publicado pela Editora Betel, 2 impresso / 2000. Este diz pgina 73: O dito de tolerncia de Constantino, que tornou o cristianismo, a religio preferida, atraiu a afluncia de milhares de adeptos das religies pags. Essas pessoas foram portadoras de muitas de suas crenas, supersties e devoes pags. Sua adorao a sis, Isthar, Diana, Atena, etc. foi transferida a Maria. Dedicaram-lhe esttuas e se ajoelharam diante delas, orando como haviam feito antes s deusas pags. S IMAGENS DE SEUS ANTIGOS DEUSES ERAM DADOS AGOARA NOMES DE SANTOS (Grifo nosso).

d) H quem diga ainda que a esttua de bronze do deus jpiter foi derretida e reaproveitada na confeco da esttua de So Pedro;e) O historiador Severino Vicente da Silva, professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), disse: As deusas celtas foram absorvidas pela figura de Maria. Onde houve anteriormente chegada do cristianismo um culto mais organizado em torno de uma divindade feminina, Maria surge como uma intermediria entre as culturas que se chocam (revista Galileu, editada pela Editora Globo, dezembro de 2003, n 149, pgina 22);f) Ainda segundo consta da pgina 23 da revista Galileu supracitada, a historiadora Claudete Ribeiro de Arajo, do Centro de Estudos de Histria da Igreja na Amrica Latina, afirmou que o culto mariano nasceu ...como substituto da adorao Grande Me, uma figura que pode ser encontrada em vrias religies e culturas pags (nfase acrescentada);g) Tudo o que ele (isto , o paganismo) continha, quanto a elementos vivos, passara ao cristianismo, que, desde ento, abundantemente provido de pensamentos e de frmulas greco-romanas, se encontrava em condies de desempenhar a sua misso no mundo (Histria das Religies, op. cit. Pgina 820);h) Referindo-se fuso do Cristianismo com o paganismo, fuso esta que redundou no que hoje conhecemos pelo nome de Catolicismo Romano, diz a obra Srie Apologtica: Dessa forma, o culto aos santos e a Maria substituiu o dos deuses e deusas do paganismo (ICP _ Instituto Cristo de Pesquisas _, Volume I, pgina 74).

i) O erudito Pastor Jos Gonalves, professor de grego e hebraico, membro da Comisso de Apologia da CGADB _ Conveno Geral das Assemblias de Deus no Brasil _, pgina 15 do Mensageiro da Paz _ rgo oficial das Assemblias de Deus _, novembro de 2005, n 1.446, referindo-se ao culto a Maria disse: Um fato relevante a ser destacado que essa doutrina, com suas diferentes verses, era desconhecida dos cristos primitivos. At mesmo os telogos catlicos romanos reconhecem esse fato. E a seguir, como prova de sua afirmao, transcreve do livro O Culto a Maria Hoje, publicado pela Edies Paulinas (editora catlica), o seguinte: [...]No podemos dizer que a venerao dos santos _ e muito menos a da Me de Cristo _ faa parte do patrimnio original (Citado tambm na Bblia Apologtica, ICP Editora, pgina 102, nota sobre x. 20: 4-5 que, por sua vez, tambm nos reporta ao livro O Culto a Maria Hoje, 3 edio de 1980, pgina 33, Edies Paulinas [editora catlica], cujo autor principal o senhor Wolfgang Beinert).

A afirmao acima, constante da ltima transcrio, no hertica, mas nos leva s seguintes reflexes:

1) no se harmoniza com o que foi definido solenemente durante o Conclio do Vaticano II (cujas decises esto em pleno vigor, j que, depois disso no houve outro Conclio Ecumnico), visto que, nesse Snodo, referindo-se ao culto a Maria se disse com todas as letras: Este culto ... sempre existiu na Igreja ... (Conclio do Vaticano II, Editora Vozes, 29 edio/2000, pgina 111, 66);

2) se a venerao dos santos e da me de Cristo, no faz parte do patrimnio original, ento os apstolos no possuram esse bem. E, sendo assim, podemos dispensar as testemunhas, visto que o ru confessou o crime;

3) Ser que essas contradies no se destinam a fazer com que o dito fique pelo no dito, exatamente para nos confundir? Pensem nisso os sinceros!

Do que vimos at aqui, certamente est claro que podemos responder pergunta Como e Quando Surgiu o Catolicismo?, que deu ttulo a este tpico, dizendo que o Catolicismo o resultado de uma fuso do Cristianismo com o paganismo. O Catolicismo obra dos cristos inovadores do quarto sculo da Era Crist, como demonstramos acima. No possvel sabermos o exato momento em que a a sobredita associao de igrejas se descaracterizou como uma igreja de Cristo, visto que o Diabo foi entrando devagar, ou seja, sua degenerao se deu progressivamente. Hoje, porm, no pode haver dvida de que essa comunidade no crist, na verdadeira concepo do termo. O Catolicismo paganismo gospel. O Catolicismo cristianismo paganizado, ou melhor, paganismo cristianizado.

1.2. Desfazendo Sofismas

1.2.1. To-somente Veneramos ou Cultuamos aos Santos

Os catlicos no se julgam idlatras. Crem que no cultuam aos deuses, mas sim aos santos. Esse culto , segundo eles, apenas uma venerao aos santos. Todavia, esse sincretismo , de fato, idolatria disfarada. O autntico Cristianismo no pode ser paganizado. O Cristianismo nasceu para influenciar, no para ser influenciado. O povo de Deus no tem um santo para cada coisa, e sim, um Santo para todas as coisas, a saber, So Jesus (Sl 121.1-2). Qualquer igreja que imita o paganismo pag gospel.

Se uma determinada igreja evanglica argumentasse assim: Bem, os macumbeiros oferecem galinha preta aos orixs, ns, porm, vamos oferecer galinha branca a Jesus; eles, os macumbeiros, pem suas oferendas nas encruzilhadas, mas nossas oferendas sero postas no interior de nossos templos, em meio a hinos de louvor ao Senhor; ademais, nossos sacrifcios no sero para fazer e desmanchar trabalho, mas para salvao dos espritas. Perguntamos: No seria isso uma macumba gospel? Esse sincretismo agradaria ao Senhor? Obviamente que no! Ento o Catolicismo no agrada a Deus.

1.2.2 Deus Mandou Fazer Imagens

J tivemos a desdita de ver muitos catlicos se escudando em xodo 25.18; 26.1;1 Reis 6.23; 8.7; Hebreus 9.5; Nmeros 21.8,9, enquanto veneravam os seus santos. que estes versculos registram que Deus mandou fazer dois querubins (categoria de anjos) de ouro, bem como uma cobra de metal. Mas eles precisam saber que realmente no pecado fazer imagens de escultura. Pecado prostrar ante seus ps para pedir algo aos santos por elas representados. H, pelo menos, trs provas bblicas de que as coisas sos assim:

1) Embora seja verdade que em Nm 21.8-9 possamos ler que Deus mandou fazer uma cobra de bronze, no podemos esquecer que em 2 Reis 18.4, est escrito: Ele destruiu os altos, esmigalhou as esttuas, e deitou abaixo os bosques, e fez em pedaos a serpente de metal que Moiss tinha fabricado: porque os filhos de Israel at ento lhe haviam queimado incenso: e a chamou Nohestan (verso catlica Figueiredo). A interpretao que os israelitas idolatraram a esttua que Deus mandara fabricar, razo pela qual, o fervoroso e zeloso servo de Deus, que foi Ezequias, a fez em pedaos. Ora, o fato de a Bblia no nos ensinar a rezar aos mortos (santos), somado a outro fato igualmente relevante de que essa prtica se inspira no paganismo, motivo mais que suficiente para rejeitarmos isso. Imitemos Ezequias! Mesmo como que entre parnteses, no podemos deixar de fazer constar que, por dizer Jesus que E do modo porque Moiss levantou a serpente, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele cr tenha a vida eterna (Joo 3.14-15), nos leva a crer que a serpente hasteada por Moiss tipificava a crucificao de Cristo. E a cura miraculosa que se dava ao simples gesto de olhar a serpente levantada (Nmeros 21.8,9), fala da simplicidade da salvao em Cristo, por meio da f (Efsios 2.8), sem o auxlio das obras (Efsios 2.9), embora seja para as obras (Efsios 2.10). Como est escrito: Olhai para mim, e sede salvos, vs, todos os termos da terra; porque eu sou Deus e no h outro (Isaas 45.22 ARA).

2) O que nos leva a crer que o Catolicismo um sistema idoltrico, no apenas o fato de os catlicos se ajoelharem diante dos seus santos (se bem que s isso bastaria), mas tambm o fato de rezarem a esses santos . Assim os catlicos seriam idlatras ainda que no usasse uma s esttua. Os catlicos s deixaro de ser idlatras quando orarem como o povo de Deus tem orado atravs dos sculos: direto a Deus e exclusivamente a Deus (Mateus 6.9-13; Atos 1.24-25; 7.59-60; 4,24-30; 2 Corntios 12.8; Apocalipse 22.20; Joo 15.16; 14.14; Gnesis 4.26; 18.23-32; 24.12-14; 25.21; 28.20-22; Juizes 16.28, etc.).

3) Realmente no se pode negar que Deus mandou confeccionar imagens de escultura, mas tambm inegvel que Ele proibiu essa prtica em x 20.4. Certamente este aparente paradoxo se explica informando que Deus no se ope ao uso de imagens, contanto que tais esttuas no sejam imagens dos deuses e usadas no culto s divindades pags. Neste caso devem ser rejeitadas e desdenhadas (Sl 115 [verses protestantes]), e no adaptadas ao culto cristo, como a Igreja Catlica vem fazendo desde o 4 sculo da Era Crist. Sim, leitor, arranjando um santo para cada coisa e prostrando aos ps das suas imagens para suplicar bnos, os catlicos no esto repudiando o paganismo, e sim, ajustando-o ao Cristianismo. E s no seria assim se eles pudessem mostrar na Bblia que os profetas, Jesus e os apstolos ensinaram isso.

1.2. 3. Os Santos Fazem Milagres

Geralmente os catlicos fazem referncias aos milagres dos santos para se defenderem. Mas, Apocalipse 16.19; 2 Tessalonicenses 2.9; Apocalipse 13.13 e Mateus 24.24 provam que no bom negcio nos conduzirmos cegamente por milagres. Os catlicos precisam saber que h muitos prodgios no Kardecismo, na Umbanda, no Candombl, no Espiritismo europeu, na Igreja Messinica Mundial, no Budismo, bem como em muitas outras religies e seitas. Esto todas certas?

1.3. Est na Bblia e na Histria

J dissemos e provamos luz da Bblia e da Histria que os cristos fizeram uma mistura de Cristianismo com o paganismo e que desse sincretismo surgiu o que hoje se conhece pelo nome de Igreja Catlica Apostlica Romana. Isto j est provado. Provamos inclusive que o clero catlico no ignora isso. Contudo, voltamos a exibir provas de que esta afirmao feita baseada na Histria Universal e tambm na Bblia. A Histria Universal nos fala da mitologia greco-romana, babilnica, africana, etc., segundo as quais existia (e em alguns lugares ainda existe) um deus ou deusa para cada coisa, enquanto a Bblia nos d os nomes de alguns desses deuses, confirmando a Histria. Ei-los: Dagom (Juizes 16.21-30), Moloque (1 Reis 11.7), Diana (Atos 19.23-37), Rainha do Cu (Jeremias 7.18;44.17), etc.

bom lembrarmos que a Bblia no ensina que as almas dos mortos salvos estejam em condio de ouvir as nossas oraes e repass-las para Cristo. Onde est escrito na Bblia que Maria, a me de Jesus, ou quaisquer outros servos de Deus tenham recebido, ao morrerem, o atributo da onipresena? Claro, para que tais santos atendam as oraes dos seus devotos, que de todas as partes do mundo oram a eles simultaneamente, necessrio se faz que sejam onipresentes ou dotados de oniscincia, para deste modo tomarem cincia l do Paraso Celestial, onde esto, das preces de seus pedintes, bem como para se certificarem se seus orantes esto ou no orando com f, j que a Bblia diz que sem f no se obtm a graa pedida. Logo, sendo esse negcio de orar a Maria, ou a qualquer cristo canonizado pelos papas, uma doutrina estranha Bblia, nos resta saber de onde veio isso. E, como j vimos, veio do paganismo. No foi lendo a Bblia que os catlicos aprenderam isso. por isso que os padres no cessam de citar a tal de Tradio para se defenderem, quando, empunhando Bblias, anunciamos que o Catolicismo no bblico. Ora, muito estranho Deus no ensinar uma nica vez, em toda a Bblia, o livro que se proclama completo (Apocalipse 22.18,19), capaz de nos preparar para toda a boa obra (2 Timteo 3.14-17), e nos conduzir vida eterna (Jo 20.30-31), a mediao dos santos. No isso curioso?. , sim, muito lgico concluirmos que, se os servos de Deus que morreram, esto em condio de ouvir as nossas rezas e repass-las para Cristo, como o ensinam os padres, que essa doutrina esteja exarada nas pginas da Bblia. Mas, pasme o leitor, a Bblia no ensina isso nem mesmo vagamente. Pelo contrrio, a Bblia nos diz que Abrao nem mesmo nos conhece, isto , ele nem sabe que existimos (Is 63.16). Essa doutrina oriunda da arbitrariedade dos papas que, dizendo-se infalveis em matria de doutrina, se vem no direito de pregar o que bem entendem. Mas, como disse Jesus, se um cego guiar o outro, ambos cairo no barranco (Mateus 15.14). Logo, no os sigamos, pois do contrrio, cairemos no buraco com eles, isto , iremos com eles para o Inferno.

Cremos piamente que se os santos estivessem em condio de atuar como medianeiros entre Cristo e ns, que isso teria sido registrado na Bblia, visto estar escrito que o Senhor Jeov no far coisa alguma sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas (Ams 3.7). Sim, se Deus elevou os santos a medianeiros, ento Ele mandou os profetas registrar isso. E, se isso no est registrado, porque se trata duma doutrina espria. Isto o que diz Ams 3.7, acima transcrito. Isaas 8.20 tambm revela que toda doutrina tem que estar respaldada pela Bblia. Caso contrrio, sofisma: Lei e ao Testemunho! Se eles no falarem segundo esta palavra nunca vero a alva.

Uma prova de que no um procedimento cristo orar aos santos, pedindo a eles que roguem por ns, o fato de o povo de Deus nunca ter recorrido a esse expediente uma s vez sequer. Talvez algum alegue a possibilidade desse fato ter ocorrido, sem, contudo, ter sido registrado. Mas o registro de inmeras oraes bblicas, das quais citamos uma minscula parte em 1.2.2, prova cabal de que no podemos admitir tal possibilidade nem mesmo remotamente. Por que no encontramos um s versculo falando da mediao dos santos? Por que os apstolos no oraram uma s vez a Isaas, a Malaquias, a Ezequiel, a Elias, a Moiss, a Abrao, a Abel, a No e assim por diante? E se oraram aos profetas, por que no foi registrado? E, se algum disser que tais rezas constam s da Tradio, perguntamos: Por que Deus empreenderia selecionar, para fins de registro, somente as oraes a Ele? Ser que no se est inventando moda? Vale a pena fazer isso? Lembre-se: Provamos acima que o que Deus quer que saibamos para sermos salvos e servirmos a Ele como convm, est registrado na Bblia. Logo, a Bblia nos basta.

I

Ora direto a Deus

Ao Soberano dos Cus

Ele ir te atender

A Bblia Sagrada

Por Ele inspirada

Manda assim fazer

II

Como os patriarcas ora,

Ao Senhor Deus implora

Pedindo do Cu, luz

Ora como os profetas

Como os apstolos depreca

Em nome de Jesus

Autor: Joel Santana

1.4. O Catolicismo Atravs dos Sculos1.4.1. Alguns fatos impressionantes

Antes da degradao datada do IV sculo, que deu origem ao Catolicismo, j existiam alguns cristos pregando heresias de arrepiar, como o batismo pelos mortos (sculo I [1Co 15.29]), a libertinagem (sculo I [Jd 4]), a negao da ressurreio (sculo I [2Tm 2.18]), oraes Me de Deus (sculo III), etc. Logo, o que ocorreu no incio do 4 sculo no foi o surgimento das heresias entre os cristos, mas sim, o aumento do nmero de falsos cristos entre os fiis, o que facilitou a insero das heresias no corpo de doutrinas da sobredita Associao de Igrejas.

Os lderes da referida Associao de Igrejas tornaram-se mais tarde to endiabrados que, alm de coagir os pagos converso ao cristianismo (como vimos acima), passaram a matar os cristos que ousavam discordar de suas esdrxulas doutrinas. Sim, o cristianismo oficial, cujos lderes (papas) durante sculos exerceram autoridade at sobre muitos reis e governadores, promoveu fortes perseguies aos verdadeiros cristos. Criou-se uma tal de Santa Inquisio, que de santa s tinha o nome, para julgar e torturar at morte os verdadeiros cristos, bem como todos os que divergissem da religio oficial, que a essa altura tornara-se conhecida pelo nome de Igreja Catlica Apostlica Romana. Referindo-se a isso, disse o Doutor Marcos Bagno: ...Como se sabe... depois da instituio do cirstianismo como religio oficial do imprio romano...Quem se desviasse desses dgmas era acusado de heresia e condenado s mais diversas punies, como o exlio, a priso, a tortura e a morte na fogueira... (Marcos Bagno. Preconceito Lingstico, 23 edio, abril de 2003, Edies Loyola: So Paulo, pgina 156. nfase no original [Obs.: O Dr. Marcos Bagno pronunciou assim de passagem, pois o livro de sua autoria, do qual fazemos esta transcrio, versa sobre o vernculo portugus, e no sobre a Igreja Catlica).

Como sabemos, o Imprio Romano Mundial no mais existe. Mas a referida igreja inovadora tem um pequeno (porm muito rico) pas chamado Vaticano.

Os cristos inovadores no se limitaram s inovaes que eles trouxeram no incio do 4o sculo, como veremos neste e nos demais captulos deste livro.

No sculo XVI, os cristos inovadores sofreram um violento golpe, pois alguns de seus lderes, lendo a Bblia, concluram que estavam enganando e sendo enganados. E por isso pregaram dentro das igrejas catlicas o que alguns grupos cristos j vinham fazendo h sculos, em meio s torturas e morte nas fogueiras da Santa Inquisio. Os papas tentaram e tentam refrear este movimento, mas no conseguem, porque O SENHOR DOS EXRCITOS EST CONOSCO, afirmam os integrantes deste mover de Deus!

Apesar do violento golpe acima mencionado, os cristos inovadores teimam em inovar cada vez mais o conjunto das Doutrinas da f crist. Veja estes exemplos:

1)o Papa Joo Paulo II era da opinio de que a Teoria da Evoluo, ou seja, o Darwinismo (segundo a qual o homem veio do macaco), uma verdade que no colide com as doutrinas catlicas.1 Ora, entendo os darwwinistas e compreendo os cristos, mas crist- darwwinista, essa no!

2) no jornal O Globo, de 28/08/1998, podemos ler o que se segue: A Santssima Trindade pode estar com os seus dias contados. Em seu lugar, a Igreja Catlica estuda a proclamao da quarta pessoa da divindade, a Virgem Maria, em p de igualdade com o Pai, o Filho e o Esprito Santo. No novoQuarteto Sagrado proposto, Maria teria papis mltiplos: filha do Pai, me do Filho e esposa do Esprito Santo. verdade isso? No sei. O Padre Dom Estvo Bittencourt disse que no, mas o fez sem exibir qualquer prova de que o O Globo tenha faltado com a verdade. Logo, ignoro se suas palavras so ou no a expresso da verdade. Contudo, vejamos o que ele disse: Jamais a Teologia catlica pensou em justapor Maria ao lado das trs Pessoas da SSma. Trindade [...]. (Polmica cega. Pergunte e responderemos. Rio de Janeiro, Lmen Christi, 44, mar. 2003, P. 136-138). Atentemos ainda para o fato de que onde h fumaa h fogo, segundo um velho adgio. E, sendo assim, ser que um dia o clero dos cristos inovadores dir: Eu te batizo em nome do Pai, do Filho, do Esprito Santo e da Virgem Maria?! Deus queira que no. Tomara que Dom Estvo Bittencourt esteja certo, quando afirmou que Jamais a Teologia catlica pensou em justapor Maria ao lado das trs Pessoas da SSma. Trindade [...], e que a Igreja Catlica jamais faa o que, segundo o conceituado jornal em lide, denuncia quanto suposta (?) pretenso de tranrformar a Trindade em Quarteto, pretenso esta, inexistente, segundo o Padre Dom Estvo Bittencourt. Tomara que deveras no haja um grupo de catlicos tentando inserir mais essa inovao no corpo de doutrinas que constitui o Catolicismo.

Muitos j nos disseram que os catlicos no tm para com as esttuas dos santos, de Maria e de Jesus, venerao superior que os evanglicos tm para com as fotos dos seus parentes e amigos. Porm, os clrigos do Catolicismo tm pregado que tais imagens choram, sorriem, exalam fragrncia, falam, sangram2 e assim por diante. E isso com o apoio do Vaticano. Por exemplo, o Vaticano est apoiando a campanha intitulada Vinde Nossa Senhora de Ftima, No Tardeis, segundo a qual, a esttua de Nossa Senhora de Ftima j chorou 14 vezes.3 Conta-se, segundo o ex-Padre Anbal, de saudosa memria, que a estatueta de Nossa Senhora Aparecida fugiu do oratrio trs vezes. Alm disso, em abono crena de que vrias esttuas de Maria tm chorado por este mundo afora, um livro catlico, publicado com permisso eclesistica, registra as seguintes palavras do Papa Joo Paulo II: Se a Virgem chora, isto quer dizer que tem seus motivos.4 Contudo, alguns catlicos s vezes tentam se defender, dizendo que a crena de que as imagens de Maria choram, um ato isolado, prprio dos catlicos nominais mal informados, pelo qual no justo que a Igreja responda. Certamente foi querendo dizer isso que o Cardeal-arcebispo Dom Alosio Lorscheider afirmou: Eu no acredito em imagem de Nossa Senhora que chora. Os bobos correm atrs disso, pois no sabem quantas mutretas h por trs de coisas assim (revista Veja, 22/05/91). Depois do que j vimos, porm, essa declarao no inocenta os catlicos; antes equivale a dizer que os clrigos catlicos (os padres, os bispos, os arcebispos, os cardeais, e at o prprio Papa Joo Paulo II) so, das duas uma: bobos ou mutreteiros, considerando que essa crendice tem sido apoiada por eles, como acima provamos.

1.4.2. Sinopse histrica por ordem cronolgica

(...)

Em 370, principia-se o uso dos altares e velas. Pelo fim do sculo IV, o culto dos santos foi introduzido por Baslio de Cesaria e Gregrio Nazianzeno. Tambm apareceu pela primeira vez o uso do incenso e turbulo na igreja, pela influncia dos proslitos vindos do paganismo.

Em 400, Paulino de Nola ordena que se reze pelos defuntos, e ensina o sinal da cruz feito no ar.

Em 590, Gregrio, O Grande, origina o purgatrio.

Em 607, o assassino Imperador Phocas d ao Bispo de Roma o direito de primazia universal sobre a cristandade, depois do II Conclio de Constantinopla.

Em 609, o culto Virgem Maria obra de Bonifcio IV, e a invocao dos santos e anjos posta como lei da igreja.

Em 670, comea a falar-se em latim a missa, lngua morta para o povo, pelo papa Vitlio.

Em 758, Cria-se a confisso auricular pelas ordens religiosas do Oriente.

Em 787, no segundo Conclio de Nicea convocado a instncias da infame imperatriz Irene, foi estabelecido o culto s imagens e a adorao da cruz e relquias dos santos.

Em 795, o incenso foi posto por lei nas cerimnias da igreja por Leo III

Em 803, foi criada a festa da Assuno da Virgem pelo conclio de Magncia

.Em 818, aparece pela primeira vez, nos escritos de Pasccio Radberto, a doutrina da transubstanciao e a missa

EM 884, o papa Adriano III aconselha a canonizao dos santos

Em 998, estabelecida a festa aos mortos, dia de finados por Odilon.

Em 1000, a confisso auricular generaliza-se e os ministrios e os ministros da igreja arrogam para si o clebre Ego te Absolvo. A missa comea a chamar-se sacrifcio. E organizam-se as peregrinaes (romarias).

Em 1003, o papa Joo XVI aprova a festa das almas fiis defuntos que Odilon criara primeiro.

Em 1059, Nicolau II cria o colgio dos cardeais conclave.

Em 1074, o papa Gregrio VII, alis Hildebrando, decreta obrigatrio o celibato dos padres.

Em 1075 o referido Gregrio VII exigiu que os padres casados se divorciassem de seus cnjuges e abandonassem seus filhos.

Em 1076, declarada a infalibilidade da igreja pelo mesmo papa.

Em 1090, Pedro, o Ermito, inventa o rosrio.

Em 1095, Urbano II cria as indulgncias plenrias.

Em 1125, aparece pela primeira vez nos cnones de Leo, a idia da imaculada conceio de Maria, porm, So Bernardo de Clairvaux refutou tal idia.

Em 1164 Pedro Lombardo enumerara 7 sacramentos; enquanto que Jesus Cristo ordenara apenas dois.

Em 1200, o Conclio de Latro impe a transubstanciao e confisso auricular.

Em 1227, entra a campainha na missa por ordem de Gregrio IX.

Em 1229, o conclio de Toulouse estabelece a inquisio, que foi confirmada em 1.232 por Gregrio X, e logo entregue aos dominicanos. Este mesmo conclio probe a leitura da Sagrada Escritura, ao povo.

Em 1264, Urbano IV determina pela primeira vez a festa do corpo de Deus (Corpus Christi).

Em 1300, Bonifcio VIII ordena os jubileus.

Em 1311, inicia-se a primeira procisso do S. Sacramento.***

Em 1317, Joo XXII ordena a reza Ave Maria.

Em 1360, comea a hstia a ser levada em procisso.***

Em 1414, o conclio de Constana definiu que na comunho, ao povo deve ser dada a hstia somente, sendo o clix (copo) reservado para o padre. Os conclios de Pisa, Constana e Basilia declararam a autoridade do Conclio superior autoridade do Papa.

Em 1438, o Conclio de Florena abre a porta ao purgatrio que Gregrio, o Grande, havia anunciado.

Em 1546,o Conclio de Trento definiu que a Tradio to valiosa como a prpria Palavra de Deus. E aceitou os livros apcrifos como cannicos.

Em 1854, Pio IX proclama o dogma da imaculada conceio de Maria.

Em 1870, o Conclio do Vaticano I, declara a infalibilidade do Papa.

Em 1950, proclamado o dogma da Assuno de Maria.

(Fonte: Panfleto evangelstico com uma mensagem intitulada Sntese Histrica por Ordem Cronolgica da Origem dos Dogmas e Inovaes da Igreja Romana, editado pela Christian Triumph Company-909 Blutzer Street, Corpus Christi, Texas 78.405, E.U.A (exceto o que est em itlico).

Se o leitor bom observador, certamente notou que h duas datas diferentes para o incio das procisses do chamado S. Sacramento: 1311 e 1360. Desconheo o porqu dessa divergncia, mas o texto no de minha autoria e tive, por isso, que ser fiel copista. Talvez deva-se isso a uma iniciativa pacata datada de 1311, interrompida em seguida, vindo a reiniciar com vigor, pompa e permanncia a partir de 1360. Alis, no raro encontrarmos divergncias entre os autores sobre datas e fatos histricos, como veremos abaixo quanto oficializao do Cristianismo por parte do Imprio Romano. Talvez em conseqncia disso, o autor deste panfleto tenha encontrado duas datas distintas e optado por registrar as duas, sem maiores detalhes, devido a exigidade de espao. Seja como for, importante sabermos que estas datas no so exatas, mas aproximadas, e que h variantes entre as mesmas. Pelo menos o que encontrei nos livros que registram a ordem cronolgica das heresias catlicas.

* * *

Acabamos de ver como e quando nasceu a Igreja Catlica, bem como a vergonhosa trajetria dessa seita atravs dos sculos; contudo, oportuno registrar que a verdadeira Igreja de Cristo nunca foi extinta; antes, como leo e gua que no se misturam, nunca se deixou tragar pelo mundo, constituindo-se em prova cabal de que realmente as portas do Inferno no podem triunfar sobre a verdadeira Igreja do Senhor (Mt 16.18). Sim, sempre houve aqueles que no se deixavam (e ainda no se deixam) levar pelas heresias, os quais constituem a Igreja de Cristo. Seno, veja estes exemplos: a). "Os verdadeiros cristos, foram na realidade, marginalizados por no concordarem com tal situao, formando grupos parte que sempre marcharam paralelos com a igreja favorecida e entremeada de pessoas que buscavam interesses polticos e sociais. Esses cristos, por no aceitarem tal situao, no decurso da histria, eram agora perseguidos pelos outros 'cristos' e muitos dos seus lderes eram queimados na fogueira em praa pblica..." (CABRAL, J. Religies, Seitas e Heresias, Rio de Janeiro/RJ: 3 edio, Universal Produes - Indstria e Comrcio, pgina 75). b). "Depois que o Cristianismo se imps e dominou em todo o imprio, o mundanismo penetrou na igreja e fez prevalecer seus costumes. Muitos dos que anelavam uma vida espiritual mais elevada estavam descontentes com os costumes que os cercavam e afastavam-se para longe das multides. Em grupos ou isoladamente, retiravam-se para cultivar a vida espiritual..." (HURLBUT, Jesse Lyman. Histria da Igreja Crist, So Paulo: Editora Vida, 8 edio, 1995, pgina 83).

NOTAS: *H controvrsias entre os autores quanto ao trato que Constantino teria dispensado ao Cristianismo:

A) Muitos autores atribuem a Constantino a oficializao do Cristianismo pelo Imprio Romano;

B) No poucos competentes historiadores sustentam que a oficializao do Cristianismo foi obra do Imperador Teodsio I;

C) H quem diga que o Imperador Constantino conferiu tantas vantagens ao Cristianismo que, praticamente o oficializou;

D) Ainda, segundo renomados historiadores, Constantino no favoreceu o Cristianismo, nem tampouco perseguiu o paganismo, mas to-somente subtraiu deste a oficialidade, e concedeu quele o direito legal subsistncia. As cpias a seguir comprovam a existncia das posturas acima:

a) O ltimo imperador que reinou sobre todo o imprio foi Teodsio, que tornou o cristianismo a religio oficial... (Therezinha de Castro, Histria Geral, Livraria Freitas Bastos S.A.,1968, pgina 202);

b) ...Imperador Constantino, que no s d liberdade Igreja, mas a torna religio oficial... (apostila elaborada pela Escola Pastoral Catequtica da Arquidiocese do Rio de Janeiro RJ, pgina 32);

c) ...No governo de Constantino ... o cristianismo tornou-se a religio oficial do Imprio... (Koogan /Houaiss, Dicionrio Enciclopdico, Edies Delta, 1993, pgina 1.500);

d) Constantino no fez do Cristianismo a religio oficial do Imprio...Coube a Teodsio I...oficializar a religio crist (Pergunte e Responderemos [peridico catlico editado sob a superviso do Padre Dom Estvo Bettencourt, Ano XLIV, maro de 2003, n 489, pgina 136]);

e) Em 312, Constantino apoiou o cristianismo e o fez religio oficial do Imprio Romano (Raimundo Ferreira de Oliveira. Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos, 9 edio de 1994, CPAD, pgina 14);

f) Em 323, Constantino dominava todo o imprio romano, e revolucionou a posio do cristianismo em todos os aspectos. Primeiro, proporcionou igualdade de direitos a todas as religies; depois, passou a fazer ofertas valiosas ao Cristianismo. Isentou-o dos impostos, construiu igrejas e at mesmo sustentou clrigos (J. Cabral. Religies, Seitas e Heresias, pgina 80).

g) ...Constantino nem destruiu o paganismo, nem elevou o cristianismo situao de religio de Estado; mas tirou ao primeiro o seu direito exclusivo e ao segundo os seus entraves. Por esta atitude neutral, deixou livre curso aos acontecimentos ... (Chantepie de La Saussaye, Histria das Religies, Editorial Inqurito, L.da, Lisboa/Portugal, 1940, traduo de Lbo Villela, pagina 818).

**Zeus: Chefe dos deuses, segundo as crenas dos gregos. Na cultura greco-romana Jpiter era equivalente ao Zeus dos gregos.

CAPTULO 2AS PRETENSES DO CLERO CATLICO

2.1. A Igreja Catlica a nica Igreja de Cristo. A Igreja Catlica prega oficialmente que ela a nica Igreja de Cristo. Se o leitor duvida, vamos s provas:

a) A nica Igreja de Cristo... aquela que nosso Salvador, depois da sua Ressurreio, entregou a Pedro para apascentar e confiou a ele e aos demais Apstolos para propag-la e reg-la... Esta Igreja, constituda e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste... na Igreja catlica, governada pelo sucessor de Pedro (o Papa) e pelos bispos em comunho com ele (Catecismo da Igreja Catlica, pgina 234, # 816, Editora Vozes, 1.993. O que est entre parnteses nosso).

b) A Igreja Catlica ... continua sendo a nica igreja verdadeira 5c) O Frei Battistini disse: Se voc pertence nica e verdadeira Igreja de Jesus, a Igreja Catlica, sinta-se feliz e agradea a Deus... (A Igreja do Deus Vivo, pgina 46, 33 Edio, 2001, Editora Vozes).

d) Na obra intitulada Os Erros ou Males Principais dos Crentes ou Protestantes, 7 edio, editado pela editora O Lutador, sob o imprimatur do Monsenhor Aristides Rocha, afirma-se pgina 4 que antes dos protestantes existiam apenas catlicos romanos, os genunos cristos do nico e verdadeiro Cristianismo (Grifo nosso).

e) O j citado Padre D. Francisco Prada, em seu aludido livro Novenrio, 3 edio de 1996, editado pela AM edies asseverou: Ora, o reino de Deus na terra a sua Igreja Catlica. Pedimos que ela seja reconhecida como nica representante dele; que desapaream aquelas que, usurpando tal nome, a perseguem; que os hereges cismticos e infiis se voltem para ela como meio de salvao.

f) Vociferou o Padre Leonel Franca: [...] Igreja Catlica, [...] nico baluarte da fora moral, nica tbua de salvao [...]. FRANCA, Leonel. Noes de Histria da Filosofia. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 21 ed., 1973, p. 298

g) O autor destas linhas j teve a desdita de ouvir pessoalmente um padre catlico dizer que a Igreja Catlica a nica igreja verdadeira, por ser a nica fundada por Cristo, e acrescentou que as igrejas evanglicas so fundadas por homens.

Apresentar-se como a nica Igreja de Cristo uma das caractersticas das seitas; portanto, nenhuma igreja realmente crist prega isso. O porqu disso que sabemos que a nica e verdadeira Igreja no est na rua tal, nmero tal, pois a mesma o conjunto dos redimidos pelo sangue de Jesus, e no os adeptos de uma certa associao.

O ex-padre Anbal confessou que aps entregar-se a Cristo, permaneceu na Igreja Catlica por mais de trs anos, mostrando a todos os catlicos (leigos e clrigos) que o Catolicismo no bblico. Logo, ele tornou-se membro da nica e verdadeira Igreja de Cristo trs anos antes de vincular-se fisicamente a uma igreja evanglica.

Essa vaidade dos papas de alegarem que o seu grupo a nica Igreja de Cristo, no encontra lugar entre os membros da igreja deste autor, os quais, apoiando-se em Rm 14 e outros trechos bblicos, fazem vista grossa s falhas banais de outras igrejas e as considera co-irms em Cristo. Sim, h unio entre ns! Aleluia! Este respeito recproco importante, pois ningum dono da verdade.

Nunca ouvimos um pastor evanglico afirmar que a sua igreja a nica Igreja de Cristo, ou a nica organizao verdadeiramente crist, mas a literatura dos catlicos, das testemunhas-de-jeov, dos mrmons, dos adventistas do stimo dia e outros grupos pseudo cristos, tem a petulncia de faz-lo.

O Catecismo da Igreja Catlica, embora diga textualmente que a Igreja Catlica a nica Igreja de Cristo, como demonstramos na transcrio supra, se o leitor ler o contexto do texto copiado perceber que a dubiedade salta aos olhos. O clero catlico morde e assopra.

2.2. Fora da Igreja Catlica No H Salvao

A epgrafe acima de autoria da cpula da Igreja Catlica, e de fato nos declara perdidos, por no seguirmos as suas doutrinas de perdio. Para que se saiba que de fato no estamos caluniando, veja os exemplos abaixo:1) No Catecismo da Igreja Catlica j citado, h um texto incoerente, cheio de mas no (a saber, ora diz que s os catolicos se salvaro, ora diz que os evanglicos e at os adeptos das religies no crists [principalmente os muulmanos] tambm sero salvos. O dito texto deixa claro que embora seja necessrio ser catlico para se salvar, Deus abrir uma exceo para os religiosos sinceros que ignoram esta verdade). Sim, leitor, nas pginas 232-244, ## 811-848, h um comentrio autodiscrepante, objetivando provar que a Igreja Catlica necessria para a salvao. O pargrafo 846 arrematado assim: ...Por isso no podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja catlica foi fundada por Deus, atravs de Jesus Cristo, como instituio necessria, apesar disso no quiserem nela entrar ou ento perseverar. Este texto consta tambm do Compndio do Vaticano II, 29 edio, Editora Vozes, pgina 55, # 38).

Se realmente a Igreja Catlica fosse necessria para a salvao, e se deveras houvesse uma exceo para os que ignoram isso, ns, os evanglicos, certamente no somos anistiveis, visto no sermos inocentes. Veja que o Catecismo da Igreja Catlicaem diz queno podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja catlica foi fundada por Deus, atravs de Jesus Cristo, como instituio necessria, apesar disso no quiserem nela entrar ou ento perseverar. Ora, se assim , ento ns somos incrdulos, no desinformados. E, conseqentemente, a regra nos deve ser aplicada. Mas, como vimos, o Catecismo nos anistia. Isso prova que o clero catlico morde assopra.

2) O padre John A. OBrien afirmou em The Faith of Millions (A F de Milhes), pgina 46, Que A Igreja Catlica Romana a verdadeira igreja, estabelecida por Jesus Cristo para a salvao de toda a humanidade.63) O Padre Dom Estvo Bittencourt, visto como um dos maiores telogos do Catolicismo, asseverou: ... O Catolicismo o nico caminho para Cristo. (revista poca, 11/09/2000).

4) O Padre Leonel Franca vociferou: [...] Igreja Catlica, [...] nico baluarte da fora moral, nica tbua de salvao [...]. E: [...] o catolicismo vive e s ele pode dar vida [...]. (FRANCA, Leonel. Noes de Histria da Filosofia. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 21 ed. 1973, pp. 298 e 326 respectivamente. Grifo nosso). Aqui o Padre Leonel Franca questiona no s o valor espiritual das igrejas sevanglicas, mas tambm pe em xeque sua utilidade moral, ao afirmar que o catolicismo o nico baluarte da fora moral. Logo, as igrejas evanglicas no prestam nem para soerguer o moral dos povos. Ser que ele pensa que as igrejas evanglicas so imorais? Raciocine e tire suas prprias concluses.

5) Realmente a Igreja Catlica no cr na salvao dos evanglicos, pois ela prega oficialmente que os que no so devotos de Maria esto nas trevas. veja: perca uma alma a devoo para com Maria e que ser seno trevas?... Ai daqueles... que desprezam a luz deste sol, isto , a devoo a Maria... (Glrias de Maria, de autoria de um bispo catlico que virou santo e Doutor da Igreja, a saber, Santo Afonso de Ligrio, Editora Santurio, 14 edio de 1.989, pgina 82).

O livro Glrias de Maria obra oficial da Igreja Catlica, j que:

a) pgina 13 podemos o seguinte acerca do seu autor: Em vida a Igreja o honrou, elevando-o dignidade episcopal. Morto, elevou-o aos altares, deu-lhe a aurola de Doutor zelosssimo, aprovou-lhe os escritos, depois de percorr-los cuidadosamente (Grifo nosso).

b) Seu autor era bispo catlico. Isto, por si s no prova nada, pois resta saber se se trata ou no de um ato isolado. Contudo, ao lado dos demais itens a seguir postos na balana, este fato no desprezvel, visto saltar aos olhos que todo o clero catlico vem sendo cmplice dessa profanao;

c) Seu autor no foi repreendido pelos seus superiores hierrquicos. O clero deveria repreend-lo e exigir retratao, sob pena de excomunho. At porque nos dias de santo Afonso (1696-1787), a Igreja Catlica era muito mais intolerante do que hoje, chegando a matar os hereges (Como do conhecimento de todos os que estudam a Histria Universal, a Inquisio vigorou *oficialmente do sculo XII ao sculo XIX [1183 a 1834). Logo, bastaria o silncio dos papas para ficar provado que o livro Glrias de Maria goza da sano deles.

d) Seu autor foi canonizado pelo Papa Gregrio XVI. No fcil conseguir o status de santo no Catolicismo. Quanto a isso, o clero extremamente exigente. Contudo, santo Afonso passou no teste, apesar de suas blasfmias (ou graas a elas?). Ento os papas no viram nada que desabonasse sua conduta, o que implica em concordar com suas heresias. Considerar seus disparates como falhas irrelevantes e inofensivas, j seria um grave erro. Porm, a cpula catlica fez mais do que isso, pois confessa que aprovou-lhe os escritos, como vimos acima

e) Seu autor foi declarado Doutor da Igreja pelo Papa Pio IV.

Nem todos os santos so Doutores da Igreja, segundo o Catolicismo. O Padre Luiz Cechinato, em seu livro Os Vinte Sculos de Caminhada da Igreja, Editora Vozes, 4 edio de 2001, alm de ratificar pgina 314 que o senhor Afonso de Ligrio foi reconhecido Doutor da Igreja, na pgina 96 nos diz o que significa isso: Doutores da Igreja so santos e santas que, nos diferentes perodos histricos da Igreja, distinguiram-se pela doutrina reta, grande sabedoria, santidade de vida e obras de notvel valor (escritos ou pregao). O que eles ensinaram tem validade perene e universal. Suas obras servem de referncia e de fonte aprovada pela Igreja para elaborao da Teologia e da vivncia da f... (Grifo nosso). Repito: Ento essa seita considera o contedo do livro do senhor Afonso como doutrina reta, algo de notvel valor, fonte aprovada pela Igreja, etc.

f) A propagao do livro. Os catlicos (tanto leigos quanto clrigos) envolvidos nas tradues e edies desse livro, no foram advertidos. O dito livro obra que existe h 256 anos (tomando por base o ano de 2006, quando atualizei esta 3 edio, considerando que, segundo consta da pgina 11, em 1987 esse maldito livro j existia H 237 anos), j teve 800 edies, publicado por editoras catlicas, traduzido em diversos idiomas (escrito originalmente em italiano, consta na pgina 9 que at 1952 o dito livro j havia sido traduzido em alemo, ingls, espanhol, francs, holands e em outras lnguas), elogiadssimo pelos seus tradutores e editores que chamam seu autor de santo doutor e, no obstante, os demais padres, e inclusive o alto clero (papas, bispos, arcebispos e cardeais), nada opem. Ora, um livro to hertico estaria sendo refutado pelo clero, se a liderana catlica fosse ortodoxa. Isso, porm, a cpula catlica no pode fazer, pois implicaria em destituir esse santo. Isso seria complicado, pois implicaria em reconhecer o triste fato de que h trs sculos os catlicos esto rezando a um filho das trevas, cuja alma irremediavelmente perdida, padece no fogo do Inferno;

g) O clero tolerante? Talvez o clero catlico tente se defender, alegando que canonizar algum no implica, necessariamente, em concordar com o canonizando, em todos os detalhes. Ns concordamos, mas compreendemos que um erro grave deveria desqualificar o candidato categoria de Santo. E no um erro gravssimo afirmar que o ofcio de Jesus no socorrer os miserveis? Isso no equivale a negar que Jesus o Salvador? essa uma questo de somenos importncia? O silncio do clero j seria comprometedor, mas os clrigos catlicos no guardaram silncio, pelo contrrio, fizeram e fazem mais do que pronunciar a favor desse pernicioso livro, considerando que canonizar seu autor, elev-lo a Doutor da Igreja, elogiar e recomendar o seu livro, custear suas edies, promover sua difuso pelo mundo afora traduzindo-o para diversos idiomas, etc., equivale a ombrear esse falso profeta e endossar suas blasfmias.

O livro Glrias de Maria , sim, obra oficial da Igreja Catlica. Duvidamos que o clero catlico negue isso. Mas, se o fizer, estar subestimando a nossa inteligncia, bem como mentindo, pois vimos acima que a Igreja aprovou os escritos do senhor Afonso, depois de percorr-los [isto , l-los e estud-los] cuidadosamente. livro oficial, ou no ? A resposta : A Igreja j disse textualmente que sim. Alm da afirmao textual ou grfica, temos que levar em conta que essa seita est promovendo a difuso desse to diablico livro. Isto significa que a Igreja Catlica diz e prova que o livro do seu Santo Doutor dela.

Como j informei, s vezes o Catecismo da Igreja Catlica finge reconhecer a validade das igrejas evanglicas, bem como das religies no-crists (como se pode ver s pginas 235 e 242, # # 818-819, 841. Veja tambm o Compndio do Vaticano II, 29 edio, Editora Vozes, pginas 56-57, # # 41-42). Mas esse malabarismo um sofisma, cujo alvo bem definido: fazer com que o dito fique pelo no dito, e, deste modo, confundir os incautos. Como o diabo sabe prepar suas arapucas!

Todos os que estudam a Histria Geral sabem que a Igreja Catlica pregava que FORA DA IGREJA CATLICA NO H SALVAO, mas muitos pensam que esse radicalismo coisa do passado. Porm, como o leitor acaba de ver, essa heresia ainda est de p. Como bem o disse o ex-padre Anbal, de saudosa memria, O Conclio Vaticano II no trocou as velhas heresias por doutrinas novas, mas to-somente pintou-as.

Alegando a Igreja Catlica que ela necessria salvao, est usurpando a funo daquele que disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ningum vem ao Pai, seno por mim. (Jo 14.6).

Caro leitor, no se submeta tirania desses usurpadores. Para se salvar, voc no necessita de nenhuma igreja. Aps entregar-se a Cristo e se salvar, se voc no quiser se vincular a nenhuma das igrejas que j existem, funde a sua prpria denominao. Portanto, siga a Cristo e liberte-se (Joo 8.12,32). Mas, se voc no quiser fundar a sua denominao, sugerimos que voc se dirija a uma das muitas igrejas realmente crists, para usufruir do companheirismo daqueles que, como voc, tambm tm Cristo em seus coraes (Hebreus 10.25). Ademais, se todos os catlicos, leigos e clrigos, decidirem seguir a Bblia, se salvaro dentro da prpria instituio catlica. No cremos que eles tenham que vir para as igrejas evanglicas. Ns cremos que quem salva Cristo.

Muitos catlicos j nos perguntaram: Por que vocs dizem que se no formos para suas igrejas no seremos salvos? A nossa resposta tem sido: Ns no pregamos isso. Quem prega isso so os clrigos da sua igreja.

Segundo a Bblia, a queda de Satans consistiu no fato de que ele concebeu o seguinte pensamento: ...Subirei ao cu; acima das alturas das estrelas de Deus exaltarei o meu trono... subirei acima das nuvens, e serei semelhante ao Altssimo. Mas Deus disse-lhe ...Levado sers ao inferno, ao mais profundo do abismo. (Isaas 14. 13 a 15). Temos, na Igreja Romana, uma repetio dessa usurpao. Ela tambm disse no seu corao: Subirei ao trono do Imprio Romano, estabelecerei o meu trono no Vaticano, e serei semelhante ao nico Salvador, tornando-me tambm a nica salvadora. Mas Deus est dizendo a ela e aos que esto sob seu cetro: Contudo, levados sereis ao inferno.

A salvao no est na Igreja Catlica, nem tampouco no protestantismo. Especialmente nos sculos 16 e 17, muitos calvinistas e outros protestantes eram to assassinos quanto a pretensiosa Igreja Catlica (Veremos isto no captulo 12 [12.4.]). s vezes pensamos que isso era coisa das idades Mdia e Moderna, mas Deus sempre condenou o homicdio e prometeu lanar no Inferno a todos os assassinos que no se converterem. Logo, no Inferno h padres, protestantes, papas, pastores evanglicos, etc. E, se voc no quer se juntar aos infelizes que l sofrem as conseqncias de suas imbecilidades, deixe de crer que a salvao est neste ou naqueloutro grupo, e refugie-se em Cristo j. Sim, refugie-se em Cristo, mas s em Cristo, e no, numa mistura de Cristo, dolos e homens embusteiros.

2.3. Infalveis Como j vimos, o Catolicismo sustenta que o Papa infalvel quando fala ex-ctedra, ou seja, de sua cadeira, isto , com a autoridade de que investido. Cr-se que Deus delegou aos papas o dom da inerrncia quando dissertam sobre f e costumes. Isto significa que os catlicos no precisam se preocupar com a ortodoxia doutrinria. Eles podem fechar os olhos e seguir ao papa sem medo, pois impossvel que o papa erre. Para que o leitor possa ver mais uma vez que realmente as coisas so assim, fazemos as quatro transcries abaixo:

1) "Para manter a Igreja na pureza da f transmitida pelos apstolos, Cristo quis conferir sua Igreja uma participao na sua prpria infalibilidade, ele que a verdade. Pelo 'sentido sobrenatural da f', o povo de Deus 'se atm indefectivelmente f,' sob a guia do Magistrio vivo da Igreja.A misso do Magistrio est ligada ao carter definitivo da Aliana instaurada por Deus em Cristo com seu Povo; deve proteg-lo dos desvios e dos desfalecimentos e garantir-lhe a possibilidade objetiva de professar SEM ERRO a f autntica. O ofcio pastoral do Magistrio est ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permanea na verdade que liberta. Para executar este servio, Cristo dotou os pastores de carisma de infalibilidade em matria de f e de costumes. O exerccio deste carisma pode assumir vrias modalidades"(Catecismo da Igreja Catlica, pgina 255, # 889 a 891 [grifo nosso]). Bastaria a cpia acima, contudo, prometemos acima quatro cpias e, portanto, prossigamos:

2) "GOZA DESTA INFALIBILIDADE O PONTFICE ROMANO, chefe do Colgio dos Bispos, por fora do seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiis, e encarregado de confirmar seus irmos na f, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne f e aos costumes...A INFALIBILIDADE prometida Igreja RESIDE TAMBM no corpo episcopal quando este exerce seu magistrio supremo EM UNIO COM o sucessor de Pedro' , sobretudo em um Conclio Ecumnico. Quando, pelo seu Magistrio supremo, a Igreja prope alguma coisa 'a crer como sendo revelada por Deus' e como ensinamento de Cristo, preciso aderir na obedincia da f a tais definies'. Esta infalibilidade tem a MESMA EXTENSO que o prprio depsito da REVELAO DIVINA'' (Catecismo da Igreja Catlica, pgina 255, # 889 a 891, [grifo nosso]).3) O Padre Luiz Cechinato disse que "...o papa, quando fala em lugar de Cristo sobre as verdades de nossa salvao, no pode errar, porque ele tem a assistncia do Esprito Santo, e porque Jesus assume em seu prprio nome o que o papa decide. [...]" (Os Vinte Sculos de Caminhada da Igreja, Editora Vozes, 4 edio de 2001, pgina 358). O que o Papa pretende com essa pretenso de infalibilidade exclusiva? Resposta: Manipular os catlicos a seu bel-prazer.O Papa se declara to inerrante quanto a Bblia, quando afirma que a sua "infalibilidade tem a mesma extenso que o prprio depsito da revelao divina'', como vimos acima.Uma prova material de que os papas no so infalveis nas "decises eclesisticas'' o fato de eles se contradizerem. Vejamos alguns exemplos:a). Em 1.229 o conclio de Toulouse proibiu a leitura da Bblia ao povo. Hoje, no obstante adulterarem-na com a adio de livros apcrifos e "explicaes" herticas nas margens inferiores (rodaps), sua leitura recomendada.b). Ainda em 1.229, no referido conclio de Toulouse, estabeleceu-se a tal de "santa" inquisio, confirmada em 1.232, por Gregrio X, segundo a qual todos os que pregassem alguma coisa que no harmonizasse com o Catolicismo, deveriam ser torturados at a morte. E muitos fiis servos de Deus morreram nessa poca, por no se submeterem aos abusos desses emissrios de Satans. Hoje, porm, no mais nos matam a bel-prazer, embora mantenham por escrito a ordem de que "os herticos, alm de serem excomungados, devem ser condenados morte", (Enciclopdia Catlica (em ingls), pgina 768, citado em O Movimento Ecumnico, editado pela Imprensa Batista Regular, pgina 17, da autoria do pastor Homero Duncan.c). Em 670, o papa Vitlio, para manter o povo no obscurantismo, decidiu falar a missa em Latim, exatamente para que ningum entendesse nada, por ser j o Latim uma lngua morta. Essa idia agr