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ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE DO CACAU EM PAÍSES PRODUTORES SELECIONADOS Antonio Cesar Costa Zugaib, MSc em Economia Rural, UFV Especialista em Comércio Exterior, FGV/FUNCEX Técnico em Planejamento da CEPLAC Profº do Departamento de Economia da UESC

análise da competitividade do cacau em países produtores

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ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE DO

CACAU EM PAÍSES PRODUTORES

SELECIONADOS

Antonio Cesar Costa Zugaib, MSc em Economia Rural, UFV Especialista em Comércio Exterior, FGV/FUNCEX Técnico em Planejamento da CEPLAC Profº do Departamento de Economia da UESC

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Crack da Bolsa

de Nova York

Criação do ICB Criação da

CEPLAC

Período de

Preços Altos

Gap no crédito de

Comercialização

decretação da

Moratória (ETV-EF)

Aparecimento da

Vassoura-de-bruxa

Período de

Preços Baixos

- Queda da

produção e

Produtivi-

dade

/Fechamen

to da

Barreto e

Itaísa

Clones Autocompatíveis /Agregação

de Valores/ Conservação Produtiva

Aumento da Produção e Prod.

INTRODUÇÃO

1. NOVAS ALTERNATIVAS PÓS CRISE 1989

1.1. Sistema tradicional (com adensamento

e agregação de valores;

1.2. Sistema semi intensivo (através de

sistemas agroflorestais – cacau x seringueira e

cacau x madeira);

1.3. Sistema intensivo (a pleno sol e

fertirrigado)

Realizar um estudo de análise de competitividade da cultura do

cacau em dois momentos:

a) analisando o custo de comercialização envolvendo custos de

produção, de comércio e de exportação de cacau entre países

produtores selecionados;

b) analisando cinco sistemas de produção potenciais

otimizados para implantação, utilizando-se de fluxo de caixa e

métodos de análise de benefício/custo, payback, valor presente

líquido e taxa interna de retorno.

OBJETIVO

MERCADO INTERNACIONAL E

NACIONAL DE CACAU

PREÇOS BAIXOS

DECLÍNIO NO CONSUMO

AUMENTO NO CONSUMO

DESISTÍMULO A PRODUÇÃO

AUMENTO NOS PREÇOS

REDUÇÃO NOS ESTOQUES

CRESCIMENTO NOS ESTOQUES

ESTÍMULO A PRODUÇÃO

Ciclo Preço – Estoque - Produção - Consumo

Zugaib, 2010

Cooperativas

Indústrias Processadoras

Exportadores De Cacau Shippers

Bolsa de Cacau

Corretores

Comerciantes

Filiais

Agentes Co

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itarias Dealers

Cooperativas

Mercado Produtor Mercado Consumidor

Fluxo de Cacau em Amêndoas

Fluxo de Produtos Industrializados

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Fundo de hedge e de Commodities

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colateiras

Governo Instituições Financeiras CEPLAC - UESC

Zugaib, 2010

Indústrias Processadoras

Bolsa de Cacau

Corretores

Comerciantes

Filiais

Agentes Co

nfe

itarias Dealers

Mercado Produtor Mercado Consumidor

Fluxo de Cacau em Amêndoas

Fluxo de Produtos Industrializados

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Fundo de hedge e de Commodities

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ústrias C

ho

colateiras

Governo Instituições Financeiras CEPLAC - UESC

Zugaib, 2010

Quatro grandes transformações ocorreram nos “Canais de

Comercialização” do mercado do cacau

1) Algumas grandes corporações transnacionais vieram a dominar o comércio

de cacau, c/ aquisições e fusões com empresas menores no comércio do

cacau físico. (desenvolvimento de inteligência de mercado e facilitar a

gestão das operações transnacionais em grande escala.

2) Concentração de mercado no elo de processamento de cacau. 70% das

moagens 10 empresas, atualmente 3 empresas: ADM (Joanes), Barry e a

Cargil. Meta 75%. Tirar proveito da economia de escala no transporte,

armazenamento e processamento.

3) Com o desaparecimento do estado dominando a estrutura de mercado em

países produtores de cacau, grandes empresas transnacionais assumiram as

funções de exportação. Processo de integração corporativa e concentração.

Sacos p/ Containers.

4) Concentração na indústria chocolateira. Globalização e reconhecimento da

marca. 1970-90 200 aquisições. 17 empresas para cinco: Nestlé, Mars,

Hershey, Kraft-Jacob-Suchard e Cadbury Schweppes. No varejo também com

distribuição em grandes supermercados.

Cooperativas

Indústrias Processadoras

Exportadores De Cacau Shippers

Bolsa de Cacau

Corretores

Comerciantes

Filiais

Agentes Co

nfe

itarias Dealers

Cooperativas Agroindustriais

Mercado Produtor Mercado Consumidor

Fluxo de Cacau em Amêndoas

Fluxo de Produtos Industrializados

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Fundo de hedge e de Commodities

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ústrias C

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colateiras

Governo Instituições Financeiras CEPLAC - UESC

Zugaib, 2010

Comportamento da produção, consumo, estoques, preços

superávit/déficit no mercado internacional de cacau.

Fonte: ICCO

Buffer-Stock Início Auge Fim

100 mil t 250 mil 26 mil t

Fonte: ICCO

PRODUÇÃO, MOAGENS, SUPERÁVIT/DÉFICIT E IMPORTAÇÃO DE CACAU NO MERCADO INTERNACIONAL - em mil t

Comportamento dos preços e ratio (Estoque/consumo)

no mercado internacional de cacau.

Fonte: ICCO

ICCO, 2005 => Elast = 0.85 Zugaib, et al , 2006=> Elast = 0,98 ICCO, 2012 => Elast = 0,91

Fonte: ICCO

Fonte: ICCO

PERCENTUAL DE CONTRATOS ABERTOS MANTIDOS PELOS ESPECULADORES E HEDGERS NO PERÍODO DE 2006 A AGOSTO DE 2010

Fonte: ICCO

5,5210

5,5233

5,5158 5,4233

6,5839

4,7756

4,4924

3,9716

2,9107

3,3628

4,2567 4,2750

2,9922

2,6052

3,0548 2,9619

2,3009

3,3764

3,3207

4,7192

5,4608

6,2286

5,2850

3,6268

3,8176

4,5754

4,9759

5,9698

7,3249

8,1144 8,4788

8,1755 8,1342

7,3835

6,3791

6,7172 6,6485

6,2093

6,4242 6,3405

5,2620

5,4678

5,4404

6,2354

5,8505

6,4463

5,2669 4,8890

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5,4179

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Preço internacional em US$/tl Quantidade de meses atendido pelo estoque mundial

Comportamento dos preços e quantidades de meses atendidos

pelo estoque no mercado internacional de cacau.

Fonte: MDIC – Sistema Aliceweb

Comportamento do Mercado Nacional de Cacau Período 90/91 a 11/12

Ano Agrícola

Internacional

Produção

Brasileira Importação Exportação

Consumo

Aparente

Brasileiro

Moagens

Brasileiras

Sup/Def

Antes Imp

(Moagens)

Sup/Def

Depois Imp

Sup/Def

Antes Imp

(Consumo)

1989/90 347.900 116.695 231.205 236.300 (5.095) (5.095) 116.695

1990/91 368.100 107.360 260.740 260.000 740 740 107.360

1981/92 306.200 721 75.553 231.368 230.000 647 1.368 74.832

1992/93 308.600 1.898 95.511 214.987 225.000 (11.911) (10.013) 93.613

1993/94 282.700 2.438 90.377 194.761 225.000 (32.677) (30.239) 87.939

1994/95 225.000 5.182 40.979 189.203 195.000 (10.979) (5.797) 35.797

1995/96 230.700 136 27.382 203.454 205.300 (1.982) (1.846) 27.246

1996/97 185.000 9.909 11.615 183.294 180.000 (6.615) 3.294 1.706

1997/98 170.000 16.882 6.697 180.185 187.800 (24.497) (7.615) (10.185)

1998/99 137.500 48.058 4.272 181.286 192.400 (59.172) (11.114) (43.786)

1999/00 123.500 90.065 2.234 211.331 201.600 (80.334) 9.731 (87.831)

2000/01 162.800 41.726 2.482 202.044 194.900 (34.582) 7.144 (39.244)

2001/02 123.600 46.170 3.495 166.275 172.600 (52.495) (6.325) (42.675)

2002/03 162.600 66.033 2.468 226.165 195.500 (35.368) 30.665 (63.565)

2003/04 163.400 43.845 1.564 205.681 206.800 (44.964) (1.119) (42.281)

2004/05 170.800 44.608 965 214.443 208.800 (38.965) 5.643 (43.643)

2005/06 161.600 49.594 855 210.339 222.700 (61.955) (12.361) (48.739)

2006/07 126.200 74.395 559 200.036 226.300 (100.659) (26.264) (73.836)

2007/08 170.500 108.687 563 278.624 231.700 (61.763) 46.924 (108.124)

2008/09 157.000 61.104 240 217.864 216.100 (59.340) 1.764 (60.864)

2009/10 161.200 47.076 288 207.988 226.100 (65.188) (18.112) (46.788)

2010/11 199.800 36.083 534 235.349 239.100 (39.834) (3.751) (35.549)

2011/12 205.000 64.452 572 268.880 240.000 (35.572) 28.880 (63.880)

Produção e Moagens - Dados ICCO - 1 de Out a 30 de Set

Importação e Exportação - Dados MDIC - 1 de Out a 30 de Set

Comportamento do Mercado Nacional de Cacau Período 90/91 a 12/13

Produção, Moagens, Importação e Estoques no Mercado Interno de Cacau - Em ton.

Ano safra Produção Consumo Aparente Moagem Sup/Def Sup/Def

Brasileiro Bahia Brasil Importação Exportação Prod +Import-Export Brasil Antes Imp Depois Imp

90/91 356.327 384.327 0 111.952 272.375 224.884 47.491 47.491

91/92 253.796 280.796 0 67.688 213.108 205.744 7.364 7.364

92/93 245.997 271.997 2.171 88.805 185.363 190.552 -7.360 -5.189

93/94 294.775 319.775 1.402 105.422 215.755 219.770 -5.417 -4.015

94/95 234.504 257.504 8.278 67.841 197.941 190.843 -1.180 7.098

95/96 160.390 181.390 259 15.345 166.304 173.687 -7.642 -7.383

96/97 177.315 199.815 29.501 29.026 200.290 179.812 -9.023 20.478

97/98 152.381 180.049 23.765 5.550 198.264 182.458 -7.959 15.806

98/99 134.383 164.750 20.886 4.171 181.465 188.092 -27.513 -6.627

99/00 98.617 123.006 85.102 3.888 204.220 199.487 -80.369 4.733

00/01 105.454 129.347 60.865 2.064 188.148 194.068 -66.785 -5.920

01/02 129.329 157.209 32.996 3.204 187.001 179.605 -25.600 7.396

02/03 101.118 130.334 75.461 3.285 202.510 190.394 -63.345 12.116

03/04 144.195 175.567 40.100 1.676 213.991 206.117 -32.226 7.874

04/05 122.344 170.800 47.303 983 217.120 201.474 -31.657 15.646

05/06 139.584 164.773 53.695 1.035 217.433 215.000 -51.262 2.433

06/07 115.675 147.014 74.712 397 221.329 220.000 -73.383 1.329

07/08 102.480 140.137 69.643 764 209.016 225.000 -85.627 -15.984

08/09 118.477 164.918 70.190 355 234.753 225.000 -60.437 9.753

09/10 109.299 154.702 63.534 270 217.966 230.000 -75.568 -12.034

10/11 154.071 201.613 40.528 374 241.767 239.122 -37.883 2.645

11/12 131.780 182.578 59.471 739 241.310 242.490 -60.651 -1.180

12/13* 96.647 136.871 10.013 94 146.790 100.668 36.109 46.122

Safra de 01/05 a 30/04

Safra 12/13 Exp e Import 01/05/2012

até 30/09/2012

30/09/201

2

Fonte: ACB/TH Consultoria/MDIC

Comportamento do Mercado Nacional de Cacau Período 90/91 a 12/13

Ano Agrícola

Internacional

Produção

Brasileira Importação Exportação

Consumo

Aparente

Brasileiro

Moagens

Brasileiras

Sup/Def Antes

Imp

(Moagens)

Sup/Def

Depois Imp

Sup/Def Antes

Imp (Consumo)

1990 356.246 - 118.125 238.121 202.249 35.872 35.872 118.125

1991 320.967 - 84.390 236.577 223.655 12.922 12.922 84.390

1992 328.518 1.821 84.242 246.097 191.284 52.992 54.813 82.421

1993 340.885 2.198 99.570 243.513 207.490 33.825 36.023 97.372

1994 330.577 1.038 87.465 244.150 208.630 34.482 35.520 86.427

1995 296.705 5.256 18.772 283.189 165.774 112.159 117.415 13.516

1996 256.747 62 33.274 223.535 183.360 40.113 40.175 33.212

1997 277.966 14.843 4.915 287.894 180.740 92.311 107.154 (9.928)

1998 280.801 11.948 5.582 287.167 192.132 83.087 95.035 (6.366)

1999 205.003 75.330 3.917 276.416 190.418 10.668 85.998 (71.413)

2000 196.788 70.667 1.900 265.555 203.226 (8.338) 62.329 (68.767)

2001 185.662 33.931 3.272 216.321 190.036 (7.646) 26.285 (30.659)

2002 174.796 56.308 3.590 227.514 177.419 (6.213) 50.095 (52.718)

2003 170.004 59.338 1.851 227.491 198.033 (29.880) 29.458 (57.487)

2004 196.005 40.261 1.112 235.154 203.138 (8.245) 32.016 (39.149)

2005 208.620 54.448 1.066 262.002 216.184 (8.630) 45.818 (53.382)

2006 212.270 65.445 456 277.259 222.334 (10.520) 54.925 (64.989)

2007 201.651 91.192 718 292.125 225.967 (25.034) 66.158 (90.474)

2008 202.026 73.115 471 274.670 232.143 (30.588) 42.527 (72.644)

2009 218.487 73.989 236 292.240 214.407 3.844 77.833 (73.753)

2010 235.389 47.412 243 282.558 230.085 5.061 52.473 (47.169)

2011 245.448 32.516 724 277.240 240.462 4.262 36.778 (31.792)

2012 191.363 47.885 292 238.956 181.153 9.918 57.803 (47.593)

Janeiro a Dezembro 2011-Estimativa 2012-Previsão

Fonte: IBGE/MDIC Importação e Exportação até setembro 2012

Para calcular a competitividade com relação aos custos de

comercialização este estudo utilizou o percentual dos preços

recebidos pelos produtores como margem dos preços exportados Free

on Board – FOB, ICCO 2012.

Com relação ao custo de produção de cacau este estudo utilizou a

metodologia contida no trabalho de Barbareso, 2012, que considerou

como método contábil o custeio operacional, descrito por Matsunaga

et al (1976), que corresponde todos os desembolsos efetivamente

realizados em um ano agrícola, ou seja todo o dinheiro gasto pelo

produtor para as atividades realizadas. Como resultado se obtém o

Custo Operacional Efetivo (COE). Sobre o COE é adicionado às

depreciações de maquinários, implementos, benfeitorias e lavouras

Inseridas ao processo produtivo, originando o Custo Operacional

Total (COT).

METODOLOGIA

As estimativas de custos operacionais efetivos partiram de fatores de

produção separados em cinco grupos: Pessoas (mão-de-obra),

Mecanização, Insumos, Colheita e Pós-colheita e Gastos gerais.

Objetivo a)

METODOLOGIA

Rentabilidade da cultura

Para analisar a rentabilidade da cultura a partir do lucro operacional de

curto prazo em produção foram determinados os custo de produção de

cacau em sistemas de produção. A formulação utilizada para inserir as

variáveis que compõem o lucro operacional foi:

L = P * Y – Cu * Y, onde

L = Rentabilidade da cultura (em R$/ha)

P = distribuição de frequência de preços (R$/@)

Y = distribuição da frequência de produtividade (@/ha)

Cu = custo unitário do cacau em fase produtividade (R$/@) ou em US$/Kg

Por fim calculou-se a relação Custo/Benefício.

METODOLOGIA

Os indicadores básicos de análise econômica usados para avaliar os

resultados foram o Valor Presente Líquido (VPL), a Razão Benefício/

Custo e a Taxa Interna de Retorno (TIR). Utilizou-se também o período

de retorno do capital (Payback) e a análise de sensibilidade.

Objetivo b)

Revisão Bibliográfica

De acordo com a ICCO, 2010, a diferença de

preços entre países com relação a margem do

preço internacional recebidos pelos agricultores

depende de diversas variáveis econômicas, tais

como:

a) a eficiência do sistema de mercado interno

(Custos de comercialização);

b) Qualidade da amêndoa;

c) Nível de tributação interna (na

comercialização (impostos e taxas) e na

produção (encargos sociais)

d) Custo de transporte para países de

consumo.

Commodities sob o Neoliberalismo: O caso do cacau

Medidas para liberalizar a Economia: 1) na Ásia (Malásia e Indonésia);

2) América Latina (Brasil) 3) África ocidental (Costa do

Marfim, Camarões, Gana e Nigéria).

Instituições de comercialização:

a) Conselhos de Mercado (Marketing Board) nos países

anglófonos; Ghana’s Cocoa Board – COCOBOD e Nigéria.

b) Fundo de Estabilização nos países francófonos. Caisse de

Stabilisation - CAISTAB. Costa do Marfim e Camarões

c) Livre Concorrência: Malásia, Indonésia, Nigéria e Brasil.

Os programas de liberalização foram destinados a melhorar a

eficiência produtiva através de um alinhamento dos preços no

mercado interno com os preços mundiais e dar aos agricultores de

cacau melhoria nos preços, que eram considerados baixos em relação

ao preço FOB

Commodities sob o Neoliberalismo: O caso do cacau

Para avaliar o impacto da liberalização, os pesquisadores têm-se

centrado basicamente sobre um fator, ou seja, a margem dos

produtores sobre o preço FOB (veja, por exemplo, Varangis e Schreiber,

2001, Gilbert e Varangis, 2003). Eles indicaram que os países de

mercado livres de estado, como Brasil, Camarões, Indonésia, Malásia e

Nigéria tiveram significativamente preços mais elevados como uma

percentagem do preço de exportação (70,9%) do que aqueles de Gana

ou Costa do Marfim (menos de 50%), que teve o mercado de estado em

1994/1995, no ano a que se referem os dados.

Preços recebidos pelos produtores como margem (%) dos preços exportados FOB

Média do Período

Brasil Camarões Costa do

Marfim

Gana Nigéria Indonésia

1981-1985 72,8 55,4 55,1 113,8 120,9 78,9

1986-1990 68,6 70,9 59,9 37,3 96,1 74,7

1991-1995 78,9 85,7 65,6 48,2 101,2 84,7

1996-2000 82,0 62,1 50,5 52,4 89,0 82,6

Percentual dos preços recebidos pelos produtores como margem dos preços exportados FOB. Média do Período.

Fonte: ICCO and UNCTAD

Países

Custo de Produção

(US$/kg)

Preço aos

Produtores

Preço de

Exportação

Razão do Custo de Produção

para

Preço aos

Produtores

(%)

Preço de

Exportação

(%)

1989/2011 1995-

99

1995-1999

Brasil 1.00 1.62 1.18 1.44 137 112

Camarões 0.83 0.60 0.82 1.34 73 45

Costa do

Marfim

0.66 0.60 0.68 1.36 87 44

Gana 0.48 1.27 0.78 1.48 163 86

Indonésia 060 0.36 1.17 1.14 30 31

Malásia 1.00 0.85 1.20 1.20 71 71

Nigéria 0.50 2.16 0.92 1.34 235 161

Estimativa dos Custos de Produção dos Principais Países Produtores de Cacau

Fonte: Irfan Ul Haque, 2004

EVOLUÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CACAU ENTRE 2001 E 2011 EM CINCO MUNICÍPIOS BRASILEIROS

Município Sistema de Produção (Cultivo) Produção Área Produtivi

dade COE (R$/ha) PN

(R$/@) PN (R$/Kg)

PN (US$/Kg) COT (R$/ha)

PN (R$/@)

2001 2011 2011 2011 2011 =

1,67 2011 2011 2011

Canavieiras

Não Irrigado e Manejo do Tipo Cabruca, Manual 150 15 10@/há 251,91 758,38 75,84 5,06 3,03 346,96 1.045,61 104,56

Eunápolis Cultivo Irrigado e manejo semimecanizado 7.500 50 150@/há 4.596,67 9.723,21 64,82 4,32 2,59 4.957,48 10.813,54 72,09

Gandú Não Irrigado e Manejo do Tipo Cabruca, Insumos, Manual 350 10 35@/há 980,91 2.814,65 80,42 5,36 3,21 1.189,15 3.443,92 98,40

Ilhéus Não Irrigado e Manejo do Tipo Cabruca, Manual 500 25 20@/há 594,47 1.799,08 89,95 6,00 3,59 768,90 2.326,20 116,31

Medicilândia

Não irrigado e manejo com 30% de sombra, Insumos, Manual 1.333 20 66,67@/há 869,97 2.473,85 37,11 2,47 1,48 1.019,42 2.925,49 43,88

Média 1.967 24

1.458,79

3.513,83 69,63 4,64 2,78

1.656,38

4.110,95 87,05

Obs: Custo Operacioanal Efetivo - COE (5 grupos: Mão-de-Obra, Mecanização, Insumos, Colheita e PósColheita e Gastos Gerais) + Depreciação = COT

• A produção de cacau em Gana é a principal atividade econômica para mais de 700.000 famílias, com cerca de 6,30 milhões os ganenses (que representam cerca de 30% da população total) dependendo do cacau para sua vida; • Em 2006, as exportações de manteiga de cacau, pó, grãos, pasta (líquor) e resíduos totalizaram US$ 1.241 milhões, equivalente a mais de 33% das exportações de mercadorias de Gana (WTO, 2008); • A produção de cacau e marketing representaram 32,2% das receitas (ISSER, 2007) de exportação e 8,5% do produto interno bruto em 2006; •O Conselho de cacau de Gana (COCOBOD) fornece suporte fitossanitário para agricultores e regula a comercialização de cacau bulk de Gana nos mercados internacionais. Isso tem ajudado a manter a qualidade do cacau bulk de Gana, que ganha um Premium sobre preço internacional entre 7 a 10% acima do preço pago por outras origens do Oeste Africano do tipo bulk; •o COCOBOD tem acordado com o Banco Mundial e o FMI fixar o preço ao produtor em 70% do preço FOB "líquido". Na temporada 2008/2009 da cultura principal, o preço ao produtor ficou aquém deste preço-alvo.

•A produção de cacau de Gana é caracterizada pela agricultura em pequena escala, com uma área média de cacau produtiva por agregado de cerca de 2 hectares (Brandão et al., 2008). O rendimento médio por hectare é de 450 kg (MMYE, 2008), que é baixa em comparação com a estação de experimentos de pesquisa; • No cacau, produção de agregados, estima-se que a renda média per capita diária de cacau foi US$ 0,42 fora uma renda total de US$ 0,63 (Brandão et al., 2008), indicando assim um nível relativamente alto de pobreza; •A rápida expansão dos sistemas extensivo de baixa sombra tem sido uma das principais causas do desmatamento na África Ocidental (Oliveira et al., 2007; Gockowski e Sonwa, 2008). A cobertura florestal remanescente na África Ocidental constitui apenas um quinto de sua extensão original e a média de taxa de desmatamento anual para Gana entre 1990 e 2005 foi de 2% com a área de floresta, passando de 74.000 quilômetros quadrados em 1990 para 55.000 quilômetros quadrados em 2006 (Niesten et al., 2004; Banco Mundial, 2008a; Banco Mundial, 2008b). •Em Gana, a região oeste continua a ser a última fronteira para a expansão do cacau devido a presença de manchas de floresta não reservadas e reservada no país (Oliveira, 2005; Gockowski e Sonwa, 2008).

• Para suprir a falta de inovação, a baixos retornos e a falta de sustentabilidade de produção, um novo sistema de produção ambientalmente amigáveis são examinadas para pequenos agricultores ganês. Este estudo estima os custos e benefícios de produzir Rainforest Alliance – Sustainable Agriculture network (RA-SAN) certificada cacau e compará-lo com aqueles gerados pelos sistemas de produção típicos dos pequenos agricultores, bem como intensificou-se sistemas que surgiram dos esforços de investigação e promoção das autoridades de cacau ganês; • Rainforest Alliance (RA) certificação de sistemas de produção de cacau, distinguem-se pela sua adesão a um conjunto de produção e normas sociais, promulgadas pela rede de agricultura sustentável (RAS); (atual proposta padrão da RAS para sombra é 70 árvores por ha, distribuídos por um mínimo de 12 espécies); 25 árvores para sombra média. •Benefícios ao produtor dependerá, especificamente, de: 1) na medida em que os consumidores estão dispostos a pagar os prêmios para os atributos de qualidade e de processos; 2) a eficiência dos agentes do mercado se adaptar às exigências dos mercados diferenciados; e 3) a produtividade do sistema proposto; • COCOBOD compra todo cacau produzido em Gana e depois vende para compradores no exterior, principalmente Europeu.

• Em conformidade com os requisitos de RA-SAN indicados acima, o salário diário de trabalho para sistemas de produção-RA-SAN e FF foi considerado GH ¢ 3,50 para 6 horas. Equivale a R$ 3,36/dia x 30 = R$ 100,00; Moeda = Cedi 1,04 GH c Cedi = R$ 1,00

Preço médio 1997/2006 = US$ 1.387/t 70% do Preço FOB = US$ 971/t 10% de Prêmio = US$ 97/t Custo do transporte = US$ 20/t Preço Total = US$ 1.088/t Preço médio 1997/2006 = US$ 1.387/t 70% do Preço FOB = US$ 971/t 10% de Prêmio = US$ 138/t Custo do transporte = US$ 20/t Preço Total = USS 1.129/t

Taxas de Câmbio

Cotações de fechamento do CEDI-GANA, Código da Moeda: 035, Símbolo da Moeda: GHS, Tipo da Moeda: A, período de 06/06/2012 a 06/07/2012.

Clique para obter a tabela completa ( CSV - 2 KB)

• Plantações consorciada pelos agricultores de cacau, durante os dois primeiros anos da fase de estabelecimento de sua fazenda tinha um rendimento assumido de 4.500 (300@) e 2.500 kg (166@) por ha no ano 1 e 2 do ciclo de produção para todos os sistemas analisados. O ciclo de produção para todos os sistemas tinha 21 anos;

Sistema de Produção VPL B/C TIRT Retorno

Líquido

r=10

Baixo Insumos Landrace Cacau LILC -79 0,97 3.35 128

Alto Insumos a Pleno Sol HINSC 179 1.05 3.71 215

Alto insumo Sombra média Cacau Certificado

HIMSCC

14 1.00 3.52 213

Estimativa de Rendimentos para três sistemas de produção com taxa

de desconto de 20% e preço ao produtor igual a 70% do preço FOB.

Sistema de Produção VPL B/C TIRT Retorno

Líquido

r=10

Baixo Insumos Landrace Cacau (85% FOB) 221 1.09 3.91 271

Alto Insumos a Pleno Sol (85% FOB) 469 1.12 4.00 362

Alto insumo Sombra média Cacau Certificado (85%

FOB)

307 1.07 3.82 353

Baixo Insumos Landrace Cacau (60% FOB) -280 0.89 2.98 33

Alto Insumos a Pleno Sol (60% FOB) -15 1.00 3.48 117

Alto insumo Sombra média Cacau Certificado (60%

FOB)

-181 0.95 3.28 120

Análise de sensibilidade variando o preço ao produtor

com 85% e 60% do preço FOB.

Sistema de Produção VPL B/C TIRT Retorno

Líquido

r=10

Baixo Insumos Landrace Cacau (85% FOB) 373 1.09 3.88 384

Mensuração da Rentabilidade com sistema de cacau certificado

assumindo 25% de aumento da produtividade pela introdução das

melhores práticas.

Projeção do fluxo de caixa, com sistema de produção com alto insumos

e cacau certificado.

Demonstrando o fluxo de caixa do sistema de cacau certificado,

HINSC,a pleno sol, com alta quantidade de insumos notamos que há

um customaior do trabalho e uma grande receita no final do ano do

sistema. Estes encargos são para a colheita de 59 árvores de

Terminalia superba, que são considerados conservadora e produzem

56 metros cúbicos de madeira em um valor stumpage GHc 25 m3. O

volume total e o preço de stumpage da madeira usada em nossos

cálculos são considerados estimativas conservadoras. Aumentando

esses valores para 88.5 m3 e um preço de GHc 93 m

3 mudaria o retorno

líquido no ano 21 de 1.330 para 3.670 GHc ha-1. No entanto devido ao

longo intervalo de tempo e alta taxa de desconto, o NPV só aumentou

por aproximadamente 50 GHc ha-1.

Parâmetros Brasil Costa do Marfim,

Indonésia, Gana e Nigéria

Disponibilidade Baixa disponibilidade no

mercado internacional

devido a alta demanda

interna: Apenas 0,15% é

exportado, 99,9% é

absorvido no mercado

interno.

Alta disponibilidade:

grande parte das amêndoas

de cacau são exportadas.

25% são absorvidas no

mercado interno e 75% são

exportadas.

Produtividade Baixa produtividade:

doenças nas lavouras e

práticas agrícolas ruins. A

produtividade brasileira é

60% da obtida na Costa do

Marfim.

Alta produtividade: as

lavouras não são afetadas

por doenças.

Qualidade Práticas pós Colheitas ruins

diminuem a qualidade: a

baixa qualidade faz com

que o cacau brasileiro seja

mais recomendado para

produção convencional de

manteiga, pó e pasta.

Alto valor agregado à

produção: o cacau africano,

considerado de alta

qualidade é utilizado para

fazer massa de cacau

utilizado na fabricação do

chocolate fino europeu. O

cacau da indonésia, de

baixa qualidade como o

brasileiro é recomendado

para a fabricação

convencional de manteiga,

pó e pasta.

Preços Alto preços pagos aos

produtores: pagamento de

prêmio aos agricultores e

alto custos de mão-de-obra

comparado a outros países.

Baixos preços pagos aos

produtores: preços mais

competitivos no mercado

internacioal.

Fonte: PwC Agribusiness Research & Knowledge Center

RESULTADOS E

DISCUSSÕES

Ano Brasil

República

Dominicana Equador Camarões

Costa do

Marfim Gana Nigéria Malásia

ICCO Preço

diário

Preços aos Produtores em Moeda Local

Real/arroba RD$/qq US$/t CFAF/Kg CFAF/Kg Cedi/tonne Naira/t Ringit/t SDR/t

2002/03 87,50 1426 1545 1023 690 850 130200 6530 1369

2003/04 64,10 1678 1156 720 355 900 142100 5300 1047

2004/05 56,00 1250 1170 n.a. 325 903 155300 5160 1049

2005/06 47,00 1337 1401 558 342 900 171600 4940 1068

2006/07 55,20 1657 1809 n.a. 380 916 177700 5640 1226

2007/08 67,80 3101 2353 n.a. 467 944 224145 6569 1573

2008/09 84,30 2706 2182 850 620 1751 n.a 6485 1707

2009/10 81,50 4218 72411 1147 990 2280 n.a 8980 2115

2010/11 77,80 3725 74443 1210 799 2732 n.a 7590 1969

2002/03 97% 55% 82% 90% 58% 54% 55% 92% 1873

2003/04 94% 56% 75% 87% 43% 66% 69% 91% 1534

2004/05 94% 54% 74% n.a. 41% 63% 75% 87% 1571

2005/06 92% 52% 90% 67% 41% 63% 86% 86% 1557

2006/07 100% 54% 98% n.a. 41% 54% 75% 87% 1854

2007/08 106% 72% 94% n.a. 42% 41% 75% 80% 2516

2008/09 105% 58% 84% 70% 48% 50% n.a 70% 2599

2009/10 95% 71% 89% 73% 65% 49% n.a. 84% 3246

2010/11 101% 75% 96% 83% 54% 60% n.a. 80% 3105

2002/03 100 100 100 100 100 100 100 100 100

2003/04 68 196 109 143 166 111 117 154 157

2004/05 55 259 160 225 174 167 109 189 171

2005/06 45 199 116 159 89 153 97 152 128

2006/07 50 134 115 n.a. 78 134 94 144 125

2007/08 59 133 133 115 80 119 94 133 124

2008/09 70 157 168 n.a. 87 110 93 148 139

2009/10 64 265 205 n.a. 102 106 107 165 172

2010/11 58 225 179 159 129 143 n.a 160 186

Preços aos Produtores em US$ expressado como % do Preço Diário ICCO

Preço aos produtores em termos constantes (index 2000/01 = 100)

PREÇO AO PRODUTOR SELECIONADO DE PAÍSES EXPORTADORES DE CACAU

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

02/0

1/20

03

14/0

4/20

03

01/0

8/20

03

21/1

1/20

03

19/0

3/20

04

13/0

7/20

04

22/1

0/20

04

14/0

2/20

05

03/0

6/20

05

19/0

9/20

05

11/0

1/20

06

02/0

5/20

06

16/0

8/20

06

07/1

2/20

06

29/0

3/20

07

20/0

7/20

07

01/1

1/20

07

28/0

2/20

08

18/0

6/20

08

30/0

9/20

08

09/0

1/20

09

24/0

4/20

09

05/0

8/20

09

18/1

1/20

09

10/0

3/20

10

22/0

6/20

10

30/0

9/20

10

13/0

1/20

11

04/0

5/20

11

15/0

8/20

11

01/1

2/20

11

23/0

3/20

12

10/0

7/20

12

Variação da taxa de câmbio brasileira em relação ao dólar americano

Países

Custo de Produção

(US$/kg)

Preço aos

Produtores

Preço de

Exportação

Razão do Custo de

Produção para

Preço aos

Produtores

(%)

Preço de

Exportação

(%)

1989/

2011

1995-

99/2011

1995-1999/2011

Brasil (Canavieiras) 2.52 3.09 2.93 82 86

Brasil (Eunápolis) 2.15 3.09 2.93 70 73

Brasil (Gandú) 2.67 3.09 2.93 86 91

Brasil (Ilhéus) 2.98 3.09 2.93 96 102

Brasil (Medicilândia) 1.23 3.09 2.93 40 42

Brasil 1.81 2.28 1.66 2.02 137 113

Camarões 1.51 0.84 1.15 1.89 73 45

Costa do Marfim 1.20 0.84 0.96 1.92 88 44

Gana 0.87 1.79 1.10 2.08 163 86

Indonésia 1,09 0.51 1.65 1.61 31 32

Malásia 1.81 1.20 1.69 1.69 71 71

Nigéria 0.91 3.04 1.30 1.89 235 161

Comparação dos custos de produção de cacau - COE em US$/kg

entre países produtores de cacau selecionados. Ano - 2011

Comparação dos custos de produção de cacau - COT em US$/kg

entre países produtores de cacau selecionados. Ano - 2011

Países

Custo de Produção

(US$/kg)

Preço aos

Produtores

Preço de

Exportação

Razão do Custo de

Produção para

Preço aos

Produtores

(%)

Preço de

Exportação

(%)

1989/

2011

1995-

99/2011

1995-1999/2011

Brasil (Canavieiras) 4.17 3.09 2.93 135 142

Brasil (Eunápolis) 2.88 3.09 2.93 93 98

Brasil (Gandú) 3.93 3.09 2.93 127 134

Brasil (Ilhéus) 4.54 3.09 2.93 147 155

Brasil (Medicilândia) 1.75 3.09 2.93 57 60

Brasil 1.81 2.28 1.65 2,03 137 113

Camarões 1.51 0.84 1.15 1.89 73 45

Costa do Marfim 1.20 0.84 0.95 1.92 88 44

Gana 0.87 1.79 1.09 2.08 163 86

Indonésia 1,09 0.51 1.64 1.61 31 32

Malásia 1.81 1.20 1.68 1.69 71 71

Nigéria 0.91 3.04 1.29 1.89 235 161

Existência de Ágio ou Deságio no Mercado Interno de Cacau –

2011 a 24/09/2012 e Preço Recebidos pelos produtores em relação ao

Preço FOB - em US$/t

FORMAÇÃO DE PREÇO DO CACAU

Data: 05/07/2012

Taxa de Câmbio: 2,04

DATA: Alíquota (%) Valor

(US$/T) R$/@

A) Preço FOB (US$/T) 100 2377 72,74

B) Ágio/Deságio (US$) 0 0 0,00

TOTAL PREÇO/FATURAMENTO 2377 72,74

C) Impostos 1,4625 34,76 1,06

ICMS (13%) 0 0,00 0,00

Imposto Exportação 0 0,00 0,00

Corretagem de Câmbio 0,1875 4,46 0,14

Comissão Exterior 0,375 8,91 0,27

Seguro 0,25 5,94 0,18

PIS 0,65 15,45 0,47

D) Custos Gerais (Vendas) 5,71 135,73 4,15

Frete fazenda/Armazém 1,36 32,33 0,99

Armazém 0,6 14,26 0,44

Manipulação 0,45 10,70 0,33

Frete Armazém/Porto 0,57 13,55 0,41

Capatazia e Desembarque 0,6 14,26 0,44

Sacaria e Fio 2,13 50,63 1,55

E) Despesas Administrativas 6 142,62 4,36

F) Total de Deduções (B+C+D+E) 13,1725 313,11

G) Preço Líquido ao Produtor (US$/T) 86,8275 2063,89

H) Preço Líquido ao Produtor (US$/saco 123,83

I) Preço Líquido ao Produtor (US$/@) 30,96

J) Preço Líquido ao Produtor (R$/saco) 252,62

J) Preço Líquido ao Produtor (R$/@) 63,16

Indústria Exportação

Preço Preço FOB Ágio MI Preço MercadoÁgio ME

Exportação Externo Cheio Interno

63,16 72,74 -9 64,00 0,84

Impostos e taxas 34,76

Custos Gerais 135,73

Despesas Administrativas142,62

Total 313,11

Países

Custo de Produção

(US$/kg)

Preço aos

Produtores

Preço de

Exportação

Razão do Custo de

Produção para

Preço aos

Produtores

(%)

Preço de

Exportação

(%)

1989/

2011

1995-

99/Setembro

de 2012

1995-1999/Setembro de 2012

Brasil (Canavieiras) 2.70 2.44 2.56 111 106

Brasil (Eunápolis) 2.31 2.44 2.56 95 90

Brasil (Gandú) 2.86 2.44 2.56 117 112

Brasil (Ilhéus) 3.20 2.44 2.56 131 125

Brasil (Medicilândia) 1.88 2.44 2.56 77 73

Brasil 1.87 2.35 1.71 2,09 137 113

Camarões 1.55 0,87 1.19 1.94 73 45

Costa do Marfim 1.23 0.87 0.99 1.97 88 44

Gana 0.90 1.84 1.13 2.14 163 86

Indonésia 1.12 0.52 1.70 1.65 31 32

Malásia 1.87 1.23 1.74 1.74 71 71

Nigéria 0.93 3.13 1.33 1.94 235 161

Comparação dos custos de produção de cacau - COE em US$/kg

entre países produtores de cacau selecionados. Setembro 2012

Países

Custo de Produção

(US$/kg)

Preço aos

Produtores

Preço de

Exportação

Razão do Custo de

Produção para

Preço aos

Produtores

(%)

Preço de

Exportação

(%)

1989/

2011

1995-

99/Setembro

de 2012

1995-1999/Setembro de 2012

Brasil (Canavieiras) 4.17 2.44 2.56 171 163

Brasil (Eunápolis) 3.09 2.44 2.56 127 121

Brasil (Gandú) 4.22 2.44 2.56 173 165

Brasil (Ilhéus) 4.87 2.44 2.56 200 190

Brasil (Medicilândia) 1.88 2.44 2.56 77 73

Brasil 1.87 2.35 1.71 2.09 137 113

Camarões 1.55 0,87 1.19 1.94 73 45

Costa do Marfim 1.23 0.87 0.99 1.97 88 44

Gana 0.90 1.84 1.13 2.14 163 86

Indonésia 1.12 0.52 1.70 1.65 31 33

Malásia 1.87 1.23 1.74 1.74 71 71

Nigéria 0.93 3.13 1.33 1.94 235 161

Comparação dos custos de produção de cacau - COT em US$/kg

entre países produtores de cacau selecionados. Setembro 2012

COMPORTAMENTO DA PRODUTIVIDADE MUNDIAL DE CACAU PAÍSES SELECIONADOS - 1961 A 2010

COMPORTAMENTO DA PRODUÇÃO, ÁREA COLHIDA E PRODUTIVIDADE DE CACAU NO BRASIL - 1961 A 2010

COMPORTAMENTO DA PRODUÇÃO, ÁREA COLHIDA E PRODUTIVIDADE DE CACAU NA COSTA DO MARFIM - 1961 A 2010

COMPORTAMENTO DA PRODUÇÃO, ÁREA COLHIDA E PRODUTIVIDADE DE CACAU NA INDONÉSIA - 1961 A 2010

COMPORTAMENTO DA PRODUÇÃO, ÁREA COLHIDA E PRODUTIVIDADE DE CACAU NA MALÁSIA - 1961 A 2010

COMPORTAMENTO DA PRODUÇÃO, MOAGENS E IMPORTAÇÃO DE CACAU NA MALÁSIA - 1990/91 A 2010/11

0

50

100

150

200

250

300

350

400

1990

/91

1991

/92

1992

/93

1993

/94

1994

/95

1995

/96

1996

/97

1997

/98

1998

/99

1999

/00

2000

/01

2001

/02

2002

/03

2003

/04

2004

/05

2005

/06

2006

/07

2007

/08

2008

/09

2009

/10

2010

/11

Mil T

on

ela

das

Malásia

Produção de cacau Moagens Importação

OBJETIVO B

Aumento da Produtividade do Cacaueiro na

Bahia com Ênfase na Conservação Produtiva

Glebas de Conservação

Glebas de Produção

Glebas de Apoio

Grupo de trabalho envolvendo CENEX, CEPEC e SUEBA

MODELO DE CONSERVAÇÃO PRODUTIVA: CACAU CABRUCA : CACAU PLANTADO SOB A MATA ATLÂNTICA

Parâmetros determinantes para avaliação

otimizada do Sistema Cabruca.

Anos Após Enxertia Cacaueiros Velhos

No de Plantas

Cacaueiros Novos

No de plantas

Cacaueiros

Arrobas /ha

1 500 900 20

2 500 900 20

3 300 900 25

4 0 900 40

5 0 900 60

6 0 900 70

7 0 900 70

Análise financeira da exploração do cacau na modernização

do sistema cabruca.

Taxa de

Juros

Preço do

cacau R$

VPL R$ Relação

B/C

TIR Payback (Anos)

3% 64,00 312,57 0.99 3.0% -

3% 72,00 6.641,73 1.12 11.0% 10 anos e 5 meses

3% 80,00 13.596,03 1.24 18.0% 7 anos e 7 meses

5% 64,00 1.375,54 0.97 3.0% -

5% 72,00 4.288,42 1.09 11.0% 11 anos e 6 meses

5% 80,00 9.952,38 1.21 18.0% 8 anos

8.25% 64,00 2.539,05 0.93 3.0% -

8.25% 72,00 1.635,03 1.05 11.0% 14 anos e 1 mês

8.25% 80,00 5.809,12 1.16 18.0% 8 anos e 11 meses

10.25% 64,00 -3.017,79 0.90 3.0% -

10.25% 72,00 497,48 1.02 11.0% 17 anos e 2 meses

10.25% 80,00 4.012,76 1.13 18.0% 9 anos e 8 meses

SAF - Plantio Simultâneo de Seringueira e Cacau

Parâmetros determinantes para avaliação otimizada do Sistema

CacauXSeringueira em plantios simultâneos.

Anos pós

plantio

Anos pós2

enxertia

Cacaueiros no

de plantas

Produção

arrobas/há

Fator de

conversão

Cacaueiros3

arrobas/ha

(1 para 2) 2

1 0 500 0 0,00 0

2 1 750 0 0,00 0

3 2 1.100 0 0,00 0

4 3 1.100 30 0,70 21

5 4 1.100 60 0,70 42

6 5 1.100 80 0,70 56

7 6 1.100 100 0,70 70

Parâmetros determinantes para avaliação otimizada do Sistema

CacauXSeringueira em plantios simultâneos.

Idade

do

plantio

Ano de

exploração

Borracha

seca

Kg/arv./ano

Coágulo

Kg/arv./ano

Plantas

em

sangria

(%)

Plantas em

2

sangria/há

Borr. Seca

Kg/arv./ano

Coágulo

Kg/arv./ano

6 1 1,5 2,63 60 160 240 421

7 2 2,5 4,38 80 214 534 935

8 3 3,0 5,25 90 240 721 1262

9 4 3,5 6,13 90 240 841 1472

10 5 4,0 7,00 90 240 961 1682

11 6 4,5 7,88 90 240 1081 1892

Análise financeira da exploração do cacau e da borracha em plantio simultâneo

Taxa de

juros

Preço do

cacau

R$/@

Preço da

borracha

R$/Kg

Preço da

banana

R$/Kg

VPL R$ Relação

Ben./Custo

TIR Payback (anos)

3% 64,00 2,40 0,29 14.727,48 1.19 10.0% 13 anos e 2 meses

3% 72,00 2,70 0,32 26.156,92 1.34 13.0% 12 anos

3% 80,00 3,00 0,36 37.744,15 1.49 17.0% 9 anos e 9 meses

5% 64,00 2,40 0,29 8.442,61 1.13 10.0% 14 anos e 4 meses

5% 72,00 2,70 0,32 17.506,93 1.27 13.0% 11 anos e 8 meses

5% 80,00 3,00 0,36 26.721,60 1.41 17.0% 10 anos e 3 meses

8,25% 64,00 2,40 0,29 1.627,60 1.03 10.0% 17 anos e 10 meses

8,25% 72,00 2,70 0,32 8.011,75 1.16 13.0% 13 anos e 5 meses

8,25% 80,00 3,00 0,36 14.525,21 1.29 17.0% 11 anos e 2 meses

10,25% 64,00 2,40 0,29 -.1.158,09 0.97 10.0% -

10,25% 72,00 2,70 0,32 4.066,30 1.09 13.0% 14 anos e 11 meses

10,25% 80,00 3,00 0,36 9.423,75 1.22 17.0% 12 anos

Manejo Intensivo do Cacaueiro com Irrigação

Cultivo Intensivo do Cacaueiro com Irrigação

Figura 15 - Vista parcial do Manejo Intensivo do Cacaueiro.

Manejo Intensivo do Cacaueiro com Irrigação

Parâmetros determinantes para avaliação otimizada com

sistema de manejo intensivo, irrigado e a pleno sol

Anos após enxertia Cacaueiros Clonados no de

plantas

Produção de Cacau

arrobas/ha

1 1.350 0

2 1.350 0

3 1.350 80

4 1.350 130

5 1.350 200

6 1.350 200

Análise financeira da exploração do cacau com manejo intensivo

Taxa de

Juros

Preços de Cacau

R$/@

VPL

R$

Relação

Benefício/Custo

TIR Payback (anos)

3% 64,00 16.929,34 1.22 9,00% 12 anos e 5 meses

3% 72,00 36.295,66 1.26 14.0% 9 anos e 2 meses

3% 80,00 55.661,98 1.40 18.0% 7 anos e 8 meses

5% 64,00 9.393,82 1.08 9,00% 13 anos e 11 meses

5% 72,00 25.068,30 1.22 14.0% 9 anos e 11 meses

5% 80,00 40.742,78 1.35 18.0% 8 anos e 1 mês

8,25% 64,00 976,21 1.01 9,00% 18 anos e 9 meses

8,25% 72,00 12.389,14 1.14 14.0% 11 anos e 7 meses

8,25% 80,00 23.802,06 1.26 18.0% 8 anos e 8 meses

10,25% 64,00 -2.588,43 0.97 9,00% 20 anos

10,25% 72,00 6.941,06 1.09 14.0% 13 anos e 2 meses

10,25% 80,00 16.470,55 1.21 18.0% 9 anos e 8 meses

SAF – Substituição de Eritrina por Seringueira em Plantios de Cacau

Parâmetros determinantes para avaliação otimizada do Sistema

CacauXSeringueira com substituição de eretrina por seringueira.

Anos pós

plantio

Anos pós2

enxertia

Cacaueiros no

de plantas

Produção

arrobas/há

Fator de

conversão

Cacaueiros3

arrobas/ha

(1 para 2) 2

1 0 500 30 0,75 23

2 1 750 60 0,75 45

3 2 1.100 80 0,75 60

4 3 1.100 100 0,70 70

5 4 1.100 100 0,70 70

6 5 1.100 80 0,70 56

7 6 1.100 100 0,70 70

Parâmetros determinantes para avaliação otimizada do Sistema

CacauXSeringueira com substituição de eretrina por seringueira.

Idade

do

plantio

Ano de

exploraçã

o

Borracha

seca

Kg/arv./ano

Coágulo

Kg/arv./ano

Plantas

em

sangria

(%)

Plantas

em 2

sangria/h

á

Borr. Seca

Kg/arv./ano

Coágulo

Kg/arv./ano

6 1 1,5 2,63 60 160 240 421

7 2 2,5 4,38 80 214 534 935

8 3 3,0 5,25 90 240 721 1262

9 4 3,5 6,13 90 240 841 1472

10 5 4,0 7,00 90 240 961 1682

11 6 4,5 7,88 90 240 1081 1892

Taxa de

juros

Preço do

cacau

R$/@

Preço da

borracha

R$/Kg

VPL R$ Relação

Ben./Custo

TIR Payback (anos)

3% 64,00 2,40 19.361,80 1.24 12.0% 11 anos e 3 meses

3% 72,00 2,70 31.910,44 1.39 17.0% 9 anos e 3 meses

3% 80,00 3,00 44.459,07 1.55 22.0% 8 anos

5% 64,00 2,40 12.722,28 1.19 12.0% 12 anos e 1 mes

5% 72,00 2,70 22.833,55 1.33 17.0% 9 anos e 10 meses

5% 80,00 3,00 32.944,82 1.48 22.0% 8 anos e 3 meses

8,25% 64,00 2,40 5.428,17 0.91 12.0% 14 anos

8,25% 72,00 2,70 12.755,74 1.24 17.0% 10 anos e 9 meses

8,25% 80,00 3,00 20.083,30 1.38 22.0% 8 anos e 10 meses

10,25% 64,00 2,40 2.393,02 1.05 12.0% 16 anos e 1 mês

10,25% 72,00 2,70 8.504,46 1.18 17.0% 11 anos e 5 meses

10,25% 80,00 3,00 14.615,89 1.31 22.0% 9 anos e 4 meses

Análise financeira da exploração do cacau e da borracha com

substituição de eritrina por seringueira

Os arranjos diferenciaram entre si em relação ao ano de entrada do

cacaueiro, número de ciclos para produção de energia (CC), sendo que

as espécies madeireiras foram implantadas no ano zero. Segue a

descrição de cada arranjo: a) arranjo 1 - implantação do cacaueiro no

ano zero, eucalipto (CC) com a função de sombreamento provisório, o

sombreamento a partir disto, segue com as plantas do CM, CI e CL; b)

arranjo 2 - implantação do cacaueiro no terceiro ano, após o corte do

ciclo para energia; c) arranjo 3 - entrada do cacaueiro no ano 6,

postergando a produção de cacau e intensificando a produção

de madeira, com dois ciclos para produção de energia; e) arranjo 4 –

entrada do cacaueiro no ano 9, com dois ciclos para energia.

CONCLUSÕES E

SUGESTÕES DE

POLÍTICAS

PÚBLICAS

1) A cacauicultura brasileira ganha em competitividade com relação a

outros países produtores de cacau no tocante aos custos de

comercialização, repassando para os produtores um percentual de

preços recebidos pelos produtores em relação ao preço FOB acima

de todos os outros países produtores. Porém, quando se refere aos

custos de produção o Brasil realmente perde em competitividade

para outros países produtores, só ganhando para Nigéria;

2) As principais causas da baixa competitividade do cacau brasileiro

em relação a outros países produtores foram os altos custos de

produção apresentados e a baixa produtividade;

3) A sobrevalorização cambial, assim como, a importação de cacau via

drawback contribuíram também para abaixar os preços do cacau e

consequentemente o seu rendimento, refletindo na baixa

competitividade;

4) No sistema cabruca os produtores devem adequar o sistema de

produção com no mínimo 900 plantas por hectare e utilizar

tecnologias avançadas para obter melhores retornos ao

investimento; ao preço de R$ 72,00/@

5) A saída para esse quadro de perda de competitividade mundial é

aumentar a produtividade buscando melhorar a eficiência

tecnológica, através de inovação tecnológica, seja através de

adensamento, clones mais novos, redução do sombreamento,

mecanização da cultura, fertirrigação, certificação do cacau

brasileiro com indicação de procedência e posterior denominação

de origem, agregação de valor ao produto e sobretudo buscando

implantar sistema de produção através de sistemas agroflorestais

cacauxseringueira, cacauxmadeira e cacau a pleno sol que se

mostram como uma boa alternativa, porque são viáveis e se detém

a devida tecnologia para implantação.

6) O Brasil deve lutar para eliminar o déficit de mercado existente no

mercado interno brasileiro promovendo a auto-suficiência com

sustentabilidade, gerando excedentes para exportação, com

aumento da produção, produtividade e qualidade do cacau, mas, em

compensação o mercado deve, principalmente, operar com um

preço competitivo R$ 120,00/@, não este que atualmente não

remunera os fatores de produção. O estabelecimento de um prêmio

sobre o preço FOB para um cacau de qualidade seria uma forma de

diferenciação e melhoria do padrão de qualidade da amêndoa no

mercado mundial.

7) O governo brasileiro deve implantar políticas públicas no sentido de tornar a

cacauicultura brasileira viável, como, por exemplo, subsidiar o custo de

produção com relação aos insumos ou promover reformas para melhorar a

eficiência e a participação do setor privado no mercado de insumos, já que

intervenções diretas e distorções no mercado de insumos podem impedir o

desenvolvimento de um setor privado competitivo e estruturado. Outra

alternativa seria realizar uma complementação de preços referente ao

percentual excedente ao custo de produção. Como medida concreta, o

estabelecimento de um preço mínimo para produtos da sociobiodiversidade

contido no Plano de Safra 2012/13.

Outra medida seria a delegação a uma autoridade institucional federal, para

que, mediante estudos determinar a quantidade exata de cacau que poderia ser

importado pelas indústrias.

8) Além disso, deve adequar a legislação ambiental para viabilizar a prática da

redução do sombreamento, priorizar projetos independentes e descentralizados

por aplicar certas práticas amigáveis que garantam ou favoreçam a provisão de

serviços ambientais categorizados como projetos de Pagamentos por Serviços

Ambientais (PSA), fomentando a produção de cacau viável ambientalmente,

economicamente e socialmente justa, empregando o conceito da conservação

produtiva. Finalmente, a criação de um fundo sustentável para a Mata Atlântica

do Sul da Bahia impulsionaria o desenvolvimento e sobretudo premiaria e faria

justiça a estes produtores de cacau que souberam antes de tudo e de todos

ensinar como produzir uma commoditie preservando o meio ambiente.

Muito Obrigado

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Tel: 073 3214 3003/08

Cel: 073 8802 0428

CUSTO DA PRÁTICA POR HECTARE

PRÁTICAS AGRÍCOLAS UMA REALI- Nº REPE- TOTAL POR ANO

ZAÇÃO (@) TIÇÕES @ R$ US$

01 - CONTROLE DE ERVAS DANINHAS - Roçagem3,87 1,0 3,87 247,51 121,33

02 - DESBROTA 1,66 2,0 3,31 212,15 103,99

03 - PODA 7,74 1,0 7,74 495,54 242,91

04 - INSPEÇÃO/PODA FITOSSANITÁRIA (NÍVEL 0)0,71 2,0 1,42 91,15 44,68

05 - REMOÇÃO (NÍVEL I) 0,97 4,0 3,87 247,51 121,33

06 - REMOÇÃO (NÍVEL II) 2,40 4,0 9,59 613,78 300,87

07 - REMOÇÃO (NÍVEL III) 7,12 4,0 28,49 1823,07 893,66

08 - COMBATE ÀS PRAGAS - Polvilhamento0,84 2,0 1,68 107,30 52,60

09 - CONTROLE DE DOENÇAS (3 g P. Ativo)1,87 4,0 7,50 479,97 235,28

10 - CONTROLE DE DOENÇAS (6 g P.Ativo)5,77 3,0 17,32 1108,25 543,26

11 - CALAGEM 4,99 1,0 4,99 319,20 156,47

12 - ADUBAÇÃO MINERAL (NPK) 17,60 1,0 17,60 1126,49 552,20

13 - CONTROLE DE ERVAS DANINHAS - Herbicidas1,76 1,0 1,76 112,81 55,30

14 - ADUBAÇÃO NITROGENADA 4,50 1,0 4,50 287,87 141,11

15 - RALEAMENTO DE SOMBRA - Com arboricidas1,87 1,0 1,87 119,95 58,80

16 - BENEFICIAMENTO ( 20 @) 8,38 1,0 8,38 536,50 262,99

17 - BENEFICIAMENTO ( 30 @) 12,70 1,0 12,70 812,79 398,43

18 - BENEFICIAMENTO ( 36 @) 14,65 1,0 14,65 937,58 459,60

19 - BENEFICIAMENTO ( 42 @) 17,09 1,0 17,09 1093,84 536,20

20 - BENEFICIAMENTO ( 48 @) 19,76 1,0 19,76 1264,43 619,82

21 - BENEFICIAMENTO ( 60 @) 24,42 1,0 24,42 1562,63 766,00

22 - BENEFICIAMENTO ( 80 @) 35,36 1,0 35,36 2262,91 1109,27

23 - BENEFICIAMENTO (100 @) 40,69 1,0 40,69 2604,38 1276,66

QUADRO 23 - ESTIMATIVA DOS CUSTOS DAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS NO CACAU

80 arr/há

1200 Kg/há

60 gr/fruto

20 frutos/planta

1.200 gr/`planta

1000 plantas/há

1.200 Kg/há

PRODUÇÕES E RECEITAS BRUTAS ESPERADAS, CUSTO DA TECNOLOGIA, MARGEM

BRUTA E RELAÇÃO BENEFÍCIO/CUSTO DOS NÍVEIS DE TECNOLOGIA USADOS NA PRODUÇÃO DE CACAU

RECEITA CUSTO DA MARGEM RELAÇÃO

NÍVEIS DE TECNOLOGIA ESPERADA TECNOLOGIA BRUTA BENEFÍCIO/

(@/HA) (US$) (@/HA) (R$/HÁ) (US$) (@/HA) (R$/HÁ) (US$)

T0 (01+02+03+05+16) 20 1.280,00 627,45 27,18 1.739,20 852,55 -7,18 -459,20 -225,10 0,74 86,96 64,00

T1 (01+02+03+05+08+17) 30 1.920,00 941,18 33,17 2.122,79 1.040,58 -3,17 -202,79 -99,41 0,90 70,76 64,00

T2 (01+02+03+05+09+18) 36 2.304,00 1.129,41 40,94 2.620,25 1.284,44 -4,94 -316,25 -155,02 0,88 72,78 64,00

T3 (01+02+03+05+08+09+19) 42 2.688,00 1.317,65 45,06 2.883,81 1.413,63 -3,06 -195,81 -95,98 0,93 68,66 64,00

T4 (01+02+03+05+08+11+12+20) 48 3.072,00 1.505,88 62,81 4.020,12 1.970,65 -14,81 -948,12 -464,76 0,76 83,75 64,00

T5 (01+02+03+05+09+11+12+21) 60 3.840,00 1.882,35 73,30 4.690,98 2.299,50 -13,30 -850,98 -417,15 0,82 78,18 64,00

T6 (01+02+03+05+08+09+11+12+22) 80 5.120,00 2.509,80 85,92 5.498,56 2.695,37 -5,92 -378,56 -185,57 0,93 68,73 64,00

OBSERVAÇÃO

Densidade de plantas = 700/ha

.Data base dos preços 25/01/2012

.Valor da arroba cacau = R$ 64,0

FGTS inclusive do 13º Salário

Valor do dólar comercial = R$ 2,04

Valor do Salário Mínimo = R$ 622,00

CMg = P

R$/@

RMg = P

R$/@

Indicadores/Tecnologias Tecnologia 0 Tecnologia 1Tecnologia 2 Tecnologia 3 Tecnologia 4 Tecnologia 5 Tecnologia 6

Produtividade Esperada (@/há) 20 30 36 42 48 60 80

Preço ao Produtor (R$/@) 64,0 64,0 64,0 64,0 64,0 64,0 64,0

Receita Bruta (R$/há) 1.280,00 1.920,00 2.304,00 2.688,00 3.072,00 3.840,00 5.120,00

Custo da Tecnologia (R$/há) 1.739,20 2.122,79 2.620,25 2.883,81 4.020,12 4.690,98 5.498,56

Receita Líquida (R$/há) -459,20 -202,79 -316,25 -195,81 -948,12 -850,98 -378,56

Índice de Lucratividade (%) -35,88 -10,56 -13,73 -7,28 -30,86 -22,16 -7,39

Ponto de Nivelamento (@/há) 27,18 33,17 40,94 45,06 62,81 73,30 85,92

Custo de Produção US$/Kg 2,84 2,31 2,38 2,24 2,74 2,56 2,25

Preço ao Produtor US$/Kg 2,09 2,09 2,09 2,09 2,09 2,09 2,09

Razão Custo de Produção/Preço ao Produtor 136 111 114 107 131 122,2 107,39

Indicadores de Lucratividade e Ponto de Nivelamento para Diferentes Tecnologias na Cacauicultura