128
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS Walter Rodrigo da Cruz ANÁLISE DE RISCO EM OPERAÇÕES ESTRUTURADAS COM OPÇÕES DE COMPRA NO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO Porto Alegre 2010

Análise de Risco Em Operações Estruturadas Com Opções de Compra No Mercado de Capitais Brasileiro

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Tese análise de risco com opções

Citation preview

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

    ESCOLA DE ADMINISTRAO

    DEPARTAMENTO DE CINCIAS ADMINISTRATIVAS

    Walter Rodrigo da Cruz

    ANLISE DE RISCO EM OPERAES ESTRUTURADAS COM

    OPES DE COMPRA NO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO

    Porto Alegre

    2010

  • Walter Rodrigo da Cruz

    ANLISE DE RISCO EM OPERAES ESTRUTURADAS COM

    OPES DE COMPRA NO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO

    Trabalho de concluso de curso de graduao

    apresentado ao Departamento de Cincias

    Administrativas da Universidade Federal do

    Rio Grande do Sul, como requisito parcial para

    obteno do grau de Bacharel em

    Administrao.

    Orientador: Prof. Dr. Gilberto de Oliveira

    Kloeckner

    Porto Alegre

    2010

  • Walter Rodrigo da Cruz

    ANLISE DE RISCO EM OPERAES ESTRUTURADAS COM

    OPES DE COMPRA NO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO

    Trabalho de concluso de curso de graduao

    apresentado ao Departamento de Cincias

    Administrativas da Universidade Federal do

    Rio Grande do Sul, como requisito parcial para

    obteno do grau de Bacharel em

    Administrao.

    Conceito final:

    Aprovado em _____ de _______________ de ______

    BANCA EXAMINADORA

    ______________________________________________________

    Prof (a). Dr (a)........................................ Escola de Administrao

    ______________________________________________________

    Prof (a). Dr (a)........................................ Escola de Administrao Orientador: Prof. Dr. Gilberto de Oliveira Kloeckner Escola de Administrao

  • DEDICATRIA

    minha me pelos exemplos de superao, fora e vontade com que busca seus

    objetivos e pelo apoio irrestrito em todas as etapas de minha vida.

    A meu pai pelo incentivo ao estudo e por semear meus ideais.

    Andreia Cristina Ost, minha esposa, que soube compreender minha ausncia e

    cuidar to bem de nosso filho durante esse perodo.

    Ao meu filho, principalmente, pela minha ausncia durante demasiados momentos de

    sua formao em prol de meus afazeres acadmicos e realizao deste trabalho de concluso

    de curso.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo aos professores desta Universidade pela disposio com que ministram suas

    disciplinas e disseminam o conhecimento, e por terem contribudo para minha formao

    acadmica.

    Ao Professor Dr. Gilberto de Oliveira Kloeckner, pelas orientaes que possibilitaram

    a realizao deste projeto e pela ateno com que me ajudou.

    Ao amigo Luciano Mallmann Pereira, pelas vrias dicas sobre o funcionamento do

    Mercado de Capitais e por disponibilizar seus livros para minhas consultas.

    Aos amigos e colegas de classe, pelas vrias demonstraes de companheirismo e

    camaradagem durante o perodo do curso, e a todos aqueles que, de alguma forma, ajudaram

    para que este objetivo fosse alcanado.

  • Na medida em que as leis da

    matemtica referem-se realidade,

    elas no so exatas; e, na medida

    em que elas so exatas, no se

    referem realidade.

    Albert Einstein

  • RESUMO

    O mercado de derivativos no Brasil ainda incipiente, principalmente o de Opes,

    apesar da grande evoluo ocorrida nos ltimos anos. A proposta desta pesquisa explorar as

    chances que um operador do mercado acionrio (especulador) pode ter ao montar as

    operaes mais comuns realizadas com a combinao de compra e venda de Opes. O

    objetivo principal medir o risco adquirido ao se montar as operaes atravs do clculo do

    desvio-padro e coeficiente de variao. Alm disso, utilizou-se a mdia de resultados obtidos

    para se estimar quais operaes obtiveram melhores desempenhos e, assim, poder compar-

    las a fim de estipular qual deveria ser a operao preferida no perodo pesquisado. Foram

    utilizadas as cotaes de quatro sries de Opes, com vencimentos em fevereiro, maro, abril

    e maio de 2010. Durante este perodo foram montadas, diariamente, operaes de Trava de

    Alta, Trava de Baixa, Borboleta Simtrica e Mesa, as quais tiveram suas desmontagens

    realizadas sempre na data de exerccio de cada srie, totalizando trs mil cento e sessenta

    operaes em oitenta dias de preges da BM&FBOVESPA. Ao final dos trabalhos, verificou-

    se que as operaes realizadas em posio fora do preo apresentaram os menores nveis de risco mas com a contra partida de retornos muito baixos. As operaes montadas em posies

    no preo tiveram maiores variaes de resultados e, portanto, mais risco. As Borboletas Simtricas tiveram riscos mais constantes em comparao com as Travas, enquanto que as

    Mesas apresentaram os piores indicadores de risco da pesquisa. Por fim, observou-se que as

    Travas de Baixa foram as nicas operaes que geraram resultados positivos na maior parte

    do perodo, principalmente influenciadas pela tendncia de mercado e pela perda de valor do

    preo das Opes no decorrer do tempo.

    Palavras-chave: desvio-padro, coeficiente de variao, risco, opes.

  • LISTA DE ILUSTRAES

    Grfico 1: prejuzo/lucro Trava de Alta ................................................................... 27

    Grfico 2: prejuzo/lucro Trava de Baixa ................................................................. 28

    Grfico 3: prejuzo/lucro Borboleta ......................................................................... 29

    Grfico 4: prejuzo/lucro Mesa ................................................................................ 30

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1: datas de vencimento de OPES - 2010 .................................................... 12

    Tabela 2: datas de incio e trmino da coleta de dados ................................................ 32

    Tabela 3: nmero de operaes montadas diariamente e totais .................................... 33

  • LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    BM&FBOVESPA Bolsa de Valores de So Paulo

    CBLC Companhia Brasileira de Liquidao e Custdia

    CD Coeficiente de Disperso

    CV Coeficiente de Variao

    DP Desvio-Padro

    ON Aes Ordinrias

    PETR4 Cdigo da ao preferencial da empresa Petrobrs na BM&FBOVESPA

    PN Aes Preferenciais

    VALE5 Cdigo da ao preferencial da empresa Vale do Rio Doce na BM&FBOVESPA

    VAR Value at Risk

  • SUMRIO

    INTRODUO ......................................................................................................... 11

    SITUAO PROBLEMA .......................................................................................... 13

    OBJETIVOS ............................................................................................................... 14

    Objetivo Geral ........................................................................................................... 15

    Objetivos especficos ................................................................................................. 15

    1. ESTATSTICA ...................................................................................................... 16

    1.1. ESTATSTICA MODERNA ................................................................................ 16

    1.2. ESTATSTICA DESCRITIVA ............................................................................ 17

    1.2.1. Medida de Posio - Mdia ............................................................................. 17

    1.2.2. Medida de Disperso - Desvio-Padro ............................................................ 18

    1.2.3. Coeficiente de Disperso ................................................................................. 20

    2. RISCO ................................................................................................................... 21

    2.1. DESVIO-PADRO MEDINDO RISCO .............................................................. 21

    2.2. COEFICIENTE DE VARIAO MEDINDO RISCO ......................................... 22

    3. DERIVATIVOS .................................................................................................... 23

    4. OPES ................................................................................................................ 25

    4.1. OPERAES COM OPES ............................................................................. 26

    4.1.1. Trava de Alta ................................................................................................... 27

    4.1.2. Trava de Baixa ................................................................................................ 28

    4.1.3. Borboleta Simtrica ......................................................................................... 28

    4.1.4. Mesa ................................................................................................................. 29

    5. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS ......................................................... 31

    5.1. TCNICA DE PESQUISA .................................................................................. 31

    5.2. COLETA DE DADOS ......................................................................................... 31

    5.3. TCNICAS DE ANLISE .................................................................................. 33

    6. ANLISE DOS RESULTADOS DE RISCO ....................................................... 36

    6.1. ANLISE DO DESVIO-PADRO ..................................................................... 36

    6.2. ANLISE DA MDIA ........................................................................................ 38

    6.3. COMPARAO DAS OPERAES ................................................................. 39

    CONSIDERAES FINAIS .................................................................................... 41

    REFERNCIAS ........................................................................................................ 42

    ANEXO A - RESULTADOS DA PESQUISA .......................................................... 44

    ANEXO B - COTAES E OPERAES - SRIE "B" ...................................... 45

    ANEXO C - COTAES E OPERAES - SRIE "C" ...................................... 59

    ANEXO D - COTAES E OPERAES - SRIE "D" ...................................... 83

    ANEXO E - COTAES E OPERAES - SRIE "E" .................................... 108

  • 11

    INTRODUO

    As especulaes financeiras nas bolsas de valores ao redor do mundo so consideradas

    essenciais para o bom funcionamento dos mercados. So os especuladores que assumem o

    risco daqueles que utilizam os mercados como forma de proteo contra a flutuao dos

    preos dos bens que esto negociando (SILVA, 1996, p. 13). No entanto, desde a famosa

    Mania das Tulipas de 1630 na Holanda, passando pela Mania das Ferrovias de 1845 na

    Inglaterra, chegando ao craque de 1929 nos Estados Unidos, alm de vrios outros episdios

    que podem ser citados, a histria mostra um complexo emaranhado de relaes econmicas

    que culminaram e culminam em bolhas especulativas nos mercados financeiros

    (CHANCELLOR, 2001).

    A crise financeira iniciada em 2008 e que se estendeu at meados de 2009, ligada

    diretamente s hipotecas de alto risco ("subprime") nos Estados Unidos, levou bancos e

    empresas runa, governos e economias inteiras recesso, investidores e especuladores

    falncia por toda parte do globo durante aquele perodo; evidenciando os riscos incorridos por

    aqueles que buscam auferir lucros rpidos e extraordinrios com especulao em aes. No

    entanto, existem aqueles que procuram mais do que correr riscos nos mercados, chegam quase

    ou talvez alcancem jogatina, quando operam derivativos, como o caso das OPES

    sobre aes. Criados, essencialmente, para diminuir os riscos e incertezas de negociaes

    efetuadas com aes, esses derivativos, que nada mais so do que direitos de compra ou

    venda de lotes de aes a um preo pr-determinado e com vencimento em uma data

    especfica (SILVA, 1996), vm sendo utilizados por aqueles que desejam retornos grandiosos

    em espaos de tempo curtssimos.

    No por acaso que esse fenmeno acontece. 50, 100, 150% de aumento nos preos

    em um s dia no nada impossvel quando se acompanha a evoluo das cotaes das

    OPES.

    Quando se fala em jogo no Mercado, est se assegurando a falta de racionalidade na

    tomada de decises: comprar por instinto, vender por impulso. Apesar do mercado de

    OPES ser incipiente no Brasil - assim como o mercado dos demais derivativos -

    necessrio poder explorar com segurana esta ferramenta para se conseguir remunerar uma

    carteira de aes ou operar somente OPES com risco calculado, extraindo os benefcios

    que a volatilidade pode trazer ao investidor/operador.

  • 12

    Existem variadas possibilidades de se operar OPES. possvel tratar este ativo

    como se trata aes PN ou ON, fazendo operaes de compra e venda simples, somente.

    Alguns investidores fazem combinaes de operaes com aes e operaes com OPES,

    alavancando rendimentos ou diminuindo seus riscos em caso de o Mercado tomar um rumo

    diferente daquele esperado no momento em que se entrou na posio. Ainda, outra forma de

    combinao operar somente OPES referentes a uma mesma ao, mas que tenham

    valores diferenciados devido aos seus preos de exerccio ou as suas dadas de exerccio serem

    diferentes.

    Tabela 1: datas de vencimento de OPES 2010

    Ms Dia do Vencimento

    Janeiro 18

    Fevereiro 8

    Maro 15

    Abril 19

    Maio 17

    Junho 21

    Julho 19

    Agosto 16

    Setembro 20

    Outubro 18

    Novembro 16

    Dezembro 20

    Fonte: CBLC1

    Dessa maneira, o presente trabalho pretende analisar os riscos implcitos nas operaes

    mais comuns realizadas com OPES de compra do Mercado de Capitais Brasileiro. Risco ,

    fundamentalmente, a possibilidade de perda financeira (GITMAN, 2004), assim, pretende-se

    verificar o risco assumido ao se montar algumas das operaes mais comuns realizadas com

    OPES de compra:

    Trava de Alta;

    Trava de Baixa;

    Borboleta Simtrica;

    Mesa.

    1 Fonte: , acesso em: 08 de maro de 2010

  • 13

    As OPES de venda so ainda menos exploradas que as OPES de compra no

    mercado brasileiro, no tendo liquidez necessria para que se efetue uma anlise plausvel,

    por isso a restrio do tema s OPES de compra. O Mercado de Capitais Brasileiro foi

    escolhido pela facilidade de pesquisa em comparao com outros mercados, alm de ser o

    foco do presente estudo, no sendo necessrio que se faam comparaes entre diversas

    Bolsas de Valores para se obter o resultado esperado, principalmente porque os resultados

    possivelmente seriam divergentes tendo em vista as peculiaridades de cada mercado.

    No Brasil, hoje, as OPES de compra com liquidez suficiente em bolsa para que se

    possa justificar a proposta de anlise, so: OPES de compra de aes PN da empresa

    Petrobrs (cdigo da ao: PETR4, cdigo das OPES PETRXYY, onde "X" significa a

    letra representativa do ms de liquidao da OPO e "YY" o valor do preo de exerccio da

    OPO) e OPES de compra de aes PN da empresa Vale do Rio Doce (cdigo da ao:

    VALE5, cdigo das OPES VALEXYY, onde "X" e "YY" tm o mesmo significado

    descrito anteriormente). Assim, foram escolhidas somente as OPES que derivam do ativo

    PETR4 (PETRXYY) para servirem de base para o desenvolvimento dessa pesquisa tendo em

    vista a similaridade entre as negociaes das OPES PETR e VALE o que levaria,

    possivelmente, a resultados redundantes caso fossem feitas operaes com as OPES das

    duas aes. Alm disso, a anlise aqui proposta pode ser elaborada em outra oportunidade

    com as OPES VALE e at mesmo um comparativo poder ser realizado.

    SITUAO PROBLEMA

    Quando se monta uma operao com OPES, as possibilidades de cenrios que vo

    ser obtidos no momento de se desfazer desta operao precisam ser gerenciadas desde sua

    concepo at sua finalizao. Pretende-se, com as anlises de risco, contribuir para a

    definio de ingresso ou no em determinada operao, principalmente por aqueles que

    montam suas estratgias em HomeBroker (pessoa-fsica) chegando-se mensurao

    quantitativa de risco, determinando o grau de incerteza que o operador estar ganhando com a

    escolha da operao. Para isso se utilizar a mdia, o desvio-padro e o coeficiente de

    variao como medidas bsicas de estudo, devido suas relevncias como indicadores

    estatsticos. O intuito municiar o operador com um dado estatstico concreto sobre a escolha

    imediata de operao ou planejamento e escolha da melhor operao a ser montada em

  • 14

    determinado contexto. Devido dinmica no mercado de OPES, as decises devem ser

    tomadas rapidamente e com segurana para que o operador no v ao encontro, simplesmente,

    do jogo, onde apostas so feitas a esmo e a sorte precisa estar presente para que algum

    resultado positivo seja alcanado.

    Como acontece em outros mercados de capitais mais requintados que o brasileiro,

    onde as negociaes com derivativos so mais comuns, espera-se que no futuro prximo haja

    uma evoluo significativa neste tipo de negociao tambm no Brasil, principalmente no

    tocante s OPES. E, tendo em vista as peculiaridades j citadas sobre rendimentos

    possveis e especificidades, tais como a possibilidade de investidores com pouco capital

    estarem efetuando compra de OPES (HISSA, 2007), devido ao baixo preo nominal,

    necessrio se auto-educar para maximizar as potencialidades de rendimentos com

    OPES. Sendo assim, qual o risco que se assume no momento da escolha e montagem

    de uma operao com OPES, tendo a intenso de desfaz-la somente na data de

    vencimento das OPES?

    Os estudos sobre o tema OPES, no Brasil, ainda so muito restritos devido ao

    mercado de derivativos, em geral e, especificamente este produto, ser incipiente na

    BM&FBOVESPA. A literatura, em geral, mostra estudos variados que se preocupam em

    tentativas de precificar as OPES (SILVA, 1996) e analisar os riscos inerentes a elas,

    individualmente ou em portflios, como o caso dos nomeados modelos matemticos "Value

    at Risk (VAR)" e "Black and Scholes". No entanto, o diferencial do presente trabalho, com

    utilizao de ferramentas estatsticas - principalmente o desvio-padro - ser a tentativa de se

    por prova, com cotaes reais, as possibilidades de se operar OPES combinando compra

    e venda de ativos diferentes de forma a limitar os riscos de perda nos resultados obtidos.

    OBJETIVOS

    Tendo em vista a necessidade de delinear um caminho para que se possa chegar s

    respostas as quais sero a concluso deste trabalho, necessrio nortear o estudo com base em

    objetivos a serem atingidos. Assim, a seguir sero apresentados os objetivos geral e

    especficos da pesquisa.

  • 15

    Objetivo Geral

    Identificar qual o nvel de risco adquirido ao se montar uma operao estruturada com

    OPES de compra, no Mercado de Capitais Brasileiro.

    Objetivos especficos

    Calcular o desvio-padro das operaes escolhidas;

    Calcular a mdia de resultados obtidos com as operaes montadas durante o

    perodo de estudo;

    Comparar os riscos dos quatro tipos de operaes realizadas, entre si, com base

    no coeficiente de variao;

    Identificar possveis operaes que se destaquem pelo baixo risco identificado.

  • 16

    1. ESTATSTICA

    Toda coleta, processamento e interpretao de dados faz parte do estudo da Estatstica.

    A necessidade de estudar a Estatstica vem crescendo cada vez mais nos ltimos anos devido

    s vrias abordagens que fazem relaes quantitativas dentro das cincias sociais, dentre elas

    a Administrao, assim, so utilizadas tcnicas matemticas na avaliao de dados numricos

    recorrentes. Conforme explica Freund (2006), a quantidade de dados processados e que esto

    disposio do pblico em geral cada vez maior, aumentando a necessidade de utilizao de

    ferramentas que tragam concluses especficas e corretas sobre os desdobramentos destes

    dados.

    1.1. ESTATSTICA MODERNA

    A Estatstica Moderna tem sua origem em duas reas de interesse pouco comuns entre

    si: cincia poltica e jogos de azar (FREUND, 2006, p. 18). Os governos foram aqueles que

    comearam a utilizar mtodos estatsticos para contar indivduos e propriedades alm de

    poder descrever, resumir e analisar os dados de censos realizados no mbito dos pases. A

    apresentao dos resultados destas contagens constitui o que hoje denominado Estatstica

    Descritiva. Esta matria tem a intenso, somente, de resumir e descrever os dados obtidos sem

    realizar inferncias.

    Atualmente, mesmo que a Estatstica Descritiva ainda seja importante e continue

    sendo amplamente utilizada, uma caracterstica deste crescimento da anlise estatstica est na

    mudana de nfase para um mtodo que possa servir como generalizao, ou seja, a

    Inferncia Estatstica. Quando h incerteza em dada situao, por disposio de informaes

    parciais ou incompletas, so necessrios os mtodos da inferncia estatstica para se escolher

    a previso mais provvel ou mais razovel. Por esse motivo, possuir incerteza, os jogos de

    azar foram a origem do tratamento dado aos problemas estatsticos que tem esta caracterstica.

    Assim, a Teoria de Probabilidade foi aplicada aos problemas cientficos sociais, naturais e

    comportamentais com o objetivo de se obter as inferncias necessrias para se tomar decises.

    Entretanto, mesmo com a mudana de nfase de descrio para inferncia,

    fundamental que se continue o estudo da Estatstica Descritiva para que no ocorram erros

    comuns quando se trabalha com os diversos tipos de dados (FONSECA e MARTINS, 1996).

  • 17

    1.2. ESTATSTICA DESCRITIVA

    Neste captulo sero apresentadas algumas tcnicas da estatstica descritiva que

    serviram de base para a obteno, descrio, apresentao e anlise dos dados obtidos na

    pesquisa. A escolha da tcnica correta para se estudar cada tipo de objeto fundamental para

    o bom andamento de pesquisas estatsticas.

    O conjunto de tcnicas da Estatstica Descritiva visa representar, de maneira sinttica,

    as informaes sobre comportamento de variveis numricas levantadas por meio de

    processos de pesquisa. As medidas que podem representar uma amostra, segundo Fonseca e

    Martins (1996, p. 101) so: medidas de posio, disperso, assimetria e curtose, sendo que

    somente as duas primeiras sero alvo deste estudo.

    1.2.1. Medida de Posio - Mdia

    So as medidas que possibilitam representar um conjunto de dados relativos

    observao de determinado fenmeno de forma resumida. Essas medidas orientam sobre a

    posio da distribuio dos dados entre todos os nmeros que fizeram parte do clculo,

    possibilitando comparaes de sries de dados entre si. Outro nome dado a estas medidas o

    de tendncia central ou somente tendncia, pois representam todos os fenmenos

    observados pelos seus valores mdios, ou seja, valores em torno dos quais estes fenmenos

    tm maior probabilidade de se concentrarem.

    A medida de tendncia central, ou posio, mais popular segundo Freund (2006) a

    mdia aritmtica. Alm desta, tambm podem ser obtidas a mdia geomtrica e a mdia

    harmnica quando, em casos especiais, estas mdias sero mais bem empregadas. Existem

    alguns outros tipos de mdias que no sero foco deste estudo por no apresentarem

    relevncia para obteno dos resultados esperados. Assim, a mdia aritmtica ser

    denominada, neste trabalho, apenas de mdia por ser a nica media trabalhada.

    A definio da mdia (FREUND, 2006, P.58):

    A mdia de n nmeros sua soma dividida por n.

  • 18

    A frmula para clculo da mdia de uma amostra de dados, segundo o mesmo autor, :

    onde:

    x1, x2, x3, xn = n valores da amostra

    n = nmero de elementos do conjunto

    A frmula pode ser comprimida da seguinte forma:

    onde:

    x = mdia da amostra

    x = somatrio dos elementos do conjunto

    n = nmero de elementos do conjunto

    A frmula para clculo da mdia de uma populao de dados a mesma, alterando

    somente os smbolos x (mdia da amostra) por (mdia da populao2) e n (nmero de

    elementos da amostra) por N (nmero de elementos da populao).

    1.2.2. Medida de Disperso Desvio-Padro

    Devido caracterstica presente na maioria dos conjuntos de dados em que os valores

    no so todos iguais entre si e que a extenso da diferena entre eles tem fundamental

    importncia para o estudo da Estatstica (FREUND, 2006, p. 85), necessrio dar ateno

    especial para as medidas de disperso.

    Para Fonseca e Martins (1996, p. 141) as medidas de disperso so utilizadas para

    avaliar o grau de variabilidade dos valores em torno da mdia, ou seja, servem para medir a

    2 Nesta pesquisa, os dados foram considerados de uma populao e no de uma amostra.

    Mdia da amostra = x1 + x2 + x3 + ... + xn n

    x = x n

  • 19

    representatividade da mdia. Alm disto, nas palavras de Freund (2006) a medida da

    variabilidade tem importncia especial em inferncia estatstica.

    A medida de disperso geralmente mais til o desvio-padro, segundo Freund

    (2006). A disperso de um conjunto de dados pequena se os valores esto concentrados em

    torno da mdia, entretanto, se os valores esto afastados da mdia, a disperso grande. Para

    se calcular o desvio-padro so necessrios os seguintes entendimentos at que se chegue

    frmula proposta:

    Se um conjunto qualquer de nmeros:

    x1, x2, x3, ..., xn

    constitui uma amostra (ou populao) com mdia x (ou ), ento as diferenas de

    cada nmero mdia so os desvios da mdia:

    x1 x, x2 x, x3 x, ..., xn x

    A partir do resultado dos desvios da mdia, necessrio elevar ao quadrado cada

    desvio da mdia, individualmente, para que se possa eliminar possveis sinais negativos, o que

    atrapalharia os resultados finais:

    (x1 x)2, (x2 x)

    2, (x3 x)

    2, ..., (xn x)

    2

    Obtendo a mdia dos quadrados dos desvios da mdia, teremos a varincia amostral

    (s2) ou populacional (2):

    (x1 x)2

    n

    E por fim, extraindo a raiz quadrada da varincia, chega-se ao valor do desvio-padro

    amostral (s) ou populacional ():

    (x1 x)2

    n s =

  • 20

    1.2.3. Coeficiente de Disperso

    Conforme Freund (2006, p. 92) explica, uma desvantagem do desvio-padro como

    medida de disperso que esse indicador depende da unidade de medida a qual est

    relacionado. Assim, nem sempre sabemos se a variao que o desvio-padro est medindo

    grande ou pequena, isso vai depender muito do que se est medindo. Alm disto, uma

    variao pequena para um grupo de dados pode ser uma variao grande para outro grupo de

    dados que trabalhem na mesma unidade de medida. O autor da o exemplo de um desvio-

    padro de 0,1 gramas, que pode ser uma variabilidade grande se esto sendo pesados

    pequenos ovos de pssaros, mas seria um desvio-padro irrelevante se estivesse sendo pesado

    sacos de 60kg de batatas.

    O que interessaria em casos como esse a medida de disperso relativa, que o

    desvio-padro amostral, ou populacional, dividido pela mdia amostral ou populacional,

    chamada de coeficiente de disperso3:

    Onde:

    = desvio-padro da populao

    = mdia da populao

    O coeficiente de disperso expressa o desvio-padro como um percentual4 mdio

    daquilo que se est medindo, facilitando comparaes e anlises.

    3 Tambm chamado de coeficiente de variao (CV) na administrao financeira. 4 Preferiu-se utilizar a forma unitria e no centesimal para os valores de coeficientes de variao, neste trabalho.

    CD = x 100

  • 21

    2. RISCO

    Segundo Assaf Neto (1999, pag. 226), as decises financeiras no so tomadas em

    ambientes de total certeza com relao aos resultados que sero obtidos. Na verdade, como

    essas decises esto fundamentalmente voltadas para o futuro, imprescindvel que se

    introduza uma varivel de incerteza em qualquer operao no mercado financeiro.

    possvel conceituar risco com base em alguns autores. Conforme Weston (2000,

    p.155) existe risco quando h probabilidade de efetivamente se ganhar menos do que o

    retorno esperado, isto , o investimento mais arriscado quanto maior for a possibilidade de

    retornos baixos ou negativos. Risco , fundamentalmente, a possibilidade de perda financeira,

    segundo Gitman (2004, p.184). Ele completa dizendo que os ativos com chances maiores de

    perda so vistos como mais arriscados do que aqueles com chances menores de perdas. Alm

    disso, compara risco incerteza futura e refere-se variabilidade dos retornos que um ativo

    possa gerar. Quanto maior a variabilidade, maior o risco. Com base nestes conceitos foi

    escolhida a medio do desvio-padro das operaes realizadas com OPES para anlise do

    risco incorrido.

    2.1. DESVIO-PADRO MEDINDO RISCO

    Segundo Assaf Neto (1999, pag. 226), o risco representado pela medida estatstica

    do desvio-padro, indicando se o valor mdio esperado representativo do comportamento

    observado. Assim, o desvio-padro passa a revelar o risco da operao, ou seja, a disperso

    das variveis (resultados) em relao mdia. O desvio-padro o indicador estatstico mais

    comum do risco de um ativo e mensura a disperso em torno do valor esperado (GITMAN,

    2004). Indica se o valor mdio esperado representativo do comportamento observado no

    conjunto de valores (ASSAF NETO, 1999).

    Ross (2002, p.199) diz que no existe definio de risco universalmente aceita, assim,

    existem maneiras de se pensar no risco dependendo da anlise e do objeto de anlise. Diz

    ainda que uma maneira de se pensar em risco remete disperso de uma distribuio de

    freqncias que quanto uma taxa de retorno pode afastar-se do retorno mdio.

    Posteriormente Ross (2002) explica que as medidas mais comuns de variabilidade ou

    disperso so a varincia e o desvio-padro.

  • 22

    Para Weston (2000), o desvio-padro mede a distribuio de probabilidades em sua

    amplitude e, quanto menor for esta amplitude, mais reduzida ser a distribuio de

    probabilidades e conseqentemente mais baixo ser o risco associado ao investimento. Por

    este motivo, a facilidade em se obter resultados rpidos e informativos, esta pesquisa usar os

    mtodos estatsticos para apoio s anlises.

    2.2. COEFICIENTE DE VARIAO MEDINDO RISCO

    O coeficiente de variao5 (CV) uma medida de disperso relativa. Por este motivo

    pode ser usada na comparao do risco de ativos que diferem nos retornos esperados

    (GITMAN, 2004). Este indicador ser utilizado na anlise dos resultados deste trabalho

    devido a necessidade de comparao entre as operaes realizadas, as quais foram elaboradas

    com diferentes preos no decorrer do perodo proposto e tiveram resultados diferenciados de

    acordo com as naturezas das operaes.

    O coeficiente de variao obtido atravs da diviso entre o desvio-padro e a mdia:

    Onde:

    = desvio-padro da populao

    = mdia da populao

    Quanto mais alto o valor encontrado para o coeficiente de variao, maior ser o risco

    indicado.

    5 Igualmente chamado, na estatstica, de coeficiente de disperso (CD).

    CV =

  • 23

    3. DERIVATIVOS

    Segundo Bessada (2007, p. 20) derivativos so ativos cujos valores dependem dos

    valores de outras variveis mais bsicas. Dessa forma, so instrumentos financeiros que tm

    o seu valor determinado pelo valor de outro ativo, e isso explica por que servem to bem para

    limitar o risco de flutuaes inesperadas de preo do ativo em questo.

    Os principais produtos do mercado de derivativos so:

    - Contratos futuros

    - OPES

    - Contrato a termo

    - Swaps

    Silva Neto (1998, p. 17) diz que as vrias definies de derivativos no so eficientes

    para atender ao objetivo de se compreender a idia por trs do termo. Mesmo assim, explora o

    assunto dizendo que os derivativos so contratos firmados entre partes, com o objetivo de

    trocar o valor, e somente o valor, de ativos, ndices ou at mesmo commodities.

    Os Mercados de Derivativos (futuros e OPES) propiciam aos

    investidores/operadores uma tomada de deciso mais tcnica, como Assaf Neto (1999, pag.

    301) comenta. Assim pode-se melhorar o entendimento do mercado com relao ao

    desempenho das alternativas de investimentos em condies de risco. Mais um motivo que

    corrobora a proposta desta pesquisa em operaes com OPES, baseada na literatura atual.

    As principais vantagens no uso de derivativos, citadas posteriormente pelo autor, so:

    - maior atrao ao capital de risco, permitindo uma garantia de preos futuros para os

    ativos;

    - criao de defesas contra variaes adversas nos preos;

    - estimulo a liquidez do mercado fsico;

    - melhora no gerenciamento do risco e, por conseguinte, reduo dos preos dos bens;

  • 24

    - realizao de negcios de maior porte com um volume relativamente pequeno de

    capital e pequeno nvel de conhecimento de risco.

    Esta ltima vantagem citada por Assaf Neto (1999) vai de encontro com a proposta

    deste trabalho. No entanto, justamente para minimizar este problema de baixo nvel de

    conhecimento de risco em operao com OPES que se deve explorar mais o tema e faz-se

    necessrio este estudo.

  • 25

    4. OPES

    As OPES podem ser consideradas uma evoluo dos contratos futuros, segundo

    Bessada (2007, p. 179). A diferena das OPES o que o comprador deste contrato possui

    a opo de seu exerccio, ou seja a compra ou a venda do produto fica condicionada

    vontade de quem possui a OPO. Assim, vemos que as OPES so instrumentos que

    do a seu comprador um direito futuro sobre um ativo especfico, porm, no obriga este

    comprador a exercer este direito. No mercado de OPES no se negociam produtos

    (ativos), mas direitos sobre eles. Bessada (2007) ainda comenta que o mercado de OPES

    permite uma grande alavancagem de posies pois o prmio (valor que se paga para ter o

    direito de exercer uma OPO) bem inferior ao preo do ativo-objeto, assim, possvel

    comprar ou vender grandes posies de OPES sem ter muito capital em carteira. A

    conseqncia deste fato o alto risco que este mercado pode gerar.

    As OPES so consideradas o tipo de derivativos mais flexveis e interessantes que

    existem, conforme Silva Neto (1998, p. 77). Todos os modelos e frmulas que existem para

    tentar precificar as OPES so apenas uma simplificao da realidade. Por este motivo

    espera-se analisar os resultados reais obtidos com operaes montadas a partir de dados reais,

    sem tentativas de precificar as OPES.

    Ross (2002, p. 476) explica que o tipo mais comum de OPO uma OPO de

    Compra, que d a seu titular o direito de adquirir um ativo a um preo prefixado durante certo

    perodo. Principalmente, por esse motivo, que este tipo de OPO foi escolhido para anlise

    de risco. Ross (2002, p. 499) define, tambm, os fatores que influenciam o valor de uma

    OPO: o preo do ativo-objeto, o preo de exerccio, a data de vencimento, a variabilidade

    do valor do ativo-objeto e a taxa de juros de ttulos sem risco no mercado.

    Alguns conceitos sobre tipos de OPES so necessrios se ter em mente para poder

    entender a sistemtica do mercado de OPES. As OPES de compra do tipo americana.

    possuem um direito de compra sobre as aes a que fazem referncia que pode ser exercido a

    qualquer momento at a data de exerccio. As OPES do tipo europia possuem este

    mesmo direito mas que s poder ser exercido na data especfica de exerccio. Mesmo com

    esta possibilidade de exerccio, neste trabalho, todas as operaes sero desfeitas sem

    exerccio e somente na data de vencimento, para fins de definio e paridade; caso contrrio,

  • 26

    ficaria muito subjetivo escolher um dia qualquer para desfazer as operaes simuladas. Alm

    desta necessidade didtica, esta tambm uma prtica comum de mercado.

    Outro fator relevante para o estudo a posio de cada OPO em relao ao preo

    do ativo, que neste caso a ao PN da Petrobrs (PETR4). Quando o preo da ao est

    superior ao preo de exerccio da OPO, chama-se esta OPO dentro do preo6;

    quando o preo de exerccio da OPO est igual ao preo da ao, chama-se no preo7 e,

    quando o preo da ao menor que o da OPO, chama-se fora do preo8.

    4.1. OPERAES COM OPES

    Devido s especificidades das OPES, conforme j foi discutido, possvel se

    montar operaes ou estratgias combinando compra e venda de duas ou mais OPES

    com preos de exerccio diferentes, ou seja, OPES que se referem ao mesmo ativo mas

    que possuem preos de exerccio diferentes. Silva Neto (1998, p. 144) conclui sua explanao

    sobre OPES indicando que elas proporcionam um leque muito grande de oportunidades

    para hedge (posio pequena, contrria a posio principal), arbitragem e para especulao,

    pois so muito versteis e possibilitam uma infindvel combinao, dando nova feio

    gesto do risco.

    Costa (1998, p. 114) define as operaes que podem ser feitas com OPES como

    estratgias. Dentre os motivos que levam os operadores a procurarem estratgias est a

    disposio ou no de assumir certos riscos relacionados aos valores possveis de S (preo das

    OPES) no futuro. Qualquer posio em OPES pode ser vista como uma estratgia, a

    menos que se diferencie a finalidade da operao. Uma venda ou compra especulativa tem um

    objetivo imediato; uma estratgia geralmente concebida para durar at a data de vencimento

    das OPES que esto sendo carregadas.

    Diante da variedade de operaes possveis, sero utilizadas as mais comuns para

    estudo conforme Hissa (2007).

    6 Expresso igual a dentro do dinheiro ou, do ingls, in the money. 7 Expresso igual a no dinheiro ou, do ingls, at the money. 8 Expresso igual a fora do dinheiro ou, do ingls, out of the money.

  • 27

    4.1.1. Trava de Alta

    Tambm chamada de Financiamento, consiste na compra de uma OPO e venda na

    mesma quantidade de uma OPO com preo de exerccio superior.

    Ex.: Compra 1.000 PETRB30 e

    Vende 1.000 PETRB32

    Para se montar esta operao necessrio pagar algum valor pois PETRB30 vale mais

    do que PETRB32 por ter valor de exerccio menor do que esta. Nesta operao o lucro

    mximo o valor de diferena entre as OPES, menos o que foi pago para montar a

    operao. A perda mxima o que foi gasto para mont-la.

    possvel montar uma Trava de Alta, ou outra das trs operaes escolhidas para o

    estudo, deixando um espao maior entre um extremo e outro, ou seja, pode-se pular uma

    OPO e, para este exemplo da Trava de Alta, comprar PETRB30 e vender PETRB34,

    fazendo com que o espao da OPO PETRB32 fique vago, dando maior amplitude para a

    operao. No entanto, este procedimento no foi utilizado neste estudo. Assim, todas as

    operaes testadas foram montadas com OPES seqenciais.

    Grfico 1: prejuzo/lucro Trava de Alta Fonte: Sardinvest

    9

    9 Fonte: , acesso em: 20 de maio de 2010

  • 28

    4.1.2. Trava de Baixa

    Tambm chamada de reverso, consiste na venda de uma OPO e compra na mesma

    quantidade de uma OPO de preo de exerccio superior.

    Ex.: Vende 1.000 PETRB30 e

    Compra 1.000 PETRB32

    Como o valor da PETRB32 menor que o valor da PETRB30, a montagem desta

    operao feita no crdito, ou seja, no momento de montar a operao j se recebe o valor da

    diferena de preos. No entanto, este valor recebido no pode ser considerado lucro da

    operao at que ela seja desmontada.

    Grfico 2: prejuzo/lucro Trava de Baixa Fonte: Sardinvest

    10

    4.1.3. Borboleta Simtrica

    a unio de uma Trava de Alta e uma Trava de Baixa com a interseco da OPO

    vendida (do meio). Compra uma OPO, vende duas OPES com preo de exerccio

    superior e compra outra OPO com preo de exerccio duas vezes maior que a primeira

    comprada. Este tipo de estratgia pode ser montada assimetricamente, variando as

    quantidades de compra e venda, mas essas variaes no foram alvo deste estudo.

    10 Fonte: , acesso em: 20 de maio de 2010

  • 29

    Ex.: Compra 1.000 PETRB30,

    Vende 2.000 PETRB32 e

    Compra 1.000 PETRB34

    Geralmente, a OPO que vendida, nesta estratgia, est na condio de no

    preo, no entanto possvel utilizar esta operao tambm dentro e fora do preo. As

    trs variaes foram usadas para estudo neste trabalho.

    Tanto a Borboleta Simtrica como a Mesa so consideradas operaes-alvo, pois

    ganham quando o preo da ao adjacente est prximo do valor da OPO vendida, bem no

    centro da operao.

    Grfico 3: prejuzo/lucro Borboleta Fonte: Sardinvest

    11

    4.1.4. Mesa

    Tambm a unio de uma Trava de Alta e outra de Baixa, no entanto, difere da

    Borboleta pois no h interseco entre as OPES vendidas. Assim, a compra de uma

    OPO, venda na mesma quantidade de uma OPO de preo de exerccio superior, venda

    na mesma quantidade de uma OPO com preo de exerccio duas vezes superior ao inicial e

    compra da mesma quantidade de uma OPO com preo de exerccio trs vezes superior ao

    inicial.

    11 Fonte: , acesso em: 20 de maio de 2010

  • 30

    Ex.: Compra 1.000 PETRB28

    Vende 1.000 PETRB30

    Vende 1.000 PETRB32

    Compra 1.000 PETRB34

    Neste trabalho foram analisadas apenas duas operaes de Mesa por dia de estudo.

    Uma Mesa realizada com cotaes da abertura e outra com cotaes de fechamento para cada

    dia devido esta operao utilizar quatro OPES para montagem.

    Grfico 4: prejuzo/lucro Mesa Fonte: Sardinvest

    12

    12 Fonte: , acesso em: 20 de maio de 2010

  • 31

    5. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    Desde a concepo da idia de se fazer um trabalho voltado a dados estatsticos sobre

    operaes com OPES, este projeto pretendeu desenvolver, especificamente, a prtica

    diria que um operador pode se deparar ao tomar decises no mercado financeiro. O objetivo

    da pesquisa facilitar a tomada de decises e, por isso, h necessidade de simplificar os

    processos aos quais o operador se reporta no momento de lanar suas ordens de compra e

    venda, seja no HomeBroker ou atravs de ligao telefnica para a mesa de operaes de

    sua corretora.

    5.1. TCNICA DE PESQUISA

    Devido proposta de este trabalho ser uma ferramenta para servir de consulta por

    parte de operadores de OPES no Mercado de Capitais Brasileiro, optou-se pela utilizao

    da tcnica de pesquisa exploratria, conforme recomenda Roesch (2005), coletando

    diariamente, em HomeBroker particular, as cotaes das OPES a serem estudadas. Este

    processo fez-se necessrio pois existe muita dificuldade em se obter dados histricos de

    cotaes dirias dos preos de OPES. As ferramentas que esto disposio em sites de

    pesquisa gratuitos como, por exemplo, http://br.advfn.com HomeBroker de corretoras e

    programas especializados como o caso do Economtica geralmente trazem informaes

    apenas sobre cotaes de aes nos seus histricos. Assim, esta pesquisa fez uma coleta

    prpria de dados que foram observados diariamente, durante os preges da Bolsa de Valores

    de So Paulo (BM&FBOVESPA), no perodo proposto.

    5.2. COLETA DE DADOS

    O incio da pesquisa foi voltado coleta de dados reais sobre cotaes das OPES

    que estivessem sendo negociadas para o prximo vencimento, ou seja, as cotaes de

    OPES cujo vencimento no seria do prximo exerccio no foram coletadas. Assim, para

    cada dia em que os dados foram verificados, iniciando em 19 de janeiro de 2010 estendendo-

    se at 17 de maio de 2010, totalizando 80 dias de preges, somente as OPES de uma srie

  • 32

    estariam sendo pesquisadas. As nicas excees foram os dias de vencimento das sries B

    (08FEV10), C (15MAR10) e D (19ABR10), quando foram iniciadas as coletas de dados

    referentes s OPES das sries subseqentes juntamente com a coleta de cotaes da srie

    que estava vencendo. Na tabela abaixo se pode verificar as informaes sobre as datas dos

    dados coletados:

    Tabela 2: datas de incio e trmino da coleta de dados

    Srie Data incio da coleta de

    cotaes

    Data de vencimento e ltima coleta

    de cotaes da srie

    Total de

    Preges

    B 19 JAN 08 FEV 14

    C 08 FEV 15 MAR 24

    D 15 MAR 19 ABR 25

    E 19 ABR 17 MAI 20

    Fonte: elaborado pelo autor como forma de delineamento da pesquisa

    Decidiu-se coletar os dados referentes s cotaes de abertura e fechamento de cada

    OPO pesquisada gerando a oportunidade de montagem de duas operaes de cada tipo,

    diariamente. Concomitantemente, foram elaboradas operaes fictcias, tambm diariamente.

    Os dados das cotaes dirias, incluindo preo de abertura e fechamento, juntamente com a

    cotao das OPES no dia do vencimento foram lanados em planilha, conforme anexos

    B, C, D e E, para que fosse feito o clculo de mdia, desvio-padro e coeficiente de

    variao em relao s operaes elaboradas. Estas sries (B, C, D e E) foram escolhidas

    devido ao perodo em que se est executando este trabalho de concluso.

    Foram coletadas as cotaes das OPES que tinham liquidez no momento de incio

    em cada srie. Em todas as sries as cotaes com liquidez suficiente para coleta foram

    aquelas com os seguintes preos de exerccio:

    26, 28, 30, 32, 34, 36, 38, 40 e 42

    O mercado mostrou-se constante, durante os quatro meses de anlise, no tocante a

    liquidez das OPES com mesmos preos de vencimentos. Caso fosse necessrio, devido a

    mudanas bruscas no preo da ao PETR4, ajustes poderiam ser feitos na pesquisa a

    cada nova srie e outras cotaes de OPES com preos de exerccio diferentes poderiam

    ser coletados, equiparando aquelas com preo mais baixo conforme a coleta da srie anterior e

  • 33

    sucessivamente at aquela com preo mais alto. No entanto, esta alternativa de pesquisa no

    foi necessria devido constncia na liquidez das opes estudadas.

    5.3. TCNICAS DE ANLISE

    Para se obter resultados fidedignos em uma pesquisa como esta, foi necessrio

    estipular o momento ou circunstncia exata da montagem das operaes alvo, para que os

    resultados pudessem ser comparados e analisados com base em uma tcnica especfica.

    Assim, as montagens foram realizadas no incio e no fim de cada prego, ou seja, utilizando-

    se as cotaes de abertura e fechamento, totalizando duas montagens para cada operao,

    diariamente. Todas as operaes se estenderam at o dia de vencimento de sua srie quando

    foram desfeitas e analisadas como tendo sido bem ou mal sucedidas, obtendo lucro ou

    prejuzo.

    Para que os valores de resultados das operaes fossem mais bem visualizados

    decidiu-se simul-las com compras e vendas de 1000 (mil) unidades de cada ativo, tornando

    os resultados e as anlises mais reais. O valor multiplicador 1000 (mil) tambm tem maior

    utilidade quando se pretende fazer outras hipteses, facilmente sendo dobrado de valor para

    2000 (dois mil), dividindo pela metade, 500 (quinhentos) ou outro valor necessrio,

    facilitando a interpretao.

    Tabela 3: nmero de operaes montadas diariamente e totais

    Operao realizada Nmero de Operaes

    Por Dia Total13

    Trava de Alta na Abertura 8 632

    Trava de Alta no Fechamento 8 632

    Trava de Baixa na Abertura 8 632

    Trava de Baixa no Fechamento 8 632

    Borboleta Simtrica na Abertura 3 237

    Borboleta Simtrica no Fechamento 3 237

    Mesa na Abertura 1 79

    Mesa no Fechamento 1 79

    Total 40 3160

    Fonte: elaborado pelo autor como forma de conduo da pesquisa

    13 Foram montadas operaes durante 79 preges, pois no foram montadas operaes nos preges de vencimento de cada srie.

  • 34

    Com os dados das quatro sries j citadas, em planilha, calcularam-se as mdias de

    retorno (lucro ou prejuzo) e, aps, o desvio-padro para cada operao. Com todos os dados

    compilados em uma planilha de resultados (Anexo A) calcularam-se os coeficientes de

    variao de cada operao. Por fim, os dados foram analisados e comparados entre si, para se

    obter resultados aos quais foram os objetivos deste trabalho.

    O diferencial dos procedimentos metodolgicos aqui apresentados foi o

    acompanhamento dirio, durante quatro meses, das cotaes das OPES bem como a

    montagem, tambm diria, de operaes para cada OPO. Este envolvimento foi necessrio

    para que as anlises conclusivas pudessem ser elaboradas com a mxima percepo do

    funcionamento do mercado de OPES no Brasil.

    Aps o preenchimento de toda planilha de dados, que aconteceu no dia 17 de maio de

    2010, data de vencimento das OPES de srie E, se deu incio aos clculos estatsticos de

    mdia e desvio-padro bem como a anlise minuciosa dos dados de forma geral, por perodos

    e por sries de vencimento. Foi necessria a utilizao da anlise tcnica (anlise grfica da

    evoluo nos preos de ativos listados na Bolsa de Valores) como apoio s anlises e como

    base de comparao entre os perodos, mas, por fugir do foco deste estudo, a anlise tcnica

    no foi abordada como contedo para estudo.

    As concluses do trabalho tiveram que levar em conta o perodo restrito de tempo ao

    qual esta pesquisa foi feita primeiro semestre de 2010 as caractersticas do mercado, a

    macroeconomia, a realidade setorial da empresa qual os ativos esto vinculados e qualquer

    outro evento que pudesse ter acontecido durante o perodo e que viessem a dar rumos

    diferenciados ao mercado financeiro em geral.

    Para as operaes de Trava tanto de Alta como de Baixa foram realizadas todas as

    possveis combinaes de OPES seqenciais, ou seja, se fosse comprada a OPO

    PETRX30, seria vendida a opo PETRX32. Assim, com as amostras de cotaes dos nove

    preos de exerccio foi possvel montar oito operaes para a abertura e oito para o

    fechamento em cada Trava. Esta deciso de se montar todas as possveis Travas em cada dia

    foi apegada na importncia que as Travas tm para o estudo, pois, alm das Travas, as outras

    operaes so, apenas, combinaes de Travas.

  • 35

    Com as Borboletas foram montadas somente trs operaes, uma dentro do preo,

    uma no preo e outra fora do preo. Existia a possibilidade de se montar outras

    combinaes, no entanto, os objetivos podiam ser alcanados com estas trs operaes para

    cada cotao diariamente devido especificidade com que as operaes esto relacionadas

    com a posio das OPES.

    Por fim, decidiu-se montar uma Mesa na abertura e outra no fechamento em cada dia.

    Isto se deveu necessidade de utilizao de quatro OPES com preos de exerccio

    diferentes para cada operao. Alm disso, montar uma Mesa no preo o procedimento

    mais comum observado na prtica.

    Nos Anexos B, C, D e E possvel verificar as cotaes dirias, tanto de

    abertura quanto de fechamento, das opes estudadas juntamente com a respectiva cotao do

    dia de exerccio da srie correspondente, e ainda os resultados que cada operao simulada,

    montada naquele dia e desmontada na data de exerccio, obteve. As informaes foram

    expostas em Reais (R$), sendo que os resultados das operaes foram simuladas para compras

    e vendas de 1000 (mil) unidades dos ativos.

  • 36

    6. ANLISE DOS RESULTADOS DE RISCO

    Buscando alcanar os objetivos propostos e solucionar a situao problema descrita na

    introduo deste trabalho, as anlises dos clculos realizados com as operaes sero

    discriminadas neste captulo.

    Fundamentalmente, o desvio-padro foi o indicador aplicado para se chegar s

    concluses sobre o risco intrnseco s operaes que foram alvo desta pesquisa, nos perodos

    demonstrados no captulo Procedimentos Metodolgicos. Entretanto, a anlise das mdias

    de resultados de lucro e prejuzo e as anlises dos coeficientes de variao foram essenciais

    para se fazer as inferncias verificadas.

    Um aspecto que necessita ateno neste estudo que todos os clculos foram feitos

    com base no resultado monetrio ou seja, em Reais (R$) obtidos entre o cruzamento de

    dados da montagem da operao com os dados da desmontagem; esta ltima realizada na data

    de vencimento das opes. Possveis alternativas que o operador poderia ter para desmontar

    sua operao no foram levadas em considerao, como desmontar antes do vencimento, ser

    exercido nas posies vendidas ou deixar uma ou mais OPES virarem p14. Assim, toda

    operao montada recebeu uma contra partida, a desmontagem, gerando lucro ou prejuzo no

    final.

    6.1. ANLISE DO DESVIO-PADRO

    Foram calculados os desvios-padro (DP) totais de cada operao realizada no

    decorrer do estudo, independentemente da data em que foram montadas, ou seja, a base de

    dados para clculo do DP agrupou as operaes iguais, montadas tanto no primeiro dia de

    coleta de dados quanto em um dia intermedirio ou perto de vencimento. Primeiramente,

    foram calculados os DP de cada srie para cada tipo de operao, agrupando os dados daquela

    srie somente, mostrando o risco de cada operao naquele perodo, ou seja, a variao dos

    14 Expresso utilizada, segundo Hissa (2007, p. 39), quando as opes chegam ao dia de exerccio sem valor algum, pois seus preos de exerccio so superiores ao preo da ao naquele momento. Observa-se, na prtica, que este evento o mais comum, pois a liquidez de OPES que valem R$ 0,01 (um centavo) muito pequena na data de exerccio.

  • 37

    resultados obtidos por perodo. Aps, esta anlise levou em considerao toda a populao de

    dados obtidos na pesquisa, gerando um desvio-padro geral para cada operao, conforme

    Anexo A.

    Tendo em vista a natureza das operaes de Trava, como foram analisadas todas as

    Travas de Alta e Baixa possveis de serem executadas com as cotaes, as montagens se

    completaram ao final, fazendo com que uma Trava de Alta montada com as mesmas

    OPES de uma Trava de Baixa tivesse os resultados iguais, apenas com os sinais opostos.

    Como o desvio-padro uma grandeza absoluta, nas Travas os resultados foram idnticos

    para cada operao em cada Trava. Todavia, esta identidade de resultados no trouxe

    problemas para a pesquisa, ao contrrio, corroborou o resultado dos clculos, mostrando a

    certeza de correo nesta atividade.

    Nas operaes de Trava, observaram-se os menores valores de desvio-padro naquelas

    que estavam em posio mais fora do preo, com DP total nas Travas de abertura de 47,5 e

    no fechamento de 40,27; enquanto que as operaes realizadas com as OPES que estavam

    em posio logo acima destas tiveram valores de 130,25 e 117,51 respectivamente, ou seja,

    valores trs vezes maiores. Estes valores mostram a diferena de risco ao se montar operaes

    mesmo que estejam muito prximas15

    umas das outras. Alm disto, nota-se a preferncia que

    um operador deve ter em montar operaes vendidas16

    fora do preo caso desejar minimizar

    os riscos. Os valores de resultados mdios baixos demonstrados nas operaes de Trava fora

    do preo foram muito influenciados pelas operaes realizadas perto do dia de vencimento

    das sries, quando as operaes foram montadas praticamente com os mesmos valores de

    desmontagem, gerando um saldo zero17 para a operao.

    Quanto mais a operao se aproximou de estar no preo maior foi o valor do DP

    observado. Pode-se concluir que, mesmo que o operador esteja travado em sua posio, seja

    ela comprada ou vendida, o nvel de risco permanece maior quando ele opera OPES que

    estejam no preo. As operaes dentro do preo apresentaram valores de DP muito

    constantes, sem muitas variaes, mostrando um nvel de risco entre 184,73 e 239,17;

    enquanto que as operaes mais prximas de estarem no preo marcaram DP 1082,19 e

    872,03 na abertura e fechamento, respectivamente.

    15 Referente s posies dentro, fora ou no dinheiro. 16 Operaes em que se recebe dinheiro no momento em que so montadas (HISSA, 2007, p. 76). 17 Os saldos zeros foram considerados como prejuzo na montagem das planilhas, devido existirem, sempre, custos para montagem de operaes.

  • 38

    As Borboletas tiveram comportamentos semelhantes s Travas com a diferena de

    terem os valores de desvios-padro um pouco mais constantes entre as posies. Isto se deveu

    a maior amplitude de OPES utilizadas; trs ao invs de duas, como acontece nas Travas.

    As operaes fora do preo tambm tiveram valor de DP menor: 85,15 na abertura e 78,67

    no fechamento, enquanto que no preo as operaes tiveram DP igual a 588,3 na abertura e

    542,2 no fechamento. Assim, conclui-se que as operaes Borboletas, apesar de terem valores

    altos de DP, ou seja, sendo muito ariscadas, mostram uma constncia no risco quando se

    escolhe a posio para montagem.

    Os valores obtidos de DP das Mesas foram muito elevados: 1358,47 na abertura e

    1001,52 no fechamento. Estes valores so, praticamente, o dobro dos maiores valores de

    desvios-padro encontrados nas Travas, com exceo da Trava no preo, e nas Borboletas.

    Percebe-se a influncia da unio de duas Travas para montagem deste tipo de operao, pois,

    sendo necessrio mais capital para poder montar esta operao, tambm se assume riscos

    maiores. Assim, as Mesas devem ser preferidas somente quando o operador tiver experincia

    em operaes de Trava e Borboleta Simtrica devido ao alto risco.

    6.2. ANLISE DA MDIA

    As mdias de resultados gerados pelas operaes realizadas tiveram papel fundamental

    para anlise de risco com o desvio-padro. No s por estar a mdia incutida na frmula

    estatstica do desvio-padro, mas pela maior visualizao de quanto o DP estava se afastando

    da mdia dos resultados esperados da populao de dados.

    Este fato levou a pesquisa a estar focada, tambm, no resultado mdio que cada

    operao gerou. Neste contexto, observou-se que as Travas de Baixa foram as operaes com

    maior nmero de resultados positivos, e com mdias acima de zero em trs da quatro sries

    estudadas. Este fato deveu-se, principalmente, pelo movimento primrio da ao adjacente no

    mercado, mas foi influenciado, tambm, pela perda de valor que as OPES tm ao se

    aproximar da data de exerccio. Assim, durante este perodo, de fevereiro a maio, deveria se

    preferir operar as Travas de Baixa s Travas de Alta ou Borboletas e Mesas. Somente durante

    a srie C, com vencimento em maro, as Travas de Alta tiveram rendimentos mdios

    positivos.

  • 39

    Durante este mesmo perodo, srie C, os rendimentos mdios das Mesas foram

    positivos pela nica vez, sendo que a mdia de resultados das Mesas executadas na abertura

    do prego foi de R$ 2.083,55, maior mdia de resultados encontrada na pesquisa dentro de

    uma srie. Como esta operao a mais arriscada, nota-se que o operador tem a possibilidade

    de obter ganhos altos alm de perdas significativas. Os valores totais das mdias das Mesas,

    considerando as quatro sries, no seguiram este padro, fechando com valores de R$ -293,92

    na abertura e R$ -410,25 no fechamento, ou seja, valores de prejuzo. Juntando esta concluso

    com o fato de o desvio-padro mdio das Mesas ter o maior valor observado, notamos a

    confluncia nos dois indicadores mostrando que o maior nvel de risco tambm pode trazer

    maiores rendimentos ou prejuzos.

    As travas em posio bem fora do preo obtiveram nveis de risco muito baixos,

    conforme visto anteriormente, no entanto notou-se inviabilidade de operao pois os

    resultados mdios foram muito baixos, na casa de R$ 29,37 e R$ 25,70 na abertura e

    fechamento, respectivamente. Apesar de estes valores serem positivos na Trava de Baixa, s

    cubririam os custos de corretagem caso estes fossem muito baixos. As Travas de Baixa

    montadas no preo apresentaram os maiores rendimentos mdios do estudo, com valores de

    R$ 790,89 na abertura e R$ 466,08 no fechamento, mostrando timas oportunidades de se

    obter ganhos considerveis sem que os riscos fossem os maiores verificados na pesquisa.

    6.3. COMPARAO DAS OPERAES

    Para atingir este objetivo, foi calculado o coeficiente de variao dos resultados de

    mdias e desvios-padro, conforme Anexo A. Este indicador trouxe possibilidades de

    anlise entre as operaes, pois uma medida relativa que no tem unidade de medida. Foram

    mantidos os sinais negativos naqueles coeficientes de variao que assim se apresentaram,

    sendo a nica observao a ser feita que este sinal negativo leva em considerao o

    resultado mdio da operao, mostrando prejuzo mdio para a operao. Da mesma forma

    que a mdia e o desvio-padro, o coeficiente de variao foi idntico entre as mesmas

    operaes realizadas nas diferentes Travas, somente com o sinal contrrio.

    O menor coeficiente de variao observado foi de 0,83 na operao de Trava montada

    dentro do preo (praticamente chegando posio no preo) com as OPES PETRX32

    e PETRX34. Alm de ser o menor, este coeficiente de variao foi o nico a ter valor menor

  • 40

    que 1 (um), ou seja, a mdia de resultados foi maior que o desvio-padro unicamente nesta

    operao. Pode-se concluir que esta foi a operao menos arriscada observada nesta pesquisa,

    com base neste indicador. Esta concluso vai de encontro com a teoria de que maior

    rendimento igual a maior risco. Neste caso, o maior rendimento mdio de todas as

    operaes de Trava apresentou o menor coeficiente de variao. Isto mostra a importncia em

    se utilizar um indicador relativo para se comparar medidas diferentes e que levasse em

    considerao o valor mdio obtido pelas operaes.

    O coeficiente de variao que apresentou maior valor foi na operao Borboleta na

    abertura dentro do preo, com 44,24; seguido de uma operao de trava tambm dentro do

    preo com valor de 37,42. Estes valores so demasiadamente afastados dos demais valores

    de CV encontrados na pesquisa e mostram em suas operaes geradoras mdias de resultados

    muito prximas de 0 (zero), sem muito lucro nem muito prejuzo, e com desvios-padro no

    muito altos (R$ 369,67 e R$ 184,73, respectivamente). Talvez estas operaes no fossem

    consideradas muito arriscadas caso o CV no fosse calculado, mas este indicador trouxe este

    resultado, mostrando a importncia de sua anlise.

    Comparando somente as Borboletas realizadas na abertura e fechamento podem-se

    notar grandes diferenas que podem ocorrer entre operaes idnticas montadas no incio e no

    fim do mesmo prego. O coeficiente de variao j citado de 44,24 obtido com a operao

    Borboleta dentro do preo montada na abertura 3 vezes e meia maior que o coeficiente de

    variao obtido com a operao Borboleta dentro do preo montada no fechamento. No

    entanto, estes resultados no foram conclusivos para operaes montadas na abertura e

    fechamento pois houve muita variao de resultados entre as demais operaes estudadas.

  • 41

    CONSIDERAES FINAIS

    As operaes realizadas com opes so uma boa alternativa para se especular no

    Mercado Financeiro. A literatura estudada sobre o assunto traz apenas a informao do risco

    mximo que uma operao pode gerar, ou seja, o valor total investido para poder mont-la ou

    a diferena entre os valores de exerccio das OPES. Estas informaes no so suficientes

    para o operador que ingressa neste Mercado. A pesquisa teve a pretenso de estudar um

    perodo de 4 meses de cotaes de opes, montando operaes diariamente e obtendo seus

    resultados para anlise. Esses dados no foram considerados uma amostra estatstica onde os

    resultados pudessem inferir resultados futuros. Assim, as concluses desta pesquisa

    restringiram-se ao perodo proposto, mas podem servir de base para futura utilizao prtica.

    Aps o acompanhamento do Mercado de OPES durante o perodo proposto e com

    a intenso de se medir risco neste Mercado, observou-se a importncia em no se tirar

    concluses que tendem a convergir para uma nica direo. Pretende-se dizer com isto que

    vrios aspectos influenciam o risco adquirido ao se montar operaes com opes de compra,

    apesar de indicadores matemticos e estatsticos poderem mensur-los com exatido.

    Pode-se notar a divergncia de resultados de desvios-padro e coeficientes de variao

    em algumas operaes, quando se faz comparaes somente olhando os nmeros sem que se

    estude como aqueles resultados foram obtidos. Facilmente, um resultado estatstico desta

    pesquisa poderia mascarar o real entendimento que se deveria ter sobre ele.

    possvel, sim, calcular o risco que se assumiu ao montar as operaes com opes de

    compra utilizando-se o desvio-padro e o coeficiente de variao, mas a anlise do valor

    obtido vai depender de fatores que no esto includos nos clculos destes indicadores, e que

    s podem ser mensurados por quem est assumindo o risco. Talvez assumir um risco de

    variabilidade maior, ou seja, coeficiente de variao alto, possa ser preferido a ter menor

    coeficiente de variao em uma operao que tenha mdias de resultados muito prximas de 0

    (zero), por exemplo. Nem sempre assumir risco de variabilidade nos resultados poder trazer

    prejuzos ao operador.

  • 42

    REFERNCIAS

    ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 3 ed. So Paulo: Atlas, 1999.

    BESSADA, Octavio; BARBEDO, Claudio; ARAJO, Gustavo. Mercado de Derivativos no

    Brasil. 2 ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.

    CHANCELLOR, Edward. Salve-se quem puder: uma histria da especulao financeira.

    So Paulo: Companhia das Letras, 2001.

    COSTA, Csar Lauro da. Opes: operando a volatilidade. So Paulo: Bolsa de

    Mercadorias & Futuros, 1998.

    FONSECA, Jairo Simon da; MARTINS, Gilberto de Andrade. Curso de Estatstica. 6 ed.

    So Paulo: Atlas, 1996.

    FREUND, John E. Estatstica Aplicada: Economia, Administrao e Contabilidade. 11

    ed. Traduzido por: Claus Ivo Doering. Porto Alegre: Bookman, 2006.

    GITMAN, Lawrence J. Princpios de administrao financeira. 10 ed. So Paulo: Pearson

    Makron Books, 2004.

    HISSA, Maurcio. Investindo em Opes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

    ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estgio e de pesquisa em Administrao:

    guia para estgios, trabalhos de concluso, dissertaes e estudos de caso. 2 ed. So

    Paulo: Atlas, 2005.

    ROSENBERG, Morris. A Lgica da Anlise de Levantamento de Dados. Traduzido por:

    Lenidas Hegenberg e Octanny Silveira da Mota. So Paulo: Cultrix, Editora d Universidade

    de So Paulo, 1976.

    ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W.; JAFFE, Jeffrey F. Administrao

    Financeira. 2 ed. So Paulo: Atlas, 2002.

  • 43

    SILVA, Luiz Mauricio da. Mercado de Opes: conceitos e estratgias. 1 ed. Rio de

    Janeiro: Halip Editora, 1996.

    SILVA NETO, Lauro de Arajo. Derivativos: definies, emprego e risco. So Paulo:

    Atlas, 1998.

    WESTON, J. Fred.; BRIGHAM, Eugene F. Fundamentos da Administrao Financeira.

    10a ed. Editora Makron, 2000.

  • 44

    ANEXO A RESULTADOS DA PESQUISA

    Op Mdia DP CV Op Mdia DP CV Op Mdia DP CV Op Mdia DP CV

    PETRX26 PETRX26 PETRX26 PETRX26

    PETRX28 PETRX28 PETRX28 PETRX28

    PETRX28 PETRX28 PETRX28 PETRX28

    PETRX30 PETRX30 PETRX30 PETRX30

    PETRX30 PETRX30 PETRX30 PETRX30

    PETRX32 PETRX32 PETRX32 PETRX32

    PETRX32 PETRX32 PETRX32 PETRX32

    PETRX34 PETRX34 PETRX34 PETRX34

    PETRX34 PETRX34 PETRX34 PETRX34

    PETRX36 PETRX36 PETRX36 PETRX36

    PETRX36 PETRX36 PETRX36 PETRX36

    PETRX38 PETRX38 PETRX38 PETRX38

    PETRX38 PETRX38 PETRX38 PETRX38

    PETRX40 PETRX40 PETRX40 PETRX40

    PETRX40 PETRX40 PETRX40 PETRX40

    PETRX42 PETRX42 PETRX42 PETRX42

    Op Mdia DP CV Op Mdia DP CV Op Mdia DP CV Op Mdia DP CV

    PETRX26 PETRX26 PETRX30 PETRX30

    PETRX28 PETRX28 PETRX32 PETRX32

    PETRX30 PETRX30 PETRX34 PETRX34

    PETRX32 PETRX32 PETRX36 PETRX36

    PETRX34 PETRX34

    PETRX36 PETRX36

    PETRX38 PETRX38

    PETRX40 PETRX40

    PETRX42 PETRX42

    Fechamento

    1,57

    Travas de Alta Travas de Baixa

    Borboletas Simtricas Mesas

    Abertura Fechamento Abertura Fechamento

    40,27

    1001,52 -2,44

    -8,32

    37,42

    4,61

    1,77

    2,73

    -9,14

    1,4481,65

    25,70

    -410,25

    218,82

    184,73

    420,50

    825,09

    872,03

    682,83

    117,51

    -26,30

    4,94

    91,14

    466,08

    319,11

    -74,68

    -3,03

    -3,37

    7,29

    0,83

    4,87

    9,15

    238,93

    239,17

    523,55

    658,03

    1082,19

    551,50

    94,18

    29,37

    -293,92 1358,47 -4,62

    130,25

    47,50

    1,38

    1,62

    Abertura

    -78,77

    -70,89

    71,77

    790,89

    222,15

    60,25

    8,32

    -37,42

    -4,61

    -1,77

    -2,73

    9,14

    542,20

    78,67 -1,41

    -1,44

    -1,57

    12,79

    -3,69

    26,30

    -4,94

    -91,14

    -466,08

    -319,11

    218,82

    184,73

    420,50

    825,09

    872,03

    551,50

    -81,65

    -25,70

    19,32

    -146,96

    Fechamento

    682,83

    117,51

    40,27

    246,98

    -1,38

    74,68

    -1,62

    369,67

    588,30

    85,15

    44,24

    -1,03

    -1,31

    Abertura

    3,03

    3,37

    -7,29

    -0,83

    -4,87

    -9,15

    -568,73

    238,93

    239,17

    523,55

    658,03

    1082,19

    78,77

    70,89

    130,25

    47,50

    -55,95

    -71,77

    -790,89

    -222,15

    -60,25

    -94,18

    -29,37

    -64,81

    8,36

    Fonte: Elaborado pelo autor aps clculos baseados nas operaes realizadas.

  • 45

    ANEXO B COTAES E OPERAES SRIE B

    Data Opo/Srie Abertura Fechamento

    PETRB26 10,78 10,55 PETRB26 PETRB26 PETRB26

    PETRB28 8,72 8,70 PETRB28 PETRB28 PETRB28

    PETRB30 7,00 6,66 PETRB28 PETRB28 PETRB30

    PETRB32 4,89 4,91 PETRB30 PETRB30 PETRB32

    PETRB34 2,88 2,99 PETRB30 PETRB30 PETRB34

    PETRB36 1,36 1,36 PETRB32 PETRB32 PETRB36

    PETRB38 0,47 0,42 PETRB32 PETRB32 PETRB38

    PETRB40 0,15 0,13 PETRB34 PETRB34 PETRB40

    PETRB42 0,06 0,04 PETRB34 PETRB34 PETRB42

    PETRB26 5,79 5,79 PETRB36 PETRB36

    PETRB28 3,79 3,80 PETRB36 PETRB36

    PETRB30 1,72 1,79 PETRB38 PETRB38 PETRB26

    PETRB32 0,30 0,10 PETRB38 PETRB38 PETRB28

    PETRB34 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB30

    PETRB36 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB38 0,01 0,01 PETRB42 PETRB42 PETRB34

    PETRB40 0,01 0,01 PETRB36

    PETRB42 0,01 0,01 PETRB38

    PETRB26 PETRB26 PETRB40

    PETRB28 PETRB28 PETRB42

    Operao Mdia/Dia DP / Dia PETRB28 PETRB28

    TAa -617,50 682,20 PETRB30 PETRB30

    TAf -591,25 725,35 PETRB30 PETRB30

    TBa 617,50 682,20 PETRB32 PETRB32 PETRB30

    TBf 591,25 725,35 PETRB32 PETRB32 PETRB32

    BSa -280,00 92,74 PETRB34 PETRB34 PETRB34

    BSf -76,67 174,42 PETRB34 PETRB34 PETRB36

    Ma -2210,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    Mf -1690,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    PETRB38 PETRB38

    PETRB38 PETRB38 PETRB30

    PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB40 PETRB40 PETRB34

    PETRB42 PETRB42 PETRB36

    -1690 Prejuzo

    -2210 Prejuzo

    Mesa no FechamentoLucro

    Lucro

    Lucro90

    Lucro

    Lucro

    290

    -290

    19/01/10

    08/02/10

    Lucro

    Prejuzo

    Prejuzo

    Prejuzo

    Prejuzo

    Prejuzo

    Prejuzo

    -890

    140

    -30

    -60

    -1830

    -1630

    -940

    Prejuzo

    Prejuzo

    Prejuzo

    Prejuzo

    -60

    350

    -690

    -1520

    -1720

    -320

    -90

    Trava de Alta na Abertura Trava de Alta no Fechamento

    Trava de Baixa na Abertura Trava de Baixa no Fechamento

    -90

    Lucro

    Prejuzo

    Prejuzo

    Prejuzo

    Prejuzo

    320

    60 Lucro

    Prejuzo

    Lucro

    -350

    690

    Lucro

    Lucro Lucro

    Lucro

    18301720

    1520

    890

    90

    Prejuzo

    Lucro

    Lucro

    Lucro

    1630

    940

    -140

    30

    60

    Borboleta Simtrica na Abertura

    -410

    -200

    -230

    Prejuzo

    Prejuzo

    Prejuzo

    Mesa na Abertura

    Borboleta Simtrica no Fechamento

    170 Lucro

    -200 Prejuzo

    -200 Prejuzo

    Continua

  • 46

    ANEXO B COTAES E OPERAES SRIE B (CONTINUAO)

    Data Opo/Srie Abertura Fechamento

    PETRB26 10,11 9,61 PETRB26 PETRB26 PETRB26

    PETRB28 8,41 7,81 PETRB28 PETRB28 PETRB28

    PETRB30 6,40 6,00 PETRB28 PETRB28 PETRB30

    PETRB32 4,83 4,20 PETRB30 PETRB30 PETRB32

    PETRB34 2,72 2,21 PETRB30 PETRB30 PETRB34

    PETRB36 1,17 0,90 PETRB32 PETRB32 PETRB36

    PETRB38 0,35 0,26 PETRB32 PETRB32 PETRB38

    PETRB40 0,11 0,08 PETRB34 PETRB34 PETRB40

    PETRB42 0,04 0,04 PETRB34 PETRB34 PETRB42

    PETRB26 5,79 5,79 PETRB36 PETRB36

    PETRB28 3,79 3,80 PETRB36 PETRB36

    PETRB30 1,72 1,79 PETRB38 PETRB38 PETRB26

    PETRB32 0,30 0,10 PETRB38 PETRB38 PETRB28

    PETRB34 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB30

    PETRB36 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB38 0,01 0,01 PETRB42 PETRB42 PETRB34

    PETRB40 0,01 0,01 PETRB36

    PETRB42 0,01 0,01 PETRB38

    PETRB26 PETRB26 PETRB40

    PETRB28 PETRB28 PETRB42

    Operao Mdia/Dia DP / Dia PETRB28 PETRB28

    TAa -536,25 730,19 PETRB30 PETRB30

    TAf -473,75 712,60 PETRB30 PETRB30

    TBa 536,25 730,19 PETRB32 PETRB32 PETRB30

    TBf 473,75 712,60 PETRB32 PETRB32 PETRB32

    BSa -66,67 220,66 PETRB34 PETRB34 PETRB34

    BSf -246,67 248,51 PETRB34 PETRB34 PETRB36

    Ma -1700,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    Mf -1420,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    PETRB38 PETRB38

    PETRB38 PETRB38 PETRB30

    PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB40 PETRB40 PETRB34

    PETRB42 PETRB42 PETRB36

    -1420 Prejuzo

    70 Lucro 40 Lucro

    240 Lucro 180 Lucro

    Lucro

    820 Lucro 640 Lucro

    1550 Lucro 1310

    Prejuzo

    1820 Lucro 1900 Lucro

    -60 Prejuzo -200

    150 Lucro

    Mesa no Fechamento

    Mesa na Abertura

    -1700 Prejuzo

    110 Lucro

    PrejuzoBorboleta Simtrica no Fechamento

    -10 PrejuzoPrejuzo

    Prejuzo-590 Prejuzo

    Prejuzo-300 Prejuzo -190 Prejuzo

    -40

    Trava de Baixa na Abertura Trava de Baixa no Fechamento

    -140

    Prejuzo

    08/02/10

    -820 Prejuzo -640

    -240 Prejuzo -180

    -70 Prejuzo

    Lucro

    -270 Prejuzo

    Lucro240

    Lucro

    -170 Prejuzo

    Prejuzo -110 Prejuzo

    Prejuzo -1310 Prejuzo

    Prejuzo -1900

    20/01/10

    300 Lucro 190

    -150

    60 Lucro 200

    -1550

    -1820

    Trava de Alta na Abertura Trava de Alta no Fechamento Borboleta Simtrica na Abertura

    Continua

  • 47

    ANEXO B COTAES E OPERAES SRIE B (CONTINUAO)

    Data Opo/Srie Abertura Fechamento

    PETRB26 9,56 8,79 PETRB26 PETRB26 PETRB26

    PETRB28 7,43 6,83 PETRB28 PETRB28 PETRB28

    PETRB30 5,85 4,89 PETRB28 PETRB28 PETRB30

    PETRB32 4,20 3,10 PETRB30 PETRB30 PETRB32

    PETRB34 2,35 1,33 PETRB30 PETRB30 PETRB34

    PETRB36 0,93 0,46 PETRB32 PETRB32 PETRB36

    PETRB38 0,28 0,13 PETRB32 PETRB32 PETRB38

    PETRB40 0,08 0,05 PETRB34 PETRB34 PETRB40

    PETRB42 0,04 0,02 PETRB34 PETRB34 PETRB42

    PETRB26 5,79 5,79 PETRB36 PETRB36

    PETRB28 3,79 3,80 PETRB36 PETRB36

    PETRB30 1,72 1,79 PETRB38 PETRB38 PETRB26

    PETRB32 0,30 0,10 PETRB38 PETRB38 PETRB28

    PETRB34 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB30

    PETRB36 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB38 0,01 0,01 PETRB42 PETRB42 PETRB34

    PETRB40 0,01 0,01 PETRB36

    PETRB42 0,01 0,01 PETRB38

    PETRB26 PETRB26 PETRB40

    PETRB28 PETRB28 PETRB42

    Operao Mdia/Dia DP / Dia PETRB28 PETRB28

    TAa -467,50 659,12 PETRB30 PETRB30

    TAf -373,75 569,41 PETRB30 PETRB30

    TBa 467,50 659,12 PETRB32 PETRB32 PETRB30

    TBf 373,75 569,41 PETRB32 PETRB32 PETRB32

    BSa -306,67 221,71 PETRB34 PETRB34 PETRB34

    BSf -300,00 360,65 PETRB34 PETRB34 PETRB36

    Ma -1650,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    Mf -970,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    PETRB38 PETRB38

    PETRB38 PETRB38 PETRB30

    PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB40 PETRB40 PETRB34

    PETRB42 PETRB42 PETRB36

    Trava de Alta na Abertura Trava de Alta no Fechamento Borboleta Simtrica na Abertura

    21/01/10

    -130 Prejuzo 30

    Prejuzo -100

    Lucro-620 Prejuzo

    490 Lucro 70 Lucro

    -140 Prejuzo-230 Prejuzo

    -160 Prejuzo

    -1420 Prejuzo -870 Prejuzo

    -1560 Prejuzo -1680 Prejuzo

    08/02/10

    -650 Prejuzo -330

    -200 Prejuzo -80

    -40 Prejuzo -30

    Trava de Baixa na Abertura Trava de Baixa no Fechamento

    -50 Prejuzo130 Lucro -30 Prejuzo

    100 Lucro

    PrejuzoBorboleta Simtrica no Fechamento

    -40 PrejuzoPrejuzo

    Prejuzo-810 Prejuzo

    Mesa no Fechamento

    Mesa na Abertura

    -1650 Prejuzo

    Prejuzo

    1560 Lucro 1680 Lucro

    -490 Prejuzo -70

    230 Lucro

    Lucro

    650 Lucro 330 Lucro

    1420 Lucro 870

    -970 Prejuzo

    40 Lucro 30 Lucro

    200 Lucro 80 Lucro

    Continua

  • 48

    ANEXO B COTAES E OPERAES SRIE B (CONTINUAO)

    Data Opo/Srie Abertura Fechamento

    PETRB26 8,57 8,89 PETRB26 PETRB26 PETRB26

    PETRB28 6,70 7,02 PETRB28 PETRB28 PETRB28

    PETRB30 4,80 5,08 PETRB28 PETRB28 PETRB30

    PETRB32 2,89 3,25 PETRB30 PETRB30 PETRB32

    PETRB34 1,22 1,50 PETRB30 PETRB30 PETRB34

    PETRB36 0,39 0,48 PETRB32 PETRB32 PETRB36

    PETRB38 0,10 0,12 PETRB32 PETRB32 PETRB38

    PETRB40 0,04 0,05 PETRB34 PETRB34 PETRB40

    PETRB42 0,02 0,03 PETRB34 PETRB34 PETRB42

    PETRB26 5,79 5,79 PETRB36 PETRB36

    PETRB28 3,79 3,80 PETRB36 PETRB36

    PETRB30 1,72 1,79 PETRB38 PETRB38 PETRB26

    PETRB32 0,30 0,10 PETRB38 PETRB38 PETRB28

    PETRB34 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB30

    PETRB36 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB38 0,01 0,01 PETRB42 PETRB42 PETRB34

    PETRB40 0,01 0,01 PETRB36

    PETRB42 0,01 0,01 PETRB38

    PETRB26 PETRB26 PETRB40

    PETRB28 PETRB28 PETRB42

    Operao Mdia/Dia DP / Dia PETRB28 PETRB28

    TAa -346,25 501,02 PETRB30 PETRB30

    TAf -385,00 589,92 PETRB30 PETRB30

    TBa 346,25 501,02 PETRB32 PETRB32 PETRB30

    TBf 385,00 589,92 PETRB32 PETRB32 PETRB32

    BSa -210,00 240,42 PETRB34 PETRB34 PETRB34

    BSf -213,33 304,45 PETRB34 PETRB34 PETRB36

    Ma -1320,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    Mf -1160,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    PETRB38 PETRB38

    PETRB38 PETRB38 PETRB30

    PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB40 PETRB40 PETRB34

    PETRB42 PETRB42 PETRB36

    Trava de Alta na Abertura Trava de Alta no Fechamento Borboleta Simtrica na Abertura

    22/01/10

    130 Lucro 120

    Prejuzo -140

    Lucro-40 Prejuzo

    170 Lucro 70 Lucro

    -550 Prejuzo-490 Prejuzo

    -40 Prejuzo

    -830 Prejuzo -1020 Prejuzo

    -1380 Prejuzo -1660 Prejuzo

    08/02/10

    -290 Prejuzo -360

    -60 Prejuzo -70

    -20 Prejuzo -20

    Trava de Baixa na Abertura Trava de Baixa no Fechamento

    -50 Prejuzo-130 Prejuzo -120 Prejuzo

    140 Lucro

    PrejuzoBorboleta Simtrica no Fechamento

    50 LucroPrejuzo

    Prejuzo-640 Prejuzo

    Mesa no Fechamento

    Mesa na Abertura

    -1320 Prejuzo

    Prejuzo

    1380 Lucro 1660 Lucro

    -170 Prejuzo -70

    490 Lucro

    Lucro

    290 Lucro 360 Lucro

    830 Lucro 1020

    -1160 Prejuzo

    20 Lucro 20 Lucro

    60 Lucro 70 Lucro

    Continua

  • 49

    ANEXO B COTAES E OPERAES SRIE B (CONTINUAO)

    Data Opo/Srie Abertura Fechamento

    PETRB26 8,21 7,81 PETRB26 PETRB26 PETRB26

    PETRB28 6,43 6,24 PETRB28 PETRB28 PETRB28

    PETRB30 4,60 4,35 PETRB28 PETRB28 PETRB30

    PETRB32 3,09 2,54 PETRB30 PETRB30 PETRB32

    PETRB34 1,19 0,95 PETRB30 PETRB30 PETRB34

    PETRB36 0,34 0,22 PETRB32 PETRB32 PETRB36

    PETRB38 0,08 0,07 PETRB32 PETRB32 PETRB38

    PETRB40 0,04 0,03 PETRB34 PETRB34 PETRB40

    PETRB42 0,03 0,02 PETRB34 PETRB34 PETRB42

    PETRB26 5,79 5,79 PETRB36 PETRB36

    PETRB28 3,79 3,80 PETRB36 PETRB36

    PETRB30 1,72 1,79 PETRB38 PETRB38 PETRB26

    PETRB32 0,30 0,10 PETRB38 PETRB38 PETRB28

    PETRB34 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB30

    PETRB36 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB38 0,01 0,01 PETRB42 PETRB42 PETRB34

    PETRB40 0,01 0,01 PETRB36

    PETRB42 0,01 0,01 PETRB38

    PETRB26 PETRB26 PETRB40

    PETRB28 PETRB28 PETRB42

    Operao Mdia/Dia DP / Dia PETRB28 PETRB28

    TAa -300,00 589,28 PETRB30 PETRB30

    TAf -251,25 559,83 PETRB30 PETRB30

    TBa 300,00 589,28 PETRB32 PETRB32 PETRB30

    TBf 251,25 559,83 PETRB32 PETRB32 PETRB32

    BSa -270,00 346,51 PETRB34 PETRB34 PETRB34

    BSf -166,67 447,39 PETRB34 PETRB34 PETRB36

    Ma -940,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    Mf -850,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    PETRB38 PETRB38

    PETRB38 PETRB38 PETRB30

    PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB40 PETRB40 PETRB34

    PETRB42 PETRB42 PETRB36

    Trava de Alta na Abertura Trava de Alta no Fechamento Borboleta Simtrica na Abertura

    26/01/10

    220 Lucro 420

    Prejuzo -120

    Lucro-20 Prejuzo

    240 Lucro 120 Lucro

    -760 Prejuzo-90 Prejuzo

    -30 Prejuzo

    -850 Prejuzo -730 Prejuzo

    -1610 Prejuzo -1500 Prejuzo

    08/02/10

    -260 Prejuzo -150

    -40 Prejuzo -40

    -10 Prejuzo -10

    Trava de Baixa na Abertura Trava de Baixa no Fechamento

    -30 Prejuzo-220 Prejuzo -420 Prejuzo

    120 Lucro

    PrejuzoBorboleta Simtrica no Fechamento

    300 LucroPrejuzo

    Prejuzo-770 Prejuzo

    Mesa no Fechamento

    Mesa na Abertura

    -940 Prejuzo

    Prejuzo

    1610 Lucro 1500 Lucro

    -240 Prejuzo -120

    90 Lucro

    Lucro

    260 Lucro 150 Lucro

    850 Lucro 730

    -850 Prejuzo

    10 Lucro 10 Lucro

    40 Lucro 40 Lucro

    Continua

  • 50

    ANEXO B COTAES E OPERAES SRIE B (CONTINUAO)

    Data Opo/Srie Abertura Fechamento

    PETRB26 8,43 8,26 PETRB26 PETRB26 PETRB26

    PETRB28 6,48 6,18 PETRB28 PETRB28 PETRB28

    PETRB30 4,27 4,53 PETRB28 PETRB28 PETRB30

    PETRB32 2,45 2,80 PETRB30 PETRB30 PETRB32

    PETRB34 0,97 0,98 PETRB30 PETRB30 PETRB34

    PETRB36 0,20 0,24 PETRB32 PETRB32 PETRB36

    PETRB38 0,07 0,08 PETRB32 PETRB32 PETRB38

    PETRB40 0,03 0,03 PETRB34 PETRB34 PETRB40

    PETRB42 0,01 0,01 PETRB34 PETRB34 PETRB42

    PETRB26 5,79 5,79 PETRB36 PETRB36

    PETRB28 3,79 3,80 PETRB36 PETRB36

    PETRB30 1,72 1,79 PETRB38 PETRB38 PETRB26

    PETRB32 0,30 0,10 PETRB38 PETRB38 PETRB28

    PETRB34 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB30

    PETRB36 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB38 0,01 0,01 PETRB42 PETRB42 PETRB34

    PETRB40 0,01 0,01 PETRB36

    PETRB42 0,01 0,01 PETRB38

    PETRB26 PETRB26 PETRB40

    PETRB28 PETRB28 PETRB42

    Operao Mdia/Dia DP / Dia PETRB28 PETRB28

    TAa -330,00 409,08 PETRB30 PETRB30

    TAf -308,75 606,80 PETRB30 PETRB30

    TBa 330,00 409,08 PETRB32 PETRB32 PETRB30

    TBf 308,75 606,80 PETRB32 PETRB32 PETRB32

    BSa -83,33 253,03 PETRB34 PETRB34 PETRB34

    BSf -490,00 392,94 PETRB34 PETRB34 PETRB36

    Ma -1170,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    Mf -780,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    PETRB38 PETRB38

    PETRB38 PETRB38 PETRB30

    PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB40 PETRB40 PETRB34

    PETRB42 PETRB42 PETRB36

    Trava de Alta na Abertura Trava de Alta no Fechamento Borboleta Simtrica na Abertura

    27/01/10

    50 Lucro -90

    Prejuzo -40

    Prejuzo190 Lucro

    -140 Prejuzo 360 Lucro

    -420 Prejuzo-400 Prejuzo

    -20 Prejuzo

    -770 Prejuzo -740 Prejuzo

    -1190 Prejuzo -1730 Prejuzo

    08/02/10

    -130 Prejuzo -160

    -40 Prejuzo -50

    -20 Prejuzo -20

    Trava de Baixa na Abertura Trava de Baixa no Fechamento

    -30 Prejuzo-50 Prejuzo 90 Lucro

    40 Lucro

    PrejuzoBorboleta Simtrica no Fechamento

    -450 PrejuzoPrejuzo

    Prejuzo-990 Prejuzo

    Mesa no Fechamento

    Mesa na Abertura

    -1170 Prejuzo

    Prejuzo

    1190 Lucro 1730 Lucro

    140 Lucro -360

    400 Lucro

    Lucro

    130 Lucro 160 Lucro

    770 Lucro 740

    -780 Prejuzo

    20 Lucro 20 Lucro

    40 Lucro 50 Lucro

    Continua

  • 51

    ANEXO B COTAES E OPERAES SRIE B (CONTINUAO)

    Data Opo/Srie Abertura Fechamento

    PETRB26 8,21 8,66 PETRB26 PETRB26 PETRB26

    PETRB28 6,80 6,73 PETRB28 PETRB28 PETRB28

    PETRB30 4,90 4,84 PETRB28 PETRB28 PETRB30

    PETRB32 3,01 3,05 PETRB30 PETRB30 PETRB32

    PETRB34 1,19 1,15 PETRB30 PETRB30 PETRB34

    PETRB36 0,32 0,27 PETRB32 PETRB32 PETRB36

    PETRB38 0,10 0,06 PETRB32 PETRB32 PETRB38

    PETRB40 0,03 0,02 PETRB34 PETRB34 PETRB40

    PETRB42 0,02 0,01 PETRB34 PETRB34 PETRB42

    PETRB26 5,79 5,79 PETRB36 PETRB36

    PETRB28 3,79 3,80 PETRB36 PETRB36

    PETRB30 1,72 1,79 PETRB38 PETRB38 PETRB26

    PETRB32 0,30 0,10 PETRB38 PETRB38 PETRB28

    PETRB34 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB30

    PETRB36 0,01 0,01 PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB38 0,01 0,01 PETRB42 PETRB42 PETRB34

    PETRB40 0,01 0,01 PETRB36

    PETRB42 0,01 0,01 PETRB38

    PETRB26 PETRB26 PETRB40

    PETRB28 PETRB28 PETRB42

    Operao Mdia/Dia DP / Dia PETRB28 PETRB28

    TAa -301,25 614,72 PETRB30 PETRB30

    TAf -358,75 621,96 PETRB30 PETRB30

    TBa 301,25 614,72 PETRB32 PETRB32 PETRB30

    TBf 358,75 621,96 PETRB32 PETRB32 PETRB32

    BSa -100,00 441,81 PETRB34 PETRB34 PETRB34

    BSf -340,00 417,37 PETRB34 PETRB34 PETRB36

    Ma -1340,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    Mf -980,00 0,00 PETRB36 PETRB36

    PETRB38 PETRB38

    PETRB38 PETRB38 PETRB30

    PETRB40 PETRB40 PETRB32

    PETRB40 PETRB40 PETRB34

    PETRB42 PETRB42 PETRB36

    Trava de Alta na Abertura Trava de Alta no Fechamento Borboleta Simtrica na Abertura

    28/01/10

    590 Lucro 60

    Prejuzo -100

    Lucro420 Lucro

    170 Lucro 120 Lucro

    -660 Prejuzo-470 Prejuzo

    -60 Prejuzo

    -870 Prejuzo -880 Prejuzo

    -1530 Prejuzo -1810 Prejuzo

    08/02/10

    -220 Prejuzo -210

    -70 Prejuzo -40

    -10 Prejuzo -10

    Trava de Baixa na Abertura Trava de Baixa no Fechamento

    -30 Pre