Analise Do Discurso

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Apostila acerca da análise do discurso e suas possibilidades de estudo

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  • ANLISE DO DISCURSO

    LLE 7042

    ESTUDOS LINGUSTICO II

    PROFA. RAQUEL DELY

  • OBJETIVO

    Identificar o discurso como forma de

    ao social capaz de criar, reforar,

    perpetuar e/ou desafiar prticas

    sociais formas de relacionamento e

    de comportamento, crenas,

    pressupostos, vises de mundo.

  • JUSTIFICATIVA

    Caracterstica formacional

    da sociedade moderna

    ampla exposio aos mais

    diversos portadores de

    texto.

  • DEFININDO DISCURSO

    Construo social que emerge

    em um dado contexto histrico-

    cultural que influencia as

    condies de produo de

    textos tanto quanto reflete uma

    viso de mundo vinculada

    do(s) seu(s) produtor(es) e

    sociedade em que vive(m).

  • ORIGENS DA ANLISE DO

    DISCURSO

    Dcada de 60: desestabilizao

    do formalismo d lugar

    preocupao com o uso da

    linguagem e a relao que se

    estabelece entre tal uso e o

    momento social/poltico/histrico

    em que tal uso se d. Diferentes

    prticas erigem-se sob a gide da

    Anlise do Discurso (AD

    Francesa e Inglesa, por exemplo).

  • ANLISE CRTICA DO DISCURSO

    Relao entre discurso e

    poder: em sociedades

    democrticas, a

    distribuio de poder

    uma questo mais

    persuasiva e de

    consentimento do que

    coerciva (o discurso

    capaz de controlar nossas

    opinies, atitudes,

    preferncias, crenas)

  • O QUE EST POR TRS DESTE

    DISCURSO?

    No s porque voc est casada que vai

    ficar descuidada, ah?

    Esse negcio de unidos para sempre,

    pizza todo dia; um perigo.

    Reaja! Comece pelos peitinhos. Eles tm

    que ser melhores que a concorrncia.

    Experimente os fils de peito que a

    Macedo est lanando.

    Mm! Numa embalagem super prtica.

    So tenros, macios, com tudo no lugar.

    um melhor do que o outro.

    Sirva os fils de peito (nome da

    empresa/marca) que a, querida, quem vai

    ficar caidinho o seu marido.

  • COMO VOC REAGE ELE?

    Reao proporcional estrutura social

    em que se vive

    natural, na medida em que h um entendimento de que cabe mulher a

    responsabilidade pela casa e pela

    famlia.

    preconceituoso, na medida em que h a percepo de que o comercial no s

    mantm como tambm refora uma

    posio subordinada da mulher com

    relao ao homem haja vista que ela

    convidada a comprar o produto

    anunciado, prepar-lo e servi-lo para o

    marido.

  • COMO VOC REAGE ELE?

    Enquanto houver o entendimento de que isso

    natural, esse tipo de discurso tende a se perpetuar.

    No entanto, no s a sociedade influencia o discurso, mas tambm o discurso influencia a

    sociedade. Por isso a importncia de percebermos

    prticas discursivas discriminatrias para que

    deixemos de usar esse tipo de linguagem, ajudando,

    assim, a desafiar prticas sociais dominadoras,

    opressoras e abusivas que promovem desigualdades

    sociais.

  • COMO VOC REAGE ELE?

    Na medida em que essas prticas discursivas

    causarem estranhamento e forem vistas como

    passveis de questionamento e no como

    verdades absolutas, as pessoas podem

    desafiar tanto os discursos quanto as prticas

    sociais baseadas na desigualdade.

  • O QUE ENTO ACD?

    OperacionalmenteTrata-se de uma teoria social do discurso,

    porm linguisticamente orientada. a partir da

    interao entre o social e o lingustico; ou

    seja, entre as dimenses de texto, prtica

    discursiva e prtica social que podemos

    verificar como a linguagem e os processos de

    ordem social se entrecruzam. (LSF)

  • O QUE BUSCA FAZER A ACD?

    O intuito da ACD olhar para a sociedade a partir de suasprticas discursivas com vistas a identificar prticas sociaisinjustas como, com relao ao exemplo que apresentamos, deque cabe s mulheres a responsabilidade pela casa e pelos filhos, porm aceitas passivamente como se fossem naturais elegtimas , a fim de desvelar, desmistificar e desafiar relaes depoder, opresso e dominao social para ento promovermudana social (VAN DIJK, 2008; MEURER, 2007). preciso queas pessoas percebam que nem tudo que senso comum natural, mas sim naturalizado por tradies e convenes sociaisque, via de regra, perpetuam relaes assimtricas de poder.