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JOÃO FLÁVIO RODRIGUES DE SOUZA ANÁLISE DO NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE A ATIVIDADE FÍSICA DE CAMINHADA E DO PERFIL DOS PRATICANTES NA PRAÇA ALVORADA NA VILA MARIANA EM PARACATU-MG PARACATU-MG 2011

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JOÃO FLÁVIO RODRIGUES DE SOUZA

ANÁLISE DO NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE A ATIVIDADE

FÍSICA DE CAMINHADA E DO PERFIL DOS PRATICANTES NA

PRAÇA ALVORADA NA VILA MARIANA EM PARACATU-MG

PARACATU-MG

2011

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FACULDADE TECSOMA

CURSO DE FISIOTERAPIA

JOÃO FLÁVIO RODRIGUES DE SOUZA

ANÁLISE DO NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE A ATIVIDADE

FÍSICA DE CAMINHADA E DO PERFIL DOS PRATICANTES NA

PRAÇA ALVORADA NA VILA MARIANA EM PARACATU-MG

Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de

graduação em Fisioterapia da Faculdade

Tecsoma em Paracatu Minas Gerais, como

requisito parcial para obtenção do titulo de

Bacharel em Fisioterapia.

Orientadora Temática ( I ): Michele Faria Lima.

Orientador Temático ( II ): Jorge Luiz Diego de Oliveira

Orientadora Metodológica: Cecília Maria Dias

Nascimento.

PARACATU-MG

2011

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JOÃO FLÁVIO RODRIGUES DE SOUZA

ANÁLISE DO NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE A ATIVIDADE

FÍSICA DE CAMINHADA E DO PERFIL DOS PRATICANTES NA

PRAÇA ALVORADA NA VILA MARIANA EM PARACATU-MG

Trabalho apresentado em cumprimento às exigências acadêmicas parciais da disciplina

monografia II para obtenção de título de bacharel em Fisioterapia.

Banca Examinadora

Orientadora Temática ( I ): _____________________________________________________

MSc. Michelle Faria Lima (Faculdade Tecsoma)

Orientador Temático ( II ): _____________________________________________________

Esp. Jorge Luiz Diego de Oliveira

Orientadora Metodológica: _____________________________________________________

MSc. Cecília Maria Dias Nascimento (Faculdade Tecsoma)

Paracatu-MG, 21 de Novembro de 2011

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Dedico este trabalho primeiramente a

Deus, pela saúde, fé e perseverança que tem me

dado, pois sem ele nada seria possível e aos meus

pais a quem honro pelo esforço com o qual não

mediram esforços para que eu alcançasse esse

objetivo, em geral a toda a minha família pela

força e compreensão nos motivos pelo quais

decidi ir tão longe de casa para realizar este

sonho. Aos meus colegas, companheiros de tantos

momentos inesquecíveis nos quais não me

esquecerei jamais. Por último e não menos

importante, todas as pessoas que conheci nesta

cidade e fizeram sentir-me em casa.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha orientadora metodológica Cecília Maria Nascimento Dias, pelo

grande empenho em me ajudar a elaborar todo o projeto de pesquisa epidemiológica e

metodológica deste trabalho.

Agradeço o meu orientador temático II Jorge Luiz Diego de Oliveira, que se fez

importante para definir os pontos fortes do meu TCC e apontar os pontos fracos sempre me

auxiliando nas correções.

Agradeço a minha orientadora temática I Michelle Faria Lima, que acompanhou de

perto toda a minha vida acadêmica, e por isso a escolhi para ser minha orientadora geral,

obrigado por me mostrar os erros e me ajudar a superá-los.

Agradeço ainda a meus irmãos, por sempre me apoiarem nos momentos difíceis e de

poucos recursos humanos enquanto estive longe de minha casa, em especial ao Farley por me

incentivar e fazer acreditar que só através dos estudos conseguimos ir cada vez mais longe.

Aos companheiros de República, família que pude escolher para morar durante todos

esses anos, nunca me esquecerei das farras, das vaquinhas para comprar comida (risos), das

festas que fomos como penetras, valeu pessoas nunca esquecerei vocês.

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Agradeço também ao Mauro Augusto e toda a sua família que me acolheram aqui

nesta cidade com se fosse parte de sua família, pessoas que nunca esquecerei e que sempre

estarão vívidas em minhas memórias.

À minha namorada, Soniele Antunes que durante todo o nosso tempo juntos sempre

me deu muita força e apoio nas minhas decisões, se tornou para mim uma pessoa a quem

admiro e me espelho para seguir os seus passos.

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“Chamamos de Ética o conjunto de coisas que

as pessoas fazem quando todos estão olhando. O

conjunto de coisas que as pessoas fazem quando

ninguém está olhando chamamos de Caráter.”

Oscar Wilde

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RESUMO

Ao longo dos anos a tecnologia e a modernidade vêm trazendo vários benefícios para a

humanidade como conforto, praticidade, rapidez, avanços medicinais dentre outros, porém,

junto como os benefícios vieram também os malefícios da vida moderna que impuseram as

pessoas um estilo de vida cada vez mais sedentário. Essa inatividade física causa danos à

saúde que comprometem todos os sistemas do corpo humano, provocando o agrave e/ou

aparecimento de doenças. É comprovado que o exercício físico é benéfico e altamente

recomendado no processo de prevenção e tratamento de várias doenças, nesse âmbito a

caminhada ganha muita atenção por se tratar de uma atividade física de baixa, média ou alta

intensidade conforme a necessidade e condições do praticante e ao mesmo tempo causar

pouco impacto e dano aos tecidos e estruturas do corpo. Este trabalho teve como objetivo o

levantamento de dados e informações sobre o perfil e o conhecimento das pessoas praticantes

de caminhada com o intuito de identificar se esta atividade é realizada de forma correta ou se

há necessidade de aumentar o acesso da população a informações sobre a atividade física

caminhada melhorando ainda mais o aproveitamento dos benefícios dessa modalidade de

exercício. Foram coletadas informações de pessoas praticantes de caminhada na Praça

Alvorada no bairro Vila Mariana em Paracatu-MG através de questionário.

Palavras-chave: Caminhada orientada. Sedentarismo. Perfil dos praticantes.

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ABSTRACT

Over the years and modern technology have brought many benefits to humanity as comfort,

convenience, speed, among other medical advances, however, the benefits have come together

as well as the evils of modern life which forced people to adopt a lifestyle increasingly

sedentary. This physical inactivity causes damage to health that affect all body systems,

causing aggravation and / or onset of disease. It is proven that exercise is beneficial and

highly recommended in the process of prevention and treatment of many diseases, walking in

this area has gained much attention because it is a physical activity of low, medium or high

intensity according to the needs and conditions of the practitioner and while causing little

impact and damage to tissues and body structures. This study aimed to uncover data and

information on the profile and knowledge of those walkers in order to identify whether this

activity is performed correctly or if there is need to increase people's access to information

about physical activity Walk further improving the utilization of the benefits of this type of

exercise. We collected information from people in the street walkers Dawn in Vila Mariana in

Paracatu-MG through a questionnaire.

Keywords: Guided walk. Sedentary lifestyle. Profile of pratitioners.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Quadro mostrando a classificação taxonômica da qualidade devida ................ 24

Figura 02 Modalidade de atividade física declarada pelos entrevistados.. ........................ 46

Figura 03 Periodicidade da prática de exercício físico declarado pelos entrevistados. ..... 47

Figura 04 Período de realização da atividade física. ......................................................... 49

Figura 05 Tempo de duração da atividade física por dia. .................................................. 50

Figura 06 Aumento ou diminuição do tempo gasto no percurso da caminhada. ............... 54

Figura 07 Motivo pelo qual realiza a atividade física na praça. ........................................ 56

Figura 08 Mensuração em meses ou anos da prática de caminhada na praça. .................. 58

Figura 09 Prática de outras modalidades de atividade física relatada pelos

entrevistados. ....................................................................................................................... 59

Figura 10 Prática do alongamento antes e depois da caminhada. ..................................... 61

Figura 11 Tempo de duração do alongamento. ................................................................. 62

Figura 12 Ensino da técnica de alongamento. ................................................................... 64

Figura 13 Prática do aquecimento antes da atividade física. ............................................. 66

Figura 14 Duração do aquecimento ................................................................................... 68

Figura 15 Alimentação antes da prática da caminhada. .................................................... 69

Figura 16 Alimentos consumidos antes da prática da caminhada. .................................... 71

Figura 17 Uso de vestimenta adequada para a realização da caminhada. ......................... 72

Figura 18 Uso de calçado adequado para a realização da caminhada. .............................. 74

Figura 19 Uso de proteção a exposição solar durante a caminhada conforme relatado

pelos entrevistados ............................................................................................................... 76

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Figura 20 Relação do consumo de água antes, durante e depois da caminhada. ............... 77

Figura 21 Quantidade de pessoas que afirmaram ser fumante segundo relatado

pelos entrevistados ............................................................................................................... 79

Figura 22 Número de pessoas que relataram consumir bebidas alcoólicas. ...................... 81

Figura 23 Quantidade de pessoas que afirmaram fazer uso de medicamentos. ................ 82

Figura 24 Número de pessoas que relataram ser portadores de algum problema

de saúde. .............................................................................................................................. 83

Figura 25 Número de pessoas que se consideram acima do peso normal. ........................ 85

Figura 26 Mensuração em tempo com relação a última vez que aferiu a pressão

arterial. ............................................................................................................................... 89

Figura 27 Testes e exames físicos realizados pelos praticantes de caminhada

conforme . ............................................................................................................................ 91

Figura 28 Benefícios obtidos com a prática regular da caminhada segundo

relatado pelos ...................................................................................................................... 96

Figura 29 Sensação de bem-estar e prazer relatado pelos entrevistados durante

e/ou após o período de caminhada ....................................................................................... 98

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 Distribuição de critérios durante a caminhada.................................................. 52

Tabela 02 Período em que realizou o último exame e a freqüência de médica. ................ 87

Tabela 03 Demonstração das queixas de dores nas atividades de vida diária,

problemas coluna vertebral, articulações e a taxa de desconforto promovido pela

caminhada.. .......................................................................................................................... 94

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LISTA DE SIGLAS

ACMS - American College of Sports Medicine.

ADM – Amplitude de movimento.

AVC – Acidente vascular cerebral.

AVD – Atividade de vida diária.

AVDs – Atividade de vida diárias.

AVE – Acidente vascular encefálico.

CDC - Centers for Disease Control and Prevention.

CM – Centímetros.

DAC – Doença arterial coronariana.

DC – Depois de Cristo.

DCV – Doença cardiovascular.

ENDEF - Estudo nacional de despesa familiar.

FC – Freqüência cárdica.

FCMax – Freqüência cardíaca máxima.

G/KG – Grama por kilograma.

HAS - Hipertensão arterial sistêmica.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas.

IMC - Índice de massa corporal.

JAMA - Jornal of the American Medical Association.

KG/M2 – Kilogramas por metro quadrado.

LHAHM - Liga de Hipertensão Arterial do Hospital de Messejana.

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MG- Minas Gerais.

OMS – Organização Mundial de Saúde.

ONU - Organização das Nações Unidas.

PA – Pressão arterial.

PAD - Pressão arterial diastólica.

PAS - Pressão arterial sistólica.

PB – Paraíba.

QV – Qualidade de vida.

TC6 - Teste de caminhada de seis minutos.

UFPB - Universidade Federal da Paraíba.

VTCC - Velocidade de transição caminhada-corrida.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 17

1.1 Justificativa ............................................................................................................ 21

1.2 Objetivos ............................................................................................................... 22

1.2.1 Objetivo geral ........................................................................................................ 22

1.2.2 Objetivo específico ................................................................................................ 22

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 23

2.1 Qualidade de vida .................................................................................................. 23

2.2 Saúde ..................................................................................................................... 25

2.3 Atividade física...................................................................................................... 26

2.3.1 Importância da atividade física .............................................................................. 27

2.4 Sedentarismo ......................................................................................................... 27

2.5 Caminhada ............................................................................................................. 28

2.5.1 Benefícios da caminhada ....................................................................................... 30

2.6 Doenças cardiovasculares ...................................................................................... 31

2.6.1 Hipertensão arterial sistêmica (HAS) .................................................................... 32

2.6.2 Benefícios da caminhada na Hipertensão arterial sistêmica (HAS) ...................... 33

2.6.3 Doença arterial coronariana ................................................................................... 34

2.6.4 Benefícios da caminhada na doença arterial coronariana...................................... 35

2.7 Obesidade .............................................................................................................. 36

2.7.1 Benefícios da caminhada na obesidade ................................................................. 37

2.8 Diabetes ................................................................................................................. 38

2.8.1 Benefícios da caminhada na Diabetes ................................................................... 38

2.9 Saúde psicológica .................................................................................................. 39

2.9.1 Benefícios da caminhada na saúde psicológica ..................................................... 40

2.9.2 Depressão .............................................................................................................. 40

2.9.3 Ansiedade .............................................................................................................. 41

2.9.4 Distúrbios do sono ................................................................................................. 42

2.10 Envelhecimento ..................................................................................................... 42

2.10.1 Benefícios da caminhada no envelhecimento ....................................................... 43

3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 44

3.1 Método................................................................................................................... 44

3.2 População Pesquisada............................................................................................ 44

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................... 46

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5 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 100

REFERÊNCIAS................................................................................................................. 102

APENDICE (A) .................................................................................................................. 109

ANEXO (B) ....................................................................................................................... 114

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1 INTRODUÇÃO

A atividade física tem feito parte de várias ações durante a história da humanidade,

como jogos, preparação da disputas, guerras etc. Porém há muito tempo se sabe que o

exercício físico vem sendo considerado um meio de preservar e melhorar a saúde, paralelo a

isso o sedentarismo e o estilos de vida de pessoas que incorporam pouca atividade física em

suas rotinas são observados e comparados em grandes estudos para esclarecimento dos efeitos

do exercício no corpo humano (MONTEIRO; ARAÚJO, 2001).

Em 1995 foi realizada uma das maiores revisões bibliográficas da época e proposto

uma taxonomia das principais definições em relação à qualidade de vida (QV) encontrada até

o ano de 1995, os cientistas dividiram essa classificação em 04 partes, a partir dos anos 80 até

1994. Em resumo eles explicam que a maior concentração de definições quanto a QV se dão

nos anos 90 uma vez que os estudiosos começam a consolidar uma idéia quanto à elaboração

de um conceito base, neste novo conceito inclui o contexto de saúde física, mental e social

(SEIDL; ZANNON, 2004).

Sobre a definição de saúde a OMS diz “Saúde é o estado do mais completo bem-estar

físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidades” deixando claro também que

esse era o papel do Estado na promoção do direito a saúde (SCLIAR, 2007).

A definição de saúde pela OMS é constantemente criticada, muitos autores e outras

entidades de saúde especulam sobre o real entendimento do termo saúde, para muitos é

preciso que a pessoa interaja com o meio cultural e político em que vive realizando também

de forma normal as Atividades de Vida Diária (AVD), atendendo a capacidade de se

adaptarem as condições adversas solicitadas em sua comunidade (ALMEIDA FILHO, 2000).

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A partir do momento em que a epidemiologia começou a analisar e levantar dados

referentes à atividade física como meio de promoção da saúde, vários relatórios apareceram

confirmando essa posição, nas últimas três décadas numerosos trabalhos demonstraram que

altos níveis de atividade física ou aptidão física estão associados de forma direta e indireta à

diminuição no risco de doenças como: doença arterial coronariana, diabetes, hipertensão,

osteoporose, obesidade entre várias outras (PITANGA, 2002).

A atividade física gera um gasto energético variante de acordo com a característica da

modalidade de exercício, o homem é um ser de deambulação bípede o que lhe permite apenas

duas formas naturais de ambulação a caminhada e a corrida. Sendo que quando caminhamos e

a velocidade dessa caminhada vai aumentando gradativamente logo atingimos o ponto

máximo ou critico de velocidade dessa modalidade, sendo assim se quisermos continuar a

atingir uma maior velocidade passamos então modalidade de corrida é quando caracterizamos

a Velocidade de Transição Caminhada-Corrida (VTCC) (MONTEIRO; ARAÚJO, 2009).

A caminhada é o exercício mais popular, devido a sua facilidade em realização, o

baixo custo de execução, por não precisar de equipamentos caros e podendo ser realizada em

quase todos os locais, sendo assim é um exercício barato e com grandes benefícios a saúde,

este recurso é muito utilizado em programas de controle de peso e de redução dos fatores de

risco da doença coronariana entre outras. Toda caminhada seja ela realizada de forma rápida

ou longa de pouca ou grande duração traz benefícios ao corpo, mas quando o objetivo da

caminhada é redução de peso o gasto energético é um parâmetro muito importante que deve

ser estabelecido, acompanhado e monitorado por um profissional da saúde (DUTRA et al.,

2007).

Quando falamos em prevenção de doenças através de exercício físico a medicina

moderna aponta cada vez mais para soluções baratas e afirma que o meio mais eficaz para

ajudar no tratamento de doenças é a adoção de práticas saudáveis no dia a dia, a bola da vez é

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a prática de caminhadas como medida preventiva e de controle da HAS, essa modalidade

aeróbica promove benefícios não apenas de forma específica a uma doença, mas sim para

todo um conjunto delas uma vez que a caminhada trabalha todos os pontos do corpo, no

entanto essa prática não esta sendo promovida de forma correta já que a grande maioria das

pessoas começam a praticar a caminhada sem nunca ter sido orientado ou ter realizado algum

exame físico para sabe se realmente estão condicionados e totalmente esclarecidos para a

realização desta atividade física, já por outro lado quando a pessoa segue um treinamento de

forma orientado por um especialista da área os benefícios são ainda maiores uma vez que os

exercícios aeróbicos serão direcionados para atender as necessidades mais urgentes

(THOMPSON, 2004).

A atividade física da caminhada é uma modalidade de exercício física considerada

segura para quem já possui problemas de HAS tanto em adultos e em crianças saudáveis,

sendo assim, a medida em que conhecermos ainda mais os efeitos do exercício nas respostas

cardiovasculares durante o treinamento físico, podemos melhorar a segurança dos atletas com

relação a essa atividade (PEDROSO et al., 2007).

Outra doença que aceita muito bem a caminhada como meio de auxilio no tratamento

é Doença Arterial Coronariana (DAC) que é a principal forma de doença cardíaca. Existem

outras razões importantes pelas quais a prática regular do exercício é identificada como sendo

a que oferece o menor risco de DAC. Uma delas é que as artérias coronárias de indivíduos

que possuem um preparo físico melhor podem expandir-se mais, e são menos rígidas na

terceira idade e também são mais calibrosas do que as artérias em indivíduos sedentários. Para

isso é preciso que a prática de exercício seja realizada regularmente para que o risco da DAC

seja diminuído (NIEMAN, 2011).

A prática de atividade física regular leva o organismo a ter um melhor controle sobre o

balanço energético. Isso se deve ao aumento na capacidade de oxidação de ácidos graxos

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livres nas células musculares. Além do efeito protetor na massa magra, o exercício acelera a

perda de massa gorda durante restrição dietética. Alem disso o exercício físico realizado

cronicamente aumenta a atividade de enzima lípase hormônio sensível potencializando a

oxidação de lípides e favorecendo assim o emagrecimento (POWERS, 2005).

O exercício era considerado uma das três pedras angulares do tratamento de pessoas

com diabetes tipo I junto a dieta e a administração de hormônio. Embora o conceito do

benefício da atividade física para diabéticos tenha séculos de idade, ainda há controvérsia no

que diz respeito a seu valor (OLIVEIRA; MILECH, 2004).

A caminhada através de seus efeitos positivos sobre o estresse, o humor e o

autoconceito, tem se mostrado como um eficiente meio na obtenção de bem-estar psicológico.

Não obstante, é de interesse geral saber quais são as características das atividades que

determinam os efeitos positivos sobre a saúde mental. Alguns benefícios a saúde mental que

podem ser relacionados ao exercício são: depressão, ansiedade e insônia (WEINECK, 2005).

Um ingrediente essencial para o envelhecimento saudável é a atividade física regular.

De todas as faixas etárias, os idosos são os mais beneficiados por serem ativos, inclusive com

o potencial para redução do risco de doenças cardiovasculares, câncer, hipertensão arterial,

depressão, osteoporose, fraturas ósseas e diabetes, com melhora em composição corporal,

condicionamento, longevidade, capacidade de realizar atividades envolvendo cuidados

pessoais (NIEMAN, 2011).

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1.1 Justificativa

A prática da atividade física como a caminhada tem aumentado o seu número de

adeptos ao longo dos anos, o número de pessoas que praticam essa modalidade de exercício

aeróbico apresenta uma crescente a cada ano que passa, e boa parte desse aumento se deve às

pesquisas científicas que comprovaram a eficiência da modalidade quando se diz respeito a

melhora no condicionamento físico e mental, ficou comprovado também que essa modalidade

auxilia nos tratamentos de algumas doenças desde que a prática da atividade física seja

constante em um período prolongado.

Estudos científicos realizados em grandes grupos de pessoas revelaram que a maiorias

dos caminhantes não costumam realizar nenhuma avaliação médica ou seguem alguma

orientação profissional para obter um bom resultado e/ou resguardasse de uma possível

complicação.

Sendo assim é de suma importância que o conhecimento e os cuidados quanto à

prática da caminhada sejam devidamente disseminados entre os seus adeptos para que os

mesmos possam desfrutar de seus benefícios sem que ao mesmo tempo em contra partida a

caminhada promova algum risco a sua saúde.

A caminhada é uma atividade física de baixo custo operacional e de fácil acesso a

todas as pessoas independente de sua raça, etnia ou situação financeira, desta forma a

fisioterapia pode utilizar-se da caminhada associada a outras técnicas para otimizar os

resultados no tratamento de várias patologias.

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1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

Analisar o perfil e o nível de conhecimento dos praticantes de caminhada verificando

se o exercício físico é realizado de forma correta sem riscos a saúde.

1.2.2 Objetivo específico

Identificar o perfil dos praticantes de caminhada

Identificar possíveis erros na prática da atividade física;

Diagnosticar possíveis riscos à saúde decorrente da execução errônea da Caminhada.

Identificar o nível de satisfação das pessoas em relação aos benefícios da prática da

caminhada.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Qualidade de vida

Pigou em 1920 conseguiu pela primeira vez na história definir o termo qualidade de

vida, quando escrevia em seu livro sobre economia e bem-estar, neste livro ele discutiu como

o suporte governamental daquela época influenciava na vida das pessoas de classes sociais

menos favorecidas, por se tratar de uma abordagem ainda primitiva e singular a esse tema o

termo não foi valorizado e acabou por ficar esquecido (KLUTHCOVSKY;

TAKAYANAGUI, 2007).

Em meados dos anos 90 um pesquisador chamado Farquhar em 1995 realizou uma das

maiores revisões bibliográficas da época e propôs um taxonomia das principais definições em

relação a Qualidade de Vida (QV) encontradas ate o ano de 1995, ele dividiu essa

classificação em 4 partes a partir dos anos 80 ate 1994. Em seu resumo ele explica que a

maior concentração de definições quanto a QV se dão nos anos 90 uma vez que os estudiosos

começam a consolidar uma idéia quanto à elaboração de um conceito base, neste novo

conceito inclui o contexto de saúde física, mental e social. Essas divisões estão apresentadas

abaixo na figura 01 (SEIDL; ZANNON, 2004).

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Figura 01. Quadro mostrando a classificação taxonômica da qualidade de vida.

Taxonomia das definições de qualidade de vida, segundo Farquhar (1995).

Taxonomia Características e implicações das definições

I – Definição global

Primeiras definições que aparecem na literatura. Predominam até

meados da década de 80. Muito gerais, não abordam possíveis

dimensões do construto. Não há operacionalização do conceito.

Tendem a centrar-se apenas em avaliação de satisfação/insatisfação

com a vida.

II – Definição com base em

componentes

Definições baseadas em componentes surgem nos anos 80. Inicia-se o

fracionamento do conceito global em vários componentes ou

dimensões. Iniciam-se a priorização de estudos empíricos e a

operacionalização do conceito.

III – Definição focalizada

Definições valorizam componentes específicos, em geral voltados para

habilidades funcionais ou de saúde. Aparecem em trabalhos que usam

a expressão qualidade de vida relacionada à saúde. Ênfase em aspectos

empíricos e operacionais. Desenvolvem-se instrumentos diversos de

avaliação da qualidade de vida para pessoas acometidas por diferentes

agravos.

IV – Definição combinada

Definições incorporam aspectos dos Tipos II e III: favorecem aspectos

do conceito em termos globais e abrangem diversas dimensões que

compõem o construto. Ênfase em aspectos empíricos e operacionais.

Desenvolvem-se instrumentos de avaliação global e fatorial.

Fonte: Seidl e Zannon, 2004

Porém apesar dessa taxonomia criada por Farquhar, os especialistas afirmam que a

definição mais exata da QV esta relacionada com a própria definição que cada pessoa tem em

relação a sua vida e o seu ponto de vista (SEIDL; ZANNON, 2004).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) ao longo de muitos anos vem desenvolvendo

várias formas de classificar a QV, a mais aceita são os questionários para essa avaliação,

atualmente os principais são: WHOOL-bref e o WHOQOL-100, ambos são constituídos de

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questões que buscam identificar a situação social, econômica e psicológica além de comparar

esses dados com a cultura local do ambiente onde a pessoa está inserida (FLECK et al., 1999).

2.2 Saúde

Após a segunda guerra mundial discuti-se a criação de uma agência global que

pudesse responder por todas as nações, nasce em tão a Organização das Nações Unidas

(ONU) e também da Organização Mundial da Saúde (OMS), e 1948 sofrendo muita pressão

em relação a criação de um consenso entre as nações sobre a definição de saúde a OMS diz

“Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência

de enfermidades” afirmando de maneira consistente que esse era o dever do Estado na

promoção do direito a saúde (SCLIAR, 2007).

A definição de saúde pela OMS é constantemente criticada, muitos autores e outras

entidades de saúde especulam sobre o real entendimento do termo saúde, para muitos é

preciso que a pessoa interaja com o meio cultural e político em que vive realizando também

de forma normal as Atividades de Vida Diária (AVD), atendendo a capacidade de adaptarem-

se as condições adversas solicitadas em sua comunidade (ALMEIDA FILHO, 2000).

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2.3 Atividade física

Quando em 1996, um Manifesto do Cirurgião Geral dos Estados Unidos discutiu sobre

a aptidão física, os integrantes dessa reunião concluirão que a definição para atividade física é

física qualquer movimento corporal com gasto energético acima dos níveis de repouso,

incluindo as atividades diárias, as atividades de lazer, como se exercitar, praticar esportes,

dançar, cantar, etc. Em seguida outras definições aparecem uma delas foi a de Shephard e

Balady, que definiram atividade física como o movimento promovido através da contração

dos músculos e movimento das articulações que promovam queima de energia, não se

preocupando com a magnitude desse gasto de energia nem a forma com é empregada

(ARAÚJO; ARAÚJO, 2000).

Muitas vezes os termos atividade física e exercício físico nos remetem a idéia de

sinônimos, ou seja, que possuem o mesmo significado, porém, a atividade física é considerada

qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, resultante em um gasto

energético maior do que os níveis de repouso, já o exercício é uma atividade física planejada,

moldurada e definida por séries que tem por objetivo a melhoria e a manutenção da aptidão

física. O real conhecimento da prática de exercício físico não indica que a pessoa irá

desenvolver essa atividade, mas sem esse conhecimento e uma grande percepção correta sobre

a atividade física e o exercício é possível que as ações tomadas para uma alteração no padrão

comportamental não sejam suficientes. Quanto maior for à capacidade de conhecimento de

uma pessoa em relação aos benefícios da prática constante e regular de atividade física mais

difícil será um aumento dos níveis de sedentarismo da mesma (DOMINGUES; ARAÚJO;

GIGANTE, 2004).

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2.3.1 Importância da atividade física

A partir do momento em que a epidemiologia começou a analisar e levantar dados

referentes a atividade física como meio de promoção da saúde, vários relatórios apareceram

confirmando essa posição, nas últimas três décadas numerosos trabalhos têm demonstrado

que altos níveis de atividade física ou aptidão física estão associados de forma direta e indireta

à diminuição no risco de doenças como: doença arterial coronariana, diabetes, hipertensão,

osteoporose entre várias outras. A atividade física e aptidão física são duas definições

diferentes, porém uma esta relacionada a outra, a atividade física é um estado de

comportamento que uma pessoa adota como estilo de vida, já a aptidão física é determinada

geneticamente é a predisposição do indivíduo em realizar uma atividade física, vale ressaltar

que a atividade física quando realizada de forma constante e regular pode melhorar a aptidão

física (PITANGA, 2002).

2.4 Sedentarismo

A comodidade da sociedade moderna traz várias evidências de que o homem

contemporâneo utiliza-se cada vez menos de suas potencialidades corporais e que o baixo

nível de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de doenças degenerativas, sendo

assim o corpo humano se torna cada vez mais vulnerável as doenças, o que sustenta a

necessidade de se promover mudanças no estilo de vida, levando a prática de atividades

físicas ao cotidiano (LIMA; AZEVEDO, 2006).

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A jornada de trabalho com pouca intensidade em gasto energético por parte do corpo

humano desenvolve uma desarmonia em todo o sistema corporal de forma a prejudicar a

qualidade de vida, devido a isso o corpo humano começa a ficar sedentário e vulnerável a

várias enfermidades, por isso, o sedentarismo é considerado um fator de risco grave quando

associado ao risco de doenças cardiovasculares, a hipertensão arterial, a obesidade, o Acidente

Vascular Encefálico (AVE), Diabetes Mellitus, complicações respiratórias e outros. A pessoa

que é sedentária não consegue estabelecer um equilíbrio entre a obtenção de energia através

dos alimentos e o gasto energético através de atividades físicas elaboradas ou conseqüentes

das AVDs, por causa disso o acúmulo de nutrientes desenvolve a obesidade, o colesterol alto,

hiperglicemia entre outros fatores de risco a saúde encontrada nas sociedades modernas.

Quando uma pessoa se enquadra em um perfil sedentário ela deve tentar modificar a sua

rotina como seus hábitos alimentares e atividades físicas, este novo modo de vida deve estar

ligado tanto a vida profissional quanto na parte pessoal no lazer, pois através dessas mudanças

é que a pessoa terá benefícios importantes para a sua saúde diminuindo o risco de adquirir

patologias associadas ao sedentarismo. Entretanto é de fundamental importância que todas as

mudanças no estilo de vida sejam orientadas e acompanhadas por profissionais da saúde

especializados para que não haja nenhuma reação adversa ao esperado com a vivência de uma

vida ativa e saudável (DOMÍNGUEZ et al., 2008).

2.5 Caminhada

Em meados da década de 90 o Jornal of the American Medical Association (JAMA),

resume e publica um conjunto de recomendações sistematizadas de forma analítica sobre a

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prática de atividade física como fator de proteção à saúde. Essas mesmas recomendações

também são revistas e aceitas pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDCP) e pelo

American College of Sports Medicine (ACSM). De forma bem clara, dizia que o mínimo de

exercício era: 30 minutos de atividade física de intensidade moderada durante todo dia,

podendo ser subdivididos em três períodos de 10 minutos, preferencialmente todos os dias da

semana, contabilizando um gasto energético mínimo de 2000 calorias semanais para que se

possa adquirir proteção adicional à saúde. Até hoje existem muitas divergências com relação a

uma definição geral e definitiva quanto a ciência do movimento humano, apesar disso várias

são as entidade que recomendam essas definições para estabelecer uma promoção a saúde

física no mundo, tais como a OMS, ONU e outros. Um ponto certo entre elas é que ambas

trabalham para montar estratégias para conduzir a população de um modo geral a esse novo

estilo de vida (FRAGA et al., 2009).

Porem muito se fala sobre a caminhada e a corrida como sendo duas formas distintas,

mas de resultados iguais, para Monteiro e Araújo (2001). Nos últimos anos os profissionais da

área da saúde se depararam com uma grande dúvida quanto a orientação de qual a melhor

modalidade de exercício físico, a caminhada ou a corrida? E quando a pessoa pode deixar de

caminhar e começar a correr? Recentes estudos epidemiológicos apontam que a melhor opção

seria alternar entre as duas formas de exercício, é claro que para um individuo com porte

atlético essa alternância é feita sem prejuízo ou dificuldade imposta ao seu ritmo, não se pode

negar que devido ao comprimento da passada a corrida é aquela que apresenta um maior

consumo de energia, mas, se a caminhada é realizada de forma mais intensa e por um período

de tempo e distância maiores do que a corrida a pessoa obterá um gasto energético e um

benefício físico ainda maior. O gasto metabólico realizado em função da velocidade tanto na

corrida quanto na caminhada pode ser reduzido ou aumentado em decorrência da troca de

modalidade durante o percurso. Contudo, algumas bibliografias atribuem a forma de

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locomoção a estabilidade no padrão de locomoção, ou seja, a pessoa se desloca conforme a

melhor estabilização do corpo durante o trajeto seja ele realizado correndo ou caminhando.

A atividade física gera um gasto energético variante de acordo com a característica da

modalidade de exercício, o homem é um ser de deambulação bípede o que lhe permite apenas

duas formas naturais de deambulação a caminhada e a corrida. Sendo que quando

caminhamos e a velocidade dessa caminhada vai aumentando gradativamente logo atingimos

o ponto máximo ou critico de velocidade dessa modalidade sendo assim se quisermos

continuar a atingir uma maior velocidade passamos então para a modalidade de corrida é

quando caracterizamos a Velocidade de Transição Caminhada-Corrida (VTCC). Inúmeros

fatores influenciam de forma direta ou indireta na VTCC, dentre eles podemos citar as

características antropométricas, o nível de condicionamento físico, a duração da atividade e a

percepção da intensidade do esforço (MONTEIRO; ARAÚJO, 2009).

2.5.1 Benefícios da caminhada

A caminhada é o exercício mais popular, devido a sua facilidade em realização, o

baixo custo de execução, por não precisar de equipamentos caros e podendo ser realizada em

quase todos os locais físicos, sendo assim um exercício barato e com grandes benefícios a

saúde, este recurso é muito utilizado em programas de controle de peso e de redução dos

fatores de risco da doença coronariana entre outras. Para se obter um melhor aproveitamento

da caminhada é preciso que atentemos a algumas recomendações e cuidados como a

intensidade, a duração, a distância e também precisamos ter uma boa percepção em relação a

quantidade de calorias que são consumidas neste exercício. Toda caminhada seja ela realizada

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de forma rápida ou longa de pouca ou grande duração traz benefícios ao corpo, mas quando o

objetivo da caminhada é redução de peso o gasto energético é um parâmetro muito importante

que deve ser estabelecido, acompanhado e monitorado por um profissional da saúde (DUTRA

et al., 2007).

É por isso que para Platonov (2008) muitas pessoas buscam nos benefícios da prática

regular da atividade física para a manutenção, melhoria da saúde e da qualidade de vida, para

que o corpo e seu orgânismo reajam de forma favorável na prevenção e no tratamento de

doenças, várias doenças estão de forma direta e indiretamente ligadas a um bom

condicionamento físico através de exercícios aeróbicos tais como doenças cardiovasculares

(hipertensão e insuficiência cardíaca), metabólicas (diabetes mellitus, dislipidemias),

ósteomusculares (sarcopenia e osteoporose) e psicossomáticas (insônia, dor de cabeça,

gastrite nervosa).

2.6 Doenças cardiovasculares

Conhecida também como doença cardíaca ou Doença Cardiovascular (DCV), engloba

todas as doenças do coração e de seus vasos sangüíneos, a DCV não é um único distúrbio,

mas um nome geral que representa as mais de 20 doenças diferentes do coração e de seus

vasos (NIEMAN, 2011).

Nos anos 90 observou-se um importante avanço na prevenção de doenças

cardiovasculares através de ações voltadas para a intervenção nas suas causas. Devido a novas

descobertas científicas a cardiologia enfrenta um grande processo de mudanças entre a

conduta de prevenção e de tratamento, devido a essa mudança na postura quanto à abordagem

da doença aterosclerótica, que é hoje a maior causa de morbimortalidade no mundo (mais de

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15 milhões de mortes anualmente, com projeção para 2020 de um número 40% maior), deve-

se a observação de grandes ensaios clínicos. Após a conclusão desses estudos chegaram a

conclusão de que a abordagem terapêutica sobre os fatores de risco diminuiu

consideravelmente o numero de hospitalizações e procedimentos derivados de novos eventos.

As recomendações para prevenção das DCV têm de envolver uma estratégia para abranger o

maior número possível de indivíduos na população, identificando aqueles que desenvolveram

alguma manifestação clínica da doença aterosclerótica e aqueles que possuem um alto risco de

desenvolvê-la no futuro (LOPES, 2006).

2.6.1 Hipertensão arterial sistêmica (HAS)

A hipertensão arterial é uma síndrome multicausal e multifatorial caracterizada pela

presença de níveis tensionais elevados e normalmente associados a distúrbios metabólicos,

hormonais e hipertrofias cardíaca e vascular. Aceitam-se como normais cifras inferiores a 80

mmHg da pressão arterial diastólica e inferiores a 120 mmHg da pressão arterial sistólica.

Tanto o grupo de pré-hipertensos quanto o grupo de hipertensos leves (estágio I) são os mais

prevalentes na população como um todo e os que mais podem se beneficiar com medidas

preventivas (PORTH; MATFIN, 2010).

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é considerado um grande indicador de risco a

saúde para doenças decorrentes de trombose, aterosclerose acometimentos cardíaco, vascular

periférico e renal, em 2008 uma pesquisa do DataSUS apontou dados interessantes quanto ao

acometimento da HAS com uma taxa de 23,9% em adultos no Brasil. Devido a isso o sistema

público de saúde adotou várias medidas para tentar reduzir este número, como propagandas

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em meios de comunicação de grande massa, além de uma política intervencionista em postos

de saúde, um programa de condicionamento físico aeróbico tem sido orientado e preconizado

por profissionais da saúde por se tratar de um método não farmacológico para o auxiliar no

controle dos níveis pressóricos por provocar inúmeras respostas fisiológicas benéficas e

principalmente em pessoas portadoras de HAS (FREITAS et al., 2010).

2.6.2 Benefícios da caminhada na Hipertensão arterial sistêmica (HAS)

Os avanços na medicina moderna apontam cada vez mais para soluções baratas e

práticas para a prevenção de doenças, a geração saúde da sociedade moderna conta hoje além

da alta tecnologia uma longa e vasta experiência quando se fala em políticas de saúde,

contudo a própria medicina afirma o meio mais eficaz para ajudar no tratamento de doenças é

a adoção de práticas saudáveis no dia a dia, a bola da vez é a prática de caminhadas como

medida preventiva e de controle da HAS, essa modalidade aeróbica promove benefícios não

apenas de forma específica a uma doença mas sim para todo um conjunto delas uma vez que a

caminhada trabalha todos os pontos do corpo, no entanto essa prática não esta sendo

promovida de forma correta já que a grande maioria das pessoas começam a praticar a

caminhada sem nunca ter sido orientado ou realizado um exame de rotina para sabe se

realmente esta condicionado e totalmente esclarecido para a realização desta atividade física,

já por outro lado quando a pessoa segue um treinamento de forma orientada por um

especialista da área os benefícios são ainda maiores um vez que os exercícios aeróbicos serão

direcionados para atender as necessidades mais urgentes no caso da utilização da caminhada

como auxilio no tratamento médico de alguma patologia (THOMPSON, 2004).

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O exercício aeróbico gera um estresse para o organismo devido ao maior gasto de

energia armazenada no corpo, causando um enorme desprendimento de calor promovendo

várias alterações sistêmicas, onde o treinamento reduz a pressão arterial sistólica de repouso e

durante o exercício. Os exercícios com acompanhamento são melhores para todas as idades,

especialmente para idosos e para pacientes portadores de doença arterial coronariana (DAC),

raramente alguma disfunção ortopédica pode ocorrer, fora isso não tem nenhuma contra

indicação, estudos comprovaram que a prática de atividade física regular influencia de forma

positiva para manter os padrões da Pressão Arterial Sistólica (PAS), como, também, diminui a

propensão de adquirir os fatores de risco para DAC e doenças degenerativas. Além de

proporcionar, uma melhor qualidade de vida e favorecer as atividades de vida diária o

treinamento físico através da caminhada é considerado uma modalidade segura para o

controle e manutenção da PAS tanto em adultos e crianças saudáveis, quanto em idosos ou

portadores de DAC’s. sendo assim, à medida que conhecermos ainda mais os efeitos do

exercício nas respostas cardiovasculares durante o treinamento físico, podemos melhorar a

segurança dos atletas com relação a realização dessas atividades (PEDROSO et al., 2007).

2.6.3 Doença arterial coronariana

A Doença Arterial Coronariana (DAC) dentre outras que atacam o coração é a

principal forma de doença cardíaca, para se manter vivo o coração assim como qualquer outro

órgão do corpo precisa ser nutrido pelo sangue e para isso ele possui a sua própria rede de

irrigação. O sangue que é bombeado para o pulmão e todo o corpo não é o mesmo que nutri o

coração, em vez disso o sangue para o coração é fornecido através das artérias coronarianas.

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O estreitamento, endurecimento e o bloqueio dessas artérias pela aterosclerose acarretam a

DAC, quando ocorre uma formação de coágulo sanguíneo em uma artéria coronariana

estenosada, ocorre um bloqueio do fluxo natural de sangue para o músculo cardíaco através

daquela artéria. Isso é chamado de Infarto do Miocárdio (IM) ou ataque cardíaco (NIEMAN,

2011).

2.6.4 Benefícios da caminhada na doença arterial coronariana

As pessoas que não praticam atividades físicas têm o dobro de chances de desenvolver

DAC. A prática de exercícios físicos é tão importante para o controle da pressão arterial

quanto para a prevenção da doença arterial coronariana. É grande a incidência desse tipo de

doença em pessoas que não praticam atividades físicas com freqüência; de acordo com

Thompson (2004), isso ocorre porque a DAC é atribuída à falta de exercícios físicos

regulares.

Existem outras razões importantes pelas quais a prática regular do exercício é

identificada com menor risco de doença da artéria coronariana. As artérias coronárias de

indivíduos treinados para resistência podem se expandir mais são menos rígidas na terceira

idade e são mais calibrosas do que as artérias em indivíduos não treinados. Para isso é preciso

que o exercício seja praticado regularmente para que o risco da DAC seja diminuído

(NIEMAN, 2011).

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2.7 Obesidade

A obesidade caracteriza-se pelo excesso de tecido adiposo, que na mulher deve ser

maior que 30% do peso corporal e 20% no homem, isso acontece pelo balanço energético

positivo de forma crônica, ou seja, o gasto de calorias é menor que a quantidade da ingestão

dessas. Apesar de não se conhecer exatamente os mecanismos que determinam a obesidade,

sabe-se da interação de alguns fatores que caracterizam a diversidade de elementos dessa

doença. A combinação de fatores ambientais e a disposição genética para o desenvolvimento

da obesidade tornaram a essa doença uma epidemia global. Dentre os fatores ambientais, a

diversidade de alimentos extremamente calóricos e seu baixo custo são, sem sombra de

dúvidas, determinantes que contribuem para a epidemia. A ingestão em excesso de calorias

derivadas da gordura conjuntamente com o modo de vida sedentário é também causa do

aumento da obesidade no mundo industrializado. Esses aspectos, em conjunto, apontam para

uma associação entre o estilo de vida sedentário e a má qualidade na alimentação, por um

lado, e a predisposição genética, por outro, como determinantes da prevalência de obesidade

nas sociedades industrializadas (POWERS, 2005).

Estudos anteriores mostraram que o exercício físico a um ritmo definido pela pessoa

promove respostas fisiológicas que influenciam em alguns fatores, entre eles o nível de

adiposidade corporal. Basicamente, todos esses estudos revelam que os sujeitos com os

maiores níveis de adiposidade preferem autosselecionar uma velocidade de caminhada mais

lenta, apresentam uma resposta fisiológica menor se comparada com sujeitos portadores de

menores níveis de adiposidade, em função da grande dificuldade de realizar atividade física a

qual os sujeitos obesos são expostos, em virtude da redução da aptidão de desempenho

aeróbio e anaeróbio muscular. Sendo assim as pessoas obesas apresentam uma baixa

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tolerância aos exercícios de alta intensidade, essa diferença na aptidão física provoca um

impacto desfavorável sobre a sua aderência. Desta forma, o nível de adiposidade individual

pode influenciar as respostas afetivas, também, durante exercício físico em ritmo

autosselecionado (KRINSKI et al., 2010).

2.7.1 Benefícios da caminhada na obesidade

O sedentarismo é a principal causa de obesidade, na verdade, a inatividade pode ser

tão importante na ocorrência da obesidade quanto a ingestão excessiva de comida, portanto,

devemos nos conscientizar de que a prática mais intensa de treinamento físico é um

componente essencial para um programa de redução de peso (WILMORE; COSTILLE;

KENNEY, 2010).

A prática de atividade física regular leva o organismo a ter um melhor controle sobre o

balanço energético. Isso se deve ao aumento na capacidade de oxidação de ácidos graxos

livres nas células musculares. Além do efeito protetor na massa magra, o exercício acelera a

perda de massa gorda durante restrição dietética. Na célula adiposa, o exercício físico

aumenta a sensibilidade β-adrenérgica, o que sugere maior modulação do sistema nervoso

simpático no tecido adiposo. Além disso, durante o treinamento, a atividade nervosa simpática

aumentada e com isso, cresce a resposta lipolítica às catecolaminas no tecido adiposo. Isso

que dizer que, mesmo após o exercício, a mobilização e a oxidação de lipídeos permanece

elevada. Alem disso o exercício físico realizado cronicamente aumenta a atividade de enzima

lípase hormônio sensível potencializando a oxidação de lipídeos e favorecendo assim o

emagrecimento (POWERS, 2005).

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2.8 Diabetes

O Diabetes mellitus é definido como um grupo de doenças metabólicas caracterizadas

por elevado nível de glicose no sangue, resultante de defeitos na secreção e/ou na ação da

insulina. A longo prazo, a hiperglicemia crônica do diabetes esta associada a lesões,

disfunções e insuficiência de vários órgão, especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos

sangüíneos (NIEMAN, 2011).

O diabetes compromete a capacidade do organismo de queimar o combustível ou a

glicose fornecida pelos alimentos para obtenção de energia. A glicose é transportada até as

células do corpo pelo sangue, as quais, porém, precisam de insulina, que é sintetizada no

pâncreas, para permitir que a glicose passe para seu interior. Sem insulina, a glicose se

acumula no sangue e é, então, eliminada na urina pelos rins. Isso as vezes ocorre por que as

células do pâncreas que sintetizam a insulina, as células beta, são quase ou totalmente,

destruídas pelo próprio sistema imunológico do corpo. O paciente precisa então de injeções de

insulina para sobreviver, sendo diagnosticado com diabetes tipo 1, no diabetes tipo 2 as

células beta da pessoa sintetizam insulina, mas seus tecidos não são suficientemente sensíveis

ao hormônio, utilizando-o de maneira ineficaz (THOMPSON, 2004).

2.8.1 Benefícios da caminhada na Diabetes

Não é novo o conceito de que a atividade física é benéfica para o diabético, ela foi

promovida como adjunto valioso para o controle da diabetes no ano de 600 D.C., e mesmo

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depois do isolamento da insulina em 1922, o exercício era considerado uma das três pedras

angulares do tratamento de pessoas com diabetes tipo I, junto a dieta e a administração

daquele hormônio. Embora o conceito do benefício da atividade física para diabéticos tenha

séculos de idade, ainda a controvérsia no que diz respeito a seu valor (NIEMAN, 2011).

2.9 Saúde psicológica

Alguns autores usam o termo saúde psicológica e saúde mental como sinônimos, há

ainda aqueles que se referem à saúde mental quando tratam apenas dos aspectos cognitivos, e

outros que utilizam esse termo para referir-se exclusivamente à ansiedade e à depressão.

Assim como o aspecto físico, o bem estar psicológico pode variar de acordo com o tipo de

exercício realizado e com fatores envolvidos na prática, como o ambiente, os instrutores e a

própria pessoa (GONÇALVES; VILARTA, 2004).

A atividade física aeróbica tem mostrado resultados efetivos quanto às técnicas mais

tradicionais usadas, com o benefício de evitar o uso de drogas, em comparação entre

indivíduos fisicamente ativos e pessoas sedentárias, os que possuíam um porte atlético

demonstraram menor tensão, depressão e fadiga mental em relação aos não ativos (MICHEL,

2002).

Para Nieman (2011), a saúde mental é definida como o desempenho bem desenvolvido

da função mental, resultando em atividades produtivas, no bom relacionamento com outras

pessoas e na capacidade de adaptação à mudança e de liderar com adversidade desde o início

da infância até o final da vida, a saúde mental é o verdadeiro ponto de partida das habilidades

de raciocínio, comunicação, aprendizado, crescimento emocional, poder de recuperação e

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autoestima. Já as doenças mentais se referem coletivamente a todos os distúrbios mentais, que

são definidos como condições de saúde que se caracterizam por alterações no raciocínio, no

humor, no comportamento ou em alguma combinação desses fatores em associação com o

sofrimento e deficiência funcional.

2.9.1 Benefícios da caminhada na saúde psicológica

A caminhada através de seus efeitos positivos sobre o estresse, o humor e o

autoconceito, tem se mostrado como um eficiente meio na obtenção do bem-estar psicológico.

Não obstante, é de interesse geral saber quais são as características das atividades que

determinam os efeitos positivos sobre a saúde mental (MICHEL, 2002).

2.9.2 Depressão

Pesquisadores norte americanos sugeriram que adultos sedentários possuem um risco

muito maior de experimentarem fadiga e depressão do que aqueles fisicamente ativos. Em

estudos realizados com grupos de controle e de teste apontaram que a ocorrência de depressão

foi três vezes maior em adultos sedentários. Em geral foi constatado que indivíduos

deprimidos tiveram os sintomas reduzidos após começarem a praticar exercícios

regularmente, uma das atividades físicas mais adotadas é a caminhada que por ser de

intensidade condicionável ainda apresenta um resultado rápido e sem efeitos colaterais. Os

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efeitos dessa atividade física em seis meses foram comparados aos efeitos do tratamento

farmacológico e considerados idênticos, em muitos casos os pacientes param de utilizar o

tratamento químico aderindo a uma vida mais ativa e saudável (GONÇALVES; VILARTA,

2004).

2.9.3 Ansiedade

A prática do exercício de baixa intensidade resulta em um dos benefícios mais

freqüentes informados após a atividade física que é a diminuição da ansiedade, esse efeito

pode se prolongar por várias horas. A redução na ansiedade é mais perceptível quando o

exercício é praticado com regularidade, as sessões se prolongam por mais de 30 minutos e os

programas de treinamento duram vários meses. Em estudo realizado com 35 mulheres

sedentárias e levemente obesas que foram designadas randomicamente para grupos de

exercícios e de não exercícios, após 15 semanas em treinamento constataram uma redução

significativa na ansiedade em comparação com o grupo que não se exercitou. Sendo assim

este estudo comprova que o exercício aeróbico moderado, como a caminhada energética, é um

estimulo suficiente para reduzir a ansiedade e a tensão (NIEMAN, 2011).

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2.9.4 Distúrbios do sono

Em comparação com pessoas que evitam exercícios, pessoas com bom

condicionamento físico afirmam ser capazes de adormecer mais rapidamente, dormir melhor e

se sentirem menos cansadas durante o dia. Quanto maior a série de exercícios maior o

impacto positivo na qualidade do sono para alguns indivíduos idosos ou em mau

condicionamento físico, em outras palavras, aquelas pessoas que mais precisam são as mais

beneficiadas com a prática de exercício. Quanto mais constante for o ritmo da atividade como

a caminhada melhor será a qualidade do sono naquela noite, devido ao fato dessa atividade

aeróbica provocar o processo de transpiração (suor), ocorre um aumento na intensidade da

qualidade do sono, porém especialistas advertem para o risco dessa atividade ao ser realizada

uma hora antes do sono, o que pode causar um efeito contrário provocando uma insônia

(NIEMAN, 2011).

2.10 Envelhecimento

A idade revela pouca coisa sobre sua saúde, aparência, condição física ou capacidade

de desempenho. Embora o envelhecimento inevitavelmente leve à morte, ele o faz em índices

diferentes para cada pessoa, dependendo da hereditariedade e de decisões particulares acerca

de como você escolhe envelhecer. Algum tempo depois dos anos de pique reprodutivo,

quando a vantagem evolutiva direta tenha passado, virtualmente todos os tecidos e órgãos

começam a envelhecer, e sua importância biológica começa a diminuir. De fato as

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expectativas de vida oscilam de 78 a 79 anos para as mulheres e de 73 a 74 anos para os

homens. Se você exercitar 1 hora todos os dias durante 40 anos, despenderá 14.560 horas

envolvidas em exercícios. Dividindo esse número por 24 horas por dia voçê obterá 607 dias,

ou 1,67 anos, um pouco menos do que os dois anos ou mais que você ganhará. Naturalmente,

você apreciará o tempo gasto com exercícios, recreação e esportes e estenderá os anos de

diversão e atividade em plenitude da sua vida (SHARKEY, 2006).

Diante de uma população cada vez mais idosa, há necessidade de práticas de

atividades de saúde que possam prolongar o vigor dos adultos e adiar o surgimento e a

progressão de doenças crônicas. Em outras palavras, o prolongamento da expectativa de vida

ativa, não apenas de uma existência incapacitada, é uma meta importante. A sobrevivência

medicada para os idosos é um estado a ser evitado, para tanto, a atividade física é um fator,

assim como outros hábitos de vida que podem melhorar a qualidade de vida dos idosos

(NIEMAN, 2011).

2.10.1 Benefícios da caminhada no envelhecimento

Um ingrediente essencial para o envelhecimento saudável é a atividade física regular.

De todas as faixas etárias, os idosos são os mais beneficiados por serem ativos, inclusive com

o potencial para redução do risco de doenças cardiovasculares, câncer, hipertensão arterial,

depressão, osteoporose, fraturas ósseas e diabetes, com melhora em composição corporal,

condicionamento, longevidade, capacidade de realizar atividades envolvendo cuidados

pessoais (NIEMAN, 2011).

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3 METODOLOGIA

3.1 Método

Este trabalho foi baseado em um estudo quantitativo do tipo pesquisa de campo:

levantamento de dados. O estudo quantitativo foca em porcentagens e indicadores numéricos

para demonstrar a base do estudo através de análise estatística para que se possa atingir o

objetivo, a pesquisa de campo exige que a coleta dos dados ocorra em lugares da vida

cotidiana, ou seja, fora dos laboratórios e das salas de estudo, para que após a coleta de dados

os mesmos possam ser analisados utilizando-se de uma variedade de métodos, desta forma

podendo correlacionar o perfil e o nível de conhecimento dos praticantes de caminhada

(SPINK, 2003).

3.2 População Pesquisada

O presente estudo se baseou em fases para a sua execução, a primeira foi a elaboração

de um roteiro semi-estruturado com questões fechadas denominado “Roteiro de entrevista

para avaliação do perfil dos praticantes de caminhada/corrida” (apêndice A), o roteiro foi

elaborado pelo autor com a participação de uma epidemióloga e um educador físico.

A segunda fase do estudo ocorreu com a aplicação do questionário na Cidade de

Paracatu localizada na Região Noroeste de Minas Gerais com sua população estimada em

84.718 habitantes no censo 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas

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(IBGE). O questionário foi aplicado na Praça da Alvorada no Bairro Vila Mariana entre os

dias 26 de setembro a 16 de outubro de 2011, para uma coleta dados mais concentrada e

eficaz as entrevistas se deram nos períodos matutino, vespertino e noturno objetivando

entrevistar o maior número possível de pessoas.

Na terceira fase do estudo foi realizado a analise das respostas e elaborado os gráficos

e tabelas através do programa Microsoft Office Excel 2007, e para o desenvolvimento dos

textos utilizou-se o programa Microsoft Office Word 2007.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

No presente estudo foram entrevistadas 53 pessoas com idades entre 16 e 58 anos

sendo uma média 29.7 anos, do total de entrevistados 17 eram do sexo masculino e 36 do

sexo feminino, a altura variou entre 1.56m a 1.89m já o peso ficou entre 43 kg a 97 kg, após

analise dos dados identificou-se que 01 pessoa estava com o peso corporal classificado como

obeso, 13 pessoas foram classificadas como sobre peso e 39 pessoas classificadas como peso

ideal, gerando uma média do índice de massa corporal (IMC) de 23.74 o que na escala

universal da OMS indica um peso ideal. Os demais dados e resultados se encontram logo

abaixo.

Figura 02: Modalidade de atividade física declarada pelos entrevistados.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Através da figura 02 acima, observa-se que 31 pessoas praticam a modalidade de

caminhada, 03 praticam a corrida e 19 praticam a caminhada e a corrida de forma alternada.

Para as pessoas que praticam a caminhada essa atividade é mais fácil, exige menos da

condição física delas e provoca menos impacto no desgaste energético do corpo essa é grande

diferença para as pessoas que praticam a caminhada e a corrida. Monteiro e Araújo (2001)

0

5

10

15

20

25

30

35

Caminhada Corrida Caminhada/corrida

31

3

19

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concordam com essa aposição uma vez que afirmam que a atividade física de correr ou

caminhar são modalidades diferentes, na corrida as trocas de energia com o solo correm de

forma mais intensa e bruta devido ao impulso e a aceleração do copo, já na caminhada essa

troca de energia ocorre de forma mais suave e simples uma vez que o impacto é menor e

menos abrangente.

Para Corrêa e Filho (2008), de certa forma toda modalidade de atividade física é

benéfica a saúde uma vez que todas têm um único objetivo de melhorar a aptidão física de

seus praticantes.

Figura 03: Periodicidade da prática de exercício físico declarado pelos entrevistados.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Conforme dados coletados demonstrados na figura 03 acima, 03 pessoas disseram

praticar uma vez por semana à atividade física na praça, 11 pessoas relataram realizar duas

vezes por semana, 23 pessoas disseram realizar a atividade física três vezes por semana, 09

0

5

10

15

20

25

3

11

23

9

5

20

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pessoas afirmaram desenvolver a prática da atividade física cinco vezes por semana, 02

pessoas disseram realizar a caminhada eventualmente sem um número especifico e nenhuma

pessoa disse que realiza menos de uma vez a prática de atividade física por semana.

Segundo os dados apurados na figura 02, 32 pessoas ou 60,38% dos entrevistados

praticam a atividade física de forma regular e satisfatória contando de 03 à 05 vezes na

semana, desta forma o ritmo de exercício destes praticantes oferece uma melhora significativa

nos resultados almejados por eles. Para Powers (2005), o ideal para um bom condicionamento

físico nem sempre é manter um único ritmo e seqüência de séries durante a semana, na quinta

edição do seu livro sobre fisiologia do exercício ele aborda um programa ideal para quem

deseja manter a forma e o peso, sendo três dias de caminhada em uma semana e quatro dias de

caminhada na próxima semana e assim sucessivamente, dessa forma a pessoa irá manter uma

boa seqüência de atividade física.

Sharkey (2006), um bom programa de atividade física precisa ser constante em pelo

menos cinco dias da semana saltando apenas um dia para descanso do corpo, o caminhante

deve seguir um programa desenvolvido por um especialista na área, e só após ter realizados

todos os exames necessários para o levantamento do perfil do atleta ele estará liberado para

dar inicio ao treinamento. Esse programa será segmentado em 08 semanas sendo que nas 03

primeiras será empregado um ritmo leve de caminhada com ate 25 minutos de atividade,

alternando entre passadas leves em um dia e passadas mais rápidas no outro, a partir da 4ª

semana já se emprega um ritmo mais puxado nas distâncias.

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Figura 04: Período de realização da atividade física.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

De acordo com a figura 04, 21 pessoas preferem realizar a caminhada no período

matutino, 03 pessoas realizam a atividade física no período vespertino e 29 pessoas preferem

realizar a caminhada no período noturno.

Para 21 pessoas ou 39,62%, o melhor horário para desenvolver a caminhada é no

período matutino, uma vez que, nesse horário o sol é mais fraco e o clima é mais fresco, 03

pessoas ou 5,66% disseram que realizam a caminhada somente quando não tem tempo para

caminhar de manhã ou noite. 29 pessoas ou 54,72% afirmam que o horário noturno para

realização da atividade física é o melhor horário, pois já não tem a radiação solar e também é

devido ao fato que muitos trabalham o dia todo sobrando apenas esse horário para as

caminhadas. Os resultados deste trabalho são compatíveis com as idéias de Sharkey (2006),

onde diz que o período da realização da caminhada é muito importante, pois vários fatores

podem influenciar no desempenho do atleta, como por exemplo: a incidência de radiação

solar, que além do aquecimento pode causar desidratação e queimaduras ao corpo se exposto

sem nenhuma proteção.

0

5

10

15

20

25

30

Manhã Tarde Noite

21

3

29

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Michel (2002) também concorda com os resultados, segundo ele a rotina das pessoas

na sociedade moderna é cada vez mais irregular, o tempo destinado ao lazer e cuidado com o

corpo é cada vez mais escasso, sendo assim sobrou para o homem moderno adequar o seu

lazer as poucas horas de descanso.

Figura 05: Tempo de duração da atividade física por dia.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Conforme leitura da figura 05, 11 pessoas realizam a sua caminhada com menos de

00h30min de duração, 35 pessoas realizam a atividade física entre 00h30min à 01h00min de

duração e 07 pessoas afirmaram gastar mais de 01h00min de atividade física por sessão.

As pessoas que praticam a caminhada com menos de 30 minutos não estão

conseguindo desenvolver um desempenho que permita a elas obterem um melhor rendimento

da atividade, já as pessoas que praticam a caminhada com duração entre 30 minutos á 01 hora,

estas já apresentam uma resistência maior ao exercício significa que estão mais condicionadas

com a atividade, as outras pessoas que disseram praticar mais de 01 hora de atividade física já

apresentam um porte atlético uma vez que seus corpos adquiriram uma grande resistência ao

0

5

10

15

20

25

30

35

Menos de

00h30min

De 00h30min à

01:00 hora

Mais de 01h00min

11

35

7

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exercício físico extraindo o máximo de benefício da atividade física regular. Carvalho e

colaboradores (1996) afirmam que a parte aeróbia do exercício deve ser feita, se possível,

todos os dias, com duração mínima de 30 a 40 minutos. E ainda diz que uma forma prática e

eficiente de controlar a intensidade do exercício aeróbio é a medição da freqüência cardíaca,

que ajudará a selecionar o ritmo da caminhada durante o seu percurso.

Sharkey (2006) observando o desenvolvimento das atividades físicas de vários atletas

desenvolveu um cronograma simples onde qual quer pessoa pode praticar uma modalidade de

exercício sem que o seu corpo seja rigorosamente exigido e que não proporcione muito

cansaço físico, uma vez que a caminhada precisa ser realizada pelo menos seis dias na semana

para apresentar resultados ao seu praticante, o tempo ideal para os iniciantes são duas séries

de oito minutos intercaladas com um descanso de três minutos durante 03 semanas, após esse

período o caminhante pode passar a realizar duas séries de 15 minutos com intervalo de três

minutos durante 03 semanas, a partir da 7ª semana o corpo do atleta já esta mais condicionado

com o ritmo da caminhada ficando a critério do caminhante a escolha do ritmo das passadas e

do tempo de duração da atividade.

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Tabela 01: Distribuição de critérios durante a caminhada.

Determinantes Distribuição Nº %

Distância Percorrida

Menos de 1.500 metros 07 13,20%

De 1.500 à 2.500 metros 12 22,65%

De 2.500 à 3.500 metros 25 47,17%

Acima de 3.500 metros 9 16,98%

Aumento ou diminuição da

distância percorrida

Aumentou 48 90,56%

Diminuiu 05 9,44%

Critério utilizado para

aumentar o percurso

A cada dois meses 02 3,77%

Melhora condicionamento e benefícios 38 71,70%

Aumento nos benefícios 13 24,86%

Alterações no ritmo de trabalho/tempo livre 00 0%

Fonte: Dados coletados pelo autor.

De acordo com a tabela 01, com relação à distância percorrida os praticantes de

caminhada percorrem em média mais de 2.000 metros por sessão de exercício, esse resultado

é comprado ao estudo realizado por Weineck (2005), em que ele afirma que a distância

empregada em uma atividade física é condicionada a resistência das pessoas uma vez que

cada organismo tem o seu próprio limite de esforço físico.

No presente estudo durante a análise da distância de percurso e o seu aumento ou

diminuição, a grande maioria das pessoas 90,56% disseram que a sua trajetória de caminhada

ficou mais extensa se comparada com a distância percorrida quando começou a praticar a

caminhada, e para 9,44% essa distância diminuiu ou se manteve igual a do começo. Isso

prova que a resistência física aumenta de acordo com a aquisição de aptidão física durante as

sessões de caminhada. Comparando esse resultado com os achados de Sharkey (2010) o

mesmo afirma que o corpo humano tem a capacidade de associar o esforço físico máximo a

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um condicionamento sistêmico para que assim possa executar a ação física de forma normal

sem muito exigir do corpo.

Quanto a necessidade de aumentar a distância percorrida, a maioria quase absoluta

afirmou que conseguiu aumentar esse percurso uma vez que o seu corpo já respondia de

forma normal ao ritmo e período de caminhada, sendo assim o critério para aumentar a

distância caminhada foi o aumento dos benefícios promovidos ao praticante através de uma

melhora no condicionamento físico. Oliveira (2005), em uma pesquisa de campo relatada em

seu livro diz que quanto mais condicionado o corpo estiver maior será a resistência a um

longo período de atividade física ou resistência extrema a uma atividade com sobre carga

máxima ao corpo, ele ainda diz que segundo relatos dos voluntários a atividade física regular

se tornou um vício, um dos motivos que levam algumas pessoas a sempre querer prolongar

esse exercício.

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Figura 06: Aumento ou diminuição do tempo gasto no percurso da caminhada.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Conforme visto na figura 06, para 37 pessoas o tempo gasto para realizar todo o

percurso da caminhada diminuiu depois da prática regular da atividade, 03 pessoas disseram

que o tempo não diminuiu e que ainda se mantém o mesmo desde o começo, e 13 pessoas não

souberam afirmar se o tempo de percurso aumentou ou diminuiu devido a não adotarem a

prática de controlar o tempo gasto na caminhada.

Para as pessoas que disseram que o tempo de percurso diminuiu, esse fato ocorreu

devido aos seus corpos terem se adaptado as condições do exercício, à medida que a prática

da atividade foi ganhando uma seqüência constante os seus organismos condicionaram-se ao

esforço exigido, os que relataram não ter diminuído o tempo de execução do percurso foi

devido a não imposição de um ritmo mais acelerado a atividade o que fez com que os seus

organismos mantivessem a mesma aptidão física, quanto aos que não souberam informar se

houve alteração neste tempo de execução do percurso pode ser devido a não utilização de

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Diminui Não diminuiu Não controlo o tempo

37

3

13

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algum aparelho que lhes permitissem a mensuração do tempo durante a caminhada ou devido

a inconstância na periodicidade do exercício. Para Wilmore, Costill e Kenney (2010), as

adaptações fisiológicas em resposta ao treinamento físico são altamente específicas para a

natureza da atividade. Cada organismo reage de forma variada a modalidade de atividade

física imposta a ele. Além disso, quanto mais específico for o programa de treinamento para

um esporte ou atividade, maior será o progresso no desempenho nessa modalidade. O

conceito de especificidade de treinamento é muito importante para todas as adaptações

fisiológicas.

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Figura 07: Motivo pelo qual realiza a atividade física na praça.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Conforme demonstrado na figura 07, para 02 pessoas essa prática é devido à

recomendação médica, para 05 pessoas a prática da caminhada é devido à recomendação

médica e também com o intuito de emagrecer, para 09 pessoas o motivo é para emagrecer,

para 15 pessoas o propósito é para emagrecer e aliviar o estresse, para 12 pessoas a caminhada

é para aliviar o estresse, para 07 pessoas a caminhada é para aliviar o estresse e outros

motivos e para 03 pessoas a caminhada é utilizada para outros motivos.

É comprovado que a atividade física auxilia nas prevenções e nos tratamentos de

doenças de acordo com os resultados observo-se que a adoção da prática da atividade física

foi devido a recomendação médica com o intuito de prevenir ou auxiliar no processo de

tratamento de algumas doenças, outro motivo encontrado foi o de favorecer a perda de peso

0

2

4

6

8

10

12

14

16

2

5

9

15

12

7

3

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ou manter o peso atual através da caminhada, para a maioria das pessoas a caminhada serve

principalmente como uma válvula de escape para o estresse do dia a dia, segundo alguns

entrevistados é um momento de concentração e desprendimento das atividades rotineiras,

outros motivos que não estavam no questionário e também foram citados é que a caminhada

também é realizada com o motivo de melhorar a circulação sanguínea e o retorno venoso

diminuindo as dores nas pernas e também essa atividade foi considerada por alguns como

uma forma de lazer que lhes permitiam o encontro de outras pessoas ou até mesmo a

formação de um grupo de caminhada. Filho e colaboradores (2008), em um estudo de campo

selecionaram 250 mulheres com idade entre 30 e 40 anos e índice de massa corporal (IMC)

entre 30 e 40 kg/m2, todas receberam orientação nutricional e psicológica, as mulheres

passaram por três semanas de atividade física realizando caminhada por 40 à 45 minutos

diários, os resultados apontaram uma redução significativa no peso total, no percentual de

gordura e na massa gorda.

Para Gomes (2009) à medida que a pessoa realiza atividade física regular o corpo

passa a adquirir uma melhor aptidão física, isso significa também, que o sistema imunológico

adquiriu mais resistência a doenças. Os benefícios significativos para a saúde já podem ser

obtidos com atividades de intensidade relativamente baixas ou comuns no cotidiano, como

andar, subir escadas, pedalar e dançar. Porém, somente através dos programas formais de

exercícios físicos, é que o organismo começa a desenvolver uma maior reação de defesa.

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Figura 08: Mensuração em meses ou anos da prática de caminhada na praça.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Conforme respostadas relatadas na entrevista e demonstradas na figura 08, 08 pessoas

praticavam a caminhada a menos de um mês na praça, 05 pessoas já praticavam essa

modalidade entre um a dois meses, 17 pessoas praticam essa atividade entre dois meses a um

ano, 14 pessoas já praticavam essa atividade física de um a dois anos, e 09 pessoas praticam

essa caminhada a mais e dois anos.

Como a mensuração do tempo de prática de caminhada em meses e anos, pode-se

perceber que 11 pessoas ou 20,75% dos entrevistados ainda não possuíam uma seqüência

satisfatória devido estarem a menos de 02 meses de prática de caminhada, já 31 pessoas ou

58,49% podem se considerar pessoas esportivamente ativas, pois apresentam uma

regularidade entre um ano à dois anos de prática de exercício físico, as 09 pessoas restantes ou

16,98% são consideradas atletas de porte médio uma vez que estes já apresentam um período

de prática regular dessa modalidade de exercício a mais de dois anos mas ainda mantém o

8

5

17

14

9

Menos de 01 Mês De 01 à 02 Meses De 02 à 12 Meses

De 01 à 02 Anos Acima de 02 Anos

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padrão de esforço físico a nível de amador, já que não foi encontrado nenhum atleta

profissional para entrevista durante o período de aplicação do questionário na praça.

Quando Macedo e colaboradores (2003) realizaram uma pesquisa de campo com um

grupo de universitários, e participaram deste estudo 69 acadêmicos escolhidos aleatoriamente,

sendo que destes 36 eram pouco ativos, ou seja, praticavam atividade física a pouco tempo em

média 11 meses, sendo assim apresentavam pouca resistência as cargas dos teste físicos, 33

acadêmicos já praticavam atividade físicas a mais de 02 anos, já estes apresentavam uma

resistência maior as cargas de teste e um desempenho maior quanto ao tempo de execução das

atividades. Sendo assim concluiram que quanto mais se treina mais a aptidão física se

desenvolve e conseqüentemente a produtividade das atividades relacionadas ao exercício.

Figura 09: Prática de outras modalidades de atividade física relatada pelos entrevistados.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Conforme a figura 09 mostrada acima, 20 pessoas responderam que praticavam outras

formas de atividade física além da caminhada na praça e 33 pessoas disseram que não

realizam outra forma de exercício.

20

33

Sim Não

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Quando perguntados se praticavam outra forma de atividade física além da caminhada

na praça apenas 20 pessoas ou 37,74% dos entrevistados disseram desenvolver outras

atividade esportivas como o futebol que foi a maioria absoluta entre os homens, também

foram citadas outras modalidades como o vôlei, peteca, tênis e academia apesar dessa última

não ser considerado uma modalidade de esporte, mas não deixa de ser uma atividade física

complementar que influencia muito na aptidão física das pessoas que praticam.

Salles-Costa e colaboradores (2005) realizaram um estudo de campo abordando os

tipos de atividade física praticados como forma de promoção a saúde e de lazer em uma

amostragem de 4.030 funcionários de uma universidade de São Paulo, identificou que a

prática de atividade física é adotada por muitos como uma forma de lazer e que ao mesmo

tempo sem terem a noção exata dos benefícios a saúde proporcionadas por essas atividades,

esses exercícios lhe proporcionavam um melhor condicionamento físico, sendo assim, seja

qual for a atividade física desempenhada a sua associação com outras modalidades de

exercícios, proporcionam uma maior qualidade de vida por condicionar ainda mais o corpo

para as atividades cotidianas.

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61

Figura 10: Prática do alongamento antes e depois da caminhada.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

De acordo com a figura 10, 35 pessoas disseram realizar o alongamento antes da

prática do exercício físico, e 18 pessoas relataram não realizar nenhum tipo de alongamento

antes da caminhada.

Durante a entrevista as pessoas foram consultadas sobre a execução do alongamento

antes da atividade física, 35 pessoas ou 66,04% dos entrevistados na praça disseram realizar o

alongamento para prevenir lesões e melhorar o desempenho do exercício, já 18 pessoas ou

33,96% do restante entrevistado disseram não realizar esse alongamento antes da atividade

física uma vez que eles não souberam informar a importância dessa técnica e que nunca foram

orientados para fazê-la, dentre essas pessoas algumas relataram não fazer o alongamento por

preguiça.

Para Almeida e Jabur (2007), o alongamento é o nome utilizado para caracterizar os

exercícios físicos que proporcionam o aumentam do comprimento das estruturas dos tecidos

moles e conseqüentemente da flexibilidade dos tecidos moles. Os exercícios de alongamento

têm como principal objetivo estabelecer um nível satisfatório de mobilidade articular e

35

18

Sim Não

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reduzindo assim as tensões musculares, proporcionando uma melhor mecânica articular, o

alongamento utilizado como exercício para promover o aumento da flexibilidade é

fundamentado no principio de que ele é capaz de diminuir a incidência, a intensidade e o

tempo de duração da lesão músculo tendinosa e articular. O alongamento promove uma

melhora na circulação sanguínea e auxilia no aquecimento do corpo antes da realização de

qualquer atividade física, promovendo também de forma indireta a proteção das articulações e

músculos contra danos físicos e mantendo-os saudáveis.

Figura 11: Tempo de duração do alongamento.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Na figura 11 podemos perceber que dentre as pessoas que realizam o alongamento

antes da caminhada 15 pessoas gastam de cinco a dez minutos para realizá-lo, 19 pessoas

relataram gastar entre dez a quinze minutos no alongamento, e apenas 01 pessoa disse que

gasta mais de 15 minutos em alongamento.

15

19

1

De 05 à 10 Minutos De 10 à 15 Minutos Mais de 15 Minutos

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A duração do alongamento é algo indispensável na comparação da efetividade dessa

técnica uma vez que o tempo mínimo para a realização do alongamento de um grupo

muscular é de 05 a 10 minutos, desta forma todos os praticantes de caminhada que disseram

realizar esse alongamento estavam cientes da importância e da forma na qual deve ser

realizada essa técnica, já que desenvolviam-na de forma eficaz e dentro do prazo estipulado

pela literatura para se obter um bom aproveito do alongamento.

Em um estudo realizado por Grandi (1998), onde participaram deste estudo 11

voluntários sendo 06 do sexo masculino e 05 do sexo feminino onde todos eram sedentários,

foram aplicadas aos grupos duas formas de alongamento para comparação da efetividade das

técnicas, ao final de três semanas de testes chegaram a conclusão de que ambas as técnicas

tem o mesmo efeito benéfico na promoção de uma melhora da elasticidade e da Amplitude de

Movimento (ADM), deixaram ainda bem claro que devido ao tempo curto de aplicação das

técnicas o resultado possa ter sido influenciado por esse fator, porém o mais importante no

resultado foi a comprovação da eficiência do alongamento para as articulações e os grupos

musculares.

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Figura 12: Ensino da técnica de alongamento.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Segundo a figura 12, 13 pessoas disseram que aprenderam a fazer esse alongamento

com o instrutor de academia, 07 pessoas disseram que aprenderam a fazer o alongamento com

um educador físico, 02 pessoas disseram ter aprendido o alongamento com um profissional

fisioterapeuta, e 13 pessoas relataram que aprenderam de forma independente.

Quando perguntado aos praticantes de caminhada quem havia ensinado a técnica de

alongamento, 13 pessoas ou 37,14% informaram que aprenderam com o instrutor de academia

durante o período em que praticavam e/ou pratica alguma atividade fica nesta academia eles

não souberam informar se esse instrutor era um profissional formado na área com

conhecimentos científicos a respeito da prática de atividade física, outras 07 pessoas ou 20%

disseram terem sido orientadas por um profissional de educação física durante período de

treinamento físico pra realização de prática esportiva, apenas 02 pessoas ou 5,71% dos que

afirmaram realizar alongamento antes da atividade física disseram ter aprendido a realizar o

0

2

4

6

8

10

12

14

Instrutor de

Academia

Educador Físico Fisioterapeuta Aprendeu Sozinho

13

7

2

13

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alongamento com um profissional fisioterapeuta, esse aprendizado decorreu durante sessões

de fisioterapia para tratamento de lesões osteomusculares, e 13 pessoas ou 37,14% relataram

terem aprendido sozinhas a realizarem o alongamento com base na observação das outras

pessoas que realizavam o alongamento. O alongamento independentemente de quem instruiu

o praticante de caminhada, seja o educador físico ou o fisioterapeuta ambos tem o mesmo

embasamento científico, ou seja, atuam em áreas distintas mas aplicam a técnica do

alongamento com o mesmo objetivo de reabilitar, condicionar e prevenir lesões. Rebelatto e

colaboradores (2006), através de uma pesquisa com 32 indivíduos com idade entre 60 e 80

anos, abordou a eficiência do alongamento a longo prazo para senhoras idosas ativas de um

protocolo de 174 sessões com duração de 08 a 10 minutos de alongamento efetivo em grupos

musculares (posteriores da perna e coxa, anteriores da coxa e pelve, vertebrais, paravertebrais,

peitorais, entre outros). Conseguiram demonstrar que mesmo depois de uma idade já

avançada o corpo ainda manteve uma satisfatória flexibilidade muscular e ADM das

articulações.

Para Bressan e colaboradores (2008) após um estudo com 15 pacientes portadores de

fibromialgia, onde o tratamento consistiu em alongamento muscular estático segmentar dos

músculos tríceps sural, isquiotibiais, glúteos, paravertebrais, latíssimo do dorso, peitorais,

trapézios e músculos respiratórios, após 08 semanas de tratamento com uma sessão semanal

de 40 à 45 minutos de duração chegaram ao resultado de que o alongamento é benéfico para o

desenvolvimento da musculatura e do condicionamento físico.

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Figura 13: Prática do aquecimento antes da atividade física.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Conforme mostrado na figura 13, 22 pessoas disseram que realizam o aquecimento e

31 disseram que não.

Quando perguntado se realizavam o aquecimento antes da atividade física 22 pessoas

ou 41,51% dos praticantes de caminhada afirmaram realizar esse procedimento, o que é um

número muito pequeno e alarmante para os profissionais da saúde, uma vez que o

aquecimento é parte importante na prevenção de lesão de sistema muscular, e 31 pessoas ou

58,49% disseram não realizar o aquecimento uma vez que demora e não sentem diferença na

caminhada, talvez por realizar esse aquecimento de forma errada ou ineficaz, o que não é

verdade, o aquecimento quando realizado de forma correta promove uma maior circulação do

sangue preparando os músculos para uma atividade física de maior intensidade,

condicionando o ritmo cardíaco para uma freqüência mas alta permitindo um bombeamento

de sangue mais eficaz para todo o sistema. Sharkey (2006) usa uma comparação bem simples

para explicar o aquecimento, ele fala que o aquecimento é tão importante para o corpo

humano quanto para o carro em dias de frio, é preciso que o músculo esteja bem aquecido

22

31

Sim Não

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67

antes de qual quer atividade física para que possamos obter um melhor aproveitamento e

rendimento de sua capacidade funcional.

Para Wilmore, Costill e Kenney (2010), a sessão de exercícios físicos deve ter inicio

com baixa intensidade do tipo calistênico, o período de aquecimento deve ser realizado de

forma lenta e gradual aumentando aos poucos a freqüência cardíaca como a respiração,

preparando a pessoa para um funcionamento eficiente e seguro do coração, dos vasos

sanguíneos, dos pulmões e dos músculos durante o exercício mais rigoroso que se seguirá.

Um bom aquecimento pode reduzir as dores sentidas nos músculos e articulações durante os

primeiros estágios do programa de exercício.

Platonov (2008) afirma que, após várias pesquisas de campo e estudos de caso a

ciência definitivamente comprovou que o aquecimento leva ao aumento significativo dos

resultados desportivos, e que dependendo do caráter do aquecimento e especificidade da

modalidade desportiva esse aumento pode variar de 1% à 2% até 7% ou mais.

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Figura 14: Duração do aquecimento.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

A figura 14, mostra que 12 pessoas afirmam gastar de cinco a dez minutos no

aquecimento, 08 pessoas disseram gastar entre dez à quinze minutos no aquecimento, e 02

pessoas disseram gastar mais de quinze minutos no aquecimento dos músculos antes da

caminhada.

A duração do aquecimento é de suma importância para um bom aproveitamento dos

benefícios proporcionados por ela, sendo assim, de acordo com as respostas coletadas pelo

questionário todos os praticantes de caminhada que relataram desenvolver essa técnica estão

dentro do tempo mínimo necessário para um bom aquecimento da musculatura a ser

trabalhada no exercício, e melhora na circulação sanguínea que irá fornecer nutrientes

fundamentais para os músculos. Para Wilmore, Costill e Kenney (2010), um aquecimento

aceitável deve ter inicio com 05 a 10 minutos de alongamento, seguido por 05 a 10 minutos

de atividade de baixa intensidade conforme o modo do exercício selecionado para o

treinamento de resistência.

12

8

2

De 05 à 10 Minutos De 10 à 15 Minutos Mais de 15 Minutos

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Sharkey (2006), ainda completa que o aquecimento prévio de 05 minutos e o

relaxamento após o exercício proporcionará um aumento na sensação de prazer da atividade

física realizada, aumentando também a probabilidade de você ser capaz de se exercitar no dia

seguinte com uma sensação mínima de desconforto causado por um possível excesso na carga

do exercício.

Figura 15: Alimentação antes da prática da caminhada.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

De acordo com a figura 15, 42 pessoas realizam uma alimentação antes da caminhada,

já 11 pessoas afirmaram não consumir nada antes da caminhada.

Para as pessoas que relataram ter o hábito de se alimentar antes da prática da atividade

o ideal é que façam um consumo leve de preferência algumas horas antes da caminhada uma

vez que, o corpo bem nutrido responde melhor a exigência do gasto calórico promovido pelo

organismo para manter um ritmo constante no exercício, algumas pessoas afirmaram não

consumir nada antes da caminhada, isso pode estar relacionada a idéia do emagrecimento pela

atividade física, uma vez que para elas não justifica ingerir alimento que promoveria um certo

42

11

Sim Não

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ganho de massa corporal uma vez que a idéia seja de perder ou queimar o excesso já existente

em seu corpo. Mahan e Stump (2005) fala que a alimentação abusiva de nutrientes inadequada

também está associada a ingestão de alimento dispensáveis ao dia a dia, principalmente de

carboidratos, piridoxina, cálcio, folato, zinco e magnésio. Esses componentes em excesso são

prejudiciais a nossa saúde uma vez que aumentam o risco de aparecimento de doenças e a

diminuição da taxa metabólica, provocando um uso exacerbando e desnecessário de dietas

ainda mais restritas para conseguir a perda de peso desejada.

Segundo Panza e colaboradores (2007), a regulação do consumo adequado de

nutrientes que promovem a manutenção do metabolismo e da nossa saúde é fundamental para

que o sistema alimentar se mantenha disciplinado apenas ao consumo necessário. Por outro

lado quando essa alimentação é insuficiente para fornecer satisfatoriamente os nutrientes

importantes relacionados ao metabolismo energético, à reparação tecidual, ao sistema

antioxidante e à resposta imunológica. O carboidrato, por exemplo, é um nutriente de caráter

fundamental para criação dos estoques iniciais de glicogênio muscular, a manutenção dos

níveis de glicose sangüínea durante o exercício e a adequada reposição das reservas de

glicogênio na fase de recuperação.

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Figura 16: Alimentos consumidos antes da prática da caminhada.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Na figura 16 podemos observar que, 08 pessoas costumam comer frutas, 05 pessoas

consomem suco, 08 pessoas consomem bolachas de sal, 05 pessoas disseram que costumam

consumir barra de cereal, e 15 pessoas disseram consumir outras opções como pão integral,

biscoitos e também leite e café.

O tipo de alimento escolhido para nutrição pré-atividade, relatada por todos está

dentro do padrão recomendado por profissionais e especialistas na área da saúde, uma vez que

os alimentos mencionados são ricos em carboidratos e fontes de energia de fácil obtenção

pelo metabolismo. Oliveira (2005) fala que a alimentação saudável é aquela que proporciona

ao indivíduo energia e todos os nutrientes necessários, devendo ser também agradável ao

paladar da pessoa, uma alimentação saudável não precisa ser limitada ou a base de sacrifícios

a ponto de deixar de consumir certos tipos de alimentos, não existe uma fórmula padrão de

uma boa alimentação basta apenas ter atenção e controle do que será ingerido.

0

5

10

15

20

25

Frutas Suco Bolacha Barra de Cereal Outros

23

5

8

5

15

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Panza e colaboradores (2007) descrevem que o consumo consciente de carboidrato

para uma atleta deve ser de 6-10g/kg de peso corporal por dia ou 60-70% da ingestão

energética diária, porém esse consumo pode ser alterado dependendo da necessidade

energética desse atleta de acordo com a sua modalidade esportiva, já as proteínas é

recomendado um consumo de 1,7 g/kg para kilo do peso corporal ou 12%-15% do consumo

energético total. As recomendações de lipídeos para atletas são de 20%-25% da ingestão

energética diária. Como as vitaminas e sais minerais fazem parte de grandes processos em

nosso metabolismo como contração, ação antioxidante, defesa do sistema imune dentre outras

funções, cabe a elas também uma atenção especial tendo em vista a resposta do gasto

energético ao esforço físico.

Figura 17: Uso de vestimenta adequada para a realização da caminhada.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Conforme visto na figura 17, para 51 pessoas, as roupas que estavam utilizando na

realização da caminhada eram adequadas para essa prática, já 03 pessoas disseram não estar

usando uma roupa certa para essa modalidade. Dentre todos os entrevistados, para o aplicador

51

3

Sim Não

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do questionário apenas 43 pessoas estavam com uma vestimenta adequada para a prática da

caminhada, os outros 10 estavam utilizando roupas que prejudicavam a circulação sanguínea e

não facilitavam a transpiração.

As pessoas que estavam utilizando uma vestimenta adequada para a caminhada,

usavam shorts curtos e de tecido fino alguns usavam calças próprias para facilitar a

transpiração da pele, a diferença encontrada entre a opinião dos que acreditavam estar com

roupas corretas para o exercício e a opinião do aplicador do questionário foi de 08 pessoas, ou

seja, 15,69% não sabem a importância da vestimenta no processo de facilitação da

transpiração da pele e o efeito sistêmico provocado por esse pequeno detalhe que na maioria

das vezes passa despercebido, e só é notado quando a pessoa começa a sentir vários

incômodos pelo corpo desde o aumento da temperatura e desidratação até o estado de

inquietação. Para Powers (2005) a temperatura central do corpo humano é de 37ºC uma vez

que a prática da atividade física libera calor, o aquecimento dos músculos faz com que a

temperatura corporal ultrapasse 45ºC o que já apresenta risco de lesão aos tecidos do corpo

por calor e também acelera o processo de desidratação, o ideal então é que em dias de clima

quente devemos expor ao máximo o nosso corpo ao ambiente para estimular a evaporação e

escolher usar roupas com material como, algodão que conduz o suor até a superfície para a

evaporação, os materiais impermeáveis devem ser evitados para não aumentar o risco de

lesão.

Para Sharkey (2006), em períodos de clima frio as vestimentas devem isolar o calor

interno do atleta com o intuito de manter os músculos e estruturas aquecidos, a dica é usar

roupas de lã ou de polipropileno, as vestimentas devem ser retiradas aos poucos para que o

corpo não perca totalmente o seu aquecimento, após o exercício é recomendável a colocação

das vestimentas novamente para evitar um choque térmico no corpo.

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Figura 18: Uso de calçado adequado para a realização da caminhada.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

De acordo com a figura 18, quando perguntado se estavam utilizando um calçado

correto para a caminhada, 52 pessoas afirmaram estar utilizando calçado adequado para essa

atividade e apenas 01 pessoa disse não considerar o seu calçado adequado. Para o aplicador

do questionário, 49 pessoas estavam utilizando um calçado correto para essa modalidade e 04

pessoas utilizavam calçados duros com pouca flexibilidade e que não amorteciam

satisfatoriamente os impactos da caminhada.

Os calçados utilizados pelas pessoas que disseram estar adequados com a atividade

física eram todos tênis esportivos que possuem boa aderência ao solo, uma grande

flexibilidade que permite a adaptação do calçado a vários tipos de relevo do solo,

apresentavam também uma boa ventilação o que favorecia as trocas de calor e umidade

provocados pelo aquecimento e transpiração, já as pessoas que não consideravam estar

utilizando um calçado correto e também as que o aplicador do questionário considerou

utilizarem um calçado inadequado, usavam no dia da aplicação um calçado duro, fechado e

com pouca flexibilidade, o que aumentava o risco de uma lesão para articulação do tornozelo

52

1

Sim Não

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e o aparecimento de microtraumas vasculares nos pés, uma vez que estes calçados não

absorviam os impactos do choque do corpo com o solo.

Para Powers (2005) a pessoa deve escolher calçados confortáveis e flexíveis, com uma

base larga e bem ajustados ao calcanhar, existe uma grande quantidade de calçados para

caminhada disponível em lojas especializadas. O principal no calçado é se sentir confortável e

livre, a capacidade do calçado em permitir a transpiração também tem que ser levada em

conta, pois à medida que você se desloca os pés começam a liberar suor proveniente do calor

interno acumulado no calçado, e sendo assim a transpiração provocará uma sensação

desagradável para o praticante do exercício.

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Figura 19: Uso de proteção a exposição solar durante a caminhada conforme relatado pelos

entrevistados.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

De acordo com a figura 19, 23 pessoas afirmam fazer uso de alguma proteção contra o

sol como boné e protetor solar, e 30 pessoas disseram não utilizar nenhuma proteção contra a

exposição do corpo ao sol.

Para 23 pessoas ou 43,4%, a proteção ao sol é muito importante para prevenção da

ação agressiva da radiação solar que pode causar insolação, desidratação, queimadura cutânea

e em casos mais graves o câncer de pele, para as outras 30 pessoas ou 56,6% a não utilização

de alguma proteção ao sol se deve pelo horário da prática da atividade, em boa parte no

período matutino aonde a incidência da luz solar e radiação ultravioleta é menor e no período

noturno aonde já não há mais luminosidade do sol e sim a iluminação artificial por lâmpadas.

Para Szklo e colaboradores (2007), em um estudo realizado em mais de 15 capitais

brasileiras e mais o Distrito Federal que contou com a participação de 16.999 pessoas, e

afirma que a utilização de bloqueadores solares como uma forma efetiva de proteção na

redução da formação de lesões pré-cancerígenas e cancerígenas tem sido amplamente

23

30

Sim Não

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discutida na literatura, neste estudo ficou claro que a utilização de algumas proteções como

filtro solar e chapéu são mais utilizados por pessoas mais velhas na maioria delas mulheres,

uma vez que os homens concordando com a literatura apresentam um descaso maior com essa

proteção, a incidência maior de exposição à radiação solar ocorre entre os jovens devido ao

aspecto mais ativo e a prática de esportes.

Figura 20: Relação do consumo de água antes, durante e depois da caminhada.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Na figura 20, 09 pessoas disseram que o seu consumo de água é antes da atividade

física, já para 07 pessoas o consumo deve ser antes e durante a atividade, para 08 pessoas o

consumo de água deve ser apenas durante a caminhada, para 11 pessoas o consumo ideal de

água é durante e após a caminhada e para 18 pessoas o consumo de água deve ser realizado

depois da caminhada.

O consumo de água deve ser moderado em todas as etapas da atividade física desde

antes do exercício passando por durante e após a conclusão do mesmo, essa hidratação deve

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Antes da

caminhada

Antes/durante a

Caminhada

Durante a

caminhada

Durante/após a

Caminhada

Após a

caminhada

9

78

11

18

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ser realizada em comparação com o tempo e a perda de líquido através da transpiração por

suor, vapor de água na respiração e o consumo normal de água pelo metabolismo corporal.

Para a maioria das pessoas a hidratação é focada apenas no final da atividade o que é um risco

a saúde uma vez que se o corpo não se encontrar já hidratado antes da atividade física a

pessoa pode ter uma desidratação e dificuldade de funcionamento normal de alguns órgãos

como, por exemplo, os rins. Mahan e Stump (2005) concordam com esse resultado uma vez

que a hidratação é essencial para garantir a manutenção da saúde e o desempenho físico, a

atividade provoca grande perda de água e eletrólitos por meio da sudorese, por isso, é

recomendado que o esportista beba bastante água antes durante e depois do treinamento

físico.

Segundo Sharkey (2006), além de energia e nutrientes, o corpo necessita de amplo

suprimento de água, uma pessoa que não prática atividades e é considerado sedentário precisa

de um consumo diário de 2,5 litros, para repor a água perdida na urina, nas fezes, na pele e na

exalação dos pulmões. Durante a atividade em ambiente quente, a perda de suor pode alcançar

a média de 01 litro por hora durante muitas horas e pode temporariamente exceder índice de

02 litros por hora, a falha na reposição de líquidos levará a desempenho prejudicado,

desidratação e distúrbios de estresse de calor, que vão de cãibras à exaustão para insolação

com risco de vida.

Segundo Powers (2005), o praticante de atividade física deve estar bem hidratado

antes da execução da modalidade, deve consumir em média de 400 ml a 800 ml de água pelo

menos 03 horas antes da atividade, durante a caminhada deve-se consumir entre 150 à 300 ml

de água a cada 20 minutos de exercício. Para garantir uma reidratação eficaz é necessário que

o atleta beba 150% da quantidade de água pedida, por exemplo, se a pessoa perdeu 500g de

peso corporal depois da caminhada ela deverá consumir 750 ml de água para se reidratar

completamente.

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Figura 21: Quantidade de pessoas que afirmaram ser fumante segundo relatado pelos

entrevistados

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Podemos observar na figura 21, que 10 pessoas praticam a caminhada na praça e se

consideram fumantes já 43 pessoas disseram nunca ter usado cigarros.

Para 18,17% dos entrevistados o uso do tabaco foi considerado ativo já que esses

afirmaram consumir em média mais de uma carteira de cigarros por dia, o restante dos

entrevistados 81,13% disseram nunca ter fumado ou abandonado o tabaco a mais de 10 anos.

Weineck (2005), diz em uma pesquisa realizada com quase 5.000 voluntários de ambos os

sexos, de idade entre 18 anos e 32 anos, mostrou que durante uma atividade física até a

exaustão, apenas 70% dos fumantes alcançaram pelo menos 85% do desempenho médio para

a idade.

Castanheira, Olinto e Gigante (2003), realizou um estudo transversal com adultos de

idade entre 20 á 69 anos. O estudo contou com uma amostra de 790 pessoas, o qual mostrou

que 34% dessas pessoas eram fumantes e consumiam em média mais de uma carteira de

cigarros por dia, dentre os fumantes apenas 12,5% praticavam atividade físicas sendo apenas

10

43

Sim Não

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7,2% de forma regular, concluíram então que os fumantes não possuem o hábito de realizar

atividade física da mesma forma que os não fumantes, uma das possíveis razões para essa

conclusão seria devido aos efeitos do tabaco no sistema cardiorrespiratório que apresenta

dificuldades para responder as exigências da prática esportiva.

Para Weineck (2005), os benefícios de largar o tabagismo são indiscutíveis, tais como,

após 20 minutos: a pressão arterial e a freqüência cardíaca voltam ao normal, após 8 horas: o

nível de monóxido de carbono no sangue normaliza, após 24 horas: diminui o risco de um

ataque cardíaco, após: 48 horas o olfato e o paladar melhoram, após 72 horas: a respiração se

torna 30% mais fácil, após 2 semanas a circulação sanguínea aumenta e o caminhar melhora e

de 01 a 09 meses depois: ocorre a diminuição da dispnéia e aumenta a capacidade física e da

disposição do corpo.

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Figura 22: Número de pessoas que relataram consumir bebidas alcoólicas.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Na figura 22 acima, podemos perceber que 24 pessoas disseram que consomem

bebidas alcoólicas freqüentemente, e 29 pessoas afirmaram não consumir nenhum tipo de

bebida alcoólica.

Para Platonov (2008) a dependência do álcool é considerada uma doença, o abuso do

álcool pode trazer conseqüências graves a um nível orgânico, psicológico e social. O álcool

provoca a depressão do sistema nervoso central, causa alterações comportamentais e

psicológicas, pesquisas recentes apontam que entre 3% e 9% dos adultos nas grandes cidades

brasileiras são dependentes do álcool. Para os atletas o álcool tem efeito deletério, o

desempenho moto perceptivo é afetado, e a longo prazo diminui a resistências dos músculos.

Segundo Mahan e Stump (2005) em uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de

Câncer (Inca) identificou que a prevalência de consumo médio diário de álcool considerado

de risco mais de duas doses por dia, variou de 4,6% a 12,4%, entre os homens e as mulheres

esta prevalência variou respectivamente de 5,4% a 21,6% e 1,7% a 8,1%. Com base nesses

29

24

Sim Não

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resultados as políticas de intervenção no Pais começaram a abordar nas grandes mídias

campanhas para a redução desse consumo.

Figura 23: Quantidade de pessoas que afirmaram fazer uso de medicamentos.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Analisando a figura 23, quando perguntado se fazem uso de algum medicamento, 17

pessoas disseram utilizar, dentre eles, remédio para hipertensão, emagrecer, diabetes,

depressão, insônia entre outros, e 36 pessoas disseram não fazer uso de nenhum remédio.

Os medicamentos utilizados pelas pessoas que praticam a caminhada na praça foram

em sua maioria remédios receitados por médicos para controle de doenças como a diabetes,

hipertensão, depressão e insônia, porém algumas pessoas utilizavam remédio para emagrecer

que quase sempre são auto receitados. Para Pereira (2008) em um estudo com adultos com

idade entre 19 e 48 anos residentes na cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul, mostrou um

consumo de medicamentos auto receitados em 56% dos entrevistados, entre os mais

consumidos estava o remédio para emagrecimento rápido, a pesquisa concluiu que o alto risco

17

36

Sim Não

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de problemas a saúde causadas por medicamentos é devido ao não conhecimento dos seus

usuários em relação aos riscos que estão sujeitos durante o uso destes medicamentos

associados a prática da atividade física.

Os resultados deste trabalho são compatíveis com o estudo transversal de Arrais e

colaboradores (2005), em que também foram encontrados resultados parecidos sobre o

consumo irregular de medicamento sem o conhecimento adequado dos efeitos colaterais e dos

efeitos diretos causados pela automedicação.

Figura 24: Número de pessoas que relataram ser portadores de algum problema de saúde.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Conforme demonstrado na figura 24, quando perguntado aos praticantes de caminhada

se possuíam algum tipo de problema de saúde, 17 pessoas afirmaram algum problema tais

como, diabetes, obesidade, hipertensos entre outros, já 36 pessoas afirmaram não possuir

nenhum problema de saúde.

Segundo relatado 32,08% dos entrevistados disseram que possuem algum tipo de

problema de saúde e foi por esta razão que começaram a praticar a caminhada, para auxiliar

17

36

Sim Não

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no tratamento e no controle da doença, já 67,92% disseram que não apresentavam nenhum

problema de saúde e que a prática de caminhada é devido a outros motivos. Segundo

Wilmore, Costill e Kenney (2010), problemas de saúde podem interferir de forma negativa na

vida ativa de atletas levando até a total ausência de exercício físico, mas em outros casos a

doença funciona como um ponto de partida para que as pessoas passem a realizar atividade

física de forma regular para ganho em qualidade de vida, como por exemplo, na HAS em que

os exercícios isotônicos ou aeróbicos como a caminhada, a corrida, o ciclismo, a natação entre

outros, diminuem a pressão arterial tanto em indivíduos hipertensos quanto em normotensos

em 05 a 07 mmHg independente da redução do peso.

Para Filho (2006), em sua revisão da literatura concorda com os achados desse

trabalho uma vez que a indicação da atividade física regular para as pessoas portadoras de

Diabetes tipo I e II é uma das principais armas da medicina no combate aos efeitos da doença,

quanto mais regular for o exercício melhor serão os resultados refletidos na absorção da

insulina e pelo corpo, sem falar na melhoria da circulação sanguínea e nutrição de todas as

estruturas do corpo principalmente nas extremidades.

Para Weineck (2005), os resultados encontrados neste trabalho são bem parecidos com

um estudo de campo citado em seu periódico, em que a obesidade influi negativamente sobre

o funcionamento de vários sistemas, como o circulatório, respiratório, urinário e locomotor.

Além disso, predispõe a muitas doenças, notadamente a hipertensão arterial, cardiopatia

hipertensiva, aterosclerose, acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, diabetes e

outros. Por esse motivo o índice de sobrevida do obeso na população é menor do que o índice

das pessoas não obesas. A atividade física é um dos métodos mais saudáveis de se perder peso

sendo responsável também por agir beneficiando todo o sistema, por isso é a indicada por

profissionais da saúde como primeira opção para tratamento da obesidade.

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Figura 25: Número de pessoas que se consideram acima do peso normal.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Conforme demonstrado na figura 25, 49 pessoas disseram que se consideravam acima

do seu peso normal, apenas 04 pessoas disseram estar em dia com a balança mantendo o seu

peso dentro dos padrões normais.

Para muitas pessoas estar acima do peso é ter as chamadas gorduras localizadas, sendo

que nem sempre esse fator é suficiente para classificar uma pessoa com o estado de sobre

peso ou obesa, a grande maiorias das pessoas neste estudo disseram se encontrar acima do seu

peso normal, esse fato pode estar relacionado a uma disfunção alimentar, a um déficit na

queima das calorias ingeridas ou ao simples fato de excesso de vaidade o que para muitos é o

maior motivo para a realização da caminhada, almejando uma melhor aceitação da imagem

corporal. Para Elsangedy e colaboradores (2010) o sobre peso e a obesidade estão

infinitamente relacionados ao sedentarismo, já que neste caso a pessoa apresenta um estilo de

vida pouco ativo e acaba por não queimar as calorias ingeridas nos alimentos, é ai que a

atividade física ganha espaço como ferramenta fundamental para a intervenção agindo na

redução e no controle do peso. Mesmo com base nestes conhecimentos uma grande parcela da

49

4

Sim Não

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população permanece inativa fisicamente, agravando ainda mais o quadro de sedentarismo no

Brasil, talvez esse veja o principal motivo da diminuição do prazer associado a atividade

física.

Para Mendonça e Anjos (2004) a obesidade esta correlacionada não só a alimentação,

mas também a um estilo de vida da população estudos realizado pelo Estudo Nacional de

Despesa Familiar (ENDEF), entre a década de 70 e 90 no Brasil, mostrou que a população

brasileira vem aumentando o número de sobre pesos e obesos a cada década, devido a

industrialização e a comercialização de produtos com alto teor de calorias e gorduras, que a

principio facilitam a nossa vida, mas a longo prazo se torna uma rotina alimentar, um dos

grandes responsáveis por esse aumento no consumo de produtos industrializados é o

marketing através dos grandes meios de comunicação, é essa mesma mídia que manipula a

mente das pessoas a desejarem ter o corpo saudável dos modelos e dos protagonistas da

televisão e revistas. Assim sendo muitas pessoas que estão em dia com a balança acabam por

acreditar que estão sempre com sobre peso.

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Tabela 02: Período em que realizou o último exame e a freqüência de médica.

Determinantes Distribuição Nº %

Última vez que realizou

algum exame médico

Menos de 06 Meses 12 13,20%

De 07 à 11 Meses 23 22,65%

De 01 á 02 Anos 10 47,17%

Mais de 02 Anos 8 16,98%

Qual a freqüência de

consulta médica por ano.

Menos de 02 vezes ao Ano 36 3,77%

De 03 à 05 Vezes ao Ano 12 71,70%

Mais de 05 Vezes ao Ano 5 24,86%

Fonte: Dados coletados pelo autor.

De acordo com os dados informados na tabela 02 acima, 12 pessoas afirmaram ter

realizado um exame médico a menos de seis meses, 23 pessoas disseram que a última

consulta médica foi entre sete à onze meses, 10 pessoas disseram que a ultima consulta

médica foi entre um à dois anos, e para 08 pessoas o seu último exame médico foi a mais de

02 anos.

Os resultados mostraram que os praticantes de caminhada da praça não costumam

realizar exames médicos periodicamente para saber se há alguma evolução nos resultados

esperados com a prática da atividade física, o que dificulta precisar se esta ocorrendo alguma

mudança positiva ou negativa no organismo e se já esta na hora de alterar o programa de

exercício. Esses resultados podem ser comparados com uma revisão da literatura realizada por

Pereira (2008), em seu periódico em que ele apresenta a importância da realização de exames

clínicos e físicos para a elaboração do melhor protocolo de tratamento e de condicionamento

físico sem que haja risco a saúde do atleta.

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Pode-se notar também a freqüência de consultas médicas realizada pelos praticantes de

caminhada, sendo assim, 36 pessoas afirmaram realizar menos de duas consultas por ano, 12

pessoas disseram realizar entre três à cinco consultas por ano, e 05 pessoas relataram fazer

mais de cinco consultas médicas por ano.

Com relação a freqüência de consultas médicas realizadas por ano, os números mais

uma vez foram alarmantes se compararmos com a opinião de Lopes (2006), que em vários de

seus estudos mostrou que a consulta médica é crucial para determinação das patologias e

acompanhamento de suas evoluções tanto no tratamento quanto nas complicações.

Fauci (2008) também concorda com esse ponto de vista, pois em seu periódico aborda

que a consulta médica deve ser realizada periodicamente para avaliações simples e pelo

menos duas vezes ao ano para realização de um check-up completo, para que desta forma a

medicina possa diagnosticar precocemente as doenças e tratá-las com mais eficiência.

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Figura 26: mensuração em tempo com relação a última vez que aferiu a pressão arterial (PA).

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Conforme a figura 26 acima, 14 pessoas disseram que aferiram a pressão arterial a

menos de uma semana, 17 pessoas disseram ter aferido a pressão há pelo menos duas a quarto

semanas atrás, 11 pessoas afirmaram ter aferido a pressão arterial entre um mês a três meses e

11 pessoas disseram ter aferido a pressão arterial a mais de três meses.

Manter a pressão arterial em níveis considerados normais é muito importante para

evitar complicações futuras, para isso é preciso um acompanhamento constante e rigoroso

durante a atividade física, pois estas promovem uma alteração na PA durante a sua execução,

as pessoas entrevistadas na praça apresentaram uma freqüência pouco satisfatória uma vez

que algumas relataram estar a mais de meses sem aferir a PA, o que pode estar associado ao

risco de um ataque cardíaco entre outras conseqüências. Para Wilmore, Costill e Kenney

(2010), quando se realiza uma atividade física a pressão arterial média apresenta um aumento

gradual com relação ao esforço exigido no exercício, porém a pressão sistólica e a diastólica

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Menos de 01

Semana

De 02 à 04

Semanas

De 01 Més a 03

Meses

Acima de 03

Meses

14

17

11 11

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não aumentam em grau semelhante. O aumento da pressão arterial sistólica é resultado do

aumento do débito cardíaco que acompanha as cargas de trabalho maiores em atividades de

extrema exigência de uma maior ação da musculatura, esse aumento na pressão ajuda a

facilitar o aumento do fluxo sanguíneo pelos vasos, do mesmo modo, a pressão arterial

determina quanto plasma irá percorrer os capilares, penetrando nos tecidos e transportando os

suprimentos necessários para os músculos em trabalho.

Para Oliveira (2005), os efeitos da alteração da pressão arterial durante os exercícios já

começam a aparecer nas primeiras 24 horas que se seguem a prática da atividade física, e

consiste em discreta diminuição dos níveis de pressão arterial e no aumento dos receptores de

insulina nas células musculares, favorecendo o metabolismo dos hidratos de carbono e

preparando o músculo para uma nova sessão de atividade física. Os efeitos crônicos ou

prolongados do exercício surgem com a prática periódica e regular a longo prazo, e consiste

em adaptações a nível osteomuscular e cardiovascular as quais aumentam a resistência e a

capacidade de esforço do organismo.

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Figura 27: Testes e exames físicos realizados pelos praticantes de caminhada conforme

relatado pelos entrevistados

Fonte: Dados coletados pelo autor.

Após analise dos resultados na figura 27 podemos perceber que, 04 pessoas disseram

que já realizaram o teste de esteira, 12 pessoas o teste de dobra cutânea, 05 pessoas já fizeram

o teste de caminhada de 06 minutos, 12 pessoas o teste de circunferência abdominal, e 20

pessoas relataram nunca ter feito nenhum desses testes.

Algumas pessoas realizaram os testes de aptidão física, devido ao fato de irem ao

médico para consulta regular ou para tratamento e também durante tratamento físico em

clinicas de fisioterapia e acabaram por realizar alguns testes por solicitação tais como: teste de

esteira e de caminhada de seis minutos. Outras pessoas disseram ter passado por outros testes

durante o treinamento em academias como parte importante para a elaboração da ficha

pessoal e desenvolvimento do plano de treinamento, já as demais pessoas nunca fizeram

nenhum teste de aptidão física segundo relatado por eles foi devido a condição financeira e

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Teste de esteira Dobra cutânea Teste de

caminhada de

seis minutos

Circunferência

abdominal

Nenhum dos

Anteriores

4

12

5

12

20

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por não sentirem nenhuma dor ou restrição na execução da caminhada que justificasse a

procura por algum destes teste junto a um profissional da saúde. Segundo Pires e

colaboradores (2007) o Teste de Caminhada de Seis minutos (TC6) é um dos testes mais

realizados nas avaliações clinicas, pois permite a avaliação e levantamento de informações

importantes sobre o estado de saúde de pessoas com pouco condicionamento físico. O TC6 é

facilmente aplicado e tem uma melhor tolerância para a pessoa e aproxima ao máximo da

simulação das atividades de vida diária. Além disso, é uma forma prática e de baixo custo de

avaliar a capacidade física em indivíduos com limitação funcional, esta técnica ao longo dos

últimos anos ganhou muita importância tanto na prática clínica quanto em pesquisa, o TC6

tem como objetivos: avaliar a capacidade aeróbica para a prática de esportes e outras

atividades; avaliar o estado funcional do sistema cardiovascular e/ou respiratório na saúde e

doença; avaliar programas de prevenção, terapêuticos e de reabilitação e predizer morbidade e

mortalidade em candidatos a transplantes.

Para Rodrigues e colaboradores (2001), a técnica da bioimpedância ou teste de dobras

cutâneas nas últimas décadas vem ganhado espaço nas fixas de avaliação, por ter como

finalidade em sua utilização a determinação do fracionamento da composição corporal, em

alguns estudos de campo diversos autores relatam ter obtido um percentual de gordura medido

por bioimpedância não são maiores que 0,80. As possíveis razões para essa variabilidade

poderiam ser mencionadas diferenças metodológicas quanto às populações analisadas, aos

aparelhos utilizados e metodologias diferentes de coleta de dados, porém ainda existem

muitas dúvidas quanto à confiabilidade e à precisão da técnica da bioimpedância, quando

comparada com outros recursos.

Segundo Castro e colaboradores (2011) o teste de esforço em esteira é utilizado para

avaliar as respostas clínicas, hemodinâmicas, eletrocardiográficas e metabólicas ao esforço de

indivíduos com limitação física importante ou relatar a condição física atual de um atleta. Este

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exame é de baixo custo, de fácil execução e alta reprodutibilidade, aplicado para avaliar a

tolerância e causas de limitação dos pacientes ao exercício, traçar uma linha segura e

adequada para o programa de condicionamento físico, além de avaliar as mudanças ocorridas

no pré e pós-treinamento.

Para Versiani e colaboradores (2010) a medida da circunferência abdominal é um

grande indicador do percentual de gordura ou adiposidade abdominal que esta na maioria das

vezes associada à inatividade física que por sua vez pode levar a incapacidade nas Atividades

de Vida Diárias (AVD), valores superiores a 102 cm para homens e 88 cm para as mulheres

são considerados como de risco altíssimo para as doenças cardiovasculares.

Outro dado importante notado no estudo foi em relação ao uso do monitor cardíaco em

que 0,0 ou 0% dos entrevistados relatou utilizar o monitor cardíaco, e 53 pessoas ou 100%

disseram que nunca utilizaram este aparelho.

Ficou claro neste resultado que nenhum dos praticantes de caminhada se preparam

totalmente para realizar a atividade física, já que entre os praticantes de caminhada havia

pessoas que relataram problemas de saúde e que até informaram a utilização deste aparelho

em exames específicos em academia e consultórios médicos durante avaliação física, mas

nunca se atentaram para a sua importância no acompanhamento direto da caminhada. Para

Weineck (2005) é possível determinar o nível de intensidade do exercício intervalado, tanto

pelo estabelecimento de uma duração especifica para uma distancia da série como pelo uso de

um percentual fixo da Freqüência Cardíaca Máxima (FCmax) do atleta, este uso do percentual

fixo da freqüência cardíaca máxima do atleta pode resultar em um melhor índice de estresse

fisiológico sentido pelo atleta, permitindo o controle e acompanhamento da evolução do

exercício.

Dutra e colaboradores (2007) afirmam em seu estudo que em muitas situações de

campo, não é possível medir a distância percorrida na caminhada durante a sua execução em

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espaço aberto, limitando o avaliador físico a poucos recursos para lhe fornecer dados precisos

do rendimento e estado do atleta em tempo real, para essas situações é recomendado que se

use o monitor cardíaco que marcará a Freqüência Cardíaca (FC), existem também outros

recursos para auxiliar na composição desses dados como: acelerômetros, pedômetros,

compêndios, etc. A medição da FC tem sido amplamente utilizada como meio para estimar o

gasto energético da atividade física, devido à sua praticidade, principalmente com a

popularização dos monitores de FC e devido à forte correlação que tem com o gasto

energético durante exercício dinâmico que envolva grandes massas musculares.

Tabela 03: Demonstração das queixas de dores nas atividades de vida diária, problemas

coluna vertebral, articulações e a taxa de desconforto promovido pela caminhada.

Determinantes Respostas Nº %

Dores nas AVDs Sim 19 35,84%

Não 34 64,15%

Problemas de coluna Sim 12 22,64%

Não 41 77,35%

Problemas em articulações Sim 7 13,20%

Não 7 13,20%

Desconforto físico causado

pela caminhada

Sim 2 3,77%

Não 51 96,23%

Fonte: Dados coletados pelo autor, 2011

Conforme análise da tabela 03 em relação às dores durante as AVDs 35,84% dos

entrevistados disseram que sentem dores no corpo durante o dia-a-dia, e 64,15% relataram

não sentir dores nas AVDs. Esses resultados estão associados as posturas, movimentos e

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hábitos errôneos realizados durante o dia como ficar sentado ou em pé por várias horas na

mesma posição, também por levantar peso em excesso sem uma posição adequada. O presente

estudo pode ser comparado com os achados de Powers (2005) em que ele fala nos efeitos do

sedentarismo na circulação sanguínea, o indivíduo quando permanece por muito tempo na

mesma posição começa a sentir dores musculares e cãibras, parte dessas dores é por uma

circulação sanguínea deficiente causada pela diminuição do retorno sanguíneo e linfático.

Já os problemas de saúde como complicações na coluna 22,64% e nas articulações

13,20%, estão presentes entre os praticantes de caminhada como alguns dos motivos para uma

realização de exercícios este numero é considerado normal se comparado com outros estudos

(NONUMOURA, 1998).

Para Porth e Matfin (2010) algumas modalidades de exercícios podem forçar um

desgaste mais rápido das articulações como no caso das corridas, vôlei, futebol entre outras e

algumas podem prejudicar diretamente a coluna vertebral como o levantamento de peso, que

devido a carga extrema nas articulações e nos discos pode provocar uma hérnia de disco ou

deslocamento das vértebras.

Com relação ao desconforto físico, 02 pessoas ou 3,77% disseram não se senti muito

bem durante a caminhada, e 51 ou 96,23% não relataram sentir algum desconforto físico na

caminhada.

Com base nos resultados podemos perceber que o desconforto físico ocorre em pouca

taxa se comparada no geral, esse desconforto pode estar relacionado ao despreparo físico e/ou

uso de tabaco que promove uma sensação de falta de ar e palpitações. Esses resultados se

comparados com Thompson (2004), em um dos estudos citados em seu periódico são bem

parecidos uma vez que a incidência de desconforto físico em pessoas fumantes e com pouca

aptidão física apontam para uma singularidade na pesquisa de campo.

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Figura 28: Benefícios obtidos com a prática regular da caminhada segundo relatado pelos

entrevistados

Fonte: Dados coletados pelo autor.

A figura 28 mostra que 09 pessoas relataram obter uma melhora no sono, 07 pessoas

afirmaram ter uma melhora no desempenho sexual, 03 pessoas disseram que reduziram o

peso, 21 pessoas afirmaram adquirir uma maior disposição para realizar as atividades do dia-

a-dia, 03 pessoas relataram uma melhora no controle da pressão arterial, 01 pessoa disse ter

melhorado a taxa de triglicérides, nenhuma pessoa relatou sentir alteração na taxa de

colesterol e 09 pessoas disserem ter obtidos outras melhorias com a caminhada.

Este estudo demonstrou que o número de benefícios adquiridos através da caminhada

para o seu praticante é indiscutivelmente comprovado, para as pessoas com dificuldades em

dormir a caminhada se mostrou muito eficiente uma vez que a pessoa passa a gastar mais

energia e forçar mais o corpo levando-o a uma exaustão e por isso melhorando o sono, como

o corpo mais ativo as respostas as atividades físicas também melhoram como o desempenho

9

213

30

1

7

9

O sono Disposição para realizar atividades cotidianas

Desempenho sexual Pressão arterial

Colesterol Triglicérides

Peso Outros

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sexual e a disposição para realizar as atividades do cotidiano, devido ao corpo estar mais

condicionado. Devido à queima de calorias proporcionada pela caminhada ocorre então a

diminuição da gordura, reduzindo o peso corporal, os níveis pressóricos também foram

influenciados pela atividade física já que algumas pessoas afirmaram obter um controle maior

da hipertensão, mas a atividade física de caminhada também proporcionou outras melhorias

não citadas no questionário como a melhoria na circulação sanguínea, diminuição das dores

de cabeça e também diminuição da ansiedade, sendo assim todas essas melhorias podem ser

confirmadas com os estudos abaixo. Rocha e colaboradores (2011) dizem que o exercício

físico promove benefícios tanto físico quanto mental, quando realizamos um programa de

atividade orientada proporcionamos grandes alterações neuromusculares e psicológicas. Em

uma pesquisa realizada na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com voluntários da

comunidade, alunos da própria instituição e funcionários públicos da cidade de João Pessoa -

PB revelou que após algumas sessões de atividade física orientada as respostas musculares ao

exercício apresentaram melhoras significativas em todos os testes.

Barbosa e Bankoff (2008) em sua revisão bibliográfica falam que a caminhada gera

algumas reações metabólicas como: diminuição da freqüência cardíaca em repouso e no

trabalho sub-máximo, aumento da potência aeróbia e da ventilação pulmonar, diminuição da

pressão arterial, melhora do perfil lipídico e melhora da sensibilidade a insulina. Promovendo

também alterações na auto-percepção do corpo como, melhora do auto conceito, da auto-

estima e da imagem corporal, diminuição do estresse e da ansiedade, melhora da tensão

muscular e da insônia, diminuição do consumo de medicamento, melhora das funções

cognitivas e da socialização.

Quando Spinato, Monteiro e Santos (2010) em sua pesquisa afirmou que a quantidade

de pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no Brasil varia entre 22% à 44%, eles

decidiram aplicar um estudo teste para comparação dos benefícios da caminhada em pacientes

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hipertensos para isso contaram com a ajuda da Liga de Hipertensão Arterial do Hospital de

Messejana (LHAHM). O estudo contou com 15 pacientes hipertensos e ao longo de 08

encontros nos quais os pacientes relatavam as reações do corpo ao exercício, concluíram que a

prática regular da atividade física melhorou os níveis pressóricos e diminuiu a quantidade de

medicamentos consumidos para o controle da hipertensão. Todos esses estudos confirmam os

resultados deste trabalho.

Figura 29: Sensação de bem-estar e prazer relatado pelos entrevistados durante e/ou após o

período de caminhada.

Fonte: Dados coletados pelo autor.

De acordo com a figura 29, quando perguntado ao entrevistado sobre a sensação de

prazer ao realizar a caminhada 49 pessoas disseram que sentem uma sensação de relaxamento

físico e bem estar emocional após o exercício físico, já 04 pessoas disseram não sentir

nenhuma diferença no estado psicológico nem durante e nem após a atividade física.

Com a prática regular da caminhada muitas pessoas passaram a incorporar essa

atividade física em suas atividades de rotina, a sensação de prazer ou desprazer como

4

49

Não Sim

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reportado em vários estudos, apresenta-se como um potente mediador da mudança de

comportamento relacionado a atividade física. As pessoas de modo geral tendem a reproduzir

situações que as fazem sentir bem e/ou confortáveis e evitar situações que as fazem sentir

desprazer ou desconforto.

Balbinotti e Capozzoli (2008) afirmam que, quando ocorre a liberação de hormônios

em nosso corpo, por exemplo, as endorfinas, sentimos um sensação de bem-estar físico

devido ao seu efeito anestésico e eufórico que atua em vários sistemas do nosso corpo, porém

apesar de vários estudos científicos para compreensão do seu princípio de atividade no

sistema nervoso a ciência ainda não conseguiu decifrá-lo completamente. O exercício físico

de alta intensidade aumenta a produção e circulação de hormônios no sangue, por isso após o

exercício é natural que o atleta sinta a sensação de prazer, ou diminuição da ansiedade, da

tensão, da raiva e também da confusão mental.

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5 CONCLUSÃO

O estudo mostrou que os praticantes de caminhada na Praça Alvorada apresentam no

geral um perfil de pessoas não sedentárias que em sua maioria é composta por mulheres que

relataram estar acima do peso, o que é contraditório já que a média geral do IMC na somatória

de todos os entrevistados foi de 23.74 que na escala mundial significa um peso ideal, ficou

claro que muitos ainda não conhecem com clareza as técnicas associadas à caminhada para

que exista um bom desempenho da atividade juntamente com a obtenção dos resultados

desejados, boa parte dos praticantes de caminhada estão cientes dos riscos que estão sujeitos

durante a prática do exercício e por isso adotam algumas precauções para evitar dano ao corpo

como proteção a exposição dos raios solares, desidratação, lesões musculares, alongamento e

aquecimento, etc. Apesar de conhecerem os riscos dessa atividade a grande maioria dos

praticantes de caminhada ainda negligenciam algumas medidas preventivas primordiais a

qualquer exercício como o cuidado médico e consultas periódicas. Neste trabalho ainda ficou

claro que o perfil da faixa etária de idade entre os praticantes são de pessoas adultas com uma

média geral de 29.7 anos, o que possibilitou identificar em quase todas as pessoas uma

preocupação em preservar uma boa condição de saúde e retardar os problemas convencionais

associados à idade mais avançada.

A realização da caminhada apresenta vários erros que comprometem a eficiência da

atividade física, como as vestimentas e os calçados que são utilizados de formar erronia

prejudicando o rendimento e os benefícios que a atividade pode promover, outro erro grave e

que compromete a eficiência da caminhada é a realização do alongamento antes e depois do

exercício que neste trabalho deixou claro a sua importância tanto na otimização da atividade

física quanto na prevenção de lesões, deve-se trabalhar ainda a conscientização da

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importância da hidratação antes, durante e depois do exercício, para que o corpo não sofra as

conseqüências deste hábito errôneo de não hidratar o organismo para a prática de atividade

física.

Uma grande preocupação quanto à saúde dos praticantes de caminhada se dá por

negligência aos exames médicos, pois a maioria não obteve nenhuma orientação para a

realização da caminhada o que pode levar a uma significante incidência de problemas como

lesões e complicações patológicas já presente em algumas pessoas. Outro risco é a prática da

caminhada em horários em que é alto o nível de radiação Ultra-violeta. Conforme identificou-

se no estudo, várias pessoas não utilizam nenhuma proteção contra os raios-UV, ou quando

usam, não o fazem de forma eficiente.

Muitas pessoas mostraram-se contentes com os efeitos e resultados benéficos

adquiridos com a prática regular da caminhada. A prova maior é o relato de melhorias na

disposição para realizar atividade do dia a dia, da resistência ao exercício aeróbico, na

diminuição das dores e do estresse provocado pelas atividades do cotidiano e também na

redução e controle do peso corporal.

Este estudo tem grande importância acadêmica para comprovação da eficiência da

atividade de caminhada como um meio de prevalecer o condicionamento físico, prevenindo e

auxiliando no tratamento de doenças de diversas multifatoriedades, algumas como a alta taxa

de colesterol, obesidade, hipertensão, diabetes, depressão, insônia, doenças cardiovasculares

entre outras. Pode-se verificar que os praticantes de caminhada da Praça Alvorada, não

possuem um conhecimento específico da modalidade de exercício que estão realizando,

demonstrando que ainda é preciso trabalhar muito com a população para que esta atividade

física seja realizada de forma segura e eficaz.

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REFERÊNCIAS

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109

APENDICE (A) – Roteiro de entrevista

FACULDADE DE SAÚDE TECSOMA

CURSO DE FISIOTERAPIA

PROJETO: Perfil do Usuário da Praça Alvorada na Vila Mariana em Paracatu – MG

ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA AVALIAÇÃO DO PERFIL DOS PRATICANTES

DE CAMINHADA/CORRIDA

Docente Responsável: Profª. M. Sc. Cecília Maria Dias Nascimento

Data: _____/_____/______ entrevista nº: _____________

Roteiro de Entrevista:

Geral

Nome:____________________________________________________________

Idade:_______________ Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Peso:_______ Altura:________ IMC;____________

Profissão/Ocupação: ________________________________________________

Telefone: ( ) ________________________________

1) Qual exercício físico costuma fazer na praça? ____________________________

2) Qual a periodicidade da prática de exercício na praça?

( ) 1 vez/semana ( ) finais de semana

( ) 2 vezes/semana ( ) eventualmente

( ) 3 vezes/semana ( ) outros _______________

( ) 5 vezes/semana

3) Qual o horário?________________ E a duração?__________________________

4) Qual a distância caminhada __________________________________________

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5) Esta distancia aumentou ou diminuiu desde quando você começou?

( ) aumentou ( ) diminuiu

6) Qual critério você utiliza para aumentá-la?

( )A cada dois meses

( )Melhora no condicionamento

( ) aumento nos benefícios

( ) alterações no ritmo de trabalho/tempo livre

7) O tempo que você gasta neste percurso aumentou ou diminuiu desde o início?

( ) sim ( ) não ( ) não controlo o tempo

8) Porque faz exercícios? (marque mais de uma opção se necessário)

( ) recomendação médica

( ) para emagrecer

( ) para aliviar o estresse

( ) outros _________________________________________________________

9) Há quanto tempo pratica esse tipo de atividade? __________________________

10) Faz outra atividade física? ( ) sim ( ) não

Qual? __________________________

Preparação para a prática de exercício físico

11) Antes de fazer a caminhada faz alongamento? ( ) sim ( ) não

12) Quanto tempo?_______________________________

Quais ?_________________________________________

13) Quem o ensinou/orientou a fazer?_______________________________

14) Antes de fazer os exercícios faz aquecimento? ( ) sim ( ) não

15) Quanto tempo?_______________________________________

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111

Qual?_______________________________________________

16) Você se alimenta antes praticar exercícios? ( ) sim ( ) não

17) O que come? ____________________________________________________

18) Você acha que está com roupa adequada? ( )sim ( ) não

O entrevistador concorda? ( ) sim ( ) não

19) Você acha que está com um calçado adequado? ( )sim ( )não

O entrevistador concorda? ( ) sim ( ) não

20) Usa algum tipo de proteção contra o sol? ( )sim ( )não

Qual? ________________________________

21) Você toma água?

( ) Antes da caminhada

( ) Durante a caminhada

( ) Após a caminhada

Quanto?_______________________________

22) Depois de fazer a caminhada faz alongamento? ( ) sim ( ) não

23) Quanto tempo?________________________________________

Quais?_______________________________________________

Saúde

24) Você se considera fumante? ( ) não ( )sim

Quantos cigarros/dia? ___________________________

25) Faz uso de bebida alcoólica?

( ) sim ( ) não

Quantas vezes por semana?_______________________

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26) Toma algum tipo de medicamento? ( )sim ( )não

Qual?

27) Possui algum problema de saúde? ( )sim ( )não

Qual?

28) Você acha que está acima do peso? ( )sim ( )não

29) Fez o último exame médico quando? __________________________________

30) Qual a freqüência de consultas médicas? _______________________________

31) Qual foi a última vez que aferiu a pressão arterial? ________________________

( ) Estava alterada ( ) Estava normal

Lembra quanto? ___________________________________

32) Já fez alguma avaliação física como?

( ) Teste de esteira

( ) Dobra cutânea

( ) Teste de caminhada de seis minutos

( ) Circunferência abdominal

( ) Nenhum dos Anteriores

33) Faz uso de monitor cardíaco?

( )sim ( )não

34) Sente dores nas atividades cotidianas?

( )sim ( )não

Onde? _______________________________________________

35) Sabe se tem algum problema na coluna? ( )sim ( )não

Qual? ________________________________________________

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36) Sabe se tem algum problema nas articulações?

( )sim ( )não

Qual? _____________________________________________________________

37) A caminhada provoca algum desconforto físico? ( )sim ( )não

Qual? _____________________________________________________________

38) Quais os benefícios teve com a prática da caminhada?

Melhorou:

( ) O sono

( ) Disposição para realizar atividades cotidianas

( ) Desempenho sexual

( ) Pressão arterial

( ) Colesterol

( ) Triglicérides

( ) Peso

( ) Outros: _______________________________________________________

39) Sente prazer durante/após a atividade física? ( ) sim ( ) não

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ANEXO - B Termo de consentimento livre e esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96)

Eu,________________________________________________,RG________________,

abaixo qualificado(a), DECLARO para fins de participação em pesquisa, que fui

devidamente esclarecido sobre o Projeto de Pesquisa intitulado:, Análise do nível de

conhecimento sobre a atividade física de caminhada e do perfil dos praticantes na Praça

Alvorada na Vila Mariana em Paracatu-MG, desenvolvido pelo aluno João Flávio Rodrigues

de Souza, do Curso Bacharelado em Fisioterapia da Faculdade Tecsoma de Paracatu, quanto

aos seguintes aspectos:

As fraturas maleolares são conhecidas há muito tempo, estas fraturas se diferenciam

entre si em relação à gravidade e ao prognóstico pela localização da lesão na fíbula.(SANTIN;

ARAÚJO; NETO, 2000).O objetivo desse estudo é demonstrar a eficácia da fisioterapia na

reabilitação do paciente submetido à cirurgia de fratura de maléolo lateral através aplicação

do protocolo de tratamento. Serão realizadas quatro avaliações, no final de cada fase do

protocolo de tratamento onde à coleta de dados será feita através de quatro diferentes métodos

de avaliação (perimetria, goniometria, teste de força manual, escala analógica de dor). Não há

riscos previsíveis para esse procedimento. Espera-se que, a partir dos dados obtidos seja

possível evidenciar a eficácia do protocolo fisioterapêutico na reabilitação do paciente. As

informações obtidas serão confidenciais e quaisquer dados serão divulgados de forma que não

possibilite sua identificação, assegurando total privacidade. Não haverá nenhuma forma de

reembolso de dinheiro, já que sua participação não lhe trará nenhum gasto.

Durante ou após a pesquisa, não haverá nenhum risco ou desconforto, bem como

benefícios sobre o entrevistado.

O entrevistado tem a liberdade de recusar a sua participação ou retirar o seu

consentimento em qualquer fase da pesquisa. Os dados e informações provenientes deste

trabalho serão utilizados com fins de publicação e produção do trabalho de conclusão de curso

em bacharel.

DECLARO, outros sim, que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e

ter entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta pesquisa.

Paracatu, 12 de Setembro 2011.

Page 115: ANÁLISE DO NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE A ATIVIDADE FÍSICA ...s/Mono-JoaoflabioRodrigues.pdf · A atividade física tem feito parte de várias ações durante a história da humanidade,

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QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Objeto da Pesquisa: ______________________

Nome:_______________________________________________________________RG:___

________ _____ Data de nascimento:_____ / ______ / ______ Sexo: . M ( )

F ( )

Endereço:___________________________________________________ nº_______

Apto: ________________

Bairro:____________________Cidade:____________________Cep:______________

Tel.:______________________

______________________________

Assinatura do Declarante

DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR

DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas no

Capítulo IV da Resolução 196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o

consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para a realização desta

pesquisa.

Paracatu, 12 de Setembro 2010.

___________________________

João Flávio Rodrigues de Souza

Assinatura do Pesquisador