44
UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso De Fisioterapia BRUNA PERES CANDIDO DA CRUZ MARIANA AVINO BARBOZA LEITE ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA DO PRONTO SOCORRO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO Bragança Paulista 2011

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso De Fisioterapia

BRUNA PERES CANDIDO DA CRUZ

MARIANA AVINO BARBOZA LEITE

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA DO PRONTO

SOCORRO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO

Bragança Paulista 2011

Page 2: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

BRUNA PERES CANDIDO DA CRUZ - 001200700391

MARIANA AVINO BARBOZA LEITE - 001200700660

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA DO PRONTO

SOCORRO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO

Monografia apresentado à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco sob orientação da Profa Aline Maria Heidemann Santos como exigência para obtenção da conclusão do curso de Graduação.

Bragança Paulista 2011

Page 3: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

BRUNA PERES CANDIDO DA CRUZ - 001200700391

MARIANA AVINO BARBOZA LEITE - 001200700660

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA DO PRONTO

SOCORRO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi

julgado e aprovado pela Unidade Acadêmica

da Área do Curso de Fisioterapia em

cumprimento às exigências parciais para

obtenção do título de Fisioterapeuta da

Universidade São Francisco

Data da aprovação: ___/___/___

________________________________________

Prof.ª Aline Maria Heidemann Santos (Orientadora Temática)

Universidade São Francisco

______________________________________________________

Prof.ª Dra. Rosimeire Simprini Padula (Orientadora Metodológica)

Universidade São Francisco

______________________________________________________

Ftª Gabriela Dominicci de Melo Casacio (Examinadora)

Especialista em Fisioterapia Respiratória pela UNIFESP

Fisioterapeuta do HUSF

Page 4: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

Aos nossos pais Maria Antonia Peres da Cruz,

Juracy Candido da Cruz, Cleide Angélica Avino

Barboza Leite e Nelson Barboza Leite,

incentivadores do desenvolvimento da nossa

vida acadêmica, que despertaram em nós o

desejo e a necessidade de se buscar cada vez

mais conhecimento, aos quais nunca

conseguiremos retribuir o apoio concreto e

afetivo para a realização de nosso futuro.

Page 5: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

AGRADECIMENTOS

Aos meus queridos pais que me deram força, me apoiaram nas horas mais difíceis e

me ensinaram e ensinam a dar grande valor ao estudo. Principalmente a minha mãe que

sempre foi companheira e amiga cobrando muito estudo de mim, sendo isso, para o meu

próprio bem, que nunca permitiu que desistisse e a cada decepção me dava uma palavra de

apoio. Só queria dizer que minha admiração e amor serão eternos por vocês. Muito obrigada

por tudo e por sempre estarem ao meu lado.

À uma pessoa muito especial, Thiago, que sempre me apoiou e acreditou que eu

seria capaz e que iria dar tudo certo. Muito obrigada por tudo e por estar sempre ao meu

lado me dando força.

Ao meu irmão que de alguma forma me apoiou mesmo aparentando ser um tanto

distante, muito obrigada. E a minha cunhada Alyne uma grande amiga e companheira que

sempre me deu força.

A todos os meus colegas de faculdade e amigos em especial Silvia, Samira,

Andressa, Leonardo, que me deram força, palavras de apoio me incentivando nas horas

boas e ruins, estando sempre presentes. Muito obrigada.

À minha dupla de TCC, Mariana que me ajudou e sempre me deu força e apoio

muito obrigada por tudo. Às minhas companheiras de república e amigas Élida grande

companheira e amiga de quarto se não a melhor, Fabiana, Érica e Maria Antonia mãe e

coleguinha de quarto também. Muito obrigada por cada momento cada ajuda prestada e

palavras verdadeiras.

À minha orientadora temática, Profª Dra Aline Maria Heidemann Santos, gostaria de

dizer que foi muito bom ser sua orientanda e só tenho a agradecer pela paciência e

compreensão, demonstrados nos momentos difíceis que passei e até mesmo pelas

soluções para cada problema que levava até você. Obrigada por tudo, sempre me lembrarei

de você e terei imenso orgulho de dizer sobre minha orientadora. Serei eternamente grata a

cada palavra de incentivo e nunca vou esquecer “o TCC é um casamento com a sua dupla”.

Muito obrigada por tudo.

À minha orientadora metodológica Profª Dra Rosimeire Simprini Padula que sempre

me ajudou com palavras amigas e incentivadoras não permitindo que eu desistisse ou

desanimasse e principalmente me ajudando a caminhar nessa longa estrada que não foi

fácil. Muito obrigada por toda ajuda e compreensão. Obrigada mesmo.

Bruna Peres Candido da Cruz

Page 6: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

A elaboração de um trabalho acadêmico é longa e exige reflexão, introspecção,

formulação, construção e correção. Mas a concretização do trabalho só se deu pois houve

parceria e o companheirismo que se somam e se expressam através de uma palavra amiga,

de um sorriso na hora certa, na crítica, na discussão dos conceitos, nas contribuições e ao

estímulo dos que estão próximos. Quero expressar minha grande gratidão a todas as

pessoas que me apoiaram e me estimularam durante toda esta longa caminhada.

Ao meu Pai Oxalá, Orixá irradiador da fé, o qual enviou o tempo todo suas vibrações

estimuladoras da fé e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade. À minha

Mãe Oxum, Orixá irradiadora do amor, atua na vida dos seres estimulando em cada um os

sentimentos de amor, fraternidade e união. À minha Mãe Yemanjá, Orixá da geração, dona

dos mares que vivificam nosso ser. Ao Pai Oxóssi, Orixá do conhecimento, que nos trouxe o

saber e nos doutrinou. E a todos os Orixás que com certeza de algum modo nos ajudou. E

ao meu Pai de Santo, Luciano, e minha Mãe de Santo, Karla, que me deram a oportunidade

de eu fazer parte dessa religião maravilhosa que é a umbanda e que está mudando minha

vida.

Aos meus pais e meus irmãos, obrigada por todos os momentos que dividiram

comigo, por suportarem as ausências, se alegrarem com as conquistas e oferecerem

conforto e segurança. Este é o ano de concluir a universidade, de cair de vez no mercado de

uma maneira profissional e ética. É hora de dar o chute pra valer e iniciar uma carreira,

construir e conquistar coisas boas. Estou disposta a ir lutar com os leões. Pois é assim que

se cresce. Pai obrigada pelas correções e críticas, aprimorando nosso trabalho. A melhor

coisa que aconteceu na minha vida foi você, Mãe, por me querer tanto e me amar

incondicionalmente.

À amiga e dupla mais do que especial, Bruna, obrigada pela amizade verdadeira e

pelo companheirismo e carinho. Você é e sempre será muito importante para mim. Obrigada

por agüentar minha tranqüilidade e desculpe se fiz alguma coisa que te deixou tensa

durante nossa peleja neste trabalho. Amo você.

Ao casal e companheiros de todas as horas, Viviane e Pedro, obrigada pela amizade

incomparável e única.

À Prof. e orientadora metodológica Rosimeire Simprini Padula, obrigada pela ajuda

que nos deu e sempre auxiliando na correção do trabalho quando necessário. À Prof. e

orientadora temática Aline Maria Heidemann Santos, por ter aceito a orientação deste

trabalho, acreditando em nós e apoiando para a construção deste estudo, obrigada pela

amizade, a competência e a forma extraordinária com que nos conduziu nesta trajetória.

Mariana Avino Barboza Leite

Page 7: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

“Chame o sucesso para fazer parte de sua vida.

Acredite no seu potencial criador, seja inovador,

treine sua mente para vencer, estipule metas e,

principalmente, lute por seus ideais”.

Flávio Souza

Page 8: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

CRUZ, B.P.C; LEITE, M.A.B. Análise do Perfil Epidemiológico dos Pacientes com

Insuficiência Respiratória do Pronto Socorro do Hospital Universitário São

Francisco. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Fisioterapia da Universidade São

Francisco, Bragança Paulista, 2011.

RESUMO

INTRODUÇÃO: Analisar a evolução do quadro dos pacientes com Insuficiência Respiratória Aguda que dão entrada ao pronto socorro do HUSF, bem como a atuação da fisioterapia nesses pacientes. MÉTODO: Análise de 15 prontuários de pacientes com casos de Insuficiência Respiratória Aguda, que dão entrada no pronto socorro do Hospital Universitário São Francisco, incluindo homens e mulheres de 18 a 70 anos. As informações colhidas no prontuário desses pacientes foram de acordo com a ficha de coleta de dados (Apêndice II). ANÁLISE DE DADOS: Para a análise dos dados de variáveis contínuas foi utilizado o Teste t Student ou Análise de Variância (ANOVA). As variáveis com outro tipo de distribuição foram analisadas através do teste de comparação não-paramétrico, utilizando-se os de Mann- Whitney U e Kruskal-Wallis. O nível de significância adotado será de 5%. RESULTADO: Quinze prontuários foram incluídos no estudo. A pneumonia foi à causa mais comum de insuficiência respiratória (IRpA). Não houve diferença estatisticamente significativa do atendimento fisioterapêutico, conforme aplicação do protocolo de fisioterapia respiratória, no PS no Hospital Universitário São Francisco. CONCLUSÃO: A atuação da fisioterapia imediata foi maior na enfermaria com relação ao PS, o que pode justificar maior índice de internação desses pacientes com diagnóstico clínico de Insuficiência Respiratória Aguda.

Palavras-Chave: Insuficiência Respiratória Aguda; Pronto Socorro; Fisioterapia.

Page 9: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

CRUZ, B.P.C; MILK, M.A.B. Analysis of the epidemiological profile of patients

with respiratory failure the emergency room of University Hospital in San

Francisco. Completion of course work. School of Physical Therapy University of San

Francisco, Bragança Paulista, 2011.

ABSTRACT

INTRODUCTION: analyze the evolution of patients with acute respiratory failure who are admitted to the emergency room of HUSF as well as the role of physiotherapy in these patients. METHOD: Analysis of medical records of 15 patients with cases of acute respiratory failure which arrive at the emergency room of University Hospital São Francisco and inclusion criteria for men and women aged 18 to 70 years, where the information collected in the medical records of these patients were in accordance with plug data collection (Appendix II). ANALYSIS: For the analysis of the informations was used for continuous variables Student's t test or analysis of variance (ANOVA). The variables with other distribution were analyzed through the comparison test non-parametric, using the Mann-Whitney U and Kruskal-Wallis test. The significance level is 5%. RESULTS: Fifteen records were included in the study. Pneumonia was the most common cause of acute respiratory insufficiency. There was no statistically significant difference in physiotherapy, as application of the protocol of respiratory physiotherapy, in emergency room at the University Hospital São Francisco. CONCLUSION: The immediate role of physiotherapy in the ward was higher with respect to PS, which can justify a higher rate of hospitalization of patients with clinical diagnosis of acute respiratory failure.

Key-words: Acute Respiratory Failure, Emergency room; physiotherapy

Page 10: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

LISTA DE GRÁFICOS

.

Gráfico 1 – Tipos de tratamento utilizados....................................................... 25

Gráfico 2 – Condutas fisioterapêuticas mais prevalentes.................................. 26

Gráfico 3 – Percentual de medicamentos utilizados……………….….……………. 27

Gráfico 4 – Relação entre o tempo de internação, número de pacientes e a

adesão ou não do tratamento fisioterapêutico..................................................

27

Gráfico 5 – Percentual de recursos mais incidentes......................................... 28

Gráfico 6 – Porcentagem da atuação da fisioterapia imediata (pronto-socorro) ou

tardia (enfermaria)..........................................................................................

32

Page 11: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Causas da IRpA............................................................................... 24

Quadro 2 – Antecedentes Pessoais mais incidentes.................................... 25

Page 12: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Anatomia da troca gasosa........................................................................... 14

Page 13: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

LISTA DE ABREVIATURAS

BCP – Broncopneumonia

FiO2 – Fração Inspiratória de Oxigênio

CO2 – Gás Carbônico

ICC – Insuficiência Cardíaca Congestiva

IOT – Intubação Orotraqueal

IRA – Insuficiência Renal Aguda

IRpA – Insuficiência Respiratória Aguda

PaCO2 – Pressão Arterial de Gás Carbônico

PaO2 – Pressão Arterial de Oxigênio

CPAP – Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas

PS – Pronto Socorro

SARA – Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto

SNC – Sistema Nervoso Central

TQT – Traqueostomia

V/Q – Relação Ventilação e Perfusão

VM – Ventilação Mecânica

VMNI – Ventilação Mecânica Não Invasiva

Page 14: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................ 13

1.1 Definição................................................................................................ 13

1.2 Epidemiologia e Etiologia.................................................................... 16

1.3 Atuações da Fisioterapia..................................................................... 17

2 JUSTIFICATIVA......................................................................... 19

3 OBJETIVOS............................................................................... 20

3.1 Objetivo Geral....................................................................................... 20

3.2 Objetivos Específicos.......................................................................... 20

4 HIPÓTESE................................................................................. 21

5 METODOLOGIA........................................................................ 22

5.1 Desenho................................................................................................ 22

5.2 Local...................................................................................................... 22

5.3 Voluntários........................................................................................... 22

5.4 Critérios de Inclusão........................................................................... 22

5.5 Materiais............................................................................................... 23

5.6 Procedimento...................................................................................... 23

5.7 Análise de dados................................................................................ 23

6 RESULTADOS......................................................................... 24

7 DISCUSSÃO............................................................................. 29

CONCLUSÃO.............................................................................. 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................ 34

APÊNDICES – APÊNDICE I: FICHA PARA COLETA DE DADOS.............. 39

ANEXOS – ANEXO I: TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA PESQUIZA...... 41

ANEXO II: AUTORIZAÇÃO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUIZA 42

Page 15: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

13

1 INTRODUÇÃO

1.1 Definição

A insuficiência respiratória aguda (IRpA) é definida como incapacidade do sistema

respiratório de realizar suas funções básicas de eliminar dióxido de carbono do organismo e

assimilar oxigênio. Em condições normais, a ventilação alveolar esta ajustada de maneira

que a tensão do dióxido de carbono no sangue arterial e o pH são mantidos quase que

constantes mesmo quando o índice de produção de CO2 varia. A falha dos delicados

mecanismos de ajuste pode levar à insuficiência da excreção do dióxido de carbono, com

consequente aumento da PaCO2. A IRpA ocorre quando a PaO2 fica abaixo de 50 mmHg

(tor) a nível do mar e a PaCO2 fica acima de 50 mmHg (SCALAN et al, 2000). A

insuficiência respiratória é a falha dos pulmões em promover uma adequada oxigenação ou

ventilação para o sangue. De acordo com Azeredo (2002), a falha da oxigenação se refere

mais especificamente a uma pressão de PaO2 no sangue arterial de menos de 60 mmHg,

mesmo com uma boa concentração de O2; já a falha da ventilação consiste de uma

ventilação inadequada entre os pulmões e a atmosfera, resultando em uma inapropriada

elevação da pressão de CO2 no sangue arterial num nível maior que 50 mmHg (AZEREDO,

2002). A principal função do sistema respiratório é a troca de gases de modo que o oxigênio

sangüíneo arterial, o gás carbônico e os níveis de pH permaneçam dentro de limites

preestabelecidos em diferentes condições fisiológicas. O conhecimento da fisiologia

respiratória é fundamental para o diagnóstico apropriado e tratamento eficaz da doença

pulmonar (SHAFFER et al, 1994).

Page 16: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

14

Fonte: Shaffer et al, 1994

Figura 1 – Anatomia da troca gasosa

Rozov (1999), descreve os diferentes sinais e sintomas e as diversas causas, não há

uma definição fisiologicamente precisa para caracterizar a insuficiência respiratória. Porém,

a autora classifica a insuficiência respiratória como uma inabilidade do sistema respiratório

em satisfazer as demandas metabólicas teciduais, no que se refere à oxigenação e

eliminação de dióxido de carbon. Summer (2001), salienta que a insuficiência respiratória é

um problema clínico bastante freqüente, com uma taxa de mortalidade bastante grande. O

autor define como um distúrbio funcional provocado por qualquer condição que possa afetar

seriamente a capacidade dos pulmões de manter a oxigenação arterial ou a eliminação do

gás carbônico.

A insuficiência respiratória pode ser dividida em duas categorias: falência da troca

gasosa, que se manifesta predominantemente ou totalmente por hipóxia, e falência da

ventilação, que se manifesta por hipercapnia ou incapacidade de exalar quantidades

adequadas de gás carbônico (SUMMER, 2001). A IRpA classicamente, é classificada em

tipo I (hipoxêmica) e tipo II (hipercápnica). Na IRpA tipo I, também chamada de alvéolo

capilar, os distúrbios fisiopatológicos levam à instalação de hipoxemia, mas a ventilação

está mantida. Caracteriza-se, portanto, pela presença de quedas da PaO2 com valores

normais ou reduzidos da PaCO2. Nesses casos observa-se elevação do gradiente alvéolo

arterial de oxigênio devido a distúrbios da relação V/Q. Compreende doenças que afetam,

primariamente, vasos, alvéolos e interstício pulmonar. Exemplo dessas condições seriam

casos de pneumonias extensas ou da síndrome da angústia respiratória em adulto (SARA).

O cálculo do gradiente alvéolo arterial de oxigênio permite diferenciar os tipos de IRpA

(TECKLIN; IRWIN, 1994). O gradiente alvéolo arterial, por sua vez, é calculado pela

Page 17: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

15

seguinte equação: P(A-a)O2 = [FiO2 (PB-47) – (PaCO2/R) – PaO2] Onde: FiO2 = fração

inspirada de oxigênio. PB = pressão barométrica local. 47 = pressão de vapor de água nas

vias aéreas. R = quociente respiratório, habitualmente estimado em 0,8; quando respirando

FiO2 superiores a 0,6; a correção pelo R pode ser eliminada. PaCO2 e PaCO2 = gases

arteriais. Dessa forma, o cálculo da P(A-a)O2 é um método mais preciso para a

caracterização da presença de IR. Além disso, a diferenciação entre a presença de

alterações da relação V/Q ou shunt pode ser feita pela administração de oxigênio a 100% ao

paciente. Uma boa resposta ao oxigênio indica desproporção V/Q como causa da

hipoxemia, enquanto que, na presença de shunt verdadeiro, a hipoxemia se mantém.

(ALVARES; MARTINEZ, 2003).

Nos casos de IRpA tipo II, ocorre elevação dos níveis de gás carbônico por falência

ventilatória. Além disso, também é comum hipoxemia em pacientes, respirando ar ambiente.

Esse tipo de IRpA também é chamado de insuficiência ventilatória. Pode estar presente em

pacientes com pulmão normal como, por exemplo, na presença de depressão do SNC e nas

doenças neuro-musculares. A hipoxemia com gradiente normal é compatível com

hipoventilação alveolar (IRpA tipo II) devido a hipoventilação alveolar levar a redução da V/Q

e a hipoxemia, estando essa associada à hipercapnia e acidose respiratória (TECKLIN;

IRWIN, 1994).

A IRpA podem ainda ser classificadas quanto à velocidade de instalação, em aguda e

crônica. Na IRpA, a rápida deterioração da função respiratória leva ao surgimento de

manifestações clínicas mais intensas, e as alterações gasométricas do equilíbrio ácido-base,

alcalose ou acidose respiratória, são comuns (PÁDUA, 2003). Na insuficiência respiratória

crônica os surgimentos dos principais sintomas aos pacientes são limitação do fluxo aéreo

(em relação à entrada e saída do ar), na fase expiratória, dispnéia, hiperinsuflação podendo

levar a encurtamento de fibras musculares do diafragma e fadiga muscular. (MATHERS,

2006).

Existem três funções básicas no sistema pulmonar: a ventilação pulmonar consiste

numa renovação contínua do ar presente no interior dos alvéolos, a difusão é um processo

que tende a igualar a diferença de concentração de uma substância, pela migração de

moléculas da área de maior concentração para a área de menor concentração e a perfusão

é para manter as trocas gasosas ao nível da membrana alveólo-capilar. O desempenho da

função pulmonar, sob o ponto de vista mecânico, depende dos movimentos da caixa

torácica, que por sua vez, dependem da inter-relação entre as forças elásticas do conjunto

pulmão - caixa torácica e as forças musculares aplicadas (SILVA; PORTO, 2001).

Page 18: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

16

1.2 Epidemiologia e Etiologia

No Brasil, não há dados estatísticos oficiais disponíveis especificamente sobre IRpA.

Com isso, uma análise de casos de internação hospitalar por pneumonia adquirida na

comunidade demonstra que, entre os anos de 2008 e 2009, houve cerca de 730.000

internações por pneumonia em pacientes acima de 15 anos em todo o Brasil, com tempo de

permanência médio de 6,1 dias e mortalidade média de 9% (DATASUS, 2010). Sabe-se por

dados da literatura internacional que cerca de 30% dos pacientes internados por pneumonia

necessitam de ventilação mecânica invasiva durante sua internação hospitalar, indicando

assim insuficiência respiratória grave (RESTREPO et al., 2010).

Tais dados demonstram claramente a dimensão do problema em nosso país. Um

estudo epidemiológico realizado em 2006 em UTIs brasileiras apenas para pacientes em VM

(invasiva e não invasiva) identificou a IRpA como a principal indicação de necessidade de

VM. Contudo, tal estudo foi apenas uma análise de um dia e não identificou

prospectivamente a evolução destes pacientes, de tal forma que não existem dados

adicionais brasileiros sobre a epidemiologia e evolução em longo prazo de pacientes com

IRpA. (DAMASCENO et al., 2006).

Quanto à etiologia da insuficiência respiratória pode-se dizer que é bastante variada,

havendo causas que produzem acometimento primário ou secundário da função pulmonar.

De acordo com Zin et al. (2000), a insuficiência respiratória pode ser conseqüente a: lesões

do sistema nervoso central, lesões raquimedulares, lesões neuromusculares, lesões da

parede torácica, inalação de ar pobre em oxigênio e/ou rico em gás carbônico, obstrução

das vias aéreas, lesões do parênquima pulmonar e lesões da musculatura pulmonar (ZIN et

al., 2000).

As causas da insuficiência respiratória envolvem a mecânica do pulmão e da parede

torácica, sistemas neuromusculares e controle do Sistema Nervoso Central. Com o aumento

da freqüência respiratória, sugere-se alterações da mecânica pulmonar e da parede

torácica. Em doenças musculares, ocorre a fraqueza da musculatura respiratória, levando a

fadiga. Quando há uma patologia do Sistema Nervoso Central pode apresentar padrões

respiratórios como bradipnéia, apnéia e respiração Cheyne-Stokes (BERHMAN, 2000).

Page 19: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

17

1.3 Atuações da Fisioterapia

A insuficiência respiratória é um problema clínico que todos os fisioterapeutas devem

ter destreza na avaliação, identificação e tratamento. David (2000), salienta que a

insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada é responsável por grande índice de

mortalidade.

Os principais objetivos da atuação do fisioterapeuta em um hospital são os de

minimizar os efeitos da imobilidade no leito, prevenir e/ou tratar as complicações

respiratórias e motoras. Bem como promover integração sensória motora e cognitiva. O

paciente seja ele clínico ou cirúrgico pode apresentar-se em diversas condições de saúde,

com isso, conforme as necessidades apresentadas podem priorizar determinadas técnicas,

visando maior efetividade nas condutas e na utilização dos recursos disponíveis. Dessa

maneira participa-se ativamente na recuperação do paciente, e conseqüente redução no seu

período de permanência de internação hospitalar (AZEREDO, 2002).

A fisioterapia tem como objetivo promover a eliminação das secreções pulmonares

no menor tempo possível, sempre cuidando também da fadiga. Os exercícios de expansão

torácica permitem um aumento do fluxo de ar através das pequenas vias aéreas e a

fluidificação da secreção, enquanto que técnicas de expiração forçada e tosse assistida

auxiliam na remoção de secreções. Devido à atrofia do diafragma algumas posições podem

ficar limitadas, como o decúbito dorsal ou a posição inclinada, por isso deve-se ter cautela

ao realizar a drenagem postural (AZEREDO, 2002).

A atuação da fisioterapia na área respiratória é bastante ampla da prática profissional

que lida com a avaliação, acompanhamento e tratamento de pacientes com diversas

alterações pulmonares. Os objetivos do tratamento fisioterapêutico na insuficiência

respiratória vão depender do quadro que o paciente vai apresentar, mas de acordo com

Birnkant os principais objetivos são prevenir acúmulo e/ou retirar secreções nas vias aéreas,

melhorar a ventilação das vias aéreas, resistência à fadiga, reduzir gastos energéticos

durante a respiração, restabelecer condições de expansão pulmonar, favorecer o trabalho

diafragmático e manter e/ou promover a mobilidade torácica (BIRNKANT, 2002).

Concordando com outros autores, David et al. (2000), colocam que o tratamento do

paciente em insuficiência respiratória visará à correção da doença de base, ou seja, daquela

que está ocasionando graves alterações fisiopatológicas pulmonares e também da

Page 20: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

18

manutenção da oxigenação tissular e eliminação de gás carbônico necessário para que a

doença regrida (DAVID, 2000).

O fisioterapeuta, no pronto socorro, é responsável por desenvolver um tratamento

eficiente que possibilite a menor dependência do paciente com ventilador mecânico, bem

como melhorar a qualidade de vida durante a sua hospitalização. Além disso, a terapia

eficiente aprimora a capacidade funcional do paciente e restaura a sua independência física

e respiratória, diminuindo o risco de complicações ligadas à imobilidade no leito (TEIXEIRA,

2006).

A IRpA grave refere-se à deterioração das trocas gasosas que, na falha do

tratamento conservador, através de medidas de correção da etiologia e da oferta de

oxigênio por cateter ou máscara, requer a instituição da ventilação mecânica para seu

manejo. No entanto, apesar de sua evidente necessidade, a ventilação mecânica e a

intubação traqueal estão associadas às complicações (PINHEIRO, 1998).

A Fisioterapia atua nesses tipos de pacientes de modo conservador, essa atuação é

mais efetiva quando iniciada no pronto socorro com o uso da pressão positiva contínua em

vias aéreas (CPAP), através de máscaras nasais, nasofaciais ou facial total. Essa conduta

tem-se mostrado eficaz no trabalho respiratório diminuindo assim o esforço inspiratório

quanto o expiratório, proporcionando uma melhora diafragmática e evitando um maior

esforço muscular o que pode evitar a intubação orotraqueal (ALVARES; MARTINEZ, 2003).

A ventilação mecânica não invasiva tem uma série de vantagens em relação à

ventilação invasiva: é de fácil aplicação e remoção, preservam as vias aéreas superiores

garantem maior conforto ao paciente, evita o trabalho resistido do tubo traqueal e as

complicações da própria intubação, como traumatismos de vias aéreas superiores ou

pneumonia nosocomias (MEDURI, 2000). A ventilação mecânica invasiva é um método de

suporte para o paciente durante uma enfermidade aguda, não constituindo, nunca, uma

terapia curativa. O emprego da ventilação mecânica implica riscos próprios, devendo sua

indicação ser prudente e criteriosa e sua aplicação cercada por cuidados específicos.

Portanto está indicada a ventilação mecânica invasiva para reverter hipoxemia, aumentando

a ventilação alveolar, aumentando o volume pulmonar, diminuindo o consumo de oxigênio e

aumentando a oferta de oxigênio, reverter a acidose respiratória aguda, reduzir o

desconforto respiratório, prevenir ou reverter atelectasias, reverter fadiga dos músculos

respiratórios, permitir sedação, anestesia ou uso de bloqueadores neuromusculares, reduzir

o consumo de oxigênio sistêmico e miocárdico, reduzir a pressão intracraniana, estabilizar a

parede torácica (CARVALHO; FRANÇA; OKAMOTO, 2007).

Page 21: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

19

2 JUSTIFICATIVA

Diante disso, faz necessário um estudo retrospectivo que identifique o perfil

epidemiológico dos pacientes que dão entrada no PS com IRpA, além da intervenção do

tratamento fisioterapêutico tanto no PS como na enfermaria e sua evolução diante o

tratamento.

Page 22: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

20

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes que internaram com IRpA no pronto

socorro do Hospital Universitário São Francisco.

3.2 Objetivos Específicos

Analisar a evolução clínica desses pacientes com IRpA que deram entrada no

PS do HUSF.

Analisar atuação da fisioterapia nesses pacientes tanto os que receberam

atendimento no PS quanto na enfermaria.

Page 23: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

21

4 HIPÓTESE

Espera-se que os pacientes que tenham recebido atuação da fisioterapia no Pronto

Socorro alcancem menor índice de complicações e tempo de internação, quando

comparado com os pacientes que não receberam atendimento da fisioterapia.

Page 24: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

22

5 METODOLOGIA

O estudo é caracterizado pela análise de prontuários de pacientes com insuficiência

respiratória que entraram no pronto socorro. A metodologia compreendeu as seguintes

etapas:

5.1 Desenho

Análise retrospectiva e qualitativa dos pacientes, entre o período de julho à outubro

de 2011.

5.2 Local

Pronto Socorro do Hospital Universitário São Francisco.

5.3 Voluntários

Pacientes que deram entrada no pronto socorro do Hospital Universitário São

Francisco com diagnóstico clínico de IRpA.

5.4 Critérios de inclusão

Foram incluídos pacientes que deram entrada ao pronto socorro do Hospital

Universitário São Francisco com IRpA, com idade entre 18 e 70 anos, do sexo masculino e

feminino.

Page 25: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

23

5.5 Materiais

Como materiais foram utilizados ficha para coleta de dados (apêndice I).

5.6 Procedimento

O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São

Francisco para aprovação. Após a aprovação do CEP 0083.0.142.000 - 11, foi iniciada a

coleta de dados nos prontuários dos pacientes com IRpA, e as informações foram colhidas

no prontuário de acordo com a ficha de coleta de dados (apêndice I) criado pelas próprias

pesquisadoras.

5.7 Análise de dados

Para que a análise dos dados fossem realizadas foi necessário que os dados

armazenados no excel e suas variáveis contínuas utilizassem o Teste t Student ou análise

de Variância (ANOVA). As variáveis com outro tipo de distribuição foram analisadas através

do teste de comparação não-paramétrica, utilizando-se os de Mann- Whitney U e Kruskal-

Wallis O nível de significância adotado foi de 5%. E que avaliaram a diferença entre o

apêndice que consta em idade, sexo, antecedentes pessoais, antecedentes familiares,

diagnóstico clínico, tratamento medicamentoso, tratamento fisioterapêutico, tempo de

internação, período de internação na enfermaria e período de internação na UTI, recursos

de IOT, VM, VMNI, suporte de O², TQT, obteve tratamento fisioterapêutico e onde, quais as

condutas utilizadas e se após alta houve encaminhamento ambulatorial.

Page 26: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

24

6 RESULTADOS

O presente estudo foi composto por 31 prontuários de pacientes, que deram entrada

ao PS do HUSF com diagnóstico clínico de IRpA. Deste total, somente 15 foram incluídos

para análise de dados e 16 foram excluídos por critério de faixa etária, para que a coleta de

dados fosse realizada estipulamos um período de julho a outubro de 2011. O presente

estudo teve pacientes com idade média de 52 anos e pode ser observada maior incidência

no sexo masculino.

O atual estudo mostrou que a principal causa da IRpA, foi a pneumonia com 20% de

pacientes acometidos seguido do derrame pleural (13,33%). No quadro pode-se observar as

causas de exacerbação da IRpA.

Quadro 1 - Percentual das causas encontradas nos estudo de IRpA

Causas da IRpA Nº (%)

Pneumonia 3 (20)

Derrame Pleural 2 (13,33)

IRA + ICC 1 (6,66)

Tuberculose + BCP + Síndrome convulsiva 1 (6,66)

Câncer Gástrico 1 (6,66)

Síndrome Consuptiva + Pneumonia Comunitária 1 (6,66)

Pneumonia Nosocomial 1 (6,66)

IRpA 1 (6,66)

Politrauma 1 (6,66)

Trauma de Tórax 1 (6,66)

Fonte: Elaborado pelas autoras

Com relação às doenças associadas à IRpA, neste estudo não foi possível observar

diferenças estatisticamente significativas entre as causas intrapulmonares e a HAS bem

como da DM. Como mostra quadro (2) a seguir.

Page 27: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

25

Quadro 2 – Antecedentes Pessoais mais incidentes

Antecedentes Pessoais Numero (%)

Hipertensão Arterial Sistêmica 4 (26,66)

Diabetes Mellitus 3 (20)

Tabagismo 3 (20)

Pneumonia 2 (13,33)

Etilismo 2 (13,33)

Hipotiroidismo 2 (13,33)

Bronquite 1 (6,66)

DPOC 1 (6,66)

Alzheimer 1 (6,66)

Hepatite C 1 (6,66)

Artrite Reumatóide 1 (6,66)

Usuário de droga 1 (6,66)

Fratura de Fêmur 1 (6,66)

Fonte: Elaborado pelas autoras

A análise de dados apresentados pelo gráfico (gráfico 2) comparativo entre a relação

do tratamento fisioterapêutico e o tratamento medicamentoso resultou em um índice

significativamente maior em tratamentos medicamentosos comparado com o

fisioterapêutico. Estes dados sugerem que a fisioterapia ainda não está totalmente inserida

no âmbito hospitalar e ainda necessita de maior apoio e incentivo.

Fonte: Elaborado pelas autoras

Gráfico 1 – Tipos de tratamento utilizados

Page 28: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

26

O estudo mostrou que em relação ao tratamento fisioterapêutico as condutas mais

realizadas com os pacientes de IRpA foram: manobras de higiene brônquica, manobra de

reexpansão pulmonar associada ao padrão ventilatório diafragmático, exercício ativo livre

global, ortostatismo, mobilidade passiva global, aspiração, padrão ventilatório diafragmático

com freno labial, padrão ventilatório diafragmático, respiron, estímulo costal e bloqueio

torácico.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Condutas realizadas

manobras de higiêne

bronquica

manobra de reexpansão

pulmonar + padrão ventilatório

diafragmáticoexercício ativo globalmente

ortostatismo

mobiliddae passiva

globalmente

aspiração

padrão ventilatório

diafragmático com freno labial

padrão ventilatório

diafragmático

respiron

estimulo costal

bloqueio toracico

Fonte: Elaborado pelas autoras

Gráfico 2 – Condutas fisioterapêuticas mais prevalentes

E sobre o tratamento medicamentoso associado a outras patologias foi possível

notar o maior uso de antibiótico, analgésico, diurético, anti-convulsivante, anti-hipertensivo e

protetor gástrico. Como medicamentos mais utilizados registraram-se: pirazinamida, clavulin,

rifampicina, etambutol, captopril, ranitidina, omeprazol, dipirona, furosemida, diazepan. Pode

se observar com o gráfico 3 a seguir o percentual de medicamentos utilizados.

Nº Pacientes

Page 29: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

27

Fonte: Elaborado pelas autoras

Gráfico 3 – Percentual de medicamentos utilizados

Quando analisado os pacientes com IRpA que precisaram ser internados em

enfermarias, observou-se que o número de pacientes que fizeram fisioterapia foi inferior a

quantidade de pacientes que tinham (gráfico 4).

Fonte: Elaborado pelas autoras

Gráfico 4 – Relação entre o tempo de internação, número de pacientes e a adesão ou não

do tratamento fisioterapêutico

Neste estudo, conforme apêndice I, os pacientes internados, tendo como principal

causa a IRpA, precisaram de outros recursos tal como suporte de O2, VM, IOT, VMNI, TQT,

notou-se que 40% utilizaram apenas suporte de O2, VM, IOT e 0,15% utilizaram TQT e

Page 30: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

28

VMNI. Observou-se, portanto que houve porcentagem insignificante de pacientes que

necessitaram de TQT e VMNI.

Fonte: Elaborado pelas autoras

Gráfico 5 – Percentual de recursos mais incidentes

No presente estudo após serem analisados 31 prontuários não foi possível encontrar

comorbidades. E constatou-se após análise que nenhum paciente obteve encaminhamento

médico para que pudesse realizar acompanhamento ou até mesmo tratamento

fisioterapêutico a nível ambulatorial.

Page 31: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

29

7 DISCUSSÃO

A amostra do presente estudo foi composta por 31 pacientes que deram entrada ao

pronto socorro do HUSF com diagnóstico de insuficiência respiratória aguda, porém

somente 15 foram incluídos para análise de dados e 16 foram excluídos do estudo por

critério de faixa etária.

O atual estudo os pacientes tiveram média de idade de 52 anos. Segundo Michele

(2007), a média de idade de pacientes diagnosticados com IRpA é de 61 anos, com

prevalência em adultos de 12.81% e em idoso de 10.38%. Neste estudo, observou-se um

maior acometimento para o sexo masculino 60%. Ainda de acordo com a autora, a

prevalência do sexo foi masculino com 68,96% e o feminino com 31,03%. Felgueiras (2005),

em seu estudo com uma amostra de 315 pacientes confirmou a prevalência do sexo

masculino com 53% bem como idade média de 68 anos, confirmando assim os achados no

presente estudo.

No presente estudo a principal causa da IRpA foi a pneumonia com 20% de paciente.

Estudo realizado por Scarpinella-Bueno,(1997), encontrou em 63,63% dos pacientes a

pneumonia como principal causadora de IRpA. Já Holanda (2004), em seu estudo,

encontrou em 27% dos pacientes a exacerbação de DPOC como causa principal e em 11%

dos pacientes a pneumonia como causa da IRpA.

O estudo atual pode se observar apenas que 1 paciente (6,66%), apresentou

diagnóstico clínico de ICC, não podendo constatar prevalência como nos estudos realizados

por Knobel; Neto (2004). A prevalência de ICC encontrada foi comprovada em estudos

realizados por Knobel (2004), através de sua explicação fisiológica, e Neto (2004), em relato

de dois casos nos quais os pacientes apresentavam como diagnóstico a Insuficiência

Cardíaca Congestiva e ambos evoluíram com Insuficiência Respiratória Aguda comprovada

através do exame de gasometria arterial.

Com relação às doenças associadas, neste estudo não se pode observar diferenças

estatisticamente significativas entre as causas intrapulmonares, tabagismo com 20%,

pneumonia com 13,33% e bronquite e DPOC com 6,66% e a HAS (26,66%), bem como da

DM(20%). Godoy (2011) concluiu que em relação às doenças associadas, temos a HAS

como segunda doença subjacente mais freqüente com 66,66%.

O presente estudo pode-se observar que os pacientes com diagnóstico clínico de

IRpA que deram entrada no PS, utilizando condutas fisioterapêuticas, tiveram como enfoque

Page 32: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

30

minimizar o tempo de internação. As condutas mais realizadas foram: manobras de higiene

brônquica, manobra de reexpansão pulmonar associada ao padrão ventilatório

diafragmático, exercício ativo livre global, ortostatismo, mobilidade passiva global, aspiração,

padrão ventilatório diafragmático com freno labial, padrão ventilatório diafragmático,

respiron, estimulo costal e bloqueio torácico. Para Guimarães (2000), como tratamento

fisioterapêutico o estudo tem como enfoque reduzir o desconforto respiratório, reverter à

fadiga respiratória, melhorar a oxigenação e a oferta de oxigênio aos tecidos, suporte

ventilatório (invasivo ou não-invasivo), permitir sedação e /ou analgesia. E um dos principais

recursos de suporte à vida utilizados na UTI, é a ventilação mecânica podendo ser por modo

invasivo ou não-invasivo, de uma máquina que substitui total ou parcialmente, a atividade

ventilatória do paciente, demonstrando assim a eficácia do recurso.

O estudo não apresentou dados que pudessem ser comparados com estudo

realizado pelo Hospital Universitário de Juiz de Fora. Pinheiro et al. (1998), realizaram um

estudo objetivando avaliar a eficácia e segurança da utilização da ventilação não invasiva

por pressão positiva (VNIPP) em pacientes com insuficiência respiratória aguda. Vinte e

cinco pacientes com diagnóstico clínico ou gasométrico de IRpA foram tratados com VNIPP

e quinze pacientes obtiveram sucesso no tratamento, sem necessidade de intubação

traqueal.

No atual estudo, 40% dos pacientes com IRpA sendo principal causa, necessitaram

utilizar a ventilação mecânica (VM) e não foi possível avaliar a evolução dos pacientes que

realizaram a VM. Segundo Fernanda (2007), a causa de ventilação mecânica foi

predominantemente de doenças pulmonares ocorrendo em cinco pacientes (41,7%),

seguida de doenças neurológicas em quatro pacientes (33,3%) e cardíacas em três

pacientes (25%). Neste estudo a causa de ventilação mecânica ocorreram 10 pacientes com

doenças pulmonares (66,66%) e 5 pacientes por outras causa diversas (33,34%) como

demonstra quadro 1 em resultados.

Neste estudo foi constatado que 40% dos pacientes necessitaram de suporte de O2.

Segundo Consenso Brasileiro de VM em 2007, manutenção dos níveis de oxigênio e a

profilaxia de complicações, em especial o suporte de 02, são de fundamental importância em

pacientes com IRpA, particularmente naqueles com distúrbios da consciência. A

administração de oxigênio estará indicada nos casos de IRpA, quando a PaO2 for inferior a

60 mmHg ou a SaO2 inferior a 90%. Nos casos de IRpC, onde a nessas condições, a

oxigenioterapia sempre deverá ser introduzida, particularmente, nos casos de IR tipo I. Os

objetivos clínicos, específicos da oxigenioterapia são: corrigir a hipoxemia aguda, suspeita

Page 33: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

31

ou comprovada; reduzir os sintomas associados à hipoxemia crônica; reduzir a carga de

trabalho que a hipoxemia impõe ao sistema cardiopulmonar.

Concordando com o autor Azeredo (2002), os principais objetivos da atuação do

fisioterapeuta em um hospital são os de minimizar os efeitos da imobilidade no leito, prevenir

e/ou tratar as complicações respiratórias e motoras, bem como promover integração

sensória motora e cognitiva. O paciente seja ele clínico ou cirúrgico pode apresentar-se em

diversas condições de saúde, com isso, conforme as necessidades apresentadas podem

priorizar determinadas técnicas, visando maior efetividade nas condutas e na utilização dos

recursos disponíveis. Dessa maneira participa-se ativamente na recuperação do paciente, e

conseqüente redução no seu período de permanência de internação hospitalar.

No presente estudo o principal objetivo foi justamente analisar a eficiência do

tratamento fisioterapêutico, incluindo todas as condutas cabíveis para tal tratamento

concordando com os autores citados, nestes pacientes que deram entrada no pronto-

socorro. Segundo Teixeira (2006), o fisioterapeuta, no pronto socorro, é responsável por

desenvolver um tratamento eficiente que possibilite a menor dependência do paciente com

ventilador mecânico, bem como melhorar a qualidade de vida durante a sua hospitalização.

Além disso, a terapia eficiente aprimora a capacidade funcional do paciente e restaura a sua

independência física e respiratória, diminuindo o risco de complicações ligadas à imobilidade

no leito.

O atual estudo mostra que após analisarmos trinta e um prontuários, foram

constatados que nenhum paciente obteve encaminhamento para que pudessem realizar

tratamento fisioterapêutico na clínica-escola de fisioterapia da USF, com isso observamos a

dificuldade para o seguimento de tratamento.

Em relação à atuação fisioterapêutica imediata (gráfico 6) no PS, e a atuação mais

tardia, nas enfermarias, concluiu-se que o índice de atendimento fisioterapêutico no PS foi

inferior, percentualmente, ao atendimento nas enfermarias o que pode nos alertar sobre a

falta de profissionais neste setor.

Page 34: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

32

Fonte: Elaborado pelas autoras

Gráfico 6 – Porcentagem da atuação da fisioterapia imediata (pronto-socorro) ou tardia

(enfermaria)

Page 35: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

33

CONCLUSÃO

O presente estudo mostra a relação e evolução entre a atuação fisioterapêutica

imediata, no PS, e a atuação mais tardia, nas enfermarias, houve maior número de

atendimento nas enfermarias e não no PS. O que nos mostra que a atuação fisioterapêutica

no PS ainda é precária e insuficiente para melhor qualidade de vida e menor tempo de

internação destes pacientes com IRpA e podendo observar a relação de superioridade do

tratamento medicamentoso quando comparado ao tratamento fisioterapêutico. Ainda pode-

se constatar que nenhum paciente obteve encaminhamento médico para que pudessem

realizar acompanhamento ou até mesmo tratamento fisioterapêutico a nível ambulatorial.

Com isso observamos dificuldade para o seguimento do tratamento.

Page 36: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEREDO, C. A. C. Fisioterapia respiratória moderna. São Paulo: Manole, 2002.

CARVALHO, C.R.R.; FRANÇA, S.A.; OKAMOTO, V.N. III Congresso Brasileiro de ventilação

Mecânica. 10 cap. 2007, Vol. 33 – Supl. 2s.

DAMASCENO M. P.; DAVID, C.M.; SOUZA, P.C.; CHIAVONE, P.A.; CARDOSO, L.T.;

AMARAL, J.L. et al.Ventilação Mecânica no Brasil. Aspectos Epidemiológicos. RBTI

2006; 18: 219-28.

DUARTE, A.; SCHETTINO, G.P.P.; OLIVEIRA, P.H. et al - Suporte ventilatório não-

invasivo com pressão positiva e suporte ventilatório mecânica domiciliar. Relatório do

II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Pneumol, 2000;26:(Suppl2):S439-S446.

EVANS, T.W. International consensus conferences in intensive care medicine: non-

invasive positive pressure ventilation in acute respiratory failure. Intensive Care Med

27: 166-178, 2001.

FELGUEIRAS, J.;LOHMANN, C.; DELERUE, F.; BARATA, J. Ventilação não invasiva

numa unidade de cuidados intermédios. Rev Med Interna 2006;13(21):73-8.

FERRARI, D. e cols. Fisioterapia: Nova Especialidade e Modelo Educacional. Revista

Intensiva, 2005; Vol.1.

FERRER, M. VALENCIA, M., NICOLAS, J. et al – Early noninvasive ventilation averts

extubation failure in patients at risk. Am J Respir Crit Care Med, 2006.

International Consensus Conferences in Intensive Care Medicine: noninvasive positive

pressure ventilation in acute respiratory failure. Am J Respir Crit Care Med.

2001;163(1):283-91.

GODOY, D.V.;, ZOTTO, C.D.; BELIICANTA, J.; WESCHENFELDER, R.F.; NACIF, S.B.

Doenças respiratórias como causa de internações hospitalares de pacientes do

Page 37: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

35

Sistema Único de Saúde num serviço terciário de clínica médica na região nordeste

do Rio Grande do Sul. J Pneumologia 2001;27(4).

GUIMARÃES, C. M.; VELASCO, J.P.; Assistência ao paciente pneumopata na UTI.RBTI,

2000; Ulbra Gravataí.2000; 23:1:120-130.

HOLANDA, M.A.; OLIVEIRA, C.H.; ROCHA, E.M.; BANDEIRA, R.M.; AGUIAR, I.V.; LEAL,

W., et al. Ventilação não-invasiva com pressão positiva em pacientes com

insuficiência respiratória aguda: fatores associados à falha ou ao sucesso. J

Pneumologia 2001;27(6):301-9.

JOSÉ, A.; OLIVEIRA, L.R.C.; DIAS, E.C.P. et al – Ventilação mecânica não-invasiva

aplicada em pacientes com insuficiência respiratória aguda após extubação traqueal

RBTI 2006.

JOSÉ, A.; DIAS, E.C.; SANTOS, V.L.A. et al - Valor preditivo dos gases arteriais e

índices de oxigenação no desmame da ventilação mecânica. RBTI, 2001;13:50-57.

KAPLAN, V.; ANGUS, D.C.; GRIFFIN, M.F.; CLERMONT, G.; WATSON, R.S.; LINDE

ZWIRBLE, W.T.; Hospitalized Community-Acquired Pneumonia in the Elderly: Age-and

sex-related patterns of care and outcome in the United States. Am J Respir Crit Care

Med 2002;165(6):766-72.

KEENAN, S.P.; SUNUFF, T.; COOK, D.J.; HILL, N.S. Does noninvasive positive pressure

improve outcome in acute hypoxemic respiratory failure a systematic review. Crit Care

Med. 2004;32(12):2516-23.

KNOBEL, E.; BARBAS, C.S.V.; HOELZ, C.; JUNIOR, R.M., Terapia intensiva:

pneumologia e fisioterapia respiratória. São Paulo: Editora Atheneu:2004, cap 1, p. 1-12.

KRAMER, N.; MEYER, T.J.; MEHARG, J.; CECE, R.D.; HILL, N.S. Randomized,

prospective trial of noninvasive positive pressure ventilation in acute respiratory

failure. Am J Respir Crit Care Med 1995;

LUCAS, P.; TARÁCON, C.; PUENTE, L. et al. Nasal continuous positive airway pressure

in patients with COPD in acute respiratory failure. Chest 1993.

Page 38: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

36

NAVA, S.; GREGORETTI, C.; FANFULLA, F.; et al – Noninvasive ventilation to prevent

respiratory failure after extubation in high-risk patients. Crit Care Med, 2005.

NERY, L. E.; FERNADES, A. L. G.; PERFEITO, J. A J. Guia de penumologia. Editora

Manole Ltda, 2006.

NETO, J.A.L.; BENCHIMOL, B.C.; LIMA, R.S.A. Insuficiência respiratória persistente

secundária a insuficiência cardíaca diastólica. Arq Bras Cardiol 2004;82(2):165-9.

MARTINEZ, J.A.B.; PADUA , A. I. Modos de assistência ventilatória. Medicina, Ribeirão

Preto 34:133-142, 2002.

MARTIN, T,J.; JEFFREY, D.H.; CONSTANTINO, J.P. et al. A randomized prospective

evaluation of noninvasive ventilation for acute respiratory failure. Am J Respir Crit Care

Med 2000;161:807-813.

MASIP, J.; BETBESE, A.J.; PAEZ, J.; VECILLA, F.; CANIZARES, R.; PADRO, J. et al. Non-

invasive pressure support ventilation versus conventional oxygen therapy in acute

cardiogenic pulmonary or edema: a randomised trial. Lancet. 2000;356:2126-32.40

MEDURI, G.U. Noninvasive positive-pressure ventilation in patients with acute

respiratory failure. In: Marini JJ, Slutsky AS, eds. Physiological basis of ventilatory support.

New York: Marcel Dekker, Inc., 2000.

MICHELE F Moreira*, Suellen C Silveira*, Silvia Ramos Froes Bassini. Principais causas

da insuficiência respiratória aguda em unidade de terapia intensiva de um hospital

publico da Zona Leste de Sao Paulo Arq Med ABC,2007 32(Supl. 2):S8-12.

PÁDUA, A.I.; ALVARES, F.; MARTINEZ, J.A.B. Insuficiência respiratória. Medicina,

Ribeirão Preto, 36: 205-213, abr./dez. 2003.

PINHEIRO, B. V.; PINHEIRO, A. F.; HENRIQUE, D. M. N.; OLIVEIRA, J. C. A.; BALDI, J.

Ventilação não-invasiva com pressão positiva em pacientes com insuficiência

respiratória aguda. J Pneumol 24(1) – jan-fev de 1998.

Page 39: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

37

RESTREPO, M. I., MORTENSEN, E.M.; RELLO, J.; BRODY, J.; ANZUETO, A. Late

admission to the ICU in patients with community-acquired pneumonia is associated

with higher mortality. Chest. 2010;137:552-7.

ROSA, F. K.; ROESE, C. A.; et al - Comportamento da mecânica pulmonar após

aplicação de protocolo de fisioterapia respiratória e aspiração traqueal em pacientes

com VMI. RBTI, 2007;19:2:170-175.

SCARPINELLA BUENO, M.A.; LIARGES, C.M.; ISOLA, A.M.; HOLANDA, M.A.; ROCHA,

R.T.; AFONSO, J.E. Uso do suporte ventilatório com pressão positiva contínua em vias

aéreas (CPAP) por meio de máscara nasofacial no tratamento da insuficiência

respiratória aguda. Rev Assoc Med Bras 1997;43(3):180-4.

SILVEIRA, I.C.; SIQUEIRA, R.H.; RUFINO. O Pulmão na prática médica. 4ª ed. Rio de

Janeiro: EPUB; 2000, cap. 76, p. 967-78.

SCALAN, C.L.; HEUER, A. Gasoterapia medicinal. In: SCALAN CL; WILKINS RL &

STOLLER JK. Fundamentos da terapia respiratória de Egan. Manole, São Paulo, p. 761-

796, 2000.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. II Consenso Brasileiro de

Ventilação Mecânica. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. J Pneumol.

26: 2000.

41

VELASCO T.I.T.; ABORDAGEM INICIAL DO PACIENTE GRAVE NO PSM. Disciplina de

emergência clínicas Hospital da Clínicas FMUSP. 2007.

TADINE, R. M.; O impacto da Fisioterapia Neurofuncional Intensiva Sobre a

Plasticidade na Fase Aguda do AVC. 2004.

TEIXEIRA, V. A.; A participação da fisioterapia respiratória intensiva no tempo de

ventilação, no tempo de permanência e mortalidade de pacientes internados na

unidade de terapia intensiva de um hospital privado. 2006. 63 f. Dissertação (Mestrado

em Ciências Médicas)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.

VILLAR, F.; Diagnóstico fisioterapêutico: fatos e evidências em busca da eficiência

2002.

Page 40: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

38

ZALACAIN R. T. A.; CELIS. R.; BLANQUER, J.; ASPA, J.; ESTEBAN, L.; MENENDEZ, R.;

BLANQUER, R.; BORDERIAS, L. Community-Acquired Pneumonia in the Elderly:

Spanish Multicentre Study. Eur Respir J 2003;21:294-302.

WALDMAN, E. A. Usos da vigilância e da monitorização em Saúde Pública. Informe

Epidemiológico do SUS. 1998; 7(3):7-26.

Page 41: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

39

APÊNDICE

APÊNDICE I: FICHA PARA COLETA DE DADOS

IDENTIFICAÇÃO:

Nome: Sexo: M ( ) F ( )

Idade: Data de Nascimento: ___/___/___

Cidade:

ANTECEDENTES:

Pessoais:

Familiares:

DIAGNÓSTICO:

Clínico:

Disfuncional:

TRATAMENTO:

Medicamentoso ( ) Fisioterapêutico ( ) Outros ( )

TEMPO TOTAL:

Internação:

Tratamento:

MEDICAMENTOS:

( ) Corticóide ( ) Broncodilatador ( ) Antibiótico Outros ( )

INTERNADO:

( ) Enfermaria ( ) U.T.I44

PRECISOU:

Page 42: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

40

( ) IOT ( ) VM ( ) VMNI ( ) suporte de O2 ( ) TQT

RECEBEU TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NO PS:

( ) sim ( ) não

Quais foram as atuações da fisioterapia?

POSSUI ALGUMA COMORBIDADE? (E QUAL)

SE APÓS A ALTA HOSPITALAR HOUVE ENCAMINHAMENTO PARA FISIOTERAPIA?

Page 43: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

41

ANEXOS

ANEXO I: TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA

Eu, Drº Pedro Izzo, diretor clínico do Hospital Universitário São Francisco autorizo a

realização de pesquisa no Hospital Universitário São Francisco para a realização do

trabalho intitulado Análise do Perfil Epidemiológico dos Pacientes com Insuficiência

Respiratória do Pronto Socorro do Hospital Universitário São Francisco, realizado

pelas acadêmicas do curso de Fisioterapia Bruna Peres Candido da Cruz e Mariana Avino

Barboza Leite, sob orientação da professora Aline Maria Heidemann para fins de trabalho

acadêmico. Informo que esta autorização está condicionada à realização da pesquisa

conforme princípios de ética e responsabilidade e após aprovação pelo Comitê Ética em

Pesquisa da Universidade São Francisco.

Bragança Paulista, _____ de _____________ de 2011

________________________________

Drº Pedro Izo

Diretor Clínico do Hospital Universitário São Francisco

Page 44: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2196.pdf · bruna peres candido da cruz - 001200700391 mariana avino barboza leite

42

ANEXO II: AUTORIZAÇÃO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUIZA