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ANÁLISE DOS DANOS DO USO DE EXPLOSIVOS NAS ABERTURAS SUBTERRÂNEAS VALDIR COSTA SILVA Professor DEMIN/EM/UFOP - email: [email protected] ADILSON CURI Professor DEMIN/EM/UFOP - email: [email protected] Lisboa Portugal

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ANÁLISE DOS DANOS DO USO DE EXPLOSIVOS NAS

ABERTURAS SUBTERRÂNEAS VALDIR COSTA SILVA

Professor DEMIN/EM/UFOP - email: [email protected]

ADILSON CURI Professor DEMIN/EM/UFOP - email: [email protected]

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Principais riscos aos trabalhadores que atuam nas escavações

subterrâneas

Queda de material rochoso devido a instabilidade do maciço.

Contaminação pela poeira gerada pela perfuração e detonação da rocha.

Intoxicação e risco de morte pela presença dos gases tóxicos gerados pelos explosivos.

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Necessidades das rochas remanescentes permanecerem

estáveis

Aumento da segurança dos trabalhadores e equipamentos de lavra;

Minimizar a diluição do minério;

Aumento da recuperação da jazida e maior produtividade.

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• Uma das causas de graves acidentes na lavra subterrânea é a queda de rochas (chocos). A ocorrência de rochas instáveis é ocasionada, entre outras, pela presença de descontinuidades (juntas e falhas) e pelas altas pressões (2 a 12 GPa) desenvolvidas pelos explosivos nos limites das escavações durante as detonações

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Os principais impactos nas lavras subterrâneas decorrentes das

instabilidades dos maciços rochosos são

Maior diluição do minério nas zonas de contato;

Riscos de acidentes decorrentes dos desmoronamentos;

Interrupções na lavra (menor produtividade);Aumento nos custos das operações de lavra,

devido à necessidade de reforço da rocha.

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Esse trabalho apresentará as principais técnicas utilizadas, atualmente, para reduzir os danos nas

rochas remanescentes, destacando-se:

Novas técnicas de desmonte amortecido nos limites das escavações;

Simulação da distribuição da energia do explosivo no limite de escavação, utilizando o programa JKSIMBLAST.

Tomografia de Refração Sísmica de Alta Resolução.

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Simulação da provável região de danos nos limites das escavações.

Uso do cordel detonante no desmonte amortecido.

No final do trabalho são apresentados o principais efeitos da contaminação e danos devido ao uso dos explosivos, na atmosfera subterrânea.

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Esse trabalho apresentará as principais técnicas utilizadas, atualmente, para reduzir os danos nas rochas remanescentes, destacando-se:

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Programa JKSimblast

• Gerenciador de Dados (JKBMS-Blast Management System): onde são armazenadas as informações geotécnicas e geomecânicas do maciço rochoso (orientação, número de famílias e espaçamentos entre as descontinuidades, RMR, Módulo de deformação, resistência à tração e compressão da rocha, densidade da rocha etc.), bem como o local do desmonte (painel, realce), tipo de desmonte utilizado (galeria, realce, amortecido etc.), resultados obtidos da fragmentação da rocha (fotoanálise), os registros sismológicos (velocidades de vibração obtidas).

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Programa JKSimblast

• Simulador da sequência de saída dos furos (galeria e realce) em função do tempo de retardo de cada espoleta.

• A simulação da sequência de saída dos furos é muito importante, pois evita que ocorra sobreposição das ondas de choque durante a detonação das cargas explosivas contidas nos furos, bem como furos saindo fora de sequência, evitando-se que altos níveis de vibração provoquem instabilidade no maciço rochoso.

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Programa JKSimblast

• Simulação da distribuição da energia do explosivo no limite de escavação

• Esse módulo do JKSimblast permite simular a distribuição da energia dos explosivo no maciço rochoso, especialmente nos limites da escavação da rocha, evitando-se a ocorrência da sobrequebra (overbreak).

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TOMOGRAFIA DE ALTA RESOLUÇÃO

A tomografia de refração sísmica de alta resolução é uma ferramenta efetiva para estimar a extensão dos danos nas rochas induzidos pelos desmontes de rochas por explosivos.

Os levantamentos sísmicos tem resolução de 1,0 m ou mais, cobrindo as áreas de secção transversal de, aproximadamente, 10.000 m2 (Singer et al, 2010).

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Índice de danos do Desmonte (BDI)

O índice de danos do desmonte (Blast Damage Index – BDI) é definido como a razão da tensão induzida devido ao desmonte de rocha e a Resistência Dinâmica à Compressão do maciço rochoso a ser detonado, normalmente variam de 0 a 3,5.

O BDI pode ser utilizado como um índice para quantificar os danos no teto e pilares, devido aos desmontes de rochas nas aberturas subterrâneas, para a segurança dos mineiros e equipamentos.

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Distância Reduzida (DR)

A razão D/(lnE)0,5 é conhecida como distância escalonada ou reduzida (DR).

Muitos estudos vem correlacionando a velocidade de vibração de partícula de pico (PPV) com a energia sísmica emanada durante (E) o desmonte, bem como a distância do local do desmonte ao ponto de preocupação (D).

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Tabela 1 – Quantificação dos danos baseados no BDI e DR.

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ZONAS DE CLASSIFICAÇÃO FAIXAS DE BDI FAIXA DE DR

Zona Segura < 1,0 > 2,50

Zona de Preocupação 1,00 – 1,75 > 2,00 – 2,50

Zona de Menor Dano > 1,75 – 2,50 1,50 – 2,00

Zona de Maior dano > 2,50 – 3,50 < 1,50

Fonte: Roy, P. P. & Sawmliana, 2003.

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Cordel detonante de grande gramatura utilizado no desmonte amortecido

(NP-40)

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Vestígios da perfuração da rocha nos

limites da escavação.

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GASES TÓXICOS GERADOS NAS DETONACÕES

uma das características dos explosivos, quando detonados, é de gerar grande volume de gases tóxicos, variando, por exemplo, de 46 a 95 l/kg. Os principais gases tóxicos, decorrentes das detonações, para os que trabalham em ambiente subterrâneo são: NO, NO2, CO, CH4, H2S etc.

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Uma descrição dos efeitos fisiológicos dos gases nocivos

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GASES TÓXICOS GERADOS NAS DETONACÕES

Outro grave problema dos desmontes de rocha, além do alto ruído ou sobrepressão atmosférica lesiva a audição dos mineiros.

a geração de particulados, principalmente de sílica durante a perfuração da rocha, não devendo, portanto, a perfuração da rocha ser realiza a seco.

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GASES TÓXICOS GERADOS NAS DETONACÕES

A exposição prolongada à poeira contendo sílica pode levar à formação de cicatrizes no tecido fino dos pulmões (alvéolos) e pode resultar na doença chamada “silicose”, uma enfermidade grave dos pulmões e uma ameaça à vida.

Metais tóxicos incluem elementos químicos como arsênio, antimônio, cádmio, cromo, cobalto, chumbo, manganês, mercúrio, níquel, selênio, vanádio, zinco e seus compostos.

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CONCLUSÕES

Para que ocorra uma operação de lavra subterrânea, segura é necessário que a operação de escavação não provoque danos à rocha remanescente. Técnicas modernas podem ser utilizadas para manter as aberturas subterrâneas estáveis.

O uso de EPIs e EPCs e uma ventilação adequada reduzem os riscos de contaminação dos mineiros por partículas < 2,5 m e gases tóxicos.

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•OBRIGADO!

•GRACIAS!