Análise e Análise e Interpretação de Interpretação de

textostextosLiteraturaLiteraturaProfa. Karla FariaProfa. Karla Faria

Isso não é um cachimbo, de Magritte

Pintura e representação do Pintura e representação do realreal

A linguagem (da pintura e da literatura) não A linguagem (da pintura e da literatura) não é o real, é uma representação do real. é o real, é uma representação do real.

Magritte faz refletir nesse ponto... O objeto Magritte faz refletir nesse ponto... O objeto que está na tela (o cachimbo) não é o que está na tela (o cachimbo) não é o cachimbo do cotidiano, não tem obrigação cachimbo do cotidiano, não tem obrigação de ser o real. É como ele, Magritte, vê o de ser o real. É como ele, Magritte, vê o cachimbo. Ao dizer que “isso não é um cachimbo. Ao dizer que “isso não é um cachimbo”, o pintor nos faz refletir sobre o cachimbo”, o pintor nos faz refletir sobre o compromisso das artes com o mundo. Se compromisso das artes com o mundo. Se for para ser fiel à realidade, não precisa da for para ser fiel à realidade, não precisa da pintura, já existe a máquina fotográfica pintura, já existe a máquina fotográfica que retrata o objeto como ele realmente é.que retrata o objeto como ele realmente é.

A literatura e o realA literatura e o real

Os textos literários não têm nenhum Os textos literários não têm nenhum compromisso em retratar o real. Têm compromisso em retratar o real. Têm compromisso com a verossimilhança compromisso com a verossimilhança dos textos, com a verdade criada no dos textos, com a verdade criada no texto e não com a verdade do texto e não com a verdade do mundo. mundo.

TextoTexto

O que é um texto?O que é um texto?

Todo de sentido. A tudo que se pode Todo de sentido. A tudo que se pode atribuir significado.atribuir significado.

Textos podem ser:Textos podem ser: Verbal ou não verbal.Verbal ou não verbal.

Palavras Imagem, figuraPalavras Imagem, figura

Texto literárioTexto literário

O que faz de um texto literário?O que faz de um texto literário?

O trabalho com as palavras. O escritor, O trabalho com as palavras. O escritor, o poeta potencializam as palavras, o poeta potencializam as palavras, ou seja, exploram seus variados ou seja, exploram seus variados sentidos. O pintor usa as tintas para sentidos. O pintor usa as tintas para transformar uma cena, um objeto. O transformar uma cena, um objeto. O escritor usa a palavra para recriar o escritor usa a palavra para recriar o mundo. Ao ler um livro, lemos o mundo. Ao ler um livro, lemos o mundo recriado pelo escritor. mundo recriado pelo escritor.

Analisar Analisar vsvs. Interpretar. Interpretar

AnalisarAnalisarperceber o que está posto no perceber o que está posto no texto, os efeitos de sentido criados no texto, os efeitos de sentido criados no texto.texto.

InterpretarInterpretarFazer relações com a Fazer relações com a experiência do leitor. experiência do leitor.

““O que o autor O que o autor quisquis dizer”. O analista dizer”. O analista não pode saber o que o autor quis não pode saber o que o autor quis dizer, pode-se saber o que o autor dizer, pode-se saber o que o autor dissedisse..

Autor Autor vsvs. Enunciador. Enunciador

Autor Autor mundo real. mundo real. Enunciador Enunciador mundo do texto. mundo do texto.

Eu lírico narradorEu lírico narrador

(poesia) (prosa)(poesia) (prosa)

Enquanto houver solEnquanto houver solQuando não houver saídaQuando não houver saídaQuando não houver mais soluçãoQuando não houver mais soluçãoAinda há de haver saídaAinda há de haver saídaNenhuma idéia vale uma vida Nenhuma idéia vale uma vida

Quando não houver esperançaQuando não houver esperançaQuando não restar nem ilusãoQuando não restar nem ilusãoAinda há de haver esperançaAinda há de haver esperançaEm cada um de nós, algo de uma Em cada um de nós, algo de uma criançacriança

Enquanto houver sol, enquanto Enquanto houver sol, enquanto houver solhouver solAinda haveráAinda haveráEnquanto houver sol, enquanto Enquanto houver sol, enquanto houver solhouver sol

Quando não houver caminhoQuando não houver caminhoMesmo sem amor, sem direçãoMesmo sem amor, sem direçãoA sós ninguém está sozinhoA sós ninguém está sozinhoÉ caminhando que se faz o caminhoÉ caminhando que se faz o caminhoQuando não houver desejoQuando não houver desejoQuando não restar nem mesmo dorQuando não restar nem mesmo dorAinda há de haver desejoAinda há de haver desejoEm cada um de nós, aonde Deus Em cada um de nós, aonde Deus colocoucolocou

Enquanto houver sol, enquanto Enquanto houver sol, enquanto houver solhouver solAinda haveráAinda haveráEnquanto houver sol, enquanto Enquanto houver sol, enquanto houver solhouver sol

Textos para AnáliseTextos para Análise

Músicas e poemasMúsicas e poemas

Antonio MachadoAntonio Machado

Caminante, son tus huellasCaminante, son tus huellasel camino, y nada más;el camino, y nada más;caminante, no hay camino,caminante, no hay camino,se hace camino al andarse hace camino al andar,,Al andar se hace el camino,Al andar se hace el camino,y al volver la vista atrásy al volver la vista atrásse ve la senda que nuncase ve la senda que nuncase ha de volver a pisar.se ha de volver a pisar.Caminante, no hay camino,Caminante, no hay camino,sino estlas en el mar. sino estlas en el mar.

Texto de análiseTexto de análiseVou deixar- SkankVou deixar- Skank

Vou deixar a vida me levar Vou deixar a vida me levar Pra onde ela quiserPra onde ela quiserEstou no meu lugarEstou no meu lugarVocê já sabe onde éVocê já sabe onde éÉ não conte o tempo por nós doisÉ não conte o tempo por nós doisPois a qualquer hora posso estar de Pois a qualquer hora posso estar de voltavoltaDepois que a noite terminarDepois que a noite terminarVou deixar a vida me levarVou deixar a vida me levarPra onde ela quiserPra onde ela quiserSeguir a direçãoSeguir a direçãoDe uma estrela qualquer De uma estrela qualquer É não quero hora pra voltar nãoÉ não quero hora pra voltar nãoConheço bem a solidão me solta Conheço bem a solidão me solta E deixa a sorte me buscarE deixa a sorte me buscarEu já estou na sua estradaEu já estou na sua estradaSozinho não enxergo nadaSozinho não enxergo nadaMas vou ficar aquiMas vou ficar aquiAté que o dia amanheçaAté que o dia amanheçaVou me esquecer de mimVou me esquecer de mimE você se puder não me esqueçaE você se puder não me esqueça

Vou deixar o coração baterVou deixar o coração baterNa madrugada sem fim Na madrugada sem fim Deixar o sol te verDeixar o sol te verAjoelhada por mim simAjoelhada por mim simNão tenho hora pra voltar nãoNão tenho hora pra voltar nãoEu agradeço tanto a sua escoltaEu agradeço tanto a sua escoltaMas deixa a noite terminar Mas deixa a noite terminar Eu já estou na sua estradaEu já estou na sua estradaSozinho não enxergo nadaSozinho não enxergo nadaMas vou ficar aquiMas vou ficar aquiAté que o dia amanheçaAté que o dia amanheçaVou me esquecer de mimVou me esquecer de mimE você se puder não me esqueçaE você se puder não me esqueçaNão não não quero hora pra voltar Não não não quero hora pra voltar nãonãoConheço bem a solidão me solta Conheço bem a solidão me solta E deixa a sorte me buscarE deixa a sorte me buscarNão não não tenho hora pra voltar Não não não tenho hora pra voltar nãonãoEu agradeço tanto a sua escoltaEu agradeço tanto a sua escoltaMas deixa a noite terminarMas deixa a noite terminar

Cântico XIIICântico XIII

Renova-te.Renova-te.Renasce em ti mesmo.Renasce em ti mesmo.Multiplica os teus olhos, para verem mais.Multiplica os teus olhos, para verem mais.Multiplica-se os teus braços para semeares Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.tudo.Destrói os olhos que tiverem visto.Destrói os olhos que tiverem visto.Cria outros, para as visões novas.Cria outros, para as visões novas.Destrói os braços que tiverem semeado, Destrói os braços que tiverem semeado, Para se esquecerem de colher.Para se esquecerem de colher.Sê sempre o mesmo.Sê sempre o mesmo.Sempre outro. Mas sempre alto.Sempre outro. Mas sempre alto.Sempre longe.Sempre longe.E dentro de tudo.E dentro de tudo.

Três Coisas - Três Coisas - Fernando Fernando PessoaPessoa

De tudo, ficaram três coisas:De tudo, ficaram três coisas:

A certeza de que estamos sempre a começar...A certeza de que estamos sempre a começar...

A certeza de que é preciso continuar...A certeza de que é preciso continuar...

A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...

Portanto, devemos:Portanto, devemos:

Fazer da interrupção um caminho novo...Fazer da interrupção um caminho novo...

Da queda um passo de dança...Da queda um passo de dança...

Do medo uma escada...Do medo uma escada...

Do sonho uma ponte...Do sonho uma ponte...

Da procura um encontro...Da procura um encontro...

O Penetra- Zeca PagodinhoO Penetra- Zeca Pagodinhoquem é ele?... quem é ele?... Não sei quem convidou Não sei quem convidou Sei lá, ninguém soube Sei lá, ninguém soube dizer como fez pra entrar dizer como fez pra entrar

Já bolado pensei: "Isso não vai prestar" Já bolado pensei: "Isso não vai prestar" O cara pagava mico O cara pagava mico Soprando um apito Soprando um apito Cismou de zoar Cismou de zoar O qu'é dele tá guardado O qu'é dele tá guardado No final da festa o bicho vai pegar No final da festa o bicho vai pegar

[quem é ele, quem é?...] [quem é ele, quem é?...] Não sei quem convidou Não sei quem convidou Sei lá, ninguém soube Sei lá, ninguém soube dizer como fez pra entrar dizer como fez pra entrar

Já bolado pensei: "Isso não vai prestar" Já bolado pensei: "Isso não vai prestar" O cara pagava mico O cara pagava mico Soprando um apito Soprando um apito Cismou de zoar Cismou de zoar O qu'é dele tá guardado O qu'é dele tá guardado No final da festa o bicho vai pegar No final da festa o bicho vai pegar

Bebeu demais Bebeu demais Comeu de tudo Comeu de tudo Dançou sozinho Dançou sozinho Encheu o bolso Encheu o bolso de salgadinho de salgadinho Foi pra fila da pipoca Foi pra fila da pipoca

Roubou o pedaço de bolo e o refrigerante Roubou o pedaço de bolo e o refrigerante que estava na mão do aniversariante que estava na mão do aniversariante Fez a criança chorar Fez a criança chorar

[o danado bebeu...] [o danado bebeu...] Bebeu demais Bebeu demais Comeu de tudo Comeu de tudo Dançou sozinho Dançou sozinho Encheu o bolso Encheu o bolso de salgadinho de salgadinho Foi pra fila da pipoca Foi pra fila da pipoca

Roubou o pedaço de bolo e o refrigerante Roubou o pedaço de bolo e o refrigerante que estava na mão do aniversariante que estava na mão do aniversariante Fez a criança chorar, ai, ai, ai... Fez a criança chorar, ai, ai, ai...

Ai, ai, ai Ai, ai, ai O coro comeu antes mesmo da festa acabar O coro comeu antes mesmo da festa acabar Ai, ai, ai Ai, ai, ai Teve que sair na marra Teve que sair na marra

Penetra... Penetra... Bem feito Bem feito Foi expulso Foi expulso Ralou peito Ralou peito depois de tanto apanhar depois de tanto apanhar

Ai, ai, ai Ai, ai, ai O coro comeu antes mesmo da festa acabar O coro comeu antes mesmo da festa acabar Ai, ai, ai Ai, ai, ai Teve que sair na marra Teve que sair na marra

Penetra... Penetra... Bem feito Bem feito Foi expulso Foi expulso Ralou peito Ralou peito depois de tanto apanhar depois de tanto apanhar